Upload
buitruc
View
214
Download
1
Embed Size (px)
Citation preview
04/11/2014
1
MONITORAMENTO DE PATOLOGIAS CARDÍACAS POR IMAGEM
1
RAIOS-X
2
IMPORTÂNCIA DOS RAIOS-X
� Revolucionou o diagnóstico
� Permitiu a diferenciação entre estruturas de variadas densidades
� Exame de fácil execução, indolor e de relativo baixo custo
� Uso universal – sistemas públicos de saúde
� Aplicações industriais -> análise cristalográfica, autenticação de obras de arte
� Pesquisa acadêmica -> Microscopia por difração RX
3
COMO REALIZAR OS EXAMES DE RAIOS-X
� As imagens são adquiridas combase em referenciaisanatômicos
� Os planos anatômicos devemser bem estabelecidos econhecidos
� A anatomia deve ser bemestudada
4
04/11/2014
2
COMO REALIZAR OS EXAMES DE RAIOS-X
� Plano axial
5
COMO REALIZAR OS EXAMES DE RAIOS-X
� Plano frontal ou coronal
6
COMO REALIZAR OS EXAMES DE RAIOS-X
� Plano sagital
7 8Profa. Lidia Maria Andrade
04/11/2014
3
9Profa. Lidia Maria Andrade 10
Profa. Lidia Maria Andrade
11
Profa. Lidia Maria Andrade
RADIOLOGIA CONVENCIONAL
Vantagens:
� Baixo custo
� Grande disponibilidade
� Não invasivo
� Fácil realização
� Fácil reprodução
� Atendimento inicial, acompanhamento e UTI
12
04/11/2014
4
RADIOLOGIA CONVENCIONAL
Desvantagens:
� Radiação ionizante
� As imagens de todos os órgãos que estão no trajeto do feixe são superpostas eprojetadas em um plano -> tecidos normais podem mascarar ou interferir emregiões anormais
� Difícil distinção entre tecidos normais e anormais -> apresentam pequenadiferença na absorção de raios-X
13
RADIOLOGIA CONVENCIONAL
� O que pode ser visualizado
� visualização do coração e grandes vasos
� Avaliação das dimensões do coração, contornos e alterações anatômicas nasgrandes artérias e veias
� Não é possível o reconhecimento de estruturas intracardíacas, excetoquando calcificadas
14
RADIOLOGIA CONVENCIONAL
15
RADIOLOGIA CONVENCIONAL
16
04/11/2014
5
RADIOLOGIA CONVENCIONAL
17
RADIOLOGIA CONVENCIONAL
18
RADIOLOGIA CONVENCIONAL
19
RADIOLOGIA CONVENCIONAL
20
04/11/2014
6
RADIOLOGIA CONVENCIONAL
� Avaliação da vascularização pulmonar
� Artéria pulmonar direita é invisível nas radiografias em projeção frontal
� Artéria pulmonar esquerda pode ser vista no hilo em projeção frontal
� Se houver aumento de fluxo sanguíneo pulmonar: aumento do calibre dasartérias
� Se houver aumento na resistência ao fluxo: a pressão aumenta nas veias ->hipertensão venosa pulmonar ou pós-capilar
21
RADIOLOGIA CONVENCIONAL
� Aumento da pressão ->aumento do líquido no espaçointersticial -> aumento dadrenagem linfática -> hilospulmonares aumentados eborramento de seus contornos.
22
RADIOLOGIA CONVENCIONAL
� Não correção da pressão ->progressão para edemapulmonar -> “asa deborboleta”
23
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
24
04/11/2014
7
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
� Mesmos princípios básicos de formação de imagens que a radiologiaconvencional, porém adquire imagens em plano axial
� Corpo é examinado em fatias
� tomógrafos helicoidais permitem aquisição volumétrica de dados ->reconstruções
25
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Vantagens:
� estruturas vistas sem superposição
� TC mais sensível na diferenciação de tecidos -> Aumento da resolução decontraste nas imagens tomográficas.
� A TC pode detectar diferenças de densidade de tecido tão baixas quanto 1%ou menos.
� Reconstrução multiplanar -> a informação adquirida pode ser reconstruída evista em planos alternativos.
� Manipulação dos dados de atenuação -> as informações de atenuação detecidos coletadas pelos detectores podem ser manipuladas.
26
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
� Escanograma: permite ao profissional da radiologia marcar os limites decorte do procedimento.
� A TC de tórax de rotina inclui cortes dos ápices até a base pulmonar,geralmente com espessura de 7 a 10 mm, enquanto que os cortes de altaresolução precisam de aquisições mais finas, entre 2 e 3 mm, obtidas emlocais específicos do pulmão
27
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
� As imagens do pulmão são vistas com dois tipos de janelas. Uma parapulmão (com baixo contraste) e outra para detalhes do mediastino (com altocontraste).
28
04/11/2014
8
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
29
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
30
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
� Indicações:
� Estudo de aneurismas (dilatação localizada e permanente da paredearterial, maior que 50% do seu diâmetro normal)
� Dissecções da aorta (“rasgos”)
� Avaliação de espessamentos e calcificações pericárdicas
� Diagnóstico de tromboembolia pulmonar
� Avaliação do tórax como um todo
31
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
� Técnicas:
� Tomografia computadorizada convencional
� Técnica de alta resolução -> cortes no máximo de 2 mm de espessura,reconstruções com alta resolução espacial e tempos de exposição muitocurtos -> diagnóstico de pneumonites
� Angiotomografia -> uso de contraste iodado -> diagnóstico detromboembolia pulmonar
� Tomografia ultra-rápida ou tomografia por emissão de feixe de elétrons(ultra-fast CT scan) -> cortes em tempo de 100 ms, muito caro, substituídopela RM
32
04/11/2014
9
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
33
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
34
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Tomografia cardiovascular com múltiplos detectores (TCMD)
� Vantagens
� Exame de rápida aquisição (menor tempo que RM)
� Menor necessidade de sedação
� Mostra a anatomia vascular e a correlação com estruturas circunvizinhas
� Desvantagens
� Exposição à radiação
� Uso de contraste iodado
� Não fornece informações funcionais (desempenho ventricular e medidasde fluxo)
35
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Tomografia cardiovascular commúltiplos detectores (TCMD)
36
04/11/2014
10
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
� Escore de cálcio
� Tomografia ultra-rápida
� Sem contraste
� Presença de calcificações
� Escores de Agatston: 5faixas de risco para DAC
37
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
� Angiotomografia de artérias coronárias
� Injeção de contraste iodado
� Algoritmos de reconstrução e pós-processamento -> imagens das artériascoronárias em duas ou três dimensões
� Reconstruções em duas dimensões: permitem a análise tanto do lúmencomo da parede das artérias -> detecção da DAC em fase precoce
38
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
� Angiotomografia de artérias coronárias
39
� Angiotomografia de artériascoronárias
40
04/11/2014
11
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
41
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA - DEFINIÇÕES
� Um fenômeno pelo qual um núcleo absorve a radiação eletromagnética deuma freqüência específica, na presença de um forte campo magnético.
� Os movimentos dos núcleos atômicos podem ser diretamente controlados edetectados por um equipamento de ressonância magnética nuclear (RMN).
42
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Vantagens:
� não usam radiação ionizante
� materiais de contraste terem uma incidência de efeitos colaterais muitopequena
� geram imagens de qualquer plano (sagital, coronal)
Desvantagens:
� Custo
� Ruído
� Claustrofobia
� Pacientes muito tempo imóveis
� Equipamentos ortopédicos distorcem as imagens
43
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
� Permite a avaliação precisa da anatomia,função e caracterização tecidual domiocárdio
� Imagens com alta resolução temporal eespacial
� O que pode ser avaliado:
� Avaliação morfofuncional
� Isquemia miocárdica
� Infarto e viabilidade do miocárdio
� Perfusão cardíaca
44
04/11/2014
12
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Técnicas que podem ser empregadas:
� Spin eco (sangue escuro)
� Excelente resolução espacial
� Grande detalhamento anatômico -> câmaras cardíacas, vasos,pericárdio, tumores
� Possibilita análise segmentar sequencial
� Gradiente eco (sangue claro)
� Avaliação da dinâmica contrátil cardíaca
� Imagens com grande contraste entre a cavidade e o miocárdio
� Câmaras bem definidas -> visualização de defeitos septais
� Identificação de cúspides e folhetos -> definição de mobilidade eimplantação
45
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
46
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Técnicas que podem ser empregadas:
� Codificação de fase
� Mapeamento de velocidade e fluxo -> quantificação
� Cálculo da magnitude de shunts (ligações entre sangue arterial evenoso)
� Angiorressonância com gadolínio
� Acesso a anomalias vasculares -> detalhamento vascular
� Uso de gadolínio
� Caracterização da aorta e seus ramos, artérias pulmonares, veiaspulmonares e sistêmicas
47
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Angiorressonânciacom gadolínio
48
04/11/2014
13
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
� Cortes clássicos do coração:
� Eixo curto -> visam a avaliação do VE e do VD, 8 mm espessura e 2 mmespaçamento
� Eixo longo do VE (ex. 4 câmaras)
� Outros cortes -> via de entrada e saída do VD, etc
49
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
50
Planos de corte de eixo curto do VE
Diástole do VECálculo do volume ventricular
Sístole do VECálculo da massaventricular
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Avaliação da anatomia cardíaca
� Alta resolução espacial e sangue escuro -> definição precisa dos bordos doendocárdio (entre sangue e miocárdio)
� Executada em apnéia (suspensão da respiração) expiratória final e sincronizadaao ECG -> dados são adquiridos no momento de menor movimento do coração-> diminuição dos efeitos dos movimentos respiratórios
51
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Avaliação da anatomia cardíaca
52
Black-blood – estudo da anatomia Bright-blood – estudo da perfusão
04/11/2014
14
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Avaliação da função cardíaca – bright blood ou sangue branco
� Obtenção de imagens de 20 a 40 fases por ciclo cardíaco em um único corte acada apnéia respiratória
� Sempre sincronizada ao ECG, gerando um filme dinâmico do coração
� Pode associar indução de estresse (dobutamina – vasodilatador) -> observaçãoda alteração da contração regional -> isquemia do miocárdio (DAC)
53
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Perfusão miocárdica
� Avaliada pela primeira passagem do contraste (gadolínio) pelas cavidadesventriculares e, depois, pelo miocárdio
� Imagens em múltiplos cortes a cada 1 ou 2 batimentos cardíacos, duranteaproximadamente 1 minuto, seguindo-se, assim, a passagem do contraste
� Método adequado para detecção de isquemia miocárdica -> pode associarcom estresse farmacológico
54
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Perfusão miocárdica
55
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Perfusão miocárdica
56
04/11/2014
15
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Realce tardio miocárdico
� Detecção e visualização do infarto do miocárdio
� PRINCÍPIO: Entre 10 e 20 min após a injeção endovenosa de gadolínio, ocorreuma concentração nas áreas de infarto ou fibrose quando comparado aomiocárdio normal
� Áreas infartadas aparecem intensamente brancas, facilmente diferenciadas aotecido ao redor
57
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Realce tardio miocárdico
58
MEDICINA NUCLEAR
59
MEDICINA NUCLEAR
� Técnica baseada na emissão de radioisótopos
� Utiliza pequenas quantidades de substâncias radioativas ou "traçadores" parao diagnóstico ou tratamento de doenças.
� mostra a causa da doença;
� função dos órgãos e tecidos.
� A avaliação funcional realizada pela
medicina nuclear traz, muitas vezes,
informações diagnósticas de forma precoce
em diferentes patologias.
60
04/11/2014
16
CINTILOGRAFIA
� 3 passos principais:
� administração do traçador;
� aquisição de imagens;
� análise das imagens.
� Uma pequena quantidade de material radioativo é absorvida pelo corpo.
� A aquisição das imagens pode variar de poucas horas a alguns dias,dependendo do tipo de exame a ser realizado.
61
CINTILOGRAFIA
Radiofarmacos
62
Cloreto de Tálio (Tl-201)
músculo cardíaco.
Iodeto de Sódio (I-131)
Tireóide.
MDP (Tc-99M)
Osso.
CINTILOGRAFIA
Tecnécio 99-m
� Decai pela emissão de radiação gama de 140 KeV;
� Não emite radiação beta e tem meia vida de apenas 6 h
� é possível que se administrem atividades radioativas mais elevadas do queaquelas utilizadas com I-131 e I-123, o que contribui para a qualidade daimagem obtida.
63Cíclotron
CINTILOGRAFIA
� O paciente se torna um emissor radioativo
� A radiação é captada por uma gama-câmara ou câmera de cintilação
� A imagem gerada é funcional
� Pobre em detalhes anatômicos
� Formação da imagem:
� Distribuição predominante do órgão que se deseja estudar;
� Resolução baixa comparada com TC ou ressonância;
� Valor diagnóstico muito alto -> fornece informações funcionais
64
04/11/2014
17
MEDICINA NUCLEAR E IMAGEM MOLECULAR EM CARDIOLOGIA
� Administração de radiofármacos por via venosa
� Avaliação de:
� perfusão miocárdica - cintilografia
� metabolismo miocárdico de glicose (PET)
� função ventricular
� Atividade inflamatória cardíaca
� Atividade simpática cardíaca
� Diagnóstico de infarto agudo do miocárdio
65 66
67Lidia Maria Andrade
68Lidia Maria Andrade
04/11/2014
18
SPECT – Single Photon Emission Computed Tomography
� Utiliza 1 ou 2 sensores ou ainda anelem torno do paciente;
� Tipicamente 2 imagens em planosdiferentes;
� Imagens de cérebro, coração,pulmão, fígado, ossos
� Principal área de aplicação =oncologia
69
SPECT – Single Photon Emission Computed Tomography
70
1 Detector 2 Detectores à 180º
2 Detectores com ângulo variável
� Atividade detectada deve ser a mesma em todas as projeções.
PET (Positron Emissor Tomography)
� Detecta com precisão quando determinada parte do corpo apresentaalteração de metabolismo.
� A máquina obtém uma série de imagens e as agrupa, criando uma figuratridimensional na tela do computador.
� uso do radiofármaco FDG, ou fluoro-deoxi-glicose, marcado com o flúor-18(FDG-18F), que é semelhante à glicose.
� O FDG-18F é captado por células que têm grande consumo de glicose porter maior atividade metabólica
71
PET (Positron Emissor Tomography)
72
A atividade dos receptores de DOPA no
cérebro
Uma reconstrução 3d das imagens do PETImagens cerebrais utilizando o 18F-FDG.
04/11/2014
19
MEDICINA NUCLEAR E IMAGEM MOLECULAR EM CARDIOLOGIA
Técnicas disponíveis e suas indicações
73
EXAME INICAÇÕES PRINCIPAIS
Cintilografia de perfusão miocárdica
coronariana – gated SPECT (talio ou MIBI)
•Diagnostico de isquemia cardíaca
•Estratificação de risco na DAC
•Auxílio na decisão terapêutica
coronariopatas
•Avaliação do resultado terapêutico
•Avaluação pós IAM
•Viabilidade miocárdica
•Diagnóstico diferencial da dor torácica em
unidade de emergência
PET com FDG-18 •Viabilidade miocárdica
•Consumio regional de glicose
Cintilogradia cardíaca com gálio-67 Processos inflamatórios cardíacos
Vetriculografia radioisotópica Avaliação da função ventricular, motilidade
regional
Cintilografia com MIBG-I123 Atividade simpática cardíaca
Cintilografia com pirofosfato-99mTc Diagnóstico de IAM
MEDICINA NUCLEAR E IMAGEM MOLECULAR EM CARDIOLOGIA
Cintilografia de perfusão miocárdica
� Desde 1979
� Avaliação não-invasiva da doença coronária obstrutiva
� PRINCÍPIO: na doença coronária, o coração se utiliza da reserva coronária paramanter o equilíbrio do fluxo entre os vários segmentos miocárdicos
� Radiofármacos entram na célula miocárdica -> Áreas com redução de fluxoapresentarão redução de captação de radiofármaco
� Fármacos mais empregados:
� Cloreto de tálio-201 (Tálio)
� 99mTc-Sestamibi (MIBI)
� Injeção de fármaco deve ser efetuada em situação de estresse em comparaçãocom repouso -> teste ergométrico ou teste farmacológico (dipiridamol –vasodilatador) 74
MEDICINA NUCLEAR E IMAGEM MOLECULAR EM CARDIOLOGIA
Cintilografia de perfusão miocárdica
� Achados são interpretados comparando-se as imagens de estresse com as derepouso
� Como pode ser feita:
� Modo plano -> incidência anterior, perfil e oblíqua
� Modo tomográfico (SPECT – single photon emission tomography) ->miocárdio representado em cortes -> imagens podem ser reconstruídas
� Sincronizada com o ECG (Gated-SPECT) -> além de avaliar a perfusãomiocárdica, avalia a função ventricular (determina a fração de ejeção doventrículo esquerdo, o espessamento do miocárdio, a motilidade global eregional e volumes ventriculares)
75
CINTILOGRAFIA DE PERFUSÃO MIOCÁRDICA - SPECT
76
04/11/2014
20
CINTILOGRAFIA DE PERFUSÃO MIOCÁRDICA –GATED SPECT
77
Volume diastólico final
Volume sistólico final
Fração de ejeção do VE
Reconstrução tridimensional do VE = motilidade do VE
Cortes em sístole e diástole = verespessamento daparede
MEDICINA NUCLEAR E IMAGEM MOLECULAR EM CARDIOLOGIA
Cintilografia de perfusão miocárdica - indicações
� Doença coronária obstrutiva
� radiação semelhante à TC de tórax
� Sensibilidade de 85% a 90%; mais de 90% se usar gated-SPECT
� Diante de um exame normal, a chance de eventos cardíacos, mesmo napresença da coronariopatia, é de menos de 1% ao ano
� Diagnóstico da dor torácica
� Avaliação da isquemia pós-intervenção -> medicamentosa ou angioplastia
� Grupos femininos, diabéticos e idosos
78
MEDICINA NUCLEAR E IMAGEM MOLECULAR EM CARDIOLOGIA
Tomografia por emissão de pósitrons (PETscan)
� FDG-F18 (flúor-desoxi-glicose marcada com flúor 18)
� Avaliação do metabolismo miocárdico de glicose
� PRINCÍPIO: miocárdio hibernado muda o padrão metabólico para consumopreferencial de glicose
� Padrão de referência para detecção de viabilidade miocárdica
� Quantificação do consumo miocárdico de glicose
� Alta sensibilidade (> 90%) se fármaco é administrado na vigência da dortorácica ou até 2,5 h após
79
MEDICINA NUCLEAR E IMAGEM MOLECULAR EM CARDIOLOGIA
Ventriculografia radioisotópica (Gated blood pool imaging)
� = cintilografia sincronizada das câmaras cardíacas
� Hemácias marcadas com tecnécio-99m para imagens do pool sanguíneoventricular
� PRINCÍPIO: imagens são proporcionais à quantidade de sangue nas cavidadescardíacas
� Imagens sincronizadas com ECG
� O ciclo cardíaco é dividido em 16 a 32 subsegmentos -> avaliação acurada daejeção dos ventrículos, motilidade global e regional das paredes -> enchimentoou esvaziamento ventricular
� Efetuado em repouso e sob stress
� Utilização do método volumétrico para cálculo da fração de ejeção ventricular-> gold standard no estudo da função ventricular 80
04/11/2014
21
VENTRICULOGRAFIA RADIOISOTÓPICA (GATED BLOOD POOL)
81
Fração de ejeção
MEDICINA NUCLEAR E IMAGEM MOLECULAR EM CARDIOLOGIA
Cintilografia cardíaca com gálio-67
� Citrato de gálio-67
� Estudo de processos inflamatórios em atividade ou processo infeccioso ativo
� Diagnóstico não-invasivo e controle das miocardites em geral, diagnóstico derejeição de transplantes
� Imagens são adquiridas 72h após injeção intravenosa do radiofármaco,incidência anterior do tórax
� Padrão normal: ausência de captação cardíaca
82
Cintilografia cardíaca com gálio-67
83
Padrão normal -> sem captação cardíaca
Cintilografia cardíaca com gálio-67
84
Padrão anormal -> inflamação cardíaca
04/11/2014
22
ANGIOGRAFIA
85
ANGIOGRAFIA CARDÍACA
� Permite a análise anatômica e funcional de estruturas vasculares e dascavidades e valvas cardíacas
� Requer anestesia local
� Acesso vascular é feito por dissecção cirúrgica ou punção vascular
� Catéter é introduzido e manipulado por fluoroscopia (raio-X)
� Injeção de contraste
� Obtenção de imagens em quadros separados e aquisição em alta velocidade(15 a 60 quadros por segundo)
� Reprodução da sequência de imagens com aspecto de movimento ->CINEANGIOGRAFIA
� Dinâmico -> análise detalhada da estrutura durante todas as fases do ciclocardíaco
86
ANGIOGRAFIA CARDÍACA
87
� Acesso: vasos braquiais (dissecção cirúrgica) ou femorais (punção vascular)
ANGIOGRAFIA CARDÍACA
� Contrastes:
� Iônico hiperosmolar -> efeito anticoagulante
� Iônico não-hiperosmolar -> efeito anticoagulante
� Não iônico -> associado a menor incidência de complicações alérgicas etem menor efeito depressor da contratilidade miocárdica; propriedadestrombóticas in vitro, menor efeito nefrotóxico
88
04/11/2014
23
� Indicação: verificar estruturas cuja análise por métodos não-invasivos não foielucidativa
� tipos de estudos realizados: cineangiocoronariografia, ventriculografia eaortografia
89
ANGIOGRAFIA CARDÍACA
� Realizada através de injeções seletivas de contraste radiológico nas artériascoronárias
� Diversas projeções com angulações diferentes -> delimitação da anatomia
� Análise de: fluxo coronário, presença e extensão de estenoses, estudo dacirculação colateral
� Além disso: analisada a presença, localização e intensidade de circulaçãocolateral em pacientes com obstrução coronária
90
CINEANGIOCORONARIOGRAFIA
91
CINEANGIOCORONARIOGRAFIA
92
CINEANGIOCORONARIOGRAFIA
04/11/2014
24
93
CINEANGIOCORONARIOGRAFIA
� Realizada rotineiramente durante o cateterismo cardíaco diagnóstico
� Injeção rápida de contraste no interior da cavidade ventricular
� análise das dimensões e função contrátil do ventrículo esquerdo
� Outras aplicações: morfologia e competência do aparelho valvar mitral,cardiomiopatia hipertrófica, defeito de septo, trombo intracavitário, cálculo dafração de ejeção ventricular, classificação do grau de regurgitação atrial
� Técnica pode ser feita em várias projeções: permite analisar as diversasparedes do ventrículo
� Identificação de isquemias, regurgutação para o átrio, insuficiência cardíaca.
94
VENTRICULOGRAFIA
95
VENTRICULOGRAFIA
Calculo da fração de ejeção
� Avalia a competência da valva aorta
� Verifica a presença de estenoses, dilatações, dissecções, malformaçõescongênitas e comunicações anormais entre a aorta e outras estruturas
� 1 ou mais injeções de contraste podem ser realizadas
96
AORTOGRAFIA
04/11/2014
25
97
AORTOGRAFIA
Injeção de contraste na aorta ascendente mostra refluxo paraVE
ANGIOPLASTIA
98
� Procedimento terapêutico -> revascularização miocárdica
� Indicada para pacientes com doença ateroscleróticacoronariana -> índice de sucesso superior a 90%
� Procedimento:
� Cateterização da coronária com catéter de grande luzinterna
� Passagem de corda guia delicada pela região deestenose
� Catéter balão é direcionado até a obstrução, onde éinsuflado contra a placa ateromatosa
� Injeção de contraste na coronária é útil para verificar oresultado da dilatação efetuada
� Novas insuflações podem ser feitas até se atingirresultado satisfatório
� Pode ser efetuada também a ablação do tecido 99
ANGIOPLASTIA
100
ANGIOPLASTIA
04/11/2014
26
101
ANGIOPLASTIA
� Evitar recidiva -> colocação de stents coronários
� pequeno e trançado tubo de aço inoxidável316L
� ligas metálicas como a de Cobalto-Cromo CoCrL605 têm sido testadas
� A liga L605 permite que se faça stents comdimensões menores a com melhorespropriedades físico-quimicas
102
ANGIOPLASTIA
ECOCARDIOGRAFIA
ULTRASONOGRAFIA
O que é?
� Técnica de geração de imagens que usa ondas sonoras de alta frequência.
� Ultra-som: vibrações mecânicas que induzem rarefações e compressões alternadas nos meios em que atravessam.
� Aplicação médica: avaliação da anatomia e função utilizando frequênciaentre 1 e 20 MHz (Hz - ciclos por segundo).
104
04/11/2014
27
ULTRASONOGRAFIA
O que se pode avaliar?
� Tamanho: medidas de dimensões lineares ou volume.
� Forma: modificações morfológicas e identificação de trombos e tumores.
� Função: modificações hemodinâmicas, estenose da mitral, arterosclerose.
105
ULTRASONOGRAFIA
Vantagens
� Segurança: não usa radiação ionizante, não-invasivo, não traumático.
� Baixo custo.
� As imagens seccionais podem ser obtidas em qualquer orientação espacial.
� Não apresenta efeitos nocivos significativos dentro do uso diagnóstico.
� Possibilita o estudo não-invasivo da hemodinâmica corporal através do efeito Doppler.
� A aquisição de imagens é realizada praticamente em tempo real, permitindo o estudo do movimento de estruturas corporais.
106
ULTRASONOGRAFIA - TRANSDUTORES
� Transdutor: objetos que emitem e recebem as ondas de utra-som.
� Parte principal: cristal pizoelétrico (quartzo, cristais cerâmicos sintéticos).
� Efeito piezoelétrico: variação das dimensões físicas quando sujeito a campos elétricos.
� Convertem energia elétrica em energia mecânica, e vice-versa.
� Emissão do ultra-som: campo elétrico de corrente alternada -> vibraçãono cristal -> ultra-som
� Detecção do ultra-som: ultra-som -> vibração no cristal -> sinal elétrico -> amplificação do sinal -> imagem.
107
ULTRASONOGRAFIA - TRANSDUTORES
108
04/11/2014
28
ECOCARDIOGRAFIA
109
ECOCARDIOGRAFIA - PRINCÍPIO
Feixe de USG direcionado ao coração
propagação em linha reta
encontro de dois meios com impedâncias acústicas diferentes
parte do sinal é refletida parte do sinal é refratada
volta ao transdutor continua o trajeto
110
ECOCARDIOGRAFIA
Avaliação e diagnóstico
� Cardiopatias e valvopatias.
� Tamanho das câmaras cardíacas.
� Massa e função ventricular.
� Avaliação hemodinâmica.
Inovações técnicas
� Introdução de imagem tridimensional, Doppler e contraste com microbolhas:
� Melhor qualidade da imagem.
� Avaliação de sincronia cardíaca, perfusão miocárdica e função diastólica.
111
ECOCARDIÓGRAFOS
112
04/11/2014
29
FORMAS DE APRESENTAÇÃO
� Ecocardiografia Modo M -> unidimensional
� Ecocardiografia Modo B -> bidimensional
� Ecocardiografia com Doppler
113
ECO MODO B
Modo B: bidimensional
� Sinais de múltiplos feixes de USG são combinados -> formação de imagemtomográfica.
� Coração é reconstruído em 2 dimensões.
� Transdutor pode ser posicionado em múltiplas janelas (para-esternal, apical e subcostal) -> obtenção de cortes diferentes de acordo com a orientação.
� Amplamente utilizado: visão global das estruturas cardíacas, motilidade das paredes, presença de massas, etc.
114
ECO COM DOPPLER
Princípio Doppler
� Quando o sinal de USG é refletido por um objeto em movimento, ocorremudança de frequência de sinal.
� Fonte que se aproxima: diminuição no comprimento de onda, aumenta a frequencia.
� Fonte que se distancia:
aumenta o λ, diminui a f.
115
ECO COM DOPPLER
Doppler vascular
116
Vermelho = nadireção do transdutor
Azul = na direçãooposta ao transdutor
04/11/2014
30
ECO COM DOPPLER
Doppler pulsátil
� Análise de ondas pulsáteis.
� Obtenção de velocidades em locais específicos das valvas cardíacas e vasossanguíneos.
� Mostrado na tela do aparelho de ecocardiografia em forma espectral:
� Fluxo acima da linha de base -> fluxo que se aproxima do transdutor.
� Fluxo abaixo da linha de base -> fluxo que se afasta do transdutor.
117
ECO COM DOPPLER
118
ECO COM DOPPLER
119
• Frequência de repetição de pulso (FRP): transmitir, esperar, receber
• Tempo que o USG leva para ir e vir determina a velocidade máxima.
ECO COM DOPPLER
120
• Detecta todas as velocidades que se movem ao longo do feixe de USG.
• Emissão e recepção contínua e ininterrupta de pulsos por 2 cristais diferentes.
04/11/2014
31
ECO COM DOPPLER
Mapeamento do fluxo a cores
� Baseado nos princípios do Doppler pulsátil.
� Ecos de refletores em movimento são mostrados como pontos brilhantescoloridos na escala de cinza.
� Escala de cores: vermelho é o fluxo em direção ao transdutor, azul é o fluxo emdireção oposta ao transdutor.
� Quanto mais veloz, mais intensa é a cor.
121
ECO COM DOPPLER
122
• Ao longo de cada linha de varredura, um único pulso de USG é transmitido evários sinais dispersos são recebidos.
ECO COM DOPPLER
123
IMAGENS ECOCARDIOGRÁFICAS
� Obtidas pela colocação do transdutor nas “janelas acústicas” -> espaços quepermitem a visualização do coração sem a interposição do pulmão:
� Paraesternal, apical, subcostal e supraparaesternal.
� Múltiplas incidências podem ser obtidas com diferente angulação e rotação do transdutor.
� Avalia-se uma mesma estrutura em diferentes incidências -> evita erros de interpretação em imagens tomográficas.
124
04/11/2014
32
IMAGENS ECOCARDIOGRÁFICAS
Planos de corte
125
MEDIDAS ECOCARDIOGRÁFICAS
FRAÇÃO DE EJEÇÃO
� Mede a função sistólica do VE.
� Calculado a partir de medidas da expessura do septo intraventricular e paredeposterior e do diâmetro diastólico esquerdo.
� Pode ser estimada pelo método do cubo, assumindo forma, volume e motilidades normais.
FE = Volume diastólico final – Volume sistólico final
Volume diastólico final
� Diagnóstico: motilidade normal, hipocinesia (movimentos diminuídos), acinesia(falta de movimento), discinesia (movimentos anormais).
126
MEDIDAS ECOCARDIOGRÁFICAS
Método de Simpson
� Indicado para casos em que há alterações na motilidade ou alteração nageometria ventricular.
� Volumes ventriculares são medidos a partir de imagens de planos apicaisortogonais -> ventrículo esquerdo é dividido em vários cilindros de alturassemelhantes, sendo o volume total o somatório dos volumes de cada cilindro.
127
TÉCNICAS ECOCARDIOGRÁFICAS
128
04/11/2014
33
TÉCNICAS ECOCARDIOGRÁFICAS
Ecocardiografia transesofágica
� Transdutor está montado em ponta de endoscópio posicionado no esôfago do paciente.
� Transdutores de alta frequência.
� Proximidade cardíaca -> maior detalhamento.
� Avaliação da aorta torácica, valvas atrioventriculares, cavidades atriais, prótesesvalvares, suspeita de endocardites bacterianas.
� Permite avaliação imediata transcirúrgica.
129
TÉCNICAS ECOCARDIOGRÁFICAS
Ecocardiografia transesofágica
130
131
TÉCNICAS ECOCARDIOGRÁFICAS
Ecocardiografia de contraste
� Injeção periférica de contraste ecocardiográfico -> opacificação das câmarascardíacas.
� Contraste = microbolhas de ar ou gás específico recobertas por substância queconfere sua estabilidade na circulação sanguínea (envoltório proteico oulipídico).
� Indução de múltiplas interfaces gás-líquido -> melhora da reflexão -> melhoraqualidade da imagem.
� Análise da contração ventricular, perfusão miocárdica.
132
TÉCNICAS ECOCARDIOGRÁFICAS
04/11/2014
34
TÉCNICAS ECOCARDIOGRÁFICAS
133
Ultrassom Intravascular
� Ainda sob investigação.
� Análise das paredes e lesões das coronárias, lesões valvares, complicações da doença arterial crônica, hipertrofia ventricular, tamanho das câmaras cardíacas.
� Pode ser feita durante angioplastia.
134
TÉCNICAS ECOCARDIOGRÁFICAS
TÉCNICAS ECOCARDIOGRÁFICAS
135
Cardiomiopatia dilatada
� Disfunção sistólica global: dilatação das cavidades cardíacas, porém com espessura de parede normal.
� ECO: quantificação do grau de comprometimento da função sistólica e alteração da motilidade (indicativo de doença arterial coronária).
� Insuficiência mitral é comum.
136
APLICAÇÕES CLÍNICAS - CARDIOMIOPATIAS
04/11/2014
35
Cardiomiopatia dilatada
137
ECO – APLICAÇÕES CLÍNICAS
Cardiomiopatia dilatada
138
BIBLIOGRAFIA
139
�Martins AM et al, Clínica médica, volume 2, HC FMUSP, 2008
�Lage SG e Ramires JAF. Cardiologia no internato – bases teórico-práticas,
Atheneu, 2001
�Okuno E, Caldas IL, Chow C. Física para ciências biológicas e biomédicas.
Harbra, 1982