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(PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO CONCURSO DE ADMISSÃO AO 1º ANO CMB 2007 / 08) Página 2 1ª PARTE : MÚLTIPLA ESCOLHA (Marque com um “X” a única opção que atende ao que é solicitado em cada questão.) TEXTO I ENSINAR VALORES, ATRIBUIÇÃO ESSENCIAL DA ESCOLA (adaptado) (...) A discussão sobre o ensino de valores na escola não é uma das prioridades estabelecidas pelos diretores, mantenedores particulares, professores ou ainda pelo Estado. A preocupação maior continua sendo a obtenção de resultados melhores nas disciplinas. (...) Não há como negar, entretanto, que esses valores estão presentes em todas 05 as disciplinas e em praticamente todas as atividades que se desenvolvem numa escola. Mais do que isso, os valores também são trabalhados indiretamente quando estamos no ambiente educacional. (...) Estender as mãos, preocupar-se com o próximo, zelar pelo ambiente escolar, agir dentro dos princípios de solidariedade, cumprir com os deveres, lutar pelos direitos são 10 ações derivadas do ensino de valores que também compete à escola. Aulas em que há apenas a preocupação de reproduzir os saberes de uma área do conhecimento não estimulam o aluno a afeiçoar-se ou a desejar aprender e não levam à consciência de que essas atitudes e realizações devem se tornar valores. Para que isso aconteça, professores, diretores, coordenadores e orientadores 15 devem acreditar que esse trabalho não apenas permeia os conteúdos, mas que a questão de valores estabelece as bases para que o aprendizado aconteça e, principalmente, para que a formação integral do aluno se concretize. José Luiz Almeida Machado - internet QUESTÃO 01. Com base no texto I, assinale a alternativa correta. A ( ) O texto se classifica como descritivo por vários motivos, entre eles o de que defende a idéia do ensino de valores na escola bem como o uso da terceira pessoa. B ( ) O texto preconiza o ensino de valores na escola pelo motivo de que o mundo caminha a passos largos para a perdição e alguma coisa tem de ser feita. C ( ) Segundo o texto, na escola a preocupação não deve ser apenas com a obtenção de melhores resultados nas disciplinas, mas também com o ensino de valores para que a formação integral do aluno se concretize. D ( ) Ensinar valores deve ser estimulado nas escolas de tal forma que haja a preocupação de reproduzir os saberes de apenas uma área do conhecimento. E ( ) O texto é narrativo e versa a respeito da necessidade de se atribuírem valores a determinadas disciplinas cujos conteúdos se encontram sobremaneira ultrapassados.

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devem acreditar que esse trabalho não apenas permeia os conteúdos, mas que a questão de valores estabelece as bases para que o aprendizado aconteça e, principalmente, para que a formação integral do aluno se concretize. ENSINAR VALORES, ATRIBUIÇÃO ESSENCIAL DA ESCOLA (adaptado ) TEXTO I QUESTÃO 01. Com base no texto I, assinale a alternativa correta. (PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO CONCURSO DE ADMISSÃO AO 1º ANO − CMB − 2007 / 08) Página 2 José Luiz Almeida Machado - internet

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1ª PARTE: MÚLTIPLA ESCOLHA

(Marque com um “X” a única opção que atende ao que é solicitado em

cada questão.)

TEXTO I

ENSINAR VALORES, ATRIBUIÇÃO ESSENCIAL DA ESCOLA (adaptado) (...) A discussão sobre o ensino de valores na escola não é uma das prioridades estabelecidas pelos diretores, mantenedores particulares, professores ou ainda pelo Estado. A preocupação maior continua sendo a obtenção de resultados melhores nas disciplinas. (...) Não há como negar, entretanto, que esses valores estão presentes em todas 05 as disciplinas e em praticamente todas as atividades que se desenvolvem numa escola. Mais do que isso, os valores também são trabalhados indiretamente quando estamos no ambiente educacional. (...) Estender as mãos, preocupar-se com o próximo, zelar pelo ambiente escolar, agir dentro dos princípios de solidariedade, cumprir com os deveres, lutar pelos direitos são 10 ações derivadas do ensino de valores que também compete à escola. Aulas em que há apenas a preocupação de reproduzir os saberes de uma área do conhecimento não estimulam o aluno a afeiçoar-se ou a desejar aprender e não levam à consciência de que essas atitudes e realizações devem se tornar valores. Para que isso aconteça, professores, diretores, coordenadores e orientadores 15 devem acreditar que esse trabalho não apenas permeia os conteúdos, mas que a questão de valores estabelece as bases para que o aprendizado aconteça e, principalmente, para que a formação integral do aluno se concretize.

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QUESTÃO 01. Com base no texto I, assinale a alternativa correta. A ( ) O texto se classifica como descritivo por vários motivos, entre eles o de

que defende a idéia do ensino de valores na escola bem como o uso da terceira pessoa.

B ( ) O texto preconiza o ensino de valores na escola pelo motivo de que o mundo caminha a passos largos para a perdição e alguma coisa tem de ser feita.

C ( ) Segundo o texto, na escola a preocupação não deve ser apenas com a obtenção de melhores resultados nas disciplinas, mas também com o ensino de valores para que a formação integral do aluno se concretize.

D ( ) Ensinar valores deve ser estimulado nas escolas de tal forma que haja a preocupação de reproduzir os saberes de apenas uma área do conhecimento.

E ( ) O texto é narrativo e versa a respeito da necessidade de se atribuírem valores a determinadas disciplinas cujos conteúdos se encontram sobremaneira ultrapassados.

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QUESTÃO 02. A respeito do texto I, assinale a alternativa correta.

A ( ) No segundo parágrafo, a conjunção “entretanto” tem valor meramente estilístico e poderia ser substituída pela conjunção “mas”.

B ( ) A oração “...preocupar-se com o próximo...” (linha 8) se classifica como coordenada sindética conclusiva.

C ( ) No terceiro parágrafo, o pronome relativo “que” tem como antecedente “ações”, no mesmo parágrafo.

D ( ) No último parágrafo, a expressão “mas que” traduz a idéia de oposição com o que se disse anteriormente.

E ( ) Em “... para que a formação integral do aluno se concretize.” (linhas 16-17), temos uma oração subordinada adverbial final.

QUESTÃO 03. A respeito da análise gramatical de fragmentos do texto I, é correto afirmar que,

A ( ) na frase “A discussão sobre o ensino de valores na escola...” (linha 1), a classe gramatical a que pertence a palavra em destaque é adjetivo.

B ( ) na frase “Não há como negar...” (linha 4), há um exemplo de locução adverbial, representada inicialmente pelo “não”.

C ( ) no período “A preocupação maior continua sendo a obtenção de resultados melhores nas disciplinas.” (linha 3), verifica-se a ocorrência de quatro substantivos.

D ( ) no terceiro parágrafo, há cinco verbos no infinitivo. E ( ) no quarto parágrafo, substituindo-se o verbo “haver” pelo verbo

“existir”, o termo “a preocupação” continuará exercendo a função de complemento verbal.

QUESTÃO 04. Observe se a justificativa do fenômeno da crase ou da ausência dele está

correta, colocando certo (C) ou errado (E) nos parênteses.

I – ( ) Em “... são ações derivadas do ensino de valores que também compete à escola.” (linhas 9-10), ocorreu o fenômeno por ser “à escola” uma locução adverbial com palavra feminina.

II – ( ) Em “... e não levam à consciência de que essas atitudes e realizações devem se tornar valores.” (linhas 12-13), ocorreu o fenômeno da crase pelo fato de o verbo “levar” exigir a preposição a e o seu complemento aceitar o artigo feminino.

III – ( ) Em “... a questão de valores estabelece as bases para que o aprendizado aconteça...” (linhas 15-16), não ocorreu o fenômeno porque o verbo transitivo direto “estabelecer” não exige preposição.

A alternativa com a seqüência CORRETA é A ( ) C, E, C. B ( ) E, C, C. C ( ) E, C, E. D ( ) E, E, C. E ( ) C, C, E.

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TEXTO II CONTO DE ESCOLA (adaptado) A escola era na rua do Costa, um sobradinho de grade de pau. O ano era de 1840. Subi a escada com cautela, para não ser ouvido pelo mestre, e cheguei a tempo. Chamava-se Policarpo e tinha perto de cinqüenta anos ou mais. Os meninos, que se conservaram de pé durante a entrada dele, tornaram a sentar-se. Tudo estava em ordem; 05 começaram os trabalhos. ― Seu Pilar, eu preciso falar com você, disse-me baixinho o filho do mestre. Chamava-se Raimundo este pequeno, e era mole, aplicado, inteligência tarda.

Era uma criança fina, pálida, cara doente; raramente estava alegre. Entrava na escola depois do pai e retirava-se antes. O mestre era mais severo com ele do que conosco.

10 ― O que é que você quer? ― Logo, respondeu ele com voz trêmula. Começou a lição de escrita. Custa-me dizer que eu era dos mais adiantados da

escola; mas era. Não digo também que era dos mais inteligentes, por um escrúpulo fácil de entender e de excelente efeito no estilo, mas não tenho outra convicção. Note-se que

15 não era pálido nem mofino: tinha boas cores e músculos de ferro. ― Seu Pilar...murmurou ele daí a alguns minutos. ― Que é?

Ele deitou os olhos ao pai, e depois a alguns outros meninos. Um destes, o Curvelo, olhava para ele, desconfiado, e o Raimundo, notando-me essa circunstância, pediu alguns minutos mais de espera. Confesso que começava a arder de curiosidade. Esse Curvelo era um pouco levado do diabo. Tinha onze anos, era mais velho que nós.

No fim de algum tempo – dez ou doze minutos – Raimundo meteu a mão no bolso das calças e olhou para mim. ― Sabe o que tenho aqui? 25 ― Não. ― Uma pratinha que mamãe me deu. ― Pratinha de verdade? ― De verdade. Tirou-a vagarosamente, e mostrou-me de longe. Raimundo revolveu em mim o 30 olhar pálido; depois perguntou-me se a queria para mim. Minha resposta foi estender-lhe a mão disfarçadamente, depois de olhar para a

mesa do mestre. Raimundo recuou a mão dele e deu à boca um gesto amarelo, que queria sorrir. Em seguida propôs-me um negócio, uma troca de serviços; ele me daria a moeda, eu lhe explicaria um ponto da lição de sintaxe.

35 Tive uma sensação esquisita. Não é que eu possuísse da virtude uma idéia antes própria de homem; não é também que não fosse fácil em empregar uma ou outra mentira de criança. Sabíamos ambos enganar ao mestre. A novidade estava nos termos da proposta, na troca de lição e dinheiro, compra franca, positiva, toma lá, dá cá; tal foi a causa da sensação. Fiquei a olhar para ele, à toa, sem poder dizer nada.

40 ― Tome, tome... Relanceei os olhos pela sala, e dei com os do Curvelo em nós; disse ao

Raimundo que esperasse. Pareceu-me que o outro nos observava, então dissimulei; mas daí a pouco, deitei-lhe outra vez o olho, e – tanto se ilude a vontade! – não lhe vi mais nada.

Então cobrei ânimo. 45 ― Dê cá...

Raimundo deu-me a pratinha, sorrateiramente; eu meti-a na algibeira das calças, com um alvoroço que não posso definir. Restava prestar o serviço, ensinar a lição, e não me demorei a fazê-lo, nem o fiz mal, ao menos conscientemente. De repente, olhei para o

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Curvelo e estremeci; tinha os olhos em nós, com um riso que me pareceu mau. Sorri para

50 ele e ele não sorriu; ao contrário, franziu a testa, o que lhe deu um aspecto ameaçador. ― Precisamos muito cuidado, disse eu ao Raimundo.

― Diga-me isto só, murmurou ele. Fiz-lhe sinal que se calasse; mas ele instava, e a moeda, cá no bolso, lembrava- me o contrato feito. Ensinei-lhe o que era, disfarçando muito; depois, tornei a olhar para o 55 Curvelo, que me pareceu ainda mais inquieto, e o riso, dantes mau, estava agora pior. ― Oh! seu Pilar! Bradou o mestre com voz de trovão. Estremeci como se acordasse de um sonho, e levantei-me às pressas. Dei com o mestre, olhando para mim, cara fechada, jornais dispersos, e ao pé da mesa, em pé, o Curvelo. Pareceu-me adivinhar tudo. 60 ― Venha cá! Bradou o mestre. ― Então o senhor recebe dinheiro para ensinar as lições aos outros? disse-me o Policarpo. ― Eu... ― Dê cá a moeda que este seu colega lhe deu! Clamou. 65 Não obedeci logo, mas não pude negar nada. Continuei a tremer muito.

Policarpo bradou de novo que lhe desse a moeda, e eu não resisti mais, meti a mão no bolso, vagarosamente, saquei-a e entreguei-lha. Ele, bufando de raiva, estendeu o braço e atirou-a à rua. E então disse-nos uma porção de cousas duras, que tanto o filho como eu acabávamos de praticar uma ação feia, indigna, baixa, uma vilania, e para emenda e

70 exemplo íamos ser castigados. Aqui pegou da palmatória. Eu por mim, tinha a cara no chão. Recolhi-me ao banco, soluçando, fustigado pelos impropérios do mestre. Na sala arquejava o terror; posso dizer que naquele dia ninguém faria igual negócio. Creio que o próprio Curvelo enfiara de medo. Em casa não contei nada, é claro; mas para explicar as mãos inchadas, menti a 75 minha mãe, disse-lhe que não tinha sabido a lição. De manhã, acordei cedo. A idéia de ir procurar a moeda fez-me vestir depressa. Na rua encontrei uma companhia do batalhão de fuzileiros, tambor à frente,

rufando. Não fui à escola, acompanhei os fuzileiros. Voltei para casa com as calças enxovalhadas, sem pratinha no bolso nem ressentimento na alma. E contudo a pratinha era bonita e foram eles, Raimundo e Curvelo, que me deram o primeiro conhecimento, um da corrupção, outro da delação; mas o diabo do tambor...

ASSIS, Machado de. Conto de Escola. In: Obra Completa. Volume II, Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1992. (Com adaptações)

QUESTÃO 05. Com base no texto II, assinale a alternativa correta.

A ( ) Trata-se de um texto predominantemente dissertativo com incursões pelo universo narrativo.

B ( ) O texto é uma narrativa da qual participam quatro personagens: o narrador, chamado Pilar, o professor Policarpo, Raimundo e Curvelo.

C ( ) Trata-se de um texto argumentativo que versa a respeito de um fato ocorrido numa escola do Rio de Janeiro, em que um aluno ensina a lição a um outro mediante pagamento.

D ( ) Trata-se de uma crônica de costumes em que se faz uma apologia à delação e à corrupção.

E ( ) O texto, em que se menospreza a corrupção e a delação, tem cunho editorialístico.

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QUESTÃO 06. Assinale a alternativa correta a respeito da estrutura do texto II. A ( ) Nas descrições encontradas no texto, o narrador assinala os traços

mais singulares das personagens a fim de, pela associação de idéias, construir uma imagem positiva delas.

B ( ) Em “Conto de escola”, a ordem de apresentação dos acontecimentos é psicológica, ou seja, os fatos são apresentados em sua sucessão no tempo.

C ( ) O clímax do relato, ou seja, o ponto de maior tensão, dá-se exatamente no momento em que Pilar cumpre o acordo firmado com Raimundo.

D ( ) Na introdução, o narrador situa o leitor quanto às circunstâncias de tempo e de espaço.

E ( ) O ponto de vista adotado no texto é o de um narrador co-participante dos acontecimentos, ou seja, um narrador onisciente em 3ª pessoa.

QUESTÃO 07. Analise as afirmativas a respeito do texto II, observando se são falsas (F) ou

verdadeiras (V).

I – ( ) O narrador e Raimundo, o filho do mestre, eram os meninos menores e menos inteligentes da turma, por isso, um sempre ajudava o outro.

II – ( ) A negociação entre Raimundo e o narrador foi dissimulada e

cautelosa, pois temiam a denúncia de Curvelo ao professor. III – ( ) O narrador, de acordo com a experiência relatada, tomou

conhecimento de dois defeitos da condição humana: o da corrupção e o da delação.

A alternativa com a seqüência CORRETA é

A ( ) F, V, V. B ( ) V, F, F. C ( ) V, V, V. D ( ) V, V, F. E ( ) F, V, F.

QUESTÃO 08. Há, no período “Subi a escada com cautela, para não ser ouvido pelo mestre...” (linha 2), uma relação de

A ( ) fato / causa. B ( ) fato / conseqüência. C ( ) fato / finalidade. D ( ) fato / conclusão. E ( ) fato / motivo.

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QUESTÃO 09. É possível depreender do período “Os meninos, que se conservaram de pé

durante a entrada dele, tornaram a sentar-se” (linhas 3-4) que:

A ( ) havia alguns meninos sentados e outros de pé quando o professor entrou na sala.

B ( ) todos os meninos ficaram de pé e permaneceram nessa posição durante a entrada do professor.

C ( ) quando o professor entrou na sala, alunos o recepcionaram de pé e, em seguida, a maioria sentou-se.

D ( ) poucos alunos sentaram-se depois da entrada do professor, alguns continuaram de pé.

E ( ) alguns alunos ficaram de pé durante a entrada do professor, mas se sentaram em seguida.

QUESTÃO 10. Assinale a alternativa em que a palavra em destaque foi empregada em

sentido figurado.

A ( ) “Subi a escada com cautela, para não ser ouvido pelo mestre, e cheguei a tempo.” (linha 2)

B ( ) “Tudo estava em ordem; começaram os trabalhos.” (linhas 4-5) C ( ) “Confesso que começava a arder de curiosidade.” (linha 20) D ( ) “Raimundo meteu a mão nos bolsos das calças e olhou para mim.”

(linhas 22-23) E ( ) “Minha resposta foi estender-lhe a mão disfarçadamente...” (linha 31) QUESTÃO 11. Com base no contexto, identifique o sentido que melhor se coaduna com a

palavra destacada no período “Então cobrei ânimo.” (linha 44). A ( ) obter como paga, receber. B ( ) tomar algum lugar ou espaço. C ( ) passar a ter de novo, readquirir. D ( ) conquistar, ocupar. E ( ) exigir em troca. QUESTÃO 12. Assinale a alternativa em cuja frase o verbo usado está conjugado no pretérito

imperfeito do indicativo. A ( ) “... tornaram a sentar-se.” (linha 4) B ( ) “Seu Pilar, eu preciso falar com você...” (linha 6 ) C ( ) “Entrava na escola depois do pai...” (linha 8-9) D ( ) “Sabe o que tenho aqui?” (linha 24 ) E ( ) “Raimundo deu-me a pratinha, sorrateiramente;” (linha 46)

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QUESTÃO 13. Assinale a alternativa correta quanto à classificação morfológica apresentada para o termo em destaque.

A ( ) “Sabíamos ambos enganar ao mestre.” (linha 37) – SUBSTANTIVO B ( ) “Ensinei-lhe o que era, disfarçando muito ...” (linha 54) – ARTIGO

DEFINIDO C ( ) “... depois, tornei a olhar para o Curvelo...” (linha 54-55) – PRONOME

OBLÍQUO D ( ) “... e o riso, dantes mau, estava agora pior.” (linha 55) – ADVÉRBIO E ( ) “Oh! seu Pilar! Bradou o mestre com voz de trovão. (linha 56) –

PRONOME DE TRATAMENTO

QUESTÃO 14. A respeito da estrutura lingüística do texto II, marque a alternativa correta. A ( ) O período “Chamava-se Raimundo este pequeno...” (linha 7) está na

ordem direta, pois apresenta o formato Verbo + Complemento + Sujeito.

B ( ) Em “Custa-me dizer que eu era dos mais adiantados da escola;” (linhas 12-13), a regência do verbo custar, gramaticalmente correta, está restrita a contextos de uso formal.

C ( ) No trecho “...e deu à boca um gesto amarelo...” (linha 32), verifica-se um cruzamento de sensações olfativas e visuais.

D ( ) No período “Precisamos muito cuidado...” (linha 51), o verbo precisar é regido, necessariamente, pela preposição “de” em atendimento às normas de regência preconizadas pela gramática normativa.

E ( ) Em “...saquei-a e entreguei-lha” (linha 67), o pronome oblíquo lhe concorda com a palavra “mão” e, por esse motivo, apresenta-se em uma contração pouco comum na linguagem coloquial.

QUESTÃO 15. Marque a alternativa que relaciona corretamente o pronome relativo destacado

à função sintática apresentada. A ( ) “Os meninos, que se conservaram de pé durante a entrada dele,

tornaram a sentar-se.” (linhas 3-4 ) COMPLEMENTO NOMINAL B ( ) “Sabe o que tenho aqui?” (linha 24) – OBJETO DIRETO C ( ) “Uma pratinha que mamãe me deu.” (linha 26) – OBJETO INDIRETO D ( ) “...tinha os olhos em nós, com um riso que me pareceu mau.” (linha 49)

– PREDICATIVO DO SUJEITO E ( ) “Dê cá a moeda que este seu colega lhe deu!” (linha 64) – SUJEITO

QUESTÃO 16. Em “...não digo também que era dos mais inteligentes...” (linha 13), o termo em destaque exerce a mesma função sintática que o termo grifado em

A ( ) “ A escola era na rua do Costa.” (linha 01) B ( ) “... raramente estava alegre.” (linha 08) C ( ) “... não tenho outra convicção.” (linha 14) D ( ) “...estender-lhe a mão disfarçadamente...” (linha 31) E ( ) “... ele me daria a moeda...” (linha 33)

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QUESTÃO 17. Marque a alternativa em que a conjunção “e” em destaque tem valor semanticamente adversativo.

A ( ) “Ele deitou os olhos ao pai, e depois a alguns outros meninos.” (linha

18) B ( ) “Raimundo meteu a mão no bolso das calças e olhou para mim.”

(linhas22-23) C ( ) “Relanceei os olhos pela sala, e dei com os do Curvelo em nós;” (linha

41) D ( ) “Sorri para ele e ele não sorriu;” (linhas 49-50) E ( ) “Estremeci como se acordasse de um sonho, e levantei-me às

pressas.” (linha 57)

QUESTÃO 18. Observe o emprego do que nos fragmentos abaixo e a classe gramatical a ele relacionada. Em seguida, coloque, nos parênteses, certo (C) ou errado (E).

( ) “Confesso que começava a arder de curiosidade.” (linha 20) –

PRONOME RELATIVO ( ) “Tinha onze anos, era mais velho que nós.” (linha 21) – CONJUNÇÃO

INTEGRANTE ( ) “... disse-lhe que não tinha sabido a lição.” (linha 75) – CONJUNÇÃO

INTEGRANTE ( ) “... foram eles, Raimundo e Curvelo, que me deram o primeiro

conhecimento...” (linha 80) – PRONOME RELATIVO

A alternativa com a seqüência CORRETA é A ( ) C, C, E, E. B ( ) E, E, C, C. C ( ) C, E, E, C. D ( ) E, C, E, C. E ( ) E, C, C, E.

QUESTÃO 19. Assinale a alternativa em que o uso da vírgula se verifica por estar separando

adjunto adverbial deslocado. A ( ) “Era uma criança fina, pálida, cara doente;” (linha 8) B ( ) “Ele deitou os olhos ao pai, e depois a alguns outros meninos.” (linha

18) C ( ) “... e deu à boca um gesto amarelo, que queria sorrir.” (linhas 32-33) D ( ) “Diga-me isto só, murmurou ele.” (linha 52) E ( ) “De manhã, acordei cedo.” (linha 76)

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QUESTÃO 20. Assinale a alternativa em que as palavras são acentuadas seguindo a mesma regra de acentuação gráfica.

A ( ) três, propôs-me, pé, você. B ( ) daí, você, propôs-me, lição. C ( ) circunstância, possuísse, fácil, contrário. D ( ) pálida, trêmula, escrúpulo, músculos. E ( ) dê, cá, chão, manhã.

2ª PARTE: PRODUÇÃO TEXTUAL

QUESTÃO 21. Elabore uma dissertação argumentativa, posicionando-se a respeito de uma das questões apresentadas pelo narrador no final do texto II: “... que me deram o primeiro conhecimento, um da corrupção, outro da delação”. Correlacione a questão escolhida (corrupção ou delação) aos valores que devem ser ensinados na escola: Ética, Responsabilidade, Respeito, entre outros.

Não se esqueça de:

• dar um título ao seu texto; • seguir as características estruturais do gênero textual solicitado; • utilizar o padrão culto da língua; • escrever um texto entre 20 e 25 linhas; • produzir o texto em prosa.

O texto que fugir ao tema e/ou as características estruturais do gênero solicitado receberá nota 0,0 (ZERO).

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Observação: SERÁ ATRIBUÍDO GRAU 0,0 (ZERO) AO CANDIDATO QUE NÃO ATENDER AO TEMA PROPOSTO.

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2ª PARTE: PRODUÇÃO TEXTUAL

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CORREÇÃO 1º Professor

(a)_____________________ nome( )

2º Professor

(a)_____________________ nome( )

NOTA FINAL DA 2ª PARTE

Uso do CMB