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educacao ambiental

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quia paraos pais

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A educação é essencial para o desenvolvimento, pelo seu valor intrínseco,

na medida em que contribui para o despertar cultural, a conscientização, a compreensão

dos direitos humanos aumentando a adaptabilidade e o sentido de autonomia,

bem como a auto confiança e a auto estima.

Ignacy Sachs

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Ecoeduca,

projecto desenvolvido no âmbito da disciplina de Design de Comu-nicação na Faculdade de Belas Artes, com base nas problemáticas ambientais. Ecoeduca propõe criar uma espécie de dossie virtual, no qual é possível encontrar informação útil e de forma sintetizada dirigida aos pais e professores, para que estes possam reflectir, melhorar e adaptar aos seus métodos de ensino, de forma a sensibi-lizar o educando a procurar valores que conduzam a uma convivência harmoniosa com o ambiente e com as demais espécies que habitam o planeta.Tendo a clareza que a natureza não é uma fonte inesgotável de recursos, e que as suas reservas são finitas e devem ser utilizadas deforma racional, evitando o desperdício e considerando a reciclagem como um processo vital.

Mais informação em www.ecoeduca.net

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Os conteúdos dispostos não têm a pretensão de explorar exaustivamente o assunto, dada a complexidade do mesmo. Constitui-se assim, numa contri-buição teórica de alguns aspectos que podem ser analisados na tentativa de elaborar-se um plano de eco-educação.

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL // Definições

I - A Educação Ambiental procura transmitir conteúdos que nos façam “crescer” e a aprender a saber viver enquanto membros da biosfera;

II - Educação Ambiental procura sensibilizar, fazer compreender, apreciar, saber lidar e manter os sistemas ambientais na sua totalidade;

III - Educação Ambiental significa aprender a ver o quadro global que cerca um problema específico - a sua história, os seus valores, percepções, factores económicos e tecnológicos, e os processos naturais ou artificiais que o causam e que sugerem acções para combater e prevenir o seu desenvolvimento;

IV - Educação Ambiental é a aprendizagem de como gerir e melhorar as relações entre a sociedade e o ambiente, de modo integrado e sustentável;

V - Educação Ambiental significa aprender a empregar novas tecnologias, aumentar a produtividade, evitar desastres ambientais, minorar os danos existentes, conhecer e utilizar novas oportunidades e tomar decisões acertadas.

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL // Princípios Básicos

I - o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo;

II - considerar o meio ambiente na sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o sócio-económico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade;

III - o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade (tirar partido do conteúdo específico de cada disciplina, de modo que se adquira uma perspectiva global e equilibrada);

IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;

V - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;

VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo;

VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais, de modo que os educandos se identifiquem com as condições ambientais de outras regiões geográficas;

VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural.

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL //Princípios Gerais

Sensibilização: processo de alerta, é o primeiro passo para alcançar o pensamento sistêmico;

Compreensão: conhecimento dos componentes e dos mecanismos que regem os sistemas naturais;

Responsabilidade: reconhecimento do ser humano como principal protagonista;

Competência: capacidade de avaliar e agir efetivamente no sistema;

Cidadania: participar ativamente e resgatar direitos e promover uma nova ética capaz de conciliar o ambiente e a sociedade.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL // Finalidades

I - Ajudar a fazer e compreender claramente, a existência da interdependência econômica, social, política e ecológica, nas zonas urbanas e rurais;

II - Proporcionar, a todas as pessoas, a possibilidade de adquirir os conhecimentos, o sentido dos valores, as atitudes, o interesse ativo a as atitudes, necessárias para proteger e melhorar o meio ambiente;

III - Induzir novas formas de conduta nos indivíduos, nos grupos sociais e na sociedade em seu conjunto, a respeito do meio ambiente.

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Uma das questões que frequentemente se levanta em projectos de Educação Ambiental e que mais estranheza pode colocar ao comum dos cidadãos, nomeadamente aos encarregados de educação, é de que modo se podem desenvolver projectos de EA em ambientes urbanos, onde os vestígiosde “Natureza” serão raros ou teoricamente inexistentes. Creio que é tempo de erradicar uma certa visão urbana de ambiente/ ecossistema que o materializa em espaços mais ou menos bucólicos, ocorrendo-me sempre à memória uma frase escrita por um aluno do antigo Curso Geral Nocturno , ao iniciar a sua disserção sobre o conceito de ecossistema: “Domingo fui ao campo; encontreilá um ecossistema..”.Nesta frase encontra-se expresso muito equívoco acumulado em matéria de EA. Com efeito, ela pressupõe a natureza como algo que se visita, distante , sobre a qual se age, mas com a qual não se interage. Stefano Cavagna, coordenador do projecto VelaVerde, um dos projectos

de EA mais interessantes a nível europeu, colocou a questão no VII Encontro Nacional de Educação Ambiental ao realçar a tricotomia existente: educar para o ambiente, educar no ambiente ou educar com o ambiente.Não creio que as três abordagens sejam incompatíveis, mas a aposta num processo de EA continuado na escola e ao longo de todo o ano, pressupõe um conceito de proximidade seja ele temático ou físico. (...)

Realcemos o papel das áreas protegidas como espaços privilegiados de aprendizagem na e com a natureza, mas que necessitam a meu ver de um trabalho de integração próxima a nível escolar, de tal forma a que os alunos não percam a noção de continuum, e as excluam do seu habitat quotidiano.“(...) é nossa obrigação saber reencontrar o ambiente próximo e, com ele, ensinar.” José Guerreiro (Presidente do IPAMB)

A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.

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PRECICLAGEMpensar na reciclagem no momento de compra

Como parte responsável na produção de lixo, o consumidor pode, antes de mais, começar por destruir preconceitos sobre o reutilizável, reciclado e reciclável e adoptar novas atitudes. Com o intuito de incentivar ps consumidores a poupar os recursos e a salvaguardar o ambiente, os americados introduziram o conceito preciclagem. Este conceito procura induzir a escolha de produtos embalados em materiais que possam ser reciclados e reduzir, assim, as quantidades de embalagens inutilizadas que se acumulam nas lixeiras.

O primeiro gesto passa por evitar o escesso de embalagens, o que equivalerá a recusar toda a panóplia de papéis, fios e saquinhos com que os comerciantes simpaticamente nos brindam. Prepare-se, contudo, para assistir a algumas caras de espanto por parte dos lojistas, pois a cultura da embalagem

corresponde, em Portugal, a uma tradição tão arreigada quanto a nossa vocação marítica. Nessa altura assuma um papel pedagógico e trate de explicar ao empregado da farmácia, por exemplo, que não há nenhum motivo racional para que um simples conjunto de pensos-rápidos, já de si vendidos pelo fabricante em invólucros próprios e dentro de embalagens de cartolina, sejam ainda por cima embrulhados em papel com fita-adesiva e introduzidos num saco de plástico. Nas grandes compras semanais, a melhor solução será a de regressar ao uso do cesto, saco de pano ou alcofa (vai descobrir que são bem mais funcionais do que suspeitava).

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ATENÇÃO!Publicidade enganosa

A publicidade vive dos sonhos das grandes massas e as massas vivem a febre da ecologia. É nesta base de raciocínio que assentam hoje em dia as estratégias de marketing de muitas empresas. Os investidores têm já como dado adquirido que reconverter os produtos segundo orientações “verdes” representa um acréscimo de lucros.Depois de décadas em que as empresas se dedicaram a tentar demonstrar ao público a sua solidez económica e respectiva saúde financeira, houve nos últimos dez anos uma alteração de rumo, que se vai tornando cada vez mais nítida: o futuro está na ecologia e é na ecologia que se devem concentrar os esforços dos agentes económicos durante os próximos tempos. A máxima “produzir mais para facturar mais” deu hoje lugar a uma outra:

“produzir melhor para viver melhor”

Nos últimos anos, com a proliferação de produtos no mercado autoproclamando-se verdes, sérias dúvidas foram colocadas sobre a veracidade de tais afirmações, cuja responsabilidade e controlo estariam apenas nas mãos do fabricante. (Manipulação publicitária ou uma estratégia de marketing pseudo-ecológico)

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A QUALIDADE DA CRIATIVIDADE COMO MAIS VALIA PARA A EDUCAÇÃO

O sistema formal de educação numa sociedade dá relevo à manutenção das normas de uma cultura. A fim de desenvolver uma sociedade, considera-se necessário fornecer novos conhecimentos e capacidades através de livros e de experiências de aprendizagem nas escolas. Na avaliação dos resultados da aprendizagem na escola tem- se, por conseguinte, a tendência em dar ênfase ao conhecimento, à compreensão, à sagacidade crítica, à inteligência, à aptidão, etc.. Só recentemente é que a Criatividade e o seu estudo se tornaram importantes devido aos rápidos desenvolvimentos da ciência e tecnologia. Tem-se agora consciência que para uma sociedade ser salva da estagnação e para o indivíduo atingir o seu pleno desenvolvimento, qualquer sistema de educação deve encorajar a Criatividade.

A “pessoa que não exercita a criatividade acaba por ser uma pessoa incompleta, cujo pensamento não consegue defrontar os problemas que se lhe apresentam”.

Sistema educativo que não dê espaço à criatividade está condenado ao fracasso. Nesta perspectiva, é necessário repensar o sistema educacional, inserindo, no mesmo, uma plataforma para a criatividade. Esta

tem como base o cultivo de habilidades relacionadas com o pensamento criativo e o fortalecimento de atributos de personalidade que favorecem a expressão criativa. É também fundamental imunizar o aluno contra as patologias que minam a sua energia criativa, como o medo do fracasso, o comodismo e a apatia. É ainda necessário cultivar as sementes de criatividade que existem em todo o ser humano, através de um ambiente rico em estímulos e desafios e da prática de valorizar o trabalho do indivíduo e do grupo, reconhecer as potencialidades, respeitar as diferenças e oferecer oportunidades para a produção e fertilização de ideias.

No entanto, para além da intervenção exterior do professor ou do investigador no desenvolvimento da criatividade dos alunos, é também muito importante a criação de uma “atmosfera não ameaçadora, utilizando na sala da aula estratégias e processoriativos de ensino. Neste quadro é igualmente importante o clima de segurança psicológica, a aceitação do aluno como indivíduo de valor, a compreensão empática do aluno e a aceitação da sua avaliação interna.

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A escola não pode “continuar a preparar para uma cultura de submissão, não pode rejeitar o diferente, não pode desconhecer a natural diversidade das pessoas e permanecer um modelo fabril da educação.

Os cidadãos do amanhã devem ser capazes de resolver problemas com eficácia, de fazer boas escolhas, de encontrar rapidamente soluções. A complexidade crescente da vida e a procura de novas soluções para problemas antigos ou ainda existentes requerem um tipo de pensamento mais criativo, pois há muitos desafios em diversas facetas da sociedade em que não pode ser encontrada uma resposta imediata, correcta e única. Esses desafios são da máxima relevância porque dizem respeito à nossa sobrevivência como raça humana. Não só a Criatividade é importante para a sobrevivência, como também nos permite compreender como o indivíduo pode desenvolver elevados níveis de produtividade e satisfação.

O ambiente social, as pessoas que nele vivem, os valores dominantes na família e as características do contexto educacional concorrem em larga escala ou para o desenvolvimento do potencial criativo ou para o seu aniquilamento.

O papel do agente de ensino é exactamente o de “facilitar” a ocorrência daquela oportunidade, isto é, de criar as condições propícias ao desenvolvimento da criatividade dos alunos. E ao assumir esta atitude o professor/educador está, ele próprio, a assumir-se como criativo; provavelmente só professores criativos, que praticam a criatividade podem liderar processos de desenvolvimento da criatividade. Os rotineiros e conformistas acabam por arrasar todos os rebentos de imaginação, sensibilidade, iniciativa pessoal e criatividade, condenando os alunos à repetição, à rotina e ao conformismo.

Devemos trabalhar para desenvolver a motivação interna nos nossos estudantes, ajudando-os a adquirir conceitos e julgamentos individuais, capacitando-os assim a se tornar em indivíduos totalmente capazes de exercer o seu potencial criativo.

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BÊ-À-BÁ DO LIXO

O lixo não é nenhum papão nem as lixeiras o único remédio. Como a confusão e a falta de informação quanto aos conceitos, soluções e termos técnicos imperam, aqui se apresenta o que éo quê no reino dos lixos.

> Aterro sanitário - infraestrutura de deposição de resíduos construída com medidas de minimização ambiental: impermeabilização lateral e do fundo com telas sintéticas, assente em solo pouco permeável (p.ex., argila), drenagem e tratamento de águas lixiviantes, drenagem do biogás. Para além disso, o local deve estar vedado e, entre as medidas de gestão, deve haver um controlo de estradas e cobertura diária do lixo com terra. Nestas situações não deita cheiros nem é poluente, podendo servir para instalar um espaço verde após a sua selagem.

> Águas lixiviantes - águas altamente poluentes (mais do que as de um esgoto doméstico) que se formam na decomposição dos lixos e na sua lavagem pela chuva. É obrigatório o seu tratamento antes de serem lançadas para o meio hídrico.

> Biogás - gás metano que se forma nas camadas de lixo. Deve ser drenado para evitar explosões. Pode ser aproveitado em termos energéticos.

> Central de incineração - infraestrutura de eliminação de lixos a altas temperaturas, diminuindo o seu peso em 70 por cento. Necessita de tecnologias de ponta para diminuir as emissões atmosféricas de dioxinas e metais pesados. Necessita de dois aterros complementares: um para as escórias e outro para as cinzas volantes. Os ambientalistas são os seus inimigos de estimação.

> Cinzas volantes - subproduto muito poluente da incineração resultante da limpeza dos gases. Devem ser inertizadas e depositadas num aterro de resíduos perigosos.

> Composto - produto proveniente da compostagem, com um elevado teor de matéria orgânica, podendo (e devendo) ser aplicado em solos agrícolas, florestais e espaços verdes. Convém que não tenha componentes inorgânicos, como vidros e metais pesados.

> Efeito “banana” (build absolutely nothing anywhere near anything) - reacção comum que significa “não no meu quintal”, ou seja, as pessoas concordam com a necessidade de tratar os lixos que todos produzimos, desde que isso não as afecte.

> Efeito “vacina” - reacção comum em países que sofreram experiências desagradáveis, onde impera a falta de informação e em que os aterros são confundidos com lixeiras. A falta de confiança é o principal motivo para as reacções populares como as ocorridas com a central de incineração de lixos industriais.

> Escórias - subproduto da incineração do lixo, representando cerca de 25 por cento do peso original. Deve ser colocado num aterro sanitário ou aplicado em estradas e caminhos de ferro como entulho.

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> Lixeira - depósito incontrolado de lixo. Em geral, não tem vedação nem controlo de estradas e não se cobrem diariamente os resíduos. O cheiro é nauseabundo. Sem impermeabilizações e tratamento de águas lixiviantes, as contaminações são significativas. Por vezes está em contínua combustão. Não confundir com aterro sanitário.

> Reciclagem - O 3º R da política dos 3 R’s (“Reduce, Reuse, Recycle”). A moda do momento, em que do velho se faz novo. Podem obter-se resultados económicos e ambientais espantosos. Processo de fabricação de novos produtos, através do tratamento e recuperação de resíduos sólidos. Mas não deixa de ser uma indústria como outra qualquer, ou seja, tem de ter estações de tratamento de esgotos.

> Recolha selectiva - processo que consiste na separação na fonte (consumidor) das diversas componentes do lixo, através de vidrões, papelões, etc., ou recorrendo à recolha porta-a-porta dos diversos tipos de resíduos.

> Redução - O 1º R da política dos 3R’s. O objectivo é produzir menos lixo, através de duas vias: ataque ao consumismo e economia nas embalagens supérfluas.

> Selagem - Processo que consiste no encerramento de um aterro sanitário com uma tela impermeável e terra vegetal, e a sua consequente integração paisagística.

> Resíduos sólidos urbanos - Vulgo, lixos domésticos. Produzidos cada vez mais: em 1985, cada um de nós produzia 570 gramas por dia, hoje já ultrapassa as 925 gramas. Nessa amálgama, cerca de metade são resíduos orgânicos. Das outras fracções destacam-se o papel, o plástico e o vidro com 22, 12 e 5 por cento, respectivamente.

> Reutilização - O 2º R da ploítica dos 3 R’s. consiste em prolongar a vida útil de um produto, dando-lhe uma “cara nova” e colocando-o novamente no mercado. Fez-se massivamente com as garrafas de vidro até à instituição da tara perdida, do plástico e do cartão complexo.

> Triagem - Processo mecânico e/ou manual para separar os lixos após a recolha indiferenciada. Tem desvantagens em relação à recolha selectiva porque os resíduos ficam sujos e a eficiência é menor.

> Vazadouro controlado - Eufemismo tilzado para as lixeiras que têm vedação, vigilância e cobertura diária dos resíduos. Minimizam-se alguns impactes, mas os danos ambientais principais mantêm-se.

> Estação de compostagem - infraestrutura de tratamento da parte orgânica dos lixos. Torna-se conveniente, para uma boa qualidade do composto, que haja a montante uma recolha selectiva ou triagem. A restante parte do lixo poderá ir para um aterro ou central de incineração. em bom funcionamento não liberta odores para o exterior.

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