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Paróquia do Senhor da Vera Cruz do Candal Março de 2010 N.º 224 LEIGOS PARA O DESENVOLVIMENTO - 7 VERA CRUZ Tesouros em vasos de barro - 3 Perdoar é viver - 3 A caminhar - 4 A nossa creche - Vamos para fora... cá dentro! - 12 A vista cá de cima - 12 Aconteceu no nosso colégio - 11 Passatempos - 15 Missão 2010 - 8/9 Sete hábitos dos Bons Pais e dos Pais Brilhantes - 6 Afinal, o que é a Verdade? - 10 O Despertar da Mente - 2 Caminhada quaresmal - 5 Sonhar a Páscoa, viver a Quaresma... - 14 Entre a fábula e a realidade - E24 - 13

Março de 2010 N.º 224 - Paróquia do Senhor da Vera Cruz · méritos da sua morte e da sua Paixão, para no-los distribuir como um rei que entrega ao seu embaixador todos os tesouros,

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Paróquia do Senhor da Vera Cruz do Candal

Março de 2010 N.º 224

LEIGOS PARA O DESENVOLVIMENTO - 7

VERA CRUZ

Tesouros em vasos de barro - 3

Perdoar é viver - 3

A caminhar - 4

A nossa creche - Vamos para fora... cá dentro! - 12A vista cá de cima - 12

Aconteceu no nosso colégio - 11

Passatempos - 15

Missão 2010 - 8/9

Sete hábitos dos Bons Pais e dos Pais Brilhantes - 6

Afinal, o que é a Verdade? - 10

O Despertar da Mente - 2

Caminhada quaresmal - 5

Sonhar a Páscoa, viver a Quaresma... - 14

Entre a fábula e a realidade - E24 - 13

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Vale a pena ver

O Despertar Da MenteA nossa memória é uma capacidade engraçada. Suposta-mente cabe lá tudo, pois o saber não ocupa lugar. A falta dela serve de justificação quando nos esquecemos de algo que, na realidade, não queríamos recordar. O seu desenvolvimen-to serve de arma de arremesso quando pretendemos atingir alguém.

A nossa memória é selectiva. Isto provavelmente significará que, muitas vezes, não nos permite reter informação que era importante e noutras vezes, retém informação que não nos serve para absolutamente nada. Por exemplo, estou-me agora a lembrar que as florestas tropi-cais estão a desaparecer continuamente à taxa de um campo de futebol por minuto. O que é que isto interessa? Neste momento, absolutamente nada. Irá um dia esta informação ser útil? Provavelmente. E nessa altura, também provavelmente, não me irei recordar dela. No entanto, a nossa memória não permite apenas guardar in-formações. Ela pode guardar pessoas. Se não fosse esse o caso, não faria sentido utilizar expressões como “fazei isto em memória de mim”. Este mês, a VIDA é o tema que norteia a minha crónica. Isto porque entendo que nenhuma vida faz sentido se não ficar marcada na memória de ninguém. Acredito, profundamente, que podemos me-dir o significado das nossas vidas pela força com que nos marcamos na memória dos outros. O Despertar da Mente é um dos filmes estranhos mais bonitos que já vi. Na sua essência parte de uma ideia tão simples quanto incon-cretizável: e se fosse possível apagar pessoas da nossa memória? No entanto, o Dr. Howard Mierzwaik desenvolveu uma técni-ca experimental que permite, literalmente, apagar da memória todas as recordações que temos de alguém que queiramos esquecer. Desta maneira, de acordo com a sua teoria, é possível verdadeiramente “re-começar do zero”. E tal como a teoria, o Despertar da Mente começa duas vezes e termina como começa. Confusos? Esse é o objectivo. Não só o meu, mas também o do realizador e argumentista, Michel Gondry. Simplifi-cando… Joel conhece Clementine. Ambos encontram um no outro algo único e especial. Apaixonam-se. Conhecem a história? Costuma ser aqui que acabam os contos de fadas. Na vida real já sabemos o que se segue. Se o casal não souber apaixonar-se todos os dias, viver cada dia como o último e uma série de outras verdades que vivemos ou já ouvimos falar, a relação cai na banalidade. E em vez de apreciarmos e nos rirmos com aqueles pequenos pormenores que fazem do outro um ser humano

por Tiago Carvalho

FICHA TÉCNICA

TÍTULO ORIGINALEternal Sunshine of the Spotless Mind

REALIZAÇÃOMichel Gondry

ARGUMENTOMichel Gondry

Charlie KaufmanPierre Bismuth

INTERPRETAÇÃOJim Carrey

Kate WinsletElijah WoodMark RuffaloKirsten Dunst

Tom Wilkinson

BANDA SONORA ORIGINALJon Brion

ANO: 2004DURAÇÃO: 108 min

PAÍS: EUA

Também em http://filmedomes.blogspot.com

imperfeito, a vida a dois passa a ser irritante. É neste ponto que O Despertar da Mente começa. Joel descobre que Clementine o apagou da memória e num impulso emo-tivo, decide apagá-la também. É assim que o filme entra dentro das recordações que Joel tem dela. Os maus momentos, os bons momentos. O calor da paixão e o gelo da banalização de uma relação. As emoções de cada partilha, pintadas pela constante mu-dança de cor do cabelo de Clementine. Mas cada memória apagada é uma memória recordada. E a cada memória que recorda fá-lo compreender que Clementine é de-masiado importante. E Joel compreende que vai perder Clementine para sempre. Afirmei anteriormente que a ideia de esquecer totalmente alguém é simples mas inconcretizável. É simples porque o ser humano faz isso constantemente. Quer es-tejamos a pensar nos pais ou avós que de-positamos no lar, ou no filho que amamos de tal forma que temos que lhe oferecer uma, duas, três consolas para apaziguar o nosso sentimento de culpa, ou o médico de cujas palavras só nos lembramos a cami-nho do hospital depois de anos e anos de excessos. É inconcretizável porque não é um fenómeno consciente.Será?

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Perdoar é viver

por Ana Chamusca

Correndo o risco de me “intrometer” numa área que está reservada ao Tiago (não se preocupem os apreciadores da sua rubrica porque de cinema percebo mesmo muito pouco ou quase nada!) e como no mês de Abril celebra-mos a VIDA, optei por em breves linhas, vos falar do filme de uma VIDA!

Nelson Mandela1º presidente negro da África do Sul

Prémio Nobel da Paz em 1993

Já passou muito tempo desde que um filme me tenha deixado marcas. E quando digo marcas, falo em nos deixarmos interpelar por aquilo que vimos e ouvimos durante as 2h15m deste filme. “INVICTUS” transporta-nos a 1994 quando Nelson Mandela se torna Presidente da África do Sul e tenta diminuir o fosso social, cultu-ral e linguístico que separa brancos e negros sul-africanos, através do rugby. O filme apenas nos dá a conhecer os primeiros passos de Mandela durante o primeiro ano à frente do Governo deste país, mas deixa clara a força, a coragem e a fé que tinha no seu País e no seu povo.

“… a ameaça dos anos (…) me encontra e encontrará mais destemido. Não importa o quão estreito o portão, quão carregada a sentença do castigo. Sou eu o senhor do meu destino, sou eu o capitão da minha alma.” Durante os anos em que esteve preso, Nelson Mandela, procurou a es-perança e a sanidade nestas palavras de William Ernest Henley retiradas do po-ema Invictus. Nem o peso dos anos, nem a escassez da crença num futuro o impe-dem de acreditar que a sua alma vive!Em entrevista, Morgan Freeman, que interpreta o papel de Mandela, diz algo que fica a ressoar cá por dentro: “… ao contrário dele, não sou capaz de perdoar integralmente.”

E eu penso: como é possível perdoar quando vivemos 28 anos privados de Vida, de afecto, dos nossos? … Chegamos ao final da Quaresma, período durante o qual a Igreja nos convida a reflectir no caminho de Jesus até à Cruz, onde acolheu a morte e de onde mostrou ao mundo que foi capaz de dar o que é mais difícil: a VIDA e o PERDÃO. Dentro de poucos dias celebraremos o regresso de Jesus Cristo à VIDA. Quando pensamos que só Ele poderia ter a capa-cidade de PERDOAR a quem lha arrancou, abrimos os sentidos e o coração para olhar para o lado, para ver mais além e perceber que todos, como Mandela, podemos ter essa capacidade. Só precisamos de acreditar em nós, nas nossas capa-cidades e no coração dos Homens. Acreditem… porque a nossa VIDA também importa! Uma Santa Páscoa para cada um de vós…

Tesouros em vasos de barro

por Pe. António Manuel Barbosa Ferreira

Neste Ano Sacerdotal continuamos a reflectir e a aprofundar o “papel” no Sacerdócio na vida da Igreja. O Papa Bento XVI apresentou como modelo de Sacerdote o Pe. João Maria Vianney, conhecido por “o santo Cura d’Ars”. Este sacerdote foi proclamado “Padroeiro dos padres da França”, em 1905, por S. Pio X. Em 1929, S. Pio XI declarou-o “Padroeiro dos padres do Universo”.

Este padre escreveu:

respeitar e rezar pelOs paDres...

«Há quem tenha o hábito de dizer mal dos padres, há quem não lhes ligue importância. Cuidado, meus filhos, porque eles são os representantes de Deus, e tudo o que deles disserdes recai sobre o próprio Deus. Melhor será rezardes por eles. Há quem nunca reze pelo seu pastor; é uma ingratidão. O padre, pelo con-trário, reza constantemente por vós… Vede como é do vosso interesse rezar a Deus pelos padres: quan-to mais santos eles forem, mais graças vos podem alcançar… É preciso rezar muito… sobretudo por ocasião das ordenações, para que Deus vos envie bons padres… Dizeis: “É um homem como qualquer outro!” Mas é para o seu ministério que é preciso olhar… Deus colocou nas mãos do padre todos os méritos da sua morte e da sua Paixão, para no-los distribuir como um rei que entrega ao seu embaixador todos os tesouros, para lhes dar o destino que bem entender… Embora sejam homens, é preciso reco-nhecer neles o sacerdócio, que é “o amor do Coração de Jesus”, que tudo pode dar aos homens na terra e os conduzir ao Céu.»

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A caminhar

por Elisa Rodrigues

Ao longo das últimas seis semanas acompanhamos o nosso amigo Jesus desde a Sua condenação até à Sua crucificação e morte na cruz. Em cada sexta-feira, os vários anos de cate-quese meditaram em cada estação da via-sacra, ali-ada a uma obra de misericórdia, e ajudaram-nos a fazer um caminho mais rico até à Páscoa. O pontapé de saí-da foi dado pelos elemen-tos da pastoral juvenil e pelos jovens do 10º ano de catequese, meditando nas I e II estações da via--sacra, ou seja, “Jesus é con-denado à morte” e “Jesus toma a cruz aos ombros”, encenando a leitura bíblica e reflectindo também nas obras de misericórdia cor-porais “Visitar os presos” e “Vestir os nus”, respectiva-mente, bem demonstra-das nas cruzes que em-belezaram e colocaram no jardim da nossa igreja. Na semana seguinte continuamos a caminhada com os adolescentes dos 9º, 8º e 7º anos de catequese. “Jesus cai pela primeira vez”, “Jesus encontra Sua Mãe” e “Jesus é ajudado pelo Cireneu a levar a cruz” foram as esta-ções meditadas e as obras de misericórdia concretizadas foram “Assistir aos enfermos - visitar os doentes”, “Dar de comer a quem tem fome” e “Dar de beber a quem tem sede”. No dia 5 de Março foi a vez dos meninos dos 6º, 5º e 4º anos, encenarem e meditarem, e muito bem, as estações: “A Verónica limpa o rosto de Jesus”, “Jesus cai pela segunda vez” e “Jesus encontra as mulheres de Jerusalém que choram por Ele”. A obra de misericórdia em que o 6º ano reflectiu foi: “Dar bom conselho”. E deram mesmo! Os pré--adolescentes escreveram vários conselhos que quiseram partilhar com a comunidade e, para tal, no fim-de-semana seguinte distribuíram uns “cartões de crédito” (com saldo ili-mitado!) com os seus con-selhos no fim das Eucaris-tias. Quem disse que os adolescentes não pensam? Enga-na-se! Pensam e dão-nos grandes lições! Os 5º e 4º anos tiveram como obras de misericórdia “Consolar os tristes” e “Ensinar os ignorantes”. Na semana seguinte a catequese “descansou” e a via-sacra foi da responsabilidade das Equipas de Nª Se-

nhora da região Porto 1 e 2. No entanto, e em Domingo da Alegria, os pequeninos do 2º ano tiveram a sua festa do Perdão. Uma igreja cheia de vida e alegria que, em comunidade, dá graças pelo crescimento na fé destas crianças. Com a parábola do Filho Pródigo, proclamada no Evangelho, como “pano de fundo”’, com a construção de um puzzle

alusivo à caminhada de fé e com a participação activa de muitos pais, foi uma bela e significativa celebração. Continuando o caminho da via-sacra, as IX, X e XI estações, isto é, “Jesus cai pela terceira vez”, “Jesus é despojado das suas vestes” e “Jesus é pregado na cruz”, foram encenadas e re-flectidas pelas crianças dos 3º, 2º e 1º anos de catequese. As suas cruzes mostram as obras: “Rogar a Deus pelos vivos e defuntos”, “Corrigir os

que erram” e “Perdoar as injúrias”. O fim desta caminhada, das XII, XIII e XIV es-tações esteve a cargo dos adultos, dos leitores e dos acólitos. E desengane-se quem pensa que os adultos não “entram nessa de encenar leituras, de se vestirem como no tempo de Jesus”! Porque “entraram” e com mui-to empenho e entusiasmo. Acompanhámos, assim, um final sentido e emocionante como exigiam as estações em causa: “Jesus morre na cruz”, “Jesus é descido da cruz e entregue a Sua Mãe” e “Jesus é depositado no sepulcro”. As obras de misericórdia tratadas foram: “Enterrar os mor-

tos”, “Sofrer com paciência as fraquezas do próxima” e “Dar pousada aos peregrinos”. Viver a via-sacra deste modo foi uma maneira sim-ples, mas enriquecedora de acompanhar Jesus no Seu caminho para a cruz, para a morte, ajudando-nos a me-lhor nos prepararmos para a Páscoa. Não foi para não ser tão cansativo, mas para me-lhor absorvermos, perceber-mos e meditarmos na gran-deza desta caminhada.

Porque não nos podemos deixar ficar só pela adoração da cruz, mas passar para a manhã da Ressur-reição. Não foi para isso que Jesus Se entregou por nós? Que a alegria da Ressurreição inunde a vida de cada um de nós!

Como vos falei no último Vera Cruz, estamos a viver um tempo especial para o cristão.Mas a Quaresma é, acima de tudo, uma caminhada!Uma caminhada de todos e cada um, para si mesmo, para os outros, para Deus.De uma forma especial, nesta Quaresma, como foi dito, temos caminhado com Jesus na Sua Via-sacra.

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A azáfama da vida diária e o materialismo do mundo em que vivemos fecha-nos o coração e impede-nos tantas e tantas vezes de olhar os outros com os “olhos da alma”.

Caminhada quaresmal

por Ilda Correia

Para nós cristãos a Quaresma é o tempo litúrgico da conversão, da mudança radical de vida, com vista à nossa preparação para a grande festa da Páscoa.A Quaresma – quarenta dias de preparação - constitui um período de reflexão e recolhimento mais profundos, oração mais intensa com vista a uma maior proximidade e encontro com Deus, a fim de na nossa vida “florescer” verdadeiramente Ressurreição.

Na Quarta-feira de Cinzas iniciamos este tempo privilegiado de meditação e oração; escutamos a Palavra de Deus que nos aponta três caminhos de acção para uma perfeita vivência da Quaresma: a oração, a penitência e a caridade. Se estas três vertentes são fundamentais para a conversão pessoal, não o são menos para a “conversão” e “crescimento” da Co-munidade, da qual cada um de nós é uma pedra viva.Neste contexto, a nossa Comunidade propôs-se encetar uma caminhada, com a meditação semanal das diferentes estações da Via-Sacra, contando para tal com a participação dos nossos catequizandos e catequistas. Esta meditação conduz-nos a uma comu-nhão mais profunda e espiritual com Jesus Cristo, e faz-nos sentir mais viva a certeza do Seu Amor e da Sua presença permanente na vida de cada um de nós. À medida que percorremos este caminho, que medita-mos a Via-Sacra, sentimos Deus como Amor Infinito que assume os sofrimentos dos homens, que partilha as alegrias e tristezas de

cada um e entrega o Seu Filho à morte mais humilhante para liber-tar e salvar a Humani-dade. Este Deus encarnado, vivo e humano na pes-soa de Jesus Cristo lan-ça no nosso coração a semente do Amor para que esta produza abun-dantes frutos de boas

obras, a fim de que nos sensibilizemos com o nosso próximo e reco-nheçamos Jesus em cada um dos nossos irmãos. Neste espírito de comunhão e partilha, no passado dia 12 de Março, acolhemos na nossa Comunidade os elementos que formam as Equipas de Nossa Senhora (Regiões Porto 1 e Porto 2) e com estes amigos percorremos a Via-Sacra com as «Obras de Mi-sericórdia».Em cada uma das estações escutamos a Palavra de Deus, me-ditamos, rezamos e aferimos a nossa vida à luz das Obras de Misericórdia. A azáfama da vida diária e o materialismo do mundo em que vivemos fecha-nos o coração e impede-nos tantas e tan-tas vezes de olhar os outros com os “olhos da alma”. Quando tal acontece o nosso coração fica empedernido e não somos capazes de descortinar Jesus Cristo em cada um dos irmãos que cruzam o nosso caminho, sedentos de um simples olhar, de uma palavra, de um sorriso, da nossa presença silenciosa, da nossa disponibili-dade para ouvir, de um abraço, de uma carícia, de um conselho, da nossa oração, de um simples gesto de solidariedade. Precisamos de retirar dos olhos as traves que nos cegam e de “amolecer o coração” para que, a exemplo do grão de trigo, germine e frutifique a semente do Amor. Este singelo momento de oração ajudou-nos, certamente,

Hino à Cruz Gloriosa

«A cruz gloriosa do Senhor ressuscitadoé a árvore da minha salvação;dela me alimento, nela me deleito,nas suas raízes cresço,nos seus ramos me estendo.O seu orvalho me reconforta,a sua brisa me fecunda, à sua sombra ergui a minha tenda.Na fome alimento,na sede fonte,na nudez roupagem.Augusto caminho,minha estrada estreita,escada de Jacob,leito de amordas núpcias do Senhor.No temor defesa,nas quedas apoio,na vitória a coroana luta és o prémio.Árvore da salvação,pilar do universo,o teu cimo toca os céuse nos teus braços abertoschama-me o amor de Deus.»

in Via Sacra; meditações e orações do Cardeal Joseph Ratzinger

Edições Paulinas

a repensar algumas atitudes de vida e olhar para a Cruz como um sinal de Esperança e uma Luz que ilumina o caminho que nos leva ao Pai. A Caminhada que nos propusemos realizar ao longo da Quaresma, é difícil, apre-senta-nos alguns obstáculos e desafia-nos a

combater o marasmo a que, por comodidade, nos entregamos. Porém, temos uma certeza: mesmo quando tudo falha, Jesus Cristo nunca nos abandona. Como Filhos de Deus e construtores do Seu Reino, contemplemos a Cruz como símbolo de Ressurreição e Vida e elevemos ao Pai esta prece:

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Sete hábitos dos Bons Pais e dos Pais Brilhantes

por Tânia Teixeira

Este mês, apresento-vos algumas passagens de um livro, que deve ser lido e reflectido, e que tem como tema, formar jovens felizes e inteligentes.

“Sete hábitos dos Bons Pais e dos Pais Brilhantes

Os bons pais dão presentes, os pais bri-lhantes dão o seu próprio ser.

Este hábito dos pais brilhantes contribui para desenvolver nos seus filhos: auto-estima, protecção da emoção, capacidade de traba-lhar perdas e frustrações, de filtrar estímulos “stressantes”, de dialogar e de ouvir. (…)

Os bons pais alimentam o corpo, os pais brilhantes alimentam a personalidade.

Este hábito dos pais brilhantes contribui para desenvolver nos seus filhos: reflexão, seguran-ça, liderança, coragem, optimismo, capacidade de superação do medo e de prevenção de con-flitos. (…)

Os bons pais corrigem os erros, os pais brilhantes ensinam a pensar.

Este hábito dos pais contribui para desenvolver: consciência crítica, pensar antes de agir, fideli-dade, honestidade, capacidade de questionar, responsabilidade social. (…)

Os bons pais preparam os filhos para os aplausos, os pais brilhantes preparam os filhos para os fracassos.

Este hábito dos pais brilhantes contribui para desenvolver: motivação, ousadia, paciência, determinação, capacidade de superação, ha-bilidade para criar e aproveitar oportunidades. (…)

Os bons pais conversam, os pais brilhantes dialogam como amigos.

Este hábito dos pais brilhantes contribui para desenvolver: solidariedade, companheirismo, prazer de viver, optimismo, inteligência inter-pessoal. (…)

Os bons pais dão informação, os pais bri-lhantes contam histórias.

Este hábito dos pais brilhantes contribui para desenvolver: criatividade, espírito inventivo, perspicácia, raciocínio esquemático, capaci-dade de encontrar soluções em situações tensas. (…)

Os bons pais dão oportunidades, os pais brilhantes nunca desistem.

Este hábito dos pais brilhantes contribui para desenvolver: apreço pela vida, esperança,perseverança, motivação, determinação e capa-cidade de se questionar, de superar obstáculos e de vencer fracassos.”

In CURY, Augusto, Pais Brilhantes, Professores Fascinantes, 1.ª ed. Pergaminho, 2004

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Olhar solidário

por Liliana Martins

Hoje venho dar a conhecer os Leigos para o Desenvolvi-mento (LD) e apelar à vossa generosidade.

leigOs para O DesenvOlviMentO

Os LD são uma ONGD católica que envia jovens voluntários ao serviço do de-senvolvimento dos povos de

crocrédito, centros de saúde, a formação de técnicos de saúde, acções de saúde públi-ca e de prevenção do HIV-Sida. Em S. Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique e Timor, os voluntários LD são profes-

sores, formadores, anima-dores sociais, sensibilizadores, coordenadores e técnicos es-pecializados. De Novembro de 2005 a Dezembro de 2007 fui voluntária LD na missão de Cuamba, província do Niassa – Moçambique. Os meus principais projectos eram o ensino da matemática na escola secundária Padre Menegon (escola comunitária) e a direcção administrativa da mesma. Na Pastoral acompa-nhava os jovens na prepara-ção da Celebração da Palavra

para as crianças nas comuni-dades circundantes da cidade e abracei também a catequese de adultos, na preparação de jovens universitários para o baptismo. Por vezes recordava um slogan dos LD: “Ensinar é dar para sempre”, e ali tudo fazia sentido, caindo na conta do quanto privilegiada era por estar ali, partilhar a vida, as alegrias e as tristezas daquela comunidade, que era também a minha comunidade. Neste momento es-tão 22 voluntários no terreno, porém, os LD encontram-se numa situação financeira deli-cada, e como anciã e forma-dora dos futuros voluntários LD, concretizo a interpelação

expressão portuguesa. Os LD criam e apoiam escolas, pré-escolas, a alfabetização de adultos, bibliotecas, cen-tros juvenis, centros de infor-mática, cozinhas sociais, mi-

lançada a todos os anciãos LD de sensibilizarem as suas comunidades paroquiais para esta situação. É neste sen-tido de pertença e partilha

que faço o meu apelo à generosidade de cada um de vós para o ofertório das Eu-caristias do fim-de--semana de 10 e 11 de Abril a reverter a favor dos LD, na data do seu 24º Aniversário.

Obrigada!

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Nós por cá

2010 prossegue o seu ritmo normal e com ele vão-se sucedendo os meses da Missão 2010. Estamos a terminar o mês da (com)paixão: Março. O mês que agora finda concentrou-se no mostrar a compaixão que temos pelos outros.

Assim os Centros Sociais Paroquiais do Candal e de Santa Marinha organizaram uma mega recolha para a qual pais e crianças foram convidados a trazer um brinquedo, uma peça de roupa ou um ali-mento que, com certeza, vai fazer alguém muito feliz. A campanha está a ser um sucesso e às crianças e aos pais resta agradecer a ge-nerosidade demonstrada.

Também a comunidade paroquial demonstra, mensalmente, a sua compaixão aos outros na Campanha do Quilo e do Litro. Sempre no último fim-de-semana de cada mês, os paroquianos podem deixar junto do altar a sua con-tribuição. Os resultados têm sido muito satisfatórios e as várias famílias ajudadas ficam gratas pela vossa (com)paixão. Não podemos, igualmente, esquecer--nos do trabalho fundamental que a Pastoral da Ju-ventude da nossa comunidade desempenha em todo este trabalho. Os jovens disponibilizam, mensalmente,

aCtividades da Paróquia

Ainda no rescaldo do Encontro Ibérico de Taizé, partilho convosco um pouco da carta que o Irmão Alois escreveu a todos quantos ajudaram a tornar possível o Encontro.:

Depois do Encontro do Porto, de regresso a Taizé, o que me enche o coração é o grande reconhecimento pelo acolhimento recebido e por todas as famílias que aceitaram abrir as portas de suas casas a jovens que não conheciam.

Desta forma, aqueles que chegaram ao Porto para “celebrar as Fontes da alegria”, alguns vindos de longe, não se encontraram apenas entre eles, mas fizeram a experiência de uma Igreja local. A hospitalidade recebida tocou-lhes profundamente e, de regresso a casa, vai estimulá-los a procurarem manter uma mesma abertura aos outros na vida quotidiana. (…)

Gostaria de manifestar a minha gratidão aos jovens do Porto que tão bem assumiram todas as tarefas que um grande acolhimento implica. Eles entregaram-se a estes encargos sem medirem nem o tempo nem as energias que lhes dedicaram.

Nós, irmãos, admirámos o dom deles próprios que manifestaram.

Permanecemos unidos a vós, caros amigos do Porto e da região, com gratidão e numa profunda comu-nhão fraterna.

Irmão Alois

por Alberto Fernandes

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uma manhã de Sábado ou Domingo para fazer os caba-zes e também para os distribuir pelas várias famílias.Esta campanha demonstra bem o quanto generosos conseguimos ser.

No próximo mês

aCtividades da dioCese

No resto da Diocese

Abril é o mês (com)vida e nele somos convidados a viver a Ressurreição de Jesus com muita vida e alegria…

Resta ainda referir o regresso da Noite XP. Esta actividade é or-ganizada pela Pastoral Universitária do Porto e resume-se numa noite de oração pelas ruas do Porto que se iniciou por volta das 22h00 e terminou no dia seguinte pelas 07h da manhã. É destinada a jovens universitários

O mês de Março, além da (com)paixão, é tam-bém marcado, este ano, pela Quaresma.

Assim, as várias comunidades paroquiais do Por-to optaram por organizar semanas bíblicas (como foi o caso da Paróquia do Amial), vias-sacras, en-contros de jovens, entre outros eventos. A dio-cese organizou também conferências quaresmais em que o nosso bispo falou de temas relaciona-dos com os valores da Revolução Francesa: Liber-dade, Igualdade e Fraternidade.

e tem como objectivo principal proporcionar uma noite de oração diferente do que é habitual.

resta só lembrar as datas das Próximas CamPanHas:

Março: 27 e 28Abril: 24 e 25Maio: 29 e 30Junho: 26 e 27Julho: 24 e 25

Agosto: 21 e 22Setembro: 25 e 26Outubro: 24 e 24Novembro: 20 e 21Dezembro: 18 e 19

Obrigado a todos pela (com)paixão demonstrada.

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“Será verdade?”“A verdade existe?”“As pessoas dizem sempre a verdade?”

Parece uma pergunta tão simples, mas impõe obrigatoriamente o Parar para Pensar, isto se queremos responder com um conteúdo sério e também “verda-deiro”. Tentei perceber se esta compreensão confusa sobre este conceito seria apenas minha ou também se-ria partilhada pelos outros. Então, coloquei esta mesma questão a várias pessoas de idades diferentes e com vivências divergentes e obtive respostas interessantes, várias bastante utilizadas no dia-a-dia, das quais vou mencionar apenas algumas: “A verdade é o que os pais dizem…” “A verdade é não ser mau…” “A verdade é o contrário da mentira…” “A verdade é agir de forma correcta, indepen-dentemente de nos prejudicarmos…” “A verdade dói…” “A verdade é ditada por quem manda…” “A verdade é descrita pelos sábios…” “A verdade é a dúvida…” “A verdade é o que está escrito…” “A verdade é o que a maioria pensa…” “A verdade é factual…” “A verdade é uma percepção…” “A verdade está sempre a mudar…”

As respostas parecem revelar várias faces da mesma pa-lavra. No entanto, como me refiro à VERDADE, não seria de esperar que as respostas coincidissem? Não devería-mos partilhar todos, pelo menos, a mesma definição deste conceito? Fui pesquisar na internet, apesar de saber que se trata apenas de mais uma resposta/definição, desta vez sem rosto, eis uma das mais simples que encontrei: “Verdade significa o que é real ou possivelmente real dentro de um sistema de valores. Esta qualificação im-plica o imaginário, a realidade e a ficção, questões centrais tanto em antropologia cultural, artes, filosofia e a própria razão. O que é a verdade afinal?”

Wikipédia, enciclopédia livre

Esta definição conduziu-me a uma outra conclusão: para além da verdade que cada um estipula, também se encontra um conceito diferente que varia consoante os vários campos de estudo ou objectos de estudo. No en-tanto, todas as definições parecem terminar ou conduzir à questão de abertura: “O que é a verdade afinal?”.

Transmitiram-me desde cedo que a minha vida e con-duta deveria assentar sempre na verdade, mas começo a pensar que, necessito primeiramente que “alguém que realmente saiba” me explique o que é a verdade ou, talvez me traduza toda esta confusão que a acompanha. Será a verdade o que trazemos no coração? Mas, e se essa verdade for “má” e errada? Deixa de ser

Esta questão já me foi colocada inúmeras vezes por outros, desde pequeninos a graúdos, e até por mim própria. Naturalmente, é uma pergunta que vai surgindo frequentemente no decorrer da nossa vida, em fases distintas, perante situações e pessoas diferentes:

Afinal, o que é a Verdade?

por Marina Caldeira

verdade ou deve ser anulada? Será a verdade o que trazemos na razão? Mas, e se for uma verdade deturpada, adquirida de forma incor-recta? Uma verdade narcísica ou egocêntrica? Deixa de ser verdade? Será a verdade, o que os pais, os mais velhos, os mais sábios, os com mais autoridade hierárquica dizem? Mas, se também os ensinaram partindo de uma base incorrecta? E se abusam do estatuto para controlarem comportamentos e mentes ou para benefício próprio? A história do Homem já o demonstrou vários vezes… Será a verdade o que diz a maioria das pes-soas? Mas, porquê? Essa maioria pode apenas partilhar afectos, preferências, formas de estar? A história também já o demonstrou… Será que a verdade é apenas o que magoa? Será que tem mesmo de doer? Efectivamente, quando trans-mitimos alguns factos provocámos emoções nos outros. Mas, a “verdade” não tem que ser comunicada de “mão dada com a humilhação”. Na verdade somos todos seres humanos. Aliás, será que existe uma forma correcta de transmitir a verdade? Será a verdade o que está escrito? Mas, eu posso escrever mentiras intencionalmente ou não. Eu posso ajustar a verdade ao meu EU recorrendo à linguagem escrita. Será que a verdade surge através de quem tem maior capacidade de argumentação, projecção de voz ou controle das emoções? Mas, isso são apenas competên-cias pessoais que podem ou não ser estimuladas. Será a verdade o facto, a situação que ocorre e que é observada? Mas, isso não nos conduz à percepção pessoal? À forma diferente como cada um de nós observa uma árvore, um edifício, escuta uma conversa? Depen-dendo de quem somos e de como somos não damos mais atenção a determinados pormenores? Não sublinhamos cores e cheiros distintos? Não evocamos memórias dife-rentes? E isto tudo não acaba por alterar a nossa verdade? Onde termina a verdade e começa a nossa percepção? Conseguirá a Verdade ser objectiva quando de-pende do ser humano, que assenta na subjectividade? Será a verdade a dúvida? Mas, então fará sentido acreditar em quem quer que seja?

A Verdade é construída, elaborada… A Verdade é essencial, mas dependendo da for-ma como é usada pode tornar-se perigosa ou mestra. Qual será “mais” verdade: a minha ou a tua? Apesar, de todas as questões viver na Verdade continua a dar acesso directo à tranquilidade. Então, a Verdade nota-se dentro de cada um de nós! Espero por vocês na próxima edição! Até lá, pro-curem a verdade dentro de cada um!

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Aconteceu no nosso colégio

via-sacrapor Rui Sequeira e Sílvia Chantre

Todas as sextas feiras, às 11 horas, durante a quaresma, todos os alunos do 1º Ciclo do Colégio e as crianças das salas dos 5 anos do pré-escolar do Candal e Santa Marinha juntam-se na nossa igreja para meditar a “Via-sacra”. Como resultado final, cada sala “constrói” uma bela cruz que está exposta nos vidros da biblioteca.

Museu dos Transportes e ComunicaçõesMUSEU EM FAMÍLIA

Este mês sugerimos-te …

visita Da suMa

Ao mesmo tempo que meditávamos a Via-sacra, tivemos sempre presentes as obras de misericórdia. A obra de misericórdia que coube à turma do 1º A foi “Assistir os enfermos – visitar os doentes”. Aprovei-tando essa obra de caridade os alunos da turma, na companhia da professora, visitaram os idosos do Lar Padre Alves Correia.

Ler é o melhor remédio!

Leva os teus pais a passear

Em O Diário de um Banana, o autor e ilustrador Jeff Kinney apresenta-nos um herói improvável. Acom-panhado por cartoons simples mas não simplistas, este livro apela a jovens de todas as idades. Creg Heffley começa por dizer no início do livro: «Não esperem que eu me ponha para aqui com “Querido Diário” isto e “Querido Dário” aquilo», lançando-se em seguida numa exploração épica das dificuldades e tribulações da vida de um adolescente médio numa escola preparatória americana, com um texto supor-tado por cativantes desenhos. Com mais de cinco milhões de exemplares vendidos, Diary of a Wimpy Kid manteve-se estável na lista de best-sellers do New York Times durante mais de um ano e foi traduzido para mais de 20 línguas. Actualmente a ser adaptado para o cinema pela Twentieth Century Fox, o sucesso desta série notável não parece correr o risco de di-minuir. Tudo começou no website Funbrain mantido pelo autor Jeff Kinney que começou a publicar lá os primeiros episódios de O Diário de um Banana. O site tornou-se tão popular que Kinney vendeu a série à AmuÌet Books, e este primeiro título da série alcançou sucesso imediato. Sucesso repetido para os seguintes. Em Espanha, Itália e Brasil está permanentemente nos tops. Foi também nomeado para o prémio Nickelodeon Kids Choice Award.

O Museu convida as famílias para a descoberta dos tesouros da Alfândega participando numa Caça ao Tesouro e na oficina ilustrativa do despacho de mer-cadorias designada “Despachar depressa e bem não há quem!”. As pistas-mistério, que conduzem ao Tesouro do Capitão Nortada, estão estrategicamente colocadas de forma que este jogo envolva toda a família (miú-dos e graúdos) em momentos ímpares de conheci-mento e diversão.

ENTRADA: 2€TELEF: 223 403 000INSCRIÇÕES:223 403 058Sáb, Dom e Feriados: 15h-19hONDE: Museu dos Transportes e ComunicçõesEdifício da Alfândega, R. Nova da Alfândega - Porto

Recebemos, mais uma vez, este mês a visita de uma funcionária da Suma, ao abrigo do programa Sabientar. Desta vez, tentaram sensibilizar os nossos alunos e as suas famílias para reduzirem os gastos nas compras. O título desta ses-são foi “Fazer contas à vida é subtrair gastos e somar vantagens!” Eis o lema que ficou desta sessão:Contas feitas, verá que só tem a ganhar!

• Menos dinheiro gasto• Menos resíduos• Menos lixo levado ao contentor• Mais qualidade de vida• Melhor ambiente

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A vista cá de cima

por Eduardo Morais

Quantas vezes já não ouvimos esta expressão…”Vamos para fora…cá dentro”? Ora bem, foi isso que aconteceu este mês nesta instituição.

Na nossa creche

por Susana Melo

Albino Pereira, 1º Benjamim B Almerinda Pereira, 1ª Benjamim A

O Clube Desportivo do Marco traz-nos boas notícias da sua participação no Corta Mato do Norte e Campeonato Regional do Porto, prova realizada em Felgueiras no passado dia 20 de Fevereiro.

A destacar o seguinte: sagraram-se vice-campeões do norte os infantis masculinos, e os juvenis femininos conquistaram o 3º lugar do norte e vice campeãs regionais.

No passado sábado dia 27 de Março, participa-ram também numa prova no Pavilhão Municipal de Moreira da Maia, com crianças entre os 5 e os 10 anos, onde os mais pequenos mostraram que também gos-tam de ganhar. A destacar o atleta Albino Pereira com um excelente desempenho em todas as provas, e a atleta Jessica em 2º lugar, contribuindo assim para o 3º lugar colectivo alcançado pelo clube.

A 13 de Março, em mais uma prova de pavilhão, com mais de duas centenas de jovens participantes, os pequenos benjamins do Clube Desportivo do Marco, mostraram a sua raça de vencedores, prova que serviu de preparação para o torneio do norte de pavilhão a realizar a 20 de Março em Amarante, onde contamos trazer-vos notícias. As classificações resultaram num 2º lugar por equipas; os Benjamins B masculinos alcançaram um 1º lugar, pelo atleta Albino Pereira e as Benjamins A femininos alcançaram um 1º lugar, pela atleta Almerinda Pereira.

As crianças das salas dos 4 e 5 anos do Colégio Creche Nossa Senhora da Bonança, visitaram, não um outro país, não uma outra cidade nem uma praia próxima, mas sim as crianças da sala dos 4/5 anos do Centro Social Paroquial de Santa Marinha. Isso mesmo…o colégio visitou o centro de Santa Marinha.

Engraçado é que, actualmente, estas duas instituições compar-tilham o mesmo espaço.Durante esta visita, as crianças do colégio foram presenteadas com um teatro intitulado “As cinco vogais” onde os protagonis-tas foram as crianças de Santa Marinha. Nesta confraternização, houve boa disposição e muita alegria. De tal modo que, de forma a retribuir este gesto por parte das crianças de Santa Marinha, as crianças do colégio apresenta-ram-lhes uma “lengalenga”! A lição que retiramos deste momento, foi que muitas vezes o melhor encontra-se aqui ao lado…e em gestos bem simples!!

vaMOs para fOra... cá DentrO!

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O que mais tarde se traduz em jovens insatisfeitos com a vida, em que a mais pequena adversidade ou contrarie-dade os deixa deprimidos e dependen-tes de tratamentos médicos. Jovens cada vez mais dependentes dos pais e sem referências afectivas.

Entre a fábula e a realidade

por Susana Ferreira

Mais do que escrever sobre o que toda a gente sabe, gosto de convidar à reflexão: são vários exercícios num só – lemos e aprendemos em simultâneo e somos (quase que) obrigados a parar e pensar. Partilho este texto escrito pelo Professor Joaquim Azevedo e que certa-mente vai encontrar alguns adeptos entre os leitores. O que con-vido a reflectirem é no seguinte: valerá a pena construir uma coisa a que se chama “família” quando na realidade não há tempo para ela? Os afectos deixaram de existir ou de serem importantes, tudo se faz e desfaz em pouco tempo, as rela-ções são descartáveis! Não há tempo para brincar com os filhos, vê-los crescer, acompanhar o seu desenvolvimento, vê--los dar os primeiros passos, ouvir a sua primeira palavra, saber quando caiu o primeiro dente… Vê-los começar a es-crever e ouvirem contar histórias ao in-vés de serem vocês a contar. Quantos de vocês contam histórias aos vossos filhos antes de eles adormecerem? Passam-se horas infinitas no emprego para se ter muito dinheiro, para se poder proporcionar aos filhos aquilo que alguns não tiveram na in-fância (apenas bens materiais, é do que falo!) esquecendo-se de proporcionar o que é mais importante: afecto, carinho e atenção. O que mais tarde se traduz em jovens insatisfeitos com a vida, em que a mais pequena adversidade ou contrarie-dade os deixa deprimidos e dependen-tes de tratamentos médicos. Jovens cada vez mais dependentes dos pais e sem referências afectivas. Pode a escola substituir os pais? Deve a escola substituir os pais? A escola tem de ser responsável por toda a educação? Por toda a transmissão de valores? E de afectos? E os pais? Onde cabem na história? Não foram eles, afi-nal, que iniciaram a mesma? Vale a pena ler. Vale a pena pensar. Vale a pena!

“Quando ouvi a proposta dos pais, através da CONFAP, para que as escolas passas-sem a estar abertas 12 horas por dia e, de seguida, conheci a resposta positiva do Ministério da Educação, dei comigo a pen-sar que o melhor seria propor já, numa ati-tude politicamente muito mais arrojada, a escola aberta 24 horas por dia. Atendendo às dificuldades das famílias para que pais e filhos se encon-trem, que não seja para dormirem sob o mesmo tecto (é esta a nova definição de

e24família), atendendo à necessidade dos pais obterem rendimentos que permitam um “nível de vida adequado aos temposmodernos”, trabalhando mais e mais horas em empregos quantas vezes ins-táveis, atendendo ainda ao tipo de vida que criámos nas cidades, em que nos le-

vantamos com o sol e chegamos a casa depois dele se ter dei-tado, consumindo três e quatro horas em transportes que vão furando por entre um caótico trânsito, atendendo às exigên-cias e às dificuldades

que hoje representa a educação de uma criança e de um jovem, ...claro que os pais têm toda a razão e, por isso, o Ministério da Educação, que existe também para lhes agradar, também tem. Mas o que não estamos a perce-ber é que esta exigência, que já se seguiu a outras de apenas 8 horas, é uma exigência em progresso, que ainda está na sua fase larvar e que vai chegar (quanto tardará não sei, talvez uns trinta anos, cinquenta, quem sabe) a uma fase madura e muito mais perfeita: a E24, ou seja, a escola aber-ta 24 sobre 24 horas. Além de se poderem apoiar os pais de um modo muito mais consistente e continuado, sem quebras de ritmo, podendo a escola finalmente incluir no seu currículo as tão proclama-das educação do consumidor, educação sexual, educação do consumo, educação da saúde, educação da autoridade (há tanta falta dela!), educa-ção rodoviária, educação ambiental, educação para os media, educação para a sustentabilidade, educação para a paz, educação para as artes, e tantas outras e tão ne-cessárias educações, sem atropelos desnecessários, além disso, os pais tam-bém poderão ganhar a sua vida à von-tade, passear e descansar do cansaço do trabalho permanente, constituir novas e renovadas famílias sempre que necessário, além de deixar de ser problemática a per-da de quatro ou cinco horas diárias nos trajectos casa-empregos-casa. Ao Estado, como é óbvio, esta pretensão dos pais vem de encontro a um velho desejo de se transformar na grande oportunidade social educadora de todos os cidadãos, sem favorecer as desigual-dades sociais, acolhendo todos, semexcepção, 24 horas por dia. Finalmente, alcança-se a tão almejada igualdade de oportunidades, ricos e pobres poderão ter, de uma vez por todas (como gostamos

desta expressão!), acesso à mesma educa-ção de qualidade, garantida pelo Estado. Podemos dizer que as escolas, aí sim, serão instituições verdadeiramente educadoras e capazes, melhor, totalmente capazes. Os professores no desemprego poderão ser contratados, todos poderão ser melhor proletarizados, em ambientes e ritmos de trabalho mais cronometrados pelo Minis-tério da Educação. Num contexto de tanta incerte-za social, que mais e melhor poderíamos pedir? Se a escola pública se oferece para ser uma instituição total, que totalmente ocupa os nossos filhos e netos, que mais poderíamos ansiar como educadores? Se obtemos a sua segurança, a sua educação escolar e o seu pão, que melhor poderemos querer ter? E se a escola agora até acolhe os avós, cada vez mais dependentes e em cima das nossas costas até uma tão avan-çada idade, nós que temos de trabalhar mais e mais, que melhor instituição pode-ria haver para acolher, em novas dinâmicas intergeracionais, crianças e avós, 24 horas por dia. De facto, a E24 é a grande solução social do futuro. Famílias não haverá (e para que é que deveria haver, se os pais não ligam nada aos filhos e os fi-lhos aos pais, se as famílias se fazem e des-fazem ao ritmo dos bonecos de neve), os empregos serão cada vez mais precários, incertos e mal pagos (e para quê ser dife-rente se podemos agora combinar dois e três turnos?), o isolamento das pessoas e sobretudo das mais pobres e sós será ultra-passado (poderemos ficar sós todos juntos

e a todo o tempo, em instituições de aco-lhimento verdadeiro!). As novas instituições E24 são o futuro por que tanto ansiamos. E o Ministério da Educação português, a pe-dido dos pais, oferece-nos, por antecipa-ção, este futuro. Portugal mantém, assim, o seu perfil de povo inovador, gente de sensacionais descobertas, que abre novos mundos ao mundo! Que mais e melhor poderei eu dizer? Viva a E24, a verdadeira revolução da educação promovida pelo Estado, a pedido dos pais! PS: se alguém considerar este texto exagerado, peço apenas que sobre-viva uns cinquenta anos, o que comigo já não ocorrerá!”

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Sonhar a Páscoa, viver a Quaresma...

por Andreia Fão

“(…)Era melhor teres vindo à mesma hora – disse a raposa (ao Principezinho). Por exemplo, se vieres às quatro horas, às três, já eu começo a estar feliz. E quanto mais perto for da hora, mais feliz me sinto. Às quatro em ponto hei-de estar toda agitada e toda inquieta: fico a conhecer o preço da felicidade! Mas se chegares a uma hora qualquer, eu nunca vou saber a que horas hei-de começar a arranjar o meu coração, a vesti-lo, a pô-lo bonito… precisamos de rituais.”

Antoine De Saint-Exupéry: “O Principezinho”, Editorial Presença: pág.70

Sabemos a que horas o Príncipe dos príncipes e Senhor dos senhores deixa as “regiões da morte” e vem animar o coração da humanidade e da criação com a festa da sua Páscoa, este ano precisamente a 4 de Abril. Até aqui, te-mos estado a viver o “ritual” da Quaresma, que “torna um dia diferente dos outros dias e uma hora diferente das ou-tras horas” - segundo a experiente explicação dada pela raposa ao Principezinho.

“Para qualquer festa importante, a gente costuma se pre-parar. Quanto mais importante a festa, parece que mais tempo leva a preparação. E, na preparação já se começa a viver a festa”. Esta frase de Padre João Panazzolo sin-tetiza bem o que é a Quaresma: um período de 40 dias que prepara os Cristãos para a festa máxima da Igreja Católica – a Páscoa – quando Jesus Cristo morreu e res-suscitou prometendo vida eterna aos seus seguidores. A Quaresma começou na primeira Quarta-feira de cinzas e estende-se até ao Domingo de Ramos e de Paixão do Senhor, trata-se de um tempo de caminhada, de re-flexão, de conversão interior. Durante este período, os Cristãos vivem de uma maneira especial a sua relação com Deus e com os outros.

Reportando agora esta temática para o contexto escolar, como Instituição Católica, consideramos que a Páscoa deve ser vivida pelas crianças, de forma a que estas re-conheçam o verdadeiro sentido da mesma. Por isso, tal como tem vindo a suceder em anos lectivos anteriores, os educadores das valências da Creche e Pré-escolar, ao longo das seis semanas da Quaresma, de uma forma lúdi-ca, têm trabalhado com as crianças alguns textos bíblicos que iluminam e dão sentido a este percurso até à Páscoa.

Face à tenra idade das crianças, estes textos são adaptados de forma a tornarem-se mais acessíveis, mas muitas vezes, a complexidade das leituras, obrigam os educadores a procurarem outros meios de explorar os assuntos. Então… surgem as imagens, as fotografias, as histórias, as canções, as dramatizações, os teatros de fantoches, e até pequenos filmes retirados da inter-net… Todos estes recursos, são importantes, na medida em que auxiliam os educadores a fomentar nas crian-ças, a descoberta do sentido do percurso da Quaresma e da Páscoa, como pedagogia de crescimento humano e cristão, respondendo ao desejo mais profundo de vida e de esperança, que existe em cada ser humano, desde os seus primeiros anos de vida.

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Passatempos

por Paula Teixeira

anedotasA mãe pergunta ao filho: M - Joãozinho, o que estás a estudar? F - Geografia, mãe. M - Então diz-me: onde fica a Inglaterra? F - Na pagina 83, mãe.

Um rapaz leva a namorada a um restau-rante italiano! Alto restaurante! Alto luxo! O rapaz para impressionar a rapariga, pega na lista e dá uma vista de olhos... volta-se para o empregado e diz: R - Queremos o Giuseppe Spomdalucci! E - Queira desculpar, senhor... mas esse é o dono do restaurante..

Uma loira entra na loja e diz ao em-pregado: L - Queria comprar aquela televisão. E - Desculpe, mas não vendemos coi-sas a loiras. A loira fica indignada e vai-se embora. Passado uns dias a loira regressa, com o cabelo pintado, e torna a dizer: L - Queria comprar aquela televisão. E - Desculpe, mas não vendemos coi-sas a loiras.

L - Mas... Como é que sabe que eu sou loira? E – Porque aquilo não é uma televisão, é um microondas!

ComPleta o Poema

A Natureza __ __ __ __ __ __ __ (OADURCO)

Com as __ __ __ __ (SVEA) a chilrear

Com o sol a __ __ __ __ __ __ __ (QCUEARE)

E os __ __ __ __ __ __ __ (EMOINSN) a brincar.

Andam __ __ __ __ __ __ __ __ (SPEMFRUE) no ar

De pinheiros e de __ __ __ __ __ __ (LSEFOR).

Os __ __ __ __ __ __ (PCOASM) vestem-se de verde

De verde com __ __ __ __ __ __ (TAUSOR) cores.

São __ __ __ __ __ (SRHAO) das andorinhas

Voltarem a __ __ __ __ __ __ __ __ (GPOLTARU).

Os __ __ __ __ __ __ (HNSOIN) estão à espera

Do __ __ __ __ __ __ __ __ (HNCTAION) do beiral.

Tenho um tioque é meu tio;o meu tio tem um irmão,o meu tio é meu tioe o irmão do meu tio não.Adivinhe!

Resposta: Pai

adivinHas

O que é que quanto mais roto menos buracos tem?

Resposta: Rede

O que é que anda atado e pára desatado?

Resposta: Sapato

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MORADA: Rua Eça de Queirós, 30 4400-332 Vila Nova de Gaia

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PROPRIEDADECentro Social Paroquial do Senhor da Vera Cruz do Candal

IMPRESSÃOArtes Gráficas e Serviço de Imprensa da Santa Casa da Misericórdia do Porto

TIRAGEM1000 exemplares I Publicação Mensal

NÚMERO DE DEPÓSITO LEGAL252263/06

DIRECTORPe. António Manuel Barbosa Ferreira

REDACÇÃOAlberto FernandesAna ChamuscaAndreia PintoEduardo MoraisElisa RodriguesIlda CorreiaLiliana MartinsMarina Caldeira

Paula TeixeiraRui SequeiraSandra MirandaSílvia ChantreSusana FerreiraSusana MeloTânia TeixeiraTiago Carvalho

Vale a pena pensar nisto

“Altamira falou de novo e perguntou:- Diz-nos algo sobre a Morte!

- Como todos gostaríeis de conhecer o segredo da morte, mas não o encontrareis se não o buscardes no coração da vida.O mocho, cujos olhos sitiados pela noite são cegos para o dia, não pode descobrir o mistério da luz.Se quereis contemplar o espírito da morte abri de par em par o vosso coração ao corpo da vida. A vida e a morte são uma só coisa, como são uma só coisa o rio e o mar.No fundo das vossas esperanças e desejos reside o vosso tácito conhecimento do além. E como assementes que sonham debaixo da neve, o vossocoração sonha com a primavera.Confiai nos sonhos, porque neles se oculta a porta da eternidade.”

Khalil Gibran, O profeta

DESIGN EDITORIALTatiana Carvalho

VERA CRUZ