Fund. 9 anos

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  • IIIMMMPPPLLLAAANNNTTTAAAOOO DDDOOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS:::

    PPPEEERRRGGGUUUNNNTTTAAASSS EEE RRREEESSSPPPOOOSSSTTTAAASSS

    Salvador Bahia / 2006

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    PREFEITURA DA CIDADE DO SALVADOR

    Joo Henrique Barradas Carneiro Prefeito

    SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAO E CULTURA SMEC Ney Campello

    Secretrio Municipal

    Weslen Moreira Subsecretrio Municipal da SMEC

    ASSESSORIA TCNICA Cristina Santana

    Assessora Chefe da ASTEC

    ASSESSORIA ESPECIAL ASSESP Cludio Souza da Silva

    Normando Batista dos Santos Assessores Especiais

    COORDENAO DE APOIO E ENSINO PEDAGGICO CENAP Gedalva Santos da Paz Coordenadora da CENAP

    GESTO EXECUTIVA DO FUNDO MUNICIPAL DE ENSINO FME Vantuil Sales Mota

    Gestor do FME

    COORDENAO DE DESENVOLVIMENTO E AVALIAO DA GESTO ESCOLAR - CAGE

    Dilma Leal Coordenadora da CAGE

    COORDENAO DE ESTUDO E CONTROLE DA DEMANDA ESCOLAR CAS Juara Rosa Santos de Arajo

    Coordenadora da CAS

    COORDENAO ADMINISTRATIVA CAD Nair Porto Prazeres Coordenadora da CAD

    COORDENAO DE ESTRUTURA DA REDE FSICA ESCOLAR CERE Ricardo Reis

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    Coordenador da CERE

    SUBCOORDENADORIA DE ENSINO SUEN Maria de Lourdes Nova Barboza

    Subcoordenadora da CENAP

    COORDENAO DO CICLO DE ESTUDOS BSICOS CEB

    Daniela Fernanda da Hora Correia Coordenadora do CEB

    EQUIPE TCNICA (CEB 4 SRIE)

    Alana Mrcia de Oliveira Angela Maria do Esprito Santo Freire

    Cssia Cristina da Silva Cssia Maria Silva Oliveira

    Maria Clara Luz Maria das Graas Cerqueira Leone

    Zaida de Moura Guimares

    Esta publicao destina-se exclusivamente para o uso pedaggico nas instituies escolares municipais do Salvador, sendo vetada a sua comercializao. A reproduo total ou parcial dever ser autorizada pela Secretaria Municipal de Educao e Cultura de Salvador.

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    CCCOOONNNSSSIIIDDDEEERRRAAAEEESSS IIINNNIIICCCIIIAAAIIISSS No Brasil, historicamente, a idade mnima para o ingresso na escolarizao foi de sete anos de idade. Nos ltimos tempos, h um interesse crescente em ampliar este ingresso para as crianas de seis anos e aumentar o perodo de durao do ensino obrigatrio de oito para nove anos. Esta intencionalidade pode ser constatada por meio das sucessivas leis que amparam a educao brasileira: a Lei n. 4.024/1961, que estabelece a obrigatoriedade do ensino para quatro anos; o Acordo de Punta Del Este e Santiago/1970, que estende para seis anos o ensino para todos os brasileiros; a Lei n. 5.692/1971, que distende a obrigatoriedade para oito anos; a Lei n. 9.394/1996, que sinaliza para um Ensino Fundamental obrigatrio de nove anos, a iniciar-se aos seis anos de idade; a Lei n. 11.114/2005, que altera a 9.394/1996 e tornou obrigatrio o incio do Ensino Fundamental aos seis anos de idade, e, por fim, a Lei n. 11.274/2006, que institui o Ensino Fundamental de nove anos de durao com a incluso das crianas de seis anos de idade. Os indicadores nacionais apontam que, atualmente, das crianas em idade escolar, 3,6% ainda no esto matriculadas. Entre aquelas que esto na escola, 21,7% esto repetindo a mesma srie e apenas 51% concluiro o Ensino Fundamental, fazendo-o em 10,2 anos em mdia. Acrescenta-se, ainda, que em torno de 2,8 milhes de crianas de sete a 14 anos esto trabalhando, o que, por si s, j comprometedor, sobretudo quando cerca de 800 mil dessas crianas esto envolvidas em formas degradantes de trabalho, inclusive a prostituio infantil.1 Por entender que o municpio de Salvador parte deste cenrio, a Secretaria Municipal da Educao e Cultura estar implantando em 100% das instituies escolares da Rede Municipal, no ano de 2007, o Ensino Fundamental de nove anos, com a incluso da matrcula obrigatria da criana de seis anos, uma poltica pblica afirmativa de equidade social, implementada pelo Governo Federal. Esta publicao Implantao do Ensino Fundamental de nove anos: Perguntas e Respostas , lanada no Espao Pedaggico Virtual, uma proposta elaborada pela Coordenadoria de Ensino e Apoio Pedaggico e fundamentada nas suas diretrizes e nas normatizaes legais do Ministrio da Educao e Cultura. Contm proposies que serviro como eixos norteadores para todos os setores da Secretaria Municipal de Educao e Cultura, Coordenadorias Regionais e Unidades Escolares no desenvolvimento de aes que subsidiaro tais profissionais na discusso sobre o processo de implantao do Ensino Fundamental de nove anos, bem como na organizao da estrutura administrativa e pedaggica das Unidades Escolares. Espera-se que esta ao possa esclarecer as possveis dvidas, colaborar na orientao das discusses e na implantao desta poltica educacional na Rede Municipal de Ensino de Salvador. Isto implica colocar em prtica a democratizao de conhecimentos e saberes, a eqidade e qualidade do processo de ensino e de aprendizagem, a Pedagogia da Incluso e empreender um re-olhar para o saber-fazer pedaggico, mediador de mudanas e transformaes pessoais e sociais.

    1 Ensino Fundamental de nove anos: orientaes gerais. Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Bsica. Braslia: Ministrio da Educao

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    111))) OOO QQQUUUEEE OOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS CCCOOOMMM AAA IIINNNCCCLLLUUUSSSOOO DDDAAA CCCRRRIIIAAANNNAAA DDDEEE SSSEEEIIISSS AAANNNOOOSSS???

    O Ensino Fundamental de nove anos uma poltica pblica afirmativa de equidade social implementada pelo Governo Federal. Esta poltica educacional inclui a criana a partir de seis anos no Ensino Fundamental, altera a sua durao de oito para nove anos de idade e estipula o prazo at 2010 para que todos os estados e municpios brasileiros implantem o novo sistema. Tal implantao exigir mudanas na proposta pedaggica, no material didtico, na formao de professor, bem como nas concepes de espao-tempo escolar, currculo, avaliao, infncia, aluno, professor, metodologias... A ampliao em mais um ano de estudo no Ensino Fundamental deve produzir um salto na qualidade da educao: incluso de todas as crianas de seis anos, menor vulnerabilidade a situaes de risco, permanncia na escola, sucesso no aprendizado e aumento da escolaridade dos alunos.

    Atualmente, o Ministrio da Educao e Cultura (MEC) contabiliza que 13 estados e 1.100 municpios j implantaram o Ensino Fundamental de nove anos, com a incluso da criana de seis anos2. 222))) QQQUUUAAALLL OOO OOOBBBJJJEEETTTIIIVVVOOO DDDOOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS???

    Segundo o Plano Nacional da Educao (PNE), implantar progressivamente o Ensino Fundamental de nove anos, pela incluso das crianas de seis anos de idade, tem duas intenes: oferecer maiores oportunidades de aprendizagem no perodo da escolarizao obrigatria e assegurar que, ingressando mais cedo no sistema de ensino, as crianas prossigam nos estudos, alcanando maior nvel de escolaridade. Em outras palavras, o objetivo desta poltica pblica afirmativa de equidade social assegurar a todas as crianas um tempo mais longo de convvio escolar, maiores oportunidades de aprender e, com isso, uma aprendizagem mais ampla.

    No que se refere questo de direito, objetiva a democratizao da educao e a eqidade social no acesso e na continuidade dos estudos. No que tange a questo pedaggica, tem por fim a democratizao do conhecimento e do acesso at aos nveis escolares mais elevados, assim como mais tempo para aprender e respeito aos diferentes tempos, ritmos e formas de aprender dos alunos.

    333))) QQQUUUAAALLL AAA RRRAAAZZZOOO DDDAAA AAAMMMPPPLLLIIIAAAOOO DDDOOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS,,, CCCOOOMMM AAA IIINNNCCCLLLUUUSSSOOO DDDAAA CCCRRRIIIAAANNNAAA DDDEEE SSSEEEIIISSS AAANNNOOOSSS DDDEEE IIIDDDAAADDDEEE??? Os indicadores nacionais apontam que, atualmente, das crianas em idade escolar, 3,6% ainda no esto matriculadas. Entre aquelas que esto na escola, 21,7% esto repetindo a mesma srie e apenas 51% concluiro o Ensino Fundamental, fazendo-o em 10,2 anos em mdia. Acrescenta-se, ainda, que em torno de 2,8 milhes de crianas de sete a 14 anos esto trabalhando, cerca de 800 mil dessas crianas esto envolvidas em formas degradantes de trabalho, inclusive a prostituio infantil.3

    Esses dados reforam o propsito de ampliao do Ensino Fundamental para nove anos, uma vez que permite aumentar o nmero de crianas includas no sistema educacional. Os setores populares devero ser os mais beneficiados, visto que as crianas de seis anos das classes

    2 Informaes extradas do endereo eletrnico: http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2006/11/22/materia.2006-11-22.7175619876/view. 3 Ensino Fundamental de nove anos: orientaes gerais. Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Bsica. Braslia: Ministrio da Educao.

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    favorecidas j se encontram majoritariamente incorporadas ao sistema de ensino na pr-escola ou na primeira srie do Ensino Fundamental.

    A opo pela faixa etria dos seis aos 14 e no dos sete aos 15 anos para o Ensino Fundamental de nove anos segue a tendncia das famlias e dos sistemas de ensino de inserir progressivamente as crianas de seis anos na rede escolar. Entretanto, esta insero no se traduz em transferir para estas crianas os contedos e atividades da tradicional primeira srie, mas sim conceber uma nova estrutura de organizao dos contedos, considerando o perfil de seus alunos; tampouco no pode constituir-se em medida meramente administrativa. O cuidado na seqncia do processo de desenvolvimento e aprendizagem destas crianas implica o conhecimento e a ateno s suas caractersticas etrias, sociais e psicolgicas. As orientaes pedaggicas, por sua vez, devero estar atentas a essas caractersticas para que as elas sejam respeitadas como sujeitos do aprendizado. 444))) QQQUUUAAALLL AAA LLLEEEGGGIIISSSLLLAAAOOO QQQUUUEEE AAAMMMPPPAAARRRAAA AAA IIIMMMPPPLLLAAANNNTTTAAAOOO DDDOOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS???

    A legislao que ampara o Ensino Fundamental de nove anos fundamenta-se historicamente nos seguintes dispositivos legais:

    Lei n. 4.024/1961: estabelece a obrigatoriedade de quatro anos para o Ensino Fundamental.

    Acordo de Punta Del Este e Santiago/1970: estende para seis anos o tempo de Ensino Fundamental obrigatrio para todos os brasileiros.

    Lei n. 5.692/1971: amplia obrigatoriedade do Ensino Fundamental para oito anos.

    Lei n. 9.394/1996: sinaliza para um Ensino Fundamental obrigatrio de nove anos, a iniciar-se aos seis anos de idade.

    Lei n. 10.172/2001: aprova Plano Nacional de Educao (PNE), cujos objetivos foram: oferecer maiores oportunidades de aprendizagem no perodo da escolarizao obrigatria e assegurar que, ingressando mais cedo no sistema de ensino, as crianas prossigam nos estudos, alcanando maior nvel de escolaridade.

    O Plano Nacional de Educao amplia para nove anos a durao do Ensino Fundamental obrigatrio com incio aos seis anos de idade, medida que for sendo universalizado o atendimento na faixa de sete a 14 anos. Estabelece ainda, que a implantao progressiva do Ensino Fundamental de nove anos, com a incluso das crianas de seis anos, deve se dar em consonncia com a universalizao do atendimento na faixa etria de sete a 14 anos. Ressalta tambm que esta ao requer planejamento e diretrizes norteadoras para o atendimento integral da criana em seu aspecto fsico, psicolgico, intelectual e social, alm de metas para a expanso do atendimento, com garantia de qualidade. Essa qualidade implica assegurar um processo educativo respeitoso e construdo com base nas mltiplas dimenses e na especificidade do tempo da infncia, do qual tambm fazem parte as crianas de sete e oito anos.

    Projeto de Lei 144/2005/2006: altera o art. 32 da Lei n 9.394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educao nacional, ampliando o Ensino Fundamental de oito para nove anos, e estabelece, no 5, que estados, municpios e Distrito Federal tero prazo at 2010 para implementar a nova configurao do Ensino Fundamental.

    Lei N. 11.114/2005: altera os arts. 6, 30, 32 e 87 da Lei de Diretrizes e Bases da Educao n. 9.394/96, com o objetivo de tornar obrigatrio o incio do Ensino Fundamental aos seis anos de idade.

    Artigo 6: reza que dever dos pais ou responsveis efetuar a matrcula dos menores, a partir dos seis anos de idade, no Ensino Fundamental (art. alterado).

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    Artigo 30: afirma que a Educao Infantil ser oferecida em creches ou entidades equivalentes e em pr-escolas, para crianas de at trs anos de idade e de quatro a cinco anos de idade, respectivamente; a avaliao na Educao Infantil ser feita mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianas, sem o objetivo de promoo (art. alterado).

    Artigo 32: diz que o Ensino Fundamental, com durao mnima de nove anos, obrigatrio e gratuito na escola pblica ter por objetivo a formao bsica do cidado, mediante (art. alterado):

    I o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meio bsico o pleno domnio da leitura, da escrita e do clculo; II compreenso do ambiente social e natural do sistema poltico, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade. III desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisio de conhecimentos e habilidades e a formao de atitudes de valores; IV o fortalecimento dos vnculos das famlias e dos laos de solidariedade humana e de tolerncia recproca em que se assenta a vida social.

    Artigo 87: diz que cada municpio e, supletivamente, o Estado e a Unio devero matricular todos os educandos a partir dos seis anos de idade, no Ensino Fundamental, atendidas as seguintes condies, no mbito de cada sistema de ensino: (a) plena observncia das condies de oferta fixadas por esta Lei, no caso de todas as redes escolares; (b) atingimento de taxa lquida de escolarizao de pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) da faixa etria de sete a quatorze anos, no caso das redes escolares pblicas; e (c) no reduo mdia de recursos por aluno do ensino fundamental na respectiva rede pblica, resultante da incorporao dos alunos de seis anos de idade;... (art. alterado).

    Resoluo n 3, do Conselho Nacional de Educao Cmara de Educao Bsica/ 2005: define normas nacionais para a ampliao do Ensino Fundamental para nove anos de durao.

    Artigo 1: estabelece que a antecipao da obrigatoriedade de matrcula no Ensino Fundamental aos 6 anos de idade implica a ampliao da durao do Ensino Fundamental para nove anos.

    Artigo 2: estabelece que a organizao do Ensino Fundamental de nove anos e da Educao Infantil adotar a seguinte nomenclatura:

    - Educao Infantil: at cinco anos de idade. - Creche: at trs anos de idade. - Pr-Escola: quatro a cinco anos de idade. - Ensino Fundamental: at 14 anos de idade com nove anos de durao. - Anos iniciais: de seis a 10 dez anos de idade com quatro anos de durao. - Anos finais: de 11 a 14 anos de idade com cinco anos de durao.

    Parecer CNE/CEB N 6/2005: define que os sistemas de ensino devero fixar as condies para a matrcula de crianas de seis anos no Ensino Fundamental quanto idade cronolgica: que tenham seis anos completos ou que venham a completar 6 anos no incio do ano letivo. Diante do exposto, a ampliao do Ensino Fundamental para nove anos d-se com o acrscimo de um ano no incio dessa etapa de ensino. Finalmente, em se tratando da nomenclatura, de acordo com a referida Resoluo, o Ensino Fundamental ser organizado em Anos Iniciais, do 1 ao 5 ano, e em Anos Finais, do 6 ao 9 ano.

    Parecer CNE/CEB N 18/2005: reafirma o contedo do anterior no que se refere ao regime de colaborao entre estados e municpios para a efetivao dos direitos educativos e a responsabilidade de Estados e Municpios na regulamentao dos sistemas de ensino estaduais e municipais. Tambm afirma que o ano de 2006 deve ser considerado como perodo de transio, e que os estados poderiam adaptar os critrios usuais de matrcula, relativos idade cronolgica de admisso no Ensino Fundamental, considerando as faixas etrias adotadas na Educao Infantil at 2005.

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    Lei n 11.274/2006: institui o Ensino Fundamental de nove anos de durao com a incluso das crianas de seis anos de idade.

    Art. 5: Os Municpios, os Estados e o Distrito Federal tero prazo at 2010 para implementar a obrigatoriedade para o Ensino Fundamental.... Assim, caso o municpio j tenha ampliado o Ensino Fundamental para nove anos, os pais devero exigir a matrcula dos filhos que tenham seis anos de idade completos at o incio do ano letivo no respectivo sistema de ensino.

    Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educao Infantil:

    Fornecem elementos importantes para a reviso da Proposta Pedaggica do Ensino Fundamental que incorporar as crianas de seis anos, at ento pertencentes ao segmento da Educao Infantil. Entre eles, destacam-se:

    As propostas pedaggicas (....) devem promover em suas prticas de educao a integrao entre os aspectos fsicos, emocionais, afetivos, cognitivo lingsticos e sociais da criana, entendendo que ela um ser total, completo e indivisvel. Dessa forma, sentir, brincar, expressar-se, relacionar-se, mover-se, organizar-se, cuidar-se, agir e responsabilizar-se so partes do todo de cada indivduo (....).

    Ao reconhecer as crianas como seres ntegros que aprendem a ser e a conviver consigo mesmas, com os demais e com o meio ambiente de maneira articulada e gradual, as propostas pedaggicas (....) devem buscar a interao entre as diversas reas de conhecimento e aspectos da vida cidad como contedos bsicos para a constituio de conhecimentos e valores. Dessa maneira, os conhecimentos sobre espao, tempo, comunicao, expresso, a natureza e as pessoas devem estar articulados com os cuidados e a educao para a sade, a sexualidade, a vida familiar e social, o meio ambiente, a cultura, as linguagens, o trabalho, o lazer, a cincia e a tecnologia.

    Tudo isso deve acontecer num contexto em que cuidados e educao se realizem de modo prazeroso, ldico. Nesta perspectiva, as brincadeiras espontneas, o uso de materiais, os jogos, as danas e os cantos, as comidas e as roupas, as mltiplas formas de comunicao, de expresso, de criao e de movimento, o exerccio de tarefas rotineiras do cotidiano e as experincias dirigidas que exigem que o conhecimento dos limites e alcances das aes das crianas e dos adultos estejam contemplados.

    (....) as estratgias pedaggicas devem evitar a monotonia, o exagero de atividades acadmicas ou de disciplinamento estril.

    As mltiplas formas de dilogo e interao so o eixo de todo o trabalho pedaggico, que deve primar pelo envolvimento e pelo interesse genuno dos educadores em todas as situaes, provocando, brincando, rindo, apoiando, acolhendo, estabelecendo limites com energia e sensibilidade, consolando, observando, estimulando e desafiando a curiosidade e a criatividade, por meio de exerccios de sensibilidade, reconhecendo e alegrando-se com as conquistas individuais e coletivas das crianas, sobretudo as que promovam a autonomia, a responsabilidade e a solidariedade.

    A participao dos educadores mesmo participao e no conduo absoluta de todas as atividades e centralizao dessas em sua pessoa. Por isso, desde a organizao do espao, mveis, acesso a brinquedos e materiais, aos locais como banheiros, cantinas e ptios, at a diviso do tempo e do calendrio anual de atividades, passando pelas relaes e aes conjuntas com as famlias e os responsveis, o papel dos educadores legitimar os compromissos assumidos por meio das propostas pedaggicas.

    Constituio Federal de 1998

    Artigo 208: O dever do Estado com educao ser efetivado mediante a garantia de:

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    I - Ensino Fundamental obrigatrio e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para os que a ele no tiveram acesso na idade prpria;.... II - Progressiva universalizao do Ensino Mdio gratuito; IV - Atendimento em creche e pr-escola s crianas de zero a seis anos de idade; VII - Atendimento ao educando, no Ensino Fundamental atravs de programas suplementares de (...), alimentao e assistncia sade.

    Ao se referir infncia reza que: dever da famlia, da sociedade e do estado assegurar criana e ao adolescente, com absoluta prioridade o direito vida, sade, alimentao, educao, ao lazer, profissionalizao, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e convivncia familiar e comunitria, alm de coloc-la a salvo de toda a forma de negligncia, discriminao, explorao, violncia, crueldade e opresso (artigo 227.).

    555))) CCCOOOMMM AAA IIIMMMPPPLLLAAANNNTTTAAAOOO DDDOOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS CCCOOOMMMOOO FFFIIICCCAAA AAA OOORRRGGGAAANNNIIIZZZAAAOOO DDDAAA EEEDDDUUUCCCAAAOOO BBBSSSIIICCCAAA???

    Segundo os Cadernos de Orientaes do MEC:

    666))) DDDEEE AAACCCOOORRRDDDOOO CCCOOOMMM OOO MMMEEECCC,,, QQQUUUAAAIIISSS AAASSS PPPOOOSSSSSSIIIBBBIIILLLIIIDDDAAADDDEEESSS DDDEEE OOORRRGGGAAANNNIIIZZZAAAOOO DDDOOO EEENNNSSSIIINNNOOOFFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS???

    Segundo a Lei de Diretrizes e Bases, Art. 23, a educao bsica poder organizar-se em sries anuais, perodos semestrais, ciclos, alternncia regular de perodos de estudos, grupos no seriados, com base na idade, na competncia e outros critrios, ou por forma diversa de organizao, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar.

    Etapa da Educao Bsica

    Idade prevista na matrcula

    Durao

    Educao Infantil: Creche Pr-escola

    At 5 anos de idade At 3 anos 4 e 5 anos de idade

    _______________

    Ensino Fundamental Anos Iniciais Anos Finais

    De 6 a 14 anos de idade 6 a 10 anos 11 a 14 anos

    9 anos 5 anos 4 anos

    Ensino Mdio 1 ano 2 ano 3 ano

    De 15 a 17 anos 15 anos 16 anos 17 anos

    3 anos

    1 ano2 ano3 ano4 ano 4 srie5 ano 5 srie6 ano 6 srie7 ano 7 srie8 ano 8 srie9 ano 9 srie

    Anos Iniciais

    Bloco Inicial de Alfabetizao

    Anos Finais

    Ensino Fundamental de Resoluo n 3 CNE/CEB

    Organizao nos Sistemas

    1 ano 1 Srie Bsica2 ano 1 Srie Regular3 ano 2 srie4 ano 3 srie5 ano 4 srie6 ano 5 srie7 ano 6 srie8 ano 7 srie9 ano 8 srie

    Anos Iniciais

    Anos Finais

    Ensino Fundamental de Resoluo n 3 CNE/CEB

    Organizao nos Sistemas

    Ensino Fundamental Anos Iniciais Anos Finais

    1 ano

    2 ano

    3 ano

    4 ano

    5 ano

    6 ano

    7 ano

    8 ano

    9 ano

  • 10

    ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS

    ESCOLA CICLADA MT

    ORGANIZAO DOS SISTEMAS

    6 A 9 ANOS DE IDADE

    1 CICLO (INFNCIA)

    9 A 12 ANOS DE IDADE

    2 CICLO (PR-ADOLESCNCIA)

    12 A 15 ANOS DE IDADE

    3 CICLO (ADOLESCNCIA)

    1 ano2 ano3 ano4 ano5 ano6 ano7 ano8 ano9 ano

    3 CicloAnos Finais

    Anos Iniciais

    Resoluo n 3 CNE/CEBOrganizao nos

    Sistemas

    1 Ciclo

    2 Ciclo

    Ensino Fundamental de

    1 ano2 ano3 ano 3 srie4 ano 4 srie5 ano 5 srie6 ano 6 srie7 ano 7 srie8 ano 8 srie9 ano 9 srie

    Organizao nos Sistemas

    Anos Iniciais

    Ciclo de Alfabetizao

    Anos Finais

    Ensino Fundamental de Resoluo n 3 CNE/CEB

    1 ano2 ano3 ano4 ano5 ano6 ano7 ano8 ano9 ano

    Ensino Fundamental de Resoluo n 3 CNE/CEB

    Anos Iniciais

    Organizao nos Sistemas

    1 Ciclo

    Anos Finais

    2 Ciclo

    3 Ciclo

    4 Ciclo

    1 ano Turmas de 6 anos2 ano Turmas de 7 anos3 ano Turmas de 8 anos4 ano Turmas de 9 anos5 ano Turmas de 10 anos6 ano Turmas de 11 anos7 ano Turmas de 12 anos8 ano Turmas de 13 anos9 ano Turmas de 14 anos

    Organizao nos Sistemas

    Anos Iniciais

    Anos Finais

    Ensino Fundamental de Resoluo n 3 CNE/CEB

    1 ano 1 srie2 ano 2 srie3 ano 3 srie4 ano 4 srie5 ano 5 srie6 ano 6 srie7 ano 7 srie8 ano 8 srie9 ano 9 srie

    Anos Iniciais

    Anos Finais

    Ensino Fundamental de Resoluo n 3 CNE/CEB

    Organizao nos Sistemas

    1 ano Fase Introdutria2 ano 1 Srie Bsica3 ano 2 srie4 ano 3 srie5 ano 4 srie6 ano 5 srie7 ano 6 srie8 ano 7 srie9 ano 8 srie

    Anos Finais

    Ensino Fundamental de Resoluo n 3 CNE/CEB

    Organizao nos Sistemas

    Anos Iniciais

    1 ano2 ano3 ano4 ano5 ano6 ano7 ano8 ano9 ano

    Anos Finais 2 Ciclo

    Resoluo n 3 CNE/CEBOrganizao nos

    Sistemas

    Anos Iniciais 1 Ciclo

    Ensino Fundamental de

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    De acordo como o 3 Relatrio de Ampliao do Ensino Fundamental para Nove Anos, [...] todas essas possibilidades de organizao do ensino fundamental em nove anos demandam estudos, anlises e reflexes por parte dos sistemas de ensino. [...] ao fazerem as reflexes, os sistemas/escolas devem levar em conta os sujeitos e suas temporalidades humanas, uma vez que, antes de serem alunos, as crianas e os adolescentes so sujeitos em desenvolvimento humano. 777))) CCCOOOMMM QQQUUUEEE IIIDDDAAADDDEEE DDDEEEVVVEEE IIINNNGGGRRREEESSSSSSAAARRR AAA CCCRRRIIIAAANNNAAA NNNOOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS???

    As crianas devem ter seis anos completos ou completar seis anos no incio do ano letivo para que possam ingressar no Ensino Fundamental de nove anos.

    888))) QQQUUUAAAIIISSS SSSOOO AAASSS DDDIIIRRREEETTTRRRIIIZZZEEESSS PPPEEEDDDAAAGGGGGGIIICCCAAASSS PPPAAARRRAAA OOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS??? Encontra-se em discusso com o Conselho Nacional de Educao a elaborao das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de nove anos.

    999))) QQQUUUAAALLL AAA SSSRRRIIIEEE QQQUUUEEE EEESSSTTT SSSEEENNNDDDOOO AAACCCRRREEESSSCCCEEENNNTTTAAADDDAAA NNNOOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS??? Est sendo acrescentado um ano no incio do Ensino Fundamental.

    111000))) NNNOOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS OOO PPPRRRIIIMMMEEEIIIRRROOO AAANNNOOO SSSEEE DDDEEESSSTTTIIINNNAAA AAA AAALLLFFFAAABBBEEETTTIIIZZZAAAOOO??? No necessariamente, pois, mesmo sendo o primeiro ano do Ensino Fundamental de nove anos uma possibilidade para qualificar o ensino e a aprendizagem dos contedos da alfabetizao e do

    ENSINO FUNDAMENTAL DE

    NOVE ANOS MINAS GERAIS

    ORGANIZAO DOS SISTEMAS

    FASE INTRODUTRIA 6 ANOS

    FASE I 7 ANOS FASE II 8 ANOS

    I CICLO CICLO INICIAL DE ALFABETIZAO

    ANOS NICIAIS (5 ANOS) FASE III 9 ANOS

    FASE IV 10 ANOS II CICLO

    CICLO COMPLEMENTAR DE ALFABETIZAO

    ANOS FINAIS

    (4 ANOS)

    6 ANO 7 ANO 8 ANO 9 ANO

    TURMAS DE 11 ANOS TURMAS DE 12 ANOS TURMAS DE 13 ANOS TURMAS DE 14 ANOS

    ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS

    SOBRAL CEAR

    ORGANIZAO DOS SISTEMAS

    1 ANO 1 SRIE BSICA

    2 ANO 1 SRIE REGULAR

    3 ANO 2 SRIE

    4 ANO 3 SRIE

    ANOS INICIAIS(5 ANOS)

    5 ANO 4 SRIE

    6 ANO 5 SRIE

    7 ANO 6 SRIE

    8 ANO 7 SRIE

    ANOS FINAIS

    (4 ANOS) 9 ANO 8 SRIE

    ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS

    RECIFE

    ORGANIZAO DOS SISTEMAS

    6 A 8 ANOS

    1 CICLO

    ANOS

    INICIAIS (5 ANOS)

    9 A 10 ANOS

    2 CICLO

    11 E 12 ANOS

    3 CICLO

    ANOS FINAIS

    (4 ANOS) 13 E 14 ANOS

    4 CICLO

  • 12

    letramento, no se deve reduzi-lo a essas aprendizagens, pois a criana ter mais tempo para se apropriar desses contedos. Por isso, importante que o trabalho pedaggico assegure o estudo das diversas expresses e de todas as reas do conhecimento.

    111111))) OOO CCCOOONNNTTTEEEDDDOOO TTTRRRAAABBBAAALLLHHHAAADDDOOO NNNOOO PPPRRRIIIMMMEEEIIIRRROOO AAANNNOOO DDDOOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS OOO MMMEEESSSMMMOOO TTTRRRAAABBBAAALLLHHHAAADDDOOO NNNOOO LLLTTTIIIMMMOOO AAANNNOOO DDDAAA EEEDDDUUUCCCAAAOOO IIINNNFFFAAANNNTTTIIILLL??? No. A Educao Infantil, primeira etapa da educao bsica, no lugar para preparar crianas para o Ensino Fundamental, ela tem objetivos prprios que devem ser alcanados na perspectiva do desenvolvimento infantil respeitando, cuidando e educando crianas em um tempo singular da primeira infncia. No caso do primeiro ano do Ensino Fundamental a criana de seis anos, assim como as demais de sete a dez anos de idade, precisam de uma proposta curricular que atenda suas caractersticas, potencialidades e necessidades especficas dessa infncia.

    111222))) OOO CCCOOONNNTTTEEEDDDOOO TTTRRRAAABBBAAALLLHHHAAADDDOOO NNNOOO PPPRRRIIIMMMEEEIIIRRROOO AAANNNOOO DDDOOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS OOO MMMEEESSSMMMOOO TTTRRRAAABBBAAALLLHHHAAADDDOOO NNNOOO 111 AAANNNOOO /// 111 SSSRRRIIIEEE DDDOOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE OOOIIITTTOOO AAANNNOOOSSS??? No. Pois no se trata de realizar um arranjo dos contedos da primeira srie do Ensino Fundamental de oito anos. Faz-se necessrio elaborar uma nova proposta curricular coerente com as especificidades no s da criana de seis anos de idade, como tambm das demais crianas de sete, oito, nove e dez anos de idade que constituem os cinco anos iniciais do Ensino Fundamental, como os anos finais dessa etapa de ensino.

    111333))) CCCOOOMMMOOO RRREEEAAALLLIIIZZZAAARRR AAA AAAVVVAAALLLIIIAAAOOO NNNOOO PPPRRRIIIMMMEEEIIIRRROOO AAANNNOOO DDDOOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS??? Para realizar a avaliao no primeiro ano do Ensino Fundamental faz-se necessrio: Assumir como princpio que a escola deve assegurar aprendizagem de qualidade a todos. Assumir a avaliao como princpio processual, diagnstica, participativa, formativa e redimensionadora da ao pedaggica. Elaborar instrumentos e procedimentos de observao, de registro e de reflexo constante do processo de ensino aprendizagem. Romper com a prtica tradicional de avaliao limitada a resultados finais traduzidos em notas ou conceitos. Romper com o carter meramente classificatrio e de verificao dos saberes.

    111444))) AAA MMMAAATTTRRRIIIZZZ CCCUUURRRRRRIIICCCUUULLLAAARRR PPPAAARRRAAA OOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS CCCOOONNNTTTIIINNNUUUAAARRR AAA MMMEEESSSMMMAAA DDDOOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE OOOIIITTTOOO AAANNNOOOSSS??? No. O Ensino Fundamental de nove anos exige: A elaborao de novas Diretrizes Curriculares Nacionais pelo Conselho Nacional de Educao. Reelaborao da Proposta Pedaggica das Secretarias de Educao. Atualizao do Projeto Poltico Pedaggico das Escolas.

    111555))) PPPAAARRRAAA OOOSSS RRREEEGGGIIISSSTTTRRROOOSSS BBBUUURRROOOCCCRRRTTTIIICCCOOOSSS (((HHHIIISSSTTTRRRIIICCCOOO))) AAA PPPRRROOOPPPOOOSSSTTTAAA CCCUUURRRRRRIIICCCUUULLLAAARRR PPPOOODDDEEE AAADDDOOOTTTAAARRR PPPAAARRRAAA OOO 111 AAANNNOOO CCCOOONNNCCCEEEIIITTTOOOSSS EEE PPPAAARRRAAA AAASSS DDDEEEMMMAAAIIISSS SSSRRRIIIEEESSS NNNOOOTTTAAASSS??? A deciso sobre notas, conceitos, relatrios descritivos ou at mesmo o misto conceito/nota uma deciso dos sistemas de ensino. Pois a Lei de Diretrizes e Bases N 9.394/96, Art. 24, Inciso V

  • 13

    estabelece que a verificao do rendimento escolar observar os seguintes critrios: alnea a) avaliao contnua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalncia dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do perodo sobre os de eventuais provas finais.

    111666))) OOOSSS AAALLLUUUNNNOOOSSS QQQUUUEEE JJJ SSSEEE EEENNNCCCOOONNNTTTRRRAAAMMM MMMAAATTTRRRIIICCCUUULLLAAADDDOOOSSS NNNOOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE OOOIIITTTOOO AAANNNOOOSSS TTTEEERRROOO DDDIIIRRREEEIIITTTOOO AAA UUUMMM EEENNNSSSIIINNNOOO DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS??? Com relao durao no, pois como a ampliao se d no inicio do Ensino Fundamental aqueles j matriculados cumpriro o tempo de oito anos, uma vez que a ampliao no poder significar um retrocesso no tempo dos estudantes inseridos no sistema anterior a publicao da Lei 11. 274/2006. No entanto, todos sero beneficiados pedagogicamente pela ampliao dessa etapa de ensino.

    111777))) AAASSS CCCRRRIIIAAANNNAAASSS DDDEEE SSSEEEIIISSS AAANNNOOOSSS DDDEEE IIIDDDAAADDDEEE QQQUUUEEE SSSAAABBBEEEMMM LLLEEERRR EEE EEESSSCCCRRREEEVVVEEERRR PPPOOODDDEEEMMM SSSEEERRR MMMAAATTTRRRIIICCCUUULLLAAADDDAAASSS DDDIIIRRREEETTTAAAMMMEEENNNTTTEEE NNNOOO 222 AAANNNOOO DDDOOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS??? No. O Ensino Fundamental de nove anos significa ampliao do tempo dessa etapa de ensino na perspectiva de qualificar o ensino-aprendizagem e no antecipao do trmino desse ensino. Ressalte-se que a aprendizagem no primeiro no se limita a aprendizagem da leitura e da escrita. 111888))) QQQUUUEEEMMM AAA CCCRRRIIIAAANNNAAA DDDEEE SSSEEEIIISSS AAANNNOOOSSS QQQUUUEEE VVVAAAIII IIINNNGGGRRREEESSSSSSAAARRR NNNOOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS???

    Quem esta criana? Que momento ela est vivendo? Quais so os seus direitos, interesses e necessidades? Por que ela pode ou deve ingressar no Ensino Fundamental? Qual seu ambiente de desenvolvimento e aprendizado?

    Ao longo dos tempos e em cada momento histrico, as concepes sobre a infncia vm se modificando. Alm disso, a diversidade e a pluralidade cultural presentes nas vrias regies brasileiras determinadas pelas diferentes etnias, raas, crenas e classes sociais, bem como as lutas sociais pelas conquistas dos direitos, tambm contribuem para a transformao dessas concepes.

    A idade cronolgica no , essencialmente, o aspecto definidor da maneira de ser da criana e de sua entrada no Ensino Fundamental. Com base em pesquisas e experincias prticas, construiu-se uma representao envolvendo algumas das caractersticas das crianas de seis anos que as distinguem das de outras faixas etrias, sobretudo pela imaginao, a curiosidade, o movimento e o desejo de aprender aliados sua forma privilegiada de conhecer o mundo por meio do brincar.

    Nessa faixa etria a criana: Apresenta grandes possibilidades de simbolizar e compreender o mundo, estruturando seu pensamento e fazendo uso de mltiplas linguagens. Esse desenvolvimento possibilita a ela participar de jogos que envolvem regras e se apropriar de conhecimentos, valores e prticas sociais construdos na cultura.

    Vive um momento crucial de suas vidas no que se refere construo de sua autonomia e de sua identidade.

    Estabelece laos sociais e afetivos e constri seus conhecimentos na interao com outras crianas da mesma faixa etria, bem como com adultos com os quais se relaciona.

    Faz uso pleno de suas possibilidades de representar o mundo, construindo, a partir de uma lgica prpria, explicaes mgicas para compreend-lo.

  • 14

    Em relao linguagem escrita, a criana vive numa sociedade letrada, possui um forte desejo de aprender, somado ao especial significado que tem para ela freqentar uma escola. Desde que nascem as crianas constroem conhecimentos prvios sobre o sistema de representao e o significado da leitura e da escrita. Esses conhecimentos passam inclusive pela incorporao da valorizao social que tem a aquisio do ler e escrever. As possibilidades de aprendizagem so determinadas pelas experincias e pela qualidade das interaes s quais se encontram expostas no meio sociocultural em que vivem ou que freqentam. Da o papel decisivo da famlia, da escola e dos professores, como mediadores culturais no processo de formao humana das crianas.

    De que forma as crianas interagem com outras crianas e com os diversos objetos de conhecimento na perspectiva de conhecer e representar o mundo? Que significado tem a linguagem escrita para uma criana de seis anos? Que condies tm ela de se apropriar dessa linguagem?

    Nessa idade, em contato com diferentes formas de representao e sendo desafiada a delas fazer uso, a criana vai descobrindo e, progressivamente, aprendendo a usar as mltiplas linguagens: gestual, corporal, plstica, oral, escrita, musical e, sobretudo, aquela que lhe mais peculiar e especfica, a linguagem do faz-de-conta, ou seja, do brincar.

    Sua relao com o outro, consigo mesma e com diferentes objetos da natureza e da cultura que a circundam mediada por essas formas de expresso e comunicao.

    Constata-se que desde muito cedo ela manifesta um grande interesse pela leitura e pela escrita, ao tentar compreender, seus significados e imitar o gesto dos adultos escrevendo. Nesse processo, a escola deve considerar a curiosidade, o desejo e o interesse das crianas, utilizando a leitura e a escrita em situaes significativas para elas. 111999))) QQQUUUAAALLL AAA PPPOOOSSSTTTUUURRRAAA QQQUUUEEE AAASSS IIINNNSSSTTTIIITTTUUUIIIEEESSS EEESSSCCCOOOLLLAAARRREEESSS DDDEEEVVVEEEMMM AAASSSSSSUUUMMMIIIRRR CCCOOOMMM AAA IIIMMMPPPLLLAAANNNTTTAAAOOO DDDOOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS???

    Para receber as crianas de seis anos, a escola necessita reorganizar a sua estrutura, as formas de gesto, os ambientes, os espaos, os tempos, os materiais, os contedos, as metodologias, os objetivos, o planejamento e a avaliao, de sorte que as crianas se sintam inseridas e acolhidas num ambiente prazeroso e propcio aprendizagem. necessrio assegurar que a transio da Educao Infantil para o Ensino Fundamental ocorra da forma mais natural possvel, no provocando nas crianas rupturas e impactos negativos no seu processo de escolarizao.

    Deve considerar a curiosidade, o desejo e o interesse das crianas, utilizando a leitura e a escrita em situaes significativas para elas.

    Grande investimento na criao de um ambiente alfabetizador, que possibilite s crianas no apenas ter acesso ao mundo letrado, como tambm nele interagir.

    Possibilitar o acesso aos diversos usos da leitura e da escrita no suficiente para que elas se alfabetizem. necessrio, alm disso, um trabalho sistemtico, centrado tanto nos aspectos funcionais e textuais, quanto no aprendizado dos aspectos grficos da linguagem escrita e daqueles referentes ao sistema alfabtico de representao.

    No que se refere ao aprendizado da linguagem escrita, a escola possui um papel fundamental e decisivo, sobretudo para as crianas oriundas de famlias de baixa renda e de pouca escolaridade. Do ponto de vista pedaggico, fundamental que a alfabetizao seja adequadamente trabalhada nessa faixa etria, considerando-se que esse processo no se inicia somente aos seis ou sete anos de idade, pois, em vrios casos, inicia-se bem antes, fato bastante relacionado presena e ao uso da lngua escrita no ambiente da criana.

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    222000))) QQQUUUAAALLL DDDEEEVVVEEE SSSEEERRR OOO PPPEEERRRFFFIIILLL DDDOOO PPPRRROOOFFFEEESSSSSSOOORRR QQQUUUEEE IIIRRR RRREEECCCEEEBBBEEERRR AAA CCCRRRIIIAAANNNAAA DDDEEE SSSEEEIIISSS AAANNNOOOSSS???

    Quem o professor das crianas de seis anos que ingressam no Ensino Fundamental? Quais os conhecimentos necessrios ao desenvolvimento desse trabalho? Qual a formao que ser exigida desse profissional educador?

    essencial que esse professor esteja sintonizado com os aspectos relativos aos cuidados e educao dessas crianas. Seja portador ou esteja receptivo ao conhecimento das diversas dimenses que as constituem no seu aspecto fsico, cognitivo-lingstico, emocional, social e afetivo. essencial assegurar ao professor programas de formao continuada, privilegiando a especificidade do exerccio docente em turmas que atendem a crianas de seis anos.

    indispensvel o desenvolvimento de atitudes investigativas, de alternativas pedaggicas e metodolgicas na busca de uma qualidade social da educao. No h nenhum modelo a ser seguido, nem perfil ou esteretipo profissional a ser buscado. Entretanto, como analisa Ilma Passos Alencastro Veiga, o projeto pedaggico da formao, alicerado na concepo do professor como agente social, deixa claro que o exerccio da profisso do magistrio que constitui verdadeiramente a referncia central tanto da formao inicial e continuada como da pesquisa em educao. Por isso, no h formao e prtica pedaggica definitivas: h um processo de criao constante e infindvel, necessariamente refletido e questionado, reconfigurado.

    necessria uma formao sensvel aos aspectos da vida diria do profissional, especialmente no tocante s capacidades, atitudes, valores, princpios e concepes que norteiam a prtica pedaggica.

    O saber-fazer pedaggico do professor precisa ser objeto de reflexo, de estudos, de planejamentos e de aes coletivas, no interior da escola, de modo intimamente ligado s vivncias cotidianas. A freqncia de encontros sistemticos e coletivos para estudos e proposies permite uma articulao indissociada entre teoria e prtica. 222111))) QQQUUUEEE RRREEEFFFLLLEEEXXXEEESSS OOOSSS SSSIIISSSTTTEEEMMMAAASSS DDDEEE EEENNNSSSIIINNNOOO EEE AAASSS EEESSSCCCOOOLLLAAASSS DDDEEEVVVEEEMMM FFFAAAZZZEEERRR SSSOOOBBBRRREEE AAA AAAMMMPPPLLLIIIAAAOOO DDDOOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS???

    A cada idade corresponde uma forma de vida que tem valor, equilbrio, coerncia que merece ser respeitada e levada a srio; a cada idade correspondem problemas e conflitos reais (....) pois o tempo todo, ela (a criana) teve de enfrentar situaes novas (....) Temos de incentiv-la a gostar da sua idade, a desfrutar do seu presente. Snyders4

    O ser humano, desde o incio de sua vida, apresenta ritmos e maneiras diferentes para realizar toda e qualquer aprendizagem andar, falar, brincar, comer com autonomia, ler, escrever etc. Pode-se dizer, ento, que uma educao voltada para formao integral do ser humano precisa ser pensada tambm com o foco voltado para essas caractersticas: O ser humano ser de mltiplas dimenses; Todos aprendem em tempos e em ritmos diferentes; O desenvolvimento humano um processo contnuo; O conhecimento deve ser construdo e reconstrudo, processualmente e continuamente; O conhecimento deve ser abordado em uma perspectiva de totalidade; importante uma gesto participativa, compartilhada e que tenha como referncia a elaborao coletiva do Projeto Poltico-Pedaggico, contemplando a ampliao do Ensino Fundamental; 4 Brasil. Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Bsica. Ensino Fundamental de Nove Anos: Orientaes Gerais. Braslia: Ministrio da Educao, 2004.

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    A diversidade metodolgica e a avaliao diagnstica, processual e formativa devem estar comprometidas com uma aprendizagem inclusiva, em que o aluno, dentro da escola, aprenda de fato.

    - O desenvolvimento humano no se realiza de maneira linear e fragmentada, mas em relao estreita com a singularidade da infncia, da adolescncia e das outras temporalidades.

    - O primeiro ano do Ensino Fundamental de nove anos deve ser um perodo privilegiado para o trabalho com as diferentes dimenses do desenvolvimento humano, tendo como referncia a infncia; deve ser uma ampliao do trabalho desenvolvido na educao infantil e no uma repetio desse trabalho. - A possibilidade de a criana ingressar mais cedo no Ensino Fundamental no significa acelerar seu processo de sada, mas sim dar a essa criana maiores condies de ensino-aprendizagem.

    - A Educao Infantil no pr-requisito para o acesso da criana ao Ensino Fundamental, seja este de oito ou de nove anos de durao.

    - Mesmo sendo o primeiro ano uma possibilidade para qualificar o ensino e a aprendizagem dos contedos da alfabetizao e do letramento, no devem ser priorizadas essas aprendizagens como se fossem a nica forma de promover o desenvolvimento das crianas dessa faixa etria. importante que o trabalho pedaggico implementado possibilite ao aluno o desenvolvimento das diversas expresses e o acesso ao conhecimento nas suas diversas reas. - importante lembrar que o contedo do 1 ano do Ensino Fundamental de nove anos no deve ser o contedo trabalhado no 1 ano/1 srie do Ensino Fundamental de oito anos, pois no se trata de realizar uma adequao dos contedos da 1a srie do ensino fundamental de oito anos. 222222))) OOO QQQUUUEEE DDDEEEVVVEEE SSSEEERRR CCCOOONNNSSSIIIDDDEEERRRAAADDDOOO CCCOOOMMM AAA IIIMMMPPPLLLAAANNNTTTAAAOOO DDDOOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS???

    Reorganizar o Ensino Fundamental tendo em vista no apenas o primeiro ano, mas sim toda a estrutura dos nove anos de ensino. Planejar oferta de vagas, nmero de salas de aula, adequao dos espaos fsicos, nmero de professores e profissionais de apoio, adequao de material pedaggico. Realizar a chamada pblica, conforme estabelece a LDB. Estabelecer poltica de formao continuada para professores, gestores e profissionais de apoio. Reviso da proposta pedaggica das Secretarias de Educao. Reviso do Projeto Poltico Pedaggico da escola. Providenciar a normatizao legal junto ao Conselho Municipal de Educao. Acompanhar e participar das discusses junto ao Conselho Nacional de Educao no que se refere elaborao das Diretrizes Curriculares Nacionais - EF de nove anos.

    - A criana que j cursou, com seis anos de idade incompletos, o ltimo ano da pr-escola, pelo princpio do no retrocesso no sistema educacional, dever ingressar no 2 ano do Ensino Fundamental de nove anos, que no corresponde 2 srie do ensino fundamental de oito anos, por se tratar de uma continuidade do 1 ano. - Em se tratando da matrcula no Ensino Fundamental de nove anos, as crianas de sete anos de idade, sem experincia escolar, devem ser matriculadas no segundo ano do ensino fundamental.

    - Os estudantes que j se encontram matriculados no Ensino Fundamental de oito anos no tero direito a um ensino com durao de nove anos. Como a ampliao se d no incio do ensino fundamental, aqueles j matriculados cumpriro o tempo de oito anos, uma vez que a ampliao no poder significar um retrocesso no tempo dos estudantes inseridos no sistema anterior publicao da Lei no 11.274/2006. No entanto, todos devem ser beneficiados pedagogicamente pela ampliao dessa etapa de ensino.

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    - Esclarecemos, ainda, que as crianas de 6 anos de idade que sabem ler e escrever no podem ser matriculadas diretamente no 2 ano do ensino fundamental de nove anos. Ressalte-se que a aprendizagem no primeiro ano no se limita aprendizagem da leitura e da escrita.

    IIIMMMPPPLLLAAANNNTTTAAAOOO DDDOOO EEESSSNNNIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS NNNAAA RRREEEDDDEEE MMMUUUNNNIIICCCIIIPPPAAALLL DDDEEE EEENNNSSSIIINNNOOO DDDEEE

    SSSAAALLLVVVAAADDDOOORRR 222333))) QQQUUUAAANNNDDDOOO SSSEEERRR IIIMMMPPPLLLAAANNNTTTAAADDDOOO OOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS NNNAAA RRREEEDDDEEE MMMUUUNNNIIICCCIIIPPPAAALLL DDDEEE EEENNNSSSIIINNNOOO DDDEEE SSSAAALLLVVVAAADDDOOORRR?

    O Ensino Fundamental de nove anos, com a incluso da criana de seis anos, ser implantado no ano de 2007 em todas as escolas da Rede Municipal de Ensino. 222444))) CCCOOOMMM QQQUUUEEE IIIDDDAAADDDEEE DDDEEEVVVEEE IIINNNGGGRRREEESSSSSSAAARRR AAA CCCRRRIIIAAANNNAAA NNNOOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS DDDAAA RRREEEDDDEEE MMMUUUNNNIIICCCIIIPPPAAALLL DDDEEE EEENNNSSSIIINNNOOO DDDEEE SSSAAALLLVVVAAADDDOOORRR???

    De acordo com as normatizaes do Ministrio da Educao e Cultura (Parecer CNE/CEB N. 6/2005) e da Secretaria Municipal da Educao e Cultura, a criana para ingressar no Ensino Fundamental de nove anos da Rede Municipal de Ensino de Salvador deve ter seis anos completos ou completar seis anos at 30 de maro do ano de ingresso.

    importante ressaltar que a Lei n 11.274/2006 garante nove anos de escolarizao no Ensino Fundamental para as crianas que ingressarem com seis anos de idade nos sistemas de ensino, a partir do ano de implantao desta poltica educacional. Portanto, as que tm acima de seis anos, estando ou no no antigo Ensino Fundamental, o concluiro em oito anos. 222555))) QQQUUUAAAIIISSS OOOSSS OOOBBBJJJEEETTTIIIVVVOOOSSS DDDAAA IIIMMMPPPLLLAAANNNTTTAAAOOO DDDOOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS NNNAAA RRREEEDDDEEE MMMUUUNNNIIICCCIIIPPPAAALLL DDDEEE EEENNNSSSIIINNNOOO DDDEEE SSSAAALLLVVVAAADDDOOORRR???

    A Secretaria Municipal da Educao e Cultura objetiva garantir: O direito educao a todas as crianas de seis anos (sujeitos de direito) na Rede Municipal de

    Ensino de Salvador. O aumento do nmero de crianas de seis anos das classes populares na escola municipal,

    contribuindo na reduo da vulnerabilidade daquelas que so expostas a situaes de risco. A democratizao da educao, bem como a eqidade social no acesso e na continuidade dos

    estudos. A democratizao do conhecimento, a permanncia na escola, o acesso da criana at aos nveis

    escolares mais elevados. A eqidade e qualidade do processo de ensino e de aprendizagem. Um processo educativo respeitoso e construdo com base nas mltiplas dimenses e na

    especificidade do tempo da infncia, do qual tambm fazem parte as crianas de sete e oito anos.

    222666))) CCCOOOMMMOOO FFFIIICCCAAARRR AAA OOORRRGGGAAANNNIIIZZZAAAOOO DDDOOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL NNNAAA RRREEEDDDEEE MMMUUUNNNIIICCCIIIPPPAAALLL DDDEEE EEENNNSSSIIINNNOOO DDDOOO SSSAAALLLVVVAAADDDOOORRR,,, AAA PPPAAARRRTTTIIIRRR DDDEEE 222000000777???

    A Secretaria Municipal da Educao e Cultura acrescentar, em 2007, um ano no Ciclo de Estudos Bsicos, Ciclo de Alfabetizao, passando de dois para trs anos de escolarizao, conforme mostra os quadros abaixo:

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    ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS

    ORGANIZAO DOS SISTEMAS

    1 ANO FASE INICIAL 6/7 ANOS 2 ANO FASE INTERMEDIRIA 7/8 ANOS 3 ANO FASE FINAL 8/9 ANOS

    CICLO DE ALFABETIZAO

    ANOS INICIAIS

    (5 ANOS) 4 ANO 9 ANOS 5 ANO 10 ANOS

    3 SRIE 4 SRIE

    ANOS FINAIS

    (4 ANOS)

    6 ANO 11 ANOS 7 ANO 12 ANOS 8 ANO 13 ANOS 9 ANO 14 ANOS

    5 SRIE 6 SRIE 7 SRIE 8 SRIE

    ENSINO FUNDAMENTAL EDUCAO INFANTIL ANOS INICIAIS ANOS FINAIS

    Ciclo de Alfabetizao Creche Pr-escolar FI FIN FF

    3 Srie

    4 Srie

    5 Srie

    6 Srie

    7 Srie 8 Srie

    Sem interrupes (progresso continuada) Reteno

    FI = Fase Inicial FIN = Fase Intermediria FF = Fase Final

    ORGANIZAO DO CICLO DE ALFABETIZAO

    1 ANO: FASE INICIAL 2 ANO: FASE INTERMEDIRIA 3 ANO: FASE FINAL Destinada aos:

    1) Alunos novos que ingressarem no Ensino Fundamental em 2007, tendo completado seis anos de idade at 30 de maro do mesmo ano. Pelos dispositivos das leis, estes alunos devero cursar as trs fases do ciclo.

    2) Alunos novos no Ensino Fun-damental que ingressarem na Rede Municipal de Ensino em 2007, tendo completado sete anos de janeiro a dezembro do mesmo ano. Pelos dispositivos das leis, estes alunos podero concluir o Ciclo de Alfabetizao em dois anos, caso tenham construdo as competncias e habilidades necessrias.

    3) Alunos que cursaram a Educao Infantil (Grupo 6) em 2006 e que completaro sete anos de idade de janeiro a dezembro de 2007.

    Nesta fase, no h reteno nem reclassificao do aluno.

    Destinada aos:

    1) Alunos que no ano anterior cursaram a fase inicial.

    2) Alunos novos que ingressarem na Rede Municipal de Ensino, tendo completado oito anos de idade at dezembro do ano de ingresso.

    3) Alunos que cursaram a Educao Infantil (Grupo 6) em 2006 e que completaram sete anos de idade neste mesmo ano.

    4) Alunos que foram conservados no segundo ano de escolarizao do CEB em 2006, antigo Ensino Fundamental de oito anos.

    5) Alunos com distoro idade-srie.

    Nesta fase, no h reteno nem reclassificao do aluno.

    Destinada aos:

    1) Alunos que no ano anterior cursaram a fase intermediria

    2) Alunos transferidos com histrico escolar comprovando promoo para 2 srie do Ensino Fundamental de oito anos.

    Nesta fase, h reteno, caso o aluno no consiga construir as competncias e habilidades necessrias para avanar para 3 srie.

    A reclassificao ocorrer no incio desta fase, mediante a avaliao, baseada nas competncias e habilidades elencadas nos Marcos de Aprendizagem para todo Ciclo de Alfabetizao. A data limite para esta reclassificao ser at 30 de maro do ano corrente.

    Observao: Todos os casos no contemplados na organizao do Ciclo de Alfabetizao, estabelecido pela Secretaria Municipal

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    de Educao e Cultura do Salvador, sero analisados caso a caso pelos tcnicos do rgo Central/CRE, paraexpedio de parecer.

    importante ressaltar que no ano de 2007 ainda no ser implantado a fase final do Ciclo de Alfabetizao, devido as necessidade de adaptaes estruturais e organizacionais da Rede Municipal de Ensino. Desta forma, a implantao do Ensino Fundamental de nove anos ocorrer de forma gradativa. 222777))) OOO QQQUUUEEE OOO CCCIIICCCLLLOOO DDDEEE AAALLLFFFAAABBBEEETTTIIIZZZAAAOOO??? OOO QQQUUUEEE OOOBBBJJJEEETTTIIIVVVAAA??? QQQUUUAAAIIISSS OOOSSS SSSEEEUUUSSS PPPRRREEESSSSSSUUUPPPOOOSSSTTTOOOSSS??? O sistema de ciclo uma das formas de organizar o ensino, prevista no Art. 23 da Lei de Diretrizes e Bases n. 9394/96 que afirma: (...) a educao bsica poder organizar-se em sries anuais, perodos semestrais, ciclos, alternncia regular de perodos de estudos, grupos no-seriados, com base na idade, na competncia e em outros critrios, ou por forma diversa de organizao, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar. O Ciclo de Alfabetizao, nominado de Ciclo de Estudos Bsicos (CEB), uma proposta que organiza num contnuo os trs primeiros anos de escolarizao do Ensino Fundamental e restabelece o fluxo escolar pela eliminao da repetncia entre as fases do ciclo. Tem a finalidade de assegurar a permanncia e o aprendizado dos alunos na escola, alm de respeitar os diferentes tempos, ritmos e formas de aprender. Est voltado para o efetivo desenvolvimento do processo de alfabetizao e letramento das crianas, instrumentalizando-as para prosseguir nos seus estudos no Ensino Fundamental. No Ciclo de Alfabetizao os alunos tm direito a uma educao contnua, ininterrupta e de qualidade, e, para tanto, a escola dever organizar de forma mais flexvel e coletiva seus tempos e espaos, considerando a faixa etria, os interesses e as necessidades dos sujeitos. O sistema de ciclo uma tentativa de extinguir do ambiente escolar a cultura da repetncia e a pedagogia da reprovao, superando a excessiva fragmentao do currculo que decorre do regime seriado e buscando a melhoria da qualidade de ensino pblico. Estudos e pesquisas revelam que a repetncia no leva melhoria da aprendizagem, mas transforma-se numa arma para punir o aluno pelo seu fracasso. A repetncia pela repetncia (a repetncia em si) traz muitas repercusses negativas, como, por exemplo, o baixo autoconceito e baixa auto-estima dos alunos, assim como estimula a evaso escolar e a marginalizao social. Desta forma, s haver reteno da criana na ltima fase do Ciclo de Alfabetizao, ou seja, na fase final, caso ela no tenha conseguido desenvolver um percentual das competncias e habilidades exigidas nos Marcos de Aprendizagem. Os avanos sucessivos e sem interrupes procedimento proposto pela LDB n 9394/96, art. 32, denominado de progresso continuada nos trs anos do ciclo permitiro o cumprimento do respeito s especificidades da aprendizagem de cada sujeito aprendente. Nesta perspectiva, o Ciclo de Alfabetizao incorpora a concepo de formao global dos sujeitos, partindo do pressuposto de que todos tm capacidades para aprender, desde que sejam pedagogicamente bem conduzidos. Assim, o foco se desloca dos contedos para os alunos, sujeitos da aprendizagem, para o desenvolvimento das competncias e habilidades. Educar na perspectiva do desenvolvimento das competncias e das habilidades , ento, ajudar o sujeito da aprendizagem a desenvolver um conjunto de conhecimentos, atitudes, capacidades e habilidades,

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    enfim, adquirir condies e/ou recursos que devero ser mobilizados para resolver s situaes, em diferentes nveis, dentro e fora do espao da escola.

    Em linhas gerais, o Ciclo de Alfabetizao objetiva: Assegurar o direito a se alfabetizar e letrar. Democratizar o conhecimento e o acesso at os nveis escolares mais elevados. Proporcionar mais tempo para aprender, respeitando os diferentes tempos (sociais, mentais,

    culturais), ritmos e formas de aprender dos alunos das classes populares, visto que cada um tem uma maneira prpria de assimilar contedos e capacidades diferenciadas de apreender o conhecimento e aprender, que resultante da histria de vida.

    Possibilitar a continuidade do acesso e a permanncia dos alunos na escola, a qualidade de ensino, a eliminao da defasagem srie/idade, o combate ao fracasso e evaso escolar.

    Garante: A todas as crianas de seis anos o acesso ao Ensino Fundamental. Aos alunos com idades prximas, seis e sete anos, sete e oito anos, serem agrupados numa

    mesma fase, posto que seus aspectos bio-psico-sociais, bem como seus desejos e interesses se assemelham e so diferentes das crianas com idades acima de oito anos.

    Aos alunos com distoro idade-srie a permanncia de dois anos no ciclo, aumentando assim o tempo para o aprendizado da lngua escrita.

    A todas as crianas dentro do ciclo a apropriao do sistema alfabtico-ortogrfico e o letramento.

    O Ciclo de Alfabetizao considera: A infncia: A infncia dos seis a dez anos um perodo que se caracteriza por grandes mudanas na vida da criana. Neste perodo so tecidos os fios da trama e do drama do desenvolvimento fsico, cognitivo, psicolgico e social, onde a criana descortina a multiplicidade de descoberta do mundo e de construo de conceitos, regras e limites. Embora a famlia continue a desempenhar um papel importante nos processos de desenvolvimento, a escola surge nesta poca como espao frtil para desenvolver as habilidades cognitivas e acadmicas, como tambm representa um ambiente em que os grupos de pares podem influenciar a socializao da criana. Na escola a criana constri a base do repertrio cientfico que ir sustentar toda a sua vida acadmica, alm de iniciar um vnculo positivo ou no com a escola, com o conhecimento e com o professor. A qualidade desse vnculo, bem como a solidez dessa base, dependem no s dos recursos internos da criana (cognitivo), mas, sobretudo da qualidade da formao humana, tica e acadmica do professor que faz a mediao.

    importante ressaltar que a criana ao entrar para escola traz uma srie de conceitos aprendidos nas suas relaes sociais, os conceitos espontneos, e em contato com conceitos que no fazem parte de suas experincias com a realidade, os conceitos cientficos, elas criam novos conceitos, a partir da sntese destes dois conceitos, com a mediao do professor.

    Com a entrada na fase escolar ocorrem mudanas profundas em vrios aspectos da vida psquica da criana. Tanto nos aspectos intelectuais quanto na vida afetiva e nas relaes sociais observam-se aparecimento de novas formas de organizao comportamental.

    Segundo Sigmund Freud (1856-1939), a criana neste perodo encontra-se na fase de latncia, perodo de adormecimento sexual. Esta fase se caracteriza pelo deslocamento da energia sexual para atividades socialmente aceitas, ou seja, a criana passa a gastar sua energia em atividades sociais e escolares. A curiosidade sexual cede lugar curiosidade pelo conhecimento, as letras e os nmeros, se tornam to importante quanto s brincadeiras e os brinquedos.

    No que se refere ao brincar, Lev Vygotsky (1896-1934), assinala que uma de suas funes bsicas permitir que a criana aprenda a elaborar e resolver situaes conflitantes que vivencia no seu dia a dia, buscando transformar a realidade. Segundo ele, a brincadeira uma fonte rica de

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    aprendizagem e desenvolvimento, posto que promove transformao no nvel do psiquismo. Neste veio, faz-se necessrio que a escola possibilite o espao-tempo da ludicidade, e, paralelamente formao acadmica, promova a formao tica e esttica, assumindo o brincar como atividade essencial para o desenvolvimento e aprendizagens dos alunos.

    Henri Wallon (1872-1962), por sua vez, destaca o inicio da escolaridade, por volta dos seis anos, como a idade que permite a criana encontrar tanto os meios intelectuais quanto a ocasio de se individuar5 de forma ntida6. Para este psiclogo, ela est em intenso progresso no campo intelectual, sendo a afetividade, a fora motriz que ir possibilitar tal avano, posto que so os motivos, necessidades e desejos que dirigem o interesse da criana para o conhecimento e conquista do mundo exterior. Neste sentido, importante destacar como o professor utiliza os aspectos afetivos para promover o avano cognitivo, j que a elaborao cognitiva fundamenta-se na relao com o outro, que permeada de afetividade. O tom, o gesto, a fala, o olhar, a escuta e a ateno do professor para a criana adquire um valor determinado para alguns, uma ressonncia particular para outros.

    O Psiquiatra Erik Erikson (1902-1994), que desenvolveu a teoria da personalidade e seus Oito Estgios de Desenvolvimento, caracterizou este perodo da infncia como o estgio em que as crianas descobrem que so capazes de produzir algo e que, atravs da produo material, intelectual ou comportamental, podem conseguir aceitao social e uma sensao de autovalor, ao passo que a que fracassa desenvolve um conceito inferior. Nesta fase, elas adquirem noes bsicas para a vida em sociedade, como, por exemplo, vivncia em grupo de acordo com as regras sociais.

    Para Jean Piaget (1896-1980), a criana de seis a dez anos encontra-se saindo do pensamento pr-operacional para o perodo operacional concreto. Neste perodo, o egocentrismo intelectual e social (incapacidade de se colocar no ponto de vista de outros) que caracteriza a fase anterior d lugar emergncia da capacidade da criana de estabelecer relaes e coordenar pontos de vista diferentes (prprios e de outrem) e de integr-los de modo lgico e coerente; as assimilaes e acomodaes ocorrem de forma mais gil, ampliando os esquemas mentais. Surge capacidade de interiorizar as aes, ou seja, ela comea a realizar operaes mentalmente e no mais apenas atravs de aes fsicas tpicas da inteligncia sensrio-motor. A criana descentra, isto , leva em considerao as vrias dimenses do objeto, como, por exemplo: comprimento e largura; faz a reversibilidade, ou seja, entende que certos fenmenos so irreversveis; esta uma caracterstica imprescindvel para ela compreender noes de adio e subtrao, multiplicao e diviso como operaes complementares. Conclui e consolida as conservaes do nmero, da substncia e do peso. Apesar de ainda trabalhar com objetos, agora representados, sua flexibilidade de pensamento permite inmeras aprendizagens. A criana: - Ser histrico e cultural, ativo e interativo. Esta concepo difere daquela que considera a criana/o aluno como homnculos ou adultos em miniatura, tbulas rasas, folhas em branco, disquetes vazios ou CD virgem, desprovidos de especificidade prpria e originalidade, que recebe passivamente as informaes do professor (detentor do conhecimento), tornando-se um mero depsito de conhecimento. - Sujeito desejante, que pensa, sente e age no e com o mundo, no e com o outro. - Ser de mltiplas dimenses que aprende em tempo e ritmo diferente. - Sujeito com grandes possibilidades de simbolizar e compreender o mundo, estruturando seu

    pensamento e fazendo uso de mltiplas linguagens.

    5 A individuao um processo por meio do qual o ser humano evolui de um estado infantil de identificao para um estado de maior diferenciao, o que implica uma ampliao da conscincia. 6 Citao extrada do livro Avaliao psicopedaggica da criana de sete a onze anos, de Ndia Aparecida Bossa.

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    - Ser que vive num momento crucial de sua vida no que se refere construo de sua autonomia e de sua identidade.

    - Sujeito capaz de representar o mundo, construindo-o a partir de uma lgica prpria, explicaes mgicas para compreend-lo.

    - Cidad, pessoa que tem direitos, que produz cultura e nela produzida (Sujeito de direito e de cultura).

    - Atores e atrizes sociais do seu prprio contexto.

    fundante asseverar que a criana... tem direito liberdade, ao respeito e dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituio e nas leis. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade fsica, psquica e moral da criana..., abrangendo a preservao da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idias e crenas, dos espaos e objetos pessoais. (Estatuto da Criana e do Adolescente, arts. 15 e 17). O Brincar: Espao do sagrado, do simblico, do imaginrio, da criatividade, da fantasia, da inventividade, do ldico, da singularidade, da socializao, da cultura infantil, da solidariedade, da amizade, de crescimento, de autonomia, de troca de experincias vivenciais e culturais, de descobertas, de aprendizagens, de ser e estar no mundo... Brincar sempre foi (e ser) essencial ao ser humano. "Um homem somente brinca quando ele humano..., e ele somente humano quando brinca..." (Schiller). Nesta perspectiva, entende-se o brincar como uma atividade essencial para o desenvolvimento das dimenses que compem a subjetividade das crianas: fsica, psicolgica, cognitiva e social. Deve-se, portanto, tomar a brincadeira como uma expresso legtima e nica da infncia e inser-la no cotidiano da escola por meio de estudo nos espaos de debates pedaggicos, nos programas de formao continuada, nos tempos de planejamentos. A Escola: Espao de construo e formao da subjetividade, da identidade, da tica, da cidadania, da esttica, do intelecto, de ao-reflexo-ao, da interao dialtica de interferncia e produo de mudanas mtuas. o lugar onde a interveno pedaggica intencional desencadeia o processo ensino aprendizagem. A escola organiza e planeja de maneira formal, cientfica, relacional os conhecimentos acumulados histrico-culturalmente pela humanidade, portanto sua funo ser fazer com que os conceitos espontneos ou cotidianos (assistemticos, informais), que as crianas desenvolvem na convivncia social, evoluam para o nvel dos conceitos cientficos (sistemticos, formais), adquiridos pelo ensino. Para tanto, deve se engajar e se inserir na sociedade e na cultura, ao mesmo tempo, se comprometer com o desenvolvimento dos sujeitos, numa prtica que integre a dimenso social e individual. A Aprendizagem Processo pelo qual o indivduo adquire informaes, habilidades, atitudes e valores a partir da interao com seus pares na cultura. O aprendizado ocorre na interao social, no mbito da zona proximal.7 Nesta perspectiva, o aprendizado adequadamente organizado resultar em desenvolvimento mental. A aprendizagem ocorre a partir de um intenso processo de interao social, atravs do qual a criana vai internalizando instrumentos culturais. Por meio das interaes

    7 De acordo com Vygotsky, a Zona de Desenvolvimento Proximal a distncia ou o caminho que o indivduo vai percorrer para desenvolver funes que esto em processo de amadurecimento e que, com a ajuda do outro, tornar-se-o funes consolidadas e estabelecidas na Zona de Desenvolvimento Real, determinada por aquilo que a criana capaz de fazer sozinha, porque j tem conhecimento consolidado. J a Zona de Desenvolvimento Proximal, determinada por aquilo que a criana ainda no domina, mas capaz de realizar com o auxlio de uma pessoa mais experiente; na escola, colegas e professores. A Zona de Desenvolvimento Proximal permite explorar aquelas funes que ainda no se desenvolveram, mas que esto em estado embrionrio.

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    com outras pessoas e com a realidade social como um todo, ela observa condutas, apropria-se de valores e significados.

    O Conhecimento: Resultante da interao entre o sujeito e o objeto do conhecimento. na troca com outros sujeitos (professores e alunos) e consigo prprio que se vo internalizando conhecimentos, papis e funes sociais, o que permite a formao da conscincia e do conhecimento. Neste sentido, todos os alunos se desenvolvem e aprendem, desde que lhes sejam oportunizadas situaes e intervenes pedaggicas qualificadas. O Professor: Aquele que ajuda o aluno a desenvolver o que ele ainda no atinge sozinho. um mediador que orienta o aprendizado no sentido de adiantar o desenvolvimento potencial do aluno, tornando-o real. O lugar do professor essencial na infncia, sua prtica no se d no vazio e no espontanesmo, tampouco um ato inocente e apoltico. Pelo contrrio, tem uma intencionalidade, e, de modo consciente ou inconsciente, explicito ou implcito, embasada por um corpo terico-metodolgico que reflete o modo de atuao, as crenas, os valores e a maneira de perceber e conceber o homem, a sociedade, a educao, a escola, o conhecimento, o currculo, o processo ensino e aprendizagem, a avaliao, o aluno, o professora. A interveno pedaggica determinante na construo de todo e qualquer conhecimento. O Aluno: Sujeito ativo e interativo que constri sua inteligncia a partir da interao com os objetos do conhecimento e com os agentes sociais (professores e colegas) na cultura, local de negociaes no qual seus membros esto em constante processo de recriao e reinterpretao de informaes, conceitos e significaes. A Lngua Escrita: Sistema discursivo que tem origem na interlocuo, centrada na interao verbal que se d por meio de textos ou discursos, falados ou escritos. A construo do conhecimento sobre ela dever ser um processo ativo e construtivo, onde o sujeito ser a criana que trar para o ambiente escolar algumas hipteses sobre a leitura e escrita e aprender interagindo com os objetos do conhecimento e com seus pares na cultura. Entretanto, o processo de aquisio da lngua escrita no acontecer no vazio, j que o aluno no aprender a ler e escrever sozinho apenas convivendo com muitos e diversos materiais escritos; ao contrrio, depender da mediao de um ensino sistemtico, progressivo e seqencial, que tome o uso e a reflexo sobre a lngua como objeto de conhecimento e de pesquisa. Isto implica na rejeio de um ensino meramente transmissivo, baseado na memorizao de regras e conceitos, bem como numa aprendizagem focada em automatismos e reprodues mecnicas e lineares. A alfabetizao: Processo que se desenvolver no contexto de e por meio de prticas sociais de leitura e de escrita, isto , atravs de atividades de letramento, e este, por sua vez, s desenvolver-se- no contexto da e por meio da alfabetizao, isto , apropriao do sistema alfabtico e ortogrfico. A concepo de alfabetizar letrando parte do pressuposto de que o aluno se apropriar do sistema alfabtico/ortogrfico na perspectiva da convivncia com diferentes prticas sociais de leitura e de escrita. Isto implica em substituir as tradicionais e artificiais cartilhas pelos diversos materiais de leitura e escrita que circulam na escola e na sociedade, criando situaes que tornem necessrias e significativas s prticas de produo de textos.

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    222888))) QQQUUUEEEMMM IIINNNGGGRRREEESSSSSSAAARRR NNNAAA FFFAAASSSEEE IIINNNIIICCCIIIAAALLL DDDOOO CCCIIICCCLLLOOO DDDEEE AAALLLFFFAAABBBEEETTTIIIZZZAAAOOO???

    1) Alunos novos que ingressarem no Ensino Fundamental 2007, tendo completado seis anos de idade at 30 de maro do mesmo ano. Pelos dispositivos das leis, estes alunos devero cursar as trs fases do ciclo.

    2) Alunos novos no Ensino Fundamental que ingressarem na Rede Municipal de Ensino em 2007, tendo completado sete anos de janeiro a dezembro do mesmo ano. Pelos dispositivos das leis, estes alunos podero concluir o Ciclo de Alfabetizao em dois anos, caso tenham construdo as competncias e habilidades necessrias.

    3) Alunos que cursaram a Educao Infantil (Grupo 6) em 2006 e que completaro sete anos de idade de janeiro a dezembro de 2007.

    importante ressaltar que nesta fase, destinada prioritariamente aos alunos com seis e sete anos, no h reteno nem reclassificao dos mesmos para outras fases do ciclo ou 3 srie.

    importante ressaltar que a Lei n 11.274/2006 Lei n 11.274/2006 garante as crianas que completarem seis anos no incio do ano letivo, nove anos escolarizao no Ensino Fundamental, a partir do ano de implantao desta poltica educacional nos sistemas de ensino. As demais crianas, com idade acima de seis anos, estando ou no no antigo Ensino Fundamental, o concluiro em oito anos. 222999))) QQQUUUEEEMMM IIINNNGGGRRREEESSSSSSAAARRR NNNAAA FFFAAASSSEEE IIINNNTTTEEERRRMMMEEEDDDIIIRRRIIIAAA DDDOOO CCCIIICCCLLLOOO DDDEEE AAALLLFFFAAABBBEEETTTIIIZZZAAAOOO???

    Esta fase ser destinada aos:

    1) Alunos que no ano anterior cursaram a fase inicial.

    2) Alunos novos que ingressarem na Rede Municipal de Ensino, tendo completado oito anos de idade at dezembro do ano de ingresso.

    3) Alunos que cursaram a Educao Infantil (Grupo 6) em 2006 e que completaram sete anos de idade neste mesmo ano.

    4) Alunos que foram conservados no segundo ano de escolarizao do CEB em 2006, antigo Ensino Fundamental de oito anos.

    5) Alunos com distoro idade-srie.

    Nesta fase, no h reteno nem reclassificao do aluno.

    importante salientar que na formao das classes na fase intermediria, as escolas, de acordo com sua estrutura fsica, devero agrupar os alunos com idades prximas, visto que os mesmos apresentam aspectos bio-psico-sociais semelhantes, assim como desejos e interesses. Ressalta-se ainda que os agrupamentos de tais alunos sejam organizados em um mesmo turno, com vistas a um trabalho diferenciado, a critrio de cada escola. 333000))) QQQUUUEEEMMM IIINNNGGGRRREEESSSSSSAAARRR NNNAAA FFFAAASSSEEE FFFIIINNNAAALLL DDDOOO CCCIIICCCLLLOOO DDDEEE AAALLLFFFAAABBBEEETTTIIIZZZAAAOOO???

    1) Alunos que no ano anterior cursaram a fase intermediria

    2) Alunos que cursaram a 1 srie e foram transferidos com histrico escolar comprovando promoo para 2 srie do Ensino Fundamental de oito anos. Nesta fase, haver reteno do aluno caso ele no consiga construir as competncias e habilidades necessrias elencadas nos Marcos de Aprendizagem para todo Ciclo de Alfabetizao, assim como a reclassificao para a 3.

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    importante ressaltar que no ano de 2007 ainda no ser implantado a fase final do Ciclo de Alfabetizao, devido as necessidade de adaptaes estruturais e organizacionais da Rede Municipal de Ensino. Desta forma, a implantao do Ensino Fundamental de nove anos ocorrer de forma gradativa.

    333111))) QQQUUUEEEMMM PPPOOODDDEEERRR SSSEEERRR RRREEECCCLLLAAASSSSSSIIIFFFIIICCCAAADDDOOO NNNAAA FFFAAASSSEEE FFFIIINNNAAALLL DDDOOO CCCIIICCCLLLOOO DDDEEE AAALLLFFFAAABBBEEETTTIIIZZZAAAOOO PPPAAARRRAAA AAA 333 SSSRRRIIIEEE DDDOOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS???

    1) Alunos novos no Ensino Fundamental que ingressarem na Rede Municipal de Ensino em 2007, tendo completado sete anos de janeiro a dezembro do mesmo ano. Pelos dispositivos das leis, estes alunos podero concluir o Ciclo de Alfabetizao em dois anos, caso tenham construdo as competncias e habilidades necessrias.

    2) Alunos que foram conservados no segundo ano de escolarizao do CEB em 2006, antigo Ensino Fundamental de oito anos, caso tenham construdo as competncias e habilidades necessrias elencadas nos Marcos de Aprendizagem para todo Ciclo de Alfabetizao.

    3) Alunos com distoro idade-srie, caso tenham construdo as competncias e habilidades necessrias elencadas nos Marcos de Aprendizagem para todo Ciclo de Alfabetizao. 333222))) CCCOOOMMMOOO OOOCCCOOORRRRRREEERRR AAA RRREEECCCLLLAAASSSSSSIIIFFFIIICCCAAAOOO DDDOOO AAALLLUUUNNNOOO NNNAAA FFFAAASSSEEE FFFIIINNNAAALLL DDDOOO CCCIIICCCLLLOOO DDDEEE AAALLLFFFAAABBBEEETTTIIIZZZAAAOOO PPPAAARRRAAA 333 SSSRRRIIIEEE DDDOOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS???

    A reclassificao ocorrer no incio da fase final, mediante a avaliao, baseada nas competncias e habilidades elencadas nos Marcos de Aprendizagem para todo Ciclo de Alfabetizao. 333333))) QQQUUUAAALLL AAA DDDAAATTTAAA LLLIIIMMMIIITTTEEE PPPAAARRRAAA RRREEECCCLLLAAASSSSSSIIIFFFIIICCCAAAOOO DDDOOO AAALLLUUUNNNOOO NNNAAA FFFAAASSSEEE FFFIIINNNAAALLL DDDOOO CCCIIICCCLLLOOO DDDEEE AAALLLFFFAAABBBEEETTTIIIZZZAAAOOO PPPAAARRRAAA 333 SSSRRRIIIEEE DDDOOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE NNNOOOVVVEEE AAANNNOOOSSS???

    A data limite para a reclassificao ser at 30 de maro do ano corrente. 333444))) QQQUUUEEE RRREEEFFFLLLEEEXXXEEESSS DDDEEEVVVEEEMMM SSSEEERRR FFFEEEIIITTTAAASSS EEEMMM RRREEELLLAAAOOO AAA PPPRRROOOPPPOOOSSSTTTAAA CCCUUURRRRRRIIICCCUUULLLAAARRR?

    A entrada no novo Ensino Fundamental no pode representar uma ruptura com o processo anterior, vivido pelas crianas em casa ou na instituio de Educao Infantil, mas sim uma forma de dar continuidade s suas experincias anteriores para que elas, gradativamente, sistematizem os conhecimentos sobre a lngua.

    O primeiro ano do ciclo dever respeitar a singularidade das crianas, seus tempos, ritmos e formas de aprender, valorizando as suas dimenses fsica, cognitiva, psicolgica e social, assim como o ldico, a brincadeira, a criatividade e a inventividade, trabalhando as diferentes linguagens e integrando as diversas reas do conhecimento, tais como Cincias Naturais, Cincias Sociais, Lgico-matemtico e Linguagens, fundamentando-se nos princpios ticos, polticos e estticos.

    A forma de abordagem dos contedos curriculares, elementos fundamentais ao desenvolvimento pessoal e sociocultural dos alunos de seis anos, envolver conceitos, procedimentos dos diferentes campos do conhecimento, capacidades cognitivas e sociais bsicas que sejam adequadas ao ritmo do desenvolvimento humano da criana nessa idade. Quer inseridas no Ensino Fundamental ou na Educao Infantil, as abordagens dos temas devero ser coerentes com a realidade e requerem forma significativa e contextualizada. A aprendizagem significativa requer intensa atividade e envolvimento da criana em qualquer etapa da educao Bsica e em qualquer idade.

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    Estudos e pesquisas indicam que as primeiras experincias da vida so as que marcam mais profundamente as pessoas. H, portanto, uma preocupao em respeitar conceitos e experincias anteriores na construo de novos conhecimentos. Nesse sentido, em qualquer etapa, a Proposta Pedaggica deve observar, entre outras: Atividades significativas adequadas ao ritmo do desenvolvimento humano das diferentes idades; Vivncias de experincias prazerosas; Oportunidade de socializao com seus pares e profissionais da escola; Motivao e insero na cultura escolar, no mundo da escrita e da leitura, mesmo antes do incio

    do processo de alfabetizao; Estabelecimento das bases da personalidade humana, da inteligncia, da vida emocional, da

    socializao. O espao aberto pelas normas vigentes permite que as instituies escolares usem do princpio da autonomia que lhes foi conferida e construam, com criatividade, compromisso e competncia tcnica, baseadas em pesquisas sobre o desenvolvimento humano e construo do conhecimento, uma Proposta Pedaggica adequada criana de seis anos. Ressalta-se, porm, que est autonomia deve est em consonncia com os marcos tericos adotados na Rede Municipal de Ensino de Salvador.

    Quanto a organizao curricular da Proposta Pedaggica, recomenda-se observar o dispositivo na Resoluo CNE/CEB n 01/99 e Resoluo CNE/CEB n 02/99, artigo 5, 2, no que diz respeito ao assunto.

    Ressalta-se que as Escolas da Rede Pblica Municipal de Ensino de Salvador tero um prazo at dezembro de 2008 para adequar sua Proposta Pedaggica e Regimento Escolar organizao do Ensino Fundamental de nove anos. 333555))) QQQUUUAAAIIISSS AAASSS MMMUUUDDDAAANNNAAASSS PPPAAARRRAAA OOO PPPRRROOOFFFEEESSSSSSOOORRR QQQUUUEEE AAATTTUUUAAA NNNOOO CCCIIICCCLLLOOO DDDEEE AAALLLFFFAAABBBEEETTTIIIZZZAAAOOO DDDOOO EEENNNSSSIIINNNOOO FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL???

    a) Dever ser garantida a permanncia do mesmo professor nos trs anos de ciclo, mediante assinatura de termo de responsabilidade deste profissional perante a CAGE;

    b) A escolha de professores para atuar nas turmas do CEB deve levar em conta sua formao profissional, sua experincia como alfabetizador, sua sensibilidade e interesse em trabalhar com crianas dessa faixa etria.

    333666))) QQQUUUEEE AAASSSPPPEEECCCTTTOOOSSS DDDEEEVVVEEEMMM SSSEEERRR CCCOOONNNSSSIIIDDDEEERRRAAADDDOOOSSS NNNAAA FFFOOORRRMMMAAAOOO DDDEEE CCCLLLAAASSSSSSEEESSS???

    a) As classes da fase inicial do ciclo sero formadas, exclusivamente, de alunos novos no Ensino Fundamental.

    b) As classes do CEB devero ser organizadas com, no mximo, 30 alunos em todas as fases. c) Na formao das classes nas fases intermediria e final do ciclo, as escolas, de acordo com

    sua estrutura fsica, devero agrupar os alunos com idades prximas, visto que os mesmos apresentam aspectos bio-psico-sociais semelhantes, assim como desejos e interesses. Ressaltamos que os agrupamentos de tais alunos sejam organizados em um mesmo turno, com vistas a um trabalho diferenciado, a critrio de cada escola.

    d) Os alunos que, no ano de 2006, j estavam cursando o Ensino Fundamental, podem conclu-lo em oito anos.

    e) O aluno no poder avanar em mais de uma fase pelo ato de reclassificao. f) O aluno no poder ser transferido da escola antes de concluir srie para a qual foi

    reclassificado. g) No poder ser reclassificado em srie posterior, o aluno que no ano antecedente tenha sido

    reprovado.

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    333777))) QQQUUUEEE AAASSSPPPEEECCCTTTOOOSSS DDDEEEVVVEEEMMM SSSEEERRR CCCOOONNNSSSIIIDDDEEERRRAAADDDOOOSSS NNNOOO PPPRRROOOCCCEEESSSSSSOOO DDDEEE AAAVVVAAALLLIIIAAAOOO???

    a) A avaliao da aprendizagem no CEB deve ser processual, formativa e cumulativa com nfase nos aspectos qualitativos, tendo como referncia os Marcos de Aprendizagem e os Dirios de Classe para o ciclo.

    b) Em caso de abandono (nos casos comprovados de 75% de faltas no total de carga horria prevista para o ano letivo) o aluno ser matriculado no ano letivo seguinte de acordo com as orientaes previstas para cada fase do ciclo, sobretudo, com a faixa etria.

    c) Ao final do CEB o aluno dever demonstrar competncias e habilidades construdas para ser promovido para a 3 srie.

    d) A progresso continuada dentro do ciclo deve ser garantida aos alunos e apoiada por estratgias de atendimento diferenciado, no decorrer de todo o processo.

    e) Devero ser realizadas em cada fase do ciclo, avaliaes diagnsticas: iniciais, bimestrais e finais, de acordo com as habilidades expressas no Dirio de Classe para todas as reas do conhecimento, numa perspectiva interdisciplinar, contemplando, sobretudo, a anlise da escrita e do raciocnio lgico matemtico dos alunos. Esta ao visa orientar o planejamento didtico garantindo a continuidade do processo de ensino e aprendizagem.

    f) As avaliaes devero permanecer na escola durante o perodo em que o aluno estiver cursando o Ciclo de Estudos Bsicos para que possa subsidiar o acompanhamento da evoluo deste educando.

    333888))) QQQUUUEEE AAASSSPPPEEECCCTTTOOOSSS DDDEEEVVVEEEMMM SSSEEERRR CCCOOONNNSSSIIIDDDEEERRRAAADDDOOOSSS CCCOOOMMM RRREEELLLAAAOOO AAA CCCAAARRRGGGAAA HHHOOORRRRRRIIIAAA???

    a) Cada fase ou srie do Ensino Fundamental ter uma carga horria anual de 800 horas, com o mnimo de 200 dias letivos de efetivo trabalho escolar. b) As atividades escolares devem ser desenvolvidas, diariamente, numa jornada mnima de quatro horas. Entende-se como aula, as atividades curriculares envolvendo professores e alunos realizadas nas salas e em outros espaos da escola e da comunidade como: biblioteca, laboratrio, quadra de esporte, ptios, jardins, espaos culturais e de lazer da comunidade, outras escolas, etc.

    CCCOOONNNSSSIIIDDDEEERRRAAAEEESSS FFFIIINNNAAAIIISSS A implantao do Ensino Fundamental de nove anos na Rede Municipal de Ensino de Salvador, que ocorrer a partir do ano de 2007 em 100% das escolas, toma como eixos norteadores: a eqidade e qualidade da educao; a permanncia da criana na escola; a democratizao do acesso ao conhecimento e aos nveis escolares mais elevados. Garantir as crianas das classes populares do municpio o ingresso e a continuidade dos estudos, ampliando assim a oportunidade de acesso a cultura escrita, bem como a garantia de um processo educativo respeitoso e construdo com base nas mltiplas dimenses e na especificidade do tempo da infncia, do qual tambm fazem parte as crianas de sete e oito anos. A Secretaria Municipal da Educao e Cultura acrescentar um ano no Ciclo de Estudos Bsicos, passando de dois para trs anos de escolarizao no Ciclo de Alfabetizao, que se volta para a cultura do sucesso escolar, considera a faixa etria, os interesses e necessidades dos alunos, posto que traz em seu bojo uma concepo de democracia em que a escola busca superar-se enquanto instituio excludente. Isto significar mais tempo para respeitar o desenvolvimento de cada criana.

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    O grande desafio posto escola pblica contempornea a equidade e qualidade da educao. A ampliao do Ensino Fundamental de nove anos, como poltica afirmativa de eqidade social, uma ao que promove o acesso e permanncia do aluno nos espaos de aprendizagens, bem como a democratizao do conhecimento, visando a superao de uma escola excludente. Entretanto, a chave para a incluso ou excluso deste sujeito aprendente na escola responsabilidade de todos os atores e atrizes sociais. Portanto, a SMEC conclama as Unidades Escolares atravs dos seus gestores, professores, coordenadores pedaggicos, pessoal de apoio, pais e comunidades para juntos fazermos uma educao de participao popular, numa perspectiva tica, esttica, humana e solidarista.

    RRREEEFFFEEERRRNNNCCCIIIAAA BBBIIIBBBLLLIIIOOOGGGRRRFFFIIICCCAAA BRASIL. Conselho Nacional de Educao. Parecer n. 06/05. Orientaes para a matrcula das crianas de 6 (seis) anos de idade no Ensino Fundamental obrigatrio, em atendimento Lei 11.114, de 16 de maio de 2005, que altera os Arts. 6, 32 e 87 da Lei n. 9.394/1996. MEC: Braslia, 2005. BRASIL. Conselho Nacional de Educao. Parecer n. 18/05. Orientaes para a matrcula das crianas de 6 (seis) anos de idade no Ensino Fundamental obrigatrio, em atendimento Lei 11.114, de 16 de maio de 2005, que altera os Arts. 6, 32 e 87 da Lei n. 9.394/1996. MEC: Braslia, 2005. BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei n. 9.394/1996: Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional. Braslia, 1996. BRASIL. Presidncia da Repblica. Lei n. 10.172/2001. Braslia, 2001. BRASIL. Presidncia da Repblica. Lei n. 11.114/2005. Braslia, 2005. BRASIL. Presidncia da Repblica. Lei n. 11.274/2006. Braslia, 2006. BRASIL. Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Bsica. Ampliao do ensino fundamental para nove anos: 3 relatrio do programa / Secretaria de Educao Bsica. Braslia: Ministrio da Educao, 2006. BRASIL. Ministrio da Educao. Ensino Fundamental de nove anos: orientaes para a inc