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Uma realidade possível e necessária
Em 1938, um grupo de pescadores tinha como
local para pesca e acampamento as
margens de um arroio que atravessava as
dunas e onde existiam grandes árvores que
serviam de abrigo. Não havendo sal para a
conservação dos peixes e mariscos, a solução
foi ferver a água do mar a fim de se obter o sal.
Em 1944 fixaram-se os primeiros moradores
com choupanas à beira-mar. A madeira
vinha da serra, transportada em
canoas através da Lagoa Itapeva e
depois puxadas por carretas de boi até as
margens do arroio.
Arroio do Sal está localizado no Estado do Rio Grande do Sul
e apresenta uma realidade distinta, como município de
área litorânea voltado para o turismo e dependente da
temporada de verão.
Nossa região é de planície costeira e de eco açoriano, porém a convivência com os veranistas
durante os meses de dezembro a março causa um grande impacto cultural
Em nosso município enfrentamos grandes Em nosso município enfrentamos grandes problemas em função da ociosidade de nossos problemas em função da ociosidade de nossos
jovens e adolescentes, tais como: altos níveis de jovens e adolescentes, tais como: altos níveis de consumo de drogas, violência doméstica e abuso consumo de drogas, violência doméstica e abuso
sexual de menores, gravidez na adolescência, sexual de menores, gravidez na adolescência, trabalho infantil e marginalização, malefícios que trabalho infantil e marginalização, malefícios que
pretendemos diminuir através da ocupação deste pretendemos diminuir através da ocupação deste tempo ocioso com políticas públicas de valorização tempo ocioso com políticas públicas de valorização
da juventude.da juventude.
“Para permanecer vivo, educando a paixão, desejos de vida ou de morte,
é preciso educar o medo e a coragem. Medo e coragem de ousar. Medo e a
coragem em assumir a solidão de ser diferente. Medo e coragem de romper
com o velho. Medo e a coragem de construir o novo”.
Madalena Freire
Saber organizar o trabalho pedagógico e ainda administrar a escola
pública é um desafio para coordenadores pedagógicos orientadores educacionais,
professores, para os diretores, funcionários, pais, pois são esses os
principais interlocutores sociais da organização escolar, responsáveis pelas
ações que possam de fato consolidar uma prática democrática.
“..tendo em conta que a participação democrática não se dá
espontaneamente, sendo antes um processo histórico em construção
coletiva, coloca-se a necessidade de se preverem mecanismos institucionais que
não apenas viabilizem mas também incentivem práticas participativas dentro
da escola pública.(Vitor Henrique Paro,
1998,p.46)
Comprometer-se com a gestão democrática, que é um processo político, um “ato político”(Paulo Freire) através do qual as
pessoas na escola discutem, deliberam e planejam, solucionam problemas e os
encaminham, acompanham, controlam e avaliam o conjunto das ações voltadas ao
desenvolvimento da própria escola, não é das tarefas mais fáceis. É um enfrentamento diário,
principalmente em uma cultura enraizada em práticas antidemocráticas na história da
educação brasileira.
A gestão democrática da educação está associada aos mecanismos legais
e institucionais e à organização de ações que desencadeiem a
participação social: na formulação de políticas educacionais;
no planejamento; na tomada de decisões;
na definição do uso de recursos e necessidades de investimentos;
na execução das deliberações coletivas; nos momentos de avaliação da escola e
da política educacional.
A implementação de uma gestão democrática só terá sucesso se a os/as
educadores/as estiverem comprometidos com o projeto.
O conceito de participação é muito importante, e pode ter muitos significados,
além de poder ser exercido em diferentes níveis. Podemos pensar a participação em
todos os momentos do planejamento da escola, de execução e de avaliação, ou
pensar que participação pode ser apenas convidar a comunidade para eventos ou para
contribuir na manutenção e conservação do espaço físico..
Portanto, as conhecidas perguntas sobre
"quem participa?",
"como participa?",
"no que participa?",
"qual a importância das decisões tomadas?" devem estar presentes nas agendas de
discussão da gestão na escola e nos espaços de definição da política educacional de um
município, estado ou país.
Vários autores, como Padilha e Dourado, defendem a eleição de diretores de escola e a
constituição de conselhos escolares como formas mais democráticas de gestão. Outro
elemento indispensável é a descentralização financeira, na qual o governo, nas suas
diferentes esferas, repassa para as unidades de ensino recursos públicos a serem
gerenciados conforme as deliberações de cada comunidade escolar.
Estes aspectos estarão conformados na legislação local, nos regimentos escolares
e regimentos internos dos órgãos da própria escola, como o Conselho Escolar
e a ampla Assembléia da Comunidade
Escolar.
Cidadania e participação são as palavras-chave.
E as questões são:
O que é gestão democrática? Como se vive a gestão democrática nas
escolas? Quais as diferenças em relação as gestões
não democráticas? Como se pode educar com cidadania e
participação na escola (educadores/as, alunos/as, funcionários/as e comunidade)?
A lei (1959/2010) já foi aprovada no município e estabelece uma eleição com a
participação dos alunos maiores de 16 anos, pais ou responsáveis pelos
menores, membros do magistério e funcionários da escola. Os três mais
votados passarão por uma prova de títulos e prova escrita, e um será escolhido pelo
prefeito, secretária de educação e conselho escolar.
Pesquisa socioantropológica na educação infantil.
Os PPPs construídos com a Comunidade
Escolar.
Jornadas Pedagógicas
contínuas, para professores e
funcionários do ensino fundamental e educação Infantil, com participação
dos pais.
Encontros com os líderes (alunos) das turmas de todas as escolas municipais e estaduais, de 5ª série à 8ª série, visando
discutir os problemas enfrentados nas salas de aula e responsabilizar os líderes sobre
seu papel social. Duas temáticas já foram trabalhadas: “Liderança e Cidadania” e “Bullyng”
A lei (1930/2010) que cria os conselhos escolares em cada escola do município
prevê a participação de representantes dos professores, pais ou responsáveis e
funcionários, eleitos diretamente pelo comunidade escolar.
Os conselhos terão função deliberativa, consultiva e fiscal, assim como participarão
do processo de indicação dos diretores.
Projeto de lei municipal – Lei nº 958/2000
Prevê um repasse bimestral direto às escolas para que estas executem pequenos reparos sem a demora burocrática do sistema, priorizando a prestação de contas à comunidade.
Com a criação do sistema, o Conselho Municipal de Educação assume todas as atribuições que até então só seriam delegadas pelo Conselho Estadual de Educação. Isso não só deu mais autonomia e agilidade a Educação Cidadã como permitiu que as decisões fossem tomadas observando a realidade local.
O conceito já existente foi reconstruído após reuniões com as equipes gestoras das escolas municipais. Muitas leituras e questionamentos formataram a ideia do projeto educação cidadã para o município de Arroio do sal, tendo como base as políticas do Ministério da Educação.
Quando há participação de todos e pelo bem comum;
Projeto que visa à atuação dos grupos sociais para a construção de autonomia e
sustentabilidade social, voltado para a consciência ética, moral, na legitimação de
uma sociedade solidária e humanizada. É uma educação participativa, com a
presença de pais e comunidade. É o direito de expressão de todos, em busca
de uma educação de qualidade.
Através de eventos construídos com e para a comunidade como a Feira do Livro,
unindo a Cultura à Educação compreendendo que aquela é também
direito de todos e nos cabe possibilitar o acesso. Outro exemplo é a mostra de
Teatro e oficina de teatro que permitem aos alunos do município utilizar-se de
uma manifestação cultural para expressão pessoal e coletiva.
Na Feira do Livro de 2011 houve o lançamento de um livro de poesias e crônicas dos alunos de Arroio do Sal.
Na formação continuada de professores: rodas de conversas,
jornadas, acesso e incentivo á Plataforma Freire e ao ProFuncionário
Por meio do incentivo das gestões com palestras, formações continuadas, abertura das gestões aos grupos formadores desta sociedade. Pelo
chamamento das politicas públicas para o engajamento neste projeto.
Reuniões entre as entidades representativas, através da Rede Social
Cidadã... Processo que está em construção, no
direito de ouvir e falar... Parceira com o Instituto Federal: ProEja
Fic e Certific Brasil Alfabetizado
Ainda está sendo instigada... A gestão está mais aberta, mas nem todos os
professores aderiram. O direito de participar traz responsabilidades e nem todos estão prontos para isto.
Na transparência da gestão, afrouxamento das tensões, discussão sobre o que queremos. É um processo
dinâmico, que necessita de um constante aperfeiçoamento.
Os alunos e funcionários são ouvidos, há uma troca entre os professores...
Pais e alunos são ouvidos... Mural na escola sobre o que é ser cidadão.
Professores estão elaborando projetos dentro da proposta.
Através de reuniões e formação continuada, possibilidade de falar, e
elaborar críticas, do projeto “Faço parte da Magia”.
Através pequenas ações. Alunos reivindicaram lixeiras no pátio e estão
utilizando, os professores visam à participação do todo, favorecendo a
inclusão. Todos os problemas são discutidos com os alunos, que recebem informações sobre os custos da escola.
Envolvimento dos professores desde o início, pesquisas, trocas de referenciais, o
medo não paralisa, as críticas visam a compreensão do que está sendo feito...
Manifesta-se a partir das necessidades, que geram discussões. Está se
buscando a compreensão do aluno. A educação cidadã foi colocada no PPP.
Os pais participam e decidem sobre questões da escola. Alunos estão
reivindicando melhorias na escola. Alguns professores propiciam
momentos de escolhas e reflexões. Há resistências para mudanças.
Avanço – cuidar/educar
Aprendizagem
Brincar
Docência Compartilhada Salas de AEE
A CONSTITUITE ESCOLAR E A FORMATAÇÃO DA EDUCAÇÃO
CIDADÃ
Necessidade de fazer um diagnóstico coletivo da Rede, envolvendo toda a comunidade escolar.
OBJETIVO: Consolidar concepções de CONHECIMENTO, CURRÍCULO, AVALIAÇÃO, GESTÃO E PRINCÍPIOS DE CONVIVÊNCIA compatibilizando com a idéia de formação para a cidadania.
Romper com relações de dominação, com práticas conservadoras de educação.
“Os sonhos são projetos pelos quais se luta. Sua
realização não se verifica facilmente, sem obstáculos.
Implica, pelo contrário, avanços, recuos, marchas
às vezes demoradas. Implica Luta.”
Paulo Freire, 2000
Muito obrigada a todos e a todas! Nora Lúcia Machado Klingelfus Secretária de Educação e Cultura de
Arroio do Sal Email: [email protected]
Fone: (51) 3687-2306 – (51) 92839128