Modulo02 Preço de Venda

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    Unidade 1:A importância do planejamento dos custos

    Unidade 2:Peso de salários, tributos, provisões, encargos sociais e benefícios

    Unidade 3:Regime de caixa x regime de competência

    Unidade 4:Planejamento de custos

    Custos e Despesas Fixas 

    Módulo 2

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    Unidade 1: A importância do planejamento dos custos

    No módulo anterior, aprendemos a identificar o que estão fazendo em suas empresas quantoà apuração dos custos. Espero que já tenham começado a fazer o demonstrativo de custose despesas fixas e variáveis de suas empresas. As dificuldades serão superadas aos poucos,à medida que forem exercitando o conteúdo do curso e compreendendo a necessidade deelaborá-lo e de mantê-lo atualizado.

    Neste módulo será aprofundado o estudo dos componentes dos custos e das despesas de umaempresa.

    Competências do módulo

    Ao final deste módulo, você será capaz de:

    1. diferenciar os regimes de caixa e competência e seus reflexos na apuração dos custos edas despesas;

    2. reconhecer os regimes tributários e seus impactos para a formação do preço.3. planejar e monitorar os custos da empresa;4. elaborar um plano de ação para desenvolver ou aperfeiçoar o planejamento dos custos

    de sua empresa.

    O planejamento dos custos permite a gestão do ponto de equilíbrio empresarial e o conhecimentoda margem de contribuição por produtos e serviços de forma prática e eficiente. Dessa forma,é importante:

    • analisar a estrutura empresarial, denindo a melhor metodologia de custo para a

    empresa;• apurar os custos xos e variáveis, diretos e indiretos, estabelecendo a forma de rateio

    mais adequada à empresa;• apurar o ponto de equilíbrio empresarial;

    • estabelecer os critérios necessários à formação do preço de venda;

    • desenvolver a política de formação do preço de venda.

    Conheça, agora, a história do Sr. Adrianni:

    Narrador:  Na empresa Loja do Rio, um dos sócios, Senhor Adrianni, estava acostumado aresolver os problemas à medida que eles surgiam, ou seja, trabalhando como um bombeiro eapagando incêndios o tempo todo. Quando chegava o final do ano, era aquele tormento: o anopassa rápido e em breve chega novembro e já temos que pagar a primeira parcela do 13º salárioe temos funcionários saindo de férias, dizia o Senhor Adrianni a seu sócio. E lá ia ele correndo aobanco pedir empréstimo (e, é claro, depois pagar juros).

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    Se o proprietário, no decorrer do ano, tivesse provisionado os valores e os encargos sociais,estaria tranquilo com a aproximação da época do pagamento do 13º salário. E, melhor ainda,não pagaria juros ao banco, mas, sim, os teria como rendimento da aplicação feita.

    Locutor: Enquanto isso, o dono da empresa e o sócio conversam em particular, na frente dasala, em voz baixa. O dono pede calma. Diz que resolverá a situação indo ao banco.

    Sócio Marcelo:  É, caro sócio Adrianni, cada ano é a mesma história. O ano passa rápido eem breve chega novembro e já temos que pagar a primeira parcela do 13º salário e temosfuncionários saindo de férias, dizia o Senhor Adrianni a seu sócio, e nosso caixa está em baixa.Como faremos?

    Sr. Adrianni: Deixa que a gente dá um jeito!

    Locutor: Nisso, um funcionário passa por eles e ouve a conversa. Corre para os demais e diz:

    Funcionário: Se continuar do jeito que está, no final do ano não tem 13º, e quem sair de fériasnão terá o adicional!

    O grupo de funcionários: Faremos GREVE! GREVE!

    Senhor Adrianni: Calma, pois resolverei a situação!

    Locutor: E tudo se normaliza, os funcionários voltam ao trabalho.

    Locutor: O Senhor Adrianni vai ao banco.

    O senhor Adrianni conversa com o gerente: Sei que precisarei de um empréstimo parapagar o 13º e adicional para os funcionários que gozarão das férias. Com o meu histórico, istoserá possível?

    Gerente: Fique tranquilo, Senhor Adrianni. Sua empresa está com o crédito aprovado, mas devolhe informar que a taxa de juros atualmente é de 4,9% ao mês, acrescida da variação do IGP-M(Índice Geral de Preços – no Mercado).

    Lúcia:  Muito bem! Agora, convido vocês a refletir sobre as seguintes questões no fórum daunidade 1:

    • Você calcula, mensalmente, a provisão do 13º salário e o adicional de férias e respectivosencargos, e reconhece em sua contabilidade gerencial?

    • Como agregar aos custos a provisão do 13º salário e o adicional de férias e respectivos

    encargos?

    Ana: Lúcia, já usamos a palavra “controle” inúmeras vezes durante o curso, mas, às vezes, não

    me sinto muito segura quanto a seu significado e o que queremos dizer com isso. Será quepodemos defini-la?

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    Lúcia: Veja, Ana. Uma forma simples de entendermos o amplo conceito de controle talvez sejarespondendo a uma indagação como esta:

    “Quando é que posso dizer que tenho certeza da situação financeira da empresa?”.

    Se as respostas a essas cinco indagações são afirmativas, podemosentão tranquilamente agora responder à questão inicial de Ana. Afinal,controlar significa conhecer a realidade, compará-la com o que deve ser;

    tomar conhecimento rápido das divergências, de suas origens e tomardecisões de correção. Decisões estas que podem impactar na formaçãodos preços e na administração do fluxo de caixa.

    Significa, então, dizer que dispor de um bom sistema de custos é mais que condição suficiente,é necessária.

    Até o próximo encontro!

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    Unidade 2: Peso de salários, tributos, provisões, encargos sociaise benefícios

    Olá! Que bom revê-los. Na aula de hoje, falaremos sobre os regimes tributários para a formaçãodo preço, os encargos sociais e demais tributos incidentes na composição de custos. Fiquem àvontade para fazer perguntas e esclarecer possíveis dúvidas.

    • Competências da unidade:

    Ao final desta unidade, o participante será capaz de:

    • conhecer quais são os regimes tributários para a formação do preço;

    • mostrar os encargos sociais e demais tributos incidentes na composição de custos para

    avaliar qual o melhor regime tributário.

    Lúcia: Alguém saberia me dizer quais são os encargos trabalhistas?

    Ana: Eu sei alguns, Lúcia:

    • FGTS: 8,0% sobre o salário nominal;

    • Férias: 8,3% (ou 1/12) sobre o salário nominal;

    • Abono de férias: 2,7% (ou 1/3 das férias) sobre o salário nominal;

    Lúcia: Excelente, Ana! Alguém saberia me dizer mais algum?

    Mário: Poderia citar também:• Indenização: a ser paga no caso de dispensa do funcionário sem justa causa

    = 100% de um salário nominal, 40% + 10% do saldo do FGTS;

    • Para o INSS: 20%;

    • Entidades (Sesc, Senac, Sebrae etc.): 5,8%;

    • Seguro de Acidentes de Trabalho: de 1% a 3%.

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    Lúcia: Muito bem, pessoal! Estou admirada, pois vocês estão bem informados sobre osencargos trabalhistas. Isso é muito importante para um empreendedor. Podem existir aindaoutros encargos e benefícios, conforme acordos coletivos de trabalho. Vamos conhecer, agora,

    os impostos sobre vendas.

    1 – Impostos sobre Vendas

    a) COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social

    • Empresas isentas: micro e pequenas, optantes pelo Simples Nacional, associações,

    sindicatos e cooperativas.• Alíquota: 3% sobre o faturamento bruto, no caso de optar pelo Lucro Presumido. Seu

    recolhimento é mensal.

    • Alíquota de 7,6% sobre o faturamento bruto, no caso de optar pelo Lucro Real. Seurecolhimento é mensal.

    b) PIS – Programa de Integração Social

    • Empresas isentas: micro e pequenas, optantes pelo Simples Nacional.

    • Alíquota: 0,65% sobre o faturamento bruto. Empresas comerciais, industriais e de

    serviços.

    Seu recolhimento é mensal.

    Tributação para o Imposto de Renda

    • Empresas isentas: micro e pequenas optantes pelo Simples Nacional.

    • Lucro Real: é calculado com base na apuração de resultados – receitas menos despesas.Comércio, indústria e serviços.

     Tabela exemplo:

    Descrição Cálculo

    Receita de Vendas   R$ 100.000,00

    ( - ) Custos   R$ 50.000,00

    ( - ) Despesas   R$ 30.000,00

    = Lucro R$ 20.000,00

    Alíquota do Imposto de Renda 15%

    Imposto de Renda a pagar R$ 3.000,00

    Alíquota da CSLL 9%

    CSLL a pagar R$ 1.800,00

    PIS (1,65% s/ receitas de vendas) R$ 1.650,00

    COFINS (7,60% s/ receita de vendas) R$ 7.600,00

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    • Lucro Presumido: é calculado com base no faturamento bruto.

     Tabela exemplo:

    Descrição Cálculo

    Receita de Vendas   R$ 100.000,00

    Presunção de Lucro na empresa comercial (IRPJ)   8%

    Base de cálculo do Imposto de Renda R$ 8.000,00

    Alíquota do Imposto de Renda 15%

    Imposto de Renda a pagar R$ 1.200,00

    Presunção de Lucro na empresa comercial (CSLL) 12%

    Base de Cálculo da CSLL   R$ 12.000,00

    Alíquota de CSLL 9%CSLL a pagar R$ 1.080,00

    PIS (0,65% s/ receitas de vendas) R$ 650,00

    COFINS (3,00% s/ receita de vendas) R$ 3.000,00

    • Comércio, indústria e alguns serviços x 8%.

    • Revenda de combustível x 1,6%.

    • Prestação de serviços em geral x 32%.

    No caso de faturamento até R$120 mil/ano x 16% – somente para alguns ramos de atividadeincide esta alíquota.

    CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

    a) Empresas isentas: micro e pequenas, optantes pelo Simples Nacional ou Supersimples

    b) Alíquota:

    • 9% sobre o lucro real (o recolhimento é trimestral ou anual).

    • 9% sobre 12% do faturamento bruto, lucro presumido (o recolhimento é é trimestral).

    Simples Nacional ou Supersimples – Lei Complementar nº 123/2006 e 127/2007:

    • Sistema integrado e simplicado de pagamento de impostos e contribuições.

    • O Supersimples substitui os tributos: IR, CSLL, PIS e COFINS (Federal)

    • ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (Estadual)

    • ISS – Imposto sobre Serviços de qualquer natureza (Municipal)

    • INSS (empregador): recolhe junto com o Supersimples e não sobre a folha.

    • IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados, recolhe junto com o Supersimples e não

    sobre o produto.

    • O ICMS e o ISS estão incluídos no Supersimples, podendo ter alguma redução, conformeconvênio especíco de cada unidade federativa, modicando e/ou reduzindo alíquotas.

    • Alíquota varia mês a mês, dependendo do faturamento acumulado.

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    2 – Quais são e quanto pagar de encargos trabalhistas

    Os encargos trabalhistas podem ser divididos em incidentes na rescisão contratual (demissão)

    e os mensais, correspondentes à remuneração devida aos empregados.

    2.1 Na demissão:  aviso prévio, saldo de salários, férias integrais, férias proporcionais,multa rescisória do FGTS, décimo terceiro salário.

    2.2 Na remuneração (o salário):  contribuição previdenciária, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), décimo terceiro salário, férias.

    Os encargos trabalhistas que as empresas devem pagar sobre a folha de pagamento de seusfuncionários são:

    Encargos Incidências Observações

    FGTS: 8,0% Sobre o salário nominal

    Férias: 8,3% (ou 1/12) Sobre o salário nominal

    Abono de férias: 2,7% (ou 1/3 das férias) Sobre o salário nominal

    Indenização: 100% 100% A ser paga no casode dispensa dofuncionário sem justacausa

    FGTS: 40% + 10% Do saldo do FGTS

    INSS: 20%

    Entidades (SESC, SENAC, SEBRAE, etc): 5,8%

    Seguro de Acidentes de Trabalho: 1% a 3%

    2.3 Nas provisões: além da remuneração mensal, certas verbas salariais são provisionadase pagas somente em datas específicas, em função de regulamentação legal ou deconvenção coletiva de trabalho.

    As provisões são valores que devem ser calculados mês a mês, apesar de seu desembolso

    ocorrer no futuro, a fim de que a empresa tenha dinheiro para fazer o pagamento na época daobrigatoriedade.

    A vantagem desse procedimento é a de que, ao chegar o momento da obrigatoriedade dodesembolso real, a empresa utilizará os recursos das provisões, não havendo necessidade detirar recursos do caixa ou contrair empréstimos.

    2.4 Na planilha de encargos sociais e trabalhistas: para o cálculo dos custos da mãode obra, é necessário determinar quais as incidências sociais (INSS, FGTS) e trabalhistas(provisão de férias, 13º salário e DSR) sobre os valores das remunerações pagas.

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    Neste tópico, procuramos apresentar, resumidamente, dois cálculos diferentes que nãocompreendem todas as situações possíveis, pois cada empresa ou atividade tem suas própriascaracterísticas de composição de custos.

    Assim sendo, nos cálculos apresentados estão apenas os quesitos básicos relativos às férias,13º salário, Descanso Semanal Remunerado (DSR) e encargos sociais FGTS e INSS. Para obter

    o valor real, acrescenta-se o Vale-Transporte e as médias de incidência de aviso prévio, auxílioafastamento por doença ou acidente e indenização de aviso prévio.

    Luís: Lúcia, e o aviso prévio? Como ele se enquadra?

    Lúcia: o aviso prévio (indenizado) não está incluso nas planilhas de cálculo apresentadas, porquepara calcular o valor exato (ou estimado) é necessário saber qual o “índice de rotatividade” daempresa.

    Por exemplo: se a média de empregados da empresa permanece 20 meses, então o índice de

    rotatividade/ano é 12/20 = 60%. Então, a “previsão de indenização” mensal seria de 60% dividido

    por 12 = 5% + encargos sociais e trabalhistas.

    Ana: Assim como o auxílio-doença, né?

    Lúcia:  Exatamente, Ana. Quanto ao auxílio-doença, é a mesma sistemática, ou seja, énecessário que cada empresa saiba quantos dias/ano/empregado foram pagos, para calcular,estatisticamente, qual a sua previsão mensal.

    Durante o ano, a empresa pagou um total de 100 dias de atestados/auxílio doença/afastamentos,

    num total desembolsado de R$ 7.800,00 no ano, a este título.

    A empresa teve 50 funcionários que trabalharam durante o mesmo ano (tanto admitidos quanto

    demitidos e aqueles que permaneceram na empresa).

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    O total da folha de pagamento salarial no ano foi de R$ 530.000,00.

    Então, o “índice” de atestados foi de R$ 7.800,00 divididos por R$ 530.000,00 igual a 1,47169%

    sobre a folha. Acrescer a este índice os respectivos encargos sociais e trabalhistas.

    Veja um demonstrativo com duas situações:

    1ª SITUAÇÃOEmpresa optante pelo Sepersimples

    Cálculo sobre um salário de mensalista

    13º salário   8,33%

    Férias 11,11%

    INSS   0,00%

    SAT 0,00%

    Salário Educação   0,00%

    INCRA/SEST/SEBRAE/SENAT 0,00%

    FGTS 8%

    FGTS/Rescisão (a partir de 1º/01/2001) 0,00%

     Total Previdenciário 12,00%

    Previdenciário s/13º e Férias 2,33%

    Soma básico   33,78%

    Memória de Cálculo

    Empresa optante pelo Supersimples

    Salário   R$ 1.500,00

    Encargos mínimos   33,78%

    Valor dos encargos   R$ 506,70

    Custo total de mão de obra   R$ 2.006,70

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    1ª SITUAÇÃOEmpresa NÃO optante pelo Sepersimples

    Cálculo sobre um salãrio de mensalista13º salário   8,33%

    Férias 11,11%

    INSS   20,00%

    SAT 3,00%

    Salário Educação   2,50%

    INCRA/SEST/SEBRAE/SENAT 3,30%

    FGTS (a partir de 1º/01/07) 8,00%

    FGTS/Rescisão (a partir de 1º/01/01) 4,00%

     Total Previdenciário 40,80%

    Previdenciário s/13º e Férias 7,93%

    Soma básico   68,18%

    Memória de Cálculo 

    Empresa optante pelo Supersimples

    Salário   R$ 1.200,00

    Encargos mínimos   68,18%

    Valor dos encargos   R$ 818,16

    Custo total de mão de obra   R$ 2.018,16

    Mário: Lúcia, mas estes valores são fixos? Ou podem sofrer alterações?

    Lúcia: Atenção a todos. Essa pergunta do Mário é muito interessante. Os valores aquiapresentados podem ser modificados, caso ocorra alguma alteração nas legislações tributáriaou trabalhista. Por isso, verifique com um consultor tributarista ou com o seu contador quais sãoos seus encargos sobre os salários pagos por sua empresa.

    Você deverá efetuar as provisões mensalmente, para apurar corretamente o resultado naempresa, colocando numa conta bancária específica, para não ter problemas de caixa quandodos pagamentos.

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     Veja as tabelas de tributação do Simples Nacional:

    Partilha do Simples Nacional – Serviços e Locação de Bens MóveisReceita Bruta em 12 meses(em R$)

    Alíquota  IRPJ CSLL COFINSPIS/

    PASEPINSS ISS

    Até 120.000,00 6,00% 0,00% 0,39% 1,19%   0,00% 2,42%   2,00%

    De 120.000,01 a 240.000,00 8,21% 0,00% 0,54% 1,62%   0,00% 3,26%   2,79%

    De 240.000,01 a 360.000,00 10,26% 0,48% 0,43% 1,43%   0,35% 4,07% 3,50%

    De 360.000,01 a 480.000,00 11,31%   0,53% 0,53% 1,56%   0,38% 4,47% 3,84%

    De 480.000,01 a 600.000,00 11,40% 0,53% 0,52% 1,58% 0,38% 4,52%   3,87%

    De 600.000,01 a 720.000,00 12,42%   0,57% 0,57% 1,73% 0,40% 4,92% 4,23%

    De 720.000,01 a 840.000,00 12,54%   0,59% 0,56% 1,74% 0,42% 4,97% 4,26%De 840.000,01 a 960.000,00 12,68% 0,59% 0,57% 1,76% 0,42% 5,03% 4,31%

    De 960.000,01 a 1.080.000,00 13,55%   0,63% 0,61% 1,88% 0,45% 5,37% 4,61%

    De 1.080.000,00 a 1.200.000,00 13,68% 0,63% 0,64% 1,89% 0,45% 5,42% 4,65%

    De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 14,93%   0,69% 0,69% 2,07% 0,50% 5,98% 5,00%

    De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 15,06% 0,69% 0,69% 2,09% 0,50% 6,09% 5,00%

    De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 15,20% 0,71% 0,70% 2,10% 0,50% 6,19%   5,00%

    De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 15,35%   0,71% 0,70% 2,13%   0,51% 6,30% 5,00%

    De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 15,48% 0,72% 0,70% 2,15%   0,51% 6,40% 5,00%

    De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 16,85% 0,78% 0,76% 2,34%   0,56% 7,41% 5,00%

    De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 16,98% 0,78% 0,78% 2,36%   0,56% 7,50% 5,00%

    De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 17,13% 0,80% 0,79% 2,37% 0,57% 7,60% 5,00%

    De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 17,27% 0,80% 0,79% 2,40% 0,57% 7,71% 5,00%

    De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 17,42% 0,81% 0,79% 2,42%   0,57% 7,83% 5,00%

    Legenda:

    DARF: Documento de Arrecadação FiscalICMS: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e ServiçosISSQN: Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza

    CSLL: Contribuição sobre o Lucro LíquidoIR: Imposto de RendaIPI: Imposto sobre Produtos IndustrializadosINSS: Instituto Nacional da Seguridade SocialPIS: Programa de Integração Social

    COFINS: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social

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    Provisionar é separar o dinheiro numa aplicação. Porém, é sabido quetais recursos podem ser mais bem aplicados na produção (atividade daempresa), provocando um retorno possivelmente maior.

    Sugiro que vocês acessem aos seguintes sites:

    www.receita.fazenda.gov.brwww.planalto.gov.brwww.fiscosoft.com.br

    Caso conheça mais sites, informe aos demais colegas no fórum.

    Até logo!

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    Unidade 3: Regime de caixa x regime de competência

    Olá! Sejam bem-vindos (as). Na aula de hoje, diferenciaremos regime de caixade regime de competência. Sintam-se à vontade para fazer perguntas

    e esclarecer quaisquer dúvidas. No entanto, não deixem de entrar nosfóruns. É muito importante para o seu aprendizado.

    • Competência da unidade: 

    Ao final desta unidade, o participante será capaz de:

    • Diferenciar regime de caixa x regime de competência.

    Podemos começar dizendo que:

    Princípio da Competência  tem por finalidade reconhecer, na formação de preçose na contabilidade, as receitas, os custos e as despesas no período a que competem,independentemente da sua realização em moeda, ou seja, de recebimento ou pagamento.Por sua vez, Regime de Caixa representa o reconhecimento das receitas, custos e despesas,pela entrada e saída efetiva da moeda, ou seja, apropria no período de seu pagamento ourecebimento, independentemente do momento em que são realizadas.

    Agora, vocês verão mais alguns gastos fixos e analisarão sobre quais valores devem serconsiderados no Regime de Caixa e no Regime de Competência:

    • Regime de Caixa 

    IPTUPagamento à vista = R$ 500,00Pagamento parcelado10 meses x 60,00 = R$ 600,00

    • Regime de Competência 

    IPTUPagamento à vista = R$ 600,00

    R$600,00 : 12 = R$ 50,00Pagamento parcelado

    12 meses x 50,00 = R$ 600,00

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    Depreciação

    Depreciação é o custo ou a despesa decorrente do desgaste ou da obsolescência dos ativos

    imobilizados (máquinas, veículos, móveis, imóveis e instalações) da empresa. É uma provisão denecessidade futura de investimentos nesses bens.

    Existem duas formas de calcular a depreciação:

     No cálculo fiscal, utilizamos os índices previamente estabelecidos pelo governo, queserve de base para a contabilidade fiscal da empresa.

     No cálculo gerencial, utiliza-se como base a vida útil prevista para os bens, descontandoo valor residual.

    Lúcia: Agora que vocês conheceram os dois tipos de cálculo, quero dizer-lhes que utilizaremospara a formação do preço o cálculo gerencial para saber o valor da depreciação.

    A depreciação do ativo imobilizado diretamente empregado na produção será alocada comocusto; por sua vez, os ativos que não forem usados diretamente na produção terão suasdepreciações contabilizadas como despesas.

    Depreciação de Bens

    • Pelo tempo de utilização.

    • Pelo desgaste do bem.

    Depreciação Fiscal de Bens

    • Máquinas e Equipamentos = 10 anos

    ME = Valor do Bem120 meses

    • Imóveis = 25 anos

    I = Valor do Bem300 meses

    • Veiculos = 5 anos

    V = Valor do bem60 meses

    Depreciação Gerencial

    Valor do Bem - Valor ResidualNúmero de meses de vida útil

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    • Valor do bem = Valor de aquisição;• Valor residual = Valor estimado de venda do bem usado;• Numero de meses de vida útil = informação do fabricante/avaliação técnica.

    Independentemente do regime tributário e/ou tamanho da empresa, a utilização e apropriaçãoda despesa de depreciação nos custos dos produtos ou serviços permite uma estrutura deformação de preços dentro da realidade, favorecendo a competitividade e a boa gestãoempresarial.

    Vejamos como calcular a depreciação gerencial, utilizando como exemplo um fogão industrial:Valor de aquisição = R$ 6.000,00

    Valor residual = R$ 960,00

    Número de meses de vida útil = 144

    Depreciação gerencial = 6.000,00 – 960,00 = 35  144

    Logo, todo mês deve-se provisionar o valor de R$ 35,00 para cobrir o custo de depreciação do fogão

    industrial.

    Observem esse exemplo e tentem fazer o mesmo, retirando alguns valores e tentando completá-los. É um ótimo exercício para praticar sua noção de planilhas. Aproveite *este modelo e crie umaplanilha conforme a realidade e/ou necessidade de sua empresa para calcular a depreciação de

    seus bens, visando à utilização na formação do seu preço.Guarde sempre a nota fiscal do bem do ativo imobilizado até a data da venda.

    * ModeloDepreciação

    BensValor de

    AquisiçãoPrazo Lei

    IRPJ

    Depre-ciaçãoFiscal

    Vida útilValor

    Residual

    Depre-ciação

    Gerencial

    Máquinas eEquipamentos

      R$ 30.000,00 120 meses R$ 250,00 144 meses   R$ 4.000,00 R$ 180,56

    Imóveis   R$ 90.000,00 300 meses R$ 300,00 240 meses –   R$ 375,00

    Veículos   R$ 36.000,00 60 meses R$ 600,00 60 meses R$ 18.000,00 R$ 300,00

    Micro-computadores   R$ 6.000,00 60 meses R$ 100,00 24 meses   R$ 1.500,00 R$ 187,50

     Total R$ 162.000,00 R$ 1.250,00 R$ 1.043,06

    Itens Valor Atual (A) Valor Residual (A) - (B) = (D)Depreciação =

    (C) / (D)

    Máquinas eEquipamentos

    Imóveis

    VeículosMicrocomputadores

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    Em termos contábeis, o cálculo da depreciação deverá obedecer aos critérios determinados pelogoverno (http://www.receita.fazenda.gov.br) por intermédio da Secretaria da Receita Federal,

    artigo 305 do RIR/99, que estipula o prazo de 10 anos (120 meses) para depreciar as máquinas,

    5 anos (60 meses) para veículos, 10 anos (120 meses) para móveis e 25 anos (300 meses) para osimóveis.

    Entretanto, no cálculo da depreciação, o administrador poderá estabelecer fórmulas maisadequadas à realidade de sua empresa.

    Assim, um veículo, por exemplo, embora tenha uma vida útil de 5 anos (60 meses) ou mais,

    deverá ser depreciado em 5 anos (60 meses), no máximo, pois decorrido esse prazo, estará

    completamente obsoleto. Na possibilidade de esse veículo ainda ter condições de ser utilizado,uma reavaliação do bem deverá ser feita, atribuindo a ele um novo valor, baseado em dados

    técnicos. A partir daí continua-se com a depreciação até a completa exaustão do bem.Confira abaixo o Quadro de Depreciação: 

    Quadro de Depreciação

    DescriçãoVida útil emanos

    Vida útil emmeses

    Computadores e Periféricos 5   60

    Edifícios e Construções 25   300

    Ferramentas em Geral   7 84

    Ferramentas e Utensílios Industriais 5   60

    Instalações Elétricas em Geral 5   60

    Instalações em Geral   10 120

    Máquinas Elétricas e Motores 5   60

    Máquinas, Equipamentos e Instalações Industriais   10 120

    Máquinas em Geral   10 120

    Móveis e Utensílios em Geral   10 120

    Veículos de Carga e Passageiro 5   60

    Vasilhames e Caixas 5   60

    Caminhões fora de estrada 4   48

    Um dos principais problemas de competitividade e/ou formação de

    preços inadequados de produtos e serviços, na maioria das empresas,fica por conta de não serem considerados os chamados custos invisíveis(despesas fixas), tais como depreciações e provisões que, em funçãodo tratamento dado pelos Regimes de Caixa e Competência, ficamesquecidos pelo gestor do negócio.

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    Unidade 4: Planejamento dos custos

    Olá a todos! Nesta unidade trataremos sobre as atitudes do empreendedor focado no

    planejamento de custos. Veremos a importância de planejar e monitorar os custos da empresa.Fiquem à vontade para fazer perguntas e esclarecer possíveis dúvidas.

    • Competências da unidade:

    Ao final desta unidade, o participante será capaz de:

    • descrever atitudes do empreendedor para planejar e controlar o negócio;

    • demonstrar a importância de planejar e monitorar os custos da empresa;

    • elaborar um plano de ação para desenvolver ou aperfeiçoar o planejamento dos custos

    da empresa.

    Lúcia: Hoje iniciaremos nossos trabalhos, focando na atitude de cada um de vocês em relaçãoao planejamento. Para isso, peço a vocês que leiam o texto seguinte:

    Rose Confecções

    Era uma vez uma comerciante muito desleixada. Não tinha critério para guardar os produtos nasprateleiras. Não organizava suas finanças e as contas para pagar se avolumavam.

    Para dar preço às confecções que vendia, somente olhava o preço que o outro comerciantefazia, sem ver a qualidade dos materiais, a expectativa do público-alvo, não calculava os custosetc. Alguns amigos avisavam: “Rose, desse jeito sua loja não vai ter futuro. Você vai ter prejuízo...”.Um dia a comerciante estava sentada atrás do balcão esperando clientes, quando viu uma luzque se projetava na parede, onde começaram a surgir imagens, como num filme. Nas imagens,muito coloridas do filme, viu-se sua loja era bonita, aconchegante e estava cheia de clientes.Suas confecções estavam bem organizadas, as atendentes tratavam de forma atenciosa e osclientes estavam satisfeitos.

    Viu que todas as suas contas estavam organizadas em planilhas e uma chamou sua atenção,pois para formar o preço dos seus produtos havia primeiro computado todos os custos e levado

    em consideração os resultados da pesquisa sobre as expectativas dos clientes. Viu sua loja seampliando, seu marido e seus filhos felizes e que ela também estava muito satisfeita consigomesma. De repente, ao lado desse filme, surgiu outro, com imagens bem diferentes, em pretoe branco, que Rose conhecia muito bem. Nestas novas imagens, ela aparecia sem se preocuparcom as finanças, a loja vazia, as contas se acumulando... Rose, que estava feliz com as primeirasimagens do filme colorido, assustou-se e acordou... Sim, ela havia adormecido, sentada atrás dobalcão, e sonhou com os dois futuros prováveis.

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    Com base na história de Rose, reflitam sobre suas atitudes atuais. Quaissão elas? Quais as suas atitudes sobre o futuro que deseja para suaempresa?Estabeleça um plano de ação para cada etapa, de maneira a se organizare ter a empresa efetivamente em sua mão, facilitando a administração etomada de decisões.

    Modelo sugerido de Plano de Ação

    Atividades Meses Responsável

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

    Você pode utilizar os exemplos da atividade anterior, como: busca de informações – precisodesenvolver; para lançar qualquer produto e/ou adquirir máquinas ou equipamentos,participarei de eventos e feiras; visitar fornecedores; investigar pessoalmente o funcionamentoou a produção, etc.

    Lúcia: Gostaria de enfatizar que essas atividades visam ao autoconhecimento sobre as atitudesdiante do planejamento e ao acompanhamento necessário para uma objetiva formação de

    preços.

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    Existe a necessidade permanente de estar atento às mudanças do mercado. O gestor,preferencialmente, deve ser organizado, ter boa capacidade de planejamento, ser responsávelpor seus atos e, principalmente, ser capaz de pesquisar e buscar informações sobre o

    direcionamento de seu negócio.

    Ana: Então, Lúcia, ao planejar e monitorar os seus custos e as suas despesas, o empreendedorterá maior estabilidade de seu negócio, bem como maior consistência para a tomada de decisõese desenvolvimento da empresa, tornando-a mais competitiva.

    Lúcia: Isso mesmo, Ana. Muito bem! Planejar custos permite...

    • Maiores facilidades em alcançar os índices de produtividade e qualidade que o mercado

    exige.

    • Ter sucesso em relação à concorrência.• Maior gestão do ponto de equilíbrio empresarial.

    • O conhecimento da margem de contribuição por produtos e serviços, de forma práticae eficaz.

    • Estabelecer os critérios necessários à formação do preço de venda.

    • Desenvolver a política de formação do preço de venda.

    Lúcia:É muito importante dar início a um planejamento e monitoramento dos custos da empresa,bem como organizar as despesas e os gastos estruturais e também a manutenção de umaplanilha para apuração dos custos por produto e/ou serviços, facilitando o acompanhamento

    e os ajustes de custos e preços, quando necessários. Ou até mesmo a descontinuidade de uma

    linha de produção.

    Mário: Além disso, Lúcia, o preenchimento e a manutenção da planilha poderão facilitar ocontrole dos custos e despesas, e também reforçar o aprendizado, por meio da prática continuada.

    Ana: Excelente observação, Mário!

    Quem planeja, programa e controla o que produz certamente terámaiores facilidades em alcançar os índices de produtividade e qualidadeque o mercado exige, logo, poderá ter sucesso em relação à concorrência.

    Até o próximo encontro!