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HISTÓRICO DA AVIAÇÃO BLUMENAUENSE E DO 1

Histórico do ACB

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HISTÓRICO DA

AVIAÇÃO BLUMENAUENSE

E DO

AERO CLUBE DE BLUMENAU

1924- 2001

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Introdução

A história da Aviação Blumenauense é mais antiga do que muitos imaginam e do Aero Clube de Blumenau igualmente.

O Histórico do Aero Clube de Blumenau tem como objetivo mostrar e resgatar a história de uma das mais antigas entidades da cidade.

A elaboração desse resgate histórico é uma antiga proposta dos colaboradores do ACB, porém como citado nesse trabalho, devido contingências de momento foi protelado muitas vezes contra a vontade de todos.

As fontes e referências pesquisadas estão no fim desse trabalho.

Agradeço à todos que de uma forma direta ou indireta colaboraram na efetiva conclusão dessa pesquisa.

Marlis Matteussi Pesquisadora

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A AVIAÇÃO EM BLUMENAU

Enganam-se aqueles que imaginam que a história da aviação de Blumenau iniciou em 05 de Maio de 1932 com o primeiro avião a aterrissar na cidade, na Rua Cel. Feddersen, ou pela passagem do dirigível alemão, Graf Zeppelin, que visitou Blumenau em 1º de Julho de 1934, ou ainda com a fundação do Aero Clube de Blumenau (ACB), em 1941.

Antes de chegar a estes grandes acontecimentos, muitos blumenauenses “suaram suas camisas e limparam economias de seus cofres”, receberam doações de empresas e comerciantes durante um bom tempo.

Blumenau teve a feliz oportunidade de receber em 1º de Julho de 1924, o aviador alemão Erich Laskowski que no antigo Teatro Frohsin, realizou uma conferência sobre “ A Aviação Alemã e especialmente a Aviação Sem Motor”.

A Alemanha neste período, devido a problemas oriundos da 1º Guerra Mundial, estava impossibilitada de construir aviões, então se pensara em uma solução, e a mesma fora encontrada na idealização dos planadores, ou seja, aviões sem motor, que mais tarde recebera o nome de “Volovelismo”.

Em 1926, havia, na cidade de Blumenau, entusiastas que a partir da novidade que estava acontecendo na Alemanha, começaram a fomentar por aqui esse tipo de aviação.

Motivados por essa nova idéia, muitos blumenauenses se reuniram no bar, Bar e Restaurante de Oscar Gross na Rua XV de Novembro e fundaram a “Fliegerbund Blumenau”, ou seja, a “Sociedade Blumenauense de Aviação”.

Um dos mais entusiasmados dos membros era o Pastor Enders que providenciara em determinada reunião, slides sobre a viagem do dirigível Z.R.III, o que deixou impressionados os associados.

A “Fliegerbund Blumenau” teve com sua fundação a adesão de 35 simpatizantes, entre esses associados estavam, desde o pastor citado, engenheiros e técnicos. Em uma de suas primeiras reuniões a prioridade era a organização da sociedade e meios de angariar donativos para a construção dos planadores, a pauta das primeiras reuniões era “possibilidades e materiais para a construção de um planador”.

Início da construção de Phoenix.

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Phoenix já com a asa construída.

Entusiastas da “Fligerbund Blumenau” verificando a estrutura de Phoenix.

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Entusiasta observando sua criação.

Num tempo recorde, para as condições da época, a sociedade blumenaunse, teve uma ótima notícia de que o primeiro planador construído no Brasil estava concluído, e já estava pronto para exibição ao público na Sociedade dos Atiradores.

A Páscoa de 1927, além de trazer o significado religioso de fé, renascimento, e esperança, trouxe também a intenção de mudança e novos tempos para a cidade, pois naquele domingo de Páscoa iria ser batizado o planador “Phoenix”, (nome dado em alusão à ave que segundo a mitologia egípcia, durava séculos e, queimada, renascia das próprias cinzas.)

Na celebração do batismo estavam muitas pessoas ilustres da sociedade blumenaunse, colaboradores e empresários que ajudaram na construção efetiva do primeiro planador do Brasil, entre eles: Hilda Meyer (madrinha), Dr. Amadeu da Luz (Juíz de Direito), o Sr. Pedro Cristiano Feddersen, o Sr. Cônsul Otto Rohkol.

Phoenix tinha as seguintes dimensões: 11 metros de envergadura (de asa a asa), 1,60m de largura, 5m e 25cm de comprimento e sua capacidade era de 8,7 quilos de peso por m2. Porém o primeiro vôo deste planador não foi muito feliz, ignorando as condições de tempo, pois ventava muito, o Sr. Muetze que fora aviador em 1914 a 1918 durante a 1ª Guerra Mundial, decidiu voar talvez para prestigiar a multidão que estava presente, muitos nem moravam na cidade, vinham de longe para prestigiar o evento.

O planador teve uma magnífica decolagem, a multidão ficou muito impressionada, mas devido as condições do tempo, Phoenix começou a perder altura e veio à pista. Alguns dias após esta decolagem não muito feliz, em uma oficina, o planador foi recuperado.

Entre os colaboradores desde a construção e a orientação do projeto do planador Phoenix, estavam Franz Kreuzer, (proprietário de oficina mecânica), Sr. Steinmann (dirigiu os trabalhos mecânicos), o Sr. Schmurr e seu filho (ajustamentos e montagens), Loehr, Hoppe e os irmãos Gustavo e Lothar Otte. Até o próprio Sr. Muetze e padres franciscanos deram uma contribuição para o projeto na teoria, articulando e orientando-os.Todo esse empenho e arrojamento foi observado pelos senhores Eduardo Kessler e Alvino Vogelsanger, da cidade de Joinville, que mais tarde no ano de 1938, começaram a construção de um planador, inspirado no projeto da “Fliegerbund Blumenau”.

Em Blumenau, o primeiro avião a aterrissar foi o “Iguaçu”, em 05 de Maio de 1932, pilotado por Joaquim Rubeck.

Cogitasse que a vinda desse avião para Blumenau era para verificar a possibilidade de abrir uma linha aérea comercial, pois havia interesse de uma companhia paulista, para exploração da atividade na cidade, porém não foi consolidada.

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1º avião a aterrissar em Blumenau, na pista da Rua Coronel Feddersen. À esquerda Otto Rohkohl (cônsul alemão), e à direita Joaquim Rubeck (piloto), em 05/05/1932.

Blumenauenses, autoridades e pessoas de cidades vizinhas prestigiando a chegada do Iguaçu..

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Vários pousos e decolagens o público pode observar, era muita novidade para um único dia.

Vista aérea da 1º pista de Blumenau, sita à Rua Cel. Feddersen, bairro Itoupava Seca, (1932).

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HISTÓRICO DO AERO CLUBE DE BLUMENAU - ACB

Antes mesmo de ter sido instituído e oficializado, conforme a legislação do Ministério da Aeronáutica e do DAC ( Departamento de Aviação Civil), o ACB já funcionava porém, de forma bastante restrita.

Com o espírito que todo empreendedor possui, o prefeito da época, ano de 1941, José Ferreira da Silva (prefeito de Blumenau), convidou o instrutor Dauto Caneparo, vindo de Florianópolis, para ministrar o Curso de Formação de Pilotos, obedecendo as ordens da Força Aérea Brasileira (FAB), a escola de pilotos utilizava o mesmo material que os alunos da FAB, que era o Programa de Formação de Oficiais da Força Aérea.

José Ferreira da Silva, empreendedor e idealizador do ACB, na época também prefeito da cidade de Blumenau.

Havia nesta primeira turma quarenta alunos, inclusive duas mulheres, as Srtas. Anne Mari Techentin e Zigried Branco.

Depois de alguns meses, a FAB baixou uma portaria que mulheres não poderiam pilotar aeronaves, devido a Guerra que estava acontecendo e ambas saíram da escola, também saíram da escola alguns pilotos que não passaram na inspeção médica, que era muito rigorosa na época, feita pelos oficiais da Aeronáutica.

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Ficha de quitação médica de Carlos Erwin Schneider, brevetadona 1º turma.(1942)

Como o ACB não possuía uma sede, o prefeito conseguiu junto ao Clube Náutico América, uma sala para serem ministradas as aulas teóricas.

O grande dia aconteceu em 22/04/1941, finalmente o ACB é fundado, e foi matéria do jornal “O Arauto das Aspirações do Valle do Itajahy “– Sábado 26/04/1941, Ano XVII, nº 47, o mesmo dizia:

Passados longos meses, chegou até mesmo ser anunciado pelo Jornal Cidade, de 21 de Janeiro de 1942, um avião destinado a instrução dos alunos, os mesmos, conforme Carlos Erwin Schneider (piloto a se formar na 1ª turma), relata em sua empíria, ...“estávamos muito ansiosos pela chegada deste avião, era só teoria, queríamos era voar...”

O jornal citado anteriormente com a manchete : Chegou o avião de Blumenau ! dizia o seguinte:

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...“ Em reunião realisada terça-feira, foi fundado entusiasticamente o Aero Club de Blumenau.O Sr. Cap. Asteroide Arantes presidente do Aero Club de Santa Catarina, presente a mesma reunião, trouxe-lhe uma contribuição valiosa, nos trabalhos de aprovação dos estatutos.Também o Sr. Imediato, da Base de Aviação Naval, colaborou nesses trabalhos, e ofereceu-se a nova sociedade, toda a cooperação que se tornasse necessária da parte daquela brilhantíssima instituição nacional.O Conselho diretor, eleito para reger o Aero Club de Blumenau, eleita por aclamação, ficou constituída dos seguintes senhores: Tta. Cel. Paranhos Dr. Luna Freire Prefeito José Ferreira da Silva Curt Hering Dr. Max Tavares do Amaral Acary GuimarãesNo dia seguinte, quarta-feira, foi empossada o Conselho Diretor acima, em nova reunião que decorreu dentro do melhor entusiasmo...”

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Também como relata Carlos Erwin Schneider, este primeiro avião que o Aero Clube de Blumenau recebeu para aulas de instrução de seus alunos, foi uma doação de um grande empresário do sudeste, o Sr. Guilherme de Oliveira.

O primeiro avião que o ACB recebeu foi um PP TJH Pipper J 3A respeito de doações de aeronaves nesta década, Dely Lima Maciel (mecânico

responsável pela manutenção das aeronaves do ACB) afirma que neste período, o então Ministro Assis de Chateubriand, ... “intimava” , de uma forma cortês, porém séria,

que tal empresário desse um avião, a determinado aero clube e isso acontecia muito freqüentemente...”

Após o ACB, receber este avião, vieram, no mês seguinte, em 11/02/1942, dois Oficiais Aviadores, Major Rubi Canabarro e o Tenente Priano Pereira Souza, que chegaram à cidade pilotando dois aviões de Guerra de bombardeios norte-americanos com um motor de 600 HP. Os mesmos foram homenageados pelo prefeito, o Sr. Afonso Rabe, estes oficiais visitantes faziam o patrulhamento do litoral, para verificar a possível presença de submarinos nazistas em nossa região.

Depois de formado, Carlos Erwim Schneider, acompanhou este tipo de patrulhamento aéreo, chegou a ser agraciado com a medalha “Campanha do Atlântico Sul”, medalha esta destinada a oficiais e aviadores que serviam à pátria em defesa do território brasileiro, durante o período da 2ª Guerra Mundial.

Inclusive os aviadores de Blumenau, foram alertados, para uma possível convocação que eles iriam receber, para irem ao Panamá, onde EUA possuía uma base e receber treinamento específico de Guerra, daí então partir para a Itália, no front de guerra. Porém não foram necessários tal viagem e treinamento.

Ainda a respeito da 2ª Guerra, a pista do ACB era muito utilizada pelo aviões da FAB devido suas manobras nesta região. Muitos oficiais vinham a cidade abastecer-se de suprimentos , pois em outras cidades andavam escassos, as colônias vizinhas do ACB eram visitadas e o produto mais comprado era a cenoura, devido ao seu poder nutritivo que propiciava muito a precisão da visão noturna dos aviadores da FAB, Blumenau era posto de abastecimento. A comunidade tinha um convívio harmonioso com os oficiais da FAB, e estes, freqüentavam os bailes de Caça e Tiro e alguns até namoravam com as moças da cidade porém, o mesmo não acontecia com o exército que era muito rígido com pessoas natas e descendentes de alemães e italianos.

Nesse mesmo momento, os empresários de Blumenau (de descendência alemã e italiana), tinham sérias restrições de permanência na cidade, não podiam sair sem o “salvo conduto”, porém só recebiam essa autorização para poder transitar em outras cidades pessoas sem qualquer suspeita de envolvimento com os regimes nazistas e fascistas, e isso era algo impossível para empresários, industriais e comerciantes, que necessitavam viajar a

10“Finalmente, depois de uma longa e ansiosa expectativa, chegou o avião de Blumenau, que foi destinado à sua escola de aeronáutica. Estão de parabéns Blumenau, a sua entusiasmada mocidade e, principalmente, os atuantes alunos do Aero Club que não mediram esforços nem sacrifícios para que fosse uma realidade e curso, que iniciaram a sete mezes atraz.

É sobretudo deve merecer os nossos melhores aplausos o Sr. Dauto Caneparo, instrutor do Curso do Aero Club, que foi buscar na capital federal o avião de Blumenau e que neste desideratum venceu mil dificuldades. Mas, enfim, já brilha magestoso sobre as nossas cabeças o avião em que se ensinará aos blumenauenses a preciosa arte de defender com eficiência o nosso território.

E, estamos certos de que a nossa mocidade saberá comprender o nobre e patriotico gesto dos que entregaram à Blumenau o belo avião que chegou Domingo e farão juz para que mais breve possível pilotos aviadores blumenauenses se unam aos milhares que neste momento se estão formando em todos os sectores do Brasil para formar a coluna aérea que na guerra coroará os meios de defeza da nossa soberania.”

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fim de comprar matérias-primas e mercadorias para suas fábricas e estabelecimentos comerciais.

Muitos empresários, industriais e comerciantes puderam contar com a ajuda e cooperação do Clube, pois a camioneta pertencente ao ACB não era parada nas barreiras do exército, tinha trânsito livre, então os homens de negócios iam juntamente com um aviador até o ACB, e de lá decolavam para Florianópolis, para resolver questões ligadas às Secretarias do Governo Estadual e também iam até São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, para providenciar mercadorias e matérias-primas, não parando assim seus negócios e suas produções, devido à escassez das mesmas. Somente assim muitas empresas não pararam suas atividades definitivamente, a ajuda do ACB e de seus pilotos foi de enorme importância.

Avião tri-motor Junggers, fazia com certa freqüência vôos comerciais com passageiros do Vale do Itajaí. (anos de 1942 e 1943).

Voltando à escola de pilotos do ACB, em 1942 a distinta escola recebeu do DAC (Departamento de Aviação Civil), duas aeronaves: a PP-TJH (Piper-JF3 65 HP) e a PP-TOL (HL 1 Henrique Lage – 65 HP).

Dauto Caneparo, conseguiu formar 17 pilotos durante suas atividades no ACB, foram eles:

Adamastor Pereira Gomes ( 1ª turma) Carlos Curt Zadrozny (1ª turma) Fernando Kracik (1ª turma) Siegfried Froeschlin (1ª turma) Henrique Passold Filho (1ª turma) Carlos Erwin Schneider (1ª turma) Fidele Mioni (1ª turma) Isaias Mello (1ª turma) Celso Silveira (2ª turma) Egon Freitag (2ª turma) José Murilo da Costa (2 ª turma) João Schwuhow (2ª turma) Moacir Huber (2ª turma) Eddie Grossenbacher (3ª turma) Pedro Zimmermann (3ª turma)

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Raul Laux (3ª turma) Wilson Melro (3ª turma)

Da esquerda para direita: Adamastor P. Gomes, Fernando Kracik, Carlos E. Schneider, Holtz, Dauto Caneparo, Isaias Mello, Alex Hadlich, (visitante), Celso Silveira (visitante).

A primeira gestão que presidia o ACB, no período de 1941 a 1942, foi composta pelos senhores:

Presidente: Dr. Max Tavares do Amaral Secretário: Irani Guimarães Tesoureiro: Dr. José Ribeiro de Carvalho

E nos anos de 1943 a 1944, a diretoria do ACB foi composta pelos senhores:

Presidente: Antônio Vitorino Ávila Filho Secretário: Isaias Mello Tesoureiro: Martinho Cardoso da Veiga

Após a morte de Dauto Caneparo em um acidente aéreo em março de 1944, ocorrido devido a um defeito no parafuso-garfo do montante, onde uma das asas soltou-se e a aeronave veio ao solo.

Assumiu o cargo de instrutor do ACB o Sr. José Waldemar Mendes Ferreira, o Tupy.

O ACB teve, no dia 14/09/1943, a visita do Capitão Asteróide Arantes e do Dr. Armando Nogueira, do DAC (Departamento de Aviação Civil), para inspecionar o Aero Clube de Blumenau.

Em 1945, então no comando da escola o instrutor Tupy, o ACB tem brevetado sua quarta turma de pilotos:

Bernardo Ziebarth Lya Gessy Pereira Guilherme Froeschlin Horst Ingo Kilian Milton Volkert Romeu Pereira Otacílio Egydio de Oliveira Oswaldo Olinger

“Auxiliar a aviação é dar asas ao Brasil” (slogan turma formandos de 1945)

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Turma de brevetados de 1945 (detalhe este foi o primeiro avião que o ACB recebeu do DAC, prefixo PP-TJH). Da esquerda para direita: Guilherme Froeschlin, Osvaldo Olinger, Romeu Pereira, Milton Volkert, Jean (instrutor), visitante, Tenentes Ribeiro, Durval, Patrono Vitor Hering, agachado Instrutor Tupy, Tenentes Ivan e Senny, Lya G. Pereira, Octacílio Oliveira, Bernardo Ziebarth e Horst Kilian.

Até o ano de 1947 outros pilotos foram brevetados:

Américo Stamm Arno Wulf Astrogildo Demarchi Alvir Koehler Domingos Oscar Botaro Dionísio Sauer Eduardo Eschenbach Orla Kilian

Edith Eimer Frederico Miesner Hugo Schrichte Hans Meinecke João de Souza José de Souza Newton Varella Victor Kirsten

Em 1947, devido a motivos pessoais, Tupy retorna a sua cidade e desliga-se do ACB, assume o cargo de instrutor o Sr. Adamastor Pereira Gomes que formou-se no referido aero clube, em 1942 na primeira turma brevetada.

Estavam a frente da diretoria neste período os senhores:

Presidente: Américo Stamm Vice Presidente: Martinho Cardoso da Veiga Secretário: Frederico Kilian Tesoureiro: Octacílio Oliveira

A diretoria de 1948 é composta somente pelo senhores: Carlos Henrique Medeiros e Romeu Pereira.

Foram aprovados neste ano os alunos, agora então pilotos:

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Carlos Henrique Medeiros (presidente) Hans Afolf Haeger Walfried Georg Hélcio Reis Fausto Hans Baehr Ronaldo R. Kretzschmar Hermann F. Knoblauch

As gestões do ACB sempre tiveram a característica de pequenos períodos, quase anuais, demonstrando assim, um espírito democrático e de camaradagem onde todos tinham a oportunidade, caso quisessem de presidir este clube.

Logo em 1949, o próprio prefeito da cidade era também o presidente do ACB e seu vice era Raul Laux (piloto brevetado na 3ª turma).

Surge neste momento o “Regimento Interno”, de autoria de Carlos Henrique Medeiros, o mesmo foi aprovado pela diretoria em 08/04/1949 e pela Assembléia Geral em 24/04/50, este regimento era o que regulamentava as normais gerais de ação dos alunos do ACB. Inclusive, recorda-se Carlos Erwin Schneider, que Carlos Henrique Medeiros “...era uma pessoa muito séria, quase não sorria e exigia o tratamento de Doutor Carlos Henrique Medeiros.”...

Capa Regimento Internodo ACB, autoria de Carlos Henrique Medeiros.

A diretoria de 1950, a qual aprovou o regimento era composta pelos senhores: Presidente : Frederico G. Busch Júnior Vice Presidente: Carlos H. Medeiros 1º Secretário: Arnaldo M. Veiga 1º Tesoureiro: Alvir Koehler 2º Tesoureiro: Guilherme Froeschlin

Em 1950 apenas dois pilotos são brevetados: Godo Bernardo Stark Waldir Martins Neves

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Panfleto distribuído em Blumenau, em virtude do aniversário da cidade. (1950).

Dois anos depois, é regulamentado no Diário Oficial do Estado de Santa Catarina, de 01/08/51 os Estatutos do Aero-Clube de Blumenau, entre eles o mesmo declarava (aqui citados parcialmente) que:

Art. 1º - O Aero-Clube de Blumenau, fundado em 22 de abril de 1941, na cidade de Blumenau, onde tem a sua sede, é uma sociedade de estímulo a navegação aérea, sob todas as suas formas e em tôdas as suas aplicações, visando sobretudo, cooperar para a defesa nacional.

Art. 3º - O Aero-Clube de Blumenau realizará os seus objetivos, da seguinte forma:a) mantendo escola de pilotagem, paraquedismo, volovelismo, aeromodelismo, e

mecânica de aviação.b) Criando e mantendo Curso de Monitores.c) Promovendo concursos estaduais de aeronáutica e assuntos correlatos.

Art. 5º - São proibidas, no Aero Clube, quaisquer manifestações políticas ou religiosas, bem como vedados os jogos de azar, sob qualquer forma.

Art. 6º O Aero-Clube de Blumenau tem as seguintes, categorias de sócios:a) Contribuintes;b) Especiais;c) Remidos;d) Beneméritos;e) Honorários;f) Juvenis.

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Art. 15º - São poderes do Aero-Clube de Blumenau:1- A Assembléia;2- O Conselho;3- A diretoria.

Quase no apogeu o ACB já contava com muitos pilotos brevetados e com um ótima frota de aviões, no total seis aviões. Em julho de 1953 é realizada eleição para nova diretoria e quem assume são os senhores:

Presidente: Carlos Henrique Medeiros Vice Presidente: Pedro Zimmermann Secretário: Hélcio Reis Fausto (substituto Guilherme Froschlin) Tesoureiro: Alvin Kolher (substituto Milton Volkert)

A turma de alunos de 1951 a 1956 era impressionante, um total de trinta alunos foram brevetados.

Acary Ismar Dalfovo Alex Budag (que em 1989, recebeu

agraciação de Sócio Benemérito) Ayrton Arival Rebello Carlito Klein Franz Hoette Gerhard F.O Otte Hans Kleine Horst Gerhard Walter Heinz Wolfgang Schrader Iwan Oleg Von Hertiwig Ingo Gruel Karl F.N. Engel Marcos Kluge Vital Thomsen

Gert Schlinder Aldo Deschamps Antônio Kaestner Dieter Hering Friedel Schindler Guenther Oste Heinz Sievert Horst Luiz Schwarz Helmut Butzke Ivo Koffke Ingo Meyer Klaus Gunther Hering Norberto Wiederkehr Walter Weidlich Vitor Holtrup

Após esta ótima fase do ACB e dos alunos, o céu de brigadeiro começa a ficar ameaçado com uma nuvem negra, devido ao clube não ter disponibilizado em tempo prometido o início do Curso de Monitores, como previa o Estatuto do ACB, Art. 3º letra b. O DAC recolhe uma aeronave.

E nos anos seguintes o caos se instala, devido ao DAC confiscar quase todos os aviões. Fica somente um dos seis aviões que o ACB possuía, e um compressor de ar, no período de 1956 à 1958, o mais terrível e crítico para o ACB. Naquele momento a diretoria era composta pelos senhores:

Presidente: Pedro Zimmermann Vice Presidente: Rolf Febrlen Secretário: Frederico Kilian (substituto Guilherme Froeschlin) Tesoureiro: Alvin Koehler (substituto Milton Volkert)

Depois da turbulência houve novamente a eleição para nova diretoria e assumiram-na:

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Presidente: Frederico Missner Vice Presidente: Hugo Schrichte Secretário: Ivo Koffke Tesoureiro: Victor Holtrup

Esta mesma diretoria contratou, um novo instrutor de vôo, Aldo Deschamps, a nova diretoria ansiava por mudanças e assim as fizeram. Também conseguiram do DAC, com seus esforços, uma aeronave Paulistinha P-56-C, PP-GVT, com motor 9O HP, então o ACB pôde novamente respirar e articular melhor suas ações, tanto administrativas quanto às relacionadas com as aulas de instrução.

Um acidente em 1963 colocou essa aeronave fora de atividade, depois conseguiu-se recuperá-la.

Esta década foi um período de difícil transição, devido alguns acidentes, e a falta de recursos financeiros, que sempre eram escassos, para recuperação dos aviões.

Nova diretoria do ACB é empossada no ano de 1964, assumem os senhores Cel. Newton Machado Vieira e seu vice Bernardo Ziebarth. Começa então nesta fase um movimento para reestruturar o hangar do ACB, a diretoria recebe uma doação de 1000 sacos de cimento, e assim foi feita a obra. Então, com o hangar recuperado, decide-se fazer uma festa, mais tarde irá dar lugar as festas chamadas “Festas Aviatórias”, muitos pilotos recordam com nostalgia, tais como Haroldo Frech que recorda aqueles momentos, ... “ como algo fantástico, pessoas ficavam na expectativa, pois não sabiam quantos aviões de fora viriam, vinham vários de Florianópolis, Curitiba, Porto Alegre, haviam aviões que faziam acrobacias, a comunidade prestigiava o ACB e seus pilotos...”

Avião da FAB, prestigiando evento, Festa Aviatória.

Mais do que prestígio, estas festas Aviatórias eram uma estratégia para tirar do vermelho a contabilidade do ACB, pois como os Aero Clubes não visavam lucro e na grande maioria das vezes, ficavam a mercê de verbas oriundas do DAC, as quais eram quase insignificantes para todas as despesas que há em aviação, estas festas eram uma das maneiras de angariar algum recurso para o caixa do clube e assim respirar novamente durante certo período, pois logo vinha o desespero, das contas a pagar.

Neste mesmo ano a escola parou suas atividades, devido as duas aeronaves estarem avariadas, e terem que passar pela recuperação parcial.

A escola voltou a abrir somente no ano seguinte, em julho. Mas nem tudo estava perdido pois neste momento o DAC doa ao ACB uma aeronave, que veio novamente colocar esperança e ânimo nos colaboradores do clube. Também havia sobrado alguns

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sacos de cimento, o mesmo fora vendido, e um valor significativo foi recebido, e com a recuperação do hangar, as atividades do ACB foram retomadas.

Bernardo Ziebarth, então vice-presidente do ACB, convida Jago Horst Lungershausen, o mesmo hesita pois era aeromodelista e não piloto, apesar de tudo aceita e é empossado co mo novo presidente do ACB.

Muitos pilotos e colaboradores do ACB, recordam da gestão de Jago Horst Lungerhausen, devido ser a maior de todas, pois ficou frente ao clube durante treze anos, período este denominado “Era Jago”.

Vista aérea pista ACB, início década de 70, ainda sem cobertura de saibro.

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Vista parcial aérea do bairro Itoupava Central, mais ao centro, pista do ACB.(década de 70).

Sua gestão, como o próprio afirma, foi em uma fase difícil, porém, a primeira atitude que fez foi a seguinte ...“ Quero todas as aeronaves no chão, quero uma vistoria completa, o que tiver para ser recuperado, assim será, o que não conseguirmos recuperar, não poderá voar, somente depois da recuperação completa, segurança acima de tudo...”

Antônio Carlos Herédia, um novo instrutor e mais um mecânico foram contratados.Pode-se dizer que em maio de 1966, o ACB começou uma nova fase, a fase do

empreendimento, da seriedade e da segurança. A partir dessa data o ACB decola literalmente, como seus aviões.

Apesar de ter outra atividade profissional, Jago que era diretor de uma loja de departamentos em Blumenau, dedicava-se muito ao ACB, agilizava e articulava ações para incrementar a estrutura do clube, tanto técnica quanto a social. Como mostram as fotos foram muitas as festas realizadas, havia sempre público para prestigiar os eventos programados pelo clube. Na Festa Aviatória de 12 de outubro de 1968, um veículo volkswagen, zero Km, fora o prêmio da tômbola realizada. Era o início de muitos eventos.

Tômbola confeccionada em 1968. Prêmio um veículo Zero Km.

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Evento de aeromodelismo, em pé, lado direito Jago Horst Lungershausen.

Em 01/12/1967, o Boletim Oficial do Município de Blumenau cita a lei 1455.

Renovação, talvez esta seja a palavra mais apropriada que podemos usar para também denominar a atuação Jago Horst Lungenhshausen, pois o mesmo era de uma desenvoltura e arrojamento admiráveis, certa ocasião, como o próprio afirma, ele foi a um programa local da então TV Coligadas de Blumenau, era um programa feminino e muitas pessoas ficaram curiosas para saber o que iria fazer em programa destinado às mulheres, ele com toda sua humildade disse: ... “ Irei convidar a população para conhecer o ACB mas, mais do que isso, irei explicar às “mamães blumenauenses”, que voar é mais seguro do que dirigir um automóvel...”, e assim ele o fez. Após alguns dias da repercussão desse programa, saiu em uma matéria do Jornal de Santa Catarina (02/09/1973) entitulada, “Onde o blumenauense aprende a voar”, e nela era descrita em números, a ótima ocupação que este aero clube, se pontuava, na época o Brasil tinha 112 aero clubes, e o ACB ocupava a honrosa 11ª posição no ranking.

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Lei nº 1455 – Declara de Utilidade Pública o Aero Clube de Blumenau.

Carlos Curt Zadrozny , Prefeito de Blumenau.Faço saber a todos os habitantes dêste município que a Câmara Municipal decreta e eu

sanciono e promulgo a seguinte lei:Art. 1º - É declarado de utilidade pública o Aero-Clube de Blumenau, sociedade civil

com sede neste Município.Art.2º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições

em contrário.Prefeitura Municipal de Blumenau, em 1º de Dezembro de 1967.

Carlos Curt ZadrosnyPrefeito Municipal

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Jago, em uma coletiva com a imprensa local em dia de evento.

Conforme afirmação do ex-presidente Fernando Alves Schlup, “O Aero Clube de Blumenau, sempre se sobressaiu, devido ter os melhores números de produtividade, horas de vôo e isto sempre foi observado pelo DAC, a segurança também favoreceu para termos maior prestígio e reconhecimento, os relatórios entregues ao DAC, sempre foram transparentes...”No que diz respeito a produtividade, uma matéria do Jornal Cidade (abril de 1970), trazia a seguinte matéria:

Fairchild PT 19 avião acrobático, esse modelo era utilizado nos EUA para aulas de instrução dos alunos da Força Aérea Norte

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...“ O aero Clube de Blumenau, recebeu telegrama da Diretoria de Aeronáutica Civil do Rio de Janeiro, comunicando os resultados dos exames de piloto privado, realizados em Florianópolis no dia 19 de Março último.Desse curso participaram 13 candidatos blumenauenses que foram instruídos pela equipe de Blumenau.Desses 13 candidatos 7 lograram aprovação e foram os seguintes:Celso Lungerhshausen, Flávio Tribess, Danton Medeiros, Horst Schroeder, Mário Júlio Kleine, Jan Zadrozny e Eduardo Eschenbach.Esses resultados demonstram mais uma vez o trabalho eficiente da equipe técnica do nosso Aero Club, que conta com excelentes instrutores, nas pessoas dos Srs. José Ercy Narciso, Mário Erle Schieffer, Ronaldo Bauck e Rolf Penzin.Recorda-se que no ano passado o Aero Clube de Blumenau, já logrou aprovar o maior número de pilotos de todo o estado de Santa Catarina...”

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Americana, porém, aqui em Blumenau e no Brasil eram apenas utilizados para treinamento acrobático.

Batizado com óleo diesel, após alunos serem brevetados, na foto da esquerda para direita: Jean B.Ziebarth, Álvaro Carlos Meyer, Ivo Gauche e Maurício Hermann Rutzen (início década de 70).

Até este momento, 1970, o ACB já havia brevetado, 180 pilotos.A década de 70, como já citado, foi a fase de mudança, arrojamento. Foi neste

período que um antigo sonho tornou-se realidade: o governo estadual disponibilizou verbas para construção da pista de saibro e mais tarde, também em uma reivindicação mais árdua, conseguimos o asfaltamento da pista. Este acontecimento é considerado pelo ex-presidente do ACB Jago, “um dos fatos mais importantes para o nosso aero clube”...

Final da década de 70, reunião no ACB, em pé da esquerda para direita: Jamil(Sombra), Mário Meineke, João C. Haegger, Rui Vasco, Uriarte, Ricardo Bauke, Ronaldo Bauke, Renato R. Prunner, Alex Budag, Hörbi, Edgar, Ayres Espíndola, Dr. Pfiffer. Agachados da

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esquerda para direita: Tencini, Rubens Kanzler, José E. Narcizo, Pacheco, Clotar Schroeter, Nildo Scussel, Jago H.Lungerhshausen, Nestor Wincesky e Reginaldo Simões.

Hans Prayon assume a nova diretoria em 30/03/1980. Jago deixa a diretoria após concluir uma das melhores gestões.

É uma gestão bastante rápida, Hans Prayon traz alguns investimentos ao clube, inclusive o maior deles: duas aeronaves, um citabria PT-JOQ e um Tupy PT-NYQ.

As futuras diretorias seriam empossadas em 1983, e os seguintes senhores compunham a mesma:

Presidente: Décio Salles Vice Presidente: Reginaldo Simões da Costa Maurício Xavier Carrenho Jacques Resmond Arno Garbe Secretário: Otto Rolf Henirich Perci S. de Mello Manfred Takac Rubens Kanzler Tesoureiro: Fernando Alves Schlup Diretor de Material: Vitor Soares e Jackson Liller Diretores Sociais: Nildo Scussel, Esmeralda Gadotti e João Ottoni Bello Vianna Diretor de Paraquedismo: Geraldo Meyer Diretor Técnico: Maurício Xavier Carrenho

Em reuniões desta diretoria havia a ideologia de fazer mais mudanças, principalmente quanto ao que regulamentava as normais gerais de Ação, ou seja, o “Regimento Interno”, que havia sido alterado somente em 1986, desde a sua criação em1950.

Cogitava-se a implantação do estatuto do Aero Clube de São Paulo, havia naquela época também a afinidade com Dr. Ariel Ollstein, do referido aero clube, que relatava de um forma muito amistosa suas colaborações, exemplificando como aero clubes do estado de São Paulo administravam suas entidades e o que o ACB poderia aglutinar para sua administração a partir das experiências daquele estado.

Porém, quando o ACB estava aspirando novamente mudanças, acontece uma tragédia, não somente para o clube, mas para toda a região do Vale do Itajaí. A enchente de 1983 surpreendeu a todos pela sua violência e rapidez, que destruiu empresas, escolas, residências, vidas e investimentos porque não dizer alguns sonhos.

Todo o hangar ficou debaixo das águas e todas aeronaves e os planadores estavam dentro deste. Devido à rapidez que o nível das águas aumentaram, não houve tempo para colocar os aviões em local seguro.

Baixando as águas, era o momento de contabilizar os prejuízos.

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Aviões e planadores submersos nas águas da enchente de 1983.

Colaboradores do ACB, verificando danos no avião.

Início da recuperação e limpeza no hangar do ACB, após baixarem as águas.

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Ao fundo lado direito do hangar, quase submerso nas águas das cheias.

Quase recuperado, o ACB foi surpreendido novamente como na tragédia do ano anterior, porém, desta vez houve tempo e as aeronaves e planadores foram levados pela Rua Dr. Pedro Zimmermann, nº 5470, para não serem atingidos pela enchente. O ACB tinha sua sede na altura do nº 4505, onde as águas inundavam até quase a cobertura do hangar como mostra a foto.

Baixando as águas, era novamente a hora de contabilizar os novos prejuízos e este foi um dos períodos de maior esforço para recuperação do hangar, (1984) conforme descreve Olaf Georgi, ... “ nos reunimos muitas vezes para refletir a real situação, inclusive, pensamos na hipótese de fechar o ACB, devolver as aeronaves, que pertenciam ao DAC e ficarmos somente como um clube privado, onde somente algumas pessoas poderiam voar, mas isso significaria desligar-se do DAC (Departamento de Aviação Civil) e do SERAC, (Serviço Regional de Aviação Civil), e isso não era bom. Também não era viável, manter um clube privado, porque encarece, quanto menos se voa mais caro fica para a entidade, voando mais torna-se mais acessível, o custo se torna fixo “.

Há uma unanimidade, no que diz a respeito da recuperação do ACB, entre todas as pessoas que estavam na diretoria ou colaborando de um modo ou de outro com o clube. Nesta fase são lembrados pela solidariedade, pelo esmero e esforço dispensados no intuito de levantar a entidade, naqueles momentos críticos. O DAC teve também sua contribuição, porém não tão significativa, como aqueles que se encontravam no ACB na época.

No ano anterior havia sido fundado o “Clube Planadores de Blumenau” e naquela época era muito ativo, fazia-se em média 20 vôos de instrução por fim de semana, podemos dizer que foi uma ótima fase para o Volovelismo, ou seja, a prática de voar com um avião sem motor (planador) que vem do vôo à vela, tendo o vento como a energia necessária para a manutenção e permanência do vôo.

O entusiasta deste “Clube Planadores de Blumenau” foi Jacques Resmund, inclusive era instrutor de Volovelismo, do ACB na época.

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Planador (avião sem motor) em vôo, piloto Sérgio Probst.

Devido também às cheias de 1983 e 1984, todo o arquivo histórico e administrativo do ACB, foi perdido, não permitindo mais a importantíssima fonte investigadora, para a realização deste trabalho.

Não bastasse as cheias, logo viria outro transtorno para o ACB, em 03/07/1984, um fortíssimo vendaval destrói parcialmente a cobertura do hangar. Uma nova mobilização no sentido de recuperação é iniciada, felizmente com sucesso. O hangar é recuperado.

No ano de 1985, nova diretoria é empossada entre eles estão os senhores: Arno Garbe Ubirajara Daniel Olaf Georgi Maurício Xavier Carrenho Osni Josefowicz Jader Gross Noberto Mette Reginaldo Simões

A enchente não foi obstáculo para impedir novas aspirações e mudanças para esta gestão, foi durante este período que paredes foram demolidas e novas foram construídas, a rede elétrica e hidráulica também foi refeita, móveis foram comprados, o prédio ganhou nova pintura, ferramentas e máquinas foram adquiridas, seguros foram renovados, algumas aeronaves e planadores tiveram sua efetiva recuperação.

Inclusive o aspecto físico humano, foi levado em consideração, mais de 100 árvores foram plantadas na sede, começava-se os primeiros projetos de uma área de lazer para crianças filhos dos sócios.

Mas outros assuntos também eram debatidos como desapropriação de terras junto à cabeceira norte da pista, e a experiência pioneira de plantar arroz nas laterais da pista.

Diretoria de 1986

Presidente : Ubirajara A Daniel Vice Presidente: Arno Garbe Secretário: Gilberto Harbe Diretor Social: Norberto Mette Diretor de Volovelismo: Olaf Georgi

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Diretor de Tesouraria: Osni Josefowicz Vice Tesoureiro: Fernando Alves Schlupp Conselho Fiscal: Moacir T. Ribeiro Conselho Fiscal: Dr. Otto Henrich

Ubirajara A. Daniel novo presidente empossado na primeira reunião ordinária apresentou um projeto para o futuro hangar, pois o que havia não mais atendia a demanda do ACB, sem falar que uma mudança seria necessária devido às cheias.

A prática e teoria ministradas para os alunos também era motivo de avaliação para esta gestão bem como a formação de novos pilotos para planadores.

Um livro de ocorrências passou a fazer parte do cotidiano do ACB, todos que quisessem relatar, reivindicar, ou criticar poderiam fazer registrando neste livro.

Devido motivos de trabalho, Arno Garbe vice-presidente, pede seu desligamento da diretoria do ACB e quem assume em seu lugar é Reginaldo F. Simões.

Uma rifa, fora realizada, para angariar fundos para a cerca de segurança. Também como medida de segurança foi programado para somente sábados à tarde a prática de volovelismo.

Nesta gestão também era estudado formas de reduzir o valor das horas de vôo para os alunos em instrução. O mesmo foi sucesso, pois a produtividade do ACB fora observada inclusive pelo SERAC-5.

Recuperação de aeronaves, motores, e também transferências de aeronaves para o ACB, como a PP-HOG, fora alguns benefícios recebidos devido a produtividade alcançada.

Diretoria 1987

Presidente: Olaf Georgi Secretário: Gilberto Harbe Diretor Técnico: Maurício Hermann Rutzen Diretor de Volovelismo: Sérgio A Schmitz Diretor de Material: Lindomar Ristow Instrutor: Edgar J. Pfiffer

Otimização de aeronaves era uma das primeiras metas da nova gestão evitar desperdícios e oportunizar novos procedimentos era vital, para a nova diretoria.

Neste momento estava sendo organizado o I Rali Aéreo de Catarinense, o qual tivera bastante êxito e ótima repercussão.

Um novo estatuto fora votado, apreciado e concluído, por esta gestão em 20/03/1987.Nesta gestão também o SERAC-5 enviou o Sgt. Gilberto, para vistoriar as

instalações do ACB, e o mesmo preencheu todos os quesitos dos parâmetros regulamentares.

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Da esquerda para direita Maurício H. Rutzen e Jânio Raubert (piloto comercial), evento 1º Rali Aéreo Catarinense em abril de 1987.

Diretoria 1989/1990

Presidente: Sérgio Antônio Schmitz Vice Presidente: Norberto Mette Diretor Técnico: Maurício Hermann Rutzen Tesoureiro: Olaf Georgi Conselho Fiscal: Fernando Meirelles, Geraldo Mayer, Mauro Mesquita Conselho Fiscal Suplentes: Jânio Lauber, Lindomar

Na gestão desta diretoria, houve uma homenagem a três Sócios Beneméritos: que eram os senhores Alex Budag, Hans Prayon e Jago Lungerhshausen. (conforme dados extraídos de ata da gestão vigente).

Alex Budag, o título foi concebido em virtude dos inestimáveis serviços que tem prestado ao ACB, ao longo dos anos.

Hans Prayon, por ter sido o maior responsável pela aquisição das aeronaves Tupy, prefixo PT-NYQ e Citabria prefixo PT-JOQ, tendo sido além de presidente do ACB, e um incansável colaborador.

Jago Horst Lungehshausen recebeu o título por ter sido durante treze anos, um arrojado presidente do Aeroclube, época em que propiciou um grande desenvolvimento ao ACB.

Neste período o ACB recebeu a aeronave PP-FJV e o planador PT-JOQ

Diretoria 1991

Presidente: Rolf Ricardo Bauke Vice Presidente: Fernando Alves Sclup Secretário: Francisco José Passerino Filho

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Tesoureiro: Zeno Richter Vice Tesoureiro: Celso Wruck Conselho Fiscal: Olaf Georgi, Edson Luiz Trierweiller, Roberto dos Santos

Zanella. Conselho Fiscal: Ingomar Budag, Sérgio Lobato Kander Comissão de Justiça: Harold Frech, Luiz Ricardo Probst, Valdemar Mazurechen Comissão de Justiça-suplentes: Claus F. Holzinger e Lindomar Ristow Diretor de Instrução: Maurício Hermann Rutzen Diretor de Material: Roberto da Cunha e Souza Júnior Diretor Social: Ronald César Kuhr Diretor de Volovelismo: Sérgio Roberto Probst Diretor de Acrobacia: João Mário de Carvalho Uriarte Diretor de Construção Amadora: Adilson Baher

PRÊMIO À PRODUTIVIDADE

Quando faltavam 15 dias para o ACB completar 51 anos de existência, o DAC lhe fez uma dupla agraciação devido aos resultados positivos, como antes já citados, sempre a produtividade do aero clube foi um expoente de referência nacional e neste momento um simulador de vôo e um avião monomotor são doados para o ACB. Contando agora com o simulador de vôo, esse equipamento tornaria as aulas teóricas mais dinâmicas e realistas, sem falar na economia de 75% no custo do curso de pilotagem.

Em 1992, o que levara um dos maiores empreendedores da história do ACB, Jago Horst Lungershausen, ao aero clube, ou seja o aeromodelismo, seria extinto devido à proibição do 5º Serviço Regional de Aviação Civil (SERAC), inclusive muitos blumenauenses, não sabendo dos reais motivos que levou o ACB a interromper esta prática desportiva, mostraram-se muito indignados com a diretoria do clube. Houve a necessidade de Fernando Alves Schlup, declarar pela imprensa, que por motivos de segurança, a partir daquele momento estaria proibido o aeromodelismo na pista de vôo, conforme legislação do DAC e SERAC e não por restrições do ACB. Diretoria 1993

Presidente: Rolf Ricardo Bauke Vice Presidente: Fernando Alves Schlup Tesoureiro: Zeno Richter Vice Tesoureiro: Celso Wruck Conselho Fiscal: Olaf Georgi, Éder S. Mantzke, Reginaldo Fusaro Simões Secretário: Francisco José Passareno Filho Conselho Fiscal Suplentes: Harold Frech, Sérgio Lobato Kander Comissão de Justiça: Claus Ferdinand Holzenger, Arno Viels Dei Ricardi,

Wlademar Mazurechen Comissão de Justiça Suplentes: Jean Bernard Ziebarth, Lindomar Ristow Diretor de Instrução: Maurício Hermann Rutzen Diretor de Material: Roberto da Cunha e Souza Júnior Diretor Social: Jean Jacques Voirol Diretor de Volovelismo: Sérgio Roberto Probst Diretor de Acrobacia: João Mário de Carvalho Uriarte Diretor de Construção Amadora: Ernani Pantasso Nunes Júnior

A nova diretoria empossada almejava novas metas entre elas estavam:- nova sede social e hangar, a serem construídos, através de recursos e verbas do poder

público.- Continuidade do programa de manutenção de aeronaves e renovação de equipamentos.

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- Continuidade do aprimoramento do nível de capacitação de instrução.A nova sede social e hangar, reivindicação desta gestão, seria concretizada pela próxima gestão.

Diretoria 1995

Presidente: Maurício Hermann Rutzen Vice Presidente: Sérgio Antônio Schmitz Tesoureiro: José dos Passos Vice Tesoureiro: Zeno Richter Secretário: Arno Vilson Dei Ricardi Vice Secretário: Francisco José Passareno Filho Diretor de Instrução: Roy Ricardo Bauke Diretor de Material: Claus Ferdinand Holzinger Diretor de Volovelismo: Ernani Pantaso Nunes Júnior Diretor de Acrobacia: Reginaldo Fusaro Simões Diretor de Construção Amadora: Mauro Medeiros de Mesquita Diretor Social: João Mário de Carvalho Uriarte Conselho Fiscal Efetivos: Celso Wruck, Aguinaldo Patrício, Olaf Georg Conselho Fiscal Suplentes: Luiz R. Probst, Carlos Hoppers Júnior Comissão de Justiça Efetivos: Márcio Semke, Wlademar Mazurechen, Jean Jackes

Voirol Comissão de Justiça Suplentes: Sérgio Roberto Probst, Jean Bernardo Ziebarth

Essa gestão também fora marcada pela consolidação de antigas metas, entre elas a efetiva construção do novo hangar, que se mudaria da Rua Dr. Pedro Zimmermann,4505 sediando-se à Rua Ernest Kaestner,1255, no mesmo bairro Itoupava Central.

Mais do que a realização de antigos sonhos, esta mudança serviu para evitar comentários equivocados pertinentes a propriedade do ACB e Aeroporto Quer-Quero, que quando mencionado por pessoas até mesmo pela mídia, havia conclusões não condizentes com a veracidade.

Porém, para concretizar a nova sede e o novo hangar, como todo início não fora fácil, o caminho já havia sido aberto pela antiga gestão na pessoa do então presidente Rolf Ricardo Bauke, que iniciara projetos e orçamentos, levando os mesmos ao DAC e ao SERAC-5, para análise e aprovação de recursos.

O presidente empossado Maurício Hermann Rutzen, como ele mesmo afirma, “... Tive a feliz oportunidade de começar uma mudança...” , o mesmo tratou de imediato de verificar o trâmite do pedido de recursos da gestão anterior, e constatou que haveria possibilidade de consegui-la, faltavam ainda alguns detalhes tais como:

apoio político e novos orçamentos e novo projeto. Assim então fora feito, esta gestão se empenhou em fazer novos levantamentos, projetos e orçamentos, Maurício Hermann Rutzen, de posse dos documentos levou ao SERAC, acionou o poder público, e nas pessoas de de Wilson Wan Dall, Vilson Kleinubing, e Esperidião Amim, o ACB conseguiu a verba solicitada, o tesoureiro “Joy”, foi um grande articulador desta operação.

A grande notícia foi dada como cita a própria ata do ACB, em 16/12/1995.Não parando por aí, esta gestão também se preocupou com a parte didática-

pedagógica, da escola de pilotagem, preparou um novo Manual de Facilidades Resa, e também um Manual Padronizado do Curso Prático de Piloto Privado de Helicóptero, a elaboração desses manuais, resultou em um reconhecimento por parte do DAC e do SERAC-5, que inclusive na pessoa do Brigadeiro Carlos Barbosa, integrante da ABRAERO, veio especialmente parabenizar a equipe elaboradora dos manuais.

As aeronaves PT-NYQ e PP-HMF, receberam uma reforma completa, e a aeronave Corisco PT-NMZ, fora adquirida, nesta gestão.

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Semana da Asa , outubro de 1996, no Shopping Neukmart Blumenau.

Diretoria 1997

Presidente: João Mário de Carvalho Uriarte Vice Presidente: Fernando Alves Schlup Tesoureiro: Sérgio Roberto Probst Vice Tesoureiro: Celso Wruck Secretário: Zeno Richter Diretor de Material: Agnaldo Patrício Diretor Social: Carlos Mohr Diretor de Volovelismo: Arno Vilson Dei Ricardi Diretor de Acrobacia: Reginaldo Simões Diretor de Instrução: Ricardo Bauke Conselho Fiscal: Olaf Georgi, Francisco José Passareno Filho, José Maurício

Carrenho Conselho Fiscal Suplentes: Mauro Mesquita, José dos Passos Comissão de Justiça: Renato Marcarini, Claus Holzinger, Horst Kretzschmar Comissão de Justiça Justiça Suplentes: Maurício Hermann Rutzen, Alexandre J.

Velthuis

Investimentos, compras, venda da propriedade do ACB, desapropriação da sede interdição da pista, o uso de uniforme para instrutores enfim, eram os mais variados problemas a resolver nesta gestão.

Comandante Uriarte foi o responsável pela venda da antiga sede do ACB, que propiciou a construção da nova sede administrativa e da sede social.

A interdição da pista foi algo que trouxe conseqüências desagradáveis, como levar os aviões para o Aeroporto de Navegantes, instalar um trailer para usá-lo como escritório. Nesse momento, ACB tinha uma média de horas vôo de 200 horas mês, devido a mudança para Navegantes esta média caiu para 120 horas vôo mês, o que acarretou um aumento no custo operacional.

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Apesar da intempérie foram realizadas melhorias na sede, nas aeronaves, no hangar novo. Também fora instalado em regime de concessão, um tanque de combustível com preço de distribuidor, o qual o ACB poderia explorar a comercialização.

Diretoria 1999

Presidente: João Mário de Carvalho Uriarte Vice Presidente: Fernando Alves Schlup Tesoureiro: Sérgio Roberto Probst Vice Tesoureiro: Haderlei Passold Secretário: Edson Lersch Diretor de Material: Zeno Richter Diretor Social: Clóvis Renato Marcarini Diretor de Volovelismo: Celso Wruck Diretor de Acrobacia: Reginaldo Fusaro Simões Diretor de Instrução: Rolf Ricardo Bauke Diretor de Construção Amadora: Alexandre Ruschel Diretor de Segurança de Vôo: José Adalberto Dubiella Filho Conselho Fiscal: Olaf Georg, Maurício Carrenho, Roberto dos Santos Zanella Conselho Fiscal Suplentes: Mauro Mesquita, José dos Passos Comissão de Justiça: Lindomar Ristow, Jean Bernardo Ziebarth, Sandro

Hwizdaleck Comissão de Justiça Suplentes: Alexandre J. Velthuis, Giuliano C. Leme

Persistia nesta gestão o inconveniente da “Operação à Distância”, como era chamado o deslocamento do ACB para Navegantes.

A diminuição da receita também era pauta das assembléias, também neste momento o SERAC-5 começou a exigir novas normas com relação ao funcionamento e operacionalidade em geral, inclusive fora suspenso neste período o Curso Teórico de Helicóptero.

As autoridades públicas ainda não tinham uma definição de abertura da pista, o que deixava ainda mais complicada as perspectivas do ACB e de seus colaboradores.

Diante deste problema, fora constituída uma comissão para representar os interesses do ACB, junto ao poder público. A comissão era formada pelos sócios:- Lindomar Rostow, José Roberto Zanella e Jean Bernardo Ziebarth.Nesta gestão, dois planadores foram transferidos para o Aero Clube de Tatuí e Varginha, para minimizar custos operacionais.

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Sede Social do ACB inaugurada em Março de 2000.

Novo hangar, também inaugurado em Março de 2000.

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Foto do antigo hangar.

Vista aérea do ACB, observa-se no telhado vários reparados devido vendavais (a referida foto é do 1º Rali Aéreo de Blumenau em abril de 1987).

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Diretoria 2001.

Presidente : Sérgio Roberto Probst Vice-Presidente: Maurício Hermann Rutzen Tesoureiro: Celso Wruck Vice-Tesoureiro: Arno Wilson Dei Ricardi Diretor Técnico: José Adalberto Dubiella Filho Diretor de Instrução: Clóvis Renato Macarini Diretor de Material: Zeno Richter Diretor de Segurança de Vôo: Rafael Ivan Correia Diretor Social: Roberto dos Santos Zanella Diretor de Volovelismo: Olaf Georgi Diretor de Acrobacia: Reginaldo Fusaro Simões Diretor de Construção Amadora: Hans Ullrich Frank Diretor de Ultraleves: Mauro Medeiros de Mesquita Secretário: Odi Nazaré Caetano Conselho Fiscal Efetivos: Fernando Alves Schlup, Harold Frech, Lindomar Ristow Conselho Fiscal Suplentes: José M. Xavier Carrenho, Jean B. Ziebarth Conselho Desportivo Efetivos: Luiz Ricardo Probst, Wlademer Mazurechen, José dos

Passos Conselho Desportivo Suplentes: Ernani P Nunes, Roberto de Souza Jr.

Inovação novamente é a meta da atual diretoria do ACB.Sabendo que também haverá mudança na aviação civil no Brasil, começando pelo

próprio DAC, que mudará sua nomenclatura para ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil.

O ACB e seus atuais colaboradores têm um arrojado projeto, que é o de implantar o Curso de Ciências da Aeronáutica, em nível superior, o mesmo teria as aulas teóricas ministradas em uma instituição de ensino superior e as aulas práticas seriam realizadas no ACB.

O trâmite de implantação do curso já está sendo articulado pela pessoa de Maurício Hermann Rutzen .

A parte social da entidade também está sendo revista e resgatada, através das ações de marketing e resgate histórico do ACB.

Para dar estrutura sólida, no quesito técnico especializado que realmente é a exigência em uma escola de pilotagem e função primordial de um Aero Clube, buscasse cada vez mais a excelência, possuindo profissionais qualificados, capacitados, que garanta um excelente aprendizado aos seus alunos.

O Resgate da História da Aviação e do ACB também é um antigo sonho porém, muitas vezes tentou-se iniciá-lo, mas fora deixado de lado devido outras contingências de momento.

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Eventos históricos do ACB

21/01/1942 - Festa de chegada do 1º Avião ao ACB18/09/1942 - Primeiro Exercício de Defesa Passiva Anti-Aérea em Blumenau (2ª Guerra).24/04/1950 - Aprovação do Regime Interno do ACB1 à 10/1950- Comemorações da passagem do Centenário de Blumenau21/04/1955 - Banquete no Restaurante Vitória – Comemoração 14º aniversário do ACB12/10/1968 - Festa Aviatória25/04/1971 - Jantar Confraternização Ícaros do Vale – Soc. Dramático Musical Carlos Gomes23/05/1971 - Show de Paraquedismo05/11/1971 - Festa Aviatória com Esquadrilha da Fumaça14/11/1971 - Festa Aviatória. Exposição de Aviões da FAB, EMBRAER, Helicópteros e Esquadrilha da Fumaça, acrobacias de Alberto Bertelli.06/08/1972 - Apresentação FAMOSC – Esquadrilha da Fumaça05/04/1981 - Festa ACB e Ícaros do Vale – Show de Paraquedismo18/19/20/09/1981 – Show Aéreo em Blumenau (Aniversário JSC)23 à 26/04/1987 – 1º Rali Aéreo de BlumenauSetembro de 1988 – 1º Baile Aero do Clube22/04/1991 – Festa Comemoração Cinqüentenário do ACBSetembro de 1994 – 1º Encontro de Pilotos do ACB 16/17/10/1996 – Semana da Asa no Shopping Neukmart Blumenau12,13,14/10/2001 - Festa em Comemoração 60º aniversário do ACB

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Atualmente o ACB possui as seguintes aeronaves:

Prefixo Ano de Fabricação PP-FKV 1975 PP-GMI 1992 PP-GLI 1992 PP-HMF 1962 PP-GDB 1948 PT-NYQ 1980 PT-NMZ 1977

Planadores:

Prefixo Ano de Fabricação PP-FJV 1989 PT-PHO 1981 PT-PHP 1981

Aeronaves que já passaram pelo ACB:

PP-TJH Piper J 3 KAK TO 22PP-TOL HL 1 PT JOQ CitabriaRDS CAP 4 HEF CAP 4DTX TaylorGHA PT 19 FarirchildGIZ Piper SpecialTME Piper J 3GMD NiessRIG CAP 4TJJ P 56GVT P 56GUF PT 19 Fairchild

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FONTES PESQUISADAS:

Aero Clube de Blumenau - ACBACIB – Associação Comercial e Industrial de BlumenauArquivo Histórico de Blumenau

Jornal Cidade de Blumenau – O Arauto das Aspirações do Valle do Itajahy. Jornal a Nação. Jornal Der Urwaidsbote. Jornal a Cidade. Jornal de Santa Catarina. Blumenau em Cadernos. Diário Oficial do Estado de Santa Catarina. Boletim Oficial de Blumenau. Síntese histórica da Escola de Pilotagem do ACB (autoria Carlos Henrique Medeiros) Revista do Sul. Atas da diretoria do ACB. Depoimentos, relatos, fotos do arquivo particular dos senhores: Alex Budag, Carlos E.

Schneider, Dely Lima Maciel, Fernando A Schlup, Hans U. Frank, Harold Frech, Jago H. Lungehsausen, Jean Bernardo Ziebarth, Maurício H. Rutzen, Norberto Mette, Olaf Georg e Sérgio R. Probst.

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