Lei_9868 (1)

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Processo e julgamento da ADI

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  • Legislao Anotada - Leis Infraconstitucionais - Verso Integral :: STF - Supremo Tribunal Federal

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    Legislao Anotada - Leis Infraconstitucionais - VersoIntegralVerso integral em formato PDF

    LEI N 9.868, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999.

    Dispe sobre o processo e julgamento daao direta de inconstitucionalidade e daao declaratria de constitucionalidadeperante o Supremo Tribunal Federal.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eusanciono a seguinte Lei:

    CAPTULO I

    DA AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E DA AO DECLARATRIADE CONSTITUCIONALIDADE

    Art. 1 Esta Lei dispe sobre o processo e julgamento da ao direta deinconstitucionalidade e da ao declaratria de constitucionalidade perante o SupremoTribunal Federal.

    RISTF, art. 5: Compete ao Plenrio processar e julgar originariamente.VII a representao do Procurador-Geral da Repblica, porinconstitucionalidade ou para interpretao de lei ou ato normativofederal ou estadual; X o pedido de medida cautelar nas representaesoferecidas pelo Procurador-Geral da Repblica.

    A deciso ora impugnada declarou incidentalmente a inconstitucionalidade dos itens 21 e 21.1 da Lei Complementar doMunicpio de Fortaleza 14/2003, que estabelecem a incidncia do ISS sobre a prestao de servios de registros pblicoscartorrios e notariais, por ofensa ao art. 150, VI, a, da Constituio Federal, sob o entendimento de que tais servios soremunerados mediante taxa. Essa deciso est em confronto com o acrdo proferido pelo Plenrio desta Corte nojulgamento da Ao Direta de Inconstitucionalidade 3.089/DF, redator p/ o acrdo Ministro Joaquim Barbosa (...) (Rcl7.047, Rel. Min. Ellen Gracie, deciso monocrtica, julgamento em 5-2-10, DJE de 11-2-10)

    O artigo 125, 2o, da Constituio do Brasil estabelece caber aos Estados instituir a representao deinconstitucionalidade das leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituio estadual, circunstanciaque leva a concluso de que o controle de constitucionalidade estadual com exceo apenas da interposio de RE porviolao de norma de repetio obrigatria da Constituio do Brasil encerra-se no mbito da jurisdio dos Tribunaisde Justia locais. (RE 599.633-AGR, Rel. Min. Eros Grau, deciso monocrtica, julgamento em 23-11-09, DJE de 11-12-09); No mesmo sentido: Rcl 6.344, Rel. Min. Joaquim Barbosa, deciso monocrtica, julgamento em 22-2-10, DJE de1-3-10.

    argio de descumprimento de preceito fundamental possvel aplicar-se, por analogia, as regras contidas na Lei9.868/99, que dispe sobre o processo e o julgamento da ao direta de inconstitucionalidade e da ao declaratria deconstitucionalidade. De se registrar que a deciso desta ao repercutir na vida de cada um dos substitudos pelaConfederao Nacional do Comrcio de Bens, Servios e Turismo - CNC e de todos os demais interessados que sesubmetem norma contida no art. 636, 1, da Consolidao das Leis do Trabalho e, portanto, requer julgamento peloSupremo Tribunal Federal de forma definitiva, conforme se decidiu no julgamento da Questo de Ordem na Ao Diretade Inconstitucionalidade 3.319, em que se discutia questo similar: Ao Direta de inconstitucionalidade. Questo de

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    ordem. Resoluo 12, de 13.09.04, do rgo especial do Tribunal de Justia do Estado do Rio de Janeiro. Criao denovos ofcios de registro de imveis no municpio do Rio de Janeiro. Reorganizao, por agrupamentos de bairro, dadivisa territorial das serventias. Fixao de prazo de trinta dias para o exerccio do direito de opo previsto no art. 29, I,da Lei 8.935/94 e de sessenta dias para transferncia dos cartrios para uma das vinte e nove das circunscriescriadas. (ADPF 156, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 19-12-08, DJE de 6-2-08). No mesmo sentido: ADPF 173,Rel. Min. Carlos Britto, deciso monocrtica, julgamento em 17-8-09, DJE de 26-8-09.

    "Controle abstrato de constitucionalidade de normas oramentrias. Reviso de jurisprudncia. O Supremo TribunalFederal deve exercer sua funo precpua de fiscalizao da constitucionalidade das leis e dos atos normativos quandohouver um tema ou uma controvrsia constitucional suscitada em abstrato, independente do carter geral ou especfico,concreto ou abstrato de seu objeto. Possibilidade de submisso das normas oramentrias ao controle abstrato deconstitucionalidade. (...) Medida cautelar deferida. Suspenso da vigncia da Lei n. 11.658/2008, desde a sua publicao,ocorrida em 22 de abril de 2008." (ADI 4.048-MC, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 14-5-08, DJE de 22-8-08).No mesmo sentido: ADI 4.005, Rel. Min. Crmen Lcia, deciso monocrtica, julgamento em 13-5-2010, DJE de 13-8-2010; ADI 4.049-MC, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 5-11-08, DJE de 08-5-09. Em sentido contrrio: (ADI1.716, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 19-12-97, DJ de 27-3-98).

    "Ao cvel originria. Propositura por autarquia federal. Pedido substancial de declarao de inconstitucionalidade da Lein. 6.710/2005, do Estado do Par. Inviabilidade ostensiva. Remdio imprprio para controle abstrato deconstitucionalidade. Processo extinto, sem julgamento de mrito. Precedentes. Ao ajuizada por autarquia federal compropsito de ver declarada a inconstitucionalidade de lei estadual no sucedneo de ao direta deinconstitucionalidade e, como tal, invivel." (ACO 845-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 30-8-07, DJ de 5-10-07)

    Ilegitimidade do autor. Devoluo da petio ao subscritor. Trata-se de ao direta de inconstitucionalidade, que foiajuizada neste Supremo Tribunal Federal em 14 de maro de 2007. Nos dias imediatamente seguintes, despachei apetio inicial, adotando o rito do art. 12 da Lei n. 9.868/99, e dando seqncia clere tramitao da ao. Cuidando-sede controle abstrato, no h justificativa ou fundamento para que algum comparea nos autos a fazer qualquer tipo depedido. O processo est tendo tramitao regular e rpida, muito mais do que se tem comumente em face da pletora defeitos que assola no apenas os tribunais brasileiros, mas tambm os demais rgos da comunidade jurdica, que,obrigatoriamente, atuam na jurisdio constitucional concentrada. Assim, nem h demonstrao, por quem de direito e queno o peticionrio, de justificativa para a preferncia pedida, nos termos da legislao vigente, nem h como se admitirpedido formulado por quem no participa da lide, nos termos das leis em vigor (Constituio do Brasil e Lei n. 9.868/99).Pelo exposto, no conheo da petio apresentada, e determino seja ela devolvida ao subscritor. (ADI 3.873, Rel. Min.Crmen Lcia, deciso monocrtica, julgamento em 1-8-07, DJ de 7-8-07)

    A divulgao eletrnica do rol dos processos que preferencialmente sero julgados no ms o que se apelidou depauta temtica no substitui a intimao da pauta pela publicao oficial, em sentido algum: nem a dispensa, quandoexigvel, nem reabre o prazo de 48 horas, iniciado com a publicao da pauta pelo Dirio da Justia. No caso, publicadaa pauta em 31-3-06, a ao direta poderia ser julgada a partir do dia 5-4-06, primeira sesso plenria aps cumprido ointervalo regimental. A informao da Secretaria das Sesses, no stio do Tribunal, na parte pautas do plenrio, de que oprocesso poderia ser chamado em 7-6-06, por si s, no gera efeitos processuais; de qualquer sorte, o certo que nelase divulgou, em 4-8-06, que o julgamento estava previsto para o dia 10-8-06, o que ocorreu, transcorridos bem mais de48 horas. Ademais, se o julgamento do caso h muito includo em pauta, conforme a publicao oficial foi includo napauta temtica de 7 de junho e julgado em 10 de agosto, no houve a alegada surpresa. No cerceia a defesa que,includo o processo na pauta do Tribunal para determinado dia e nele no se efetuando o julgamento, este se tenharealizado em sesso posterior, cuja pauta previa a possibilidade da chamada de feitos constantes de pautas anteriores."(ADI 2.996-ED, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 14-12-06, DJ de 16-3-07)

    "Ao direta de inconstitucionalidade. Artigo 51 e pargrafos da Constituio do Estado de Santa Catarina. Adoo demedida provisria por estado-membro. Possibilidade. Artigos 62 e 84, XXVI da Constituio Federal. Emendaconstitucional 32, de 11-9-01, que alterou substancialmente a redao do art. 62. Revogao parcial do preceitoimpugnado por incompatibilidade com o novo texto constitucional. Subsistncia do ncleo essencial do comandoexaminado, presente em seu caput. Aplicabilidade, nos estados-membros, do processo legislativo previsto na ConstituioFederal. Inexistncia de vedao expressa quanto s medidas provisrias. Necessidade de previso no texto da cartaestadual e da estrita observncia dos princpios e limitaes impostas pelo modelo federal. No obstante a permanncia,aps o superveniente advento da Emenda Constitucional 32/01, do comando que confere ao Chefe do Executivo Federalo poder de adotar medidas provisrias com fora de lei, tornou-se impossvel o cotejo de todo o referido dispositivo daCarta catarinense com o teor da nova redao do art. 62, parmetro inafastvel de aferio da inconstitucionalidadeargida. Ao direta prejudicada em parte." (ADI 2.391, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 16-8-06, DJ de 16-3-07)

    Artigo 202 da Constituio do Estado do Rio Grande do Sul. Lei estadual n. 9.723. Manuteno e desenvolvimento doensino pblico. Aplicao mnima de 35% [trinta e cinco por cento] da receita resultante de impostos. Destinao de 10%

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    [dez por cento] desses recursos manuteno e conservao das escolas pblicas estaduais. Vcio formal. Matriaoramentria. Iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo. Afronta ao disposto nos artigos 165, inciso III, e 167, incisoIV, da Constituio do Brasil. Preliminar de inviabilidade do controle de constitucionalidade abstrato. Alegao de que osatos impugnados seriam dotados de efeito concreto, em razo da possibilidade de determinao de seus destinatrios.Preliminar rejeitada. Esta Corte fixou que 'a determinabilidade dos destinatrios da norma no se confunde com a suaindividualizao, que, esta sim, poderia convert-lo em ato de efeitos concretos, embora plrimos' [ADI n. 2.135, Relator oMinistro Seplveda Pertence, DJ de 12-5-00]. A lei estadual impugnada consubstancia lei-norma. Possui generalidade eabstrao suficientes. Seus destinatrios so determinveis, e no determinados, sendo possvel a anlise desse textonormativo pela via da ao direta. A lei no contm, necessariamente, uma norma; a norma no necessariamenteemanada mediante uma lei; assim temos trs combinaes possveis: a lei-norma, a lei no norma e a norma no lei. snormas que no so lei correspondem leis-medida [Massnahmegesetze], que configuram ato administrativo apenascompletvel por agente da Administrao, portando em si mesmas o resultado especfico ao qual se dirigem. So leisapenas em sentido formal, no o sendo, contudo, em sentido material. (ADI 820, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 15-3-07, DJE de 29-2-08)

    "Ao Direta de Inconstitucionalidade. Aposentadoria Compulsria de Magistrados, Membros do Ministrio Pblico eMembros do Tribunal de Contas da Unio aos 70 anos de idade. Emenda n. 20/1998. Inexistncia de alteraosubstancial dos dispositivos impugnados pelo poder constituinte derivado reformador. Impossibilidade de declarao deinconstitucionalidade da norma impugnada quando a norma por ela revogada padece do mesmo vcio deinconstitucionalidade e no foi objeto da ao direta (ADI n. 2.132, Rel. Min. Moreira Alves, DJ de 5-4-02). Mesmo quehouvesse sido argida a inconstitucionalidade material da norma constitucional originria, sua inconstitucionalidade nopoderia ser declarada na esteira dos precedentes desta Corte (ADI n. 815, Rel. Min. Moreira Alves, DJ de 10-5-96). Aodireta no conhecida." (ADI 2.883, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 30-8-06, DJ de 9-3-07)

    " vista do modelo dplice de controle de constitucionalidade por ns adotado, a admissibilidade da ao direta no estcondicionada inviabilidade do controle difuso." (ADI 3.205, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 19-10-06, DJde 17-11-06)

    Natureza objetiva dos processos de controle abstrato de normas. No identificao de rus ou de partes contrrias. Oseventuais requerentes atuam no interesse da preservao da segurana jurdica e no na defesa de um interesseprprio. (ADI 2.982-ED, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 2-8-06, DJ 22-9-06

    "Ao direta de inconstitucionalidade. Impugnao do artigo 40 e da expresso aps trinta anos de servio contida noinciso V do artigo 136, ambos da Constituio do Estado da Paraba. (...) Quanto ao inciso V do artigo 136 daConstituio paraibana, as alteraes introduzidas no texto do artigo 40 da Constituio do Brasil modificaram-nosubstancialmente [Emendas Constitucionais n. 20 e 41]. Ainda que a jurisprudncia da Corte aponte no sentido de quealteraes substanciais no texto constitucional implicam o prejuzo do pedido da ao, no caso, dada a peculiaridade daquesto posta nos autos, houve exame de mrito com fundamento no texto constitucional anterior. A hipteseconsubstancia situao de exceo, que deve ser trazida para o interior do ordenamento jurdico e no ser deixada margem dele." (ADI 572, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 28-6-06, DJ de 9-2-07)"A questo referente ao controle de constitucionalidade de atos normativos anteriores Constituio foi exaustivamentedebatida por esta Corte no julgamento da ADI 2. Naquela oportunidade, o Ministro Paulo Brossard, relator, sustentou que:A teoria da inconstitucionalidade supe, sempre e necessariamente, que a legislao, sobre cuja constitucionalidade sequestiona, seja posterior Constituio. Porque tudo estar em saber se o legislador ordinrio agiu dentro de sua esferade competncia ou fora dela, se era competente ou incompetente para editar a lei que tenha editado. Quando se trata deantagonismo existente entre Constituio e lei a ela anterior, a questo de distinta natureza; obviamente no dehierarquia de leis; no , nem pode ser, exatamente porque a lei maior posterior lei menor e, por conseguinte, nopoderia limitar a competncia do Poder Legislativo, que a editou. Num caso, o problema ser de direito constitucional,noutro, de direito intertemporal. Se a lei anterior contrariada pela lei posterior, tratar-se- de revogao, poucoimportando que a lei posterior seja ordinria, complementar ou constitucional. Em sntese, a lei posterior Constituio,se a contrariar, ser inconstitucional; a lei anterior Constituio, se a contrariar, ser por ela revogada, comoaconteceria com qualquer lei que a sucedesse. Como ficou dito e vale ser repetido, num caso, o problema de direitoconstitucional, noutro, de direito intertemporal. O vcio da inconstitucionalidade congnito lei e h de ser apuradoem face da Constituio vigente ao tempo de sua elaborao. Lei anterior no pode ser inconstitucional em relao Constituio superveniente; nem o legislador poderia infringir Constituio futura. A Constituio sobrevinda no tornainconstitucionais leis anteriores com ela conflitantes: revoga-as. Pelo fato de ser superior, a Constituio no deixa deproduzir efeitos revogatrios. Seria ilgico que a lei fundamental, por ser suprema, no revogasse, ao ser promulgada,leis ordinrias. A lei maior valeria menos que a lei ordinria. (...) Nestes termos, ficou assentado que no cabe a aodireta quando a norma atacada for anterior Constituio, j que, se for com ela incompatvel, tida como revogada, e,caso contrrio, como recebida. E o mesmo raciocnio h de ser aplicado em relao s emendas constitucionais, quepassam a integrar a ordem jurdica com o mesmo status dos preceitos originrios. Vale dizer, todo ato legislativo quecontenha disposio incompatvel com a ordem instaurada pela emenda Constituio deve ser considerado revogado.

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    Nesse sentido, a observao do Ministro Celso de Mello, ao dispor que: (...) Torna-se necessrio enfatizar, no entanto,que a jurisprudncia firmada pelo Supremo Tribunal Federal tratando-se de fiscalizao abstrata de constitucionalidade apenas admite como objeto idneo de controle concentrado as leis e os atos normativos, que, emanados da Unio, dosEstados-Membros e do Distrito Federal, tenham sido editados sob a gide de texto constitucional ainda vigente. (...) (ADI2.971, DJ de 18-5-2004). A respeito do tema, esta Corte tem decidido que, nos casos em que o texto da Constituio doBrasil foi substancialmente modificado em decorrncia de emenda superveniente, a ao direta de inconstitucionalidadefica prejudicada, visto que o controle concentrado de constitucionalidade feito com base no texto constitucional em vigore no do que vigorava anteriormente (ADI 1.717-MC, DJ de 25-2-00; ADI 2.197, DJ de 2-4-04; ADI 2.531-AgR, DJ de12-9-03; ADI 1.691, DJ de 4-4-03; ADI 1.143, DJ de 6-9-01 e ADI 799, DJ de 17-9-02). (ADI 888, Rel. Min. Eros Grau,julgamento em 17-8-95, de DJ 10-6-05)

    "O Plenrio desta colenda Corte, ao julgar a ADI 2.031, rejeitou todas as alegaes de inconstitucionalidade do caput edos 1 e 2 do art. 75 do ADCT, introduzidos pela Emenda Constitucional 21/99. Isto porque as aes diretas deinconstitucionalidade possuem causa petendi aberta. dizer: ao julgar improcedentes aes dessa natureza, o SupremoTribunal Federal afirma a integral constitucionalidade dos dispositivos questionados (Precedente: RE 343.818, RelatorMinistro Moreira Alves)." (RE 431.715-AgR, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 19-4-05, DJ de 18-11-05)

    fora de dvida que o objetivo da agravante alcanar declarao de constitucionalidade em sede de ao direta deinconstitucionalidade no encontra respaldo jurdico. Isso porque, na eventual existncia de interpretaes dsparesquanto a determinado ato normativo, o ordenamento jurdico brasileiro prev ao prpria, cuja finalidade a de dirimirdivergncias na aplicao do preceito. Lembro a observao de Jos Ignacio Botelho de Mesquita: 'o risco de, aodemandar a declarao de inconstitucionalidade de uma lei, provocar a declarao de sua constitucionalidade comeficcia erga omnes, constitui um fator do mais alto grau de desestmulo iniciativa de propor uma ADIN. Alm disso, alei hoje declarada constitucional pode em oportunidade posterior vir a ser julgada inconstitucional. ADI 3.218-AgR, Rel.Min. Eros Grau, deciso monocrtica, julgamento em 28-2-05, DJ de 7-3-05)

    "Afasto a impossibilidade jurdica aventada. O Direito conta com instrumentos, expresses e vocbulos com sentidoprprio, no cabendo a mesclagem, quando esta se faz a ponto de ensejar regime diverso, construo que no se afinacom o arcabouo normativo. H de se distinguir a ao direta de inconstitucionalidade da ao declaratria deconstitucionalidade. So irms, cujo alcance chegar-se concluso quer sobre o vcio, quer sobre a harmonia do textoem questo com a Carta da Repblica. O que as difere o pedido formulado. Na ao direta de inconstitucionalidade,requer-se o reconhecimento do conflito do ato atacado com a Constituio Federal, enquanto na declaratria deconstitucionalidade, busca-se ver proclamada a harmonia. A nomenclatura de cada qual das aes evidencia taldiferena." (ADI 3.324, voto do Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 16-12-04, DJ de 5-8-05)

    Afigura-se evidente a inadmissibilidade da presente cautelar, tendo em vista a natureza objetiva do processo da aodireta, que no se prestaria defesa da posio subjetiva trazida pelo autor, e mais, em face da ilegitimidade do autor dacautelar para a propositura da ao principal. (AC 113, Rel. Min. Gilmar Mendes, deciso monocrtica, julgamento em31-10-03, DJ de 7-11-03)

    " incabvel a ao direta de inconstitucionalidade quando destinada a examinar atos normativos de natureza secundriaque no regulem diretamente dispositivos constitucionais, mas sim normas legais. Violao indireta que no autoriza aaferio abstrata de conformao constitucional." (ADI 2.714, Rel. Min. Maurcio Corra, julgamento em 13-3-03, DJde 27-2-04). No mesmo sentido: ADI 3.954, Rel. Min. Eros Grau, deciso monocrtica, julgamento em 3-3-09, DJE de 9-3-09; ADI 2.862, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 26-3-08, DJE de 9-5-08.

    "No h prazo recursal em dobro no processo de controle concentrado de constitucionalidade. No se aplica, ao processoobjetivo de controle abstrato de constitucionalidade, a norma inscrita no art. 188 do CPC, cuja incidncia restringe-se,unicamente, ao domnio dos processos subjetivos, que se caracterizam pelo fato de admitirem, em seu mbito, adiscusso de situaes concretas e individuais. Precedente. Inexiste, desse modo, em sede de controle normativoabstrato, a possibilidade de o prazo recursal ser computado em dobro, ainda que a parte recorrente disponha dessaprerrogativa especial nos processos de ndole subjetiva." (ADI 2.130-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 3-10-01, DJ de 14-12-01). No mesmo sentido: AI 788.453, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, deciso monocrtica,julgamento em 9-3-10, DJE de 18-3-10; AI 646.265, Rel. Min. Marco Aurlio, deciso monocrtica, julgamento em 30-10-07, DJ de 29-11-07; AI 639.017, Rel. Min. Marco Aurlio, deciso monocrtica, julgamento em 31-5-07, DJ de 31-5-07.

    Foram apensados aos da presente ADIn 2.154 os autos da ADIn 2.258, para processamento conjunto, dada a imbricaoparcial dos respectivos objetos, relativos Lei 9.688/99 (...). A primeira ADIn 2.154, da Confederao Nacional dosProfissionais Liberais ,alm de imputar ao diploma ilegtima omisso parcial atinente s garantias do contraditrio e daampla defesa no processo da ADC, argui a inconstitucionalidade dos arts. 26, in fine no que veda a ao rescisria das

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    decises definitivas dos processos de controle direto que disciplina e do art. 27 que autoriza ao STF a manipulaoda eficcia temporal da declarao de inconstitucionalidade. A segunda ADIn 2.258, da Ordem dos Advogados do Brasil ,impugna a validade desse mesmo art. 27 e mais a do art. 11, 2, in fine que admite possa o Tribunal, ao deferirmedida cautelar na ADIn, decida que no se torne aplicvel a legislao anterior, a do art. 21 (...). Em ambas, h pedidocautelar. (...) Valho-me, pois, da alternativa aberta pelo art. 12 da mesma Lei 9.868/99 este, no questionado parapedir o parecer do Senhor Procurador-Geral da Repblica, no prazo legal, de modo a propiciar o julgamento definitivo dasaes. (ADI 2.154, Rel. Min. Seplveda Pertence, deciso monocrtica, julgamento em 24-9-01, DJ de 2-10-01)

    "Fiscalizao normativa abstrata. Processo de carter objetivo. Inaplicabilidade dos institutos do impedimento e dasuspeio. Conseqente possibilidade de participao de Ministro do Supremo Tribunal Federal (que atuou no TSE) nojulgamento de ao direta ajuizada em face de ato emanado daquela alta corte eleitoral." (ADI 2.321-MC, Rel. Min. CelsoDe Mello, julgamento em 25-10-00, DJ de 10-6-05)

    A ao direta de inconstitucionalidade vocacionada, exclusivamente, para o controle abstrato de constitucionalidadedas leis, no comportando, por esta razo, qualquer espcie de execuo. Descabimento de processo cautelar em aodireta, porque ele tem por fim, em regra, garantir a execuo de provimento jurisdicional a ser concedido em ao futuraou em andamento. Incompetncia do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar originariamente ato doProcurador-Geral do INSS (CF, art. 102, I). Impossibilidade de recebimento do pedido como Reclamao, por ser eladestinada a preservar a competncia e a autoridade das decises do Tribunal (art. 13 da Lei n. 8.038/90), e, no caso, osagravantes postulam exatamente o contrrio: o descumprimento da deciso tomada na ADI n. 1.252, que tem efeitoimediato e ex tunc. Ilegitimidade dos requerentes, seja para a ao direta seja para o pedido cautelar (art. 103 da CF).(Pet 1.326-AgR, Rel. Min. Maurcio Corra, julgamento em 17-4-98, DJ de 29-5-98)

    "Ao direta de inconstitucionalidade: eficcia da suspenso cautelar da norma argida de inconstitucional, que alcana,no caso, o dispositivo da lei primitiva, substancialmente idntico. Ao direta de inconstitucionalidade e impossibilidadejurdica do pedido: no se declara a inconstitucionalidade parcial quando haja inverso clara do sentido da lei, dado queno permitido ao Poder Judicirio agir como legislador positivo: hiptese excepcional, contudo, em que se faculta aemenda da inicial para ampliar o objeto do pedido." (ADI 1.949-MC, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 18-11-96 DJ de 25-11-05)

    No se discutem situaes individuais no mbito do controle abstrato de normas, precisamente em face do carterobjetivo de que se reveste o processo de fiscalizao concentrada de constitucionalidade. "(ADI 1.254-MC-AgR, Rel. Min.Celso de Mello, julgamento em 14-8-96, DJ de 19-9-97)

    "Ao direta de inconstitucionalidade e prazo decadencial. O ajuizamento da ao direta de inconstitucionalidade no estsujeito a observncia de qualquer prazo de natureza prescricional ou de carter decadencial, eis que atos inconstitucionaisjamais se convalidam pelo mero decurso do tempo. Smula 360." (ADI 1.247-MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgamentoem 17-8-95, DJ de 8-9-95)

    Incidente de inconstitucionalidade da Emenda Constitucional n. 03/93, no tocante instituio dessa ao. Questo deordem. Tramitao da ao declaratria de constitucionalidade. Incidente que se julga no sentido da constitucionalidadeda Emenda Constitucional n. 3, de 1993, no tocante ao declaratria de constitucionalidade. (ADC 1-QO, Rel. MinistroMoreira Alves, julgamento em 27-10-93, DJ de 16-6-95)

    Ministro que oficiou nos autos do processo da ADIN, como Procurador-Geral da Repblica, emitindo parecer sobremedida cautelar, est impedido de participar, como membro da Corte, do julgamento final da ao. (ADI 4, Rel. Min.Sydney Sanches , julgamento em 7-3-91, DJ de 25-6-93)

    CAPTULO II

    DA AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

    Seo I

    Da Admissibilidade e do Procedimento da Ao Direta deInconstitucionalidade

    Art. 2 Podem propor a ao direta de inconstitucionalidade:

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    "Ao direta. Petio inicial. Ilegitimidade ativa para a causa. Correo. Aditamento anterior requisio das informaes.Admissibilidade. Precedentes. lcito, em ao direta de inconstitucionalidade, aditamento petio inicial anterior requisio das informaes." (ADI 3.103, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 1-6-06, DJ de 25-8-06). No mesmosentido: ADI 4.073-MC, Rel. Min. Celso de Mello, deciso monocrtica, julgamento em 7-8-09, DJE de 17-8-09.

    "Reconhecimento de legitimidade ativa ad causam de todos que comprovem prejuzo oriundo de decises dos rgos doPoder Judicirio, bem como da Administrao Pblica de todos os nveis, contrrias ao julgado do Tribunal. Ampliao doconceito de parte interessada (Lei 8.038/90, artigo 13). Reflexos processuais da eficcia vinculante do acrdo a serpreservado. Apreciado o mrito da ADI 1.662-SP (DJ de 30-8-01), est o Municpio legitimado para propor reclamao."(Rcl 1.880-AgR, Rel. Min. Maurcio Corra, julgamento em 7-11-02, DJ de 19-3-04)

    Recurso interposto por terceiro prejudicado. No-cabimento. Precedentes. Embargos de declarao opostos pela Ordemdos Advogados do Brasil. Legitimidade. Questo de ordem resolvida no sentido de que incabvel a interposio dequalquer espcie de recurso por quem, embora legitimado para a propositura da ao direta, nela no figure comorequerente ou requerido. (ADI 1.105-MC-ED-QO, Rel. Min. Maurcio Corra, julgamento em 14-8-96, DJ de 23-8-01)

    O crculo de sujeitos processuais legitimados a intervir na ao direta de inconstitucionalidade revela-se extremamentelimitado, pois nela s podem atuar aqueles agentes ou instituies referidos no art. 103 da Constituio, alm dos rgosde que emanaram os atos normativos questionados. A tutela jurisdicional de situaes individuais uma vez suscitadacontrovrsia de ndole constitucional h de ser obtida na via do controle difuso de constitucionalidade, que, supondo aexistncia de um caso concreto, revela-se acessvel a qualquer pessoa que disponha de legtimo interesse (CPC, art. 3).(ADI 1.254-MC-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 14-8-96, DJ de 19-9-97)

    Governador de estado. Capacidade postulatria reconhecida. O Governador do Estado e as demais autoridades eentidades referidas no art. 103, incisos I a VII, da Constituio Federal, alm de ativamente legitimados instaurao docontrole concentrado de constitucionalidade das leis e atos normativos, federais e estaduais, mediante ajuizamento daao direta perante o Supremo Tribunal Federal, possuem capacidade processual plena e dispem, ex vi da prprianorma constitucional, de capacidade postulatria. Podem, em conseqncia, enquanto ostentarem aquela condio,praticar, no processo de ao direta de inconstitucionalidade, quaisquer atos ordinariamente privativos de advogado. (ADI127-MC-QO, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 20-11-89, DJ de 4-12-92). No mesmo sentido: ADI 120, Rel. Min.Moreira Alves, julgamento em 20-3-96, DJ de 26-4-96

    "O rol do artigo 103 da Constituio Federal exaustivo quanto legitimao para a propositura da ao direta deinconstitucionalidade." (ADI 641, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 11-12-91, DJ de 12-3-93)

    I - o Presidente da Repblica

    II - a Mesa do Senado Federal

    III - a Mesa da Cmara dos Deputados

    IV - a Mesa de Assemblia Legislativa ou a Mesa da Cmara Legislativa do Distrito Federal

    "Agravo regimental em ao direta de inconstitucionalidade. Confederao dos Servidores Pblicos do Brasil e EstatutoNacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Ausncia de pertinncia temtica. No h pertinnciatemtica entre o objeto social da Confederao Nacional dos Servidores Pblicos do Brasil, que se volta defesa dosinteresses dos servidores pblicos civis, e os dispositivos impugnados, que versam sobre o regime de arrecadaodenominado de Simples Nacional. " (ADI 3.906-AgR, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em 7-8-08, DJE de 5-9-08)

    "Em se tratando de Mesa de Assemblia Legislativa que no daquelas entidades cuja legitimao ativa para proporao direta de inconstitucionalidade lhe conferida para a defesa da ordem jurdica em geral ,em nada lhe diz respeito,para sua competncia ou para sofrer os seus efeitos, seja constitucional, ou no, o preceito ora impugnado, que seadstringe determinao da aposentadoria compulsria dos membros do Poder Judicirio, inclusive estadual, aos setentaanos de idade. E a pertinncia temtica , segundo a orientao firme desta Corte, requisito de observncia necessriapara o cabimento da ao direta de inconstitucionalidade." (ADI 2.242, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 7-2-01, DJ de 19-12-01)

    A legitimidade ativa da confederao sindical, entidade de classe de mbito nacional, Mesas das AssembliasLegislativas e Governadores, para a ao direta de inconstitucionalidade, vincula-se ao objeto da ao, pelo que devehaver pertinncia da norma impugnada com os objetivos do autor da ao. Precedentes do STF: ADI 305 (RTJ 153/428);

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    ADI 1.151 (DJ de 19-5-95); ADI 1.096 (LEX-JSTF, 211/54); ADI 1.519 julgamento em 6-11-96; ADI 1.464, DJ 13-12-96.Inocorrncia, no caso, de pertinncia das normas impugnadas com os objetivos da entidade de classe autora da aodireta. (ADI 1.507-MC-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 3-2-97, DJ de 6-6-97). No mesmo sentido: ADI1.307-MC, Rel. Min. Francisco Resek, julgamento em 19-12-95, DJ de 24-5-96.

    Na hiptese, no h vnculo objetivo de pertinncia entre o contedo material das normas impugnadas crdito rural ea competncia ou os interesses da Assemblia Legislativa do Estado do Mato Grosso do Sul. Vale a jurisprudncia doSupremo que entende necessria, para alguns dos legitimados a propor a ao direta de inconstitucionalidade, a relaode pertinncia temtica. (ADI 1.307-MC, Rel. Min. Francisco Rezek, julgamento em 19-12-95, DJ de 24-5-96)

    V - o Governador de Estado ou o Governador do Distrito Federal

    "Representao processual Processo objetivo Governador do estado. A representao processual do governador doestado no processo objetivo se faz por meio de credenciamento de advogado, descabendo colar a pessoalidadeconsiderado aquele que, poca, era o chefe do Poder Executivo. Representao processual Processo objetivo Governador do estado. Atua o legitimado para ao direta de inconstitucionalidade quer mediante advogadoespecialmente credenciado, quer via procurador do Estado, sendo dispensvel, neste ltimo caso, a juntada deinstrumento de mandato." (ADI 2.728-ED, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 19-10-06, DJ de 5-10-07)

    "Legitimidade Governador de Estado Lei do Estado Ato normativo abrangente Interesse das demais Unidades daFederao Pertinncia temtica. Em se tratando de impugnao a diploma normativo a envolver outras Unidades daFederao, o Governador h de demonstrar a pertinncia temtica, ou seja, a repercusso do ato considerados osinteresses do Estado." (ADI 2.747, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 16-5-07, DJ de 17-8-07)

    "Embargos de declarao: alegao de falta de intimao do Procurador-Geral do estado para o julgamento: nulidadeinexistente. Na ao direta de inconstitucionalidade, em que o estado no parte, facultativa a representaoprocessual do requerido, quando seja o Governador, por Procurador do estado." (ADI 2.996-ED, Rel. Min. SeplvedaPertence, julgamento em 14-12-06, DJ de 16-3-07)

    Lei editada pelo Governo do Estado de So Paulo. Ao direta de inconstitucionalidade proposta pelo Governador doEstado de Gois. Amianto crisotila. Restries sua comercializao imposta pela legislao paulista, com evidentesreflexos na economia de Gois, Estado onde est localizada a maior reserva natural do minrio. Legitimidade ativa doGovernador de Gois para iniciar o processo de controle concentrado de constitucionalidade e pertinncia temtica. (ADI2.656, Rel. Min. Maurcio Corra, julgamento em 8-5-03, DJ de 1-8-03)

    O Estado-Membro no dispe de legitimidade para interpor recurso em sede de controle normativo abstrato, ainda que aao direta de inconstitucionalidade tenha sido ajuizada pelo respectivo Governador. (ADI 2.130-AgR, Rel. Min. Celso deMello, julgamento em 3-10-01, DJ de 14-12-01).

    A legitimidade ativa da confederao sindical, entidade de classe de mbito nacional, Mesas das AssembliasLegislativas e Governadores, para a ao direta de inconstitucionalidade, vincula-se ao objeto da ao, pelo que devehaver pertinncia da norma impugnada com os objetivos do autor da ao. Precedentes do STF: ADI 305 (RTJ 153/428);ADI 1.151 (DJ de 19-5-95); ADI 1.096 (LEX-JSTF, 211/54); ADI 1.519, julg. em 6-11-96; ADI 1.464, DJ de 13-12-96.Inocorrncia, no caso, de pertinncia das normas impugnadas com os objetivos da entidade de classe autora da aodireta. (ADI 1.507-MC-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 3-2-97, DJ de 6-6-97).

    Governador de estado. Capacidade postulatria reconhecida. O Governador do Estado e as demais autoridades eentidades referidas no art. 103, incisos I a VII, da Constituio Federal, alm de ativamente legitimados instaurao docontrole concentrado de constitucionalidade das leis e atos normativos, federais e estaduais, mediante ajuizamento daao direta perante o Supremo Tribunal Federal, possuem capacidade processual plena e dispem, ex vi da prprianorma constitucional, de capacidade postulatria. Podem, em conseqncia, enquanto ostentarem aquela condio,praticar, no processo de ao direta de inconstitucionalidade, quaisquer atos ordinariamente privativos de advogado. (ADI127-MC-QO, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 20-11-89, de DJ de 4-12-92). No mesmo sentido: ADI 120, Rel.Min. Moreira Alves, julgamento em 20-3-96, DJ de 26-4-96.

    Tratando-se de impugnao de ato normativo de Estado diverso daquele governado pelo requerente, impe-se ademonstrao do requisito pertinncia. (ADI 902-MC, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 3-3-94, DJ de 22-4-94)

    Ao direta de inconstitucionalidade. Legitimidade ativa. Impossibilidade de o Governador do Estado, que j figura comorgo requerido, passar condio de litisconsorte ativo. Medida cautelar no requerida pelo autor. Pedido ulteriormenteformulado pelo sujeito passivo da relao processual. Impossibilidade. (ADI 807-QO, Rel. Min. Celso de Mello,

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    julgamento em 27-5-93, DJ de 11-6-93)

    Ao direta de inconstitucionalidade. Ajuizamento por vice-governador do Estado. Ilegitimidade ativa ad causam. (ADI604-MC, Rel. Min. Celso de Mello, deciso monocrtica, julgamento em 26-11-91, DJ de 29-11-91)

    VI - o Procurador-Geral da Repblica

    RISTF, art. 169: O Procurador-Geral da Repblica poder submeter aoTribunal, mediante representao, o exame de lei ou ato normativofederal ou estadual, para que seja declarada a sua inconstitucionalidade. 1 Proposta a representao, no se admitir desistncia, ainda que afinal o Procurador-Geral se manifeste pela sua improcedncia.

    "Acolhimento de representao apresentada por terceiro no legitimado, visando ao ajuizamento pelo Procurador-Geral daRepblica, h de fazer-se de forma criteriosa." (ADI 1.708, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 27-11-97, DJ de 13-3-98)

    (...) o Tribunal decidiu, por unanimidade, que nos julgamentos das Aes Diretas de Inconstitucionalidade no estimpedido o Ministro que, na condio de Ministro de Estado, haja referendado a lei ou o ato normativo objeto da ao.Tambm por unanimidade o Tribunal decidiu que est impedido nas aes diretas de inconstitucionalidade o Ministro que,na condio de Procurador-Geral da Repblica, haja recusado representao para ajuizar Ao Direta deInconstitucionalidade. (ADI 55-MC-QO, Rel. Min. Octavio Gallotti, julgamento em 31-5-89, DJ de 16-3-90)

    VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil

    "Da Lei Bsica Federal exsurge a legitimao de Conselho nico, ou seja, o Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.Da a ilegitimidade ad causam do Conselho Federal de Farmcia e de todos os demais que tenham idnticapersonalidade jurdica de direito pblico." (ADI 641, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 11-12-91, DJ de 12-3-93).No mesmo sentido: ADI 949-MC, Rel. Min. Sydney Sanches, julgamento em 22-9-93, DJ de 12-11-93. No mesmosentido: ADI 3.993, Rel. Min. Ellen Gracie, deciso monocrtica, julgamento em 23-5-08, DJE de 29-5-08.

    "Proposta a presente ao em 12-10-88, quando j estava em vigor a atual Constituio, tem o requerente legitimaopara prop-la, em face do disposto no inciso VII do artigo 103 da Carta Magna. Por outro lado, em se tratando doConselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, sua colocao no elenco que se encontra no mencionado artigo, eque a distingue das demais entidades de classe de mbito nacional, deve ser interpretada como feita para lhe permitir, nadefesa da ordem jurdica com o primado da Constituio Federal, a propositura de ao direta de inconstitucionalidadecontra qualquer ato normativo que possa ser objeto dessa ao, independentemente do requisito da pertinncia entre oseu contedo e o interesse dos advogados, como tais de que a Ordem entidade de classe." (ADI 3, Rel. Min. MoreiraAlves, julgamento em 7-2-92, DJ de 18-9-92)

    VIII - partido poltico com representao no Congresso Nacional

    O Partido Social Liberal - PSL, requerente, protocolou petio (...), postulando o prosseguimento do julgamento dapresente Ao Direta de Inconstitucionalidade (...), mediante Questo de Ordem, tendo em vista que o Partido autorreadquiriu a sua representao parlamentar no Congresso Nacional, o que caracteriza, data venia, a sua legitimidadeativa ad causam, para os fins previstos no art. 103, inc. VIII, da Constituio Federal, (...). O requerente protocoloupetio (...) para Pedir aditamento inicial, para incluir na impugnao, por arrastamento consequencial, a InstruoNormativa n. 802, de 27/12/07, do Secretrio da Receita Federal do Brasil (...). Dois so os requerimentos que devem serenfrentados. O Primeiro relativo representatividade do Partido Social Liberal/PSL no Congresso Nacional (...) e osegundo pertinente ao aditamento para incluir na ao a Instruo Normativa n. 802, de 27/12/07, do Secretrio daReceita Federal do Brasil (...). No tocante ao fato do requerente ter readquirido a sua representao parlamentar noCongresso Nacional, irrelevante para a presente demanda, considerando-se que a antiga orientao jurisprudencialdesta Corte, sobre o tema, foi revista (...). Restou decidido neste precedente que a perda superveniente derepresentao parlamentar no desqualifica o partido poltico como legitimado ativo para a propositura da ao direta deinconstitucionalidade. Com efeito, a perda superveniente da representao do requerente no Congresso Nacional noafeta o prosseguimento normal da presente ao direta de inconstitucionalidade, sendo de nenhum efeito a informaoprestada (...). Quanto ao pedido de aditamento inicial para incluir na impugnao, por arrastamento consequencial, aInstruo Normativa n 802, de 21/12/07, do Secretrio da Receita Federal do Brasil, no merece ser acolhido. Nestecaso, o aditamento requerido enseja, simplesmente, a ampliao da causa de pedir e do pedido, alm de fazer incluircomo requerido o Secretrio da Receita Federal do Brasil, devendo-se aplicar, no meu entender, embora o quadro fticono seja idntico, a mesma orientao adotada no julgamento da QO na ADI n. 437-9/DF, Tribunal Pleno, Relator MinistroCelso de Mello, (...), cujo acrdo est assim ementado: Ao Direta de Inconstitucionalidade Questo de Ordem petio inicial aditamento requisio de Informaes j ordenada impossibilidade pedido informaes consideradas

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    http://www.stf.jus.br/portal/legislacaoAnotadaAdiAdcAdpf/verLegislacao.asp?lei=259[14/12/2010 15:25:28]

    Indispensveis sua apreciao dispensa indeferida. Com a requisio de informaes ao rgo de que emanou a leiou ato normativo argido de inconstitucionalidade opera-se a precluso do direito, reconhecido ao autor da ao direta deinconstitucionalidade, de aditar a petio inicial (...) Incide no caso concreto, assim, a norma contida no art. 294 doCdigo de Processo Civil, segundo o qual, antes da citao, o autor poder aditar o pedido, correndo sua conta ascustas acrescidas em razo dessa iniciativa. Em sede de ao direta de inconstitucionalidade, deve-se levar emconsiderao a data de requisio das informaes. Anote-se: Inconstitucionalidade. Ao direta. Petio inicial.Ilegitimidade ativa para a causa. Correo. Aditamento anterior requisio das informaes. Admissibilidade.Precedentes. lcito, em ao direta de inconstitucionalidade, aditamento petio inicial anterior requisio dasinformaes. (...). (ADI 3.867 Min. Rel. Carmen Lcia, deciso monocrtica, julgamento em 25-2-08, DJE de 29-2-08)

    "Ao direta de inconstitucionalidade. Partido poltico. Legitimidade ativa. Aferio no momento da sua propositura. Perdasuperveniente de representao parlamentar. No desqualificao para permanecer no plo ativo da relao processual.Objetividade e indisponibilidade da ao." (ADI 2.159-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 12-8-04, DJ de 1-2-08). No mesmo sentido: ADI 2.827-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, deciso monocrtica, julgamento em 30-8-04, DJ de8-9-04.

    Legitimidade de agremiao partidria com representao no Congresso Nacional para deflagrar o processo de controlede constitucionalidade em tese. Inteligncia do art. 103, inciso VIII, da Magna Lei. Requisito da pertinncia temticaantecipadamente satisfeito pelo requerente." (ADI 3.059-MC, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 15-4-04, DJ de 20-8-04); No mesmo sentido: ADI 2.618-AgR-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 12-8-04, DJ de 31-3-06.

    "Ao direta de inconstitucionalidade: legitimao de partido poltico no afetada pela perda superveniente de suarepresentao parlamentar, quando j iniciado o julgamento." (ADI 2.054, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em2-4-03, DJ de 17-10-03). No mesmo sentido: ADI 2.613-AgR, Rel. Min. Maurcio Corra, julgamento em 19-3-03, DJde 16-5-03; ADI 2.826-AgR, Rel. Min. Maurcio Corra, julgamento em 19-3-03, DJ de 9-5-03.

    "ADIn: legitimao ad processum do Presidente do Partido para constituir advogado com poderes especficos para proporao direta de inconstitucionalidade de determinada lei ou ato normativo, independentemente de prvia deciso a respeitodo Diretrio Nacional ou de sua Comisso Executiva: suprimento da omisso do acrdo embargado sobre preliminar deirregularidade da representao processual do partido requerente, no entanto, para rejeit-la." (ADI 2.381-MC-ED, Rel.Min. Seplveda Pertence, julgamento em 11-4-02, DJ de 24-5-02)

    Ilegitimidade ativa ad causam de Diretrio Regional ou Executiva Regional. Firmou a jurisprudncia desta Corte oentendimento de que o Partido Poltico, para ajuizar ao direta de inconstitucionalidade perante o Supremo TribunalFederal, deve estar representado por seu Diretrio Nacional, ainda que o ato impugnado tenha sua amplitude normativalimitada ao Estado ou Municpio do qual se originou. (ADI 1.528-QO, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 1-8-02, DJde 23-8-02). No mesmo sentido: ADI 1.426-MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 21-3-96, DJ de 6-9-96; ADI2.547-QO, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 25-10-01, DJ de 1-2-02.

    Partido Poltico. Ao direta. Legitimidade ativa. Inexigibilidade do vnculo de pertinncia temtica. Os Partidos Polticos,desde que possuam representao no Congresso Nacional, podem, em sede de controle abstrato, argir, perante oSupremo Tribunal Federal, a inconstitucionalidade de atos normativos federais, estaduais ou distritais, independentementede seu contedo material, eis que no incide sobre as agremiaes partidrias a restrio jurisprudencial derivada dovnculo de pertinncia temtica. (ADI 1.407-MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 7-3-96, DJ de 24-11-00). Nomesmo sentido: ADI 1.096-MC, Rel Min. Celso de Mello, julgamento em 16-3-95, DJ de 22-9-95; ADI 1.396-MC, Rel.Min. Marco Aurlio, julgamento em 7-2-96, DJ de 22-3-96.

    "A representao partidria perante o Supremo Tribunal Federal, nas aes diretas, constitui prerrogativa jurdico-processual do Diretrio Nacional do Partido Poltico, que ressalvada deliberao em contrrio dos estatutos partidrios o rgo de direo e de ao dessas entidades no plano nacional." (ADI 779-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 8-10-92, DJ de 11-3-94)

    Legitimidade ativa ad processum e ad causam. Partido Poltico. Representao. Capacidade postulatria. Art. 103, VIII,da CF de 1988. No sendo a signatria da inicial representante legal de Partido Poltico, no podendo, como Vereadora,ajuizar ao direta de inconstitucionalidade e no estando sequer representada por advogado, faltando-lhe, ademais,capacidade postulatria, no tem legitimidade ativa ad processum e ad causam para a propositura. (ADI 131-QO, Rel.Min. Sydney Sanches, julgamento em 21-11-89, DJ de 7-12-89)

    IX - confederao sindical ou entidade de classe de mbito nacional.

    O art. 2 do Estatuto da FEBRABAN conduz concluso de no estar includa entre as suas a finalidade de defender aconstitucionalidade de normas que disciplinem as atribuies de instituies essenciais prestao da jurisdio peloEstado, como se d relativamente Defensoria Pblica. Mesmo que se considere respeitar a matria dos autos a temade interesse da opiniao publica, a natureza de associao de instituies financeiras bancrias da FEBRABAN limita a

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    sua atuao defesa de interesses diretos da categoria que representa. (ADI 3.943, Rel. Min. Carmen Lcia, decisomonocrtica, julgamento em 18-2-10, DJE de 1-3-10)

    Ao Direta de Inconstitucionalidade, com pedido de medida cautelar, ajuizada pelo Sindicato dos Servidores da Sadeno Esprito Santo SINDSADE, em 13-8-09, na qual se questiona a validade constitucional das Leis Complementarescapixabas ns. 476/08 e 489/09, por contrariedade ao art. 196 e seguintes da Constituio da Repblica (...). (...) A Autorano tem legitimidade ativa ad causam para propor ao direta de inconstitucionalidade, para a qual somente solegitimadas autoridades e entidades relacionadas no art. 103 da Constituio da Repblica: (...). (...) Em situaes como aque aqui se apresenta, o Supremo Tribunal Federal tem admitido que o Relator, monocraticamente, negue seguimentoaos pedidos de declarao de inconstitucionalidade por no estar contemplado sindicato de mbito estadual, como Autor,no rol do art. 103 da Constituio da Repblica. (ADI 4.280, Rel. Min. Crmen Lcia, deciso monocrtica, julgamentoem 13-8-09, DJE de 21-8-09)

    Trata-se de ao direta de inconstitucionalidade, aparelhada com pedido de medida liminar, proposta pela Confederaodos Servidores Pblicos do Brasil (CSPB) e pelo Sindicato Nacional dos Membros da Advocacia-Geral da Unio(SINMAGU). Ao que impugna o inciso I do art. 28 da Lei Complementar n 73, de 10 de fevereiro de 1993, e o inciso Ido 1 do art. 38 da Medida Provisria n 2.229, de 06 de setembro de 2001. Dispositivos que vedam aos Advogados daUnio, Procuradores da Fazenda Nacional, Assistentes Jurdicos e Procuradores Federais o exerccio da advocacia foradas respectivas atribuies. (...) Feito esse aligeirado relato da causa, passo deciso. Fazendo-o, anoto, de sada, nomerecer seguimento a presente ao direta de inconstitucionalidade. que, segundo realaram o Advogado-Geral daUnio e o Procurador-Geral da Repblica, os autores no tm legitimidade ativa para esta causa. Explico. (...) Por fim,no fosse a ilegitimidade ativa dos autores, esta ao direta de inconstitucionalidade no haveria mesmo de serconhecida. que, conforme destacou o Presidente do Congresso Nacional, os requerentes no impugnaram todo ocomplexo normativo da matria, o que a jurisprudncia deste Supremo Tribunal Federal reputa indispensvel (ADI 3.148,Rel. Min. Celso de Mello; ADI 2.133, Rel. Min. Ilmar Galvo; ADI 1.187, Rel. Min. Maurcio Corra), tendo em vista que opedido formulado na ao direta de inconstitucionalidade deve revestir-se do predicado utilidade (ADI 1.912, Rel. Min.Marco Aurlio). Trata-se, no caso, do art. 24 da Lei n 9.651/98, que tambm veda aos Advogados da Unio, AssistentesJurdicos, Procuradores da Fazenda Nacional, do Banco Central e do INSS (hoje Procurador Federal) o exerccio daadvocacia fora das atribuies institucionais. Vedao que tambm se contm no art. 6 da Lei n 11.890, de 24 dedezembro de 2008, acerca do qual no h pedido de aditamento da inicial. (ADI 4.036, Rel. Min. Menezes Direito,deciso monocrtica, julgamento em 19-05-09, DJE de 22-05-09)

    Evidencia-se, da deciso agravada, uma legtima preocupao quanto proliferao de entidades associativas no mbitode uma mesma classe profissional, circunstncia que, muitas vezes, tem como causa disputas poltico-corporativasestreis e que retiram a fora da categoria como unidade. No presente caso, todavia, no h como deixar de reconhecerque os integrantes da advocacia pblica federal representam uma classe bem definida de profissionais, no obstante adiviso em carreiras existente, todas elas vinculadas a uma nica instituio: a Advocacia-Geral da Unio. No se trata,ademais, de um segmento heterogneo de servidores pblicos, mas de um conjunto destacado de agentes cuja missoconstitucional comum o exerccio da Advocacia Pblica foi elevada qualidade de essencial Justia, conformedisposto no Ttulo IV, Captulo IV, Seo II, da Carta Magna. Vale salientar que no julgamento plenrio da ADI 2.713, DJ07-3-2003, propus, como relatora, o reconhecimento da legitimidade ativa da Associao Nacional dos Advogados daUnio - ANAUNI em causa cuja legislao impugnada previa a ampliao, por transformao de cargos, do Quadro desseespecfico segmento de servidores, os advogados da Unio. Em nenhum momento afirmou-se, naquela assentada, que areferida associao seria, para toda e qualquer ao futura, a nica entidade de classe legitimada a deflagrar, em nomedos advogados pblicos federais, o controle abstrato de normas. O Estatuto Social presente nos autos (...) demonstra quea Unio dos Advogados Pblicos Federais do Brasil - UNAFE uma associao civil que tem em seus quadros osintegrantes das carreiras da Advocacia-Geral da Unio e de seus rgos vinculados inclusive procuradores do BancoCentral e assistentes jurdicos ativos ou inativos, que manifestem vontade de integrar a Associao (...). Alm disso, odocumento juntado pela agravante s fls. 50-55 atesta a presena de associadosem vinte Estados da Federao, o que comprova o mbito nacional da referida entidade. Havendo, portanto, nesseexame prefacial, elementos que me levam a concluir pela legitimidade ativa ad causam da autora, valho-me daprerrogativa do juzo de retratao, nsita a todo recurso de agravo, e reconsidero a deciso de fls. 58-60. (ADI 3.787-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, deciso monocrtica, julgamento em 29-9-08, DJE de 6-10-08)

    Ao direta de inconstitucionalidade ajuizada, em 22/9/2008, pelo Instituto Brasileiro de Defesa dos Lojistas de Shopping- IDELOS, (...). Do que se depreende dos seus atos constitutivos, a requerente mera sociedade civil, que no pode ser

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    considerada uma entidade de classe de mbito nacional e no se identifica com quaisquer dos demais legitimados para aao direta de inconstitucionalidade descritos no art. 103 da Constituio Federal. Sendo manifesta a ilegitimidade ativaad causam da requerente, com fundamento no art. 4 da Lei 9.868/99 , indefiro a petio inicial. (ADI 4.149, Rel. Min.Menezes Direito, deciso monocrtica, julgamento em 23-9-08, DJE de 30-9-08)

    Trata-se de Ao Direta de inconstitucionalidade, com pedido de medida liminar, proposta pela Associao Brasileira daIndstria Grfica - ABIGRAF NACIONAL, em face do item 29 do art. 2 da Resoluo Normativa n. 105, de 17/9/1987, edos itens 28.11, 28.12, 28.13, 28.19, 29.2, 29.23, 29.3, 29.39, 29.4, todos do art. 1 da Resoluo Normativa n. 122, de 9-11-1990, ambas do Conselho Federal de Qumica. (...) Entendo que a Associao requerente no possui a legitimidadenecessria para propor a presente ao. que, conforme positivado no inciso IX do art. 103 da CF, legitimo parapropor ADI confederao sindical ou entidade de classe de mbito nacional. No caso, trata-se de uma associao querepresenta um segmento industrial, qual seja, o segmento da indstria grfica, e no uma entidade de classe. (ADI4.057, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, deciso monocrtica, julgamento em 26-3-08, DJE de 2-4-08)

    "ADIn: legitimidade ativa: entidade de classe de mbito nacional (art. 103, IX, CF): compreenso da associao deassociaes de classe. Ao julgar, a ADIn 3153-AgR, 12-8-04, Pertence, Inf STF 356, o plenrio do Supremo Tribunalabandonou o entendimento que exclua as entidades de classe de segundo grau as chamadas associaes deassociaes do rol dos legitimados ao direta. ADIn: pertinncia temtica. Presena da relao de pertinnciatemtica, pois o pagamento da contribuio criada pela norma impugnada incide sobre as empresas cujos interesses, ateor do seu ato constitutivo, a requerente se destina a defender." (ADI 15, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em14-6-07, DJ de 31-8-07)

    "A Associao-Embargante apresenta, aps o julgamento da ao direta de inconstitucionalidade que dela no conheceuem face de sua ilegitimidade ativa, seu novo Estatuto Social para, diante da nova composio de seu quadro associativo,superar a ilegitimidade originria. Impossibilidade de se apreciar a alegada legitimidade em razo de sua novaconfigurao em momento posterior ao julgamento da presente ao direta de inconstitucionalidade." (ADI 1.336-ED-ED,Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 9-8-06, DJ de 18-5-07)

    "Constitucional. Lei 15.223/2005, do Estado de Gois. Concesso de iseno de pagamento em estacionamento.Competncia legislativa. Preliminar. Legitimidade ativa. Propositura da ao direta de inconstitucionalidade. ConfederaoNacional dos Estabelecimentos de Ensino CONFENEN. Ao procedente. Preliminar de ilegitimidade ativa. Ao diretade inconstitucionalidade conhecida por maioria. A prestao de servio de estacionamento no a atividade principal dosestabelecimentos de ensino representados pela entidade autora, mas assume relevo para efeito de demonstrao deinteresse para a propositura da ao direta (precedente: ADI 2.448, rel. min. Sydney Sanches, pleno, 23-4-2003). O atonormativo atacado prev a iseno de pagamento por servio de estacionamento no apenas em estabelecimentos deensino, mas tambm em outros estabelecimentos no representados pela entidade autora. Tratando-se de alegao deinconstitucionalidade formal da norma atacada, torna-se invivel a ciso da ao para dela conhecer apenas em relaoaos dispositivos que guardem pertinncia temtica com os estabelecimentos de ensino. Inconstitucionalidade formal.Competncia privativa da Unio." (ADI 3.710, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 9-2-07, DJ de 27-4-07)

    O Tribunal iniciou julgamento de duas aes diretas de inconstitucionalidade parcial omissiva e positiva ajuizadas pelaConfederao Nacional das Profisses Liberais-CNPL e pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil-OABcontra dispositivos da Lei 9.868/99, que dispe sobre o processo e julgamento da ao direta de inconstitucionalidade-ADI e da ao declaratria de constitucionalidade-ADC perante o Supremo Tribunal Federal. Preliminarmente, o Tribunalrejeitou a alegao de ilegitimidade ativa da CNPL, por entender que a legitimao em tese para a ao direta conferidas confederaes sindicais e entidades nacionais de classe, na medida em que as inclui no rol dos sujeitos do processode controle abstrato de constitucionalidade, constitui prerrogativa, cujo exerccio e cuja defesa se inserem, por si mesmos,no mbito dos fins institucionais da corporao, no havendo, assim, como negar a relao de pertinncia entre estes finse o questionamento da higidez constitucional da lei que dispe sobre o processo de ao direta e, por conseguinte, oexerccio da prerrogativa constitucional de sua instaurao. (ADI 2.154 e ADI 2.258, Rel. Min. Seplveda Pertence,julgamento em 14-2-07, Informativo 456)

    "Ao direta de inconstitucionalidade Confederao dos Servidores Pblicos do Brasil (CSPB) ausncia delegitimidade ativa ad causam por falta de pertinncia temtica insuficincia, para tal efeito, da mera existncia deinteresse de carter econmico-financeiro hiptese de incognoscibilidade ao direta no conhecida." (ADI 1.157-MC,Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 1-12-94, DJ de 17-11-06)

    A agravante busca demonstrar sua legitimidade ativa mesclando indevidamente duas das hipteses de legitimaoprevistas no art. 103 da Constituio Federal. Porm, sua inequvoca natureza sindical a exclui, peremptoriamente, dasdemais categorias de associao de mbito nacional. Precedentes: ADI 920-MC, Rel. Min. Francisco Rezek, DJ de 11-4-97; ADI 1.149-AgR, Rel. Min. Ilmar Galvo, DJ de 6-10-95; ADI 275, Rel. Min. Moreira Alves, DJ de 22-2-91 e ADI 378,

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    Rel. Min. Sydney Sanches, DJ de 19-2-93. No se tratando de confederao sindical organizada na forma da lei, mas deentidade sindical de segundo grau (federao), mostra-se irrelevante a maior ou menor representatividade territorial noque toca ao atendimento da exigncia contida na primeira parte do art. 103, IX, da Carta Magna. Precedentes: ADI 1.562-QO, Rel. Min. Moreira Alves, DJ de 9-5-97; ADI 1.343-MC, Rel. Min. Ilmar Galvo, DJ de 6-10-95; ADI 3.195, Rel. Min.Celso de Mello, DJ de 19-5-04; ADI 2.973, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ de 24-10-03 e ADI 2.991, Rel. Min. GilmarMendes, DJ de 14-10-03." (ADI 3.506-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 8-9-05, Plenrio, DJ de 30-9-05)

    " certo que, na ADInMC 1.402, de 29-2-96, red. p/ acrdo Maurcio Corra, o Tribunal, na linha da jurisprudncia entodominante na Casa, que desqualifica para a iniciativa da ADIn as chamadas associaes de associaes, negou CONAMP a qualificao de entidade de classe de mbito nacional; no caso, a discusso seria ociosa, dado que, aojulgar, a ADIn-AgR 3.153, 12-8-04, Pertence, o Plenrio da Corte abandonou o entendimento que exclui as entidades declasse de segundo grau do rol dos legitimados ao direta." (ADI 3.472-MC, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamentoem 28-4-05, DJ de 24-6-05)

    Central nica dos Trabalhadores (CUT). Falta de legitimao ativa. Sendo que a autora constituda por pessoas jurdicasde natureza vria e que representam categorias profissionais diversas, no se enquadra ela na expresso entidade declasse de mbito nacional ,a que alude o artigo 103 da Constituio, contrapondo-se s confederaes sindicais,porquanto no uma entidade que congregue os integrantes de uma determinada atividade ou categoria profissional oueconmica, e que, portanto, represente, em mbito nacional, uma classe. Por outro lado, no a autora e nem elaprpria se enquadra nesta qualificao uma confederao sindical, tipo de associao sindical de grau superiordevidamente previsto em lei (CLT artigos 533 e 535), o qual ocupa o cimo da hierarquia de nossa estrutura sindical e aoqual inequivocamente alude a primeira parte do inciso IX do artigo 103 da Constituio. (ADI 271-MC, Rel. Min. MoreiraAlves, julgamento em 24-9-92, DJ de 6-9-01). No mesmo sentido: ADI 1.442, Rel Min. Celso de Mello, julgamento em 3-11-04, DJ de 29-4-05.

    "Ao direta de inconstitucionalidade. Legitimao ativa. Entidade de classe de mbito nacional. Compreenso daassociao de associaes de classe. Reviso da jurisprudncia do Supremo Tribunal. O conceito de entidade de classe dado pelo objetivo institucional classista, pouco importando que a eles diretamente se filiem os membros da respectivacategoria social ou agremiaes que os congreguem, com a mesma finalidade, em mbito territorial mais restrito. entidade de classe de mbito nacional como tal legitimada propositura da ao direta de inconstitucionalidade (CF,art. 103, IX) aquela na qual se congregam associaes regionais correspondentes a cada unidade da Federao, a fimde perseguirem, em todo o Pas, o mesmo objetivo institucional de defesa dos interesses de uma determinada classe.Nesse sentido, altera o Supremo Tribunal sua jurisprudncia, de modo a admitir a legitimao das associaes deassociaes de classe, de mbito nacional, para a ao direta de inconstitucionalidade." (ADI 3.153-AgR, Rel. Min.Seplveda Pertence, julgamento em 12-8-04, DJ de 9-9-05). No mesmo sentido: ADI 2.797 e ADI 2.860, Rel. Min.Seplveda Pertence, julgamento em 15-9-05, DJ de 19-12-06"ADIn: legitimidade ativa: entidade de classe de mbito nacional (art. 103, IX, CF): Associao Nacional dos Membros doMinistrio Pblico-CONAMP. Ao julgar, a ADIn 3.153-AgR, 12-8-04, Pertence, Inf STF 356, o plenrio do SupremoTribunal abandonou o entendimento que exclua as entidades de classe de segundo grau as chamadas associaes deassociaes do rol dos legitimados ao direta. De qualquer sorte, no novo estatuto da CONAMP agoraAssociao Nacional dos Membros do Ministrio Pblico a qualidade de associados efetivos ficou adstrita s pessoasfsicas integrantes da categoria, o que bastaria a satisfazer a antiga jurisprudncia restritiva. ADIn: pertinncia temtica.Presena da relao de pertinncia temtica entre a finalidade institucional da entidade requerente e a questoconstitucional objeto da ao direta, que diz com a demarcao entre as atribuies de segmentos do Ministrio Pblicoda Unio o Federal e o do Distrito Federal." (ADI 2.794, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 14-12-06, DJ de30-3-07)Nota Inicialmente, o Tribunal considerou a ADEPOL como parte legtima (ADI's 146, 1.037, 1.138, 1.159, 1.336, 1.386,1.414 e 1.488). Mais tarde, declarou a ilegitimidade ativa da Associao (ADI 23), posio reiterada na ADI 1.869-MC.Por outro lado, em julgamento recente, o Tribunal reconheceu a legitimidade de "associao de associaes" para proporao direta (ADI 3.153-AgR).

    Cabe examinar, inicialmente, a questo da legitimidade ativa da requerente, levantada pela douta Procuradoria-Geral daRepblica. Para afirmar-se detentora de tal legitimao, invocou a autora os fundamentos aduzidos no julgamento da ADIn. 159, que levaram este Supremo Tribunal a reconhecer a legitimidade ativa da Associao Nacional dos Procuradoresde Estado - ANAPE. Naquela assentada, a tese acolhida pela maioria do Plenrio desta Corte admitiu ser a referidaassociao uma entidade de classe, nos termos do art. 103, IX da CF, uma vez que as atividades desempenhadas pelosProcuradores dos Estados e do Distrito Federal representao judicial e consultoria jurdica das respectivas unidadesfederadas mereceram relevante destaque por parte da Constituio Federal. Tal entendimento firmou-se como exceo orientao at ento traada, que negava legitimidade ativa associao representativa de simples segmento deservidores pblicos integrantes de uma das diversas carreiras existentes no mbito dos Poderes estatais (ADIs n. 591 e n.1.297, Rel. Min. Moreira Alves). A partir da, com relao s carreiras do servio pblico, passou-se a considerar dotadosde legitimao para propor o controle abstrato os organismos associativos de certas carreiras, cuja identidade decorre da

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    prpria Constituio, nas precisas palavras do eminente Min. Seplveda Pertence, por ocasio do julgamento da ADI n.809." (ADI 2.713, voto da Min. Ellen Gracie, julgamento em 18-12-02, DJ de 7-3-03)

    A legitimidade ativa da ANOREG associao cujo enquadramento na hiptese prevista do art. 103, IX, 2 parte da CFj foi confirmado por este Tribunal no pode ser afastada por mera manifestao em sentido contrrio promovida porseccional de outra entidade similar. (ADI 2.415-MC, Rel. Min. Ilmar Galvo, julgamento em 13-12-01, DJ de 20-2-04)

    "Os denominados Conselhos, compreendidos no gnero autarquia e tidos como a consubstanciar a espciecorporativista, no se enquadram na previso constitucional relativa s entidades de classe de mbito nacional." (ADI 641,Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 11-12-01, DJ de 12-3-93)

    Preliminarmente, no tenho como legitimadas ao as federaes sindicais autoras (Federao Nacional dosEstivadores, Federao Nacional do Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga Vigias Porturios Trabalhadores de Bloco e Arrumadores, e Federao dos Porturios). Cuida-se de entidades sindicais que no atendemao requisito do inciso IX do art. 103 da Constituio, porque seu nvel no de confederao sindical. So entidadessindicais de segundo grau. Nesse sentido, as decises do Plenrio nas ADINs n. 433-DF, 8.536-DF, 8.684-DF (...). (ADI929-MC, voto do Rel. Min. Nri da Silveira, julgamento em 13-10-98, DJ de 20-6-97)

    Associao de classe de mbito nacional. Tem-na, por ser uma associao de classe de mbito nacional, a ATRICON Associao dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil. Legitimidade. Ao direta de inconstitucionalidade.Associao de classe. A associao de classe, de mbito nacional, h de comprovar a pertinncia temtica, ou seja, ointeresse considerado o respectivo estatuto e a norma que se pretenda fulminada. Isso no ocorre quando a Associaodos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (ATRICON) direciona pedido contra preceito de Carta estadual reveladorda atuao do Ministrio Pblico comum via Procurador de Justia no Tribunal de Contas. (ADI 1.873, Rel. Min. MarcoAurlio, julgamento em 2-9-98, DJ de 19-9-03). No mesmo sentido: ADI 4.190-MC, Rel. Min. Celso de Mello, decisomonocrtica, julgamento em 1-7-09, DJE de 4-08-09.

    "Recentemente, em 31-8-94, o Plenrio desta Corte, ao julgar pedido de liminar, na ao direta n. 1.114 (relator o Sr.Ministro Ilmar Galvo) proposta pela mesma Confederao Nacional dos Trabalhadores Metalrgicos-CNTM, em que estaargia a inconstitucionalidade do artigo 21 da Lei n. 8.906/94 (Art. 21 Nas causas em que for parte o empregador, oupessoa por este representada, os honorrios de sucumbncia so devidos aos advogados empregados), no conheceuda ao, por entender que no ocorria o requisito da pertinncia objetiva, uma vez que a circunstncia de a referidaConfederao contar eventualmente com advogados em seus quadros no satisfaz esse critrio da pertinncia que setraduz, quando o legitimado ativo e Confederao Sindical ou entidade de classe de mbito nacional, na adequaotemtica entre as suas finalidades estatutrias e o contedo da norma impugnada , revelando apenas a existncia deeventual interesse processual de agir, de ndole subjetiva, que no se coaduna com a natureza objetiva do controleabstrato." (ADI 1.123-MC, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 1-2-95, Plenrio, DJ de 17-3-95). No mesmosentido: ADI 1.194, Rel. p/ o ac. Min. Crmen Lcia, julgamento em 20-5-09, Plenrio, DJE de 11-9-09; ADI 1.873, Rel.Min. Marco Aurlio, julgamento em 2-9-98, Plenrio, DJ de 19-9-03; ADI 1.114-MC, Rel. Min. Ilmar Galvo, julgamentoem 31-8-94, Plenrio, DJ de 30-9-94.

    "Entendimento do STF segundo o qual no se legitima ao direta de inconstitucionalidade a entidade que reunir outrassociedades, ainda que do mesmo ramo ou gnero, a teor do inciso IX, ltima parte, do art. 103, da Lei Maior." (ADI 1.913,Rel. Min. Nri da Silveira, julgamento em 18-12-98, DJ de 17-12-99). No mesmo sentido: ADI 947-MC, Rel. Min. SydneySanches, julgamento em 14-10-93, DJ de 26-11-93; ADI 1.547-AgR-QO, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 6-5-98, DJ de 20-4-01.

    "Entendeu-se que os notrios e registradores no podem enquadrar-se no conceito de profissionais liberais, a teor dosarts. 3, 27 e 28 da Lei n. 8.906/94. Em conseqncia, no se reconhece Confederao Nacional das ProfissesLiberais legitimidade para propor a presente ao por falta de pertinncia temtica entre a matria disciplinada nosdispositivos impugnados e seus objetivos institucionais." (ADI 1.792, Rel. Min. Nelson Jobim, julgamento em 5-3-98, DJde 3-2-06)

    O Supremo Tribunal Federal, em inmeros julgamentos, tem entendido que apenas as confederaes sindicais tmlegitimidade ativa para requerer ao direta de inconstitucionalidade (CF, art. 103, IX), excludas as federaes sindicais eos sindicatos nacionais. (ADI 1.599-MC, Rel. Min. Maurcio Corra, julgamento em 26-2-98, DJ de 18-5-01)

    Ausncia de comprovao do registro do estatuto como entidade sindical superior no Ministrio do Trabalho, em dataposterior alterao dos estatutos, conforme determinado por despacho. Ao direta de inconstitucionalidade noconhecida por ausncia de legitimidade ativa ad causam da entidade autora. (...). Ausncia de comprovao do registrodo estatuto como entidade sindical superior no Ministrio do Trabalho, em data posterior alterao dos estatutos,conforme determinado por despacho. (ADI 1.565, Rel. Min. Nri da Silveira, julgamento em 23-10-97, DJ de 17-12-99)

    Cumpre reconhecer, desde logo, que a presente ao direta foi ajuizada pela Confederao Nacional do Transporte e

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    pela Confederao Nacional da Indstria, que constituem entidades sindicais de grau superior, com regular existnciajurdica desde 1954 (CNT) e 1938 (CNI), respectivamente, satisfazendo, em conseqncia, a regra inscrita no art. 103, IX,da Carta Poltica, que atribui legitimidade ativa s Confederaes sindicais para a instaurao do controle abstrato deconstitucionalidade. (ADI 1.480-MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 4-9-97, DJ de 18-5-01)

    A legitimidade ativa da confederao sindical, entidade de classe de mbito nacional, Mesas das AssembliasLegislativas e Governadores, para a ao direta de inconstitucionalidade, vincula-se ao objeto da ao, pelo que devehaver pertinncia da norma impugnada com os objetivos do autor da ao. Precedentes do STF: ADI 305 (RTJ 153/428);ADI 1.151 (DJ de 19-5-95); ADI 1.096 (LEX-JSTF, 211/54); ADI 1.519, julg. em 6-11-96; ADI 1.464, DJ de 13-12-96.Inocorrncia, no caso, de pertinncia das normas impugnadas com os objetivos da entidade de classe autora da aodireta). (ADI 1.507-MC-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 3-2-97, DJ de 6-6-97)

    "Trata-se de uma associao que no congrega as empresas jornalsticas em geral, mas apenas uma frao delas, ouseja, as situadas em municpio do interior dos Estados-Membros. Ora, esta Corte, em casos anlogos, tem entendido queh entidade de classe quando a associao abarca uma categoria profissional ou econmica no seu todo, e no quandoapenas abrange, ainda que tenha mbito nacional, uma frao de uma dessas categorias (assim, a ttulo exemplificativo,nas ADINs 846 e 1.297, com referncia entidade que abarcava frao de categoria funcional, e na ADIN 1.295, relativa associao de concessionrias ligadas pelo interesse contingente de terem concesso comercial de um produtor deveculos automotores)." (ADI 1486-MC, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 12-9-96, Plenrio, DJ de 13-12-96) "Ao direta de inconstitucionalidade Legitimidade ativa ad causam CF/88, art. 103 Rol taxativo Entidade declasse Representao institucional de mera frao de determinada categoria funcional Descaracterizao da autoracomo entidade de classe Ao direta no conhecida. (...) A Constituio da Repblica, ao disciplinar o tema concernentea quem pode ativar, mediante ao direta, a jurisdio constitucional concentrada do Supremo Tribunal Federal, ampliou,significativamente, o rol sempre taxativo dos que dispem da titularidade de agir em sede de controle normativoabstrato. No se qualificam como entidades de classe, para fins de ajuizamento de ao direta de inconstitucionalidade,aquelas que so constitudas por mera frao de determinada categoria funcional. Precedentes." (ADI 1.875-AgR, Rel.Min. Celso de Mello, julgamento em 20-6-01, DJE de 12-12-08). No mesmo sentido: ADI 1.431, Rel Min. Carlos Velloso,julgamento em 5-2-98, DJ de12-9-03; ADI 1.297-MC, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 27-9-95, DJ de 17-11-95;ADI 846-MC, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 8-9-93, DJ de 17-12-93; ADI 591-MC, Rel Min. Moreira Alves,julgamento em 25-10-91, DJ de 22-11-91.

    A Confederao Nacional de Sade Hospitais, Estabelecimentos e Servios - CNS no tem legitimidade luz do art.103, IX, da Constituio Federal e da jurisprudncia desta Corte, eis que podendo ser integrada, nos termos da previsoestatutria, por entidades associativas e demais pessoas jurdicas de direito pblico ou privado que tenham a sade comoseu objetivo principal, desqualifica-se como verdadeira confederao sindical. Precedente do Supremo Tribunal Federal:ADI 1.121. (ADI 1.437-AgR, Rel. Min. Ilmar Galvo, julgamento em 5-6-96, DJ de 22-11-96)

    No cabe reconhecer UNE enquadramento na regra constitucional aludida. As confederaes sindicais so entidadesdo nvel mais elevado na hierarquia dos entes sindicais, assim como definida na Consolidao das Leis do Trabalho,sempre de mbito nacional e com representao mxima das categorias econmicas ou profissionais que lhescorrespondem. No que concerne s entidades de classe de mbito nacional (2 parte do inciso IX do art. 103 daConstituio), vem o STF conferindo-lhes compreenso sempre a partir da representao nacional efetiva de interessesprofissionais definidos. Ora, os membros da denominada classe estudantil ou, mais limitadamente, da classe estudantiluniversitria, freqentando os estabelecimentos de ensino pblico ou privado, na busca do aprimoramento de suaeducao na escola, visam, sem dvida, tanto ao pleno desenvolvimento da pessoa, ao preparo para o exerccio dacidadania, como qualificao para o trabalho. (ADI 894-MC, Rel. Min. Nri da Silveira, julgamento em 18-11-93, DJde 20-4-95)

    Legitimidade ativa. Confederao Sindical. Confederao Geral dos Trabalhadores CGT. Art. 103, IX, da ConstituioFederal. A CGT, embora se auto-denomine Confederao Geral dos Trabalhadores, no , propriamente, umaconfederao sindical, pois no congrega federaes de sindicatos que representem a maioria absoluta de um grupo deatividades ou profisses idnticas, similares ou conexas. (ADI 928-MC, Rel. Min. Sydney Sanches, julgamento em 1-9-93, DJ de 8-10-93)

    J firmou esta Corte o entendimento de que, das entidades sindicais, apenas as confederaes sindicais (art. 103, IX, daConstituio Federal) tem legitimao para propor ao direta de inconstitucionalidade. Por outro lado, foi recebido pelaCarta Magna vigente o artigo 535 da CLT que dispe sobre a estrutura das confederaes sindicais, exigindo, inclusive,que se organizem com um mnimo de trs federaes." (ADI 505, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 20-6-92, DJde 2-8-91). No mesmo sentido: ADI 706-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 24-6-92, DJ de 4-9-92.

    "Entidade de classe de mbito nacional (art. 103, IX, da Constituio Federal). No entidade de classe de mbitonacional, para os efeitos do inciso IX do art. 103 da Constituio, a que s rene empresas sediadas no mesmo estado,

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    nem a que congrega outras de apenas quatro estados da Federao." (ADI 386, Rel. Min. Sydney Sanches, julgamentoem 4-4-91, DJ de 28-6-91)

    Legitimao. entidade nacional de classe. conceito. No constitui entidade de classe, para legitimar-se ao direta deinconstitucionalidade (CF, art. 103, IX), associao civil (Associao Brasileira de Defesa do Cidado), voltada finalidadealtrusta de promoo e defesa de aspiraes cvicas de toda a cidadania. (ADI 61-QO, Rel. Min. Seplveda Pertence,julgamento em 29-8-90, DJ de 28-9-90)

    " parte legtima para propor ao direta de inconstitucionalidade a federao nacional de categoria especfica, mesmocompreendida na categoria mais ampla de uma confederao existente (art. 103, IX, da Constituio)." (ADI 209-MC, Rel.Min. Octavio Gallotti, julgamento em 29-6-90, DJ de 9-12-94)

    "Qualquer que seja o mais elstico conceito de entidade de classe que se pretenda adotar, nele no se inclui associaoque rene, como associados, rgos pblicos, que no tm personalidade jurdica, e diferentes categorias de servidorespblicos, uns integrando aqueles rgos (os conselheiros e auditores), outros integrando o Ministrio Pblico que atuajunto a eles (procuradores)." (ADI 67-QO, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 18-4-90, DJ de 15-6-90)

    Pargrafo nico. (VETADO)

    Na ADI 1.792, a mesma Confederao Nacional das Profisses Liberais - CNPL no teve reconhecida sua legitimidadepara prop-la por falta de pertinncia temtica entre a matria disciplinada nos dispositivos ento impugnados e osobjetivos institucionais especficos dela, por se ter entendido que os notrios e registradores no podem enquadrar-se noconceito de profissionais liberais. Sendo a pertinncia temtica requisito implcito da legitimao, entre outros, dasConfederaes e entidades de classe, e requisito que no decorreu de disposio legal, mas da interpretao que estaCorte fez diretamente do texto constitucional, esse requisito persiste no obstante ter sido vetado o pargrafo nico doartigo 2 da Lei 9.868, de 10-11-99. de aplicar-se, portanto, no caso, o precedente acima referido. Ao direta deinconstitucionalidade no conhecida. (ADI 2.482, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 2-10-02, DJ de 25-4-03)

    MENSAGEM DE VETO: Duas razes bsicas justificam o veto ao pargrafo nico do art. 2, ambas decorrentes dajurisprudncia do Supremo Tribunal em relao ao inciso IX do art. 103 da Constituio. Em primeiro lugar, ao incluir asfederaes sindicais entre os legitimados para a propositura da ao direta, o dispositivo contraria frontalmente ajurisprudncia do Supremo Tribunal Federal, no sentido da ilegitimidade daquelas entidades para a propositura de aodireta de inconstitucionalidade (cf., entre outros, ADIn-MC 689, Rel. Min. Nri da Silveira; ADIn-MC 772, Rel. Min. MoreiraAlves; ADIn-MC 1.003, Rel. Min. Celso de Mello). verdade que a oposio do veto disposio contida no pargrafonico importar na eliminao do texto na parte em que determina que a confederao sindical ou entidade de classe dembito nacional (art. 2, IX) dever demonstrar que a pretenso por elas deduzidas tem pertinncia direta com os seusobjetivos institucionais. Essa eventual lacuna ser, certamente, colmatada pela jurisprudncia do Supremo TribunalFederal, haja vista que tal restrio j foi estabelecida em precedentes daquela Corte (cf., entre outros, ADIn-MC 1.464,Rel. Min. Moreira Alves; ADIn-MC 1.103, Rel. Min. Nri da Silveira, Rel. Acrdo Min. Maurcio Corra; ADIn-MC 1.519,Rel. Min. Carlos Velloso). (MENSAGEM N. 1.674, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999)

    Art. 3 A petio indicar:I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurdicos do pedido em relao acada uma das impugnaes

    NOVO: O Tribunal julgou procedente pedido formulado em ao direta proposta pelo Conselho Federal da Ordem dosAdvogados do Brasil para declarar, com efeito ex tunc, a inconstitucionalidade do art. 9 da Medida Provisria 2.164-41/2001, que acrescentou o art. 29-C Lei 8.036/90, o qual suprime a condenao em honorrios advocatcios nas aesentre o Fundo de Garantia por Tempo de Servio FGTS e os titulares de contas vinculadas, bem como naquelas emque figurem os respectivos representantes ou substitutos processuais (...). Preliminarmente, rejeitou-se a alegao deinpcia da petio inicial suscitada pela Advocacia-Geral da Unio AGU. Ressaltou-se que, embora sinttica, a peapermitiria que a mencionada instituio, em suas extensas informaes, rechaasse os argumentos do requerente.Ademais, consignou-se que o preceito adversado possuiria autonomia, a dispensar a impugnao do total do diplomanormativo. (ADI 2.736, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 8-9-2010, Plenrio, Informativo 599.)

    "Aplicao do princpio da fungibilidade. (...) lcito conhecer de ao direta de inconstitucionalidade como argio dedescumprimento de preceito fundamental, quando coexistentes todos os requisitos de admissibilidade desta, em caso deinadmissibilidade daquela." (ADI 4.180-REF-MC, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 10-3-2010, Plenrio, DJE de27-8-2010.) Vide: ADPF 178, Rel. Min. Presidente Gilmar Mendes, deciso monocrtica, julgamento em 21-7-2009,DJE de 5-8-2009; ADPF 72-QO, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 1-6-2005, Plenrio, DJ de 2-12-2005.

    "Inicialmente, considero que a remunerao do art. (...), sem mudana do texto impugnado, no leva alteraosubstancial do objeto do controle concentrado de constitucionalidade, de modo a persistir o interesse e a competncia

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    desta Corte para julgar a ao direta de inconstitucionalidade." (ADI 238, voto do Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamentoem 24-2-2010, Plenrio, DJE de 9-4-2010.)

    "Em ao direta de inconstitucionalidade, admite-se emenda da petio inicial antes da apreciao do requerimento deliminar, quando tenha por objeto lei revogadora que reproduz normas argidas de inconstitucionais da lei revogada napendncia do processo." (ADI 4.298-MC, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 7-10-09, Plenrio, DJE de 27-11-09).Vide: ADI 1.949-MC, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 18-11-96, DJ de 25-11-05.

    "(...) a matria aqui cuidada objeto de trmite judicial h mais de trinta anos, sem que a ora Interessada consiga recebero que o Poder Judicirio, em instncias prprias e competentes, j lhe assegurou ser de direito. Essa postergaocontraria todos os princpios de tica constitucional que o Estado de Direito tem como fundamentos. O princpio dajurisdio materializa-se como uma das garantias fundamentais do jurisdicionado, pelo qual lhe assegurado ter seuslitgios solucionados pelo Estado, detentor do monoplio da jurisdio. (...) Por esses motivos, sem desconhecer os efeitosda deciso proferida pelo Supremo Tribunal Federal naquela ao de controle concentrado de constitucionalidade, emcumprimento ao princpio da jurisdio, entendo no ser razovel, no caso vertente, que se determine a suspenso doProcesso n. 640/1977 e se imponha parte que aguarde o julgamento do mrito da Ao Declaratria deConstitucionalidade n. 11/DF." (Rcl 5.758, voto da Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 13-5-09, Plenrio, DJE de 7-8-09)

    O artigo 98 da Lei complementar n. 412 do Estado de Santa Catarina, no questionado, tem evidente correlao com oobjeto da presente ao direta. A jurisprudncia desta Corte firme no tocante imprescindibilidade de impugnao dostextos normativos que cuidem da mesma matria atacada na ao direta. A demanda no pode atacar apenas um dosatos contidos no complexo normativo. O sistema de leis vinculadas a determinado tema deve ser questionado em suantegra. A razo disso reside no fato de a eficcia da declarao de inconstitucionalidade alcanar to somente o atoimpugnado e no o complexo no qual inserido. Nesse sentido: a ADI n. 2.174, Relator o Ministro Maurcio Corra, DJ de7-3-03; a ADI n. 1.187, Relator o Ministro Maurcio Corra, DJ de 30-5-97; a ADI n. 2.133, Relator o Ministro IlmarGalvo, DJ de 9-3-00; a ADI n. 2.451, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 1-8-01; a ADI n. 2.972, Relator oMinistro Carlos Britto, DJ de 29-10-03; e a ADI n. 2.992, Relator Ministro Eros Grau, DJ de 17-12-04. No conheo destaao direta [RISTF, artigo 21, 1]. (ADI 4.043, Rel. Min. Eros Grau, deciso monocrtica, julgamento em 3-3-09, DJEde 11-3-09)

    Tratando-se de norma de carter secundrio, invivel o seu controle isolado, dissociado da lei ordinria que lhe emprestaimediato fundamento de validade, no mbito da ao direta de inconstitucionalidade. Nesse sentido, dentre inmerosoutros precedentes, a ADI-AgR n. 264, relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 8-4-94, (...). (ADI 4.176, Rel. Min.Menezes Direito, deciso monocrtica, julgamento em 3-3-09, DJE de 12-3-09)

    "A mera indicao de forma errnea de um dos artigos impugnados no obsta o prosseguimento da ao, se o requerentetecer coerentemente sua fundamentao e transcrever o dispositivo constitucional impugnado." (ADI 2.682, Rel. Min.Gilmar Mendes, julgamento em 12-2-09, Plenrio, DJE de 19-6-09.) No mesmo sentido: ADI 4.261, Rel. Min. AyresBritto, julgamento em 2-8-2010, Plenrio, DJE de 20-8-2010.

    "Controle abstrato de constitucionalidade de normas oramentrias. Reviso de jurisprudncia. O Supremo TribunalFederal deve exercer sua funo precpua de fiscalizao da constitucionalidade das leis e dos atos normativos quandohouver um tema ou uma controvrsia constitucional suscitada em abstrato, independente do carter geral ou especfico,concreto ou abstrato de seu objeto. Possibilidade de submisso das normas oramentrias ao controle abstrato deconstitucionalidade. (...) Medida cautelar deferida. Suspenso da vigncia da Lei n. 11.658/2008, desde a sua publicao,ocorrida em 22 de abril de 2008." (ADI 4.048-MC, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 14-5-08, DJE de 22-8-08).No mesmo sentido: ADI 4.049-MC, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 5-11-08, DJE de 8-5-09. Em sentidocontrrio: (ADI 1.716, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 19-12-97, DJ de 27-3-98).

    A jurisprudncia predominante do Supremo Tribunal Federal tem assentado o entendimento de que a falta de aditamentoda inicial, diante de reedio da medida provisria impugnada, ou de sua converso em lei, enseja a extino do processosem julgamento de mrito. (ADI 3.957, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, deciso monocrtica, julgamento em 30-4-08,DJE de 8-5-08)

    Conforme o esclarecimento prestado pelas informaes do Presidente da Repblica, o Decreto atacado cinge-se a darcumprimento ao disposto na Lei n. 9.074, de 7 de julho de 1995 (fl. 46). Com efeito, o Decreto n. 5.146, de 20 de julhode 2004, no ato normativo autnomo, geral e abstrato e, portanto, no pode ser submetido fiscalizao abstrata desua constitucionalidade, conforme a consolidada jurisprudncia desta Corte (...). (ADI 3.985, Rel. Min. Gilmar Mendes,deciso monocrtica, julgamento em 8-4-08, DJE de 15-4-08)

    "Pedido de aditamento da inicial aps incluso em pauta da ao para julgamento final pelo rito d