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Fenômenos de T ransporte III Aula 06 Prof. Gerônimo 1

FTIIIAULA6

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Fenômenos de Transporte III

Aula 06 

Prof. Gerônimo

1

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Z0 ( t = 0 )

Z1 ( t = t1 )

A

B z

dz

dy

y1

C.D  N A

A

BA,

zA,

6.2.3- Difusão pseudo-estacionária num filme gasoso estagnado 

A Figura a seguir ilustra um capilar semipreenchido por líquido purovolátil A. Supondo que sobre esse líquido exista um filme gasoso estagnado

B, deseja-se avaliar o coeficiente de difusão do vapor de A nessa película.Após um intervalo de tempo considerável, nota-se a variação do nível dolíquido, a partir do topo do capilar desde Z0 (t = 0) até Z1 (t = t1). A equaçãoque descreve o fluxo mássico de um soluto “A” desde Z0 até Z1 em um filmede gás estagnado “B” em um tubo capilar de dimensões infinitas é:

2

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O fluxo de A na direção oposta de z é: 

  N Ny

dz

dyCD N ZB,ZA,A

AABZA,  

Considerando o fluxo de B estagnado, temos: 

0  N ZB,  

  SA,tA,AB01ZA,

y

yAAB01ZA,

Z

Z

y

yA

AABZA,

A

A

ABZA,

y 1Lny 1LnCD zz N

y 1LnCD zz N

y 1

dyCD dz N

dz

dy

)y (1

CD  N

tA,

SA,

1

0

tA,

SA,

3

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Z0 = altura entre o topo da coluna e a superfície do líquido antes de iniciar o processode difusão de “A” em “B” ( t = 0 ); Z1 = altura entre o topo da coluna e a superfície do líquido após iniciar o processo dedifusão de “A” em “B” ( t = qualquer ); yA,t = fração molar de “A” no topo do tubo; 

yA,S = fração molar de “A” na superfície do líquido; 

C = concentração molar global na coluna gasosa; DA,B = coeficiente de difusão de “A” em “B”. 

Em muitas operações de transferência de massa, uma das condições de contorno podemover-se com o tempo. O modelo pseudo-estacionário pode ser usado quando a difusãovaria em pequena quantidade sobre um longo período de tempo. Assim, o fluxo molarNA,Z em regime pseudo-estacionário será dado por:

 

y1

y1Ln

 ZZ

C.D  N

SA,

tA,

01

BA,zA,

 

  

 

( 1 )

dt

dz.

dt

dz.C .vC  N

A

AAAAzA,

   ( 2 )

4

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Substituindo a equação ( 2 ) na equação ( 1 ) para regime pseudo-estacionário,temos:

 

y 1

y 1

Ln ZZ

C.D

 dt

dz .M  SA,

tA,

01

BA,

A

A  

 

 

 

  

( 3 )

A = concentração mássica de “A”; 

MA = massa molecular de “A”.

Determine o tempo final de difusão de “A” em “B” (ou num instante qualquer) e ocoeficiente de difusão DA,B para um determinado instante qualquer. 

 

  

 

 

  

 

 

  

 

1

0

Z

Z

SA,

tA,

t

0BA,A

A

SA,

tA,BA,

A

A

z.dz

y1

y1Ln

1

.C.DM

ρ dt

y 1

y 1Ln

Z

C.D 

dt

dz .

M

  

5

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2

2

z

y1

y1Ln

1

.C.DM

ρ t

2

z

y1

y1Ln

1

.C.DM

ρ t

20

21

SA,

tA,BA,A

A

z

z

2

SA,

tA,BA,A

A

1

0

 

2

z z

y1y1Ln

1

.C.DM

ρ t

20

21

SA,

tA,BA,A

A

 

  

  

Onde: t é tempo final de difusão da espécie A em B desde Z0 a Z1, ou: 

2

z z

y1

y1Ln

1

.C.tM

ρ D

20

21

SA,

tA,A

ABA,  

 

 

  

 

Onde: DA,B é o coeficiente de difusão da espécie A em B no tempo t, desde Z0 a Z1. 

( 4 )

( 5 )

6

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Ar (B)

Líquido A

Z0, nível em t = 0

Z1, nível em t = t1 

NA,z 

z

0

Exemplo 01: A célula de Arnold é um dispositivo que, de forma simples,permite a medição de coeficientes de difusão mássica. Na figura a seguir, émostrado um esboço da célula. 

7

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 2

 ZZ

..t

y1

y1C.Ln

1

.M D

2

0

2

1

1

A,s

tA,A

A

AB    

 

 

   

   

No experimento, em um intervalo de tempo t = t1, mede-se a quantidade de líquidoevaporado através da variação do nível Z = Z1  –  Z0. A difusividade de “A” em “B” éentão determinada por:

em queA  é a massa específica do líquido “A”; MA  a sua massa molar; C é a

concentração molar global na coluna gasosa; yA,t e yA,S são as frações molares de “A” 

no topo da célula e sobre a superfície do líquido, respectivamente.O modelo que permite essa relação tem como hipóteses:

 

•sistema binário ( A + B ); 

•o gás“B” insolúvel em “A”; •fluxo difusivo de “A” ao longo da célula dado pela seguinte equação:

 

  N Ny dz

dyC.D  N zB,zA,AA

BA,zA,  

•regime pseudo-estacionário;•sistema a T e P constantes; •difusividade DA,B constante.

 

8

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a) Determine a difusividade mássica de clorofórmio (A) no ar (B), sabendo que, em um experimentocom uma célula de Arnold, em 10 horas (36.000 s), a distância entre a superfície do clorofórmio e dotopo da célula passou de Z0 = 7,40 cm ( t = 0 ) para Z1 = 7,84 cm ( t = t1 ). Considere que no topo dacélula escoava ar puro, ou seja, yA,t = 0, e que na superfície do clorofórmio as condições eram desaturação. A temperatura e a pressão mantiveram-se constantes e iguais a 298 K e 101,3 kPa,respectivamente. A pressão de vapor do clorofórmio nessa temperatura é igual a 26,6 kPa. Apresenteo resultado da difusividade em m2/s utilizando o mesmo número de algarismos significativosempregados para representar a distância Z.

b) Qual é a característica do processo que permite a adoção de regime pseudo-estacionário na suamodelagem ?

Dados: 3

A3

A Kmol/m 0,0409 C Kg/Kmol, 119 M ,Kg/m 1480    

a) 0,263 kPa101,3

kPa26,6 

P

P y

VAPSA,

SA,  

 

 

 

   

 

 

 

   

2

0,074m0,0784m.

s.360000,2631

01.LnKmol/m0,0409

1.

Kg/Kmol119

Kg/m1480 D

2

 ZZ.

.ty1

y1C.Ln

1.

M D

22

3

3

BA,

20

21

1A,s

tA,A

ABA,

  

 /sm9,28.10D 26BA,

b) É o fato de a taxa de evaporação ser muito pequena. 

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Exemplo 4: Um capilar de 30 cm de altura contém 2 cm de etanol. Calcule otempo necessário para que o nível do álcool decresça em 0,02 cm, considerandoque o capilar esteja preenchido por ar seco e estagnado a 1 atm e 25

C. Suponhaque o vapor de etanol seja totalmente arrastado no topo do capilar. Nessas

condições, são conhecidos: 

secoArBEtanol;A

g/mol46,069M;mmHg160,75P;g/cm0,787 ρ AvapA

3A

EtanolZ0 = 28cm, nível em t = 0, yA,S = PA

VAP /P

Z1 = 28,02cm, nível em t = t1, yA,S = PAVAP /P

NA,z 

yA,t

 = 0 

30 cm 

2 cm 

z

Ar seco

10

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 2

z z

y1

y1Ln

1

.C.DM

ρ t

20

21

SA,

tA,BA,A

A

 

 

 

 

 

0,2115 

mmHg760

mmHg160,75 

P

P y

vapA

SA,  

Solução:

36

3

3

gmol/cm40,88x10C298,15K gmol.K/m82,05atm.c

1atm C

][gmol/cm RT

P C

Cremasco)M.A.1.1(Tabela /scm0,132D 2AB 

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horas2ous7462,8 t

2

28,0 28,02

0,21151

01Ln

1

s/cm.0,132gmol/cm0ol.40,88x146,069g/gm

0,787g/cm t

2

z z

y1

y1Ln

1

.C.DM

ρ t

22

236-

3

20

21

SA,

tA,BA,A

A

 

 

  

 

 

 

  

 

12

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6.2.4- Difusão pseudo-estacionário num filme gasoso estagnado. Revalidaçãodo experimento da esfera isolada. 

A diferença básica entre os estados estacionários (regime permanente) e o pseudo-

estacionário é que o último considera a variação espacial no tempo de uma dasfronteiras da região onde ocorre a difusão.

 

A taxa de evaporação do líquido (ou da sublimação de um sólido) de um certo corpo-de-prova, em coordenadas esféricas é dado pela seguinte equação: 

dt

dV

M

ρ W

A

A

r A, 

  

   ( 16 )

na qualA é a massa específica de A, e V é o volume do corpo-de-prova considerado:

R 3

4 V 3

0   dR R 4 dV

0

2

0  ( 17 )

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Substituindo (16) em (17) torna-se: 

dt

dR 

M

ρR 4 W 0

A

A2

0r A, 

 

 

 

      ( 18 )

Como há decréscimo de R 0, a equação ( 18 ) é posta como: 

dt

dR 

M

ρ

R 4 W0

A

A2

0r A,

   

 

 

 

   ( 19 )

A equação (19) fornece, por exemplo, a taxa molar de evaporação de uma gotalíquida ou da sublimação de um sólido como consequência da variação do raio docorpo-de-prova de uma esfera. 

Entretanto, a taxa molar decorrente da distribuição da concentração do soluto nomeio difusivo é dado pela equação (8) (Aula 5): 

y1

y1Ln.C.DR 4 W

A0

A

AB0r A,    

  

 

 

  ( 8 )

14

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Igualando-se a equação (8) com a equação (19) e integrando, obtém-se: 

 

2

)t(R  

2

)t(R 

M

ρ .t

y1

y1LnC.D

2

M

ρ t

y1

y1LnC.D

dR R M

 dty1y1LnC.D

dt

dR 

M

ρR  

y1

y1LnC.D

dt

dR 

MR 4 

y1

y1Ln.C.DR 4

0

2

0

2

0

A

A

A0

AAB

)t(R 

)t(R 

2

0

A

At

0

A0

AAB

)t(R 

)t(R 

00

A

A

t

0A0

AAB

0

A

A0

A0

AAB

0

A

A2

0

A0

AAB0

0

00

0

00

 

  

 

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

  

  

  

 

  

 

 

  

 

 

  

 

 

  

 

   

    

15

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Portanto, o coeficiente de difusão DAB é dado por: 

( 20 )

 

2

R  R 

y1y1Ln

1

M

ρ

C.t

1 D

2t0

2t0

A0

AA

AAB

0

 

  

  

 

 

 

 

Quando a contribuição convectiva puder ser considerada desprezível em face àdifusiva e não se encontrar traços do soluto antes de começar o fenômeno difusivo no

meio considerado, iguala-se a equação (12) (Aula 5) com a equação (19) e integra-se: 

y.C.DR 4 WA0AB0r A,

    ( 12 )

dt

dR 

M

ρR 4 W 0

A

A2

0r A, 

 

  

      ( 19 )

16

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2

)t(R  

2

)t(R 

M

ρ .t

C

CC.D

2

M

ρ tyC.D

dR R M

 dtyC.D

dt

dR 

M

ρR  yC.D

dt

dR 

M

ρR 4 y.C.DR 4

020

20

A

AA0AB

)t(R 

)t(R 

20

A

At0A0AB

)t(R 

)t(R 

00

A

As

t

0

A0AB

0

A

A

0A0AB

0

A

A20A0AB0

0

00

0

00

 

  

 

 

  

 

 

  

 

 

 

 

 

 

  

 

   

  

 

2

R  R 

M

ρ

.tC

1 D

2t0

2

0t0

A

A

A0

AB

   

  

  ( 21 )

17

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Exemplo 02: Refaça o exemplo 02, considerando o fenômeno pseudo-estacionário. Considere o término do experimento em t = 330min. 

Solução: Ao observar os dados do exemplo anterior, verifica-se:

t = 0; R 0(t0) = 0,85cm e para t = 330min; R 0(t) = 0,82cm

CA0 = 1,457x10-7 gmol/cm3 

Como no exemplo 2, o meio convectivo foi desprezível, pelo fato de yA0

  1 eyA∞ = 0. Assim o coeficiente de difusão é calculado pela seguinte equação:

 

2

R  R 

M

ρ

.tC

1 D

2t0

2t0

A

A

A0AB

0

 

 

  

 

 /s0,0765cm D

2

(0,82cm) (0,85cm)

ol128,16g/gm

1,14g/cm

)(330x60s)gmol/cm(1,47x10

1 D

2AB

223

37AB

 

 

  

 

18

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Há de se perceber que esse resultado é para T = 345,15K (72C) e o parâmetro decomparação é T = 25

C (298,15K). Admitindo a predição do DAB para essa novatemperatura, temos: 

s/cm0,0592 D

345,15K 

298,15K /s0,0765cm D

T

TD D

2

298,15K TAB

75,1

2

298,15K TAB

75,1

1

2345,15K TAB298,15K TAB

 

  

 

 

  

 

Como o valor experimental é igual a DAB  = 0,0611cm2/s, determina-se o desviorelativo por:

3,09% D.R 

%100x0,0611

0,0611 0,0592

 x100%exp.

exp. cal.

 D.R 

Verifica-se que ao adotar o modelo do regime pseudo-estacionário houve umadiminuição do valor do desvio relativo. Neste caso foi considerado a variação doraio do naftaleno, o qual torna o modelo mais preciso para o cálculo do DAB. 

19

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6.2.5- Contradifusão equimolar

Este fenômeno ocorre, por exemplo, na simultaneidade da condensação eevaporação de espécies químicas distintas, mas de características físico-

químicas semelhantes como o benzeno e tolueno. Para cada mol de toluenocondensado, um mol de benzeno evapora.Outra situação é aquela em que há dois reservatórios (1 e 2) interligados porum tubo. Nesses reservatórios estão contidas misturas binárias A e B. Noreservatório 1, yA >> yB; situação inversa para o reservatório 2, yA  yB. Ao

provocarmos o contato entre os reservatórios, teremos para cada mol de Aque migra de 1 para 2; um mol de B irá de 2 para 1. 

z

1 2

NA,z  NB,z 

20Figura 1: Contradifusão equimolar (reservatórios interligados) 

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21

A relação entre os fluxos molares das espécies A e B é:

a qual caracteriza a contradifusão equimolar.

Distribuição de concentração de A:

Como o regime de transferência é permanente e o meio difusivo não éracional, a equação da continuidade de A que rege a contradifusãoequimolar, é dado por:

NA,z

  = - NB,z

  ( 1 )

'''

AA

A R   N. t

C

 

 0 dz

dN  N. zA,

A  

( 2 )

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22

Pela equação 2, observe que devemos conhecer o fluxo molar de A, o qual éobtido depois de substituir a igualdade da equação 1 na equação do fluxomolar da espécie A, ou seja: 

 

 

 

 

 

ZB,

 N

ZA,AA

ABZA,  N Nydz

dyCD N

ZB,

dz

dyCD N A

ABZA,  

 dzdCD N A

ABZA,   ( 3 )

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23

Substituindo a equação 3 na equação 2 e considerando o sistema atemperatura e pressão constantes:

A solução da equação 4 é uma distribuição linear da concentração de A:

As condições de contorno advêm da análise da Figura 1: 

0 dzCd 2A

2

( 4 )

C zC )z(C 21A   ( 5 )

CC ;zz em :CC2

 C C ;zz em :CC1

2

1

AA2

AA1

( 6 )

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24

Aplicando as condições de contorno (6) na equação (5), obtém-se oseguinte sistema de equações:

Resolvendo o sistema (7), chega-se nas seguintes constantes: 

221A

211A

C zC CC zC C

2

1

( 7 )

zz

CC C

21

AA

121

 zzz

CC C C 1

21

AA

A221

  

 

( 8 )

( 9 )

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25

Substituindo as soluções das constantes C1 e C2 na equação 5, obtém-se adistribuição da concentração do soluto A:

Fluxo de matéria de A:O fluxo global de A é obtido da equação 3 em conjunto coma as condiçõesde contorno 6. Visto que o fluxo é constante, temos:

zz

zz 

CC

CC 

21

2

AA

AA

21

1

( 10 )

dCDdz N

2A

1A

2

1

C

C

AAB

Z

Z

ZA,

 

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26

 CCz

D  N

12 AA

12

ABZA,  

 z 

( 11 )

Ao admitirmos que o fenômeno da transferência de massa ocorra em ummeio gasoso ideal, podemos fazer CA = PA/RT. Desse modo, o fluxo globalde A é dado, em termos de pressão parcial de A:

A partir da equação 1, para a espécie B, temos:

 PP

)z(RT

D  N

12 AA

12

ABZA,  

 z 

( 12 )

( 13 )  PP)z(RT

D  N

12 AA

12

ABZB,  

 z 

ZB,ZA,  N N  

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Estas equações 11, 12 e 13 implicam que a concentração molar (ou fraçãomolar) e a pressão parcial de qualquer gás variam linearmente durante acontradifusão equimolar.É interessante notar que a mistura é estacionária numa base molar, mas não

é estacionária em uma base mássica, a menos que as massas molares de A e Bsejam iguais. Embora a vazão líquida molar através do canal seja zero, avazão mássica líquida da mistura através do canal não é zero e pode serdeterminada através de:

Pela equação 1 temos:

Se multiplicarmos pela área da seção transversal do tubo por onde escoamos gases, fica:

M W M W m m m BBAABA

    ( 14 )

 N NZB,ZA,

 

 ANAN

zB,zA, W

ZB,

W

ZA,

( 15 )

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Aplicando a relação 15 na equação 14, fica: 

)M (M W m m mBAABA

    ( 16 )

Note que a direção da vazão mássica líquida é a direção do escoamento dogás com a maior massa molar. Um dispositivo de medida de velocidade, comoum anemômetro, colocado no canal indicaria uma velocidade de v = ṁ/A,onde  é a densidade (ou concentração mássica) total da mistura no local da

medida.Exemplo 03: A pressão em uma tubulação que transporta gás hélio a umataxa de 2 kg/s é mantida a 1 atm pela ventilação de hélio para a atmosferaatravés de um tubo de 5 mm de diâmetro interno, que se estende 15 m no ar,como mostrado na Figura. Supondo que ambos, o hélio e o ar atmosférico,

estão a 25 C, determinar:(a) a vazão mássica de hélio perdido para a atmosfera através do tubo,(b) a vazão e a fração mássica de ar que se infiltra na tubulação,(c) a velocidade do escoamento no fundo do tubo onde este está ligado àtubulação que vai ser medida por um anemômetro em regime permanente

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ṁ = 2 kg/s 

He

He

Ar (B)P = 1 atmT = 25C

ArHélio (A)P = 1atmT = 25C

5 mm

x  = 15 m

x  = 0

Suposições:1- Existem condições de funcionamento permanentes.2- O hélio e o ar atmosférico são gases ideais.3- Não ocorrem reações químicas no tubo.4- A concentração de ar na tubulação e a concentração de hélio na atmosfera sãoinsignificantes, de forma que a fração molar do hélio é 1 na tubulação e 0 na atmosfera(vamos verificar essa hipótese depois).

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Dados: O coeficiente de difusão do hélio no ar (ou ar no hélio) em condiçõesatmosféricas normais é DAB = 7,2x10-5 m2/s. As massas molares do ar e dohélio são 29 e 4 kg/kmol, respectivamente.

A constante universal dos gases R = 8,314 kPa.m3/kmol.K

Solução: Este é um processo típico de contradifusão equimolar, uma vez queo problema envolve dois grandes reservatórios de misturas de gases ideaisligados entre si por um canal e as concentrações das espécies em cadareservatório (a tubulação e a atmosfera) permanecem constantes.a) A vazão mássica de hélio perdido para a atmosfera através do tubo.

A área do escoamento, que é a área da seção do tubo, é:

2522

m1,963x10 4

π(0,005m) 

4

πD A

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Notando que a pressão parcial do hélio é de 1 atm (yA1 = 1) no fundo do tubo(x = 0) e zero (yA2  = 0) no topo (x = 15m), a sua vazão (ou taxa) molar édeterminada a partir da equação 12 como:

Portanto, a vazão mássica do hélio, ṁA, é dado por:

 

kmol/s3,85x10Watm

101,3kPa1atm0

(15m)298K /kmol.K 8,314kPa.m

/sm7,2x10m1,963x10 W

PP)z(RT

AD ANW

12

zA,

3

2525

zA,

AA

12

ABzA,zA, 12

 z 

kg/s1,54x10 m

4kg/kmolkmol/s3,85x10 m

M W m

11

A

12

A

AAA

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(b) a vazão e a fração mássica de ar que se infiltra na tubulação.

Observando que WA = -WB , durante um processo contradifusão equimolar,a vazão molar de ar para dentro da tubulação é igual a vazão molar do hélio

dentro da tubulação. Portanto, a vazão mássica de ar para dentro datubulação é:

A fração mássica de ar na tubulação é:

o que valida a suposição inicial de ar desprezível na tubulação.

kg/s1,12x10 m

29kg/kmolkmol/s3,85x10 m

M W m

10

B

12

B

BBB

0 5,6x10 

kg/s1,54x10 1,12x10 2kg/s1,12x10 

mm 

11

B

1110

10

total

B

B

w

w

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c) A vazão mássica líquida através do tubo capilar.

kg/s9,66x10 m

kg/s1,12x10 1,54x10 m m m

11

líquida

1011

BAlíquida

A fração de massa do ar no fundo do tubo é muito pequena, comodemonstrado anteriormente e, assim, a densidade da mistura em x = 0 podesimplesmente ser considerada a densidade do hélio, que é de:

3

He

3He

kg/m0,1637 

298K /kmol.K 8,314kPa.m4kg/kmol101,3kPa 

RTPM 

  

  

Então, a velocidade média do escoamento na parte do fundo do tubo setorna:

m/s3,01x10 v

4kg/kmolkg/m0,1637

kg/s9,66x10 

ρM

m v

5

3

11liq