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Judiciário em foco ANO 3 - NÚMERO 30 NOVEMBRO - 2009 Informativo do Tribunal de Justiça do Estado do Acre www.tjac.jus.br Judiciário Acreano já trabalha com as Tabelas Processuais Unificadas

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Novembro - 2009 - Ano 3 - Número 30

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Judiciárioem focoANO 3 - NÚMERO 30

NOVEMBRO - 2009 Informativo do Tribunal de Justiça do Estado do Acrewww.tjac.jus.br

Judiciário Acreano já trabalha com as Tabelas Processuais Unificadas

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Tribunal de Justiça do Estado do Acre - Novembro de 2009editorial

O Judiciário em Foco de novembro descortina um tema que representa um avanço para a Justiça Acreana:

a implantação das Tabelas Processuais Uni-ficadas, que visa a centralização de informa-ções e a racionalização de processos. O pro-cedimento, previsto na Resolução nº 12 e reforçado pelas Resoluções nº 46 e 65, todas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), permitirá a integração entre os organismos do Judiciário, por meio da uniformidade administrativa, funcional, de organização e de atuação, com o intuito de aperfeiçoar os serviços prestados.

O objetivo é que todos possam ter uma base comum e que, a partir dela, sejam co-

lhidos indicadores que vão possibilitar uma análise mais adequada do fun-

cionamento do Judiciário nacional, bem como, dentre outras questões, o de identificar com maior exatidão o tempo médio de duração de cada fase do processo e os seus maiores entra-ves, a fim de permitir a adoção de in-tervenções mais precisas e pontuais.

Este informativo explica também aos seus leitores o uso, no Poder Judi-ciário do Acre, dos meios tecnológicos para distribuir Justiça de modo célere e efetivo. Um simples torpedo de celular

garantiu a liberdade a um cidadão, depois de quitação de débito de pensão alimentícia, em Plácido de Castro. Já na Comarca de Epita-ciolândia, a utilização de um aparelho celular celebrou um acordo judicial e a extinção de um processo.

Esta edição destaca, ainda, as primeiras audiências do projeto Depoimento Sem Dano, realizadas pela Vara da Infância e da Juventude e as Varas Criminais da Comarca de Rio Branco.

Judiciárioem focoTRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ACREBiênio 2009-2011

PresidenteDes. Pedro Ranzi

Vice-PresidenteDes. Adair Longuini

Corregedor Geral da Justiça Des. Samoel Evangelista

O Judiciário em Foco é uma publicação da Assessoria de

Comunicação Social do TJAC

Assessora-Chefe de Comunicação SocialLetícia Mamed

Redação e EdiçãoAntônio Kléber

Letícia MamedMarcos Alexandre

Projeto Gráfico e DiagramaçãoFernando SobrinhoLetícia Mamed

FotosAcervo da Assessoria de Comunicação Social do TJAC

Jornalista responsável: Antonio Kléber (MTB 12/92)

Impressão: Parque Gráfico do TJACTiragem: 2.000 exemplaresDistribuição: GratuitaCirculação: Nacional

Rua Floriano Peixoto, 456. 69.908-030. Rio Branco-AC.Tel. (68) 3211-5356. Internet: www.tjac.jus.brE-mail: [email protected]

EXPEDIENTE

As colaborações e sugestões podem ser enviadas àAssessoria de Comunicação Social do TJAC

através do e-mail [email protected]. Mais informações pelo telefone (68) 3211-5356

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Novembro de 2009 - Tribunal de Justiça do Estado do Acre tjac onlineProjetos e Programasn As principais ações sociais executadas pelo Judiciário Acreano estão divulga-das na seção “Projetos e Programas” do portal do TJAC na Internet. O usuário interessado em conhecer a atuação do Projeto Cidadão, da Justiça Comunitária Itinerante e do Programa de Prevenção às Drogas, por exemplo, encontra todas as informações básicas nesta seção.

Juizados EspeciaisPara celebrar o Dia da Justiça, em 8 de dezembro de 1987, a então Presidente do TJAC, Desembargadora Eva Evangelista,

organizou uma atividade especial para a comunidade forense local. “Juizados Especiais” foi o tema da palestra ministrada pelo Desembargador Sálvio de Figueiredo Teixeira, do TJMG, em Rio Branco. Após isso, a Presidente assinou o ato de criação do Juizado de Conciliação e Arbitramento, com jurisdição na

Vara de Família da Capital. Para atuar na nova unidade, foram nomeados os seguintes juízes conciliadores: Alexandrina Melo de Araújo (Assessora Jurídica do Banacre), Clycia Melo de Souza (Diretora da Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral do Acre), Maria Augusta Figueiredo Mubárac (Defensora Pública), Maria Cezarineide de Souza (Defensora Pública), Maria Salete Maia Sales (Promotora de Justiça) e Manoel Tavares (Técnico de

Tributação Estadual da Secretaria da Fazenda), que se habilitaram voluntariamente para a função.

A iniciativa subsidiou a posterior instalação dos Juizados Especiais no Estado, que aconteceu no ano de 1995.

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Tribunal de Justiça do Estado do Acre - Novembro de 2009geral

O Presidente do Tribu-nal de Justiça do Acre, Desembargador Pedro

Ranzi, realizou em novembro a entrega de sete novas motoci-cletas (marca Honda, modelo Broz, ano 2010) às Comarcas de Senador Guiomard, Capixa-ba, Xapuri e Brasiléia.

Os veículos, adquiridos com recursos próprios, inte-gram a política de renovação da frota do Poder Judiciário acre-ano e serão utilizados nos ser-viços prestados pela unidade de Protocolo nas diversas Comar-cas do Estado.

Em Rio Branco, o Desem-bargador Pedro Ranzi repassou à Diretora Administrativa, Car-lota Grasso, as duas motocicle-tas que serão utilizadas nos ser-viços da unidade de Protocolo.

Durante visita a Senador Guiomard, o Presidente foi rece-bido pela Juíza de Direito Lílian Braga, a quem fez a entrega de uma motocicleta. Já em Capi-xaba, a Juíza de Direito Luana

Campos recepcionou a comitiva do TJAC e também recebeu o veículo destinado à Comarca.

Em Xapuri, Pedro Ranzi foi recebido pela Juíza Zenair Bueno, que juntamente com os servidores da Comarca agrade-ceu o apoio recebido da Admi-nistração do Tribunal.

Os Juízes Substitutos Daniel Bonfim e Erik Farhat, atuantes em Brasiléia, trataram com o Presidente os assuntos

n “Quem tem algum proces-so... quer que ele seja julgado o quanto antes”. O trecho da cam-panha institucional do Conse-lho Nacional de Justiça, veicu-lada em emissoras de televisão de todo Brasil, ratifica o princí-pio da razoabilidade na duração do processo, assegurada com a Emenda 45 da Constituição da República. Conforme o artigo 5º “... a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegura-dos a razoável duração do pro-cesso e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação”.

Para lançar luzes sobre a Carta Magna, o Tribunal de Justiça do Acre e a Defenso-

Comarcas de Rio Branco, Senador Guiomard, Capixaba, Xapuri e Brasiléia recebem novas motocicletasInvestimento integra política de renovação da frota do Judiciário acreano

de interesse da Comarca e, em seguida, receberam uma moto-cicleta para atender as deman-das da Justiça local.

Durante sua visita às quatro comarcas, o Desembargador se reuniu com os servidores, aos quais agradeceu o empenho e dedicação para a melhoria da prestação jurisdicional, e en-tregou uma lembrança do Tri-bunal pela passagem do Dia do Servidor Público.

TJAC e Defensoria Pública celebram parceria para agilizar tramitação processual

Visita à Prefeitura de Assis Brasil

O Presidente do TJAC aproveitou para fazer uma visita à Prefeitura Municipal de Assis Brasil, onde se reuniu com a Prefeita Eliane Gadelha para agradecer a doação do terreno onde será construído o novo Fórum da Comarca.

A área de 1.993,95m2 fica localizada no bairro Cas-cata e foi doada por meio do Projeto de Lei nº 023, apro-vado pela Câmara Municipal de Assis Brasil em 1º de ou-tubro de 2009.

Sete novas motocicletas reforçam a frota do Judiciário Estadual

ria Pública do Estado firmaram o Termo de Cooperação Técnica nº 04/2009. O objetivo é promo-ver a tramitação célere e eficaz dos processos nas unidades do Poder Judiciário. O documento foi assi-nado pelos desembargadores Pedro Ranzi e Samoel Evangelista, respec-tivamente Presidente e Corregedor Geral do TJAC, e pela Defensora Pública Geral Angélica Gouveia .

De acordo com o Termo, as instituições desenvolverão ações conjuntas, que propiciem a re-dução do tempo de tramitação de processos. Dessa forma, a inicia-tiva contempla a sociedade com soluções de seus conflitos mais rá-pidas e eficientes.

Principais ações 5 adotar soluções simplificadas e eficazes na composição de lides

(conflitos de interesses suscitado em juízo); 5 assegurar os meios necessários para o exercício da ampla defesa na

prestação da tutela jurisdicional; 5 assegurar o equilíbrio das partes na solução de litígios; 5 proporcionar praticidade e rapidez nos procedimentos.

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Novembro de 2009 - Tribunal de Justiça do Estado do Acre geral

Para divulgar e compar-tilhar a experiência de sucesso do Programa de

Prevenção às Drogas, desenvol-vido no Estado do Acre desde março deste ano, o Presidente do Tribunal de Justiça, Desem-bargador Pedro Ranzi, e o Juiz Elcio Sabo Mendes Júnior, idea-lizador e coordenador do Progra-ma, foram recebidos em Brasília (DF) pelo Presidente do Supre-mo Tribunal Federal (STF), Mi-nistro Gilmar Mendes.

O encontro aconteceu no dia 16 de novembro no Gabinete da Presidência do STF. Tendo em vista que o Ministro acom-panhou pessoalmente o lança-mento do Programa no Acre, em 13 de março deste ano, o Ju-diciário Acreano entendeu a ne-cessidade de mantê-lo a par dos bons resultados já obtidos com a iniciativa.

O Presidente Pedro Ranzi e o Juiz Elcio Sabo, que é titular da Vara de Delitos de Tóxico e Acidentes de Trânsito de Rio Branco, entregaram ao Minis-tro um relatório com a síntese desses resultados. O Programa tem como premissa estimular o debate sobre o tema das drogas,

n A Vara de Delitos de Tóxicos e Acidentes de Trânsito e a Central de Penas Alternativas (CEPAL) de Rio Branco realizaram, neste mês de novembro, no auditório da Escola Estadual Armando No-gueira, mais um evento destinado aos reeducandos e estudantes. A atividade busca ampliar a discussão em torno dos malefícios causados pelas drogas, assim como difundir as experiências de reinserção social daqueles que cumprem pena em unidades prisionais.

A iniciativa do Poder Judici-ário do Acre também ratifica a campanha institucional do Con-selho Nacional de Justiça deno-minada “Começar de Novo”. O objetivo comum é sensibilizar a população brasileira sobre a ne-

O encontro também serviu para o Presidente do Tribunal de Justiça expor ao Ministro Gilmar Mendes as boas práticas desenvolvidas pelo Judiciário Acreano em busca de celeridade e eficácia na prestação jurisdi-cional, especialmente no que se refere ao compromisso dos magistrados e servidores em prol do cumprimento da Meta 2 - julgar neste ano todos os processos ingres-sos até o ano de 2005.

Outro tema debatido durante o encontro foi a ex-periência de ressocialização em execução pelo Tribunal de Justiça, alinhada à campanha “Começar de Novo” e “Projeto Integrar”, desenvolvidos pelo Conselho Nacional de Justiça e Supremo Tribunal Federal. Atualmente 10 re-educandos – que se encontram em regime semi-aberto no Complexo Penitenciário Dr. Francisco D’Oliveira Conde –, trabalham na área administrativa do TJAC.

Programa de Prevenção às Drogas Gilmar Mendes conhece os bons resultados

da iniciativa do Judiciário Acreanoconscientizar os jovens e formar multiplicadores, por meio de palestras educativas em escolas e entidades envolvidas com a causa dos dependentes químicos.

A iniciativa para criação de um programa específico para discutir a prevenção ao uso de entorpe-centes é fruto das pesquisas feitas pela Vara de Delitos de Tóxicos, que demonstraram o envolvi-mento cada vez mais frequente de crianças e adolescentes com o uso indiscriminado de entorpecentes.

Para se ter uma idéia da di-mensão alcançada pela iniciativa, até o mês de junho deste ano, somente na Capital, aproxima-damente 2500 alunos já haviam participado das palestras.

Programa realiza atividade de reinserção social

Boas práticas do Acre

Atividade integra diversão e conscientização

cessidade de reinserir, no mer-cado de trabalho e na sociedade, presos ou egressos do sistema carcerário.

Após abertura dos trabalhos feita pelo Desembargador Adair Longuini, Vice-Presidente do TJAC, a programação seguiu com a participação de cantoras do coral da Polícia Militar. Em seguida, foi apresentada uma peça pelo grupo de teatro Manaí. Também foram exibidos vídeos institucionais da Vara de Tóxicos e da CEPAL, mostrando os trabalhados desen-volvidos pelo Programa de Pre-venção às Drogas.

O conselheiro Mário Elder de Melo Linm, do Conselho Es-tadual de Entorpecentes do Acre (Conen) ministrou palestra, vol-

tada principalmente aos reedu-candos, explicitando a questão das drogas: a fabricação, a distri-buição, o tráfico, o consumo, o vício, as etapas da dependência, os males, as implicações na saúde dos dependentes, na família, na sociedade, a relação drogas e

crimes etc. O evento teve, ainda, a apre-

sentação do grupo de dança hip hop do Centro de Atenção Psi-cossocial Álcool e Drogas, e dos integrantes do Grupo de Orien-tação e Conscientização à Depen-dência Química.

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Tribunal de Justiça do Estado do Acre - Novembro de 2009geral

A Coordenação do Proje-to Cidadão comemorou os números da pesquisa

anual Estatísticas de Registro Civil realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-tica (IBGE), divulgada no dia 25 deste mês com dados atualizados de 2008. O Projeto, desenvolvi-do há 14 anos pelo Tribunal de Justiça do Acre, tem como uma de suas principais ações facilitar a realização de casamentos, inclu-sive com a promoção de celebra-ções coletivas no Estado.

O estudo mostra o aumen-to da taxa de casamentos no Brasil, que atingiu o maior nível desde 1995. Nesse contexto, o Acre é o Estado com maior índice (12%) de matrimônios. O estudo revela que a chamada taxa de nupcialidade legal atingiu 6,7 pontos, sendo que, desde 1998, o número mais alto registrado havia sido 6,6 em 1999.

No ano de 2008 foram regis-trados 959.901 casamentos no país. Destes, 936.538 foram de

n O Presidente do Tribunal de Justiça do Acre, Desembar-gador Pedro Ranzi, em alusão às comemorações pelo Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, realizou a abertura da 9ª Edição do Projeto Mais Arte, que traz a exposição de fotografias sobre a presença do negro na sociedade.

O trabalho é fruto do curso Fotoolhar, promovido pelo Serviço Social do Comércio (SESC-AC) em junho deste ano, com 19 participantes, sob coordenação do fotógrafo Antô-nio Alcântara.

O Projeto Mais Arte tem o objetivo de integrar as artes plásticas ao ambiente de traba-lho dos magistrados, servidores e visitantes dos prédios do Judi-ciário na Capital, favorecendo a divulgação da produção de artis-tas locais e o acesso da popula-ção aos bens culturais.

Projeto Cidadão comemora resultado de pesquisa do IBGEEstado do Acre registra a maior taxa de casamentos do Brasil

Exposição acontece no prédio do Tribunal de Justiça até 10 de dezembro

Projeto Mais Arte apresenta exposição fotográfica sobre o Dia da Consciência Negra

indivíduos de 15 anos ou mais de idade, 4,5% superior ao observa-do no ano de 2007. De acordo com a pesquisa, o aumento do número de casamentos registra-dos pode ser atribuído à melho-ria no acesso aos serviços de Jus-tiça, mudanças no Código Civil, renovado em 2002, e ofertas de casamentos coletivos.

Para o Desembargador Ar-quilau Melo, idealizador e co-ordenador do Projeto Cidadão, os números da pesquisa tradu-zem o resultado do trabalho que vem sendo executado com sucesso pelo Judiciário e seus parceiros. “Ficamos muito con-tentes porque observamos que o nosso trabalho coloca o Acre em posição favorável em relação às demais unidades da federação. A pesquisa comprova que fazemos uma atividade importante, em favor da nossa sociedade”, come-mora o Desembargador.

Arquilau Melo disse que à época de criação do Projeto Ci-dadão tinha a convicção de estar

no caminho certo, mas que a cada ano as ações encampadas foram se aprimorando e hoje é um tra-balho consolidado, que orgulha o Poder Judiciário Acreano.

“No começo, havia muita re-sistência e inúmeros questiona-mentos. Atualmente o Projeto Ci-dadão é uma unanimidade, todo mundo concorda que é um traba-lho essencial”, explica ele, acres-centando que o maior mérito do Projeto é justamente manter sua independência em relação a go-vernos, motivo pelo qual ele não sofre abalos com a alternância de projetos políticos no poder.

“Hoje, graças a Deus, o Tri-bunal assume esse empreendi-mento social e busca recursos para a sua viabilização. Nós sim-plesmente existimos como pro-jeto”, conclui Melo.

De janeiro a novembro de 2009, o Projeto Cidadão reali-zou 2.882 casamentos. Desde que foi implementado, em 1995, o Projeto já celebrou 25.713 matrimônios.

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Novembro de 2009 - Tribunal de Justiça do Estado do Acre geral

A Vara da Infância e da Ju-ventude e as Varas Crimi-nais da Comarca de Rio

Branco já utilizam as técnicas do projeto Depoimento Sem Dano (DSD) e a estrutura montada para sua execução no Fórum Criminal da Capital. Por meio desse projeto, o atendimento de crianças e adolescentes que precisam ser inquiridos nos pro-cessos judiciais, especialmente nos relacionados a abuso sexual, acontece de modo bastante diferenciado.

No último mês de outubro, foram realizadas as primeiras au-diências no referido espaço: uma pela 4ª Vara Criminal, envolven-do uma menina de cinco anos de idade, e duas pela Vara da Infân-cia e da Juventude, envolvendo uma menina de 10 anos e um menino de 8 anos. A primeira foi realizada pelo Juiz Cloves Cabral e as outras duas pelo Juiz Luis Camolez.

De acordo com a psicólo-ga Rutilena Roque, da Vara da Infância, que acompanhou as crianças nas três audiências, a utilização da estrutura propor-ciona mais segurança ao con-teúdo das informações obtidas durante a inquirição da vítima, o que não ocorre quando o depoi-mento é prestado em ambiente comum.

“Na sala de Depoimento Sem Dano, a criança não se sente pressionada, constrangida ou com medo de falar. É um am-biente especialmente preparado para esse tipo de trabalho”, expli-ca a psicóloga.

O DSD é um método por meio do qual a vítima conversa com uma psicóloga ou assisten-te social numa sala especial, com decoração diferenciada e brin-quedos, ao passo que, na sala de audiência, utilizando equipa-mentos audiovisuais, juiz, pro-motor e advogados assistem à

O projeto do DSD no Acre

Depoimento Sem DanoJustiça do Acre realiza primeiras audiências para inquirição de crianças e adolescentes

entrevista judicial pela televisão. As perguntas são feitas por inter-médio da profissional da equipe psicossocial, seguindo uma téc-nica especialmente elaborada para esse tipo de depoimento.

O projeto é uma iniciativa pioneira da 2ª Vara da Infância e da Juventude de Porto Alegre,

iniciado em 2003, e hoje difun-dido em vários Tribunais de Jus-tiça, como São Paulo, Rio de Ja-neiro, Goiânia, Rondônia e Acre. Países como França, Espanha e Argentina também têm práticas semelhantes nessa área, que já foram inclusive incorporadas à legislação.

Inquirição de criança por meio do Depoimento Sem Dano

A idéia do projeto no Acre surgiu no ano de 2006, duran-te a gestão do Desembargador Samoel Evangelista na Presi-dência do TJAC (2005-2007), quando foi formalizada uma par-ceria do Tribunal com a Secreta-

ria Especial de Direitos Huma-nos da Presidência da República (SEDH), para sua implementa-ção. Isso ocorreu a partir das su-gestões da Juíza Maria Tapajós, à época titular da Vara da Infância e da Juventude de Rio Branco,

e do Promotor Francisco Maia, que atua na unidade.

Posteriormente, o projeto seguiu na gestão da Desem-bargadora Izaura Maia (2007-2009), que assegurou a mon-tagem da estrutura física e dos

equipamentos necessários ao seu desenvolvimento. Atual-mente, na gestão do Desem-bargador Pedro Ranzi (2009-2011), após a fase de capacitação da equipe multiprofissional, o método está em plena execução.

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Tribunal de Justiça do Estado do Acre - Novembro de 2009in verbis

O Tribunal de Justiça do Acre implantou neste ano em suas unidades judiciárias o sistema de Tabelas Pro-cessuais Unificadas, visando a centralização de in-

formações e a racionalização de processos. Tanto na Capital quanto nas Comarcas do Estado, o sistema já está sendo plena-mente utilizado no âmbito do 1º Grau. Em relação ao 2ª Grau, a previsão é de que isto aconteça entre dezembro de 2009 e janeiro de 2010.

O procedimento, previsto na Resolução nº 12 e reforçado pelas Resoluções nº 46 e 65, todas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), representa um passo importante na integração entre os organismos do Judiciário, por meio da uniformidade administrativa, funcional, de organização e de atuação, com o intuito do aperfeiçoar os serviços prestados.

A unificação de nomenclaturas e de classificação de proces-sos possibilitará uma integração de informações entre os dife-rentes tribunais do Brasil, sejam trabalhistas, federais, milita-res ou estaduais. A partir do trabalho coordenado pelo CNJ, foram criadas três tabelas Processuais Unificadas para o Poder Judiciário: 1) Tabela de Assuntos Processuais; 2) Tabela de Classes Processuais; e 3) Tabela de Movimentação Processual.

O objetivo é que todos possam ter uma base comum e a partir dela sejam colhidos indicadores que vão possibilitar uma análise mais adequada do funcionamento do Judiciário nacional, bem como, dentre outras questões, o de identificar com maior exatidão o tempo médio de duração de cada fase do processo e os seus maiores entraves, a fim de permitir a adoção de intervenções mais precisas e pontuais.

A adoção das tabelas unificadas significa um avanço na in-terligação de sistemas informativos das diferentes instâncias judiciais, o que possibilita melhoria no intercâmbio das infor-mações entre sistemas e bases de dados, gerando maior racio-nalidade no fluxo do processo, encadeamento lógico dos atos processuais e maior celeridade na entrega jurisdicional.

Com a padronização por assuntos, por exemplo, será possí-vel a cada tribunal e também ao CNJ conhecer, com dados es-tatísticos, quais matérias são mais freqüentes em cada jurisdi-ção, onde estão os pontos de congestionamento, os processos que são resolvidos com maior rapidez, entre outras questões. Assim, com unificação das tabelas processuais, o advogado terá mais facilidade para ajuizar um processo independente do Estado onde esteja, pois a tabela de classificação será a mesma em todas as unidades da Federação. Atualmente não existe essa possibilidade, tendo em vista que cada instância e segmento da Justiça adotam diferentes nomes para os processos enquadra-dos na mesma classe.

Judiciário Acreano já trabalha com as Tabelas Processuais Unificadas

Com a padronização nacional de nomenclaturas e de classificação de processos, os serviços da Justiça devem ficar mais ágeis e eficientes

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Novembro de 2009 - Tribunal de Justiça do Estado do Acre in verbis

A implantação no Judiciário Acreano O Comitê Gestor nomeado pela Direção do TJAC, por meio

da Portaria nº 469/2008, de julho de 2008, e alterada pela Portaria nº 65/2009, de março de 2009, responsável pelo cumprimento da Resolução nº 46 do CNJ, iniciou em maio o processo de validação e homologação da base-teste para unificação das tabelas processuais no âmbito do Judiciário acreano.

Para tanto, o Desembargador Adair Longuini, Vice-Presidente do Tribunal e Presidente do Comitê Gestor, esteve reunido com os juízes Laudivon Nogueira, da 1ª Vara Cível, Cloves Augusto, da 4ª Vara Criminal, e Júnior Alberto Ribeiro, da 2ª Vara de Família, todos da Comarca de Rio Branco, e com os servidores Emerson Vieira, Evany Vieira e Raimundo José, também membros do Comitê, para fazer a conferência da vinculação classe/competência e da vinculação classe/assunto, para implantação do novo sistema em todo o Acre, a qual foi concluída em agosto deste ano.

O Presidente do Tribunal Acreano, Desembargador Pedro Ranzi, acompanhou de perto a implantação do sistema, inclusive adotando medidas - como a suspensão dos trabalhos nas unidades judiciárias -, para garantir rapidez e eficiência no treinamento dos servidores e o desenvolvimento da nova rotina processual no Judiciário.

As novas tabelas permitem que um processo tenha a mesma nu-meração durante todo o seu trâmite, desde o ingresso no Cartório Distribuidor, até sua decisão final nas instâncias superiores.

Dos 874 tipos de movimentação existentes atualmente no Sis-tema de Automação do Judiciário (SAJ), apenas 23 tipos foram estabelecidos pelo CNJ para os serventuários, que se dividem em movimentações específicas para o Arquivista, Contador, Distribui-dor, Escrivão/Diretor de Secretaria/Secretário Jurídico e Oficial de Justiça. Por outro lado, dentre as novidades no âmbito da movimen-tação, também agora os magistrados terão os seus atos devidamente nomeados no sistema.

Outra alteração importante é que nenhuma nova classe ou as-sunto poderá ser criado aleatoriamente. Apenas o Comitê Gestor, se conveniente, com a devida autorização do CNJ, poderá alterar o novo padrão de tabelas.

Após a conferência das vinculações pelos magistrados e mem-bros do Comitê Gestor, foi iniciado processo de capacitação dos ser-vidores do Judiciário. Workshops, destinados aos magistrados, advo-gados, defensores públicos e membros do Ministério Público, foram realizados, para que estes tivessem a oportunidade de conhecer e de se familiarizar com o novo sistema.

Como forma de garantir a plena adaptação dos usuários ao novo sistema, o Vice-Presidente do TJAC remanejou funcionários com conhecimentos técnicos na área jurídica para os setores de distri-buição. Desse modo, o novo procedimento se estendeu também aos Cartórios Judiciais, os quais passaram a conferir a recepção e os re-gistros no SAJ levados a efeito pelos distribuidores, procedendo-se às retificações necessárias, em permanente contato com o Setor de Distribuição para que as incorreções constatadas não se repitam.

Judiciário Acreano já trabalha com as Tabelas Processuais Unificadas

Com a padronização nacional de nomenclaturas e de classificação de processos, os serviços da Justiça devem ficar mais ágeis e eficientes

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As três tabelas processuais unificadas

A Tabela Processual Unificada é um procedimento previsto na Resolução nº 12 e reforçado pelas Resoluções nº 46 e 65, todas do Conselho Nacional de Justiça. Elas representam um passo

importante na integração entre os organismos do Judiciário, por meio da uniformidade administrativa, funcional, de organização e de atua-ção, com o objetivo de aperfeiçoamento dos serviços prestados.

As três Tabelas Processuais Unificadas para o Poder Judiciário:

n Tabela de Assuntos Processuais, utilizada para padronizar na-cionalmente o cadastramento das matérias ou temas discutidos nos processos;

O que são as Tabelas Unificadasn Tabela de Classes Processuais, usada na classificação do procedi-

mento judicial ou administrativo adequado ao pedido; n e a Tabela de Movimentação Processual, para o registro dos procedi-

mentos e rotinas dos atos processuais que impulsionam o processo.

Hoje não existe um sistema único de classificação, o que implica em retrabalho, demoras e aumento de custos. A adoção das tabelas unificadas significa uma interligação de sistemas informativos das diferentes instâncias judiciais, que possibilita melhoria no intercâm-bio das informações entre sistemas e bases de dados, gerando maior racionalidade no fluxo do processo, encadeamento lógico dos atos processuais e maior celeridade na entrega jurisdicional.

http://www.cnj.jus.br/sgt/

A Resolução nº 46/2007 criou três ta-belas processuais unificadas: 1) Tabela de Assuntos Processuais, utilizada para pa-dronizar nacionalmente o cadastramento das matérias ou temas discutidos nos pro-cessos; 2) Tabela de Classes Processuais, usada na classificação do procedimento judicial ou administrativo adequado ao pedido; 3) e a Tabela de Movimentação Processual, para o registro dos procedi-

mentos e rotinas dos atos processuais que impulsionam o processo.

Desde a edição dessa Resolução, os tribunais brasileiros têm estudado uma forma de adaptação dos seus sistemas internos para implantação das Tabelas Unificadas. A atualização e o aperfeiço-amento das Tabelas será feita continua-mente pelo CNJ, em conjunto com os demais órgãos do Poder Judiciário, por

meio do sistema eletrônico de gestão, em funcionamento e disponível para consulta pública no portal do Conselho (Sistema de Gestão de Tabelas Processu-ais Unificadas).

Com o auxílio dele, os tribunais enca-minham dúvidas e sugestões para análise do Comitê Gestor, como também rece-bem comunicação das novas versões ou das alterações promovida

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Novembro de 2009 - Tribunal de Justiça do Estado do Acre in verbis

Estrutura da Tabela de Assuntos Processuais

A Tabela de Assuntos constitui-se em um instrumento de representação do conhecimento sobre terminologia jurí-dica estruturada em níveis hierárquicos, que correspondem às áreas do Direito. Essa categorização foi feita para fins “di-dáticos”, visando facilitar a atribuição de assuntos aos feitos, que precisam ter o objeto ou pedido classificado em um ou mais assuntos. Tem-se consciência de que os ramos do Di-reito, embora independentes, não são autônomos. Esta divi-são é convencional, resultante do consenso entre os órgãos envolvidos.

Quanto maior o nível da Tabela de Assuntos, mais especi-ficado estará o assunto. No nível 1 constam quatorze catego-rias em que se organiza o Direito. Cada categoria é detalhada em níveis, segundo a necessidade.

O nível 2 contém as subcategorias de matérias correspon-dentes ao respectivo ramo do Direito. Nesse nível começa a ocorrer a especificação dos assuntos e inicia o crescimento da Tabela. Possíveis acréscimos de assuntos deverão respeitar esta estrutura. Dessas subcategorias decorrem os assuntos de nível 3, que possibilitam o cadastramento dos processos e, suces-sivamente, os de níveis 4 e 5, quando houver. A Tabela de assuntos é estruturada, porém flexível quanto à possibilidade de atualização de assuntos que vier a se mostrar necessária. Exemplo 1: Assunto em que o detalhamento vai até o nível 3.

Facilitação da linguagem forense O objetivo é que todos possam ter uma base comum e a partir

dela sejam colhidos indicadores que vão possibilitar uma análi-se mais adequada do funcionamento do Judiciário nacional, bem como, dentre outras questões, o de identificar com maior exatidão o tempo médio de duração de cada fase do processo e os seus maiores entraves, a fim de permitir a adoção de intervenções mais precisas e pontuais.

Com a padronização por assuntos, por exemplo, será possível a cada tribunal e também ao Conselho Nacional de Justiça conhecer, com dados estatísticos, quais matérias são mais freqüentes em cada jurisdição, onde estão os pontos de congestionamento, os processos que são resolvidos com maior rapidez, entre outras questões. Assim, com unificação das tabelas processuais, o advogado terá mais facili-dade para ajuizar um processo independente do Estado onde esteja, pois a tabela de classificação será a mesma em todas as unidades da Federação. Atualmente não existe essa possibilidade, tendo em vista que cada instância e segmento da Justiça adotam diferentes nomes para os processos enquadrados na mesma classe.

ObJeTivOs

A padronização de terminologia visa promover o uso da infor-mação em diversas situações. As Tabelas Processuais Unificadas têm como principais objetivos:

• Atingir maior uniformidade no tratamento da informação, visando à geração de análises estatísticas mais precisas e de-talhadas, essenciais ao planejamento estratégico do Poder Judiciário;

• Melhorar a gestão de pauta pelos órgãos judiciais;

• Facilitar a recuperação de informações pelos órgãos supervisores;

• Possibilitar o aproveitamento, nas instâncias superiores, das informações processuais dos sistemas de primeira instância;

• Melhorar o controle de prevenção e distribuição processual por competência em razão da matéria;

• Facilitar o intercâmbio da informação entre sistemas e bases de dados, possibilitando uma integração mais abrangente para a implantação de sistemas de âmbito nacional, que con-tribuirão para a celeridade processual;

• Racionalizar o fluxo do processo e facilitar o encadeamento lógico dos atos processuais;

• Possibilitar a gestão dos documentos e processos judiciais transitados em julgado e arquivados;

• Padronizar a descrição dos diversos movimentos para facilitar a recuperação e maximizar o uso da informação processual, atingindo níveis crescentes de acessibilidade para usuários in-ternos e externos;

• Identificar com maior exatidão o tempo médio de duração de cada fase do processo e os seus maiores entraves, a fim de permitir a adoção de intervenções mais precisas e pontuais;

• Identificar os assuntos mais freqüentes nos processos ju-diciais, possibilitando uma melhor gestão do passivo pelos tribunais, além da adoção de medidas que previnam novos conflitos;

• Melhorar a compreensão do andamento processual pelo jurisdicionado;

• Assegurar, juntamente com outros instrumentos, a padro-nização de rotinas processuais e subsidiar a implantação de diversos projetos corporativos no Poder Judiciário.

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Tribunal de Justiça do Estado do Acre - Novembro de 2009destaque

O Poder Judiciário do Acre está se valendo dos mais variados meios tec-

nológicos para distribuir Justiça de modo célere e efetivo. Prova disso é que no dia 30 de outu-bro, o Juiz de Direito Edinaldo Muniz, titular da Vara Crimi-nal de Pláci-do de Castro, usou um tor-pedo de celular para proferir uma sentença e expedir alvará de soltura.

O ma-gistrado estava em Rio Branco quando foi informado pelo car-tório que um devedor de pensão alimentícia, preso desde 27 de outubro, havia quitado o débito referente ao processo. Imediata-mente, o Juiz postou pelo celular ao cartório a seguinte sentença:

n Em novembro, o uso de um aparelho celular celebrou um acordo judicial e a extinção de um processo na Comarca de Epitacio-lândia. Por coincidência, trata-se de uma ação de cobrança contra uma operadora de telefonia, a Brasil Telecom, impetrada por Francisca das Chagas Castro de Melo no Juizado Especial Cível.

De acordo com o processo, durante o pregão – ato pelo qual um oficial de justiça ou avaliador chama as partes, os advogados e as testemunhas para participarem da audiência -, verificou-se a pre-sença da parte autora e a ausência da parte ré. No entanto, a advo-

gada da Brasil Telecom informou com antecedência que estaria em outra audiência, no mesmo dia e horário, na Comarca de Rio Branco.

Dessa forma, a Juíza Leiga Marly de Souza Ferreira contac-tou a advogada da reclamada por telefone, a qual concordou com a proposta de acordo oferecida na audiência de conciliação, já aceita pela reclamante Francisca de Melo. A decisão de Marly Fer-reira foi fundamentada no artigo 2º da Lei nº 9.099/95, de Juizados Especiais, segundo “os critérios da oralidade, simplicidade, infor-malidade, economia processual

e celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou a transação”. A sentença foi homo-logada pelo Juiz de Direito Subs-tituto Danniel Bomfim.

Por meio do acordo firmado, a empresa de telefonia se compro-meteu a cancelar a linha telefônica e a pagar à reclamante o valor de R$ 465,00, a título de compensa-ção pelos dias em que a linha tele-fônica esteve fora de serviço.

Recentemente, pela primeira vez na história do Poder Judiciá-rio do Acre, foi realizada uma au-

diência por meio de um telefone celular. Graças ao uso da ferra-menta, o Juiz de Direito Cloves Cabral, titular da 4ª Vara Crimi-nal da Comarca de Rio Branco, extinguiu em 3 minutos e 3 se-gundos um processo que poderia durar anos para ser julgado.

O TJAC tem utilizado de vários recursos tecnológicos, como sistema de gravação de audiências e virtualização de determinas unida-des judiciárias, com o objetivo de assegurar justiça de modo desbu-rocratizado, rápido e seguro.

“Sentença: (...) Pago o débito, declaro extinta a execução. Esta, certificada, deverá servir de alvará em favor do executado. Sem custas e sem honorários. Publi-que-se. Registre-se. Intimem-se. Arquivem-se. Rio Branco/AC,

30 de outubro de 2009, às 14h24. Edinal-do Muniz dos Santos, Juiz de Direito.”

Segundo o Juiz, “trata-se de um proce-dimento sim-ples, que feito

com segurança, agiliza o fim do processo”. No caso em ques-tão, o cidadão obteve sua ime-diata soltura, de modo simples e rápido. Esta talvez seja uma das primeiras experiências de utilização do recurso na Justiça brasileira.

Tecnologia e JustiçaJustiça usa torpedo de celular para proferir sentença e expedir alvará de soltura

O uso de um torpedo de celular garante

liberdade a cidadão, depois de quitação

de débito de pensão alimentícia

Juiz Edinaldo Muniz: emprego da tecnologia a favor da Justiça, com simplicidade e rapidez

Juizado Especial Cível de Epitaciolândia realiza acordo judicial com uso de celulariniciativa confirma empenho do TJAC em distribuir Justiça de modo célere e efetivo

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Novembro de 2009 - Tribunal de Justiça do Estado do Acre destaque

n “Tornar acessíveis as informações proces-suais nos portais da rede mundial de computa-dores (Internet), com andamento atualizado e conteúdo das decisões de todos os processos, respeitado o segredo de Justiça”. A Meta 7 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está cada vez mais próxima de ser alcançada pelo Tribu-nal de Justiça do Acre, que acaba de implantar na Comarca de Feijó o Sistema de Automação da Justiça (SAJ).

O SAJ é um sistema especialmente desenvol-vido para a informatização dos Tribunais, Ministé-rio Público e Procuradorias que, além de atender as necessidades particulares de cada instituição, permite a integração das entidades que promovem a Justiça.

Nesse sentido, o sistema imprime agilidade e facilida-de no acesso às informações, possibilitando o comparti-lhamento de dados. Ele au-tomatiza procedimentos ao mesmo tempo que apresen-ta alternativas de trabalho e fornece ferramentas de alta produtividade ao usuário. O alto grau de adequabilidade das soluções permite ainda que estas sejam personaliza-das e configuradas de acordo

com as demandas do TJAC.O SAJ permite que o cidadão ou seu re-

presentante (advogado, por exemplo) consulte o andamento do processo sem a necessidade de se dirigir ao cartório da Vara, uma vez que a consulta pode ser feita virtualmente a partir de qualquer computador conectado à Internet.

implantaçãoNo início do mês de novembro a equipe da

Diretoria de Tecnologia da Informação do Tri-bunal iniciou a instalação do SAJ na Comarca

de Feijó - distante aproximadamente 400 km de Rio Branco -, que agora está em pleno fun-cionamento. Além disso, também promoveu o treinamento dos servidores, durante quatro dias, com o objetivo de capacitá-los sobre os procedimentos para uso do novo sistema.

De acordo com o Diretor de Informática Roberto Romanholo, os próprios servidores da Comarca digitalizaram pelo menos 3500 pro-cessos, que passaram a ser incluídos no sistema informatizado, possibilitando a otimização dos serviços aos cidadãos. A medida, nesse sentido, garante maior celeridade no acompanhamento

dos processos, como também no cumprimento dos atos processuais.

A interligação da Comar-ca de Feijó ao SAJ, além do cumprimento da Meta 7 do CNJ, representa um avanço no projeto modernização do Poder Judiciário Acreano. Uma das principais priori-dades da atual administração do TJAC, a informatização proporciona maior interação entre as comarcas do Estado, bem como segurança, con-fiabilidade e maior rapidez no acesso às informações processuais.

n “Tivemos a idéia de fazer uma reunião para homenagear essa plêiade de servidores, pelo esforço empregado para o cum-primento da Meta 2 do Conse-lho Nacional de Justiça”. O uso do verbo no plural nas palavras da Desembargadora Miracele Borges revela o sentimento de harmonia compartilhado pelas Desembargadoras Eva Evange-lista e Izaura Maia em reconhe-cer a importância do servidor na organização e celeridade da Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Acre.

A reunião, que ocorreu no Anexo do TJAC no dia 13 deste

Meta 7: Comarca de Feijó é interligada ao Sistema de Automação da Justiça

Câmara Cível celebra cumprimento da Meta 2 com homenagem aos seus servidoresem reunião de confraternização, o trabalho, a dedicação e a eficiência dos servidores da Justiça são reconhecidos

mês, também contou com a presença do Presidente Tri-bunal, Desembargador Pedro Ranzi, dos servidores do órgão julgador e dos gabinetes dos desembargadores.

Eficiência é uma palavra que pode ser traduzida em números na Câmara Cível. Considerando apenas o perío-do de janeiro a junho de 2009 foram julgados 713 feitos. Somente no mês de outubro deste ano, foram proferidas 231 decisões - sem incluir as do revisor -, entre colegiadas e monocráticas. Atualmente o órgão julgador está finalizan-

do o julgamento dos processos protocolados em 2008 e 2009.

No ocasião, o Presidente do TJAC, Desembargador Pedro

Ranzi entregou à Miracele Borges um Certificado do CNJ reconhecendo a superação do desafio.

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Tribunal de Justiça do Estado do Acre - Novembro de 2009notícias da esmac

Unificação de ensino, qualidade nos cursos e agora autonomia financeira. Esta foi a principal

mensagem que ficou do 19º Encontro do Colégio Permanente de Diretores de Escolas Estaduais da Magistratura (Co-pedem), realizado em Manaus, de 5 a 7 deste mês.

A carta, que materializa as discus-sões dos 40 desembargadores que par-ticiparam desse Copedem, o primeiro sediado pelo Amazonas, resume o prin-cipal desafio dos diretores das escolas para o ano que vem: obter recursos que possam melhorar a qualidade do ensino e dar continuidade aos cursos gratuitos para magistrados.

A meta, de acordo com o aprovado pelos desembargadores e com o aval do Presidente do Copedem, Desembar-gador Antônio Rulli Junior, é incluir o orçamento das escolas no plano pluria-nual dos tribunais de Justiça de todo o País. “Isso é o que falta para perpetuar-mos a existência das escolas de Magis-tratura”, afirmou ele.

A Desembargadora Eva Evangelista, Diretora da Escola Superior da Magis-tratura do Acre (Esmac) e membro do Copedem, esteve presente nas discus-sões sobre os rumos do ensino e aperfei-çoamento dos magistrados brasileiros.

semináriO de biOTeCnOlOgiA

Biotecnologia é tema de seminário promovido pela Escola da Magistratura n A Esmac promoveu nos dias 24 e 25 de novembro o Seminário de Biotecnologia, no plenário do Palácio da Justiça, destinado a ma-gistrados, operadores do direito e demais inte-ressados no tema.

O objetivo foi explicar o desenvolvimento da Biotecnologia e suas contribuições para os mais diversos ramos da ciência. Foram dispo-nibilizadas 120 vagas, e a abertura do evento ocorreu sob a condução do Desembargador Pedro Ranzi, Presidente do Tribunal de Jus-tiça, e da Desembargadora Eva Evangelista, Diretora da Escola.

A programação contou com a apresentação do Conselho de Informações sobre Biotec-nologia (CIB), pela professora Alda Lerayer, Engenheira Agrônoma, Pós-Doutorada em Genética de Bactérias Lácticas pelo INRA (França) e Diretora-Executiva do CIB.

Posteriormente foi feita uma explanação do histórico da Biotecnologia e a integração entre suas diversas áreas, pelo professor Mar-celo Gravina, mestre em Microbiologia Agrí-cola e do Ambiente pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Doutor em Fitopatolo-gia pela Universidade de Wisconsin-Madison (EUA) e membro do CIB.

Marcelo Gravina tratou, também, da Bio-tecnologia e dos benefícios para o Meio Am-biente. O evento ainda discutiu os temas: “A aplicação da Biotecnologia na produção de alimentos saudáveis e seguros” e “A Biosse-gurança de OGMs e sua regulamentação no Brasil”.

O Seminário foi uma recomendação da Escola Paulista da Magistratura (EPM), com quem o TJAC e a Esmac estabeleceram o Convênio de Cooperação Acadêmica e Tec-nológica nº 10/2009, em maio deste ano, para intercâmbio na área de educação a distância.

19º Encontro do Copedem encerra com carta que pede autonomia financeira para EscolasColégio de diretores de escolas reuniu-se em manaus no período de 5 a 7 de novembro

Evento reuniu em Rio Branco magistrados de todo o Estado

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Novembro de 2009 - Tribunal de Justiça do Estado do Acre notícias da coger

Dando cumprimento ao Calendá-rio de Correição Geral Ordinária 2009, a equipe da Corregedoria

Geral da Justiça, comandada pelo Desem-bargador Samoel Evangelista, realizou nos dias 12 e 13 de novembro, correição na Co-marca de Capixaba.

Localizada a 78 quilômetros de Rio Branco, Capital do Estado, a cidade de Ca-pixaba tem como sede de Comarca o Fórum Juiz de Direito Álvaro de Brito Vianna. De

acordo com dados da Corregedoria, no pe-ríodo da Correição, a Comarca, que atual-mente está sob a responsabilidade da Juíza de Direito Luana Campos, possuía 831 pro-cessos em trâmite.

Foram correicionados 10% deste número e 17 processos incluídos na cam-panha pela Meta 2 do Conselho Nacional de Justiça. No dia 13, a comunidade local e diversas autoridades do Município par-ticiparam da tradicional audiência pública

que inaugura os trabalhos correicionais em cada Comarca.

Durante a audiência o Corregedor ouviu a comunidade sobre os serviços da Justiça na Comarca e explicou a execução dos trabalhos correicionais, etapa importan-te de avaliação e melhoria da prestação ju-risdicional. Ele reiterou o apoio da COGER aos trabalhos desenvolvidos na unidade pela magistrada e sua equipe de servidores, agra-decendo o empenho e a dedicação de todos.

-------------------------------------4 Comarca de Acrelândia-------------------------------------

Logo no início do mês, nos dias 6 e 7 de novembro, os trabalhos correicionais foram executados na Comarca de Acrelândia, localizada a 111 quilômetros da Capital do Estado, Rio Branco.

A Comarca está sob a responsabilidade do Juiz Substituto Gilberto Matos, que acompanhou de perto o trabalho e as orientações da equipe da Corregedoria.

Nas datas da Correição a Comarca possuía 919 processos em trâmite, dos quais 10% foram correicionados, além de outros 35 incluídos na campanha nacional pela Meta 2.

-------------------------------------4 Comarca de epitaciolândia -------------------------------------

Após Acrelândia e Capixaba, nos dias 18 e 19 foram correicionadas as unidades judiciárias da Comarca de Epitaciolândia.

A Comarca está sob a responsabilidade dos Juízes de Direito Substitutos Daniel Bomfim (Vara Cível) e Alesson Braz (Vara Criminal), e possuía, nas datas da Correição, 1.064 processos em andamento. Durante a atividade foram correicionados 10% deste número e 20 processos de Meta 2.

Epitaciolâdia é uma Comarca de 2ª Entrância, com sede no Centro Integrado da Cidadania. Ela possui uma Vara Cível e uma Criminal, além de uma Subsecretaria para feitos de Juizado Especial Cível e uma de Juizado Especial Criminal.

Correição acompanha a gestão e a produtividade das unidades judiciárias

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Violência Doméstica IPromovido pela Universidade Federal do Acre, o curso de extensão “Direito e Gênero: diálogos sobre a Lei Maria da Penha” contou no dia 4 de novembro com a participação da Juíza Olívia Ribeiro, titular da Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Rio Branco. Em sua explanação, a Juíza discutiu os aspectos conceituais relacionados ao tema, tra-çando um panorama da violência doméstica na sociedade brasi-leira, com o objetivo de compreender o recrudescimento de casos e o crescimento contínuo de processos judiciais envolvendo esse tipo de crime. A Juíza também compartilhou com o público participante da ati-vidade um pouco da sua experiência à frente da Vara, no enfrentamento da violência doméstica e familiar. Para Olívia Ribeiro, que pretende levar este debate para as escolas, associações de bairros, centros comunitários e diversos grupos sociais, o importante é divulgar amplamente a lei e fazer o trabalho preventivo de conscientização.

Novembro de 2009

Curso de Desenvolvimento de Equipes O Tribunal de Justiça do Acre, por meio do Centro de Ca-

pacitação dos Servidores do Judiciário, promoveu em novembro o curso “Desenvolvimento de Equipes com ênfase em Relações Humanas”, que faz parte da política de capacitação continuada desenvolvida pela administração do TJAC. Com a participação de 33 servidores, entre diretores, assessores e chefes de seção do Judiciário, o curso foi ministrado pelo professor Rubens Albino, instrutor do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Acre (Sebrae/AC).

82º Encontro de Presidentes de TJ’s Neste mês de novembro foi realizado o 82º

Encontro do Colégio de Presidentes de Tribunais

de Justiça do Brasil, no Centro de Convenções do

Hotel Rio Quente Resort, na cidade de Rio Quente,

em Goiás. O Presidente do TJAC, Desembarga-

dor Pedro Ranzi, participou do evento, que serviu

à troca de experiências de gestão entre desembar-

gadores responsáveis pela direção dos Judiciários

Estaduais de todo o Brasil. Ao final do encontro,

os Presidentes assinaram a “Carta do Rio Quente”,

na qual reafirmaram a necessidade de uma melhor

instrumentalização do Poder Judiciário - inclusive

com a edição de diplomas legislativos adequados à

racionalização e à presteza na solução dos litígios -,

e exigiram respeito à au-tonomia constitucional dos Estados na organiza-ção de sua Justiça.

Reunião da Bancada Federal Em Brasília, o Presidente do Tribunal de Justiça, De-sembargador Pedro Ranzi, participou de reunião com a Bancada Federal do Acre para discutir os assuntos relacio-nados às Emendas ao Orçamento Geral da União para o exercício de 2010. O encontrou contou com a presença dos senadores e deputados federais do Estado. A apresen-tação dos projetos do Judiciário foi elogiada pelos deputa-dos, que recomendaram às demais instituições a adoção do formato prático e objetivo utilizado pelo TJAC.

Consciência ambientalUma iniciativa simples, mas de resul-tados práticos valiosos: os servidores da Comarca de Brasiléia lançaram a campa-nha “Adote um Copo”, com o objetivo de conter gastos e promover a conscientização ambiental e sustentável. A idéia é educar o servidor para que, ao chegar ao Fórum Dr. Evaldo Abreu de Oliveira e utilizar o pri-meiro copo plástico, passe a adotá-lo du-rante todo o dia, isto é, reutilize o mesmo copo e só jogue no lixo depois do expedien-te, quando for embora. Além da economia de copos descartáveis, a prática busca evitar o dano ambiental, já que o material plástico utilizado em sua produção leva anos para se decompor.

Violência Doméstica IIEntre os dias 23 e 25 de novembro, o Tribunal de Justiça do Rio

sediou o I Fórum Nacional de Juízes de Violência Doméstica e Fa-

miliar contra a Mulher – Fonavid. O evento foi organizado pelo TJRJ

com o apoio do Conselho Nacional de Justiça, da Secretaria Especial

de Políticas para Mulheres, da Secretaria de Reforma do Judiciário

do Ministério da Justiça, da Associação dos Magistrados Brasileiros

e da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistra-

dos. “Efetividade da Lei Maria da Penha” foi o tema do I Fonavid,

que buscou compartilhar experiências e uniformizar procedimentos

relativos à lei, discutir as decisões oriundas dos Juizados e Varas de Violência

Doméstica e Familiar contra a Mulher sob o prisma da efetividade jurídica e,

ainda, avaliar as vantagens e desvantagens de ampliação de competência do

sistema. Representando o Judiciário do Acre, participou do evento a Juíza

Olívia Ribeiro, titular da Vara de Violência Doméstica de Rio Branco, acom-

panhada de duas representantes da equipe técnica multiprofissional que au-

xilia nos trabalhos e projetos desenvolvidos pela unidade judiciária.