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MARCO CIVIL DA INTERNET O Projeto de Lei e suas varias acepções. 1

Marco civil

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Page 1: Marco civil

MARCO CIVIL DA INTERNETMARCO CIVIL DA INTERNET

O Projeto de Lei e suas varias acepções.O Projeto de Lei e suas varias acepções.

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Page 2: Marco civil

A LEIA LEI

A Lei 12.965/2014 é denominada “Marco Civil da Internet” e considerada pelos legisladores como uma verdadeira constituição em assuntos cibernéticos.

Foi apresentada em 2011, aprovada pela Câmara e pelo Senado em 2014, tendo sido sancionada pela Presidenta Dilma em 23/04/2014, durante o NetMundo.

A Lei 12.965/2014 é denominada “Marco Civil da Internet” e considerada pelos legisladores como uma verdadeira constituição em assuntos cibernéticos.

Foi apresentada em 2011, aprovada pela Câmara e pelo Senado em 2014, tendo sido sancionada pela Presidenta Dilma em 23/04/2014, durante o NetMundo.

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Page 3: Marco civil

FUNDAMENTOSFUNDAMENTOS

Direitos Humanos

O reconhecimento da escala mundial da rede

Exercício da cidadania através de meios digitais

Pluralidade e diversidade

Abertura e colaboração

Livre iniciativa e livre concorrência

Defesa do consumidor

Direitos Humanos

O reconhecimento da escala mundial da rede

Exercício da cidadania através de meios digitais

Pluralidade e diversidade

Abertura e colaboração

Livre iniciativa e livre concorrência

Defesa do consumidor

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NEUTRALIDADEPRIVACIDADELIBERDADE

NEUTRALIDADEPRIVACIDADELIBERDADE

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Page 5: Marco civil

NEUTRALIDADENEUTRALIDADE

O projeto de lei indica que a internet não pode ser discriminatória em relação ao conteúdo acessado pelo usuário. Isso significa:

Não cobrar a mais para quem navega mais;

Não tarifar diferenciadamente quem acessa ou baixa arquivos “grandes” e/ou “pesados”;

Não definir perfis de usuários.

O projeto de lei indica que a internet não pode ser discriminatória em relação ao conteúdo acessado pelo usuário. Isso significa:

Não cobrar a mais para quem navega mais;

Não tarifar diferenciadamente quem acessa ou baixa arquivos “grandes” e/ou “pesados”;

Não definir perfis de usuários.

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Page 6: Marco civil

Sem legislação específica, as empresas vendem pacotes de internet diferenciados pelo uso da internet.

A neutralidade garante que a internet não fique como as prestadoras de TV por assinatura.

Sem legislação específica, as empresas vendem pacotes de internet diferenciados pelo uso da internet.

A neutralidade garante que a internet não fique como as prestadoras de TV por assinatura.

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Page 9: Marco civil

Art. 9º - O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma isonomica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação.

Art. 9º - O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma isonomica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação.

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Page 10: Marco civil

§ 1º A discriminação ou degradação do tráfego será regulamentada nos termos das atribuições privativas do Presidente da República previstas no inciso IV do art. 84 da Constituição Federal, para a fiel execução desta Lei, ouvidos o Comitê Gestor da Internet e a Agência Nacional de Telecomunicações, e somente poderá decorrer de:

I – requisitos técnicos indispensáveis a prestação adequada dos serviços e aplicações; e

II – priorização de serviços de emergência.

§ 1º A discriminação ou degradação do tráfego será regulamentada nos termos das atribuições privativas do Presidente da República previstas no inciso IV do art. 84 da Constituição Federal, para a fiel execução desta Lei, ouvidos o Comitê Gestor da Internet e a Agência Nacional de Telecomunicações, e somente poderá decorrer de:

I – requisitos técnicos indispensáveis a prestação adequada dos serviços e aplicações; e

II – priorização de serviços de emergência.

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Page 11: Marco civil

A visão jurídica atual de isonomia não se refere a igualdade formal, mas material. Para se garantir a igualdade material, deve-se utilizar, quando necessário, o verbo “igualar”.

Ainda, por isonomia entende-se tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais.

Por fim, quem detém o conhecimento dos requisitos técnicos específicos?

A visão jurídica atual de isonomia não se refere a igualdade formal, mas material. Para se garantir a igualdade material, deve-se utilizar, quando necessário, o verbo “igualar”.

Ainda, por isonomia entende-se tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais.

Por fim, quem detém o conhecimento dos requisitos técnicos específicos?

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Page 12: Marco civil

PRIVACIDADEPRIVACIDADE

A proteção a privacidade é um dos princípios do Marco Civil da Internet.

A privacidade no projeto está relacionada a:

Sigilo de conversas (de fluxo e armazenadas).

Proibição de uso de dados de usuários sem consentimento.

A proteção a privacidade é um dos princípios do Marco Civil da Internet.

A privacidade no projeto está relacionada a:

Sigilo de conversas (de fluxo e armazenadas).

Proibição de uso de dados de usuários sem consentimento.

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Page 13: Marco civil

LIBERDADELIBERDADE

O Projeto de Lei 2126/2011 estaria comprometido com a garantia de liberdade de expressão, uma vez que só autorizaria a retirada de conteúdo após ordem judicial.

Ainda, deixaria de responsabilizar o provedor por conteúdo de terceiros, dentro de algumas regulamentações.

O Projeto de Lei 2126/2011 estaria comprometido com a garantia de liberdade de expressão, uma vez que só autorizaria a retirada de conteúdo após ordem judicial.

Ainda, deixaria de responsabilizar o provedor por conteúdo de terceiros, dentro de algumas regulamentações.

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Page 14: Marco civil

DIREITOS DOS USUÁRIOSDIREITOS DOS USUÁRIOS

A versão do projeto aprovada contém um capítulo com direitos e garantias dos usuários (de internet, apesar da ausência de definição).

Alguns dos direitos previstos é repetitiva e/ou reduzem direitos e garantias já previstos constitucionalmente.

Muitos deles podem ser interpretados como decorrentes de outros já garantidos pelo ordenamento jurídico.

A versão do projeto aprovada contém um capítulo com direitos e garantias dos usuários (de internet, apesar da ausência de definição).

Alguns dos direitos previstos é repetitiva e/ou reduzem direitos e garantias já previstos constitucionalmente.

Muitos deles podem ser interpretados como decorrentes de outros já garantidos pelo ordenamento jurídico.

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Page 15: Marco civil

Art. 7º, VI - Informações claras e completas constantes dos contratos de prestação de serviços, com detalhamento sobre o regime de proteção aos registros de conexão e aos registros de acesso a aplicações de internet […]

Art. 7º, VI - Informações claras e completas constantes dos contratos de prestação de serviços, com detalhamento sobre o regime de proteção aos registros de conexão e aos registros de acesso a aplicações de internet […]

DIREITOS JÁ GARANTIDOS NO CDCDIREITOS JÁ GARANTIDOS NO CDC

Page 16: Marco civil

Art. 7º, VIII - Informações claras e completas sobre coleta, uso, armazenamento, tratamento e proteção de seus dados pessoais […]

Art. 7º, VIII - Informações claras e completas sobre coleta, uso, armazenamento, tratamento e proteção de seus dados pessoais […]

DIREITOS JÁ GARANTIDOS NO CDCDIREITOS JÁ GARANTIDOS NO CDC

Page 17: Marco civil

Art. 7º, I - Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

Art. 7º, I - Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

DIREITOS JÁ GARANTIDOS NA CRFBDIREITOS JÁ GARANTIDOS NA CRFB

Page 18: Marco civil

Art. 7º, I - Inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem judicial;

Art. 7º, I - Inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem judicial;

DIREITOS REDUZIDOS?DIREITOS REDUZIDOS?

Page 19: Marco civil

Não há parte específica que trata de crimes cibernéticos.

Não há explicação/justificativa para a retenção de dados, mesmo após encerramento de contrato, nem para o prazo de retenção exigido por lei.

Não há dispositivo que sugira a prática de censura, haja vista que a retirada de conteúdos está condicionada a ordem judicial.

Não há parte específica que trata de crimes cibernéticos.

Não há explicação/justificativa para a retenção de dados, mesmo após encerramento de contrato, nem para o prazo de retenção exigido por lei.

Não há dispositivo que sugira a prática de censura, haja vista que a retirada de conteúdos está condicionada a ordem judicial.

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