Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

  • Upload
    ecotv

  • View
    234

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    1/110

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    2/110

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    3/110

    MANUAL PARA ORDENAMENTO DO USO DOSOLO NAS FAIXAS DE DOMNIO E LINDEIRAS

    DAS RODOVIAS FEDERAIS

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    4/110

    REVISO

    Engesur Consultoria e Estudos Tcnicos Ltda

    EQUIPE TCNICA:

    Eng Jos Luis Mattos de Britto Pereira(Coordenador)

    Eng Zomar Antonio Trinta(Supervisor)

    Eng Francisco Vidal Arajo Lombardo(Consultor)

    Eng Rogrio de Souza Lima(Consultor)

    Tec Marcus Vincius de Azevedo Lima(Tcnico em Informtica)

    Tec Alexandre Martins Ramos(Tcnico em Informtica)

    Tec Reginaldo Santos de Souza(Tcnico em Informtica)

    COMISSO DE SUPERVISO:

    Eng Gabriel de Lucena Stuckert(DNIT / DPP / IPR)

    Eng Mirandir Dias da Silva(DNIT / DPP / IPR)

    Eng Jos Carlos Martins Barbosa(DNIT / DPP / IPR)

    Eng Elias Salomo Nigri(DNIT / DPP / IPR)

    COLABORADORES:

    Eng ngela Maria Barbosa Parente(DNIT / DPP / Coord.-Geral de Meio Ambiente)Eng Prepredigna Elga D. A. da Silva

    (DNIT / DPP / IPR)Eng Jos Francisco Amanta

    (SISCON - Analista Ambiental)

    Eng Pedro Mansour(DNIT / DPP / IPR)Eng Regina Clia Suzano Avena

    (DNIT / DPP / IPR)Eng Augusto Carlos Quintanilha Hollanda Cunha

    (STE - Analista Ambiental)

    PRIMEIRA EDIO Rio de Janeiro, 1996

    DNER:

    Eng Carlos Henrique Lima de Noronha Eng Rosana Diniz Brando

    CAB - Consultores Associados Brasileiros S.A.:

    Biol. Adlia Maria Salviano JapiassuAdv. Arthur Eduardo D. Gonalves HortaArq. Eduardo Costa Stewart DantasEng Gilian de Miranda Raposo

    Impresso no Brasil/Printed in Brazil

    Eng Haroldo Stewart DantasEng Lzaro A. V. PortoEng Marclio Augusto Neves

    Brasil. Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes.Diretoria de Planejamento e Pesquisa. Coordenao Geral deEstudos e Pesquisa. Instituto de Pesquisas Rodovirias.

    Manual para ordenamento do uso do solo nas faixas de domnio elindeiras das rodovias federais. 2. ed. Rio de Janeiro, 2005.

    106p. (IPR. Publ.,712).

    1. Rodovias - Projetos - Manuais. I. Srie. II. Ttulo.

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    5/110

    MINISTRIODOSTRANSPORTESDEPARTAMENTONACIONALDEINFRA-ESTRUTURADETRANSPORTES

    DIRETORIADEPLANEJAMENTOEPESQUISACOORDENAOGERALDEESTUDOSEPESQUISA

    INSTITUTODEPESQUISASRODOVIRIAS

    Publicao IPR - 712

    MANUAL PARA ORDENAMENTO DO USO DO

    SOLO NAS FAIXAS DE DOMNIO E LINDEIRASDAS RODOVIAS FEDERAIS

    2 Edio

    Rio de Janeiro2005

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    6/110

    MINISTRIO DOS TRANSPORTES

    DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES

    DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PESQUISA

    COORDENAO GERAL DE ESTUDOS E PESQUISA

    INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIRIAS

    Rodovia Presidente Dutra, Km 163 Vigrio Geral

    Cep.: 21240-000 Rio de Janeiro RJTel.: (0XX21) 3371-5888

    Fax.: (0XX21) 3371-8133

    e-mail.: [email protected]

    TTULO: MANUAL PARA ORDENAMENTO DO USO DO SOLO NAS FAIXAS DE DOMNIO E LINDEIRAS DAS RODOVIAS

    FEDERAIS

    Primeira Edio Original: 1996

    Reviso: DNIT / Engesur

    Contrato: DNIT / Engesur PG 157/2001-00

    Aprovado Pela Diretoria Colegiada do DNIT em 24 / 05 / 2005

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    7/110

    APRESENTAO

    A Coordenao do Instituto de Pesquisas Rodovirias do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes, dando prosseguimento ao Programa de Reviso e Atualizaode Normas e Manuais Tcnicos lanar comunidade rodoviria o seu Manual para

    Ordenamento do Uso do Solo nas Faixas de Domnio e Lindeiras das Rodovias Federais,objeto de reviso do homnimo Manual do DNER.

    Nesta edio buscou-se identificar as aes antrpicas que se desenvolvem comconcomitantemente ao empreendimento rodovirio, apresentando seus aspectosrelevantes, de modo a se buscar o ordenamento sistemtico do uso e ocupao do solo,nas reas lindeiras faixa de domnio da rodovia, sob a tica da jurisdio do DNIT e conformidade legislao ambiental e s normas regulatrias dessas atividades.

    Por outro lado, espera-se que os tcnicos e profissionais que venham a utiliz-lo, possam

    usufruir os benefcios decorrentes e que caminhem para a necessria uniformizao dosmtodos e procedimentos e que enviem suas crticas e sugestes, visando oaperfeioamento das diretrizes aqui estabelecidas para Rodovia Presidente Dutra, Km163, Centro Rodovirio, Vigrio Geral, Rio de Janeiro, RJ, CEP 21240-000, aos cuidadosdo Instituto de Pesquisas Rodovirias ou pelo e-mail [email protected].

    Eng Chequer Jabour ChequerCoordenador do Instituto de Pesquisas Rodovirias

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    8/110

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    9/110

    SUMRIO

    APRESENTAO .......................................................................................................... 3

    1 INTRODUO....................................................................................................... 7

    1.1. Objetivos........................................................................................................ 91.2. Estrutura do Manual....................................................................................... 10

    1.3. Evoluo da Conscincia Ambiental Rodoviria............................................ 11

    1.4. Consideraes Ambientais sobre as Faixas de Domnio e Lindeiras. ........... 16

    2 CARACTERISTCAS GERAIS ............................................................................... 19

    3 ACESSOS.............................................................................................................. 23

    3.1. reas Lindeiras.............................................................................................. 25

    3.2. Instalaes de Servios................................................................................. 283.3. Mirantes ......................................................................................................... 28

    3.4. reas de Lazer............................................................................................... 29

    3.5. Paradas de nibus ........................................................................................ 30

    3.6. Uso de reas Prximas Rodovia para Eventos Esportivos, Religiosos eExposies. ................................................................................................... 32

    3.7. Faixa Non Aedificandi .................................................................................... 33

    3.8. Redes de Servios Pblicos .......................................................................... 364 TRAVESSIAS URBANAS ...................................................................................... 41

    4.1. Generalidades................................................................................................ 43

    4.2. Objetivos Bsicos .......................................................................................... 45

    4.3. Modificao do Uso e Ocupao do Solo ...................................................... 46

    4.4. Alteraes das Condies de Acessibilidade/Segregao Urbana................ 47

    4.5. Intruso Visual ............................................................................................... 49

    4.6. Poluio Atmosfrica e Sonora...................................................................... 49

    4.7. Vibrao......................................................................................................... 48

    4.8. Resumo dos Impactos Significativos ............................................................. 48

    4.9. Melhorias Fsico-Operacionais....................................................................... 52

    4.10. Favelizao e Reassentamento..................................................................... 57

    4.11. Aterros Sanitrios .......................................................................................... 59

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    10/110

    5 REABILITAO AMBIENTAL DE REAS DE CANTEIROS DE OBRAS, EREMOO DE VESTGIOS .................................................................................. 63

    5.1. Generalidades................................................................................................ 65

    5.2. Condies Gerais .......................................................................................... 65

    6 VEGETAO DA FAIXA DE DOMNIO ................................................................. 676.1. Generalidades................................................................................................ 69

    6.2. Condies Gerais .......................................................................................... 69

    6.3. Hortos Florestais............................................................................................ 71

    6.4. Queimadas .................................................................................................... 73

    6.5. Impacto do Sistema Rodovirio sobre os Biomas Brasileiros........................ 77

    7 PUBLICIDADE NA RODOVIA................................................................................ 85

    7.1. Generalidades................................................................................................ 87

    7.2. Condies Especficas................................................................................... 87

    8 LEGISLAO AMBIENTAL VIGENTE................................................................... 89

    8.1. Vegetao e Queimadas ............................................................................... 91

    8.2. rea "Non Aedificandi" .................................................................................. 92

    BIBLIOGRAFIA............................................................................................................... 95

    ANEXO A - Projetos de Lei em Tramitao no Congresso Nacional.............................. 99

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    11/110

    7

    11--IINNTTRROODDUUOO

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    12/110

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    13/110

    9

    1 INTRODUO

    1.1 OBJETIVOS

    Na concepo do Empreendimento Rodovirio, objetiva-se permitir a circulao de

    pessoas e mercadorias sob o aspecto mltiplo da segurana viria, do tempo de duraodo percurso, e da economicidade do custo de transporte, associados induo dodesenvolvimento regional.

    Nesta perspectiva, busca-se a satisfao dos anseios sociais, econmicos e culturais dasociedade regional beneficiada pelo empreendimento, estendendo em escala progressivaaos anseios nacionais.

    Entretanto, ao atingir seus objetivos, o prprio Empreendimento Rodovirio carreiaconsigo um conjunto de atividades antrpicas comerciais, ou de suporte produoregional, as quais so exercidas de pleno direito constitucional, na maioria das vezes sem

    uma ordenao sistemtica para o uso e a ocupao do solo lindeiro rodovia,prejudicando as prprias funes almejadas e planejadas para a mesma.

    Acrescenta-se a este quadro, a necessidade de manter a conformidade legal s questesambientais, vinculadas ao planejamento, implantao e a operao da rodovia, eretratadas na Poltica Ambiental do DNIT, e compromissadas com os rgos gestores daPoltica Nacional do Meio Ambiente.

    Objetiva, portanto, este Manual identificar as aes antrpicas que se desenvolvemconcomitantemente ao Empreendimento Rodovirio, apresentando os aspectos

    relevantes das mesmas, de modo a se buscar o ordenamento sistemtico do uso eocupao do solo, nas reas lindeiras faixa de domnio da rodovia, sob a tica dajurisdio do DNIT e conformidade Legislao Ambiental e as normas regulatriasdessas atividades.

    As aes antrpicas que se desenvolvem em reas rurais so bastante diversas dasreas urbanas, merecendo enfoque distinto de cada uma destas reas.

    Assim, nas reas rurais, a prtica da queimada para promover o desmatamento ou alimpeza do pasto, em reas lindeiras faixa de domnio da rodovia, so danosas aopatrimnio bitico e aos dispositivos de proteo do corpo estradal, atravs da alterao

    do Sistema de Drenagem, ou a destruio da vegetao herbcea, arbustiva ou arbrea,que contribuem para a interao da rodovia ao meio ambiente, associada ao combate aoprocesso erosivo.

    A destruio da cobertura vegetal pelo desmatamento e a prtica da queimada paralimpeza das galhadas do mesmo, prejudica em muito o sistema de drenagem superficialde proteo do corpo estradal, alterando o run-off sobre o qual foram projetados taisdispositivos, levando-os a insuficincia de proteo ou mesmo a sua destruio.

    Nas reas urbanas, o uso e ocupao do solo lindeiro a rodovia provoca impactos mais

    intensos sob o aspecto antrpico, envolvendo a segurana viria e a perda das condiesnormais de trfego, provocada pelos acidentes com veculos e pedestres, reduo davelocidade, engarrafamentos, etc...

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    14/110

    10

    Vrios fatores de desenvolvimento do pas, nestas trs ltimas dcadas, contriburampara a ocupao e uso desordenado das reas lindeiras em permetros urbanos, taiscomo: o xodo rural e a conseqncia natural do crescimento demogrfico urbano afavelizao das regies perifricas das cidades, envolvendo as reas lindeiras dasrodovias e as vezes a prpria faixa de domnio.

    Na realidade, o crescimento da malha e das condies tcnicas das rodovias deveram seracompanhadas com a implantao de Planos Diretores Municipais, que permitiriam oordenamento e uso do solo nestas regies, de modo que o trfego rodovirio pudessecrescer sob a tica de segurana viria e as futuras ampliaes de capacidade de trfegopudesse usar as reas reservadas na faixa de domnio, sem impactar comdesapropriaes as reas lindeiras.

    A estrutura do Manual se fundamenta na itemizao a seguir apresentada, ressaltando-seos aspectos legais e institucionais envolvidos nas aes antrpicas que usam e ocupam osolo lindeiro ao longo das faixas de domnio, e afetos jurisdio do DNIT.

    1.2 ESTRUTURA DO MANUAL

    As atividades antrpicas envolvidas no uso e ocupao do solo lindeiro rodovia so:

    a) Acessos s Comunidades Lindeiras, ou s propriedades particulares;

    b) Acessos aos estabelecimentos e instalaes de prestao de servios;

    c) Acessos s paradas de nibus, mirantes e reas de lazer;

    d) Acessos s reas prximas rodovia para uso de eventos esportivos, religiosos eexposies;

    e) Uso da rea Non Aedificandi;

    f) Transposio ou uso da faixa, pr redes de servios pblicos e privados;

    g) Travessias urbanas, favelizao e reassentamento;

    h) Aterros sanitrios;

    i) Remoo de vestgios de canteiro de obras (Passivo Ambiental);

    j) Queimadas, vegetao da faixa de domnio e hortos florestais, e

    k) Concluses e recomendaes.

    Verifica-se, pelo numero e abrangncia das atividades antrpicas relacionadas, como arodovia exerce um poder indutor de desenvolvimento ao longo das faixas lindeiras darodovia, que em escala crescente e desordenada afeta a segurana dos usurios ouagride o patrimnio pblico sob a jurisdio do DNIT.

    Deve-se atentar, que o prprio poder indutor, foi planejado sob o aspecto dodesenvolvimento sustentvel ditado pela Poltica Nacional do Meio Ambiente, devendoportanto, ser responsvel para coibir ou limitar as aes e atividades que venham afetar odesempenho ambiental planejado.

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    15/110

    11

    1.3 EVOLUO DA CONSCINCIA AMBIENTAL RODOVIRIA

    Considerando-se, que o exerccio das atividades mencionadas afetam a jurisdio doDNIT, na funo de administrador da operao da rodovia, julgou-se oportuno destacar osaspectos e instrumentos legais de jurisdio do DNIT sobre a faixa de domnio da rodovia

    e conseqentemente, sobre as atividades nas reas lindeiras.Anteriormente, foi mencionado a conformidade ambiental do empreendimento rodovirio,portanto, ser de bom alvitre abordar-se como o antecessor do DNIT, o DNER, evoluiusua conscincia ambiental durante duas dcadas, enfatizando os aspectos ambientais deseus empreendimentos rodovirios e culminando pela elaborao de sua documentaoambiental oficial.

    Esta documentao agregou as questes ambientais fsicas, biticas e antrpicas aoplanejamento e aos seus projetos de engenharia rodoviria, galgando o estgio dedivulgao de sua Poltica Ambiental para o Setor Rodovirio, infelizmente entretanto, no

    atingindo o estgio da gesto ambiental de seus empreendimentos.

    Historicamente, deve-se relembrar as vrias iniciativas do DNER no mbito ambiental,propiciando atingir o estgio atual, das quais se destacam as seguintes:

    a) Ano 1974

    NP-20 - Norma de Procedimento para Projeto e Paisagismo.

    b) Ano 1977

    NP-20 (Reviso) Integrao da Rodovia com o Meio Ambiente.

    NP-46 - Elaborao de Anteprojeto de Paisagismo nos Estudos de ViabilidadeTcnica - Econmica (rea rural).

    NP-47 - Avaliao de Impacto Sobre o Meio Ambiente.

    c) Ano 1980

    O Edital de concorrncia para execuo dos servios de implantao, melhoramento epavimentao da rodovia BR364/MT/RO, Trecho: Cuiab (MT) - Porto Velho (RO)sendo o marco inicial da poltica ambiental do DNER, pois exigiu a observncia destasnormas anteriormente apresentadas.

    d) Ano 1987

    O IPR desenvolveu o 1 Curso sobre Impacto Ambiental de Sistemas Rodovirios emZona de Fronteira Agrcola. Elaborao do diagnstico ambiental da BR-230/MT/RO,Rodovia Transamaznica e BR-364/MT/RO Trecho: Cuiab(MT)-Porto Velho (RO).Elaborao dos estudos ambientais da rea de influncia direta do trecho da rodoviaBR-364/RO/AC Trecho: Porto Velho (RO)- Rio Branco (AC).

    e) Ano 1988

    Elaborao do diagnstico ambiental da BR-116/SP/PR Trecho:So Paulo (SP)-

    Curitiba (PR), para duplicao da plataforma. Divulgao da Norma Rodoviria deIntegrao de Rodovias com Meio Ambiente na Regio Amaznica(PRO-211). A

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    16/110

    12

    contratao de empresa de consultoria para elaborao, adequao, adaptao e/oucomplementao das especificaes gerais para obras rodovirias e das normas paraestudos e projetos, objetivando atender a legislao ambiental. Este trabalho resultouna elaborao dos seguintes documentos: Rodovias e Meio Ambiente, e Rodovias,Recursos Naturais e Meio Ambiente.

    f) Ano 1992

    Primeiro Workshop sobre o meio ambiente no Plano Nacional de CapacitaoRodoviria (DNER/ABDER).

    g) Ano 1994

    Publicao da Carta Convite (n 694/93-00) para contratao de consultoria ambientalespecializada, para formalizao das adaptaes, acrscimos necessrios as suasNormas, Especificaes e Instrues de Servio, objetivando a incluso da varivelambiental em projetos de engenharia rodoviria e apresentao de instrues

    detalhadas para execuo de EIA/RIMA,acrescentando-se as adequaes ambientaisnecessrias s Especificaes de Obras.

    Este projeto se desenvolveu em 03 etapas distintas:

    Programa I Constituindo-se da documentao bsica ambiental para obras eservios rodovirios e os procedimentos para o licenciamento ambientalrespectivo.

    Programa II Constituindo-se do gerenciamento ambiental dos empreendimentosrodovirios, em especial, o planejamento e implantao de banco de dados

    ambientais. Programa III Assessoria tcnica ambiental DEP/DNER, atravs do Servio de

    Estudos Rodovirios e Ambientais(Svera), na anlise de projetos, inspeesambientais s obras, elaborao de editais e termos de referncia, etc.

    Os produtos finais do Programa I foram constitudos pelos seguintes documentos:

    Tomo n 1 Corpo Normativo Ambiental para Projetos Rodovirios

    Tomo n 2 Adequao Ambiental das Especificaes das Obras Rodovirias

    Tomo n 3 Questes Ambientais do Setor Rodovirio (Conceito e Metodologia)

    Os produtos finais do Programa II - Sistema de Gerenciamento Ambiental, constituiu-se na elaborao de dois sistemas. O primeiro consistindo-se em um banco de dadosambientais, com respectivo subsistema de atualizao e recuperao de informaes,contendo as normas do DNER, pertinentes aos servios realizados no Programa I. Osegundo sistema, constituindo-se em um sistema de gesto de Atividades e Projetos,relativos ao Meio Ambiente e sob a responsabilidade do DNER. Este sistema composto de mdulos de entrada de dados (coleta e tratamento),sinalizao,consulta, englobando as definies pertinentes ao fluxo geral deinformaes, com os canais nos dois sentidos. Estes mdulos formam integrados emum nico aplicativo denominado GASR Gesto Ambiental do Sistema Rodovirio.

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    17/110

    13

    Os produtos finais do Programa III - Assessoria Tcnica, constituram-se na elaboraode Editais para realizao de EIA/RIMA, acompanhamento dos estudos ambientais aserem realizados pelo DNER, anlise de relatrios de estudos e projetos ambientaisquanto aos impactos ambientais, outras aes necessrias referentes ao meioambiente, consolidao dos Estudos Ambientais da BR-050/MG (Trecho Uberlndia -

    Divisa MG/SP), e a compilao da legislao Ambiental pertinente ao SetorRodovirio.

    h) Ano 1997

    O DNER elaborou uma reviso na sua documentao tcnica ambiental bsica,conforme descrio anterior, objetivando sintetiz-la e complet-la no sentido dogerenciamento ambiental de seus empreendimentos. Os produtos finais desta revisoforam:

    Corpo Normativo Ambiental para Empreendimentos Rodovirios.

    Manual Rodovirio de Conservao, Monitorao e Controle Ambientais. Manual para Ordenamento do Uso do Solo nas faixas de Domnio e Lindeiras das

    Rodovias Federais.

    Instrues de Proteo Ambiental da Faixa de Domnio e Lindeiras das RodoviasFederais.

    O Corpo Normativo Ambiental pode ser considerado como o mais importante dentreos trabalhos relacionados, j que sua utilizao obrigatria , constando dos editaisde licitao de projetos e obras, o que obrigou aos consultores, aos empreiteiros e ao

    prprio corpo tcnico do DNER a tomar conhecimento das normas ambientais aserem cumpridas nas atividades rodovirias.

    O Manual Rodovirio de Conservao, Monitorao e Controle Ambientais dizrespeito principalmente, ao tratamento das reas degradadas no entorno dasrodovias, desde a identificao e o levantamento dessas reas, inclusive com critriosde priorizao de intervenes corretivas, e apresentao de solues- tipo para osprincipais problemas em relao s reas degradadas.

    Os dois ltimos referem-se a uma primeira tentativa de enfocar questes relativas aouso do solo, como arborizao, queimadas, travessias urbanas, aterros sanitrios,

    dentre outros, de grande utilidade para os engenheiros residentes, que atuamdiretamente no campo, com esses tipos de problemas.

    Destaca-se, que todos os documentos oficiais citados do DNER, objetivam as fasesde planejamento, anteprojeto, projeto e operao rodoviria, entretanto, com nfasenas trs primeiras, devido necessidade do Licenciamento Ambiental para suaconsecuo, relegando-se ao segundo plano a fase de operao rodoviria. Estapostura facilitou o processamento de obras rodovirias novas, constitudas emespecial, pela adequao de capacidade rodoviria, tendo em vista os novoshorizontes do desenvolvimento rodovirio.

    Estas novas frentes de obras, deveriam ser implantadas considerando-se um quadrode realidade fsica, bitica e antrpica, sob aspecto ambiental j consolidado, cabendo

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    18/110

    14

    portanto, objetivar estgios mais avanados de planejamento ambiental, com base namelhoria contnua do desempenho ambiental do setor rodovirio, cumprindo o objetivoprincipal da Poltica Ambiental declarada pelo DNER anteriormente.

    A necessidade de mudana estrutural, por ordem de ditames da Reformulao daPoltica Nacional de Transportes do Governo Federal, a administrao rodoviria

    federal foi alterada substancialmente, elegendo-se o DNIT- Departamento Nacional deInfra-estrutura de Transportes para o gerenciamento da malha rodoviria sobadministrao direta do Governo Federal e a ANTT Agncia Nacional de TransporteTerrestre para gerenciamento da malha rodoviria entregue iniciativa privada, paraexplorao de servios por meio de concesso, via tarifa de pedgio, constitudos deconservao ordinria, manuteno da qualidade de servios prestados e melhoriasoperacionais, planejamento elaborado pelo rgo gestor.

    A alterao estrutural foi formulada com base nos marcos legais descritos no Captulon 2, que ratificaram os documentos anteriormente elaborados pelo DNER.

    i) Ano 2000

    Instruo de Servio da DG/DNER n 016/00 de 25/10/2000, comunica a aprovaoda Poltica Ambiental do rgo e seu respectivo Sistema de Gesto, atravs dadeliberao proferida na sesso n 02/2000 de 05 de setembro de 2000, do Conselhode Administrao do DNER, informando que a norma NBR ISO 14001, exige a buscada melhoria contnua da Poltica Ambiental, sua divulgao e determinando a todas aunidades do DNER o cumprimento da Poltica Ambiental aprovada, buscandoobedincia aos objetivos estabelecidos.

    Declarao da Poltica Ambiental do DNER

    O DNER executar a Poltica Nacional de Transporte Rodovirio buscandoobedincia aos preceitos do desenvolvimento sustentvel e comprometendo-secom os seguintes princpios:

    Planejar, realizar, manter, administrar e fiscalizar as atividades necessrias execuo da Poltica Nacional de Transporte Rodovirio em conformidade coma legislao ambiental, buscando a segurana do trnsito e a qualidade devida da comunidades lindeiras;

    Capacitar os funcionrios e incentivar os parceiros e contratados para queatuem de forma ambientalmente correta;

    Buscar a melhoria contnua da Poltica Ambiental e divulg-la interna eexternamente.

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    19/110

    15

    Objetivos da Poltica Ambiental

    Reviso e complementao das Normas, Manuais e Instrues Ambientais doDNER.

    Exigir nas licitaes, nos contratos de concesso e convnios de delegaoque cumpram tambm a Poltica Ambiental do DNER.

    Sistematizar e atualizar, continuamente, o inventrio da legislao ambientalfederal, nos aspectos que tenham interface com as atividades do DNER.

    Recuperar o Passivo Ambiental das rodovias federais.

    Assegurar que os projetos e obras rodovirias federais contemplem ocomponente ambiental.

    Implementar programa de gesto de qualidade do ar, rudos e vibraes narea de influncia da obra, durante sua execuo.

    Implementar programa de gesto de qualidade dos efluentes lquidos, durantea execuo da obra.

    Implementar na fase de implantao da obra, monitorao peridica doscorpos hdricos na rea de influncia do empreendimento.

    Implementar um plano de contingncia para preveno e combate a acidentesrodovirios com produtos perigosos.

    Alocar recursos tcnicos e financeiros, visando a qualidade ambiental dosempreendimentos.

    Investir continuamente em programas de treinamento e conscientizao dosfuncionrios e terceirizados na rea ambiental.

    Divulgar a Poltica Ambiental e as aes do DNER entre seus funcionrios,parceiros e terceirizados.

    Implantar um sistema de documentao, registro ou cadastro relativos ao meioambiente, permanentemente atualizado.

    Implantar um plano de ao emergencial para prevenir e minimizar osacidentes ambientais.

    Implantar um programa de Auditoria do Sistema de Gesto Ambiental.

    Exigir dos contratados, concessionrios e permissionrios a implantao daNBR ISO 14001.

    Celebrar convnios com entidades governamentais e no governamentais comexcelncia na rea ambiental.

    Introduzir nos programas de segurana de trnsito nas estradas a educaoambiental.

    Reviso peridica das Metas e Objetivos da Poltica Ambiental.

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    20/110

    16

    Consolidao da Gesto Ambiental do DNIT atravs de Convnio do DNITcom o IME - Instituto Militar de Engenharia, objetivando a assessoria tcnicaambiental para anlise dos projetos ambientais, elaborao de documentaopara o ensino distncia das Unidades Regionais Terrestres (UNIT) do DNIT econformao de Banco de Dados Ambientais denominado SAGARF

    Sistema de Gesto Ambiental das Rodovias Federais.j) Ano 2003

    A Portaria n 250 do Sr. Gestor do DNIT, de 08/05/2003, publicada no DOU, de19/05/2003, determinou que sejam adotadas as Instrues de Servios do DNER,atque sejam submetidas ao Conselho de Administrao.

    1.4 CONSIDERAES AMBIENTAIS SOBRE AS FAIXAS DE DOMNIO E LINDEIRAS.

    As rodovias integrantes da Rede Rodoviria Federal que atravessam as reas rurais, ao

    serem projetadas, tm suas faixas de domnio dimensionadas em funo das condiesde relevo, de acordo com as normas vigentes. Nas situaes em que a rodovia atravessarreas urbanas, onde houver necessidade de definir acessos e travessias, devero serelaborados planos funcionais que indicaro com detalhamento minucioso os principaistipos de uso do solo, os tipos de travessia e suas intersees, alm das medidas relativasa controle de acessos.

    Em decorrncia das presses de natureza scio-econmicas que atuam nestas reasprximas aos centros urbanos e dos conflitos decorrentes, urge que sejam repensadas aslarguras especificadas nos projetos para as faixas de domnio. Para tanto, recomenda-se

    que se proceda as modificaes mediante a introduo de critrios mais flexveis, osquais devero considerar estes fatores ambientais referidos, conforme atribuies doDNIT estabelecidas na Lei n 10.233, de 05/06/2001.

    Atualmente, estas dimenses so fornecidas pelo Manual de Projeto Geomtrico deRodovias Rurais do extinto DNER 1999,que levam em conta, exclusivamente o tipodo relevo atravessado pela rodovia.

    A Instruo de Servios para Elaborao dos Componentes Ambiental dos Projetos deEngenharia Rodoviria IS-246, integrante das Diretrizes Bsicas para Elaborao deEstudos e Projetos Rodovirios, DNER-1997, estabeleceu que o projetista deve

    desenvolver os trabalhos buscando obedincia aos preceitos do desenvolvimentosustentvel e princpios estabelecidos na Poltica Ambiental do DNER, a qual visaassegurar a melhoria contnua de sua gesto ambiental. Em junho de 2002, foi publicadaa Poltica Ambiental do Ministrio dos Transportes, para a qual foram adotados princpiosgerais e suas diretrizes ambientais, para orientao de seu programa de gestoambiental.

    Recomenda-se que sejam tomadas medidas, ou adotados critrios, objetivando minimizaros impactos sobre o meio ambiente, mesmo que exijam trabalhos adicionais, os quaisdevero ser includos nos custos de implantao da rodovia. Estes impactos ambientais

    referidos abrangem "a poluio sonora e atmosfrica decorrente do trfego intenso, asegurana e movimento dos pedestres, a degradao de propriedades adjacentes via,

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    21/110

    17

    segregao urbana, os efeitos de desmatamento e de influncia sobre a fauna e a flora"os quais so fatores que devero ser analisados em nvel de anteprojeto, tanto emrelao aos aspectos quantitativos como qualitativos.

    A Tabela 1 mostra os principais tpicos de transformao gerados pelo Setor Rodovirio:

    Tabela 1 - Processos de Transformao Gerados pela Implantao,Recuperao ou Operao de Rodovias

    PROCESSOS DE TRANSFORMAO GERADOS PELA IMPLANTAO, RECUPERAO OUOPERAO DE RODOVIAS

    Presso e Induo ao uso do solo e/ou reordenamento do uso do solo;

    Alterao do uso e ocupao do solo local e regional;

    Revalorizao imobiliria;

    Variao da acessibilidade interlocal e regional;

    Induo a processos de comrcio e servios;

    Alterao da polarizao econmica regional;

    Riscos de atritos com as comunidades locais;

    Desapropriao e/ou seccionamento de propriedades;

    Perdas de reas produtivas e/ou alteraes no volume de produo;

    Variao local, temporria e/ou permanente da arrecadao tributria;

    Variao da renda familiar relativa a oferta de emprego e/ou desemprego;

    Induo de processos migratrios;

    Instalao expontnea de vilas livres;

    Presso sobre a oferta de servios;

    Processo sobre a oferta de servios sociais bsicos;

    Evaso temporria e localizada da fauna;

    Variao da abundncia e da diversidade de espcies de fauna;

    Interrupo de corredores ecolgicos;

    Conformao de novos habitats preferenciais;

    Atrao de espcies de hbitos domiciliares;

    Abertura de trilhas e acessos;

    Induo a formao de vazadouros expontneos de resduos slidos;

    Transporte passivo de vetores e de agentes etiolgicos;

    Formao de criadouros de vetores;

    Induo ocorrncia de doenas infecto-contagiosas;

    Gerao de rudos e vibraes;

    Gerao de particulados, variao da qualidade do ar e gerao de odores;

    Aquisio e/ou aluguel temporria da rea do canteiro de obras;

    Presso sobre o trfego rodovirio;

    Riscos de acidentes de trfego;

    Interferncia temporria sobre atividades de hidronavegao;

    Implantao e explorao de jazidas de emprstimo;

    Limpeza de terreno e/ou induo a processos de desmatamento;

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    22/110

    18

    PROCESSOS DE TRANSFORMAO GERADOS PELA IMPLANTAO, RECUPERAO OUOPERAO DE RODOVIAS

    Evaso da fauna;

    Alterao do sistema natural de drenagem;

    Induo ao represamento da drenagem natural;

    Induo e ocorrncia de processos de assoreamento; Interferncia na hidrodinmica de corpos dgua;

    Ocorrncia de inundao de reas;

    Induo e ocorrncia de processos erosivos;

    Variao da qualidade da gua superficial e subterrnea;

    Ocorrncia de deslizamentos e desmoronamentos;

    Bota-fora de material excedente e/ou imprprio;

    Terraplenagem - corte e aterro;

    Estocagem temporria de solo orgnico;

    Remoo de turfa e solos moles;

    Efeitos de processos de recalque diferencial.

    Na Tabela 2 so relacionadas s especificaes pertinentes do DNIT e doantigo DNERque se inserem nos projetos de ordenamento da Faixa de Domnio:

    Tabela 2 Especificaes de Servios DNER/DNIT

    ASSUNTO /REFERNCIA ESPECIFICAES

    reas Planas DNER-ES-341/97

    reas Inclinadas DNER-ES-341/97

    Estruturas de Conteno DNER-Es-039/71

    DNER-ES-343/97

    Proteo Taludes DNER-ES-044/71

    DNER-ES-342/97

    Retaludamento DNER-ES-280/97

    DNER-ES-341/97

    Caminho de servio DNER-ES-279/97

    DNER-ES-341/97

    Caixa de Emprstimo DNER-ES-281/97

    Bermas de Equilibrio / Retaludamento DNER-ES-280/97

    DNER-ES-282/97

    Voorocas (Manual de Conservao) --

    Drenagem de Proteo DNIT 022/2004-ES

    DNIT 018/2004-ES

    DNIT 021/2004-ES

    Reabilitao de rea degradada DNER-ES-341/97

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    23/110

    19

    22--CCAARRAACCTTEERRSSTTIICCAASSGGEERRAAIISS

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    24/110

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    25/110

    21

    2 CARACTERSTICASGERAIS

    Os fundamentos jurdicos que atribuem ao DNIT estabelecer normas, padres eespecificaes tcnicas relativas s rodovias federais e indiretamente sobre as reaslindeiras, objetivando evitar que as reas antropizadas ameacem o patrimnio pblico,estar consubstanciado no artigo 82 da Lei n 10.233, de 05/06/2001, que dispe sobre a

    reestruturao dos transportes aquavirios e terrestres e confere ao DNIT a competnciade rgo executor da poltica formulada para a administrao da infra-estrutura doSistema Federal de Viao compreendendo uma operao, manuteno, restaurao, oureposio, adequao da capacidade e ampliao mediante construo.

    No caso de uso do solo em reas lindeiras dispe a Lei 6.766, de 19/12/1976, que oPoder Pblico poder complementarmente exigir, em cada loteamento, a reserva da faixanon aedificandi destinada a equipamentos pblicos de abastecimento de gua, serviosde esgotos, energia eltrica, coletas de guas pluviais, rede telefnica e gs canalizado.

    Com relao ao trnsito, convm citar que o artigo 21 da Lei n 9503/97 (Cdigo deTrnsito Brasileiro), estabelece que compete aos rgos e entidades executivosrodovirios da Unio, no mbito de sua circunscrio: cumprir e fazer cumprir a legislaoe as normas de trnsito, no mbito de suas atribuies; planejar, projetar, regulamentar eoperar o trnsito de veculos, de pedestres e de animais, e promover o desenvolvimentode circulao e da segurana de ciclistas; implantar, manter e operar o sistema desinalizao, os dispositivos e os equipamentos de controle virio.

    O DNIT dispe de um forte instrumento para controlar muitas aes antrpicas queocorrem nas rodovias federais, ou seja, as ferramentas contidas na Portaria n 127 do Sr.

    Diretor-Geral do DNIT, de 18/06/2002, publicada no Dirio Oficial da Unio, Seo 2, de19/06/2002, que determina at que se concluam as revises aplicveis s permisses deuso da faixa de domnio, travessia e acessos, devero ser adotadas as normas em vigoraprovadas pelo DNER, Resoluo n 18/91 do Conselho de Administrao, de 13/08/91 eResoluo n 03/2001 do Conselho de Administrao, de 21/05/2001, as quaispossibilitam ao rgo, inclusive atravs de suas Unidades de Infra-Estrutura Terrestre,autorizar ou negar os acessos s propriedades lindeiras, uso da faixa de domnio etravessias, na medida em que estes empreendimentos possam prejudicar o fluxo detrfego na segurana da rodovia.

    Da mesma forma, cabe ao DNIT a aprovao de projetos para utilizao da faixa dedomnio por concessionrias de servios pblicos e privados, prevendo-se a cobranapelo DNIT aos interessados, conforme estabelecido na Portaria n 250, de 08/05/2004, doDr. Gestor do DNIT, publicada no DOU de 19/05/2003, Seo 1, que determinou quesejam adotados no DNIT, at que sejam submetidas no seu Conselho de Administraonovas normas: a Instruo de Servios DG/DNER n 003/96, de 17/05/96; a InstruoComplementar Instruo de Servio DG/DNER n 003/96, de 16/02/2000; a Portaria n147-DG/DNER, de 16/02/2001, publicada no DOU de 19/02/2001; e a Portaria n 944 doDiretor-Executivo do DNER de 24/09/2001, publicada no DOU de 25/09/2001, Seo 1.

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    26/110

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    27/110

    23

    33--AACCEESSSSOOSS

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    28/110

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    29/110

    25

    3 ACESSOS

    3.1 ACESSOS S REAS LINDEIRAS

    a) GeneralidadesO instrumento legal que atribui ao DNIT, o poder irrestrito de atuao sobre a faixa dedomnio, bem como de estabelecer restries sobre o uso do solo nas reas lindeirass rodovias federais, est outorgado na Lei n 10.233, de 05/06/2001, que dispesobre a reestruturao dos transportes aquavirio e terrestre, e cria o DNIT.

    De acordo com o artigo 82 da Lei n 10.233, de 05/06/2001, so atribuies do DNITem sua esfera de atuao: estabelecer padres, normas, especificaes tcnicas paraos programas de segurana operacional, sinalizao, manuteno ou conservao,restaurao ou reposio de vias, terminais e instalaes, estabelecer padres,normas e especificaes tcnicas para a elaborao de projetos e execuo de obrasvirias; declarar a utilidade pblica de bens e propriedades a serem desapropriadapara implantao do Sistema Federal de Viao, entre outros.

    Sendo detentor de amplos poderes sobre a faixa de domnio e da autorizao para aconstruo de acessos s reas lindeiras das rodovias federais, cabe ao DNIT,estabelecer as bases e zelar com eficcia pelo cumprimento das medidas necessrias operao e segurana do trfego, alm da preservao do meio ambiente em queas mesmas se encontram inseridas.

    b) Condies Especficasc) Tipos de Acessos

    acesso residencial: estabelece o acesso s propriedades residenciais uni -familiares ou multi - familiares com at 10 unidades, s fazendas e demais locaiscom demanda de trfego reduzida;

    acesso comercial: possibilita o acesso a instalaes destinadas ao usoinstitucional, utilizadas para as instalaes de servios ou reparties pblicas,bem como aos conjuntos habitacionais com mais de 10 unidades, prdios de

    escritrios e empresas de pequeno porte. Entre os acessos a instalaes deservio esto includos os postos de abastecimento, restaurantes, hotis e motis,hospitais e escolas.

    acesso industrial: destinado a atender ao trfego pesado, de veculos comerciais,abrangendo indstrias, depsitos, armazns silos, postos de servio paraabastecimentos, portos, ptios ferrovirios, aeroportos, centros comerciais, almde outros.

    d) Classificao Quanto ao Tipo de Ocupao da rea

    acesso em reas urbanas: resultantes, em muitas situaes acessibilidade dasrodovias que induzem expanso urbana nas suas reas lindeiras, as quais se

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    30/110

    26

    intensificam com o decorrer do tempo, exigindo medidas corretivas de custoelevado;

    acessos em reas rurais de fronteira econmica, com intensas atividades scio-econmicas, exigindo a elaborao de planos e programas objetivandoracionalizar seu desenvolvimento e mitigar os impactos ambientais significativos;

    acessos em reas rurais de ocupao rarefeita, nas quais os ncleospopulacionais existem em nmeros reduzidos e afastados uns dos outros.

    e) Solicitao para a Autorizao de Acessos

    Os acessos s rodovias federais podero ser diretos, ao longo das reas marginais,ou direcionados, atravs de ruas laterais.

    As solicitaes de autorizao para a construo de acessos s reas lindeiras dasrodovias federais devero ser providenciadas atravs da Unidade Local, paraaprovao pelo Coordenador da Unidade de Infra-Estrutura Terrestre DNIT, em cujajurisdio estiver localizado o trecho considerado. Nestas, devero ser adotados osprocedimentos preconizados na Resoluo 18/91, de 13-08-91, do ConselhoAdministrativo do DNER, observando-se a alterao aprovada pelo ConselhoAdministrativo do DNER, atravs da Resoluo n0 03, de 21/05/2001, referente aoitem 2.1.5., concernente aos acessos, o qual passou a vigorar com a seguinteredao:

    2.1.5. A distncia mnima entre dois pontos mais prximos de dois acessossucessivos, situados do mesmo lado, ou lados opostos, sem separao fsica, de umarodovia em pista dupla deve ser de 1000 metros. No caso de pista com separaofsica constituda por barreira, sem cruzamento em nvel, a distncia mnima entre doispontos mais prximos de dois acessos, ser de 500 metros, no havendo restriesde distncias, entre acessos de lados opostos da rodovia.

    A autorizao ser sempre fornecida em carter precrio, podendo ser revogada emqualquer ocasio.

    Na solicitao para a autorizao do acesso dever ser apresentado o projeto,elaborado em conformidade com os desenhos solicitados e orientaes preconizadasnas Instrues para Autorizao e Construo de Acesso s Rodovias Federais,

    aprovadas pela Resoluo n 18/91, de 13/08/91, do Conselho de Administrao doDNER., sendo indispensvel o atendimento s distncias mnimas de visibilidadeexigidas, as quais variam em funo da localizao do trecho e das velocidadespermitidas. Tambm, devero ser atendidas as exigncias em relao s distnciasmnimas destes acessos s pontes, viadutos, tneis, bem como entre dois acessosadjacentes.

    A construo e a manuteno dos acessos nas rodovias federais ser deresponsabilidade dos interessados, sendo fiscalizadas pelo DNIT.

    Ser da competncia das Unidades Regionais, atravs das Unidades Locais, aresponsabilidade de fazer cumprir as medidas preconizadas nas normas jurdicas,

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    31/110

    27

    administrativas e tcnicas, em especial a Resoluo n 18/91 do DNER, comvalidadapela Portaria n 127, de 18/06/2001, do Sr. Diretor Geral do DNIT.

    f) Controle dos Acessos

    No havendo controle de acesso, existe uma tendncia de deteriorao progressivada rodovia, com o rpido e intenso crescimento das atividades na faixa de domnio enas faixas lindeiras, acarretando um aumento substancial do valor comercial dosterrenos e um crescimento descontrolado do trfego, cruzando a rodovia em vriossentidos.

    A intensificao do uso do solo gera um aumento das atividades industriais ecomerciais, de forma desordenada, intensificando a utilizao da via em detrimento dasua capacidade, ocorrendo, conseqentemente, maior nmero de acidentes.

    Ao atingir este estgio a soluo mais adequada, porm de elevado custo deinvestimento, ser a reconstruo do segmento rodovirio em outra rea, formando

    um anel de contorno mais externo.Com a introduo do controle de acesso, as entradas e sadas so localizadas empontos definidos, de forma a no prejudicar o fluxo de trfego e afetar a seguranados usurios. Mediante o controle de acesso o rgo pode limitar a utilizao da viapor veculos e pedestres conseguindo, desta forma, manter o nvel de capacidade e asegurana do trfego dentro de padres satisfatrios de qualidade.

    Esta situao ocorre com freqncia nas rodovias de contorno de cidades,observando-se, em fase posterior adoo desta medida, um deslocamento dasatividades comerciais e industriais em direo ao novo traado, passando a ocupar asreas lindeiras, com tendncia de repetir o ciclo anterior, caso no sejam adotadasprovidncias para o ordenamento do uso do solo.

    Face ao exposto, dever-se- estabelecer o controle de acesso nas rodovias com afinalidade de preservar as suas caractersticas originais e de reduzir os custosoperacionais dos veculos, conseguido atravs da reduo do tempo de viagem e doaumento da segurana.

    As rodovias podem ser classificadas quanto ao controle de acessos em :

    rodovias bloqueadas, com controle total de acesso, nas quais os acessos somente

    so permitidos nas intersees, em locais previamente selecionados, como ocorrenas auto-estradas,

    rodovias de acesso limitado, nas quais os acessos so permitidos para atender asreas lindeiras, mediante autorizao prvia, atendendo s normas vigentes e ascondies exigidas de segurana do trfego e conforto dos usurios.

    Ser de grande relevncia a iniciativa do Engenheiro da Unidade Local para arealizao de contatos a serem estabelecidos na interface dos Municpios com oDNIT, nos casos de realizao de empreendimentos privados ou pblicos nas reas

    lindeiras das rodovias federais, de tal forma que possibilite ao DNIT o poder deautorizar ou negar a construo de acesso, antes da construo do empreendimento.Alm disso, dever ser proposto o estabelecimento de uma rea "non aedificandi", a

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    32/110

    28

    partir da delimitao da faixa de domnio objetivando a criao de uma faixa deproteo ao longo da rodovia, em ambos os lados da faixa de domnio.

    3.2 INSTALAES DE SERVIO

    Generalidades

    Postos de abastecimento, oficinas, motis e restaurantes so estabelecimentosnormalmente localizados nas faixas lindeiras das rodovias, uma vez que se propem aoferecer estes servios aos seus usurios. Por ambos os motivos sua proximidade darodovia e por prestarem estes servios relacionados ao veculo ou ao seu condutor eacompanhantes, so instalaes fundamentais de apoio, e devero merecer cuidadosespeciais quanto localizao e integrao paisagstica.

    Estas Instalaes de Servios so localizadas em reas sob a jurisdio do DNIT, a

    quem caber estabelecer padres mnimos para a construo de seus acessos rodovia, destacando-se na regulamentao desses servios, visando o bomatendimento s necessidades dos usurios, alm da segurana e capacidade, osaspectos estticos compatveis com o nvel de servio da rodovia.

    Os projetos destas instalaes devero atender s exigncias preconizadas peloDNIT, mediante a apresentao de plantas das edificaes a serem construdas,devendo constar das mesmas, conforme sua finalidade e demanda calculada,indicaes referentes s instalaes hidrulicas, eltricas, sanitrias, com salo derefeies, cozinhas, dormitrios, servios sanitrios, iluminao interna e externa,

    rea de estacionamento e demais utilidades e apetrechamento tcnico adequados snecessidades.

    A autorizao de acesso ser concedida pelo DNIT mediante apresentao de plantade situao do estabelecimento com indicao de sua localizao (km ou estaca doprojeto), largura da faixa de domnio, reas non-aedificandi, acessos rodovia esinalizao.

    Nos casos de postos de abastecimento sero propostas exigncias relativas s pistasde acesso, com os "tapers" de acelerao e desacelerao, reas de circulaointerna, estacionamento, localizao das bombas, etc.

    3.3 MIRANTES

    a) Generalidades

    Estes equipamentos so encontrados sobretudo em rodovias tursticas oupossuidoras de grande beleza cnica, sendo utilizados muitas vezes como umaparada de descanso. No que tange aos mirantes, na maioria das vezes, sualocalizao no depende da vontade do projetista, mas do local onde melhor se possa

    descortinar a paisagem, fato que em determinadas situaes pode afetar a seguranados usurios da rodovia.

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    33/110

    29

    A principal ameaa segurana encontra-se nas manobras de converso esquerda,para acesso s referidas reas. Nas rodovias de pista simples esta manobra torna-semais perigosa, uma vez que no existem impedimentos para sua execuo. Nestescasos, quando no for possvel proporcionar acesso seguro a estes locais,impedimentos devero ser estudados. Para tanto, recomenda-se consulta

    Resoluo 18/91, do Conselho de Administrao do DNER.Tratando-se de rodovias com pista dupla, a presena de canteiro central ou defensasj obstculo a estas manobras, devendo-se estudar, entretanto, a possibilidade depermisso de tais acessos quando o local ou segurana da rodovia permitir.

    b) Consideraes Gerais

    Considerando-se que, geralmente, o ponto ideal para a localizao de um mirante noapresenta condies seguras de ingresso e egresso, devem ser desenvolvidoscuidados especiais neste sentido.

    Embora se constitua num equipamento para satisfao esttica dos motoristas, omirante na realidade um equipamento rodovirio, sendo necessrias para a suaexecuo as seguintes medidas:

    sua localizao deve apresentar condies de visibilidade, ingresso e egressocompatveis com a segurana da rodovia;

    s devem ser construdos quando houver rea para estacionamento de veculosfora do acostamento;

    deve ser evitado o estacionamento de caminhes para que o mirante no se

    transforme em parada de descanso de caminhoneiros, devendo-se prever outrospontos para tal fim;

    impedir o acesso aos mirantes por converses esquerda, quando estas nopuderem ser feitas de maneira segura;

    dever receber tratamento paisagstico adequado, por tratar-se de equipamentodestinado ao conforto dos motoristas e passageiros, cuidando-se para que avegetao introduzida no obstrua a viso da paisagem que se quer mostrar, nemdas manobras de egresso, podendo ainda serem equipados com arborizaoadequada, bancos, pontos dgua, quando possvel, etc, e;

    proceder a uma conservao permanente destes locais, pois tal medida imprescindvel para manuteno do seu valor esttico.

    3.4 REAS DE LAZER

    a) Generalidades

    As reas de lazer so localizadas geralmente prximas de ncleos urbanos, sendoutilizadas tanto por usurios da rodovia como pelos habitantes desses ncleos. Ascondicionantes para a escolha de sua localizao so mais dirigidas disponibilidade

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    34/110

    30

    da rea para sua instalao e aos problemas normais de segurana relativos visibilidade, acesso, egresso, etc.

    b) Condies Gerais

    O aproveitamento de reas remanescentes de bota-foras, de acampamentosdesativados etc., para localizao destas reas de lazer atende os objetivospretendidos para a recuperao destes espaos, conferindo-lhes aspectos estticosagradveis e proporcionando satisfao visual aos motoristas de passagem, bemcomo aos que ali pararem. Quanto se tratar de projeto de rodovia com vocaoturstica, deve ser dispensada ateno especial s reas de lazer, as quaisproporcionam melhor qualidade esttica e de conforto.

    c) Condies Especficas

    Para instalao de uma rea de lazer ser necessria a elaborao de um projetocontendo os dados a seguir discriminados :

    acessos e sinalizao, atendendo s normas vigentes;

    estacionamentos fora do acostamento, com rea suficiente para atender demanda;

    dever ser evitado estacionamento de caminhes;

    projeto paisagstico com a localizao e indicao das espcies a seremplantadas;

    utilizao de espcies vegetais locais;

    devem ser utilizadas espcies arbreas para proviso de reas sombreadas; o projeto deve prever a instalao de bancos, mesas de piquenique,

    churrasqueiras, etc.,

    indicao de sua localizao, bem como os materiais a serem empregados;

    deve ser prevista a instalao de pontos dgua e iluminao, sempre quepossvel;

    a distribuio de lixeiras na rea e; conservao e limpeza permanente desteslocais ser indispensvel.

    3.5 PARADAS DE NIBUS

    a) Generalidades

    As paradas de nibus de longo curso, localizadas normalmente a grande distnciaumas das outras, aproveitando-se de Instalaes de Servio destinadas igualmenteaos motoristas e usurios da rodovia, enquadram-se no item Instalaes de Servios 3.2.

    Entretanto, as linhas de pequeno curso, atendendo ncleos urbanos vizinhos,necessitam de paradas mais prximas, para tambm servir s populaes ribeirinhas,

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    35/110

    31

    que se dirijam a tais ncleos. Estas paradas, sobretudo se forem feitas em estradascom acostamentos estreitos, constituem-se numa ameaa segurana rodoviria,devendo ser projetadas mais prximas dos locais de gerao e atrao das viagens,facilitando-se os acessos aos mesmos, bem como, observando-se as recomendaesrelativas segurana da circulao dos pedestres.

    Visando-se eliminar os riscos de acidentes, estas paradas devero ter suaslocalizaes cuidadosamente determinadas, escolhendo-se pontos de visibilidadeadequada, bem como, reas que permitam a execuo de baias, cobertura (proteo)para os que esperam os veculos e pista de desacelerao e posterior acelerao,no afetando a segurana do trfego. O projeto de tais paradas dever especificarmateriais de fcil conservao e ter valor esttico desejado.

    b) Consideraes Gerais

    Por serem estas paradas destinadas a linhas locais, que atendem a ncleos urbanos

    situados nas reas situadas nas faixas lindeiras, bem como entre estes, muitas vezesas mesmas so instaladas a distncias extremamente curtas umas das outras, semmaiores cuidados com a segurana nem com o aspecto esttico.

    Deste modo, as seguintes medidas devero ser recomendadas, alm daquelaspreconizadas no item 4 das instrues para autorizao e construo de acessos sRodovias Federais, que trata Resoluo n 18/91 do CA do DNER:

    a localizao da parada deve estar condicionada possibilidade da construo debaias, sobretudo nas rodovias em regies com relevo acidentado, comacostamento estreito;

    devem ser projetadas construes simples, de fcil execuo mas queapresentem aspecto visual agradvel;

    as paradas devem ser cobertas para proteo contra os raios solares e chuva;

    a rea coberta deve ser compatvel com a demanda estimada;

    os materiais utilizados devem ser resistentes, de aparncia agradvel e de fcilconservao;

    desejvel que tais paradas sejam acompanhadas de um projeto de paisagismo

    simples, mas que valorize o local; nas imediaes das reas urbanas poder ser admitida a utilizao de telefone

    pblico e iluminao nos abrigos;

    as paradas nas Travessias Urbanas, devero ser projetadas prximas detravessias especficas para pedestres.

    c) Paradas em reas Urbanas

    As paradas em reas urbanas so realizadas nos terminais e locais de paradasintermedirias, cujo tratamento dever ser diferenciado, face peculiaridades

    existentes nestas reas, devendo o projeto e detalhamento serem motivo de aoconjunta com o Municpio interessado.

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    36/110

    32

    No recomendvel colocar-se pontos de paradas muito prximas, de intersees,para se evitar problemas com a converso de veculos e no obstruir a visibilidade demotoristas e pedestres.

    3.6 USO DA REA PRXIMA A RODOVIA PARA EVENTOS ESPORTIVOS, RELIGIOSOS E

    EXPOSIES.

    a) Generalidades

    As reas prximas s rodovias so utilizadas muitas vezes para a realizao deeventos, tais como esportivos, religiosos e exposies.

    Quando estes eventos ou atividades so patrocinados por autoridades municipais,esportivas, religiosas ou empresariais, de um modo geral, os trmites legais soseguidos e a autorizao para realizao dos mesmos, s obtida atravs da

    aprovao de projetos, onde esto definidos os acessos e estacionamentos,atendendo s normas vigentes, com especial nfase na segurana.

    Estes eventos atraem grande nmero de visitantes e participantes, sendo necessrio,que estes locais sejam dotados de reas de estacionamento suficientes para atender demanda, inclusive, quanto a circulao de veculos e pessas.As atividades ou eventos acima discriminados, quando no tm cunho oficial,aproveitam reas disponveis ou propcias para sua realizao ou prtica,normalmente utilizando acostamentos e faixas de domnio como estacionamento, comevidente prejuzo para a segurana da via, devendo, por isso, serem coibidos ou

    adequados s normas rodovirias quando o DNIT julgar cabvel, justificvel ou deinteresse comum.

    b) Condies Gerais

    Deste modo, sem esquecer os eventos oficiais, o rgo rodovirio deve estar atentos atividades extra-oficiais que, em ambos os casos, por sua natureza, podem ser:

    Esportivos

    futebol - comum a presena de pequenos campos s margens das rodovias,utilizados pelos habitantes das vizinhanas em fins de semana ou feriados,

    apresentando pequeno nmero de veculos, os quais estacionam, geralmente,nos acostamentos.

    pesca - no extremamente rara a presena de veculos estacionados emacostamentos, abandonados por seus motoristas, que se dirigem a cursosdgua prximos, ou mesmo a pontes e viadutos, para a prtica da pesca.

    vo livre (asa delta, parapente, etc.) - embora se trate de uma atividade filiadaa entidades esportivas oficiais, com seus campos de pouso devidamentelegalizados e contando com estacionamentos para seus aficcionados epraticantes, ocorre que, dependendo de sua localizao, um grande nmerode motoristas de passagem estacionam seus veculos nos acostamentos, poralguns minutos para apreciar o pouso destes engenhos, provocando inmeras

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    37/110

    33

    manobras de egresso e ingresso na faixa de rolamento, diminuindo asegurana da via.

    Religiosos -certos locais so escolhidos para peregrinaes ou cultos religiosospelas suas caractersticas naturais (pequenos cursos dgua, cascatas, etc.)propcios sua prtica, decorrendo da que a ausncia de acessos e

    estacionamentos regulares apresentem impacto maior para rodovia, uma vez queos adeptos destes cultos so conduzidos, muitas vezes, por caravanas de nibuse caminhes.

    Exposies -as exposies em questo, geralmente agropecurias, por exigiremgrande rea e uma certa infra-estrutura, j esto devidamente instaladas, emboratais eventos no sejam permanentes, ocorrendo apenas algumas vezes no ano;mesmo assim, por serem grandes geradoras de trfego, merecem medidasoperacionais quando de sua realizao.

    Por tudo que foi exposto, recomenda-se que o DNIT, no que tange a estesestacionamentos, adote medidas inibitrias, ou, havendo recursos e possibilidadestcnicas promova sua adequao s normas rodovirias quando, encontrar razesque justifiquem o empreendimento.

    A adoo de providncias e gestes junto Prefeitura, objetivando a implantao deuma rea exclusiva para a realizao de determinados eventos altamenterecomendvel.

    Neste caso, importante um trabalho de esclarecimento junto comunidade, dosobjetivos e vantagens da implantao de uma rea destinada a estes eventos e com

    ela discutida a viabilidade da implantao, escolha do local e verificao de suas reaisnecessidades.

    3.7 FAIXA "NON AEDIFICANDI"

    a) Generalidades

    A figura da faixa non aedificandi tem por finalidade proibir a construo dequalquer natureza em zonas urbanas, suburbanas, de expanso urbana ou rural, em

    faixade reserva de 15 metros,adjacente a cada lado da faixa de domnio da rodovia,conforme preconizado na Lei 6766, de 19-12-79. O Poder Pblico competente podercomplementarmente exigir a reserva da faixa non aedificandi destinada aequipamentos urbanos, a implantao de dutos de gs, leo, cabos telefnicos, etc.

    As recomendaes e orientaes a seguir apresentadas, baseiam-se em pareceresemitidospela Procuradoria Jurdica do extintoDNER, conforme consta de processosadministrativos relativos a situaes ocorridas anteriormente.

    b) Efeitos

    Caso o proprietrio lindeiro no atenda ao recuo de 15 metros, o mesmo podersofrer ao judicial de natureza demolitria, actio de operedemoliendo, ainda

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    38/110

    34

    que tivesse autorizao da Prefeitura do Municpio da localidade, a qual seriaresponsabilizada como liticonsorte.

    Todavia, para aquelas construes realizadas nas faixas nonaedificandi antesda vigncia da lei, bem como aquelas que ali se encontravam antes da execuode um projeto de uma nova estrada, devem ser indenizadas para que sejam

    demolidas. Portanto, fica bem claro que para construes edificadas anteriormenteao advento da lei, sua demolio depende da prvia indenizao ao proprietrio,ao passo que para as construes realizadas aps a vigncia da lei nenhumaindenizao devida, posto que, ser considerada ilegal a edificao.

    c) Legislao Citada e Comentada

    Est expresso na Constituio Federal, atravs do artigo 20 inciso II que so bensda Unio as terras devolutas indispensveis defesa das fronteiras, das fortificaese construes militares, das vias federais de comunicao e preservao ambiental,

    definidas em lei.No artigo 21 citado que compete Unio: inciso XXI - estabelecer princpios ediretrizes para o sistema nacional de viao, e no artigo 22, diz que competnciaprivativa da Unio legislar sobre:

    Inciso IX - diretrizes da poltica nacional de transportes

    Inciso XI - trnsito e transporte

    Com relao ao meio ambiente, a Constituio Federal estabelece todos ospreceitos em captulo nico embasado pelo artigo 225 e seus pargrafos e incisos.

    ODecreto-Lei 512/69, de 21/03/1969 que atribuia ao DNERpoderes para exercer aadministrao permanente das rodovias e permitia estabelecimento de servides, alimitao do uso ao acesso e ao direito das propriedades vizinhas, e mais tarde, comfundamento na Lei 6.766/79, tornou-se obrigatrio manuteno de uma rea dereserva de 15 metros para cada lado da faixa de domnio da rodovia, com aconseqente proibio que na mesma seja levantada qualquer tipo de construo.

    Esta lei extensiva aos terrenos loteados ou no, em zonas urbanas, suburbanas, deexpanso urbana ou rural. A inobservncia deste recuo por parte do lindeiro, permite oprocedimento judicial mediante ao demolitria mesmo que a construo tenha tido

    licena da Prefeitura local.

    De acordo com o artigo 82 da Lei n 10.233, de 05/06/2001, so atribuies do DNITem sua esfera de atuao: estabelecer padres, normas, especificaes tcnicas paraos programas de segurana operacional, sinalizao, manuteno ou conservao,restaurao ou reposio de vias, terminais e instalaes, estabelecer padres,normas e especificaes tcnicas para a elaborao de projetos e execuo de obrasvirias; declarar a utilidade pblica de bens e propriedades a serem desapropriadapara implantao do Sistema Federal de Viao, entre outros.

    Cabe, aqui citar que o artigo 93 do Cdigo de Trnsito Brasileiro estabelece quenenhum projeto de edificao que possa transforma-se em plo atrativo de trnsitopoder ser aprovado sem prvia anuncia do rgo ou entidade com circunscrio

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    39/110

    35

    sobre a via, e sem que do projeto conste rea para estacionamento e indicao dasvias de acesso adequadas.

    O cdigo civil (Lei n 10.406, de 10/01/2002), em seu artigo 1.280, preconiza que oproprietrio ou o possuidor tem direito a exigir do dono do prdio vizinho a demolio,ou a reposio deste, quando ameace runa, bem como que lhe preste cauo pelo

    dano iminente e em seu artigo 1299, que o proprietrio pode levantar em seu terrenoas construes que lhe aprouver, salvo o direito dos vizinhos, e os regulamentosadministrativos.

    inerente propriedade o direito que possui o seu titular de construir em seu terrenoo que quiser, respeitando-se direitos de vizinhana e regulamentos administrativos,sob a pena de reparao dos danos causados.

    d) As Atribuies de Vigilncia e Diligncia

    O DNIT, para defender-se contra as construes que infrinjam regulamentos

    administrativos e os preceitos legais contidos na legislao em vigor, poder dentro doprazo de carncia de ano e dia contado do conhecimento da edificao, exigir que sea desfaa, propondo uma ao demolitria. No caso, a autoridade administrativapromover a ao para que seja demolida a obra construda com violao dasposturas municipais, ou esteja sob ameaa para a segurana pblica.

    De acordo com o artigo 22 do Decreto n 4749, de 07/06/2003, compete s UnidadesRegionais Terrestres - UNIT, dentro de suas reas de atuao e, em conformidadecom as diretrizes estabelecidas pelos Diretores do DNIT, programar, coordenar,fiscalizar e orientar a execuo dos planos e programas visando ao diagnstico

    prognstico e aes nas reas de Engenharia e Operaes Rodovirias, objetivandogarantir a fluidez do trfego, em condies operacionais e econmicas ideais, comsegurana e zelando pela preservao do meio ambiente, e de acordo com oRegimento Interno do DNIT, aprovado atravs da Resoluo n 6 de 10/03/2004, doConselho de Administrao, em seu artigo 6, pargrafo terceiro, declara que competes Unidades Regionais Terrestres (UNIT) e Unidades Locais executar as atividadesem sua rea de atuao e as quais lhes forem delegadas.

    Finalmente, convm citar a responsabilidade dos servidores, pelo descumprimento desuas atribuies e competncias, nos termos do artigo 116 da Lei n 8112, de 1990

    (Dos Deveres do Servidor), e dos artigos 262 e 319 do Decreto Lei n 2848, de07/12/1940, Cdigo Penal (dos Crimes contra a Segurana dos Meios deComunicao e Transporte, e no Crime de Prevaricao), sempre que constatado emprocesso administrativo disciplinar que o fato decorreu de omisso, inrcia, tolerncia,erro de autoridade e de seus agentes.

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    40/110

    36

    3.8 REDES DE SERVIOS PBLICOS E PRIVADOS

    a) Generalidades

    Em decorrncia da necessidade de atender s concessionrias de servios pblicose, em alguns casos, iniciativa privada, o DNIT poder conceder autorizao para autilizao das faixas de domnio e lindeiras, neste caso na rea "nonaedificandi".

    Como o DNIT o rgo responsvel pelo ordenamento do uso do solo nestas faixas,dever administrar os eventuais conflitos que possam ocorrer na operao das redesde servios pblicos e privados lanados nas faixas das rodovias.

    Para tanto, a utilizao das mesmas dever ser autorizada, de conformidade com oDecreto n 84.398, de 16/01/1980, mediante um documento denominado "Termo deCompromisso", no qual sero regulamentadas as condies mnimas a serem

    atendidas para o uso das faixas de domnio e lindeiras.Para a instruo do Termo de Compromisso o interessado dever apresentar Projetode Engenharia, com as especificaes pertinentes, relativo a implantao e operaodos servios, baseados nas Normas vigentes.

    Basicamente, existem trs tipos de utilizao destas faixas:

    travessia subterrnea: usadas para adutoras, redes de esgotos, cabos ticos,etc;

    travessia area:adotadas para as redes de transmisso de eletricidade , cabos

    telefnicos, correias transportadoras, etc, e;

    lanamento ao longo da rodovia: no interior das faixas, como no caso deadutoras, linhas de transmisso de energia, oleodutos e outros.

    Ser de toda convenincia a utilizao da rea "nonaedificandi", junto cerca dedelimitao da faixa de domnio, para o lanamento de redes de adutoras,gasodutos e oleodutos.

    b) Travessias Subterrneas

    Devero constar do Termo de Compromisso as condies tcnicas indicadas a seguir:

    a Concessionria dever elaborar o projeto de sinalizao do trecho de instalaodas redes, submetendo-os previamente ao DNIT para a aprovao antes deproceder execuo. Ter como objetivo garantir a segurana do trfego e oconforto do usurio.

    dever ser proibida a utilizao das pistas de rolamento e de acostamentos comodepsitos de materiais da obra.

    a construo de adutoras e dutos subterrneos, nas suas entradas e sadas, nodevero interferir com o pavimento, acostamentos e sistemas de drenagem e de

    segurana e com os taludes de corte e de aterro.

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    41/110

    37

    ser obrigatria a travessia de adutoras, oleodutos e demais redes de cabosdentro dos bueiros com dimenses tais que permitam inspees peridicas portcnicos e operrios no seu interior. Desta forma, poder ser facilitada a operaode reparos, em casos de deteriorao e vazamentos.

    no caso das adutoras, dever ser projetado um sistema de drenagem superficial

    adequado, de forma a minimizar impactos significativos negativos, em caso deeventuais vazamentos.

    c) Travessias Areas

    a Concessionria de Servios Pblicos dever apresentar projeto em planta eperfil da rede que far a transposio da faixa de domnio, com indicao daproteo, alturas mnimas em relao ao corpo estradal e demais elementostcnicos quanto a prpria rede (catenria, tenso, etc), para fins de instruo doprocesso de pedido de autorizao, anlise e aprovao pelo DNIT.

    devero ser respeitados os gabaritos verticais e os afastamentos mnimos de 5mem relao ao bordo do acostamento.

    a Concessionria dever remover a posteao e demais instalaes, porsolicitao do DNIT, sempre que ocorrerem prejuzos para o fluxo de trfego epara a segurana dos usurios da rodovia.

    a Concessionria, tambm, dever remover ou deslocar a posteao, critrio doDNIT, sempre que ocorrer a necessidade de ampliao da capacidade do trfego,mediante obras de alargamento ou duplicao da rodovia.

    os reparos das redes areas que se fizerem necessrias sero efetuados aps aautorizao prvia do DNIT, sem provocar problemas para o fluxo e a seguranado trfego.

    caber ao DNIT o direito de proceder quaisquer remoes ou reparos que sefizerem necessrios, quando ocorrer prejuzo para o trfego, procedendo acobrana Concessionria dos custos destes servios, nos casos em que expiraro prazo determinado pelo DNIT Concessionria para as providncias indicadas.

    d) Redes de Servios ao Longo das Rodovias

    O DNIT poder admitir o lanamento das redes de servios pblicos ao longo dasrodovias, no interior das faixas de domnio, como nos casos de dutos com cabos defibras ticas, por exemplo. Entretanto as adutoras e oleodutos devero ser lanadosna faixa "non aedificandi", devendo atender s seguintes exigncias de naturezatcnica:

    em nenhuma hiptese ser admitido o lanamento de adutora na plataforma dasrodovias, incluindo pista, acostamentos e sistemas de drenagem.

    por motivos de segurana e estticos, as tubulaes devero ser subterrneas.

    as travessias subterrneas, sob a plataforma da rodovia, devero ocorrer empontos previamente aprovados pelo DNIT. Nestas situaes, as tubulaescorrespondentes s redes devero atravessar a plataforma no interior de bueiros

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    42/110

    38

    celulares de concreto armado, de forma permitir a realizao de inspees ereparos por tcnicos e operrios no interior dos mesmos.

    os reparos ou ampliaes das capacidades das redes somente podero serexecutados aps apresentao prvia de projeto, seguida de aprovao por partedo DNIT.

    nas transposies de cursos d'gua, as redes podero ser lanadas e ancoradasnas estruturas das pontes, aps aprovao do projetista e do DNIT.

    e) Termo de Compromisso

    Com base na competncia atribuda ao DNIT para administrar as rodovias federais,atravs da Lei n 10.233, de 05/06/2001, caber ao mesmo estabelecerprocedimentos e normas de ao em relao propriedade e ao uso do solo nasfaixas de domnios e nas propriedades vizinhas, nos limites das reas "nonaedificandi".

    Em face deste instrumento, ser de responsabilidade do rgo estipular as condiese obrigaes serem adotadas pelas Concessionrias de Servios Pblicos, atravsde Termos de Compromisso, sempre que se fizer necessria a travessia subterrneaou area da plataforma, ou mesmo o lanamento de redes no interior das faixas, aolongo das rodovias.

    Os Termos de Compromisso so de competncia, responsabilidade e assinados pelosCoordenadores das Unidades de Infra-Estrutura Terrestre, com jurisdio sobre oslocais onde se situam estas redes, como representantes do DNIT, conformedelegao do Sr. Diretor-Geral do DNIT em sua Portaria n 128, de 18/06/2002,publicado no DOU de 19/06/2002, seo 2.

    Devero constar destes Termos as seguintes condies e obrigaes mtuas a seremassumidas pelas Concessionrias de Servios Pblicos :

    a autorizao ser concedida em carter precrio, ressalvados nos casosprevistos em legislao;

    a precariedade do termo de vigncia ter como objetivo evitar que o Acordo venhaa ser motivo de transformao da rea utilizada em servido de passagem;

    dever ocorrer a imediata resciso, de pleno direito, independentemente denotificao judicial ou extrajudicial, no caso em que a utilizao venha a ser denatureza diversa ou pactuado no Termo, ou no caso de descumprimento dequaisquer das obrigaes ou condies estipuladas no mesmo. Neste caso, aseventuais demolies sero de responsabilidade do outorgado.

    o DNIT poder rescindir tais Termos na situao em que ocorrer a necessidade deampliao da capacidade de trfego da rodovia, mediante a realizao de projetose obras de alargamento, duplicao, retificao ou construo de variante dotrecho considerado.

    dever estar explcito que os outorgados devero ser responsabilizados civilmentepor danos que venham a ser ocasionados rodovia ou s instalaes do rgo,

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    43/110

    39

    motivadas por omisso ou impercia tcnica, tanto na fase de implantao comode manuteno destas redes de servios pblicos;

    os Termos devero conter clusula relativa responsabilidade a ser assumidapelo outorgado pelos danos que possam ser acarretados aos usurios da rodovia;

    f) Ordenamento Administrativo e Legislao

    So identificadas neste item, as Instrues, Portarias e as Normas Internas eJurdicas especficas e vigentes.

    A Portaria n0 147, de 16 de fevereiro de 2001, do DNER, publicada no D.O.U. de19/02/2001, estabeleceu critrios para cobrana de licena a ttulo oneroso aosrgos da administrao pblica, concessionrias de servios pblicos, privados e deterceiros para a utilizao da faixa de domnio nos casos seguintes:

    I- Redes digitais ou torres de transmisso;

    II- Adutoras;

    III- Linha telefnica, exceto cabo tico;

    IV- Oleodutos,gasodutos e derivados;

    V- Galeria de guas pluviais;

    VI- Correias transportadoras;

    VII- Tubulaes diversas;

    VIII- Sinalizao e

    IX- Outros

    Nesta mesma Portaria foram definidos valores de remunerao anual pela utilizaodas faixas de domnio, por regio, revogando-se as Portarias DG. N0 368 e 410, de 16de junho de 1999 e de 15 de julho de 1999, respectivamente.

    A Portaria n 944 do Sr. Diretor-Executivo do DNER, de 24 de setembro de 2001,publicada no D.O.U. de 25 de setembro de 2001, estabeleceu a cobrana de licena attulo oneroso s empresas prestadoras de servio telefnico fixo comutado (STFC),explorado em regime pblico, para utilizao das faixas de domnio em rodoviasfederais, estabelecendo a remunerao em km/ano por grupos de Estados daFederao.

    A Portaria n 147-DG/DNER, de 16/02/2001, e a Portaria n 944-DE/DNER, de24/09/2001, foram adotados pelo DNIT atravs da Portaria n 250 do Sr. Gestor doDNIT, de 08/05/2003, publicas no DOU, de 19/05/2003.

    Da mesma forma, a Portaria n 250 do DNIT determinou que sejam adotadas,at quesejam submetidas ao Conselho de Administrao as novas normas, a Instruo deServio DG/DNER n 003/96, de 1705/1996, que dispe sobre a uniformizao deprocedimentos que visem autorizao para instalao de redes de comunicao nasfaixas de domnio, ao longo das rodovias sob jurisdio do DNER, e as Instruo

    Complementar essa Instruo de Servio DG/DNER n 003, de 16/02/2000, quedispe sobre a apresentao de projeto bsico de implantao de redes decabeamento tico nas faixas de domnio, ao longo das rodovias federais.

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    44/110

    40

    De acordo com o Decreto n 84.398, de 16 de janeiro de 1980, com as alteraesefetuadas pelo Decreto n 86.859, de 19/01/82,ainda em vigor, as autorizaes paraocupao de faixa de domnio de rodovias e de terrenos de domnio pblico e atravessia de hidrovias, rodovias e ferrovias, por linhas de transmisso, subtransmissoe distribuio de energia eltrica sero por prazo indeterminado e sem nus para os

    concessionrios de servios pblicos e energia eltrica (art. 20

    ).Embora vigente,o texto do referido Decreto encontra-seesteja em desacordo com oconceito atual sobre o assunto e h necessidade de revog-lo, tornando a cobranapela utilizao da faixa de domnio, geral para todos os concessionrios de serviospblicos, tendo em vista que atualmente so administrados por empresas privadas.

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    45/110

    41

    44--TTRRAAVVEESSSSIIAASSUURRBBAANNAASS

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    46/110

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    47/110

    43

    4 TRAVESSIASURBANAS

    4.1 GENERALIDADES

    A existncia ou insero de uma rodovia em zona urbana estabelece um conflito, espaovirio x espao urbano, com srios impactos negativos para ambos. A mitigao ou

    eliminao destes impactos, exigem aes conjuntas tanto do rgo rodovirio, quantoda municipalidade atingida. A principal preocupao do rgo empreendedor ,naturalmente, proteger seu investimento, ou seja, a rodovia. J as autoridades municipaisdevero solucionar problemas de desequilbrios nas atividades urbanas provocados pelavia.

    Quanto a travessia de pedestres em reas urbanas ou rurais e seus deslocamentos aolongo das vias deve ser consultado o Manual de Segurana de Pedestres, de 1979, elaborado em conjunto pelo Instituto de Pesquisas Rodovirias do DNER, DepartamentoNacional de Trnsito DENATRAN e a Universidade Federal do Rio de Janeiro, ou sua

    segunda edio de janeiro de 1987, publicada pelo Departamento Nacional de Trnsito DENATRAN.

    Os impactos negativos mais importantes detectados nestes casos so:

    a) modificaes no uso e ocupao do solo;

    b) segregao urbana / alterao das condies de acessibilidade;

    c) intruso visual;

    d) Poluio atmosfrica e sonora; e

    e) Vibrao

    Estes impactos parecem afetar apenas o ncleo urbano, mas na realidade prejudicamenormemente o desempenho da rodovia.

    Deste modo, para soluo de tais conflitos, tratando-se de rodovias em operao ou nafase de projeto, duas aes so fundamentais:

    a) entendimentos com as autoridades municipais;

    b) efetiva fiscalizao na implantao e operao das medidas adotadas.

    Estes entendimentos tm por finalidade expor s autoridades a presena e natureza dos

    impactos detectados, as adversidades que as mesmas provocaro, tanto via quanto comunidade e as medidas a serem adotadas para elimin-las ou mitig-las.

    Sendo de suma importncia o apoio e cooperao da municipalidade s medidaspreconizadas admite-se, para tal fim, a colaborao do rgo rodovirio com a Prefeituraenvolvida, seja no auxlio ao desenvolvimento do plano diretor da comunidade, naconstruo dapavimentao de vias laterais ou marginais rodovia ou outras aes quecontribuam para o fim desejado.

    importante ressaltar que a busca de solues operacionais substituindo, quandopossvel, as que impliquem em obras de alto custo, induzem a discusso e anlise dasmesmas com as entidades e a comunidade do municpio em causa, visando obter-se a

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    48/110

    44

    conscientizao, apoio e compromisso das mesmas s modificaes a seremintroduzidas.

    Para tanto necessria a efetiva fiscalizao da implantao e operao das medidasadotadas, visando o cumprimento pela municipalidade das aes acordadas que lhesforam atribudas.

    A magnitude destes impactos depende de diversos fatores, entre os quais destacam-seos aspectos relacionados com a geometria da rodovia (planta , perfil e seo transversal),a largura / utilizao da faixa de domnio e a estruturao do tecido urbano.

    Este ltimo fator considera o tipo de uso e ocupao do solo da faixa lindeira e o sistemavirio local,e seu grau de inter-relacionamento com a rodovia, que estabelece o nvel deinterferncia do trfego urbano de veculos motorizados e pedestres, com o fluxorodovirio de longa distncia.

    A fim de melhorar as externalidades provocadas pelo trnsito urbano ao meio ambiente

    devem ser delineadas as possveis medidas de correo, de carter geral, para aremodelao da configurao viria, devendo ser ressaltado que, para cada rea emparticular, devem ser mantidas as caractersticas urbanas da cidade, principalmente emrelao a preservao do patrimnio histrico. Assim, estudos pormenorizados devem serexecutados para se estabelecer com maior preciso a adaptabilidade das correesrecomendadas a serem inseridas no conjunto formado pelas vias, pelo tipo e volume dotrfego que a compe. Como a via fundamental s atividades scio-econmicas,devemser preservadas e melhoradas suas condies de trafegabilidade e segurana, comintervenes bem delineadas, que eliminem / mitiguem um determinado impacto sem criar

    outro.Quanto ao ordenamento do uso e ocupao do solo na rea de influncia da rodovia, oProjeto de Ordenamento Territorial, que integra o Plano Bsico Ambiental de obrasrodovirias, deve previr a atuao junto s autoridades municipais em duas fases.

    A primeira tendo como objetivo o estabelecimento de diretrizes de uso e ocupao do solona faixa lindeira, numa largura aproximada de 200m para cada lado da via, a partir doslimites das faixas da rea non aedificanti.

    Num segundo momento, as aes estaro voltadas para a elaborao ou adequao dosPlanos Diretores Municipais.

    Convm, aqui citar que de acordo com o pargrafo 4 do artigo 95 da Lei n 9.503, aoservidor pblico responsvel pela inobservncia de qualquer das normas previstas nosartigos 93, 94 e 95 do Cdigo de Trnsito Brasileiro, a autoridade de trnsito aplicarmulta diria na base de cinqenta por cento do dia de vencimento ou remuneraodevida enquanto permanecer a irregularidade.

    O artigo 93, citado anteriormente no item 5.5.3, estabelece que nenhum projeto deedificao que possa transformar-se em plo atrativo do trnsito poder ser aprovadosem prvia anuncia do rgo ou entidade com circunscrio sobre a via e sem que o

    projeto conste rea para estacionamento e indicao das vias de acesso adequadas; ocaput do artigo 94 preconiza que qualquer obstculo livre circulao e segurana de

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    49/110

    45

    veculos e pedestres, tanto na via quanto na calada, caso no possa ser retirado, deveser devida e imediatamente sinalizado, e o seu pargrafo nico proibe a utilizao dasondulaes transversais e de sonorizadores como redutores de velocidade, salvo emcasos especiais definido pelo rgo ou entidade competente, nos padres e critriosestabelecidos pelo CONTRAN; e o caput do artigo 95 estabelece que nenhuma obra ou

    evento que possa perturbar ou interromper a livre circulao de veculos e pedestres, oucolocar em risco sua segurana, ser iniciada sem permisso prvia do rgo ou entidadede trnsito com circunscrio sobre a via.

    Os trechos em que a rodovia atravessar reas urbanas, so quase sempre, trechoscrticos, com elevados volumes de trfego, intensa ocupao marginal, altas taxas deacidentes e, conseqentemente, condies operacionais deficientes, apresentando fortetendncia a obsolncia prematura como canais de movimento interregional.

    A ocupao intensa e no planejada das reas lindeiras, em geral com atividadescomerciais atradas pela constante exposio ao trfego, multiplica as manobras de

    egresso e ingresso, esgotando a capacidade de absoro de acessos da rodovia.

    4.2 OBJETIVOS BSICOS

    a) Adequao do planejamento e da operao das rodovias, de modo a integr-las aoespao urbano, minimizando os impactos negativos, tais como seccionamento, rudose acidentes;

    b) reordenamento do uso do solo na rea de influncia da rodovia (espao interativoextensivo);

    c) compatibilizao das redes virias local e regional e;d) preservao da capacidade da rodovia e manuteno de padres aceitveis de

    operao em termos de fluidez e segurana.

    As diretrizes que nortearo o desenvolvimento dos estudos esto relacionadas a seguir:

    a) os resultados obtidos devero atender simultaneamente o setor rodovirio e acomunidade, o que pressupe a participao desta na tomada de decises;

    b) os projetos devero se desenvolver em estreita articulao com as entidades locais,prevendo-se, tambm, a participao dos diversos nveis de governo nos

    investimentos necessrios sua implementao;c) as solues de baixo custo devero ser buscadas, reduzindo-se os investimentos nas

    vias marginais e nas que necessitem duplicaes;

    d) o governo local, para que se efetivem os investimentos propostos, dever assegurar ocontrole do uso do solo nas reas lindeiras, visando sua preservao funcional;

    e) a proteo dos trechos rodovirios urbanos dever ser feita por meio de um controlecuidadoso dos acessos e de uma hierarquizao do sistema virio local, na rea deinfluncia da rodovia;

    f) as manobras na rodovia somente devero ser permitidas nas intersees e nosacessos autorizados, impondo-se diferentes graus de bloqueio ao trecho, dependendodas condies locais e;

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    50/110

    46

    g) as solues a serem apresentadas devero atender, de preferncia, o quadroinstitucional existente, requerendo o mnimo de alteraes na competncia dasentidades envolvidas.

    A interveno do rgo rodovirio no trecho dever ser precedida por um levantamentodos casos mais evidentes de conflito, estabelecendo-se, deste modo, a hierarquia das

    aes a serem desenvolvidas. Para tal, esse levantamento dever produzir asinformaes que se seguem:

    a) caracterizao dos trechos de conflito;

    b) volume de trfego, por categoria de veculo, em cada trecho ou subtrecho;

    c) nmero e gravidade dos acidentes, por tipo, em cada subtrecho ou ponto crtico e;

    d) existncia de projeto de ampliao de capacidade para o trecho e grau decomprometimento do referido projeto.

    A exposio das preocupaes, indispensveis para a implantao de uma via urbana oude sua recuperao, o que acontece mais freqentemente, torna evidente a necessidadede estudos e projetos elaborados por uma equipe tcnica multidisciplinar, que defina asintervenes a serem efetivadas dentro da faixa de domnio da rodovia e nas suas reasde influncia.

    Os efeitos positivos mais imediatos so decorrentes das aes desenvolvidas dentro dafaixa de domnio e nas faixas lindeiras, traduzidas pelas medidas abaixo relacionadas:

    4.3 MODIFICAO NO USO E OCUPAO DO SOLO

    A implantao de uma rodovia em um ncleo urbano, ou nas suas proximidades, promovesrias modificaes no uso e ocupao do solo, ocasionadas pelo forte poder de atraoque a mesma exerce, seja aos que desejam expor seus produtos e servios aos usuriosda via, seja aos que procuram as facilidades de acesso por ela proporcionadas.

    Tais modificaes promovendo a perda de operacionalidade da rodovia, pelo nmero decruzamentos e manobras de ingresso, egresso, e travessias de pedestres, atingindo aprpria comunidade, uma vez que estas alteraes no uso do solo, feitasdesordenadamente, provocaro a super valorizao ou desvalorizao dessas reas comconseqncias, tais como: migraes internas, favelizao, perda de arrecadao, etc.

    A falta de planejamento desta ocupao, dando-se em ambas margens da rodovia,estimulam o impacto de segregao urbana, que ser analisado adiante, impacto esteque terminar por inviabilizar o segmento da rodovia induzindo a construo de umaalternativa de contorno, a qual na ausncia de medidas preventivas apresentar arepetio de todo o processo.

    Nas travessias urbanas, duas situaes podem se apresentar quanto ocupao dasfaixas lindeiras:

    a) ocupao estvel e;

    b) tendncia a modificaes na ocupao e uso do solo.

  • 7/27/2019 Man Ordenam Uso Solo Fdlrf

    51/110

    47

    Na primeira, a simples adoo de medidas fsico-operacionais ter efeito imediato namelhoria da operacionalidade e segurana do trecho e na segunda situao, torna-senecessria a implementao imediata do ordenamento do uso do solo nas faixaslindeiras,