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Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal no Estado de Minas Gerais Ano II - Edição 13 Tiragem: 5.700 21 d e A gosto de 20 10 Conheça as vantagens de se filiar ao seu Sindicato Página 6 Aposentadoria ameaçada: governo quer o fim da paridade Páginas 2 Sindicatos unem-se para lutar pelas PECs 555/06 e 270/08 Página 8 PARADA ESTRATÉGICA A suspensão da greve não significa que o movimento está "parado". Muito pelo contrário. A hora é de pensar novos passos e negociar com as administrações dos tribunais a garantia do direito de greve. Em nível nacional, uma rodada de assembleias está prevista para o final de agosto; enquanto isso, os mineiros, discretos, mas nunca inertes, unem forças com outros sindicatos e entidades para combater os desmandos do governo. Preparem-se: a luta está para recomeçar. Fotos: Erinei Lima Reuniões com a Justiça Federal, o TRT, TRE e outros sindicatos constroem o caminho para assegurar a continuidade da busca pelo PCS Páginas 2 a 5

Jornal do SITRAEMG nº 13 - 2010

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JORNAL DO SITRAEMG

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Page 1: Jornal do SITRAEMG nº 13 - 2010

Sindicato dos Trabalhadores do Poder

Judiciário Federal no Estado de Minas Gerais

Ano II - Edição 13Tiragem: 5.700

21 de Agosto de 2010

Conheça as vantagens de se filiar ao seu

SindicatoPágina 6

Aposentadoria ameaçada: governo

quer o fim da paridadePáginas 2

Sindicatos unem-se para lutar pelas PECs

555/06 e 270/08Página 8

PARADA ESTRATÉGICA

A suspensão da greve não significa que o movimento está "parado". Muito pelo contrário. A hora é de pensar novos passos e negociar com as administrações dos tribunais a garantia do direito de greve. Em nível nacional, uma rodada de assembleias está prevista para o final de agosto; enquanto isso, os mineiros, discretos, mas nunca inertes, unem forças com outros sindicatos e entidades para combater os desmandos do governo. Preparem-se: a luta está para recomeçar.

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Reuniões com a Justiça Federal, o TRT, TRE e outros sindicatos constroem o caminho para assegurar a continuidade da busca pelo PCS

Páginas 2 a 5

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2ANO II - EDIÇÃO 13

JORNAL DO SITRAEMG JORNAL DO SITRAEMG

OPINIÃO DO SITRAEMGA “garantia” do PCS-4 está em

nossa forçaA campanha contra o conge-

lamento salarial e pela aprovação do PCS-4 continua. E é necessário intensificar a participação da cate-goria num momento ainda de inde-finição quando ao projeto que revisa o Plano de Cargos e Salários (PL 6613/2009).

Falar em recomeço talvez não seja o ideal, pois a rigor essa luta não parou com a suspensão da greve. Obtivemos avanços inegáveis com a nossa mobilização, que em Minas Gerais alcançou mar-cos históricos – seja no tempo de duração, no nível de participa-ção ou na quantidade de manifestações rea-lizadas.

Já no ano passado não teríamos o projeto nos moldes em que ele está se não fossem a pres-são da categoria e as paralisações que levaram o STF a enviar a proposta ao Congresso Nacional.

O processo foi lento, mas seguiu tendo avanços: aprovação come-morada pelos servidores na Comis-são de Trabalho da Câmara; rejei-ção nesta mesma comissão do PLP 549/2009, que pode levar ao con-gelamento salarial por dez anos; e a

inclusão, pelo Poder Judiciário, do PL 6613 na proposta de previsão orçamentária enviada ao Ministério do Planejamento.

Foram passos importantes dados rumos à conquista do PCS, mas que, não se deve esquecer, segue sendo apenas um projeto, que ain-da enfrenta a resistência do governo federal e tropeça no empenho pou-co enérgico do Supremo Tribunal Federal, cujo presidente, ministro Cezar Peluso, diz confiar na palavra

do governo Lula. O problema é

que, mesmo nesse caso, essa ‘confiança’ esbarra num ‘acordo’, que saiu daquela reu-nião entre os chefes dos dois poderes da

República, que prevê apenas que a proposta final será definida após as eleições de outubro e será submeti-da ao crivo do próximo presidente eleito.

Enfim, por mais que haja quem propague o contrário, fato é que, não obstante os avanços, não há garantia de nada ainda. Só é possível confiar na nossa capacidade de mobilização e de pressão sobre a cúpula do Judi-ciário, parlamentares e o governo.

Todos os avanços ob-tidos até aqui foram

frutos da mobilização da categoria

SITRAEMG - Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal no Estado de Minas Gerais •Endereço Rua Euclides da Cunha, 14 - Prado - Belo Horizonte - MG - CEP: 30410-010 •Telefones (31)

4501-1500 ou 0800.283.4302 •Site www.sitraemg.org.br •Diretoria Colegiada Alexandre Brandi, Alexandre Magnus, Célio Izidoro, Etur

Zehuri, Eva do Nascimento, Fernando Neves, Gilda Falconi, Luiz Fernando, Mário Alves, Mauro Sales, Sebastião Edmar •Edição e Reportagens Gil Carlos Dias - Mtb 01759, Janaina Rochido - Mtb 13878 e Hélcio Duarte Filho - Mtb JP16379RJ •Projeto Gráfico/

Editoração Flávio Faustino

EXPEDIENTE

ERRATA: Em matéria intitulada “Corte de ponto não! SITRAEMG busca nego-

ciar compensação dos dias parados”, publicada na página 6 do JORNAL DO SITRAEMG (Edição 12, de 19/07/2010), informamos, incorretamente, que “Na Justiça Federal, a direção do foro chegou a ameaçar cortar a inde-nização de transporte dos oficiais de justiça...”. Pedimos desculpas a todos pelo equívoco e, retificando a informação, esclarecemos que houve, sim, o corte da indenização de transporte dos oficiais de justiça da Justiça Federal e, também, da Justiça do Trabalho. O SITRAEMG, no entanto, tenta rever-ter este corte na mesa de negociações com as administrações sobre a greve com as administrações da Seção Judiciária de Minas Gerais e do TRT.

APOSENTADORIA AMEAÇADA

Governo estuda por fim à paridade entre servidor

ativo e aposentadoMinistro diz que prepara pacote de medidas para futuro governo

aplicar; servidores propõem preparar resistência já

O Ministério da Previdência já se debruça sobre medidas para alterar a legislação previdenciária e conter as despesas com aposen-tadorias, num pacote a ser deixa-do, de ‘presente’, para o próximo governo aplicar. Os servidores são os principais alvos.

A informação é do próprio ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas. "Quando se fala em previdência, me sinto respon-sável por discutir também a do ser-vidor público, porque o custo para o país é imenso e a sociedade pre-cisar saber que paga essa conta", disse o ministro, segundo o jornal “Valor Econômico”, no dia 26 de julho.

A paridade entre ativos e apo-sentados é um dos alvos de sempre. Dentre as medidas estudadas, diz a reportagem, está a “convergência entre as regras em vigor no regime geral de previdência social e as que compõem o regime de previdência dos servidores”. O que se omite é que a tendência histórica das apo-sentadorias concedidas pelo regi-me geral (INSS) é ‘convergir’ ao longo do tempo para algo entre um e dois salários mínimos.

Servidores: organizar já a resistência

Sindicalistas já alertam para a ameaça que se anuncia. “Preci-samos fazer um amplo debate na Cnesf [a coordenação nacional do funcionalismo]”, disse Pau-lo Barella, dirigente sindical do IBGE, ao prever um “endureci-mento” nas relações do governo com o funcionalismo e propor um seminário nacional sobre o tema.

Dirigentes do SITRAEMG também defendem a organização preventiva do setor. “Mais uma vez estão querendo culpar o ser-vidor pela conta da Previdência”,

critica Fernando Neves, diretor do SITRAEMG, para quem o assunto deve envolver tanto aposentados quanto servidores da ativa. Opi-nião compartilhada pela direto-ra responsável pela coordenação do Núcleo de Aposentados do SITRAEMG, Gilda Falconi, que pretende pautar o tema nas reuni-ões dos aposentados realizadas no sindicato.

O presidente Alexandre Brandi é enfático: "A aposentadoria inte-gral e a estabilidade são os pilares do serviço público de qualidade e o governo pretende aniquilar com a aposentadoria do servidor", dis-se.

Mídia faz campanha contra paridade

Coube ao mesmo jornal, “Valor Econômico”, detalhar em editorial o que ao menos parte dos setores empresariais defende. Diz o texto, publicado em 9 de agosto, que as contas do setor no primeiro tri-mestre do ano mostram a “neces-sidade urgente de reforma institu-cional nessa área”. Mas adiante, diz que há “uma distorção inominável [no] sistema de aposentadoria do funcionalismo”, no qual “toda vez que o governo aumenta o salário de um servidor da ativa, o apo-sentado recebe o mesmo percen-tual”. O que, segundo o editorial, “contraria os fundamentos do bom cálculo atuarial” e não tem “senti-do econômico” porque aumen-tos reais só se justificariam como “incentivo à elevação da produti-vidade”. É como eles veem os apo-sentados.(a íntegra deste texto está em www.sitraemg.org.br, publicado em 16/08/2010)

Por Hélcio Duarte Filho - Jornalista do LutaFenajufe, especial para o SITRAEMG

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3JORNAL DO SITRAEMGANO II - EDIÇÃO 13

Ao pedir que o Ministério do Planejamento inclua a previsão de recursos para o PL 6613/2009 na proposta de orçamento do Poder Judiciário, o STF assu-miu de modo mais explícito a defesa da proposta. É mais um passo rumo ao PCS-4, dado sob pressão dos servidores, mas não significa que tal conquista esteja assegurada.

É o que afirmam lideranças sindicais e assessores técnicos ouvidos pela reportagem deste jornal. “Precisamos retomar as mobilizações porque ainda não temos nada garantido”, defende Saulo Arcangeli, diretor licenciado da federação nacional (Fenajufe). Não está garantido nem sequer que a previsão orça-mentária de fato constará na Lei Orçamentária Anual de 2011, cujo texto ainda será enviado pelo governo ao Congresso Nacional. Sobre isso, há infor-mações contraditórias dentro do próprio Supremo, embora o diretor de Recursos Humanos, Amarildo Vieira, já tenha dado o alerta: haveria resistência do governo em incluir a previsão no orçamento.

No dia 5 de agosto, dia

seguinte às primeiras manifesta-ções nacionais após a suspensão da greve, chegou à Fenajufe, via Correios, um ofício assinado pelo diretor-geral do STF, Alcides Diniz, informando que o pedido de previsão para o PCS-4 fora incluído na proposta de orçamento de 2011 enviada pelo Judiciário ao Planejamen-to. O problema é que, embora isso tenha peso, é o Executivo que decide o que fica ou não no orçamento.

‘Projeto em disputa no Congresso’

Embora o documento envia-do à federação apenas confir-me o que o presidente do STF, Cezar Peluso, já havia dito a diri-gentes sindicais da categoria, na reunião do dia 22 de julho, o fato de a entidade ter sido informada formalmente exatamente numa data de protestos, tem natural-mente significado simbólico e político não desprezível.

O texto assinado pelo dire-tor-geral do Supremo Tribunal Federal, informa que o pedido foi encaminhado ao Ministério do Planejamento e à Secretaria de

Orçamento Federal (SOF) para inclusão de valores necessários à implanta-ção do PL 6613/2009 na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2011 (duas par-celas de 25%, em janeiro e julho) e de 2012 (outras duas parcelas).

Na avaliação de asses-sores técnicos, a inclusão do projeto na proposta orçamentária do Judiciá-rio é um avanço indiscu-tível, mas não definitivo. “Não está garantido, mas fica mais fácil, pior se não tiver previsão”, diz Mar-cos Verleine, do Depar-tamento Intersindical de Assessoria Parlamentar - Diap. “É um bom sinal,

mas o projeto está em disputa no Congresso Nacional”, avalia. Essa disputa, explica, acontece-rá já na definição do que fica e do que cai no texto final da Lei Orçamentária Anual. “É aí que vai haver a disputa”, alerta.

O assessor econômico Washington Lima também con-sidera a inclusão orçamentária um passo importante, embora ainda não decisivo. Isto por-que o governo não é obrigado a acatar a proposta do Judiciário e tem poder para modificá-la, inclusive excluindo valores. Ele ressalta ainda que isso, a previ-são na LOA, não é pressuposto para aprovação do projeto, cujas definições passam mais por aspectos políticos e não técni-cos. “Todos os outros três PCS’s foram aprovados sem previsão no orçamento”, recorda. Mesmo assim, observa, o ato político do Supremo tem peso considerável na luta pela aprovação do pro-jeto, que se encontra parado na Comissão de Finanças da Câma-ra dos Deputados.

Por Hélcio Duarte Filho - Jornalista do LutaFenajufe, especial para o SITRAEMG

PCS-4 – A LUTA CONTINUA

Pressão fez STF incluir PCS na proposta de orçamento, mas há resistência no governo

Reunião nacional da categoria avalia que é preciso retomar as mobilizações; avanços refletem pressão da greve, mas

ainda não garantem aprovação do projeto

Para garantir PCS, servidores aprovam

retomada das mobilizações

Na reunião em que, pela primei-ra vez desde que assumiu o posto máximo do STF, recebeu represen-tantes da federação nacional (Fena-jufe), o ministro Cezar Peluso disse não ter motivos para não confiar no governo Lula no que se refere ao PCS-4.

Essa ‘confiança’, no entanto, não tem correspondência no que pensam muitos dirigentes sindicais e servi-dores. “Não há como confiar nesse governo, somente com uma forte mobilização em todo o país vamos conquistar mais esse PCS”, defende Jailson Lage, servidor do Judiciário Federal na Bahia. “O governo fede-ral tem descumprido uma série de acordos que ele fez com o funciona-lismo”, alerta Antonio Melquíades, dirigente da Fenajufe.

Segundo os relatos, Peluso dis-se, na reunião ocorrida no dia 22 de julho, que os servidores estão muito “ansiosos” com o projeto, que, na visão dele, caminha como o combi-nado e deverá ser objeto de um acor-do a ser firmado após as eleições.

O problema é que o ‘combinado’ no encontro entre os presidentes dos dois poderes, que aconteceu em meio à greve nacional da cate-goria, prevê que a proposta, a ser negociada, teria que passar pelo crivo do próximo presidente eleito. Para complicar, dois outros novos elementos têm que ser levados em consideração: o pedido de audiên-cia pública requerido pelo relator do PL 6613, Ricardo Berzoini (PT-SP), e o recente envio pelo STF de proposta de novo reajuste para os magistrados.

Na reunião ampliada da fede-ração, realizada no dia 1º de agos-to, em Brasília, a categoria decidiu retomar a mobilização por entender que nada está garantido. Além dos atos promovidos no dia 4, estão pre-vistos rodada de assembléias de 25 a 27 de agosto e novas manifestações nacionais em 2 de setembro.

Na avaliação de Alexandre Bran-di, presidente do SITRAEMG e também diretor da federação em exercício, “não tem nada resolvi-do” quanto ao PCS-4, que segue “em disputa”. Falar diferente disso, avalia, é querer “ter bola de cristal”. Para ele, foi muito “importante defi-nir um calendário de mobilizações”. (HDF)

Alexandre Brandi, presidente do SITRAEMG, na Ampliada de 1º de agosto: “Foi muito importante definir um calendário de mobilizações”

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4 JORNAL DO SITRAEMGANO II - EDIÇÃO 13

JORNAL DO SITRAEMG

Ato público realizado no dia 29 de julho, em frente ao prédio do TRE da avenida Prudente de Morais, em Belo Horizonte, marcou a retomada da mobilização após pausa de duas semanas que determinou a suspensão da greve que durou 60 dias no esta-do, entre os meses de maio e julho. Os participantes do ato chegaram a aprovar a proposta de paralisação de 24 horas no dia 4 de agosto, data prevista no calendário nacional de mobilização como “Dia do Apagão no Judiciário Federal”. No entanto, houve um recuo em grande parte dos estados, o que ficou ainda mais claro na reunião ampliada da Fenajufe, em 1º de agosto. No Distrito Federal, por exemplo, não haveria paralisação; em São Paulo, os servidores paralisariam apenas duas horas. Diante disso, o SITRAEMG optou por convocar a categoria para a mobilização somen-te com a realização de ato público em Belo Horizonte, em frente ao prédio

do TRE, e manifestações nos locais de trabalho nas cidades do interior.

“O Apagão deixou de acontecer não por causa do comunicado do

TRE ou de qualquer outro tribunal, mas sim porque não houve um enca-

Revisão salarial

Mineiros realizam manifestações no dia do “Apagão” e reforçam mobilização pelo PCS

Em atos públicos na capital e no interior, servidores reafirmam compromisso de lutar até a aprovação do PL 6613/09 no Congresso Nacional

Ato público do TRE, em Belo Horizonte, em 4 de agosto...

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... e em Contagem

... e mobilizações dos servidores em Juiz de Fora...

minhamento unificado em Brasília”, esclareceu o presidente do Sindicato, Alexandre Brandi, durante o ato do dia 4, referindo-se ao comunicado por meio do qual o TRE havia anun-ciado que tomaria “medidas rigoro-sas” caso o movimento grevista dos servidores viesse a prejudicar os trabalhos no tribunal nesse período eleitoral.

Ainda durante o ato, os repre-sentantes do Sindicato lembraram aos servidores presentes que, ape-sar das notícias que dão como certa a aprovação do PL 6613/09, é bom ficar atento e não acreditar em nada que não seja divulgado pela Fena-jufe e os sindicatos filiados, como o SITRAEMG. “Entendo que ainda não houve nada de concreto sobre o

PCS e que estão [o governo] jogando com a gente”, alertou Brandi. Porém, avaliaram que houve avanço com a aprovação do projeto na CTASP. Além disso, o STF confirmou que já enviou o pedido de orçamento para o PCS4 ao Ministério do Planeja-mento e à Secretaria de Orçamento Federal (SOF). Há também a pre-ocupação em relação à audiência pública, que ainda não foi agendada, para discussão do projeto na Comis-são de Finanças e Tributação (CFT). Por tudo isso, a orientação a todos os servidores é no sentido de reforçar a luta pela revisão salarial.

Em Contagem, como em outras cidades do interior, os servidores também realizaram atividades de mobilização no dia do apagão.

Durante sua visita para verificar a preparação das eleições no TRE/MG na sexta-feira, 13, o presidente do TSE, ministro Ricardo Lewando-wski, recebeu a diretoria do SITRA-EMG, representada pelo presidente Alexandre Brandi e pelos diretores Etur Zehuri e Fernando Neves. O SITRAEMG entregou ao ministro um documento no qual pede apoio à luta pelo PCS e mais empenho da cúpula do Judiciário nas negocia-ções, atualmente estacionadas na Comissão de Finanças e Tributação – CFT.

No encontro, o presidente Ale-xandre Brandi colocou para o minis-tro as dificuldades enfrentadas nes-te PCS, inéditas até então: pedidos de audiência pública no Congresso, resistência do governo e de dirigen-tes do Judiciário, retaliações dos tribunais, liminares “podando” o direito de greve da categoria. “Está se criando uma jurisprudência mui-to perigosa que ataca o legítimo direto de greve da classe trabalha-

Ministro Lewandowski confirma:PCS sairá em quatro parcelas

Lewandowski (à esquerda) recebeu a diretoria do Sindicato e passou informes sobre o PCS

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5JORNAL DO SITRAEMGANO II - EDIÇÃO 13

No dia 2 de agosto, o SITRAEMG encaminhou ofí-cio às administrações dos tri-bunais federais informando sobre a mudança de programa-ção para o dia do Apagão em Minas: em vez da paralisação de 24 horas, seriam realizados apenas ato público na capital e outras atividades de mobiliza-ção no interior. E, no dia 3, o presidente Alexandre Brandi e os diretores Fernando Neves e Célio Izidoro reuniram-se com a diretora-geral do TRE/MG, Elizabeth Rezende, para refor-çar o informe.

A diretoria do Sindicato já havia se reunido com a direto-ra-geral e o novo presidente do TRE/MG, desembargador Kil-dare Carvalho, em 23 de julho,

para levar-lhes mais uma vez os esclarecimentos sobre a mobi-lização da categoria pela revi-são salarial e para avisar sobre o apagão que estava programado para 4 de agosto. Mas, em 29 de julho, a Diretoria-Geral expediu comunicado observando que, até aquele momento, o tribunal havia tratado com tranquilida-de a greve dos servidores, sem proceder desconto em folha e sem exigir a reposição dos dias parados. Advertiu, porém, que a partir de então a administra-ção iria tomar “medidas rigoro-sas” para garantir os trabalhos para realização das eleições.

Levado pelos representan-

tes do SITRAEMG à reunião ampliada da Fenajufe do dia 1º de agosto, o expediente do TRE provocou grande indig-nação entre os participantes, que aprovaram, por unanimi-

dade, moção de repúdio con-tra o ato do tribunal mineiro, ressaltando que ele atentava contra o “direito legítimo de

greve da categoria e lembran-do que o próprio presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, ao defender o PL 6613/09, reafir-mara que o projeto é de grande interesse do Poder Judiciário, por valorizar seus servidores”, dizia o documento.

Na reunião de 3 de agos-to, Elizabeth Rezende disse que, diante da programação da mobilização para o dia 4, não haveria mais a necessidade de medidas drásticas contra os servidores. Além disso, decla-rou-se confiante na luta pelo PCS.

A diretoria do SITRAEMG também já havia se reunido com o diretor-geral do TRT, Luís Paulo Garcia Faleiro, em 16 de julho, para prestar escla-recimentos sobre o movimento grevista e defender a substitui-ção do corte de ponto dos gre-vistas pela realização dos servi-ços represados.

Revisão salarial

As negociações e moção de repúdio contra ameaça do TRE

Sindicato se reúne com administrações dos tribunais para dar novos informes sobre a mobilização e resguardar direitos dos servidores

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... e com a diretora-geral do Tribunal Eleitoral, Elizabeth Rezende.

Sindicato e servidores componentes do Comando de Greve reunidos com o diretor-geral do TRT, Luis Paulo Faleiro (terno cinza)

No TRE, com o presidente, desembargador Kildare Carvalho...

dora garantido constitucionalmen-te”, alertou Brandi, acrescentando que “o que parece é que há um ali-nhamento dos poderes executivo e judiciário para combater a luta dos servidores”.

Em resposta, Lewandowski con-firmou algumas informações: por exemplo, que o presidente Lula prometeu que governo, judiciário e servidores voltarão a se reunir após as eleições, já conhecendo o novo presidente, para decidir defi-nitivamente sobre a aprovação do PL 6613/09 e que foi feita a inclu-são do PCS na proposta orçamen-tária do Judiciário Federal, porém, não no orçamento em si, mas em um anexo (Anexo V), posto que o PCS ainda não é uma lei. Além dis-so, ele confirmou que o pagamento do reajuste será escalonado, sendo 25% por semestre, iniciando-se em janeiro de 2011.

Você lê esta matéria completa em www.sitraemg.org.br, em 14/08/2010

Ministro Lewandowski confirma:PCS sairá em quatro parcelas

Lewandowski (à esquerda) recebeu a diretoria do Sindicato e passou informes sobre o PCS

Erinei Lima

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6 JORNAL DO SITRAEMGANO II - EDIÇÃO 13

JORNAL DO SITRAEMG

Quem chega agora dificil-mente sabe as inúmeras lutas que essa categoria, junto com o SITRAEMG, realizou para que o servidor tivesse uma vida mais digna. Através de mobi-lizações nacionais, a categoria conquistou três planos de car-gos e salários e está na batalha pelo quarto. Prossegue ainda a luta por um plano de carreira que valorize o serviço e o traba-lhador público.

O Sindicato se orgulha de todas as vitórias, e tem a ple-na consciência de que esse é o papel de uma entidade clas-sista de luta: atuar em defesa

dos trabalhadores. Trata-se de uma batalha política. Se a situ-ação está melhor hoje, é por-que muitos servidores se uni-ram, participaram de inúmeras assembleias, atos, paralisações e exerceram seu direito de gre-ve, nos árduos desafios de que-brar resistências no Congresso Nacional, no governo federal e, até mesmo, na cúpula do Judi-ciário.

O ritmo de trabalho impos-to ao servidor é cada vez mais intenso. Com o acúmulo de processos, o aumento da pres-são por diversos meios, além da ausência de uma política de

recursos humanos, o trabalha-dor fica cada vez mais suscetível a doenças ocupacionais (doen-ças psíquicas também podem ter relação com o trabalho, ou seja, serem consideradas ocupa-cionais), que vêm aumentando ano a ano.

Por tudo isso, é essencial para o trabalhador poder contar com um Sindicato que o defen-da e resguarde seus direitos. O SITRAEMG é o representante legítimo da categoria e aumen-tar o número de servidores filia-dos é questão de suma impor-tância para o fortalecimento das lutas. “Não é uma questão financeira”, como explica o pre-sidente Alexandre Brandi, “mas sim uma questão política, de fortalecimento da instituição e de reforço na luta pelos nossos direitos”.

SITRAEMG

Representatividade, assessoria e benefícios para os filiados

Com a ajuda do Sindicato, a categoria vem conseguindo vitórias expressivas na luta por direitos – a união entre entidade e servidores é fundamental

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Reformulação do Jurídico, com um corpo de profissionais forte e experiente. Ao centro, o presidente Alexandre Brandi e o advogado do SITRAEMG César Lignelli; nas

extremidades da mesa, os diretores jurídicos Gilda Falconi e Fernando Neves

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VAMOS FORTALECER O NOSSO SINDICATO. COMO? FILIANDO E TRAZENDO NOVOS FILIADOS!

Junto a esta edição do JORNAL DO SITRAEMG, você está rece-bendo também uma Ficha de Filiação. Se você já é filiado, ótimo. Nesse, caso repasse-a a algum colega ainda não filiado. E se ainda não é filiado, chegou a grande oportunidade de se filiar. Basta preencher e enviar a ficha ao Sindicato.

21 anos de história

O SITRAEMG foi fundado em 1989, menos de seis meses depois da promulgação da Constituição Federal de 1988, que reconheceu o direito dos servidores à representação sindical. Reunindo a princípio apenas os servidores da Justiça Trabalhista, logo ampliou sua base para os demais órgãos do Judiciário Federal: TRE, Jus-tiça Federal e Justiça Militar. Conta hoje com aproximada-mente 4 mil filiados.

As lutas abraçadas pelo

SindicatoPela provação do PL 6613/09 9(revisão salarial) e contra o PLP 549/09 (que congela os salários até 2019)Jornada de 6 horas 9Plano de carreira 9Pagamento de todos os passi- 9vos (quintos e URV)Paridade entre ativos e aposen- 9tadosMelhores condições de traba- 9lhoContra o assédio moral 9Não ao nepotismo 9Fim da terceirização 9

Novos rumos com a atual

diretoriaGarra, união, luta e disposição 9para enfrentar as forças gover-nistas e da própria cúpula do Judiciário.Jurídico forte para assegurar 9direitos adquiridos e buscar novas conquistas para a catego-ria e os filiados.Sede ampla e confortável para 9oferecer comodidade aos filia-dos nas assembleias, palestras, seminários e outros eventos nela realizados.Rede extensa de convênios, 9que inclui plano de saúde, hos-pitais, seguro de vida, telefonia celular, pousadas, hotéis e mui-tos outros serviços.

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7JORNAL DO SITRAEMGANO II - EDIÇÃO 13

Transparência

Ficha Limpa cerca maus candidatos e povo fiscalizaA Lei Complementar n.º

135/2010, mais conhecida por Lei da Ficha Limpa, foi sancionada em 4 de junho deste ano e está sendo celebrada como o “começo do fim” da impunidade para políticos envol-vidos com corrupção e outros crimes. Mais precisamente, em seu Artigo 2º, inciso I, alínea d, a lei prevê que estão inelegíveis aqueles para as eleições na qual concorrem, assim como nas que se realizarem nos oito anos seguin-tes, “os que tenham contra sua pes-soa representação julgada proceden-te pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, em processo de apuração de abuso do poder econô-mico ou político”. “O TRE de Minas está na vanguarda da aplicação da lei”, opinou Alexandre Brandi, presidente do SITRAEMG. “Isso é um alento à democracia, uma esperança para a população, infelizmente acostumada a ver políticos corruptos impunes”, disse ele, que é servidor da Casa.

Assim que a lei foi sancionada, políticos em todo o país começaram a pedir liminares para tentar escapar da lei, aproveitando-se da brecha segun-do a qual o candidato que tiver con-denações judiciais pode apresentar recurso, com efeito suspensivo, contra a decisão de segunda instância que o tenha condenado. Um dos primeiros beneficiados foi o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), que concorrerá às eleições deste ano com uma liminar proferida pelo ministro do Supremo

Candidatos barrados pelo TRE-MG com base na Lei Ficha Limpa

Tribunal Federal Gilmar Mendes. De acordo com informações divulgadas pelo STF, Fortes foi condenado por uma vara da Fazenda Pública do Piauí e pelo Tribunal de Justiça daquele Estado por suposta promoção pesso-al em publicidade de obras realizadas quando ele era prefeito de Teresina (de 1989 a 1993).

Mineiros na miraSegundo dados divulgados pelo

Tribunal Superior Eleitoral – TSE, em Minas Gerais, até o dia 16 de agos-to, já haviam sido pedidos o registro de oito candidaturas para governador e vice-governador, 12 para senador, 633 para deputado federal e outras 1106 para deputado estadual. O Tri-bunal Regional Eleitoral de Minas Gerais fez sessões praticamente diá-rias para julgamento dos registros de candidatura e informou que, de 19 de julho até 6 de agosto foram proto-colados um total de 1.752 pedidos de registros de candidaturas e, destes, foram indeferidos pelo menos 300. Dos indeferidos, 16 casos eram refe-rentes à Lei Ficha Limpa.

A Procuradoria Regional Eleito-ral de Minas Gerais tem acompanha-do o processo todo e, de acordo com informações divulgadas em seu site, a causa mais frequente de impugna-ção em Minas foi por falta do com-provante de escolaridade, conforme levantamento da entidade. A segun-da ocorrência refere-se à ausência da comprovação de desincompatibili-

zação, ou seja, afastamento no prazo legal dos servidores públicos.

Fiscalização da sociedade civil

Após a sanção presidencial, a vigi-lância popular em cima do projeto continua. Principalmente na internet, correm listas de políticos envolvidos com crimes de corrupção e sites nos quais se pode verificar quão transpa-rente e honesto é o seu candidato. Um deles é o Ficha Limpa (www.fichalimpa.org.br), iniciativa da Arti-culação Brasileira contra a Corrup-ção e a Impunidade (Abracci), com o apoio do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). O site apresenta um cadastro voluntário de candidatos que atendem à lei e se comprometem com a transparência de sua campanha eleitoral através da prestação de contas semanal de seus gastos. Somente após a avaliação de uma série de documentos o candida-to é autorizado (ou não) a figurar na lista.

Outra iniciativa, esta vinda de três estudantes universitários do Rio Grande do Sul, é o blog Promessas de Políticos (www.promessasdepo-liticos.com.br). Segundo a definição dos próprios criadores - João Pedro Rosa, Phelipe Ribeiro e Willian Grillo -, o objetivo do blog é “arquivar todas as promessas que nossos políti-cos estão fazendo para que nenhum cidadão jamais esqueça”. Para tal, eles

recolhem na mídia (e também rece-bem de cidadãos) notícias nas quais os candidatos falam de seus planos e propostas relacionados a ações de governo e arquivam, formando um grande banco de dados para consulta dos eleitores posteriormente.

CANDIDATO CARGO PRETENDIDO CAUSA DO INDEFERIMENTOAlfredo Pastori Neto (PSL) Deputado federal Prejuízo ao erário

Athos Avelino (PPS) Deputado estadual Abuso de poder políticoCarlinhos Bouzada (PCdoB) Deputado estadual Réu em ação civil públicaCarlos Alberto Pereira (PDT) Deputado federal Improbidade administrativa

Eduardo dos Santos Porcino (PV) Deputado estadual Crime contra a fé públicaFrancelino Silva Santos (PTdoB) Deputado estadual Improbidade administrativa

Geraldo Nascimento de Oliveira (PSOL) Deputado estadual Improbidade administrativaJosé Fuscaldi Cesílio (PTB) Deputado federal Captação e gastos ilícitos na campanha de 2006Leonídio Bouças (PMDB) Deputado estadual Improbidade administrativa

Maria Lúcia Mendonça (DEM) Deputada estadual Cassação do mandato de deputada estadualPatrícia dos Santos Martins Rocha (PMN) Deputada federal Improbidade administrativa

Pinduca Ferreira (PP) Deputado estadual Abuso de poder econômicoRonaldo Canabrava (PMN) Deputado estadual Cassação do mandato de prefeito de Sete Lagoas

Silas Brasileiro (PMDB) Deputado federal Improbidade administrativaWelington Magalhães (PMN) Deputado estadual Cassação de mandato de vereador de Belo Horizonte

Wellington José Menezes Alves (PCdoB) Deputado estadual Crime contra a administração pública

Você sabia?Se hoje, para muitas pessoas,

“político” ou candidato a cargo político significam desrespeito ao povo e envolvimento em corrup-ção, nem sempre foi assim. Em sua origem, a palavra “candidato” deri-va do latim “candidatus”, isto é, ves-tido de branco (candidus). Na anti-guidade, aquele que disputava um cargo público e precisava angariar votos, vestia-se de branco para sim-bolizar sua pureza. Na Roma Anti-ga, os candidatos a cargos eletivos vestiam uma toga branca como for-ma de identificá-los e diferenciá-los dos demais cidadãos romanos.

No dicionário, cândido, can-didez, candura, candor, todos são sinônimos de puro, sincero, ino-cente – ou seja, um candidato é uma pessoa em quem poderíamos confiar cegamente, uma pessoa que carregava em suas vestes brancas um símbolo de sua idoneidade moral para ser eleito. Quando o povo des-cobria que o “candidato” não era assim tão puro, tão cândido, atirava lama em suas vestes brancas.

Page 8: Jornal do SITRAEMG nº 13 - 2010

8 JORNAL DO SITRAEMGANO II - EDIÇÃO 13

Representantes de diversos sindicatos reuniram-se na sede do SITRAEMG, nos dias 9 e 13 de agosto, com um objetivo comum: pressionar pela colocação em pauta e aprovação da PEC 555/06 (prevê o fim da contribuição previdenci-ária dos servidores inativos) e da PEC 270/08 (direito a proventos integrais e com paridade para ser-vidor público que aposentar-se por invalidez permanente) no Congres-so Nacional. As reuniões foram con-vocadas com base nas deliberações da última reunião do Movimento dos Servidores Públicos Aposenta-dos e Pensionistas – MOSAP.

As reuniões foram conduzidas pela diretora jurídica e coordena-dora do Núcleo de Aposentados do SITRAEMG, Gilda Bandeira Fal-coni – na primeira, com a participa-ção do presidente Alexandre Brandi e da também diretora Etur Zehuri. Somando esforços, representantes de sindicatos estaduais, municipais e federais: Sindicato dos Servido-res da Justiça de 1º Instância no Estado de Minas Gerais – SERJUS-MIG; Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Minas Gerais - SINDPÚBLICOS-MG; Sindicato dos Servidores da Justiça de 2º Instância no Estado de Minas Gerais – SINJUS; Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino – SINDIFES; e Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Muni-cipal de Belo Horizonte - SIND-REDE/BH. Na segunda reunião, também esteve presente o deputa-do federal Carlos William (PTC/

MG), que falou sobre o esforço concentrado no Congresso e incen-tivou os presentes a manterem a mobilização.

Os participantes discutiram a respeito das ameaças que o gover-no tem em mãos contra os servido-res públicos e a paulatina retirada de direitos da categoria - o tempo é exíguo para tentar reverter ou, pelo menos, parar este processo. Posto isso, foi definido, para apli-cação imediata, um planejamento que prevê: trabalho de conscienti-zação com os deputados mineiros no próprio estado, antes que eles retornem a Brasília, após o “recesso branco”; conversas com as lideran-ças dos partidos políticos em Minas Gerais; e envio de Nota Conjunta aos deputados, assinadas por todos os sindicatos presentes. Além dis-so, os representantes das entidades comprometeram-se a levar o assun-to para discussão em suas federa-ções e centrais sindicais, dado o grande número de servidores que pode ser alcançado por meio delas.

“Precisamos unir forças nas três instâncias e nos três poderes, pois o governo não quer nos aju-dar, quer somente retirar direitos”, opinou Gilda Falconi. Como prova disso, do encontro também saíram propostas para unir esforços em prol de outros projetos em defesa dos servidores públicos e de rea-lizar reuniões periódicas para pla-nejamento de ações conjuntas. O SITRAEMG prontificou-se a estar sempre presente, além de ceder o espaço para os encontros. As pers-pectivas são as melhores, de acordo

com Alexandre Brandi: “estamos todos de parabéns, acho que temos condições de fazer um ótimo traba-lho”, disse ele, ao final da reunião.

SITRAEMG NA INTERNET

TRE: Pagamento em pecúnia por substituição de chefiasO SITRAEMG requereu – e con-

seguiu -, em abril deste ano, o paga-mento em pecúnia das substituições de chefias nos cartórios eleitorais. O Requerimento Administrativo pedia a revogação do Artigo 29 da resolu-ção 803/2009 do Tribunal, de modo a assegurar aos servidores o pagamento pelas substituições de chefia nos casos de afastamentos por recesso ou gozo de compensações dos titulares. Além disso, o requerimento, que recebeu o número de protocolo 19.017/2010, pedia garantias do pagamento das verbas retroativas, que deixaram de ser pagas em virtude da aplicação do artigo supracitado. O pagamento retroativo ainda não foi conseguido, mas a vitória foi celebrada pelos ser-vidores. Fabrício Rezende, servidor do TRE em Caratinga, enviou um e-mail ao Sindicato agradecendo a correção dessa “injustiça” e parabe-nizando a entidade: “continuem na incessante luta em defesa dos direitos dos associados!”, escreveu.

Leia a matéria na íntegra, publica-da em 9 de julho, aqui: http://www.sitraemg.org.br/vitoria-substituicao-de-chefias-sera-paga-em-pecunia/

PEC 555/06 e assédio moral são tema de artigos no siteA diretora jurídica do SITRAEMG

Gilda Bandeira Falconi, que também é coordenadora do Núcleo de Apo-sentados do Sindicato, colheu elogios pelos dois textos que teve publicados recentemente, sobre a tramitação da PEC 555/06 e o combate ao assédio moral. As movimentações sobre a PEC foram acompanhadas de perto pela diretora e vários aposentados, que estiveram em Brasília diversas vezes representando o SITRAEMG. Quanto ao assédio moral, este foi tema de uma conferência interna-cional, realizada no Rio de Janeiro, à qual Gilda compareceu na qualidade de diretora jurídica. Os dois textos de Gilda, publicados em 20 de julho, foram classificados como “verdadei-ras aulas de Direito sobre os assuntos enfocados” por Iclemir Costa, ser-vidora aposentada que escreveu ao Sindicato. Acesse e conheça:

• Análise sobre a aprovação da PEC 555/06: http://www.sitraemg.org.br/diretora-do-nucleo-de-aposentados-do-sitraemg-analisa-aprovacao-da-pec-55506/

• Assédio moral: http://www.sitrae-mg.org.br/representantes-do-sitraemg-participam-de-conferencia-internacio-nal-sobre-assedio-moral/

PECs 555/06 e 270/08

SITRAEMG se une a outros sindicatos em ações pela aprovação de proposições

Aprovação das duas PECs e combate aos ataques do governo foram assunto da reunião e serão pauta de mais encontros

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Conheça as PECs em questão

• PEC 555/06De autoria do ex-deputado

mineiro Carlos Motta (PSB), a PEC 555/06 foi aprovada por Comissão Especial da Câmara dos Deputados, no último dia 14 de julho, e aguar-da votação em plenário. O relatório do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP) propõe, entre outras, as seguintes alterações no regime pre-videnciário dos servidores públicos: extinção imediata da cobrança dos aposentados por invalidez; extinção da contribuição dos aposentados e pensionistas que tiverem 65 ou mais anos de idade; extinção gradual, a razão de 20% ao ano, a partir dos 61 anos de idade do titular do benefí-cio, até a completa extinção aos 65 anos; imediata vigência dos itens de 1 a 3, para todos os aposentados e pensionistas da União e dos estados e municípios, nos três poderes, e órgãos da Administração Pública. A contribuição, na prática, ficará limi-tada a 11% da parcela que exceder ao teto do Regime Geral de Previ-dência Social (RGPS), atualmente de R$ 3.416,54, e será cobrada ape-nas dos aposentados e pensionistas com idade inferior a 65 anos.

• PEC 270/08Da mesma forma que a PEC

555/06, a PEC 270/08, de autoria da deputada Andreia Zito (PSDB/RJ), também já passou por Comis-são Especial e aguarda votação no plenário da Câmara. A proposição prevê alterações na Constituição Federal, garantindo ao servidor que aposentar-se por invalidez per-manente o direito dos proventos integrais com paridade. “O servidor aposentado com proventos propor-cionais, se acometido de situação de invalidez permanente, passará a per-ceber proventos integrais, calculados na forma do dispositivo constitu-cional que amparou a sua concessão original, com efeitos financeiros a partir da data de emissão do respec-tivo laudo médico pericial.”, diz o parágrafo 22 do inciso I do artigo 40 da CF, que trata da aposentadoria por invalidez permanente, no texto aprovado na comissão especial.