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DIRECTOR JOSÉ ROCHA DINIS | DIRECTOR EDITORIAL EXECUTIVO SÉRGIO TERRA | Nº 3959 | SEGUNDA-FEIRA, 06 DE FEVEREIRO DE 2012 10 PATACAS Empresas chinesas já são os maiores investidores estrangeiros em Portugal PÁG 15 PÁG 5 Conselho para o Trânsito propõe substituição de multas por suspensão da carta Fortuna de Adelson foi a quarta que mais cresceu no início do ano O presidente da Las Vegas Sands, Sheldon Adelson, terá visto a sua fortuna aumentar cerca de 1,6 mil milhões de dólares americanos só no início deste ano, de acordo com estimativas da Forbes. Segundo a revista americana, Adelson foi mesmo o quarto magnata dos EUA que mais enriqueceu entre 30 de Dezembro de 2011 e 20 de Janeiro deste ano, tendo agora a sua fortuna avaliada em 22,6 mil milhões de dólares. A lista, que teve em conta as variações das acções das empresas dos milionários dos EUA, indica que Larry Ellisson, fundador da Oracle, foi responsável pelo melhor arranque em 2012, ao acrescentar 3,5 mil milhões de dólares a um património agora estimado em 36 mil milhões. Nas posições seguintes surgem Bill Gates, fundador da Microsoft que ganhou mais dois mil milhões e elevou o total para 61,1 mil milhões, e Warren Buffett, presidente da Berkshire Hathaway, cujo património cresceu 1,9 mil milhões para 44,7 mil milhões. Propostas excessivas levam RAEHK a rever concursos sobre Ponte do Delta A construção da ponte que vai ligar Hong Kong, Macau e Zhuhai poderá sofrer novo atraso, depois do Governo da antiga colónia britânica ter decidido repetir concursos relativos a algumas secções da infra-estrutura. Segundo a imprensa da região vizinha, na base da decisão está o facto das empresas candidatas a algumas empreitadas terem apresentado propostas “excessivamente elevadas”. Caso os valores permaneçam acima das estimativas nos novos concursos, o Governo poderá ter recorrer ao Conselho Legislativo para ter “luz verde” para elevar novamente o valor do orçamento do projecto. Inicialmente orçados em 6,5 mil milhões de dólares de Hong Kong, os custos assumidos pelo Executivo da região vizinha já aumentaram para 48,5 mil milhões desde 2009. Operações em Macau valem 74% das receitas da Wynn Resorts PÁG 6 Telecomunicações lideram queixas dos consumidores PÁG 7 Festival Literário teve balanço positivo apesar da falta de público CENTRAIS PÁGS 2 E 3 Mitt Romney conseguiu vitória folgada nas primárias do Nevada PÁG 14 HO IAT SENG EM ENTREVISTA AO JTM Cada PME deve ter quota para não residentes O Governo tem de desenvolver um “novo conceito” para as PME’s, considera Ho Iat Seng, ao defender a criação de oportunidades para aquele tecido empresarial nos projectos de habitação pública, bem como a atribuição a cada empresa de quotas para a contratação de trabalhadores não residentes. Em entrevista exclusiva ao JTM, o vice- presidente da Assembleia Legislativa volta ainda a abordar a questão do sufrágio universal, sublinhando que a chave está na Lei Básica e na “intenção” legislativa.

JTM 06-02-2012

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Jornal Tribuna de Macau

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Director José rocha Dinis | Director eDitorial executivo sérgio Terra | Nº 3959 | seguNDa-feira, 06 De fevereiro De 2012

澳門論壇日報 10 PaTacas

Empresas chinesas já são os maiores investidores estrangeiros em Portugal

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Conselho para o Trânsitopropõe substituição de multaspor suspensão da carta

Fortuna de Adelson foi a quartaque mais cresceu no início do anoo presidente da las vegas sands, sheldon adelson, terá visto a sua fortuna aumentar cerca de 1,6 mil milhões de dólares americanos só no início deste ano, de acordo com estimativas da forbes. segundo a revista americana, adelson foi mesmo o quarto magnata dos eua que mais enriqueceu entre 30 de Dezembro de 2011 e 20 de Janeiro deste ano, tendo agora a sua fortuna avaliada em 22,6 mil milhões de dólares. a lista, que teve em conta as variações das acções das empresas dos milionários dos eua, indica que larry ellisson, fundador da oracle, foi responsável pelo melhor arranque em 2012, ao acrescentar 3,5 mil milhões de dólares a um património agora estimado em 36 mil milhões. Nas posições seguintes surgem Bill gates, fundador da Microsoft que ganhou mais dois mil milhões e elevou o total para 61,1 mil milhões, e Warren Buffett, presidente da Berkshire Hathaway, cujo património cresceu 1,9 mil milhões para 44,7 mil milhões.

Propostas excessivas levam RAEHKa rever concursos sobre Ponte do Deltaa construção da ponte que vai ligar Hong Kong, Macau e Zhuhai poderá sofrer novo atraso, depois do governo da antiga colónia britânica ter decidido repetir concursos relativos a algumas secções da infra-estrutura. segundo a imprensa da região vizinha, na base da decisão está o facto das empresas candidatas a algumas empreitadas terem apresentado propostas “excessivamente elevadas”. caso os valores permaneçam acima das estimativas nos novos concursos, o governo poderá ter recorrer ao conselho legislativo para ter “luz verde” para elevar novamente o valor do orçamento do projecto. inicialmente orçados em 6,5 mil milhões de dólares de Hong Kong, os custos assumidos pelo executivo da região vizinha já aumentaram para 48,5 mil milhões desde 2009.

Operações em Macauvalem 74% das receitasda Wynn Resorts Pág 6

Telecomunicaçõeslideram queixas dosconsumidores Pág 7

Festival Literário teve balanço positivo apesar da falta de público centrais

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Mitt Romney conseguiuvitória folgada nasprimárias do Nevada Pág 14

HO IAT SENG EM ENTREVISTA AO JTM

Cada PME deveter quota paranão residentes

O Governo tem de desenvolver um “novo conceito” para as PME’s, considera Ho Iat Seng, ao defender a criação de oportunidades para

aquele tecido empresarial nos projectos de habitação pública, bem como a atribuição a cada empresa de quotas para a contratação de

trabalhadores não residentes. Em entrevista exclusiva ao JTM, o vice-presidente da Assembleia Legislativa volta ainda a abordar a questão

do sufrágio universal, sublinhando que a chave está na Lei Básica e na “intenção” legislativa.

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jornal tribuna dE MaCau segunda-feira, 06 de fevereiro de 2012 Pág 03Pág 02 segunda-feira, 06 de fevereiro de 2012 jornal tribuna dE MaCau

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jornal tribuna dE MaCau

local local(...) “Em termos proporcionais foram manifestadas mais opiniões em Macau do que quando se realizou este processo [sobre sistema político] em Hong Kong. Temos de ter em conta que o Comité Permanente da ANP dá mais valor às opiniões apresentadas por escrito” (...) – Ho Iat Seng

(...) No caso da AL é mais fácil lidar com cinco Secretários e mesmo assim já não temos mãos a medir (...) – idem

(...) “Quando se contrata alguém [do exterior] essa pessoa deve estar consciente do papel que vem desempenhar em Macau, ou seja, o de trabalhador. Se lhe for proporcionada uma mudança fácil de trabalho vão-se gerar muitas confusões” (...) - idem

(...) “Quando há lojas com rendas acessíveis é natural que se queiram desenvolver negócios. De outra maneira é difícil, já que ninguém pode obrigar a que se reduzam as rendas das lojas do Largo do Senado” (...) – Ho Iat Seng

HO IAT SENG EM ENTREVISTA AO JTM

lei dá “resposta clara” sobre sistema políticoDisse e surpreendeu: “o sufrágio universal é impossível” sem a revisão da Lei Básica. As declarações de Ho Iat Seng deixaram juristas divididos, mas o vice-presidente da Assembleia Legislativa é firme na posição que diz assumir “despido” de cargos. Em entrevista ao JTM sustenta ainda que é conveniente espreitar o passado e “estudar” os trabalhos preparatórios da lei fundamental. Sem concretizar, o único representante de Macau junto do Comité Permanente da ANP garante que a chave está na Lei Básica e na “intenção” legislativa

fátima almeidaviviana chan

Afirmou concordar com a “maioria” das opiniões manifestadas duran-te a consulta pública: mais dois

deputados eleitos pela via directa e mais dois pela via indirecta. Era este o rumo que esperava para o desenvolvimento do sistema político?

-Quando me referi ao aumento dos assentos por sufrágio indirecto e directo falei na qualidade de cidadão e de mem-bro do Comité Permanente da Assembleia Nacional Popular (ANP), não como vice-presidente da Assembleia Legislativa (AL). Tenho o direito de manifestar a minha opinião pessoal, como cidadão, e acho que este deve ser o rumo a seguir.

-Porque é que entende que não é possível falarmos em sufrágio universal para a eleição do Chefe do Executivo?

-O anexo I da Lei Básica de Macau prevê uma metodologia particular [para a escolha do Chefe do Executivo], a qual complementa o artigo 47º [“o Chefe do Executivo da RAEM é nomeado pelo Go-verno Popular Central, com base nos resul-tados de eleições ou consultas realizadas localmente”]. Também na Lei Básica de Hong Kong está prevista uma metodologia particular para esse efeito, a qual também complementa o artigo 45º [que refere que “o método de escolha do Chefe do Execu-tivo deve ser especificado em função da si-tuação real de Hong Kong, ou seja de acor-do com o princípio de progresso gradual e ordenado. O objectivo final é a eleição do Chefe do Executivo por Sufrágio Universal após nomeação por uma comissão ampla-mente representativa e em conformidade com os procedimentos democráticos”]. Comparando e estudando estes aspectos das duas legislações teremos uma resposta clara.

-Embora seja Pequim a nomear o Chefe do Executivo não poderão então as eleições ser directas, já que depois de 2009 é permitido alterar a metodologia para a eleição do Chefe? A Lei Básica não faz referência directa ao sufrágio universal, mas também não diz que é impossível…

-Estas são questões sérias sobre a in-

tenção da legislativa [da Lei Básica]. Se es-tudarem os discursos e forem aos arquivos do período de elaboração da Lei Básica po-derão compreender essa questão.

-Manifestou esta opinião na quali-dade de membro do Comité Permanente da ANP ou a título pessoal?

-É a minha opinião pessoal. -Que mudanças espera então na es-

colha do Chefe do Executivo em 2014?-Não faço previsões. -Ouviram-se diversas críticas nome-

adamente por parte de alguns deputados relativamente ao facto de não ter sido suficiente o tempo de auscultação. Como avalia o processo de consulta promovido pelo Executivo?

-Foi dedicada apenas uma sessão pú-blica à população [em geral], mas no con-junto foram realizadas oito sessões para recolher opiniões. A organização deste pro-cesso é da responsabilidade do Governo e não me cabe a mim dizer se as sessões e o tempo foram suficientes. É difícil chegar a um número consensual. A Secretária para Administração e Justiça já revelou que fo-ram recolhidas 2.000 opiniões, quando nos dias anteriores apenas se sabia de 1.000, foi um salto muito grande. Não considero que tenham sido recebidas poucas opiniões. Em termos proporcionais foram manifestadas mais opiniões em Macau do que quando se realizou este processo em Hong Kong. Temos de ter em conta que o Comité Per-manente da ANP dá mais valor às opiniões apresentadas por escrito. Enquanto numa sessão pública as pessoas têm poucos mi-nutos para intervir, nas opiniões por escrito encontram mais espaço para se expressar e o Comité dá-lhes assim mais relevância.

-Considera assim que estas opiniões darão a Pequim uma visão correcta de Ma-cau sobre o desenvolvimento político?

-Em termos proporcionais este nú-mero é suficiente quando comparado com

Hong Kong. Temos de ter em conta que Macau é um território com meio milhão de habitantes e as associações também repre-sentaram pontos de vista da população.

-Vincou que o trabalho de todos os deputados na AL é fundamental e frisou que todos dão igual contributo. Contudo, a intervenção por parte dos deputados eleitos por sufrágio universal é mais vi-sível...

-Pela minha experiência de três anos como vice-presidente da AL tenho vindo a constatar que apesar de os directos serem mais interventivos, tal não significa, que fora das sessões da AL, os outros não inter-venham. Todos trabalham com seriedade e honestidade. O facto de 12 deputados apre-sentarem mais interpelações não poderá significar que os outros não se pronunciem sobre o bem-estar da população. De 29 de-putados, não posso dizer que os 17 que não foram eleitos por via directa não executam um bom trabalho.

-A AL tem tido muito trabalho so-bretudo no âmbito das Comissões, já que alguns diplomas incluem muitas contra-dições. Justifica-se que tal aconteça depois de tanto tempo em elaboração?

-Acaba por ser um cenário normal. Detectam-se vários problemas depois das propostas de lei baixarem à Comissão e isto revela que a AL está a exercer o seu papel de fiscalização. São dois órgãos de sobera-nia diferentes. Posso dizer que no Interior da China, e para quem conhece a cultura funcional dos órgãos legislativos, é usual que se verifiquem estas discrepâncias. Na China, o diploma mais demorado só ficou concluído após sete anos e tal não signifi-ca que o Governo Central tenha executado mal o seu trabalho.

-Num território pequeno, não fal-tarão recursos ou eficiência ao Governo para apresentar leis mais concretas?

-O Governo dá mais valor ao aspecto

operacional. Se terá a ver com a falta de re-cursos? Os problemas levantados quando os diplomas baixam a Comissão também se devem ao facto do Executivo dar mais importância aos aspectos operacionais, ou seja à exequibilidade das leis, enquanto a AL atribui mais valor ao equilíbrio e aos interesses e liberdades fundamentais da população. É uma correlação de forças.

-Por outro lado, é fraca a intenção le-gislativa por parte dos deputados...

-É uma questão que se revela impor-tante, mas só se enquadra no contexto polí-tico e legislativo dos outros países e regiões, uma vez que Macau está sujeito ao enqua-dramento e limitações da Lei Básica, e po-demos ver que há questões que estipulam que o direito de propor leis cabe ao Gover-no. Tem a ver com questões políticas.

-Também é da opinião que deviam ser criadas mais Secretarias para facilitar o trabalho do Governo?

-É difícil dizer se convém ou não au-mentar o número de Secretarias. Antes da transferência havia mais dois Secretários, que eram na altura chamados de adjuntos, mas depois foram retirados. Será que com mais Secretarias os problemas na elabo-ração dos diplomas deixariam de existir? Não concordo com isso.

-Mas há quem defenda que há uma sobrecarga de pastas...

-Se me pronunciar sobre isso vou in-terferir no trabalho do Governo.

-Mas o papel de um deputado não é também pronunciar-se sobre o trabalho do Governo?

-O facto de termos passado a ter cinco ao invés de sete Secretários levou a que o trabalho de legislação das diversas áreas se concentrasse mais. Mas, no caso da AL é mais fácil lidar com cinco Secretários e mesmo assim já não temos mãos a medir.

-A maioria dos Secretários assume este cargo desde que foi criado o Governo da RAEM. Ainda não terá chegado a altu-ra de promover mudanças?

-Não posso comentar porque é uma decisão que cabe ao Governo. Tanto na qualidade de cidadão como deputado não me pronuncio. Mesmo que venham a ocorrer mudanças nos titulares das pastas, o trabalho da Assembleia é de fiscalização e este trabalho é executado independente-mente de quem ocupe os cargos.

Mas, pelo menos, já defendeu a re-condução de Chui Sai On para um segun-do mandato...

-Sabemos que um mandato de quatro ou cinco anos não é suficiente para o res-ponsável máximo da máquina adminis-trativa colocar em prática as suas ideias. O Chefe do Executivo já vai para o terceiro ano de governação e podemos dizer que está a fazer um trabalho de ligação entre o anterior e o novo Governo. A meio do mandato pode ter tempo para reorganizar a sua equipa administrativa e colocar em prática as suas ideias, como a revisão da Lei de Terras e o Planeamento Urbanístico. Estes são diplomas que têm de ser concreti-zados. A população tem outras aspirações fortes que poderão encontrar espaço no seu segundo mandato.

HO IAT SENG DEFENDE “CONCEITO NOVO” PARA EMPRESAS

cada PME deve ter quota para não residentesO Governo centrou forças no jogo, mas começa a despertar a sua atenção para outros negócios, constata Ho Iat Seng. Mas para o vice-presidente da Associação Comercial é preciso fazer mais. As 19.000 habitações públicas poderão ser uma oportunidade de ouro para as pequenas e médias e empresas, salienta. Já o problema da mão de obra exige a aprovação de quotas de não residentes para aquelas empresas, captando mão de obra mais barata, defendeu em entrevista ao JTM. Ho Iat Seng mostra-se “aberto” ao salário mínimo, mas adverte que a sua criação deve ser bem estudada para que não vejamos pessoas a perderem empregos

Enquanto representante dos sectores industrial e comercial na AL, ficou satisfeito com as me-didas previstas nas LAG para este ano?

-Macau está a seguir o rumo do desenvolvimen-to económico. Neste processo de desenvolvimento o território debate-se com problemas de aumento de salários e dos custos operacionais ao nível empresa-rial. O sector do Jogo gera muitos lucros, por isso, as operadoras podem sustentar rendas altas e pagar salários elevados. Embora tenham de pagar 35% das receitas brutas ao Governo ainda lhes sobra muito. Já as PME’s enfrentam uma grande concorrência.

-É uma questão que poderá encontrar resposta na revisão da Lei da Contratação de Não Residen-tes?

-Ainda não recebi informação sobre a revisão das leis laborais, mas no que diz respeito à importação de trabalhadores não residentes o processo está a andar. O problema é que antes o Governo dava uma atenção tremenda ao sector do jogo e só nos últimos anos é que começou a voltar mais a atenção para as PME’s. Ainda assim espero que a sua preocupação venha a ser maior.

-O contributo das PME’s não está a ser valoriza-do pelo Governo?

-O Governo não ignorou o contributo das PME’s. Há factores muito objectivos que geram dificuldades às PME’s e nos quais o Executivo não pode interferir. Por exemplo, os casinos como têm lucros muito al-tos conseguem contratar trabalhadores com salários elevados, se não contratam por 10.000 contratam por 12.000, 14.000 ou 16.000. Mas, as PME’s já não o po-dem fazer. Ora, o Governo não pode obrigar que as empresas fixem as suas ofertas de salários, por exem-plo, entre 8.000 e 10.000 patacas. Isso iria contra as

leis fundamentais da RAEM, e aliás, o Governo nem saberia como interferir porque somos uma economia livre. O que o Governo tem de fazer é desenvolver um novo conceito para as PME’s.

-De que forma o poderia fazer?-Já apresentei muitas propostas. Por exemplo,

nas futuras habitações públicas da Ilha Verde ou Seac Pai Van poderia alugar espaços às PME’s para que fossem desenvolvidos diferentes sectores. Dessa ma-neira seriam criadas condições para a sobrevivência das PME’s, já que não seria necessário o pagamento de uma renda muito elevada, porque o espírito das habitações públicas é o de servir as camadas com me-nos possibilidades. Se o Governo avançasse com estas medidas aliando projectos criativos ajudaria de facto as PME’s e os mais jovens a criarem os seus negócios, porque quando há lojas com rendas acessíveis é na-tural que se queiram desenvolver negócios. De outra maneira é difícil, já que ninguém pode obrigar a que se reduzam as rendas das lojas do Largo do Senado. Imagine-se 19.000 habitações públicas, quantas lojas não poderá haver? Esta acção criaria um ambiente novo, por isso, esta é a minha primeira esperança.

-Que outras expectativas tem?-Macau deve saber explorar e desenvolver a Ilha

da Montanha. Se as PME’s estabelecerem os negócios nesse espaço poderão desenvolver várias áreas e a economia ficaria mais equilibrada uma vez que dei-xaria de estar tão concentrada no Jogo. É necessário também aprovar para cada empresa uma quota para a contratação de trabalhadores não residentes. Isso fa-ria com que as despesas baixassem e em consequência os produtos, porque a mão-de-obra é mais barata. O Governo tem que orientar as coisas e pensar quais são os sectores que podem trazer benefícios para Macau.

-Como deverá definir essas orientações?-As lojas não precisam de ser muito grandes. O

fundamental é que haja muitas. Por exemplo, em Seac Pai Van, junto ao pavilhão dos Pandas, nascerão mui-tas instalações. Há pessoas que não gostam de comer dentro dos casinos, pelo que poderão ter como opção tascas e várias iguarias de Macau. Por que é que o Governo não pensa nisso? Já apelei várias vezes, mas não sei ao certo qual é o seu plano. O Executivo deve criar um ambiente agradável e não perderá perder dinheiro ao ajudar desta maneira. Poderá não gerar consenso, mas é da responsabilidade do Governo e é alcançável.

-E qual é a sua posição sobre a proposta do Conselho Permanente de Concertação Social?

-É sempre necessário seguir o espírito do contra-to. Quando se contrata alguém [do exterior] essa pes-soa deve estar consciente do papel que vem desempe-nhar em Macau, ou seja, o de trabalhador. Se lhe for proporcionada uma mudança fácil de trabalho vão-se gerar muitas confusões. Suponhamos que um traba-lhador “foge” do emprego porque tem oportunidade de usufruir de um rendimento mais alto noutra com-panhia... Como é que o contrato é respeitado? Pode despedir-se mas deve voltar para onde vivia para depois pedir outro emprego, porque não é residente de Macau. É preciso ter isto em conta. E mesmo os residentes cumprem regras. Sem elas seriam afecta-dos valores morais. Além dos planos de cada pessoa é necessário seguir os princípios das leis.

-Considera viável a implementação do salário mínimo?

-Estou sempre aberto à implementação do sa-lário mínimo. Desde que este tipo de salário entrou em vigor em Hong Kong não se registaram grandes problemas. E com o regime de salário mínimo que pessoas irão beneficiar? Os funcionários da limpeza e os seguranças? Segundo sei, o salário dos porteiros é muito baixo. O salário mínimo é bom para assegu-rar a dignidade da vida das pessoas com ordenados mais baixos, mas é preciso, no caso dos porteiros, ter atenção à questão da tarifa de gestão do condomínio. As pessoas querem estabelecer o salário mínimo em Macau, mas depois não querem pagar a tarifa de ges-tão, e isso é uma contradição. Os interesses das classes mais carenciadas devem ser assegurados através do salário mínimo, mas a sua criação deve ser bem es-tudada, porque não queria ver a implementação do salário mínimo a levar pessoas para o desemprego.

-Qual é a importância que atribui à comunida-de portuguesa no território?

-A comunidade portuguesa é a História. Chegou há mais de 400 anos. Sobretudo desde a criação da RAEM respeitamos muito a comunidade portuguesa e o Governo, ao mesmo tempo, dá-lhe atenção. A Lei Básica prevê o português como uma língua oficial em Macau, e como referi uma legislação precisa de muito tempo para ser concluída. E é raro encontrar no mun-do, uma que tenha duas versões: chinês e português. Por isso é que também se verifica uma demora maior para que as propostas de lei se concluam. Como as duas línguas são muito ricas é muito difícil que todos se consigam entender ao mesmo tempo, por isso, é necessário mais tempo na elaboração da legislação a fim de asseguramos a mesma interpretação nas duas versões. Quando é apresentada alguma opinião ao Executivo sobre este assunto o Governo tenta coope-rar com a comunidade portuguesa... É a especificida-de de Macau.

f.a./v.c.

(...) “A comunidade portuguesa é a História. Chegou há mais de 400 anos. Sobretudo desde a criação da RAEM

respeitamos muito a comunidade portuguesa e o Governo, ao mesmo

tempo, dá-lhe atenção” (...)

Entre a política e os negócios Quase não houve tempo para tudo, embora o tempo não tenha sido pouco e tivessem sido pedidos mais alguns minutos. se continuássemos nunca mais acabaríamos, reconhece. É como nas leis elaboradas a duas línguas: demora sempre mais até que todos se compreendam de imediato, mesmo quando estão em causa dúvidas e divergências sobre o sufrágio universal, matéria sobre a qual Ho iat seng não se negou a prestar esclarecimentos adicionais, desde Pequim. frente a frente falou também da sua área de interesses que sabe defender com garra. Quando o tema se liga às PMe’s jorram palavras imensas do homem que recebeu a Medalha de Mérito industrial e comercial em 1999, atribuída pelo governador de Macau, e em 2001 pelo governo da raeM. Já em 2009 Ho iat seng colocou ao peito a medalha de Honra lótus de ouro. além do papel de deputado e de vice-presidente da al, que assumiu há três anos, Ho iat seng, nascido em Macau, é ainda um homem de negócios que representa a associação industrial e a associação comercial de Macau e gere várias sociedades.

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CHUI SAI ON ELOGIA FRUTOS DA COOPERAÇÃO COM GUANGDONG

Prometidas mais facilidades na fronteiraO acordo-quadro firmado entre Guangdong e Macau permitirá às duas partes entrar numa “nova era” de cooperação, afirmou o Chefe do Executivo, que sublinhou o empenho do Governo em aumentar as facilidades nos procedimentos alfandegários e desenvolver as ligações entre as várias infra-estruturas planeadas ou já em construção

A cooperação com Guangdong continua a ocupar boa parte da agenda de trabalhos do Governo da RAEM e a motivar vários encontros entre responsáveis dos

dois territórios. O mais recente realizou-se no sábado, por ocasião de uma recepção de Primavera, organizada pelas autoridades de Guangdong, e foi aproveitado por Chui Sai On para sublinhar a importância do reforço das relações com a Província vizinha.

Ao discursar no evento, o Chefe do Executivo salien-tou que o acordo-quadro estabelecido com Guangdong impulsionou os laços bilaterais, designadamente no que se refere à exploração da Ilha da Montanha, desenvolvimento conjunto de indústrias, ligação dos projectos de infra-es-truturas, a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, entre outras vertentes, “permitindo assim que a cooperação entre numa nova era”.

De acordo com uma nota oficial, Chui Sai On assegu-rou que “o Governo da RAEM vai continuar a aplicar as Linhas Gerais do Plano da Reforma e Desenvolvimento da Região do Delta do Rio das Pérolas, de forma a desen-volver as potencialidades de complementaridade mútua

e beneficiar em conjunto da prosperidade gerada pelo de-senvolvimento”.

Além de se referir à construção do novo campus da Universidade de Macau e do parque industrial Guang-dong-Macau na Ilha da Montanha, Chui Sai On frisou que

o “Governo está empenhado em criar mais facilidades nos procedimentos alfandegários”, bem como em “promo-ver as ligações entre as diferentes infra-estruturas, elevar o êxito da cooperação no âmbito do comércio e do sector terciário”, mas também no domínio dos serviços sociais e públicos.

As áreas da educação cultural, protecção ambiental, abastecimento de energias e segurança alimentar também foram destacadas pelo governante, convicto de que o re-forço da cooperação com Guangdong ajudará a cumprir o objectivo de tornar Macau num centro internacional de tu-rismo e lazer, e “poderá melhorar, cada vez mais, os benefí-cios à população e a estabilidade na sociedade em geral”.

Fernando Chui Sai On encontrou-se ainda em San-ta Sancha com o Governador de Guangdong, Zhu Xia-odan, e outros dirigentes daquela província, tendo real-çado na ocasião que “todos os sectores de Macau estão a demonstrar muito interesse” pelo desenvolvimento da Ilha da Montanha.

Particularmente optimista manifestou-se também Zhu Xiaodan, que classificou o âmbito e a perspectiva da cooperação entre os dois territórios como “abrangentes”. O governador asseverou que a construção da nova zona na Ilha da Montanha será “acelerada”, assim como “a im-plementação de várias medidas pioneiras em Hong Kong e em Macau no âmbito do acordo CEPA”.

Por outro lado, segundo indicou, Guangdong irá ain-da “aproveitar melhor o papel de Macau, como plataforma de serviços de cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa, para explorar e alargar o mercado na Europa e nos países lusófonos”.

Chui Sai On recebeu em Santa Sanchao Governador de Guangdong, Zhu Xiaodan

PROPÕE CONSELHO CONSULTIVO DO TRÂNSITO

Suspensão da carta em vez de multasO número das infracções está a aumentar e um membro do Conselho veio defender medidas mais rigorosas, para combater as más práticas. Uma delas passa pela introdução da medida de suspensão da carta do infractor, em substituição das multas

O Conselho Consultivo do Trânsito propõe que as cartas de condução possam ser suspensas, numa me-

dida que substituiria a aplicação de multas e que se aplicaria a casos actualmente não sujeitos àquela medida mais grave. Na opi-nião de Fong Kam Soi, um dos elementos do Conselho Consultivo, as medidas actu-almente em vigência não são suficientes para diminuir as infracções de trânsito, nem têm efeitos formativos junto dos con-dutores.

O responsável avançou à imprensa chinesa com o exemplo do Interior da Chi-na, onde quem comete infracções de trân-sito pode estar sujeito a ver suspensa a sua carta de condução. Os infractores não têm que fazer novos exames de condução (ou seja, não lhes é retirada a carta em definiti-

vo), mas têm que frequentar uma formação que pode durar entre duas a quatro sema-nas. Fong Kam Soi considera que a insti-tuição de medidas semelhantes em Macau seria a melhor forma de penalização dos infractores e de controlo do número eleva-do de infracções do trânsito.

Os dados estatísticos da Polícia de Segurança Pública (PSP) indicam que as infracções relativas ao Regulamento do Código de Estrada e da Lei do Trânsito Rodoviário foram mais de 450 mil durante ano passado. Os números da PSP indicam claramente que os sinais de trânsito de Ma-cau são cada vez mais ignorados.

Exemplo disso é a quantidade das infracções de quem ignora os semáforos vermelhos, que duplicou durante 2011. No ano passado, registaram-se 11.028 casos de condutores que não obedeceram a um sinal de trânsito, um acréscimo de 161%. O esta-cionamento tende também a agravar-se no território, até porque há mais veículos a cir-cular nas ruas de Macau, com menos espa-ço para estacionar. De acordo com os dados da PSP, registaram-se 102.384 casos de não pagamento em parques de estacionamento tarifados ou de estacionamento fora de ho-ras. Este número corresponde a um acrésci-mo de 70,20% de 2010 para 2011.

Subiram também os casos em que as autoridade se depararam com condutores sem cinto de segurança. A PSP contabilizou

2.102 ocorrências do género entre Janeiro e Novembro, o que corresponde a um acrés-cimo de 72,86% face ao período homólogo do ano anterior. Igualmente a subir está a quantidade de condutores que não dão prioridade e ainda o número de pessoas que usam o telemóvel enquanto conduzem (667 em automóveis e 247 em motociclos).

O número de acidentes de viação au-mentou 7,2% (para 14.102) e registaram-se 12 acidentes fatais, face a 10 em 2010. Em tendência oposta, verificaram-se decrésci-mos nos casos de condução sob o efeito do álcool e de excesso de velocidade.MEDIDAS MAIS RIGOROSAS. Dada a tendência de agravamento do desrespeito pelo Código da Estrada e pela Lei do Trân-sito, Fong Kam Soi acha que é razoável e

PREÇOS DO ÓLEO VARIAM ATÉ 30%. apenas cinco entre 23 marcas de óleo alimentar analisadas pelo conselho de consumidores estabilizaram os seus preços entre Novembro e Janeiro últimos. segundo um estudo do organismo, a subida mais elevada foi de 45% num período em que a venda do mesmo produto em diferentes locais reflectiu diferenças de preços entre 10 e 30%.

DESPORTO E SAÚDE NO JARDIM DA FLORA. o instituto do Desporto instalou ontem, no Jardim da flora, postos de atendimento e informação visando sensibilizar a população para a importância do desporto para a saúde. a iniciativa, que inclui serviços gratuitos de avaliação da condição física, irá repetir-se no mesmo local nos dias 12, 19 e 16 deste mês, entre as 07:00 às 11:00.

autocarros ecológicos no fim do anoas autoridades planeiam introduzir entre quatro a seis autocarros elétricos em 2012. De acordo com a Direcção dos serviços para os assuntos de tráfego (Dsat), os veículos “amigos do ambiente” vão circular na taipa e em coloane. atendendo a que será necessário realizar um concurso público para aquisição dos veículos, prevê-se que o funcionamento dos autocarros ecológicos possa ser concretizado na fase final do ano.

As infracções às regras do trânsito superaram as 450 mil em 2011

necessário formular medidas mais rigoro-sas, para alcançar uma gestão do trânsito mais eficaz no território. O responsável diz que as infracções de trânsito são uma ame-aça à segurança das redes de transporte. Apesar disso, o Conselho Consultivo do Trânsito considera que o valor definido para as multas em Macau é razoável para chegar ao seu efeito.

Com o tráfego automóvel a agravar-se, a Direcção dos Serviços para os Assun-tos de Tráfego informou entretanto que a melhoria das redes de transportes é o tra-balho mais importante previsto para este ano.

Nesse sentido, foram anunciadas obras de melhoramento em cerca de 80% das estradas e ruas situadas nas ilhas.

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ARQ

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Felicita o Dr. David Chow, presidente honorárioda APOMAC, por ter sido agraciado com o Grau de

Comendador da Ordem Nacional da República do Benim

paulo barbosaviviana chan

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Pág 06 segunda-feira, 06 de fevereiro de 2012 jornal tribuna dE MaCau jornal tribuna dE MaCau segunda-feira, 06 de fevereiro de 2012 Pág 07

localVINHO A MAIS. Durante uma operação “stop”, a PsP detectou um automóvel com o motor ligado e encostado junto ao passeio com o condutor meio a dormir. abordado pelas autoridades, o homem, de 26 anos, terá confessado que tinha ingerido vinho a mais e que tinha ficado mal disposto.

CÃO DETECTOU “ICE”. uma mulher de 21 anos foi detida na quinta-feira nas Portas do cerco quando um cão-polícia alertou o agente para algo de anormal. a jovem foi prontamente revistada, tendo sido encontrado na sua posse um saco com 1.16 gramas de “ice”, para além de diversas palhinhas que seriam usadas para o consumo da substância. local

CTM ALIA-SE À BEECRAZY. a ctM estabeleceu uma parceria com o grupo Beecrazy, especializado em vendas online. o acordo prevê a disponibilização de 200 ofertas por dia no portal cyberctM, em áreas como restaurantes, supermercados, produtos de beleza e saúde ou descontos de viagens, entre outras.

DSE NO CENTRO DE SERVIÇOS. a Direcção dos serviços de economia (Dse) instalou balcões de atendimento no centro de serviços da raeM, localizado na rua Nova da areia Preta, para facilitar o tratamento de formalidades administrativas. Numa fase inicial, a Dse disponibiliza 10 tipos de serviços ao público.

LUCROS DO ÚLTIMO TRIMESTRE FICARAM ABAIXO DO ESPERADO

Macau gera 74% das receitas da WynnOs lucros da Wynn Resorts subiram quase 67% no último trimestre de 2010, impulsionados novamente pelo bom desempenho em Macau, mercado que garantiu três quartos das receitas do grupo. Mesmo assim, os analistas esperavam mais

Entre Outubro e Dezembro do ano passado, a Wynn Resorts viu os seus lucros líquidos crescerem 66,7% para

190,5 milhões de dólares americanos, face a igual período de 2010. Já as receitas líquidas avançaram 8,6% para 1,34 mil milhões de dólares, mas ficaram aquém das expectati-vas dos analistas consultados pela agência Bloomberg, cujas projecções apontavam para 1,36 mil milhões.

As operações de Macau voltaram a destacar-se nas contas da Wynn Resorts, com as receitas arrecadadas pela subsidiá-ria local a representarem 74,29% do total do grupo. Em Macau, as receitas líquidas da Wynn subiram 9,1% para 995,5 milhões de dólares, enquanto que em Las Vegas que-daram-se pelos 348,4 milhões, fruto de um acréscimo de 7,2%.

No cômputo geral de 2011, as receitas líquidas da Wynn Resorts subiram 25,9% para 5,27 mil milhões de dólares, benefi-ciando das subidas tanto em Macau (mais 31,2%) como Las Vegas (mais 14,2%), e os lucros líquidos cifraram-se em 613,4 mi-lhões contra os 160,1 milhões apurados um ano antes.

Em bom plano manteve-se a Wynn Macau, com ganhos líquidos de 239,9 mi-lhões de dólares (mais 14,9%) no quarto tri-mestre e de 759,8 milhões no total de 2011, um valor que também terá desapontado os analistas que esperavam lucros de 795,3 milhões.

Os dados divulgados pelo grupo lide-rado por Steve Wynn indicam ainda que os resultados EBITDA (antes de juros, impos-tos, amortizações e depreciações) atingiram 1,6 mil milhões (mais 40,6%) no total de 2011, devido aos acréscimos de 34 e 62,4% em Macau e Las Vegas, respectivamente. No último trimestre, o EBITDA ajustado fi-xou-se nos 402,2 milhões de dólares, sendo que no caso da Wynn Macau cresceu 5,5% para 313,1 milhões.

Relativamente às operações na RAEM,

a Wynn Resorts salientou ainda que o volu-me de apostas VIP subiu 7,3% para 29,7 mil milhões de dólares nos últimos três meses de 2011. Desse valor, a Wynn ficou com 3,18%, uma percentagem acima da meta traçada pela operadora (entre 2,7 e 3,0%). Já a percentagem de vitória no mercado de massas situou-se nos 30,4%.

Na análise aos resultados financeiros, a Wynn não apresentou novidades sobre os planos de expansão para o COTAI, rei-terando apenas que continua a trabalhar no projecto e a aguardar a aprovação do Governo.

A Wynn Resorts aprovou entretanto a distribuição de dividendos aos accionistas no valor de 50 cêntimos de dólar por acção. O pagamento será feito a 1 de Março, a to-dos os accionistas registados a 16 de Feve-

reiro.FILIPINAS MOTIVARAM DISPUTA COM OKADA. O litígio com Kazuo Oka-da, ex-vice presidente e principal accionista individual da Wynn Resorts, foi outra ma-téria abordada pela empresa na habitual conferência telefónica com os analistas, com Steve Wynn a assumir que há “uma discordância acentuada” entre o Conselho de Administração e o magnata japonês.

Okada justificou a acção judicial con-tra a Wynn com a intenção de aceder a registos financeiros da empresa, e dessa forma proteger os seus investimentos, mas o presidente e CEO do grupo garante que o sócio nipónico pretende sobretudo des-viar as atenções de uma disputa interna em torno de um potencial investimento nas Filipinas. Segundo Steve Wynn, Okada não gostou de ver o Conselho de Administra-ção da Wynn Resorts reprovar “unanime-mente” uma proposta de envolvimento da empresa no projecto, que foi lançado pelo empresário japonês em Manila, na semana passada.

Frisando que a operadora não tem qualquer interesse em investir nas Filipi-nas, Steve Wynn lamentou que Okada te-nha acabado por criar “um problema para ele próprio”.

Apesar do divórcio entre as partes, Kazuo Okada continua a desempenhar o cargo de director não executivo da Wynn Macau, juntamente com Allan Zeman e Marc Schorr.

s.t.

ASSOCIAÇÃO DOS VETERANOS DO

FUTEBOL DE MACAU

Felicita o Dr. David Chow, empresário, por ter sido agraciado com o Grau

de Comendador da Ordem Nacional da República

do Benim

TELECOMUNICAÇÕES MOTIVAM MAIOR PARTE DAS QUEIXAS

“orelhas a arder” no telemóvel

Um carteirista e duas cúmplices ficaram detidos após uma das mulheres ter confessado às autoridades a prática dos furtos. A detenção fez parte de uma operação anti-crime efectuada pela Polícia de Segurança Pública (PSP)

Podia ter-se safado caso uma das cúmplices não tives-se confessado às autoridades a prática dos crimes. O caso ocorreu durante a tarde de quinta-feira no

decorrer de uma operação anti-crime efectuada pela PSP que visava identificar e deter ladrões de turistas na Rua de S.Paulo.

Os agentes identificaram um homem e duas mulhe-res que actuavam de forma algo suspeita ao observarem os turistas e os seus pertences. No meio da confusão foram vistos a correr repentinamente, uma atitude que levantou ainda mais a suspeita das autoridades.

O trio acabou por ser detido mas na posse do homem apenas foi encontrada uma pinça metálica que, alegada-mente, servia para retirar as carteiras das vítimas. Porém,

não tinha consigo qualquer carteira. O indivíduo terá negado qualquer tentativa de furto,

tal como uma das mulheres, mas a outra confessou a prá-tica dos crimes, descrevendo o “modus operandi” do trio: enquanto o suspeito retirava a carteira, as duas mulheres actuavam como “escudo” de forma a tapar a visibilidade de terceiros.

Os três suspeitos, todos do Continente chinês, ficaram detidos, tendo o caso sido já entregue ao Ministério Públi-co.DUPLO ASSALTO EM EDIFÍCIO. Um apartamento em Coloane viveu momentos de alguma agitação já que dois dos seus inquilinos foram assaltados na quinta-feira. O pri-meiro ocorreu durante a noite, quando a família estava a dormir, tendo sido levados três telemóveis e ainda dinheiro em numerário correspondente a 13 mil patacas.

No andar de baixo registou-se novo assalto mas desta feita na manhã seguinte, tendo sido levado um anel e di-nheiro, lesando a vítima em cerca de 15 mil patacas.

Fonte da polícia disse ao JTM que as autoridades acre-ditam tratar-se do mesmo indivíduo que terá entrado pelas varandas em ambos os casos, tendo mesmo deixado pega-das num dos locais.

DETIDO TRIO DE ALEGADOS CARTEIRISTAS

cúmplice contou tudo

Em 2011 o Conselho de Consu-midores recebeu 6.850 casos, incluindo 1.689 reclamações

(140 por mês), 4.987 consultas e 174 sugestões dadas pelos consumidores. De entre as reclamações, as queixas relacionadas com serviços de teleco-municações ocupam o lugar de des-taque, com 261 casos recebidos, dos quais cerca de metade está ligada com os serviços de telemóvel.

Analisando o teor das reclama-ções relativas aos serviços de telemó-vel, 60% dos casos envolvem confli-to de preços, incluindo a cobrança de “roaming” e de tráfego de dados a partir de telemóvel. Há casos em que os consumidores se queixam de que os operadores de telecomunica-ções cobram novas tarifas sem aviso, depois do seu contrato de oferta ter expirado.

O Conselho de Consumidores indica que estas queixas já foram co-municadas aos operadores, tendo-lhes sido exigido que listassem as tari-fas com mais clareza. Foram também dadas indicações para a necessidade de esclarecer melhor os consumidores quanto às cláusulas e ao conteúdo dos planos de serviço. As indicações pas-sam ainda pelo reforço do mecanismo de comunicação do aviso prévio sobre a expiração do contrato.

Depois dos serviços de telefonia móvel surgem as queixas referentes aos equipamentos de telecomuni-

cações, num total de 158 casos (que principalmente têm a ver com a qua-lidade dos telemóveis e o seu preço) e os serviços pós-venda, com 98 casos registados (mais 7% do que em 2010). Também se nota um acréscimo de 70% em relação às reclamações acerca de equipamento fotográfico.

Em 2011, aquando da crise nu-clear no Japão, verificaram-se casos de açambarcamento de compra de sal alimentar e de falta de leite em pó no mercado. O Conselho consi-dera que estes incidentes levaram a que as queixas sobre comida e be-bida subissem para o terceiro lugar,

com 149 casos recebidos, um aumen-to anual de 45%.

Quanto à compra colectiva de bi-lhetes na Internet, o organismo rece-beu no total nove reclamações, todas relacionadas com a falência da Macao Dragon. O ano de 2010 tinha também ficado marcado por uma falência no sector dos transportes (a da Viva Ma-cau), mas essa suscitou um número muito superior de queixas e consul-tas (1.400 e 1.200, respectivamente). Excluindo estas queixas, constata-se que o número das reclamações rela-cionadas com transportes públicos não variou muito durante dois anos, enquanto que as consultas e suges-tões por parte dos consumidores es-tão gradualmente a aumentar.

Os casos apresentados ao Conse-lho dos Consumidores em 2011 permi-tem aferir um acréscimo notável no nú-mero de reclamações sobre a indústria turística, os serviços de cuidados pes-soais e higiene, o sector de diversões, os medicamentos ocidentais e chineses e os serviços de restauração. Os aumen-tos nestas áreas oscilam entre 70 e 100% comparativamente a 2010.

Cerca de 380 reclamações relacio-naram-se com produtos comprados por turistas, representando 22% do total dos casos recebidos pelo Conse-lho. Estas queixas prenderam-se com a compra de roupas, equipamento de telecomunicações, relógios, comida, bebidas e equipamento fotográfico.

A maioria das 1.685 reclamações recebidas pelo Conselho dos Consumidores em 2011 dizem respeito aos serviços de telecomunicações, com especial incidência nos telemóveis

pedro andrÉ santos

brevesNg diz que preconceitostravam reforma política o deputado Ng Kuok cheong criticou Ho iat seng pelo facto do vice presidente da assembleia legislativa ter considerado “impossível” a implementação do sufrágio universal no território, pelo menos num futuro próximo. Numa carta aberta, dirigida a Ho iat seng, o membro da associação Novo Macau defende que são precisamente “preconceitos” dessa natureza que “impedem” o desenvolvimento do sistema político. Ng Kuok cheong aproveitou ainda para reiterar críticas ao sistema de recolha de opiniões sobre a reforma política.

Rejeitados especialistassem diplomas de clínica geralcerca de um por cento dos médicos especialistas candidatos ao exercício da actividade profissional em Macau vêem anualmente rejeitados os seus pedidos por não possuírem comprovativos de habilitações ao nível da clínica geral, explicou o subdirector da Direcção dos serviços de saúde. segundo chan Wai sin, a ausência de diplomas de clínica geral dificulta a avaliação dos médicos e não é positiva para o desenvolvimento da área da saúde.

Inflação penalizou salários de operárioso índice médio do salário real dos trabalhadores da construção civil caiu quatro por cento em 2011, face ao ano anterior, indicam dados oficiais. Descontando o efeito da inflação, o índice baixou 1,6% só no último trimestre do ano passado, face aos três meses anteriores, indicam dados da Direcção dos serviços de estatística e censos. segundo as estatísticas oficiais, a quebra só não foi maior porque, entre outubro e Dezembro, o salário diário médio dos trabalhadores da construção subiu 2,5% para 583 patacas, em comparação com o do trimestre anterior. No período em análise, o salário médio dos trabalhadores especializados foi estimado em 593 patacas (mais 2,1%) e o dos não especializados em 366 patacas (mais 0,8%).

Materiais de construçãomais caros 16 por centoo índice anual de preços dos materiais de construção dos edifícios de habitação sofreu um acréscimo de 16% em relação a 2010, revelou a Direcção dos serviços de estatística e censos. No entanto, no último trimestre de 2011, a tendência ascendente do preço dos materiais abrandou, com o índice a subir 0,3% em relação ao terceiro trimestre e 15,3% face ao período homólogo do ano anterior.

DST com vários alvosem Hong Konga representação da Direcção dos serviços de turismo (Dst) de Macau em Hong Kong planeia organizar este ano actividades promocionais direccionadas a diferentes segmentos alvo, indicou o organismo liderado por costa antunes, sublinhando a continuação da aposta no segundo maior mercado de visitantes do território. visitas de familiarização temáticas, seminários, “roadshows” e encontros de operadores turísticos são algumas das actividades planeadas pela Dst que, na sexta-feira, ofereceu um almoço a representantes da indústria turística e imprensa em Hong Kong por forma a agradecer o apoio manifestado a Macau. Mais de 7,5 milhões de residentes de Hong Kong visitaram Macau no ano passado.

“desvios” na tesouraria do casinoum homem de 29 anos, empregado de tesouraria num casino situado no NaPe, foi detido pelas autoridades por suspeita de desvios de dinheiro. o caso decorreu entre 22 e 27 de Janeiro, tendo o suspeito alegadamente feito quatro “desvios”, os três primeiros no valor de 50 mil dólares de Hong Kong cada, e o último de 10 mil dólares. sempre que retirava o dinheiro, o homem colocava um autocolante nos registos dizendo que o montante tinha sido levado pelo patrão. em pouco tempo o caso acabou por chegar aos ouvidos do patrão que prontamente contactou as autoridades. Já na esquadra terá confessado o furto total de 160 mil dólares, recusando-se, no entanto, a revelar o paradeiro do dinheiro.

Serviços de telecomunicaçõesoriginaram 261 queixas em 2011

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Pág 08 segunda-feira, 06 de fevereiro de 2012 jornal tribuna dE MaCau jornal tribuna dE MaCau segunda-feira, 06 de fevereiro de 2012 Pág 09

local8.000 VAGAS PARA CLASSES DE MANUTENÇÃO. cerca de 8.000 vagas vão ser oferecidas pelo instituto do Desporto na segunda fase das classes de recreação e manutenção do Desporto, agendadas para Março e abril. o processo de registo decorre até hoje no Pavilhão do tap seac.

HONDA DEVE CORRER WTCC EM MACAU. a Honda confirmou que vai disputar algumas etapas do Wtcc em 2012, prevendo cumprir a temporada completa no ano seguinte. os planos para 2012 deverão incluir presenças em suzuka e Macau.local

MAIS RECURSOS PARA EDUCAÇÃO ESPECIAL. a chefe do Departamento da Direcção dos serviços de educação e Juventude, iun Pui iun revelou que 27 escolas aceitam actualmente alunos da educação especial. a DseJ promete aumentar os recursos destinados a esta área.

IAS ESTUDA VÍCIO DOS JOVENS PELA INTERNET. o instituto de acção social está a fazer um estudo sobre “as razões e o vício dos Jovens de Macau pela internet”. a execução do estudo foi entregue ao “ers e-research lab”, que a partir de hoje realizará entrevistas telefónicas, de forma aleatória, a residentes com idades entre os 10 e os 18 anos e respectivos pais/encarregados de educação.

Observatórios estão vocacionados para acolher estudantes

INAUGURADOS DOIS NOVOS OBSERVATÓRIOS

aves raras fiéis ao coTaiMais observatórios das aves entraram em funcionamento, tendo em vista melhorar a função de educação ambiental das zonas ecológicas, onde os raros colhereiros-de-cara-preta continuam a marcar presença

Para comemorar o Dia Mundial das Zonas Húmi-das, que se assinalou a 2 de Fevereiro, a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA)

inaugurou dois novos observatórios de aves.Situados no dique sul da Zona Ecológica I, no

COTAI, junto à Ponte Flor de Lótus, os observatórios têm capacidade total para 45 visitantes e foram conce-bidos para albergar turmas escolares, com o objectivo de fornecer educação ambiental aos mais jovens. Os observatórios permitem também que, mediante mar-cação prévia, o público em geral analise em pormenor os animais e plantas daquelas zonas.

Os observatórios estão equipados com auxiliares ópticos e existe um serviço de visita guiada, para pro-videnciar mais informações sobre a visita ecológica. As informações da DSPA indicam que, até ao final do ano transacto, foi possível encontrar mais de 130 espé-cies de aves que se alimentam e nidificam nas zonas ecológicas, com destaque para o colhereiro-de-cara-preta. Em 2011 verificou-se, no máximo, a presença de 53 colhereiros-de-cara-preta nas zonas ecológicas do Cotai. O número total de espécimes é semelhante em relação ao registado no ano anterior.

Segundo a DSPA, no futuro, os observatórios es-tarão abertos condicionalmente, para que as activida-des dos seres vivos não sejam perturbadas por factores externos. As escolas e associações poderão apresentar uma requisição para efectuar a visita.

A DSPA garante que continuará a empenhar es-forços para desenvolver as funções das zonas ecológi-

cas e dos observatórios das aves, organizando diversas actividades, com vista a elevar o nível das instalações. Por outro lado, está a ser remodelado um trilho de es-tudo. Num dos lados do trilho serão plantadas mais de 60 espécies de plantas, das quais algumas estão classificadas como espécies raras em Macau.

No primeiro dia de funcionamento, cerca de 60 estudantes foram convidados para fazer uma visita e prestarem apoio, pintando a vedação da zona. Vários guias de visita conduziram os convidados e estudan-tes para fazer uma visita aos observatórios, falando sobre as aves, plantas e as zonas húmidas. No local do evento estão a ser exibidas 38 fotografias de aves, numa mostra organizada pela Associação de Aves de Macau.

obras não afectam zona ecológicao subdirector da DsPa afirmou que os projectos em construção no cotai e o futuro do túnel de ligação à ilha da Montanha, junto Ponte flor de lótus, não afectarão a população de colhereiros-de-cara-preta. No entender de vai Hoi ieong, que falava aos jornalistas no final da cerimónia de inauguração dos observatórios, isto significa que as medidas preventivas, como o reforço do mangal, compensam os impactos ambientais das obras.

Presidente da aR contraexecução de lau Fat-wai

A presidente da As-sembleia da República Portuguesa, Assunção Esteves, aderiu ao mo-vimento de protesto contra a execução pre-vista de Lau Fat-wai. “A presidente da Assem-bleia da República jun-tou-se hoje [sexta-feira] ao apelo da Amnistia Internacional (AI) con-tra a execução de Lau Fat-wai, cidadão portu-

guês de etnia chinesa, residente em Macau e condenado à morte em Cantão”, referiu um comunicado. Segundo a nota, Assunção Esteves “apelou simultaneamente à maior atenção, e urgente, de todos os deputados”. A AI divulgou, a 21 de Janeiro, que Lau Fat-wai foi detido na China em Abril de 2006 e acusado de transportar drogas e de contrabandear materiais para fabrico de estupefacien-tes, tendo sido condenado à morte nem 2009. Segundo a AI, o ci-dadão português viu a sentença confirmada em Segunda Instância em Setembro de 2011, estando o caso em apreciação no Supremo Tribunal Popular, que se ratificar a sentença a execução fará com que a execução de Lau Fat-wai aconteça muito em breve. A coor-denadora do grupo da China da secção portuguesa da AI, Teresa Nogueira, enviou uma carta, em Janeiro, ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, pedindo a intervenção de Portugal para que contacte as autoridades chinesas no sentido de travarem a exe-cução do português de 51 anos. A responsável da AI sublinhou que Lau Fat-wai, que obteve o último passaporte português em 2003 e bilhete de identidade em 2004, apenas contacta com a família por carta desde 2006, estando proibido de ver os familiares pessoal-mente. Nesse sentido, a Amnistia Internacional lançou, em todo o mundo, um apelo urgente para que as autoridades chinesas não executem Lau Fat-wai e que lhe seja permitido receber visitas da família, bem como o acesso a um eventual tratamento médico. A AI considera que, “independentemente dos delitos que lhe são impu-tados, a pena de morte é um castigo desumano e inútil”. “Apesar dos compromissos assumidos internacionalmente pela China sobre a adopção de padrões internacionais para julgamentos justos, isso não ocorre para os condenados à morte: não existe presunção da inocência, há interferência política e as confissões obtidas sob tor-tura são aceites como provas. Os acusados têm também frequente-mente o acesso aos advogados limitado, aos quais é dado um tem-po insuficiente para consultar os processos”, sublinha a AI.

1ª Vez

Acção de Despejo nº CV3-11-0133-CPE 3° Juízo Cível

Autor: 劉祺明 (LAU KEI MENG), residente em Macau na Rua do Bocage nº 10 r/c.Réus: 楊易霞 (YEUNG YIK HA, SíLVIA) e seu marido 姚志德, com última residência conhecida em Macau na Rua do Pagode nºs 8 a 14, Edifício-Kiu Chou, 2º andar “A”, ora ausentes em incerta.

FAz-sE sABER que pelo Tribunal, Juízo e processo acima referidos, correm éditos de TRiNTA DiAs, contados da segunda e última publicação do anúncio, citando os Réus acima identificados, para no prazo de QuiNzA DiAs, findo o dos éditos, contestar, queredo, a Acção de Despejo acima indicada, cujo pedido resumidamente consiste em que deverá a presente acção ser julgada procedente por provada, decretando-se a cessação do arrendamento por resolução relativo à fracção autónoma sito na Rua do Pagode nºs 8 a 14, Edifício Kiu Chou, 2º andar “A”, em consequência, condenando os Réus na entrega do locado, imediatamente, livre e devoluto e ao pagamento ao Autor das rendas vencidas e não pagas no valor actual de MOP12.500,00 (doze mil e quinhentas patacas) e vincendas até à efectiva entrega do locado, acrescida de juros de mora e as demais despesas, sob pena de seguir o processo os ulteriores temos até final à sua revelia.

Tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial, que se encontra nesta secretaria do 3º Juízo Cível à disposição do citando,

RAEM, 13 de Janeiro de 2012.

A Juiz de Direito,Ip Sio Fan

O Escrivão Judicial Principal,Vong Pak Kei

“JTM” - 6 de Fevereiro de 2012

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUízO CíVEL

ANÚNCIO Cumprimento de Obrigações Pecuniárias

nº PC1-11-0536-COP Juízo de Pequenas Causas Cíveis

Autor: BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A., com sede em Macau, na Avenida Almeida Ribeiro, n.º 22.Réu: FLORENTIN ALIN MARACINE, com a última residência conhecida em Macau, na Rua de Nam Keng, Edifício Nova City, Torre 8, 8.° andar “C”, Taipa, ora ausente em parte incerta.

FAz-sE sABER que nos autos, Juízo e Tribunal acima referidos, correm éditos de TRiNTA (30) DiAs, contados da data da publicação do anúncio, citando o Réu FLORENTIN ALIN MARACINE, acima identificado, para querendo,no prazo de quinze (15) dias, findo o dos éditos, contestar, sob pena de, não a fa-zendo, prosseguindo os autos os seus ulteriores termos à sua revelia.

O pedido formulado pelo Autor consiste na condenação do Réu a pagar a dívida, as despesas e os juros de mora na quantia de MOP$14.894,42 (Catorze mil, oitocentas e noventa e quatro patacas e quarenta e dois avos), a que acrescem os juros que se forem vencendo, à taxa de juros convencionais, após a propositura da acção e até integral pagamento, o respectivo imposto de selo que sobre os mesmos incide e, ainda, as custas e condigna procuradoria.

Tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial, que se encontra nesta secretaria do Juízo de Pequenas Causas Cíveis à disposição do citado.

Para constar se lavrou este e outros de igual teor, que serão fixados nos lugares designados pela Lei.

R.A.E.M., aos 11 de ,Janeiro de 2012.

O Juiz,Chan Chi Weng

A Escrivã Judicial Auxiliar,Lei Veng Si

“JTM” - 6 de Fevereiro de 2012

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUízO DE PEqUENAS CAUSAS CíVEIS

ANÚNCIO Cumprimento de Obrigações Pecuniárias

nº PC1-11-0548-COP Juízo de Pequenas Causas Cíveis

Autor: BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A., com sede em Macau, na Avenida Almeida Ribeiro, n.º 22.Réu: Bryant Lin Chu, residente em Macau, na Rua Central da Areia Preta, n.º 135, Edificio Pou Lei Tat Garden, Bloco 6, 18.° andar “AT”, ora ausente em parte incerta.

FAz-sE sABER que nos autos, Juízo e Tribunal acima referidos, correméditos de TRiNTA (30) DiAs, contados da data da publicação do anúncio, citando oRéu Bryant Lin Chu, acima identificado, para querendo, no prazo de quinze (15) dias, findo o dos éditos, contestar, sob pena de, não a fazendo, prosseguindo os autos os seus ulteriores termos à sua revelia.

O pedido formulado pelo Autor consiste na condenação do Réu a pagar a dívida, as despesas e os juros de mora na quantia de MOP$37.148,16 (trinta e sete mil, cento e quarenta e oito patacas e dezasseis avos), a que acrescem os juros que se forem vencendo, à taxa de juros convencionais, após a propositura da acção e até integral pagamento, o respectivo imposto de selo que sobre os mesmos incide e, ainda, as custas e condigna procuradoria.

Tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial, que se encontra nesta secretaria do Juízo de Pequenas Causas Cíveis à disposição do citado.

Para constar se lavrou este e outros de igual teor, que serão fixados nos lugares designados pela Lei.

R.A.E.M., aos 18 de Janeiro de 2012.

O Juiz,Chan Chi Weng

A Escrivã Judicial Auxiliar,Iong Mio Leng

“JTM” - 6 de Fevereiro de 2012

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUízO DE PEqUENAS CAUSAS CíVEIS

ANÚNCIO

voX populi

YAMAMOTO SATORU(Turista Japonês)

-Antes desta visita, já conhecia muito so-bre Macau?

-Ao longo dos anos, tenho aprendido muitas coisas sobre a China. Já estudei Mandarim em Pequim e tenho muito interesse pela cultura chinesa, por isso, sei que Macau é uma das ci-dades mais famosas. Além disso, é considera-da como a cidade dos casinos. Por tudo isso, tornou-se num destino da minha viagem.

-Qual é a sua impressão sobre a cidade?-Macau é muito limpa e tem um ambien-

te mais agradável do que as cidades do In-terior da China. Além disso, nota-se que Macau conseguiu manter a arquitectura de épocas antigas, com muitas características europeias. No Japão também há muitos edi-fícios ou igrejas de estilo europeu, mas são diferentes dos que encontramos em Macau, onde a sua dimensão é bem maior. Acho que isso faz com que Macau seja especial. Macau é rica em história, porque há uma mistura de duas culturas principais. Por um lado, é uma cidade internacional e, por outro, esta terra possui características dos tempos antigos, de quando era uma aldeia de pescadores.

-Ficou agradado com a qualidade dos serviços?

-As instalações turísticas são satisfatórias e há vários lugares que nos permitem descan-sar na zona turística. As pessoas também são simpáticas e, quando pedimos informações sobre locais onde queremos ir, há sempre al-guém que nos ajuda. Além disso, os serviços dos estabelecimentos comerciais são bons.

-E não encontrou aspectos negativos?-Os transportes, especialmente os moto-

ciclos. Não conheço muito bem esta cida-de, mas penso que Macau tem demasiados motociclos, que são perigosos. O Governo de Macau deveria controlar as entradas dos motociclos nas zonas turísticas e planear melhor as redes de transportes.

-Vai jogar nos casinos?-Não vim para isso. Para mim, os monu-

mentos históricos são mais atractivos.v.c.

“Governo deveria controlar motos

nas zonas turísticas”

EQUIPA DE RUI CARDOSO VENCEU POLÍCIA POR 3-1

benfica de Macauvolta às vitóriasAs equipas de matriz portuguesa tiveram sortes diferentes na 4ª jornada do campeonato da 1.ª Divisão. O Benfica voltou às vitórias e o Porto foi derrotado pelo Kuan Tai

O Benfica de Macau venceu ontem a equipa da Po-lícia, em jogo a contar para a 4.ª jornada do cam-peonato da 1.ª Divisão de Futebol. Num encontro

disputado no Estádio de Macau, os comandados de Rui Cardoso levaram a melhor, vencendo por 3-1, e suplantan-do a formação da Polícia na tabela classificativa.

As últimas duas jornadas não tinham corrido da me-lhor forma para os encarnados, que averbaram uma derrota e um empate. Mas a equipa voltou ontem às vitórias, repe-tindo a boa prestação da primeira jornada, quando venceu o Porto. Em declarações ao JTM, o treinador do Benfica de Macau considerou que a prestação tinha sido mais incisiva na partida anterior, quando perdeu por 2-1 face ao Ka I: “No último jogo tínhamos sido mais acutilantes. Usámos o mesmo 11 dessa partida. É difícil enfrentar uma equipa que joga com 11 jogadores atrás da bola. Mas hoje [ontem] conseguimos arranjar maneiras de concretizar.”

“Nós continuamos sempre com o mesmo espírito, independentemente da vitória ocorrer ou não. Sabemos o nosso valor e o que queremos. Vamos sempre tentar fazer o nosso jogo e jogar o futebol pelo futebol”, analisou Rui Cardoso.

O primeiro lugar do campeonato da primeira divisão continua a ser ocupado pelo Ka I. No sábado, a equipa bi-campeã de Macau superiorizou-se facilmente aos Sub-23. A vitória aconteceu por expressivos 6-0 e o Ka I passa a ter 12 pontos, com quatro vitórias em quatro jogos.

A tabela classificativa sofreu uma alteração no segun-do lugar, dado que o Monte Carlo ganhou ao Lam Ieng por 4-3. O Monte Carlo dominou a partida que o opôs à

formação que ocupava a segunda posição, mas acabou por garantir uma vitória sofrida, concretizada apenas no últi-mo minuto, beneficiando de uma grande penalidade. Em declarações à Rádio Macau, o treinador do Monte Carlo, Paulo Bento, considerou que a equipa “complicou por cul-pa própria um jogo que estava fácil”.

Apesar de ter tomado a segunda posição ao Lam Ieng, nem tudo foi positivo para o Monte Carlo, dado que um dos jogadores mais influentes da equipa sofreu uma lesão potencialmente grave, que o poderá afastar dos relvados ao longo desta época. O azar bateu à porta de Geofredo Sousa. O atleta é capitão do Monte Carlo e também da selecção de Macau. Feito o diagnóstico inicial à lesão num joelho, há receios de que o atleta possa falhar o resto da temporada.

Na sexta-feira, o Porto perdeu 2-0 face ao Kuan Tai. Os azuis e branco não conseguiram repetir a boa prestação da jornada anterior, quando alcançaram a primeira vitória da temporada. Esse triunfo foi mais saboroso por ter ocorrido no jogo contra o Monte Carlo, que é um dos principais can-didatos ao título. A outra partida da jornada opôs o Hong Ngai ao Lam Pak, que venceu por 4-1.

OBRAS DE HABITAÇÃO PÚBLICA FAZEM MUDAR ESPAÇO RELIGIOSO

Pagode de “casa às costas”

A empreitada de construção de habitação pública no Bairro da Ilha Verde, Lote 3, entrou

na fase das fundações com a crava-ção de estacas, obrigando à transfe-rência do Pagode Tou Tei para outro local, cedido a título gratuito pelo Governo da RAEM.

De acordo com o Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas (GDI), parte do Pagode está dentro do limite do terreno da referida empreitada, o que afecta os trabalhos de fundações e construção da parede de contenção periférica na cave bem como o cumprimento das cerimónias religiosas.

Por isso, o GDI deu instruções ao empreiteiro para construir um pagode provisório noutro local pró-ximo, tendo a obra sido iniciada a 1 de Fevereiro com um prazo de exe-cução de 30 dias.

Lançada a 16 de Setembro de 2011, esta empreitada de habitação pública ficará concluída até 31 de

Dezembro do corrente ano, garante o GDI. O projecto inclui edifícios com 34 pisos de altura, que irão fornecer um total de 770 fracções de modelos T1, T2 e T3.

O complexo prevê ainda a cons-

trução de um parque de estaciona-mento público, que irá fornecer cer-ca de 200 lugares para automóveis e cerca de 200 lugares para motociclos, por forma a aliviar as necessidades de estacionamento daquele bairro.

Um pagode da Ilha Verde vai passar a funcionar em instalações provisórias devido à construção de edifícios de habitação pública

Empreitada de habitação pública inclui 770 fracções

paulo barbosa

FOTO

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Benfica repetiu a boa prestação da primeira jornada

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Pág 10 segunda-feira, 06 de fevereiro de 2012 jornal tribuna dE MaCau Pág 11

PAULO AIDO JÁ ESTÁ A TRABALHAR NO PRÓXIMO LIVRO

Macau poderá ser palco de romance

Depois de uma semana com muitos livros, exposições, concertos e outras tantas conversas, a “Rota das Letras - I Festival de Literatura de Macau” terminou sábado à

noite. Com as expectativas iniciais a serem ultrapassadas, a or-ganização faz um balanço positivo, apontando arestas a limar em edições futuras. Faltou público ao evento, mas isso também se “constrói”, lembra o subdirector da iniciativa.

Quem veio para participar parte de sorriso dos lábios, quem organizou também, só faltou maior envolvimento da co-munidade local. “O balanço, tendo em conta as expectativas, é positivo. Em termos organizacionais a maior parte das coisas correu bem, os convidados ficaram contentes e as pessoas que participaram julgo terem gostado muito. Só foi pena não terem estado mais pessoas no festival”, resume Hélder Beja.

A falta de público não é, porém, uma grande surpresa para o subdirector do evento. “A minha expectativa não era que es-tivessem 200 pessoas em cada sessão. Gostava que sim, mas tinha a sensação de que isso não aconteceria. O Nuno Mendon-ça escreveu uma frase muito boa na revista ‘Closer’: ‘Fazer um Festival Literário em Macau é como tentar regar um deserto, porque não há público em Macau’”.

Não há, mas pode haver, acredita Hélder Beja. “Tem de existir uma política do livro para a divulgação da leitura e da literatura. E tem de haver uma aposta na edição, não só em chinês, mas também em português, algo que também faz parte, para mim, de uma boa governação”. O subdirector da “Rota das Letras” lembra que existem países a percorrerem esse ca-minho, argumentando que em Macau faria todo o sentido até para “preservar as especificidades da própria região”.

No entanto, esse é um objectivo que só pode ser alcançado com o contributo de “todos”. “Isto só faz sentido se houver público, mas o público também se constrói”, acrescenta Hélder Beja. E a vontade é no futuro conseguir atrair também pessoas de Hong Kong e Zhuhai.PRÓXIMA EDIÇÃO NA CALHA. Depois desta primeira ex-

FESTIVAL LITERÁRIO TERMINOU SÁBADO E ORGANIZAÇÃO FAZ BALANÇO POSITIVO

“Tem de existir uma política do livro”Ultrapassou as expectativas, mas no espelho da satisfação surge a sombra da falta de público. O I Festival Literário de Macau decorreu durante a semana passada. A organização faz um “balanço positivo” da iniciativa e diz que é para continuar. Mais pessoas a assistir e melhorar a divulgação são alguns dos aspectos a corrigir nas próximas edições, aponta o subdirector do evento, que torce por uma política de apoio à leitura e literatura na região

periência, Hélder Beja acredita que a iniciativa terá continui-dade. “No próximo ano – julgo que vai haver uma próxima edição – pretendemos seguir esta linha”, mas também inovar. “Queremos fazer várias coisas diferentes, convidar pessoas dos mesmos países e de outros, continuar com esta ambiva-lência de artes, não ser apenas uma coisa com escritores”. Por outro lado, a intenção é também planear o festival com “mais tempo”, porque esta edição “foi feita em contra-relógio”.

O esforço de comunicar em três línguas (português, inglês e chinês) também será aprofundado, acrescenta o responsável. “Ainda que seja difícil chegar às comunidades chinesa e expa-triada, não vamos deixar de fazer o esforço para chegar até elas e até encontrar parceiros. Queremos envolver nomeadamente mais associações chinesas ligadas à literatura na organização do festival”.

A tradução simultânea ao longo do evento é, de resto, um dos aspectos a limar. “Nas próximas edições também quere-mos ter tradução para inglês e cada vez maior qualidade nos três idiomas”, acrescenta Hélder Beja.

Simultaneamente, a ambição é que as actividades passem a ter “horários mais amigáveis”. “Pensamos, em próximas edi-ções, vocacionar as sessões da manhã para escolas e universi-dades, bem como tentar criar canais directos e parcerias com essas instituições. Depois, tentar que as outras actividades se-jam mais pós-laborais”.

Nesta primeira experiência, houve uma vontade de “fazer muita coisa em poucos dias”, algo que terá de ser repensado, admite o subdirector da “Rota das Letras”. “Ainda vamos ter que conversar sobre isso, mas penso que temos duas opções: ou ter menos eventos nos mesmos dias ou mais dias e os mes-mos ou mais eventos”.

Outras das ambições futuras passará por “profissionalizar cada vez mais a estrutura organizativa do festival”. Esta edi-ção “foi feita com os recursos disponíveis, mas é preciso pro-fissionalizar, de modo a que as coisas possam correr cada vez melhor, nomeadamente em termos de divulgação e protocolos com instituições de ensino”, aponta Hélder Beja.

Satisfeito com a qualidade desta primeira edição, o sub-director confessa que agora a “grande expectativa é perceber

o que é que estes homens e mulheres [escritores convidados] vão escrever sobre Macau, porque esse é o grande legado, os contos que eles vão escrever”. Também no âmbito do festival, foi apresentado no sábado à tarde o regulamento para o con-

curso de contos, já disponível no “website” do festival. Os inte-ressados têm até Maio para enviar as narrativas em português, inglês e chinês, que devem ter obrigatoriamente Macau como pano de fundo.

raquel carvalho

NOISERV ESTEVE ENTRE AS BANDAS QUE ENCERRARAM O I FESTIVAL LITERÁRIO

“Gostava de regressar à Ásia”Veio pela primeira vez ao Oriente. Surpreendeu e deixou-se surpreender. Trouxe um espectáculo composto por música e uma componente audiovisual. O mundo onírico de David Santos, nome por detrás do projecto “Noirserv”, passou pelo palco do Fórum Macau, no sábado, noite composta ainda por Nancy Vieira e Andreia Dacal. Em conversa com o JTM, o ‘cantautor’ português partilhou as impressões de uma semana no território

É a primeira vez no Oriente, fez alguma adaptação do espec-táculo a pensar nesta zona do

mundo?- Não preparei nada de especial,

porque eu sou a favor de as pessoas, independentemente do sítio onde este-jam, traduzirem os discos que têm fei-to. Eu procuro seguir a linha dos con-certos que tenho vindo a fazer. Quando vou para o estrangeiro e não consigo trazer tudo, às vezes acabo por adap-tar o ‘set’ a algo mais simples. Neste caso, houve a hipótese de trazer quase tudo, por isso este concerto foi pareci-do com o que tenho feito em Portugal, tento ser o mais fiel possível.

- Sente que surpreendeu o públi-co local?

- Ao ser uma pessoa só a tocar uma série de instrumentos, já soa a algo di-ferente. Senti um pouco esse fascínio das pessoas e essa curiosidade. Não sei se é original ou não, mas talvez seja um bocadinho diferente do que se está habituado com uma banda.

local(...) “O tempo permite que coloquemos a imaginação a auxiliar-nos um pouco e também a transformar o real” (...) - Paulo Aido

(...) “O livro decorre de Agosto de 1961 à madrugada de 17 para 18 de Dezembro, que é quando se dá a rendição das tropas portugueses. Depois acontece um salto no tempo, até Março de 1962, quando os portugueses que estavam nos campos de concentração regressam a Portugal. No meio disto, há uma história ficcionada. As personagens que eu criei são um instrumento para o leitor fazer esta viagem no tempo” (...) – idem

(...) “A minha expectativa não era que estivessem 200 pessoas em cada sessão. Gostava que sim, mas tinha a sensação de que isso não aconteceria. O Nuno Mendonça escreveu uma frase muito boa na revista ‘Closer’: ‘Fazer um Festival Literário em Macau é como tentar regar um deserto, porque não há público em Macau’” (...) – Hélder Beja

(...) “Ainda que seja difícil chegar às comunidades chinesa e expatriada, não vamos deixar de fazer o esforço para chegar até elas e até encontrar parceiros. Queremos envolver nomeadamente mais associações chinesas ligadas à literatura na organização do festival” (...) – idem

Agora que não vive em Macau talvez tenha a ousadia de escrever sobre o território. Paulo Aido, jornalista e escritor, está a começar o próximo romance. Ainda não sabe ao certo até onde é que o trabalho de investigação o irá levar, mas Macau e Timor devem encontrar-se num tempo recuado, o da Segunda Guerra Mundial

A cidade de Macau poderá a vir a ser o cenário principal do próximo livro de Paulo Aido. Depois do romance

histórico “A Primeira Derrota de Salazar”, o jornalista e escritor já está a investigar para a próxima obra. Haverá um recuar no tempo até meados do século XX, altura em que rompeu a Segunda Guerra Mundial. E Macau e Timor a cruzarem-se nas páginas do romance.

Depois de ter vivido cinco anos no território e já estar em Lisboa há duas déca-das, “se calhar agora tenho o atrevimento que então não tinha”. Quando vivia entre as águas do território, possuía uma inibição que o impedia de escrever sobre ele. Hoje, carrega já um maior desprendimento, com a vantagem de a distância temporal jogar a favor da criatividade. “O tempo permite que coloquemos a imaginação a auxiliar-nos um pouco e também a transformar o real”, conta Paulo Aido.

De regresso a Macau como convidado do I Festival Literário, o escritor e jornalista revelou ao JTM que algumas das histórias em que tem estado a pensar e a trabalhar “poderão vir a ter como cenário, muito possivelmente, a cidade de Macau, mas no passado”. A preferência por narrar histórias de outrora tem uma explicação: “Sempre no passado porque sou estranho de alguma maneira à actual cidade de Macau…A que eu melhor conheço tem 20 anos”.

No passado de meados do século XX, Paulo Aido acredita que existe “uma riqueza de episódios que podem ajudar o leitor a melhor conhecer a cidade de Ma-cau, nomeadamente no período da Segun-da Guerra Mundial, do pós-guerra…”. O escritor refere-se a “dezenas de episódios que são interessantíssimos e que curiosa-mente muitas das pessoas que estiveram em Macau ignoram. Portanto, contar isso será também ajudar a contar um pouco a História recente de Macau”.

Este mergulho ainda está nos primei-ros metros de profundidade, mas Paulo Aido já se encontra a vasculhar memórias.

“Estou a começar a investigar, ainda não sei no que é que isto vai dar. É sempre aquela grande incógnita. Terá também uma liga-ção com Timor, mas Macau está claramente presente nessa história”. A centralidade da narrativa ainda pende entre os dois pontos geográficos, todavia o território deverá sair a ganhar. “Muito provavelmente será mais em Macau, por ter muito mais referências do que tenho de Timor, onde nunca estive”.

O facto de o romance se passar numa época tão distante dificulta a busca de tes-temunhos orais. “As entrevistas com pes-soas são, para mim, um instrumento muito importante e existem já poucas pessoas que estiveram em Timor na altura da Se-gunda Guerra Mundial, por isso e até por uma questão de defesa, Macau vai ter aí uma importância maior”.

Paulo Aido confessa ter-se tornado jornalista por querer ser escritor, hoje em dia afirma que a fronteira entre ofícios é ténue. A “Primeira Derrota de Salazar”, úl-tima obra daquele que esteve entre os fun-dadores do jornal local “Ponto Final”, é um bom exemplo disso, já que surgiu a partir de uma reportagem. Depois de entrevistar antigos combatentes que estavam na Índia e que estiveram “internados” em campos de concentração depois da invasão de Goa, “assumi uma espécie de compromisso para com eles: que a sua história e a de cerca de 3.500 portugueses não ficaria reduzida a um canto, a duas páginas de revista. E teria outra dimensão”.

Começou então a investigar e a cons-truir um ‘puzzle’ que lhe permitiu contar a história. “O livro decorre de Agosto de 1961 à madrugada de 17 para 18 de Dezembro, que é quando se dá a rendição das tropas portugueses. Depois acontece um salto no tempo, até Março de 1962, quando os por-tugueses que estavam nos campos de con-centração regressam a Portugal. No meio disto, há uma história ficcionada. As per-sonagens que eu criei são um instrumento para o leitor fazer esta viagem no tempo”, explica Paulo Aido.

A “Primeira Derrota de Salazar” sur-ge depois de obras como “A Confidente de Sá Carneiro” ou “O Peregrino de Fátima”.

raquel carvalho

- E um regresso à Ásia já está em mente?

- A verdade é que isso não depen-de de mim. Quando falamos em sítios muito distantes, existem custos asso-ciados que não são fáceis de contornar se não houver um festival deste género ou outra iniciativa que permita cobrir esses custos. Se houver um próximo convite, talvez tente não fazer apenas duas pequenas coisas e procure ter mais tempo e fazer algo mais alargado. Mas, sim, gostava de regressar.

- Que impressão leva de Macau?- Não achei que fosse assim tão

diferente como me tinham dito. Estra-nhei um pouco o facto de haver uma parte de Macau muito rica e depois uma zona mais antiga, que eu com-paro àqueles bairros mais pobres e pequeninos de Lisboa. Esse contraste tão grande faz-me confusão. Não é que tire identidade, mas depois de uma se-

mana não consigo olhar de cima e ver uma Macau inteira, porque ainda não percebo como é que estas duas partes tão diferentes se juntam.

- A sua música futura poder ter algum toque oriental, com instrumen-tos oriundos desta zona do globo?

- Normalmente, nas viagens que faço, acabo sempre por perder algum tempo à procura de instrumentos, que não precisam de ser tradicionais, basta que eu perceba que seriam difíceis de encontrar noutro sítio. Aqui, também por ter tido uma série de coisas para fazer, nos percursos que fiz não en-contrei nada que possa levar. Mas gos-tava, porque acho que a música vive da emoção quando a pessoa a escreve e depois os instrumentos que a tocam também conferem novas emoções e sentidos próprios.

r.c.

(...) “Em termos organizacionais a maior parte das coisas correu bem,

os convidados ficaram contentes e as pessoas que participaram julgo terem gostado muito. Só foi pena não terem estado mais pessoas no festival” (...)

– Hélder Beja

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dESPoRTo

Edital

Edital n.º: 6/E/2012Processo n.º: 33/dC/2011/Fassunto: início do procedimento de audiência pela ocupação ilegal do terrenolocal: terreno do Governo situado entre a avenida Marginal do Patane lote M,

a travessa do almirante lacerda e a avenida marginal do lam Mau (assinalado com as letras X1, X2, X3, X4, X5, X6 e X7 e a cores na planta em anexo)

Jaime Roberto Carion, Director da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), faz saber por este meio ao ocupante – Companhia de Parques de Macau, S.A. e demais ocupantes ilegais desconhecidos do terreno do Governo indicado em epígrafe, o seguinte:1. A DSSOPT, no exercício dos poderes de fiscalização conferidos pela alínea b) do n.º 3 do artigo 8.º do Decreto-Lei

n.º 29/97/M, de 7 de Julho, verificou que no terreno acima indicado existem no seguinte situações, sem que tenha sido atribuída aos ocupantes licença de ocupação temporária nos termos dos artigos 69.º a 75.º da Lei n.º 6/80/M, de 5 de Julho (Lei de Terras). Por isso, foi instaurado o procedimento administrativo n.º 33/DC/2011/F, de desocupação e restituição do terreno à posse da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM).1.1 Verificou que no terreno assinalado com a letra X1 na planta em anexo foi executada uma construção ilegal

composta por paredes em alvenaria de tijolo, cobertura em betão e cobertura metálica, bem como faz parte de supermercado.

1.2 Verificou que no terreno assinalado com a letra X2 na planta em anexo foi executada uma construção ilegal composta por paredes em alvenaria de tijolo, chapa e cobertura metálicas e lona, destinado ao depósito de entulho.

1.3 Verificou que no terreno assinalado com a letra X3 na planta em anexo foi instalada rede metálica no limite do terreno e foi construída uma barraca metálica, bem como destinado ao parque de estacionamento e estacionamento de veículos.

1.4 Verificou que no terreno assinalado com a letra X4 na planta em anexo foi executada uma construção ilegal composta por paredes em alvenaria de tijolo, janela em caixilharia de alumínio e cobertura metálica.

1.5 Verificou que no terreno assinalado com a letra X5 na planta em anexo foi construída uma barraca metálica.1.6 Verificou que no terreno assinalado com a letra X6 na planta em anexo foram depositados os materiais, bem

como foram instalados gradeamento, chapa, suporte e escada metálicos.1.7 Verificou que no terreno assinalado com a letra X7 na planta em anexo foi instalada chapa metálica no limite

do terreno e foram construídas barracas compostas por chapa e cobertura metálica, bem como foram depositados materiais de construção, e uma parte do terreno foi lavrada.

2. De acordo com a certidão da Conservatória do Registo Predial (CRP), de 29/12/2011, sobre o terreno acima indicado considera-se propriedade do Estado.

3. Com efeito, a ocupação de propriedade do Estado por ocupantes que não disponham de contrato de concessão ou licença de ocupação temporária prevista na Lei de Terras que autorize a sua posse determina que o mesmo (terreno) seja entregue, livre e desocupado, ao Governo da RAEM, órgão responsável pela gestão, uso e desenvolvimento dos solos e recursos naturais, nos termos do artigo 7.º da Lei Básica da RAEM, cabendo ao Chefe do Executivo, por maioria de razão, praticar o respectivo acto, ordem de desocupação e restituição do terreno, ao abrigo do disposto na alínea o) do artigo 41.º e do artigo 174.º da Lei de Terras.

4. Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 191.º da Lei n.º 6/80/M ( Lei de Terras ), de 5 de Julho, quem a ocupar por dolo ou má fé, terreno vago do Território, é sancionável com multa de $5 00,00 a $ 5 000,00 patacas.

5. Considerando a matéria referida nos pontos 3 e 4 do presente edital, podem os interessados, querendo, pronunciar-se por escrito sobre a mesma e demais questões objecto do procedimento, no prazo de 10 (dez) dias contados a partir da data de publicação do presente edital, podendo requerer diligências complementares e oferecer os respectivos meios de prova, em conformidade com o disposto dos artigos 93.º e 94.º do Código do Procedimento Administrativo (CPA), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro.

6. O processo pode ser consultado durante as horas normais de expediente nas instalações da Divisão de Fiscalização do Departamento de Urbanização desta DSSOPT, situadas na Estrada de D. Maria II, n.º 33, 15.º andar, Macau (telefones n.ºs 85977154 e 85977227).

RAEM, aos 02 de Fevereiro de 2012.

O Director dos Serviços, Jaime Roberto Carion

direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e transportes

Processo nº: 33/DC/2011/FLocal : Terreno do Governo situado entre a Avenida Marginal do Patane Lote M, a Travessa do Almirante Lacerda e a Avenida marginal do Lam Mau (assinalado com as letras X1, X2, X3, X4, X5, X6 e X7 e a cores na planta em anexo)

Planta em anexo :

RÂGUEBI

França e inglaterra venceramA 1ª jornada do Torneio das Seis Nações, em râguebi, a França derrotou a Itália (30-12) e a Inglaterra venceu na Escócia (13-6)

Os primeiros jogos da 118.ª edição da prova não proporcionaram surpresas, mas confirmaram que

a Inglaterra, em renovação após o falhan-ço no último Mundial, atravessa uma fase complicada. Os ingleses venceram em Edimburgo, por 13-6, mas os escoceses foram superiores.

Com um novo seleccionador (Stuart Lancaster), uma estreia a capitão (Chris Robshaw) e uma equipa praticamente nova, a Inglaterra mostrou competência a defender, mas poucos argumentos para revalidar o título.

Com o habitual espírito guerreiro, os escoceses chegaram ao intervalo a ven-cer por 6-3, mas, com apenas 26 segun-dos da segunda parte, um erro de Dan Parks acabou em ensaio do abertura in-glês Hodgson e a Inglaterra passou para frente por 10-6. Depois, foram 40 minutos de ataques constantes dos escoceses que, quase sempre, acabavam em perdas de bola a poucos metros da linha de ensaio. A cinco minutos do fim, na conversão de uma penalidade, Farrell fez o 13-6 final, que não reflecte as dificuldades sentidas pelos ingleses.

No Stade de France, a França teve menos dificuldades que a Inglaterra, apesar da exibição competente da Itália. Sem carregarem muito no acelerador, os franceses, que estreavam o seleccionador Philippe Saint-Andre, derrotaram os ita-lianos por 30-12, com ensaios dos dois centros (Rougerie e Fofana) e dos dois pontas (Malzieu e Clerc).

No domingo, em Dublin, a Irlanda defrontava o País de Gales no último jogo da primeira jornada da competição.Torneio aberto. Três meses depois do Mundial que consagrou a Nova Zelândia como a selecção n.º 1 do planeta oval, co-meçou este fim de semana, a 112. ª edi-ção do Torneio das Seis Nações, a mais célebre e histórica competição do râgue-bi mundial e uma das mais antigas em qualquer modalidade. Face às mudanças de comando técnico verificadas em três das seis selecções e ao abandono da cena internacional, após a Taça do Mundo, de

muitos veteranos, esta será uma edição recheada de novidades e com algumas incógnitas, constituindo uma prova aber-ta na qual todos poderão derrotar todos.

Segundo António Henriques expli-cava no DN, “ a França, recém-coroada vice-campeã mundial e equipa com mais sucesso no Seis Nações (cinco vitórias), viu Phillippe Saint André assumir o car-go de seleccionador no lugar do polémico Marc Lièvremont, e continuará liderada por Thierry Dusautoir, o Jogador da IRB de 2011. Se o novo responsável – que ao contrário do antecessor, merece os favores da exigente comunicação social francesa – conseguir dar disciplina ao jogo gaulês, face à categoria de um vasto leque de op-ções, parte como principal favorita.

O País de Gales de Warren Gatland foi a mais agradável surpresa do Mundial (quarto) e, se mantiverem o nível exibido na Nova Zelândia, os homens liderados pelo excelente 3. ª linha Sam Warburton, apesar das muitas lesões que os fragili-zam, poderão recuperar o título que lhes foge desde 2008.

A Irlanda de Declan Kidney mantém a estrutura baseada nas províncias de Leinster, Munster e Ulster (todas apura-das para os quartos de final da Heineken Cup, a Champions do râguebi) e mesmo sem o lesionado e carismático líder Brian O’driscoll será, como nos últimos anos, um rival forte, pese embora o calendário desfavorável, com deslocações a casa dos rivais gauleses e ingleses.

A Inglaterra, vencedora no ano pas-sado (soma agora quatro triunfos em 12 edições), constitui a maior incógnita da prova. Frustrado com o desempenho no Mundial – eliminação nos quartos de final pelos “inimigos” franceses , Martin John-son bateu com a porta, sendo substituído provisoriamente pela dupla Stuart Lancas-ter/ Andy Farrell, colocada numa situação estranha e nada agradável, pois sabe que caso as coisas corram mal nas próximas sete semanas, sairá de imediato.

Com o Flaminio em obras, a Itália jogará este ano no Olímpico de Roma e surge sob o comando do francês Jacques Brunel, que rendeu Nick Mallett em No-vembro. O ex-treinador do Perpignan é re-conhecidamente um bom técnico, mas os milagres estão pela hora da morte e assim a squadra azzurra dificilmente escapará ao último lugar e a nova colher de pau.

NOVE SEGUNDOS DERAM OURO A TELMA MONTEIRO. Nove segundos bastaram para telma Monteiro conseguir a primeira medalha de ouro da sua carreira no grand slam de Paris, em 57 kg, ao vencer por ippon a campeã mundial, a judoca japonesa aiko sato.

MARÍTIMO PASSOU CHEQUE SEM COBERTURA AO FISCO. o presidente do Marítimo, carlos Pereira reconheceu à lusa ter pago uma dívida fiscal com um cheque sem cobertura, no montante de 130 mil euros explicando que solicitou à administração fiscal “um encontro de contas”, que foi recusado. dESPoRToTAÇA DA LIGA

Gil Vicente agudiza crise do SportingO Gil Vicente marcou presença no encontro com o Sporting de Braga das meias-finais da Taça da Liga de futebol, depois de ter vencido o Sporting, em Alvalade, por 1-0, em jogo da última ronda da terceira fase

Bastou um golo de Cláudio, aos 54 minutos, na conversão de uma grande penalidade, para o Gil Vicente vencer e eliminar um Sporting (ainda) em

crise, que necessitava de um êxito para assegurar a qua-lificação no Grupo A.

Uma semana depois de ter imposto a primeira der-rota na Liga ao FC Porto, em Barcelos, por 3-1, os gilistas, que impuseram um empate 2-2 ao Benfica na primeira jornada do campeonato, voltaram a travar um “grande”.

O Sporting volta a averbar um resultado negativo, depois de, na última jornada da Liga portuguesa de fu-tebol, ter vencido o Beira-Mar, por 2-0, em casa, conquis-tando o primeiro triunfo neste ano.

Com a derrota em casa na recepção ao Gil Vicente na mente, a equipa de Domingos Paciência visita o Na-cional da Madeira, na quarta-feira, na segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal, depois de um empate 2-2 na primeira mão, em Alvalade.

No outro jogo do Grupo A, o Moreirense impôs-se ao Rio Ave, por 1-0, com golo de Luís Pinto, aos 25 minutos.

O Gil Vicente vai agora encontrar nas meias-finais da Taça da Liga o Sporting de Braga, que venceu tam-

bém pela diferença mínima na recepção ao Portimonen-se, com um golo de Hugo Viana alguns metros antes da linha do meio campo.

Os bracarenses fecharam as contas do Grupo C só com triunfos, com o Nacional a quedar-se pelo segundo posto.

Os madeirenses visitaram o Penafiel e venceram por 2-1, depois de terem estado a perder por 1-0. Sérgio Oliveira (36) adiantou os anfitriões, Keita (60) restabele-

ceu a igualdade e Moreno deu o triunfo aos nacionalistas (78), aumentando a moral para a recepção ao Sporting.

A última jornada da terceira fase da Taça da Liga completa-se no domingo com três encontros, depois de hoje ter-se disputado o Santa Clara-Vitória de Guima-rães, sem qualquer importância classificativa, já que as duas equipas estão afastadas da luta no grupo B. Os in-sulares venceram por 1-0. JTM/Lusa

PREMIER LEAGUE

Man. city isolado com vitória na neve O Manchester City isolou-se provisoriamente na liderança da Liga inglesa de futebol, ao bater em casa o Fulham. O United jogava na noite de domingo com o Chelsea já depois do fecho desta edição

Um tento de Aguero (10 minutos), um autogolo de Chris Baird (30) e outro remate vitorioso de

Dzeko (72) chegaram para os “citizens” passarem a somar 57 pontos, ficando agora à espera do desfecho do jogo de domingo do Manchester United, em Stanford Bridge, frente ao Chelsea, para saberem se continuam sozinhos no topo da classificação.

O jogo entre o Liverpool, sétimo classificado, com 38 pontos, e o Totte-nham, terceiro, com 49 pontos, fecha no domingo a ronda, com os “spurs” a olha-rem qualquer escorregadela da equipa de Alex Ferguson para se chegarem ao se-gundo posto da tabela.

A jornada ficou desde já marcada pela “estrondosa” goleada do Arsenal frente ao Blackburn Rovers, 7-1, com o holandês Van Persie a emergir como o

“herói” do dia ao fazer um “hat-trick”.O Arsenal subiu provisoriamente

ao quinto posto, com 40 pontos, a 17 do Manchester City, 14 do United, nove do Tottenham e dois do Chelsea.

Com estes três golos, Van Persie ultrapassou o seu compatriota Dennis Bergkamp, passando a somar agora 123 golos ao serviço do conjunto londrino, marca que o torna o 10.º melhor marcador da história do clube.

Alex Oxlade-Chamberlain, que se estreou a marcar pelo Arsenal com um bis, o espanhol Mikel Arteta e o francês Thierry Henry fizeram os restantes golos dos “gunners”, enquanto o dinamarquês Pedersen fez o tento dos Blackburn.

O Sunderland também esteve em evidência ao bater em casa o Norwich City, por 3-0, subindo ao oitavo posto, com 33 pontos.

LIGA ESPANHOLA

Real Madrid venceonde o barça perdeu

O Real Madrid deu um passo impor-tante rumo à conquista do título ao vencer em Getafe, por 1- 0, precisa-

mente no campo onde o Barcelona sofreu a sua única derrota na Liga. Sergio Ramos marcou, de cabeça, o único golo da partida aos 17 minutos, após um canto do alemão Mesut Özil, que assim fez a sua 17. ª assis-tência para golo nesta temporada.

José Mourinho só respirou fundo com o apito final do árbitro, pois o Getafe criou muitos problemas à defesa merengue e até reclamou um penalty por alegada mão de Pepe. Cristiano Ronaldo ainda viu um golo bem anulado por fora de jogo nos instan-tes finais, mas ainda assim o Real Madrid confirmou a oitava vitória consecutiva fora de casa na Liga, algo que só conseguiu três vezes na história do campeonato. E está a um triunfo de igualar o seu recorde.

Antes da partida, Casillas apelou, na sua conta no Facebook, à Liga espanhola que mude o horário dos jogos para fazer face às baixas temperaturas que se registam

em Espanha por forma a que “todos pos-sam desfrutar do seu desporto favorito”. Se em Getafe a temperatura rondou os zero graus, na Catalunha os termómetros regis-tavam valores negativos. Foi nesse clima gélido que o Barcelona venceu a Real Socie-dad e se manteve a sete pontos do líder.

O Barça abriu o marcador logo aos oito minutos através do jovem Cristian Tello – um dos oito jogadores formados no Barça, a Real Sociedad apresentou- se com nove canteranos –, que aproveitou a 19. ª assistência para golo de Messi. O argentino acabou por aumentar para 2- 0 aos 72 minutos, acabando com um jejum de três partidas sem marcar ( já leva 23 na liga). Só que, na resposta, o mexicano Carlos Vela voltou a colocar a diferença em apenas um golo.

Ainda assim, o Barça não tremeu e alcançou uma vitória ensombrada apenas pela lesão aparentemente grave de Sergio Busquets. O médio ficou com um corte pro-fundo na tíbia.

Sérgio Ramos marcou golo que fez Mourinho respirar fundo. O Barcelona mantém-se a sete pontos após bater a Real Sociedad

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PORTUGAL

chineses já são os maiores investidores estrangeirosCom apenas três operações e em menos de três meses, o investimento de empresas chinesas, todas públicas, em empresas portuguesas – Galp Brasil, EDP e REN – atingiu 6,5 mil milhões de euros. E vem aí mais

Com a entrada dos chineses da State Grid no capital da REN (Redes Energéticas Nacionais), ontem apro-vada em Conselho de Ministros, o capital chinês é já

o maior investidor estrangeiro em companhias portugue-sas.

Isto depois da compra de 21,35% da EDP pela China Three Gorges, por 2,7 mil milhões de euros, e de 30% do capital da subsidiária da Galp com a exploração petrolífera no Brasil, a Petrogal Brasil, pela petrolífera estatal chinesa Sinopec, há cerca de um mês. A concretizarem-se os 387,15 milhões na REN, os três negócios representam já um inves-timento de 6,5 mil milhões de euros.

Estes números fazem que a China ultrapasse Ango-la como o principal investidor em empresas portuguesas. Também em valor de mercado, as participações adquiridas na REN e na EDP, sem considerar a Galp Brasil, que não está cotada, ultrapassam a valorização das participações relevantes detidas por capitais angolanos em empresas na-cionais. As fatias detidas por accionistas chineses nas duas eléctricas valiam ontem cerca de dois mil milhões de euros. Considerando apenas o critério de valor actual de merca-do, os brasileiros estão contudo ainda à frente dos chine-ses e dos angolanos, enquanto os maiores investidores em empresas nacionais, com as participações detidas na Por-tugal Telecom, no BPI e sobretudo na Cimpor a valerem, também ontem, mais de 2,3 mil milhões de euros. Apesar disso, a verdade é que a participação mais valiosa detida por um grupo estrangeiro na bolsa portuguesa continua a pertencer à Eni. Os 33,34% que o grupo italiano detém na Galp valiam ontem cerca de 3,5 mil milhões de euros.

Mas o apetite chinês por Portugal está longe de parar nos números atrás descritos. Há ainda, e para já, a promes-

sa de que os chineses vão investir mais quatro mil milhões de euros na EDP até 2015, nomeadamente no negócio das energias renováveis, a que se soma outro tanto na econo-mia nacional em geral que tanto necessita dessa liquidez.

Além da tecnologia das energias renováveis e dos re-cursos naturais, com o petróleo do Brasil, a banca e os por-tos portugueses poderão estar também na mira das aten-ções dos chineses. Já se falou do seu interesse em aumentar a participação no capital do BCP, ou mesmo em investirem num banco de raiz, e quanto aos portos, nomeadamente o de Sines, é fácil de ver a importância que adquire na rota das exportações chinesas para a Europa, sobretudo com o alargamento do canal do Panamá a permitir a passagem de navios porta-contentores de grande porte.

Até aqui, o investimento directo chinês na economia portuguesa era residual, não entrando sequer na lista dos 20 maiores investidores estrangeiros, mas esse cenário está a mudar.

Só no ano passado, o investimento directo chinês na Europa aumentou 57,3%, para 4,61 mil milhões de dóla-

res ( cerca de 3,51 mil milhões de euros). Mas este valor é apenas 7,7% do investimento total chinês no exterior, que somou 60,07 mil milhões de dólares ( 45,8 mil milhões de euros) em 2011. Segundo o ministério chinês do Comércio, mais de um terço deste montante “diz sobretudo respeito a aquisições e fusões, principalmente nos sectores mineiro, manufactura, electricidade, comunicações e retalho

Números da consultora Deologic, citados pelo Wall Street Journal, mostram igualmente um impressionante aumento de aquisições de empresas europeias por capitais chineses. Entre 2008 e 2010, as companhias chinesas inves-tiram 44 mil milhões de dólares ( cerca de 33,5 mil milhões de euros) em negócios europeus, permitindo-lhes controlar 118 empresas. Isto quando entre 2003 e 2005 este investi-mento não chegava a mil milhões de dólares ( 762,364 mi-lhões de euros).

Até a segunda maior economia do mundo está a abrandar, mas no ano passado ainda conseguiu crescer 9,2%.

*Com Ana Isabel Ribeiro JTM/DN

acTualACORDO ORTOGRáFICO CADA VEZ MAIS CONTESTADO.o governo não vai, nem pode, fazer nada para alterar a decisão de vasco graça Moura de não aplicar o acordo ortográfico no centro cultural de Belém (ccB). a casa da Música ou a fundação serralves também não aplicam as novas regras.

PRIMEIRO-MINISTRO É CANDIDATO EM BISSAU. o chefe do governo da guiné-Bissau e presidente do Paigc foi escolhido pelo partido como candidato às presidenciais antecipadas de 18 de Março. a escolha, feita com o braço no ar, aconteceu durante a reunião do comité central do partido, em Bissau.

Professores com estatuto de políciasA maioria parlamentar quer ver atribuído aos professores o estatuto de autoridade pública, que lhes permitirá, por exemplo, reter alunos ou outras pessoas na escola até à chegada da polícia

Esta proposta do PSD e do CDS- PP, a ser apresentada quando o novo es-tatuto do aluno for levado ao Parla-

mento, servirá para reforçar a autoridade dos professores e desincentivar episódios de agressões aos docentes, como o verifica-do ainda esta semana em Vila Nova Gaia, em que um professor foi agredido por três homens à porta da escola. O docente de 63 anos está agora de baixa psiquiátrica.

A medida, que dá poderes aos pro-

fessores equivalentes aos dos polícias, é também uma reivindicação dos sindicatos. “Deve ser reconhecido o estatuto de autori-dade pública dentro do espaço de trabalho ao professor”, sublinha ao DN Mário No-gueira, da Fenprof. Ao ser equiparado a au-toridade pública, os crimes cometidos con-tra professores ganham um agravamento das penas e passariam a ser públicos, outra das exigências da classe nesta matéria.

Se assim fosse, qualquer pessoa pode-ria denunciar os casos de agressões, algo que agora só a vítima pode fazer. “Ainda recentemente tivemos uma situação de um professor agredido que não quis fazer quei-xa, nem que ninguém fizesse, por medo de retaliações”, exemplifica o secretário-geral da Federação Nacional da Educação ( FNE), João Dias da Silva.

Do lado do poder político, o objecti-vo é “reforçar a autoridade do professor”,

defende o deputado do CDS- PP Michael Seufert. O parlamentar do PSD Emídio Guerreiro lembra que na última revisão do estatuto do aluno já tinha sido lançada esta proposta. “Equiparar o professor a um agente da autoridade e reforçar a autorida-de do professor eram normas que já prevía-mos, mas que não mereceram o acolhimen-to do PS.” Agora, vão voltar a estar em cima da mesa quando “se desencadear o debate sobre o novo estatuto do aluno”.

O que deve acontecer em breve, já que “o Ministério da Educação e Ciência [MEC] está a preparar alterações ao Estatu-to do Aluno, a apresentar até à primavera, entre as quais o reforço da autoridade dos professores”, garantiu a própria tutela em resposta ao DN. “Um dos objectivos estra-tégicos do MEC constantes no Programa do Governo é apostar no estabelecimento de uma nova cultura de disciplina e esfor-ço, na maior responsabilização de alunos e pais e no reforço da autoridade efetiva dos professores”, acrescenta o gabinete de Nuno Crato, reiterando que “são totalmen-te inadmissíveis e intoleráveis agressões verbais e físicas a professores, funcionários e alunos”.RECONQUISTAR A AUTORIDADE. Tornar os professores autoridades públicas dentro da escola é acima de tudo “uma me-dida simbólica”, mas “importante”, admi-tem vários docentes ouvidos pelo DN. “Os professores estão desanimados por varia-díssimas razões e esse seria um sinal muito importante”, considera Paulo Guinote, pro-

fessor do 2. º ciclo.Apesar de considerar que estas me-

didas não resolvem o problema da insegu-rança e violência nas escolas, o professor universitário Ramiro Marques aprova a medida, mas entende-a como “meramente simbólica”. O autor do blogue de educação Profblog mostra-se esperançado que o novo estatuto do aluno contemple “a instauração de multa para os pais dos alunos problemá-ticos, maior facilidade nos processos e sim-plificação dos procedimentos disciplinares”.

O investigador Almerindo Janela Afonso lembra que os “professores têm vindo a perder autoridade”. Algo que faz falta, admite o sociólogo da educação da Universidade do Minho, já que “é alguém de tem um cargo onde se espera que haja de determinada maneira”. “Se o professor estiver investido plenamente das suas com-petências, está preparado para perceber porque mudam as relações com os alunos, os pais e as várias gerações. E saberá res-ponder a estes desafios. O que actualmente não faz porque não há espaços de reflexão e muitas decisões são vividas isoladamente”, aponta o especialista.

Algo que Paulo Guinote diz sentir nas escolas: “Há um sentimento de desprotec-ção geral que não havia antes. Não há soli-dariedade dentro da própria escola. Os pro-fessores já não se protegem uns aos outros e o estatuto de autoridade pública ajuda também a reforçar a posição do professor perante a própria comunidade escolar, pais e direcções.” JTM/DN

eduarda frommhold*

ana bela ferreira

VOLTA AOMUNDAmericanos saem de Okinawao Japão e os eua acordaram a trans-ferência de 4.700 efectivos da marinha norte-americana da ilha de okinawa, para o território norte-americano de guam, revelou a agência Kyodo. além dos soldados transferidos para guam, outros cerca de 3.300 serão transfe-ridos para outras bases do Pacífico como Hawai, austrália ou filipinas, num acordo que poderá ser oficial já a 13 de fevereiro.

Milhões divorciaram-sena ChinaMais de 2,1 milhões de casais divorcia-ram-se na china em 2011, mais 710 mil que em 2010, indicam dados divul-gados pelo Ministério dos assuntos ci-vis. De acordo com a mesma fonte, só na capital, Pequim, um total de 32.999 casais colocaram um ponto final no matrimónio.

Planeava atentadosquando foi mortoDois responsáveis da segurança in-terna das filipinas revelaram que o comandante umbra Jumdail do abu sayyaf morto num ataque aéreo apoia-do pelos eua planeava vários actos terroristas quando foi surpreendido. umbra Jumdail foi morto na floresta da ilha de Jolo, no sul das filipinas, e a sua morte é considerada um grande golpe no grupo ligado à al-Qaida.

Nepal vai matarmilhares de galinhasas autoridades nepalesas decidiram matar milhares de galinhas após a descoberta do vírus H5N1 na zona sul do país, foi ontem anunciado. “recebe-mos ontem os resultados dos testes que tínhamos enviado para londres e foi confirmada a infecção da gripe das aves nas quintas de Khanar e ithari”, revelaram.

acTual“PONTE” NO CARNAVAL GERA CONFUSÃO. Hospitais e tribunais não marcaram consultas, cirurgias e julgamentos e vão estar em serviços mínimos; escolas abrem, mas com redução de pessoal e sem actividades lectivas; há câmaras a dar ‘folga’, outras ainda a decidir. a confusão está instalada em Portugal.

SÍRIA

china e Rússia paralisam oNu

O republicano Mitt Romney venceu, por larga margem, as primárias no Nevada, o Estado do Oeste americano, onde fica a cidade de Las Vegas

Segundo as contagens provisórias, Romney ganhou com 42,4% dos votos dos republicanos, seguido de Newt Gingrich, que obteve 26,1%, Ron Paul, com 18,3% e finalmente Rick Santo-

rum, que conseguiu 13%.O Nevada foi o quinto estado nas votações das primárias re-

publicanas. Romney, antigo governador de Massachussets, já tinha vencido na Florida e no New Hampshire, e ficou em segundo no Iowa. Rick Santorum venceu o Iowa e Newt Gingrich ficou em pri-meiro lugar na Carolina do Sul.

“A América precisa de um Presidente que perceba de eco-nomia para poder restaurá-la, e eu percebo e irei fazê-lo”, disse o vencedor desta noite, em Las Vegas, apontando as armas para o democrata Barack Obama.

Na terça-feira as primárias continuam, com votação em três es-tados: Minnesota, Colorado e Missouri. O momento da campanha está do lado de Romney, que teve a segunda vitória consecutiva.

Newt Gingrich, contudo, diz não desistir. “Participo numa

campanha em que estive à frente da corrida por duas vezes, e suspeito que também estarei à frente nas primárias do Texas, que vai ser mesmo uma campanha nacional”, disse à CNN. “Queremos competir em cada um dos estados deste país e acho que podem contar connosco para sermos competitivos em cada um dos estados.”

São necessários pelo menos 1144 delegados para assegurar a nomeação em Agosto. Nevada deu 28 delegados distribuídos pela votação conseguida por cada candidato.

EUA

Romney convence no Nevada

Missões diplomáticas no estrangeiro alvo de protestos após o resultado da votação no Conselho de Segurança

Quantos pessoas têm ainda de mor-rer para que a Rússia e a China autorizem o Conselho de Segu-

rança da ONU a agir?”, insurgiu- se o chefe da diplomacia de Londres. William Hague referia- se, assim, ao veto, ontem, dos dois países à resolução sobre a Síria. Um veto que provocou protestos junto das embaixadas sírias no Ocidente.

A decisão de Moscovo e Pequim, embora esperada, não deixou de criar o estupor entre os restantes membros do

Conselho de Segurança e na comunidade internacional em geral, tanto mais que esta acontece quando chegam ecos de uma ope-ração militar contra a cidade de Homs que terá feito mais de 260 mortos.

Quarto país a viver o movimento de protesto denominado de Primavera Árabe, a Síria é desde há meses o centro de todas as atenções, não só pela forma como o re-gime está a reprimir as manifestações pró-democracia mas pela sua situação geoestra-tégica e pelas suas alianças. Para muitos a queda de Bachar al- Assad trará um regime democrático a um país que, até agora, tem servido de plataforma giratória de vários interesses na região, entre os quais os do Irão xiita. Mas há também quem alerte para a eventualidade de a Síria pós-Assad poder ser um país mais radical e fundamentalista,

mesmo ali ao lado de Israel, de um Líbano nas mãos do Hezbollah e de uma Jordânia que luta por se manter algo secular.

Mas o resultado da votação na ONU pode pôr em perigo todos os equilíbrios. Normalmente contido nas suas declara-ções, Ban Ki-moon não conseguiu esconder ontem a sua desilusão perante o duplo veto e reconheceu que este “diminui o papel da ONU”. O secretário-geral das Nações Uni-das, citado pelo seu porta- voz, avançou: “É uma grande decepção para o povo da Síria e para todos os defensores da democracia e dos direitos do homem.” Este bloqueio, disse Ban Ki-moon, “reduz o papel das Na-ções Unidas e da comunidade internacio-nal num momento em que as autoridades sírias precisam de ouvir uma única voz a exigir o fim imediato da violência”.

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1ª. Conferência

Conferencista:

José Pedro Paiva, Professor Associado da Faculdade de Letras da universidade de Coimbra, Doutor em História, investigador integrado do Centro de História da sociedade e da Cultura da mesma Faculdade de Letras, colaborador do Centro de Estudos de História Religiosa da universidade Católica Portuguesa, admitido, em 2007, na Academia Portuguesa da História, na qualidade de académico correspondente.

Título : O sistema de nomeação episcopal em Portugal e os bispos de Macau (1495-1777)

Data : 8 de Fevereiro de 2012, 4ª. Feira, 15:00-17:00Local : Anfiteatro nº1, 1º andar, Edf. Wui Chi do IPMLíngua : portuguesa, com tradução simultânea para a língua chinesaContacto telefónico: 85996533 – Drª. Ng, Email: [email protected]

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sob a AP.77/13012012, foi registada a extinção pelo encerramento de liquidação.

constitucionalistas aprovamatribuir o estatuto de autoridade pública aos professores é uma medida que agrada aos constitucionalistas. o momento de debater estes poderes será o da revisão do estatuto do aluno, o que acontecerá na primavera, altura em que o governo apresenta a sua proposta. uma clarificação legal que, para o constitucionalista guilherme da fonseca “seria útil”. Já que “no fundo a ideia é devolver a autoridade aos professores, depois de um panorama de muita permissividade”, acrescenta Paulo otero, professor catedrático da faculdade de Direito da universidade de lisboa, admitindo que é “suspeito” por ser também docente. Para guilherme da fonseca, este estatuto poderá “servir para reprimir as infrações e dissuadir comportamentos menos correctos”. No entanto, fausto de Quadros sublinha que este poder só poderá ser conferido “no exercício das suas funções”.

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JTM/DN

“Assim vai a pátria falida e decrépita. Com deputados indignados com um programa que acabou porque ninguém ouvia e por um acordo [ortográfico] estúpido, um nado morto, mais uma obra-prima desta terra cheia de obras e primas à beira da catástrofe”

António Ribeiro Ferreira in “i”d

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oPiNião oPiNião“Um ministro convicto, descomprometido, vindo de fora do ambiente da política caseira, capaz de bater o pé inclusive aos seus pares, é aquilo de que neste momento o País precisa para o importante combate ao endividamento e ao défice.”- João Marcelino

“MEC falava do jornalista, fazedor de textos efémeros e em papel para o lixo. Agora, lidos os jornais e revistas da semana, e com ele morto, meço o favor que perdemos todos.”- Ferreira Fernandes

os oportunos ‘gambozinos’

1- E, de repente, vá lá saber-se por-quê, “fontes” cavaquistas fizeram

saber ao País, pelos canais habituais, que o Presidente da República dis-cordará das políticas económicas, financeiras e fiscais do Governo e que estará a ver com preocupação o desmantelamento do Estado social de que ele terá sido um dos edifica-dores.A manobra foi ignorada por Pedro Passos Coelho e logo desmentida pela Casa Civil de Cavaco Silva, mas foi suficiente para cessar na comuni-cação social as críticas à tremenda gaffe do Presidente da República so-bre as suas pensões.Por este lado, poder-se-ia dizer, como Fernando Lima, assessor de Belém, em artigo publicado numa revista brasileira, que se calhar é verdade: “Para se ter sucesso, é preciso marcar a agenda e não dei-xar que seja a comunicação social a fazê-lo, porque, de outro modo, é-se arrastado pela corrente.”Será que estamos perante um daque-les virtuosos casos em que as notícias resultam de “fugas de informação para produzir um efeito de acordo com o objetivo que se pretende al-cançar”? Não se sabe. Mas sabe-se, pelo menos, e é uma pista, que para o conselheiro de Belém, “ao poder, a qualquer poder, interessa acima de

tudo a igualização da informação no contexto dos padrões que ele estabele-ce. Uma informação não domesticada constitui uma ameaça com a qual nem sempre se sabe lidar”.Fosse tão simples resolver o impacto da gaffe no País como inaugurar uma oportuna caça aos “gambozinos” assi-nalados por Vítor Bento e o problema estaria solucionado de vez.

2- O grave é que, a coberto destas oportunas “caçadas”, cresce no

País a ideia de que poderá haver al-ternativa à necessária consolidação orçamental, com os ajustes nos défices público e externo, e às reformas estru-turais que PS, PSD e CDS se compro-meteram a fazer no âmbito do acordo com as entidades internacionais que nos emprestaram o dinheiro necessá-rio ao atual funcionamento do Estado português; que pode haver outro ca-minho que não o do realismo de ade-

quar a nossa vida à riqueza que pro-duzimos.E não há!A credibilidade externa de Portugal depende, de facto, da capacidade para não facilitar, apesar das dificuldades; para não desistir, mesmo quando o percurso já feito, elogiado por todos os integrantes da troika e outros diri-gentes europeus, está no início e, por-tanto, não consegue ainda influenciar os investidores e os mercados.Nesse sentido, seria positivo que na actualidade houvesse mais vozes como Fernando Ulrich (presidente do BPI) e Vieira da Silva (ex-ministro de Sócrates), que falaram recentemente com responsabilidade e sentido de Estado, e menos vozes como algumas outras que, sobretudo a partir do inte-rior do PSD (Marques Mendes e Ma-nuela Ferreira Leite), parecem apenas perseguir o objectivo de criar dificul-dades aos homens que lhes ganharam

o partido e depois o poder.

3- É certo que o problema portu-guês, assim como o da Europa, se

chama crescimento económico. Só a partir daí se pode iniciar um verda-deiro combate ao desemprego. Mas como se faz isso no imediato? Qual é o milagre que dispensa as reformas estruturais que a médio prazo devem produzir resultados no ambiente eco-nómico? E como é que pessoas res-ponsáveis podem não ajudar o País em geral a compreender que este ca-minho é difícil e demorado mas que foi precisamente por acreditar em fa-cilidades eternas que desaguamos na triste situação atual?As críticas a Vítor Gaspar, embrulha-das nas tais eventuais divergências Belém -São Bento, são a expressão fi-nal, e mais perigosa, da folclórica lar-gada dos “gambozinos”: pretendem fragilizar o ministro das Finanças. E um ministro convicto, descompro-metido, vindo de fora do ambiente da política caseira, capaz de bater o pé inclusive aos seus pares, é aquilo de que neste momento o País precisa para o importante combate ao endi-vidamento e ao défice. No passado, honra lhe seja feita, Cavaco Silva não tinha dúvidas quanto a isso

*Director do Diário de NotícisJTM/DN

Esta semana, o poeta e jornalista Fernando Assis Pacheco faria 75 anos e foi homenageado. Ele

morreu em 1995 - à montra ou dentro de uma livra-ria, a lenda varia. O crítico José Mário Silva diz que o escritor galego Torrente Ballester lhe dedicou fra-se épica: “Morreu junto aos livros, no seu posto, como soldado no campo de batalha.”

Trabalhei no semanário O Jornal, um dos jor-nais de Assis, mas não fomos amigos. Amigo foi José Cardoso Pires que, convidado a testemunhar num aniversário da sua morte, recusou: “Não falo.

Morreu frente a um quiosque...Tenho muito mau perder.”

Assis tinha olhos que sorriam, rasgados, na re-dacção conheci camaradas fascinados pelo seu char-me e sei que a amargura pela perda do amigo pode-ria ser dita por muitos (embora frase tão exacta só de Cardoso Pires).

Esta semana houve biografia (Trabalhos e Pai-xões de Fernando Assis Pacheco, de Nuno Costa Santos), documentário e muitos textos em jornais. Fiquei com a sensação de que o jornalista levou uma abada do poeta (não peço perdão pelo futebo-

lês, Assis também foi cronista desportivo) - versos evocam-se melhor. E por isso estou aqui a protestar. A notícia certa seria: “Morreu frente a um quios-que...”

Um dia, com ele vivo, Miguel Esteve Cardoso escreveu: “Obrigado a Assis Pacheco pelo favor de nos escrever.” MEC falava do jornalista, fazedor de textos efémeros e em papel para o lixo. Agora, lidos os jornais e revistas da semana, e com ele morto, meço o favor que perdemos todos.

JTM/DN

TRibuNa João Marcelino*In “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau” 06/02/1992

Há 20 anos

roChA vieirA CoMentAvisitA de li pengO Governador Rocha Viei-ra, considerou que a visita do primeiro-ministro chinês a Portugal “veio facilitar a compreensão dos problemas” que existem em relação àquele Território. Rocha Vieira fa-lava aos jornalistas n o final de uma audiência de mais de hora e meia com o presidente da República, Mário Soares a quem deu conta dos aspectos mais gerais da sua actividade em Macau. Para o Governador, a visita de Li Peng permite afinar os mecanismos de enten-dimento entre os dois países, relativamente a questões face às quais existem percepções, pontos de vista e mentalidades diferentes, tanto mais que “os objectivos são convergentes”. A vinda de Li Peng e o diálogo a vários níveis que contribuiu, segund Rocha Vieira, para criar as condições de um processo de transição estável e pacífico”, encarado numa perspectiva de “desenvolvimento e confiança no futuro”. Rocha Vieira, que falou com Mário Soares acerca da Lei Básica de Macau, consi-derou que o facto de este do-cumento ser omisso em relação à pena de morte não significa que a admita. O Governador defendeu, no entanto, a neces-sidade de a lei explicitar a não admissibilidade daquela pena, de forma a criar um mecanismo de garantia “tão sólida quanto possível”. De resto, Portugal pretende uma maior explicita-ção na lei de outras garantias ligadas aos Direitos Humanos como as do direito de associa-çãqo e de reunião. Rocha Vieira revelou também ter entregue ao Presidente da República o regulamento da Lei Orgânica Judiciária de Macau, que vais ser submetido ao Conselho Consultivo ainda este mês. O Governador respondeu ainda afirmativamente à questão so-bres se gostaria de continuar a viver e Macau depois de 1999, e afirmou que a parte chinesa também quer que os residentes fiquem.

“Portugal e a China partilham singulares relações. Enquanto tempo, são as mais

antigas relações regulares entre Ocidentais e Chineses existindo há mais de meio milé-nio (1509). Enquanto espaço, desenvolve-

ram uma micro fronteira marítima comum (Macau/RAEM), uma zona internacional

de serviços em rede que potencia através dos portugueses e de Portugal a dimensão

internacional planetária da China”.

Da Nota Prévia de“Tomás Pereira. Obras”

Embora raramente merecendo a atenção dos órgãos de comunicação

social portugueses, continuam signi-ficativas e abundantes em Portugal as actividades relacionadas com Macau.

Podemos identificar algumas das mais relevantes levadas a efeito nas úl-timas semanas:

ANO NOVO CHINêS

Como habitualmente, a Casa de Macau em Portugal reuniu os seus as-sociados num agradável almoço de ce-lebração do ano novo lunar e da che-gada do Dragão. Mais uma vez o local escolhido foi o muito apreciado restau-rante “Mandarim” do Estoril, integrado no complexo do casino.

A Associação Wenceslau de Mora-es, por seu lado, organizou um jantar comemorativo no restaurante “Yum Cha”, em Oeiras, também muito procu-rado pela comunidade macaense.

Outras associações e diversos gru-pos informais de macaenses, como o “Partido dos Comes e Bebes”, também promoveram animados encontros de convívio, vários dos quais nos restau-rantes “Dim Sum”, no Cacém, e “Gran-de Palácio”, na Rua Pascoal de Melo, em Lisboa.

O Instituto Confúcio da Universi-dade de Lisboa e o Museu do Oriente prepararam diversas actividades co-memorativas e foi inaugurada uma ex-posição alusiva ao novo ano no Centro Científico e Cultural de Macau, na Jun-queira (Lisboa).

EXPOSIÇõES“O vermelho na cultura chinesa” é

o título da exposição fotográfica inaugu-rada no Centro Científico e Cultural de Macau, em Lisboa, no dia 18 de Janeiro, no âmbito da cooperação mantida com a Embaixada da República Popular da China. Patente no salão do auditório do Centro até 4 de Março, esta vistosa mostra divulga aspectos variados de tradições culturais e também imagens do dia-a-dia em que a cor vermelha é predominante em toda a sua forte di-mensão simbólica, representando a ale-gria da vida, a felicidade e a riqueza. Surge, por isso, por todo o lado, nas festividades, em motivos decorativos e até na actual bandeira nacional chinesa, onde traduz também o entusiasmos re-volucionário.

No Centro permanece aberta ao

Macau em múltiplas iniciativas em Portugal

público, até 30 de Abril, uma belíssi-ma exposição de bronzes e jades da colecção de José de Guimarães, artista português com projecção universal que alia esta qualidade à de criterioso co-leccionador e admirador da arte chine-sa. A exposição e o catálogo tiveram o apoio da Fundação Jorge Álvares.

Entretanto, duas versões da expo-sição fotográfica “Macau é um espectá-culo”, organizada pelo Instituto Inter-nacional de Macau com a colaboração de associações fotográficas de Macau, mostrando cenas de actividades artísti-cas nas ruas e praças de Macau, conti-nuam a fazer a sua itinerância por cida-des portuguesas e brasileiras.

CICLO DE CONFERêNCIASA Sociedade História da Indepen-

dência de Portugal iniciou, no dia 19 de Janeiro, um novo ciclo de conferên-cias, com a China como tema central e em que o papel de Macau alcança espe-cial dimensão. Proferiu a palestra inau-gural o Embaixador Eurico Paes, que dissertou sobre “A China e o futuro do Mundo”, debatendo, a seguir, com o numeroso público presente algumas das grandes questões relacionadas com o crescimento da China e a sua evolu-ção futura.

Caberá ao autor desta crónica, na qualidade de presidente do Instituto Internacional de Macau, apresentar, no dia 16 de Fevereiro, uma comunicação sobre “Macau, plataforma de coopera-ção da China com o mundo lusófono”. Protagonizarão as sessões seguintes, até Junho, os Generais Vasco Rocha Vieira e José Eduardo Garcia Leandro, antigos Governadores de Macau, o Eng.º Roberto Carneiro e o Embaixador da República Popular da China. “Um país, dois sistemas”, “Macau, patrimó-nio da humanidade” e “Macau digital” são alguns dos temas a tratar.

Este ciclo integra-se numa evoca-ção dos 500 anos da chegada dos Portu-gueses à China e ao Sudeste Asiático.

CONVERSAS DO CHÁ E DO CAFÉO auditório da Delegação Econó-

mica e Comercial de Macau em Portu-gal acolheu, no dia 6 de Janeiro, a sessão de apresentação do livro “Conversas do Chá e do Café”, de António Concei-

ção Júnior, com a participação do autor e de Ana Paula Laborinho, presidente do Instituto Camões, que estimularam um diálogo apelativo com um público muito interessado que encheu o recinto.

O livro contém pequenas narra-tivas, “nas quais a acção perde para a ideia, o sentimento e a emoção estética”, como bem referiu Carlos Morais José, no prefácio. Nas suas páginas “o encontro entre Portugal e a China (Ocidente - Oriente) é tratado por dentro e não do ponto de vista de um observador dis-tanciado e neutro”, porque “estamos pe-rante um autor capaz de nos apresentar um universo de infinitas possibilidades, no qual a escrita literária se funde com o pensamento, a estética e a magia”. São, na verdade, “duas visões do mundo que se cruzam e se atraem”, deleitando-se no prazer da diferença e do inesperado.

Parabéns, Conceição Júnior, artista macaense consagrado, por esta inspi-radora colecção de pequenos textos de agradável leitura e estimulante conteú-do.

Na Delegação, a exposição de pin-tura de Pedro Barreiros foi, entretanto, substituída por outra, de Ana Morgado e Helena Lehrfeld, intitulada “Em Tri-lhos Orientais”.

TOMÁS PEREIRAOs dois volumes de obras de To-

más Pereira, SJ, um dos mais notáveis missionários na corte de Kangxi, exer-cendo junto do Imperador as funções de professor de música, conselheiro diplo-mático, consultor político, astrónomo, matemático, arquitecto, geógrafo e artí-fice especializado em relógios e órgãos mecânicos, acabam de ser lançados no Centro Científico e Cultural de Macau, em muito concorrida cerimónia realiza-da do dia 1 de Fevereiro.

O presidente daquele Centro, Prof. Luís Filipe Barreto, explicou que “esta edição permite avançar no estudo cien-tífico e na alta divulgação desta figura nuclear nas relações luso-chinesas dos finais de século XVII e inícios do século XVIII”, permitindo, também, conhecer melhor a Corte Imperial de Kangxi, bem como as diferentes relações da China Qing com os europeus e entre os euro-peus na China.

“Tomás Pereira. Obras” é o resulta-do do trabalho de uma equipa de inves-tigação, constituída naquele Centro, que, ao longo de cinco anos, foi levantando e recolhendo um vasto conjunto de fontes escritas, de arquivos de vários países, de ou sobre Tomás Pereira. “Pela primeira vez existe um sólido quadro documental das suas cartas e tratados, relatos e di-ários acompanhado de complementares documentos sobre a sua vida e família”.

Iremos dando conta, neste espaço, das principais realizações relacionadas com Macau, em Portugal e nos círculos da diáspora macaense.

*Presidente do Instituto Internacionade Macau. Escreve às 2.as feiras.

FalaR dE NóS Jorge A. h. rangel*

uM PoNTo é Tudo Ferreira Fernandes

Qual é o milagre que dispensa as reformas estruturais que a médio prazo devem produzir resultados no ambiente

económico? E como é que pessoas responsáveis podem não ajudar o País em geral a compreender que este caminho é

difícil e demorado mas que foi precisamente por acreditar em facilidades eternas que desaguamos na triste situação atual?

“Parabéns, Conceição Júnior, artista macaense

consagrado, por esta inspiradora colecção de pequenos textos

de agradável leitura e estimulante conteúdo.”

De acordo com um comunicado da organização do i festival de Macau, a discussão em torno da situação dos editores em Ma-cau “levou à constatação da im-portância de criar uma associa-ção local de editores, uma ideia defendida por Beltrão coelho”. luís ortet e carlos Morais José defenderam também a criação da associação.

ESCLARECIMENTO

Page 10: JTM 06-02-2012

Pág 18 segunda-feira, 06 de fevereiro de 2012 jornal tribuna dE MaCau

lazERSCARLETT E DENZEL PREMIADOS NA ALEMANHA. scarlett Johansson e Denzel Washington foram distinguidos na alemanha com os prémios “câmara Dourada”, nas categorias de melhor actriz e actor estrangeiros. realizada ontem em Berlim, esta é uma das cerimónias mais prestigiadas do cinema alemão.

MORREU BEN GAZZARA. o actor norte-americano Ben gazzara, conhecido pela sua carreira no teatro e no cinema, morreu sexta-feira aos 81 anos num hospital de Nova iorque vítima de cancro. aluno lendário da escola “actors studio New York”, gazzara conquistou a fama nos palcos com a versão para teatro de “gata em telhado de Zinco”, dirigido por elia Kazan, que mais tarde foi levado ao cinema com Paul Newman no principal papel.

jornal tribuna dE MaCau segunda-feira, 06 de fevereiro de 2012 Pág 19

DEPÓSITOS

Macau irradia calorosamente depó-sitos pelos poros!Nunca vi nada assim e como, já se sabe, só em terra da especificidade poderíamos encontrar tamanha pé-rola (e fiquemos por aqui, para evi-tar fazer de nós os porcos).Nada se faz em Macau que não se tenha de largar o belo do pilim... ups, depósito!Quer ter uma linha de telemóvel em vez de andar com cartões pré-pagos? Depósito... Quer activar o sistema de roaming? Pumba, depó-sito... Não quer viver na rua? Qua-tro depósitos (quem o mandou ser fino?!)... Televisão por cabo? Pode ir preparando as notas... Agora que tem casa e televisão por cabo, tam-bém lhe sabia bem instalar um tele-fone de rede fixa? Mantenha a car-teira a jeito... Ser empreendedor e mostrar as suas capacidades e ideias entrando em concursos públicos? Esqueça as notas, traga o seu livro de cheques e já agora a do resto da família também...Admira-me (com uma intensida-de de uns valentes 7.7 na escala de Richter) que esta actividade ainda não seja aplicada nos nossos locais de trabalho e que no início de cada contracto laboral não nos seja exigi-do um depósito de quatro salários (não vá a malta andar a brincar e fa-lhar) assegurando assim os direitos da entidade patronal.E, pergunta o leitor, porquê quatro salários?Fácil! Um será para o intermediário que habilmente fez a ponte entre o trabalhador e a entidade patronal... O segundo apenas pelo privilégio de termos sido escolhidos... O ter-ceiro e o quarto funcionam mera-mente como caução e caso sejamos uns bons meninos de coro, será en-tão devolvido no fim do contracto, mas sem juros que isto aqui não é nenhum banco.Chego a encarar esta situação como uma verdadeira discriminação labo-ral e como forma de protesto, mos-trando assim todo o meu pesar (pa-lavras estas acompanhadas por uma expressão facial “hush puppie”) irei criar, não uma, meus senhores, mas duas linhas de t-shirts... uma a dizer “Depósitos 4ever” e a segunda com a máxima “I Love Depósitos”.Aposto que neste momento, alguns leitores chutam no ar e pensam... “Bolas porque é que não pensei nis-to antes?”... Não fique assim, vá.... nem todos podemos ser idiotas!

- Aproveito a oportunidade para in-formar que se aceitam encomendas através do e-mail:

[email protected]

Junte-se a nós!Batalhamos por um futuro melhor!

Suzana TôrresEspEcificidadEs

Cantora vai apresentar ao vivo a nova canção no Super Bowl (manhã de hoje em Macau)

o primeiro dia do restoda vida de madonnaDepois de ter vencido um Globo de Ouro, a cantora norte-americana regressa com ‘ Give Me all Your Luvin’’. O single anuncia o primeiro álbum que lança pela sua nova editora

Os fãs podem tornar-te famosa, um contrato pode tornar-te rica, a im-prensa pode fazer de ti uma es-

trela, mas só o amor pode fazer de ti uma jogadora [player].” É com esta frase que Madonna apresenta a sua mais recente can-ção, ‘Give Me All Your Luvin’, que marca o regresso da cantora à música depois de ter lançado há quatro anos o álbum Hard-candy. O teledisco, realizado pelo colecti-vo Megaforce, foi lançado mundialmente ontem à tarde e é claramente inspirado no universo do futebol norte-americano. Não será por isso mesmo uma mera coincidên-cia o facto de estar marcada para hoje uma actuação de Madonna no maior evento desportivo dos EUA, o Super Bowl.

Logo nos primeiros momentos des-te novo vídeo, Madonna aparece acom-panhada por duas convidadas: a rapper norte-americana Nicki Minaj e a britânica M.I.A. A elas junta-se um grupo de che-

erleaders que tornam bem presente as referências da cultura desportiva norte-americana. Entram então em cena vários jogadores de futebol americano que, no final, acabam, literalmente, sem cabeça.

Pelo meio são ainda evocados mo-mentos do passado estético de Madonna, trazendo à memória telediscos como Vo-

gue (1990), realizado pelo cineasta David Fincher, e Material Girl ( 1985), de Mary Lambert. Give Me all Your Luvin’ serve também de carta de apresentação do 12. º álbum de estúdio da cantora. MDNA será lançado a 26 de Março e marca uma nova etapa na carreira de Madonna, já que será o seu primeiro álbum com lançamento a cargo da Live Nation (à qual também pertencem nomes como os U2, Jay- Z ou Shakira), depois de quase 30 anos ligada à editora Warner Music.

Este regresso de Madonna tem esta-do rodeado de muita expectativa. Ainda em Novembro do ano passado um fã es-panhol foi condenado por ter disponibili-zado ilegalmente na Internet uma versão inacabada de “Give Me All Your Luvin”.

JTM/DN

Erin “aprovada” pelamãe de Di Caprioleonardo Di caprio, 37 anos, já apresentou à mãe a nova namora-da, erin Heatherton, e a modelo da victoria’s secret de 23 anos parece ter passado no exigente “teste”. “o encontro correu bem e a mãe e erin foram vistas a rir-se juntas”, disse uma fonte ao “New York Post”. recorde-se que Di caprio separou-se de Blake lively pouco depois da mãe ter dito que a actriz “não era mulher” para ele.

Anúncio com Rachel Weisz banido por beleza a maisum anúncio a um produto de beleza com rachel Weisz foi banido no reino unido porque a actriz aparece com uma pele exageradamente perfeita. a campanha para a l’oréal foi proibida pela autoridade de publicidade por, alegadamente, ser enganosa. De acordo com o jornal “the guardian” a razão apontada para a proibição deve-se ao facto do produto anti-rugas mostrar a actriz de 41 anos “exageradamente retocada”, indicando que a fotografia terá sido alvo de “Photoshop”.

Schwarzenegger admite interesse por Bollywood

arnold schwarzenegger declarou na Índia que não descarta trabalhar em Bollywood se “aparecer um bom argumento e um realizador interessante”, porém admitiu que não sabe dançar bem. “trabalhei em

todo o mundo, então porque não na Índia?”, disse a estrela de “terminator” e ex-governador da califórnia, numa entrevista à televisão indiana concedida durante a sua visita ao país nos últimos dias. Na Índia, o actor pensava cumprir o sonho de visitar o taj Mahal, mas ficou desapontado ao encontrar a porta do edifício fechada. como o taj Mahal fecha à sexta-feira, schwarzenegger limitou-se a tirar fotos com o telemóvel do exterior.

Rihanna está loiraDepois de já ter experimentado o visual de cabelo ruivo e castanho, rihanna está agora loira. a cantora apresentou a novidade aos cerca de 12 milhões de seguidores no twitter, escrevendo “De volta ao trabalho, primeira capa do ano!!!!”, referindo-se ao facto de aparecer na capa da revista elle.

ver vídeo nA edição online do JtM www.JtM.CoM.Mo

IRMÃ DE NICK CARTER MORRE AOS 25 ANOS. leslie carter, irmã dos cantores Nick carter (dos Backstreet Boys) e aaron carter, faleceu aos 25 anos, em Nova iorque. as causas da morte não foram divulgadas. leslie também era cantora e a sua música “like Wow!” foi incluída na banda sonora do filme “shrek”.

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cineTeaTro s2 Chronicle14:30 • 18:00 • 21:30

s3 War Horse14:15 • 17:00 • 21:30

Torre De macauChronicle14:30 • 16:00 • 19:30 • 21:30

galaXyTheaTer 6 (8*)The Descendants13:35 • 20:05*

TheaTer 9War Horse11:15 • 13:40 • 20:05 • 21:35*

TheaTer granD TheaTerPuss in Boots 3D 18:40

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TheaTer granD TheaTerJourney 2: The Mysterious Island 3D13:10 • 16:45 • 20:30 • 22:25

TheaTer 8The Viral Factor13:45 • 17:50 • 22:20

TheaTer 6 (7*)I Love Hong Kong 2012 15:20* • 18:00

TheaTer DirecTors cluB 2 (7*)J. Edgar 12:10 • 12:55* • 16:35 • 17:15* • 19:45* 22:15*

TheaTer 9 (8*e 6**)Chronicle 14:00 • 16:10* • 18:20 • 19:55** • 22:50

TheaTer DirecTors cluB 23d Sex & Zen: Exteme Ecstasy00:10

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Pág 20 segunda-feira, 06 de fevereiro de 2012 jornal tribuna dE MaCau feCHo desTa edição JTM - 23:45Horas

úlTiMajornal tribuna dE MaCau

hoJe AMAnhã

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Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, EdifícioDr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau Caixa Postal (P.O. Box): 3003Tel.: (853) 28378057 Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] [email protected]

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QuErEM Mudar a CaPital da tailândia Um ex-cientista da NASA disse ontem que a capital da Tailândia deveria mudar para o Nordeste, uma vez que Banguecoque se está a afundar, ano após ano. Falando ontem num seminário sobre mudanças climáticas e o futuro da Tailândia, o Dr Art-Ong Jumsai lembrou as grandes inundações de 2010 e 2011, considerando que o aumen-to da precipitação aliada à subida do nível da água do mar torna quase impossível que sejam encontradas soluções técnicas para promover, nos meses críticos, a drenagem

da capital e arredores. Por esse facto, o cientista considera como indispensável a mu-dança da capital de Banguecoque (onde se encontra há 200 anos) para uma das 16 províncias do nordeste, que se encontram a uma altitude maior. O Governo, contu-do, explica que o desastre do ano passado, que vitimou centenas de pessoas, se ficou a dever, também, a descargas da barragem Bhumibol que alimenta as plantações em redor da capital. A primeiro-ministro Yingluck Shinawatra, anunciou no Sábado que em 2012, o controlo do nível da água terá prioridade sobre as colheitas, pelo que a barragem não poderá fazer descargas entre Agosto e Dezembro, o período critico das inundações.

suPEr boWl na ManHÃdE HojE dE MaCauA 46. ª edição do Super Bowl põe frente a frente os NY Giants e os New England Patriots e reacende a velha rivalidade entre Nova Iorque e Boston, mas no duelo entre o espectáculo desportivo e os interes-ses económicos o vencedor parece estar encontrado. Na realidade, no Lucas Oil Satadium, em Indiana, são esperados 70 mil apoiantes, mas é nos mais de 115 milhões de espectadores norte-americanos que os organizadores do evento confiam para arrecadar uma receita superior aos 300 milhões de dólares. Um espaço de 30 segundos num anúncio televisivo custa três milhões de euros, e aqui, assim como no

recinto de jogo, também haverá espaço para velhas rivalidades: Coca-Cola e Pepsi, Honda e Toyota, Universal e Paramount são marcas que apostam neste espaço, que é esperado com grande expectativa por parte dos telespectadores norte-americanos. As previsões mais optimistas apontam, no entanto, para a possibilidade do evento contar com mil milhões de espectadores, cerca de 14% da população mundial, através da transmissão da final em 230 países. E além dos anúncios publicitários, quem está sentado no sofá não dispensa os habituais snacks que acompanham o Super Bowl: deverão ser consumidos 13,2 milhões de quilos de pretzels, 45,8 milhões de quilos de batatas fritas e 111 milhões de litros de cerveja.

EXPortaÇÕEs da raEM rEgistaMPriMEira subida dEsdE 2006O valor das exportações de Macau atingiu 6,97 mil milhões de patacas em 2011, registando a primei-ra subida desde 2006, ainda que de apenas 0,2%, indicam dados oficiais. Macau importou, por ou-tro lado, produtos avaliados em 62,29 mil milhões de patacas, mais 41,2% do que em 2010, fazendo subir o défice da balança comercial em 48,9% em termos anuais para 55,32 mil milhões. A taxa de cobertura da exportação sobre a importação foi de 11,2%, ou seja, recuou 4,6 pontos face a 2010. O volume de mercadorias exportadas para Hong Kong subiu 3,5% para 3,11 mil milhões de patacas, enquanto que os produtos que seguiram para o In-terior da China se cifraram em 1,10 mil milhões - menos 0,2%. Já as exportações para os EUA caíram 28,9%. No campo das importações verificaram-se aumentos de 39,4% e 55,7% nas compras à China Continental e União Europeia, respectivamente. Do total de mercadorias importadas, 38,48 mil milhões de patacas dizem respeito a bens de consumo (mais 46,6%) e 8,58 mil milhões a alimentos e bebidas (mais 33,7%). De realçar as importações de joalharia em ouro e malas e carteiras que cresceram 99,7 e 114,8%.

PriMEiro voo da “tHai sMilE”vai atErrar EM MaCauA “Thai Smile Air”, subsidiária da transportadora “Thai Airways In-ternational” vai iniciar operações no próximo dia 1 de Julho, com um voo entre Banguecoque e Macau. Segundo a imprensa tailandesa, a primeira rota da nova transportadora irá incluir duas ligações diárias e o início da venda de bilhetes está previsto para Abril, com as tarifas a situarem-se um pouco acima das “low-cost”, mas ain-da assim inferiores aos preços praticados pela “Thai Airways”. Os responsáveis da companhia acreditam que a taxa de ocupação dos aviões poderá exceder os 70 por cento por voo. Com uma frota inicial de quatro aeronaves, a “Thai Smile” também planeia explorar outras rotas a partir de Banguecoque, nomeadamente com destino a Chiang Mai, Phuket, Kolkata, Jakarta, e Phnom Penh. A entrada no mercado da “Thai Smile Air” será naturalmente bem acolhida pelo Aeroporto Internacional de Macau, que voltou a perder passageiros em 2011. No entanto, segundo a CAM, os resultados de Janeiro já foram bem melhores, ao assinalarem um aumento de 18% para cerca de 350 mil passageiros, face ao mesmo mês do ano passado. O movimen-to de aeronaves também subiu 5,5% para 3.400.

assaltou loja Para sEr PrEso E EsCaPar ao Frio na sibÉriaUm homem assaltou uma loja na cidade de Topki, na região siberiana de Kuz-bass, com a intenção de ser preso e assim poder proteger-se do frio numa região onde os termóme-tros chegaram aos 30º negativos nos últimos dias. “Ele entrou num super-mercado e exigiu uma garrafa de vodka, ameaçando o empregado com uma faca, mas foi embora sem levar nada”, indicou a polícia à agência RIA Novosti. Após ser detido, o homem, cuja identidade não foi revelada, explicou que o seu objectivo final era ir para uma pri-são com aquecimento. Antes do incidente, o homem ti-nha ameaçado matar o ex-chefe, também para que fos-se denunciado e preso, mas a detenção não ocorreu.

“Call-CEntEr” só dá8 Minutos Para ir ao WC Um “call-center” na Noruega tem uma nova tecnologia que controla os funcionários até quando estes vão à casa de ba-nho. Se os trabalhadores demorarem mais de oito minutos por dia, há uma luz que começa a piscar nos gabinetes dos seus superiores. Qualquer pausa para cigarro ou para aten-der chamadas pessoais também é contabilizada. Segundo o jornal “The Telegraph”, a empresa, a seguradora DNB, asse-gura que o objectivo não é controlar os funcionários, mas sim garantir que as chamadas dos clientes são todas atendidas. O caso está a gerar grande indignação entre sindicatos e inspec-tores do trabalho, que consideram esta tecnologia “altamen-te intrusiva”. “Cada trabalhador tem diferentes necessidades e este tipo de controlo priva-os de todas as suas liberdades durante o seu dia de trabalho”, avisou o regulador do sector privado na Noruega, numa carta enviada à DNB. A empresa garante agora que vai rever estas medidas. No ano passado, uma empresa norueguesa obrigou as mulheres a colocarem uma pulseira vermelha quando estavam menstruadas, para justificar as idas mais frequentes à casa de banho.

CaMPanHa Causa PolÉMiCaFilip Dewinter, político do partido Vlaams Belang, da extrema-direita belga, vai lançar uma campanha polémica no país, a 6 de Março, denominada: “Mulheres Contra a Islamização”. A primeira imagem da campanha, um cartaz onde apa-rece a sua filha An-Sofie Dewinter, de 19 anos, usando apenas um véu islâmico e um biquíni, é a mais re-cente acha para a fogueira das ten-sões sociais e religiosas na Bélgica, destino de milhares de imigrantes islâmicos, avança o jornal britânico “Daily Mail”. No polémico cartaz, aprovado pela extrema-direita belga, que não vê com bons olhos a chegada de cada vez mais imigrantes islâmicos ao país, pode-se ler na parte de cima: “Liberdade ou Islão?” e na parte de baixo, “Você decide!”. O partido extremista, Vlaams Belang, afirma que com esta campanha quer convencer as mulheres a tomarem uma posição contra o Islão e a discriminação.