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Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal no Estado de Minas Gerais Ano I - Edição 06 Tiragem: 4.500 9 de D eze m bro de 200 9 Luta dos servidores faz STF aprovar projeto Mobilização nacional dos servidores do Judiciário Federal - com protestos, paralisações e greve – fez o STF aprovar proposta de revisão salarial que valoriza vencimento básico e exclui ‘gratificações variáveis’ e a se comprometer a defender uma tramitação rápida no Congresso; mas a luta pela revisão salarial continua até projeto ser sancionado. Páginas 2, 3, 4 e 5 Confraternização dos aposentados O Núcleo de Aposentados do SITRAEMG convida os servidores que não estão mais na ativa, mas seguem ativos na luta, a participar da confraternização de final de ano do segmento. Todos - da capital e interior - estão convidados. Os aposentados também estão convidados a somar forças na luta pela revisão salarial, participando dos atos e assembleias. Veja a programação na página 7 Erinei Lima Lucas Tavares Cerca de 70% dos servidores de Juiz de Fora aderiram à paralisação de 48 horas, dias 26 e 27 de novembro Depois de meses de mobilização, servidores de Minas decidiram suspender a greve enquanto analisam a proposta do anteprojeto de revisão salarial aprovado pelo STF SITRAEMG volta a cobrar quitação de passivos à administração do TRT

Jornal do SITRAEMG nº06 - 2010

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Luta dos servidores faz STF aprovar projeto, Confraternização dos aposentados, SITRAEMG volta a cobrar quitação de passivos à administração do TRT

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Page 1: Jornal do SITRAEMG nº06 - 2010

Sindicato dos Trabalhadores do Poder

Judiciário Federal no Estado de Minas Gerais

Ano I - Edição 06Tiragem: 4.500

9 de Dezembro de 2009

Luta dos servidores faz STF aprovar projetoMobilização nacional dos servidores do Judiciário Federal - com protestos,

paralisações e greve – fez o STF aprovar proposta de

revisão salarial que valoriza vencimento básico e exclui ‘gratificações variáveis’ e a se comprometer a defender uma tramitação rápida no Congresso; mas a luta pela

revisão salarial continua até projeto ser sancionado.

Páginas 2, 3, 4 e 5

Confraternização dos aposentados

O Núcleo de Aposentados do SITRAEMG convida os servidores

que não estão mais na ativa, mas seguem ativos na luta, a participar da confraternização de final de ano

do segmento. Todos - da capital e interior - estão convidados.

Os aposentados também estão convidados a somar forças na luta pela revisão salarial, participando

dos atos e assembleias.

Veja a programação na página 7

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Cerca de 70% dos servidores de Juiz de Fora aderiram à paralisação de 48 horas, dias 26 e 27 de novembro

Depois de meses de mobilização, servidores de Minas decidiram suspender a greve enquanto analisam a proposta

do anteprojeto de revisão salarial aprovado pelo STF

SITRAEMG volta a cobrar quitação de passivos à administração do TRT

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2ANO I - EDIÇÃO 06

JORNAL DO SITRAEMG JORNAL DO SITRAEMG

OPINIÃO DO SITRAEMGVencemos uma etapa, mas a luta continua

Por um país livre dos preconceitos

Não são poucos os desafios que os servidores do Judiciário Federal enfren-taram até aqui nesta campanha pela revi-são salarial.

Enquanto a proposta relativa aos ser-vidores patinava no STF, no Senado e na Câmara já tramitavam dois projetos de lei (PL 611 e PLP 01, ambos de 2007) que, se aprovados, podem representar um duro golpe em todo funcionalismo. Com eles, a Lei de Responsabilidade Fiscal muda e praticamen-te inviabiliza reestrutura-ções salariais.

Mesmo sem essa legis-lação em vigor, porém, a cúpula do Judiciário decidiu dificultar a vida dos servidores. Submeteu-se a imposições das associações nacionais de magistrados e procuradores e deixou de enviar prontamente ao Congresso o ante-projeto aprovado em outubro pelos presi-dentes dos tribunais superiores.

Felizmente, a mobilização e a greve forçaram o STF a aprovar a proposta, acatando parte das alterações do CNJ, mas excluindo pontos importantes, e a se

Nas comemorações do 20 de Novembro, dia nacional contra as discriminações raciais, em uma favela brasileira, uma professora da escola local disse que não estariam todos ali, reunidos em torno daquela data, se o mito da democracia racial no Brasil não tivesse sido derrubado.

De fato, é cada dia mais difícil falar em democracia racial quando obser-vamos as estatísticas sociais do país. Números que mostram salários dife-renciados a depender da cor da pele do empregado ou que indicam que para a polícia os negros são sem-pre “mais suspeitos” do que os outros.

Não é preciso, porém, recorrer ao IBGE para constatar a falsa democracia racial que vivemos. Basta, por exemplo, entrar num destes restau-rantes “classe A” de qualquer capital do país. Observe os clientes. Praticamente não haverá negros entre eles – razões econômicas, dirá uma voz não conven-cida. Mas e os garçons? Sim, também eles serão provavelmente todos bran-cos, para servir clientes brancos. E isso não é obra do acaso.

A discriminação no Brasil, no entanto, não para na cor da pele. É grande o preconceito contra homosse-xuais. Mulheres continuam vítimas fre-quentes da violência numa sociedade

comprometer a enviá-la e acompanhá-la na tramitação no Legislativo.

A luta pela revisão salarial já teve vitórias parciais importantes, como as mudanças defendidas pela categoria que foram introduzidas no projeto na reunião dos presidentes do dia 7 de outubro. Elas afastam as ameaças de gratificações vari-áveis, valorizam o vencimento básico e

incluem agentes de segu-rança e aposentados.

Vencemos uma etapa. Teremos outras batalhas pela frente. Não faltará quem tente rebaixar o pro-

jeto na Câmara e no Senado ou jogá-lo para segundo plano. A defesa de salários justos e dignos para o serviço público não é uma característica nem do atual gover-no nem da maioria dos parlamentares que se encontram no Congresso.

Superamos uma etapa. Parabéns aos que lutaram. Mas, como se vê, desafios nos esperam. A memória nos ensina que para superá-los não há dois caminhos: só a categoria unida e mobilizada é capaz de fazê-lo.

“Luta também é contra o congela-

mento dos salários”

“Brasil está longe da chamada

democracia racial”

que não se livrou do machismo. O caso da estudante paulista humi-

lhada por seu vestido curto demais é episódio quase caricato, não obstante bárbaro, de discriminações que per-sistem no século 21. E que não apenas humilham, também matam.

Não são poucos os casos recentes publicados em jornais de namorados ou maridos que recorreram à força para se vingar do “amor” perdido. O mais emblemático deles, não tão recente

assim mas ainda atual, é o da jornalista Sandra Gomide, assassinada com tiros pelas costas por seu ex-namorado, o tam-bém jornalista Pimenta Neves. Réu confesso há

nove anos, condenado pelo Tribunal do Júri em São Paulo, o criminoso está solto. É beneficiado por decisões judi-ciais que protelam o cumprimento da pena.

Não existe, como dissemos, demo-cracia racial no Brasil, embora muitos tentem nos convencer de que há. Como também não temos direitos iguais para homens e mulheres. Faltam políticas públicas que busquem corrigir tais anomalias. Tanto num quanto noutro caso, a Justiça, que carrega consigo o também mito de que é igual para todos, tem boa dose de responsabilidade.

Encontro aprofunda argumentos jurídicos pela jornada de 6h e de passivos

Diretores e assessores jurídicos representaram SITRAEMG no XVI Encontro, que reuniu representantes de todo país

Os três diretores jurídicos, Ale-xandre Magnus, Fernando Neves e Gilda Bandeira Falconi, além de Mário Alves e Sebastião Edmar, tam-bém membros da Diretoria Colegia-da, e os advogados César Lignelli e Conceição de Oliveira, da assessoria jurídica, representaram o SITRAE-MG no XVI Encontro do Coletivo Jurídico da Fenajufe. O evento, rea-lizado nos dias 6 e 7 de novembro, em Brasília (DF), reuniu 61 pessoas, entre advogados e diretores da Fena-jufe e sindicatos filiados.

Os participantes discutiram ques-tões como revisão salarial, Resolu-ção 88 do CNJ (que fixa em 8 horas a jornada de trabalho), pagamento dos passivos (URV e quintos), aposenta-doria especial para oficiais de justiça e agentes de segurança e a anunciada greve da categoria. Ao final, escolhe-ram os novos integrantes da próxi-ma Comissão Jurídica, formada por representantes da Fenajufe, Sintra-jufe-RS, Sindjus-AL, Sintrajufe-MA, Sinjufe-GO, Sisejufe-RJ, Sintrajusc-SC e Sintrajufe-PE.

Avaliação positiva do Sindicato

No encontro, a assessoria jurí-

COLETIVO JURÍDICO DA FENAJUFE

SITRAEMG - Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal no Estado de Minas Gerais •Endereço Rua Euclides da Cunha, 14 - Prado - Belo Horizonte - MG - CEP: 30.411-170 •Telefones (31) 4501-1500 ou 0800.283.4302 •Site www.sitraemg.org.br •Diretoria Colegiada

Alexandre Brandi, Alexandre Magnus, Célio Izidoro, Etur Zehuri, Eva do Nascimento, Fernando Neves, Gilda Falconi, Luiz Fernando,

Mário Alves, Mauro Sales, Sebastião Edmar •Reportagens Generosa Gonçalves - Mtb 13265, Gil Carlos Dias Mtb 01759 e Janaina Rochido Mtb 13878 (colaboração Hélcio Duarte Filho - Mtb JP16379RJ) •Edição

Gil Carlos Dias •Projeto Gráfico/Editoração Flávio Faustino

EXPEDIENTE

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Diretores e advogados do SITRAEMG, junto à coordenadora jurídica da Fenajufe, no Encontro realizado em Brasília

dica do SITRAEMG apresentou várias sugestões de argumentos jurí-dicos que podem ser utilizados em ações judiciais em defesa dos servi-dores por desvio de função e contra a Resolução 88 do CNJ.

O advogado do Sindicato César Lignelli avaliou o evento como “positivo”, por debater temas de interesse da categoria e propiciar a troca de experiências entre os jurí-dicos de praticamente todos os sindicatos da base da Federação.

Para o diretor jurídico Fer-nando Neves, o Coletivo foi “um fórum de discussão de alto nível”, que contribuiu para a democra-tização do conhecimento e deu a oportunidade aos sindicatos e seus departamentos jurídicos de terem contato com peças proces-suais que poderão servir de mode-lo para os casos concretos de cada entidade.

Já o diretor de Organização Política e Políticas Sociais Mário Alves destaca que o encontro foi muito proveitoso, sobretudo, por-que o ajudou a sanar dúvidas sobre aposentadoria.

Por Janaína RochidoDa Redação do SITRAEMG

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3JORNAL DO SITRAEMGANO I - EDIÇÃO 06

como esse, estando conscientes dos seus direitos. Lucélia Letro, também da justiça trabalhista, acrescentou que a perda salarial no Judiciário Federal já é imensa, e não acompa-nha os reajustes dos bens e serviços de que uma família necessita em seu dia-a-dia.

Sempre na abertura dos atos, o presidente do SITRAEMG, Alexan-dre Brandi, saudou os companheiros presentes chamando a atenção para a importância da participação efetiva nessa campanha, salientando que “os objetivos só serão alcançados com a participação de todos”. Além disso, leu o ofício que havia sido enviado pelas associações de magistrados e procuradores ao STF na tentativa de barrar o anteprojeto dos servidores. Leu também a resposta da federação nacional da categoria (Fenajufe) com repúdio a essa ação das associações.

Revezando-se nos discursos, membros da diretoria do Sindicato salientaram a categoria para a impor-tância de se garantir no texto do anteprojeto, entre outros benefícios, aumento substancial nos vencimen-tos básicos, em vez de gratificações, e a paridade entre ativos e aposenta-dos.

Corte do pontoNo dia seguinte à suspensão da

greve, a diretoria do SITRAEMG reuniu-se com as direções da Justi-ça Federal, TRT e TRE/MG para solicitar que não haja corte de pon-to dos servidores pelos dias parados. Os diretores se dizem otimistas em relação ao abono das faltas, uma vez que, durante as paralisações, os ser-vidores, por orientação do Sindicato, mantiveram o atendimento dos ser-viços essenciais.

SERVIDORES FORAM PARA AS RUAS

Minas na luta pela revisão salarialCom paralisações e atos públicos, servidores do Judiciário Federal de Minas Gerais participaram da

luta nacional pela revisão salarial e jornada de 6h

Em assembleia geral extraordiná-ria realizada em frente ao prédio do TRT da rua Mato Grosso, em Belo Horizonte, na tarde de 3 de dezem-bro, os servidores do Judiciário fede-ral em Minas decidiram suspender a greve por tempo indeterminado, deflagrada naquele mesmo dia, em razão da aprovação do texto do ante-projeto de revisão salarial no Supre-mo, na noite anterior. Entretanto, a categoria decidiu manter-se mobili-zada, em “estado permanente de gre-ve”, enquanto a Fenajufe e sindicatos filiados analisam mais detidamente o conteúdo e pressionam para o envio urgente da proposta ao Congresso Nacional.

A mobilização dos servidores mineiros foi intensa ao longo dos últimos meses, em defesa não só da definição do anteprojeto, sem perda de direitos, mas também da jornada de 6 horas. Nesse período, vários atos públicos e assembléias foram realiza-dos e a categoria, sempre receptiva à convocação do Sindicato, compa-receu e, ao som de banda de músi-ca, apitaços e palavras de ordem, manifestou toda sua indignação em relação às dificuldades criadas pelos tribunais e conselhos superiores e, por último, contra a intromissão das associações de magistrados e mem-bros do Ministério Público nas nego-ciações com o STF.

“1, 2, 3, 4, 5 mil! Aprova o nos-so plano ou paramos o Brasil!”. Este foi um dos refrões mais entoados durante os atos públicos, sobretudo nos dias em que houve paralisações de duas horas e 48 horas (26 e 27 de novembro).

Ouvidas a opinar, as servidoras do TRT Márcia Melo e Lilian de Fátima disseram que a categoria deveria se unir, principalmente em momentos

Ato público realizado em frente ao TRE, em BH, dia 12 de novembro

Saindo dos limites da capital mineira, os servidores do Judiciá-rio Federal no interior também se mobilizaram em defesa do projeto da revisão salarial e das outras reivindi-cações da categoria. Cidades como Juiz de Fora, Passos, Ipatinga, Alfe-nas, Diamantina, Formiga, Uberaba, Varginha, Monte Azul, Espinosa, Guaxupé, Vazante, Rio Piracicaba, Araxá, Montes Claros, Pará de Minas e outras cidades aderiram às parali-sações de duas horas propostas em AGE realizada no dia 24 de outubro e também às posteriores.

Desde o dia 28 de outubro, data do ato público em frente à Justiça Federal, em Belo Horizonte, o inte-rior realizou atos e paralisações para, junto com a capital, pressionar o STF. Nos dias 11 e 12 de novembro, vários prédios da Justiça no interior osten-tavam em suas fachadas e janelas fai-xas com reivindicações. Servidores em Uberaba vestiram-se de preto para protestar e, em Juiz de Fora, de acordo com o diretor do SITRAE-MG Mário Alves, houve uma adesão de cerca de 40% do quadro.

Juiz de Fora

Formiga

Alfenas

Monte AzulVazante

Pará de Minas

Uberaba

Passos

Ipatinga

Diamantina

Mobilização no interior também foi intensa

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JORNAL DO SITRAEMG

Nas semanas que antecederam as paralisações (26 e 27 de novem-bro) e a greve (3 de dezembro), o SITRAEMG realizou trabalho de corpo-a-corpo com os servidores nas portarias dos Tribunais, sob a coordenação do Comando de Greve de Minas. A intenção foi informar os servidores sobre o direito de greve, entregando-lhes uma cartilha, além de comunicar

esforço para derrubar o subteto", disse Sebastião Edmar Silva, dire-tor do Sitraemg, quando se dirigia para a sala do ministro.

Não foi possível, mas a redação sobre o subteto de 75% do juiz substituto ficou ‘menos ruim’ do que queria o CNJ: deixou de se referir a toda a ”remuneração do servidor, incluindo as vantagens pessoais” e se limitou ao venci-mento básico e à GAJ, que ficou em 50%.

O outro subteto caiu, o que dizia que nenhum servidor rece-beria mais do que o magistrado a que estivesse subordinado. A maior parte do reajuste médio de 56,42% fica no vencimento básico, que segue correspondendo a dois terços da remuneração.

Nas assembleias que encerra-ram a greve, o sentimento de vitó-ria foi concomitante com os de desconfiança diante da cúpula do Judiciário, do governo e do Con-gresso, por um lado, e de certeza de que a luta continua no Con-gresso. "A luta agora é no Congres-so Nacional e venceremos!", sinte-tiza Alexandre Brandi, presidente do SITRAEMG. “Vencemos uma batalha, a luta valeu a pena”, com-pleta Antonio Melquíades, diretor da federação nacional (Fenajufe).

Por Hélcio Duarte Filho, jornalista do Luta Fenajufe, espe-

cial para o Sitraemg

Já era noite quando começou a sessão do STF que finalmente votaria a proposta de revisão sala-rial. Naquela quarta-feira (2), o movimento grevista da categoria atingia 23 estados. Perto dali, mil metros talvez, centenas de servi-dores de Brasília se concentravam na Praça dos Tribunais para uma assembleia. Dentro do STF, local em que o Comando Nacional de Greve ‘acampara’ durante quase todo o dia, servidores aguardavam a sessão na antesala do gabinete do presidente Gilmar Mendes. Lá dentro, os ministros se reuniam ao redor de uma mesa, e outros servi-dores acompanhavam a votação.

Foi nesse cenário de greve, pro-testos e mobilização que o Supre-mo votou a proposta de revisão salarial. Não exatamente a que os servidores defendiam, aprovada em outubro pelos presidentes dos tribunais superiores. Mas texto alternativo que, mesmo assim, con-templa parte das reivindicações, afasta ameaças que permeavam a proposta inicial do STF – como gratificações variáveis e exclusão de setores da categoria – e que no dia seguinte seria recebido com gosto de vitória nas assembleias pelo país afora.

Tentou-se melhorar a proposta até os minutos finais que antece-deram à votação. "Estamos cami-nhando para a sessão administrati-va, vamos ainda tentar um último

Em meio à mobilização, STF aprova projeto que revisa saláriosLUTA PELA REVISÃO SALARIAL

Proposta aprovada pelo STF, sob pressão da luta nacional da categoria, é recebida em clima de vitória pelos servidores, que vão manter a mobilização até que o projeto seja aprovado no Congresso

Trabalho de mobilização junto à categoria - corpo-a-corpo realizado dia 23/11 em frente ao TRT da GV

Em AGE realizada no dia 27/11, em frente ao TRE, categoria decide pela GREVE por tempo indeterminado

à população mineira os motivos que levaram à greve do Judiciá-rio Federal. Para isso, entregaram uma carta aos transeuntes e aos jurisdicionados. Para as cidades do interior, o material foi dispo-nibilizado para impressão, através do site do Sindicato.

Visando facilitar o contato e dar suporte aos servidores, o Sin-dicato instalou tendas nas proxi-midades dos tribunais na capital, o que acabou animando a catego-ria a aderir ao movimento grevis-ta. A convocação aos servidores do interior foi feita também atra-vés de matérias publicadas no site e mensagens enviadas por e-mail.

Por Generosa Gonçalves Da Redação do SITRAEMG

SITRAEMG foi para as ruas para chamar os servidores para a greve

O presidente do SITRAEMG, Alexandre Brandi, fala sobre a conquista dos servidores por meio das mobilizações...

... e os servidores votam pelo "estado permanente de greve" em AGE no dia 03/12, até que o projeto seja envido ao Congresso Nacional.

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5JORNAL DO SITRAEMGANO I - EDIÇÃO 06

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Em meio à mobilização, STF aprova projeto que revisa saláriosLUTA PELA REVISÃO SALARIAL ENTREVISTA

Despesa com pessoal diminui e Lei Fiscal não atrapalha revisão salarial, afirma economista

Dados apresentados por economista mostram que despesa da União com servidores está longe dos limites da LRF, usada

pelo Supremo para justificar a demora na revisão salarial

As despesas da União com pes-soal caíram em termos relativos de 1995 para cá e estão longe dos limites impostos pela Lei de Res-ponsabilidade Fiscal. Quem afirma é o economista Washington Lima, autor de diversos estudos sobre questões orçamentárias e assessor econômico do SITRAEMG.

Os dados apresentados pelo economista derrubam a principal justificativa dada pelo Supremo Tribunal Federal, em nota divulga-da na página do órgão na internet, para a demora do envio ao Con-gresso Nacional do anteprojeto de lei que revisa os salários dos servidores do Judiciário Federal. “Todos estão a par, portanto, da complexidade da tarefa, sobretudo no tocante às rígidas balizas finan-ceiras e orçamentárias impostas pela Lei de Responsabilidade Fis-cal”, diz trecho da nota divulgada no portal do STF na internet, no dia 20 de novembro.

O economista responsabiliza tanto o governo federal quanto o Poder Judiciário pela inexistência de uma política salarial que repo-nha as perdas e impeça que rees-truturações de planos de cargos e carreira acabem ‘devorados’ pela inflação.

Na análise que faz, essa situação prejudica tanto servidores quanto magistrados. A seguir, a integra

da entrevista concedida pelo eco-nomista, por e-mail, ao jornalista Hélcio Duarte Filho.

O STF divulgou nota na qual diz que uma das causas da demo-ra na definição do projeto a ser enviado ao Congresso seriam os limites orçamentários da Lei de Responsabilidade Fiscal. Qual a real relação entre despesas da União com pessoal e a LRF?

Washington Lima - A relação entre as receitas correntes líquidas (RCL) e as despesas de pessoal, que é o principal limite impos-to pela Lei de Responsabilidade, caiu vertiginosamente desde 1995. Em 1995 se gastou com o funcio-nalismo federal 56,2% das RCL, e em 2008 o gasto foi de apenas de 30,5%. Como o limite atual é de 50%, poder-se-ia, portanto, aumentar em 63,93% a remunera-ção de todo funcionalismo federal, civil e militar, ativo, inativo e pen-sionistas, para se atingir o limite estabelecido na LRF.

Na Justiça do Trabalho, além do não pagamento de passivos, em alguns estados os servidores ainda sofrem com cortes nos valores do auxílio-alimentação. Os tribunais trabalhistas de fato estão com problemas orçamentários?

Washington Lima - Não. Há uma situação bastante confortá-vel em termos orçamentários na JT. Tanto que recentemente foi

feito mais um pagamento de pas-sivos a magistrados, o segundo no ano. Havia um saldo nas despe-sas de pessoal de toda a JT de R$ 226,6 milhões, antes desse segun-do pagamento aos magistrados. Foram pagos de despesas de exer-cícios anteriores, R$ 80,8 milhões, no ano, que foram basicamente executados no primeiro pagamen-to de passivos aos magistrados. Em outro estudo realizado, para as despesas administrativas e com benefícios sociais, havia um saldo de R$ 249,7 milhões.

As associações de juízes chega-ram ao extremo de "participar" de reuniões de negociação relativas à revisão salarial do funcionalismo. Como você vê essa preocupação destas associações com o orça-mento?

Washington Lima - Creio que nessa discussão não se está obser-vando algumas questões mui-to importantes. Primeiro, tanto magistrados como servidores, e todo funcionalismo, são prejudi-cados pela não existência da revi-são geral na remuneração. A não reposição da inflação é que cria e aumenta a defasagem salarial atu-al, e, num certo sentido, há uma responsabilidade do Poder Judi-ciário, particularmente do STF, nessa questão, pois até onde saiba há inúmeras ações judiciais rei-vindicando esse direito, que não são julgadas procedentes. Desde a aprovação do último PCS, uma parte considerável do aumento na remuneração já foi “comido” pela inflação. Depois, há inúmeras car-reiras do Poder Executivo, de nível superior, e assemelhadas com as do Poder Judiciário, que têm remu-neração acima de R$ 19.000,00. Hoje, a remuneração mais alta da tabela da carreira efetiva é quase a metade desse valor. Veja que com a tramitação do projeto no Congres-so, os cortes e parcelamentos que normalmente ocorrem, quando for paga a última parcela, a defa-sagem nas remunerações, corroí-das pela inflação, deverá continuar existindo.

Manifestação dos servidores mineiros pelo envio do anteprojeto de revisão salarial ao Congresso

Proposta aprovada pelo STF, sob pressão da luta nacional da categoria, é recebida em clima de vitória pelos servidores, que vão manter a mobilização até que o projeto seja aprovado no Congresso

Sindicato foi ao STF para defender projeto sem prejuízos para os

servidores

Dirigentes do SITRAEMG esti-veram com o diretor-geral do STF, Alcides Diniz, para defender o envio do projeto de revisão salarial ao Congresso, sem alterações que viessem a prejudicar os servidores.

Na reunião, ocorrida em novem-bro, em Brasília, os sindicalistas cobraram de Alcides um prazo para que a proposta fosse remetida ao Legislativo. Ele não apontou data, mas disse que esperava que a ques-tão fosse resolvida o mais rápido possível.

Participaram da reunião o presi-dente do Sindicato mineiro, Alexan-dre Brandi, e os diretores Fernando Neves, Sebastião Edmar e Mario Alves, além de Pedro Aparecido, dirigente da Fenajufe e do sindicato do Mato Grosso.

Eles defenderam a proposta aprovada pelos presidentes dos tribunais, na reunião realizada em outubro. O diretor do STF, porém, disse que trabalhava com uma alter-nativa de valores inferiores, mas que fosse adotada em menos parce-las. “A tabela que tem que ser man-dada [ao Congresso] é a maior, não a menor. E você não tem nenhuma garantia de que não vai ser uma tabela menor em três, quatro vezes”, criticou Alexandre Brandi.

Membros da diretoria do SITRAEMG e o dirigente do sindicato do Mato Grosso, Pedro Aparecido, durante reunião com Alcides Diniz

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6 JORNAL DO SITRAEMGANO I - EDIÇÃO 06

JORNAL DO SITRAEMG

SITRAEMG reúne-se com presidente do TRE/MG e ressalta luta pela revisão

No último dia 30 de novembro, o SITRAEMG, representado por seu presidente, Alexandre Brandi, e pelos diretores Fernando Neves e Sebastião Edmar, respectivamente diretores Jurídico e de Comuni-cação, reuniu-se com o presidente do TRE/MG, Desembargador José Tarcízio de Almeida Melo. A con-versa, de mais de uma hora, tratou de assuntos de interesse da catego-ria e da administração, tais como a rotina de trabalho nos foros elei-torais, o concurso de remoção e a revisão salarial, bem como a greve que seria deflagrada a partir de 3 de dezembro, mas acabou sendo suspensa em razão da aprovação do texto do anteprojeto de revisão salarial, no STF.

O presidente do Sindicato, Ale-xandre Brandi, falou ao presidente do TRE a respeito do pleito dos servidores do judiciário federal, destacando que trata-se de uma luta justa que visa à equiparação salarial com as carreiras correla-tas do Executivo e do Legislativo. Brandi explicou que os reajustes obtidos por essas categorias deixa-ram os salários do judiciário defa-

sados em 50%, causa de uma eva-são de cerca de 22% de servidores no próprio STF, conforme dado revelado pelo diretor geral daquele órgão, Dr. Alcides Diniz.

Almeida Melo elogiou a qua-lificação dos servidores do TRE: "O Manual de Redação e o Teatro do Voto Forte, formado exclusi-vamente por servidores da Justiça Eleitoral, são exemplos deste ano do vigor e da alta qualificação de nosso quadro, que merece ser bem remunerado e atendido com a mes-ma atenção que se proporciona às categorias mais úteis e produtivas dos servidores da União, das quais não pode estar distanciado. As contribuições dos experientes ser-vidores foram muito valiosas", des-tacou. O desembargador mostrou-se preocupado em realizar, desde o início da sua gestão, uma adminis-tração moderna, em contato direto com os titulares das diversas secre-tarias, de forma a agilizar a toma-da de decisões. Disse, também, estar sempre acessível às demandas apresentadas pelo Sindicato e, nes-te sentido, firmou a necessidade de se criar um diálogo permanente

durante o período de paralisação, de forma a garantir que os serviços essenciais sejam executados, con-forme prevê a legislação em vigor.

Participação dos servidores

Segundo o desembargador, na primeira parte da conversa, os ser-vidores presentes deram excelente contribuição, no sentido de distri-buir os serviços que acumulam os cartórios eleitorais das direções de Foro. "Vale a pena conversar com parceiros entusiasmados como as lideranças dos servidores, que são fonte inesgotável de aprimoramen-to dos serviços da Justiça Eleito-ral”, disse o presidente do TRE.

A reunião foi acompanha-da também pelos advogados do SITRAEMG, César Lignelli e Laerti Simões e pelos diretores de foros eleitorais Alessandra Cristi-na Rocha (Betim), Luiz Cláudio Medeiros (Contagem) e Vinícius Vasconcelos (Belo Horizonte), além da analista judiciária Giselle Morais Rocha, do Cartório Eleito-ral de Betim.

Com informações do TRE/MG.

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Servidores, diretoria e advogados do SITRAEMG conversaram com o presidente do TRE/MG sobre as reivindicações da categoria.

SITRAEMG NA INTERNETDe olho na pauta do

TRTO SITRAEMG recomenda os

servidores a se organizem e compa-recerem, se possível em caravanas, à sessão do pleno do TRT do 18 de dezembro, a partir das 9 horas da manhã. Estão pautados para esta sessão dois temas bastante polêmi-cos e de extremo interesse da cate-goria: a extinção das VTs de Aimo-rés, Congonhas (2ª VT), Guanhães, Patrocínio e Unaí; e adoção da jor-nada de 8 horas, conforme determi-nação da Resolução 88 do CNJ. O SITRAEMG, claro, estará presente e defenderá, intransigentemente, a manutenção das VTs e a jornada de 6 horas. Mas sua presença é impres-cindível.

A íntegra desta notícia está em www.sitraemg.org.br, em 7/12/2009.

Mais um passo para o fim do previdenciário

Apesar da forte resistência da bancada governista, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidada-nia (CCJ) da Câmara dos Deputa-dos aprovou, em 17 de novembro, o projeto de lei que acaba com o fator previdenciário, uma espécie de pedágio criado no governo Fernan-do Henrique Cardoso com o objeti-vo de retardar o pedido de aposen-tadoria do trabalhador do Regime Geral de Previdência. O Projeto de Lei 3299/08, do senador Paulo Paim (PT-RS), recebeu o voto favorável de todos os deputados da comis-são, diante de um plenário lotado de aposentados. A matéria passará ain-da por votação em plenário, antes de seguir para o Senado.

A íntegra desta notícia está em www.sitraemg.org.br, em 18/11/2009.

Livro com “causos” da JT

O servidor Luís Antônio Matias Soares, da 20ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, lançou recentemen-te o livro “Quem Conta um Conto Aumenta um Ponto: Histórias da Justiça do Trabalho”, pela editora Degaspari. A obra, de 180 páginas, apresenta 38 “causos” contados pelo autor a partir de observações próprias ou de relatos de colegas retratando o cotidiano das varas trabalhistas do estado. O exemplar custa R$ 13,00 e pode ser solicitado diretamente ao autor, pelo e-mail [email protected].

A íntegra desta notícia está em www.sitraemg.org.br, em 04/11/2009.

TRE/MG

Diretoria do SITRAEMG foi recebida pelo presidente do TRE/MG, Desembargador José Tarcízio de Almeida Melo, que

também elogiou qualificação de servidores do órgão

Page 7: Jornal do SITRAEMG nº06 - 2010

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Servidores do quadro terão prioridade no preenchimento de vagas no TRE

"Ato Médico" preocupa e divide opiniões

REMOÇÃO

Em sessão de 10 de novem-bro, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu favora-velmente ao Procedimento de Controle Administrativo (PCA 200910000050955), determi-nando que o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE/MG) terá que realizar concurso de remoção para que servidores antigos da Justiça Eleitoral pos-sam concorrer a vagas que foram abertas e indevidamente preen-chidas por novos servidores. Ao explicar o teor da decisão, o con-selheiro Marcelo Nobre, relator do PCA, lembrou que a Resolução 23.092/2009, do Tribunal Supe-

O Projeto de Lei (PL) 25/2002 está na lista de assun-tos polêmicos do Brasil já há muito tempo. Conhecido como “Ato Médico”, o objetivo prin-cipal do texto é regulamentar a profissão de médico, que, mesmo sendo uma das mais antigas do mundo, ainda não tinha uma lei que definisse que atividades são ou não exclusi-vas e/ou obrigatórias deles. O ponto polêmico é que, em seu artigo 4º, o PL estabelece que “são atividades privativas dos médicos a formulação do diag-nóstico nosológico e respec-tiva prescrição terapêutica”, o que poderia limitar a atuação de profissões como a Fisiote-rapia, a Psicologia e a Nutri-ção. A única profissão que não sofreria nenhum impacto com a aprovação do Ato é a Odon-tologia.

Alguns servidores das áreas de Saúde do Judiciário Federal em Minas estão preocupados com o impacto do Ato em seu trabalho. A título de sondar o que eles estão achando da

SITRAEMG cobra aplicação do concurso de remoção também para os servidores da Justiça do Trabalho e Justiça Federal

Projeto de lei, ainda não aprovado, polemiza: seria o fim da autonomia dos profissionais não-médicos?

rior Eleitoral (TSE), estabelece que todos os TRE's do país têm de fazer concurso de remoção antes de nomearem novos servidores. "Se os TRE´s cumprissem essa decisão, questões como essa não precisariam passar para decisão do CNJ", criticou.

O SITRAEMG já havia soli-citado a realização do concur-so de remoção no TRE/MG, com base na própria Resolução 23.092/2009, por meio de Pedi-do Administrativo protocolado em julho deste ano. O TRE/MG, porém, negou provimento. O Sin-dicato entrou com recurso admi-nistrativo, que aguarda decisão do

polêmica, o SITRAEMG con-versou com alguns, que, mes-mo admitindo que médicos e não-médicos atuam em parce-ria dentro dos tribunais, foram unânimes em dizer que a ques-tão é preocupante e merece mais discussões.

Quem está certo, afinal?

Por um lado, profissionais não-médicos questionam uma perda de autonomia, subordi-nando seu atendimento à indi-cação médica; por outro lado, os profissionais da Medicina dizem que diagnósticos e pres-crições são, sim, exclusivida-des dos médicos e que somen-te eles possuem a formação acadêmica adequada para tal. Quem tem a razão? O Ato coloca em debate a conquista das profissões da área da Saúde por identidade e legitimidade e também a suposta soberania da Medicina sobre essas profis-sões.

Segundo os servidores con-

pleno do Tribunal.A decisão do CNJ ainda não foi

publicada. Assim que isso aconte-cer o SITRAEMG vai analisá-la para estudar possíveis providên-cias que possam ser tomadas.

Pedidos para o TRT e JF

Em Pedido Administrativo protocolado no TRT em 19 de novembro, o Sindicato solicitou a realização de Concurso de Remo-ção Interno para preenchimen-to de vagas abertas na Justiça do Trabalho em Minas. O Pedido foi fundamentado nas disposições contidas no Ato Conjunto CSJT/

sultados, a aprovação do ato implicaria também em ques-tões que estão além do aten-dimento, como, por exemplo, a formação dos médicos. Eles dizem que esta deveria ser mais holística, a ponto de per-mitir a eles enxergar o paciente como um todo e, assim, pode-rem, efetivamente, dar o dire-cionamento correto ao trata-mento. Também vem à tona a chefia dos serviços de saúde: ficariam, obrigatoriamente, com os médicos? Ou seria esta uma questão puramente admi-nistrativa?

Ainda não acabouO PLS 25/2002 já foi apro-

vado pela Câmara dos Deputa-dos, mas, para ser definitiva-mente uma lei, ainda precisa passar pelo Senado e pela san-ção da Presidência da Repúbli-ca. O SITRAEMG vem acom-panhando a questão, a fim de intervir por seus servidores da Saúde dentro do judiciário – o debate por vir ainda promete.

TST nº 20/2007, segundo o qual “o concurso de remoção é plena-mente cabível para possibilitar aos servidores os deslocamentos que estão sendo buscados ao longo do tempo”. “Ademais, a abertura de um regular concurso de remoção dará maior transparência ao pro-cesso de escolha dos servidores removidos, o que encontra ampa-ro constitucional – caput do artigo 37 da Constituição da República”, argumenta o Sindicato no Pedido Administrativo. Já na Justiça Fede-ral, o pedido foi protocolado no último dia 30 de novembro com o mesmo objetivo do pedido reali-zado junto à Justiça do Trabalho.

Aposentados: confraternização

no SITRAEMG na última reunião do ano

O Núcleo de Aposentados do SITRAEMG lembra e convida todos os servidores aposentados e pensionistas que a última reunião mensal do segmento deste ano acontecerá no dia 17 de dezembro (quinta-feira), a partir das 17h30, na sede do Sindicato. Favor confir-mar sua presença, com antecedên-cia, pelo telefone 0800.283.4302, com a funcionária Margareth. Confira, abaixo, a programação:

No auditório18h – Apresentação do Coral

do SITRAEMG.18h30 – Sorteio de Brindes.19h – Lançamento do livro “Ser

Feliz é...”, de autoria de Suely Reis, filiada e também diretora de base.

No salão- A partir de 19h30: coquetel

de congraçamento- Música ao vivo: tecladista: Ari

de Freitas Luz (filiado)- Vocalista: Eliana Maria Ribei-

ro (filiada)- Dança de salão: apresentação

de Terezinha Melo (filiada) e seu professor Wagner, da Academia Corpo e Arte

- Karaokê e dança: todos

SAÚDE

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8 JORNAL DO SITRAEMGANO I - EDIÇÃO 06

Mobilização dos servidores

Compareceram à audiência, pelo SITRAEMG, o presidente do Sindicato, Alexandre Brandi, e os diretores Sebastião Edmar, Luiz Fernando, Fernando Neves e os assessores Washington Lima (eco-nomista) e Juliana Benício (advo-gada). Pelo TRT, participaram o presidente e o diretor-geral.

Os diretores do Sindicato comunicaram ainda ao presiden-te do TRT sobre o processo de mobilização e paralisações, e que o movimento está sendo conduzido de modo a evitar prejuízos para a população. Também solicitaram da administração do TRT o respei-to ao direito de greve.

Dirigentes do SITRAEMG cobraram do presidente do TRT da 3ª Região, desembargador Paulo Roberto Sifuentes Costa, o pagamento dos 11,98% da URV e demais passivos devidos pelo tri-bunal aos servidores. Os represen-tantes do Sindicato reivindicaram que os saldos orçamentários deste ano sejam usados para pagar tais dívidas. E que no orçamento do ano que vem, cuja proposta em pauta no Congresso prevê recursos para pagar passivos, seja dada prio-ridade para quitar tais passivos.

O presidente do TRT disse aos servidores que haverá sobra no orçamento deste ano, mesmo após o pagamento de passivos dos juízes, e que parte da URV deve ser paga com esses recursos. A

direção do Sindicato esteve com o desembargador Paulo Costa para tratar deste assunto por duas vezes, em novembro.

Documento do Sindicato diz que há

recursosPrimeiro, durante a solenidade

de inauguração do foro da Justiça do Trabalho de Pedro Leopoldo, no dia 13 de novembro, quando tam-bém estavam presentes o ministro Carlos Alberto Reis de Paula, do Tribunal Superior do Trabalho, e o diretor-geral do tribunal, Luís Pau-lo Garcia Faleiro. Eles receberam dos diretores do Sindicato Luiz Fernando Gomes, Célio Izidoro, Etur Zehuri e Eva do Nascimento

um documento que conclui que há verba para pagar a URV, elaborado pelo economista Washington Luiz Lima, assessor do SITRAEMG, a partir de análise do orçamento da Justiça do Trabalho.

O Sindicato voltou a se reunir com o presidente na audiência ocorrida no dia 26. Foi quando ele informou aos servidores que have-rá sobra orçamentária com paga-mento de pessoal, mesmo após os magistrados receberem a segunda parcela relativa a valores retroati-vos de anuênios.

O presidente do TRT alegou não poder ainda dizer qual o tama-nho da sobra nem quando seria fei-to o pagamento, mas indicou que isso pode ocorrer em dezembro.

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JUSTIÇA DO TRABALHO

Sindicato cobra prioridade para URV e demais passivosDiretores do sindicato estiveram por duas vezes com o presidente do TRT, que disse

que haverá saldo este ano para pagar parte da URV dos servidores

O diretor do SITRAEMG Luiz Fernando entrega documento ao ministro do TST Carlos Alberto Reis de Paula e ao presidente

do TRT, desembargador Paulo Roberto Sifuentes

E em reunião com o presidente e o diretor geral do TRT, em Belo Horizonte, diretores do Sindicato voltam a pedir urgência na

quitação da URV

Saldo final depende do valor pago a

juízes em novembro Em 4 de novembro deste ano,

segundo dados levantados pelo assessor econômico do SITRAE-MG, o saldo na rubrica direciona-da a pessoal da Justiça Trabalhista nacional era de R$ 226 milhões. Valores constatados após serem deduzidas as despesas com o aumento dos juízes, que não tive-ram suplementação orçamentária, e outros R$ 80,8 milhões referentes à primeira parcela do passivo pago também aos magistrados.

Para obter o saldo final desta rubrica no orçamento, porém, é necessário esperar o lançamento consolidado das despesas nacionais da Justiça do Trabalho em novem-bro. Isto porque há pelo menos uma despesa de peso em novem-bro, referente a uma nova parcela dos anuênios dos juízes.

Os valores citados referem-se a toda Justiça do Trabalho, com o Tri-bunal Superior do Trabalho e os tri-bunais regionais. Os recursos ficam concentrados no TST e são distri-buídos para os TRT's. Haveria um compromisso do TST de direcionar o maior montante das sobras para a Justiça do Trabalho em Minas, segundo disse o presidente do Tri-bunal, que também preside o Con-selho Nacional dos Presidentes das Justiças do Trabalho.

DESVIO DE FUNÇÃO

Diferença pode ser requerida na JustiçaO SITRAEMG tem preparada

proposta de ação judicial por meio da qual o servidor do Poder Judiciá-rio Federal em Minas poderá reque-rer diferenças salariais decorrentes do trabalho realizado em desvio de função. Para melhor esclarecer a categoria acerca do que caracteriza o “desvio de função” e das possibi-lidades de êxito na ação, o Sindica-to criou um link em sua página na internet (www.sitraemg.org.br) em que o internauta, ao acessar “Des-vio de função”, terá disponíveis as informações sobre a ação judicial

e as providências a serem tomadas pelo interessado, além de artigo em que o advogado César Lignelli, da Assessoria Jurídica do SITRAE-MG, apresenta ampla análise sobre a questão.

A ação proposta pelo SITRA-EMG é individual e pode ser ajui-zada para servidores que já são filiados ou que se filiarem imediata-mente. Interessados devem entrar em contato com o Departamento Jurídico do Sindicato, pelo telefo-ne 0800.283.4302. São exigidos os seguintes documentos: xerox da

Carteira de Identidade, CPF, do último contracheque, de compro-vante de endereço e de documen-tos assinados em desvio, ordem de serviço que comprova desvio e outros; certidão emitida pelo órgão em que trabalha, especificando a atuação do servidor, notadamente sobre sua atuação em relação ao mesmo, sua função de fato exercida até então; e se for Oficial de Justiça “ad hoc”, xerox do ato de nomea-ção, mandados cumpridos etc.

Além disso, deverá comparecer à sede do Sindicato, para assinar a procuração.