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JIZYA ISLÂMICA: FATO E FICÇÃOFonte/Source: Islamic Jizya: Fact and Fiction
Jizya Islâmica: Fato e FicçãoPor Raymond Ibrahim / Muslim Persecution Of Christians
O Retorno da Jizya
As exigências para que os não muçulmanos “infiéis” paguem a jizya sob pena
de morte vem crescendo, mesmo enquanto o Ocidente flutua entre não ter a
mínima noção do que a jizya significa e o pensamento de que a jizya é um
exemplo de “tolerância” do Islã.
No vídeo, onde o Estado Islâmico (ISIS) massacra 30 Cristãos Etíopes na
Líbia, em Abril último, o porta-voz mencionou repetidamente que o pagamento
da jizya – que o empobrecido trabalhador migrante Etíope não podia pagar;
nem os 21 Coptas antes deles – é o único jeito do Cristão ao redor do mundo
proteger sua vida:
Entretanto, aquele que recusar [a pagar a jizya] nada verá a não ser
a ponta de uma lança. Os homens serão mortos e as crianças serão
escravizadas, e suas posses serão tomadas como espólios. Este é o
julgamento de Allah e o Seu Mensageiro.
Quando o Estado Islâmico (ISIS) invadiu as regiões Cristãs antigas ao redor de
Planície de Ninevah em Junho último, novamente declararam: “Nós
oferecemos a eles [Cristãos Assírios] três escolhas: Islã; contrato de dhimma –
envolvendo o pagamento da jizya; e caso recusem nada terão a não ser a
espada.”
O Estado Islâmico (ISIS) – o qual a maioria dos políticos Ocidentais
ridiculamente insiste que “nada tem a ver com o Islã” – não estão sozinhos na
exigência da jizya aos Cristãos “infiéis”. Em 2002, o Saudita Sheikh
Muhammad bin Abdul Rahman, discutindo a profecia do profeta Muçulmano de
que o Islã eventualmente conquistará Roma, disse: “Nós controlaremos as
terras do Vaticano; nós vamos controlar Roma e introduzir o Islã nela. Sim, os
Cristãos… ainda irão nos pagar, em humilhação, ou se converterão ao Islã.”
E em vídeo recentemente postado, o Sheikh Issam Amira que aparece dando
um sermão na Mesquita de AL Aqsa, lamenta que muito Muçulmano pense que
a jihad é apenas para defesa contra agressores, quando de fato os
Muçulmanos são também obrigados a travarem uma jihad ofensiva contra os
não Muçulmanos:
Quando enfrentar o inimigo pagão, chame-o – tanto para o Islã, jizya
ou busque a ajuda de Allah e lute contra ele. Mesmo que eles não
lutem [ou iniciem hostilidades], lute contra eles!… Lute contra eles!
Quando? Quando lutarem contra você? Não, quando recusarem a
se converter ao Islã ou recusarem a pagar a jizya… Se gostarem disso
ou não, nós os subjugaremos a autoridade de Allah.
Resumindo, se os Estado Islâmico (ISIS) está impondo a jizya aos “infiéis”, as
solicitações para o seu retorno estão crescendo em todo o mundo Muçulmano.
Coloque de forma diferente, se Abu Shadi, um líder Salfi Egípcio, declarou uma
vez que os Cristãos Egípcios “precisam de qualquer jeito se converter ao Islã,
pagar a jizya ou se preparar para a guerra”; Dr. Amani Tawfig, uma professora
da Universidade Egípcia da Mansoura, disse uma vez “Se o Egito quiser sair,
de forma lenta mais segura, da situação econômica em que se encontra e
cuidar da pobreza do país, a jizya terá que ser imposta aos Coptas.
A Doutrina e a História da Jizya
Então, o que exatamente é a jizya?
Jizya contra Hindus
A palavra jizya aparece no Alcorão 9:29, como uma imposição que atualmente
já deve ser familiar: ”Lute contra aqueles que não acreditam em Alá ou no
Último Dia; ou não aceitam a proibição que tem sido imposta por Allah e seu
Mensageiro Muhammad ou que não reconheça a religião da verdade, entre
eles o Povo do Livro [Judeus e Cristãos], até que paguem a Jizya
(imposto per capita) através da submissão desejada e
sentirem-se subjugados.” (ênfase adicionada).
No Hadith, o Mensageiro de Allah, Muhammad, regularmente conclama os
Muçulmanos a exigirem a jizya aos não Muçulmanos: “Se eles recusarem a
aceitar o Islã, exija deles a jizya. Se concordarem em pagar, aceita e afasta as
suas mãos. Se recusarem a pagar a jizya, procure a ajuda de Allah e lute
contra eles.”
O segundo “califa justo”, Omar al-Khatab, declarou que qualquer “infiel”
capturado que recusar a conversão ao Islã “precisa pagar a jizya através da
humilhação e da inferioridade… Se recusarem será através da espada, sem
leniência.”
A degradação de não Muçulmanos é um tema que aparece regularmente nos
comentários de autoridades Muçulmanas. De acordo com a Enciclopédia
Medieval da Civilização Muçulmana, “Juristas Muçulmanos passaram a ver
certos aspectos repressivos e humilhantes da dhimma como
de rigueur (praxe). Dhimmis [não-muçulmanos subjugados, Cristãos e Judeus]
foram obrigados a pagar a jizya publicamente, em plena luz do dia, com as
mãos viradas, palma para cima e para receber uma tapa esperta na testa ou na
nuca pelo oficial de Coleta.”
O significado da origem da palavra Árabe “jizya” é simplesmente “reembolso”
ou “recompensa”, basicamente para “compensar” por alguma coisa. De acordo
com Hans Wehr Dictionary, o dicionário Árabe-Inglês padrão, jizya é algo
que “toma o lugar” de alguma outra coisa, ou “serve em seu lugar.”
Ou seja, não muçulmanos capturados têm que comprar a sua vida com
dinheiro, o qual foi de outra forma confiscada pelos seus conquistadores
Muçulmanos. Ao invés de tirarem sua vida, tiraram seu dinheiro. Como
expressou um jurista medieval, “a vida deles e suas posses estão apenas
protegidas pela única razão, ou seja, o pagamento da jizya”.
No passado e cada vez mais no presente, Muçulmanos lucraram imensamente
exigindo a jizya das pessoas capturadas.
Como exemplo, Amr bin al-As, o companheiro de Muhammad que subjugou
Cristãos Egípcios nos anos 640, torturou e matou todos os Cristãos Coptas que
tentaram esconder seus bens. Quando um Copta indagava a ele, “Qual o valor
da jizya que devemos pagar?” disse o herói Islâmico, “se você me der tudo que
você possui – desde o chão até o teto – eu não direi a você o valor que me
deve. “Em vez disso, você [o Cristão Copta] é a nossa arca do tesouro, de
modo que, se nós precisarmos, você vai precisar, e se as coisas forem fáceis
para nós, elas serão fáceis para você.”
No entanto, mesmo assim não foi suficiente. O califa Uthman mais tarde
repreendeu Amr bin al-Als porque outro governador do Egito conseguiu
aumentar o tesouro do califado o dobro do que Amr havia conseguido. Nas
palavras de Uthman, “camelos leiteiros (Milk camels) [como os
Cristãos Egípcios eram chamados por alguns antigos califas]…
rendem mais leite.” Anos depois, outro califa, Suliman Abdul Malik,
escreveu ao governador do Egito aconselhando-o “a ordenhar o camelo
até não ter mais leite, e até sair sangue.”
A institucionalização da jizya está relacionada à ideia de que o não muçulmano
é um fair game (jogo justo; caça legal), a ser espoliado sempre que possível.
O verbete jizya na Enciclopédia do Islã declara que “com ou sem justificativa
doutrinal, demandas arbitrárias [por dinheiro] aparecem às vezes.” Até mesmo
Marco Polo, o viajante medieval, cujas crônicas parecem imparciais, fez uma
interessante observação com relação aos Muçulmanos em Tauis (hoje o
Iraque) no século XIII.
De acordo com a doutrina deles [Islã], o que for roubado ou saqueado dos
outros de uma fé diferente, é devidamente tomado, e o roubo não é crime;
Enquanto aqueles que morrem ou sofrem lesão pelas mãos dos Cristãos [no
decurso de uma operação orientada aos saques] são considerados mártires…
Estes princípios são comuns para todos os Sarracenos [Muçulmanos].
Tudo isso encontra eco nos últimos tempos nas palavras do Sheikh Abu Ishaq
al-Huwaini, ditas alguns anos atrás, que diz respeito ao que o mundo
Muçulmano deveria fazer para superar os problemas econômicos:
“Se pudermos realizar ao menos uma invasão jihadista uma vez ao ano, ou se
possível, duas ou três vezes ao ano, muitas pessoas na Terra se tornariam
Muçulmanas. E se alguém impede a nossa Dawa [convite à conversão] ou está
atrapalhando o nosso caminho, então devemos matá-los ou tomá-los como
reféns e confiscar suas riquezas, mulheres e crianças. Essas batalhas irão
encher os bolsos do Mujahid [sagrado guerreiro] que pode voltar para casa
com 3 ou 4 escravos, 3 ou 4 mulheres e 3 ou 4 crianças. Isso pode ser um
negócio rentável pelo qual o jihadista, em tempos de dificuldade financeira,
pode sempre vender uma das cabeças.”
Assim foi por mais de um milênio: soberanos Muçulmanos e mafiosos
extorquiram dinheiro dos “infiéis” sob seu domínio como uma forma legitima de
lucro.
Grande parte dessa sangria financeira chegou ao fim graças à intervenção
direta da Europa. A partir de meados do século XIX, regiões Muçulmanas, uma
após a outra, aboliram a jizya e devolveram aos não muçulmanos direitos sem
precedentes – inicialmente para apaziguar as potências Ocidentais, mais tarde
para imitar a governança Ocidental. O decreto de Hatt-i Humayan de 1856 do
Império Otomano, aboliu a jizya em vários territórios de governo Otomano. Em
outras partes do mundo Muçulmano, a jizya foi gradualmente abolida onde quer
que os poderes Ocidentais estejam presentes.
Hoje em dia, no entanto, com os Muçulmanos reclamando a sua herança
Islâmica – muitas vezes com a aprovação e o encorajamento do Ocidente,
agora sob a palavra mágica “multiculturalismo” – a jizya, tanto institucionalizada
como nos termos do Estado Islâmico (ISIS), ou como justificativa para saquear
“infiéis”, está de volta.
Até mesmo no Ocidente, em 2013, um pregador Muçulmano do Reino Unido,
que estava recebendo mais de 25.000 libras esterlinas em benefícios sociais
anualmente, e se referia aos contribuintes Britânicos como “escravos” explicou
o seguinte: “Nós tomamos a jizya, que é nosso
haq [“direito” em Árabe], de qualquer maneira. Aliás, a situação normal é pegar
dinheiro dos Kafir [infiéis], não é mesmo? Então essa é a situação normal. Eles
nos dão o dinheiro – você trabalha, e nos dá o dinheiro, Allahu Akhbar [“Deus é
Grande”]. “Nós pegamos o dinheiro”.
Mentiras Acadêmicas sobre a Jizya
Jizya, conversão ou morte.
Contudo, se Muçulmanos – de jihadistas do Estado Islâmico (ISIS) a
professores universitários Egípcios – conhecem a verdade sobre a jizya, o
Ocidente hoje está alheio, graças às autoridades e líderes do Islã: Acadêmicos
Ocidentais, “especialistas” e cabeças falantes.
Considere o seguinte excerto de John Esposito, diretor da Prince Alwaleed
Center para Cooperação entre Cristãos e Muçulmanos da Universidade
Georgetown, bastante reconhecida como fonte de informação para qualquer
assunto relacionado ao universo Islâmico:
Em muitos aspectos, as populações locais [Cristãos, Judeus entre outros]
acharam o domínio Muçulmano mais flexível e tolerante que o Bizantino e o
Persa. Comunidades religiosas eram livres para praticar sua fé nos cultos,
serem governada pelos seus líderes religiosos e leis em áreas como
casamento, divórcio e herança. Em troca, eles eram obrigados a
pagar tributo, um imposto (jizya) que lhes davam direito a
proteção Muçulmana contra agressão externa e que ainda os
isentava do serviço militar. Dessa forma, era chamado de “o protegido
(dhimmi). Com efeito, frequentemente significava menos impostos, maior
autonomia (ênfase adicionada)…
Apesar do tom efusivo com relação ao domínio Muçulmano, a noção de que a
jizya foi extraída a fim de comprar “proteção Muçulmana de agressão externa”
é uma mentira deslavada. Igualmente falsa é a afirmação de Esposito de que a
jizya foi paga para “isentar-los [não Muçulmanos] do serviço militar – como se
os conquistadores Muçulmanos quisessem ou permitissem que “infiéis”
subjugados pudessem lutar ao lado deles em nome da jihad (guerra santa
contra infiéis) sem primeiro se converterem ao Islã.
Contudo, esses dois mitos – de que a jizya era uma “proteção Muçulmana à
agressão externa” e a isenção do serviço militar – é agora amplamente aceito.
No artigo “Nada ‘Islâmico’ Sobre ISIS, Parte II: O que a ‘Jizya’
Realmente Significa”, um tal de Hesham A. Hassaballa recicla estas
invenções no BeliefNet citando o Sultão Sohaib , capelão Muçulmano
da Universidade de Princeton, que conclui: “Assim, a jizya é nada mais e
nada menos do que uma isenção fiscal em substituição ao serviço militar e, em
compensação, para o «pacto de proteção» (dhimmah) concedido a esses
cidadãos pelo Estado Islâmico.”
Na realidade e como demonstrado acima, através da variedade de palavras
das autoridades Muçulmanas, passado e presente, jizya foi, e ainda é
realmente, dinheiro de proteção – proteção esta, e não externa como Esposito
e outros argumentam, mas dos próprios Muçulmanos circunvizinhos. Se for do
primeiro califado de mais de um milênio atrás, ou se é do mais novo califado, o
Estado Islâmico (ISIS), soberanos Muçulmanos continuam considerando a vida
de seus súditos “infiéis” um caso perdido a não ser que eles a comprem, a
resgate com dinheiro. Dito de outro modo, o infiel subjugado é uma besta para
ser ordenhada “até não dar mais leite, até sair sangue.” Para citar as palavras
memoráveis de um antigo califa.
Não há nada humano, razoável, ou admirável sobre as exigências por jizya
feita por uma minoria de subjugados não Muçulmanos, como os meios
acadêmicos argumentam. Jizya é simplesmente extorsão de dinheiro. A sua
função tem sido sempre a de prover os não Muçulmanos da proteção de
Muçulmanos: pague, ou se converta ao Islã, senão morre.
Isto está prescrito em ambos, Alcorão e Hadith, os pilares gêmeos do Islã.
Resumindo, a jizya representa ainda outro fato repulsivo do Islã – contribui com
a ofensiva jihad, imperialismo, misoginia, escravatura, etc. – algo que distorce
como pode e que o meio acadêmico não consegue esconder, mesmo quando o
mundo está de braços cruzados assistindo a sua retomada em pleno século
XXI.
Tradução: Sebastian Cazeiro