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Projecto IMLNA Promover a Aprendizagem Matemática em Números e Álgebra O DESENVOLVIMENTO DO CONCEITO DE PROPORCIONALIDADE DIRECTA PELA EXPLORAÇÃO DE REGULARIDADES Tarefas para o 1.º e o 2.º Ciclos do Ensino Básico Materiais de Apoio ao Professor João Pedro da Ponte Ana Isabel Silvestre Cristina Garcia Sara Costa Setembro 2010

Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

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Projecto IMLNA

Promover a Aprendizagem Matemática em Números e Álgebra

O DESENVOLVIMENTO DO CONCEITO DE

PROPORCIONALIDADE DIRECTA

PELA EXPLORAÇÃO DE REGULARIDADES

Tarefas para o 1.º e o 2.º Ciclos do Ensino Básico

Materiais de Apoio ao Professor

João Pedro da Ponte

Ana Isabel Silvestre

Cristina Garcia

Sara Costa

Setembro 2010

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PpProjecto finanpara a Ciência

PTDC

nciado pela FCa e TecnologiaC/CED/65448

CT – Fundaçãoa, contrato N.

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Índice

Introdução 2

O conceito de proporcionalidade directa 2

O raciocínio proporcional 3

Problemas que envolvem relações de proporcionalidade directa e estratégias

de resolução dos alunos 4

Objectivos gerais de aprendizagem 6

Sugestões didácticas 7

Referências 10

Tarefa 1 – Os colares 11

Tarefa 2 – Os quadrados 20

Tarefa 3 – A magia da tabela 36

Tarefa 4 – As pilhas 46

Tarefa 5 – Existe proporcionalidade directa? 52

Tarefa 6 – Aluguer das bicicletas 61

Tarefa 7 – Escalas 1 66

Tarefa 8 – Escalas 2 72

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2

 

Introdução

Este documento reúne um conjunto de tarefas que os professores do 1.º e do 2.º

ciclo do ensino básico podem utilizar nas suas aulas para desenvolver o raciocínio pro-

porcional nos seus alunos. Para cada tarefa são indicados os objectivos de aprendizagem

e são apresentadas possíveis estratégias de resolução dos alunos, que o professor deve

ter presente ao acompanhar o trabalho destes e ao dirigir a discussão colectiva na turma.

Começamos por abordar o conceito de proporcionalidade directa e os aspectos funda-

mentais do raciocínio proporcional e, de seguida, apresentamos os principais tipos de

problemas que envolvem relações de proporcionalidade directa e as estratégias de reso-

lução mais frequentemente usadas pelos alunos. Finalmente, apresentamos os objectivos

de aprendizagem do Programa de Matemática e concluímos apresentando um conjunto

de sugestões didácticas para a exploração das tarefas propostas.

O conceito de proporcionalidade directa

Estes materiais procuram mostrar como alguns tipos de tarefa podem enriquecer

a experiência escolar dos alunos e ajudar a desenvolver a sua capacidade de raciocínio

proporcional. Procuramos contrariar a ideia redutora de que a resolução de problemas

que envolvem relações proporcionais tem sempre de ser feita usando a regra de três

simples, regra esta que frequentemente os alunos aplicam sem que compreendam o que

estão a fazer.

Em contrapartida, damos ênfase às relações multiplicativas que se encontram

numa relação de proporcionalidade. Essas relações envolvem dois aspectos: a co-

variação de grandezas e a invariância entre grandezas:

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Co-variação de grandezas (representadas por variáveis):

Invariância entre grandezas (representadas por variáveis):

O conceito de proporcionalidade directa pode ser apresentado aos alunos como

uma igualdade entre duas razões, d

c

b

a ou como uma função linear dada por y=mx,

com m0. O aspecto mais inovador da presente abordagem, que se apoia em resultados

de investigação nacional e internacional, é a exploração intuitiva da proporcionalidade

como função linear logo desde os primeiros anos de escolaridade, que, deste modo

adquire precedência sobre a noção de igualdade entre razões.

O raciocínio proporcional

Na literatura existem várias caracterizações do raciocínio proporcional. Por

exemplo, Lesh, Post e Behr (1988), consideram o raciocínio proporcional como uma

forma de raciocínio matemático que envolve o sentido de co-variação e possibilita múl-

tiplas comparações, requerendo a aptidão para reunir e processar mentalmente diversos

conjuntos de informação, relacionados com inferência e predição e envolvendo pensa-

mento qualitativo e quantitativo.

Pelo seu lado, Lamon (2005) refere que o raciocínio proporcional está associado

à capacidade de analisar relações entre grandezas, o que implica compreensão da rela-

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ção constante entre estas (invariância) e a noção de que ambas variam em conjunto (co-

variação) (como nos esquemas da página anterior). Isto pressupõe que os alunos já

tenham a capacidade de perceber que, na equivalência entre razões, há algo que muda

(quantidades absolutas) e que, ao mesmo tempo, há algo que se mantém constante (na

mesma proporção). Na sua perspectiva, uma deficiente compreensão da natureza multi-

plicativa das situações proporcionais pode estar na origem de muitas das dificuldades

dos alunos. Em ambos os casos, a utilização do raciocínio proporcional implica muito

mais do que o uso da expressão d

c

b

a na resolução de problemas.

Mais recentemente, Silvestre e Ponte (2009), sistematizando ideias de diversos

autores, sugerem que o raciocínio proporcional envolve três condições: (i) capacidade

para distinguir situações que têm subjacentes relações de natureza proporcional de

situações que não o têm; (ii) compreensão da natureza multiplicativa das relações pro-

porcionais; e (iii) capacidade de resolução de vários de tipos de problemas, revelando a

flexibilidade mental para realizar diferentes abordagens sem ser afectado pelos dados

numéricos, pelo contexto, pela linguagem utilizada e pela forma como os problemas são

apresentados (texto, gráficos, tabelas, razões).

Problemas de proporcionalidade e estratégias de resolução dos alunos

Nos primeiros anos de escolaridade, os problemas que envolvem relações de

proporcionalidade directa podem ser agrupados do seguinte modo:

Problemas de valor omisso, em que são dados três dos valores que com-põem uma proporção e é pedido o quarto (por exemplo, as questões 2.1 a 2.5 da Tarefa “A magia da tabela”);

Problemas de comparação, em que são dadas duas razões e pede-se para indicar qual é maior, menor ou se são iguais (por exemplo, a questão da Tarefa “Aluguer de bicicletas”);

Problemas de conversão entre representações, nos quais, a partir dos dados representados num determinado sistema, se pede a sua representa-ção noutro sistema mantendo a mesma relação entre si (por exemplo, a questão 1.2 da Tarefa “As pilhas”).

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Vários estudos identificam e caracterizam as estratégias usadas pelos alunos

(com idades entre 11 a 16 anos) para resolver estes problemas. Note-se que estas estra-

tégias decorrem das relações multiplicativas apresentadas mais atrás:

Razão unitária, também conhecida por “quanto para um”, identificada como a estratégia mais intuitiva atendendo ao facto dos alunos a usarem desde os primeiros anos de escolaridade (cálculo de razões unitárias em problemas de divisão e cálculo de múltiplos da razões unitárias em pro-blemas de multiplicação);

Factor de mudança ou factor escalar (Hart, 1983), conhecida por “tantas vezes como”, estratégia que está condicionada a aspectos numéricos dos problemas mas que está presente no reportório das crianças;

Comparação das razões, associada a problemas de comparação, que permite comparar as razões unitárias através de duas divisões;

Algoritmo do produto cruzado, do qual uma versão é a conhecida “regra de três simples”, que, embora eficiente, é um processo mecânico despro-vido de significado no contexto dos problemas.

Post, Behr e Lesh (1988) identificam ainda a estratégia da interpretação gráfica,

em que se usam gráficos para identificar razões equivalentes ou para identificar um

valor desconhecido num problema de valor omisso. Uma outra estratégia é a composi-

ção/decomposição (building-up/building-down, no dizer de Hart, 1984), que não está

confinada à utilização de raciocínios multiplicativos.

Pelo seu lado, Lamon (1994) classifica as estratégias de raciocínio como “den-

tro” (escalar) e “entre” variáveis (funcional), que relaciona com as estruturas multiplica-

tivas. Assim, o raciocínio escalar ocorre quando se realizam transformações “dentro” da

mesma variável e o raciocínio funcional ocorre quando se estabelecem relações “entre”

duas variáveis diferentes. Segundo esta investigadora, a distinção entre estes dois tipos

de relação é importante pois os processos cognitivos envolvidos são diferentes.

Objectivos de aprendizagem do Programa de Matemática

De acordo com o Programa de Matemática para o Ensino Básico (ME, 2007)

ao longo do 1.º e do 2.º ciclo, os alunos desenvolvem o seu pensamento algébrico, isto

é, desenvolvem ideias algébricas sem que o foco esteja no uso da linguagem algébrica

formal. Assim, no 1.º ciclo começam por investigar sequências numéricas e padrões

geométricos e explorar diversos tipos de relações. No 2.º ciclo aprofundam este trabalho

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com a exploração de regularidades, a determinação dos termos através da lei de forma-

ção da sequência e a determinação da lei de formação da sequência através da análise da

relação existente entre os seus termos.

Relativamente à proporcionalidade directa, o trabalho feito no 1.º ciclo com

regularidades, estruturas multiplicativas e números racionais, permite, no 2.º ciclo, um

estudo aprofundado da noção de proporcionalidade, explorando situações que envolvam

esta noção. Este trabalho dos alunos é essencial para que atinjam os objectivos gerais de

aprendizagem previstos para a Álgebra do 2.º ciclo:

Ser capazes de explorar, investigar regularidades;

Compreender a noção de proporcionalidade directa e usar o raciocínio proporcional;

Ser capazes de resolver problemas, raciocinar e comunicar recorrendo a representações simbólicas.

Por outro lado, todo o trabalho realizado deve também visar o desenvolvimento

das capacidades transversais:

Resolver problemas em contextos matemáticos e não matemáticos, adap-tando, concebendo e pondo em prática estratégias variadas e discutindo as soluções encontradas e os processos utilizados;

Raciocinar matematicamente, formulando e testando conjecturas e gene-ralizações, e desenvolvendo e avaliando argumentos matemáticos relati-vos a resultados, processos e ideias matemáticos;

Comunicar oralmente e por escrito, recorrendo à linguagem natural e à linguagem matemática, interpretando, expressando e discutindo resulta-dos, processos e ideias matemáticos.

Sugestões didácticas

Stanley, McGowan e Hull (2003) argumentam que a abordagem tradicional de

ensino para o desenvolvimento do raciocínio proporcional, em que os alunos “resolvem

problemas de proporções” está ultrapassada e deve ser substituída por outra, em que os

alunos trabalham em tarefas que os ajudam a descobrir as ideias essenciais da propor-

cionalidade. Assim, torna-se necessária uma outra abordagem ao ensino deste conceito

que ultrapasse a limitação do trabalho a partir de proporções, marcado pelo formalismo

do uso de representações e regras cujo significado não se chega a compreender. É

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7

necessário, também, ultrapassar o treino de procedimentos e a verbalização de regras

sem qualquer significado (Greer, 1997).

Para isso, uma abordagem algébrica da proporcionalidade pode dar continuidade

ao trabalho iniciado nos primeiros anos de escolaridade, mobilizando tópicos matemáti-

cos em que a proporcionalidade directa está presente, explorando a natureza multiplica-

tiva da relação proporcional e ampliando as experiências dos alunos nos diferentes tipos

de problemas que envolvem esta relação. Isto é, o ensino do tópico proporcionalidade

directa pode ser desenvolvido com recurso ao trabalho com regularidades e relações,

pois este representa um caminho para desenvolver as capacidades que envolvem o

raciocínio proporcional, em particular o sentido de co-variação e de invariância, ao

mesmo tempo que contribui para o desenvolvimento da capacidade de generalização.

Cabe ao professor escolher as tarefas matemáticas a propor aos seus alunos, ten-

do em conta que a capacidade de raciocinar proporcionalmente influencia a aprendiza-

gem de outros conceitos matemáticos estudados no ensino básico (por exemplo, escala,

fracção, percentagem e medida) e a aprendizagem de temas matemáticos do ensino

secundário (por exemplo, trigonometria), sendo ainda fundamental na aprendizagem de

disciplinas como Física, Química e Geografia. Assim, o professor deve seleccionar tare-

fas que permitam aos alunos analisar, através da exploração de regularidades numéricas,

situações que envolvem proporcionalidade directa e outras situações em que tal relação

não existe. Este trabalho não deve ser menosprezado pois existe uma forte tendência

para os alunos utilizarem estratégias proporcionais em problemas onde não existe uma

relação de proporcionalidade directa.

As tarefas aqui apresentadas têm por base o pressuposto que a experiência

matemática dos alunos deve contemplar situações que, pela sua natureza, possam dar

sentido à aprendizagem de conceitos, a partir de vivências do quotidiano ou envolvendo

a utilização de materiais manipuláveis, levando-os assim a identificar e compreender as

relações de proporcionalidade directa. O quadro seguinte sugere as tarefas que podem

ser mais apropriadas para cada ano de escolaridade, os temas e tópicos do programa

com que mais directamente se relacionam e os objectivos específicos que permitem

atingir. Os professores devem, naturalmente, adaptar as tarefas aqui propostas às carac-

terísticas da sua turma, acrescentando ou retirando questões, alterando o enunciado

sempre que considerem pertinente.

 

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Ano de escolaridade

Tarefa Temas/tópicos do pro-

grama Objectivos específicos

1.º / 2.º Colares

Números e operações - Regularidades (sequências) - Números racionais não negativos

- Continuar uma sequência segundo uma lei de formação.

- Compreender e utilizar os operadores dobro, triplo, quádruplo e metade e quarta parte.

3.º / 4.º Os quadrados (1.ª e 2.ª parte)

Geometria e Medida - Perímetro, área e volume Números e operações

- Regularidades (sequências)

- Calcular o perímetro e a área de polígonos. - Investigar regularidades em sequências. - Compreender a relações de co-variância e

de invariância entre o comprimento do lado e o perímetro do quadrado.

5.º/ 6.º

A magia da tabela

Números e Operações Álgebra

- Proporcionalidade directa

- Investigar regularidades multiplicativas em tabelas.

- Resolver problemas utilizando a tabela.

As pilhas

Álgebra - Proporcionalidade directa

- Utilizar as regularidades multiplicativas (co-variância e invariância) para identificar uma relação de proporcionalidade directa.

- Analisar o aspecto gráfico da relação de proporcionalidade directa.

Existe propor-cionalidade

directa?

- Distinguir situações em que não existe proporcionalidade de situações em que existe.

- Analisar os dados em diferentes represen-tações.

Aluguer de bicicletas

- Distinguir situações em que não existe proporcionalidade directa de situações em que existe.

- Analisar os dados em tabelas.

Escalas - Utilizar as relações de co-variação e de

invariância na resolução de problemas sobre escalas em contexto realista.

 

Nestas tarefas são dadas indicações sobre as relações multiplicativas que devem

constituir um foco de trabalho na aula nos primeiros anos de escolaridade, permitindo

que os alunos, gradualmente, reconheçam regularidades e as utilizem com compreensão

e eficiência, nomeadamente resolvendo problemas envolvendo relações de proporciona-

lidade. De facto, o desenvolvimento do raciocínio proporcional nos alunos depende em

grande parte do seu conhecimento sobre relações multiplicativas, associado à sua com-

preensão das situações descritas nos problemas propostos e à sua capacidade de mobili-

zar o conhecimento intuitivo na aprendizagem da Matemática.

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O professor deve explorar o mais possível o que os alunos já sabem e capitalizar

as suas estratégias informais para a resolução de problemas de forma a facilitar o desen-

volvimento do raciocínio proporcional utilizando diferentes representações. A partir das

discussões gerais das tarefas feitas na sala de aula devem ser introduzidos termos e for-

mas de representação cada vez mais formais e estruturadas, sempre que possível com o

contributo dos alunos. Para explorar as suas estratégias e a sua capacidade de aplicar

conhecimentos anteriores, o trabalho feito na sala de aula deve ser exploratório e inves-

tigativo. No entanto, sempre que se considere necessário, nomeadamente para consoli-

dação de conhecimentos, o trabalho também pode passar pela resolução de exercícios.

As tarefas aqui apresentadas pressupõem a sua realização em dois momentos

distintos: o trabalho autónomo dos alunos (em grupo, a pares, ou individualmente) e a

discussão geral na turma. Tendo em conta que este segundo momento é fundamental,

para que a discussão possa ser rica e não apressada, é necessário que o trabalho autóno-

mo seja limitado no tempo. O momento de discussão geral permite a cada aluno reflectir

sobre o próprio trabalho e confrontá-lo com trabalhos diferentes que surjam na turma.

De forma a aprofundar e consolidar os conhecimentos dos alunos, deve ser valorizada a

capacidade de argumentação e a participação crítica. Todos devem ter oportunidade de

participar mas devem ser evitadas repetições de ideias e estratégias já apresentadas ante-

riormente. O aluno deve perceber que se valoriza não só a resposta correcta mas tam-

bém a diversidade de estratégias e a forma de comunicação e representação utilizadas.

Se as discussões decorrerem num clima de trabalho agradável e com regularidade, os

alunos rapidamente percebem que têm oportunidade de expor as suas estratégias e

representações, bem como as suas dificuldades. Percebem, também, que o facto de não

terem concluído a tarefa no primeiro momento da aula, não impede a sua participação

no segundo momento. Há vantagens que, quando possível, a discussão seja feita na

mesma aula do trabalho autónomo, para que a sua resolução esteja presente na memória

dos alunos. Além disso, deve ter-se presente que o trabalho em cada tarefa se deve

encerrar com uma breve síntese final, em que são retomadas as ideias e representações

fundamentais, ajudando a clarificar e validar as ideias e a salientar para os alunos os

aspectos importantes que importa reter.

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10

Referências

Hart, K. (1984). Ratio: Children’s strategies and errors. Windsor, England: NFER Nel-

son.

Lamon, S. (1994). Ratio and proportion: Cognitive foundations in unitizing and norm-ing. In G. Harel & J. Confrey (Eds.). The development of multiplicative reason-ing in the learning of mathematics. Albany NY: SUNY Press.

Lesh, R., Post, T., & Behr, M. (1988). Proportional reasoning. In J. Hiebert & M. Behr (Eds.), Number concepts and operations in the middle grades (pp. 93-118). Res-ton, VA: National Council of Teachers of Mathematics.

ME (2007). Programa de Matemática do Ensino Básico. Lisboa: ME-DGIDC. [Acedi-do em 21/06/2009 de http://sitio.dgidc.min-edu.pt/matematica/Documents/ Pro-gramaMatematica.pdf]

Post, T, Behr, M., & Lesh, R. (1988). Proportionality and the development of prealgebra understandings. In A. F. Coxford & A. P. Shulte (Eds.), Algebraic concepts in the curriculum K-12 (pp. 78-90). Reston, VA: National Council of Teachers of Mathematics.

Silvestre, A, & Ponte, J. (2009). Ser ou não ser uma relação proporcional: Uma expe-riência de ensino com alunos do 6.º ano. In Actas do XX Seminário de Investiga-ção em Educação Matemática (CDROM). Viana do Castelo: Associação de Pro-fessores de Matemática.

Stanley, D., McGowan, D., & Hull, S. H. (2003). Pitfalls of over-reliance on cross mul-tiplication as a method to find missing values. Texas Mathematics Teacher, 11, 9-11.

 

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1.º/2.º anos

Os colares

A Maria está a fazer colares para oferecer às suas amigas. Só tem contas de duas cores – brancas e azuis. Começou a construir um colar colocando duas contas azuis e uma conta branca.

De seguida, construiu outro colar como o representado na figura:

1. Desenha o 3.º colar:

2. Completa:

Para fazer o 4.º colar, a Maria usou _______________ contas azuis e _______________ contas brancas.

3. Desenha o 4.º colar. 4. Completa a tabela:

Número de contas azuis Número de contas brancas

2 1

5. Quantas contas vai ter o 5.º colar? Explica como pensaste.

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Os colares (1.º/2.º anos) – Notas para o professor

Aspectos gerais. A tarefa “Os colares” envolve uma sequência pictórica de cola-

res com contas brancas e azuis. O primeiro colar é constituído por três contas, duas

azuis e uma branca, dispostas segundo a sequência de cores azul, azul, branco. O segun-

do colar tem seis contas, quatro azuis e duas brancas, dispostas de acordo com a

sequência azul, azul, branco, azul, azul, branco. Esta tarefa tem por base a ideia que o

trabalho com sequências e regularidades pode ser realizado por alunos desde o 1.º ano

de escolaridade, com o recurso a material manipulável e estimulando a sua comunicação

sobre o modo como pensam.

A sequência dos colares:

O objectivo global desta tarefa é envolver os alunos no trabalho com sequências

(colares compostos de contas de várias cores), procurando que estes:

1) Identifiquem e comuniquem (completar frases; preencher tabelas) as

regularidades que encontram;

2) Evidenciem as diferentes variáveis (número do colar; número de con-

tas azuis; número de contas brancas; número total de contas) e as suas

relações; e

3) Compreendam que as relações de co-variação e invariância que

caracterizam a proporcionalidade directa se mantêm independente-

mente do modo como se continua a sequência.

Para realizar esta tarefa os alunos devem ser capazes de realizar contagens sim-

ples.

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13

Questão 1. Nesta questão os alunos têm de decidir como continuar a sequência

de colares:

1. Desenha o 3.º colar.

A observação das figuras dos dois primeiros colares pode levar os alunos a con-

tinuar a sequência de duas formas:

(i) Acrescentando, um conjunto de três contas, duas contas azuis e uma branca:

Nesta situação, tanto o número total de contas como o número de contas azuis e

o número de contas brancas cresce segundo uma progressão aritmética – uma sequência

em que a diferença entre dois termos consecutivos é constante. Embora a designação

“progressão aritmética” não seja ensinada aos alunos no ensino básico, o professor deve

ajudá-los a compreender esta regularidade:

Sequência do número de contas brancas: 1, 2, 3, 4… (diferença constante = 1)

Sequência do número de contas azuis: 2, 4, 6, 8… (diferença constante = 2)

Sequência do número total de contas: 3, 6, 9, 12… (diferença constante = 3)

(ii) Duplicando o número de contas do 2.º colar e atendendo à sequência das

cores:

Neste caso, tanto o número total de contas como o número de contas azuis e o

número de contas brancas crescem segundo uma progressão geométrica. Recordemos

que se chama progressão geométrica a qualquer sequência em que o quociente entre

dois termos consecutivos é constante:

Sequência do número de contas brancas: 1, 2, 4, 8… (quociente constante = 2)

Sequência do número de contas azuis: 2, 4, 8, 16… (quociente constante = 2)

Sequência do número total de contas: 3, 6, 12, 24… (quociente constante = 2)

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(ii) Duplicando o número de contas do 3.º colar e atendendo à sequência das

cores:

Se o questionamento do professor não tiver levado os alunos a esclarecer total-

mente as suas dúvidas sobre a questão 1, é provável que continuem a surgir diversos

erros. No exemplo seguinte, o aluno não desenha o 4.º colar mas sim um colar com 4

contas:

No caso seguinte regista-se a dificuldade em distinguir numerais cardinais e

ordinais pelo que o aluno desenha quatro colares com diferentes quantidades de contas:

Questão 4. Com o preenchimento da tabela os alunos podem explorar as relações

de co-variação das contas azuis e brancas e ainda as relações de invariância entre variá-

veis:

4. Completa a tabela:

Número de contas azuis Número de contas brancas

2 1

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17

A maioria dos alunos preenche a tabela, tendo por base as regularidades aditivas

das peças azuis e brancas. No entanto, alguns alunos podem identificar as relações mul-

tiplicativas de dobro, triplo, quádruplo e quíntuplo dentro das variáveis e ainda as rela-

ções dobro ou metade entre variáveis.

(i) Acrescentando, um conjunto de três contas, duas contas azuis e uma branca:

Durante a discussão em grande grupo e para além de explorar as relações aditi-

vas dentro de cada variável o professor deve solicitar aos alunos que investiguem outras

regularidades. Por exemplo:

Co-variação das variáveis

Invariância entre variáveis

Page 20: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

18

(ii) Duplicando o número de contas do colar anterior e atendendo à sequência

das cores:

Devem ser exploradas as relações na tabela que representa a progressão aritméti-

ca e também as relações da tabela que representa a progressão geométrica para mostrar

que, embora os valores numéricos envolvidos nas duas sequências sejam diferentes,

ambas são relações proporcionais. A exploração da tabela pode mostrar aos alunos com

maior dificuldade durante a discussão de sala de aula, o diferente comportamento das

duas sequências.

O trabalho, algo moroso, que envolve a exploração de regularidades e, neste

caso, a semelhança de regularidades em duas sequências diferentes é fundamental para

desenvolver nos alunos a capacidade de generalização. Paralelamente, esta exploração

revela as regularidades de cunho multiplicativo que envolve as relações de proporciona-

lidade directa tendo em conta que do seu conhecimento depende a resolução com cor-

recção de inúmeros problemas do dia-a-dia, bem como o desenvolvimento do raciocínio

proporcional dos alunos.

Questão 5. A facilidade ou dificuldade dos alunos em responder a esta questão

depende do modo como exploraram a tabela e da sua capacidade de generalização.

Page 21: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

de co

Mas

plo d

vido

estra

to, d

deve

de, tr

de di

der q

utiliz

ordem

5. Quant

A maiori

ontas azuis

é importan

de uma estra

Outros a

e a presente

É natura

atégias pictó

dado o objec

fomentar o

riplo, terça

irecta é mul

que, embora

zá-la se se q

m.

tas contas te

ia alunos re

com o núm

nte conhecer

atégia aditiv

alunos, com

e questão, p

al que os al

óricas, conta

ctivo de de

o uso de estr

parte, etc. N

ltiplicativa e

a a estratég

quiser saber

em o 5.º col

ecorre à tabe

mero de co

r a natureza

va:

dificuldade

podem utiliz

lunos do 1.

agens unitár

esenvolver o

ratégias mu

Não se deve

e não aditiv

gia aditiva p

r o número d

19

lar? Explica

ela preenchi

ntas branca

a das estraté

e em perceb

zar uma estr

º ou 2.º an

rias ou dese

o raciocínio

ultiplicativa

e perder de

va. O profes

produzam r

de contas de

a como pens

ida na quest

as e escreve

égias por el

ber a relação

ratégia pictó

no se sintam

envolver est

o proporcio

s, utilizando

vista que a

ssor deve aj

respostas co

e um colar

saste.

tão anterior

e o número

es utilizada

o entre o tra

órica, mais

m mais con

tratégias ad

nal dos alu

o as noções

relação de

udar os alu

orrectas, é

com um ele

r, soma o nú

o total de co

as. Eis um e

abalho dese

elementar:

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ditivas. No e

unos, o prof

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proporciona

unos a comp

moroso e d

evado núme

úmero

ontas.

exem-

envol-

tilizar

entan-

fessor

meta-

alida-

preen-

difícil

ero de

Page 22: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

20

3.º e 4.º anos Os quadrados (1.ª parte)

Observa a sequência:

1. Desenha a 4.ª figura da sequência e explica como pensaste:

2. Completa a tabela, tendo em conta que o lado do 1.º quadrado corresponde à unidade de medida de comprimento:

Medida do lado do quadrado Perímetro do quadrado

3. Qual é o perímetro de um quadrado cujo lado são 20 unidades? Explica como pen-saste.

4. Escreve uma frase que relacione a medida do lado de um quadrado qualquer com o

seu perímetro. 5. Determina a medida do lado de um quadrado que tem de perímetro 40. Explica como

pensaste.

Page 23: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

21

3.º/4.º ano

Os quadrados (2.ª parte)

Observa a sequência:

1. Completa a tabela, tendo em conta que a área do 1.º quadrado corresponde à unida-

de de medida de área:

Medida do lado do quadrado Área do quadrado

2. Escreve uma frase que relacione a medida do lado de um quadrado qualquer com a sua área.

3. Qual é a área de um quadrado cujo lado são 9 unidades de medida? Explica como

pensaste. 4. Determina a medida do lado de um quadrado que tem de área 121. Explica como

pensaste.

Page 24: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

22

Os quadrados (3.º e 4.º anos, 1.ª e 2ª parte) – Notas para o professor

O trabalho com sequências pictóricas envolve a exploração de regularidades e o

estabelecimento de generalizações, constituindo um contexto para explorar relações de

proporcionalidade directa. A tarefa “Os quadrados” envolve uma sequência pictórica em

que cada figura (quadrado) é constituída por um ou mais quadrados pequenos. A tarefa

tem duas partes, a primeira envolvendo a noção de perímetro e a segunda a noção de

área. Deste modo, ao estabelecer conexões com outros tópicos matemáticos, a tarefa

procura contribuir para uma gestão flexível do currículo.

Observa a sequência:

O objectivo global da tarefa é evidenciar a relação proporcional que existe entre

o comprimento do lado do quadrado e o seu perímetro através do reconhecimento de

regularidades entre valores numéricos (co-variação do comprimento do lado e o períme-

tro; invariância da razão entre perímetro e o comprimento do lado que, neste caso, cor-

responde ao número de lados da figura). Paralelamente, pretende que os alunos com-

preendam que a relação entre o comprimento do lado do quadrado e a sua área não é de

proporcionalidade directa. As regularidades podem ser exploradas deixando os alunos

fazer generalizações envolvendo variáveis sem se usar o termo “proporcionalidade

directa”, por se tratar de alunos do 3º ou 4.º ano de escolaridade.

1.ª Parte

Pretende-se que os alunos: (i) explorem o perímetro das figuras, em particular, a

relação entre o comprimento do lado e o perímetro do quadrado; (ii) descrevam em lin-

guagem natural e simbolicamente uma regra ou função que permite determinar o perí-

metro de qualquer quadrado; e (iii) utilizem essa regra ou função para determinar o

comprimento do lado ou o perímetro de um outro quadrado qualquer.

Page 25: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

23

Para realizar esta tarefa, os alunos devem ter alguma experiência de trabalho

com sequências e na descrição das suas regras de formação (em linguagem natural).

Devem ainda, conhecer as noções de perímetro e de área, podendo fazer-se uma peque-

na revisão dessas noções durante a introdução da tarefa. Após o trabalho autónomo dos

alunos, em pares ou em pequenos grupos, deve ser realizada uma discussão em grande

grupo, com foco nas relações numéricas, partindo das explorações dos alunos.

Questão 1. A primeira questão pede aos alunos que continuem a sequência de

crescimento e expliquem como pensaram:

1. Desenha a 4.ª figura da sequência e explica como pensaste.

Através da observação das figuras da sequência, espera-se que os alunos reco-

nheçam que todas as figuras são quadrados constituídos por quadrados mais pequenos

iguais ao quadrado da primeira figura. Espera-se também que os alunos reconheçam que

cada figura é obtida pelo acréscimo de uma unidade de medida de comprimento a cada

um dos lados da figura anterior. Os alunos podem seguir diferentes processos de cons-

trução, como o exemplo da figura seguinte:

Não sendo previsível que os alunos revelem dificuldade na construção da 4.ª

figura, é importante que o professor peça aos alunos para explicarem como pensaram. É

necessário assegurar rigor nos registos escritos dos alunos, fazendo a sua correcção de

modo a que estes traduzam efectivamente o modo como cada aluno pensou, uma vez

que, como se pode verificar no exemplo seguinte, os registos dos alunos são frequente-

mente incompletos, e precisam do feedback do professor.

Page 26: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

resul

orige

ponív

de um

parec

horiz

medi

profe

O profes

ltam de falt

em de erros

vel. No exe

ma fila hor

ce não recon

zontal tem d

Questão

ida do lado

2. Compponde

Me

A maior

essor deve a

ssor também

ta de exper

, está o fact

emplo segui

rizontal (lin

nhecer que

de ser igual

Erro

2. Pretend

dos quadrad

pleta a tabele à unidade

edida do lad

ia dos alun

averiguar o

Registo

m deve fica

riência dos

to dos aluno

inte, o aluno

nha) para c

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ao número

o comum: ut

de-se que o

dos da sequ

la, tendo emde medida

do do quadra

os não reve

modo com

24

o escrito pou

ar atento a

alunos nest

os utilizarem

o parece co

onstruir a q

guras são qu

de filas na v

tilização inco

os alunos c

uência e o re

m conta que de comprim

ado

ela dificulda

o o fazem,

uco claro

alguns erro

te tipo de t

m apenas um

mpreender

quarta figur

uadrados, pe

vertical (co

orrecta dos d

completem

espectivo pe

o lado do 1mento:

Perímetr

ade em pree

recolhendo

os que poss

tarefas. Com

ma parte da

a necessida

ra a partir

elo que o nú

lunas):

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uma tabela

erímetro.

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ro do quadra

encher a tab

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sam surgir e

m frequênci

a informação

ade de acrés

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úmero de fil

a que envo

o corres-

ado

bela. Contu

e as suas es

e que

ia, na

o dis-

scimo

, mas

las na

olve a

udo, o

straté-

Page 27: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

25

gias, de modo a enriquecer a discussão em grande grupo. Esta deve começar pela conta-

gem mais elementar (muitos alunos ainda fazem contagens unidade a unidade), passan-

do pelas estratégias aditivas até às estratégias multiplicativas, evidenciando o refina-

mento das estratégias. De salientar que, por vezes, os alunos utilizam folhas de rascunho

onde registam as suas estratégias e colocam apenas os valores numéricos na tabela. Por

outro lado, a identificação da regra geral de formação depende da capacidade do aluno

em encontrar relações entre os valores numéricos.

Estratégia de contagem elementar: unidade a unidade

Estratégia aditiva

Estratégia multiplicativa

Se os alunos utilizarem a estratégia de contagem unidade a unidade, sem identi-

ficar regularidades, podem sentir a necessidade de desenhar o 5.º quadrado da sequência

para concluir o preenchimento da tabela.

Observar e compreender a natureza das estratégias dos alunos é fundamental

para conhecer o seu desenvolvimento matemático. Nesta situação, em particular por se

Page 28: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

26

tratar de uma relação de proporcionalidade directa, o professor deve explorar com os

alunos as relações multiplicativas dentro e entre variáveis.

Relação proporcional: co-variação das variáveis

Relação proporcional: co-variação das variáveis

Relação proporcional: invariância entre variáveis

Page 29: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

27

Relação proporcional: invariância entre variáveis

Quando os alunos investigam as relações entre números põem em evidência

regularidades numéricas que facilitam o enunciar de uma regra geral de formação (gene-

ralização).

Questão 3. Nesta questão pede-se o perímetro de uma figura distante:

3. Qual é o perímetro de um quadrado cujo lado são 20 unidades? Explica

como pensaste.

Se os alunos estiverem familiarizados com o uso da tabela e utilizarem as rela-

ções numéricas que reconhecem nesta situação, é possível que respondam utilizando as

relações entre e dentro das variáveis. Caso contrário, o professor deve evidenciar tais

relações, ajudando os alunos a encontrar o factor de mudança (estratégia funcional,

entre variáveis) e o factor escalar (estratégia escalar, dentro das variáveis):

Nestes anos de escolaridade, os alunos tendem a optar por uma estratégia aditiva

ou multiplicativa em vez de usar uma estratégia pictórica.

Page 30: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

pens

contr

e con

va, d

No e

à rela

zar c

resol

ção d

Tal como

am sem ind

rariar esta s

nsiderando q

devem ser re

Os aluno

exemplo seg

ação entre o

com facilida

Outro er

lver problem

dada no enu

Estratégia a

o nas duas

dicar o sign

situação ped

que uma rel

eforçadas as

os manifesta

guinte, o alu

o comprime

ade regras q

rro frequen

mas. No exe

unciado:

aditiva: adiçã

Estrat

respostas a

nificado dos

dindo-lhes p

lação de pro

s estratégias

am com fre

uno recorre

ento do lado

ue memoriz

E

nte resulta d

emplo segui

28

ão sucessiva

tégia multipl

anteriores, é

s valores nu

para melhor

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s multiplica

equência con

à escrita de

o e o períme

zam mas nã

Erro frequent

de um dese

inte o aluno

do comprim

icativa

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uméricos qu

rarem as sua

dade envolv

ativas.

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e uma regra

etro. De fact

ão compreen

te

envolvimen

o não utiliza

ento do lado

os alunos e

ue apresenta

as respostas

ve uma rela

noções de á

a geral que

to, os aluno

ndem.

nto frágil da

a adequadam

o

escreverem

am. É neces

s. Por outro

ação multipl

área e perím

não corresp

os tendem a

a capacidad

mente a info

como

ssário

lado,

licati-

metro.

ponde

utili-

de de

orma-

Page 31: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

a me

do qu

explo

estra

Neste ca

edida do lad

Questão

uadrado com

4. Escre

qualqu

Espera-s

orada atravé

atégia multip

Erro

aso, o aluno

do através de

4. Nesta q

m o seu per

ve uma fras

uer com o s

se que, par

és da tabela

plicativa.

Respo

Resposta c

frequente: u

assume o v

e uma estrat

questão pede

ímetro.

se que relac

seu perímetr

a responde

a, embora p

sta correcta b

correcta base

29

utilização inc

valor 20 com

tégia pictór

e-se aos alu

ione a medi

ro.

er, os aluno

possam ter s

baseada num

eada numa e

correcta dos d

mo a medid

ica.

unos para r

ida do lado

os utilizem

seguido um

ma estratégia

stratégia mu

dados

da do perím

elacionar a

de um quad

a relação

ma estratégia

aditiva

ltiplicativa

metro e deter

medida do

drado

entre variá

a aditiva ou

rmina

o lado

áveis,

u uma

Page 32: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

anter

5.

pode

entre

explo

te, po

porci

cussã

do la

Questão

riores, os alu

Determina

como pen

Neste ca

em dividir o

e variáveis –

orada pelo p

Outra est

ois o aluno

ionalidade d

Esta estr

ão em gran

ado e períme

5. Na últim

unos utilize

a a medida

nsaste.

aso, para e

o valor do p

– que caso

professor. E

tratégia mu

o considera

directa:

ratégia deve

nde grupo, m

etro:

ma questão

em novamen

do lado de u

encontrar o

perímetro p

não seja ap

Eis um exem

ultiplicativa

a relação d

e ser explora

mostrando q

30

pretende-se

nte a relação

um quadrad

comprime

por 4 (núme

presentado

mplo de uma

pode ser ut

de co-variaç

ada através

que existe u

e que, à sem

o entre vari

do que tem d

ento do lad

ero de lados

como estra

a estratégia

tilizada com

ção que cara

do recurso

uma co-var

melhança da

áveis explo

de perímetr

do do quad

s) – utilizan

atégia pelos

multiplicati

mo mostra a

acteriza as

a uma tabe

riação das v

as duas que

rada na tabe

ro 40. Expli

drado, os a

ndo uma re

alunos dev

iva:

resposta se

relações de

la, durante

variáveis m

estões

ela.

ca

alunos

elação

ve ser

eguin-

e pro-

a dis-

medida

Page 33: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

exem

facili

trar o

de re

dos d

rou i

2.ª P

ção e

natur

quer

lado

É prováv

mplo seguin

itada por o v

Na respo

o número qu

À semelh

esolução de

dados do pr

ncorrectam

E

Parte

Pretende

entre o com

ral e simbol

quadrado;

ou a área d

vel que os

nte mostra o

valor numé

osta seguint

ue multiplic

hança da qu

problemas,

roblema. Co

mente o valor

Erro frequent

e-se que os

mprimento d

licamente, u

e (iii) utiliz

e um outro

alunos apre

o uso de um

rico ser um

te o aluno u

cado por 4 d

uestão 3, um

, por parte d

omo se pod

r 40 como s

te: interpreta

alunos: (i) e

do lado e a

uma regra o

zem essa re

quadrado q

31

esentem ou

ma estratégi

m número pe

usa uma est

dá 40:

m erro que p

dos alunos,

de verificar

sendo a med

ação incorrec

explorem a

área do qu

ou função q

egra ou funç

qualquer.

utras estraté

ia aditiva, e

equeno e mú

tratégia mu

pode surgir

que se refle

na resposta

dida do lado

cta dos dados

área das fi

uadrado; (ii)

que permite

ção para de

égias menos

envolvendo

últiplo de 10

ultiplicativa

deve-se à f

ecte na utili

a seguinte, o

o do quadra

s do problem

guras, em p

) descrevam

e determinar

terminar o

s sofisticad

tentativa e

0:

tentando en

frágil capac

ização incor

o aluno con

do:

ma.

particular, a

m, em lingu

r a área de

comprimen

as. O

erro,

ncon-

cidade

rrecta

nside-

a rela-

uagem

qual-

nto do

Page 34: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

32

Questão 1. Na primeira questão, é pedido o preenchimento de uma tabela para

relacionar o comprimento do lado de um quadrado com a sua área:

1. Completa a tabela, tendo em conta que a área do 1.º quadrado corres-

ponde à unidade de medida de área:

Medida do lado do quadrado Área do quadrado

Como na sequência pictórica apresentada no início da tarefa só existem 3 qua-

drados desenhados, o aluno deve arranjar uma estratégia para determinar a área dos

quadrados com 4 e 5 unidades de medida de comprimento.

Considerando que a primeira parte da tarefa foi corrigida antes de os alunos rea-

lizarem esta parte da tarefa, não devem repetir-se erros de interpretação ou de utilização

parcial dos dados.

Mais uma vez, o professor deve acompanhar o modo como os alunos determina-

ram a área dos quadrados e se investigaram regularidades na sequência tendo em consi-

deração as sugestões apresentadas para a primeira parte da tarefa.

Por exemplo, os alunos podem perceber que a área dos quadrados é igual ao

produto do número de coluna pelo número de linhas:

Page 35: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

33

Os alunos que revelem dificuldades em utilizar estruturas multiplicativas podem

utilizar uma estratégia aditiva. O professor pode então mostrar a complexidade do cál-

culo quando se utiliza esta estratégia em quadrados grandes (por exemplo, 173 linhas).

Por outro lado, durante a discussão em grande grupo e caso nenhum aluno o faça

por comparação com a relação entre o comprimento do lado do quadrado e o perímetro,

deve o professor evidenciar que não existe uma relação de co-variação entre as variáveis

nem uma relação de invariância entre as variáveis (não se tratando portanto de uma

relação de proporcionalidade directa)1.

A literatura sobre o desenvolvimento do raciocínio proporcional refere que os

alunos têm tendência para assumir que todas as relações são proporcionais utilizando,

de forma errónea, estratégias multiplicativas proporcionais em situações em que estas

não são aplicáveis. É também importante que os alunos reconheçam a importância de

explorar regularidades e de compreender o seu significado no contexto da tarefa.

Questão 2. A segunda questão pretende que os alunos comuniquem em lingua-

gem natural a(s) regularidade(s) que encontraram aquando do preenchimento da tabela

apresentada na primeira questão:

2. Escreve uma frase que relacione a medida do lado de um quadrado

qualquer com a sua área.

                                                            1 Na verdade não temos aqui uma função linear (do tipo y=mx, em que m0), mas sim a função quadráti-ca y=x2.

Page 36: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

escri

como

ident

deter

quad

área

utiliz

even

De um m

ita à medid

o se pode ve

Questão

tificada na

rminar a áre

3. Qual

Explic

Os aluno

drado e justi

Questão

é 121 unida

zam uma es

ntualmente p

modo geral,

da que o pr

erificar na r

3. Para res

questão 1,

ea de um qu

é a área de

ca como pe

os tendem a

ificar este pr

4. Nesta qu

ades de área

stratégia se

partindo de

, os alunos

rofessor vai

resposta seg

sponder a e

traduzida e

uadrado cuja

um quadra

nsaste.

a utilizar a

rocedimento

uestão é ped

a. Como est

emelhante à

um valor de

34

revelam te

i valorizand

guinte:

esta questão

em linguag

a medida do

do cujo lado

regularidad

o atendendo

dido o comp

te alunos sã

à usada na

e referência

endência pa

do a clarez

o, o aluno d

gem natural

o comprime

o são 9 unid

de numérica

o à generali

primento do

ão do 1.º cic

questão an

a. É o que ve

ra melhorar

a e rigor d

deve utiliza

l escrita na

nto do lado

dades de me

a para deter

zação dessa

o lado de um

clo e não con

nterior, por

emos na res

r a comunic

das resposta

ar a regular

questão 2,

o é 9.

edida?

rminar a ár

a regularida

m quadrado

nhecem rad

tentativa e

sposta segui

cação

as, tal

ridade

, para

ea do

ade:

o cuja

dicais,

erro,

inte:

Page 37: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

tro e

e inte

do qu

regul

parte

ção d

prim

área.

difer

comu

blem

por i

Caso os

área podem

E

Na respo

erpreta inco

uadrado):

O trabalh

laridades nu

es, os aluno

de mais do q

mento do lad

Por outro l

rente nature

uns nas acç

mas escolare

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m surgir resp

Erro frequen

osta seguint

orrectament

Erro freque

ho com seq

uméricas e

s podem co

que uma rel

do e perímet

lado, esta ta

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ções do nos

es. Antes de

compreend

ntinuem com

postas incor

nte: não dist

te o aluno p

e os dados d

ente: não dist

quências per

fazer gener

ompreender

lação entre

tro e na seg

arefa permit

odas sendo

sso quotidia

e efectuar c

der a relação

35

m dificuldad

rrectas com

tingue as no

arece não d

do problem

tingue as noç

rmite desen

ralizações.

que a mesm

variáveis –

gunda parte

te evidencia

o de propor

ano e, por is

cálculos e co

o entre variá

des em disti

mo as seguint

oções de per

distinguir as

ma (consider

ções de perím

nvolver nos

Com esta t

ma sequênc

– na primeir

a relação en

ar que as rel

rcionalidade

sso, frequen

omeçar a re

áveis.

inguir as no

tes:

rímetro e áre

s noções de

ra 121 como

metro e área

alunos o há

tarefa, subd

cia pode env

a parte a re

ntre compri

lações entre

e directa, a

ntes nos co

esolver que

oções de pe

ea

perímetro e

o medida do

ábito de exp

dividida em

volver a exp

lação entre

imento do l

e variáveis s

apesar de s

ontextos dos

estões, os al

eríme-

e área

o lado

plorar

m duas

plora-

com-

lado e

são de

serem

s pro-

lunos,

Page 38: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

36

5.º/6.º anos A magia da tabela

1. Observa a tabela abaixo. Investiga as regularidades existentes e explica as tuas des-cobertas.

2. Vamos verificar se a tabela é mesmo mágica. Para isso vamos usá-la na resolução de diversos problemas. Em todos eles, usa a tabela para responder e explica como pen-saste.

2.1. O mealheiro do Tiago está vazio e ele começou hoje a colocar 3€, diariamente. Quanto dinheiro terá o mealheiro no sétimo dia?

2.2. Todos os dias, o Tiago coloca 3€ no seu mealheiro e o Miguel coloca 5€ no seu mealheiro. Quando o Tiago tiver 21 €, quanto terá o Miguel no seu mea-lheiro?

2.3. A Joana usou exactamente 15 latas de tinta para pintar 18 cadeiras. Quantas cadeiras se podem pintar com 20 latas de tinta?

2.4. Dois bilhetes de autocarro de Lisboa para Santarém custam 16€. Quanto cus-tam 7 bilhetes?

2.5. Quinze alunos pintaram 35m2 da parede do ginásio da escola. Sabendo que cada aluno pinta a mesma área, quantos metros quadrados de parede serão pin-tados no mesmo tempo por uma turma de 27 alunos?

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

3 6 9 12 15 18 21 24 27 30

4 8 12 16 20 24 28 32 36 40

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

6 12 18 24 30 36 42 48 54 60

7 14 21 28 35 42 49 56 63 70

8 16 24 32 40 48 56 64 72 80

9 18 27 36 45 54 63 72 81 90

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Page 39: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

37

A magia da tabela (5.º/6.º anos) – Notas para o Professor

Ao longo da escolaridade, os alunos devem desenvolver hábitos de pensamento

associados ao trabalho flexível com números e à exploração e identificação de regulari-

dades. “A magia da tabela1” é uma tarefa que pretende continuar a desenvolver hábitos

de pensamento relativos ao trabalho com números e operações, bem como levar os alu-

nos a utilizar os seus conhecimentos deste tópico na resolução de problemas do dia-a-

dia envolvendo relações de proporcionalidade directa. Pretende-se, ainda, que os alunos

compreendam os conceitos de razão e proporção, interpretando experiências reais e as

suas representações simbólicas. Pode acontecer que os alunos reconheçam que a tabela

apresentada é a da multiplicação, uma vez que esta é estudada no 1.º ciclo, embora mui-

to provavelmente num formato diferente.

O trabalho em sala de aula pode ser desenvolvido em pares ou em grupos, per-

mitindo aos alunos trocar ideias e esclarecer dúvidas entre si. Caso os alunos revelem

alguma resistência em utilizar a tabela na resolução das questões 2.1, 2.2 e 2.4, dada a

sua simplicidade, preferindo utilizar estratégias aditivas ou multiplicativas, o professor

deve incentivar o uso da tabela para validar as respostas.

Questão 1. Com a primeira questão pretende-se que os alunos investiguem regu-

laridades numa tabela numérica 10x10.

1. Observa a tabela abaixo. Investiga as regularidades existentes e explica as tuas descobertas.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

3 6 9 12 15 18 21 24 27 30

4 8 12 16 20 24 28 32 36 40

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

6 12 18 24 30 36 42 48 54 60

7 14 21 28 35 42 49 56 63 70

8 16 24 32 40 48 56 64 72 80

9 18 27 36 45 54 63 72 81 90

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Page 40: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

da en

obtid

to, é

núme

vária

refer

cussã

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as regularid

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s posteriorm

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mente os alu

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ixo de sime

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38

am-se inicia

la. Por exem

número im

unos reconh

volvem na i

tuação, tal

tria (diagon

o a primeira

alunos pode

ção da tabel

almente nas

mplo, na lin

mediatament

heçam as tab

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nal que pass

a questão, o

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s situações

nha um, o nú

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buadas ou o

o são capaz

tra a respos

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o professor p

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de adição re

úmero à dir

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as suas desc

oblemas apr

epeti-

reita é

entan-

os dos

tificar

r, que

itos).

a dis-

cober-

resen-

Page 41: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

39

O professor deve ajudar os alunos a identificar outras regularidades caso estas

não surjam naturalmente em respostas como esta: “Os números da coluna 6 são o triplo

dos números da coluna 2. E os da coluna 2 são a terça parte dos da coluna 6”.  

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

3 6 9 12 15 18 21 24 27 30

4 8 12 16 20 24 28 32 36 40

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

6 12 18 24 30 36 42 48 54 60

7 14 21 28 35 42 49 56 63 70

8 16 24 32 40 48 56 64 72 80

9 18 27 36 45 54 63 72 81 90

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

O professor pode também sugerir a análise de regularidades em partes mais

pequenas da tabela.  

Co-variação dentro das colunas

Invariância entre colunas

Identidade fundamental das proporções 1x4 = 2x2

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

3 6 9 12 15 18 21 24 27 30

4 8 12 16 20 24 28 32 36 40

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

6 12 18 24 30 36 42 48 54 60

7 14 21 28 35 42 49 56 63 70

8 16 24 32 40 48 56 64 72 80

9 18 27 36 45 54 63 72 81 90

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Page 42: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

são f

multi

ment

ções

multi

valor

za um

Muitos d

facilmente r

iplicativas.

to é importa

Questão

2.1. O meriamen

Após ide

numéricas

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iplicativa:

É prováv

r numérico

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resolvidos q

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2. A questã

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ão 2.1. apre

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e responder

mero de dias i

aduzido na

alunos regis

a, é o que ac

ativa:

40

o colocados

alunos têm

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vazio e ele erá o mealhe

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contece no e

aos alunos

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situação pro

começou hoeiro no sétim

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ar qualquer

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s neste ano

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m utilizar as

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a uma estra

mo encontrar

que o aluno

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nheci-

rela-

atégia

ram o

utili-

Page 43: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

adiçã

semp

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Var

Os aluno

ão sucessiva

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pre que es

zado trabalh

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2.2. Todo5 € Mig

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os os dias, ono seu me

guel no seu m

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problemas.

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41

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ncia para u

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m responder

ficado a lara

izar a

lunos,

e ser

as e a

natu-

rapi-

anja)

Page 44: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

42

Uma possível resposta é a seguinte que representa uma estratégia multiplicativa

associada à tabela:

Os alunos também podem optar por utilizar as linhas associadas às variáveis

dinheiro como se pode ver na resposta seguinte que traduz outra estratégia associada à

tabela:

O problema seguinte difere dos anteriores por envolver números ligeiramente

maiores e apresentar uma relação não unitária (a razão de 15:18):

2.3. A Joana usou exactamente 15 latas de tinta para pintar 18 cadeiras. Quantas cadeiras pode pintar com 20 latas de tinta?

Os alunos têm de identificar, na tabela, um terno que envolva os valores numéri-

cos do problema:

Variáveis (latas de tinta, identificado a rosa; cadeiras, identificado a azul)

À medida que os alunos vão reconhecendo as regularidades indicam, na sua res-

posta escrita, o modo como encontraram a resposta ao problema. Eis um exemplo de

uma estratégia multiplicativa:

Page 45: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

prop

24”.

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2.4. Dois

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43

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ão unitária)

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Page 46: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

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2.5.QSdd

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ão 2.5. tamb

m linguagem

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44

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o, o profess

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entes e uma

s são aprese

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uma relação

(tabela):

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da escola. metros qua-uma turma

multiplica

problema.

o entre vari

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e cada

dades

forma

ativas,

iáveis

Page 47: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

45

O trabalho com foco na investigação e exploração de relações multiplicativas é

fundamental para que o aluno compreenda as relações proporcionais, desenvolva

flexibilidade na utilização dos seus conhecimentos (tabuada, múltiplos, divisores, razão

unitária), estabeleça conexões entre esses conhecimentos e os utilize na resolução de

situações problemáticas.

Page 48: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

1. A

1.

1.

1.

A tabela rep

1. És capaproporcgens? A

2. Comple

3. Será poembala

Número deembalagen

5 10 15 20

presenta a re

az de utilizacionalidade Apresenta d

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e s

Núde

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duas resoluç

o utilizando

rminar, atrafica a tua re

úmero pilhas 20 40 60 80

46

As pilhas

e o número

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ções diferent

o os dados d

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nte na tabelamero de pilhtes e explic

disponíveis

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a para determhas e o núma o teu racio

na tabela.

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5.º/6.º

mero de pilh

minar se exmero de emb

ocínio.

as que há em

º anos

has.

xiste ala-

m 25

Page 49: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

47

As pilhas (5.º/6.º anos) – Notas do Professor

Muitos problemas apresentados aos alunos envolvem contextos realistas e rela-

ções de proporcionalidade directa. Contudo, e apesar de muitos alunos conseguirem

desenvolver raciocínios proporcionais baseados no seu conhecimento intuitivo, nem

sempre revelam compreender o conceito de proporcionalidade directa. Considerando

que, para a faixa etária dos alunos do 2.º ciclo, descrever um exemplo evidenciando as

regularidades de co-variação dentro das variáveis e a invariância entre variáveis consti-

tui uma explicação aceitável, esta tarefa é um exemplo do que o aluno deve compreen-

der sobre uma relação de proporcionalidade directa. Com esta tarefa pretende-se, por

um lado, que os alunos aprofundem o seu conhecimento sobre as relações de proporcio-

nalidade directa, continuando o desenvolvimento de hábitos de pensamento na procura

de regularidades e do seu significado. Por outro lado, pretende-se que, gradualmente,

aprendam a utilizar, flexivelmente, diferentes representações (tabela, gráfico).

Questão 1. Os alunos cuja experiência matemática não inclua tarefas de explora-

ção podem revelar alguma dificuldade em compreender a primeira questão, pois é pedi-

do que averigúem se existe proporcionalidade directa na relação entre o número de

pilhas e o número de embalagens.

1.1. És capaz de utilizar a informação existente na tabela para determinar se exis-

te proporcionalidade na relação entre o número de pilhas e o número de

embalagens? Apresenta duas resoluções diferentes e explica o teu raciocínio.

Para responder a esta questão, espera-se que os alunos investiguem as relações

de invariância entre variáveis, também conhecida por relação funcional, como mostram

as seguintes respostas, com representações menos ou mais elaboradas. No exemplo

abaixo, o aluno utiliza uma estratégia funcional sem ter mostrado como determinou a

constante:

Page 50: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

aluno

const

duas

lagen

difer

de pi

quoc

lagem

igual

Uma estr

o tenha util

tante”, para

constantes

Os aluno

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rente confor

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ciente entre

m por cada

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ldade entre

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a averiguar

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úmero de em

o número d

pilha.

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s elaborada

ão unitária

r a relação

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m o quocient

ordo com a

tura adoptad

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de pilhas e o

te outro alu

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48

a é a do exem

(4 pilhas:1

de proporc

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te entre o n

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obtêm-se 4

o número d

uno resolve

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mplo seguin

embalagem

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da tabela. O

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e embalage

o mesmo p

e proporcio

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m) que desig

. Este alun

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O significad

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nalidade:

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gna por “nú

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e entre o nú

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se 0,25 da e

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ante é

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o uma

Page 51: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

tamb

fesso

ção m

ciona

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multiplicativ

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tos. Uma di

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49

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s dois eixos

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nte exemplo

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e directa en

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vas.

a rela-

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da na

com a

Page 52: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

linha

cussã

nos s

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tando

1

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a que une os

ão em grand

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A questã

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pois de mar

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minar, atrav

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m estratégias

50

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o exemplos.

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usente:

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s da análise

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e uma

a dis-

s alu-

exis-

xplici-

cam o

alunos

straté-

Page 53: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

51

Esta tarefa pode ser aplicada antes da leccionação formal da unidade de propor-

cionalidade directa, usualmente feita no 6.º ano, de modo a explorar estes conceitos de

forma informal. A tarefa tem ainda a potencialidade de os alunos utilizarem duas repre-

sentações com os mesmos dados. E o professor, durante a discussão em grupo alargado,

pode questionar os alunos sobre como podem ser traduzidas num gráfico as regularida-

des numéricas que envolvem relações proporcionais.  

Page 54: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

52

5º/6.º ano

Existe proporcionalidade directa?

1. Indica se cada frase é verdadeira ou falsa e explica o raciocínio que utilizaste, em

cada caso, para responderes:

1.1.Se uma rapariga chega à escola em 10 minutos, duas raparigas levam 20 minutos.

1.2. Se uma caixa de cereais custa 2,80€ duas caixas custam 5,60€.

1.3. Se um rapaz faz um modelo de carro em 2 horas, pode fazer 3 modelos iguais

em 6 horas.

1.4. Se o Hugo pinta o muro em 2 dias, o Hugo, o Tomás e um terceiro colega pin-

tam o mesmo muro em 6 dias.

2. Existe uma relação de proporcionalidade entre o número de pessoas e a quantidade de água consumida durante a refeição? Apresenta o teu raciocínio.

Número de pessoas

Quantidade de água consumida à refeição (litros)

3 5 4 6 5 7 6 8 7 9

Page 55: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

53

Comprimento de um insecto (cm)

Nº de semanas 

3. Existe uma relação de proporcionalidade entre as grandezas A e B? Apresenta o teu raciocínio.

Grandeza A 3 4 5 6 7 Grandeza B 2,25 3 3,75 4,5 5,25

4. Existe uma relação de proporcionalidade entre o número de semanas e o compri-mento de um insecto nas primeiras 6 semanas de vida?

Page 56: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

54

Existe proporcionalidade directa? (5º/6.º ano) – Notas para o professor

O desenvolvimento do raciocínio proporcional envolve a capacidade de distin-

guir situações em que existe proporcionalidade directa de outras situações onde tal rela-

ção não existe. As respostas dos alunos revelam que eles têm significativas dificuldades

neste ponto, registando-se uma forte tendência para usarem estratégias proporcionais em

situações que não envolvem proporcionalidade directa. O facto de os alunos reconhece-

rem em situações do quotidiano a relação de proporcionalidade directa não é suficiente

para compreenderem a relação multiplicativa que lhes é inerente. Por outro lado, o

reconhecimento das relações de co-variação e de invariância também não deve ser con-

siderado como condição para identificar uma relação de proporcionalidade directa, sen-

do fundamental uma análise da situação problemática em causa. Com esta tarefa preten-

de-se que os alunos analisem os dados numéricos e o contexto dos problemas apresen-

tados em diferentes representações e identifiquem as relações de proporcionalidade

directa. É uma tarefa bastante enriquecedora pois permite a mobilização do conheci-

mento intuitivo dos alunos que pode ser desenvolvida em 90 minutos, 45 minutos para o

trabalho autónomo dos alunos e 45 minutos para discussão colectiva na turma.

Questão 1. A questão 1.1. apresenta uma situação problemática em que não exis-

te uma relação de proporcionalidade directa pois as variáveis – número de amigos e

tempo – não dependem uma da outra. Contudo, se o contexto não for considerado pelos

alunos, isto é, se considerarem apenas o registo numérico podem afirmar, erradamente,

que existe proporcionalidade directa.

1. Indica se cada frase é verdadeira ou falsa e explica o raciocínio que utilizas-

te, em cada caso, para responderes:

1.1.Se uma rapariga chega à escola em 10 minutos, duas raparigas levam 20

minutos.

As respostas mostram que alguns alunos mobilizam o seu conhecimento intuiti-

vo para responder correctamente à questão, enquanto outros alunos revelam uma forte

tendência para considerar a existência de proporcionalidade directa:

Page 57: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

Res

prop

uma

justif

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porci

sposta incorr

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1.2. S

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1. Indica

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os alunos

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aste, em cad

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ão, o profes

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frase é verd

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55

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dadeira ou f

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que o preço

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as custam 5

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plica o racio

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o é directam

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,60€.

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oporcional)

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a relação de

o tempo.

ocínio que

de fazer 3

por-

mente

existe

) para

straté-

e pro-

Page 58: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

56

O professor deve estimular os alunos a utilizar, de forma flexível, diferentes

estratégias e representações. Nos dois exemplos seguintes os alunos utilizam a mesma

representação (tabela) e estratégias multiplicativas diferentes.

Neste caso o aluno usa uma estratégia escalar de factor 3:

O exemplo seguinte mostra uma estratégia funcional (factor 2):

Quando os alunos já aprenderam a noção de constante de proporcionalidade esta

deve ser mobilizada para as respostas:

A questão 1.4. envolve uma situação em que as variáveis apresentam uma rela-

ção de proporcionalidade inversa:

1. Indica se cada frase é verdadeira ou falsa e explica o raciocínio que utili-

zaste, em cada caso, para responderes:

1.4 Se o Hugo pinta o muro em 2 dias, o Hugo, o Tomás e um terceiro

colega pintam o mesmo muro em 6 dias.

Os alunos respondem correctamente quando mobilizam o seu conhecimento

intuitivo, não sendo previsível que reconheçam a relação de proporcionalidade directa.

Page 59: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

57

Alguns alunos tendem a considerar esta relação como sendo de proporcionalida-

de directa, como se pode verificar na resposta seguinte e respondem incorrectamente:

Resposta incorrecta

Durante o trabalho em grupo e no período destinado à discussão colectiva na

sala de aula, sempre que se detectar a dificuldade de compreensão da situação, o profes-

sor deve estimular o confronto das ideias dos alunos de modo a que as falsas concep-

ções sejam abandonadas.

Questão 2. Esta questão é diferente das anteriores porque envolve um maior

volume de dados e também pela uma representação diferente.

2. Existe uma relação de proporcionalidade entre o número de pessoas e a quantidade de água consumida durante a refeição? Apresenta o teu raciocínio.

Número de pessoas

Quantidade de água consumida à refeição (litros)

3 5 4 6 5 7 6 8 7 9

Page 60: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

58

Pretende-se que os alunos apliquem o seu conhecimento sobre as regularidades

numéricas que envolvem as relações de proporcionalidade directa. Tendo em conta que

nos dados não se apresenta e relação unitária (razão unitária) entre a água consumida

por uma pessoa ou o número de pessoas que consomem um litro de água, é provável

que os alunos utilizem a estratégia que envolve a relação entre variáveis.

Como o aluno não encontra um quociente invariante, conclui correctamente que

não existe proporcionalidade directa.

Os alunos que já tenham aprendido a identidade fundamental das proporções

podem optar pela representação da razão (pessoas:água(l)).

Neste caso, o aluno coloca incorrectamente o sinal igual entre as razões mas

depois mostra que as razões não são iguais porque não se verifica a propriedade funda-

mental das proporções. Esta resposta mostra que os alunos apresentam representações

incongruentes que importa esclarecer.

Questão 3. As questões 2 e 3 diferem da 1 na medida em que os dados são apre-

sentados em tabelas. Na questão 3 a tabela é horizontal, ao contrário da tabela da ques-

tão 2, que é vertical, mas o objectivo é o mesmo, isto é, pretende-se que os alunos apli-

quem o seu conhecimento sobre as regularidades numéricas que envolvem as relações

de proporcionalidade directa. A questão 3 apresenta um contexto abstracto que pode

constituir alguma dificuldade para os alunos.

Page 61: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

aluno

variá

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59

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e envolve o

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e suscitar al

efas matemá

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, respondam

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vez os

entre

alunos

B.

guma

áticas

nside-

m que

zero)

Page 62: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

60

No entanto, os alunos revelam uma forte tendência para, através da observação

do gráfico, responderem que existe uma relação de proporcionalidade directa porque o

tempo e o tamanho do insecto variam no mesmo sentido após a eclosão deste.

Exemplo de uma resposta incorrecta

É provável que alguns alunos, pouco à vontade na representação gráfica, conver-

tam os dados noutra representação. No entanto, isso não é facilitado pela tabela cons-

truída, precisamente para focar os alunos na observação do gráfico e não na conversão

dos dados entre representações.

Note-se, ainda, que alguns alunos desta faixa etária tendem a assumir como váli-

das apenas respostas onde apresentam registos numéricos e cálculos. No entanto, os que

revelam um conhecimento robusto sobre a relação de proporcionalidade directa podem

justificar a sua inexistência através da desigualdade entre as razões, por exemplo,

0/33/4. 

Page 63: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

61

5º/6.º ano

Aluguer de bicicletas

O Pedro e a Margarida foram passear ao Parque das Nações e decidiram alugar bicicle-tas. O Pedro escolheu a empresa Ciclotour e a Margarida a YBike, cujas tabelas de pre-ços são as seguintes:

1. Em alguma das empresas o preço a pagar é directamente proporcional ao tempo de utilização da bicicleta? Explica o teu raciocínio.

2. Nalguma das empresas é possível prever o preço a pagar pelo aluguer da bicicleta, durante 120 minutos? Justifica a tua resposta.

Ciclotour Tempo (minutos) Preço (euros)

30 3 45 4,5 60 6 90 9

YBike Tempo (minutos) Preço (euros)

20 1,5 40 4 60 6,5 90 10

Page 64: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

prop

profe

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de pr

prop

Supõ

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e desenvolv

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do na aula.

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62

5º/6.º ano) –

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s proporcio

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Page 65: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

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63

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a à regularid

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s alunos par

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associada ao

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e pro-

amen-

extre-

variá-

e pro-

s.

Page 66: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

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dade

dade

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probl

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ia das respo

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64

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utos:

i uma

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com a

Page 67: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

65

questão e que para responder não é necessário realizar qualquer cálculo. Por outro lado,

devem compreender que as respostas a várias questões associadas a uma determinada

situação problemática não devem ser vistas isoladamente umas das outras.

Page 68: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

66

5º/6.º ano

Escalas 1

1. Observa o objecto que tens na mesa e, com o auxílio da régua, regista as suas medi-

das _____________

2. Observa o panfleto e procura a imagem do objecto que tens na mesa e, usando de

novo a régua, regista as suas medidas _______________.

3. Com as informações anteriores completa a tabela:

Medida do panfleto

Medida real

Escala

4. Determina a escala que foi utilizada no panfleto.

Page 69: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

67

Escalas 1 (5º/6.º ano) – Notas para o Professor

Ao longo do 1.º ciclo, os alunos realizam várias tarefas em que realizam medi-

ções utilizando unidades de medida convencionais, resolvem problemas envolvendo

grandezas e medidas e envolvendo raciocínio proporcional. A presente tarefa, relativa a

escalas, pretende continuar este tipo de trabalho, desenvolvendo nos alunos a capacida-

de de utilizar proporções para modelar situações e fazer previsões e resolver problemas

envolvendo situações de proporcionalidade directa, através da determinação e utilização

da escala de um desenho. Na sua realização, espera-se que os alunos recorram ao seu

conhecimento sobre razões e proporções.

Com esta tarefa pretende-se que os alunos utilizem objectos reais e do seu dia-a-

dia de uma forma interessante do ponto de vista matemático. Através da observação e

da análise de um folheto de supermercado espera-se que mobilizem o seu saber de modo

a verificarem se as imagens dos panfletos se encontram à escala relativamente ao tama-

nho real dos objectos representados. Esta tarefa deve ser realizada pelos alunos em 45

minutos, seguida de 45 minutos para a discussão colectiva do trabalho e das conclusões

de cada grupo.

Antes da resolução da tarefa o professor deve discutir com os alunos o conceito

de escala (procurando identificar as definições dos alunos, construindo assim um con-

ceito mais claro e explícito). Recorde-se que, muitas vezes, os alunos abordam este tema

também em Estudo do Meio (no 1.º ciclo) e na disciplina de História e Geografia de

Portugal (2.º ciclo).

Para a realização da tarefa, o professor deve levar os objectos e os panfletos

apropriados. Os objectos podem ser diferentes de grupo para grupo ou podem ser iguais,

mas em qualquer dos casos convém colocar mais do que um objecto em cada grupo.

Assim, cada grupo deve ter em cima da mesa os respectivos objectos, o panfleto e o

guião da tarefa permitindo que os alunos comecem desde logo a trabalhar. Após algum

tempo de análise dos objectos pelos grupos, deve promover-se um debate colectivo rela-

tivamente às medidas que interessam para a realização da tarefa e ao modo de efectuar

as medições. É importante que se combine que se deve medir a altura e o comprimento

de cada objecto, registando os valores na respectiva folha de registo.

Deve chamar-se a atenção que os objectos a procurar nos panfletos devem ser

iguais aos que estão em cima da mesa e que é necessário efectuar as medições em cada

imagem seguindo as mesmas regras da medição dos objectos, registando os respectivos

Page 70: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

valor

cada

gem

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68

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.

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rentes

Page 71: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

69

Questões 3 e 4. Com estas questões, os alunos organizam a informação recolhida

na tabela apresentada e calculam a escala da representação do produto indicado no pan-

fleto. Para tal, os alunos podem utilizar estratégias variadas, nomeadamente, recorrendo

a processos funcionais ou escalares. Usando processos funcionais, os alunos verificam a

relação multiplicativa existente entre o comprimento do produto no panfleto e a sua

altura e depois verificam se a relação é a mesma nos objectos reais. Usando processos

escalares, os alunos identificam a relação multiplicativa existente entre o comprimento

do produto no panfleto e o seu comprimento real e verificam se esta relação se mantém

para as alturas do produto no panfleto e na realidade.

Por vezes, e por se tratar da repetição do mesmo tipo de raciocínio, os alunos

podem recorrer a procedimentos como a propriedade fundamental das proporções ou a

regra de três simples. Em todos os casos, procuram o valor unitário, ou seja, procuram

verificar quanto de altura corresponde a 1cm de comprimento ou vice-versa. Por fim,

retiram as conclusões relativas a cada situação. Verifica-se que nem sempre os objectos

se encontram à escala quando desenhados no panfleto, devendo-se discutir com os alu-

nos por que razão tal pode acontecer.

Page 72: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

70

Page 73: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

tifica

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Page 74: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

1. M

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72

Escalas 2

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5º/6

do bloco:

__________

fica a tua re

.º ano

____

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Page 75: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

Imag

Imag

gem 2

gem 3

73

Page 76: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

74

Escalas 2 (5º/6.º ano) – Notas para o Professor

Com esta tarefa pretende-se que os alunos observem um painel e verifiquem se

as imagens/fotografias que o representam se encontram à escala. É uma tarefa que per-

mite aos alunos aplicar os seus conhecimentos relativos à proporcionalidade directa

numa situação do seu dia-a-dia, relativa a um painel localizado na escola.

Para a realização desta tarefa pressupõe-se que os alunos tenham desenvolvido,

ao longo do 1.º ciclo, as capacidades de realizar medições recorrendo a unidades de

medida convencionais, de resolver problemas envolvendo grandezas e medidas e de

resolver problemas envolvendo raciocínio proporcional. Deve reservar-se, pelo menos,

30 minutos para os alunos realizarem a tarefa e 30 minutos para a apresentação dos

resultados e discussão colectiva.

As questões colocadas visam desenvolver nos alunos as capacidades de utilizar

proporções para modelar situações e fazer previsões, determinar e utilizar a escala de

um desenho, resolver problemas envolvendo escalas, usando razões e proporções, e

resolver e formular problemas envolvendo situações de proporcionalidade directa.

Questão 1. Para a realização desta questão, os alunos devem efectuar, antecipa-

damente as devidas medições no painel. Após a entrega do guião da tarefa, cada grupo

deve medir cada uma das imagens/fotografias dadas e verificar qual delas se encontra à

escala. Podem surgir dúvidas nos alunos relativas ao que se entende por limites do pai-

nel nas imagens/fotografias. Para o evitar, pode proceder-se antecipadamente a uma

análise das imagens de modo a esclarecer essa questão.

No momento de discussão, o professor deve proporcionar a cada grupo de alu-

nos oportunidade para explicar como efectuou as medições do painel e o porquê de exis-

tirem valores diferenciados. Assim, deve ter-se em atenção que, apesar dos cálculos

efectuados serem correctos, podem existir respostas erradas relativamente à selecção da

imagem, visto terem subjacentes medições incorrectas. Durante as apresentações dos

grupos o professor deve procurar que os alunos explicitem as suas escolhas, procurando

que desenvolvam a sua capacidade de argumentação.

Questão 2. Com esta questão os alunos podem organizar os dados relativos às

diferentes imagens e ao painel real de diferentes formas, nomeadamente, organizando

uma tabela ou fazendo os cálculos isoladamente para cada imagem. Com a informação

Page 77: Materiais Proporcionalidade (IMLNA) 4cfc0dcb29b46

75

recolhida os alunos devem verificar a relação numérica entre os dados relativos a cada

imagem. Para isso, podem utilizar estratégias variadas, tais como processos funcionais

ou escalares. Com a utilização de processos funcionais, verificam a relação multiplicati-

va existente entre o painel em cada imagem e na realidade. Podem utilizar uma tabela

comum em que rapidamente verificam que a razão entre o comprimento e a altura do

painel é a mesma na imagem 1 e na realidade e, por isso, só esta imagem está desenhada

à escala.

Com a utilização de processos escalares, os alunos identificam a relação multi-

plicativa existente entre as dimensões de cada imagem e do painel e verificam se esta

relação se mantém para as alturas do painel nas imagens e na realidade:

Os alunos também podem apresentar estratégias como a propriedade fundamen-

tal das proporções:

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Os alunos percebem qual a imagem que está à escala porque, ao efectuarem os

cálculos para cada uma das medidas, o resultado é o mesmo. No entanto, por vezes, têm

dificuldade em expressar o seu raciocínio, utilizando justificações pouco estruturadas e

precisas, como no caso seguinte:

 

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No momento da discussão, é importante realçar que ampliar e reduzir implica

não deformar a imagem, ou seja, os alunos devem ser levados a perceber o cariz multi-

plicativo (e não aditivo) da relação proporcional.