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Identificação da Produção Didático-Pedagógica · 2018-04-30 · Identificação da Produção Didático-Pedagógica – Turma 2016 Título: Comunicação Alternativa no Contexto

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Identificação da Produção Didático-Pedagógica – Turma 2016

Título: Comunicação Alternativa no Contexto Escolar

Autora: Debora Cristina Grosko

Disciplina/Área: Educação Especial

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Antônio Tupy Pinheiro

Município da Escola: Guarapuava

Núcleo Regional de Educação: Guarapuava

Professora Orientadora: Ana Aparecida de Oliveira Machado Barby

Instituição de Ensino Superior: Unicentro - Universidade Estadual do Centro Oeste

Relação Interdisciplinar: Interdisciplinaridade:

Incluindo todas as disciplinas

Resumo: A Comunicação Alternativa (CA) destina-se a pessoas sem fala e/ou sem escrita funcional, ou, com defasagem entre a necessidade comunicativa e sua habilidade de falar ou escrever. Na ausência da fala, essas pessoas podem estabelecer outras formas de comunicação compreensível por meio de gestos, sons, expressões corporais ou outros meios. A garantia de acessibilidade comunicativa às pessoas que apresentam restrições de linguagem oral e escrita consiste no emprego de um método de ensino que empregue alguma forma de Comunicação Alternativa. Para tanto, é imprescindível que os professores tenham acesso à formação inicial e continuada sobre os recursos de comunicação alternativa para propor as adaptações que esses alunos necessitam. Neste contexto, o objetivo deste estudo é promover a socialização do conhecimento e prática sobre os aspectos que envolvem a Comunicação Alternativa, para que sua interação e aprendizagem sejam significativas no contexto escolar e social. O público alvo são docentes e equipe pedagógica que atuam com um aluno com deficiência física neuromotora (paralisia cerebral) do 6º ano, sem linguagem oral e escrita funcional, que utiliza a comunicação alternativa. As reflexões sobre o tema são necessárias e importantes, pois abrem novos caminhos de compreensão, e novas possibilidades de atuação aos professores em sala de aula.

Palavras-chave: Comunicação Alternativa; Educação Inclusiva; Formação de Professores.

Formato do Material Didático: Unidade Didática

Público: Docentes e Equipe Pedagógica

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Professora do PDE:

Debora Cristina Grosko

Área/Disciplina PDE:

Educação Especial

NRE:

Guarapuava

Professora Orientadora IES:

Ana Aparecida de Oliveira Machado Barby

IES Vinculada:

Universidade Estadual do Centro Oeste – UNICENTRO

Escola de Implementação:

Colégio Estadual Antônio Tupy Pinheiro

Público Alvo da Implementação:

Equipe Pedagógica e Professores

Comunicação Alternativa

no Contexto Escolar

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"Somos diferentes, mas não queremos ser

transformados em desiguais. Às nossas vidas só

precisam ser acrescidas de recursos especiais"

(Peça de teatro: Vozes da Consciência, BH)

Figura 1:

Fonte Disponível em: http://pessoascomdeficiencia.com.br/site/wp-content/uploads/2016/01/estatuto-da-

pessoa-com-deficiencia-2016.jpg/ Acesso fev 2017

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Apresentação .............................................................................................................................................. 6

Problemática ............................................................................................................................................... 7

Objetivo Geral ............................................................................................................................................. 7

Metodologia e Relato da Implementação na Escola............................................................................... 7

1º Encontro ............................................................................................................................................... 10

Objetivo .................................................................................................................................................. 10

Justificativa ............................................................................................................................................. 10

Estratégias ............................................................................................................................................. 11

Questionário ........................................................................................................................................... 11

2º Encontro ............................................................................................................................................... 14

Objetivos................................................................................................................................................. 14

Justificativa ............................................................................................................................................. 14

Estratégias ............................................................................................................................................. 14

Síntese: Histórico da Comunicação Alternativa (CA) ............................................................................ 16

Material de Apoio para Leitura – Fundamentação Teórica: Histórico da Comunicação Alternativa (CA)

................................................................................................................................................................ 17

Síntese: Aspectos Legais de Amparo ao Atendimento Educacional Especializado (AEE) em

Comunicação Alternativa (CA) ............................................................................................................... 21

Material de Apoio para Leitura – Fundamentação Teórica: Aspectos Legais de Amparo ao

Atendimento Educacional Especializado (AEE) em Comunicação Alternativa (CA) ............................. 22

Síntese: Tecnologia Assistiva (TA) com Enfoque nos Sistemas Educativos ........................................ 24

Material de Apoio para Leitura – Fundamentação Teórica: Tecnologia Assistiva (TA) com Enfoque nos

Sistemas Educativos .............................................................................................................................. 25

Síntese: Conceitualização e Definição dos Termos Relacionados à Comunicação Alternativa (CA) ... 27

Material de Apoio para Leitura – Fundamentação Teórica: Conceitualização e Definição dos Termos

Relacionados à Comunicação Alternativa (CA) ..................................................................................... 28

Síntese: Contextos de Uso e Utilização da Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA).... ........... 30

Material de Apoio para Leitura – Fundamentação Teórica: Contextos de Uso e Utilização da

Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) .................................................................................... 30

Síntese: Recursos e Estratégias da Comunicação Alternativa (CAA) ................................................... 32

Material de Apoio para Leitura – Fundamentação Teórica: Recursos e Estratégias da Comunicação

Alternativa (CAA) .................................................................................................................................... 33

Síntese: Conceituando Alguns Termos Relacionados à Deficiência Neuromotora ............................... 36

Material de Apoio para Leitura – Fundamentação Teórica: Conceituando Alguns Termos Relacionados

à Deficiência Neuromotora .................................................................................................................... 38

3º Encontro ............................................................................................................................................... 41

Objetivo .................................................................................................................................................. 41

Sumário

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Justificativa ............................................................................................................................................. 41

Estratégias ............................................................................................................................................. 42

Texto: PROFESSOR(A) NA TURMA TEM UM ALUNO COM DEFICIÊNCIA FÍSICA NEUROMOTORA

QUE UTILIZA COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA (CA) .......................................................................... 42

4º Encontro ............................................................................................................................................... 46

Objetivo .................................................................................................................................................. 46

Justificativa ............................................................................................................................................. 46

Estratégias ............................................................................................................................................. 47

Exemplo 01 ............................................................................................................................................ 48

Exemplo 02 ............................................................................................................................................ 49

Exemplo 03 ............................................................................................................................................ 50

Softwares Utilizados na CAA ................................................................................................................. 50

Atividade 01 ............................................................................................................................................ 50

Sistemas Gráficos Utilizados na CAA .................................................................................................... 51

Atividade 02 ............................................................................................................................................ 54

Atividade 03 ............................................................................................................................................ 55

5º Encontro ............................................................................................................................................... 56

Objetivo .................................................................................................................................................. 56

Justificativa ............................................................................................................................................. 56

Estratégias ............................................................................................................................................. 56

6º Encontro ............................................................................................................................................... 57

Objetivos................................................................................................................................................. 57

Justificativa ............................................................................................................................................. 57

Questionário ........................................................................................................................................... 58

Texto: Comunicação Alternativa (CA) – Relato Pessoal ....................................................................... 60

7º Encontro ............................................................................................................................................... 63

Objetivos................................................................................................................................................. 63

Justificativa ............................................................................................................................................. 63

Estratégias ............................................................................................................................................ 63

Avaliação ................................................................................................................................................... 64

Links Interessantes .................................................................................................................................. 65

Referências ................................................................................................................................................. 66

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O Material Didático constitui-se um dos recursos pedagógicos para intervenção

na escola, cujo objetivo é apontar caminhos e alternativas, de ações pedagógicas aos

professores. Para tanto, foi elaborada uma Unidade Didática, com aprofundamento

teórico e reflexões sobre o tema: “Comunicação Alternativa no Contexto Escolar”, para

atender as demandas educacionais existentes no âmbito escolar, especificamente com

um aluno do 6º ano do ensino fundamental, com deficiência física neuromotora, que

utiliza a comunicação alternativa.

Nas últimas décadas, pessoas impossibilitadas de se expressar oralmente por

meio da fala, ou com limitações da mesma e sem escrita funcional, vêm tendo a

oportunidade de utilizar recursos alternativos para estabelecer outras formas de

comunicação. A garantia de acessibilidade comunicativa a essas pessoas, que

apresentam restrições de linguagem oral e escrita, consiste no emprego de um método

de ensino, por meio da Comunicação Alternativa (CA).

A CA tem suas próprias características, não sendo apenas uma expressão não

vocal da linguagem falada. Seu uso possibilita ao educando tornar-se o mais

independente possível em suas habilidades comunicativas, podendo, assim, ampliar

suas oportunidades de interação com outras pessoas e com o meio. Portanto, adotando

ações e construindo caminhos, é possível superar as dificuldades na efetivação de

formas de comunicação com vistas à aprendizagem.

No contexto da educação inclusiva, faz-se necessário que os educadores tenham

acesso e informação sobre conceitos, metodologias, recursos e práticas pedagógicas

para trabalharem com alunos que têm necessidades educacionais especiais tão

específicas e singulares. Refletir sobre o tema é importante, pois a escola, como um

ambiente formador, precisa repensar sua função, e projetos como este poderão abrir

novos caminhos de compreensão e atuação para o professor em sala de aula.

Esperamos que, ao final do trabalho, este material possa ser fonte de inspiração para

novas pesquisas e descobertas na área da inclusão.

Um bom trabalho para todos nós!

Debora Cristina Grosko

Profª. PDE

Apresentação

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Quais metodologias os professores podem utilizar em suas práticas pedagógicas

com um aluno que utiliza a Comunicação Alternativa (CA), e de que forma, esse

educando com comprometimentos motores, sem fala funcional e sem escrita pode

interagir, participar e ter uma aprendizagem significativa, dentro do contexto escolar e

para sua vida em sociedade?

Promover a socialização do conhecimento e prática sobre os aspectos que

envolvem a Comunicação Alternativa (CA), destinada a alunos sem fala/funcional, para

que sua interação e aprendizagem sejam significativas no contexto escolar e social, com

professores da Educação Básica.

O projeto elaborado partiu de uma problemática e necessidade vivenciada e

percebida pela professora PDE na escola, tendo a prática como ponto inicial do

movimento da pesquisa. Fundamentou-se nos pressupostos da pesquisa-intervenção,

onde a professora tem atuado como mediadora que articula, organiza encontros,

sistematiza as vozes e os saberes produzidos pelos docentes e equipe pedagógica,

agindo num processo de escuta ativa, promovendo a interação, as experiências

cotidianas e práticas do coletivo, sistematizadas, permitindo descobertas e elaborações

Problemática

Objetivo Geral

Metodologia e Relato da

Implementação do Projeto na Escola

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teórico-metodológicas. Tendo como base a ideia de uma relação dialética entre

pesquisa e ação, cuja função é a transformação da realidade escolar, sendo que a

preocupação maior é com o processo e significado, destacando o compromisso ético

que tem permeado as atividades.

É importante destacar que a realidade da escola tem sido considerada pela

permanente reflexão teórica na implementação e aplicação, por meio de uma relação

direta com as atividades curriculares previstas, expressando a intencionalidade da ação,

em que os fundamentos teórico-disciplinares, têm sido priorizados, trabalhados e

implementados. O Projeto de Intervenção na prática está sendo compreendido e

desenvolvido em ação conjunta, partilhada e compartilhada, por meio do contato direto

e prolongado, com a situação que está sendo estudada e implementada.

Atuando como professora da sala de recursos multifuncional na rede municipal,

a professora PDE atende o aluno alvo desta pesquisa há alguns anos, e ressalta que o

mesmo teve sucesso e bons resultados em seu processo de inclusão e aprendizagem

na educação básica. Na prática pedagógica dos professores que estão atuando com o

mesmo no 6º ano, o maior desafio enfrentado tem sido trabalhar com tantas

impossibilidades impostas pela deficiência, e conseguir enxergar possibilidades

concretas de aprendizagem, para além dessas limitações.

Diante do contexto, e analisando a maneira como o mesmo se comunica, são

muitos desafios enfrentados e superados nesta implementação. O encaminhamento das

estratégias está acontecendo por meio de encontros individuais e coletivos de reflexão,

com formação teórica e prática, com os docentes e equipe pedagógica, sob os aspectos

que envolvem a CA, como ferramenta de aprendizagem no contexto escolar. Cabendo

a esses profissionais, avaliar, ao final da implementação, os resultados positivos e

negativos dessa experiência, e do processo de inclusão desse aluno que utiliza a

comunicação alternativa em seu processo de aprendizagem.

Para direcionar a aplicação do projeto no colégio, usamos recursos didático-

pedagógicos, como referência a unidade didática, que foi elaborada sobre os aspectos

que envolvem o tema “Comunicação Alternativa no Contexto Escolar”. Dentro deste

contexto, estão sendo realizados encontros de reflexão, orientações, formação teórica

e prática, aplicação de questionário, palestra, leituras, análises e reflexões sobre textos

e filmes, mostra de materiais pedagógicos, adaptação e sugestões de materiais,

considerando os conteúdos referentes à série e compartilhamento de experiências,

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perfazendo um total de 32 (trinta e duas) horas na aplicação da Implementação e mais

32 horas presenciais na escola.

Conforme cronograma estabelecido, as ações estão sendo implementadas com

os docentes e equipe pedagógica, com a finalidade de alcançar os objetivos propostos,

e superar os desafios existentes, com relação aos aspectos acadêmicos que envolvem

a CA no contexto escolar.

Cronograma das ações desenvolvidas:

1º encontro: 2 horas - Apresentação do Projeto e questionário com os

participantes para que reflitam sobre o tema deste trabalho;

2º encontro: 4 horas - Palestra tema: “Comunicação Alternativa no Contexto

Escolar”;

3º encontro: 2 horas - Leitura complementar referente às orientações

relacionadas ao aluno, destinada aos professores;

4º encontro: 4 horas - Oficina pedagógica: confecção de materiais para

Comunicação Alternativa, compartilhamento dos materiais, atividades no computador

com softwares de CA;

5º encontro: 16 horas - Distribuídas em encontros individuais e coletivos, com os

9 professores das disciplinas do 6º ano em sala de aula e em hora-atividade, repassando

orientações e sugerindo adaptações de materiais;

6º encontro: 2 horas - Questionário com avaliação do trabalho desenvolvido;

7º encontro: 2 horas: Mesa redonda, visando troca de experiências, síntese geral

e resultado da avaliação da Implementação;

Vale destacar que estão sendo realizados encontros não estabelecidos no

cronograma, mas que no decorrer da Implementação fizeram-se necessários.

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Título: Comunicação Alternativa (CA) no Contexto Escolar- apresentação e

questionário;

Horas previstas: 2 horas (entre encontro presencial e não presencial).

OBJETIVOS

Realizar a explanação oral sobre o Projeto de Implementação e a Unidade

Didática com o tema Comunicação Alternativa no Contexto Escolar;

Levantar dados sobre o conhecimento dos Docentes e Equipe Pedagógica

sobre o tema Comunicação Alternativa (CA), por meio de um questionário.

JUSTIFICATIVA

A proposta do Projeto de Implementação e da Unidade Didática é trabalhar orientando

os professores e equipe pedagógica, sob as múltiplas possibilidades de compreensão e

atuação, que envolvem a Comunicação Alternativa (CA), no Contexto Escolar, como

prática educativa e como ferramenta inclusiva. A organização do Projeto de Intervenção

Pedagógica, bem como a Produção Didático-Pedagógica, os quais tem por título “A

Comunicação Alternativa no Contexto Escolar”, tem como objetivo promover a

socialização do conhecimento e prática, por meio de encontros de formação e

orientações individuais com professores e equipe pedagógica sobre os aspectos que

envolvem a Comunicação Alternativa (CA), como ferramenta de aprendizagem, na

mediação do conhecimento e interação social, contribuindo com sugestões, orientações,

ações, metodologias, recursos pedagógicos e adaptações de materiais. Tendo como

referência o aluno do 6º ano, com deficiência física neuromotora (paralisia cerebral),

sem fala e escrita funcional, orientando os professores e equipe pedagógica.

1º Encontro

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ESTRATÉGIAS

Explanação oral da professora PDE sobre o projeto de Implementação e a

Unidade didática com o tema Comunicação Alternativa (CA) no Contexto Escolar;

Questionário para ser respondido pelos participantes, relacionado ao tema

Comunicação Alternativa.

QUESTIONÁRIO A SER RESPONDIDO PELOS PROFESSORES:

Professores(as),

Esse questionário é parte do projeto de pesquisa e tem por objetivo verificar o seu

conhecimento sobre o tema Comunicação Alternativa (CA), destinada a alunos com

deficiência física neuromotora, associada a dificuldades de comunicação oral e/ou

escrita. As informações coletadas são fundamentais, pois servirão de subsídios

para encaminhamento das atividades referentes à temática, como suporte para sua

atuação em sala de aula. Portanto, a sua participação é muito importante.

1. Formação:

( ) graduação ( ) especialização ( ) mestrado ( ) doutorado

( ) outros ____________________________________________________________

• Vale destacar que, no contexto da educação inclusiva,faz-se necessário que os educadores tenham acesso einformação sobre referencial teórico, conceitos,metodologias e práticas pedagógicas, que favorecem acomunicação de alunos, sem fala e/ou sem escritafuncional, ou com defasagem na habilidadecomunicativa e escrita.

Importante:

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2. Tempo de atuação: _________________________________________________

3. Com que grupo de alunos com necessidades especiais você já trabalhou?

( ) alunos com deficiência intelectual; ( ) alunos com deficiência visual; ( ) alunos surdos;

( ) alunos com deficiência física neuromotora ( ) alunos com múltiplas deficiências;

( ) alunos com transtornos globais do desenvolvimento ( ) alunos com altas

habilidades/superdotação; ( ) outros,

especificar: __________________________________________________________

4. Você já teve capacitação, atuou ou teve contato, com alunos que utilizam a

Comunicação Alternativa (CA)? Se sim, você considera que o conhecimento teórico

forneceu subsídios suficientes para sua atuação no atendimento a esses alunos?

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

5. Se nunca atuou com alunos que utilizam a Comunicação Alternativa (CA), você julga

importante que essa formação seja oferecida na escola? Justifique:

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

6. Qual a sua experiência em usar recursos de comunicação alternativa e ampliada e

adaptar materiais com alunos com dificuldade de comunicação associada a deficiência

física, que não têm escrita funcional?

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

7. A grande diversidade de alunos com deficiências traz muitos desafios para a escola.

Em sua opinião, os professores estão preparados para atuarem com alunos com essas

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limitações e com necessidades tão específicas e singulares e que fazem uso da

Comunicação Alternativa (CA)? Justifique sua resposta:

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

Agradeço a participação!

Profª PDE Debora Cristina Grosko

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Título: Comunicação Alternativa (CA) no Contexto Escolar- palestra e exibição

de vídeos;

Horas previstas: 4 horas.

OBJETIVO

Ministrar palestra de formação para docentes e equipe pedagógica sobre a

Comunicação Alternativa (CA), como ferramenta de aprendizagem, na mediação

do conhecimento e interação social.

JUSTIFICATIVA

A “Comunicação Alternativa” (CA) é um tema relativamente novo nas escolas do ensino

regular, sendo que a maioria dos professores desconhecem sua aplicabilidade e os

recursos didáticos e tecnológicos. Com relação a esse tema, não existem muitos livros

publicados e relacionados à prática são poucos. Quando se fala em CA, logo se vincula

a imagem e confecção de pranchas e cartões, ela vai muito além disso. No contexto da

educação inclusiva, percebe-se a necessidade de ações reflexivas, de informação e de

formação, sobre o tema proposto junto aos educadores, a fim de promover novas

possibilidades de atuação no âmbito pedagógico. Por ser um tema relativamente novo,

a Comunicação Alternativa (CA) necessita de maior aprofundamento teórico e de

pesquisas.

ESTRATÉGIAS

Explanação oral da professora PDE sobre o tema, apresentação de slides e

vídeos;

Vídeo: Desenho animado “Cordas”;

Link: http://migre.me/vHP05;

2º Encontro

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Sinopse: Curta metragem espanhol Cordas (Cuerdas). Baseado em fatos reais,

Cordas é uma lição de amor, amizade e respeito pelas diferenças. O desenho

narra a amizade de Maria, com seu colega de classe Nicolas, que tem paralisia

cerebral. Diante das impossibilidades do amigo, Maria com muita criatividade faz

de tudo para incluí-lo nas atividades, brincadeiras e jogos.

• Professor, o aluno com que você vai atuar, duranteeste ano letivo, tem muitos comprometimentosassim, como o menino Nicolas. Nesse emocionantecurta metragem, fica evidente, por meio do olharinocente e puro de uma criança, representada porMaria, que todos somos iguais e que, que incluir evencer as dificuldades é apenas uma questão decriatividade. Que mensagem “Cuerdas” passoupara você?

Reflexão:

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Síntese: Histórico da Comunicação Alternativa (CA)

Interessante:

Formas de comunicação primitivas: recursos verbais e não verbais (gestos,

grunhidos, sons, expressões faciais e corporais que foram evoluindo com

linguagens próprias e características). As primeiras formas de expressões

comunicativas escritas foram os desenhos nas cavernas.

A língua de sinais teve muita importância para a mudança de paradigma da

educação especial, por intermédio de outros sistemas que não a oralidade,

abrindo caminhos para o estabelecimento de outras formas comunicativas.

É difícil realizar uma revisão histórica e detalhada da (CA), pois não

existem registros formalizados das práticas iniciais, sendo que a maioria

dos trabalhos foi realizada de maneira informal e infelizmente sem

registros.

1940

• Pais de crianças com paralisia cerebral fundaram a New York State cerebralPalsy Association;

Pós-guerra

• Charles Bliss desenvolveu um sistema pictográfico para ser utilizado comocomunicação universal, com objetivo de unir os povos;

1971

• No Canadá, um grupo de profissionais, adaptou o sistema de Charles Bliss,para a ser usado com crianças com problemas de comunicação;

1978

• No Brasil, a utilização da comunicação Alternativa/Ampliada foi iniciadapela Associação Quero-Quero de Realibiltação Motora e Educação Especial;

1981• Rosana Mayer Jhonson desenvolve o sistema pictográfico de comunicação;

Década de 90

• A CA passou a ser questionada e implementada no campo científico;

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MATERIAL DE APOIO PARA LEITURA – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Histórico da Comunicação Alternativa (CA)

No início da civilização, o homem utilizava-se de várias formas para estabelecer

sua comunicação por meio de recursos verbais e não verbais, seja através de gestos,

grunhidos, sons, expressões faciais e corporais que foram evoluindo com suas

linguagens próprias e características. As primeiras formas de expressões comunicativas

escritas foram os desenhos nas cavernas que representavam uma relação de

significados. Segundo Parrelada (2009, p. 2), “a arte rupestre é uma forma de

comunicação através de convenções, ou seja, é um tipo de linguagem simbólica

organizada, é uma maneira de se relacionar com as pessoas e através do tempo”. Elas

simbolizam o cotidiano, a singularidade, e a identidade cultural de quem as produziu.

A utilização da linguagem oral e escrita na comunicação e interação faz parte do

processo evolutivo da humanidade. A comunicação não se estabeleceu apenas através

da fala, todos os tipos de comunicação nas relações expressivas foram essenciais,

favoráveis e fundamentais para o desenvolvimento da simbologia na interação

comunicativa. Deliberato (2007, p. 366) analisa a afirmação de Argyle (1976) e assevera

“que a capacidade de se comunicar por meio da linguagem é uma característica

exclusivamente humana [...], a linguagem surge da interação social e os “processos

linguísticos” tornam-se importantes para o controle e coordenação do comportamento

individual e no desenvolvimento e transmissão de cultura”.

A capacidade de comunicação por meio do código da linguagem, das

representações gráficas ou gestuais é importante na construção e no estabelecimento

das interações sociais. Neste contexto, as pessoas com deficiências, ou que

apresentavam algum prejuízo linguístico significativo, ficaram historicamente privadas

do convívio social.

Ciasca, Moura-Ribeiro, Tabaquim (2006, p. 409) relatam que “em Esparta (Grécia

Antiga), crianças com deficiência física e mental eram consideradas subumanas, o que

legitimava a sua eliminação ou abandono total”. A pessoa com deficiência era inabilitada

para aceitação social plena. Essa concepção segregacionista acompanhou as pessoas

com algum tipo de deficiência, muitas vezes lhes sendo negado o direito à vida.

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A respeito do tratamento recebido pelas pessoas com deficiência, Pelosi (2008,

p. 20) relata que “Mortas, abandonadas ou temidas por abrigarem maus espíritos,

passam a ser institucionalizadas no final do século XVIII e início do século XIX, quando

a sociedade toma consciência da necessidade de prestar apoio a esse grupo”. Essa

institucionalização tinha caráter assistencialista e, de certa forma, segregacionista.

Pelosi (2008, p. 20), complementa que “A Institucionalização de caráter assistencial e

não educacional asilou todos aqueles que, de alguma maneira, não se encaixavam nos

padrões do convívio social”.

De acordo com Passos (2007, p. 17) é difícil realizar uma revisão histórica

e detalhada da Comunicação Suplementar e ou/Alternativa (CSA), pois envolve diversos

países e profissionais, cujas disciplinas, incorrem em bases teóricas e modelos

conceituais distintos. Não existem registros formalizados das práticas iniciais, sendo que

a maioria dos trabalhos foi realizada de maneira informal e infelizmente sem registros.

Pelosi (2008, P. 20) relata que, por volta de 1940, pais de crianças com paralisia

cerebral fundaram a New York State cerebral Palsy Association. A Educação

especializada dessa época tinha caráter assistencialista, e era fragmentada no

atendimento por deficiências, não sendo relevante às especificidades, necessidades e

diferenças individuais de cada aluno. O maior desafio era dar vez e voz a essas crianças,

proporcionando habilidades para estabelecimento de uma comunicação significativa e

eficaz, tornando-as agentes desse processo comunicativo que deveria e deve ir muito

além do contexto social, assegurando assim o direito pleno de sua cidadania.

Os estudos sobre comunicação alternativa para indivíduos não verbais ou sem

fala funcional são recentes e datam do pós-guerra com a criação do Blissymbolics, por

Charles Bliss. O sistema de símbolos Bliss foi desenvolvido para ser utilizado como

uma comunicação universal, conforme relata Wolf (2009, p. 73): “Charles Bliss dedicou

muito de sua vida para o desenvolvimento desta língua internacional que, segundo ele,

poderia ser compreendida por todos ao redor do mundo. Ele desejava promover a paz

mundial, eliminando a falta de compreensão entre pessoas falantes de diferentes

línguas”.

A discussão sobre a Comunicação Alternativa começa com a abordagem oralista

que era predominante nas intervenções pedagógicas dos sistemas educacionais da

época, sem uma metodologia específica para crianças com limitações na fala. Esta

forma de se comunicar foi principalmente utilizada com pessoas surdas. Reily (2009, p.

55), de acordo com Zangary, Lloyd, Vicker, “(...) destacam a importância que a língua

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de sinais teve para a mudança de paradigma da educação especial (...) por intermédio

de outros sistemas que não a oralidade”. Estes mesmos autores complementam que “a

aceitação da língua de sinais teve grande repercussão nos processos educacionais de

alunos não falantes sem alterações importantes, no final da década de 1950”. Percebe-

se um avanço na utilização de outras formas e estratégias de comunicação que não a

oralista, pois, nesse período, estratégias com alternativas de comunicação para

pessoas que não conseguiam se comunicar através da fala eram pouco conhecidas.

Reyli (2009, p. 57) enfatiza que "Os cursos de formação em serviço, congressos,

as vivências, a literatura eram distintos: as discussões e polêmicas eram pouco

partilhadas o que dificultava o atendimento de alunos com deficiências múltiplas". Essa

educação fragmentada não proporcionou avanços à socialização e compartilhamento

de saberes, conhecimentos, práticas pedagógicas, estratégias de ensino, atendimento

clínico e institucional, nem aprofundamento nos pressupostos teóricos e metodológicos.

Pelosi (2008, p. 21) relata que, no Brasil, em 1959, “a Educação Especial se

configurou como um sistema paralelo e segregado de ensino com ênfase na

deficiência intrínseca do indivíduo, caracterizando o modelo médico”. Somente a partir

da década de 1970, com o surgimento de novas concepções e pesquisas voltadas ao

atendimento de pessoas com deficiência, que estas passam a ser vistas, além dos seus

comprometimentos e limitações, também podem desenvolver suas potencialidades.

Para os avanços na Educação Especial, o compartilhamento de saberes e inovações

foram fundamentais para ruptura desses paradigmas.

Wolf (2009, p. 73) enfoca que em 1971, no Canadá, um grupo de profissionais

liderados por Shirley MacNaughton: “procurando por um meio de comunicação para

crianças com problemas motores e sem comunicação oral, encontrou nesse material a

possibilidade de ensinar e de se comunicar com seus alunos”. Algumas adaptações

foram realizadas em conjunto com C. Bliss, e esse sistema passou a ser usado por

crianças com problemas na comunicação. Já no Brasil, a utilização da comunicação

alternativa/ampliada foi iniciada pela Associação Educacional Quero-Quero de

Reabilitação Motora e Educação Especial, situada em São Paulo, em 1978.

Na década de 1980, trabalhos com Comunicação Alternativa se desenvolveram

principalmente nos Estados Unidos, Inglaterra e Austrália. Em 1981, Roxana Mayer

Johnson (nos EUA) desenvolve o Sistema Pictográfico de Comunicação (Picture

Communication Symbols). De acordo com Reily (2009 p. 57) “a comunicação alternativa

foi se constituindo no campo dos distúrbios neuromotores, mais precisamente, sequelas

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de paralisia cerebral, como uma forma de oferecer possibilidades de comunicação e

constituição de linguagem para crianças e jovens não falantes na idade escolar”.

Walter (2000, p.1) ressalta que “foi na década de 90 que a Comunicação

Alternativa começa a ser questionada e implementada no campo cientifico, passando

a compor a metodologia utilizada por pesquisadores de programas de pós-

graduação em educação especial”.

Atualmente, em nosso país, existem inúmeros artigos, trabalhos, pesquisas e

teses publicadas que abordam a Comunicação Alternativa em diferentes contextos.

Sendo que a maioria apresenta resultados positivos na sua aplicação, fornecendo

caminhos e subsídios para sua implementação, na perspectiva de uma inclusão

responsável, numa visão construtivista, transdisciplinar e multidisciplinar que valoriza a

diversidade e busca romper as barreiras existentes entra as dicotomias: ensino regular

x ensino especial na construção de estabelecimentos de sistemas educacionais com

qualidade de acordo com os preceitos constitucionais.

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Síntese: Aspectos Legais de Amparo ao Atendimento Educacional

Especializado (AEE) em Comunicação Alternativa (CA)

A Constituição Federal define, no Art. 205, “a educação como um direito de

todos”.

A Lei Brasileira da Pessoa com Deficiência nº 13.146, de julho de 2015, no

Art. 27 contempla: “A educação constitui direito da pessoa com deficiência,

assegurados, sistema educacional inclusivo em todos os níveis e

aprendizado ao longo de toda a vida, (...), segundo suas características,

interesses e necessidades de aprendizagem”.

No Estado do Paraná:

Instrução Nº 002/2012 – SUED/SEED – preconiza que o professor de Apoio

à Comunicação Alternativa seja um profissional especializado, que atua no

contexto de sala de aula (...).

Instrução nº 016/2011 – SEED/SUED – estabelece critérios para o

atendimento educacional especializado em sala de recursos multifuncional,

na Educação Básica – área da deficiência intelectual, deficiência física

neuromotora (...).

Nossa legislação sofreu a influência de dispositivos globais que tratavam

da inclusão e do direito de acesso à educação.

O que é o atendimento educacional especializado (AEE)? O atendimento educacional especializado (AEE) é um serviço da educação especial que identifica, elabora, e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas (SEESP/MEC, 2008).

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MATERIAL DE APOIO PARA LEITURA – FUNDAMENTAÇÂO TEÓRICA

Aspectos Legais de Amparo ao Atendimento Educacional Especializado (AEE) em

Comunicação Alternativa (CA)

Para o presente projeto de implementação, analisaremos o que rege a lei sobre

o Atendimento Educacional Especializado (AEE), que é obrigatório e se constitui direito

do aluno com deficiência nos sistemas de ensino. A legislação brasileira teve avanços

significativos na concretização de novas políticas públicas referente à inclusão de

alunos com deficiências. Muitos direitos foram assegurados e garantidos, entre eles o

direito de igualdade de acesso e permanência na escola. A Constituição da República

Federativa do Brasil (1988) define, no Art. 205, “a educação como um direito de todos”.

A Lei Brasileira da Pessoa com Deficiência nº 13.146, de julho de 2015, no Art. 27

contempla, “A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados

sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a

vida, (...), segundo suas características, interesses e necessidades de

aprendizagem”.

Nossa legislação sofreu a influência de dispositivos globais que tratavam da

inclusão e do direito de acesso à educação. A Convenção sobre os Direitos das

Pessoas com Deficiência (2006), publicada pela ONU e promulgada no Brasil por meio

do Decreto nº 6.949/2009, determina no art. 24, “que os Estados Partes reconhecem

o direito das pessoas com deficiência à educação; e para efetivar esse direito sem

discriminação, com base na igualdade de oportunidades, assegurarão um sistema

educacional inclusivo em todos os níveis”.

A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei nº 9.394/96, no

artigo 59, inciso “I - preconiza que os sistemas de ensino devem assegurar aos

alunos currículo, métodos, recursos e organização específicos para atender às suas

necessidades”. Já o Decreto nº 7.611/2011 dispõe sobre a educação especial e o

atendimento educacional especializado, definindo no Art. 2º, § 2º “O atendimento

educacional especializado deve integrar a proposta pedagógica da escola, envolver a

participação da família para garantir pleno acesso e participação dos estudantes,

atender às necessidades específicas das pessoas público-alvo da educação especial

(...)”.

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Algumas Instruções no Estado do Paraná, no contexto da Educação Especial

na Perspectiva da Educação Inclusiva de amparo à Comunicação Alternativa,

preveem, por meio da Instrução Nº 002/2012 – SUED/SEED, que o professor de Apoio

à Comunicação Alternativa seja um profissional especializado, que atua no contexto

de sala de aula, onde o apoio fundamenta-se na mediação da comunicação entre o

aluno, grupo social e o processo de ensino e aprendizagem, cujas formas de

linguagem oral e escrita se diferenciam do convencionado.

A Instrução nº 016/2011 – SEED/SUED, estabelece critérios para o atendimento

educacional especializado em sala de recursos multifuncional, na Educação Básica –

área da deficiência intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos globais do

desenvolvimento e transtornos funcionais específicos. O profissional que atua nas

salas de recursos deve ter formação em educação especial e essa modalidade de

atendimento é ofertada em período contrário de matrícula do aluno na classe comum.

A Secretaria de Estado da Educação, por meio do Departamento de Educação

Especial do Estado do Paraná, repassou orientações aos NRES (Núcleos Regionais

de Ensino) sobre as demandas na área de deficiência física neuromotora para o

Auxiliar Operacional, que desempenha a função de apoio à locomoção, higiene e

alimentação a alunos que, em decorrência de suas sequelas neurológicas, são

dependentes nestas funções. O auxiliar operacional foi implantado para

prioritariamente ajudar no atendimento realizado pelo professor de apoio, porém, em

casos de alunos que já possuem comunicação oral, mas têm restrições físicas,

permanece apenas o auxiliar operacional.

Com relação às escolas especializadas, a resolução nº 3.600/2011 do Estado

do Paraná autorizou a alteração da denominação das Escolas de Educação Especial

para Escolas de Educação Básica, na modalidade de Educação Especial.

Segundo o Decreto 7.611/2011, no Art. 14, §1º “Serão consideradas, para a

educação especial, as matrículas na rede regular de ensino, em classes comuns ou

em classes especiais de escolas regulares, e em escolas especiais e especializadas”.

Sendo que os pais dos alunos com deficiência têm opção de escolha de matrícula de

seus filhos.

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Síntese: Tecnologia Assistiva (TA) com enfoque nos sistemas educativos

Segundo Pelosi (2008, p. 40), “A Tecnologia Assistiva é composta por

recursos e serviços. Na escola, o recurso é o equipamento utilizado pelo aluno que

permite que ele realize uma tarefa. O serviço é a ação de avaliar, indicar, treinar e

acompanhar o recurso de Tecnologia Assistiva”.

O Comitê de Ajudas Técnicas (CAT) conceitua Tecnologia Assistiva como uma

área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que objetiva promover a

funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência,

incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência,

qualidade de vida e inclusão social, e engloba:

produtos;

recursos;

metodologias;

estratégias;

práticas e serviços.

• Para as pessoas, a tecnologia torna ascoisas mais fáceis. Para as pessoascom deficiência, a tecnologia torna ascoisas possíveis (RADABAUGH,1993)

Reflexão:

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MATERIAL DE APOIO PARA LEITURA – FUNDAMENTAÇÂO TEORICA

Tecnologia Assistiva (TA) com enfoque nos sistemas educativos

A Tecnologia Assistiva é uma área interdisciplinar do conhecimento que busca

promover autonomia e desenvolvimento de habilidades funcionais. A utilização dessas

tecnologias nos sistemas educativos trouxe novas perspectivas de comunicação e

aprendizagem. No entanto, destaca-se que sua utilização deve ser adequada às

necessidades e especificidades individuais do aluno, e que a não utilização destes

recursos pode prejudicar o seu desempenho. Para Bersch (2009, p. 181), “o

desenvolvimento tecnológico traz respostas aos problemas funcionais encontrados por

pessoas com deficiência e desenvolve para elas ferramentas ou práticas que agilizam,

ampliam ou promovam habilidades necessárias do cotidiano”.

Qualquer ferramenta usada como recurso para potencializar e facilitar a

vida das pessoas com ou sem deficiências e limitações pode ser considerada

tecnologia. No caso das pessoas com deficiência, as tecnologias são indispensáveis

no processo de inclusão escolar porque podem potencializar o aprendizado e

favorecer a participação promovendo a acessibilidade comunicacional, inclusão e

melhor qualidade de vida.

O Comitê de Ajudas Técnicas (CAT) conceitua Tecnologia Assistiva como:

(...) uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar,

que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e

serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à

atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades

ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência,

qualidade de vida e inclusão social (BRASIL, COMITÊ DE AJUDAS

TÉCNICAS (CAT), 2009 p. 9).

A Tecnologia Assistiva é um modelo social e tecnológico que, por meio da

funcionalidade de ajudas técnicas, busca a promoção da autonomia, independência,

integração, valorização e inclusão social, não podendo se limitar a um recurso

específico. Ela tem um campo de atuação abrangente, associada nas literaturas aos

termos Tecnologia de Apoio, Ajudas Técnicas e Produtos Assistivos. Com relação a

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estes termos, o CAT (2009 p.25-26) concluiu que não existe um consenso

internacional sobre o emprego dos mesmos, nem um conceito único de TA.

Segundo CAT (2009 p. 15), o conceito de Produtos Assistivos que substituiu o

termo “ajudas técnicas” na ISO 9999:2007, “refere-se a qualquer produto (incluindo

recursos, equipamentos, instrumentos, tecnologia e software) especialmente

produzido ou geralmente disponível para prevenir, compensar, monitorar, aliviar ou

neutralizar deficiências, limitações na atividade e restrições na participação”.

Nas palavras de Pelosi (2008, p. 40), “A Tecnologia Assistiva é composta por

recursos e serviços. Na escola, o recurso é o equipamento utilizado pelo aluno que

permite que ele realize uma tarefa. O serviço é a ação de avaliar, indicar, treinar e

acompanhar o recurso de Tecnologia Assistiva”. Neste contexto, professor e aluno têm

papel fundamental, mas infelizmente muitos recursos e equipamentos não estão

disponíveis na escola e muitos alunos e professores não têm acesso a essa tecnologia

ou em alguns casos existe o recurso, mas os profissionais, por falta de formação e

capacitação, não sabem fazer o uso desses recursos.

O termo TA diz respeito a um conceito amplo e abrangente na promoção dos

Direitos Humanos, um conhecimento que perpassa áreas como educação, saúde,

indústria, tecnologia, entre outras. No contexto escolar, a TA sob a forma de AEE

busca, por meio dos recursos de acessibilidade, promover e alcançar igualdade de

direitos, participação social, autonomia, aprendizagem e independência em todos os

aspectos da vida atendendo às necessidades e expectativas individuais dos alunos,

para enfrentamento e superação de suas limitações e dificuldades de aprendizagem.

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Síntese: Conceitualização e definição dos termos relacionados à

Comunicação Alternativa (CA)

Nos estudos nacionais e internacionais, podemos encontrar diferentes

nomenclaturas que abrangem todas as formas de acessibilidade comunicativa e

se referem à Comunicação Alternativa (CA), tais como: Comunicação Aumentativa

e Alternativa (CAA), Comunicação Alternativa Ampliada (CAA), Comunicação

Alternativa e Suplementar (CAS), Comunicação Suplementar e ou/Alternativa

(CSA) e Sistemas Suplementares e/ou Alternativos de Comunicação (SSAC).

*

• O trabalho com CA é interdisciplinar e envolve:professores, equipe pedagógica, fonoaudiólogos,psicólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas,família e outros.*

• A COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA destina-se apessoas sem fala ou sem escrita funcional ou emdefasagem entre sua necessidade comunicativa e suahabilidade de falar e/ou escrever. Schirmer (2004,p.58) salienta que a “comunicação é alternativaquando utiliza outro meio para se comunicar ao invésda fala, devido à impossibilidade de articular ouproduzir sons adequadamente”.

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MATERIAL DE APOIO PARA LEITURA – FUNDAMENTAÇÂO TEÓRICA

Conceitualização e definição dos termos relacionados à Comunicação Alternativa

(CA)

A CA fundamenta-se na ideia de possibilitar à pessoa com deficiência o

estabelecimento de uma forma comunicativa substitutiva ou complementar,

encontrando soluções através de recursos pedagógicos adaptados para minimizar

limitações funcionais no processo comunicativo. A CA é uma área multidisciplinar

que, segundo Deliberato (2009, p.9), refere-se a “um campo de atuação que se faz

presente nos âmbitos educacional, clínico, hospitalar, acadêmico dentre outros, e que

congrega profissionais e pesquisadores de diversas áreas como saúde, Educação,

Artes e Ciências Exatas”.

Assim, a CA é um recurso importante e fundamental no estabelecimento da

comunicação de alunos que não conseguem de uma forma ou de outra falar. Aos

poucos tem sido implementada para suplementar e complementar a fala, podendo

favorecer a comunicação significativa e intencional. Schirmer (2004, p. 58)

considera que “a comunicação é aumentativa quando o sujeito utiliza outro meio de

comunicação para complementar ou compensar as deficiências que a fala apresenta,

mas sem substituí-las totalmente”.

As interações educativas e a aprendizagem são construídas por meio da

linguagem e a comunicação tem papel fundamental no contexto educativo e social. A

CA promove liberdade de expressão e escolha, faz com que o aluno saia do

aprisionamento limitado pela deficiência. Conforme complementa Schirmer (2004, p.

58), a “comunicação é alternativa quando utiliza outro meio para se comunicar ao invés

da fala, devido à impossibilidade de articular ou produzir sons adequadamente”.

O impedimento físico causa prejuízo na escrita, na linguagem e na

comunicação, e a ausência de fala compromete significativamente a interação social.

O maior desafio no ensino das crianças com tais restrições é encontrar uma maneira

de possibilitar que elas se expressem, aprendam, se comuniquem, interajam

socialmente, obtendo melhor qualidade de vida.

Schirmer (2007, p. 58) ressalta que a Comunicação Alternativa e Ampliada

(CAA) “é considerada uma área da prática clínica e educacional que se propõe a

compensar (temporária ou permanentemente) a incapacidade ou deficiência do sujeito

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com distúrbio severo de comunicação, valorizando todos os sinais expressivos para

sua comunicação”. Como forma comunicativa, pode-se utilizar gestos, expressões

faciais, o uso de pranchas de alfabeto, símbolos pictográficos, sistemas de

computador com voz sintetizada, entre muitos outros recursos.

O uso adequado e eficaz dos recursos CA na vida dos alunos com restrições

na linguagem oral podem promover mudanças significativas e positivas em suas vidas.

Conforme Schirmer (2007, p. 58), “O objetivo da CAA é tornar o sujeito com distúrbio

de comunicação o mais independente e competente possível em suas situações

comunicativas, podendo assim ampliar suas oportunidades de interação com os

outros, na escola e na comunidade em geral”. Nesse contexto é importante valorizar

todos os sinais expressivos do sujeito e ordená-los para o estabelecimento de uma

comunicação rápida e eficiente.

Para Deliberato (2015, p. 892), “A Comunicação é Suplementar quando a

pessoa deficiente já tem habilidades comunicativas, mas estas não são suficientes

para serem compreendidas por distintos interlocutores em diferentes meios

ambientes”. E complementa que “a comunicação é alternativa na medida em que a

pessoa deficiente utiliza de outros recursos, que não a fala nas diferentes intenções

e preposições”. De acordo com esta autora, “a Comunicação Suplementar e

Alternativa poderia abranger tanto às formas de comunicação que complementa,

suplementa e/ou substitui ou a fala com vistas a suprir as necessidades linguísticas e

a favorecer a interação”.

Nos estudos nacionais e internacionais podemos encontrar diferentes

nomenclaturas que abrangem todas as formas de acessibilidade comunicativa e se

referem à Comunicação Alternativa (CA), tais como Comunicação Aumentativa e

Alternativa (CAA), Comunicação Alternativa Ampliada (CAA), Comunicação

Alternativa e Suplementar (CAS), Comunicação Suplementar e ou/Alternativa (CSA) e

Sistemas Suplementares e/ou Alternativos de Comunicação (SSAC).

Em síntese, o trabalho com CA é interdisciplinar e envolve: professores, equipe

pedagógica, fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas,

família e outros. A parceria e a comunicação entre todos os participantes desse

processo, torna os atendimentos integrados e facilita o aprimoramento.

Infelizmente, ainda existem muitas pessoas que não se beneficiaram dessa

forma de Comunicação, por desconhecimento de sua aplicabilidade por parte de

alguns profissionais e familiares, e são excluídas na sua forma de interação com o

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mundo, e permanecem sem se fazer entender. Os que utilizam os recursos

alternativos na sua comunicação aumentam a participação educacional e social.

MATERIAL DE APOIO PARA LEITURA – FUNDAMENTAÇÂO TEÓRICA

Contextos de uso e de utilização da Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA)

A CAA pode ser utilizada por crianças, jovens, adultos e pessoas idosas

impossibilitadas de se comunicar por meio da fala ou sem escrita funcional ou que

apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas. Dessa forma,

seu uso pode beneficiar pessoas com deficiência intelectual, deficiência física

neuromotora e transtornos globais do desenvolvimento e outros. Algumas pessoas,

dependendo do caso e da especificidade, podem utilizá-la temporariamente ou por

toda a vida.

A CAA destina-se a sujeitos de todas as idades, que não possuem fala

e ou escrita funcional devido a disfunções variadas como, por exemplo:

paralisia cerebral, deficiência mental, autismo, acidente vascular

Síntese: Contextos de uso e de utilização da Comunicação Aumentativa e

Alternativa (CAA)

A CAA destina-se a sujeitos de todas as idades, que não possuem fala e

ou escrita funcional. Algumas pessoas, dependendo do caso e da especificidade,

podem utilizá-la temporariamente ou por toda a vida.

Podem se beneficiar da Comunicação Alternativa (CA) pessoas com:

Deficiência física neuromotora: Lesão cerebral (paralisia cerebral ou

deficiência neuromotora), Lesão medular (paraplegia/tetraplegias),

Deficiências neuromusculares – Miopatias (distrofias musculares);

transtornos globais do desenvolvimento;

autismo;

deficiência intelectual;

acidente vascular cerebral;

traumatismo crânio encefálico, dentre outros.

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cerebral, traumatismo cranioencefálico, traumatismo raquiomedular,

doenças neuromotoras (como, por exemplo, à esclerose lateral

amiotrófica), apraxia oral e outros. (SCHIRMER 2007, P. 59):

Os alunos com as especificidades citadas podem receber atendimento em

Escolas de Educação Básica, na Modalidade de Educação Especial ou em Escolas

Comuns, com apoio do professor de comunicação alternativa, que é um profissional

especializado para atuar nessa área em sala de aula em conjunto com o professor

regente e com o auxiliar operacional (profissional que auxilia na alimentação, higiene

pessoal e locomoção).

Os alunos com graves restrições de linguagem também podem frequentar, em

horário contrário ao da matrícula do ensino comum, as Salas de Recurso

Multifuncional, onde recebem atendimento de profissional especializado. Este

atendimento serve de suporte ao processo de inclusão, para que ocorram as

modificações necessárias no atendimento itinerante, e o envolvimento e parceria com

todos aqueles responsáveis pela inclusão.

A inclusão educacional desses alunos exige que a escola faça adaptações no

aspecto organizacional e pedagógico, para que esses alunos, com suas diversidades

tão abrangentes e específicas, possam ter acesso às oportunidades educativas e

sociais compatíveis com suas necessidades individuais. Cabe ressaltar a importância

do trabalho em equipe, da participação e envolvimento da família. Para os educadores

é essencial tempo, dedicação, planejamento, adaptação de materiais, e avaliações.

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Síntese: Recursos e Estratégias da Comunicação Alternativa (CAA)

Técnicas de seleção:

seleção direta;

varredura;

técnica de olhar (eye-gaze);

gestos, expressões faciais e expressões corporais.

Sem tecnologia:

olhar;

gestos;

expressões corporais e faciais.

Recursos de baixa tecnologia:

pranchas de comunicação;

cartões de comunicação;

mesa com símbolos;

pastas de comunicação;

porta documentos/cartões;

álbum de fotografia;

jogos adaptados;

objetos reais e miniaturas;

agendas e calendários;

cadernos de comunicação;

álbuns;

material escolar e didático adaptados, entre muitos outros.

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MATERIAL DE APOIO PARA LEITURA – FUNDAMENTAÇÂO TEÓRICA

Recursos e estratégias da Comunicação Alternativa (CAA)

Antes de iniciar, definir e estabelecer o trabalho com o sistema CAA, é

necessário conhecer o aluno, sua história, suas necessidades, avaliar na prática suas

habilidades, porque esses apresentam níveis de competência linguísticas

diversificados. Deve-se testar diferentes recursos e as possíveis barreiras e

dificuldades que impedem o acesso ao conhecimento e ao estabelecimento da CAA

são fundamentais.

Segundo Zaporoszenko (2008, p. 10-11), para determinar qual sistema é mais

útil e funcional é necessário verificar os seguintes aspectos: competência linguística,

formas de expressão, habilidades (físicas, emocionais e cognitivas), as competências

de autonomia pessoal, nível geral de conhecimento e os problemas de

comportamento.

Cabe ressaltar a importância dos professores do AEE e da escola comum na

definição dos recursos que podem ser utilizados como facilitadores para a

aprendizagem. Os recursos selecionados podem ser de alta ou baixa tecnologia.

Como descreve Sartoretto (2011, p. 9), os “Recursos de baixa tecnologia são os que

podem ser construídos pelo professor de AEE e disponibilizados ao aluno que utiliza

na sala comum ou nos locais onde ele tiver necessidade deles”. Tais recursos são

integradores e facilitadores de acesso social e educativo. Esta mesma autora pondera

Recursos de média e alta tecnologia:

vocalizadores;

computadores;

teclados especiais;

mouses adaptados;

acionadores;

softwares especiais;

entre outros.

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que os “Recursos de alta tecnologia são os adquiridos após a avaliação das

necessidades do aluno, sob a indicação do professor de AEE”.

Muitos materiais podem ser utilizados no início do estabelecimento da CA tais

como objetos reais, miniaturas, fotografias, símbolos gráficos, podendo ser

construídas pranchas, cartões, pastas, álbum, livros, agendas, calendários e jogos de

comunicação entre uma infinidade de materiais que podem ser utilizados nas

atividades educacionais. No trabalho com essas atividades diferentes técnicas de

seleção podem ser utilizadas pelos alunos, como ressalta Schirmer (2007, p. 78) “As

técnicas de seleção de símbolos é então definida como a forma pela qual o usuário

escolhe os símbolos numa prancha de comunicação”. Complementa a autora que elas

estão divididas em duas categorias: a seleção direta e de varredura, sendo que na

seleção direta:

(...) as técnicas mais comuns requerem que os indivíduos apontem ou

toquem diretamente no símbolo. Pode-se apontar com o dedo ou com

uma ponteira de cabeça ou luz fixada na cabeça. Diferentes partes do

corpo, tais como o dedo do pé, punho ou cotovelo, também podem ser

utilizadas para a seleção direta (SCHIRMER, 2007, p. 79).

A técnica de olhar (eye-gaze), segundo Schirmer (2007, p. 79), “é geralmente

um bom método para indivíduos com graves problemas físicos (...). O parceiro de

comunicação se posiciona na frente do usuário, apresenta-lhe a prancha diante dos

olhos. O usuário deverá então direcionar o olhar para o símbolo que corresponde à

mensagem que deseja expressar”.

Ainda segundo Schirmer (2007, p. 79), a técnica de varredura “exige somente

que a pessoa tenha uma resposta controlável consistente, como sacudir a cabeça,

bater um pé ou piscar os olhos”. Essa técnica necessita de um facilitador para apontar

para os símbolos de forma sistemática, enquanto o usuário sinalizará quando o

símbolo desejado for apontado.

Segundo Sartoretto (2010 p.8), “Os recursos podem ser considerados ajudas,

apoio e também meios utilizados para alcançar um determinado objetivo; são ações,

práticas educacionais ou material didático projetados para propiciar a participação

autônoma do aluno com deficiência (...)”. Esses recursos visam alcançar determinado

objetivo para que as pessoas com deficiência participem de forma autônoma e

ativamente no seu percurso escolar.

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O professor deve ter bem definido, após uma avaliação criteriosa e

conhecimento profundo das possibilidades que o aluno é capaz de desenvolver, a

construção de uma comunicação efetiva e eficaz, bem como conhecimento e utilização

de materiais, recursos, estratégias, metodologias, currículo adaptado, objetivos e a

forma mais apropriada e adequada de como avaliar crianças que não falam e não

possuem escrita funcional.

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Síntese: Conceituando alguns termos relacionados à deficiência

neuromotora

Trecho do filme meu pé esquerdo:

Link: http://migre.me/vHRCu

Sinopse: O filme narra a história real de Christy Brown, escritor e artista plástico,

um dos filhos de uma numerosa família irlandesa. Christy teve paralisia cerebral,

com comprometimentos em todos os movimentos do corpo, apresentando maior

mobilidade no pé esquerdo. O filme é uma história linda e emocionante que celebra

a superação imposta pela deficiência e pela sociedade.

Deficiência física neuromotora:

Lesão cerebral (paralisia cerebral ou deficiência neuromotora);

Lesão medular (paraplegia/tetraplegias);

Deficiências neuromusculares - Miopatias (distrofias musculares).

Encefalopatia Crônica não Progressiva da Infância (Paralisia Cerebral)

Causas Pré-natais - Ocorrem antes do nascimento:

Doenças infecciosas contraídas pela mãe como: a rubéola, o sarampo, a

sífilis, o herpes, a hepatite epidêmica, meningite, toxoplasmose...

Uso indevido de álcool ou outros tipos de drogas;

Pressão alta;

Ameaça de aborto, choque direto (tombos e pancadas) no abdômen;

Uso de remédios, sem indicação médica;

Doenças ou intoxicações intra-uterinas;

Manobras abortivas mal controladas;

Segundo a Lei Brasileira da Pessoa com Deficiência, nº 13.146, no seu Art. 2°,

“Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo

de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma

ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em

igualdade de condições com as demais pessoas”.

A Organização Mundial de Saúde (1999) descreve a paralisia cerebral (PC) ou

encefalopatia crônica não progressiva da infância como decorrente de lesão

estática, ocorrida no período pré, peri ou pós-natal, que afeta o sistema nervoso

central em fase de maturação estrutural e funcional.

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Uso de remédios, sem indicação médica;

Doenças ou intoxicações intra-uterinas;

Manobras abortivas mal controladas;

Entre outras.

Causas Perinatais - Advém de uma lesão no tecido neural durante o

nascimento:

Anoxia (falta de oxigênio no cérebro). Acontece quando o bebê demora

para respirar, lesionando algumas partes do cérebro;

Asfixia por obstrução do cordão umbilical;

Anestesia administrada em quantidade excessiva ou em momento

inoportuno;

Parto demasiadamente demorado;

Traumatismos ocorridos pelo uso de fórceps;

Mudanças bruscas de pressão devido a uma cesariana;

Prematuridade e baixo peso;

Entre outras.

Causas Pós natais – Podem ocorrer aproximadamente durante os três primeiros

anos de vida, ou seja, enquanto o sistema nervoso encontra-se em

desenvolvimento.

Infecções cerebrais causadas pela meningite ou encefalite;

Traumatismos crânios-encefálicos;

Acidentes anestésicos;

Desidratação com perda significativa de líquidos;

Falta de oxigênio por afogamento ou outras causas;

Sarampo;

Desnutrição;

Entre outras.

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MATERIAL DE APOIO PARA LEITURA: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Conceituando alguns termos relacionados à deficiência neuromotora

Segundo a Lei Brasileira da Pessoa com Deficiência, nº 13.146, no seu Art. 2°,

“Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo

prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação

com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na

sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”.

Conforme definição no Portal Dia a Dia Educação da SEED (2016), o termo

neuromotora reporta-se às deficiências ocasionadas por lesões nos centros e vias

nervosas que comandam os músculos. Podem ser causadas por infeções ou por

lesões ocorridas em qualquer fase da vida da pessoa ou por uma degeneração

neuromusculares cujas manifestações exteriores consistem em fraqueza muscular,

paralisia ou falta de coordenação. Atualmente é difícil encontrar uma classificação que

inclua todos os possíveis distúrbios motores, sendo elencados os quadros de maior

incidência em alunos matriculados e que requerem um apoio mais intenso, tais como:

lesão cerebral (paralisia cerebral ou deficiência neuromotora), lesão medular

(paraplegia/tetraplegias), deficiências neuromusculares-miopatias (distrofias

musculares).

Vários autores consideram o termo Paralisia Cerebral (PC) inadequado,

uma vez que significaria o estacionamento total das atividades motoras e mentais,

o que não é o caso. Atualmente, tem-se utilizado o termo Encefalopatia Crônica

Não Progressiva ou Não Evolutiva.

O termo (PC) é muito utilizado na literatura e em leis. Segundo Madeira

(2009, p. 146), “o extenso e universal uso do termo PC, até mesmo como título de

periódicos respeitáveis, e o seu reconhecimento por associações e congressos em

todo mundo, seria melhor continuar a utilizá-lo, contudo, respeitando-se as

condições atribuídas pelas acepções usuais”.

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Como registram as autoras Madeira e Carvalho, (2009, p. 143), “A Organização

Mundial de Saúde (1999) descreve a paralisia cerebral (PC) ou encefalopatia crônica

não progressiva da infância como decorrente de lesão estática, ocorrida no período

pré, peri ou pós-natal, que afeta o sistema nervoso central em fase de maturação

estrutural e funcional”.

Essa deficiência é causada por lesões no cérebro reconhecendo-se como

causas os agravos ao sistema nervoso central (SNC) e a gravidade irá depender

de qual parte do cérebro foi lesionada ou foi mais abrangente. Após a lesão, ocorrem

alterações posturais e na coordenação dos movimentos de distintas partes do

corpo, podendo vir acompanhada de outros comprometimentos nas suas

capacidades linguísticas, alteração ou ausência de linguagem, que alteram

significativamente as habilidades comunicativas.

Como descrevem Ciasca, Moura-Ribeiro e Tabaquim (2006 p. 409), “A primeira

descrição dessa encefalopatia caracterizada por rigidez muscular com predomínio

em membros inferiores foi apresentada por William John Little, em 1843, sendo a

expressão PC introduzida por Sigmund Freud e a seguir consolidada na literatura por

Phelps”.

Alunos com paralisia cerebral (PC) com comprometimentos motores

acentuados podem ter limitação na comunicação e nas suas ações interpessoais.

Assim, a utilização da CA pode proporcionar um meio alternativo de substituição da

comunicação oral.

No trabalho com alunos com paralisia cerebral, deve-se observar o

comprometimento motor e as funções que o mesmo é capaz de realizar. Como enfatiza

Madeira (2009, p. 143), “A classificação baseada nas alterações clínicas do tônus

muscular e no tipo de desordem do movimento pode produzir o tipo espástico,

discinético ou atetóide, atáxico, hipotônico e misto”.

Como registram Leite e Prado (2004, p. 42-43), considerando a extensão e

intensidade do distúrbio motor, conceituam as formas clínicas da paralisia cerebral que

seriam: hemiplegia, hemiplegia bilateral (tetra ou quadriplegia), diplegia, discinesia,

ataxia e formas mistas.

Vários autores consideram o termo Paralisia Cerebral (PC) inadequado, uma

vez que significaria o estacionamento total das atividades motoras e mentais, o que

não é o caso. Atualmente, tem-se utilizado o termo Encefalopatia Crônica Não

Progressiva ou Não Evolutiva. Contudo, segundo Madeira (2009, p. 145) “o termo

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Paralisia Cerebral ainda é útil para diferenciar a PC das Encefalopatias Crônicas

Progressivas, que derivam de patologias com degeneração contínua”. O termo (PC) é

muito utilizado na literatura e em leis embora muitos estudiosos considerem esse

termo como inadequado e utilizam somente o termo encefalopatia crônica não

progressiva da infância.

Ainda segundo Madeira (2009, p. 146), “o extenso e universal uso do termo

PC, até mesmo como título de periódicos respeitáveis, e o seu reconhecimento por

associações e congressos em todo mundo, seria melhor continuar a utilizá-lo, contudo,

respeitando-se as condições atribuídas pelas acepções usuais.

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Título: Comunicação Alternativa no Contexto Escolar – texto com orientações;

Horas previstas: 2 horas (não presencial).

OBJETIVOS

Contribuir com algumas sugestões, orientações, metodologias e adaptações de

materiais e avaliação, para os professores utilizarem em suas práticas

pedagógicas, com um aluno do 6º ano com deficiência física neuromotora

(paralisia cerebral), sem fala e escrita funcional, que utiliza a Comunicação

Alternativa (CA) no contexto educacional;

Realizar a leitura de texto com informações e sugestões referentes ao aluno do

6º ano que utiliza a Comunicação Alternativa (CA) como ferramenta de

aprendizagem;

Fornecer subsídios, com algumas informações e sugestões para docentes e

equipe pedagógica, sobre trabalho pedagógico e encaminhamentos

metodológicos;

Propor uma reflexão ao final do texto;

Estimular os professores para que contribuam com sugestões.

JUSTIFICATIVA:

Diante de todos os aspectos que envolvem a Comunicação Alternativa (CA),

percebemos a necessidade de ações reflexivas ao tema proposto, junto aos

educadores que trabalham diretamente com alunos que a utilizam, a fim de promover

novas possibilidades de atuação no âmbito pedagógico. É importante que os

professores e equipe pedagógica tenham algumas orientações e sugestões sob as

múltiplas possibilidades de compreensão e atuação, que envolvem a Comunicação

Alternativa (CA), no Contexto Escolar, como prática educativa e como ferramenta

inclusiva.

3º Encontro

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ESTRATÉGIAS:

Texto para leitura que será entregue aos participantes, com algumas

informações e orientações sobre o aluno matriculado no 6º ano que utiliza a

CA. Após a leitura, deverá ser fixado na contracapa do livro de chamada, para

que no caso de troca de professores, eles tenham informações sobre o aluno;

Os professores poderão fazer comentários e sugestões com referência ao texto

com orientações.

Obs: Texto a ser entregue para os professores(as) e após leitura ser fixada na

contracapa do livro de chamada:

PROFESSOR(A) NA TURMA TEM UM ALUNO COM DEFICIÊNCIA FÍSICA

NEUROMOTORA QUE UTILIZA A COMUNICAÇÂO ALTERNATIVA (CA)

Algumas sugestões e orientações:

O aluno (nome) do 6º ano têm deficiência física neuromotora (paralisia cerebral)

baixa visão, DV - cortical (deficiência visual) com miopia e astigmatismo, com

comprometimentos na fala e sem escrita funcional, e que utiliza a Comunicação

Alternativa no contexto educacional, o mesmo apresenta comprometimentos motores

acentuados, não possui controle adequado dos movimentos, necessita de cadeira de

rodas especial e total dependências em suas AVAs (atividade da vida autônoma

diária), como higiene, alimentação e locomoção.

Ele recebe apoio da professora de comunicação alternativa em sala de aula,

apoio da professora da sala de recursos multifuncional em período contrário de

matrícula na classe comum e do auxiliar operacional, que desempenha a função de

apoio à locomoção, higiene e alimentação.

Como Comunicação Alternativa (CA), a resposta “SIM” é manifestada por meio

de expressões corporais, tais como beijo, sorriso e de uma agitação eufórica

demonstrando que está gostando ou concorda com o que lhe é proposto, entre outras.

A resposta “NÂO” ou que não está gostando é manifestada através do choro, virar o

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rosto, piscar e mostrar muito a língua entre outras expressões perceptíveis no trabalho

diário com o mesmo. Tem vocalizado mais como resposta as palavras “SIM” e “NÃO”.

Vocaliza algumas palavras, possui muita dificuldade na articulação das palavras que

na maioria das vezes são incompreensíveis.

No trabalho pedagógico, quando são mostradas 2 (duas) opções de fichas,

imagens, figuras, palavras, frases e questões com alternativas no campo visual do

aluno, como resposta ele direciona o olhar para a ficha que ele acha correta, neste

encaminhamento devem sempre ser respeitadas as limitações de seu campo visual.

Em alternativas de múltipla escolha, são fornecidas opções entre 3 (três) e 5(cinco)

alternativas, sendo que 3 (três) são mais eficazes e menos cansativas, onde a

professora lê as questões e fala os números ou as letras correspondentes as

alternativas, ou a professora aponta as alternativas e ele escolhe qual é a resposta

que ele considera correta por meio da comunicação estabelecida. Foi iniciado trabalho

de varredura no computador, com o objetivo de registro pessoal por meio de

expressões faciais, mas ele ainda não domina esta forma de comunicação.

Importante:

O aluno deve ter igualdade de tratamento no que refere aos direitos, deveres,

normas, regulamentos combinados, disciplina e demais aspectos da vida

escolar, devendo ser sempre respeitadas as limitações impostas pela sua

deficiência;

Evitar a superproteção onde evidencia o conceito de desigualdade ou da

menos valia perante os colegas;

O professor deve permitir ao aluno melhor ângulo de visão possível dentro do

seu campo visual, aproximando, afastando ou direcionando os materiais

trabalhados;

As letras e gravuras devem ser escritas e afixadas respeitando o tamanho

adequado à percepção residual do aluno, evitar letras muito pequenas e figuras

e imagens sem nitidez;

O aluno deve ficar sentado na frente, pois isto facilita sua atenção e integração

na turma. As demonstrações e apresentações deverão ser realizadas no centro

da sala;

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Preocupar-se menos com a velocidade da aprendizagem, mas dar ênfase ao

progresso contínuo e seguro;

Oportunizar tempo suficiente para realização das atividades e avaliações,

podendo atingir os objetivos comuns ao grupo em um período de tempo maior

ou com atividades complementares individuais;

A aprendizagem cooperativa é importante, estimular a participação em grupos

alternados;

A iluminação é uma condição necessária para a visão, seja com mais

intensidade ou menos, conforme a peculiaridade do aluno, sempre perguntar

se o mesmo está conseguindo ver o que está sendo trabalhado, e dentro da

comunicação estabelecida ele dará a resposta;

Tomar cuidado com materiais fotocopiados. A qualidade do material é que vai

determinar a qualidade da imagem e entendimento do mesmo;

O uso prolongado da visão do aluno com baixa visão pode resultar numa

redução temporária da eficiência por causa da fadiga visual usada para usar e

interpretar as pequenas informações visuais recebidas. Há variação da visão

de um momento, de um período ou de um dia para outro, isto pode

consequentemente desestabilizar as emoções, reações e desempenho do

aluno;

Para as atividades extraclasses é importante avaliar previamente a

acessibilidade do local para garantir que o aluno possa ir, sem maiores

transtornos ou constrangimentos;

Quando a professora escrever no quadro deve fazer a leitura simultânea do

que está escrevendo, nesse momento o aluno deve prestar atenção na

professora e em sua explicação, devendo haver cooperação e silêncio dos

colegas da sala. A professora de apoio a comunicação alternativa deve

registrar no caderno os pontos mais importantes em caixa alta, selecionados

em conjunto com a professora regente e reforçar estes pontos, relendo com o

aluno;

A aprendizagem torna-se mais significativa quando vem acompanhada de

figuras, imagens, vídeos, vivências, materiais concretos, entre outros;

Nas atividades com perguntas e respostas, direcionar sempre que possível à

resposta correta, pois reforça o conteúdo trabalhado. Para verificar se houve

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aprendizagem, fornecer alternativas para que o mesmo escolha a resposta que

ele acha correta, se ele escolher a resposta errada, como reforço e estudo

indicar a resposta correta.

Nas avaliações, devem-se fornecer alternativas para que o mesmo escolha a

resposta que ele considera correta sempre alternando sua posição, e

considerar o que ele responder;

Nos textos, pode-se ler para o mesmo, ou fazer com que ele leia sozinho

trechos e a professora vai fornecendo opções com interpretação referentes ao

trecho lido, avaliando se o mesmo está interpretando e lendo o material

trabalhado;

O aluno necessita de tempo maior para realização das avaliações;

Deve-se reduzir o número de exercícios, sintetizando o que é mais importante

e relevante para uma aprendizagem efetiva;

Pode-se utilizar de adaptações para a escrita, computador, tablet, pranchas,

fichas, imagens etc.;

Em conteúdos novos, perguntar para o mesmo se tem conhecimento sobre o

assunto que vai ser tratado. Se necessário, fornecer informações

complementares, quando o mesmo responder que não conhece o determinado

produto ou assunto. Ex. origem, para que serve;

Na confecção e apresentação de trabalhos deve ser direcionada a sua

participação, oportunizar imagens e frases referentes ao tema e o mesmo é

que seleciona a imagem e a frase correspondentes. Fornecer opções de

escolha para o mesmo. Na atividade proposta colar a opção escolhida pelo

mesmo;

Na alimentação deve-se ter cuidado, oferecer alimentos mais macios. O

mesmo afoga-se com facilidade.

Profª PDE Debora Cristina Grosko

Importante:

Professores(as):

Após a leitura do texto com orientações, sinta-se à vontade para sugerir,

questionar, perguntar ou solicitar esclarecimentos, sobre as sugestões

repassadas. Sua contribuição é muito importante e fará a diferença na

trajetória escolar desse aluno com necessidades educacionais tão

específicas e singulares.

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Título: Comunicação Alternativa no Contexto Escolar- Oficina Pedagógica;

Horas previstas: 4 horas – presencial.

OBJETIVOS

Elaborar recursos e materiais didáticos pedagógicos, dentro do contexto da

Comunicação Alternativa (CA), com sugestões para o estabelecimento e

manutenção de uma comunicação efetiva e eficaz entre professores e alunos

com restrições de linguagem;

Trabalhar e demonstrar aos professores softwares de comunicação alternativa

disponíveis, que podem ser utilizados na construção de material pedagógico;

Utilizar adaptações, por meio de programas de CA que possibilitem a interação,

em processos de ensino/aprendizagem, com aluno com comprometimento na

comunicação e linguagem;

Adaptar um conteúdo referente a disciplina, que será trabalhado em sala de

aula

Oportunizar o trabalho coletivo entre professores, a professora regente e a

equipe pedagógica;

Realizar compartilhamento e exposição dos materiais produzidos pelos

professores.

JUSTIFICATIVA:

Recursos de baixa tecnologia podem ser construídos pelos professores e

disponibilizados ao aluno que utiliza na sala comum ou nos locais onde ele tiver. Tais

recursos são integradores e facilitadores de acesso social e educativo. Muitos

materiais podem ser construídos, tais como: pranchas, cartões, pastas, álbum, livros,

agendas, calendários e jogos de comunicação, entre outros, que podem ser utilizados

4º Encontro

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nas atividades educacionais. As atividades dos softwares educacionais em

comunicação alternativa serão pré-selecionadas para realização das atividades. As

estratégias são muito importantes para implementação da CA, pois criam

possibilidade de uso de diferentes recursos;

ESTRATÉGIAS:

Atividades no computador com softwares de Comunicação Alternativa (CA);

Confecção de cartões com nomes dos funcionários e das dependências da

escola, para Comunicação Alternativa no contexto escolar;

Confecção de calendário, conforme cronograma e prancha com as principais

atividades programadas na escola;

Demonstração de softwares para comunicação alternativa;

Cada professor fara a adaptação de um conteúdo referente a sua disciplina,

que será trabalhado em sala de aula;

Compartilhamento e exposição dos materiais.

• O que fazer quando um aluno comcomprometimentos motores não écapaz de se comunicar por meio dafala?

Reflexão:

Por meio da comunicação alternativa estabelecida ele escolhe entre as opções.

Exemplo, tema preferido do mesmo é futebol, assiste muitos jogos na televisão e

não perde jogo do CAD (time de futebol de salão do nosso município).

A questão seria lida ou mostrada para o mesmo, e poderia ou não vir

acompanhada de imagens, ressaltando que sempre é bom que contenha imagens

em conteúdos ou palavras novas que não são do seu conhecimento (perguntando

se ele sabe o que é ou se conhece, ele sempre na comunicação estabelecida

fornece a resposta).

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EXEMPLO 01:

VOCÊ TORCE PARA QUAL TIME? (perguntas em caixa alta, fonte 14 ou um

pouco maior para melhor visualização)

1. ALEMANHA

Figura 2: Bandeira da Alemanha

Fonte: Disponível em: https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=343071/. Acesso em fev

2017.

2. ESTADOS UNIDOS

Figura 3: Bandeira dos Estados Unidos

Fonte: Domínio público, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=318418/ Acesso

em fev 2017

3. ARGENTINA

Figura 4: Bandeira da Argentina

Fonte: Domínio Publico,https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Flag_of_Argentina.svg/ Acesso

fev2017

O professor lê a questão ou mostra para que o aluno realize a leitura.

Como resposta ele tentaria vocalizar a palavra “Argentina” ou o número “3”. Ou

durante a leitura da professora, ao ler opção 3 por meio da agitação, do beijo, ou

mesmo da vocalização do “SIM” ele escolheria essa opção, porque é fã do Messi.

Como é um assunto conhecido nessa questão, nem precisaria ser mostrada a

questão, apenas poderia ser realizada a pergunta, e ele daria a resposta.

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Também não haveria necessidade da imagem, apenas a escrita poderia ser

mostrada para ele ler sozinho, ou a questão apenas ser lida pela professora.

Por meio da vocalização das palavras “SIM” e “NÃO”, ou da comunicação

estabelecida ele daria a resposta.

EXEMPLO 02:

VOCÊ TORCE PARA QUAL TIME? 1. ALEMANHA 2. ESTADOS UNIDOS 3. ARGENTINA

• O que fazer quando um aluno comcomprometimentos motores, não écapaz de escrever?

Reflexão:

Importante: dependendo do dia e do seu estado emocional, ele não consegue vocalizar as palavras “SIM” e “NÃO”, e a resposta então se dá por meio das expressões já estabelecidas como comunicação.

Seria lida algumas opções, ele escolheria a letra ou número correspondente. Ou seria mostrada as opções, e ele leria sozinho. Por meio da comunicação estabelecida ele indicaria qual a opção ele escolheria.

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EXEMPLO 03:

1. VOCÊ MORA EM QUAL MUNICÍPIO?

CURITIBA

GUARAPUAVA

TURVO

Por meio da comunicação estabelecida, seria escrito em caixa alta a

resposta, ou seria colada a resposta.

EXEMPLO 04:

1. VOCÊ MORA EM QUAL MUNICÍPIO?

R: GUARAPUAVA (resposta escrita pela professora em caixa alta).

1. VOCÊ MORA EM QUAL MUNICÍPIO?

R:

Opção colada que poderia ser escrita ou digitada, escolhida entre as demonstradas

para o mesmo.

SOFTWARES DE COMUNICAÇÂO ALTERNATIVA (CA)

ATIVIDADE 01:

Esta atividade será realizada na sala de informática;

Trabalhar e demonstrar aos professores softwares de comunicação alternativa

disponíveis, que podem ser utilizados na construção de material pedagógico.

Cada participante escolherá um conteúdo referente a sua disciplina, que será

trabalhado em sala de aula, selecionando um texto completo para levar no dia;

GUARAPUAVA

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Nos programas disponíveis no computador, selecionará algumas imagens,

fotos, figuras correspondentes ao conteúdo;

O professor deverá realizar uma síntese ou um resumo do texto escolhido, após

digitando ou escrevendo em caixa alta, e inserindo imagens mais importantes

e significativas relativas ao texto, ressaltando os pontos principais do resumo

ou síntese;

Com referência ao conteúdo fará questões com múltipla escolha, diretas e

curtas com 3 opções de resposta para o aluno;

Em caso de pergunta ou resposta fará de 2 a 3 opções de resposta (uma

alternativa correta e as demais alternativas erradas) para que o aluno escolha

a alternativa, por meio da comunicação estabelecida, que ele julgue correta

com referência à pergunta;

Compartilhamento e exposição do material confeccionado.

SISTEMAS GRÁFICOS UTILIZADOS NA CAA:

Sistema Blissymbolics:

utiliza basicamente símbolos ideográficos;

representado pelo símbolo e palavra;

composto por símbolos simples e símbolos compostos;

Símbolos pictográficos: se parecem com o que representam;

Símbolos ideográficos: tenta representar uma ideia;

Símbolos abstratos: não se parecem com o que representam;

Símbolos internacionais: símbolos de uso comum em grande

parte dos países;

Importante: Pode-se ser feita até 5 questões com alternativas de escolha de resposta. Também será disponibilizada uma caixa contendo várias imagens, revistas e livros para recorte que podem ilustrar o conteúdo.

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os símbolos são organizados em grupos sintáticos, representados por uma cor

específica;

por meio de combinações representam um significado.

Figura 1: Sistema Blissymbolics Fonte: SCHIRMER C. R.; BROWNING, N.; BERSCH, R. C. R.;

MACHADO, 2007, 130 p.

Sistema PIC – Pictogram Ideogram Communication:

sistema pictográfico;

desenhos em branco sobre um fundo preto;

representado pela figura e palavra;

símbolos não são combináveis;

visualmente fáceis de serem reconhecidos.

Figura 6: PIC (Pictogram Communication)

Fonte: SCHIRMER C. R.; BROWNING, N.; BERSCH, R. C. R.; MACHADO, 2007, 130 p.

PCS – Picture Communication Symbols (Símbolos de Comunicação Pictórica) -

idealizados em 1980 por Roxxana Mayer Johnson:

simbologia de fácil reconhecimento e interpretação;

símbolos pictográficos;

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sistema aberto que se adapta a questões regionais, culturais e pessoais do

usuário;

figura acompanhada de palavra;

dividido em categorias: social-rosa, pessoas-amarelo, ações-verde, diversos-

branco, substantivo-laranja, adjetivos-azul.

Podemos encontrar os PCS em livro (Combination Book) e em programas de

computador (Boardmaker, e Escrevendo com Símbolos).

Figura 7 – PCS – Picture Communication Symbols

Fonte: SCHIRMER C. R.; BROWNING, N.; BERSCH, R. C. R.; MACHADO, 2007, 130 p.

AMPLISOFT - Projeto desenvolvido pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná

(PUC-PR),

composto de aplicativos que possuem licença de Software Livre (GPL);

executáveis em ambiente Windows;

O objetivo geral do software é propiciar uma melhora no sistema de

comunicação alternativa: como predição e antecipação de palavras e símbolos,

sintetizador de voz, autoclique e varredura;

Possui prancha multiplataforma livre, prancha livre de comunicação, teclado

virtual livre e editor livre de prancha.

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54

Figura 8:Amplisoft

Fonte: Disponível em: http://www.ler.pucpr.br/amplisoft/. Acesso em: ago 2016.

ATIVIDADE 02:

Fotografar todos os funcionários da escola, (posteriormente fazer esta atividade

com todos os colegas da sala) e montar um álbum ou fichário com nome de

todos os funcionários da escola e dos colegas;

No cartão constará foto, nome e função, para que o mesmo conheça e se

familiarize com quem faz parte da equipe escolar e a função desempenhada;

Cada professor ou funcionário será responsável pela confecção do próprio

cartão, que comporá um álbum ou fichário;

Os participantes têm a opção de escrever em caixa alta ou digitar o nome e a

função, também pode-se colar outra imagem que represente o que gosta de

fazer além da foto).

Exemplo:

Figura 9: Crachá Identificação/ Identificação de Função

NOME DA ESCOLA

FOTO

FUNÇÃO NA

ESCOLA

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Fonte: Elaborada pela autora

OBS: pode ser inserido no cartão mais uma imagem, símbolo ou desenho além da

foto que represente o que gosta de fazer, por exemplo: símbolo do time que torce, se

gosta de andar de bicicleta, de cozinhar, de correr, de fazer academia...

ATIVIDADE 03:

Confeccionar em cartões retangulares o nome de todas as dependências da

escola em caixa alta, se possível inserindo uma imagem, foto ou figura

referente ao local, e após fixar na altura em que o aluno possa visualizar.

Exemplo:

Figura 10: Cozinha

Fonte Disponível em: http://doriboucault.com.br/wp-content/uploads/2014/07/cozinha.png/ Acesso fev

2017

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Título: Comunicação Alternativa no Contexto Escolar- Orientações Individuais

e Coletivas para os Professores;

Horas previstas: 16 horas.

OBJETIVO

Orientar individualmente/ou coletivamente os professores, com sugestões de

recursos, ações, materiais didáticos pedagógicos, metodologias e adaptações

entre, considerando os conteúdos referentes ao 6º ano, do aluno com

deficiência física neuromotora (paralisia cerebral), sem fala e escrita funcional,

que utiliza a Comunicação Alternativa no contexto educacional, bem como

outros aspectos necessários, para que sua aprendizagem seja significativa.

JUSTIFICATIVA

No contexto da educação inclusiva, faz-se necessário que os educadores tenham

acesso a formação e informação sobre metodologias e práticas pedagógicas para

trabalharem com alunos que têm necessidades educacionais especiais tão

específicas. Percebe-se a necessidade de ações reflexivas sobre o tema proposto

junto aos educadores, a fim de promover novas possibilidades de atuação no âmbito

pedagógico.

ESTRATÉGIAS

Por meio de encontros individuais e coletivos, realizar orientações aos

professores, para utilizarem em suas práticas pedagógicas.

5º Encontro

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Título: Comunicação Alternativa no Contexto Escolar – Questionário e texto

com relato pessoal

Horas previstas: 2 horas - não presencial.

OBJETIVOS

Analisar na prática e os resultados da Implementação do Projeto de

Intervenção Pedagógica na escola, que foi elaborado e desenvolvido pela

professora PDE, pensando nas necessidades educativas especiais, do aluno

do 6º ano, do Ensino Fundamental, que utiliza a CA como ferramenta de

aprendizagem;

Leitura de texto – Comunicação Alternativa (CA) – relato pessoal

Responder questionário sobre a Comunicação Alternativa no Contexto Escolar,

tendo como base a prática e experiência pedagógica com o aluno do 6º ano,

com deficiência física neuromotora?

JUSTIFICATIVA

O questionário compõe análise importante para compartilhar experiências de acordo

com a realidade vivenciada pelos professores na atuação utilizando a CA como

ferramenta de ensino e aprendizagem. As contribuições repassadas, na vivência e no

questionário com alternativas, para superar obstáculos e fragilidades, serão

consideradas, na construção do artigo final, e poderão ser incorporadas, consideradas

e servirão de sugestão posteriormente, às práticas docentes cotidianas, para alunos

e professores que utilizam a CA.

6º Encontro

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QUESTIONÁRIO:

Professor(a):

Agora que você já conhece e vivenciou, os motivos que me levaram a propor

este tema no PDE, e a influência desses motivos sobre o processo pedagógico,

chegou a sua vez de apresentar o contexto do seu local de atuação. Portanto, sua

contribuição é fundamental nesta etapa. Após todos os conhecimentos construídos

pelo grupo, convido você a responder o questionário.

A sua participação é muito importante!

1. Como tem sido sua experiência com o aluno que utiliza a CA em sala de aula?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

2. Qual (ou quais) a(s) forma(s) utilizada(s) para avaliar esse aluno?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

3. Com quem você troca informações sobre o desenvolvimento do aluno?

( ) pais;

( ) professor itinerante da sala de recursos multifuncional;

( ) outros professores da escola;

( ) professora de apoio a comunicação alternativa;

( ) equipe pedagógica;

( ) não troca informações;

( ) professora PDE;

( ) outros,

especificar____________________________________________________

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59

3. A inclusão desse aluno com necessidades educacionais especiais, no ensino

regular, obrigou a alteração das atividades normais da aula? Ele proporcionou novas

situações de aprendizagem para os outros alunos? Justifique.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

4. Em sua opinião, o que poderia ser feito para melhorar o desempenho desse aluno?

Que tipo de ação pode ser sugerida, no sentido de tornar mais eficaz a sua

aprendizagem?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

5. Uma das grandes barreiras a serem derrubadas está nos preconceitos em relação

ao tema e a deficiência. Você presenciou alguma situação? Qual a sua opinião sobre

isso?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

6. No trabalho da professora PDE com relação ao tema “Comunicação Alternativa no

Contexto Escolar”, especificar os:

Aspectos positivos:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Aspectos negativos:

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

_____________________________________________________

Agradeço a participação!

Profª PDE Debora Cristina Grosko

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Texto a ser entregue para os professores:

Comunicação Alternativa (CA) – relato pessoal

A escolarização da criança com deficiência é permeada por diferentes fatores

que envolvem o contexto escolar. Os alunos com acentuadas dificuldades no

processo comunicativo, que não são estimulados ou trabalhados para o

estabelecimento de uma comunicação, podem apresentar prejuízos no seu

desenvolvimento cognitivo, comprometendo significativamente sua interação social e

educacional. Saber interagir com essas crianças é essencial, não deve ser descartado

nenhum recurso ou estratégia de comunicação. Aprender a se comunicar diante da

real e mais importante necessidade, deve ser prioridade.

A compreensão de mensagens deve ser estabelecida entre o aluno e seus

pares, o mais cedo possível, por meio de um processo de construção gradual de

significados. É necessário conhecer o aluno, e a comunicação deve ser estimulada de

forma natural. Esses alunos necessitam de muita estimulação e dedicação por parte

de seus familiares e professores, fazendo-se necessário a experimentação de várias

possibilidades comunicativas. Para os professores, o trabalho deve ser pautado na

busca de formas de comunicação funcionais que sejam úteis, e compreendidas pelo

aluno e pelas pessoas que convivem com o mesmo. No início, devem ser

estabelecidas as necessidades mais urgentes, suprindo algumas prioridades

comunicativas.

O maior desafio na busca dessa comunicação é construir um olhar

diferenciado, que enxerga além das limitações, que encontra caminhos, superação,

possibilidades nas condições singulares das muitas limitações impostas pela

deficiência. Conseguir estabelecer a comunicação com o aluno, não é uma tarefa fácil

e simples, exige um repensar diário da prática pedagógica. Nesse trabalho é

necessário tempo, dedicação, paciência, entendimento sobre a patologia, a história

do aluno, o contexto no qual ele está inserido, participação e envolvimento da família,

formação, treinamento, trabalho em equipe, suporte, planejamento, objetivos claros e

concretos, os recursos, estratégias e metodologias, adaptação de materiais,

atividades e avaliações, entre muitos outros que se apresentam.

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Para esses alunos, com graves limitações motoras, que não conseguem se

comunicar verbalmente, devemos encontrar outras formas para construção da

comunicação. Podemos, portanto, usar o que o aluno tem a nos oferecer, como, por

exemplo, um movimento involuntário, não intencional, choro, movimentos corporais,

levantar um dedo, a mão, o pé, mexer a cabeça, virar o rosto, assoprar, piscar, olhar,

beijar, sorrir, mostrar a língua, movimentar os olhos, levantar da sobrancelha, emitir

qualquer som ou balbucio, entre tantas outras expressões que podem ser observadas

e usadas como comunicação. Cabe ao professor e aos familiares estabelecer

significados, e ordenar esses movimentos para o estabelecimento de uma forma de

comunicação, com vistas a interação e aprendizagem no contexto social e educativo.

A forma como ele expressa o “SIM” e o “NÃO” no contexto em que vive, na sua rotina,

nos seus interesses, para as pessoas com quem convive, deve ser o objetivo principal

no desenvolvimento de sua habilidade comunicativa.

No contexto escolar, a interação deve ser mediada pelo professor, e respondida

pelo aluno da forma que ele conseguir expressar-se. Devem ser realizadas várias

tentativas até o estabelecimento de uma forma significativa, utilizando o que o aluno

tem a oferecer. As perguntas devem ser diretas, em situações já concretizadas e

vivenciadas e de conhecimento do mesmo, para que ele vá aumentando o

entendimento da mensagem solicitada e construindo assim seu conhecimento.

Na prática pedagógica ficou comprovado que de nada vai adiantar produtos,

recursos, metodologias, estratégias, se não estiver estabelecida uma comunicação

eficaz e significativa. Infelizmente muitos recursos e equipamentos não estão

disponíveis nas escolas e muitos alunos e professores não têm acesso a essa

tecnologia ou, em alguns casos, existe o recurso, mas os profissionais, por falta de

formação e capacitação específica, não sabem fazer o uso dos mesmos.

Para educadores, a busca na promoção e no estabelecimento de comunicação

com alunos com comprometimentos motores, sem fala, ou com restrições da mesma,

sem escrita funcional, é uma caminhada repleta de desafios. Encontrar caminhos para

que esse aluno seja capaz de aprender e entender o que está sendo proposto e

solicitado, e a maneira como vai conseguir estabelecer e utilizar a comunicação

alternativa na construção de uma aprendizagem significativa deve ser o objetivo

maior.

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São muitos os sentimentos que envolvem esta caminhada, e a angústia

infelizmente é um deles. Ela vai surgindo pela dificuldade em compreender as reais

necessidades do aluno que não consegue se comunicar e expressar seus desejos,

seus sentimentos, suas emoções, suas vontades e suas próprias angústias. E a

angústia vai aumentando e aumentando porque, pela ausência do estabelecimento

da comunicação, fica difícil em identificar se o mesmo está entendendo o que é

proposto, seus momentos de desconforto físico, dor, sede, fome, cansaço, desejo de

obter algum objeto, alimento, entre muitos outros. Temos a consciência de que esse

aluno quer algo, mas não saber o que realmente deseja, e o mesmo não conseguir

expressar-se, nos torna impotentes, diante dessa situação de incompreensão. E essa

angústia termina, quando, através do milagre do estabelecimento de uma

comunicação alternativa ele consegue se expressar, e falar para o mundo, de um jeito

diferente, do seu jeito, em que é compreendido, e esse é um momento emocionante,

único, mágico, maravilhoso, incrível e indescritível, onde as portas para o

conhecimento e para o mundo se abrem à sua frente.

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Título: Comunicação Alternativa no Contexto Escolar- Síntese geral e

resultado da avaliação;

Horas previstas: 2 horas – presencial.

OBJETIVOS

Realizar encontro visando troca de experiências, síntese geral e resultado da

avaliação;

Compor uma mesa redonda para avaliar o trabalho proposto na Unidade

Didática de um modo geral e na Implementação do projeto.

JUSTIFICATIVA

A composição de uma mesa redonda visando avaliação, troca de experiências,

sugestões, síntese geral, resultado da avaliação, as contribuições repassadas, na

vivência e no questionário com alternativas para superar obstáculos e fragilidades,

serão consideradas, na construção do artigo final, e serão incorporadas, consideradas

e servirão de sugestão posteriormente às práticas docentes cotidianas, para alunos e

professores que utilizam a CA, e farão parte de um tópico no artigo final.

ESTRATÉGIAS

Mesa redonda entre os participantes, com avaliação, síntese, resultados dos

questionários e do trabalho desenvolvido, reflexões, sugestões que serão

anotadas e comporão um tópico do artigo final.

7º Encontro

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64

A avaliação será processual e formativa no intuito de orientar o trabalho

discente e docente. Os agentes envolvidos no trabalho, após a implementação desse

projeto, deverão compartilhar as experiências e proporão ações e estratégias para

suas atividades educacionais. Esta será uma das formas de garantir ações que levem

professores e equipe pedagógica a aprofundar conhecimentos sobre o tema. Ao final

da implementação, daremos início à construção e elaboração de um capítulo com o

título: “Comunicação Alternativa no Contexto Escolar – Relato dos Professores”, que

será incorporado na produção do artigo científico que é o trabalho final de participação

do professor no Programa. Essa tarefa será realizada no segundo semestre do ano

letivo de 2017.

Cabe ressaltar que os agentes envolvidos no trabalho, após a implementação

deste projeto, deverão compartilhar as experiências e deverão propor ações e

estratégias para suas atividades educacionais.

Avaliação

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65

AMPLISOFT - Software livre

Link: http://migre.me/vId0s

Convivendo com as diferenças - Vídeos da TV Câmara

Link: http://migre.me/vId1q

Recursos para Comunicação Alternativa – Ministério da Educação

Link: http://migre.me/vId3f

Assistiva: Tecnologia e Educação

Link: http://migre.me/vId44

Tecnologia Assistiva e Comunicação Alternativa

Link: http://migre.me/vId7p

Salas de Recursos Multifuncionais e Comunicação Alternativa

Link: http://migre.me/vId8y

Portal TA

Link: http://migre.me/vIdaq

Portal de Tecnologia Assistiva

Link: http://migre.me/vIdbp

Livro Recursos Para Comunicação Alternativa

Link: http://migre.me/vIdev

Livro Atendimento Educacional Especializado

Link: http://migre.me/vIdfM

Links Interessantes

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66

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Referências

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