JORNAL CB

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/24/2019 JORNAL CB

    1/4

    Jornal CBLeitores!! O Jornal CB uma parceria entre o Centro Universitrio Franciscano e a escola Ccero Barreto. Duranteo segundo semestre de 2013, as acadmicas do Curso de Comunicao Social Jornalismo Franciele e Luanarealizaram um projeto para a confeco do Jornal da escola. As turmas 102 e 105 do primeiro do ensino mdioparticiparam e zeram o trabalho de apurao para a posterior escrita do jornal. Aproveite a leitura e conhea osescritores da escola!

    Quando um jovem decide cursar jornalismo, em geral,o seu desejo de transformar o mundo, ajudar as pessoas,as comunidades, como um super-heri. Durante a facul-

    dade, esse sonho parece distante, mas tona-se real quandonos damos conta que ao transformarmos ns mesmos e olugar que habitamos, porque uma maneira de, sim, trans-formarmos o mundo.

    A partir do quarto semestre, na disciplina de Comuni-cao Comunitria, temos a oportunidade de fazer nossoprimeiro trabalho de campo. O projeto Jornal na escola:desenvolvimento da cidadania, desenvolvido na EscolaBsica Estadual Ccero Barreto, foi a oportunidade de mo-dicarmos nossa realidade e de quem participou.

    Esse trabalho teve como objetivo criar um jornal da Esco-la, de modo que a escola e sua comunidade possam ter maiorvisibilidade, por meio da publicao de suas atividades esuas reivindicaes. Ao considerar a constituio brasileirade direitos humanos, a qual prev o direito educao e cidadania, justicamos o presente projeto porque ao propor-cionar aos alunos a possibilidade escolherem as temticas,escreverem os textos e fotografarem para seu prprio jornal,eles estaro consolidando um aprendizado multidisciplinarvisto que ocuparo o contedo de diferentes disciplinas eexercendo o direito de cidadania j que foram os narrados e

    atores sociais participantes da produo do jornal, alm deserem lidos por toda comunidade escolar.

    Esse projeto tornou-se relevante porque possibilitouaos alunos a oportunidade de um trabalho prtico que uniuteoria e prtica dentro e fora da sala de aula. Ainda, os pos-sibilitou a compreender as noes de direitos e deveres hu-manos ao selecionar o que poder ou no constar no jornal.

    Que o prximo ano, traga novas experincias ao for-matarmos a prxima edio do jornal e mantenha viva avontade de fazer um mundo melhor e justo. Que os alunosmantenham a vontade de pesquisar, entrevistar e buscar

    solues para os problemas da escola a partir do dilogo eda produo do Jornal.

    Franciele Marques e Luana IensenAcadmicas do Curso de Jornalismo.

    Turma 102

    Turma 105

    Jornalismo na Comunidade

    Charge

    Edemar Ribeiro - 105

  • 7/24/2019 JORNAL CB

    2/4

    O Festival Internacional de Balonismo que ocorre em

    Santa Maria tem a presena de grandes balonistas nacionais

    e internacionais que alegraram quem os via pelo cu. Os ba-

    les coloridos deixavam nossa cidade mais linda e esplen-

    dorosa que de costume. Mas neste ano, ocorreu um incndio

    em uma boate que infelizmente diversas pessoas faleceram,

    no somente pessoas, mas tambm o futuro de nosso pas.

    Por esse trgico motivo, este ano no veio a ocorrer o presti-

    gioso festival de bales. Que pelo meu ver tinha que aconte-

    cer, para que talvez alegrasse nossa tristonha cidade.

    Jonathan do Carmo - 102

    Percebo que a minha escola j mudou um bom bocado,

    mas acredito que se podem melhorar muitas coisas ainda,

    como melhorar a limpeza, porque em um lugar sujo, mau

    organizado, por exemplo, os banheiros, no so adequa-

    dos para nosso dia a dia.

    Mas fora isso, acredito que minha escola evoluiu muito de

    uns anos para c, coisas novas foram feitas como a rdio que

    foi uma ideia bem legal, que acredito que vrios alunos gosta-

    ram e muito e vrias outras melhorias que a minha escola teve.

    Mariane Schutlz -105

    A droga destri vidas e famlias, o que j foi uma veznunca vai ser novamente. Foi noticiado que uma me fez

    uma jaula dentro de um quarto para tirar seu lho das dro-

    gas, para no ver seu lho roubar e assaltar as lojas, nem

    ver seu lho usar crack. Ela colocou corrente no p do

    adolescente e o amarrou no p da cama.

    Sou contra as drogas, lamento pelas famlias e peo a

    Deus que tenha piedade de todas as famlias pelo sofri-

    mento que elas passam. Diga no s drogas.

    Lidiane Loureiro - 105Eu apoio os protestos que os professores esto fazendo.

    Acredito sim que os professores tm que pedir melhoria

    nas escolas como tambm pedir aumento para eles. Esses

    prossionais merecem no s o seu 13 salrio como tem

    que ganhar muito mais, porque eles levantam cedo da ma-

    nh para dar aula e s vezes tem uns professores que do

    mais ateno para os alunos do que os prprios pais.

    Tambm, se eles no quisessem no dariam nem aula para

    ns e cariam em casa cuidando de seus lhos, mas estoaqui nos ensinando coisas boas para o nosso futuro. Por isso,

    devem ser valorizados pela sociedade e pelo poder pblico.

    Vanessa - 105

    O meu lugar

    Todos ns temos um lugar onde sabemos que nosso,um lugar onde nos sentimos bem, confortveis. Um lugaronde encontramos paz, lugar onde possamos reetir sobrenossa vida, sobre nossos atos.

    Eu tenho meu lugar, onde me sinto melhor: o meu quarto.Nele eu penso, eu encontro a paz que eu preciso, e s l eudescanso. um lugar que meu, ningum pode mudar, s eu. o meu lugar! Onde tudo ca perfeito na minha imaginao.

    Mariane Schultz - 105

    Jornal CB, Santa Maria, dezembro, 2013.

    Artigo de opinio

    Crnica

    Polcia vergonha

    Nesse m de semana, fui roubada em plena praapblica onde vrios policiais faziam a ronda. Depois doacontecido, procurei uma viatura e mostrei a pessoa que

    estava com meu celular e o policial alm de fazer piadinhada situao disse que nada poderia fazer, pois no tinhavisto e no era considerado agrante.

    O que me indigna que se tm seis pessoas em umaesquina, os policiais colocam na parede e por nada fazemrevista. E eu que mostrei quem tinha me roubado, no ze-ram nada alm de dar risada.

    Uma vergonha, uma falta de respeito. Ganham para nofazer nada. Quando iro nos defender de verdade?

    Lidiane Loureiro - 105

    Carta do leitor

    Copa no Brasil

    A copa no Brasil vai ser uma experincia muito boa paraos brasileiros entenderam que uma festa espetacular e sacontece quando unimos todos os povos independente de re-ligio e outra coisa qualquer. A copa tambm ser um estudofundamental para que possamos ser reconhecidos e admiradosno Brasil inteiro. Se a copa no Brasil, a festa de todos poruma paixo incondicional, o futebol. A copa do mundo nossa!

    Natlia Saldanha - 105

    Protesto contra os maus tratos aos animais

    Na atualidade, os animais esto sofrendo muitos maus

    tratos pelos humanos. Quando vemos cenas de animais

    sendo maltratados camos horrorizados. Como um ser hu-

    mano pode ser to cruel e maltratar animais inocentes? Eu

    co indignada com tamanha crueldade.

    Em minha opinio, as leis contra mais tratos aos ani-

    mais deveriam ser mais rigorosas evitando que qualquer

    tipo de agresso seja feita. Enquanto isso no acontece,eu

    fao a minha parte e no deixo que ningum os maltrate.

    Ana Carolina Gonalves - 105

  • 7/24/2019 JORNAL CB

    3/4

    Os descasos com a estrutura do colgio

    A escola Ccero Barreto, fundada em 14 de julho de1930, hoje com 83 anos, encontra-se com alguns proble-mas estruturais, relatados em entrevistas com alunos ecom a vice-diretora do turno da manh, Vnia ElisabetCunha Pires, 53 anos. A professora admite que h proble-

    mas para serem resolvidos na escola, como tambm a faltade verbas. Casos mais comuns informados pelos alunos,Guilherme Fonseca,18 anos, do 2 ano do ensino mdio eCamila Souza, 15 anos, da 8 serie do ensino fundamental.

    Entrevista com a Professora Vnia

    Jornal CB: O que voc pensa sobre a estrutura escolar?

    Acho que h muitas coisas a serem melhoradasJornal CB: Existe algum projeto de melhoria para a

    escola ?Olha, esses projetos todos foram levados para o governodo estado e para PDO (Plano de desenvolvimento de obras)porque so obras que seriam ideais mas a gente no tem di-nheiro para realizar, como a quadra, cobertura da quadra,arrumar o ambiente da vice-direo porque isso aqui umcubculo, os banheiros l em cima, climatizar as salas deaula, fazer ajardinamento, so melhorias essenciais.Jornal CB: Quais as atitudes que foram tomadas aps

    os arrombamentos que ocorreram nesse ano?

    Foi feito o procedimento legal dos BOs, s no foi repostonada porque no h verbas para repor.Jornal CB: Em relao a estrutura de segurana?

    Foram colocadas mais grades de modo diferente, e ago-ra est sendo feito um oramento para pr as grades maisprximas das janelas.Jornal CB: Voc acredita que a segurana do colgio

    precisa ser melhorada? Por que e como?

    Precisa. Precisaria de cmeras em todas as reas, tendomonitoramento 24 horas e com sistema de alarme.

    Jornal CB: O que voc pensa sobre a limpeza escolar?Eu acho que deixa muito a desejar, por que os alunos nocolaboram e temos poucos funcionrios, so apenas trspara uma grande escola.Jornal CB: Quando foi a ltima reforma da escola?

    H cinco ou seis anos atrs.

    Entrevista com os alunos da escola

    Jornal CB: H algum problema na sua sala de aula?

    Guilherme: Tinha uma lmpada que estava caindo, a porta,s vezes, tnhamos que colocar papel para fech-la.Camila: Sim, a porta, as janelas no abrem, o quadro estcheio de ssuras, a pintura est muito gasta, ventilador nofunciona direito.

    Jornal CB: Voc percebe algum problema na estrutura

    da escola?

    Guilherme: A forma de organizao. Poderiam ter algunsarmrios nos corredores, cada professor poderia ter suaprpria sala, poderia haver um intervalo a cada perodopara que possamos ir aos armrios pegar os livros.Camila: H rachaduras na quadra, no h rea para que um

    grande numero de alunos quem abrigados quando chove.Jornal CB: O que voc gostaria que mudasse na sua

    escola?

    Guilherme: O grmio est sem sala, deveria ter maisalgumas salas na escola, menos pichaes e manuten-es na pintura.Camila: Deveriam ter mais projetos, mais aulas de reforoe alimentao balanceada.

    Iohan da Silva, Larissa de Oliveira,Thain Pinheiro e Thase Pinheiro - 102

    Jornal CB, Santa Maria, dezembro, 2013.

    Quadrinhos

    Jonathan do Carmo - 102

    Acreditar numamanh melhor acreditar naSua prpria

    capacidade deconstruir o futuro.

    Existe uma grandefelicidade emsabermos que estamosno lugar certo e na hora

    exata e que de umaforma ou de outra,somos teis spessoas que precisamde algum.Este o segredoda amizade.

    Poesias

    Edemar Ribeiro - 105

    Se os beijosfossem gua,te daria o oceano.Se os abraosfossem plantas,te daria a oresta.Se a vida fosse planeta,

    te daria uma galxiaSe amor fosse vida,te daria a minha.

    A educao nuncafoi despesa,

    sempre foi uminvestimentocom retorno garantido.

  • 7/24/2019 JORNAL CB

    4/4

    Jornal CB, Santa Maria, dezembro, 2013.

    Expediente

    Textos:

    Ana Carolina Gonalves, Iohan da Silva, Jonathan do Car-Iohan da Silva, Jonathan do Car-Jonathan do Car-

    mo, Larissa de Oliveira, Lidiane Loureiro, Mariane Schultz,

    Natlia Saldanha, Thain Pinheiro, Thas Pinheiroe Vanessa.

    Quadrinhos e tiras:

    Edemar Ribeiro e Jonathan do Carmo.

    Diagramao:

    Franciele Marques e Luana Iensen.

    Tiragem: 500 exemplares

    Trabalho de Comunicao Comunitria II -

    Jornalismo - Centro Universitrio Franciscano

    Distribuio gratuita

    Produzir um jornal escolar, feito quase que artesanal-mente em sala de aula, um processo mobilizador. Mobili-za alunos, professores, colaboradores e toda a comunidadeque se constitui em torno da escola. E isto porque ele, ojornal, mostra aquilo que a escola tem de mais vivo: a pa-

    lavra das crianas e dos adolescentes.De repente, os alunos se tornam autores, protagonistas,

    fontes, redatores e editores e veem sua produo materiali-zada no jornal. Sua expresso, seu texto, sua opinio estoali registradas. Valor inestimvel para a autoestima, para oexerccio da cidadania, para a livre expresso. Importanteretorno para as famlias que percebem outros modos deconhecer e avaliar o contexto escolar dos seus lhos.

    Fcil? Certamente no. O processo de produo de umjornal implica muitas etapas e, principalmente, persistn-cia por parte de quem orienta.

    Ouvir torna-se um exerccio fundamental. da escu-ta que emergem as pautas mais provocativas e criativas.E ouvir costuma ser um exerccio democrtico, porqueideias discordantes costumam incomodar. No entanto, elasso fundamentais justamente porque desacomodam, desa-lojam saberes e atitudes j cristalizadas.

    Ouvir um exerccio central prtica do jornalismo evem aliada ao processo de apurao das informaes. Aescola precisa da escuta em todos os seus mbitos. Nessesentido, o jornal escolar a escuta materializada das din-micas e da vitalidade que transbordam das salas de aula.

    aliar a comunicao e a educao num processo efeti-vamente coletivo e comunitrio. Que essa edio que ago-ra entregue comunidade escolar integre a mobilizaopor uma escola e uma educao melhor.

    Rosana Cabral Zucolo - Professora Jornalismo(Centro Universitrio Franciscano)

    O ano letivo est terminando e acredito ser necessriofazer uma anlise de tudo aquilo que vivenciamos na esco-la. A direo mudou, a escola mudou, todos ns mudamose eu vejo e ouo a cada momento, em cada ao, em cadagesto, em cada fato, que foi para melhor.

    Hoje a EBE Ccero Barreto constri as bases para umanova era na sua prtica pedaggica. No foi fcil, muitasforam s vezes que pensei em abandonar o barco, maso apoio da equipe diretiva e dos colegas professores medavam foras para continuar. As buscas pelos projetos,pelas parcerias junto a entidades estudantis e comunidadenos chamavam a enfrentar novos desaos, criar frmulaspara integrar e motivar nossos alunos.

    Hoje, a V Mostra Pedaggica nos deu o retorno de tudoaquilo que construmos. Nossos alunos superaram todas asnossas expectativas, mostraram do quanto so capazes e oquanto querem ser instigados na busca da construo doconhecimento, no romper com o convencional, no prota-gonizar a sua prpria aprendizagem. Ao avaliarmos todasas nossas aes, com certeza vamos encontrar falhas e per-ceber que existem outros caminhos e possibilidades, queno enxergamos, mas que em um futuro prximo poderose analisados e implantados na escola.

    Claro que neste momento eu no poderia deixar de citaros projetos desenvolvidos na escola em parceria com o Cursode Jornalismo da Unifra, que motivou os alunos envolvidos aproduzirem um excelente material para V Mostra Pedaggi-ca. Acredito que parcerias desta natureza tm como principalobjetivo o crescimento do grupo como um todo, por isso que-ro parabenizar a Luana e a Franciele pelo trabalho realizado edizer que a nossa escola sempre acolher com carinho aqueleque aqui vier com o objetivo de ajudar-nos a crescer. Para-bns a vocs acadmicas pelo belo trabalho.

    Sandra Inamar da Silva - Diretora Escola Ccero Barreto

    Faces de um projeto comunitrio

    Aos alunos e aos professores da Escola Ccero Barretoum agradecimento especial pela convivncia!

    Franciele e Luana