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Prof André – Geografia. Turma:_____________________ Nome:_______________________________________________________________________________________ Terra Santa: O Conflito Árabe-Israelense A chamada Terra Santa, a Terra da Promissão da Bíblia, é geograficamente bem pequena. Mais ou menos uns 30 mil km2, estendendo-se verticalmente do sul do Monte Líbano até o Deserto de Neguev e horizontalmente das costas do Mar Mediterrâneo até às margens do Rio Jordão, que depois de alimentar o Lago da Galiléia, deságua no Mar Morto. Apesar de ser apontada pelos antigos profetas como a terra do maná, onde o alimento por assim dizer caía do céu, a escassez sempre foi comum. As poucas áreas agrícolas existentes, devido a raridade das chuvas, permitiam uma modesta colheita de grãos que nunca se caracterizaram pela abundância ou pela prodigalidade. As áreas pedregosas, por sua vez, bem mais elevadas, foram usadas ao longo da história para a criação de cabritos e ovelhas. Se a região, sob o ponto de vista econômico, material, foi sempre modestíssima, não tendo minas de ouro ou de mármore, nem sequer poços de petróleo, permanentemente assolada pela pobreza, o mesmo não se aplica ao que ela representou na imaginação religiosa e sobrenatural dos homens. Não há, nem nunca houve, em mais de 5 mil anos de história, um território tão disputado e tão conflagrado como a área da Palestina e do antigo Reino de Israel. Por séculos afora os deuses e os profetas das mais variadas origens e procedências, lutaram entre si, em impressionantes e sangrentas batalhas teológicas, pela conquista dos corações e das mentes dos homens, fazendo daquelas terras abrigo de maravilhas mas também de fanatismos e intermináveis discórdias entre os povos semitas, os descendentes de Abraão ( que, presume- se, teria chegado à região circa de 1.850 a .C.) Sagrada para os três Para os judeus, provavelmente os seus mais antigos habitantes, ela é a Eretz Israel, a terra dada por Jeová ao Povo Eleito, tendo Jerusalém, cujo terreno original foi tomado dos filisteus pelo rei Davi, como sua eterna capital (circa do ano 1.000 a.C.). Ela é a Jerusa lém, beleza e sofrim ento ( Tela de Willia m Blake) Torre de Davi em Jerusa lém

Israelense x Arabes

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Prof André – Geografia.

Turma:_____________________

Nome:_______________________________________________________________________________________

Terra Santa:O Conflito Árabe-Israelense

A chamada Terra Santa, a Terra da Promissão da Bíblia, é geograficamente bem pequena. Mais ou menos uns 30 mil km2, estendendo-se verticalmente do sul do Monte Líbano até o Deserto de Neguev e horizontalmente das costas do Mar Mediterrâneo até às margens do Rio Jordão, que depois de alimentar o Lago da Galiléia, deságua no Mar Morto. Apesar de ser apontada pelos antigos profetas como a terra do maná, onde o alimento por assim dizer caía do céu, a escassez sempre foi comum. As poucas áreas agrícolas existentes, devido a raridade das chuvas, permitiam uma modesta colheita de grãos que nunca se caracterizaram pela abundância ou pela prodigalidade. As áreas pedregosas, por sua vez, bem mais elevadas, foram usadas ao longo da história para a criação de cabritos e ovelhas.

Se a região, sob o ponto de vista econômico, material, foi sempre modestíssima, não tendo minas de ouro ou de mármore, nem sequer poços de petróleo, permanentemente assolada pela pobreza, o mesmo não se aplica ao que ela representou na imaginação religiosa e sobrenatural dos homens. Não há, nem nunca houve, em mais de 5 mil anos de história, um território tão disputado e tão conflagrado como a área da Palestina e do antigo Reino de Israel. Por séculos afora os deuses e os profetas das mais variadas origens e procedências, lutaram entre si, em impressionantes e sangrentas batalhas teológicas, pela conquista dos corações e das mentes dos homens, fazendo daquelas terras abrigo de maravilhas mas também de fanatismos e intermináveis discórdias entre os povos semitas, os descendentes de Abraão ( que, presume-se, teria chegado à região circa de 1.850 a .C.)

Sagrada para os três

Para os judeus, provavelmente os seus mais antigos habitantes, ela é a Eretz Israel, a terra dada por Jeová ao Povo Eleito, tendo Jerusalém, cujo terreno original foi tomado dos filisteus pelo rei Davi, como sua eterna capital (circa do ano 1.000 a.C.). Ela é a Terra da Promissão, o local que Deus apontou a Moisés como o lar definitivo dos judeus logo que eles conseguiram escapar do Egito, onde eram mantidos como escravos pelo faraó. Esta relação dos judeus com sua terra assumiu com os tempos um aspecto místico que fazia com que embora eles fossem desterrados varias vezes por inimigos poderosos ( babilônios ou romanos) sempre que estavam na Diáspora encontraram uma maneira de voltar ao seu solo sagrado, local onde o rei Salomão construiu o Primeiro Templo, símbolo integrador das 12 tribos de Israel( circa de 950 a.C.)

Para os cristãos, a Terra Santa é duplamente sagrada. Jesus Cristo, o messias, aquele que além de anunciar a chegada do Reino dos Céus sacrificou-se pelo bem da humanidade inteira, nasceu e morreu nela. O filho de Deus veio ao mundo em Belém, cresceu em Nazaré, pregou na Galiléia e foi crucificado em Jerusalém ( cerca do ano 33). Local de onde logo ressuscitou para vir animar seus discípulos a que seguissem na difusão do Evangelho. Apegados ao Novo Testamento, escrito por quatro apóstolos ( a partir da segunda metade do século I), todas as referências que os cristãos neles encontram sobre a vida de Jesus fazem referência à Terra Santa, de onde Cristo jamais saiu, sendo que todos os seus passos, três séculos depois da sua morte, foram reconstituídos por Helena ( circa de 327-8), a mãe do imperador Constantino que se convertera a nova fé no ano de 313. Enquanto em Belém encontra-se a Igreja da Natividade, em Jerusalém acha-se o Santo Sepulcro, o local em que Jesus Cristo foi descido da cruz e onde em seguida abrigaram o seu corpo numa

pequena caverna.

Por último, ela é também o Nobre Lugar dos muçulmanos, visto que foi do alto do Haram as-Sharif, o Domo da Rocha - situado na parte elevada de Jerusalém, que depois chamou-se de a Esplanada da Mesquita -, que o profeta Maomé, em espirito, foi encontrar-se com Alá nos céus, no episódio conhecido como a Jornada Noturna do

Jerusalém, beleza e sofrimento ( Tela de William Blake)

Torre de Davi em Jerusalém

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Profeta. Exatamente naquele espaço santo, inundado de fé, é que o califa Omar, a partir de 638, logo que ele ocupou pacificamente Jerusalém ( chamada de Al-Quds pelos maometanos), então em mãos do Patriarca Sofrônio, determinou a construção da estupenda Masjid Al-Aqsa, terminada em 705, para que o esplendoroso templo se tornasse um centro de celebrações islâmicas. Com a bela mesquita, Jerusalém serviu como um alternativa aos fiéis islâmicos que não podiam cumprir com a Hégira, a peregrinação à Meca, berço da religião maometana, fazendo com que a sua magnífica cúpula dourada, que brilha como um sol, servisse de guia e de farol para todos os que quisessem chegar à Jerusalém.

Glória a Ele/ Que atenta para o seu servo à noite desde a Santa Mesquita/ da Primeira Mesquita/ O recinto no qual nos somos abençoados e no qual nós podemos mostrar a Ele alguns dos nossos sinais/ Certamente Ele é o que Tudo-ouve o que Tudo-vê. Sura al-Isra'Corão: 17:1

Conquistada e ocupada

A conseqüência disso, das três grandes religiões, o judaísmo, o cristianismo e o islamismo, fazerem daquele solo algo sagrado aos olhos dos seus seguidores espalhados pelo mundo inteiro, inevitavelmente faz com que qualquer conturbação ou conflito aberto que abale aquela região, eivada de símbolos e de sítios sagrados, torne-se de imediato de interesse universal. Além disso, pela Palestina ser geograficamente uma ponte que liga a África ao Oriente Médio, ela foi ocupada e conquistada por quase todos os reis e generais da antigüidade (Ramsés III, Sargão II, Nabucodonossor, Ciro o grande, Alexandre Magno, Pompeu, Tancredo e Balduíno, Solimão o magnífico, e até Napoleão Bonaparte). Jerusalém, por exemplo, foi tomada 17 vezes ao longo da sua história.

Domínios sobre a Palestina

Historicamente ocupada por cananeus, hebreus, filisteus, assírios, babilônios, egípcios, macedônicos, gregos, romanos, bizantinos, turcos seldjúcidas, cavaleiros cruzados, mongóis, mamelucos, árabes muçulmanos, a Palestina em tempos mais recentes caíra no controle do Império Turco Otomano a partir de 1516, quando ficou sob administração da Sublime Porta até o ano de 1918. Ocasião em que, ao final da Primeira Guerra Mundial, os exércitos turcos foram obrigados a recuar frente a ofensiva anglo-francesa, amparada pela revolta das tribos árabes. Toda aquela parte do Oriente Médio, caiu então sob controle dos novos vitoriosos. Os Tratados de Paris de 1919, reafirmados pelo Tratado de Sèvres, de 1920, referendaram a partilha entre o

Império Inglês e o Império Francês, que dividiram as antigas possessões turcas entre si. Durante os trinta anos seguintes, ignorando os desejos e autodeterminação dos povos árabes, eles governaram a região a titulo de Protetorado, um eufemismo pseudopaternalista criado pelos diplomatas europeus depois de 1918 para tentar disfarçar a ocupação colonialista do Oriente Médio. Enquanto isso ocorria, judeus e árabes sonhavam com a possibilidade de virem a constituir no tempo mais breve possível os seus estados-nacionais independentes. Quando o final da Segunda Guerra Mundial chegou, em 1945, nem a França nem a Inglaterra tinham mais forças e recursos para continuar o seu domínio colonial, sendo pressionadas a se retirarem da região.

Dupla frustração

Durante mais de vinte anos os árabes viram-se frustrados no desejo de conseguirem a emancipação política do chamado Retângulo Árabe ( a região que abarca a Península Arábica até o Mediterrâneo). Em 1915, por meio da correspondência Hussein-McMahon ( carta datada de 24/10/195), eles haviam obtido garantias do alto comissário inglês do Egito , assegurando que a Grã-Bretanha estava disposta " a reconhecer e apoiar a independência dos Árabes em todas as regiões dentro dos limites requeridos pelo chefe da dinastia Hachemita, o Xerife Hussein ( Arábia, Mesopotâmia e Síria, que abarcava o Líbano), em troca do apoio que as tribos árabes, lideradas pelo Emir Feisal, estavam dispostas a dar na guerra contra o Império Turco. A mesma garantia os ingleses deram à comunidade judaica por meio da Declaração Balfour, de 9 de novembro de 1917, que disse ver com toda a simpatia a instalação de um Lar Nacional Judeu na Palestina. Porém, ao mesmo tempo em que davam essas garantias à árabes e aos judeus, ingleses e franceses tramavam outra coisa: em 1916, às escondidas do mundo, e em total desacordo com as promessas feitas, dois diplomatas, representando os dois impérios, assinaram um acordo: o Acordo Sykes-Picot que dividia a Turquia asiática entre eles. A Grã-Bretanha reclamava o controle da Palestina e da Mesopotâmia ( depois Iraque), enquanto que a França ficava com o Líbano e a Síria. Como não poderia deixar de ser, uma série de amotinamentos começaram a conflagrar todo o Oriente Médio, quando ocorreram violentas rebeliões árabes contra o domínio anglo-francês. Por verem a crescente presença dos judeus na Palestina como uma manobra para

Muçulmanas rezando na Mesquita da Rocha

Pompeu tomou Jerusalém no ano 63 a. C.

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enfraquecer a resistência árabe, estes motins também eram dirigidos contra as fazendas e pequenos negócios que os judeus mantinham na Terra Santa.

O Lar Nacional dos Judeus

A conseqüência disso, das três grandes religiões, o judaísmo, o cristianismo e o islamismo, fazerem daquele solo algo sagrado aos olhos dos seus seguidores espalhados pelo mundo inteiro, inevitavelmente faz com que qualquer conturbação ou conflito aberto que abale aquela região, eivada de símbolos e de sítios sagrados, torne-se de imediato de interesse universal. Além disso, pela Palestina ser geograficamente uma ponte que liga a África ao Oriente Médio, ela foi ocupada e conquistada por quase todos os reis e generais da antigüidade ( Ramsés III, Sargão II, Nabucodonossor, Ciro o grande, Alexandre Magno, Pompeu, Tancredo e Balduíno, Solimão o magnífico, e até Napoleão Bonaparte). Jerusalém, por exemplo, foi tomada 17 vezes ao longo da sua história. Domínios sobre a Palestina Historicamente ocupada por cananeus, hebreus, filisteus, assírios, babilônios, egípcios, macedônicos, gregos, romanos, bizantinos, turcos seldjúcidas, cavaleiros cruzados, mongóis, mamelucos, árabes muçulmanos, a Palestina em tempos mais recentes caíra no controle do Império Turco Otomano a partir de 1516, quando ficou sob administração da Sublime Porta até o ano de 1918. Ocasião em que, ao final da Primeira Guerra Mundial, os exércitos turcos foram obrigados a recuar frente a ofensiva anglo-francesa, amparada pela revolta das tribos árabes. Toda aquela parte do Oriente Médio, caiu então sob controle dos novos vitoriosos. Os Tratados de Paris de 1919, reafirmados pelo Tratado de Sèvres, de 1920, referendaram a partilha entre o Império Inglês e o Império Francês, que dividiram as antigas possessões turcas entre si. Durante os trinta anos seguintes, ignorando os desejos e autodeterminação dos povos árabes, eles governaram a região a titulo de Protetorado, um eufemismo pseudopaternalista criado pelos diplomatas europeus depois de 1918 para tentar disfarçar a ocupação colonialista do Oriente Médio. Enquanto isso ocorria, judeus e árabes sonhavam com a possibilidade de virem a constituir no tempo mais breve possível os seus estados-nacionais independentes. Quando o final da

Segunda Guerra Mundial chegou, em 1945, nem a França nem a Inglaterra tinham mais forças e recursos para continuar o seu domínio colonial, sendo pressionadas a se retirarem da região. Pompeu tomou Jerusalém no ano 63 a. C. e Tito a destruiu no ano de 70 Dupla frustração Durante mais de vinte anos os árabes viram-se frustrados no desejo de conseguirem a emancipação política do chamado Retângulo Árabe ( a região que abarca a Península Arábica até o Mediterrâneo). Em 1915, por meio da correspondência Hussein-McMahon ( carta datada de 24/10/195), eles haviam obtido garantias do alto comissário inglês do Egito , assegurando que a Grã-Bretanha estava disposta " a reconhecer e apoiar a independência dos Árabes em todas as regiões dentro dos limites requeridos pelo chefe da dinastia Hachemita, o Xerife Hussein ( Arábia, Mesopotâmia e Síria, que abarcava o Líbano), em troca do apoio que as tribos árabes, lideradas pelo Emir Feisal, estavam dispostas a dar na guerra contra o Império Turco. A mesma garantia os ingleses deram à comunidade judaica por meio da Declaração Balfour, de 9 de novembro de 1917, que disse ver com toda a simpatia a instalação de um Lar Nacional Judeu na Palestina. Porém, ao mesmo tempo em que davam essas garantias à árabes e aos judeus, ingleses e franceses tramavam outra coisa: em 1916, às escondidas do mundo, e em total desacordo com as promessas feitas, dois diplomatas, representando os dois impérios, assinaram um acordo: o Acordo Sykes-Picot que dividia a Turquia asiática entre eles. A Grã-Bretanha reclamava o controle da Palestina e da Mesopotâmia ( depois Iraque), enquanto que a França ficava com o Líbano e a Síria. Como não poderia deixar de ser, uma série de amotinamentos começaram a conflagrar todo o Oriente Médio, quando ocorreram violentas rebeliões árabes contra o domínio anglo-francês. Por verem a crescente presença dos judeus na Palestina como uma manobra para enfraquecer a resistência árabe, estes motins também eram dirigidos contra as fazendas e pequenos negócios que os judeus mantinham na Terra Santa. Ingleses ocupam Palestina O Lar Nacional dos Judeus Desde o século XIX, a comunidade judaica européia procurava uma solução para escapar do crescente anti-semitismo que se espalhava pelo Velho Mundo. A ascensão do movimento nacionalista na Rússia, na Alemanha, na Áustria e na França, deu para apontar os judeus como potenciais traidores da causa pátria. Desde 1882, resultado dos pogroms russos na época de Alexandre III, os judeus haviam formado a Chovevei Zion ( os amantes de Sion), uma organização que promovia o retorno de famílias judaicas para a Palestina ( então controlada pelos turcos). Num primeiro momento eles contaram com o apoio do Barão de Rothshild, uma das grandes fortunas das finanças daquela época, que concordou em comprar terras na região ( $ 6 milhões de libras entre 1884-1900) para restaurar o Yishuv, o antigo assentamento dos judeus na Terra Santa. O movimento de retorno porém, adquiriu mais peso a partir do Caso Dreyfuss ( ocasião que na França um oficial judeu foi injustamente acusado de traição) que provocou uma enorme onda de anti-semitismo na França. A isso somou-se o crescente mal-estar da comunidade judaica no lado leste da Europa, seguidamente ameaçados pelos pogroms e por perseguições racistas desencadeadas pelos grupos e partidos anti-semitas que não aceitavam a integração nos direitos gerais de cidadania, movimento que vinha des de a Revolução Francesa de 1789. Para responder a esta nova situação, Theodor Herzen, um jornalista, no ano de 1897, organizou o Primeiro Congresso Sionista na Basiléia. Anteriormente, em 1896, ele publicara o seu livro Der Judenstaat,( O Estado Judeu), lançando os fundamentos do futuro estado judeu na Palestina. A questão judaica tornar-se um questão nacional, cujo encaminhamento caberia aos próprios judeus. O fato de um numero considerável de delegados judeus terem-se

Ingleses ocupam Palestina

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reunido numa cidade suíça incendiou a imaginação dos anti-semitas. Um general do serviço secreto russo fez difundir um pequeno livro apócrifo intitulado " os Protocolos dos Sábios do Sião", para denunciar a existência de um conspiração judaica para dominar o mundo. Desde então o Movimento Sionista assumiu o controle das chamadas aliyahs, isto é, o translado de judeus para a instalação no futuro Lar Nacional na Palestina.

A Fundação do Estado de Israel

Não se entende a fundação do estados de Israel, decisão adotada pela ONU em 1947, com o apoio dos Estados Unidos e da URSS, representados respectivamente por Hershel V. Johnson e Andrei Gromyko, sem a ocorrência da grande tragédia do século que foi o Holocausto da população judaica européia nas mãos dos nazistas. Durante os anos de 1941 até 1945, aproximadamente 6 milhões de judeus pereceram nos campos de extermínio erguidos pelos seguidores de Hitler. Este genocídio em massa abriu as portas para que o Ocidente, em aliança com a União Soviética, chocados com a extensão do horror gerado pelo anti-semitismo, entendesse ter chegado a hora de permitir aos judeus sobreviventes do massacre a instalação de um estado seu na Palestina ( ainda protetorado britânico), e ao mesmo tempo enfraquecer os britânicos e as monarquias árabes aliadas deles na região. Pensavam assim também dar um fim nas tumultuadas e injustas relações que os cristãos mantinham com os judeus desde séculos e compensar e reparar o êxodo do povo judeu, determinado pelo general romano Tito no ano 70, quando o Segundo Templo foi definitivamente destruído. Por determinação da Resolução 181 tomada pela Assembléia Geral da ONU, na sessão do dia 29 de novembro de 1947, por 33 votos contra 13, a Palestina seria partilhada entre judeus e árabes palestinos que formariam, a partir de agosto de 1948, uma federação procurando formar um denominador econômico em comum. Além disso, ambos os estados se comprometeriam ao cumprimento das seguintes cláusulas: 1) respeitar a integridade dos lugares santos, dos edifícios e dos sítios religiosos, sem lhes causar nenhum tipo de dano; 2) direito à liberdade de consciência e de culto, respeitando o direito das minorias; 3) acatar que todos os residentes na Palestina têm direito à cidadania e são cidadãos dos respectivos estados onde moram: 4 ) e que qualquer desavença entre eles será dirimida pela Assembléia Geral da ONU.

A partilha original:

Estado Judeu

Área: 8.850 km2 (55%) População: 587 mil judeus e 397 mil árabes

Estado Árabe Área: 7.240 km2(45%) 804 mil árabes e 10 mil judeus

Ben-Gurion anuncia a fundação do estado de Israel (14 de maio de 1948)

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Partilha da Palestina ( mapa de 1947), áreas verdes para israelenses, áreas rubras para os árabes

A catástrofe palestina

A Resolução 181, que de fato retomou com algumas alterações o plano britânico da partilha da Palestina de 1937, foi imediatamente rejeitada por todo o mundo árabe. Os palestinos entenderam a fundação de um Estado Judeu como o prolongamento da ocupação colonialista por outros meios. Saíram os britânicos e chegaram em massa os judeus da Diáspora, apoiados pelos americanos e pelos soviéticos. O resultado disso é que eles perderam suas terras, tendo que se dispersarem pelas regiões vizinhas, ou sendo confinados em territórios ou em 59 acampamentos muito exíguos, na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Se os judeus tiveram que sobreviver no seu passado recente o terrível experimento do Holocausto, os palestinos passaram a chamar o surgimento do Estado de Israel - defendido pelo " muro de aço" preconizado por Vladimir Jabotinsky, um estado forte e dotado de ímpeto colonizador - de Nakba, a Catástrofe. Situação trágica que somente piorou pois a cada guerra que os árabes perderam ao longo desse meio século, mais extenso e mais forte fica o Estado de Israel, que hoje ocupa 20.770 km 2. Situação que somente se agrava devido a política de implantação dos assentamentos judaicos nas áreas palestinas, intensificada depois do Congresso Sionista de 1968, foco de insatisfação permanente e de intermináveis altercações ( são 200 mil colonos na Cisjordânia e 6 mil em Gaza), protegidos permanentemente pelo exército ( o Tzahal é o mais poderoso e eficiente exército do Oriente Médio e o único invicto).

Para manifestar sua desconformidade com a ocupação militar, os palestinos, desde a fundação da OLP ( Organização para a Libertação da Palestina, chamada Al-Fatah), em 1965, aderiram à praticas terroristas e à espetaculares atentados cometidos pelos sahyds, os mártires, militantes suicidas que voluntariamente se oferecem para explodirem-se em lugares públicos, vitimando civis de maneira indiscriminada. Desta forma, a solução encontrada pela ONU para resolver a Questão Judaica, por vias tortas, engendrou a Questão Palestina, o que levou os dois povos a viverem num permanente clima de guerra civil que está muito longe de encontrar a paz. Confrontam-se na Terra Santa, não só os seguidores de Jeová contra os de Alá, mas também dois nacionalismos: o árabe e o sionista.

Palestinos refugiados

População Local

Registro de refugiados:

% de refugiados:

Número de campos:

Tanques nas ruas palestinas

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Líbano: Síria: Jordânia: Gaza: Cisjordânia:Total:

3.400,00014.618,3934.139,458963,0001.571,575

352,668347,3911,358,706716,930532,4383.308.133

10.42.432.874.433.9

121010819

As guerras Árabe-israelenses e os levantes palestinos

Ano: Descrição: Denominação:

1948 Israel contra as monarquias árabes e a republica da Síria. A vitória resultou no alargamento do território original de Israel.

Guerra de Independência de Israel

1956 Israel junta-se às forças colonialistas da França e da Grã-Bretanha para uma rápida campanha contra o Egito

Guerra do Suez

1967 Israel ataca de surpresa todos os seus vizinhos, chegando até o Canal de Suez. Ocupa o restante da Palestina, as colinas de Golan bem como Jerusalém oriental. Foi sua maior vitória militar até então, fazendo com que controlasse 75% do território.

Guerra dos Seis Dias

1973 Israel é atacado de surpresa por seus vizinhos mas rapidamente consegue contra-atacar e submeter parte do exército egípcio ao cerco.

Guerra do Yon Kipur

1982 Israel invade o Líbano para destruir as bases da guerrilha da OLP. Bombardeio de Beirute e formação da Zona de Segurança na fronteira israelense-libanesa, ocupação que se estendeu por vinte anos.

Invasão do Líbano

1987-1993

Levante popular palestino nos territórios ocupados por Israel desde 1967.

A Primeira Intifada

2000 Depois do incidente da Esplanada durante a visita do general Ariel Sharon, explode um levante em massa dos palestinos nos territórios ocupados, seguidos de atentados suicidas de integrantes do Hamas e Jihad Islâmica.

A Segunda Intifada (Al-Aqsa Intifada)

Retirada israelita de 2005

Em 2005, Israel evacuou de forma unilateral os assentamentos e os postos militares avançados da Faixa de Gaza e do

norte da Cisjordânia.

O plano de desocupação foi uma proposta apresentada pelo Primeiro-Ministro israelense, Ariel Sharon, adotada pelo

governo e aprovada em agosto de 2005, para remover a ocupação permanente de Israel da Faixa de Gaza e de quatro

assentamentos ao norte da Cisjordânia. Os civis foram evacuados (muitos de forma forçada) e os edifícios residenciais

foram demolidos após 15 de agosto, e a retirada da Faixa de Gaza foi concluída em 12 de setembro de 2005, quando

o último soldado israelita deixou a Faixa de Gaza. A retirada militar do norte da Cisjordânia foi concluída dez dias mais

tarde.

Conflito israelo-libanês de 2006

O conflito israelo-libanês de 2006 teve início em 12 de julho de 2006, com um ataque pelo Hezbollah contra Israel.

Três soldados israelenses foram mortos, e dois foram capturados e feitos prisioneiros no Líbano. Alegando como

intenção a busca e o salvamento dos soldados capturados, uma operação de mais cinco soldados da Força de Defesa

de Israel foram mortos. Isso marcou o início de uma nova onda de confrontos entre Israel e o Hezbollah, que viu a

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capital libanesa, o único aeroporto internacional libanês, e grande parte do sul do Líbano serem atacados

por Israel enquanto milícias libanesas, provavelmente do Hezbollah, bombardeavam o norte de Israel, atingindo até a

cidade israelense de Haifa, ao sul do país. Centenas de civis foram mortos, inclusive 90% das vítimas libanesas de

ataques aéreos israelenses. Cresceram as preocupações de que a situação ficasse ainda pior, com a possibilidade

de Síriaou Irã envolverem-se. Mas um cessar-fogo foi assinado, entrando em vigor em 14 de agosto de 2006.

O impasse

Nenhum dos dois lados, nem israelenses nem árabes, têm condições de vencer o conflito em condições definitivas. Em primeiro lugar porque Israel, particularmente depois da defecção do regime do xá do Irã em 1979, ocupa um importante lugar na estratégia norte-americana para o Oriente Médio. Região que, no seu subsolo, concentra mais de 60% da reservas de petróleo conhecidas e que está ameaçada por conturbações políticas e religiosas intermitentes, tornando o Estado Judeu o único aliado realmente estável e confiável em toda aquela área vital. Isto faz com que os EUA, com inimagináveis recursos atômicos, subsidiem Israel com auxílios econômicos e militares impressionantes (ao redor de US $ 3 bilhões anuais). Os adeptos de Yasser Arafat, por sua vez, apesar de mal conseguirem manter o governo da Autoridade Nacional Palestina, instituição criada a partir dos acordos de Oslo de 1993, potencialmente contam com o apoio de mais de cem milhões de muçulmanos seus vizinhos e com os recursos econômicos, ainda que contidos, dos principais produtores de petróleo da área. Tudo depende pois do arrefecimento do ódio desencadeado entre os dois povos nesses anos todos de enfrentamentos sangrentos que conspurcam a Terra Santa, e do reconhecimento de que a antiga Palestina deve abrigar dois estados, como determinou a ONU em 1947.

O povo judeu baseia suas reivindicações por Israel em diversos fatores:

1. A Terra de Israel foi prometida por Deus aos judeus. Esta é a antiga terra dos patriarcas e profetas bíblicos. Na Bíblia, inúmeras passagens citam Israel e Jerusalém como sagrados ao povo judeu e as principais orações judaicas falam sobre o retorno do povo à sua cidade sagrada. As orações judaicas são feitas em direção a Jerusalém. Durante as festas judaicas, as orações são encerradas recitando a frase "ano que vem em Jerusalém".

2. Desde que os judeus foram exilados pelos romanos, a Terra de Israel nunca foi estabelecida como um estado. A região foi colonizada por diversos impérios, mas nunca voltou a ser um estado soberano. Foram imigrantes judeus que desenvolveram a agricultura e construíram cidades para restabelecer um estado no seu lar histórico.

3. O estado de Israel foi criado pelas Nações Unidas em 1947. É um estado democrático, moderno e soberano.

4. Toda a Terra de Israel foi comprada pelos judeus ou conquistada por Israel em guerras de defesa, após o país ter sido atacado por seus vizinhos árabes.

5. Os árabes controlam 99.9% do território no Oriente Médio. Israel representa apenas um décimo de 1 % da região.

6. A história demonstrou que a segurança do povo judeu apenas pode ser garantida através da existência de um estado judeu forte e soberano.

O povo palestino baseia suas reivindicações em diversos fatores:

1. Os árabes muçulmanos viveram no local por muitos anos.

2. O povo palestino tem o direito à independência nacional e à soberania sobre a terra onde viveram.

3. Jerusalém é a terceira cidade sagrada na religião muçulmana, local de elevação do profeta Maomé aos Céus.

4. O Oriente Médio é dominado por árabes. Outras religiões ou nacionalidades não pertencem à região.

5. Todos os territórios árabes que foram colonizados tornaram-se estados completamente independentes, exceto a Palestina.

6. Os palestinos tornaram-se refugiados. Outros países árabes nunca os aceitaram completamente e eles vivem frequentemente em campos para refugiados tomados pela pobreza.

01. (UE-MT) Israel possui, atualmente, fronteiras com o Egito, ainda, com:                                 a) Jordânia, Líbano e Turquia.b) Jordânia, Líbano e Síria.c) Jordânia, Líbano e Iraque.

Milicianos do Al Fatah

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d) Jordânia, Iraque e Síria.e) Arábia Saudita, Líbano e Turquia.                                                                  02. (UnB) As discordâncias entre árabes e israelenses apresentam as seguintes características, EXCETO:                                 a) controle de rotas marítimasb) interesses industriaisc) interesses raciais e religiososd) interesses ideológicose) n.d.a.                                  03. Os países componentes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo encontram-se localizados nos seguintes conjuntos regionais:

a) Europa, Oriente Médio e América do Norteb) Extremo Oriente, América do Sul e CEIc) Oriente Médio, África e América do Suld) América do Sul, Extremo Oriente e Oriente Médioe) n.d.a.  04. (PUC) A política internacional brasileira de apoio à causa palestina deve-se, fundamentalmente, à: a) existência de um Estado com profunda origem anti-semita.b) presença de um país de um contingente árabe com grande participação na política nacional.c) diminuição do comércio exterior brasileiro com Israel.d) queda, no Irã, do regime pró-americano com conseqüente rompimento dos acordos internacionais pelo novo governo.e) dependência dos países às importações de petróleo dos países árabes. 

 05. (VUNESP) As noções de islamismo, pensamento ocidental e cultura indiana remetem para a categoria de: a) etniasb) raçasc) religiõesd) nacionalidadese) civilizações  06. (UNIP) Nesta última década do século XX, verifica-se o recrudescimento da ideologia do nacionalismo em todo o mundo, gerando a ocorrência de movimentos separatistas, que, não raramente, desembocam em sangrentos conflitos, a exemplo do que ocorreu entre o Iraque de Saddam Hussein e a etnia: a) armêniab) libanesac) sunitad) palestinae) curda.  07. (FAAP) Em Agosto de 1990, Saddam Hussein invoca razões históricas para invadir __________________ e anexá-lo(a) ao Iraque. a) A Arábia Sauditab) A Síriac) Israeld) O Kwaite) A Jordânia 

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 08. (OSEC) As guerras entre árabes e judeus, que se verificam no Oriente Médio, tiveram como causa principal: a) a guerra civil, no Líbano;b) o problema de uma população sem território - os refugiados palestinos - que surgiu com a criação do Estado de Israel;c) o fato de que maiores reservas mundiais de petróleo, se localizam nos países árabes;d) um discurso do líder Yasser Arafat, na Assembléia na ONU;e) o controle do canal de Suez, por parte do Egito.  09. (VEST - RIO) A Guerra do Líbano, o conflito Irã/Iraque, a questão Palestina, a Guerra do Golfo são alguns dos conflitos que marcam ou marcaram o Oriente Médio. Das alternativas abaixo, aquela que corretamente explica essa situação conflitosa é: a) o aumento, de forma rápida, do preço do barril de petróleo nos países membros da OPEP;b) a criação do Estado de Israel, sob a tutela britânica, numa região de ricas reservas de petróleo;c) os grandes lucros provenientes do petróleo que não beneficiam a maioria da população nos países árabes;d) a disputa de terras favoráveis ao cultivo, como as encontradas na planície da Mesopotâmia, numa área desértica.e) o emaranhado de culturas, religiões e interesses estrangeiros numa área localizada a meio caminho entre a Ásia, Europa e África.  10. (GV) Acerca da produção mundial de petróleo em meados dos anos 80, é possível afirmar que:

1) A União Soviética e os Estados Unidos produziam juntos mais de um terço de toda a produção.2) O Reino Unido, a Venezuela e a China eram três grandes produtores dessa fonte de energia.3) O Oriente Médio como um todo produzia menos do que um quinto do total da produção.4) O Canadá e a Nigéria estavam entre os dez maiores produtores dessa fonte de energia.5) Todas as alternativas estão corretas.

11. (Unicamp 2012) Em discurso proferido em 20 de maio de 2011, o presidente dos EUA, Barack Obama, pronunciou-se sobre as negociações relativas ao conflito entre palestinos e israelenses, propondo o retorno à configuração territorial anterior à Guerra dos Seis Dias, ocorrida em 1967. Sobre o contexto relacionado ao conflito mencionado é correto afirmar que:a) A criação do Estado de Israel, em 1948, marcou o início de um período de instabilidade no Oriente Médio, pois significou o confisco dos territórios do Estado da Palestina que existia até então e desagradou o mundo árabe.b) A Guerra dos Seis Dias insere-se no contexto de outras disputas entre árabes e israelenses, por causa das reservas de petróleo localizadas naquela região do Oriente Médio.c) A Guerra dos Seis Dias significou a ampliação territorial de Israel, com a anexação de territórios, justificada pelos israelenses como medida preventiva para garantir sua segurança contra ações árabes.d) O discurso de Obama representa a postura tradicional da diplomacia norte-americana, que defende a existência dos Estados de Israel e da Palestina, e diverge da diplomacia europeia, que condena a existência dos dois Estados.

12. (PUC-rio) As afirmativas abaixo referem-se aos conflitos entre árabes e israelenses, após a Segunda Guerra Mundial:

I - Após a guerra, a partir de uma resolução da ONU, o mapa político da Palestina foi refeito dando origem a dois

Estados, um árabe e outro judeu. Essa resolução não foi suficiente para os interesses israelenses que, apoiados pelo

governo norte-americano, declararam guerra, unilateralmente, à Liga Árabe.

II - A criação do Estado de Israel levou à evacuação da população árabe nas áreas pertencentes agora ao novo país.

As vitórias nas guerras contra os países árabes e a consequente ampliação do território de Israel agravou o problema

dos refugiados e deu origem à chamada Questão Palestina.

III - A ação contínua dos guerrilheiros palestinos, nas últimas décadas, dividiu a sociedade israelense em dois grupos:

o dos que defendiam a criação de um Estado palestino multiétnico, englobando árabes e israelenses; e o dos que

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recusavam a existência de um Estado palestino na região, defendendo, por extensão, uma guerra para o extermínio

da população árabe.

IV - Na década de 1950, entre os refugiados palestinos, começaram a surgir os primeiros grupos de guerrilheiros que

tinham como proposta a fundação de um Estado palestino e a devolução por Israel de todos os territórios ocupados.

Assinale a alternativa:a) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.c) se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.e) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas.

13. (Unesp 2010) O petróleo não é uma matéria-prima renovável e precisou de milhões de anos para sua criação. A maioria dos poços encontra-se no Oriente Médio, na antiga União Soviética e nos EUA. Sua importância aumentou desde meados do século XIX, quando era usado na indústria e hoje é um dos grandes fatores de conflitos no Oriente Médio. Aponte as três primeiras grandes crises do petróleo nos últimos anos.a) A primeira foi em 1973, quando os EUA tentaram invadir Israel para dominar os poços petrolíferos desse país; a segunda foi em 1979, quando foi criado o Estado da Palestina e eclodiu o conflito com a Arábia Saudita; a terceira foi em 1991, quando começou a guerra do Iraque.b) A primeira foi em 1973, quando houve uma crise de produção no Oriente Médio, levando ao aumento do preço dos barris de petróleo no mundo todo; a segunda foi em 1979, quando o Kuwait se recusou a vender petróleo para os EUA; a terceira foi em 1991, quando começou a guerra dos EUA contra o Afeganistão.c) A primeira foi em 1973, devido ao conflito árabe-israelense; a segunda em 1979, quando os árabes diminuíram a produção de barris; a terceira em 1991, que acabou gerando a Guerra do Golfo, quando o Iraque invadiu o Kuwait.d) A primeira foi em 1973, quando o Iraque invadiu a Palestina; a segunda foi em 1979, período de baixa produção de petróleo no Oriente Médio; a terceira foi em 1991, devido à Guerra do Golfo.e) A primeira foi em 1973, quando vários países do mundo exigiram a fundação da OPEP para controlar os preços dos barris de petróleo; a segunda foi em 1979, quando se deu o conflito árabe-israelense; a terceira foi em 1991, quando teve início a guerra da Palestina.

14. (Unesp 2010) Cerca de 90% da população do Oriente Médio é muçulmana. O Islã, no entanto, está longe de ser uma fé monolítica. (...) Ainda que não disponhamos de estatísticas confiáveis, um cálculo crível aponta que 65% dos muçulmanos do Oriente Médio são sunitas e uns 30%, xiitas.(SMITH, Dan. O Atlas do Oriente Médio. São Paulo: Publifolha, 2008.)

Em relação aos conflitos religiosos do Oriente Médio, é possível afirmar quea) a disputa religiosa entre judeus e muçulmanos nunca atrapalhou o amplo intercâmbio comercial na região.b) os muçulmanos se mantêm politicamente unidos e xiitas e sunitas jamais se opuseram ou se enfrentaram.c) islamismo, judaísmo e cristianismo nasceram na região, mas só os muçulmanos conservaram seus lugares santos.

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d) os judeus reivindicam o controle territorial completo do Oriente Médio, pois são maioria em todos os países da região.e) a maior população muçulmana não impediu a formação de um Estado judeu, nem proporcionou a criação de um Estado palestino.

15. (Ufmg 2009) Analise este mapa:

Envolvido, desde sua fundação, em conflitos na região, o Estado de Israel completou, em maio de 2008, 60 anos de existência.

Considerando-se as disputas territoriais entre árabes e israelenses e outros conhecimentos sobre o assunto, é correto afirmar que:a) A Autoridade Nacional Palestina controla os territórios de Gaza e do sul do Líbano e, em 2006, com o auxílio da Organização das Nações Unidas (ONU) e da União Europeia, garantiu a soberania sobre essas regiões.b) A cidade de Jerusalém, considerada sagrada por três religiões, foi ocupada por Israel em 1949, ao final da Primeira Guerra Árabe-Israelense, e, depois dos Acordos de Oslo, foi reconhecida pela ONU como capital do país.c) A região das colinas de Golã, rica em fontes de água e ocupada por Israel durante a Segunda Guerra Árabe-Israelense, foi devolvida à Síria em 2000, como parte dos tratados de paz firmados entre os dois países.d) O Governo de Israel promoveu, em 2005, a retirada de colonos judeus da faixa de Gaza, no entanto, apesar de pressões de organismos internacionais, manteve assentamentos judaicos no território da Cisjordânia.

16. (Uel 2008) Leia o texto a seguir:

"As religiões, que em princípio, deveriam servir para aperfeiçoar o ser humano, aproximando-o da divindade têm sido

responsáveis por manifestações acabadas de fanatismo. Massacres, torturas, guerras, perseguições, intolerância e

outras atitudes e práticas deploráveis têm testemunhado o que de pior o ser humano apresenta, e muitas vezes tais

atrocidades são feitas em nome de Deus."

(PINSKY, J.; PINSKY, C. Orgs. "Faces do fanatismo". São Paulo: Contexto, 2004. p.15.)

Sobre os conflitos históricos e religiosos que ocorrem no período contemporâneo, é correto afirmar:a) A derrubada pelos aiatolás xiitas da monarquia iraniana protegida do governo estadunidense, reacendeu na região uma série de conflitos de caráter religioso, político e cultural, tendo se desdobrado em um conflito contra o Iraque.b) Os cristãos ortodoxos radicados em Istambul são resultantes da diáspora árabe e utilizam-se de sua concepção política e religiosa para combater, ao lado dos aliados, a presença militar sionista que ocupou a Cisjordânia para explorar os poços de petróleo da região.c) No período da Guerra Fria, a URSS, aliada dos Talebans, infiltrou-se no Afeganistão com uma ideologia religiosa e, ao dominarem o país, construíram um corredor de transporte seguro para o escoamento de sua produção de petróleo para o Golfo Pérsico.d) A concepção religiosa politeísta da Índia traduziu os textos divinos, "Devas", em ensinamentos apreendidos por cristãos e muçulmanos que os utilizaram na realização de uma guerra de cisão interna, levando à criação dos estados do Paquistão e do Sri Lanka.

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e) No conflito da Bósnia-Herzegovina, os sérvios, em sua maioria muçulmanos entraram em guerra contra os albaneses, por estes terem ocupado militarmente a região da Eslovênia e realizado um massacre contra os habitantes que professam o islamismo.

17. (Pucmg 2008) Leia atentamente o texto a seguir, de Moacyr Scliar.

"Israel representa uma mudança transcendente na multimilenar trajetória dos judeus. O Holocausto as revelações

sobre o massacre de judeus deram dramática legitimidade ao movimento sionista e reivindicação de um território. A

fundação de Israel deveria ser decidida pela recém-criada Organização das Nações Unidas. EUA e URSS apoiavam a

partilha da Palestina e a criação de dois Estados um árabe, outro judeu.

Com as superpotências coincidindo em seus pontos de vista, não foi difícil para a Assembleia Geral da ONU aprovar,

em novembro de 1947, a divisão da Terra Santa. O projeto foi rejeitado pelos representantes dos países árabes. Mas

os judeus, liderados por David Ben-Gurion, levaram a proposta adiante. Quase seis meses depois, 14 de maio de

1948, proclamaram a independência. Imediatamente estourou o conflito bélico, vencido pelos israelenses. Outros

conflitos vieram, notadamente a Guerra dos Seis Dias. Israel consolidou-se como potência militar. Desde então,

travase uma luta amarga e desumana entre israelenses palestinos, que, ao longo dessas décadas, acabaram por

forjar uma identidade nacional."

A partilha da Palestina está completando 60 anos. Tendo em vista a partilha e seus impactos, a base para a criação do Estado de Israel foi assentada:a) na existência de um Estado judaico sob aprovação dos países árabes.b) na legitimação pela força comprovada pela sequência de conflitos e guerras.c) na possibilidade da existência de uma maioria judaica num território.d) na ideologia sionista, que defendia a entrada dos judeus na Palestina sob domínio inglês.

18. (Unesp 2008) A crise que envolveu a nacionalização do canal de Suez pelo Egito conjugou questões políticas, econômicas e militares numa escala internacional. O coronel Gamal Abdel Nasser, governante egípcio, anunciou a nacionalização em julho de 1956, provocando ataques militares contra o Egito por Israel, Grã-Bretanha e França. Que condições históricas internacionais dos anos 50 permitiram a nacionalização do canal de Suez e o fracasso dos movimentos armados contra o Egito?a) Os Estados Unidos da América iniciavam em 1956 sua escalada militar no Vietnã e o bloco comunista estava cindido pela crescente aproximação da China à política internacional das nações capitalistas.b) Os países árabes ameaçavam suspender o fornecimento de petróleo para os Estados Unidos, caso as hostilidades militares não cessassem, e o movimento operário inglês era favorável à expansão do islamismo.c) O desenlace da crise foi condicionado pela divisão internacional de forças entre as potências durante a guerra fria e pela expansão do nacionalismo nas regiões do Oriente Médio e do Norte da África.d) O canal de Suez era pouco importante para a economia do capitalismo europeu e o governo egípcio era uma barreira à expansão do islamismo no Oriente Médio.e) A Grã-Bretanha e a França, recém-saídas da segunda Guerra Mundial, estavam militarmente enfraquecidas e o Estado de Israel conseguiu estabelecer relações políticas pacíficas com os aliados árabes do Egito.

19. (Puc-rio 2008) Em janeiro de 1979, Reza Pahlevi, Xá do Irã, frente à crescente oposição política e popular, fugiu do país criando uma crise política que culminou com a vitória dos partidários do clérigo xiita Ruholá Khomeini.Assinale a alternativa que indica corretamente a política da República Islâmica do Irã após a revolução.a) A nacionalização dos recursos naturais impedia o processo de exploração do petróleo pelas grandes empresas multinacionais que, até então, tinham sede no país.b) A adesão do Irã à União das Repúblicas Socialistas Soviética, o que agravou ainda mais tensões da chamada segunda Guerra Fria.c) A criação de um sistema político multipartidário e democrático.d) A imediata declaração de "guerra santa" contra os sunitas do Iraque, governado nessa época por Saddam Hussein.e) Aceitação da existência de um Estado judeu na Palestina e o estabelecimento de relações diplomáticas com Israel.

20. (Enem 2007) Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou um plano de partilha da Palestina que previa a criação de dois Estados: um judeu e outro palestino. A recusa árabe em aceitar a decisão conduziu ao primeiro conflito entre Israel e países árabes.A segunda guerra (Suez, 1956) decorreu da decisão egípcia de nacionalizar o canal, ato que atingia interesses anglo-franceses e israelenses. Vitorioso, Israel passou a controlar a Península do Sinai. O terceiro conflito árabe-israelense (1967) ficou conhecido como Guerra dos Seis Dias, tal a rapidez da vitória de Israel.

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Em 6 de outubro de 1973, quando os judeus comemoravam o Yom Kippur (Dia do Perdão), forças egípcias e sírias atacaram de surpresa Israel, que revidou de forma arrasadora. A intervenção americano-soviética impôs o cessar-fogo, concluído em 22 de outubro.

A partir do texto acima, assinale a opção correta.a) A primeira guerra árabe-israelense foi determinada pela ação bélica de tradicionais potências europeias no Oriente Médio.b) Na segunda metade dos anos 1960, quando explodiu a terceira guerra árabe-israelense, Israel obteve rápida vitória.c) A guerra do Yom Kippur ocorreu no momento em que, a partir de decisão da ONU, foi oficialmente instalado o Estado de Israel.d) A ação dos governos de Washington e de Moscou foi decisiva para o cessar-fogo que pôs fim ao primeiro conflito árabe-israelense.e) Apesar das sucessivas vitórias militares, Israel mantém suas dimensões territoriais tal como estabelecido pela resolução de 1947 aprovada pela ONU.

21. (Pucpr) Gamal Abdel Nasser, líder egípcio, governou o país de 1953 a 1970, quando morreu. Ele adotou uma linha política que foi importantíssima para o Oriente Médio. Suas principais características foram:a) Estado semiliberal, aristocracia agrária, sem nacionalismo acentuado.b) Estado forte, militarizado, sem nacionalismo acentuado, pan-arabismo.c) Orientação nacionalista, militarismo, pan-arabismo, alinhamento à esquerda.d) Orientação nacionalista, intervenção do Estado na economia, neutralismo positivo, pan-arabismo.e) Neutralismo positivo, pan-arabismo.

22. (UEL) Um dos grandes conflitos do Oriente Médio tem sido o confronto árabe-israelense, cujas origens remontam ao período que segue àa) Segunda Guerra Mundial, quando os países vencedores apoiaram a Liga Árabe a invadir o território de Gaza.b) Primeira Guerra Mundial, quando a Liga das Nações, pressionada pelos Estados Unidos, dividiu o território Palestino para criar o Estado de Israel.c) Segunda Guerra Mundial, quando a ONU, através das forças de paz, obrigaram Israel a abandonar o Sinai, garantindo o controle do Canal de Suez ao Egito.d) Primeira Guerra Mundial, quando a Liga das Nações aprovou a Declaração Balfour, colocando a Palestina sob o governo da Inglaterra.e) Segunda Guerra Mundial, quando a ONU, retirando suas tropas da região, permitiu a ocupação da colina de Golan e dos territórios da Cisjordânia.

23. (Uerj) "(...) é de assustar o número de partidos que vêm se formando e ganhando apoio popular em diversos países muçulmanos, usando muitas vezes a violência para alcançar seus objetivos. A Argélia e o Afeganistão são apenas os exemplos mais evidentes desta situação, e a contínua existência de grupos fundamentalistas entre a população palestina é prova da vitalidade de suas idéias. Da mesma forma, Israel, hoje, vive as consequências do profundo dissenso ideológico e cultural entre judeus seculares e fundamentalistas. Acirrando um conflito que teve origem no próprio momento de fundação do Estado, opostos à paz com os árabes e à pluralidade política e religiosa, os judeus fundamentalistas são a maior ameaça à consolidação da democracia em Israel. (...) Isto muda completamente a situação com a qual israelenses e árabes estavam acostumados a lidar há quase um século, quando o inimigo era o vizinho. Agora, o inimigo está do lado de dentro."(CRINBERG, Keila. In: REIS FILHO, D. e outros (org.). "O século XX: o tempo das dúvidas". Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.)

Segundo a ideia central deste texto, as dificuldades para a consolidação da paz, neste momento, no Oriente Médio, estão relacionadas de forma mais geral com:a) permanência de divergências entre árabes e judeusb) disputas internas no mundo muçulmano e em Israelc) dissolução do fundamentalismo religioso na Argélia e no Afeganistãod) enfrentamento entre os partidos da esquerda na Argélia e em Israel

24. (Uff) 0 fundamentalismo islâmico começa a ser mais comentado como fenômeno político e religioso a partir do final da década de 70 deste século.Identifique a opção que contém os principais eventos que inauguraram tal notoriedade.a) Invasão do Kuwait pelo Iraque e Guerra do Golfo.b) Exílio do xá do Irã e proclamação de uma República Islâmica naquele país, sob liderança dos aiatolás.c) Crise de Suez e intervenção franco-britânica na Zona do Canal.d) Deposição do rei da Líbia e estabelecimento de um regime islâmico por Muammar Khadafi.e) Deposição do rei Farouk do Egito e proclamação de uma República Islâmica por Gamal Abdel Nasser.

25. (Unirio) As dificuldades de construção da paz no Oriente Médio estão ligadas a diversos conflitos históricos que marcaram a convivência dos povos da região ao longo do século XX. Assinale a opção que apresenta corretamente um desses conflitos:a) Na Palestina, a origem do conflito árabe-israelense remonta à Declaração Balfour (1917) que, ao final da Primeira Guerra Mundial, submeteu esse país à administração inglesa comprometida com a criação do Estado de Israel.b) No Egito, o protetorado francês sobre a monarquia árabe reinante impediu o golpe de estado liderado por Gamal Nasser, reconhecendo a soberania de Israel sobre o canal de Suez (1956).c) Em Israel, a Guerra dos Seis Dias (1967) acarretou a perda dos territórios da península do Sinai e da faixa de Gaza para a Coligação Árabe, o que agravou os conflitos na região até a devolução desses territórios pelos acordos de Camp David.d) No Líbano, a guerra civil (1975), que opôs cristãos, palestinos e muçulmanos, encerrou-se com a invasão jordaniana do território libanês e a divisão do norte do país entre a Síria e a Turquia.

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e) No Irã, a revolução liderada pelo aiatolá Khomeini (1979) substituiu a dinastia Pahlevi, aliada política e militarmente à União Soviética, por uma República Islâmica fundamentalista.

26. A imprensa do Brasil publicou com frequência, durante o ano de 2002, notícias com conteúdo semelhante ao que

segue: "Há trinta e cinco anos, depois de três semanas de atividade militar, Israel atacou o Egito, no dia 5 de junho de

1967, destruindo a aviação árabe e ocupando o Sinai, as colinas de Golã, a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e a parte leste

de Jerusalém. Nesta quarta-feira, um atentado suicida, em que um carro-bomba se lançou contra um ônibus, matou

16 israelenses e feriu outros 37 no cruzamento de Megiddo, no norte do país".

GUERRA dos seis dias segue matando.  "Correio do Povo", Porto Alegre, 06 jun. 2002. p. 12.

Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) referentes à história dos Palestinos e Israelenses.

(01) O  processo  de  dispersão  dos  Judeus  pelo mundo teve início com as perseguições dos nazistas durante a

Segunda Guerra Mundial.

(02) Durante o século XIX organizou-se o Movimento Sionista, que visava a reconstrução da nação judaica.

(04) Em 1948 foi fundado o Estado de Israel e os ataques mútuos entre Palestinos e Judeus sucederam-se a partir de

então até o ano de 2002, quando a paz foi alcançada.

(08) Em 1947, a ONU aprovou projeto de divisão do território palestino definindo áreas para Palestinos e Judeus.

(16) Em 1983 a ONU, tratando de estabelecer a paz na região, criou o Estado da Palestina, nomeando Yasser Arafat

para governá-lo.

(32) A eleição do Primeiro-Ministro de Israel, Ariel Sharon, em 2001, foi decisiva para que a paz voltasse a reinar na

região.

(64) Os ataques suicidas têm se destacado entre as estratégias utilizadas pelos Palestinos na sua luta contra os

Judeus.

Soma (     )

27. (Fatec) "Eles acham que se as forças do mercado agirem livremente a produção aumentará, beneficiando a todos.

São favoráveis, também, à privatização das empresas estatais, da assistência médica, das escolas e da previdência

social com o objetivo de acabar com os gastos públicos excessivos. Acreditam ainda que, com a diminuição dos

impostos, os empresários terão mais recursos para investir e que a liberação das importações e a abertura total da

economia para o capital estrangeiro serão benéficas para a economia do país."

O texto retrata, em linhas gerais, o ideário e a postura dos

a) neoliberais.

b) nacionalistas.

c) mercantilistas.

d) neocolonialistas.

e) economistas clássicos.

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28. (Cesgranrio) Quanto aos conflitos entre árabes e israelenses, podemos dizer que:

I - se aceleram com a partilha da Palestina realizada pela ONU em 1947, que deu origem ao Estado de Israel e de que

decorreu a guerra de 1948/49, que terminou com um acordo de cessar fogo em que ficava estabelecida a divisão de

Jerusalém e a fixação das fronteiras entre Israel e os países árabes.

II - na década de 1960, os conflitos adquirem maior violência em função do aumento dos atos terroristas palestinos e

da aliança militar e política entre Egito, Síria e Jordânia, o que leva ao bloqueio econômico de Israel e dá Início à

Guerra dos Sete Dias.

III - na década de 1970, os conflitos determinam a explosão da Guerra do Yom Kippur, em 1973, de que resulta a

fixação dos limites territoriais no Oriente Médio e o reconhecimento por parte de Israel, da OLP, comandada por

Arafat, como representante legítima dos interesses palestinos.

Assinale a opção que contém a(s) afirmativa(s) correta(s):

a) Apenas I

b) Apenas I e II

c) Apenas II

d) Apenas II e III

e) Apenas III

29. (Cesgranrio) O processo de globalização característico da história contemporânea, no final do século XX, está

ligado a mecanismos de integração econômica, dos quais o Brasil participa intensamente por meio da:

a) proposta brasileira de integração da América com a Comunidade Europeia, através da ALCA.

b) consolidação da integração dos países do "Cone Sul" no MERCOSUL.

c) projeção como líder da Comunidade do Países de Língua Portuguesa.

d) aliança com os Estados Unidos na liderança do MERCOSUL e da ALCA.

e) defesa da transformação do NAFTA em mercado comum americano.

30. (Fatec) "O principal símbolo de intolerância política da Alemanha Oriental era o muro de Berlim, erguido em 1961

para impedir a passagem de alemães orientais para a parte ocidental. Este muro só foi derrubado em novembro de

1989." A consequência desse fato foi:

a) a modernização da indústria arcaica da Alemanha Ocidental.

b) a democratização do socialismo.

c) a assinatura de um acordo de livre trânsito entre os dois povos.

d) a reunificação da Alemanha.

e) a transferência da capital da Alemanha Oriental para BONN.

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31. (PUC-rio) As afirmativas abaixo referem-se aos conflitos entre árabes e israelenses, após a Segunda Guerra

Mundial:

I - Após a guerra, a partir de uma resolução da ONU, o mapa político da Palestina foi refeito dando origem a dois

Estados, um árabe e outro judeu. Essa resolução não foi suficiente para os interesses israelenses que, apoiados pelo

governo norte-americano, declararam guerra, unilateralmente, à Liga Árabe.

II - A criação do Estado de Israel levou à evacuação da população árabe nas áreas pertencentes agora ao novo país.

As vitórias nas guerras contra os países árabes e a consequente ampliação do território de Israel agravou o problema

dos refugiados e deu origem à chamada Questão Palestina.

III - A ação contínua dos guerrilheiros palestinos, nas últimas décadas, dividiu a sociedade israelense em dois grupos:

o dos que defendiam a criação de um Estado palestino multiétnico, englobando árabes e israelenses; e o dos que

recusavam a existência de um Estado palestino na região, defendendo, por extensão, uma guerra para o extermínio

da população árabe.

IV - Na década de 1950, entre os refugiados palestinos, começaram a surgir os primeiros grupos de guerrilheiros que

tinham como proposta a fundação de um Estado palestino e a devolução por Israel de todos os territórios ocupados.

Assinale a alternativa:

a) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

c) se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.

d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

e) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas.

32. (Puccamp) "Depois de enfrentar problemas financeiros, que repercutiram na situação política interna, as

monarquias do Golfo Pérsico se beneficiam de um fluxo extraordinário de divisas, graças ao alto preço do petróleo.

(...) em todos esses países, há dois denominadores comuns: Estados ineficientes e perdulários e desemprego alto. O

desemprego atinge a geração jovem, do chamado 'baby boom' da alta do petróleo dos anos 70. Os desempregados se

escoram no generoso sistema de proteção social, outro traço comum dessas monarquias, que têm como tradição,

calcada nos petrodólares, garantir o conforto dos cidadãos do nascimento à morte. (...) Essas regalias, que sempre

amorteceram qualquer descontentamento político, tiveram que ser revistas nos últimos anos, por causa do alto custo

da Guerra do Golfo, bancado sobretudo pela Arábia Saudita..."

O texto permite estabelecer uma relação de causa e efeito entre

a) miséria e dívida externa.

b) austeridade e petrodólares.

c) preço do petróleo e estabilidade política.

d) gastos excessivos e baixo preço do petróleo.

e) incompetência administrativa e esgotamento do petróleo.

33. (Pucpr) Gamal Abdel Nasser, líder egípcio, governou o país de 1953 a 1970, quando morreu. Ele adotou uma linha

política que foi importantíssima para o Oriente Médio. Suas principais características foram:

a) Estado semiliberal, aristocracia agrária, sem nacionalismo acentuado.

b) Estado forte, militarizado, sem nacionalismo acentuado, pan-arabismo.

c) Orientação nacionalista, militarismo, pan-arabismo, alinhamento à esquerda.

d) Orientação nacionalista, intervenção do Estado na economia, neutralismo positivo, pan-arabismo.

e) Neutralismo positivo, pan-arabismo.

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34. (UEL) Um dos grandes conflitos do Oriente Médio tem sido o confronto árabe-israelense, cujas origens remontam

ao período que segue à

a) Segunda Guerra Mundial, quando os países vencedores apoiaram a Liga Árabe a invadir o território de Gaza.

b) Primeira Guerra Mundial, quando a Liga das Nações, pressionada pelos Estados Unidos, dividiu o território Palestino

para criar o Estado de Israel.

c) Segunda Guerra Mundial, quando a ONU, através das forças de paz, obrigaram Israel a abandonar o Sinai,

garantindo o controle do Canal de Suez ao Egito.

d) Primeira Guerra Mundial, quando a Liga das Nações aprovou a Declaração Balfour, colocando a Palestina sob o

governo da Inglaterra.

e) Segunda Guerra Mundial, quando a ONU, retirando suas tropas da região, permitiu a ocupação da colina de Golan e

dos territórios da Cisjordânia.

35. (Uerj) "(...) é de assustar o número de partidos que vêm se formando e ganhando apoio popular em diversos

países muçulmanos, usando muitas vezes a violência para alcançar seus objetivos. A Argélia e o Afeganistão são

apenas os exemplos mais evidentes desta situação, e a contínua existência de grupos fundamentalistas entre a

população palestina é prova da vitalidade de suas idéias. Da mesma forma, Israel, hoje, vive as consequências do

profundo dissenso ideológico e cultural entre judeus seculares e fundamentalistas. Acirrando um conflito que teve

origem no próprio momento de fundação do Estado, opostos à paz com os árabes e à pluralidade política e religiosa,

os judeus fundamentalistas são a maior ameaça à consolidação da democracia em Israel. (...) Isto muda

completamente a situação com a qual israelenses e árabes estavam acostumados a lidar há quase um século, quando

o inimigo era o vizinho. Agora, o inimigo está do lado de dentro."

(CRINBERG, Keila. In: REIS FILHO, D. e outros (org.). "O século XX: o tempo das dúvidas". Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira, 2000.)

Segundo a ideia central deste texto, as dificuldades para a consolidação da paz, neste momento, no Oriente Médio,

estão relacionadas de forma mais geral com:

a) permanência de divergências entre árabes e judeus

b) disputas internas no mundo muçulmano e em Israel

c) dissolução do fundamentalismo religioso na Argélia e no Afeganistão

d) enfrentamento entre os partidos da esquerda na Argélia e em Israel

36. (Uff) 0 fundamentalismo islâmico começa a ser mais comentado como fenômeno político e religioso a partir do

final da década de 70 deste século.

Identifique a opção que contém os principais eventos que inauguraram tal notoriedade.

a) Invasão do Kuwait pelo Iraque e Guerra do Golfo.

b) Exílio do xá do Irã e proclamação de uma República Islâmica naquele país, sob liderança dos aiatolás.

c) Crise de Suez e intervenção franco-britânica na Zona do Canal.

d) Deposição do rei da Líbia e estabelecimento de um regime islâmico por Muammar Khadafi.

e) Deposição do rei Farouk do Egito e proclamação de uma República Islâmica por Gamal Abdel Nasser.

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37. (Uff) O Oriente Médio é, até os nossos dias, um dos principais "barris de pólvora" do mundo contemporâneo.

Considere as afirmativas:

(I) O Movimento Sionista expressa a luta pela constituição de um Estado de um Estado Palestino.

(II) Os vários grupos religiosos presentes no Líbano são focos de radicalização das tensões sociais.

(III) A Guerra de Suez, em 1956, foi um conflito entre as tropas de Israel e do Egito.

(IV) Em 1947, A ONU aprovou um plano de partilha da região da Palestina, para formar dois estados: um judaico e

outro árabe.

(V) No Livro Sagrado dos muçulmanos - o Corão - há o reconhecimento da cultura e religião israelenses.

(VI) Os Acordos de Camp David sancionaram a incorporação legal das regiões de Gaza e da Cisjordânia pelo estado de

Israel.

As afirmativas que estão corretas são as indicadas por:

a) I, III e V

b) I, V e VI

c) II, III e IV

d) II, IV e VI

e) II, V e VI

38. (Ufrs) A ocupação e colonização da Faixa de Gaza, Cisjordânia e das Colinas de Golan por Israel sobre seus

vizinhos árabes, foi iniciada a partir da

a) Guerra dos Seis Dias (1967).

b) Guerra do Yom Kippur (1973).

c) Revolução Islâmica (1979).

d) Intifada (1987).

e) Guerra do Golfo (1991).

39. (Ufu) "Subsiste, agora, o dilema. A que Estado pertence Jerusalém? É absolutamente injusto exigir que os

palestinos arquem com a responsabilidade de uma decisão, 'até o final de outubro' (de 2000), para 'evitar um banho

de sangue'. Jerusalém, patrimônio da humanidade, é um problema da humanidade. Ai de ti, Jerusalém!”.

(ARBEX JR., José. "Ai de ti, Jerusalém! ", in: Revista "Caros amigos." n. 43, outubro 2000.)

A citação acima apresenta um dos principais elementos relacionados à recente explosão de violência envolvendo

israelenses e palestinos no Oriente Médio. A esse respeito, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Jerusalém, com seus locais sagrados e mesquitas, é berço das três mais importantes religiões monoteístas -

judaísmo, catolicismo e islamismo - ocasionando confrontos e tensões entre Israel e a Autoridade Palestina, liderada

por Yasser Arafat.

b) A fundação do novo Estado palestino esbarra no problema de acomodação dos refugiados palestinos na pequena e

miserável Faixa de Gaza e na Cisjordânia e na presença de colônias judaicas ainda estabelecidas nos territórios

ocupados.

c) A escalada de violência deve ser atribuída à presença de grupos de extrema direita entre os palestinos, causadores

do maior número de vítimas, pois os judeus mantêm sua unidade interna, política e religiosa, na busca da paz

negociada, liderados pelos ultra-ortodoxos.

d) Entre os antecedentes do conflito, podemos citar a criação do Estado de Israel, em 1948, que gerou a revolta dos

países árabes, o envolvimento dos Estados Unidos e da União Soviética com os problemas do Oriente Médio durante a

Guerra Fria e as sucessivas disputas militares por territórios na região.

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40. (Ufv) Após a Segunda Guerra Mundial, Jerusalém, território sagrado para três religiões, continuou sendo palco de

tensões e disputas envolvendo muçulmanos, judeus e cristãos. Intermináveis conflitos entre israelenses, palestinos,

libaneses e seus vizinhos intensificaram-se desde então, envolvendo também potências mundiais. A Guerra dos Seis

Dias, a Guerra do Yom Kippur, a Guerra do Irã-Iraque e a recente investida dos EUA sobre o Afeganistão são alguns

dos principais conflitos relacionados com a questão árabe-israelense.

Utilizando seus conhecimentos sobre tais conflitos, enumere a segunda coluna de acordo com a primeira.

COLUNA I

I - Liga Árabe (1945)

II - Organização para Libertação da Palestina (1964)

III - Autoridade Nacional Palestina (1995)

IV - Intifada (1987)

V - Acordo de Camp David (1977)

COLUNA II

(     ) Estabelece paz entre Israel e Egito e firma compromisso israelense de negociar autonomia de territórios

palestinos.

(     ) Levou à eclosão da rebelião palestina nos territórios ocupados por Israel, resultando em retaliações por parte de

Israel e do terrorismo palestino.

(     ) Foi criada por chefes de Estado árabes para enfrentar a expansão do povo judeu na Palestina.

(     ) Reúne palestinos guerrilheiros para combater o poder do Estado de Israel, sob o comando de Yasser Arafat.

(     ) Tem o reconhecimento da ONU e busca controlar territórios palestinos ocupados anteriormente por Israel na

Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

A sequência CORRETA é:

a) V, IV, I, II, III.

b) IV, V, III, II, I.

c) II, III, I, IV, V.

d) V, II, IV, I, III.

e) III, IV, II, V, I.

41. (Unirio) As dificuldades de construção da paz no Oriente Médio estão ligadas a diversos conflitos históricos que

marcaram a convivência dos povos da região ao longo do século XX. Assinale a opção que apresenta corretamente

um desses conflitos:

a) Na Palestina, a origem do conflito árabe-israelense remonta à Declaração Balfour (1917) que, ao final da Primeira

Guerra Mundial, submeteu esse país à administração inglesa comprometida com a criação do Estado de Israel.

b) No Egito, o protetorado francês sobre a monarquia árabe reinante impediu o golpe de estado liderado por Gamal

Nasser, reconhecendo a soberania de Israel sobre o canal de Suez (1956).

c) Em Israel, a Guerra dos Seis Dias (1967) acarretou a perda dos territórios da península do Sinai e da faixa de Gaza

para a Coligação Árabe, o que agravou os conflitos na região até a devolução desses territórios pelos acordos de

Camp David.

d) No Líbano, a guerra civil (1975), que opôs cristãos, palestinos e muçulmanos, encerrou-se com a invasão jordaniana

do território libanês e a divisão do norte do país entre a Síria e a Turquia.

e) No Irã, a revolução liderada pelo aiatolá Khomeini (1979) substituiu a dinastia Pahlevi, aliada política e militarmente

à União Soviética, por uma República Islâmica fundamentalista.

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42. (Unirio)       "Trocaremos Terra por paz"

(Yitzhak Rabin)

A questão palestina envolve árabes e judeus em diversos conflitos e antagonismos, cujas origens históricas

remontam, dentre outros fatos, à:

a) subordinação do território palestino à tutela do governo britânico, envolvido com a criação de um Estado nacional

judeu, expressa na Declaração Balfour (1917).

b) ocupação militar do território palestino pelo Iraque como resultado da Primeira Guerra Árabe-Israelense (1948-49),

que desestabilizou politicamente a região.

c) invasão da Península do Sinai, das colinas de Golã e da Palestina pelo Egito, liderada pelo presidente Nasser,

durante a Crise do Canal, como de Suez (1956).

d) imposição da autoridade policial da Organização para a Libertação da Palestina sobre os territórios da Cisjordânia e

da faixa de Gaza, como resultado do acordo de paz que encerrou a guerra do Yom Kippur (1973).

e) legalização da ocupação militar e administrativa exercida pela Síria sobre o sul do Líbano e a Palestina, reconhecida

pelos Estados Unidos nos acordos de Camp David (1979).

43. (Pucpr) Nos últimos meses de 1997, a paz mundial esteve outra vez ameaçada, devido à oposição a que

funcionários da ONU inspecionassem possíveis arsenais de destruição maciça.

O país árabe que fez essa oposição foi:

a) Iraque

b) Egito

c) Jordânia

d) Arábia Saudita

e) República Islâmica (Irã)

44. (Fuvest) De todos os ismos que o século XX herdou ou criou, há um cuja vitalidade continua a todo vapor, neste

início de novo século, estando presente em todos os lugares e em todas as disputas, como, por exemplo, entre

israelenses e palestinos. Trata-se do

a) fascismo.

b) comunismo.

c) internacionalismo.

d) nacionalismo.

e) liberalismo.

45. (Cesgranrio) A recente viagem de Bill Clinton, presidente dos Estados Unidos da América, à República Popular da

China, relaciona-se com o(a):

a) estabelecimento de novas áreas de interesse comercial e político dos EUA na Ásia.

b) retorno da bipolaridade internacional gerada  durante o conflito da Guerra Fria.

c) apoio às aspirações da China comunista em integrar o Conselho de Segurança da ONU como membro permanente.

d) formação de parcerias econômicas e militares transnacionais em substituição à opção europeia e à Otan.

e) tentativa de reorganização dos pactos militares do ocidente contra o poderio russo.