Malha de Controle de pH

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE ENGENHARIA

    CURSO DE GRADUAO EM ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAO PROJETO DE FIM DE CURSO

    APLICAES DE TCNICAS DE CONTROLE AVANADO A UMA MALHA DE CONTROLE DE pH

    Hamilton Guilherme de Oliveira Jnior

    Orientador: Prof. Fbio Gonalves Jota Supervisor: Eng Daniel Codo de Faria

    Belo Horizonte 2007

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

    ESCOLA DE ENGENHARIA CURSO DE GRADUAO EM ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAO

    PROJETO DE FIM DE CURSO

    APLICAES DE TCNICAS DE CONTROLE AVANADO A UMA MALHA DE CONTROLE DE pH

    Hamilton Guilherme de Oliveira Jnior

    Orientador: Prof. Fbio Gonalves Jota Supervisor: Eng Daniel Codo de Faria

    Belo Horizonte 2007

    Monografia submetida banca examinadora designada pelo Colegiado Didtico do Curso de Engenharia de Controle e Automao da Universidade Federal de Minas Gerais como requisito parcial obteno do ttulo de Bacharel em Engenharia de Controle e Automao.

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    APLICAES DE TCNICAS DE CONTROLE AVANADO A UMA MALHA DE CONTROLE DE pH

    Hamilton Guilherme de Oliveira Jnior

    Monografia submetida banca examinadora designada pelo Colegiado Didtico do Curso de Engenharia de Controle e Automao da Universidade Federal de Minas Gerais como requisito parcial obteno do ttulo de Bacharel em Engenharia de Controle e Automao.

    Trabalho aprovado em 27 de junho de 2007

    BANCA EXAMINADORA

    __________________________________________________________

    Fbio Gonalves Jota, PhD, DELT-UFMG

    __________________________________________________________

    Daniel Codo de Faria, Engenheiro, PPGEE-UFMG

    __________________________________________________________

    Patrcia Nascimento Pena, Doutora, CNPQ-UFMG

  • 4

    Agradecimentos

    Quero agradecer emprimeiro lugar minha famlia,que sempremedeu apoio e

    fora em todas as decises que tomei, e queme amparava nosmomentos de incerteza.

    Principalmenteaosmeuspais,pormeeducaremdamelhorformapossvel.

    Meus amigos tambm foramparte importantenessa caminhada.Tambm sempre

    mediziampalavrasde incentivoquandopensavaqueno fosseconseguiressavitria.

    elesdevopartedasforasportersemprepersistido.

    Ao orientador Fbio Jota que, apesar de tantas tarefas, aceitoume orientar nesse

    projeto. Seus ensinamentos foram de grande valia e me ajudaram a vencer todas as

    dificuldades enfrentadasneste trabalho.Ao supervisorDanielCodopor termedado as

    direesiniciaisparaestetrabalho,semasquaisteriaperdidoumtempomuitogrande.

    AoGilberto,por termeauxiliadoporvriasvezesnopreparodassoluescidas

    queforamgastasemgrandequantidadeduranteostestes.

    ADeus,portermeabenoadoepossibilitadoamimaconclusodestetrabalho.

  • 5

    Resumo

    OcontroledepHusualmenteencontradonombitoindustrial,muitopresente,por

    exemplo, emprocessosqumicos,biolgicos, farmacuticos, ena indstria alimentcia.O

    pH,oupotencialdehidrognioinico,umamedidadaconcentraodosonsH+emuma

    soluo,sendoigualaologaritmonegativodessaconcentrao.Emoutraspalavras,ovalor

    de pH indica o quo cida ou bsica uma soluo, sendo que valores mais baixos

    determinam solues mais cidas. Normalmente trabalhase na faixa de 0 a 14 pH,

    indicandoqueaconcentraodosonssupracitadosvariaentre1014e1mol/l.

    O controle de pH uma tarefa difcil de ser realizada, principalmente devido

    grandenolinearidadedesteprocesso.Oganhodoprocessopodevariaremmuitasordens

    de grandeza dependendo do ponto de operao, o que exige uma enorme preciso dos

    atuadores,dossensoresedocontrolador.Aconstantedetempodoprocessotambmpode

    variar,dependendodasvazesdoprocesso,porexemplo.Dentreoutros,estesproblemas

    tornam o controle de pH objeto de estudos ainda nos tempos atuais, principalmente

    enfatizandocontroladoresmaisavanadosdoqueossimplesPIDs.

    Neste trabalho, foramprojetadose implementadosdoiscontroladoresadaptativos,

    conhecidoscomoGMV(GeneralizedMinimumVariance)eGPC(GeneralizedPredictiveControl)

    para tentar atingir um controle satisfatrio em uma planta piloto localizada no LCPI

    UFMG(LaboratriodeControledeProcessosIndustriaisdaUFMG).Umavantagemdestes

    controladores a capacidadede adaptar seusparmetros em relao ao comportamento

    atual do processo. Para tanto, foram obtidos modelos do processo, incluindo uma

    modelagem dos efeitos da bomba peristltica existente na planta piloto, que ainda no

    haviasidofeita.Combasenessesmodelos,umsimuladorfoicriado,deformaapropiciar

    uma plataforma para projeto e testes preliminares dos controladores adaptativos. Uma

    formadeadaptaros controladores online foidesenvolvidaparaaplantapilotodevido

    ausnciademediodavarivelmanipulada,umadificuldadenoprevistano inciodo

    projeto. Resultados experimentais do controlador GMV aplicado planta real so

  • 6

    apresentados e comprovam um bom desempenho da malha de pH, inclusive

    comparativamente ao PID. Esperase que o Controlador Preditivo Generalizado (GPC)

    analisadoe testadoemestudos simuladosapresente,naplanta real, resultadosprximos

    aosdoGMV.

  • 7

    Abstract

    The pH control is usually found in industrial environment, with considerable

    examplesinchemical,biological,pharmaceuticalandfoodprocesses.ThepH,orhydrogen

    ionpotential, isameasureofH+ ionconcentrationofasolutionand itisequivalenttothe

    negative logarithmofthisconcentration.Inotherwords,thepHvalue indicateshowacid

    orbasicasolutionis,regardingthatlowerpHvaluesdetermineacidicsolutions.Normally,

    pHisconsideredonlyinsidetherange0to14,whichcorrespondstoanionconcentration

    thatvariesfrom1014to1mol/l.

    ThepHcontrolisadifficulttask,mainlybecauseofthegreatprocessnonlinearity.

    Theprocessgaincanvaryinmanyordersofmagnitudedependingontheoperatingpoint,

    whichdemandsaconsiderableprecisionforactuators,sensorsandcontrollers.Theprocess

    timeconstantcanalsovary,dependingontheprocessinandoutflowsforexample.Among

    others, these problemsmake the pH control a target of studies even nowadays,mainly

    emphasizinginmoreadvancedcontrollersinrelationtothesimplePID.

    In thiswork, twoadaptivecontrollersweredesignedand implemented,knownas

    GMV (GeneralizedMinimumVariance) andGPC (Generalized PredictiveControl), in a

    tentativetoreachasatisfactorycontrolofapilotplantlocatedatLCPIUFMG(Laboratrio

    deControledeProcessos IndustriaisatUFMG).Anadvantageof these controllers is the

    abilityofautomaticallyadapting theirparameters tomatch the currentprocessbehavior.

    For that, processmodels were obtained, including themodeling of a peristaltic pump

    existent in thepilotplant,whichwasnotdonebefore.Basedon theseprocessmodels,a

    simulatorwascreatedinordertoperformasadesignandpreliminarytestingplatformfor

    theadaptivecontrollers.Awaytoonlineadaptthecontrollerwasdevelopedforthepilot

    plantsince itdoesnthavethemanipulatedvariablemeasure,adifficultynotpredicted in

    the beginning of thiswork.Experimental results forGMV controller applied to the real

    plantarepresentedandproveagoodperformance for thepH loop incomparison to the

    PIDcontroller.ItisexpectedthattheGPCcontroller,analysedandtestedonlyinsimulated

  • 8

    studieswillpresent,whenappliedtotherealprocess,resultsthatareclosetothoseonesfor

    GMV.

  • 9

    Sumrio 1. Introduo .................................................................................................................................151.1. MotivaodoProjeto .......................................................................................................151.2. EscopodoTrabalho..........................................................................................................201.3. OrganizaodoTexto......................................................................................................22

    2. DescriodaPlanta .................................................................................................................243. Metodologia..............................................................................................................................293.1. ModelagemdoProcesso..................................................................................................293.1.1. ModelagemdoProcessodepH .............................................................................293.1.2. ModelagemdoProcessodeNvel .........................................................................333.1.3. VariaodaVazodeBaseemRelaoAlturadoTanque ............................343.1.4. SensordepH.............................................................................................................343.1.5. BombasPeristlticas ................................................................................................353.1.6. EfeitosdoAgitador..................................................................................................38

    3.2. ControledeNvel .............................................................................................................413.3. ProjetodoSimulador .......................................................................................................413.4. ImplementaodosControladores................................................................................453.4.1. EstimaodeParmetros ........................................................................................453.4.2. ControladorProporcionalIntegralDerivativo(PID)..........................................493.4.3. ControladordeVarinciaMnimaGeneralizado(GMV)...................................523.4.4. ControladorPreditivoGeneralizado(GPC).........................................................57

    3.5. ObservaesFinais ...........................................................................................................634. ModelagemdoProcesso .........................................................................................................644.1. ModelagemdoProcessodepH......................................................................................644.2. SensorpH ..........................................................................................................................664.3. EfeitosdoAgitador ..........................................................................................................664.4. BombasPeristlticas.........................................................................................................69

    5. SimulaoeImplementaodosControladores................................................................755.1. Simulador ..........................................................................................................................755.2. EstimaodeParmetrosOnline...................................................................................765.2.1. ProblemadeDeterminaodaVazodecido..................................................765.2.2. AdaptaodaEstimaodeParmetros ..............................................................77

    5.3. ImplementaoPID..........................................................................................................805.4. ImplementaoGMV.......................................................................................................815.5. ImplementaoGPC ........................................................................................................825.6. ImplementaoemDelphi ..............................................................................................84

    6. Resultados .................................................................................................................................856.1. ResultadosSimulados......................................................................................................856.1.1. EfeitosdaBombaPeristltica .................................................................................856.1.2. ControlepeloPID.....................................................................................................87

  • 10

    6.1.3. ControlepeloGMV..................................................................................................926.1.4. ControlepeloGPC ...................................................................................................97

    6.2. ResultadosnaPlantaPiloto ..........................................................................................1026.2.1. PID............................................................................................................................1026.2.2. GMV.........................................................................................................................105

    6.3. ObservaesFinais .........................................................................................................1117. Concluso ................................................................................................................................1137.1. ComentriosFinais.........................................................................................................1137.2. SugestesparaTrabalhosFuturos ...............................................................................117

    RefernciasBibliogrficas............................................................................................................119ApndiceIRelaodeTransformaoentrepHeY............................................................121ApndiceIIDeterminaoRecursivadosPolinmiosEj(z1)eFj(z1)naFormulaodoGPC...................................................................................................................................................123

  • 11

    Lista de Figuras FIGURA1 ProcessoIndustrialTpicodeControledepH....................................................16FIGURA2 CurvadeTitulaodeumProcessodeControledepH ...................................18FIGURA3 IlustrativodaPlantaPilotodeControledepH ..................................................25FIGURA4 ComponentesdeumaBombaPeristltica...........................................................37FIGURA5 FluxogramadeSequnciadePassosdeSimulao ...........................................43FIGURA6 DiagramadeBlocosdaMalhadeControleUtilizandoPID.............................51FIGURA7 DiagramadeBlocosdaMalhaFechadacomControladoresAdaptativos .....53FIGURA8 DegraunoProcesso. ...............................................................................................67FIGURA9 RespostaComplementardaRespostaaoDegraudoProcesso ........................69FIGURA10 VelocidadedasRajadasxAodeControleNormalizadadaBombaPeristlticadeEnviodecidoaoTanquedeMistura.................................................................72FIGURA11 VazoMdiadeSadaxAodeControleNormalizadadaBombaPeristlticadeEnviodecidoaoTanquedeMistura.................................................................72FIGURA12 ConvergnciadosMtodosdeEstimaoOnlinede1em1(emvermelho)ede60em60segundos(emazul)viaSimulao............................................................................80FIGURA13 OscilaesSustentadasobtidasparaoganhocrticoKcu=1.419.600. .............81FIGURA14 Efeitosdaimplementaodofiltroantispike.(a)antes;(b)depoisdaimplementao.. ................................................................................................................................84FIGURA15 Testesimuladoemmanualparaverificaodosefeitosdabombaperistlticacomaodecontroleiguala(a)23%;(b)23,5%;(c)24%. ...........................................................86FIGURA16 RespostadoPIDsemconsiderarosefeitosdabombaperistlticaedosensorcomosparmetrosapresentadosnaTabela5,comrefernciadepHvariandode7,3a9,3.........................................................................................................................................................88FIGURA17 RespostadoPIDconsiderandoapenasosefeitosdabombaperistlticacomosparmetrosapresentadosnaTabela5,comrefernciadepHvariandode7,3a9,3..........89FIGURA18 RespostadoPIDconsiderandoapenasosefeitosdosensorcomosparmetrosapresentadosnaTabela5,comrefernciadepHvariandode7,3a9,3...............89FIGURA19 RespostadoPIDconsiderandoosefeitosdabombaperistlticaedosensorcomosparmetrosapresentadosnaTabela5,comrefernciadepHvariandode7,3a9,3. 90FIGURA20 RespostadoPIDconsiderandoosefeitosdabombaperistlticaedosensorcomosparmetrosapresentadosnaTabela6,comrefernciadepHvariandode7,3a9,3. 91FIGURA21 RespostadoGMVsemconsiderarosefeitosdabombaperistlticaedosensore=2x104.(a)RespostaaodegraudepHvariandode7,3a9,3.(b)PerfildosParmetrosEstimados. .....................................................................................................................93FIGURA22 RespostadoGMVsemconsiderarosefeitosdabombaperistlticaedosensore=2x104,retirandoseovalordoparmetroddaformulaodocontrolador. ......93FIGURA23 RespostadoGMVconsiderandoapenasosefeitosdabombaperistlticae=2x104.(a)RespostaaodegraudepHvariandode7,3a9,3.(b)PerfildosParmetrosEstimados........... ................................................................................................................................94

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    FIGURA24 RespostadoGMVconsiderandoapenasosefeitosdosensore=2x104.(a)RespostaaodegraudepHvariandode7,3a9,3.(b)PerfildosParmetrosEstimados. .......96FIGURA25 RespostadoGMVconsiderandoosefeitosdabombaperistlticaedosensore=2x104.(a)RespostaaodegraudepHvariandode7,3a9,3.(b)PerfildosParmetrosEstimados........ ................................................................................................................................. ..96FIGURA26 RespostadoGPCsemconsiderarosefeitosdabombaperistlticaedosensore=2x104.(a)RespostaaodegraudepHvariandode7,3a9,3.(b)PerfildosParmetrosEstimados........ ...................................................................................................................................98FIGURA27 RespostadoGPCconsiderandoapenasosefeitosdabombaperistlticae=2x104.(a)RespostaaodegraudepHvariandode7,3a9,3.(b)PerfildosParmetrosEstimados........... ................................................................................................................................98FIGURA28 RespostadoGPCconsiderandoapenasosefeitosdosensore=2x104.(a)RespostaaodegraudepHvariandode7,3a9,3.(b)PerfildosParmetrosEstimados. .......99FIGURA29 RespostadoGPCconsiderandoosefeitosdabombaperistlticaedosensore=2x104.(a)RespostaaodegraudepHvariandode7,3a9,3.(b)PerfildosParmetrosEstimados........... ..............................................................................................................................100FIGURA30 RespostadoGPCsemconsiderarosefeitosdabombaperistlticaedosensorparaNU=1e=0,2.(a)RespostaaodegraudepHvariandode7,3a9,3.(b)PerfildosParmetrosEstimados. ...................................................................................................................101FIGURA31 RespostadoGPCsemconsiderarosefeitosdabombaperistlticaedosensorparaNU=2e=0,2.(a)RespostaaodegraudepHvariandode7,3a9,3.(b)PerfildosParmetrosEstimados. ...................................................................................................................101FIGURA32 RespostadoGPCsemconsiderarosefeitosdabombaperistlticaedosensorparaNU=3e=0,2.(a)RespostaaodegraudepHvariandode7,3a9,3.(b)PerfildosParmetrosEstimados. ...................................................................................................................102FIGURA33 RespostadocontroladorPIDaplicadoplantapiloto. ...................................103FIGURA34 RespostadocontroladorPIDaplicadoplantapilotoconsiderandoseavarivelY(diferenadeconcentrao). .......................................................................................104FIGURA35 IlustraodanolinearidadedosensordepH................................................105FIGURA36 RespostadocontroladorGMVaplicadoplantapiloto. ................................107FIGURA37 Perfildosparmetrosestimadosnoprocessoreal.(a)Geral.(b)Comampliao........... ..............................................................................................................................107FIGURA38 RespostadocontroladorGMVaplicadoplantapilotoconsiderandoseavarivelY(diferenadeconcentrao). .......................................................................................108FIGURA39 RespostaComplementardoprocesso,comampliao. ................................ 109

  • 13

    Lista de Tabelas TABELA1 EscolhadoPontodeOperaodoProcesso........................................................65TABELA2 DeterminaodoTamanhodeumaRajada ........................................................70TABELA3 VelocidadedasRajadasemFunodaAodeControle ................................71TABELA4 VazoMdiadecidoemFunodaAodeControle..................................73TABELA5 ParmetrosdoControladorPID ...........................................................................81TABELA6 ParmetrosdoControladorPIDapsresintonia..............................................90

  • 14

    Lista de Smbolos PVvariveldeprocesso.MVvarivelmanipulada.PIDcontroladorproporcionalintegralderivativo.ARMAXautoregressivemovingaveragewithexogenousinput.ARIMAXautoregressiveincrementalmovingaveragewithexogenousinput.GMVControladordeVarinciaMnimaGeneralizado.GPCControladorPreditivoGeneralizado.Nhorizontedepredio.NUhorizontedecontrole.pesonosinaldecontrole.zvariveldiscreta.YdiferenadeconcentraoentreosonsH+eOH.Vvolumedotanquedemistura.Fvazodesoluo(l/s).Cconcentraodasoluo(mol/l).constantedetempo.referncia.[H+]concentraodoonH+.[OH]concentraodoonOH.relaodefiltragemparaofiltrodemdiamvel.Tsperododeamostragem.a1a,b0a,dparmetrosdoprocesso. Lista de Subscritos acido.bbase.kinstantedeamostragem.

  • 15

    1. Introduo

    1.1. Motivao do Projeto

    Malhas de controle de pH so usualmente encontradas no mbito industrial

    [Gustaffson e Waller, 1992], bem presentes em processos qumicos, biolgicos,

    farmacuticos,ena indstriaalimentcia.Comoalgunsexemplosmaisespecficos,podem

    sercitadasasestaesdetratamentodeesgoto.KravariseWright(1991)afirmamquepara

    se retirarmetaispesadosde fluxos contaminadosdemodo a evitar a poluiodomeio

    ambiente, omtodomais empregado consiste no controle do pH,de tal forma que seja

    minimizadaasolubilidadedosmetais.Tambmque,emprocessosbiolgicos,ocontrolede

    pHpodeserutilizadoparapossibilitarocrescimentodeclulas.Aindahojeexistemvrios

    estudos na rea demodelagem e de estratgias avanadas de controle voltadas para os

    processosdecontroledepH.

    OpH normalmente controladopormeiodeumprocessodeneutralizao.Um

    tpicoprocessoindustrialmostradonaFigura1.Basicamente,quandoumcidoreagecom

    umabasecaracterizadaumareaodeneutralizao,representadapor

    2H OH H O+ + ,(1.1)

    ondeH+ o hidrognio inico, eOH representa o on hidrxil.O pH, ou potencial de

    hidrognioinico,podesercalculadoatravsdaexpresso

    log[ ]pH H += ,(1.2)

  • 16

    FIGURA 1 - Processo Industrial Tpico de Controle de pH FONTE: [Kravaris e Wright, 1991]

    naqual[H+]representaaconcentrao,emmol/l,dosonsdehidrognionasoluo.Agua

    temacaractersticadeterovalordepHconsideradoneutro,iguala7.Porexemplo,seem

    um meio alcalino ou seja, caracterizado por uma maior presena do on hidroxila,

    portanto ummeio bsico for adicionado um cido, o seu pH ir diminuir, visto que

    aconteceroreaesdeneutralizaoentreosdoisonsqueaumentaroaconcentraode

    onshidrognioediminuiroadeonshidroxila.Taisreaessocomprovadastendoem

    vista que a constante de equilbrio da gua vale 1014, que igual ao produto das

    concentraesdecidoebase [Yln,2001]. Isso significaque,emgua,oprodutodestas

    concentraessersempreiguala1014.Assim,paraqueaconstantenosejaalterada,aoser

    adicionado um concentrado cido, uma parte dos ons de caracterstica bsica deve ser

    consumida na neutralizao. Podese perceber que a concentrao de ons hidrognio

    realmente pode ser aumentada aps uma adio desse tipo devido ao fato de a reao

    mostrada em (1.1) ser bidirecional, evidenciando que nem todos os ons H+ seriam

    consumidosnareao.ValorestpicosdepHgiramentre0e14,paraconcentraesdeH+

    entre1e1014mol/l.

  • 17

    Oprocesso ilustradonaFigura1consistedeum tanquedemistura,noqualopH

    devesercontrolado.AvazoFcorrespondeaoconcentradoasertratadopormeiodavazo

    u,denominadavazodetitulao.Porexemplo,avazoFpodeserumconcentradobsico,

    pormdevesertornadoneutroparapoderprosseguirnoprocesso.Esseconcentradopode

    serneutralizadopormeiodeumasoluocida,quecorresponderiavazou.Tendoem

    vistaamedidadopHno tanque,um controladordeterminariaaaberturadavlvulade

    controledavazouparatentlomanteremumacertareferncia.Otanqueagitadopara

    garantirrelativahomogeneidadenotanquedemistura,tornando,dessaforma,amedidade

    pHrealizadapelosensoremumpontomaisrepresentativadopHmdiodotanque.

    primeiravista,pareceumproblemadecontrolecomum.Entretanto,agrandeno

    linearidade do processo provoca dificuldades para qualquer sistema de controle. O

    processopossuiganhosquepodemvariaremalgumasordensdegrandeza,dependendo

    dopontodeoperao.SegundoGustaffsoneWaller(1992),substnciastampopodemser

    adicionadas no tanque para diminuir as nolinearidades. Dessa forma, estratgias de

    controlelinearpodemsermelhorempregadas.

    Entretanto, nem todo processo industrial utiliza esse artifcio, e a simples adio

    dessas substncias pode no resolver completamente o problema. Logo, estratgias de

    controle que consideram esta grande nolinearidade devem ser desenvolvidas. Como

    exemplo,aFigura2mostraacurvadetitulaodeumprocessodeneutralizaodeuma

    baseforteapartirdeumcidoforte.Ummeiomaiscidoquantomenorforseuvalorde

    pH,emaisbsicoquantomaiorforseuvalordepH,sendoambososvaloresemrelaoao

    pHneutro.Pormeiodessacurva,podeseperceberqueoganhodoprocessonaregiode

    pHiguala7muitomaiordoqueaqueleparavaloresdepHmaioresdoque11emenores

    doque3.Essacurva foideterminada teoricamenteporRocha (2006)paraaplantapiloto

    utilizadaparaesteprojeto.Vale lembrarqueacurvadetitulaonormalmenteexpressa

    pela abertura da vlvula de controle x pH,mas que, segundo Rocha (2006), para um

    processocidofortebaseforte,oeixodasabscissaspodeserexpressocomoarazoentrevazes

    ouvolumesdecidoebase.

  • 18

    FIGURA 2 - Curva de Titulao de um Processo de Controle de pH FONTE: [Rocha, 2006]

    Da grande nolinearidade, derivase outro problema que tem impacto sobre os

    atuadoresdoprocesso.Para controlaropHnas regies emqueosganhos somenores,

    visando conseguir promover uma alterao significativa do seu valor, o atuador deve

    proverumaumentorelativamentegrandedavazodetitulaovazodecidooubasea

    sermanipuladapelocontroladorparaocontroledepHparasercapazdealteraropH.

    Porexemplo,paramudaropHde7para3,avlvuladeverproverumavazodetitulao

    1,5 vezes maior que a vazo de base, aproximadamente, considerandose a Figura 2.

    Entretanto,casoocontrolesedna regiodepHprximoa7,asalteraesnessavazo

    devem ser extremamente pequenas, visto quemnimasmudanas na vazo de titulao

    promoverograndesmudanasnovalordepH.Portanto,oatuadordeveria terumaalta

    resoluo aliada a uma grande faixa de operao, caractersticas difceis de serem

    encontradas em conjunto. Alm desses dois, existe um problema mais raro de

    tamponizaodotanque,queconsistenapossibilidadedequeopHaumentemesmoquea

  • 19

    concentrao de base aumente ou diminua, dependendo da concentrao de espcies

    tampopresentesnomeio[McAvoyetal.,1971].

    Para resolver essesproblemas, inmeras estratgiasvm sendo adotadas.Noque

    tange modelagem do processo,modelos vm sendo desenvolvidos para possibilitar o

    controledepHpormeiodeoutrasvariveisdeprocesso,que tm relao comopHdo

    mesmo [Naranayan et al., 1997].Autilizaodestas variveispermite transformar opH

    paravaloresmais lineares, fazendocomqueocontroledoprocessosejamais fcildeser

    projetado. Dentre elas, citada a diferena entre as concentraes de H+ e OH. A

    concentrao dessas espcies varia linearmente com a vazo de titulao, e pode ser

    diretamenterelacionadacomopHatravsdeumaexpressomatemtica,desenvolvidano

    ApndiceIRelaodeTransformaoentrepHeY.Sendoassim,opHmedidopodeser

    convertido para essa nova varivel, e o controle pode ser realizado pormeio de seus

    valores.OutrasvariveiscitadasporNaranayanecompanheiros(1997)soaconcentrao

    deonsdehidrognioeoequivalentedecidoforte,descritocomdetalhesem[Kravarise

    Wright,1991].SegundoLohecompanheiros(1995), jforampropostasmodelagenscaixa

    pretaparaprocessosdecontroledepHparecidoscomodestaplantapilotopormeiode

    redesneurais,queapresentamdificuldadesdeaproximaodevidoescolhadosvalores

    passados de entrada e de sada a serem utilizados. Esse autor ainda desenvolve uma

    propostahbrida,comredesneuraisbaseadasemummodelofsicodoprocesso.

    J com relao s estratgias de controle avanado aplicadas no controle deste

    processo, Rocha (2006) cita tcnicas de controle avanado, como controle adaptativo,

    multivarivel,preditivobaseado emmodelo, fuzzy, robusto,baseado em redesneurais e

    timo.EstastcnicassocandidatasevmsendoutilizadasnocontroledepH.Naranayane

    companheiros(1997)citamqueestratgiasdecontroleviaIMCadaptativonolinearforam

    aplicadas alguns processos, considerando essas variveis alternativas. Tcnicas de

    controle por redes neurais adaptativas com modelo de referncia, conhecida como

    MRANNC(ModelReferenceAdaptiveNeuralNetControl)foramusadasem[Lohetal.,1995].

    Almdisso,Tadeoe colaboradores (2000) citamque controladores linearesadaptativose

  • 20

    baseadosemmodelotambmvmsendoutilizados,eoptampelodesenvolvimentodeum

    controle robustopara esse tipode sistema. J foram empregadas tambm estratgiasde

    controle preditivo baseado emmodelo,MPC, como em [Gomez et al., 2004].Os autores

    comparamodesempenhodeum controledesse tipobaseadoemummodelo linear com

    outrobaseado emummodelodeWienerdoprocesso,obtidopeloprprioautor.Porm,

    seusresultadossocomparadosapenasviasimulaoenosoestendidosumprocesso

    real.

    Pormeiodestespargrafosiniciais,consegueseteravisogeraldequeoproblema

    vemsendobastanteestudado,equeaindanosechegouaumconsensosobreamelhor

    estratgiaaseradotada.Todasasnovasestratgiasdecontrolepropostasvmsolucionar

    problemasdasestratgiasanteriores,mastambmapresentamlimitaes.Aintenodesse

    projeto utilizar estratgias de controle avanado na planta piloto do Laboratrio de

    ControledeProcessosIndustriais,quejseencontraautomatizada,comoobjetivodeobter

    umcontrolesatisfatriodopHemvrias faixasdeoperao.Essaplantaserdescritano

    Captulo2.

    1.2. Escopo do Trabalho

    PelarazodeexistiremtantosproblemasnocontroledepH,estetrabalhotemcomo

    principal objetivo desenvolver estratgias de controle avanado plausveis de serem

    aplicadasplantapilotodecontroledepH,descritanoCaptulo2,paratentarresolverum

    problemaparecidocomaquelesdescritosnoitemanterior.

    Alguns problemas que podem ocorrer no controle de pH nesta planta so

    apresentados, juntamente com formasdeminimizlos.Porm, nem todos osproblemas

    podemserresolvidosdiretamente,porestarem foradasatribuiesdeumengenheirode

    controle e automao. Por exemplo, recomendado por Shinskey eGerry (2002) que o

    tanquedemisturatenhaasmesmasmedidasdelargura,comprimentoealtura.Ocontrole

    deumprocesso com esta caractersticadeve ser feitodamelhor formapossvel,mesmo

  • 21

    sabendosequeesta limitaoprejudica tal controle.Ou seja,a funodo engenheirode

    controlenoresolverproblemasdeprojetodoprocesso,massimcontrolaroprocessoda

    formacomoelelheapresentado.

    Amodelagemdoprocesso tambmrealizada.Estudos jforamrealizadosparaa

    obteno desse modelo, mas ainda restam algumas lacunas. Dentre elas, destacase a

    desconsideraodosefeitosdabombaperistltica,atuantenocontroledavazodeentrada

    de cidonoprocesso.Essa bomba tem a caractersticade emitir rajadasdo concentrado

    cidoemquesto,comumperododependentedaaodecontroleaplicada.Oefeitodessa

    rajadapodedesviarmuitoopHdoseuvalorinicial,principalmenteseaPVestivernafaixa

    de pH prxima a 7.Mesmo que esse efeito ainda no tenha sido descrito em trabalhos

    anteriores relativos a esteprocesso, conclusesde grande valia j foram obtidasno que

    tangemodelagemdeoutroselementosdoprocesso,sendoapenas reapresentadasneste

    texto.

    Apartirdamodelagemdoprocesso,umsimulador foidesenvolvido,pormeiodo

    software MatLab. Esse simulador capaz de representar razoavelmente bem o

    comportamentodoprocesso,possibilitandoumaplataformade testespreliminaresparao

    projetista,queproporcionaeconomiade tempoeestudoderesultadosantesdaaplicao

    doscontroladoresdesenvolvidosdiretamentenoprocessoreal.

    As estratgiasde controleescolhidas foramdesenvolvidas em linguagemMatLab,

    para testes de simulao. Escolheuse implementar dois controladores adaptativos,

    conhecidoscomoGMV(GeneralizedMinimumVariancecontroladordevarinciamnima)e

    GPC (Generalized Predictive Control controlador preditivo generalizado). Aps obtido

    sucesso nesses testes, as estratgias foram implementadas emDelphi, em um programa

    responsvelporrealizarainterfaceentreoCLPeoPC,desenvolvidoporRocha(2006).O

    CLP,nessecontrole,serveapenascomo interfaceentreoPCeoprocesso,epara realizar

    intertravamentos.AlimitaodeseprojetartaiscontroladoresdiretamentenoCLPvemdo

    fato de ele s realizar aritmtica de ponto fixo, o que torna o custobenefcio de uma

    implementao externamuito maior. A ao de controle calculada diretamente pelo

  • 22

    algoritmo implementado no PC. Com essa estrutura em pleno funcionamento, so

    realizados testes reais na planta paramedir o desempenho das estratgias de controle

    implementadas.

    Aps os testes reais, so realizadas comparaes entre o desempenho real e o

    simulado. Alm disso, os pontos fortes e fracos de cada estratgia implementada so

    explicitados, sendo inclusive apresentadas algumas dificuldades na implementao das

    estratgiasescolhidas.

    1.3. Organizao do Texto

    O texto est dividido em sete captulos. O Captulo 2 apresenta uma descrio

    detalhada da planta piloto, contendo informaes sobre sua localizao, estrutura,

    atuadores, objetivos de controle e comunicao entre o processo e o controlador. Os

    componentes bsicos da planta so especificados, bem como seu princpio de

    funcionamento.

    Ametodologiado trabalho descritanoCaptulo 3.Nele, incluemse tcnicasde

    modelagem para os componentes do processo, e consideraes feitas. A influncia da

    agitao no desempenho do processo mostrada, teoricamente. A teoria bsica de

    implementaodas estratgiasde controle avanado escolhidaspara serem aplicadas ao

    processotambmapresentada,bemcomoaimplementaodeumcontroladorPID.

    OCaptulo 4mostra amodelagem desenvolvida para o processo. Incluimodelos

    obtidos para o controle de nvel, do pH do tanque de mistura, e para os sensores e

    atuadoresdoprocesso.Almdisso,apresentaosefeitosdaagitaonomodelodoprocesso.

    NoCaptulo5apresentadoosimuladordoprocessoparaocontroledepH.Alm

    disso, este captulo detalha as implementaes das estratgias escolhidas, incluindo o

    mtodo de estimao online dos parmetros, do qual dependem os controladores

    adaptativosqueforamimplementados.

    OCaptulo6apresentaosresultadosdassimulaesetestesreaisparaocontrolede

    pHutilizando as estratgiasde controle implementadas.Comparaes so feitas entreo

  • 23

    desempenho das estratgias, tendo em vista seus pontos fortes e fracos no controle do

    processoreal,bemcomoentreodesempenhorealeosimulado,parademonstraronvelde

    qualidadedosimulador.OstestesreaissorealizadoscomoscontroladoresPIDeGMV,e

    seusresultadostambmsocomparados.

    A concluso do presente trabalho, desenvolvida no Captulo 7, faz alguns

    comentriosfinaisedefinenovasdireesnasquaispoderosebasearfuturostrabalhosna

    plantapiloto.

  • 24

    2. Descrio da Planta

    A planta piloto utilizada neste projeto localizase no Laboratrio deControle de

    Processos Industriais, LCPI, doDepartamento de Engenharia Eletrnica, no campus da

    UFMG.Nestecaptulodescritoocomportamentodaplanta,bemcomoseuscomponentes.

    Outradescriodamesmapodeserencontradaem[Rocha,2006].Aplantatemoobjetivo

    desimularumprocessodecontroledepH,noqualumfluxodeconcentradobsicodeve

    serneutralizadoporumavazode concentradocido, controladaporuma estratgiade

    controlequalquer.

    Uma ilustrao da planta real mostrada na Figura 3.A planta consiste de trs

    tanques,sendodoistanquesdearmazenamentoeumdemistura.Otanquedemistura,da

    marcaNalgon,cilndrico,suportatemperaturasat135C,temcapacidadede5lepossui

    uma escala demedida de volume, que vai desde 500 a 4500ml, sendo perfeitamente

    indicadopara resistir s condiesoperacionaisdoprocesso.Osoutrosdois tanques,da

    marca Permution,modelo Barrilete, de dimenses iguais a 42 cm de altura e 16,5 cm de

    dimetro, tambm so cilndricos, so construdos em epxi [Permution, 2005], tm

    capacidadede20l,possibilitamvisualizaoexternadonvelcomescalaemvolumeetm

    utilidadequandodoarmazenamentodas soluesbsicaecida,enviadasao tanquede

    mistura. No tanque de mistura, a agitao realizada por meio de um agitador

    eletromagntico, marca Fisatom, modelo 753, de 50W de potncia e alimentao 115V.

    Maiores detalhes podem ser encontrados em [Fisatom, 2005]. O nvel de agitao

    controladomanualmente, por um potencimetro, cuja escala varia de 0 a 8. O tanque

    responsvelporreterasoluobsicaconectadoao tanquedemisturadiretamentepor

    umamangueira.Avazodebaseregulada,semnenhumaformadecontrole,pormeioda

    aberturadeumatorneira,localizadanasadadotanque.

  • 25

    FIGURA 3 - Ilustrativo da Planta Piloto de Controle de pH FONTE: [Rocha, 2006]

    Jotanquecontendoasoluocidasecomunicacomodemisturaatravsdeuma

    bomba peristltica, marca Omega, modelo PHP53, tipo T, com 100VA de potncia e

    alimentaode115V,ecomandoeltricodecorrentede4a20mA.Abombatambmpode

    sercontroladamanualmentepormeiodeumpotencimetro,opoescolhidapormeiode

    umachaveseletora.Essabombafoiescolhidaparatransportarasoluocidaentreosdois

    tanques por ser resistente corroso provocada pelo cido. Outras vantagens e

    desvantagensdessetipodebombapodemserencontradosem[Rocha,2006].Umasegunda

    bomba, idntica descrita, responsvel por regular a vazo de sada do tanque de

    mistura.Informaestcnicassobreasbombaspodemserencontradasem[Omega,1996].

    As duas bombas formam, portanto, o conjunto de atuadores do processo e a sua

    configuraopossibilita:

  • 26

    1. o controledopHno tanquedemisturapormeiodaprimeirabomba, cuja

    aodecontroleregulaaquantidadedeconcentradocido,atravsdavazo

    da soluocida,necessriaparaneutralizaravazodebasequeentrano

    tanquedemistura;

    2. ocontroledenveldomesmotanque,condioindispensvelparaocontrole

    depH,explicadanoCaptulo4,devidopresenadasegundabomba.

    ParamediodopHno tanquedemistura,osensordepH,marcaOmega,modelo

    PHB72[Omega,1988]foiadotado.Temumafaixadeoperaode0a14pH,resoluode

    0,001 pH e acurcia de 0,005 pH.A tenso de sada domesmo vai de 0 a 700mV,correspondendo faixade0a14pH [Omega,1988].Aindapossuium transdutordigital,

    sendoumvisordeLEDsde4dgitos,ecompensaoautomticadetemperatura,visto

    queamedidadepHmuito influenciadaporesse fator.Neste trabalho,a compensao

    automtica de temperatura no foi utilizada por encontrarse com defeito. O eletrodo,

    responsvelpelamedidadepH,construdocomumasoluo3,5MdeKClecomcorpo

    devidro.Essa soluouma refernciaparaqueo sensor consigaproduzirum sinalde

    tensoquesejaproporcionalaopHdasoluomedida.Informaessobreofuncionamento

    desensoresdepHpodemserobtidasem[McMillan,1994].OsensordepHposicionado

    em um lugar relativamente alto no tanque demistura, por intermdio de um suporte,

    devidoarestriesdesecolocarosensormaisfundonotanque.SegundoShinskeyeGerry

    (2002),omais indicadoposicionarosensorprximosadado tanque,oque tentouse

    fazerduranteostestesaosecolocaromesmoemumaposioimediatamentesuperiorada

    sadadotanque.

    ComooCLPtemumafaixadeentradadesinaisanalgicosde 10V,foinecessriomontarumcircuitoeletrnicoqueamplificasseosinalprovenientedosensordepHantes

    que omesmo fosse transmitido ao prprio CLP.O circuito amplificador constitudo,

    basicamente,peloamplificadoroperacionalTL071.DoisdessesCIsforamutilizados.Esse

  • 27

    circuitodescritocomdetalhesem[Rocha,2006],ondeasvantagensdesteamplificadorso

    evidenciadas.

    Onveldo tanquedemisturamedido comoauxliodeum sensorultrassnico,

    tambmdamarcaOmega,modeloLV402,com transdutordigitalde4dgitos.A faixade

    operaode15,24a914,4cm,e forneceumacorrentedesadade4a20mA.Onvel

    inferidoapartirdadistnciaentreosensoreasoluodotanque.Essadistnciacalculada

    apartirdotempodecorridoparaqueosinalacstico,de30a300KHz,emitidopelosensor

    sejarefletidopelasuperfciedasoluoeretorneaoprprio.Portanto,omesmosfunciona

    para superfcies refletoras, mas pode servir para medir distncias diversos tipos de

    materiais.OsinaldesadapodeserobtidoatravsdainterfaceRS232presentenosensor.

    Maioresdetalhessoapresentadosem[Rocha,2006]e[Omega,1997].Paraligarosinalde

    correntedasadadosensoraoCLPfoinecessriaumaadaptao,cujodiagramaeltrico

    descritoem[Rocha,2006].

    Paracontrolaroprocesso, fazseousodeumPCeumCLP.OCLPresponsvel

    porreceberasmedidasdosensorultrassnicoedepH.Comoamedioadvindadosensor

    ultrassnico apenas representante da distncia entre o sensor e o nvel do tanque de

    mistura,amesmadeveser transformadaparaasuacorrespondentedenvel.Almdessa

    funo,oCLP fica responsvelpelocontroledonveldaplantaeporenviarossinaisde

    controle calculados pelos algoritmos de controle, implementados no CLP e no PC, s

    respectivasbombas.Porsermaiselaborado,oalgoritmodecontroledepHimplementado

    nocomputador,principalmentedevidoaofatodequeoCLPpodeserprogramadoapenas

    emlinguagemladder,oquetornaextremamentedifcilaimplementaodasestratgiasde

    controleavanadoescolhidasdiretamentenoprprio.

    OCLPescolhidodamarcaKeyence,modeloKV300.umminiCLP,compostopor

    ummdulo de alimentao, KVU4, outro de I/O analgicos, modelo KVN6, e outro

    mdulo processador com 10 entradas e 4 sadas digitais. Omdulo de I/O analgicos

    consiste de 4 entradas ( 10V, 5V, 0 a 20mA) e 2 sadas analgicas ( 10V, 5V, 4 a20mA).Ovalorde tensonas entradas/sadas configuradopelousurio.O softwarede

  • 28

    programaodoCLP,comojdito,ssuportaalinguagemladder,efoidesenvolvidopara

    ser executado em ambiente Windows. O CLP se comunica com o computador por

    intermdio de uma porta RS232. Informaes mais detalhadas sobre o CLP so

    apresentadasem[Keyence,1999].

    Ocomputador ligadoaoCLP,eambossecomunicampormeiodeumaplacade

    aquisiodedados,comconversoresA/DeD/A,de10bits,responsveisportransferiros

    sinaisdossensoresparaocomputadoreossinaisdecontrole,calculadospeloPC,parao

    CLP, respectivamente.As funesdoPC soasde colhere filtrarosdadosdoprocesso,

    calcularossinaisdecontroleparamanteropHprximoreferncia,enviartaissinaisao

    CLPepossibilitaroarmazenamentodosdadosdetestes,contendoasmediesdenvele

    pH,ossinaisdeatuao,eosparmetrosestimados.OPCumAMDAthlon1800+,com

    512MBdememriaRAM,esistemaoperacionalWindowsXP.

    Oobjetivode controlemanter tantonvelquantopHomaisprximosquantoo

    possvel de suas respectivas referncias. A primeira condio, como j frisado,

    fundamental paraum bom controle de pH, visto que omodelo linearizado obtido para

    controleobtidoconsiderandoseumnvelestvel.Essacondiomostradacomdetalhes

    noCaptulo4.

  • 29

    3. Metodologia

    Nessecaptulodescrita,brevemente,ametodologiadeexecuodesseprojeto.Em

    primeirolugar,serdiscutidaamodelagemdoprocesso.Grandepartedessetrabalhojfoi

    feita em [Rocha, 2006]; entretanto, algumas lacunas ainda devem ser preenchidas. Ser

    citadatambmaformadecontroledenveldotanquedemistura, jabordadaporRocha

    (2006).Aspartesmais importantesdesteprojeto,correspondendoaodesenvolvimentode

    um simulador para o processo e implementao de estratgias de controle avanado,

    seroapresentadasemseguida.Ocaptuloencerradocomalgumasconsideraesfinais.

    3.1. Modelagem do Processo

    3.1.1. Modelagem do Processo de pH

    Porserextremamentecomplexo,esteprocessopossuivriosdetalhesquedevemser

    levadosemcontaantesdeseelaborarqualquertipodeestratgiadecontrole.Paraentender

    algumasdessaspeculiaridadesdevese,primeiramente,compreenderomodelofsicodetal

    sistema.

    UmadasgrandesdificuldadesqueacompanhamocontroledepH,eamaisvisvel,

    residenagrandenolinearidadedoprocesso.Aprincipaldelasreferentemudanade

    ganho em vrias ordens de grandeza, como j mostrado na Figura 2. Essa mudana

    impossibilitaqueumsimplescontrole linearpossaoperaremvriospontosdeoperao,

    controlandodiretamenteavarivelpH.

    Esforosjvmsendofeitoscomrelaoessaquesto.Naranayanecompanheiros

    (1998)abordamousodevariveisauxiliaresparatornaroganhodoprocessomaislinear.

    Nessetrabalho,osautorescitamqueadiferenanaconcentraodeonsH+eOHvariade

    formapraticamente linearparaumprocessocidofortebaseforte,queocasoestudado

  • 30

    naplantapilotodescritanoCaptulo2,comomostradonoCaptulo4.Rocha(2006)derivao

    modelodoprocessopormeiodeumbalanosimplesdemassa,modeloestequedadopor

    ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )a a b bdYV F t C t F t C t F t Y tdt

    = ,(3.1)

    onde:

    Vovolumedotanquedemistura(l); YadiferenanasconcentraesdosonsH+eOH(mol/l); Faavazodeentradadecidonotanquedemistura(l/s); Fbavazodeentradadebasenotanquedemistura(l/s); Caaconcentraodasoluocidadotanquedecido(mol/l); Cbaconcentraodasoluobsicadotanquedebase(mol/l); Favazodesadadotanquedemistura(l/s).

    A escolhadavarivelYparaamodelagem e controledoprocesso sedeudevido fcil

    transformao entre o pH e seu valor. Tal relao de transformao encontrada no

    ApndiceI.

    Paraencontrarafunodetransfernciacorrespondenteparaesseprocesso,setorna

    necessriaalinearizaoemtornodeumpontodeoperao.Oobjetivoobterummodelo

    emfunodavazodeentradadasoluocida,queserusadanocontroledopH.Rocha

    (2006) apresenta tambm essemodelo, lembrando que as variveis assinaladas com ()

    determinamopontodeoperaodaplanta.Afunodetransferncia,ento,

    ' ( ' ')( )( )( ) 1

    a a bpHa

    a

    C F FY sG sF s s

    += = + ,(3.2)

  • 31

    queummodelodeprimeiraordem, sem tempomortodevidoao fatodea reaode

    neutralizaoserextremamente rpida,cujo tempode reaopodeserdesconsiderado,

    comconstantedetempoiguala

    '' 'a b

    VF F

    = + .(3.3)

    Damesmaforma,podeseobteromodeloquerelacionaadiferenadeconcentrao

    comavazodebase

    ' ( ' ')( )( )( ) 1

    b a bpHb

    b

    C F FY sG sF s s

    += = + .(3.4)

    Poressesmodelos,percebeseque,paraaproximaroprocessodeumsistemalinear,

    ovolumedo tanquedemisturadeve ser constante,bem comoasvazesdeentradadas

    soluescidaebsica,almdaconcentraodeonsH+eOHnassoluescidaebsica.

    Paramanterovolumeconstanteumcontroladordenvelincorporadoaosistema,oqual

    deve terumbomdesempenhoparapermitirqueomodelo linearizado representebemo

    processo.Vale lembrarqueavazodebasereguladapormeiodeumsimplesregistro;

    esta varivel ser considerada como perturbao constante para os controladores

    projetados.Rocha(2006)comentaqueaderivaodessemodelosupehomogeneidadeno

    tanquedemistura,oqueumaaproximaovlidadadasasdimensesdo tanqueeas

    pequenasvazesdeentrada.Valeaindaobservarque,paralinearizaodomodelo,avazo

    de concentrado cido deveria permanecer constante, o que no acontecer no processo,

    vistoqueabombaquereceberaaodecontrolecalculadapelocontroladorresponsvel

    poressavazo.Ovalorutilizadonessalinearizaoserescolhidocombaseemumamdia

    obtidanasimulaoparaocontroledopHprximoaovalorneutro,7.

  • 32

    Porltimo,restaobteromodelodiscretizadodoprocesso.Essemodeloimportante

    quandodoprojetodosimuladorparaoprocesso.Paraobtlo,bastadiscretizarasfunes

    detransfernciacontnuasdadaspor(3.2)e(3.4).Natransformaoparaomodelodiscreto

    jseconsideraapresenadeumextrapoladordeordemzero,cujafunomanterovalor

    da varivel manipulada constante entre os instantes de amostragem. A funo de

    transfernciadiscretaparaomodelodiferenadeconcentraovazodecidoequivalea

    111

    1 1

    ( )( )( ) 1

    dapHa

    a

    K zY zG zF z z

    = = ,(3.5a)' (1 )

    ' 'a

    daa b

    CKF F

    = + ,(3.5b)

    ondeST

    e = , eTS corresponde ao tempode amostragem escolhido.Damesma forma,paraomodelodiferenadeconcentraovazodebase:

    111

    1 1

    ( )( )( ) 1

    dbpHb

    b

    K zY zG zF z z

    = = ,(3.5c)' (1 )

    ' 'b

    dba b

    CKF F

    = + .(3.5d)

    Aescolhadotempodeamostragemdeveconsiderardiversosfatores.Rocha(2006)

    recomendasequeomesmosemantenhaentreoslimites

    15 10sT < < .(3.6)

  • 33

    Esses limites evitam o falseamento (aliasing) do sinal no caso, a varivel de

    processo.Maioresdetalhessobreosefeitosdotempodeamostragemsoapresentadosem

    [Rocha,2006].AescolhadoperododeamostragemserapresentadanoCaptulo4,eno

    Captulo6apresentaseumajustificativadessevalorbaseadaemtestesreais.

    3.1.2. Modelagem do Processo de Nvel

    Omodelodenveltambmpodeserdeduzidodeumbalanodemassasdosistema

    [Rocha, 2006]. Este balano indica que a variao demassa no sistema igual vazo

    mssicadeentradamenosavazomssicadesada.Dessaforma,temosque:

    s b a a b b s sdhA F F Fdt

    = + ,(3.7)onde:

    Sadensidadedasoluodotanquedemistura(kg/l); Abareadabasedotanquedemistura(m2); aebsoasdensidadesdassoluescidaebsica,respectivamente(kg/l); FaeFbsoasvazesvolumtricasdeentradadasoluocidaebsicanotanquedemistura,respectivamente(l/s);

    Fsavazodesadadotanquedemistura(l/s);Apartirdessasequaes,Rocha(2006)obtmafunodetransfernciadoprocesso

    comosendo

    3 3 3a b

    s s

    10 10 10( ) ( ) ( ) ( )a b sb b b

    H s F s F s F sA s A s A s

    = + .(3.8)

    A constante103encontrasepresenteapenaspara transformarasunidadesde litrospara

    metroscbicos.

  • 34

    3.1.3. Variao da Vazo de Base em Relao Altura do Tanque

    Umadificuldadeadicionalparao controledopH se refere alturado tanquede

    base.DeacordocomAlvarengaeMximo(1999),apressonointeriordolquidovariade

    acordocomaalturadomesmonoreservatrio,atravsdarelao

    ap p gh= + ,(3.9)

    ondepapressonointeriordotanqueemumpontoqualquer,paapressoatmosfrica,

    adensidadedolquido,gaaceleraodagravidadeehalturadolquidoemrelao

    aopontoaoqualsequerdeterminarp.Essapressoimportantenadeterminaodavazo

    desadado tanquedebase,vistoquealtimanocontrolada,eproporcionadaapenas

    porumaaberturadeumavlvula(torneira).Dessaforma,casoapressoaumente,avazo

    desadaaumentar.

    Nostestesrealizados,onveldotanquedebasefoimantidoconstantemanualmente,

    poisnoexiste,noprocesso,umsensorparamedironveldotanquedebaseeumatuador

    paracontrolaraaberturadavlvuladesada.Anecessidadedemanterestenvelconstante

    vemdaprpriaderivaodas funesde transfernciadoprocesso,vistoqueavazode

    basedevepermanecer constantepara que omodelo fsicodoprocessodepHpossa ser

    linearizadoemtornodeumpontodeoperao.

    3.1.4. Sensor de pH

    O objetivo dessa etapa verificar a dinmica correspondente ao sensor de pH.

    Dependendodarelaoentreaconstantedetempodoprocessoeaconstantedetempoda

    respostadosensor,estepodeinfluirnadinmicapercebidapelocontroleealteraromodelo

    doprocesso.

    O sensor de pH possui diversas particularidades. Com o tempo, materiais se

    depositamnamembranadomesmo, responsvelpor gerar adiferenadepotencialque

  • 35

    dependedopHdoprocesso,ealteramasuamedio,comimpactosgravesnocontroledo

    processo [Brandes, 2005].Outro agravante que o sensor deve estar permanentemente

    calibrado (sendo que sua descalibrao ocorre com bastante freqncia). Segundo

    informaesobtidasemumlaboratrioquerealizamediesfrequentes,paraseconseguir

    medidas precisas se tornam necessrias calibraes dirias [Resende, 2007]. Entretanto,

    processos industriais fazem calibraes com menor freqncia. Recomendase fazer a

    limpezadosensorperiodicamente[Brandes,2005],eestarepresentaumaboaoportunidade

    parafazeracalibrao.Almdisso,olquidoderefernciadoeletrododemediodeveser

    trocadoconstantemente.TaisfatoresmostramqueosensordepHrequermuitocuidado,e

    aqui so mostradas apenas algumas caractersticas peculiares, para que o leitor se

    familiarizecomoproblema.

    Rocha (2006) j apresenta omodelo do peagmetro, ou sensor de pH, da planta

    piloto desse projeto. Para tanto, o autor utilizouse domtodo da resposta ao degrau,

    explicitado em seu prprio trabalho.Omodelo derivado corresponde ummodelo de

    primeiraordem,daforma

    11pHmetro

    Gs= + ,(3.10)

    cujaconstantedetempomostradanoCaptulo4.

    3.1.5. Bombas Peristlticas

    Comojditoanteriormente,asbombasperistlticastmumefeitopreponderanteno

    comportamento do processo. Como esse efeito alteramuito a variabilidade da varivel

    controlada, pH, principalmente em regies de elevado ganho, decidiuse modellas

    conformedescritoaseguir.

    Para se entender o problema, em princpio, basta considerar o fato de que uma

    bombaperistltica emite rajadasdoproduto a ser bombeado.Essas rajadas tmvolume

  • 36

    fixo, cujo valor depende da construo da bomba. O sinal de controle, manual ou

    automtico,quedeterminaaaodabomba,regulaonmeroderajadasporintervalode

    tempo que a bomba emite. Considerando que, em um determinado tanque, se queira

    controlaroprocessoparaqueopHsemantenhaem7,porexemplo,equeaadiode6ml

    decidofaacomqueopHcaiaparaumvalorprximode4,secadarajadaemitidapela

    bombaperistlticaforde6ml,umagrandevariaonaPVserobservada.Esseproblema

    ocorrenaplantapilotodesseprojeto,enopodeserresolvido,apenasminimizado.Porse

    tratardeumsistemacidofortebaseforte,abombaperistlticaacabaporpromoveruma

    variabilidadegrandenocontroledopHemtornodarefernciadesejada,principalmentena

    regiodepHprximaa7,comomostradomaisadiantenestetrabalho.

    Dessaforma,paraseprojetarumbomsimulador,tornasenecessrioconsideraros

    efeitosde talbomba.Provitec (2006)explicaoprincpio fsicodo funcionamentodeuma

    bombaperistltica.Elaconstitudade:

    1. Cabeoteemformadeferradura,paraguiaramangueiradocartuchohidrulico;

    2. Oprpriocartuchohidrulico,queamangueiranaqualcorreoprodutoaserdosado;

    3. Osroletes,montadosnobraoportarolete,quepressionamamangueiradocartuchohidrulicocontrao

    cabeote;

    4. Oeixocentraldabomba,quegiraobraoportarolete;

    5. Conexoparamangueiradeaspiraodabombona(entradadabomba);

    6. Conexoparamangueiradeinjeo(sadadabomba);

    7. Motoreltrico,engrenagensdereduo,eletrnicadecontrolecomregulagem,leds,etc.

    AFigura4mostraumafoto(diagrama)ilustrandoaconstruodabomba.Osroletes

    so comandados pela ao de controle aplicada bomba.Ao girarem (sentido horrio),

    formase um vcuo namangueira de aspirao da bombona, que puxa o produto para

    dentropeloladoesquerdodabomba.Aocontinuargirando,oroletenoladodireitoliberaa

    passagemdoprodutoque entroupuxadopelovcuonamangueira,oque caracteriza a

    emissodeumarajada.

  • 37

    FIGURA 4 - Componentes de uma Bomba Peristltica FONTE: http://www.provitec.com.br/produtos/peristaltica.html, 2006

    Paramodelar os efeitos destemovimento da bomba, necessrio primeiramente

    saberovolumedeumarajada.Paratanto,foirealizadoumprocedimentodecalibraoem

    que, durante um intervalo de tempo suficientemente grande deixouse a bomba em

    funcionamento, emitindo as rajadas e acumulando o fluido bombeado em um tanque.

    Contouseonmeroderajadasemitidas,eapartirdovolumefinalnotanque,determinou

    seovolumedeumanicarajada,dividindoseovolumefinalpelonmeroderajadas.

    Feita a calibrao de rajadas, devese determinar a velocidade de emisso das

    rajadasemfunodosinaldecomandodabomba.Comabombaemmanual,enviaseuma

    aodecontroleconhecida(entre4e20mA,correspondentesa0e100%deao).Paraesse

    sinal,duranteumintervalodetemposuficientementegrande,contaseonmeroderajadas

    emitidas.Dividindoseessevalorpelotempocronometrado,obtmseonmeroderajadas

    porsegundoparaaquelaao.Esseprocedimentorepetidoparavriospontosdeformaa

    determinaracurvaestticadabomba.

    Oterceiroeltimopassoconsisteemtransferiressasinformaesparaasimulao.

    Paratanto,umavarivelarmazenaoquantoorolete,mostradonaFigura4, jgirou.Para

    finsdeexplicao,essavarivelser referidacomoR.Reparequeumgirode180dos

    roletescorrespondeemissodeumarajada.Cadaunidadedessavarivelsignificaqueos

  • 38

    roletes completaram um giro de 180, o que significa que essa varivel corresponde ao

    nmeroderajadasquedevemseremitidas.Paracadainstantedeamostragem,osimulador

    l a sada calculadapelo controlador (aode controleda bomba) e,pormeioda curva

    estticada bomba,determina onmerode rajadas a serem lanadas.O resultadodesse

    clculo,somadoaovaloranteriordeR,onmeroderajadasquedevemseremitidasno

    instanteatual.

    Entretanto, essa varivelpode ser fracionria.Caso isso ocorra, s aparte inteira

    deve ser consideradana simulaodas rajadas,pois a bomba real s emiteumnmero

    inteiroderajadas.OrestantedevepermaneceremR.Porexemplo,seonmero2,5 for

    calculado,osimuladordeveemitirumarajadaequivalentea2,eRdevepassaravaler

    0,5. Emitir uma rajada equivalente x significa, para fins de simulao, emitir naquele

    instanteumarajadacomvolumexvezesmaiordoqueovolumedeumanicarajada.Essa

    abordagemvemdofatodeque,noprocessoreal,podeacontecermaisdeumarajadaentre

    duas amostragens, e uma aproximao deste acontecimento na simulao pode ser

    implementadadessamaneira.

    Assim,modelasedeformamaisrealsticaosefeitosdabombaperistltica.Somente

    abombadeemissodeconcentradocidosermodelada.Paraocontroledenvel,esses

    efeitospodemsernegligenciados.AmodelagemdabombaapresentadanoCaptulo4.

    3.1.6. Efeitos do Agitador

    Oprojetodeumagitadorparaumdadoprocessorequermaiscuidadosdoquese

    pode imaginar. Pesquisadores da rea definem um termo, chamado tempo demistura

    (mixingtime),queserefereaotemponecessrioparaqueamisturaatinjaumcertograude

    homogeneidade [Delaplace et al,2000].Essesautoresainda citamque, juntamente coma

    potnciaconsumida,otempodemisturadeterminaaeficinciadosistemadeagitao.

    Otempodemisturapodesercalculadoapartirdapotnciadoagitadorque,porsua

    vez,dependedasdimensesdotanque,velocidadederotao,formatodoagitador,dentre

    outros fatores [Nienow, 1997], [Samaras el al, 2006].Dessa forma, o tipo de processo j

  • 39

    determinaosmelhoressistemasdeagitaoaseremutilizados.Umbomdimensionamento

    do processo resulta em um tempo de mistura dez vezes menor do que o tempo de

    residncia[Samarasetal,2006],querelacionadoconstantedetempodoprocesso.

    Outrodetalhedesse sistema que a agitao nodeve ser to forte aopontode

    provocar vrtices.Vrtices so redemoinhos que podem surgir em correntes de gua e,

    segundoPatterson (2005), reduzem a segregao e aumentam os gradientes relativosde

    concentraoentreregiesdefluidosnohomogeneizados.Emoutraspalavras,apresena

    de vrtices indica que o sistema est sendomal homogeneizado, condio vital para a

    modelagemdoprocessodepHutilizadanesseprojeto.

    Comrelaoplantapiloto,sabesequeaformadoagitadorfoiescolhidadeforma

    inadequadaanteriormente,vistoque,emtanquesdemistura,oagitadordeveprovocarum

    fluxotransversal,enoradial[McMillan,1994].Fluxoradialsignificaparaleloaoagitador,

    e,nocasodaplantapiloto,aofundodotanque,enquantoofluxotransversalparalelos

    paredes do tanque. O formato do agitador atualmente presente na planta, segundo

    McMillan (1994), promove um fluxo predominantemente radial, inadequado para

    promoverahomogeneizaodesejada,oquepodedificultaraindamaisocontroledepH

    notanque.Essaescolhafoifeitapeloprojetistadeformaatornaraplantapilotoumobjeto

    deestudosmaisinteressante.

    Para contornar esses problemas, a idia realizar umamodelagem emprica dos

    efeitosdoagitadornoprocesso.Acreditase,porexperimentaonaprpriaplantapiloto,

    que a agitao promove uma variao na velocidade de resposta do processo. Quanto

    maioraagitao,maisrpidaseriaaresposta.Alguns tanques,semelhantesao tanquede

    misturadaplantapiloto,soagitadospormeiodeumavazoderecirculaoaoinvsdo

    usodeturbinasouagitadores.Quantomaiorarecirculaodentrodeumtanque,maiora

    agitaoqueseucontedosofre.Sendoassim,podeserfeitaumaassociaodiretaentrea

    velocidadederotaodeumagitadorcomumavazoderecirculaohipottica,naqual

    umaumentonavelocidadede rotaodoagitadorprovocariaumaumentonavazode

    recirculao.

  • 40

    Reconsiderando a constante de tempo do processo,mostrada em (3.3), tendo em

    vista uma vazo de recirculao, podese estabelecer, baseado em [Jota, 1998], que a

    constantedetempodoprocessoseriaiguala

    '' ' 'a b r

    VF F F

    = + + ,(3.11)

    ondeFravazoderecirculao,eml/s.Pormeiodessaequao,podeseperceberqueum

    aumento da vazo de recirculao diminuiria a constante de tempo do processo, i.e.,

    aumentariaasuavelocidadederesposta.Esseresultadoodesejado,vistoqueavazode

    recirculaohipotticadiretamenteproporcionalaonveldeagitao.

    Dessa forma, basta modelar os efeitos do agitador como se a agitao fosse

    promovida por vazo de recirculao. O agitador possui um comando manual, que

    determinaavelocidadedeagitao,porumpotencimetrocujaescalavariade0a8,sendo

    que,quantomaiorovalor,maioraagitaopromovida.aceitvelqueestevalorchegue

    at3,ondese iniciaa formaodevrtices.Talvaloroescolhidoparaarealizaodos

    testes na planta, por promover a mxima homogeneizao sem formar vrtices

    significativos.

    Paraadicionarosefeitosdaagitaoaomodelodoprocesso,foirealizadoumteste

    de resposta ao degrau no processo real para o nvel de agitao adotado na planta,

    determinadopelocomandomanualdoagitador.Pormeiodarespostadoprocesso,podese

    determinar a constante de tempo utilizandose domtodo da Resposta Complementar,

    apresentadoem[Teixeira,2004].EstesresultadossoapresentadosnoCaptulo4.

    A constantede tempo terica calculadapara agitaonula,previstapela equao

    (3.3)comparadacomaobtidaparaonveldeagitaoescolhido.Talvalorsubstitudo

    naequao(3.11)e,comosvaloresdavazodecido,vazodebaseevolumedotanque

  • 41

    que determinam o ponto de operao do processo, calculado o valor da vazo de

    recirculaoequivalente.

    3.2. Controle de Nvel

    Como descrito no item 3.1.1, o volume do tanque demistura deve sermantido

    constanteparaqueoprocessopossaseraproximadoporumsistemalinear.Paraatingirtal

    objetivo,foidesenvolvidoumcontroladordenvelporRocha(2006).

    Ocontroladorpossuiapenasaoproporcionaleumdesacopladordemalhas,efoi

    implementadodiretamentenoCLP,porserrelativamentesimples.Osensordenvel tem

    respostadinmicamuito rpida,e seumodelopode ser considerado simplesmente como

    sendo um ganho. O controle feito mediante um sinal de comando para a bomba

    peristltica que controla a vazo de sada do tanque demistura.As outras vazes so

    consideradas como variveis de perturbao para o controlador. Maiores detalhes so

    encontradosem[Rocha,2006].

    Noescopodesseprojetoestincludoocontroledenvel,indispensvelparaobom

    comportamento dos controladores avanados que se pretende implementar. Portanto,

    consideraseonvelcomocontrolado,resultandoemumvolumedotanqueconstante,no

    desenvolvimentodosimuladoredastcnicasdecontroleaseguir.Contudo,sabesequeo

    controladorproporcionaumerronocontroledonveldotanquequandooscontroladores

    variamavazodeentradadecido,fazendocomqueopontodeoperaosejamudadoum

    poucodevidovariaodovolume.

    3.3. Projeto do Simulador

    Oobjetivodosimuladorteracapacidadederepresentaroprocessodecontrolede

    pHemumpontodeoperaopreviamenteescolhido,quedependedasconcentraesdas

    soluescidaebsica,dasvazesdeentradadassoluescidaebsica,edovolumedo

    tanque. O simulador foi construdo usando o software MatLab, por apresentar fcil

    manipulao de matrizes. Essa facilidade se mostra bastante atraente quando da

  • 42

    implementaodaestimaodeparmetrosedoGPC,mostradosnoitem3.4.1e3.4.3,por

    envolveremdiversasoperaesmatriciais.

    A sequncia que o simulador dever seguir mostrada na Figura 5.O primeiro

    passoparaoprojetodo simulador adefiniodopontodeoperaodoprocesso.Tal

    pontodeterminadopelaescolhadovolumedotanque,vazesmdiasdeentradadecido

    e base, e valores de pH das solues cida e bsica. A segunda etapa corresponde

    derivao da equao de diferenas que representa o processo no ponto de operao

    escolhido. Tal equao depende, inclusive, do valor escolhido para o perodo de

    amostragem.Porsetratardeumprocessodeprimeiraordem,aequaodediferenastem

    aforma

    1 0( ) ( 1) ( 1)a a a a ay k a y k b F k= + ,(3.12a)1 0( ) ( 1) ( 1)b b b b by k a y k b F k= + ,e(3.12b)( ) ( ) ( )a by k y k y k= + ,(3.12c)

    onde y(k) o valor da diferena de concentrao entre os onsH+ eOH no tanque de

    mistura, em mol/l; ya(k) o efeito da vazo do concentrado cido nessa diferena de

    concentraoeyb(k)ocorrespondenteemrelaovazodoconcentradobsico.Fa(k)e

    Fb(k)sotaiscomoem(3.1).Osparmetrosdasequaesdediferenas(a1a,a1b,b0a,b0b)so

    aqueles que refletem os efeitos das escolhas do ponto de operao e do perodo de

    amostragemparaasimulaonarespostadomodelo,epodemsercalculadospelasfunes

    de transferncia discretas, mostradas no conjunto de equaes (3.5). Tais funes de

    transfernciassofacilmenteconvertidasparaasequaesdediferenas(3.12a)e(3.12b).

    Oterceiropassocorrespondedeterminaodascondiesiniciaisdoprocesso,que

    consistemnosvaloresiniciaisdasvazesdecidoedebaseedadiferenadeconcentrao.

    AdiferenadeconcentraopodesermapeadasemdificuldadesparaobterovalordopH

    notanquedemistura.

  • 43

    FIGURA 5 - Fluxograma de Sequncia de Passos de Simulao

    A partir dessas informaes, o simulador capaz de fazer o clculo do valor da

    diferenadeconcentraonoprimeiro instantedeamostragem,pormeiodoconjuntode

    equaes(3.12)passo4.Apartirdessevalor,podesetambmderivarovalordopHno

    tanque.Aestevaloradicionadoumrudocommdiazero.

    Nopasso5aconteceaestimaodeparmetros.Essaestimaodependedevalores

    passadosdaentrada,Fa(k),edasada,y(k).Omtododeestimaodeparmetrosescolhido

    oMnimosQuadradosRecursivoscomFatordeEsquecimento.Essemtodo temrpida

    1 Definio do Ponto de Operao

    2 Obteno dos Parmetros da Equao de Diferenas

    3 Determinao das Condies Iniciais

    4 Clculo da Resposta do Processo

    5 Estimao de Parmetros

    6 Clculo da Ao de Controle

    7 Clculo da Resposta da Bomba

    8 Acabou o Tempo de Simulao?

    9 FIM

    Sim

    No

  • 44

    convergncia,epossibilitaestimarosparmetrosdoprocessoonlineeparauma janelade

    tempo escolhida [Jota, 2006].O funcionamento dessemtodo mostrado em 3.4.1, bem

    comoaformanaqualserimplementadoparaoprocessodecontroledepH.

    Opasso6correspondeaocontrolador implementado.Comooprojetoabordamais

    deumtipodecontrolador,osimuladorpermiteaescolhadequaldelessersimuladopor

    meio de uma varivel interna.O clculo da ao de controle depende dos parmetros

    estimados no passo 5. Cada controlador possui estrutura e objetivos prprios, como

    descritono item3.4. Ocontroladorescolhidocalculaaaodecontrole, limitaseuvalor

    entre0e50%eenviaosinallimitadobomba.Escolheuseimplementarolimitemximo

    em50%porjconseguirsecontrolaroprocessonafaixadesejada,de4a11pH,evitandoo

    consumodesnecessriodereagentecido,difcildeserpreparado,duranteostestesreais.

    Implementaramseosmesmos limitesna simulaoparaatingirobjetivosdecomparao

    entre os resultados simulados e os reais.O algoritmo de limitao da ao de controle

    tambm corrige o valor de Fa(k) determinado pelo controlador, utilizado no clculo da

    respostadoprocesso.Porexemplo,seovalordeFa(k)forcalculadodetalformaqueexija

    uma ao de controle na bombamaior que 50%, o valor corrigido de tal forma que

    correspondaaode50%.Tal correonecessriapoisadiferenade concentrao

    calculadacomasequaesdescritasem(3.12),querequeremavazodecidoenoaao

    decontrole.

    Opasso7correspondetransformaodaaodecontrolecalculadanopasso6em

    uma vazo de concentrado cido, a partir do modelo da bomba descrito em 3.1.5. A

    equao para esta transformao apresentada no Captulo 4.Aps este passo, caso o

    tempodesimulaotenhaatingidoumlimiteprdeterminado,asimulaoencerradae

    os resultados relevantes (pHdo tanque, sadada bomba, aode controle,diferenade

    concentrao, dentre outros) so mostrados em grficos. Caso contrrio, o simulador

    retornaaoquartopasso.

  • 45

    3.4. Implementao dos Controladores

    OobjetivomaiordesseprojetocontrolaropHdotanquedemisturadoprocesso.

    Como jditoanteriormente,osconvencionaisPIDnosocapazesdesuprirumcontrole

    timo caso o processo varie suas condies operacionais. Por exemplo, caso o pH da

    soluocidavarie,ocontroladorPIDteroseudesempenhoalterado.

    AmetodologiadeprojetodecontroladoresPIDadotadamostradano item3.4.2.

    Na tentativadeconseguirummelhorcontrole,sero testadosdois tiposdecontroladores

    adaptativosnaplanta,explicadosnostens3.4.3e3.4.4.Essescontroladoresdependemdos

    parmetros estimados da planta. Essa estimao pode ser realizada online, o que

    mostradonoitem3.4.1.

    3.4.1. Estimao de Parmetros

    O conjuntode equaes (3.12)mostraque esseprocesso temquatroparmetros a

    seremestimados,sendoelesa1a,a1b,b0a,eb0b.Entretanto,comooobjetivoestimaroefeito

    dabombadecidonoprocessoeavazodebasepermanecerconstante,omtododeve

    ser utilizado para estimar apenas a1a e b0a, considerando que os outros dois parmetros

    fazempartedeumaperturbaoconstantepelomotivodeavazodebasenosealterar.

    Talperturbaoresumidanaequao (3.13)aseguirpelo fatord,que tambmdeveser

    estimado,quecorrespondeaummodeloARMAX[Jota,2006],representadopelaequao

    dediferenas

    1 1 2 2 1 1 2 2 2 2... ...k k k n k n k k k ky a y a y a y b u b u b u d e = + + + + + ,(3.13)

    ondeukaentrada,ykasadaeekorudonoinstantedeamostragemk;dcorrespondea

    um fatorque, sediferentedezero, corresponde introduodeumanolinearidadeno

    processo. Os parmetros domodelo podem ser estimados obtendose um conjunto de

  • 46

    dadosquereflitaaentrada,Fa(k),easada,y(k),paravriosinstantesdeamostragem.Um

    mtodocapazderealizaressatarefaomtododosMnimosQuadrados[Jota,2006].

    Essemtodo consiste em determinarum vetor de parmetros que representam o

    processo,,atravsdeseusvetoresdesada,y,edamatrizx.Assadasdoprocessopodem

    serdescritaspor

    y=x.+e,(3.14a)

    1

    2

    1 10 1 1 0 1 1

    2 21 0 2 1 0 2

    1

    21 2 1 2

    n mn

    n m

    N NN N N n N N N m

    m

    aa

    y ey y y u u u

    ay ey y y u u u

    by eb

    y y y u u u

    b

    + +

    + +

    = +

    #" "" "# #" " " " " " ""

    "" #

    (3.14b)

    onde e o vetor que representa os rudos do processo, e amatriz x pode sermelhor

    entendidaatravsde (3.14b).Aequao (3.14a)nadamaisdoqueuma representao

    vetorialdassadasyiobtidaspormeiode(3.13).

    Jota(2006)afirmaqueosparmetrosdoprocessopodem,ento,serestimadospor

    LS=(xTx)1xTy.(3.15)

    Entretanto,essemtodo requerqueosdados sejam todos colhidose,apenasaps

    essaao,osparmetrospoderiamserestimados.Paraproveracaractersticadeadaptao

    docontroladoraoprocesso,odesejvelqueessesparmetrossejamestimadosonline,ou

    seja,duranteocontrole.OmtododosMnimosQuadradosRecursivocapazdeestimar

    osparmetrosdessaforma,baseadonosltimosvaloresmedidosdasentradasesadado

  • 47

    processo.Umadesvantagemdesseltimomtodoque,apartirdeumcertonmerode

    amostrascolhidas,osvaloresdosparmetrosestimadosnosomaisalterados.

    Omtodo dosMnimos Quadrados Recursivo com fator de esquecimento [Jota,

    2006] capaz de considerar apenas uma janela de dados na estimao dos parmetros,

    resolvendoadesvantagemdoltimomtododescritonopargrafoanterior.Jota(2006)cita

    queessemtodopermiteaobtenodosparmetrosatravsdasequaes

    1{ }T

    N N NN

    I K x PP = ;(3.16a)1

    1 1( )T

    N N N N N NK x P x P x = + ;(3.16b)

    1 1[ ]TN N NN N NK y x = + ,(3.16c)

    nas quais I umamatriz identidade, e corresponde ao fatorde esquecimento, que se

    relacionacomajaneladetempoamostraldesejadapelaequao

    1JTAJTA

    = ,(3.17)

    onde JTA a janelade tempo amostral e xNT corresponderia ltima linhadamatriz x

    mostradaem(3.14b),masparao instantedeamostragemnoqualaestimaoestsendo

    feita.A janeladetempoamostralsignificaquesasltimasJTAamostras influenciamos

    parmetros estimados no instante atual. Por exemplo, se JTA for escolhida como 100,

    comoseapenasosltimos100dadosobtidosdoprocessofossemresponsveispelovalor

    atualdosparmetros estimados.Amostras anteriores s 100 amostrasmais recentesno

    exerceriam influnciaalguma.AmatrizPN escolhida aleatoriamenteantesdo incioda

    estimao,bemcomoovetordeparmetrosN.Casonosetenhaidiadosparmetrosdo

    processo,amatrizPNdeveserescolhidacomvaloreselevados,oquepossibilitaumamaior

  • 48

    variaonovetordeparmetrosdeumaamostragemparaaoutra.Quantomaisiteraes

    sorealizadas,maisosvaloresdessamatrizdiminuem,retirandoaliberdadedeajustedos

    parmetrosdoprocessoesignificandoqueoestimadorestsendocapazdedeterminaro

    comportamentodoprocesso.Outrosdetalhespodemserencontradosnasnotasdeaulade

    Jota(2006).

    Devidoconstantenecessidadedemanipulaodematrizes,oquepodeservisto

    pelo conjuntode equaes (3.16),optousepelautilizaodoMatlabparadeterminaros

    parmetrosdoprocesso.

    Nesse trabalhoserempregadoomtododosMnimosQuadradosRecursivocom

    fatorde esquecimento.A entrada considerada foi avazode cido,Fa(k).Como sequer

    estimary(k)apartirdeFa(k),masFb(k)tambminfluencianessevalor(3.12),deveseestimar

    tambmoefeitodeFb(k)emy(k).Comoavazodebaseconstante,apartirdeumcerto

    tempoaparceladoefeitodeFb(k)noprocesso tambmse tornaconstante.Considerando

    essaperturbaoconstante,podeseassumirqueoparmetrodnaequao(3.13)capazde

    representar esseefeito.Dessa forma,a inclusodaestimaodoparmetrodnomtodo

    tornapossvelumamelhoraproximaodosoutrosdoisparmetros,a1aeb0a,aosvalores

    reais.

    Paraentendermelhor,considereasomadasequaes(3.12a)e(3.12b)

    1 0 1 0( ) ( 1) ( 1) ( 1) ( 1)a a a a b b b by k a y k b F k a y k b F k= + + .(3.18)

    Atravsdaequao(3.12c),temseque

    ( ) ( ) ( )a by k y k y k= (3.19)

    Substituindose(3.19)em(3.18)

  • 49

    1 0 1 1 0( ) ( 1) ( 1) ( ) ( 1) ( 1)a a a a b b b by k a y k b F k a a y k b F k= + + + .(3.20)

    Pormeiodatransformaoemequaodediferenasdasfunesdetransferncias

    dadaspor(3.5a)e(3.5c),sabesequea1aea1btmomesmovalor.Portanto,

    1 0 0( ) ( 1) ( 1) ( 1)a a a b by k a y k b F k b F k= + + ,(3.21)

    ondeoltimotermocorrespondeaoparmetroddomodeloARMAXdadoem(3.13).

    Assim sendo, o mtodo dos Mnimos Quadrados Recursivo com Fator de

    Esquecimentoserutilizadoparaestimarosparmetrosa1a,b0aedpormeiodey(k),Fa(k)ea

    unidade,fatormultiplicadordednaequaodomodeloARMAX.Temseento

    1 0[ ]T

    a aa b d = ,e(3.22a)[ ( 1) ( 1) 1]N ax y k F k= ,(3.22b)

    comPNsendoumamatriz3x3,eKNeescalares.

    3.4.2. Controlador Proporcional Integral Derivativo (PID)

    O controlador PID ser implementado de forma a possibilitar uma ligeira

    comparaoentreodesempenhodoscontroladoresadaptativosescolhidosedoPID.

    Tal controlador possui uma formulao simples, que consiste em, basicamente,

    aplicarumaaodecontroleproporcionalaoerroentreovalordesejadorefernciaea

    varivel de processo. Essa ao chamada de ganho proporcional. A ao integral

    possibilitaremoveroerroemestadoestacionrio,queapareceaoseutilizarsomenteaao

    proporcional,eaaoderivativacapazdediminuirasoscilaesdasada,aumentandoa

    velocidadederespostadocontrolador.

    Aequaoclssicaparaessecontrolador,emtermosdefunodetransferncia

  • 50

    1( ) 1 ( ) ( )di

    U s K E s sT Y ssT

    = + ,(3.23)

    ondeU(s) a ao de controle, E(s) o erro e Y(s) a varivel de processo; K o ganho

    proporcional e Ti e Td so os tempos integral e derivativo, respectivamente. O erro

    definidocomo

    ( ) ( ) ( )E s R s Y s= ,(3.24)

    ondeR(s)correspondereferncia.

    Para derivar o controlador discreto, necessrio lanar mo de algum tipo de

    discretizao.Escolhendoadiscretizaoretangular,naqual

    11

    s

    zsT

    ,(3.25)

    temseque

    1 1 11( ) 1 (1 ) ( )(1 )

    s d

    i s

    T TU z K z E zz T T

    = + + ,(3.26)

    gerandoaequaodediferenas

    0 1 2( ) ( 1) ( ) ( 1) ( 2)u k u k b e k b e k b e k= + + + ,(3.27)

    onde

  • 51

    0 1 s di s

    T Tb KT T

    = + + ;(3.28a)

    1 1 2 ds

    Tb KT

    = + ;(3.28b)

    2d

    s

    Tb KT

    = .(3.28c)Detalhessobreessadiscretizaopodemserencontradosem[JotaePena,1993].

    Amalhafechadadestecontroladornaplantatalcomomostradapelodiagramade

    blocos da Figura 6. A referncia dada em pH e linearizada para a diferena de

    concentraopeloblocopH>Y.AmedidadopHtambmlinearizadapelomesmobloco,

    esomenteapsessasduastransformaesoerrocalculado.Valeobservarque,pelofato

    de a relao entrepH eY,mostradanoApndice I, serno linear,o erronopode ser

    calculadodiretamentepara os valores de pH para ser linearizado logo depois,poisum

    valordiferenteseriaobtido,comprometendoodesempenhodamalhadecontrole.

    FIGURA 6 - Diagrama de Blocos da Malha de Controle Utilizando PID

    OmtododesintoniaescolhidoparaestecontroladorfoiomtodoZieglerNichols

    semsobreelevao(overshoot)[Jota,1998].Talmtodoconsisteemcolocarotempointegral

    eminfinitoeotempoderivativoemzero,oquecorrespondeaanularasduasaes.Aps

    esseprocedimento,aumentaseoganhoproporcionalatqueamalha fechadaapresente

    umaoscilao cuja amplitude constante.Oganho crtico,Kcu, corresponde aovalordo

  • 52

    ganhoproporcionalquepromoveu taisoscilaes.Operodo crtico,Pu,equivalenteao

    perododaoscilao.Osparmetrosdocontroladorso,ento,dadospor

    0, 2 cuK K= ;(3.29a)

    2u

    iPT = ;e(3.29b)

    3u

    dPT = .(3.29c)

    Apsadeterminaodosparmetros,odesempenhodocontroladorfoitestadoem

    simulao,eocontroladorprojetadonosimuladorestendidoaoprocesso real.Ambosos

    resultadossoapresentadosnoCaptulo6.

    3.4.3. Controlador de Varincia Mnima Generalizado (GMV)

    O GMV, ou Controlador de Varincia Mnima Generalizado, tem por objetivo

    proporcionarumcontroledoprocessode tal formaqueavarinciadasadasejaamenor

    possvel.Almdisso,caractersticassecundriasdeerronuloemestadoestacionrioede

    escolha do desempenho do controlador podem ser estabelecidas. A descrio do

    controladoraquiredigidabaseadanasnotasdeauladeJota(2006).AFigura7mostrao

    diagramadeblocosdamalhafechadacomestecontrolador.Oelointernocompeamalha

    de controle do processo. Tanto a referncia quanto a varivel de processo so entradas

    diretas do controlador, diferentemente do PID. J o elo externo responsvel pela

    estimaoonlinedosparmetrosdoprocessoeajustedosparmetrosdocontrolador,oque

    promovecapacidadedeadaptaosmudanasdecomportamentodoprocesso.

  • 53

    FIGURA 7 - Diagrama de Blocos da Malha Fechada com Controladores Adaptativos

    Primeiramente, considerase que o processo pode ser descrito por um modelo

    ARMAXdotipo

    1 1 1( ) ( ) ( )rk k kA z y z B z C z d = + + ,(3.30)

    ondekoinstantedeamostragem,rotempomortodoprocessoemamostragens,ka

    aodecontrole(MV),ykavariveldeprocesso(PV)ekcorrespondenteaumrudo

    branco, no instante de amostragem k.O parmetro d um termo que indica uma no

    linearidadedoprocessocasosejadiferentedezero.A(z1),B(z1)eC(z1)sopolinmiosem

    domniodiscreto,sendoqueA(z1)correspondeaosplosdoprocessoemmalhaaberta,e

    B(z1), aos zeros. Esse modelo idntico ao descrito pela equao (3.13),mas agora

    apresentadodeoutraforma.

    Paratanto,osinaldecontrolekcalculadopelomesmodevesercorrespondenteao

    valortimoqueminimizaafunodecustoprestabelecida

    *2|{ }k r kJ E += ,(3.31)

    naqual

  • 54

    1 1 1( ) ( ) ( )k k k r k rP z y Q z R z = + .(3.32)

    Nessas equaes, kr o valor da referncia no instante kr. P(z1), Q(z1) e R(z1) so

    polinmiosemdomniodiscreto.Apartirdaminimizaode(3.31),possveldeterminara

    aodecontroleapartirde

    k k dk

    CR Fy P dEB CQ

    = + ,(3.33)

    de onde Pd(z1) corresponde ao denominador de P(z1), e E(z1) e F(z1) podem ser

    determinadosdiretamenteapartirdeC(z1)eA(z1)atravsdaequaodiofantinadadapor

    1 1 1 1( ) ( ) ( ) ( )rC z E z A z z F z = + .(3.34)

    MaioresdetalhespodemserencontradosnasnotasdeauladeJota(2006).

    Aderivaodessasequaesbaseadaemumpreditortimo,cujafunoprevero

    valordasadaapsotempomortodoprocesso.Avarinciamnimadoprocesso,ento,

    determinadapelorudodoprocesso,consideradoemk,epeloerrodepredio.

    O controlador quepossibilitaria realmenteumavarinciamnima seria aqueleno

    qualQ(z1)fosseigualazero.Entretanto,talsituaotornariaocontroladorinstvelcasoa

    plantaapresentassezerosdefasenomnima.IssosignificariaqueopolinmioB(z1)seria

    instvel,fazendocomqueaequao(3.33)resultasseemumcontroladortambminstvel.

    AintroduodeQ(z1)consegue,portanto,estabilizarocontrolador,aocustodeumamaior

    varinciada sada. Se for apenasum escalar,Q(z1) funciona comoumpesono sinalde

    controle que, quantomaior, promove umamenor varincia do sinal de controle e uma

    maiordosinaldesada.Emoutraspalavras,esseparmetrofuncionacomoumparmetro

    desintoniadocontrolador.Quantomenor,piorodesempenhodocontrolador,eviceversa.

  • 55

    OutrafunodeQ(z1)proverumaaointegradoranocontroledoprocesso.Aformade

    fazerissomostradamaisadiantenestemesmoitem.

    Umacuriosidade,percebidapormeiode(3.32),adequeR(z1)podeserescolhido

    de forma a prever as referncias futuras na tentativa de melhorar o desempenho do

    controlador.Essepolinmiopodeserelaboradoparater,porexemplo,ocomportamentode

    um filtrodemdiamvel.AprevisoprovidaporR(z1)se tornadeextrema importncia

    para reduzir a varincia da sada caso omesmo seja bem determinado, principalmente

    quando a referncia determinadaporum outro controlador, ou seja, o escravodeum

    controleemcascata.

    OutrapeculiaridadedoGMVsedemP(z1).Porinfluenciardiretamenteemyk,tal

    polinmiopodeserprojetadoparadesempenharopapeldeumfiltronaPV,oquereduza

    variaonosinaldecontrole.

    Dessa forma, para apliclo na planta de pH, considerase a equao (3.12a),

    correspondente(3.30).Assim,temosque

    1 11( ) 1 aA z a z

    = + ,(3.35a)1

    0( ) aB z b = ,e(3.35b)

    1( ) 1C z = .(3.35c)

    C(z1) considerado igual unidade pois suamodelagem muito avanada, e foge ao

    escopodesse trabalho.Talespecificaodevesersuficienteparaproverumbomcontrole

    doprocesso.

    Pormeiodoconjuntodeequaes(3.35),derivamse

    1( ) 1E z = e 1 1( ) aF z a = ,(3.36)

  • 56

    de forma a respeitar (3.34).Parapermitiruma ao integradoranoprocesso,demodoa

    propiciarumcontrolesemerroemestadoestacionrio,definese

    1 1( ) (1 )Q z z = ,(3.37)

    onde o parmetro que funciona como um peso no sinal de controle.Omesmo foi

    determinadopormeiode simulaopelomtodode tentativa e erroparaverificarqual

    valorapresentaumarespostatimareferncia,semprejudicarmuitoavarinciafinaldo

    pHdotanquedemistura.

    Tendoemvistaqueoprocessomantersuarefernciaemummesmovalordurante

    umbomintervalodetempo,podeseconsiderar

    1( ) 1R z = .(3.38)

    AdefiniodopolinmioP(z1)adequeelecorresponderumfiltroButterworth

    deprimeiraordem,demodoquesuafrequnciadecortesejadezvezesmaioremrelao

    de amostragem, para no influir na dinmica do processo e nem falsear o sinal da PV.

    Dessaforma,asfunesdetransfernciacontnuaediscretadofiltroso

    s

    s

    2 .10/T(2 .10/T ) 1s

    + ;(3.39a)

    11

    11 dp z

    ,(3.39b)ondepd1= 2 .10e .

    Podese,ento,derivaraequaodocontroladordiscretopormeiode(3.33),como

    tempomortoriguala1,comosendo

  • 57

    1 1 1 0 1 1 2

    0

    [ ( ) ]k d k k d k d kk

    p a y p b Fa p Fa dFab

    + + + + = + .(3.40)

    Vale ressaltar apenas que o tempomorto igual unidade devido ao fato de a

    funodetransferncia(3.2)noapresentartempomortoeoextrapoladordeordemzero,

    utilizadonastransformaesanalgicadigital,A/D(PVlidapelosensor/discretizadapelo

    PLC)edigitalanalgica,D/A,introduzirumtempomortoequivalenteaumaamostragem.

    Quando o controlador projetado na simulao apresentou bom desempenho, o

    mesmofoiimplementadoemlinguagemDelphiparaseraplicadonaplanta.Osoftwareque

    comunicaosdadosdoCLPcomoPCjexiste,projetadoporRocha(2006),sendoalterado

    apenasparacomportaressecontrolador,cujaimplementaofinaldiscutidanoCaptulo

    5.

    3.4.4. Controlador Preditivo Generalizado (GPC)

    OControladorPreditivoGeneralizado,ouGPC(GeneralizedPredictiveControl),vem

    comoumanovaalternativaemtermosdecontroleadaptativo.Aocontrriodocontrolador

    devarinciamnima,estenoapresentaproblemasemrelaoincertezanotempomorto

    doprocesso e sobreparametrizaodomodelo [Jota,2006].Ou seja,opolinmioB(z1),

    descritono itemanterior,poderia serdeordemmaiorqueaesperada,descontandoseo

    tempomorto,queoGPCaindaconverge.Estacaracterstica tornaocontroladorcapazde

    lidartantocomprocessossimpleseconhecidos,quantocomprocessosmaiscomplexosede

    maiordificuldadedecontrole,comoosdefasenomnimaetempomortoelevado.Todas

    asobservaesrelatadasnesse item tambmforamretiradasebaseadasnasnotasdeaula

    deJota(2006).

    Afilosofiadestecontroladorutilizarummodelodoprocesso,oupreditor,capazde

    proveraomesmoacapacidadedecalcularasuaaodecontrolebaseadanosomenteem

    umaprediodeumpasso frente,mas emuma janeladepredies futuras, chamada

  • 58

    horizontedepredio.Paracompreenderessenovoconceito,imagineserummotorista.Os

    controladorescomunssecomportamcomosefossemmotoristasqueolhassemapenaspara

    o local no qual ospneus tocam o cho. Entretanto, todos osmotoristas olham paraum

    horizonteestendido,queconsideraascurvasqueexistemfrente,apresenadeburacos,

    de sinais de trnsito, carros estacionados, pedestres, dentre outros, para tomar suas

    decises.Essaa idiadohorizontedepredio:definiraaodecontrolequefarcom

    queoprocessosigadamelhorformaasuarefernciainstantneaefuturamente.

    Outra questo inovadoranesse controlador o fatode que omesmo no calcula

    apenasumaaodecontrole,masvrias,sendocadaumaparauminstantedeamostragem

    futuro.Dessa forma,oGPC temmaisgrausde liberdadeeconsegueproverumcontrole

    commelhor desempenho em relao aos demais controladores.O nmero de aes de

    controlequeoGPCcalculadefinidocomosendoohorizontedecontrole,sendoqueas

    aescalculadasrespeitamafreqnciadeamostragem.Talhorizontesempremenorque

    odeprediobastalembrarqueimpossvelomotoristatomarumadecisosobreoque

    fazeraps realizaruma conversoantesde tla realizadoe saberoqueencontrarpela

    frente.Entretanto,asaesnosoaplicadassempreconformeprogramado;acadainstante

    deamostragem,osclculos so refeitos.Seoprocesso tiverumbomcomportamento,ou

    seja, caso sejapoucoperturbado, substancialmente as aesde controle calculadas sero

    prximas quelaspreviamenteprogramadas.O clculo em cada instantedeamostragem

    permite ao GPC lidar com perturbaes externas que aconteam entre um instante de

    amostragemeoutro,oquenoaconteceriacasoasaesprogramadasfossemdiretamente

    aplicadasnoprocesso.

    Paraderivaroclculodaaodecontrole,vriassuposiessofeitas.Aprimeira

    delas adeque, apsohorizontede controle,o sinalde controle mantido constante.

    Outrassomostradasnodecorrerdesseitem.

    Umadasdiferenasemrelao