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Guia de Orientao
EQUIPE DOCENTE MEC Meta 5
Alguns homens vem as coisas como so, e dizem 'Por qu?' Eu sonho com as coisas que nunca foram e digo 'Por que no?'
George Bernard Shaw
Verso PDF Digital
Legenda:
cone para ser usado quando a leitura desse guia ocorrer no
computador com o arquivo em PDF aberto. Permite ao leitor fazer o
download do material completo ou ter acesso pgina de internet para
referncia, tudo a partir do PDF. Pginas acessadas em Julho 2014.
Guia de Orientao Docente FAPAC/ITPAC Porto Nacional-TO | 2
PALAVRA DA DIREO GERAL
Caro(a) Professor(a),
A FAPAC-ITPAC Porto Nacional tem orgulho de t-lo(a) em nosso quadro de
parceiros e colaboradores. H 5 anos fomentando o (des)envolvimento de Porto Nacional, do
Estado do Tocantins, da regio Norte e Nordeste, temos a honra de atender alunos de todas
as regies do Brasil. Acompanhado desse fato que tanto nos orgulha como equipe, vem a vital
necessidade de continuarmos buscando a excelncia em todos os nossos processos:
acadmicos, pedaggicos e administrativos. Enquanto Instituto de Educao Superior
passando pelo processo de regulamentao no Sistema de Educao Federal, precisamos
continuar nos aprimorando dia aps dia para conquistarmos nosso espao, garantindo assim a
nossa sobrevivncia de longo-prazo. Dessa realidade, nasceu a necessidade de reestruturar
equipes e processos administrativos com o objetivo de atender a esse Sistema de Ensino
Federal. Portanto, convidamos voc professor, voc professora, a juntar-se a ns e
acreditar que somos capazes sim de atingirmos resultados educacionais surpreendentes e
em nvel nacional.
No tenho dvidas que estamos na direo certa. Temos a infraestrutura necessria,
e o seu comprometimento com todas as atividades educacionais correlatas ao seu papel de
educador e professor(a) fundamental para atingirmos nossos objetivos de excelncia
educacional. Desejo a vocs um excelente semestre letivo.
Respeitosamente,
Dr. Renato Tavares
Direo Geral
MEC Meta 5: Eu acredito. E voc?
MISSO INSTITUCIONAL DA FAPAC/ITPAC Porto Nacional-TO Promover o desenvolvimento do pas, em particular da regio Norte e do Estado de Tocantins, atravs da produo do conhecimento e da formao de recursos humanos crticos, ticos e criativos, comprometidos com a construo de uma cidadania qualificadora da vida social e profissional.
Guia de Orientao Docente FAPAC/ITPAC Porto Nacional-TO | 3
PALAVRA DA DIREO ACADMICA & EQUIPE Carssimo(a) Professor(a),
Ao cumpriment-lo(a) respeitosamente nesse retorno s nossas atividades de ensino-
aprendizagem desse semestre letivo de 2014/2, gostaramos de registrar nossos sinceros
agradecimentos pelo empenho e dedicao docncia em nossa IES.
Nobre Professor, nobre Professora, sentimos que voc ainda se encontra muito distante dos
desafios e dificuldades encontrados por ns gestores dentro de nossa IES, e essa distncia
faz do caminho rumo a uma maior excelncia de ensino superior ficar cada vez mais ngreme
e desafiador.
Sirvo-me desta mensagem para reforar novamente que estamos passando por um
perodo de regulamentao e verificaes in-loco do Ministrio da Educao e Cultura (MEC).
Com isso, estamos reestruturando todos os aspectos das cursos e da IES como um todo, com
o objetivo de responder ao desafio de continuarmos na luta para alcanarmos melhores
desempenhos nos processos de ensino-aprendizagem em nvel nacional.
(Re)conheo, todavia, que no tem sido fcil conciliar mudanas absolutamente
necessrias em nosso quadro de professores, sem causar inquietaes e possveis
descontentamentos internos entre os pares. Mas, no tenha dvida, caro professor, cara
professora: essas transformaes so vitais para a nossa sobrevivncia enquanto instituio
de ensino superior, e precisam, em verdade, ser executadas com coragem e conscincia de
que estamos sim nos readequando para um futuro promissor, em que voc professor, voc
professora o agente principal para habilitar os seus, os nossos alunos, para o sucesso
profissional de excelncia. Assim, convido voc a continuar se qualificando em programas de
Mestrado e Doutorado, para que logre mais sucesso em sua carreira enquanto docente de
nvel superior, nos oferecendo suporte e bases para melhorarmos os conceitos de curso
perante o MEC. No permita que seus sonhos se enfraqueam diante dos desafios que o
mercado de trabalho na docncia superior lhe apresenta: a busca por capacitao e o
aperfeioamento contnuo do exerccio da sua docncia no o fim, e sim, apenas o
(re)comeo de uma outra trajetria de sucesso cujos excelentes frutos sero colhidos por
nada mais, nada menos, que voc mesmo.
Que Deus abenoe voc, sua famlia, e o seu trabalho nessa IES. E que tenhamos um
semestre letivo com muita f, dedicao e resultados promissores. Bom trabalho!
Prof Luclia Neves de Arajo
Direo Acadmica & Equipe
MEC Meta 5: Eu acredito. E voc?
Guia de Orientao Docente FAPAC/ITPAC Porto Nacional-TO | 4
PALAVRAS DA COORDENAO DA CoPPEX
Aos professores da FAPAC/ITPAC PORTO.
Prezados Colegas,
O acelerado crescimento do conhecimento nos ltimos anos tornou
impraticvel o ensino tradicional baseado exclusivamente na transmisso
oral de informao. Em muitas disciplinas j no possvel, dentro das cargas horrias,
transmitir todo o contedo relevante. Mais importante ainda, o conhecimento no acabado,
e muito do que o estudante precisar saber em sua vida profissional ainda est por ser
descoberto.
O desafio da FAPAC/ITPAC PORTO hoje formar indivduos capazes de buscar
conhecimentos e de saber utiliz-los. Ao contrrio de outrora, quando o importante era
dominar o conhecimento, hoje penso que o importante "dominar o desconhecimento", ou
seja, estando diante de um problema para o qual ele no tem a resposta pronta, o
profissional deve saber buscar o conhecimento pertinente e, quando no disponvel, saber
encontrar, ele prprio, as respostas por meio de pesquisa.
dentro desta perspectiva que a insero precoce do aluno de graduao em
projetos de pesquisa e extenso se torna um instrumento valioso para aprimorar qualidades
desejadas em um profissional de nvel superior, bem como para estimular e iniciar a
formao daqueles mais vocacionados para a pesquisa.
Damos as boas vindas e desejamos um ano letivo de comprometimento e consolidao
dos valores sociais e educacionais aos docentes da FAPAC/ITPAC PORTO.
Prof. Carllini Vicentini
Coordenao de Ps-graduao, Pesquisa e Extenso
CoPPEX
MEC Meta 5: Eu acredito. E voc?
Guia de Orientao Docente FAPAC/ITPAC Porto Nacional-TO | 5
CURSO DE ARQUITETURA & URBANISMO
Prezado(a) Docente,
bom reconhecer a sua importncia no processo de ensino
aprendizagem do Ser Arquiteto e Urbanista, com qualidades e habilidades,
que referem ao Mestre do conhecimento. O nosso caminho est trilhado com
base nas obras de grandes artistas, grandes construtores, e pensadores.
Somos sim, Arquitetos e Urbanistas, num cenrio em que a nossa profisso
ainda to escassa. Somos sim Docentes, partilhando com os Discentes, o alicerce perfeito
para que esses construam sua prpria vida futura e profissional. Ressalto ainda, que conto
com o apoio incondicional, num momento em que estamos com mudanas nas nossas aulas,
devido a adequaes da Matriz Curricular conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais e
o MEC. Um novo perodo se inicia. Ser o caminho do ensino ao aprendizado do ofcio nobre,
belo e sedutor. Dificuldades, no ho de faltar a cada momento dessa jornada,
permanecendo firmes como verdadeiras obras de artes, que perduram o tempo.
"Se a reta o caminho mais curto entre dois pontos, a curva o que faz o concreto buscar o infinito." Oscar Niemeyer
Agradecemos a estimada ateno e estamos disposio de todos.
Atenciosamente, Prof. Talles Emanuel de Frana Manduca
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Prezado Professor, Prezada Professora,
Ser professor saber para os outros e no para si. ter pacincia e
dedicao para correr atrs do saber e repass-lo.
com essa frase que desejo as boas-vindas aos docentes da FAPAC
ITPAC/PORTO, em especial aos docentes do curso de Engenharia Civil, para este semestre
que se inicia. Semestre este que esperamos ter muitas glrias, semestre este que
prepararemos nossos acadmicos para mais uma avaliao do MEC (ENADE), e que
consolidaremos a qualidade de nossa IES e de nosso corpo docente.
Caros colegas estaremos aqui para atend-los e ajud-los em tudo que for
necessrio ao longo deste perodo, e conto com vocs para vencermos todos os obstculos a
serem superados neste semestre que se inicia.
Grande abrao. Clber
Guia de Orientao Docente FAPAC/ITPAC Porto Nacional-TO | 6
CURSO DE ENFERMAGEM Prezados docentes,
Meus agradecimentos a todos os docentes, por serem pessoas
dignas de nossa total confiana e a quem podemos recorrer sempre. O
exerccio da docncia em uma experincia de aprendizagem recproca e
colaborativa, buscando ser um mestre de excelncia, com determinao
para incentivar o aluno, e humildade para compartilhar o conhecimento
adquirido com dedicao e amor. Ns contamos com o vosso empenho e participao ativa
neste processo, para que continuemos a ser um curso forte e com ideias inovadoras,
alicerces neste futuro profissional promissor que esperamos formar. Conto com todos
vocs para este novo desafio!!! Um grande abrao, Prof Cida
CURSO DE MEDICINA Caro Professor, Cara Professora,
A Coordenao de Medicina do ITPAC Porto agradece seu empenho e
dedicao em todo o curso de sua atividade docente, em especial no primeiro
semestre de 2014, solicitando sua ateno para as novas pactuaes de
planejamento no semestre que se inicia. Um novo ciclo de estruturao do
nosso curso mdico est acontecendo, ao mesmo tempo em que novas
Diretrizes Curriculares Nacionais especficas para a medicina so
publicadas. Outrossim, estamos permanentemente a servio da educao mdica brasileira,
portanto constitui-se nosso objetivo central o aperfeioamento contnuo de todos os
processos de ensino-aprendizagem no suporte da formao de um profissional mdico de
excelncia. O mais incrvel que o seu (des)empenho pessoal em sala de aula ser vital para
alcanarmos juntos essa meta e o sucesso coletivo de todos ns. Votos que voc tenha um
semestre letivo com muita f e determinao na realizao de todas as suas metas.
Respeitosamente, Prof. Clio Pedreira
CURSO DE ODONTOLOGIA Prezados docentes,
Externo o meu apreo e alegria em dividir com vocs mais uma jornada
que se inicia. Estamos crescendo e enfrentando momentos de reflexo e de
mudanas para os cursos de odontologia. Parafraseando George Bernard
Shaw que diz: impossvel progredir sem mudana, e aqueles que no mudam
suas mentes no podem mudar nada, apresento a reflexo no que tange a
formao inovadora e humanstica que devemos oferecer aos nossos discentes. Para tal
fazemos perguntas que se tornam inquietantes: Que tipo de profissional queremos formar?
Existe um paradigma a seguir? Meus caros, juntos iremos para mais um semestre de
grandes descobertas, com a mais nobre das misses, a de ensinar!
Abrao forte, Prof Ana Paula
Guia de Orientao Docente FAPAC/ITPAC Porto Nacional-TO | 7
Sumrio
1 MEMORANDO E REGIME DE TRABALHO CORPO DOCENTE . .................................................. 8
2 MAPA CAMPUS ......................................................................................................................................... 9
3 CALENDRIO ACADMICO 2014/2 ............................................................................................... 10
4 DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS POR CURSO DE GRADUAO ......................... 11
5 REGIMENTO INTERNO ................................................................................................. 40
6 INSTRUMENTO DE AVALIAO MEC (DIMENSES) ............................................................. 50
ANEXO 1 - GUIA ELABORAO DE ITENS, EMAIL PROFESSOR, DIRIOS ............................ 54
Guia de Orientao Docente FAPAC/ITPAC Porto Nacional-TO | 8
MEMORANDO Assunto: Regimento Interno da IES.
Prezados docentes,
Considerando ainda o elevado nmero de demandas judiciais em virtude
de reclamaes por parte dos acadmicos quanto a inobservncia de docentes no que
concerne ao Regimento Interno da IES, a Direo Geral, adotou medidas que
inviabilizem questionamentos judiciais.
Desta feita visando a otimizao dos servios prestados por esta IES
recomendamos a todos os docentes o conhecimento e a rigorosa observncia de prazos
e demais dispositivos da normativa em comento - no intuito de suprimir aes e
indagaes sob a mesma alegao.
Cumpre-nos informar que desde janeiro/2014 todos os docentes que
descumprirem injustificadamente o disposto no Regimento Interno sero notificados por
Carta de Advertncia conforme permissivo legal da Consolidao das Leis do Trabalho
CLT.
Objetivando a organizao e desenvolvimento dos diversos setores da
empresa ITPAC/PORTO, contamos com a compreenso e colaborao de todos.
Colocamo-nos disposio para esclarecimentos que considerarem
necessrios.
Atenciosamente,
Dr. Renato Tavares Direo Geral
Prof Luclia Neves de Arajo
Direo Acadmica & Equipe
Guia de Orientao Docente FAPAC/ITPAC Porto Nacional-TO | 9
REGIME DE TRABALHO CORPO DOCENTE
Conhea o seu Regime de Trabalho que definido a seguir segundo o
quadro de conceitos legais da PORTARIA NORMATIVA N 40, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2007 do
MEC - Ministrio da Educao e Cultura. 9. Docentes
9.1. Tempo integral - docente contratado com 40 horas semanais de trabalho na
mesma instituio, reservado o tempo de pelo menos 20 horas semanais a estudos,
pesquisa, trabalhos de extenso, gesto, planejamento, avaliao e orientao de
estudantes.
9.2. Tempo parcial - docente contratado atuando com 12 ou mais horas semanais de
trabalho na mesma instituio, reservado pelo menos 25% do tempo para estudos,
planejamento, avaliao e orientao de estudantes.
9.3. Horista - docente contratado pela instituio exclusivamente para ministrar aulas,
independentemente da carga horria contratada, ou que no se enquadrem nos outros
regimes de trabalho acima definidos.
9.4. Ncleo docente estruturante - conjunto de professores da instituio responsvel
pela formulao do projeto pedaggico do curso, sua implementao e
desenvolvimento, composto por professores com titulao em nvel de ps-graduao
stricto sensu, contratados em regime de trabalho que assegure preferencialmente
dedicao plena ao curso, e com experincia docente.
Enquete:
Quantas horas voc est contratado atualmente na FAPAC/ITPAC-Porto?
________________
Ento, qual o seu atual Regime de Trabalho na IES?
_________________________
Guia de Orientao Docente FAPAC/ITPAC Porto Nacional-TO | 10
MAPA CAMPUS ITPAC-Porto
Guia de Orientao Docente FAPAC/ITPAC Porto Nacional-TO | 11
CALENDRIO 2014/2
Guia de Orientao Docente FAPAC/ITPAC Porto Nacional-TO | 12
O que so as
Diretrizes
Curriculares
Nacionais (DCNs) So normas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educao
CNE que asseguram a flexibilidade, a criatividade e a responsabilidade das
IES na elaborao dos Projetos Pedaggicos de seus cursos. As DCNs tm
origem na LDB (Lei de Diretrizes e Bases, Lei n 9.394, de 20 de
dezembro de 1996 ) e constituem referenciais para as IES na
organizao de seus programas de formao, permitindo flexibilidade e
priorizao de reas de conhecimento na construo dos currculos plenos,
possibilitando definir mltiplos perfis profissionais e privilegiando as
competncias e habilidades a serem desenvolvidas (parecer CNE/CES
67/2003). Os currculos dos cursos devem apresentar coerncia com as
DCNs no que tange flexibilidade, interdisciplinaridade e articulao
teoria e prtica, assim como aos contedos obrigatrios, distribuio da
carga horria entre os ncleos de formao geral/bsica e profissional, s
atividades complementares e s atividades desenvolvidas no campo
profissional.
(Fonte: BRASIL. Ministrio da Educao e Cultura. Instrumento de Avaliao de Cursos
de Graduao Presencial e a Distncia - Glossrio Braslia-DF, 2012)
Guia de Orientao Docente FAPAC/ITPAC Porto Nacional-TO | 13
DCN
Arquitetura e Urbanismo
MINISTRIO DA EDUCAO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAO
CMARA DE EDUCAO SUPERIOR RESOLUO N 2, DE 17 DE JUNHO DE 2010
Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduao em Arquitetura e Urbanismo, alterando dispositivos da Resoluo CNE/CES n 6/2006.
O Presidente da Cmara de Educao
Superior do Conselho Nacional de Educao, no uso de suas atribuies legais, conferidas no art. 9, 2, alnea c, da Lei n 4.024, de 20 de dezembro de 1961, com a redao dada pela Lei n 9.131, de 24 de novembro de 1995, tendo em vista as diretrizes e princpios fixados pelos Pareceres CNE/CES nos 583/2001 e 67/2003, e considerando o que consta do Parecer CNE/CES n 112/2005, homologado pelo Senhor Ministro de Estado da Educao em 6/6/2005, e do Parecer CNE/CES n 255/2009, homologado pelo Senhor Ministro de Estado da Educao em 8/6/2010, resolve:
Art. 1 A presente Resoluo institui
Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Arquitetura e Urbanismo, bacharelado, a serem observadas pelas Instituies de Educao Superior.
Art. 2 A organizao de cursos de
graduao em Arquitetura e Urbanismo dever ser elaborada com claro estabelecimento de componentes curriculares, os quais abrangero: projeto pedaggico, descrio de competncias, habilidades e perfil desejado para o futuro profissional, contedos curriculares, estgio curricular supervisionado, acompanhamento e avaliao, atividades complementares e trabalho de curso sem prejuzo de outros aspectos que tornem consistente o projeto pedaggico.
Art. 3 O projeto pedaggico do curso de graduao em Arquitetura e Urbanismo, alm da clara concepo do curso, com suas peculiaridades, seu currculo pleno e sua operacionalizao, dever incluir, sem prejuzos de outros, os seguintes aspectos:
I - objetivos gerais do curso, contextualizado s suas inseres institucional, poltica, geogrfica e social;
II - condies objetivas de oferta e a vocao do curso;
III - formas de realizao da interdisciplinaridade;
IV - modos de integrao entre teoria e prtica;
V - formas de avaliao do ensino e da aprendizagem;
VI - modos da integrao entre graduao e ps-graduao, quando houver;
VII - incentivo pesquisa, como
necessrio prolongamento da atividade de ensino e como instrumento para a iniciao cientfica;
VIII - regulamentao das atividades relacionadas com o Trabalho de Curso, em diferentes modalidades, atendendo s normas da instituio;
IX - concepo e composio das atividades de estgio curricular supervisionado em diferentes formas e condies de realizao, observados seus respectivos regulamentos; e
X - concepo e composio das atividades complementares.
1 A proposta pedaggica para os cursos de graduao em Arquitetura e Urbanismo dever assegurar a formao de profissionais generalistas, capazes de compreender e traduzir as necessidades de indivduos, grupos sociais e comunidade, com relao concepo, organizao e construo do espao interior e exterior, abrangendo o urbanismo, a edificao, o paisagismo, bem como a conservao e a valorizao do patrimnio construdo, a proteo do equilbrio do ambiente natural e a utilizao racional dos recursos disponveis.
2 O curso dever estabelecer aes pedaggicas visando ao desenvolvimento de condutas e atitudes com responsabilidade tcnica e social e ter por princpios:
I - a qualidade de vida dos habitantes dos assentamentos humanos e a qualidade material do ambiente construdo e sua durabilidade;
II - o uso da tecnologia em respeito s necessidades sociais, culturais, estticas e econmicas das comunidades;
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III - o equilbrio ecolgico e o desenvolvimento sustentvel do ambiente natural e construdo;
IV - a valorizao e a preservao da arquitetura, do urbanismo e da paisagem como patrimnio e responsabilidade coletiva.
3 Com base no princpio de educao continuada, as IES podero incluir, no Projeto Pedaggico do curso, a oferta de cursos de ps-graduao lato sensu, de acordo com as efetivas demandas do desempenho profissional.
Art. 4 O curso de Arquitetura e
Urbanismo dever ensejar condies para que o futuro egresso tenha como perfil:
I - slida formao de profissional generalista;
II - aptido de compreender e traduzir as necessidades de indivduos, grupos sociais e comunidade, com relao concepo, organizao e construo do espao interior e exterior, abrangendo o urbanismo, a edificao e o paisagismo;
III - conservao e valorizao do patrimnio construdo;
IV - proteo do equilbrio do ambiente natural e utilizao racional dos recursos disponveis.
Art. 5 O curso de Arquitetura e
Urbanismo dever possibilitar formao profissional que revele, pelo menos, as seguintes competncias e habilidades:
I - o conhecimento dos aspectos antropolgicos, sociolgicos e econmicos relevantes e de todo o espectro de necessidades, aspiraes e expectativas individuais e coletivas quanto ao ambiente construdo;
II - a compreenso das questes que informam as aes de preservao da paisagem e de avaliao dos impactos no meio ambiente, com vistas ao equilbrio ecolgico e ao desenvolvimento sustentvel;
III - as habilidades necessrias para conceber projetos de arquitetura, urbanismo e paisagismo e para realizar construes, considerando os fatores de custo, de durabilidade, de manuteno e de especificaes, bem como os regulamentos legais, de modo a satisfazer as exigncias culturais, econmicas, estticas, tcnicas, ambientais e de acessibilidade dos usurios;
IV - o conhecimento da histria das artes e da esttica, suscetvel de influenciar a qualidade da concepo e da prtica de arquitetura, urbanismo e paisagismo;
V - os conhecimentos de teoria e de histria da arquitetura, do urbanismo e do paisagismo, considerando sua produo no
contexto social, cultural, poltico e econmico e tendo como objetivo a reflexo crtica e a pesquisa;
VI - o domnio de tcnicas e metodologias de pesquisa em planejamento urbano e regional, urbanismo e desenho urbano, bem como a compreenso dos sistemas de infraestrutura e de trnsito, necessrios para a concepo de estudos, anlises e planos de interveno no espao urbano, metropolitano e regional;
VII - os conhecimentos especializados para o emprego adequado e econmico dos materiais de construo e das tcnicas e sistemas construtivos, para a definio de instalaes e equipamentos prediais, para a organizao de obras e canteiros e para a implantao de infraestrutura urbana;
VIII - a compreenso dos sistemas estruturais e o domnio da concepo e do projeto estrutural, tendo por fundamento os estudos de resistncia dos materiais, estabilidade das construes e fundaes;
IX - o entendimento das condies climticas, acsticas, lumnicas e energticas e o domnio das tcnicas apropriadas a elas associadas;
X - as prticas projetuais e as solues tecnolgicas para a preservao, conservao, restaurao, reconstruo, reabilitao e reutilizao de edificaes, conjuntos e cidades;
XI - as habilidades de desenho e o domnio da geometria, de suas aplicaes e de outros meios de expresso e representao, tais como perspectiva, modelagem, maquetes, modelos e imagens virtuais;
XII - o conhecimento dos instrumentais de informtica para tratamento de informaes e representao aplicada arquitetura, ao urbanismo, ao paisagismo e ao planejamento urbano e regional;
XIII - a habilidade na elaborao e instrumental na feitura e interpretao de levantamentos topogrficos, com a utilizao de aerofotogrametria, fotointerpretao e sensoriamento remoto, necessrios na realizao de projetos de arquitetura, urbanismo e paisagismo e no planejamento urbano e regional.
Pargrafo nico. O projeto pedaggico dever demonstrar claramente como o conjunto das atividades previstas garantir o desenvolvimento das competncias e habilidades esperadas, tendo em vista o perfil desejado, e garantindo a coexistncia de relaes entre teoria e prtica, como forma de fortalecer o conjunto dos elementos fundamentais para a aquisio de conhecimentos e habilidades necessrios concepo e prtica do egresso.
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Art. 6 Os contedos curriculares do
curso de graduao em Arquitetura e Urbanismo devero estar distribudos em dois ncleos e um Trabalho de Curso, recomendando-se sua interpenetrabilidade:
I - Ncleo de Conhecimentos de Fundamentao;
II - Ncleo de Conhecimentos Profissionais;
III - Trabalho de Curso. 1 O Ncleo de Conhecimentos de Fundamentao ser composto por campos de saber que forneam o embasamento terico necessrio para que o futuro profissional possa desenvolver seu aprendizado e ser integrado por: Esttica e Histria das Artes; Estudos Sociais e Econmicos; Estudos Ambientais; Desenho e Meios de Representao e Expresso.
2 O Ncleo de Conhecimentos Profissionais ser composto por campos de saber destinados caracterizao da identidade profissional do egresso e ser constitudo por: Teoria e Histria da Arquitetura, do Urbanismo e do Paisagismo; Projeto de Arquitetura, de Urbanismo e de Paisagismo; Planejamento Urbano e Regional; Tecnologia da Construo; Sistemas Estruturais; Conforto Ambiental; Tcnicas Retrospectivas; Informtica Aplicada Arquitetura e Urbanismo; Topografia. 3 O Trabalho de Curso ser supervisionado por um docente, de modo que envolva todos os procedimentos de uma investigao tcnico-cientfica, a serem desenvolvidos pelo acadmico ao longo da realizao do ltimo ano do curso. 4 O ncleo de contedos profissionais dever ser inserido no contexto do projeto pedaggico do curso, visando a contribuir para o aperfeioamento da qualificao profissional do formando. 5 Os ncleos de contedos podero ser dispostos, em termos de carga horria e de planos de estudo, em atividades prticas e tericas, individuais ou em equipe, tais como: I - aulas tericas, complementadas por conferncias e palestras previamente programadas como parte do trabalho didtico regular; II - produo em ateli, experimentao em laboratrios, elaborao de modelos, utilizao de computadores, consulta a bibliotecas e a bancos de dados;
III - viagens de estudos para o conhecimento de obras arquitetnicas, de conjuntos histricos, de cidades e regies que ofeream solues de interesse e de unidades de conservao do patrimnio natural; IV - visitas a canteiros de obras, levantamento de campo em edificaes e bairros, consultas a arquivos e
a instituies, contatos com autoridades de gesto urbana;
V - pesquisas temticas, bibliogrficas e iconogrficas, documentao de arquitetura, urbanismo e paisagismo e produo de inventrios e bancos de dados; projetos de pesquisa e extenso; emprego de fotografia e vdeo; escritrios-modelo de arquitetura e urbanismo; ncleos de servios comunidade;
VI - participao em atividades extracurriculares, como encontros, exposies, concursos, premiaes, seminrios internos ou externos instituio, bem como sua organizao.
Art. 7 O estgio curricular supervisionado dever ser concebido como contedo curricular obrigatrio, cabendo Instituio de Educao Superior, por seus colegiados acadmicos, aprovar o correspondente regulamento, abrangendo diferentes modalidades de operacionalizao.
1 Os estgios supervisionados so conjuntos de atividades de formao, programados e diretamente supervisionados por membros do corpo docente da instituio formadora e procuram assegurar a consolidao e a articulao das competncias estabelecidas.
2 Os estgios supervisionados visam a assegurar o contato do formando com situaes, contextos e instituies, permitindo que conhecimentos, habilidades e atitudes se concretizem em aes profissionais, sendo recomendvel que suas atividades sejam distribudas ao longo do curso.
3 A instituio poder reconhecer e aproveitar atividades realizadas pelo aluno em instituies, desde que contribuam para o desenvolvimento das habilidades e competncias previstas no projeto de curso.
Art. 8 As atividades complementares
so componentes curriculares enriquecedores e implementadores do prprio perfil do formando e devero possibilitar o desenvolvimento de habilidades, conhecimentos, competncias e atitudes do aluno, inclusive as adquiridas fora do ambiente acadmico, que sero reconhecidas mediante processo de avaliao.
1 As atividades complementares podem incluir projetos de pesquisa, monitoria, iniciao cientfica, projetos de extenso, mdulos temticos, seminrios, simpsios, congressos, conferncias, at disciplinas oferecidas por outras instituies de educao.
2 As atividades complementares no podero ser confundidas com o estgio supervisionado.
Art. 9 O Trabalho de Curso
componente curricular obrigatrio e realizado ao
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longo do ltimo ano de estudos, centrado em determinada rea terico-prtica ou de formao profissional, como atividade de sntese e integrao de conhecimento e consolidao das tcnicas de pesquisa, e observar os seguintes preceitos:
I - trabalho individual, com tema de livre
escolha do aluno, obrigatoriamente relacionado com as atribuies profissionais;
II - desenvolvimento sob a superviso de professor orientador, escolhido pelo estudante entre os docentes do curso, a critrio da Instituio;
Pargrafo nico. A instituio dever
emitir regulamentao prpria, aprovada pelo seu Conselho Superior Acadmico, contendo, obrigatoriamente, critrios, procedimentos e mecanismo de avaliao, alm das diretrizes e tcnicas relacionadas com sua elaborao.
Art. 10 A carga horria mnima para os
cursos de graduao em Arquitetura e Urbanismo estabelecida pela Resoluo CNE/CES n 2/2007.
Art. 11 Esta Resoluo entrar em
vigor na data de sua publicao, revogando-se a Resoluo CNE/CES n 6, de 2 de fevereiro de 2006, e demais disposies em contrrio. ** Fim DCN Curso Arquitetura e Urbanismo **
"Acredito que as coisas podem ser feitas de outra maneira e que vale a pena
tentar." (Zaha Hadid - Arquiteta)
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DCN Curso Engenharia Civil
MINISTRIO DA EDUCAO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAO
CMARA DE EDUCAO SUPERIOR RESOLUO CNE/CES 11
DE 11 MARO 2002.
Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduao em Engenharia.
O Presidente da Cmara de Educao
Superior do Conselho Nacional de Educao, tendo em vista o disposto no Art. 9, do 2, alnea c, da Lei 9.131, de 25 de novembro de 1995, e com fundamento no Parecer CES 1.362/2001, de 12 de dezembro de 2001, pea indispensvel do conjunto das presentes Diretrizes Curriculares Nacionais, homologado pelo Senhor Ministro da Educao, em 22 de fevereiro de 2002, resolve:
Art. 1 A presente Resoluo institui as
Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduao em Engenharia, a serem observadas na organizao curricular das Instituies do Sistema de Educao Superior do Pas.
Art. 2 As Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Ensino de Graduao em Engenharia definem os princpios, fundamentos, condies e procedimentos da formao de engenheiros, estabelecidas pela Cmara de Educao Superior do Conselho Nacional de Educao, para aplicao em mbito nacional na organizao, desenvolvimento e avaliao dos projetos pedaggicos dos Cursos de Graduao em Engenharia das Instituies do Sistema de Ensino Superior.
Art. 3 O Curso de Graduao em
Engenharia tem como perfil do formando egresso/profissional o engenheiro, com
formao generalista, humanista, crtica e reflexiva, capacitado a absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua atuao crtica e criativa na identificao e resoluo de problemas, considerando seus aspectos polticos, econmicos, sociais, ambientais e culturais, com viso tica e humanstica, em atendimento s demandas da sociedade.
Art. 4 A formao do engenheiro tem
por objetivo dotar o profissional dos conhecimentos requeridos para o exerccio das seguintes competncias e habilidades gerais:
I - aplicar conhecimentos matemticos,
cientficos, tecnolgicos e instrumentais engenharia;
II - projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados;
III - conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos;
IV - planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e servios de engenharia;
V - identificar, formular e resolver problemas de engenharia;
VI - desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e tcnicas;
VII - supervisionar a operao e a manuteno de sistemas;
VIII - avaliar criticamente a operao e a manuteno de sistemas;
IX - comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e grfica;
X - atuar em equipes multidisciplinares; XI - compreender e aplicar a tica e
responsabilidade profissionais; XII - avaliar o impacto das atividades da
engenharia no contexto social e ambiental; XIII - avaliar a viabilidade econmica de
projetos de engenharia; XIV - assumir a postura de permanente
busca de atualizao profissional. Art. 5 Cada curso de Engenharia deve
possuir um projeto pedaggico que demonstre claramente como o conjunto das atividades previstas garantir o perfil desejado de seu egresso e o desenvolvimento das competncias e habilidades esperadas. nfase deve ser dada necessidade de se reduzir o tempo em sala de aula, favorecendo o trabalho individual e em grupo dos estudantes. 1 Devero existir os trabalhos de sntese e integrao dos conhecimentos adquiridos ao longo do curso, sendo que, pelo menos, um deles dever se constituir em atividade obrigatria como requisito para a graduao. 2 Devero tambm ser estimuladas atividades complementares, tais como trabalhos de iniciao cientfica, projetos
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multidisciplinares, visitas tericas, trabalhos em equipe, desenvolvimento de prottipos, monitorias, participao em empresas juniores e outras atividades empreendedoras.
Art. 6 Todo o curso de Engenharia,
independente de sua modalidade, deve possuir em seu currculo um ncleo de contedos bsicos, um ncleo de contedos profissionalizantes e um ncleo de contedos especficos que caracterizem a modalidade. 1 O ncleo de contedos bsicos, cerca de 30% da carga horria mnima, versar sobre os tpicos que seguem:
I - Metodologia Cientfica e Tecnolgica; II - Comunicao e Expresso; III - Informtica;IV - Expresso Grfica; V - Matemtica; VI - Fsica; VII - Fenmenos de Transporte; VIII - Mecnica dos Slidos; IX - Eletricidade Aplicada; X - Qumica; XI - Cincia e Tecnologia dos Materiais; XII - Administrao; XIII - Economia; XIV - Cincias do Ambiente; XV - Humanidades, Cincias Sociais e
Cidadania. 2 Nos contedos de Fsica, Qumica e
Informtica, obrigatria a existncia de atividades de laboratrio. Nos demais contedos bsicos, devero ser previstas atividades prticas e de laboratrios, com enfoques e intensividade compatveis com a modalidade pleiteada.
3 O ncleo de contedos
profissionalizantes, cerca de 15% de carga horria mnima, versar sobre um subconjunto coerente dos tpicos abaixo discriminados, a ser definido pela IES: I - Algoritmos e Estruturas de Dados; II - Bioqumica; III - Cincia dos Materiais; IV - Circuitos Eltricos; V - Circuitos Lgicos; VI - Compiladores; VII - Construo Civil; VIII - Controle de Sistemas Dinmicos; IX - Converso de Energia; X - Eletromagnetismo; XI - Eletrnica Analgica e Digital; XII - Engenharia do Produto; XIII - Ergonomia e Segurana do Trabalho; XIV - Estratgia e Organizao; XV - Fsico-qumica; XVI - Geoprocessamento; XVII - Geotecnia; XVIII - Gerncia de Produo; XIX - Gesto Ambiental; XX - Gesto Econmica; XXI - Gesto de Tecnologia; XXII - Hidrulica, Hidrologia Aplicada e Saneamento Bsico; XXIII - Instrumentao; XXIV - Mquinas de fluxo; XXV - Matemtica discreta; XXVI - Materiais de Construo Civil; XXVII - Materiais
de Construo Mecnica; XXVIII - Materiais Eltricos; XXIX - Mecnica Aplicada; XXX - Mtodos Numricos; XXXI - Microbiologia; XXXII - Mineralogia e Tratamento de Minrios; XXXIII - Modelagem, Anlise e Simulao de Sistemas; XXXIV - Operaes Unitrias; XXXV - Organizao de computadores; XXXVI - Paradigmas de Programao; XXXVII - Pesquisa Operacional; XXXVIII - Processos de Fabricao; XXXIX - Processos Qumicos e Bioqumicos; XL - Qualidade; XLI - Qumica Analtica; XLII - Qumica Orgnica; XLIII - Reatores Qumicos e Bioqumicos; XLIV - Sistemas Estruturais e Teoria das Estruturas; XLV - Sistemas de Informao; XLVI - Sistemas Mecnicos; XLVII - Sistemas operacionais; XLVIII - Sistemas Trmicos; XLIX - Tecnologia Mecnica; L - Telecomunicaes; LI - Termodinmica Aplicada;LII - Topografia e Geodsia; LIII - Transporte e Logstica.
4 O ncleo de contedos especficos se constitui em extenses e aprofundamentos dos contedos do ncleo de contedos profissionalizantes, bem como de outros contedos destinados a caracterizar modalidades.Estes contedos, consubstanciando o restante da carga horria total, sero propostos exclusivamente pela IES.
Constituem-se em conhecimentos cientficos, tecnolgicos e instrumentais necessrios para a definio das modalidades de engenharia e devem garantir o desenvolvimento das competncias e habilidades estabelecidas nestas diretrizes
. Art. 7 A formao do engenheiro
incluir, como etapa integrante da graduao, estgios curriculares obrigatrios sob superviso direta da instituio de ensino, atravs de relatrios tcnicos e acompanhamento individualizado durante o perodo de realizao da atividade.A carga horria mnima do estgio curricular dever atingir 160 (cento e sessenta) horas. Pargrafo nico. obrigatrio o trabalho final de curso como atividade de sntese e integrao de conhecimento.
Art. 8 A implantao e desenvolvimento
das diretrizes curriculares devem orientar e propiciar concepes curriculares ao Curso de Graduao em Engenharia que devero ser acompanhadas e permanentemente avaliadas, a fim de permitir os ajustes que se fizerem necessrios ao seu aperfeioamento.
1 As avaliaes dos alunos devero basear-se nas competncias, habilidades e contedos curriculares desenvolvidos tendo como referncia as Diretrizes Curriculares.
2 O Curso de Graduao em Engenharia dever utilizar metodologias e
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critrios para acompanhamento e avaliao do processo ensino-aprendizagem e do prprio curso, em consonncia com o sistema de avaliao e a dinmica curricular definidos pela IES qual pertence.
Art. 9 Esta Resoluo entra em vigor na
data de sua publicao, revogadas as disposies em contrrio.
** Fim DCN Curso Engenharia Civil **
Professor, Professora,
Voc tem habilidades e competncias
nicas e que ningum mais tem.
Explore-as em sala de aula.
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DCN Curso Enfermagem
MINISTRIO DA EDUCAO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAO
CMARA DE EDUCAO SUPERIOR RESOLUO CNE/CES N 3, DE 7 DE
NOVEMBRO DE 2001.
Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduao em Enfermagem.
O Presidente da Cmara de Educao
Superior do Conselho Nacio nal de Educao, tendo em vista o disposto no Art. 9, do 2, alnea c, da Lei n 9.131, de 25 de novembro de 1995, e com fundamento no Parecer CNE/CES 1.133, de 7 de agosto de 2001, pea indispensvel do conjunto das presentes Diretrizes Curriculares Nacionais, homologado pelo Senhor Ministro da Educao, em 1 de outubro de 2001,RESOLVE:
Art. 1 A presente Resoluo institui as
Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduao em Enfermagem, a serem observadas na organizao curricular das Instituies do Sistema de Educao Superior do Pas.
Art. 2 As Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Ensino de Graduao em Enfermagem definem os princpios, fundamentos, condies e procedimentos da formao de enfermeiros, estabelecidas pela Cmara de Educao Superior do Conselho Nacional de Educao, para aplicao em mbito nacional na organizao, desenvolvimento e avaliao dos projetos pedaggicos dos Cursos de Graduao em Enfermagem das Instituies do Sistema de Ensino Superior.
Art. 3 O Curso de Graduao em Enfermagem tem como perfil do formando egresso/profissional:
I - Enfermeiro, com formao generalista, humanista, crtica e reflexiva. Profissional qualificado para o exerccio de Enfermagem, com base no rigor cientfico e intelectua l e pautado em princpios ticos. Capaz de conhecer e intervir sobre os problemas/situaes de sade-doena mais prevalentes no perfil epidemiolgico nacional, com nfase na sua regio de atuao, identificando as dimenses bio-psicosociais dos seus determinantes. Capacitado a atuar, com senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, como promotor da sade integral do ser humano; e II - Enfermeiro com Licenciatura em Enfermagem capacitado para atuar na Educao Bsica e na Educao Profissional em Enfermagem.
Art. 4 A formao do enfermeiro tem
por objetivo dotar o profissional dos conhecimentos requeridos para o exerccio das seguintes competncias e habilidades gerais:
I - Ateno sade : os profissionais de
sade, dentro de seu mbito profissional, devem estar aptos a desenvolver aes de preveno, promoo, proteo e reabilitao da sade, tanto em nvel individual quanto coletivo. Cada profissional deve assegurar que sua prtica seja realizada de forma integrada e contnua com as demais instncias do sistema de sade, sendo capaz de pensar criticamente, de analisar os problemas da sociedade e de procurar solues para os mesmos. Os profissionais devem realizar seus servios dentro dos mais altos padres de qualidade e dos princpios da tica/biotica, tendo em conta que (*)CONSELHO NACIONAL DE EDUCAO. Cmara de Educao Superior. Resoluo CNE/CES 3/2001. Dirio Oficial da Unio, Braslia, 9 de Novembro de 2001. Seo 1, p. 37.2 a responsabilidade da ateno sade no se encerra com o ato tcnico, mas sim, com a resoluo do problema de sade, tanto em nvel individual como coletivo;
II - Tomada de decises: o trabalho dos profissionais de sade deve estar fundamentado na capacidade de tomar decises visando o uso apropriado, eficcia e custo-efetividade, da fora de trabalho, de medicamentos, de equipamentos, de procedimentos e de prticas. Para este fim, os mesmos devem possuir competncias e habilidades para avaliar, sistematizar e decidir as condutas mais adequadas, baseadas em evidncias cientficas;
III - Comunicao: os profissionais de sade devem ser acessveis e devem manter a confidencialidade das informaes a eles
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confiadas, na interao com outros profissionais de sade e o pblico em geral. A comunicao envolve comunicao verbal, no-verbal e habilidades de escrita e leitura; o domnio de, pelo menos, uma lngua estrangeira e de tecnologias de comunicao e informao;
IV - Liderana: no trabalho em equipe multiprofissional, os profissionais de sade devero estar aptos a assumir posies de liderana, sempre tendo em vista o bem-estar da comunidade. A liderana envolve compromisso, responsabilidade, empatia, habilidade para tomada de decises, comunicao e gerenciamento de forma efetiva e eficaz;
V - Administrao e gerenciamento: os profissionais devem estar aptos a tomar iniciativas, fazer o gerenciamento e administrao tanto da fora de trabalho quanto dos recursos fsicos e materiais e de informao, da mesma forma que devem estar aptos a serem empreendedores, gestores, empregadores ou lideranas na equipe de sade; e
VI - Educao permanente: os profissionais devem ser capazes de aprender continuamente, tanto na sua formao, quanto na sua prtica. Desta forma, os profissionais de sade devem aprender a aprender e ter responsabilidade e compromisso com a sua educao e o treinamento/estgios das futuras geraes de profissionais, mas proporcionando condies para que haja benefcio mtuo entre os futuros profissionais e os profissionais dos servios, inclusive, estimulando e desenvolvendo a mobilidade acadmico/profissional, a formao e a cooperao por meio de redes nacionais e internacionais.
Art. 5 A formao do enfermeiro tem
por objetivo dotar o profissional dos conhecimentos requeridos para o exerccio das seguintes competncias e habilidades especficas:
I atuar profissionalmente, compreendendo a natureza humana em suas dimenses, em suas expresses e fases evolutivas;
II incorporar a cincia/arte do cuidar como instrumento de interpretao profissional;
III estabelecer novas relaes com o contexto social, reconhecendo a estrutura e as formas de organizao social, suas transformaes e expresses;
IV desenvolver formao tcnico-cientfica que confira qualidade ao exerccio profissional;
V compreender a poltica de sade no contexto das polticas sociais, reconhecendo os perfis epidemiolgicos das populaes;
VI reconhecer a sade como direito e condies dignas de vida e atuar de forma a
garantir a integralidade da assistncia, entendida como conjunto articulado e contnuo das aes e servios preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os nveis de complexidade do sistema;
VII atuar nos programas de assistncia integral sade da criana, do adolescente, da mulher, do adulto e do idoso;
VIII ser capaz de diagnosticar e solucionar problemas de sade, de comunicar-se, de tomar decises, de intervir no processo de trabalho, de trabalhar em equipe e de enfrentar situaes em constante mudana;
IX reconhecer as relaes de trabalho e sua influncia na sade;
X atuar como sujeito no processo de formao de recursos humanos;
XI responder s especificidades regionais de sade atravs de intervenes planejadas estrategicamente, em nveis de promoo, preveno e reabilitao sade, dando ateno integral sade dos indivduos, das famlias e das comunidades;
XII reconhecer-se como coordenador do trabalho da equipe de enfermagem;
XIII assumir o compromisso tico, humanstico e social com o trabalho multiprofissional em sade.
XIV promover estilos de vida saudveis, conciliando as necessidades tanto dos seus clientes/pacientes quanto s de sua comunidade, atuando como agente de transformao social;
XV usar adequadamente novas tecnologias, tanto de informao e comunicao, quanto de ponta para o cuidar de enfermagem;
XVI atuar nos diferentes cenrios da prtica profissional, considerando os pressupostos dos modelos clnico e epidemiolgico;
XVII identificar as necessidades individuais e coletivas de sade da populao, seus condicionantes e determinantes;
XIII intervir no processo de sade-doena, responsabilizando-se pela qualidade da assistncia/cuidado de enfermagem em seus diferentes nveis de ateno sade, com aes de promoo, preveno, proteo e reabilitao sade, na perspectiva da integralidade da assistncia;
XIX coordenar o processo de cuidar em enfermagem, considerando contextos e demandas de sade;
XX prestar cuidados de enfermagem compatveis com as diferentes necessidades apresentadas pelo indivduo, pela famlia e pelos diferentes grupos da comunidade;
XXI compatibilizar as caractersticas profissionais dos agentes da equip e de
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enfermagem s diferentes demandas dos usurios;
XXII integrar as aes de enfermagem s aes multiprofissionais;
XXIII gerenciar o processo de trabalho em enfermagem com princpios de tica e de Biotica, com resolutividade tanto em nvel individual como coletivo em todos os mbitos de atuao profissional;
XXIV planejar, implementar e participar dos programas de formao e qualificao contnua dos trabalhadores de enfermagem e de sade;
XXV planejar e implementar programas de educao e promoo sade, considerando a especificidade dos diferentes grupos sociais e dos distintos processos de vida, sade, trabalho e adoecimento;
XXVI desenvolver, participar e aplicar pesquisas e/ou outras formas de produo de conhecimento que objetivem a qualificao da prtica profissional;
XXVII respeitar os princpios ticos, legais e humansticos da profisso;
XXIII interferir na dinmica de trabalho institucional, reconhecendo-se como agente desse processo;
XXIX utilizar os instrumentos que garantam a qualidade do cuidado de enfermagem e da assistncia sade;
XXX participar da composio das estruturas consultivas e deliberativas do sistema de sade;
XXXI assessorar rgos, empresas e instituies em projetos de sade;
XXXII - cuidar da prpria sade fsica e mental e buscar seu bem-estar como cidado e como enfermeiro; e
XXXIII - reconhecer o papel social do enfermeiro para atuar em atividades de poltica e planejamento em sade.
Pargrafo nico. A formao do
Enfermeiro deve atender as necessidades sociais da sade, com nfase no Sistema nico de Sade (SUS) e assegurar a integralidade da ateno e a qualidade e humanizao do atendimento.
Art. 6 Os contedos essenciais para o
Curso de Graduao em Enfermagem devem estar relacionados com todo o processo sade-doena do cidado, da famlia e da comunidade, integrado realidade epidemiolgica e profissional, proporcionando a integralidade das aes do cuidar em enfermagem. Os contedos devem contemplar:
I - Cincias Biolgicas e da Sade
incluem-se os contedos (tericos e prticos) de
base moleculares e celulares dos processos normais e alterados, da estrutura e funo dos tecidos, rgos, sistemas e aparelhos, aplicados s situaes decorrentes do processo sade-doena no desenvolvimento da prtica assistencial de Enfermagem;
II - Cincias Humanas e Sociais
incluem-se os contedos referentes s diversas dimenses da relao indivduo/sociedade, contribuindo para a compreenso dos determinantes sociais, culturais, comportamentais, psicolgicos, ecolgicos, ticos e legais, nos nveis individual e coletivo, do processo sade-doena;
III - Cincias da Enfermagem - neste
tpico de estudo, incluem-se: a) Fundamentos de Enfermagem: os
contedos tcnicos, metodolgicos e os meios e instrumentos inerentes ao trabalho do Enfermeiro e da Enfermagem em nvel individual ecoletivo; b) Assistncia de Enfermagem: os contedos (tericos e prticos) que compem a assistncia de Enfermagem em nvel individual e coletivo prestada criana, ao adolescente, ao adulto, mulher e ao idoso, considerando os determinantes scio-culturais, econmicos e ecolgicos do processo sade-doena, bem como os princpios ticos, legais e humansticos inerentes ao cuidado de Enfermagem;
c) Administrao de Enfermagem: os contedos (tericos e prticos) da administrao do processo de trabalho de enfermagem e da assistncia de enfermagem; e
d) Ensino de Enfermagem: os contedos pertinentes capacitao pedaggica do enfermeiro, independente da Licenciatura em Enfermagem.
1 Os contedos curriculares, as competncias e as habilidades a serem assimilados e adquiridos no nvel de graduao do enfermeiro devem conferir-lhe terminalidade e capacidade acadmica e/ou profissional, considerando as demandas e necessidades prevalentes e prioritrias da populao conforme o quadro epidemiolgico do pas/regio.
2 Este conjunto de competncias, contedos e habilidades deve promover no aluno e no enfermeiro a capacidade de desenvolvimento intelectual e profissional autnomo e permanente.
Art. 7 Na formao do Enfermeiro, alm
dos contedos tericos e prticos desenvolvidos ao longo de sua formao, ficam os cursos obrigados a incluir no currculo o estgio
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supervisionado em hospitais gerais e especializados, ambulatrios, rede bsica de servios de sade e comunidades nos dois ltimos semestres do Curso de Graduao em Enfermagem.
Pargrafo nico. Na elaborao da
programao e no processo de superviso do aluno, em estgio curricular supervisionado, pelo professor, ser assegurada efetiva participao dos enfermeiros do servio de sade onde se desenvolve o referido estgio. A carga horria mnima do estgio curricular supervisionado dever totalizar 20% (vinte por cento) da carga horria total do Curso de Graduao em Enfermagem proposto, com base no Parecer/Resoluo especfico da Cmara de Educao Superior do Conselho Nacional de Educao.
Art. 8 O projeto pedaggico do Curso
de Graduao em Enfermagem dever contemplar atividades complementares e as Instituies de Ensino Superior devero criar mecanismos de aprove itamento de conhecimentos, adquiridos pelo estudante, atravs de estudos e prticas independentes, presenciais e/ou a distncia, a saber: monitorias e estgios; programas de iniciao cientfica; programas de extenso; estudos complementares e cursos realizados em outras reas afins.
Art. 9 O Curso de Graduao em
Enfermagem deve ter um projeto pedaggico, construdo coletivamente, centrado no aluno como sujeito da aprendizagem e apoiado no professor como facilitador e mediador do processo ensino-aprendizagem. Este projeto pedaggico dever buscar a formao integral e adequada do estudante atravs de uma articulao entre o ensino, a pesquisa e a extenso/assistncia.
Art. 10. As Diretrizes Curriculares e o
Projeto Pedaggico devem orientar o Currculo do Curso de Graduao em Enfermagem para um perfil acadmico e profissional do egresso. Este currculo dever contribuir, tambm, para a compreenso, interpretao, preservao, reforo, fomento e difuso das culturas nacionais e regionais, internacionais e histricas, em um contexto de pluralismo e diversidade cultural.
1 As diretrizes curriculares do Curso de Graduao em Enfermagem devero contribuir para a inovao e a qualidade do projeto pedaggico do curso.
2 O Currculo do Curso de Graduao em Enfermagem deve incluir aspectos complementares de perfil, habilidades,
competncias e contedos, de forma a considerar a insero institucional do curso, a flexibilidade individual de estudos e os requerimentos, demandas e expectativas de desenvolvimento do setor sade na regio.
Art. 11. A organizao do Curso de
Graduao em Enfermagem dever ser definida pelo respectivo colegiado do curso, que indicar a modalidade: seriada anual, seriada semestral, sistema de crditos ou modular.
Art. 12. Para concluso do Curso de
Graduao em Enfermagem, o aluno dever elaborar um trabalho sob orientao docente.
Art. 13. A Formao de Professores por
meio de Licenciatura Plena segue Pareceres e Resolues especficos da Cmara de Educao Superior e do Pleno do Conselho Nacional de Educao.
Art. 14. A estrutura do Curso de
Graduao em Enfermagem dever assegurar: I - a articulao entre o ensino, pesquisa
e extenso/assistncia, garantindo um ensino crtico, reflexivo e criativo, que leve a construo do perfil almejado, estimulando a realizao de experimentos e/ou de projetos de pesquisa; socializando o conhecimento produzido, levando em conta a evoluo epistemolgica dos modelos explicativos do processo sade-doena;
II - as atividades tericas e prticas presentes desde o incio do curso, permeando toda a formao do Enfermeiro, de forma integrada e interdisciplinar;
III - a viso de educar para a cidadania e a participao plena na sociedade;
IV - os princpios de autonomia institucional, de flexibilidade, integrao estudo/trabalho e pluralidade no currculo;
V - a implementao de metodologia no processo ensinar-aprender que estimule o aluno a refletir sobre a realidade social e aprenda a aprender; 6
VI - a definio de estratgias pedaggicas que articulem o saber; o saber fazer e o saber conviver, visando desenvolver o aprender a aprender, o aprender a ser, o aprender a fazer, o aprender a viver juntos e o aprender a conhecer que constitui atributos indispensveis formao do Enfermeiro;
VII - o estmulo s dinmicas de trabalho em grupos, por favorecerem a discusso coletiva e as relaes interpessoais;
VIII - a valorizao das dimenses ticas e humansticas, desenvolvendo no aluno e no enfermeiro atitudes e valores orientados para a cidadania e para a solidariedade; e
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IX - a articulao da Graduao em Enfermagem com a Licenciatura em Enfermagem.
Art. 15. A implantao e
desenvolvimento das diretrizes curriculares devem orientar e propiciar concepes curriculares ao Curso de Graduao em Enfermagem que devero ser acompanhadas e permanentemente avaliadas, a fim de permitir os ajustes que se fizerem necessrios ao seu aperfeioamento.
1 As avaliaes dos alunos devero basear-se nas competncias, habilidades e contedos curriculares desenvolvidos, tendo como referncia as Diretrizes Curriculares.
2 O Curso de Graduao em Enfermagem dever utilizar metodologias e critrios para acompanhamento e avaliao do processo ensino-aprendizagem e do prprio curso, em consonncia com o sistema de avaliao e a dinmica curricular definidos pela IES qual pertence.
Art. 16. Esta Resoluo entra em vigor
na data de sua publicao, revogadas as disposies em contrrio.
** Fim DCN Curso Enfermagem **
A Enfermagem uma arte; e para realiz-la como arte, requer uma devoo to exclusiva, um
preparo to rigoroso, quanto obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que tratar da tela morta ou do frio mrmore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do esprito de Deus? uma das artes; poder-
se-ia dizer, a mais bela das artes!
Florence Nightingale
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DCN Curso Medicina
MINISTRIO DA EDUCAO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAO
CMARA DE EDUCAO SUPERIOR RESOLUO N 3, DE 20 DE JUNHO DE 2014
Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduao em Medicina e d outras providncias.
O Presidente da Cmara de Educao Superior do Conselho Nacional de Educao, tendo em vista o disposto no art. 9, 2, alnea "c", da Lei n 4.024, de 20 de dezembro de 1961, com a redao dada pela Lei n 9.131, de 24 de novembro de 1995, com fundamento no Parecer CNE/CES n 116/2014, homologado por Despacho do Senhor Ministro de Estado da Educao, publicado no DOU de 6 de junho de 2014, e considerando o estabelecido na Lei de criao do Sistema nico de Sade n 8.080 de 19 de setembro de 1990, na Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional n 9.394, de 20 de dezembro de 1996 e na Lei n 12.871, de 22 de outubro de 2013, resolve:
CAPTULO I DAS DIRETRIZES
Art. 1 A presente Resoluo institui as
Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do Curso de Graduao em Medicina, a serem observadas na organizao, desenvolvimento e avaliao do Curso de Medicina, no mbito dos sistemas de ensino superior do pas.
Art. 2 As DCNs do Curso de Graduao
em Medicina estabelecem os princpios, os fundamentos e as finalidades da formao em Medicina.
Pargrafo nico. O Curso de
Graduao em Medicina tem carga horria mnima de 7.200 (sete mil e duzentas) horas e prazo mnimo de 6 (seis) anos para sua integralizao.
Art. 3 O graduado em Medicina ter formao geral, humanista, crtica, reflexiva e tica, com capacidade para atuar nos diferentes nveis de ateno sade, com aes de promoo, preveno, recuperao e reabilitao da sade, nos mbitos individual e coletivo, com responsabilidade social e compromisso com a defesa da cidadania, da dignidade humana, da sade integral do ser humano e tendo como transversalidade em sua prtica, sempre, a determinao social do processo de sade e doena.
Art. 4 Dada a necessria articulao entre conhecimentos, habilidades e atitudes requeridas do egresso, para o futuro exerccio profissional do mdico, a formao do graduado em Medicina desdobrar-se- nas seguintes reas:
I - Ateno Sade; II - Gesto em Sade; e III - Educao em Sade. Seo I Da Ateno Sade Art. 5 Na Ateno Sade, o graduando ser formado para considerar sempre as dimenses da diversidade biolgica, subjetiva, tnico-racial, de gnero, orientao sexual, socioeconmica, poltica, ambiental, cultural, tica e demais aspectos que compem o espectro da diversidade humana que singularizam cada pessoa ou cada grupo social, no sentido de concretizar:
I - acesso universal e equidade como direito cidadania, sem privilgios nem preconceitos de qualquer espcie, tratando as desigualdades com equidade e atendendo as necessidades pessoais especficas, segundo as prioridades definidas pela vulnerabilidade e pelo risco sade e vida, observado o que determina o Sistema nico de Sade (SUS); II - integralidade e humanizao do cuidado por meio de prtica mdica contnua e integrada com as demais aes e instncias de sade, de modo a construir projetos teraputicos compartilhados, estimulando o autocuidado e a autonomia das pessoas, famlias, grupos e comunidades e reconhecendo os usurios como protagonistas ativos de sua prpria sade;
III - qualidade na ateno sade, pautando seu pensamento crtico, que conduz o seu fazer, nas melhores evidncias cientficas, na escuta ativa e singular de cada pessoa, famlia, grupos e comunidades e nas polticas pblicas, programas, aes estratgicas e diretrizes vigentes.
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IV - segurana na realizao de processos e procedimentos, referenciados nos mais altos padres da prtica mdica, de modo a evitar riscos, efeitos adversos e danos aos usurios, a si mesmo e aos profissionais do sistema de sade, com base em reconhecimento clnico-epidemiolgico, nos riscos e vulnerabilidades das pessoas e grupos sociais.
V - preservao da biodiversidade com sustentabilidade, de modo que, no desenvolvimento da prtica mdica, sejam respeitadas as relaes entre ser humano, ambiente, sociedade e tecnologias, e contribua para a incorporao de novos cuidados, hbitos e prticas de sade;
VI - tica profissional fundamentada nos princpios da tica e da Biotica, levando em conta que a responsabilidade da ateno sade no se encerra com o ato tcnico;
VII - comunicao, por meio de linguagem verbal e no verbal, com usurios, familiares, comunidades e membros das equipes profissionais, com empatia, sensibilidade e interesse, preservando a confidencialidade, a compreenso, a autonomia e a segurana da pessoa sob cuidado;
VIII - promoo da sade, como estratgia de produo de sade, articulada s demais polticas e tecnologias desenvolvidas no sistema de sade brasileiro, contribuindo para construo de aes que possibilitem responder s necessidades sociais em sade;
IX - cuidado centrado na pessoa sob cuidado, na famlia e na comunidade, no qual prevalea o trabalho interprofissional, em equipe, com o desenvolvimento de relao horizontal, compartilhada, respeitando-se as necessidades e desejos da pessoa sob cuidado, famlia e comunidade, a compreenso destes sobre o adoecer, a identificao de objetivos e responsabilidades comuns entre profissionais de sade e usurios no cuidado; e X - Promoo da equidade no cuidado adequado e eficiente das pessoas com deficincia, compreendendo os diferentes modos de adoecer, nas suas especificidades. Seo II Da Gesto em Sade
Art. 6 Na Gesto em Sade, a Graduao em Medicina visa formao do mdico capaz de compreender os princpios, diretrizes e polticas do sistema de sade, e participar de aes de gerenciamento e administrao para promover o bem estar da comunidade, por meio das seguintes dimenses: I - Gesto do Cuidado, com o uso de saberes e dispositivos de todas as densidades tecnolgicas, de modo a promover a
organizao dos sistemas integrados de sade para a formulao e desenvolvimento de Planos Teraputicos individuais e coletivos; II - Valorizao da Vida, com a abordagem dos problemas de sade recorrentes na ateno bsica, na urgncia e na emergncia, na promoo da sade e na preveno de riscos e danos, visando melhoria dos indicadores de qualidade de vida, de morbidade e de mortalidade, por um profissional mdico generalista, propositivo e resolutivo; III - Tomada de Decises, com base na anlise crtica e contextualizada das evidncias cientficas, da escuta ativa das pessoas, famlias, grupos e comunidades, das polticas pblicas sociais e de sade, de modo a racionalizar e otimizar a aplicao de conhecimentos, metodologias, procedimentos, instalaes, equipamentos, insumos e medicamentos, de modo a produzir melhorias no acesso e na qualidade integral sade da populao e no desenvolvimento cientfico, tecnolgico e inovao que retroalimentam as decises; IV - Comunicao, incorporando, sempre que possvel, as novas tecnologias da informao e comunicao (TICs), para interao a distncia e acesso a bases remotas de dados; V - Liderana exercitada na horizontalidade das relaes interpessoais que envolvam compromisso, comprometimento, responsabilidade, empatia, habilidade para tomar decises, comunicar-se e desempenhar as aes de forma efetiva e eficaz, mediada pela interao, participao e dilogo, tendo em vista o bem-estar da comunidade, VI - Trabalho em Equipe, de modo a desenvolver parcerias e constituio de redes, estimulando e ampliando a aproximao entre instituies, servios e outros setores envolvidos na ateno integral e promoo da sade; VII - Construo participativa do sistema de sade, de modo a compreender o papel dos cidados, gestores, trabalhadores e instncias do controle social na elaborao da poltica de sade brasileira; e VIII - Participao social e articulada nos campos de ensino e aprendizagem das redes de ateno sade, colaborando para promover a integrao de aes e servios de sade, provendo ateno contnua, integral, de qualidade, boa prtica clnica e responsvel, incrementando o sistema de acesso, com equidade, efetividade e eficincia, pautando-se em princpios humansticos, ticos, sanitrios e da economia na sade.
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Seo III Da Educao em Sade
Art. 7 Na Educao em Sade, o graduando dever corresponsabilizar- se pela prpria formao inicial, continuada e em servio, autonomia intelectual, responsabilidade social, ao tempo em que se compromete com a formao das futuras geraes de profissionais de sade, e o estmulo mobilidade acadmica e profissional, objetivando: I - aprender a aprender, como parte do processo de ensino-aprendizagem, identificando conhecimentos prvios, desenvolvendo a curiosidade e formulando questes para a busca de respostas cientificamente consolidadas, construindo sentidos para a identidade profissional e avaliando, criticamente, as informaes obtidas, preservando a privacidade das fontes; II - aprender com autonomia e com a percepo da necessidade da educao continuada, a partir da mediao dos professores e profissionais do Sistema nico de Sade, desde o primeiro ano do curso; III - aprender interprofissionalmente, com base na reflexo sobre a prpria prtica e pela troca de saberes com profissionais da rea da sade e outras reas do conhecimento, para a orientao da identificao e discusso dos problemas, estimulando o aprimoramento da colaborao e da qualidade da ateno sade; IV - aprender em situaes e ambientes protegidos e controlados, ou em simulaes da realidade, identificando e avaliando o erro, como insumo da aprendizagem profissional e organizacional e como suporte pedaggico; V - comprometer-se com seu processo de formao, envolvendo- se em ensino, pesquisa e extenso e observando o dinamismo das mudanas sociais e cientficas que afetam o cuidado e a formao dos profissionais de sade, a partir dos processos de autoavaliao e de avaliao externa dos agentes e da instituio, promovendo o conhecimento sobre as escolas mdicas e sobre seus egressos; VI - propiciar a estudantes, professores e profissionais da sade a ampliao das oportunidades de aprendizagem, pesquisa e trabalho, por meio da participao em programas de Mobilidade Acadmica e Formao de Redes Estudantis, viabilizando a identificao de novos desafios da rea, estabelecendo compromissos de corresponsabilidade com o cuidado com a vida das pessoas, famlias, grupos e comunidades, especialmente nas situaes de emergncia em sade pblica, nos mbitos nacional e internacional; e VII - dominar lngua estrangeira, de preferncia lngua franca, para manter-se
atualizado com os avanos da Medicina conquistados no pas e fora dele, bem como para interagir com outras equipes de profissionais da sade em outras partes do mundo e divulgar as conquistas cientficas alcanadas no Brasil.
CAPTULO II DAS REAS DE COMPETNCIA DA PRTICA
MDICA
Art. 8 Para permitir a transformao das Diretrizes previstas no Captulo I e os componentes curriculares contidos no Captulo III desta Resoluo em efetivas prticas competentes, adequadas e oportunas, as iniciativas e aes esperadas do egresso, agrupar-se-o nas respectivas reas de Competncia, a seguir relacionadas:
I - rea de Competncia de Ateno Sade;
II - rea de Competncia de Gesto em Sade; e
III - rea de Competncia de Educao em Sade. Pargrafo nico. Para os efeitos desta Resoluo, competncia compreendida como a capacidade de mobilizar conhecimentos, habilidades e atitudes, com utilizao dos recursos disponveis, e exprimindo-se em iniciativas e aes que traduzem desempenhos capazes de solucionar, com pertinncia, oportunidade e sucesso, os desafios que se apresentam prtica profissional, em diferentes contextos do trabalho em sade, traduzindo a excelncia da prtica mdica, prioritariamente nos cenrios do Sistema nico de Sade (SUS). Seo I Da rea de Competncia Ateno Sade Art. 9 A rea de Competncia Ateno Sade estrutura-se em 2 (duas) subreas: I - Ateno s Necessidades Individuais de Sade; e II - Ateno s Necessidades de Sade Coletiva.
Art. 10. A Ateno s Necessidades Individuais de Sade compe-se de 2 (duas) aes-chave: I - Identificao de Necessidades de Sade; e II - Desenvolvimento e Avaliao de Planos Teraputicos.
Art. 11. A Ateno s Necessidades de Sade Coletiva desdobra- se em 2 (duas) aes-chave:
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I - Investigao de Problemas de Sade Coletiva; e II - Desenvolvimento e Avaliao de Projetos de Interveno Coletiva. Subseo I Da Ateno s Necessidades Individuais de Sade
Art. 12. A ao-chave Identificao de Necessidades de Sade comporta os seguintes desempenhos e seus respectivos descritores:
I - Realizao da Histria Clnica: a) estabelecimento de relao profissional tica no contato com as pessoas sob seus cuidados, familiares ou responsveis; b) identificao de situaes de emergncia, desde o incio do contato, atuando de modo a preservar a sade e a integridade fsica e mental das pessoas sob cuidado; c) orientao do atendimento s necessidades de sade, sendo capaz de combinar o conhecimento clnico e as evidncias cientficas, com o entendimento sobre a doena na perspectiva da singularidade de cada pessoa; d) utilizao de linguagem compreensvel no processo teraputico, estimulando o relato espontneo da pessoa sob cuidados, tendo em conta os aspectos psicolgicos, culturais e contextuais, sua histria de vida, o ambiente em que vive e suas relaes sociofamiliares, assegurando a privacidade e o conforto; e) favorecimento da construo de vnculo, valorizando as preocupaes, expectativas, crenas e os valores relacionados aos problemas relatados trazidos pela pessoa sob seus cuidados e responsveis, possibilitando que ela analise sua prpria situao de sade e assim gerar autonomia no cuidado; f) identificao dos motivos ou queixas, evitando julgamentos, considerando o contexto de vida e dos elementos biolgicos, psicolgicos, socioeconmicos e a investigao de prticas culturais de cura em sade, de matriz afro-indgena-brasileira e de outras relacionadas ao processo sade-doena; g) orientao e organizao da anamnese, utilizando o raciocnio clnico-epidemiolgico, a tcnica semiolgica e o conhecimento das evidncias cientficas; h) investigao de sinais e sintomas, repercusses da situao, hbitos, fatores de risco, exposio s iniquidades econmicas e sociais e de sade, condies correlatas e antecedentes pessoais e familiares; e I- registro dos dados relevantes da anamnese no pronturio de forma clara e legvel. II - Realizao do Exame Fsico:
a) esclarecimento sobre os procedimentos, manobras ou tcnicas do exame fsico ou exames diagnsticos, obtendo consentimento da pessoa sob seus cuidados ou do responsvel; b) cuidado mximo com a segurana, privacidade e conforto da pessoa sob seus cuidados; c) postura tica, respeitosa e destreza tcnica na inspeo, apalpao, ausculta e percusso, com preciso na aplicao das manobras e procedimentos do exame fsico geral e especfico, considerando a histria clnica, a diversidade tnico-racial, de gnero, de orientao sexual, lingustico-cultural e de pessoas com deficincia; e d) esclarecimento, pessoa sob seus cuidados ou ao responsvel por ela, sobre os sinais verificados, registrando as informaes no pronturio, de modo legvel. III - Formulao de Hipteses e Priorizao de Problemas: a) estabelecimento de hipteses diagnsticas mais provveis, relacionando os dados da histria e exames clnicos; b) prognstico dos problemas da pessoa sob seus cuidados, considerando os contextos pessoal, familiar, do trabalho, epidemiolgico, ambiental e outros pertinentes; c) informao e esclarecimento das hipteses estabelecidas, de forma tica e humanizada, considerando dvidas e questionamentos da pessoa sob seus cuidados, familiares e responsveis; d) estabelecimento de oportunidades na comunicao para mediar conflito e conciliar possveis vises divergentes entre profissionais de sade, pessoa sob seus cuidados, familiares e responsveis; e e) compartilhamento do processo teraputico e negociao do tratamento com a possvel incluso das prticas populares de sade, que podem ter sido testadas ou que no causem dano. IV - Promoo de Investigao Diagnstica: a) proposio e explicao, pessoa sob cuidado ou responsvel, sobre a investigao diagnstica para ampliar, confirmar ou afastar hipteses diagnsticas, incluindo as indicaes de realizao de aconselhamento gentico. b) solicitao de exames complementares, com base nas melhores evidncias cientficas, conforme as necessidades da pessoa sob seus cuidados, avaliando sua possibilidade de acesso aos testes necessrios; c) avaliao singularizada das condies de segurana da pessoa sob seus cuidados, considerando-se eficincia, eficcia e efetividade dos exames;
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d) interpretao dos resultados dos exames realizados, considerando as hipteses diagnsticas, a condio clnica e o contexto da pessoa sob seus cuidados; e e) registro e atualizao, no pronturio, da investigao diagnstica, de forma clara e objetiva.
Art. 13. A ao-chave Desenvolvimento e Avaliao de Planos Teraputicos comporta os seguintes desempenhos e seus respectivos descritores:
I - Elaborao e Implementao de Planos Teraputicos:
a) estabelecimento, a partir do raciocnio clnico-epidemiolgico em contextos especficos, de planos teraputicos, contemplando as dimenses de promoo, preveno, tratamento e reabilitao; b) discusso do plano, suas implicaes e o prognstico, segundo as melhores evidncias cientficas, as prticas culturais de cuidado e cura da pessoa sob seus cuidados e as necessidades individuais e coletivas; c) promoo do dilogo entre as necessidades referidas pela pessoa sob seus cuidados ou responsvel, e as necessidades percebidas pelos profissionais de sade, estimulando a pessoa sob seus cuidados a refletir sobre seus problemas e a promover o autocuidado; d) estabelecimento de pacto sobre as aes de cuidado, promovendo a participao de outros profissionais, sempre que necessrio; e) implementao das aes pactuadas e disponibilizao das prescries e orientaes legveis, estabelecendo e negociando o acompanhamento ou encaminhamento da pessoa sob seus cuidados com justificativa; f) informao sobre situaes de notificao compulsria aos setores responsveis; g) considerao da relao custo-efetividade das intervenes realizadas, explicando-as s pessoas sob cuidado e familiares, tendo em vista as escolhas possveis; h) atuao autnoma e competente nas situaes de emergncia mais prevalentes de ameaa vida; e i) exerccio competente em defesa da vida e dos direitos das pessoas. II - Acompanhamento e Avaliao de Planos Teraputicos: a) acompanhamento e avaliao da efetividade das intervenes realizadas e considerao da avaliao da pessoa sob seus cuidados ou do responsvel em relao aos resultados obtidos, analisando dificuldades e valorizando conquistas;
b) favorecimento do envolvimento da equipe de sade na anlise das estratgias de cuidado e resultados obtidos; c) reviso do diagnstico e do plano teraputico, sempre que necessrio; d) explicao e orientao sobre os encaminhamentos ou a alta, verificando a compreenso da pessoa sob seus cuidados ou responsvel; e e) registro do acompanhamento e da avaliao do plano no pronturio, buscando torn-lo um instrumento orientador do cuidado integral da pessoa sob seus cuidados. Subseo II Da Ateno s Necessidades de Sade Coletiva Art. 14. A ao-chave Investigao de Problemas de Sade Coletiva comporta o desempenho de Anlise das Necessidades de Sade de Grupos de Pessoas e as Condies de Vida e de Sade de Comunidades, a partir de dados demogrficos, epidemiolgicos, sanitrios e ambientais, considerando dimenses de risco, vulnerabilidade, incidncia e prevalncia das condies de sade, com os seguintes descritores:
I - acesso e utilizao de dados secundrios ou informaes que incluam o contexto poltico, cultural, discriminaes institucionais, socioeconmico, ambiental e das relaes, movimentos e valores de populaes, em seu territrio, visando ampliar a explicao de causas, efeitos e baseado na determinao social no processo sadedoena, assim como seu enfrentamento; II - relacionamento dos dados e das informaes obtidas, articulando os aspectos biolgicos, psicolgicos, socioeconmicos e culturais relacionados ao adoecimento e vulnerabilidade de grupos; e III - estabelecimento de diagnstico de sade e priorizao de problemas, considerando sua magnitude, existncia de recursos para o seu enfrentamento e importncia tcnica, cultural e poltica do contexto. Art. 15. A ao-chave Desenvolvimento e Avaliao de Projetos de Interveno Coletiva comporta os seguintes descritores de seu desempenho nico: I - participao na discusso e construo de projetos de interveno em grupos sociais, orientando-se para melhoria dos indicadores de sade, considerando sempre sua autonomia e aspectos culturais; II - estmulo insero de aes de promoo e educao em sade em todos os nveis de ateno, com nfase na ateno
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bsica, voltadas s aes de cuidado com o corpo e a sade; III - estmulo incluso da perspectiva de outros profissionais e representantes de segmentos sociais envolvidos na elaborao dos projetos em sade; IV - promoo do desenvolvimento de planos orientados para os problemas priorizados; V - participao na implementao de aes, considerando metas, prazos, responsabilidades, oramento e factibilidade; e VI - participao no planejamento e avaliao dos projetos e aes no mbito do Sistema nico de Sade (SUS), prestando contas e promovendo ajustes, orientados melhoria da sade coletiva. Seo II Da rea de Competncia Gesto em Sade Art. 16. A rea de Competncia Gesto em Sade estruturase em 2 (duas) aes-chave: I - Organizao do Trabalho em Sade; e II - Acompanhamento e Avaliao do Trabalho em Sade. Subseo I Da Organizao do Trabalho em Sade Art. 17. A ao-chave Organizao do Trabalho em Sade comporta os seguintes desempenhos e seus respectivos descritores: I - Identificao do Processo de Trabalho: a) identificao da histria da sade, das polticas pblicas de sade no Brasil, da Reforma Sanitria, dos princpios do SUS e de desafios na organizao do trabalho em sade, considerando seus princpios, diretrizes e polticas de sade; b) identificao de oportunidades e de desafios na organizao do trabalho nas redes de servios de sade, reconhecendo o conceito ampliado de sade, no qual todos os cenrios em que se produz sade so ambientes relevantes e neles se deve assumir e propiciar compromissos com a qualidade, integralidade e continuidade da ateno; c) utilizao de diversas fontes para identificar problemas no processo de trabalho, incluindo a perspectiva dos profissionais e dos usurios e a anlise de indicadores e do modelo de gesto, de modo a identificar risco e vulnerabilidade de pessoas, famlias e grupos sociais; d) incluir a perspectiva dos usurios, famlia e comunidade, favorecendo sua maior autonomia na deciso do plano teraputico,
respeitando seu processo de planejamento e de deciso considerando-se, ainda, os seus valores e crenas; e) trabalho colaborativo em equipes de sade, respeitando normas institucionais dos ambientes de trabalho e agindo com compromisso tico-profissional, superando a fragmentao do processo de trabalho em sade; f) participao na priorizao de problemas, identificando a relevncia, magnitude e urgncia, as implicaes imediatas e potenciais, a estrutura e os recursos disponveis; e g) abertura para opinies diferentes e respeito diversidade de valores, de papis e de responsabilidades no cuidado sade. II - Elaborao e Implementao de Planos de Interveno: a) participao em conjunto com usurios, movimentos sociais, profissionais de sade, gestores do setor sanitrio e de outros setores na elaborao de planos de interveno para o enfrentamento dos problemas priorizados, visando melhorar a organizao do processo de trabalho e da ateno sade; b) apoio criatividade e inovao, na construo de planos de interveno;
c) participao na implementao das aes, favorecendo a tomada de deciso, baseada em evidncias cientficas, na eficincia, na eficcia e na efetividade do trabalho em sade; e d) participao na negociao e avaliao de metas para os planos de interveno, considerando as polticas de sade vigentes, os colegiados de gesto e de controle social. Art. 18. A ao-chave Acompanhamento e Avaliao do Trabalho em Sade comporta os seguintes desempenhos e seus respectivos descritores: I - Gerenciamento do Cuidado em Sade: a) promoo da integralidade da ateno sade individual e coletiva, articulando as aes de cuidado, no contexto dos servios prprios e conveniados ao SUS; b) utilizao das melhores evidncias e dos protocolos e diretrizes cientificamente reconhecidos, para promover o mximo benefcio sade das pessoas e coletivos, segundo padres de qualidade e de segurana; e c) favorecimento da articulao de aes, profissionais e servios, apoiando a implantao de dispositivos e ferramentas que promovam a organizao de sistemas integrados de sade.
II - Monitoramento de Planos e Avaliao do Trabalho em Sade:
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a) participao em espaos formais de reflexo coletiva sobre o processo de trabalho em sade e sobre os planos de interveno;
b) monitoramento da realizao de planos, identificando conquistas e dificuldades;
c) avaliao do trabalho em sade, utilizando indicadores e relatrios de produo, ouvidoria, auditorias e processos de acreditao e certificao; d) utilizao dos resultados da avaliao para promover ajustes e novas aes, mantendo os planos permanentemente atualizados e o trabalho em sade em constante aprimoramento; e) formulao e recepo de crticas, de modo respeitoso, valorizando o esforo de cada um e favorecendo a construo de um ambiente solidrio de trabalho; e f) estmulo ao compromisso de todos com a transformao das prticas e da cultura organizacional, no sentido da defesa da cidadania e do direito sade. Seo III Da rea de Competncia de Educao em Sade
Art. 19. A rea de Competncia de Educao em Sade estrutura-se em 3 (trs) aes-chave: I - Identificao de Necessidades de Aprendizagem Individual e Coletiva; II - Promoo da Construo e Socializao do Conhecimento; e III - Promoo do Pensamento Cientfico e Crtico e Apoio Produo de Novos Conhecimentos. Subseo I Da Identificao de Necessidades de Aprendizagem Individual e Coletiva
Art. 20. A ao-chave Identificao de Necessidades de Aprendizagem Individual e Coletiva comporta os seguintes desempenhos: I - estmulo curiosidad