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MOSTEIRO MATER CHRISTI
Caríssimas Madres e queridas irmãs,
O Senhor nos abençoe e nos dê a sua paz!
O Filho de Deus fez-se para nós o caminho, que nosso bem-
aventurado pai Francisco nos mostrou e ensinou por palavra e
exemplo, ele que o amou e seguiu de verdade. Queridas
irmãs, devemos considerara os imensos benefícios que Deus
nos concedeu, mas entre outros, aqueles que Ele se dignou
realizar em nós por seu dileto servo, nosso pai São Francisco.
Venham me ajudar na obra do mosteiro de São Damião,
porque nele ainda haverão de morar umas senhoras cuja vida
famosa e santo comportamento vai glorificar nosso Pai
celestial em toda a sua santa Igreja. Meditando algumas
frases do testamento de nossa mãe santa Clara me transporto para o Encontro de Formação e
celebração dos 800 anos de consagração de nossa mãe Santa Clara, no Mosteiro de Anápolis. Sinto
o eco dos cantos, a emoção da entrada triunfal da cruz da jornada da juventude, simbolizando a
presença de Cristo Crucificado em nosso meio. E ao mesmo tempo, Clara nos fala ao coração, Ele
fez- se para nós o Caminho. Um caminho traçado pela cruz, um Cristo pobre, que se revela uma
virgem pobre, despojada de tudo e deixa-se ser despojada de tudo. O testamento revela a alma
pura de Clara, sua ternura e convicção de sua eleição. Sente-se escolhida e amada pelo Pai das
misericórdias, coloca-se toda inteira nas mãos de Francisco, deixando ser conduzida por seus
ensinamentos e promete a ele obediência. Com clareza sabe conduzir sua vida e de suas irmãs a uma
meta, ao essencial, Deus. Deixa claro para nós, o que prometemos ao Senhor e ao nosso bem-
aventurado pai São Francisco, sua entrega voluntária a santíssima e senhora Pobreza. De joelhos
dobrados e prostrada de corpo e alma, recomenda-nos a Igreja e a Ordem, e implora que
observemos a santa pobreza e digne-se encorajarmos e conservarmos nela, sendo solícitas em tudo
que prometemos à Deus. Este ano jubilar quer acender em nós a chama do amor que ardia no
coração de Santa Clara, que com Espírito de profunda humildade se coloca como plantinha de São
Francisco. Uma plantinha que sustentava a árvore, pois dela emanou seiva para sua vida de amor
por Deus e Pelos irmãos. Clara continua falando hoje, voltemos ao essencial, busquemos aquilo que
nos dá alegria de viver com fidelidade a nossa vocação. Clara aconselha e admoesta a todas as irmãs
que se empenhem em seguir o caminho da simplicidade, da humildade, da pobreza e também uma
vida honesta e santa, como aprendemos de Cristo e do nosso bem-aventurado pai São Francisco.
Queridas irmãs o que mais precisamos ou está nos faltando para vivermos com dignidade a nossa
vocação, diante do apelo à santidade que nossa mãe Santa Clara nos faz? O que é mais sublime e
exige mais empenho, solicitude, prontidão, fidelidade, senão a nossa vocação?
Devemos cuidar do dom a nós confiado, pois teremos que devolver o dobro do que foi doado, como
graça a ser restituído aos outros. Amemos muito Deus, e zelemos por tudo que o próprio Senhor nos
confiou em sua santa Igreja e na Ordem.
Fraternalmente.
Ir. Maria José, osc