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MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE - copel.comº_relatorio... · MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE . UHE COLÍDER . Rio Teles Pires, MT . Empresa Executora: Ambiotech Consultoria . Equipe

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MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE

UHE COLÍDER

Rio Teles Pires, MT

Empresa Executora: Ambiotech Consultoria

Equipe de execução:

Coordenação geral:

Biól. Raphael Eduardo Fernandes Santos

Herpetofauna:

Biól. Rafael Lucchesi Balestrin (Resp. técnico)

José Carlos Balestrin

Auxiliar local

Avifauna:

Biól. Raphael Eduardo Fernandes Santos (Resp. técnico)

Biól. Leonardo Weffort Patrial

Auxiliar local

Mastofauna:

Biól. Luana C. Munster (Resp. técnico)

Biól. Nathália Oliveira

Biól. João Eduardo C. Brito

I

SUMÁRIO

SUMÁRIO ........................................................................................................ I

ÍNDICE DE FIGURAS ..................................................................................... IV

ÍNDICE DE FOTOS .......................................................................................... V

ÍNDICE DE TABELAS .................................................................................... VII

ÍNDICE DE GRÁFICOS ................................................................................... IX

1 APRESENTAÇÃO ....................................................................................... 1

2 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 2

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................................ 4 3.1 LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS AMOSTRAIS ....................................................... 4 3.1.1 Canteiro de Obras (ADA) ..................................................................... 5 3.1.2 Reservatório ........................................................................................ 6 3.1.3 Área Controle ...................................................................................... 7 3.1.4 Manutenção das parcelas e transecções .............................................. 8 3.2 MÉTODOS ................................................................................................ 8 3.2.1 Trabalho de campo .............................................................................. 9 3.2.2 Análise dos dados ................................................................................ 9

4 RESULTADOS .......................................................................................... 10 4.1 HERPETOFAUNA...................................................................................... 10 4.1.1 Procedimentos Metodológicos ........................................................... 10 4.1.1.1 Métodos Sistematizados ...................................................................... 10 4.1.1.2 Métodos não sistematizados ................................................................ 12 4.1.2 Análise dos dados .............................................................................. 13 4.1.3 Parcela 1 – Área de Influência Direta (AID, canteiro de obras) ......... 14 4.1.3.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fences)

(AIQ) ................................................................................................ 14 4.1.3.2 Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) ................................. 15 4.1.3.3 Amostragem em sítio de reprodução (ASR) ........................................... 15 4.1.3.4 Registros não sistematizados ............................................................... 16 4.1.4 Parcela 2 - Área Diretamente Afetada (ADA, reservatório) ................ 17 4.1.4.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fences)

(AIQ) ................................................................................................ 17 4.1.4.2 Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) ................................. 18 4.1.4.3 Amostragem em sítio de reprodução (ASR) ........................................... 18 4.1.4.4 Registros não sistematizados ............................................................... 19 4.1.5 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (AII, controle) ..................... 21

II

4.1.5.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift Fences) (AIQ) ................................................................................................ 21

4.1.5.2 Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) ................................. 22 4.1.5.3 Amostragem em sítio de reprodução (ASR) ........................................... 22 4.1.5.4 Registros não sistematizados ............................................................... 22 4.1.6 Espécies endêmicas, raras ou não descritas ...................................... 24 4.1.7 Espécies procuradas para caça .......................................................... 24 4.1.8 Espécies de interesse econômico ....................................................... 24 4.1.9 Espécies de interesse científico ......................................................... 24 4.1.10 Espécies de interesse médico-veterinário .......................................... 24 4.1.11 Espécies indicadoras de qualidade ambiental .................................... 25 4.1.12 Riqueza e abundância ........................................................................ 25 4.1.13 Similaridade entre as parcelas de amostragem durante a sétima

campanha .......................................................................................... 27 4.1.14 Suficiência amostral .......................................................................... 28 4.1.15 Considerações finais .......................................................................... 29 4.1 AVIFAUNA .............................................................................................. 31 4.1.1 Procedimentos Metodológicos ........................................................... 31 4.1.1.1 Identificação das Espécies ................................................................... 31 4.1.1.2 Avaliações Quantitativas ..................................................................... 32 4.1.1.3 Análise dos Dados .............................................................................. 34 4.1.2 Riqueza de espécies .......................................................................... 35 4.1.3 Espécies raras, ameaçadas de extinção ou protegidas por lei ............ 69 4.1.4 Espécies endêmicas ........................................................................... 69 4.1.5 Espécies migratórias ......................................................................... 69 4.1.6 Espécies relevantes ........................................................................... 69 4.1.7 Esforço amostral ................................................................................ 70 4.1.8 Comparação entre as áreas amostrais ............................................... 72 4.1.8.1 Parcela 1 – Área Diretamente Afetada (Canteiro de Obras) ...................... 72 4.1.8.2 Parcela 2 – Área Diretamente Afetada (Reservatório).............................. 72 4.1.8.3 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (Área Controle) ........................... 73 4.1.9 Similaridade entre as áreas ............................................................... 74 4.1.10 Anilhamento ...................................................................................... 74 4.1.11 Índice Pontual de Abundância (IPA) ................................................. 78 4.1.12 Métodos não sistematizados .............................................................. 81 4.1.13 Índice de diversidade ........................................................................ 85 4.1.14 Espécimes coletados .......................................................................... 85 4.1.15 Considerações finais .......................................................................... 86 4.2 MASTOFAUNA ......................................................................................... 89 4.2.1 Procedimentos Metodológicos ........................................................... 89 4.2.1.1 Pequenos mamíferos não-voadores ...................................................... 89 4.2.1.2 Morcegos .......................................................................................... 89 4.2.1.3 Mamíferos de médio e grande porte ...................................................... 90

III

4.2.1.4 Análise dos dados ............................................................................... 90 4.2.2 Riqueza de espécies .......................................................................... 91 4.2.3 Espécies ameaçadas ........................................................................ 100 4.2.4 Espécies endêmicas ......................................................................... 101 4.2.5 Espécies raras ................................................................................. 101 4.2.6 Espécies migradoras e suas rotas .................................................... 101 4.2.7 Espécies Bioindicadoras .................................................................. 101 4.2.8 Espécies exóticas............................................................................. 102 4.2.9 Espécies cinegéticas ........................................................................ 103 4.2.10 Espécies de importância econômica ................................................ 103 4.2.11 Espécies de risco epidemiológico ..................................................... 104 4.2.12 Esforço amostral .............................................................................. 106 4.2.13 Comparação entre as áreas amostradas .......................................... 107 4.2.13.1 Parcela 1 – Área Diretamente Afetada (ADA) – Canteiro de obras ........... 107 4.2.13.2 Parcela 2 – Área Diretamente Afetada (ADA) – Reservatório .................. 107 4.2.13.3 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (AII) – Controle ........................ 108 4.2.13.4 Comparação entre as áreas ............................................................... 108 4.2.13.5 Comparação entre as fases do monitoramento ..................................... 108 4.2.13.6 Pequenos mamíferos ........................................................................ 110 4.2.13.7 Morcegos ........................................................................................ 110 4.2.13.8 Mamíferos de médio e grande porte .................................................... 112 4.2.14 Considerações finais ........................................................................ 114

5 REFERÊNCIAS ....................................................................................... 115 5.1 HERPETOFAUNA.................................................................................... 115 5.2 AVIFAUNA ............................................................................................ 116 5.3 MASTOFAUNA ....................................................................................... 119

IV

ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 1 – CROQUI COM A INDICAÇÃO DAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS E PERÍMETRO PARCIAL DO FUTURO RESERVATÓRIO (AZUL) ................................................................... 4

FIGURA 2 – CROQUI INDICANDO A TRANSECÇÃO E OS PONTOS DE ESCUTA DA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS .................................................................................................... 5

FIGURA 3 – CROQUI INDICANDO AS TRANSECÇÕES E OS PONTOS DE ESCUTA DA ÁREA DO RESERVATÓRIO. PONTOS COM SUFIXO “B” REFEREM-SE À AVIFAUNA, E PONTOS COM SUFIXO “A” REFEREM-SE À HERPETOFAUNA E MASTOFAUNA. ............................................. 6

FIGURA 4 – CROQUI INDICANDO A TRANSECÇÃO E OS PONTOS DE ESCUTA DA ÁREA CONTROLE ................................................................................................................... 8

FIGURA 5 – ANÁLISE DE SIMILARIDADE (BRAY-CURTIS) PARA A HERPETOFAUNA REGISTRADA POR MEIO DOS MÉTODOS APLICADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (ADI, ADA E AII) DURANTE A SÉTIMA CAMPANHA ..................................................................... 27

FIGURA 6 – ANÁLISE DE SIMILARIDADE (BRAY-CURTIS) PARA A HERPETOFAUNA REGISTRADA POR MEIO DOS MÉTODOS APLICADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (AID, ADA E AII) DURANTE A TERCEIRA CAMPANHA ................................................................. 28

FIGURA 7 – SIMILARIDADE DE BRAY-CURTIS APRESENTADA ENTRE AS ÁREAS DE ESTUDO DURANTE A SÉTIMA FASE. LEGENDA: CA = CANTEIRO DE OBRAS, RE = RESERVATÓRIO E CO = ÁREA-CONTROLE ............................................................................................... 108

V

ÍNDICE DE FOTOS

FOTO 1 – JUVENIL DE KENTROPIX CALCARATA REGISTRADO NAS ARMADILHAS DE QUEDA .. 15

FOTO 2 – ADULTO DE GONATHODES SP. REGISTRADO PELO MÉTODO DE PALT ................... 16

FOTO 3 – ADULTO DE IPHISA ELEGANS REGISTRADO PELO MÉTODO DE AIQ ...................... 18

FOTO 4 – SÍTIO REPRODUTIVO P4 COMPLETAMENTE SECO ............................................... 19

FOTO 5 – ADULTO DE XENODON MERREMI REGISTRADO PELO MÉTODO DE EO ................... 20

FOTO 6 – FÊMEA ADULTA DE LACHESIS MUTA REGISTRADA PELO MÉTODO DE EO .............. 23

FOTO 7 – ARIRAMBA-DA-MATA (GALBULA CYANICOLLIS) CAPTURADO NA ÁREA AMOSTRAL DO CANTEIRO DE OBRAS .............................................................................................. 77

FOTO 8 – ARAPAÇU-BARRADO (DENDROCOLAPTES CERTHIA) CAPTURADO NA ÁREA AMOSTRAL DO CANTEIRO DE OBRAS. ............................................................................. 77

FOTO 9 – BARRANQUEIRO-CAMURÇA (AUTOMOLUS OCHROLAEMUS) ANILHADO NA ÁREA-CONTROLE .................................................................................................................. 77

FOTO 10 – CHOCA-LISA (THAMNOPHILUS AETHIOPS), MACHO CAPTURADO NA ÁREA-CONTROLE .................................................................................................................. 77

FOTO 11 – MACHO DE CHOQUINHA-DE-GARGANTA-CLARA (MYRMOTHERULA HAUXWELLI) ANILHADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS ................................................................. 77

FOTO 12 – FÊMEA DE CHOQUINHA-DE-GARGANTA-CLARA (MYRMOTHERULA HAUXWELLI) ANILHADA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS ................................................................. 77

FOTO 13 – MÃE-DE-TAOCA (PHLEGOPSIS NIGROMACULATA) ANILHADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO ................................................................................................ 78

FOTO 14 – ESTALADOR-DO-NORTE (CORYTHOPIS TORQUATUS) ANILHADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO ................................................................................. 78

FOTO 15 – BICO-CHATO-DE-RABO-VERMELHO (RAMPHOTRIGON RUFICAUDA) ANILHADO NA ÁREA-CONTROLE ..................................................................................................... 78

FOTO 16 – UIRAPURUZINHO (TYRANNEUTES STOLZMANNI) ANILHADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO ................................................................................................ 78

FOTO 17 – MACHO DE GAVIÃO-REAL (HARPIA HARPYJA) ENCONTRADO NA ENCOSTA DA MACROÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS PELA EQUIPE DE RESGATE DE FAUNA ...................... 83

FOTO 18 – FÊMEA DE GAVIÃO-REAL (HARPIA HARPYJA) FLAGRADA EM UM TRECHO À JUSANTE DO LOCAL PREVISTO PARA A BARRAGEM .......................................................... 83

FOTO 19 – GAVIÃO-BRANCO (PSEUDASTUR ALBICOLLIS) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS ................................................................................................... 83

FOTO 20 – GAVIÃO-VAQUEIRO (LEUCOPTERNIS KUHLI) FOTOGRAFADO NO PONTO AMOSTRAL DO RESERVATÓRIO, NA MARGEM DO RIO TELES PIRES .................................... 83

FOTO 21 – CORUJA-DE-CRISTA (LOPHOSTRIX CRISTATA) FOTOGRAFADA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS ................................................................................................... 84

FOTO 22 – CURICA-DE-BOCHECHA-LARANJA (PYRILIA BARRABANDI) FOTOGRAFADA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS ...................................................................................... 84

FOTO 23 – PEIXE-FRITO-PAVONINO (DROMOCOCCYX PAVONINUS) ENCONTRADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS .............................................................................................. 84

FOTO 24 – CAPITÃO-DE-CINTA (CAPITO DAYI) FLAGRADO NA ÁREA-CONTROLE. CASAL VOCALIZANDO NA COPA DA FLORESTA ........................................................................... 84

VI

FOTO 25 – ARIRAMBA-BRONZEADA (GALBULA LEUCOGASTRA) FOTOGRAFADA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS ................................................................................................... 84

FOTO 26 – RAPAZINHO-ESTRIADO (NYSTALUS STRIOLATUS) FOTOGRAFADO NA ENCOSTA FLORESTAL DA ÁREA DO CANTEIRO ............................................................................... 84

FOTO 27 – IPECUÁ (THAMNOMANES CAESIUS) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS ........................................................................................................................ 85

FOTO 28 – COROA-DE-FOGO (HETEROCERCUS LINTEATUS) FOTOGRAFADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO ................................................................................. 85

FOTO 29 – POLÍCIA-DO-MATO (GRANATELLUS PELZENI) FOTOGRAFADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO DA UHE COLÍDER ........................................................ 85

FOTO 30 – ARARA-VERMELHA-GRANDE (ARA CHLOROPTERUS) FOTOGRAFADA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS ................................................................................................... 85

FOTO 31 – MORCEGO CHIRODERMA TRINITATUM, NOVO REGISTRO OBTIDO NA SÉTIMA FASE DO MONITORAMENTO ........................................................................................... 92

FOTO 32 – MORCEGO, THYROPTERA DISCIFERA, NOVO REGISTRO DE FAMÍLIA (TRYROPTERIDAE) ........................................................................................................ 92

FOTO 33 – GUIGÓ OU ZOGUE-ZOGUE (CALICEBUS VIEIRAI). NOVA ESPÉCIE DE PRIMATA RECENTEMENTE DESCRITA (GUALDA-BARROS ET AL., 2012) ............................................. 92

FOTO 34 – MACACO-ARANHA-DE-CARA-BRANCA (ATELES MARGINATUS), ESPÉCIE AMEAÇADA DE EXTINÇÃO SOB A CATEGORIA EN (EM PERIGO). ESSA ESPÉCIE OCORRE SOMENTE NA MARGEM DIREITA DO RIO TELES PIRES .................................................... 100

FOTO 35 – MACACO-ARANHA-DE-CARA-BRANCA (ATELES MARGINATUS), ESPÉCIE AMEAÇADA DE EXTINÇÃO SOB A CATEGORIA EN (EM PERIGO) ........................................ 100

FOTO 36 – MACACO-ARANHA-DE-CARA-PRETA (ATELES CHAMEK), ESPÉCIE RESTRITA À MARGEM ESQUERDA DO RIO TELES PIRES .................................................................... 100

FOTO 37 – CAPIVARA (HYDROCHOERUS HYDROCHAERIS), NA ÁREA DO RESERVATÓRIO.... 102

FOTO 38 – FOTO DE ARMADILHAMENTO FOTOGRÁFICO DE UMA ANTA (TAPIRUS TERRESTRIS) OBTIDA NA SÉTIMA CAMPANHA, ESPÉCIE DE INTERESSE CINERGÉTICO. ...... 103

VII

ÍNDICE DE TABELAS

TABELA 1 – ÁREAS AMOSTRAIS SELECIONADAS PARA O MONITORAMENTO DA FAUNA TERRESTRE .................................................................................................................. 4

TABELA 2 – AMBIENTES E COORDENADAS DOS SÍTIOS REPRODUTIVOS ONDE FOI APLICADO O MÉTODO DE ASR ....................................................................................... 12

TABELA 3 – ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE AID DA UHE COLÍDER, DURANTE A SÉTIMA CAMPANHA ...................................................................... 17

TABELA 4 – ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE ADA (RESERVATÓRIO) DURANTE A SÉTIMA CAMPANHA ........................................................... 21

TABELA 5 – ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE AII, DURANTE A SÉTIMA CAMPANHA ..................................................................................... 23

TABELA 6 – ÍNDICES DE RIQUEZA E DIVERSIDADE OBTIDOS PARA HERPETOFAUNA, POR PARCELA AMOSTRAL ..................................................................................................... 26

TABELA 7 – LISTA DAS ESPÉCIES ESPERADAS PARA A ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER, COM A INDICAÇÃO DAS ESPÉCIES REGISTRADAS NAS SETE PRIMEIRAS FASES DE CAMPO, E AQUELAS CITADAS NO EIA DO PRESENTE EMPREENDIMENTO ........................ 36

TABELA 8 - ESFORÇO AMOSTRAL EMPREGADO DURANTE A SÉTIMA CAMPANHA .................. 70

TABELA 9 – NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO .................................................................. 72

TABELA 10 – NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA DO RESERVATÓRIO EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO ............................................................................. 73

TABELA 11 – NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA-CONTROLE EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO ........................................................................................... 73

TABELA 12 – NÚMERO DE CAPTURAS E DE ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE O ANILHAMENTO EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO ....................................................... 74

TABELA 13 – COMPARAÇÃO DO NÚMERO DE INDIVÍDUOS CAPTURADOS NAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS, NAS SETE FASES DE CAMPO ....................................................................... 75

TABELA 14 – TAXA DE CAPTURA DAS ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE A SÉTIMA FASE DE CAMPO DO ANILHAMENTO REALIZADO NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA ........................... 76

TABELA 15 – ÍNDICE PONTUAL DE ABUNDÂNCIA (IPA) DAS ESPÉCIES AMOSTRADAS PELO MÉTODO DE CONTAGENS EM PONTOS DE ESCUTA EM CADA UMA DAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS ................................................................................................................. 79

TABELA 16 – REGISTROS INÉDITOS OBTIDOS NA SÉTIMA FASE DE CAMPO, COM A INDICAÇÃO DAS ESPÉCIES ENCONTRADAS POR MEIO DE MÉTODOS SISTEMATIZADOS E NÃO SISTEMATIZADOS ................................................................................................. 82

TABELA 17 - MAMÍFEROS REGISTRADOS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLIDER........... 93

TABELA 18 – PRINCIPAIS ZOONOSES ADQUIRIDAS DE MAMÍFEROS SILVETRES, RESPECTIVOS AGENTES ETIOLÓGICOS E VIAS DE TRANSMISSÃO (ADAPTADO DE BARBOSA ET AL. 2011.) ............................................................................................................. 104

TABELA 19 – ESFORÇO AMOSTRAL DESPENDIDO DURANTE AS FASES DO MONITORAMENTO DE FAUNA ................................................................................................................. 106

TABELA 20 - COMPARAÇÃO ENTRE A RIQUEZA E A DIVERSIDADE DE ESPÉCIES REGISTRADAS EM CADA ÁREA AMOSTRAL E EM CADA FASE DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA. EM CADA CÉLULA É APRESENTADA A RIQUEZA, SEGUIDA PELA DIVERSIDADE ENTRE PARÊNTESES .............................................................................. 109

VIII

TABELA 21 - ESPÉCIES DE PEQUENOS MAMÍFEROS REGISTRADAS NA SÉTIMA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS RELATIVAS (%), SEPARADAS POR ÁREA DE ESTUDO .............................................................................. 110

TABELA 22 – ESPÉCIES DE MORCEGOS REGISTRADAS NA SÉTIMA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS RELATIVAS (%), DIVIDIDAS POR ÁREA DE ESTUDO ............................................................................... 111

TABELA 23 – ESPÉCIES DE MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE REGISTRADAS NA SÉTIMA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS RELATIVAS (%), E DIVIDIDAS POR ÁREA DE ESTUDO .................................................... 113

IX

ÍNDICE DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – CURVA DO COLETOR ALEATORIZADA (500 RANDOMIZAÇÕES), CONSTRUÍDA COM BASE NA HERPETOFAUNA REGISTRADA PELOS MÉTODOS SISTEMATIZADOS APLICADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (ADA, AID, AII) DURANTE AS SETE CAMPANHAS 29

GRÁFICO 2 – GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA ACUMULADA DO NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS AO LONGO DA SÉTIMA FASE, TOTALIZANDO 260 ESPÉCIES ......................... 71

GRÁFICO 3 – GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA ACUMULADA DO NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS AO LONGO DO MONITORAMENTO. O PRIMEIRO VALOR FOI CITADO NO EIA DO REFERIDO EMPREENDIMENTO. ................................................................................. 71

GRÁFICO 4 – GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA DO COLETOR REFERENTE ÀS SETE PRIMEIRAS FASES DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA DA UHE COLÍDER, MT ............. 107

GRÁFICO 5 – RIQUEZA DE ESPÉCIES REGISTRADAS POR ÁREA E NO TOTAL POR FASE DO MONITORAMENTO, MOSTRANDO UMA TENDÊNCIA À DIMINUIÇÃO DA RIQUEZA NO DECORRER DO TEMPO ................................................................................................ 110

GRÁFICO 6 – ABUNDÂNCIA RELATIVA (%) DOS MORCEGOS CAPTURADOS DURANTE A SÉTIMA FASE DO MONITORAMENTO ............................................................................. 111

GRÁFICO 7 – ABUNDÂNCIA RELATIVA (%) DOS MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE REGISTRADOS DURANTE A SÉTIMA FASE DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA NA ÁREA DA UHE COLÍDER, MT ................................................................................................. 113

1

1 APRESENTAÇÃO

A UHE Colíder terá uma potência instalada de 300 MW e energia firme de 166,3 MW

médios. O reservatório possuirá área total de 143,5 km², abrangendo os municípios

de Nova Canaã do Norte, Itaúba, Colider e Cláudia, no estado de Mato Grosso.

A implantação da UHE Colíder alterará a riqueza, a abundância e a diversidade de

espécies faunísticas na sua área de implantação, devido às conseqüências produzidas

pelo desmatamento prévio da bacia de acumulação e de seu alagamento.

O programa de monitoramento é ferramenta fundamental para o estabelecimento de

estratégias de conservação de espécies e ambientes ameaçados – caso dos

remanescentes de Floresta da região do empreendimento – uma vez que permitem

conhecer tendências ao longo do tempo. Os resultados obtidos por meio deste tipo de

pesquisa podem indicar o papel dos remanescentes de floresta na região, incluindo

suas funções como corredores ecológicos no entorno imediato da área direta ou

indiretamente afetada pelo empreendimento. Tais informações irão compor a base de

dados para futuras atividades de manejo e conservação, incluindo o estabelecimento

de parâmetros para minimizar os impactos adversos das atividades de implantação do

empreendimento, sobre diferentes grupos animais.

Em 04/01/2011, o IBAMA expediu a Licença para Captura, Coleta e Transporte de

Material Zoológico sob o nº 02013004996/10-08. Após a emissão da Licença a Copel

iniciou o Monitoramento de Fauna que tem prazo de duração de cinco anos, com

campanhas trimestrais.

Em 30/05/2012, o IBAMA renovou a Licença para Captura, Coleta e Transporte de

Material Zoológico sob o nº 02013.001712/2010-11, permitindo a continuidade do

monitoramento.

O presente relatório refere-se aos resultados obtidos após a execução da sétima fase

de campo do monitoramento pré-enchimento de fauna terrestre na área de influência

da UHE Colíder, realizada no mês de julho de 2012, durante a estação seca.

2

2 INTRODUÇÃO

Estudos de monitoramento tem como principal objetivo conhecer a influência dos

principais impactos (positivos e negativos) gerados pela implantação de um

empreendimento sobre a fauna local. Além de tentar desvendar estes impactos,

estudos de monitoramento recomendam medidas mitigadoras ou compensatórias,

suportadas por uma base de dados consistente, gerada a partir de amostragens

realizadas em um gradiente de tempo. Alguns grupos faunísticos expressam de

maneira mais clara que outros os impactos causados a partir da implantação de um

empreendimento.

As aves são o grupo que melhor responde aos impactos causados em um ambiente,

pois a especificidade de hábitat permite avaliar impactos negativos por meio da

presença ou ausência de alguns táxons.

Anfíbios também constituem bons modelos para estudos de inventariamento e/ou

monitoramento de fauna em curto prazo, por serem animais de fácil visualização,

captura e manuseio, e taxonomia relativamente bem conhecida. Por ocuparem tanto

ambientes terrestres quanto aquáticos, os anfíbios são excelentes bioindicadores

ambientais, além de desempenharem importante função na dinâmica entre os

ecossistemas.

Em contrapartida, répteis são animais inconspícuos e de difícil amostragem, sendo

muitas vezes complexo avaliar os reais efeitos do empreendimento através deste

grupo. No entanto, são importantes por disponibilizarem relevantes subsídios ao

conhecimento do estado de conservação de regiões naturais (MOURA-LEITE et al.,

1993), pois ocupam posição ápice em cadeias alimentares (exigindo assim uma oferta

alimentar que sustente suas populações), funcionam como excelentes bioindicadores

de primitividade dos ecossistemas ou, por outro lado, de diferentes níveis de alteração

ambiental. A presença de espécies dependentes de algum tipo de ambiente (espécies

estenóicas), bem como a presença de espécies raras e formas endêmicas, são

fundamentais para a detecção do grau de primitividade do ambiente, enquanto que a

presença de espécies tolerantes a um amplo espectro de condições do meio

(eurióticas) pode determinar diferentes níveis de alteração.

A comunidade de mamíferos responde relativamente bem a impactos causados em

seu meio por serem um grupo bastante afetado com perdas ambientais. A

fragmentação florestal atinge expressivamente mamíferos de grande porte e o maior

3

problema é a falta de grandes porções florestais que possam sustentar uma

comunidade clímax (CHIARELLO, 2000; CULLEN et al., 2001). Além da perda de

habitats naturais a pressão de caça exercida sobre os mamíferos é maior que em

qualquer outro agrupamento animal (PERES, 1990; CHIARELLO, 2000; CULLEN et al.,

2001, LEITE & GALVÃO, 2002; WCS, 2004).

A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do mundo, e a despeito de sua

grande importância biológica vem sistematicamente sofrendo com sua redução,

transformação e fragmentação (HEYER et al., 1999). Esses impactos são ligados

direta ou indiretamente à expansão da fronteira agrícola, em especial no conhecido

arco do desmatamento amazônico, localizado ao noroeste do Mato Grosso e sul do

Pará (HEYER et al., 1999).

O Brasil conta com aproximadas 650 espécies de mamíferos (REIS et al., 2006),

sendo 69 (~10%) delas ameaçadas de extinção (CHIARELLO et al., 2008).

Aproximadamente 30% dessas espécies ameaçadas são amazônicas, refletindo por

um lado a grande riqueza ligada a esse bioma e por outro a ameaça já presente no

mais conservado dos biomas brasileiros (CHIARELLO et al., 2008).

Considerando o número de espécies de aves existentes em território nacional, o valor

atual é de 1.832 (CBRO, 2011), sendo que a ocorrência de mais de um terço deste

número é esperada para a área prevista para o empreendimento em questão.

É em uma das regiões mais ricas em espécies animais do mundo que está sendo

executado o monitoramento de fauna da UHE Colíder, no Rio Teles Pires, cujos

resultados da sétima campanha de campo serão apresentados na sequência.

O nível do Rio Teles Pires esteve baixo durante a sétima campanha do

monitoramento, e, consequentemente, a vegetação se encontrava bastante seca.

Apesar da mata ainda estar “verde”, especialmente as matas de transição e áreas de

Cerrado, a vegetação encontrava-se já bastante seca em virtude do baixo índice

pluviométrico. As matas de várzeas se encontravam sem acúmulo de água.

Entretanto, este ano apresentou características pluviométricas singulares, sendo

registradas algumas precipitações ainda na época de seca. Durante a campanha

ocorreu uma única chuva, breve, porém incomum para a época.

4

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.1 LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS AMOSTRAIS

As áreas amostrais que vêm sendo avaliadas durante as fases anteriores foram

mantidas para a sétima campanha. A Tabela 1 e a Figura 1 apresentam informações

gerais sobre as três áreas amostrais do monitoramento de fauna terrestre.

TABELA 1 – ÁREAS AMOSTRAIS SELECIONADAS PARA O MONITORAMENTO DA FAUNA TERRESTRE

Área Amostral Área de

Influência Margem do rio

Teles Pires Ambiente/Fisionomia

Localização (UTM, 21 L)

Canteiro de Obras AID Direita (MD) Floresta de terra firme 633.193 L

8.786.636 S

Reservatório ADA Esquerda (ME) Floresta de várzea 638.223 L

8.786.191 S

Controle AII Direita (MD) Floresta de terra firme 633.841 L

8.792.321 S

Legenda: AID – Área de Influência Direta; ADA – Área Diretamente Afetada; AII – Área de Influência Indireta.

FIGURA 1 – CROQUI COM A INDICAÇÃO DAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS E PERÍMETRO PARCIAL DO FUTURO RESERVATÓRIO (AZUL)

FONTE: ADAPTADO DE GOOGLE EARTH, 2012

5

3.1.1 Canteiro de Obras (ADA)

Para avaliar o canteiro de obras, os esforços foram concentrados na mata próxima ao

local onde está instalado o Centro Provisório de Triagem de Animais Silvestres. A

transecção parte da estrada de acesso ao canteiro de obras, em seu trecho mais

íngreme e pedregoso, do local de maior movimentação de veículos da obra e segue

em direção ao rio Teles Pires, terminando na mata de várzea deste rio.

A Figura 2 exibe a transecção e pontos de escuta da área do canteiro de obras.

FIGURA 2 – CROQUI INDICANDO A TRANSECÇÃO E OS PONTOS DE ESCUTA DA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS

FONTE: ADAPTADO DE GOOGLE EARTH, 2012

O principal objetivo da confecção da transecção neste local foi cobrir três diferentes

formações florestais ao longo do trajeto: mata de transição em local de solo rochoso

em seu trecho inicial; mata de terra firme na parte intermediária da transecção; e

mata de várzea do trecho final. Os pitfalls foram instalados no trecho central da

transecção do canteiro de obras.

As áreas a serem utilizadas pelo maquinário e para a construção da barragem foram

evitadas para não ser necessária a realocação das armadilhas de queda após o início

das obras.

6

3.1.2 Reservatório

A área selecionada para amostrar o local previsto para o reservatório se localiza na

margem esquerda do rio Teles Pires, em torno de 5.300 m (por água) a montante do

eixo da barragem. As transecções são linhas aproximadamente perpendiculares ao

sentido do rio, partindo da floresta ciliar presente na margem.

A Figura 3 exibe as transecções e pontos de escuta da área do reservatório da UHE

Colíder.

FIGURA 3 – CROQUI INDICANDO AS TRANSECÇÕES E OS PONTOS DE ESCUTA DA ÁREA DO RESERVATÓRIO. PONTOS COM SUFIXO “B” REFEREM-SE À AVIFAUNA, E PONTOS COM SUFIXO “A” REFEREM-SE À HERPETOFAUNA E MASTOFAUNA.

FONTE: ADAPTADO DE GOOGLE EARTH, 2012

O trajeto de ambas transecções cobre principalmente mata de terra firme, no entanto,

a floresta deste local apresenta algumas particularidades como, por exemplo, a

grande quantidade de palmeiras presente no estrato médio do ambiente florestal e o

solo bastante arenoso. Uma via de acesso à beira do rio foi utilizada como transecção

linear devido à possibilidade de se deslocar sem fazer ruídos e também por o solo

exposto deste trecho propiciar uma grande quantidade de registros de pegadas de

mamíferos. Os pitfalls foram instalados próximos ao leito do Rio Teles Pires.

7

Durante a primeira campanha a transecção “B” foi utilizada por todos os grupos, no

entanto, a partir da segunda campanha foi observado que a presença de

trabalhadores e/ou pescadores no rancho onde se localiza o início da transecções

inviabilizava a coleta de dados devido à intensa movimentação de pessoas e do ruído

produzido pelos mesmos e pelo gerador de energia elétrica. Desta forma, optou-se

por escolher outra transecção na mesma região que tivesse as mesmas características

e estivesse localizada na mesma margem do rio para a aplicação dos métodos de

pesquisa em local livre de “reservatório” ou ADA. Desta forma, a partir da segunda

campanha, o trabalho de captura de aves e morcegos, e a busca direta por

exemplares da herpetofauna é realizado na transecção “A”. Apenas o armadilhamento

não é possível, pois em duas das quatro fases de campo anuais a trilha permanece

alagada devido à cheia do rio Teles Pires.

3.1.3 Área Controle

O local selecionado para a Área Controle é a porção de floresta remanescente mais

extensa nas proximidades da barragem, contendo mais de 15 km ininterruptos de

floresta no sentido leste-oeste.

A Figura 4 mostra a transecção e pontos de escuta da área Controle da UHE Colíder.

O trecho coberto pela transecção apresenta formações florestais secundárias, onde

ocorreu corte seletivo de árvores de grande porte conforme projeto de exploração

sustentável da área. No entanto, mesmo sendo uma formação florestal secundária, a

área é rica e diversificada. As armadilhas de queda foram instaladas inicialmente na

porção inicial da transecção, porém, a estrada de acesso à usina foi construída à

poucos metros deste local. Desta forma, foi necessário construir outra linha de pitfalls

na porção intermediária da transecção para se evitar influências da estrada sobre os

resultados. Após isso, a primeira linha de pitfalls foi desativada, estando em atividade

apenas a nova linha.

8

FIGURA 4 – CROQUI INDICANDO A TRANSECÇÃO E OS PONTOS DE ESCUTA DA ÁREA CONTROLE

FONTE: ADAPTADO DE GOOGLE EARTH, 2012

3.1.4 Manutenção das parcelas e transecções

As cercas-guia dos pitfalls foram integralmente substituídas nesta sétima campanha

com o objetivo de substituir as lonas perfuradas e deterioradas por lona nova,

garantindo,desta forma, a efetividade do método. Um total de 750 metros de lona

foram repostos, considerando as três áreas amostrais (250 m por área). Foram

despendidos três dias apenas para a substituição do material. Os baldes foram

abertos para o início das capturas somente após a reforma dos pitfalls, e o mesmo

esforço habitualmente aplicado foi obtido nesta campanha.

3.2 MÉTODOS

Durante a sétima campanha, os métodos sistematizados utilizados para todos os

grupos faunísticos abordados foram replicados nos mesmos ambientes, moldes e

locais das campanhas anteriores e serão citados nos itens referentes aos resultados

para cada grupo. Os métodos não sistematizados foram aplicados em ambientes

9

novos, com o objetivo de melhor investigar as áreas e descobrir populações ou

espécies de interesse específico.

3.2.1 Trabalho de campo

A sétima fase de campo do referido monitoramento foi realizada entre os dias 13 e 26

de julho de 2012. Todo o trabalho de fauna terrestre foi realizado simultaneamente,

com as equipes dos três grupos faunísticos trabalhando nas áreas amostrais. Com o

objetivo de maximizar o esforço de observação direta cada equipe amostrou uma área

amostral, fazendo um rodízio que permitiu com que as três áreas fossem monitoradas

ao longo de toda a fase.

3.2.2 Análise dos dados

Após a obtenção dos dados em campo, as informações obtidas e os animais coletados

foram levados aos laboratórios para análise e correta identificação. Foram feitas

algumas análises estatísticas para efeito comparativo com as fases anteriores. Estas

análises seguem o mesmo padrão apresentado nos relatórios anteriores.

10

4 RESULTADOS

4.1 HERPETOFAUNA

Durante esta campanha os métodos sistematizados foram replicados nos mesmos

ambientes e locais da campanha anterior. Os métodos não sistematizados foram

aplicados em ambientes novos no objetivo de melhor investigar as áreas, descobrir

populações ou espécies de interesse específico e mitigar os efeitos de distribuições

disjuntas.

4.1.1 Procedimentos Metodológicos

4.1.1.1 Métodos Sistematizados

Os métodos sistematizados foram aplicados entre os dias 17 e 22 de julho, quando

cada parcela de interesse foi amostrada durante dois dias.

Armadilhas de Interceptação e Queda (AIQ) (Pitfall Traps with Drift Fences,

adaptado de Cechin & Martins, 2000)

Em cada parcela de amostragem foram instaladas, duas linhas de pitfalls traps with

drift fences, sendo uma delas em sentido ortogonal à transecção principal e a outra

em posição paralela em relação à mesma. Cada linha foi composta por 12 baldes de

60 litros (pitfalls), os quais foram instalados a uma distância de 10 metros um do

outro, interligados por uma cerca-guia de lona plástica (drift fence) com 50 cm de

altura, enterrada cerca de 5 cm de profundidade no solo e mantida em posição

vertical por estacas de madeira às quais foi fixada. Para evitar acúmulo de água, os

baldes tiveram seu interior perfurado. Em cada balde foi colocado um pedaço de

isopor (10 cm x 10 cm), o qual manteve-se suportado por quatro pequenos palitos.

Esta estrutura serviu de abrigo para os animais em dias de muito sol e/ou flutuador

em períodos de muito acúmulo de água.

Cada linha de armadilha permaneceu aberta durante seis noites consecutivas e foram

revisadas, periodicamente, duas vezes ao dia, ao amanhecer e entardecer. Ao final do

período de amostragem obteve-se um esforço de 144 horas/balde por parcela e um

total de 432 horas/balde de amostragem na região de implantação da UHE Colíder.

11

As armadilhas de interceptação e queda foram instaladas em ambientes que

correspondiam principalmente à formação vegetal predominante em cada parcela de

amostragem.

Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT) (adaptado de Martins &

Oliveira, 1999)

Este método consistiu em percorrer as transecções principais de todas as parcelas (2

km por parcela), onde uma área de até 50 metros de cada lado da linha central foi

vasculhada, mediante o revolvimento do folhiço e de troncos caídos, visando o

registro visual ou auditivo dos animais. Cada parcela teve sua transecção amostradas

durante dois dias por três pesquisadores. Em cada dia foram realizadas duas horas de

procura diurna e uma hora de procura à noite, totalizando um esforço de captura de

18 horas/homem de busca por parcela e 54 horas/homem de busca nas parcelas de

amostragem.

Para anfíbios, foram contabilizados todos os machos anuros em atividade de

vocalização, assim como os indivíduos visualizados em repouso. Como para a maioria

das espécies de anuros não é possível uma contagem precisa do número de indivíduos

vocalizando, porque muitos machos vocalizam ao mesmo tempo (coro), ou porque

vocalizam muito próximos um do outro, foram empregadas as seguintes categorias de

vocalização, modificadas de Lips et al. (2001 apud Rueda et al. 2006):

• 0 – nenhum indivíduo da espécie vocalizando;

• 1 – número de indivíduos vocalizando estimável entre 1-5;

• 2 – número de indivíduos vocalizando estimável entre 6-10;

• 3 – número de indivíduos vocalizando estimável entre 10-20;

• 4 – formação de coro em que as vocalizações individuais são indistinguíveis e

não se pode estimar o número de indivíduos (>20).

Para estimar a abundância dos anfíbios, foi extrapolado o valor máximo de cada

categoria amostral.

Amostragem em sítio de reprodução (ASR) ("Survey at Breeding site"; s.

adaptado de Scott Jr. & Woodward, 1994)

Esse método consistiu na realização de transecções visuais e auditivas ao longo do

perímetro de corpos d’água (e.g. poças temporárias, lagoas, brejos, córregos, rios e

veredas) onde geralmente as populações de anfíbios se agregam para a reprodução.

12

Os anfíbios foram contabilizados seguindo os mesmos critérios descritos na

metodologia de Procura Sistematizada Limitada por Tempo. Alguns grupos de répteis

(serpentes, quelônios e crocodilianos) também são comumente registrados por este

método, já que muitas espécies utilizam os corpos d’água como sítios de

forrageamento e/ou reprodução. Durante o período de estudo, foram amostrados seis

sítios de reprodução (e.g. brejos, riachos, veredas e poças) (Tabela 2), dois por

parcela. As amostragens ocorreram à noite onde três pesquisadores realizaram as

transeções durante uma hora. Desta forma obteve-se um esforço de captura de seis

horas/homem de amostragem por parcela e um total de 12 horas de amostragem nas

áreas de interesse.

TABELA 2 – AMBIENTES E COORDENADAS DOS SÍTIOS REPRODUTIVOS ONDE FOI APLICADO O MÉTODO DE ASR

Ponto Localidade Ambiente/Fisionomia Coordenadas (UTM 21L)

P1 Parcela 1 (AID) Lêntico / floresta 632.683 8.786.066

P2 Parcela 1 (AID) Lêntico / área aberta 634.065 8.786.153

P3 Parcela 2 (ADA) Lótico / área aberta 638.221 8.785.502

P4 Parcela 2 (ADA) Lótico / floresta 638.492 8.784.710

P5 Parcela 3 (AII) Lótico / campo 638.492 8.784.710

P6 Parcela 3 (AII) Lótico / floresta 635.387 8.792.388

4.1.1.2 Métodos não sistematizados

Os métodos não sistematizados foram utilizados para categorizar os animais

encontrados de forma aleatória nas áreas de interesse e complementar a lista de

riqueza. Estes métodos foram aplicados desde o primeiro instante da equipe nas áreas

de interesse até a partida (dia 13 a 26 de julho de 2012).

Procura Aleatória Limitada por Tempo (PALT)

Esse método consistiu em executar caminhadas ao longo de todas as áreas passíveis

de se encontrar répteis e anfíbios (e.g. interior da floresta, estradas de acesso às

parcelas, áreas antropizadas, margens do rio, poças temporárias, açudes, entre

outros). Durante este método, os locais foram vistoriados detalhadamente, havendo

inspeção de tocas, serrapilheira, poças temporárias, locais abrigados sob pedras,

troncos caídos, entulhos, interior de bromélias, galhos de árvores e outros possíveis

sítios utilizados como abrigos por répteis e anfíbios, conforme recomendado por

Vanzolini et al. (1980). Esse método tem por objetivo ampliar o inventário das

espécies, assim como obter informações sobre riqueza, distribuição no ambiente e

13

padrões de atividade. A procura ativa com coleta manual é um método bastante

versátil e generalista de detecção e coleta de vertebrados em campo (Heyer et al.,

1994).

Assim como para o método de PSLT, foram empregadas as mesmas categorias de

vocalização para o senso de anfíbios anuros, modificadas de Lips et al., 2001 apud

Rueda et al., 2006.

Procura com Carro (PC)

A procura com carro correspondeu ao encontro de anfíbios e répteis avistados ou

atropelados em estradas da região (Sawaya et al, 2008). O deslocamento da equipe

em toda a AII do empreendimento contemplou este método, diariamente.

Encontros ocasionais (EO)

Como a observação de répteis é de caráter fortuito e demanda muito tempo em

campo, necessita-se tanto da interação com os demais membros da equipe do

monitoramento como de moradores ou trabalhadores locais para que se tenha

obtenção de mais evidências da presença destes animais. Este método contemplou

todas aqueles espécimes encontrados por terceiros ou quando a equipe não estava

realizando as atividades supracitadas.

4.1.2 Análise dos dados

Suficiência amostral: foi avaliada mediante a curva de registros acumulados das

espécies. As curvas de acumulação de espécies ou curvas do coletor são um excelente

procedimento para avaliar o quanto o método testado se aproximou de identificar as

espécies da área de estudo. A curva formada exibe o seguinte padrão: uma curva

inicial ascendente de crescimento acelerado, que prossegue cada vez mais devagar de

acordo com o aumento do esforço amostral até formar um platô ou assíntota (Martins

e Santos, 1999). Quando a curva se estabiliza (ponto assintótico), aproximadamente

a riqueza total da área foi amostrada (Santos, 2004). As análises foram realizadas

com base na matriz de dados de presença/ausência das espécies ao longo dos dias de

amostragem, utilizando 500 adições aleatórias das amostras no programa EstimateS

7.52 (Colwell 1994-2005). A estimativa da riqueza foi calculada a partir do número de

espécies identificadas em função dos dias de amostragem. O índice de estimativa da

riqueza das espécies foi calculado pelo índice de Jacknife, descrito em Krebs (1989).

14

Taxa de captura: A abundância de espécies foi calculada dividindo o número de

indivíduos avistado pelo número total horas de procura nos pontos. No caso de

espécies de vida social (ex. anfíbios), a abundância foi estimada extrapolando o valor

máximo de cada categoria amostral.

Índice de Diversidade: a partir dos dados quantitativos foi feita uma média do número

observado nos ambientes amostrados e assim calculado o índice de diversidade pelo

método de Shannon-Wiener (Krebs, 1989) para cada ponto amostral.

Similaridade: foi utilizada para comparar a riqueza de espécies entre as parcelas,

através do índice de similaridade de Bray-Curtis (Krebs, 1989), usando o modo de

agrupamento Group Average, o qual permite maximizar a correlação entre as

amostras. A abundância das espécies foi transformada [log (x+1)] para diminuir o

peso das espécies quantitativamente dominantes. Os dendrogramas propostos foram

elaborados através do pacote estatístico Primer V5 (Clarke & Gorley 2001).

4.1.3 Parcela 1 – Área de Influência Direta (AID, canteiro de obras)

4.1.3.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift

Fences) (AIQ)

Nas armadilhas de queda da AID foram registrados cinco espécimes de duas espécies,

sendo uma espécie de anfíbio (Leptodactylus hylaedactyla, n = 2) e uma espécie de

lagarto (Kentropix calcarata, n = 3, Foto 1). A taxa de captura foi de 0,03

espécimes/hora/balde ou o equivalente a, aproximadamente, um espécime a cada 32

horas de funcionamento das armadilhas.

A taxa de captura atual foi semelhante àquela registrada no período equivalente do

ano de 2011 (campanha 3, taxa de captura = 0,02). Esses valores estão,

provavelmente, relacionados à estação seca quando a atividade dos anuros é menor.

15

FOTO 1 – JUVENIL DE Kentropix calcarata REGISTRADO NAS ARMADILHAS DE QUEDA

FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012

4.1.3.2 Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT)

Por meio deste método foram registrados seis espécimes de quatro espécies, sendo

duas espécie de anuros (Leptodactylus hylaedactyla e Osteocephalus leprieurii) e duas

espécies de lagartos (Ameiva ameiva e Kentropix calcarata). As espécies

apresentaram abundâncias equivalentes. A taxa de captura correspondeu a 0,33

espécimes/hora/homem ou o equivalente a, aproximadamente, quatro exemplares,

registrados a cada hora de procura, um pouco inferior àquela observada no período

equivalente do ano de 2011 (campanha 3). Apesar de inferior, a riqueza de espécies,

observadas durante esta campanha, foi bastante semelhantes àquela observada na

campanha 3, realizada em julho do ano de 2011

4.1.3.3 Amostragem em sítio de reprodução (ASR)

Não foi observada nenhuma espécie nos sítios reprodutivos durante a atual campanha

de monitoramento de fauna. Aqueles sítios que correspondem a ambientes lênticos

apresentavam-se praticamente secos, da mesma forma que as matas de várzea do

Rio Teles Pires. Associado a isso, a presença de uma frente fria pode ter inibido a

atividade de alguma espécie euriótica que eventualmente permanecem atividade

durante a estação seca. Este método expressou as maiores diferenças em comparação

com o período equivalente do ano de 2011. Como já mencionado, associado aos

16

efeitos provocados pela estação seca, que naturalmente promove uma redução na

atividade de anuros e alguns répteis, a ocorrência de uma frente fria, pode ter

contribuído para a obtenção dos valores observados. Ainda, a significativa alteração

do sítio reprodutivo P2, por parte das obras do canteiro, também pode ter

influenciado, significativamente nos resultados obtidos.

4.1.3.4 Registros não sistematizados

Por meio do método de PALT foram registradas três espécies, sendo duas espécies de

anuros (Leptodactylus hylaedactyla e Hypsiboas boans) vocalizando em corpo de água

lótico, e uma espécie de lagarto (Gonathodes sp.) (Foto 2).

FOTO 2 – ADULTO DE Gonathodes sp. REGISTRADO PELO MÉTODO DE PALT

FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012

Por meio do método de EO foram registradas duas espécies, o anuro Leptodactylus

fuscus e o lagarto Tupinambis sp., esta última registrada pela primeira vez na parcela

do canteiro de obras.

Com a soma dos resultados obtidos por todos os métodos, foram registrados 24

espécimes de oito espécies, sendo quatro espécies de anuros e quatro espécies de

lagarto. Dentre os anuros, as famílias Hylidae e Leptodactylidae foram aquelas com

representatividade (duas espécies cada). (Tabela 3). O índice de diversidade de

Shannon-Wiener foi de SW = 1,76.

17

TABELA 3 – ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE AID DA UHE COLÍDER, DURANTE A SÉTIMA CAMPANHA

Táxon Espécie Nome poplular Método

AMPHIBIA

ANURA

Bufonidae Rhinella marina sapo-cururu AQ, BSR

Hylidae Hypsiboas boans Perereca PALT

Osteocephalus leprieurii Perereca PSLT

Leptodactylidae Leptodactylus hylaedactyla Razinha AQ,PSLT,PALT, EO

Leptodactylus fuscus Rã-assoviadoraâ EO

REPTILIA

SQUAMATA

Teiidae Ameiva ameiva Calango PSLT

Kentropix calcarata Lagarto AQ, PSLT

Tupinambis sp. Tejú EO

Gekkonidae Gonathodes sp. Lagartixa EO

4.1.4 Parcela 2 - Área Diretamente Afetada (ADA, reservatório)

4.1.4.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift

Fences) (AIQ)

As armadilhas de queda registraram um total de três espécimes de três espécies,

sendo uma espécie de anuro (Rhinella margaritifera) e duas espécies de lagartos

(Iphisa elegans e Mabuya nigropunctata). Atenção especial deve ser dada para Iphisa

elegans, registrada pela primeira vez durante as campanhas de monitoramento de

fauna (Foto 3). Este registro pode corresponder ao primeiro para esta região no

estado do Mato Grosso.

A taxa de captura foi de 0,02 espécime/hora/balde, o que equivale a,

aproximadamente, um espécime capturado a cada 32 horas de funcionamento das

armadilhas. Em comparação com o período equivalente do ano passado (campanha 3)

pode-se observar valores bastante semelhantes entre as taxas de captura

observadas.

18

FOTO 3 – ADULTO DE Iphisa elegans REGISTRADO PELO MÉTODO DE AIQ

FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012

4.1.4.2 Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT)

Através deste método foram registrados cinco espécimes de quatro espécies, sendo

três espécies de anuros (Leptodactylus hylaedactyla, Osteocephalus leprieuriii e

Rhinella margaritifera) e uma espécie de lagarto (Kentropix calcarata). Devido à baixa

representatividade, as espécies apresentaram abundâncias equivalentes. A taxa de

captura foi de 0,28 espécime/hora/homem ou o equivalente a um espécime registrado

a cada quatro horas de procura. A taxa de captura, observada nesta campanha, foi

inferior àquela observada no período equivalente do ano de 2011 (campanha 3, taxa

de captura = 0,31), o que pode estar relacionado às baixas temperaturas observadas

nesta campanha por ocasião de uma frente fria.

4.1.4.3 Amostragem em sítio de reprodução (ASR)

Da mesma forma que observado nos sítios reprodutivos da área do canteiro de obras,

não foram registradas espécies nos sítios reprodutivos da ADA. Como já mencionado,

existe uma grande variação vertical no volume de águas nos sítios reprodutivos da

ADA durante a estação chuvosa os quais secam completamente durante a estação

seca (Foto 4).

19

FOTO 4 – SÍTIO REPRODUTIVO P4 COMPLETAMENTE SECO

FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012

4.1.4.4 Registros não sistematizados

Por meio do método de PALT foram registrados 38 espécimes de quatro espécies na

ADA. Destas, duas espécies de anuros (Leptodactylus hylaedactyla n=3 e Hypsiboas

boans n=33) e duas espécies de crocodilianos uma delas que ainda requer

confirmação (Paleosuchus trigonatus e Caiman crocodilus). Nesta campanha,

Hypsiboas boans entrou em atividade de vocalização às margens do Rio Teles Pires

sugerindo inicio do período reprodutivo que se estende por toda estação seca (Lima et

al., 2005). Durante a estação chuvosa os indivíduos foram observados às margens do

rio, porém sem atividade de vocalização. Durante os dois dias de amostragem na ADA

pôde-se verificar uma acentuada redução na atividade desta espécie diretamente

20

proporcional à queda da temperatura ambiente. No primeiro dia de amostragem

foram registrados 24 indivíduos em coro. Após a entrada de uma frente fria, no

segundo dia, ocorreu uma redução da atividade de vocalização, sendo registrados

apenas nove indivíduos. A atividade de vocalização só retornou aos padrões originais

quando a temperatura ambiente regularizou em virtude do término da frente fria.

Quanto à espécie Caiman crocodilus, foi visualizado um possível espécime que

ultrapassava dois metros de comprimento, às margens do Rio Teles Pires. Devido ao

seu tamanho avantajado, descarta-se a espécie Paleosuchus trigonatus e sugere-se a

espécie Caiman crocodylus sustentado pelo fato desta última espécie já ter sido

registrada pela equipe de resgate de fauna.

Mais uma vez destaca-se a real necessidade da implantação de projetos específicos

para as espécies de crocodilianos e quelônios que ocorrem no Rio Teles Pires Essa

necessidade torna-se ainda mais evidente durante a fase pré-enchimento, a fim de

produzir dados mais robustos para comparações futuras com o período de pós-

enchimento do reservatório. Desta forma, sugere-se um esforço direcionado

especificamente a estes dois grupos.

Por meio do método de EO foram registradas duas espécies de serpentes para a ADA,

ambas ainda não registradas nas campanhas de monitoramento. Foram elas

Hydrodinastes gigas e Xenodon merremii.

FOTO 5 – ADULTO DE Xenodon merremi REGISTRADO PELO MÉTODO DE EO

FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012

21

Com a soma dos resultados obtidos por todos os métodos, foram registrados 48

espécimes de 11 espécies da herpetofauna na parcela ADA (Tabela 4). Do total de

espécies registradas, quatro corresponderam a anuros, três espécies de lagartos, duas

espécie de serpentes e duas espécie de jacarés. O índice de diversidade de Shannon-

Wiener foi de SW = 1,28.

TABELA 4 – ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE ADA (RESERVATÓRIO) DURANTE A SÉTIMA CAMPANHA

Táxon Espécie Nome poplular Método

AMPHIBIA

ANURA

Bufonidae Rhinella margaritifera Sapo PSLT Hylidae Hypsiboas boans Perereca PALT

Osteocephalus leprieuriii Perereca PSLT

Leptodactylidae Leptodactylus hylaedactyla Razinha PSLT

REPTILIA

SQUAMATA Iphisa elegans AQ

Mabuia nigopunctata AQ

Kentropix calcarata PSLT

CROCODiLIA

Alligatorydae Caiman crocodylus jacaré PALT

Paleosuchus trigonatus Jacaré-coroa PALT

4.1.5 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (AII, controle)

4.1.5.1 Armadilhas de Interceptação e Queda (Pitfall Traps with Drift

Fences) (AIQ)

Não foram registrados espécimes nas AIQ da AII. Em comparação com a campanha 3,

realizada em período equivalente do ano de 2011, também observou-se uma baixa

abundância de espécimes capturados. No geral, as armadilhas de queda,

independentemente da parcela amostrada, registraram uma baixa diversidade e

abundância de espécimes e espécies, menor ainda do que aquelas observadas em

julho de 2011, provavelmente em virtude das baixas temperaturas registras durante a

22

atual campanha o que, provavelmente, implicou em uma menor mobilidade por parte

da herpetofauna.

4.1.5.2 Procura Sistematizada Limitada por Tempo (PSLT)

Por meio deste método foram registrados apenas cinco exemplares da espécie

Leptodactylus hylaedactyla. A taxa de captura foi de 0,28 espécies/hora/homem ou o

equivalente a, aproximadamente, quatro espécies capturados a cada hora de

amostragem. No período equivalente do ano de 2011 foram registrados dados muito

semelhantes, quando apenas a espécie Leptodactylus hylaedactyla foi registrada em

uma taxa de captura de 1,66 espécime/hora/homem.

4.1.5.3 Amostragem em sítio de reprodução (ASR)

Não foi registrada nenhuma espécie nos sítios reprodutivos da AII.

4.1.5.4 Registros não sistematizados

O método de PALT registrou dez espécimes de cinco espécies, três espécies de anuros

(Hypsiboas boans, Osteocephalus leprieurii e Leptodactylus hylaedactyla), a serpente

Thaeniophalus sp. e o lagarto Cnemidophorus sp. (Tabela 5). As espécies de serpente

e lagarto foram registradas pela primeira vez nas campanhas de monitoramento,

ambas em uma área de Cerrado na AII.

Vale destacar dois registros realizados por meio de encontros ocasionais. Mais uma

vez foi registrado um exemplar da serpente Lachesis muta (Foto 6) termorregulando

junto à cerca-guia das armadilhas de queda. A área da AII tem se revelado muito

produtiva quanto à ocorrência desta espécie chave. Além desta espécie, foi registrado

o anuro Phyllomedusa vailant cruzando a trilha no chão da floresta, durante a noite.

Vale destacar que todos os exemplares desta espécie registrados na AII foram

encontradas perambulando pelo solo da floresta, o que sugere que há um sítio

reprodutivo desta espécie pelas proximidades, mas ainda não encontrado.

23

FOTO 6 – FÊMEA ADULTA DE Lachesis muta REGISTRADA PELO MÉTODO DE EO

FONTE: RAFAEL L. BALESTRIN, 2012

Com a soma dos resultados obtidos por meio de todos os métodos de amostragem,

foram registrados 17 exemplares de sete espécies, sendo quatro espécies de anuros,

duas espécies de serpentes e uma espécie de lagarto. O índice de diversidade de

Shannon-Wiener foi de SW = 1,65.

TABELA 5 – ESPÉCIES DE ANUROS E RÉPTEIS REGISTRADOS NA PARCELA DE AII, DURANTE A SÉTIMA CAMPANHA

Táxon Espécie Nome poplular Método

AMPHIBIA

ANURA

Hylidae Hypsiboas geographicus Perereca PALT Osteocephalus leprieurii. Perereca PALT

Phyllomedusa vailant Perereca-macaco EO

Leptodactylidae Leptodactylus hylaedactyla Rãzinha PSLT, PALT

REPTILIA

SQUAMATA

Teiidae Cnemidophorus sp. Calango PALT

Colubridae Taeniophalus sp. Corredeira PALT

Viperidae Lachesis muta* Pico-de-jaca EO

24

4.1.6 Espécies endêmicas, raras ou não descritas

Deve-se atenção especial à serpente pico-de-jaca ou surucucu (Lachesis muta),

frequentemente encontrada nos fragmentos de mata da área-controle. Ainda vale

destacar aquelas espécies ubiquitárias que podem corresponder à complexos de

espécies. Além daquelas mencionadas em outras campanhas, destacam-se, também,

as espécies do gênero Cnemidophorus.

4.1.7 Espécies procuradas para caça

Até o momento, pelo menos cinco espécies que compõem a herpetofauna da região

estudada podem sofrer pressão de caça: a rã Leptodactylus labirinticus, os jacarés

Caiman crocodilus e Paleosuchus trigonatus, o jabuti Chelonoides denticulatae e o

lagarto Tupinambis sp. Mesmo não representando animais utilizados na caça de

subsistência, serpentes são alvos frequentes da população, provavelmente, por serem

animais estigmatizados desde o gênesis. Desta forma, representam animais de

interesse sempre que existir sobreposição de ocorrência com intensa atividade

humana.

4.1.8 Espécies de interesse econômico

Deve-se dar atenção especial para as espécies citadas nos itens “Espécies procuradas

para caça” e “Espécies de interesse veterinário” por representarem animais que fazem

parte da dieta dos moradores locais e que infringem acidentes ofídicos, o que afeta

diretamente a força de trabalho humano, possuindo assim viés econômico.

4.1.9 Espécies de interesse científico

Como já mencionado, devido a escassez de estudos realizados na região, as

taxocenoses de répteis e anfíbios são de inquestionável relevância para a ciência.

4.1.10 Espécies de interesse médico-veterinário

Das espécies com ocorrência confirmada e prevista para a área, oito serpentes (as

jararacas, Bothrops atrox, Bothrops moojeni e Bothropoides taeniatus; Lachesis muta;

e as corais Micrurus sp., Micrurus lemniscatus, Micrurus paranaensis e Micrurus

25

surinamensis) são consideradas de interesse médico-veterinário, por ocasionarem

acidentes ofídicos envolvendo humanos e animais de criação.

Além das serpentes, existem algumas espécies de sapos venenosos (Rhinella cf.

schneideri, R. margaritifera, Rhaebo guttatus) que podem ocasionar intoxicação em

animais domésticos, como cães e gatos, caso sejam abocanhados e/ou ingeridos.

4.1.11 Espécies indicadoras de qualidade ambiental

Como já descrito, anfíbios são excelentes bioindicadores ambientais, além de

desempenharem importante função na dinâmica entre os ecossistemas. Entretanto,

segundo Dufrêne & Legendre (1997), uma boa espécie bioindicadora necessita

apresentar alta abundância e frequência de ocorrência em determinada área. Neste

sentido, espécies de encontro ocasional (e.g. serpentes), ou que ocorrem em baixa

abundância nas áreas amostradas não possuem valor como bioindicadores, apesar de

poder ser afetadas por impactos ambientais decorrentes da implantação e

funcionamento da UHE Colíder. Espécies que ocorrem habitualmente às margens do

Rio Teles Pires seriam bons modelos para tentar estabelecer comparações entre os

momentos pré e pós-enchimento do reservatório. Destas, destacariam-se Hypsiboas

boans (extremamente frequente na vegetação arbustiva ripária do Rio Teles Pires),

Leptodactylus rhodomistax e algumas espécies de sapos que parecem utilizar as

partes alagadas do rio para a reprodução (e.g. Rhinella margaritifera e Rhaebo

guttatus).

Por ser de fácil visualização e captura, além de ocuparem posição ápice na cadeia

alimentar (exigindo assim uma oferta alimentar que sustente suas populações), o

jacaré Paleosuchus trigonatus poderá funcionar como excelente bioindicador de

primitividade dos ecossistemas ou, por outro lado, de diferentes níveis de alteração

ambiental ao longo do processo de implantação da usina hidrelétrica de Colíder. No

entanto, sugere-se a elaboração de projetos que atendam especialmente esta espécie,

assim como projetos direcionados à fauna de quelônios da região.

4.1.12 Riqueza e abundância

Como esperado, por ocasião da estação seca, a atividade das espécies da

herpetofauna apresentou significativa redução em comparação com a campanha

anterior (abril/2012), implicando em valores baixos de riqueza e abundância das

26

espécies. Mesmo quando estes valores são comparados com aqueles obtidos no

período equivalente do ano de 2011 (campanha 3) são bastante baixos, o que poderia

ser explicado, pelo menos em partes, pelas baixas temperaturas ambientais,

consequentes de uma frente fria que se instalou no estado no momento das

amostragens. (Tabela 6). A junção do período seco com as baixas temperaturas

ambientais, provavelmente, explicariam a baixa riqueza e abundâncias observadas.

TABELA 6 – ÍNDICES DE RIQUEZA E DIVERSIDADE OBTIDOS PARA HERPETOFAUNA, POR PARCELA AMOSTRAL

Parcela

Método

Riqueza (espécies) Taxa de captura (espécimes/hora/homem) Diversidade

(SW) AIQ PSLT ASR AIQ PSLT ASR

AID (1) 8 8 11 0,05 1,5 16,5 2,29

AID (2) 4 4 9 0,05 1,5 11,33 2,03

AID (3) 3 5 4 0,02 0,8 0,5 2,08

AID (4) - - - - - - -

AID (5) 4 4 9 0,04 0,28 26 2,27

AID (6) 10 3 5 0,24 0,67 4,5 2,28

AID (7) 2 4 - 0,03 0,33 - 1,76

ADA (1) 5 8 2 0,11 0,94 1,08 2,19

ADA (2) 8 12 2 0,20 2,5 3,50 1,88

ADA (3) 4 6 5 0,03 3,1 6,17 2,08

ADA (4) - - - - - - -

ADA (5) 4 10 6 0,27 1,28 4,3 1,84

ADA (6) 6 6 1 0,09 1,33 0,02 2,40

AID (7) 3 4 - 0,02 0,28 - 1,28

AII (1) 5 6 7 0,09 0,38 2,66 2,39

AII (2) - 2 8 - 1,16 5,5 1,67

AII (3) 4 1 3 0,04 1,6 6,5 1,79

AII (4) - - - - - - -

AII (5) 2 3 8 0,01 0,28 14,8 2,09

AII (6) 1 3 6 0,05 0,17 3,5 2,41

AII (7) - 1 - - 0,06 -

Nota: Em negrito os resultados obtidos entre os períodos equivalentes da terceira e sétima campanhas. AID = canteiro de obras, ADA = reservatório e AII = área controle; método sistematizado: AIQ = armadilhas de interceptação e queda, PSLT = procura sistematizada limitada por tempo e ASR = amostragens em sítio reprodutivo e diversidade (SW = índice de Shannon-Wiener); (1) = primeira campanha, (2) = segunda campanha, (3) = terceira campanha, (4) = quarta campanha, (5) = quinta campanha, (6) sexta campanha, (7) sétima campanha.

27

4.1.13 Similaridade entre as parcelas de amostragem durante a

sétima campanha

Nesta sétima campanha, a análise de Cluster separou ao nível de similaridade de,

aproximadamente, 33% as parcelas em dois grupos. Dos grupos formados, o que

apresentou maior índice de similaridade está unido no nível de, aproximadamente

47% e constituído pelas parcelas ADA e AID. A parcela da AII está separada em um

grupo a parte (Figura 5).

FIGURA 5 – ANÁLISE DE SIMILARIDADE (BRAY-CURTIS) PARA A HERPETOFAUNA REGISTRADA POR MEIO DOS MÉTODOS APLICADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (ADI, ADA E AII) DURANTE A SÉTIMA CAMPANHA

Em comparação com a campanha 3, realizada em um período equivalente do ano de

2011, pode-se observar que a análise de Cluster (Figura 6) arranjou as parcelas de

forma semelhante, porém com menor similaridade entre os grupos. Naquela

oportunidade, a análise de Cluster separou ao nível de similaridade de,

aproximadamente, 9% as parcelas em dois grupos. Destes, o agrupamento que

apresentou o maior índice de similaridade esteve unido no nível de,

aproximadamente, 28% e constituido, também, pelas parcelas ADA e AID. A parcela

de AII esteve separada em um grupo à parte. Naquela campanha, as parcelas

estabeleceram similaridade com valores bastante baixos, o que poderia estar

refletindo a baixa diversidade amostrada naquele momento.

28

FIGURA 6 – ANÁLISE DE SIMILARIDADE (BRAY-CURTIS) PARA A HERPETOFAUNA REGISTRADA POR MEIO DOS MÉTODOS APLICADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (AID, ADA E AII) DURANTE A TERCEIRA CAMPANHA

4.1.14 Suficiência amostral

A curva de suficiência amostral foi elaborada com base apenas nos registros obtidos

através dos métodos sistematizados aplicados nas parcelas de amostragem. Até o

momento estes métodos registraram um total de 61 espécies. A curva de suficiência

amostral continua em formato ascendente, indicando que o número de espécies da

herpetofauna, nas parcelas de interesse, é superior ao registrado pelos métodos

sistematizados até o momento (Gráfico 1). Este fato pode ser confirmado pelas

espécies registradas, exclusivamente, pelos métodos não sistematizados. O estimador

de riqueza Jacknife projetou um total de, aproximadamente, 77 espécies (SD = 3,55)

para as parcelas até o momento. Em comparação com a riqueza observada (61

espécies), pode-se afirmar que os métodos sistematizados aplicados amostraram,

aproximadamente, 79% do total de espécies estimadas para as parcelas até o

momento.

29

GRÁFICO 1 – CURVA DO COLETOR ALEATORIZADA (500 RANDOMIZAÇÕES), CONSTRUÍDA COM BASE NA HERPETOFAUNA REGISTRADA PELOS MÉTODOS SISTEMATIZADOS APLICADOS NAS PARCELAS DE INTERESSE (ADA, AID, AII) DURANTE AS SETE CAMPANHAS

No Gráfico 1, a primeira campanha corresponde aos dias 1 a 6, a segunda campanha

aos dias 7 a 12, a terceira campanha aos dias 8 a 18, a quinta campanha aos dias 19

a 24, a sexta campanha aos dias 25 a 30, e a sétima campanha aos dias 31 a 36. A

quarta campanha foi interrompida logo no início das atividades e não está

contabilizada na análise. A linha contínua representa a curva média e as linhas

pontilhadas representam os intervalos de confiança (95%).

4.1.15 Considerações finais

Os resultados obtidos parecem de acordo com o esperado para o período seco. No

entanto, associado à sazonalidade imposta pelo regime de chuvas na atividade das

espécies, também deve-se considerar outros fatores ecológicos que, de forma mais

restrita, podem promover variações na atividade e, consequentemente, nos valores

observados de riqueza e abundância das espécies (Carvalho, 2008). Por exemplo, as

baixas temperaturas observadas nesta campanha, certamente contribuíram com a

baixa riqueza e abundâncias registradas para as espécies da herpetofauna. Isso pode

ser sugerido com base nos resultados obtidos através da metodologia de coleta

passiva, as AIQs, que produziu resultados abaixo do esperado, provavelmente em

função da baixa mobilidade das espécies por ocasião da baixa temperatura

ambiental. Esta redução da atividade foi diretamente foi observada em algumas

30

espécies, como por exemplo, Hypsiboas boans ao longo das margens do Rio Teles

Pires na ADA. A espécie estava em plena atividade de vocalização antes da variação

da temperatura. Após a entrada da frente fria, esta atividade foi reduzida

drasticamente, retornando aos padrões originais somente após a passagem da frente

fria, com a regulação da temperatura.

No geral, até o presente momento, foram registradas durante o monitoramento 41

espécies de anfíbios anuros, 30 espécies de serpentes, 11 espécies de lagartos, três

espécies de quelônios e duas espécies de crocodilianos, totalizando 87 espécies da

herpetofauna. No entanto, tanto a curva de suficiência amostral quanto o estimador

de riqueza Jacknife sugerem que o número de espécies nas parcelas de amostragem

seja superior ao observado até o momento, o que pode ser comprovado pelas

espécies registradas no resgate de fauna que ainda não compõem a lista de riqueza

do monitoramento de fauna.

31

4.1 AVIFAUNA

4.1.1 Procedimentos Metodológicos

4.1.1.1 Identificação das Espécies

A identificação das espécies de aves ocorreu basicamente por meio de três métodos

distintos, descritos a seguir:

Registro Visual (Observação Direta)

Durante todo o período de permanência na área de estudo houve contatos visuais

com elementos da avifauna. Todos os táxons foram identificados até o nível de

espécie após observação de caracteres de diagnose específicos de cada ave.

Equipamentos ópticos foram utilizados para a correta identificação, como binóculos

8x42 mm e lunetas 30x60 mm.

Registro Auditivo (Bioacústico)

O registro auditivo consiste no reconhecimento das emissões vocais das espécies em

questão. Cada espécie de ave possui vocalizações exclusivas e a experiência dos

pesquisadores permite sua correta identificação. Para gravar espécies importantes

localmente ou mesmo para solucionar alguma eventual dúvida auditiva, foram

utilizados equipamentos profissionais de gravação: dois gravadores Olympus Digital

Recorder LS-10 e um gravador Sony TCM-5000, além de três microfones Sennheiser

ME-66. As gravações foram armazenadas em acervo particular dos pesquisadores, e

em caso de dúvidas a respeito de emissões vocais não conhecidas, os arquivos serão

analisados em laboratório e comparados com gravações semelhantes. As gravações

serão editadas em softwares específicos e sonogramas serão obtidos utilizando-se

softwares de edição de áudio.

A técnica do playback foi utilizada para se obter uma melhor visualização de aves

crípticas, ou mesmo registrá-las fotograficamente. Para tanto foram utilizadas

prioritariamente vocalizações gravadas na área de estudo. Além disso, a mesma

técnica foi utilizada para a verificação da presença de algumas espécies esperadas

para a região, conforme análise dos hábitats disponíveis. Para tanto, gravações de

32

outras localidades foram tocadas em hábitats propícios à detecção de cada espécie-

alvo. Para aplicar a técnica de playback foram utilizados aparelhos para a reprodução

de arquivos sonoros contendo bancos de dados dos próprios pesquisadores e

amplificadores portáteis de alta qualidade.

Registro por Captura

Algumas espécies de aves somente foram registradas por meio de capturas em redes

de neblina. Este método é eficiente para espécies crípticas que habitam o sub-bosque

da floresta, pois podem passar despercebidas durante as contagens nos pontos fixos

ou durante os deslocamentos pelas transecções devido ao hábito ou por não estarem

em atividade vocal.

4.1.1.2 Avaliações Quantitativas

As avaliações quantitativas foram realizadas utilizando dois métodos distintos:

anilhamento e contagens em pontos de escuta. Abaixo serão descritos os dois

métodos.

Anilhamento (Captura/Marcação)

Foram instaladas 12 redes de neblina (12 x 3 m; malha 15 e 20 mm) em cada uma

das três áreas amostrais (canteiro de obras, reservatório e área controle). Foram

despendidos dois dias inteiros de rede em cada área, ou seja, duas manhãs e duas

tardes. As redes foram abertas ao amanhecer, permanecendo em funcionamento até

o horário mais quente do dia, sendo reabertas no meio da tarde e mantidas em

funcionamento até anoitecer. As revisões foram efetuadas a cada 30 minutos. Foram

despendidos três dias adicionais apenas para remoção e instalação das redes nas

demais áreas amostrais para que o horário de maior movimentação das aves não

fosse prejudicado pela atividade de instalação dos petrechos de captura.

Todos os indivíduos capturados foram acondicionados em sacos de pano para

posterior marcação com anilhas metálicas coloridas e numeradas. Foram anotadas em

ficha de campo as seguintes informações: local de captura (parcela amostral),

espécie, sexo, faixa etária, massa corpórea, medidas morfométricas (cúlmen exposto,

comprimento do tarso, asa, cauda e total), presença de muda de penas (rêmiges

primárias, rêmiges secundárias, retrizes e tetrizes), presença de placa de incubação,

33

ectoparasitas e anomalias. Após o anilhamento, todas as aves foram fotografas e

soltas no local onde foram capturadas.

A taxa de captura equivale ao número de capturas para cada 100 horas-rede (número

de capturas*100 / esforço de horas-rede). A taxa de captura total indica o valor geral

para as três áreas amostrais e foi calculada a partir do número total de capturas, sem

distinção de local.

Pontos de Escuta

Com o objetivo de se obter dados quantitativos adicionais aos obtidos com capturas e

marcação, foi utilizado o método de censos em pontos fixos, proposto por Blondel et

al. (1970), adaptado por por Viellard & Silva (1990) e Bibby (1992). Os censos em

pontos fixos foram conduzidos nas três áreas amostrais. Em cada área foi aberta uma

picada de 2 km de comprimento onde foram estabelecidos seis pontos de contagem. A

distância entre cada ponto foi de no mínimo 300 m para garantir a independência

amostral. As contagens foram conduzidas apenas pela manhã, pois o período da tarde

apresenta baixa movimentação de aves, dando a falsa impressão dos táxons não

estarem presentes. O tempo de duração em cada ponto de escuta foi de 15 minutos.

O raio de detecção estipulado foi de 150 m de cada lado da linha central.

Os dados obtidos com este método foram apresentados pelo Índice Pontual de

Abundância (IPA). O IPA de cada espécie foi obtido dividindo-se o número de contatos

de cada espécie pelo número de amostras, sendo, portanto, um valor médio de

contatos de determinada espécie por ponto de amostragem. Este valor indica a

abundância de cada espécie em função de seu coeficiente de detecção naquele

período do ano.

As contagens tiveram início ao amanhecer, prosseguindo até as 11:00 h. Qualquer

espécie da avifauna identificada visual e/ou auditivamente em cada ponto foi

considerada. Um cuidado adicional com o deslocamento de cada ave foi tomado para

se evitar sobrecontagens. Espécies coloniais ou que se reúnem para rituais de corte

(comportamento de lek) foram registradas como um único contato.

A localização de cada ponto de contagem pode ser conferida nos croquis das áreas

amostrais, apresentados no item 3.1 (Figura 2, Figura 3, Figura 4).

34

Cabe ressaltar que foram despendidos outros dois dias de amostragem apenas para

coleta de dados não-sistematizados. Este método é muito eficiente, pois propicia a

amostragem de locais de interesse, com dedicação total à busca de espécies

importantes para o estudo, sem a preocupação de desconsiderar dados ou hábitats

importantes para ficar restrito apenas aos métodos descritos acima.

4.1.1.3 Análise dos Dados

Após a obtenção dos dados em campo, foram feitas algumas análises para efeito

comparativo com as fases subsequentes. Abaixo são descritas as análises

consideradas.

Curva do Coletor

As curvas de acumulação de espécies ou curvas do coletor são um bom procedimento

para avaliar o quanto um inventário se aproxima de identificar todas as espécies

esperadas para a área de estudo. A curva formada exibe o seguinte padrão: uma

curva inicialmente ascendente, de crescimento acelerado, que prossegue cada vez

mais devagar de acordo com o aumento do esforço amostral, até formar um platô ou

assíntota (Martins & Santos, 1999). Quando a curva se estabiliza (ponto assintótico),

grande parte da riqueza total da área foi amostrada (Santos, 2004).

Similaridade entre as áreas amostrais

A análise de Cluster foi utilizada para comparar a riqueza de espécies entre as três

áreas amostrais, através do índice de similaridade de Bray-Curtis (Krebs, 1989),

usando o modo de agrupamento Group Average, o qual permite maximizar a

correlação entre as amostras. Os dados foram compilados em uma matriz de presença

ausência e os dendrogramas propostos foram elaborados através do pacote estatístico

Primer V5 (Clarke & Gorley, 2001).

O índice de similaridade entre as áreas pode variar entre 0 e 100%. Quanto maior for

o valor percentual obtido com a análise de similaridade, mais semelhantes são as

áreas comparadas.

35

4.1.2 Riqueza de espécies

Durante a sétima fase de campo do monitoramento pré-enchimento da avifauna na

área prevista para a UHE Colíder foram registradas, no total, 260 espécies. Este valor

é muito semelhante aos observados nas campanhas anteriores (259 espécies na sexta

fase e 264 espécies na quinta). Com as informações obtidas, foram acrescentadas 20

espécies à lista de aves, totalizando uma riqueza de 425 táxons (424 espécies e duas

subespécies de uma mesma espécie) para as sete primeiras fases de campo. Com os

resultados obtidos até então, 68.2% de toda a avifauna esperada para a região já foi

registrada.

A Tabela 7 apresenta todos os táxons esperados para a região norte do estado de

Mato Grosso, conforme pesquisa bibliográfica realizada. Nesta mesma tabela podem

ser consultados todas as espécies registradas durante as sete primeiras fases, (com a

indicação da área amostral onde cada uma foi encontrada), a indicação dos dados

citados no EIA e quais das espécies são endêmicas do Brasil.

36

TABELA 7 – LISTA DAS ESPÉCIES ESPERADAS PARA A ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER, COM A INDICAÇÃO DAS ESPÉCIES REGISTRADAS NAS SETE PRIMEIRAS FASES DE CAMPO, E AQUELAS CITADAS NO EIA DO PRESENTE EMPREENDIMENTO

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA

Struthioniformes

Rheidae

Rhea americana (Linnaeus, 1758) ema

Tinamiformes Tinamidae

Tinamus tao Temminck, 1815 azulona 7 3,7 3,4,5,6,7

Tinamus major (Gmelin, 1789) inhambu-de-cabeça-vermelha

Tinamus guttatus Pelzeln, 1863 inhambu-galinha 7 5,6 X

Crypturellus cinereus (Gmelin, 1789) inhambu-preto 1,2 1,6 3

X

Crypturellus soui (Hermann, 1783) tururim 1,2,3,5,7 3 3,7

X

Crypturellus obsoletus (Temminck, 1815) inhambuguaçu 1,2,3,5,6,7 1 1,2,3,4,5

Crypturellus undulatus (Temminck, 1815) jaó X

Crypturellus strigulosus (Temminck, 1815) inhambu-relógio 1,2,5,6,7 1,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7

Crypturellus variegatus (Gmelin, 1789) inhambu-anhangá 1 3 5

Crypturellus parvirostris (Wagler, 1827) inhambu-chororó 5

2,5,6,7 X

Crypturellus tataupa (Temminck, 1815) inhambu-chintã 1,2,3,5,6 3 6 Rhynchotus rufescens (Temminck, 1815) perdiz

Nothura maculosa (Temminck, 1815) codorna-amarela

3

Taoniscus nanus (Temminck, 1815) inhambu-carapé

Anseriformes

Anhimidae

Anhima cornuta (Linnaeus, 1766) anhuma

Anatidae

37

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA

Dendrocygninae Reichenbach, 1850 Dendrocygna bicolor (Vieillot, 1816) marreca-caneleira

Dendrocygna viduata (Linnaeus, 1766) irerê

Dendrocygna autumnalis (Linnaeus, 1758) asa-branca

3

Anatinae

Cairina moschata (Linnaeus, 1758) pato-do-mato

5

7

Sarkidiornis sylvicola Ihering & Ihering, 1907 pato-de-crista

Amazonetta brasiliensis (Gmelin, 1789) pé-vermelho

1,5

Galliformes Cracidae

Ortalis guttata (Spix, 1825) aracuã

Ortalis motmot (Linnaeus, 1766) aracuã-pequeno

Penelope superciliaris Temminck, 1815 jacupemba X

Penelope jacquacu Spix, 1825 jacu-de-spix 1,3,6,7 1,2,3,5,6 1,2,4,5

X

Aburria cujubi (Pelzeln, 1858) cujubi 3,5,6 1,2,3,6,7

X

Pauxi tuberosa (Spix, 1825) mutum-cavalo

2,3,6,7

X

Crax fasciolata Spix, 1825 mutum-de-penacho 3,7 X

Odontophoridae

Odontophorus gujanensis (Gmelin, 1789) uru-corcovado

6 2,3,5,7 6 X

Podicipediformes

Podicipedidae Tachybaptus dominicus (Linnaeus, 1766) mergulhão-pequeno

Podilymbus podiceps (Linnaeus, 1758) mergulhão-caçador

Ciconiiformes

Ciconiidae

38

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA

Jabiru mycteria (Lichtenstein, 1819) tuiuiú 3 Mycteria americana Linnaeus, 1758 cabeça-seca

3,7

3,7

Suliformes

Phalacrocoracidae

Phalacrocorax brasilianus (Gmelin, 1789) biguá 1,5,6,7

Anhingidae

Anhinga anhinga (Linnaeus, 1766) biguatinga 1,5 1,5,7

Pelecaniformes

Ardeidae Tigrisoma lineatum (Boddaert, 1783) socó-boi 1,6 3

Agamia agami (Gmelin, 1789) garça-da-mata

Cochlearius cochlearius (Linnaeus, 1766) arapapá

1,3,4

1

Zebrilus undulatus (Gmelin, 1789) socoí-zigue-zague 1 1,5 Ixobrychus exilis (Gmelin, 1789) socoí-vermelho

Nycticorax nycticorax (Linnaeus, 1758) savacu

Butorides striata (Linnaeus, 1758) socozinho 1 1,2,6

1,2,7

Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758) garça-vaqueira 1 1,2,3,4,5,6,7

Ardea cocoi Linnaeus, 1766 garça-moura

3,6,7

Ardea alba Linnaeus, 1758 garça-branca-grande 1 1,5

1,2,4,5,7

Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824) maria-faceira

Pilherodius pileatus (Boddaert, 1783) garça-real 1,5 2,3,4,5,7 1 Egretta thula (Molina, 1782) garça-branca-pequena 1 1,3,6

1

Threskiornithidae

Mesembrinibis cayennensis (Gmelin, 1789) coró-coró

5

Theristicus caudatus (Boddaert, 1783) curicaca

39

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA

Platalea ajaja Linnaeus, 1758 colhereiro Cathartiformes

Cathartidae

Cathartes aura (Linnaeus, 1758) urubu-de-cabeça-vermelha 1 1

1,5

Cathartes burrovianus Cassin, 1845 urubu-de-cabeça-amarela 1 1 1 1,7 X

Cathartes melambrotus Wetmore, 1964 urubu-da-mata 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,5,6,7 1,2,4,5,6,7 X

Coragyps atratus (Bechstein, 1793) urubu-de-cabeça-preta 1,2,4,5,6,7 1,5 1,5 1,2,4,5,6,7

Sarcoramphus papa (Linnaeus, 1758) urubu-rei 5 2,5,7 7 7 X

Accipitriformes Pandionidae

Pandion haliaetus (Linnaeus, 1758) águia-pescadora

Accipitridae

Leptodon cayanensis (Latham, 1790) gavião-de-cabeça-cinza 7

Chondrohierax uncinatus (Temminck, 1822) caracoleiro

Elanoides forficatus (Linnaeus, 1758) gavião-tesoura 2 3,7

X

Gampsonyx swainsonii Vigors, 1825 gaviãozinho

1,7 X

Elanus leucurus (Vieillot, 1818) gavião-peneira 2 Harpagus bidentatus (Latham, 1790) gavião-ripina

Accipiter poliogaster (Temminck, 1824) tauató-pintado

Accipiter superciliosus (Linnaeus, 1766) gavião-miudinho 3 6

Accipiter striatus Vieillot, 1808 gavião-miúdo Accipiter bicolor (Vieillot, 1817) gavião-bombachinha-grande

Ictinia mississippiensis (Wilson, 1811) sauveiro-do-norte 7

Ictinia plumbea (Gmelin, 1788) sovi

1

X

Busarellus nigricollis (Latham, 1790) gavião-belo

40

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Rostrhamus sociabilis (Vieillot, 1817) gavião-caramujeiro Geranospiza caerulescens (Vieillot, 1817) gavião-pernilongo

Heterospizias meridionalis (Latham, 1790) gavião-caboclo

Urubitinga urubitinga (Gmelin, 1788) gavião-preto

3

1,7

Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) gavião-carijó 1,5,6,7 1 1 1,2,3,4,5,6,7 X

Parabuteo unicinctus (Temminck, 1824) gavião-asa-de-telha

Geranoaetus albicaudatus (Vieillot, 1816) gavião-de-rabo-branco 1

1,3,4,5,7 X

Geranoaetus melanoleucus (Vieillot, 1819) águia-chilena

3

Pseudastur albicollis (Latham, 1790) gavião-branco 1,2,7 1 3 Leucopternis kuhli Bonaparte, 1850 gavião-vaqueiro

3,7

Buteo nitidus (Latham, 1790) gavião-pedrês 1,2,3,5,6 3

5,6 X

Buteo brachyurus Vieillot, 1816 gavião-de-cauda-curta 5

3 X

Buteo swainsoni Bonaparte, 1838 gavião-papa-gafanhoto X

Buteo albonotatus Kaup, 1847 gavião-de-rabo-barrado

Morphnus guianensis (Daudin, 1800) uiraçu-falso

Harpia harpyja (Linnaeus, 1758) gavião-real 7

Spizaetus tyrannus (Wied, 1820) gavião-pega-macaco 2 1,5,6 Spizaetus melanoleucus (Vieillot, 1816) gavião-pato 5

5,6 3

Spizaetus ornatus (Daudin, 1800) gavião-de-penacho

1,2,7

Falconiformes

Falconidae

Daptrius ater Vieillot, 1816 gavião-de-anta 1,5 1,2,3,5,6 7

X

Ibycter americanus (Boddaert, 1783) gralhão

X

Caracara plancus (Miller, 1777) caracará 1,5

3 1,3,4,5,6,7 X

Milvago chimachima (Vieillot, 1816) carrapateiro 1

41

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Herpetotheres cachinnans (Linnaeus, 1758) acauã 1,3,7 5,6 3,5 1,5,7 X

Micrastur ruficollis (Vieillot, 1817) falcão-caburé

7

X

Micrastur gilvicollis (Vieillot, 1817) falcão-mateiro

X

Micrastur mintoni Whittaker, 2002 falcão-críptico 1 2,3,6,7 3

Micrastur mirandollei (Schlegel, 1862) tanatau 7 2,5 Micrastur semitorquatus (Vieillot, 1817) falcão-relógio 2 3

3

Falco sparverius Linnaeus, 1758 quiriquiri 1,5,7

1,3,5,6

Falco rufigularis Daudin, 1800 cauré 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 2,3,4,5 3,4,5,7 X

Falco deiroleucus Temminck, 1825 falcão-de-peito-laranja X

Falco femoralis Temminck, 1822 falcão-de-coleira

5

Falco peregrinus Tunstall, 1771 falcão-peregrino

Eurypygiformes

Eurypygidae Eurypyga helias (Pallas, 1781) pavãozinho-do-pará 3 1,5,6

Gruiformes

Aramidae

Aramus guarauna (Linnaeus, 1766) carão 2

Psophiidae

Psophia viridis Spix, 1825 jacamim-de-costas-verdes

X

Rallidae

Aramides cajanea (Statius Muller, 1776) saracura-três-potes X

Amaurolimnas concolor (Gosse, 1847) saracura-lisa

Laterallus viridis (Statius Muller, 1776) sanã-castanha

5

Laterallus melanophaius (Vieillot, 1819) sanã-parda

Laterallus exilis (Temminck, 1831) sanã-do-capim 1,7

42

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Porzana albicollis (Vieillot, 1819) sanã-carijó 1 1 Neocrex erythrops (Sclater, 1867) turu-turu

Pardirallus nigricans (Vieillot, 1819) saracura-sanã

Gallinula galeata (Lichtenstein,1818) frango-d'água-comum

3

Porphyrio martinica (Linnaeus, 1766) frango-d'água-azul

Heliornithidae

Heliornis fulica (Boddaert, 1783) picaparra 5 3

Cariamiformes

Cariamidae Cariama cristata (Linnaeus, 1766) seriema

Charadriiformes

Charadriidae

Vanellus cayanus (Latham, 1790) batuíra-de-esporão Vanellus chilensis (Molina, 1782) quero-quero 1,2,3,4,5,6,7 5

1,2,3,4,5,6,7

Recurvirostridae

Himantopus mexicanus (Statius Muller, 1776) pernilongo-de-costas-negras

Scolopacidae

Gallinago paraguaiae (Vieillot, 1816) narceja

Gallinago undulata (Boddaert, 1783) narcejão

Actitis macularius (Linnaeus, 1766) maçarico-pintado

Tringa solitaria Wilson, 1813 maçarico-solitário Tringa melanoleuca (Gmelin, 1789) maçarico-grande-de-perna-amarela

Tringa flavipes (Gmelin, 1789) maçarico-de-perna-amarela

Jacanidae

Jacana jacana (Linnaeus, 1766) jaçanã 1,6,7

43

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Sternula superciliaris (Vieillot, 1819) trinta-réis-anão Phaetusa simplex (Gmelin, 1789) trinta-réis-grande

7

Rynchopidae

Rynchops niger Linnaeus, 1758 talha-mar

Columbiformes

Columbidae

Columbina minuta (Linnaeus, 1766) rolinha-de-asa-canela

Columbina talpacoti (Temminck, 1811) rolinha-roxa 1,3,4,5,6,7

1,2,3,4,5,6,7

Columbina squammata (Lesson, 1831) fogo-apagou 1,2 1,2,3,4,6,7 Columbina picui (Temminck, 1813) rolinha-picui

Claravis pretiosa (Ferrari-Perez, 1886) pararu-azul 2,3,7 3 3,6

X

Uropelia campestris (Spix, 1825) rolinha-vaqueira

Patagioenas speciosa (Gmelin, 1789) pomba-trocal 1,2,3,4,5,6,7 1,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 X

Patagioenas picazuro (Temminck, 1813) pombão 1,6

1,2,4,5,6,7 X

Patagioenas cayennensis (Bonnaterre, 1792) pomba-galega

X

Patagioenas plumbea (Vieillot, 1818) pomba-amargosa 1,2,3,4,5,6,7 1,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7

Patagioenas subvinacea (Lawrence, 1868) pomba-botafogo 1,2,3,4,5,6,7 1,3,4,5,6,7 1,3,4,5,6,7 X

Zenaida auriculata (Des Murs, 1847) pomba-de-bando

Leptotila verreauxi Bonaparte, 1855 juriti-pupu

X

Leptotila rufaxilla (Richard & Bernard, 1792) juriti-gemedeira 1,2 1,3,5,6,7 1,3 1 X

Geotrygon violacea (Temminck, 1809) juriti-vermelha Geotrygon montana (Linnaeus, 1758) pariri 1,3 7

X

Psittaciformes

Psittacidae

Anodorhynchus hyacinthinus (Latham, 1790) arara-azul-grande

44

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Ara ararauna (Linnaeus, 1758) arara-canindé 1,3,4,5,6,7 5 1,2,3,5,6,7 X

Ara macao (Linnaeus, 1758) araracanga 1,2,3,4,5,6,7 3,5,6,7 5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 X

Ara chloropterus Gray, 1859 arara-vermelha-grande 7

X

Ara severus (Linnaeus, 1758) maracanã-guaçu 1,2,3,4,5,6,7 3,4,5,6,7 3,5,6,7 1,2,4,5,6,7 X

Orthopsittaca manilata (Boddaert, 1783) maracanã-do-buriti 1,3,5 6,7 5 1,2,3,4,5,7 X

Primolius maracana (Vieillot, 1816) maracanã-verdadeira 2,5,6 6,7 3,7 3,4,5,6,7 X

Diopsittaca nobilis (Linnaeus, 1758) maracanã-pequena 1,2,3,4,5,6,7 3,6,7 2,5,6,7 1,2,4,5,6 X

Aratinga acuticaudata (Vieillot, 1818) aratinga-de-testa-azul

Aratinga leucophthalma (Statius Muller, 1776) periquitão-maracanã 1,2,3,5 6,7 2 2,3,4,5 X

Aratinga aurea (Gmelin, 1788) periquito-rei

Pyrrhura snethlageae Joseph & Bates, 2002 tiriba-do-madeira 1,2,3,4,5,6,7 3,5,7 2,3,4,5,6,7 1,3,5,6 X

Forpus xanthopterygius (Spix, 1824) tuim

Forpus modestus (Cabanis, 1848) tuim-de-bico-escuro 1,2 Brotogeris chiriri (Vieillot, 1818) periquito-de-encontro-amarelo 2,3,4,5,6,7 3 3,4,5 1,3,4,5,6,7

Brotogeris chrysoptera (Linnaeus, 1766) periquito-de-asa-dourada 1

1 X

Touit huetii (Temminck, 1830) apuim-de-asa-vermelha 6 6,7 3,5,6

Touit purpuratus (Gmelin, 1788) apuim-de-costas-azuis Pionites leucogaster (Kuhl, 1820) marianinha-de-cabeça-amarela 1,2,3 1,3,5,7 1,2,3,4,5,6,7

Pyrilia vulturina (Kuhl, 1820) curica-urubu

Pyrilia aurantiocephala (Gaban-Lima, Raposo &

Höfling, 2002) papagaio-de-cabeça-laranja

Pyrilia barrabandi (Kuhl, 1820) curica-de-bochecha-laranja 3,6,7 2,5,6 3,5,6

Alipiopsitta xanthops (Spix, 1824) papagaio-galego

Pionus menstruus (Linnaeus, 1766) maitaca-de-cabeça-azul 1,2,3,4,5,6,7 1,3,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,3,5,6,7 X

Amazona kawalli Grantsau & Camargo, 1989 papagaio-dos-garbes Amazona farinosa (Boddaert, 1783) papagaio-moleiro

X

45

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Amazona amazonica (Linnaeus, 1766) curica 5 X

Amazona ochrocephala (Gmelin, 1788) papagaio-campeiro 1,2,3,4,5,6,7 3 3,6,7 1,2,3,4,5,6,7 X

Amazona aestiva (Linnaeus, 1758) papagaio-verdadeiro

Deroptyus accipitrinus (Linnaeus, 1758) anacã 1,2,3,5,6,7 3,5,6,7 1,3,4,5

Opisthocomiformes Opisthocomidae

Opisthocomus hoazin (Statius Muller, 1776) cigana

Cuculiformes

Cuculidae Cuculinae

Coccycua minuta (Vieillot, 1817) chincoã-pequeno

Piaya cayana (Linnaeus, 1766) alma-de-gato 5,6,7 3,6,7 3

X

Piaya melanogaster (Vieillot, 1817) chincoã-de-bico-vermelho 1,2,5,6 1 1,3,5 Coccyzus melacoryphus Vieillot, 1817 papa-lagarta-acanelado

X

Crotophaginae

Crotophaga major Gmelin, 1788 anu-coroca 7 2,3

X

Crotophaga ani Linnaeus, 1758 anu-preto 1,2,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 Guira guira (Gmelin, 1788) anu-branco 1,5

1,2,3,4,5,6,7

Taperinae

Tapera naevia (Linnaeus, 1766) saci

Dromococcyx phasianellus (Spix, 1824) peixe-frito-verdadeiro Dromococcyx pavoninus Pelzeln, 1870 peixe-frito-pavonino 7

Neomorphinae

Neomorphus sp. jacu-estalo

Strigiformes

46

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Tytonidae Tyto alba (Scopoli, 1769) coruja-da-igreja 3,7

1,2

Strigidae

Megascops choliba (Vieillot, 1817) corujinha-orelhuda

1,4,5,6,7

Megascops usta (Sclater, 1858) corujinha-relógio 2,3,4,5,6,7 3,5,7 1,2,3,4,5,7 1,3 X

Lophostrix cristata (Daudin, 1800) coruja-de-crista 1,2,7 2,3,5

Pulsatrix perspicillata (Latham, 1790) murucututu

3

Bubo virginianus (Gmelin, 1788) jacurutu

Strix virgata (Cassin, 1849) coruja-do-mato Strix huhula Daudin, 1800 coruja-preta

Glaucidium hardyi Vielliard, 1990 caburé-da-amazônia 1

X

Glaucidium brasilianum (Gmelin, 1788) caburé 5

Athene cunicularia (Molina, 1782) coruja-buraqueira 3 1,2,3,4,5,7 Asio clamator (Vieillot, 1808) coruja-orelhuda

Asio stygius (Wagler, 1832) mocho-diabo

Caprimulgiformes

Nyctibiidae

Nyctibius grandis (Gmelin, 1789) mãe-da-lua-gigante 5 4

Nyctibius griseus (Gmelin, 1789) mãe-da-lua

3,7

X

Caprimulgidae

Nyctiphrynus ocellatus (Tschudi, 1844) bacurau-ocelado 2,3,5,6,7 3,7 1,2,3,4,5,7 Antrostomus sericocaudatus Cassin, 1849 bacurau-rabo-de-seda

Lurocalis semitorquatus (Gmelin, 1789) tuju 6,7

1

X

Hydropsalis leucopyga (Spix, 1825) bacurau-de-cauda-barrada

7

Hydropsalis nigrescens (Cabanis, 1848) bacurau-de-lajeado 1,7 3,5,7 3 4 X

47

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Hydropsalis albicollis (Gmelin, 1789) bacurau 1,2,3,4,5,6,7 1,3 1,2,3,4,5,6 1,2,3,5,6 X

Hydropsalis parvula (Gould, 1837) bacurau-chintã

3,7 3

Hydropsalis maculicauda (Lawrence, 1862) bacurau-de-rabo-maculado

Hydropsalis climacocerca (Tschudi, 1844) acurana

Hydropsalis torquata (Gmelin, 1789) bacurau-tesoura 3 3,6 Chordeiles pusillus Gould, 1861 bacurauzinho

Chordeiles nacunda (Vieillot, 1817) corucão

6

Chordeiles minor (Forster, 1771) bacurau-norte-americano

Chordeiles acutipennis (Hermann, 1783) bacurau-de-asa-fina

Chordeiles sp. bacurau

3

Apodiformes

Apodidae

Cypseloides fumigatus (Streubel, 1848) taperuçu-preto Cypseloides senex (Temminck, 1826) taperuçu-velho

Streptoprocne zonaris (Shaw, 1796) taperuçu-de-coleira-branca

Chaetura cinereiventris Sclater, 1862 andorinhão-de-sobre-cinzento

X

Chaetura egregia Todd, 1916 taperá-de-garganta-branca 1,2,6 Chaetura chapmani Hellmayr, 1907 andorinhão-de-chapman 6 1 2

Chaetura meridionalis Hellmayr, 1907 andorinhão-do-temporal

Chaetura brachyura (Jardine, 1846) andorinhão-de-rabo-curto 1,6

1 X

Tachornis squamata (Cassin, 1853) andorinhão-do-buriti 7 1,5 X

Panyptila cayennensis (Gmelin, 1789) andorinhão-estofador

7

Trochilidae

Phaethornithinae

Glaucis hirsutus (Gmelin, 1788) balança-rabo-de-bico-torto 3 2,6 3 3 X

48

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Threnetes leucurus (Linnaeus, 1766) balança-rabo-de-garganta-preta Phaethornis ruber (Linnaeus, 1758) rabo-branco-rubro 1,2,3,4,5,6,7 1,3,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7

X

Phaethornis pretrei (Lesson & Delattre, 1839) rabo-branco-acanelado

Phaethornis superciliosus (Linnaeus, 1766) rabo-branco-de-bigodes

7

X

Phaethornis malaris (Nordmann, 1835) besourão-de-bico-grande 3 Trochilinae

Campylopterus largipennis (Boddaert, 1783) asa-de-sabre-cinza 3 1 2,3

X

Eupetomena macroura (Gmelin, 1788) beija-flor-tesoura

Florisuga mellivora (Linnaeus, 1758) beija-flor-azul-de-rabo-branco Anthracothorax nigricollis (Vieillot, 1817) beija-flor-de-veste-preta 3,7 3

3 X

Avocettula recurvirostris (Swainson, 1822) beija-flor-de-bico-virado

Lophornis chalybeus (Vieillot, 1822) topetinho-verde

Discosura langsdorffi (Temminck, 1821) rabo-de-espinho Thalurania furcata (Gmelin, 1788) beija-flor-tesoura-verde 1,4,5,6 1,3,5,7 2,4,5

X

Hylocharis sapphirina (Gmelin, 1788) beija-flor-safira

7

Hylocharis cyanus (Vieillot, 1818) beija-flor-roxo

6 2,3

Amazilia versicolor (Vieillot, 1818) beija-flor-de-banda-branca 3 2,3 3 Amazilia fimbriata (Gmelin, 1788) beija-flor-de-garganta-verde

Heliodoxa aurescens (Gould, 1846) beija-flor-estrela

3

Heliothryx auritus (Gmelin, 1788) beija-flor-de-bochecha-azul 1,6 1,5,7 5

X

Heliactin bilophus (Temminck, 1820) chifre-de-ouro Heliomaster longirostris (Audebert & Vieillot,

1801) bico-reto-cinzento 7

Calliphlox amethystina (Boddaert, 1783) estrelinha-ametista

Trogoniformes Trogonidae

49

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Trogon melanurus Swainson, 1838 surucuá-de-cauda-preta 1,2,3,4,5,6,7 3,5 1,2,3,4,5,7 Trogon viridis Linnaeus, 1766 surucuá-grande-de-barriga-amarela 1,2,3,5,6,7 1,2,3,5,6,7 2,3,4,5,6,7

X

Trogon ramonianus Deville & DesMurs, 1849 surucuá-violáceo 2,5,6,7 1,5 6

Trogon curucui Linnaeus, 1766 surucuá-de-barriga-vermelha 6,7

3

X

Trogon rufus Gmelin, 1788 surucuá-de-barriga-amarela 7 1 X

Trogon collaris Vieillot, 1817 surucuá-de-coleira 5,6,7 1,2,3,5,6,7

X

Pharomachrus pavoninus (Spix, 1824) surucuá-pavão

3

X

Coraciiformes

Alcedinidae Megaceryle torquata (Linnaeus, 1766) martim-pescador-grande 2 1,2,3,4,5,6,7

1,2

Chloroceryle amazona (Latham, 1790) martim-pescador-verde 2 1,2,3,4,5,6,7

1,2

Chloroceryle aenea (Pallas, 1764) martinho 2 5

X

Chloroceryle americana (Gmelin, 1788) martim-pescador-pequeno 6 1,2,3,4,5,6,7 Chloroceryle inda (Linnaeus, 1766) martim-pescador-da-mata

3,5

X

Momotidae

Electron platyrhynchum (Leadbeater, 1829) udu-de-bico-largo

3,5

Baryphthengus martii (Spix, 1824) juruva-ruiva Momotus momota (Linnaeus, 1766) udu-de-coroa-azul 1,2,3,4,5,6,7 6 6,7

X

Galbuliformes

Galbulidae

Brachygalba lugubris (Swainson, 1838) ariramba-preta 2 X

Galbula cyanicollis Cassin, 1851 ariramba-da-mata 1,7 3,6 1

Galbula ruficauda Cuvier, 1816 ariramba-de-cauda-ruiva

1,2,3,4,5,7

5,6 X

Galbula leucogastra Vieillot, 1817 ariramba-bronzeada 1,2,3,5,6,7

1

Galbula dea (Linnaeus, 1758) ariramba-do-paraíso 1,2,3,6,7 1 1,2,3 X

50

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA

Jacamerops aureus (Statius Muller, 1776) jacamaraçu 2,3,4,5,6,7 1,2,4,5,6,7 Bucconidae

Notharchus hyperrhynchus (Sclater, 1856) macuru-de-pescoço-branco 1,3 5 2,5,7

Notharchus ordii (Cassin, 1851) macuru-de-peito-marrom 2,3,7

1,2

Notharchus tectus (Boddaert, 1783) macuru-pintado 2,6,7 3,5,6,7 5

Bucco tamatia Gmelin, 1788 rapazinho-carijó

3,6

Bucco capensis Linnaeus, 1766 rapazinho-de-colar

1,7

Nystalus striolatus (Pelzeln, 1856) rapazinho-estriado 1,2,3,5,6,7

1,2,3,4,5

Nystalus chacuru (Vieillot, 1816) joão-bobo Nystalus maculatus (Gmelin, 1788) rapazinho-dos-velhos

Malacoptila rufa (Spix, 1824) barbudo-de-pescoço-ferrugem

1

Nonnula ruficapilla (Tschudi, 1844) freirinha-de-coroa-castanha 2,3

2,4,3,6

Monasa nigrifrons (Spix, 1824) chora-chuva-preto 1,2,5,7 1,2,3,4,5,6,7 3 X

Monasa morphoeus (Hahn & Küster, 1823) chora-chuva-de-cara-branca 1,2,5,6 5 1,2,3,4,5,6

Chelidoptera tenebrosa (Pallas, 1782) urubuzinho 1,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,5 1,5,6 X

Piciformes

Capitonidae Capito dayi Cherrie, 1916 capitão-de-cinta 1,5 2,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7

Ramphastidae

Ramphastos toco Statius Muller, 1776 tucanuçu

Ramphastos tucanus Linnaeus, 1758 tucano-grande-de-papo-branco 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 X

Ramphastos vitellinus Lichtenstein, 1823 tucano-de-bico-preto 1,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,3,4,5,6

X

Selenidera gouldii (Natterer, 1837) saripoca-de-gould 1,3,5 1,2,3,6,7 1,2,3,5,6

Pteroglossus inscriptus Swainson, 1822 araçari-miudinho-de-bico-riscado 1,7 1 2,3 1 X

Pteroglossus bitorquatus Vigors, 1826 araçari-de-pescoço-vermelho 3,6,7 7 3,6 X

51

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA

Pteroglossus aracari (Linnaeus, 1758) araçari-de-bico-branco 7 X

Pteroglossus castanotis Gould, 1834 araçari-castanho 1,2,3,6,7 1,3 2,6 1,2,4,6 X

Pteroglossus beauharnaesii Wagler, 1832 araçari-mulato 2,3,5,6,7

1,4,5,6

Picidae

Picumnus aurifrons Pelzeln, 1870 pica-pau-anão-dourado 1,7 1,3,4 5 X

Picumnus albosquamatus d'Orbigny, 1840 pica-pau-anão-escamado

Melanerpes candidus (Otto, 1796) pica-pau-branco

1,3,4

Melanerpes cruentatus (Boddaert, 1783) benedito-de-testa-vermelha 1,2,3,4,5,6,7 1,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,3,5,6,7 X

Veniliornis affinis (Swainson, 1821) picapauzinho-avermelhado 1,2,3,5 1,2,3 2,3,4,5,7 X

Veniliornis passerinus (Linnaeus, 1766) picapauzinho-anão

Piculus flavigula (Boddaert, 1783) pica-pau-bufador 3,5,6,7 1,2,3,5,6 1,2,3,4,5,6

X

Piculus chrysochloros (Vieillot, 1818) pica-pau-dourado-escuro

5

Colaptes melanochloros (Gmelin, 1788) pica-pau-verde-barrado Colaptes campestris (Vieillot, 1818) pica-pau-do-campo

Celeus grammicus (Natterer & Malherbe, 1845) picapauzinho-chocolate

2,5

Celeus elegans (Statius Muller, 1776) pica-pau-chocolate

X

Celeus lugubris (Malherbe, 1851) pica-pau-louro Celeus flavus (Statius Muller, 1776) pica-pau-amarelo

2,3,7

X

Celeus torquatus (Boddaert, 1783) pica-pau-de-coleira

1

Dryocopus lineatus (Linnaeus, 1766) pica-pau-de-banda-branca 1,2,3,6,7

5 X

Campephilus rubricollis (Boddaert, 1783) pica-pau-de-barriga-vermelha 2,7 1,3,5,6,7 1,4,5 1,3 X

Campephilus melanoleucos (Gmelin, 1788) pica-pau-de-topete-vermelho

X

Passeriformes

Thamnophilidae

Myrmornithinae

52

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA

Myrmornis torquata (Boddaert, 1783) pinto-do-mato-carijó Pygiptila stellaris (Spix, 1825) choca-cantadora 2,3 1,2,3,4,5,6 1,2,4,5,6

Thamnophilinae

Microrhopias quixensis (Cornalia, 1849) ssp.

emiliae papa-formiga-de-bando

1,6

Microrhopias quixensis (Cornalia, 1849) ssp.

bicolor papa-formiga-de-bando 1 3,5 1 X

Myrmeciza hemimelaena Sclater, 1857 formigueiro-de-cauda-castanha 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 Myrmeciza atrothorax (Boddaert, 1783) formigueiro-de-peito-preto 1,2,3,6,7 1 1,3,4,5,6

Neoctantes niger (Pelzeln, 1859) choca-preta

Epinecrophylla leucophthalma (Pelzeln, 1868) choquinha-de-olho-branco 1,2,3,5 1,2,5,7 1,3,4,5,6,7

Epinecrophylla ornata (Sclater, 1853) choquinha-ornada 6 Myrmotherula brachyura (Hermann, 1783) choquinha-miúda 1,2,3,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 X

Myrmotherula sclateri Snethlage, 1912 choquinha-de-garganta-amarela 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7

Myrmotherula multostriata Sclater, 1858 choquinha-estriada-da-amazônia 1,2,3,4,5,7 1,2,3,4,5,6,7

Myrmotherula hauxwelli (Sclater, 1857) choquinha-de-garganta-clara 5,7 1,2,5,6,7 5 Myrmotherula axillaris (Vieillot, 1817) choquinha-de-flanco-branco 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 2,3,5,6 X

Myrmotherula longipennis Pelzeln, 1868 choquinha-de-asa-comprida 1 1

X

Myrmotherula menetriesii (d'Orbigny, 1837) choquinha-de-garganta-cinza 5 1,2,5 5,6

Formicivora grisea (Boddaert, 1783) papa-formiga-pardo 1,3,5 3,6 2,5,6 Formicivora rufa (Wied, 1831) papa-formiga-vermelho

Thamnomanes saturninus (Pelzeln, 1878) uirapuru-selado

Thamnomanes caesius (Temminck, 1820) ipecuá 1,2,7 1,2,3,5 1,3,5,6,7

X

Dichrozona cincta (Pelzeln, 1868) tovaquinha Megastictus margaritatus (Sclater, 1855) choca-pintada Herpsilochmus longirostris Pelzeln, 1868 chorozinho-de-bico-comprido

X

53

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Herpsilochmus rufimarginatus (Temminck, 1822)

chorozinho-de-asa-vermelha 1,2,3,4,5,6 1,2,3,4,5,6,7 1

Sakesphorus luctuosus (Lichtenstein, 1823) choca-d'água 2,5,7 1,2,3,4,5,6,7

X

Thamnophilus doliatus (Linnaeus, 1764) choca-barrada 6

2,3,5,6,7

Thamnophilus palliatus (Lichtenstein, 1823) choca-listrada 1,5 1,2,3,4,5,6,7 X

Thamnophilus schistaceus d'Orbigny, 1835 choca-de-olho-vermelho 1,2,3,4,5,6,7 1,3,5,7 1,2,3,4,5,7

Thamnophilus stictocephalus Pelzeln, 1868 choca-de-natterer 1,2,5,6,7

3,7 6 X

Thamnophilus pelzelni Hellmayr, 1924 choca-do-planalto

Thamnophilus aethiops Sclater, 1858 choca-lisa 1,5,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,5,6,7 Thamnophilus amazonicus Sclater, 1858 choca-canela 1,3,5 1,2,4,5,6,7

Cymbilaimus lineatus (Leach, 1814) papa-formiga-barrado 1,3,5 1,2,3,5,6,7 6

X

Taraba major (Vieillot, 1816) choró-boi 5

3 X

Sclateria naevia (Gmelin, 1788) papa-formiga-do-igarapé 2,5,6 X

Hypocnemoides maculicauda (Pelzeln, 1868) solta-asa 7 1,2,3,4,5,6,7

X

Hylophylax naevius (Gmelin, 1789) guarda-floresta

6

X

Hylophylax punctulatus (Des Murs, 1856) guarda-várzea 3,5 1,2,5,6 6

Pyriglena leuconota (Spix, 1824) papa-taoca 2,3 5 6 X

Myrmoborus leucophrys (Tschudi, 1844) papa-formiga-de-sobrancelha

6

Myrmoborus myotherinus (Spix, 1825) formigueiro-de-cara-preta 3,5 2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7

X

Cercomacra cinerascens (Sclater, 1857) chororó-pocuá 1,2,3,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,3,4,5,6,7

X

Cercomacra nigrescens (Cabanis & Heine, 1859)

chororó-negro 3,5 1,3,5,6

X

Cercomacra manu Fitzpatrick & Willard, 1990 chororó-de-manu

X

Drymophila devillei (Menegaux & Hellmayr, 1906)

trovoada-listrada

X

Hypocnemis striata (Spix, 1825) cantador-ocráceo 6,7 2,3,5,6 1

X

Hypocnemis hypoxantha Sclater, 1869 cantador-amarelo

54

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Willisornis poecilinotus (Cabanis, 1847) rendadinho 1,2,3,5,6,7 1,2,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 Phlegopsis nigromaculata (d'Orbigny &

Lafresnaye, 1837) mãe-de-taoca 1,2,5,6 7 1,6

Rhegmatorhina gymnops Ridgway, 1888 mãe-de-taoca-de-cara-branca

3 1,4,5

Melanopareiidae Melanopareia torquata (Wied, 1831) tapaculo-de-colarinho

Conopophagidae

Conopophaga aurita (Gmelin, 1789) chupa-dente-de-cinta

Conopophaga melanogaster Ménétriès, 1835 chupa-dente-grande

Grallariidae

Grallaria varia (Boddaert, 1783) tovacuçu

Hylopezus whittakeri (Carneiro et al., 2012) torom-carijó

1,2

Hylopezus berlepschi (Hellmayr, 1903) torom-torom Myrmothera campanisona (Hermann, 1783) tovaca-patinho

X

Formicariidae

Formicarius colma Boddaert, 1783 galinha-do-mato

1,5

X

Formicarius analis (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837)

pinto-do-mato-de-cara-preta

X

Chamaeza nobilis Gould, 1855 tovaca-estriada

X

Scleruridae Sclerurus mexicanus Sclater, 1857 vira-folha-de-peito-vermelho 5 X

Sclerurus rufigularis Pelzeln, 1868 vira-folha-de-bico-curto

Sclerurus caudacutus (Vieillot, 1816) vira-folha-pardo

Sclerurus albigularis Sclater & Salvin, 1869 vira-folha-de-garganta-cinza Dendrocolaptidae

Sittasominae

55

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Dendrocincla fuliginosa (Vieillot, 1818) arapaçu-pardo 1,2,3,4,5,6,7 1,3,5,7 2,3,4,5,7 X

Dendrocincla merula (Lichtenstein, 1829) arapaçu-da-taoca 2,3 1,3,6 6

Deconychura longicauda (Pelzeln, 1868) arapaçu-rabudo 2 1,3,5,6 5

Sittasomus griseicapillus (Vieillot, 1818) arapaçu-verde 1,3,4,5,6 3,5,7 2,7

X

Certhiasomus stictolaemus (Pelzeln, 1868) arapaçu-de-garganta-pintada 2,3,6,7 7 Dendrocolaptinae

Glyphorynchus spirurus (Vieillot, 1819) arapaçu-de-bico-de-cunha 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7

X

Xiphorhynchus ocellatus (Spix, 1824) arapaçu-ocelado

Xiphorhynchus elegans (Pelzeln, 1868) arapaçu-elegante 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 Xiphorhynchus spixii (Lesson, 1830) cf. arapaçu-de-spix

Xiphorhynchus obsoletus (Lichtenstein, 1820) arapaçu-riscado 6 1,2,3,4,5,6,7

X

Xiphorhynchus guttatus (Lichtenstein, 1820) arapaçu-de-garganta-amarela 1,2,3,5,6,7 1,2,3,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7

Campylorhamphus procurvoides (Lafresnaye, 1850)

arapaçu-de-bico-curvo 5 6

Dendroplex picus (Gmelin, 1788) arapaçu-de-bico-branco 1,3,6 3

2,3,5,6,7 X

Lepidocolaptes angustirostris (Vieillot, 1818) arapaçu-de-cerrado

Lepidocolaptes albolineatus (Lafresnaye, 1845) arapaçu-de-listras-brancas 1,2,3,5,6 3,5 1,2,3,4,5 6 X

Nasica longirostris (Vieillot, 1818) arapaçu-de-bico-comprido

5,6

Dendrexetastes rufigula (Lesson, 1844) arapaçu-galinha 1,2,5,6,7 3,5

Dendrocolaptes certhia (Boddaert, 1783) arapaçu-barrado 2,5,7 1

Dendrocolaptes picumnus Lichtenstein, 1820 arapaçu-meio-barrado 2,3 3 X

Xiphocolaptes promeropirhynchus (Lesson, 1840) arapaçu-vermelho 6 1,3 X

Hylexetastes uniformis Hellmayr, 1909 arapaçu-uniforme 2,6 5 Furnariidae

Xenops tenuirostris Pelzeln, 1859 bico-virado-fino

56

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Xenops minutus (Sparrman, 1788) bico-virado-miúdo 1,2,3,6 2,6 1,2,3,4,5,7 X

Xenops rutilans Temminck, 1821 bico-virado-carijó

X

Berlepschia rikeri (Ridgway, 1886) limpa-folha-do-buriti

Pygarrhichinae

Microxenops milleri Chapman, 1914 bico-virado-da-copa Furnariinae

Furnarius rufus (Gmelin, 1788) joão-de-barro

Ancistrops strigilatus (Spix, 1825) limpa-folha-picanço 1

Hyloctistes subulatus (Spix, 1824) limpa-folha-riscado

Automolus ochrolaemus (Tschudi, 1844) barranqueiro-camurça 1 1 1,2,3,4,5,6,7

Automolus paraensis Hartert, 1902 barranqueiro-pardo

Automolus rufipileatus (Pelzeln, 1859) barranqueiro-de-coroa-castanha

X

Hylocryptus rectirostris (Wied, 1831) fura-barreira Anabazenops dorsalis (Sclater & Salvin, 1880) barranqueiro-de-topete

Philydor ruficaudatum (d'Orbigny & Lafresnaye,

1838) limpa-folha-de-cauda-ruiva 2,7 2

Philydor erythrocercum (Pelzeln, 1859) limpa-folha-de-sobre-ruivo 1,5,6 5 3 X

Philydor erythropterum (Sclater, 1856) limpa-folha-de-asa-castanha

Philydor pyrrhodes (Cabanis, 1848) limpa-folha-vermelho 1

Simoxenops ucayalae (Chapman, 1928) limpa-folha-de-bico-virado

Synallaxinae Certhiaxis cinnamomeus (Gmelin, 1788) curutié

Synallaxis albescens Temminck, 1823 uí-pi

1,2

Synallaxis rutilans Temminck, 1823 joão-teneném-castanho

1,2,3,7 1,2,4,5,7

Synallaxis cherriei Gyldenstolpe, 1930 puruchém

Synallaxis cabanisi Berlepsch & Leverkuhn, joão-do-norte

57

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1890

Synallaxis gujanensis (Gmelin, 1789) joão-teneném-becuá

Cranioleuca vulpina (Pelzeln, 1856) arredio-do-rio

7

X

Cranioleuca gutturata (d'Orbigny & Lafresnaye, 1838)

joão-pintado

Pipridae

Neopelminae

Neopelma pallescens (Lafresnaye, 1853) fruxu-do-cerradão

3 3,5

Tyranneutes stolzmanni (Hellmayr, 1906) uirapuruzinho 1,2,3,4,5,6,7 1,3,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 X

Piprinae

Pipra fasciicauda Hellmayr, 1906 uirapuru-laranja 3,5 2,5,6

X

Pipra rubrocapilla Temminck, 1821 cabeça-encarnada 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7

X

Lepidothrix nattereri (Sclater, 1865) uirapuru-de-chapéu-branco 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 X

Manacus manacus (Linnaeus, 1766) rendeira 2,6,7

2,3

X

Heterocercus linteatus (Strickland, 1850) coroa-de-fogo

1,5,7

X

Machaeropterus pyrocephalus (Sclater, 1852) uirapuru-cigarra 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7

X

Dixiphia pipra (Linnaeus, 1758) cabeça-branca X

Ilicurinae

Chiroxiphia pareola (Linnaeus, 1766) tangará-falso

2,6

X

Antilophia galeata (Lichtenstein, 1823) soldadinho

Tityridae Oxyruncinae

Onychorhynchus coronatus (Statius Muller,

1776) maria-leque 2 1,2,6

Terenotriccus erythurus (Cabanis, 1847) papa-moscas-uirapuru 1,5 3,5,6 1,5,6 X

Myiobius barbatus (Gmelin, 1789) assanhadinho

58

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Laniisominae Schiffornis major Des Murs, 1856 flautim-ruivo

Schiffornis amazona (Sclater, 1860) flautim-da-amazônia 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7

X

Laniocera hypopyrra (Vieillot, 1817) chorona-cinza 1,2,3,5,6,7 3 2,5,7

Tityrinae Iodopleura isabellae Parzudaki, 1847 anambé-de-coroa 1,2,5,6,7 1,2 2

Tityra inquisitor (Lichtenstein, 1823) anambé-branco-de-bochecha-parda 1

Tityra cayana (Linnaeus, 1766) anambé-branco-de-rabo-preto

2

X

Tityra semifasciata (Spix, 1825) anambé-branco-de-máscara-negra 1,5,6,7 7 3 7 X

Pachyramphus castaneus (Jardine & Selby, 1827) caneleiro

Pachyramphus polychopterus (Vieillot, 1818) caneleiro-preto 1,2 1,3,7 3 5,6

Pachyramphus marginatus (Lichtenstein, 1823) caneleiro-bordado 6 1,2 Pachyramphus minor (Lesson, 1830) caneleiro-pequeno

3

Pachyramphus validus (Lichtenstein, 1823) caneleiro-de-chapéu-preto

2 5

Xenopsaris albinucha (Burmeister, 1869) tijerila

Cotingidae Cotinginae

Lipaugus vociferans (Wied, 1820) cricrió 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7

X

Porphyrolaema porphyrolaema (Deville & Sclater, 1852)

cotinga-de-garganta-encarnada

1

Gymnoderus foetidus (Linnaeus, 1758) anambé-pombo 3,6,7 3,5,6

X

Xipholena punicea (Pallas, 1764) anambé-pompadora 1,5,6 1,2,6 1,2,3,4,5,6

Cotinga cayana (Linnaeus, 1766) anambé-azul 2,6,7 1,3,5,7 2 Querula purpurata (Statius Muller, 1776) anambé-una 1,2,3,4,5,6,7 3,6 1,5 X

Cephalopterus ornatus Geoffroy Saint-Hilaire, 1809 anambé-preto 7

59

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Rupicolinae Phoenicircus nigricollis Swainson, 1832 saurá-de-pescoço-preto

Tyrannoidea

Platyrinchus saturatus Salvin & Godman, 1882 patinho-escuro

5,6

Platyrinchus coronatus Sclater, 1858 patinho-de-coroa-dourada

Platyrinchus platyrhynchos (Gmelin, 1788) patinho-de-coroa-branca

3,6,7 2

Piprites chloris (Temminck, 1822) papinho-amarelo 6,7 1,2,5,7 5 1 X

Neopipo cinnamomea (Lawrence, 1869) enferrujadinho

1,6

Rhynchocyclidae Taeniotriccus andrei (Berlepsch & Hartert,

1902) maria-bonita

Pipromorphinae

Mionectes oleagineus (Lichtenstein, 1823) abre-asa 5,6 4,5 X

Leptopogon amaurocephalus Tschudi, 1846 cabeçudo 1 2,3 2,3

Corythopis torquatus (Tschudi, 1844) estalador-do-norte

3,6,7

Rhynchocyclinae

Rhynchocyclus olivaceus (Temminck, 1820) bico-chato-grande Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825) bico-chato-de-orelha-preta 1

6 X

Tolmomyias assimilis (Pelzeln, 1868) bico-chato-da-copa 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,5,7 1,2,3,4,5,6,7

Tolmomyias poliocephalus (Taczanowski, 1884) bico-chato-de-cabeça-cinza

6

Tolmomyias flaviventris (Wied, 1831) bico-chato-amarelo 7 3 3,6 X

Todirostrinae

Todirostrum maculatum (Desmarest, 1806) ferreirinho-estriado

6

1,3,4,5,6,7 X

Todirostrum cinereum (Linnaeus, 1766) ferreirinho-relógio

Todirostrum chrysocrotaphum Strickland, 1850 ferreirinho-de-sobrancelha 7 Poecilotriccus capitalis (Sclater, 1857) maria-picaça

60

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Poecilotriccus latirostris (Pelzeln, 1868) ferreirinho-de-cara-parda 1,2,5,6 5 Myiornis ecaudatus (d'Orbigny & Lafresnaye,

1837) caçula 1,2,3,5,6,7 2,3,5,7 1,2,3,4,5,6,7

Hemitriccus minor (Snethlage, 1907) maria-sebinha 7 1,2,3 1

X

Hemitriccus griseipectus (Snethlage, 1907) maria-de-barriga-branca 2 Hemitriccus margaritaceiventer (d'Orbigny &

Lafresnaye, 1837) sebinho-de-olho-de-ouro 3,5

Hemitriccus minimus (Todd, 1925) maria-mirim 2,3,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 2,3,5,6,7 Lophotriccus galeatus (Boddaert, 1783) caga-sebinho-de-penacho 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7

Tyrannidae

Hirundineinae

Hirundinea ferruginea (Gmelin, 1788) gibão-de-couro Elaeniinae

Zimmerius gracilipes (Sclater & Salvin, 1868) poiaeiro-de-pata-fina 1

1

Inezia subflava (Sclater & Salvin, 1873) amarelinho

Euscarthmus meloryphus Wied, 1831 barulhento X

Ornithion inerme Hartlaub, 1853 poiaeiro-de-sobrancelha 1,2,3,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 Camptostoma obsoletum (Temminck, 1824) risadinha 1,2,3,5 1,2,3,4,5,6,7

3,5,6,7

Elaenia flavogaster (Thunberg, 1822) guaracava-de-barriga-amarela

Elaenia spectabilis Pelzeln, 1868 guaracava-grande Elaenia chilensis Hellmayr, 1927 guaracava-de-crista-branca Elaenia parvirostris Pelzeln, 1868 guaracava-de-bico-curto

Elaenia cristata Pelzeln, 1868 guaracava-de-topete-uniforme

3,5 X

Elaenia chiriquensis Lawrence, 1865 chibum 3 Myiopagis gaimardii (d'Orbigny, 1839) maria-pechim 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,7 Myiopagis caniceps (Swainson, 1835) guaracava-cinzenta 2 5

61

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA

Myiopagis viridicata (Vieillot, 1817) guaracava-de-crista-alaranjada Tyrannulus elatus (Latham, 1790) maria-te-viu

6

X

Capsiempis flaveola (Lichtenstein, 1823) marianinha-amarela

Phaeomyias murina (Spix, 1825) bagageiro

Tyranninae Attila cinnamomeus (Gmelin, 1789) tinguaçu-ferrugem

1

Attila spadiceus (Gmelin, 1789) capitão-de-saíra-amarelo

2,5,6,7 1,3

X

Legatus leucophaius (Vieillot, 1818) bem-te-vi-pirata 5,7 1,7 7

Ramphotrigon megacephalum (Swainson, 1835)

maria-cabeçuda

Ramphotrigon ruficauda (Spix, 1825) bico-chato-de-rabo-vermelho 6,7 1,2,3,6,7 3,7

Ramphotrigon fuscicauda Chapman, 1925 maria-de-cauda-escura

Myiarchus tuberculifer (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837)

maria-cavaleira-pequena 1,2,3,6,7 2,5,7 1,2,3,4,5

X

Myiarchus swainsoni Cabanis & Heine, 1859 irré

X

Myiarchus ferox (Gmelin, 1789) maria-cavaleira 5,6 2,7 3,5,6 Myiarchus tyrannulus (Statius Muller, 1776) maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado 3

Sirystes sibilator (Vieillot, 1818) gritador

2

X

Rhytipterna simplex (Lichtenstein, 1823) vissiá 1,3,5,6,7 1,3,6,7 2,3,5,6,7

Casiornis rufus (Vieillot, 1816) maria-ferrugem 3 5 Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) bem-te-vi 1,2,5,7 1,2,3,4,5,6,7 X

Philohydor lictor (Lichtenstein, 1823) bentevizinho-do-brejo

6

Machetornis rixosa (Vieillot, 1819) suiriri-cavaleiro

Myiodynastes maculatus (Statius Muller, 1776) bem-te-vi-rajado 3 X

Tyrannopsis sulphurea (Spix, 1825) suiriri-de-garganta-rajada Megarynchus pitangua (Linnaeus, 1766) neinei 2,3,5 3,5,7 2,3,6,7 3,5 X

62

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA

Myiozetetes cayanensis (Linnaeus, 1766) bentevizinho-de-asa-ferrugínea 1,5,6 2,3,7 3,5,6 X

Myiozetetes granadensis Lawrence, 1862 bem-te-vi-de-cabeça-cinza

Myiozetetes luteiventris (Sclater, 1858) bem-te-vi-barulhento 1,2,3,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7

Tyrannus albogularis Burmeister, 1856 suiriri-de-garganta-branca

Tyrannus melancholicus Vieillot, 1819 suiriri 1,2,3,4,5,6 1,2,3,5,6 1,3,5,6 1,3,4,5,6 X

Tyrannus savana Vieillot, 1808 tesourinha

5

Tyrannus tyrannus (Linnaeus, 1766) suiriri-valente

Griseotyrannus aurantioatrocristatus (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837)

peitica-de-chapéu-preto

Empidonomus varius (Vieillot, 1818) peitica 5

5 X

Fluvicolinae

Colonia colonus (Vieillot, 1818) viuvinha 1

X

Myiophobus fasciatus (Statius Muller, 1776) filipe 2 Sublegatus obscurior Todd, 1920 sertanejo-escuro

Pyrocephalus rubinus (Boddaert, 1783) príncipe

Fluvicola albiventer (Spix, 1825) lavadeira-de-cara-branca

Arundinicola leucocephala (Linnaeus, 1764) freirinha

Gubernetes yetapa (Vieillot, 1818) tesoura-do-brejo

Ochthornis littoralis (Pelzeln, 1868) maria-da-praia 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7

Cnemotriccus fuscatus (Wied, 1831) guaracavuçu

Lathrotriccus euleri (Cabanis, 1868) enferrujado 5 2,3,5,6,7 X

Contopus cooperi (Nuttall, 1831) piui-boreal

Contopus virens (Linnaeus, 1766) piui-verdadeiro

Satrapa icterophrys (Vieillot, 1818) suiriri-pequeno

Xolmis cinereus (Vieillot, 1816) primavera Xolmis velatus (Lichtenstein, 1823) noivinha-branca

63

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA

Vireonidae Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) pitiguari

5 X

Vireolanius leucotis (Swainson, 1838) assobiador-do-castanhal

X

Vireo olivaceus (Linnaeus, 1766) juruviara 2,5,6 1,2,5 1,2,5,6,7

X

Vireo altiloquus (Vieillot, 1808) juruviara-barbuda Hylophilus semicinereus Sclater & Salvin, 1867 verdinho-da-várzea 1,5,7 1,2,3,5,6,7 2,3 3 X

Hylophilus hypoxanthus Pelzeln, 1868 vite-vite-de-barriga-amarela 1,3,5,6,7 1,2,5,6 1,2,3,4,5,6,7

X

Hylophilus muscicapinus Sclater & Salvin, 1873 vite-vite-camurça

Hylophilus ochraceiceps Sclater, 1860 vite-vite-uirapuru 2 X

Corvidae

Cyanocorax cristatellus (Temminck, 1823) gralha-do-campo

Cyanocorax cyanopogon (Wied, 1821) gralha-cancã

3 5

Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca (Vieillot, 1817) andorinha-pequena-de-casa 5 2

2,5

Atticora fasciata (Gmelin, 1789) peitoril

Atticora tibialis (Cassin, 1853) calcinha-branca

Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817) andorinha-serradora 5,6,7 2,3,5,6,7 3,5,7

Progne tapera (Vieillot, 1817) andorinha-do-campo 7 7

Progne subis (Linnaeus, 1758) andorinha-azul

Progne chalybea (Gmelin, 1789) andorinha-doméstica-grande 1,3,5,6 1,3

1,3,5,6

Tachycineta albiventer (Boddaert, 1783) andorinha-do-rio 1,2,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 Tachycineta leucorrhoa (Vieillot, 1817) andorinha-de-sobre-branco

Riparia riparia (Linnaeus, 1758) andorinha-do-barranco

Petrochelidon pyrrhonota (Vieillot, 1817) andorinha-de-dorso-acanelado

Troglodytidae

64

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA

Microcerculus marginatus (Sclater, 1855) uirapuru-veado 5,7 1,2,5 1,3,5,6 X

Odontorchilus cinereus (Pelzeln, 1868) cambaxirra-cinzenta 1 1,3

Troglodytes musculus Naumann, 1823 corruíra 1,3,5,6,7

1,2,3,4,5,6,7 X

Campylorhynchus turdinus (Wied, 1831) catatau 1,5,6,7

X

Pheugopedius genibarbis (Swainson, 1838) garrinchão-pai-avô 1,2,3,5,6,7 2,3,5 1,2,3,4,5,7 3 Cantorchilus leucotis (Lafresnaye, 1845) garrinchão-de-barriga-vermelha 5,6 1,2,3,4,5,6,7

X

Cyphorhinus arada (Hermann, 1783) uirapuru-verdadeiro

Donacobiidae

Donacobius atricapilla (Linnaeus, 1766) japacanim 1 Polioptilidae

Ramphocaenus melanurus Vieillot, 1819 bico-assovelado 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,7 2,3,4,5,6,7

X

Polioptila paraensis Todd, 1937 balança-rabo-paraense

2

X

Turdidae Catharus fuscescens (Stephens, 1817) sabiá-norte-americano

1

Catharus minimus (Lafresnaye, 1848) sabiá-de-cara-cinza

Turdus leucomelas Vieillot, 1818 sabiá-barranco

X

Turdus fumigatus Lichtenstein, 1823 sabiá-da-mata 1 X

Turdus lawrencii Coues, 1880 caraxué-de-bico-amarelo

Turdus amaurochalinus Cabanis, 1850 sabiá-poca

Turdus albicollis Vieillot, 1818 sabiá-coleira

2,3 5,6

Mimidae Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823) sabiá-do-campo 2

2

Motacillidae

Anthus lutescens Pucheran, 1855 caminheiro-zumbidor

Coerebidae

65

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA

Coereba flaveola (Linnaeus, 1758) cambacica 3 1 1,2,3,4,5 X

Thraupidae

Saltator grossus (Linnaeus, 1766) bico-encarnado 5 1,3,6,7

X

Saltator maximus (Statius Muller, 1776) tempera-viola 1,6

1,2,7 2,3,5 X

Saltator similis d'Orbigny & Lafresnaye, 1837 trinca-ferro-verdadeiro Saltatricula atricollis (Vieillot, 1817) bico-de-pimenta

Parkerthraustes humeralis (Lawrence, 1867) furriel-de-encontro

Lamprospiza melanoleuca (Vieillot, 1817) pipira-de-bico-vermelho

X

Nemosia pileata (Boddaert, 1783) saíra-de-chapéu-preto X

Thlypopsis sordida (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) saí-canário

Tachyphonus rufus (Boddaert, 1783) pipira-preta

7

Ramphocelus carbo (Pallas, 1764) pipira-vermelha 1,2,3,5,6,7 1,2,3,4,5,6,7 3,5,6,7 X

Lanio luctuosus (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) tem-tem-de-dragona-branca 1,2,5,6 1,2,3,4,5,7 2,5,7 1 X

Lanio cristatus (Linnaeus, 1766) tiê-galo 1,2,3,5,6,7 1,2,3,5,7 2,3,5,7

X

Lanio cucullatus (Statius Muller, 1776) tico-tico-rei

Lanio versicolor (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837)

pipira-de-asa-branca

Lanio penicillatus (Spix, 1825) pipira-da-taoca

Tangara gyrola (Linnaeus, 1758) saíra-de-cabeça-castanha 2,5,6 1,2,3,6 2,4,5 Tangara schrankii (Spix, 1825) saíra-ouro

Tangara mexicana (Linnaeus, 1766) saíra-de-bando 1,2,5,6,7 1,3,5,7 2 2,3,6

Tangara chilensis (Vigors, 1832) sete-cores-da-amazônia 2,3,5,6,7 1,2,3,4,5,7 2,3,4,5,7

X

Tangara velia (Linnaeus, 1758) saíra-diamante 5,6,7 1,3,5,7 1 X

Tangara punctata (Linnaeus, 1766) saíra-negaça 7 2,7 Tangara episcopus (Linnaeus, 1766) sanhaçu-da-amazônia 5,7 7

1,3,5,6,7

66

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA

Tangara palmarum (Wied, 1823) sanhaçu-do-coqueiro 1,2,3,5,6,7 1,2,3,4,5,7 1,2,3,4,5,7 X

Tangara nigrocincta (Bonaparte, 1838) saíra-mascarada 3 1,6 1

Tangara cyanicollis (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) saíra-de-cabeça-azul 1,2,5,6,7 1,5,7 2 3,6

Tangara cayana (Linnaeus, 1766) saíra-amarela X

Cissopis leverianus (Gmelin, 1788) tietinga 5,6

X

Schistochlamys melanopis (Latham, 1790) sanhaçu-de-coleira

3,5

Paroaria gularis (Linnaeus, 1766) cardeal-da-amazônia 1 1,2,3,6

X

Tersina viridis (Illiger, 1811) saí-andorinha 3,7 6 X

Dacnis albiventris (Sclater, 1852) saí-de-barriga-branca

1

Dacnis lineata (Gmelin, 1789) saí-de-máscara-preta 2,3 1,3,5,7 2,6

Dacnis flaviventer d'Orbigny & Lafresnaye, 1837

saí-amarela

1,3 7

X

Dacnis cayana (Linnaeus, 1766) saí-azul 2,5 1,3,5 2,3,4,5,7

X

Cyanerpes nitidus (Hartlaub, 1847) saí-de-bico-curto 3,5,6 1,3 2,3,4,5

Cyanerpes caeruleus (Linnaeus, 1758) saí-de-perna-amarela 2,5,6 1,2,5,7 1,2,4,5 Cyanerpes cyaneus (Linnaeus, 1766) saíra-beija-flor 5 Chlorophanes spiza (Linnaeus, 1758) saí-verde 6 1,2,3,7 1,2

Hemithraupis guira (Linnaeus, 1766) saíra-de-papo-preto

2 6

X

Hemithraupis flavicollis (Vieillot, 1818) saíra-galega 2,6,7 1,2,3,5,7 1,2,3 Conirostrum speciosum (Temminck, 1824) figuinha-de-rabo-castanho X

Emberizidae

Zonotrichia capensis (Statius Muller, 1776) tico-tico

1,2,3,4,5,6

Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766) canário-da-terra-verdadeiro Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766) tiziu 1,2,5,6,7 1,2,5,6 Sporophila plumbea (Wied, 1830) patativa

67

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA

Sporophila lineola (Linnaeus, 1758) bigodinho Sporophila nigricollis (Vieillot, 1823) baiano 1,6

1,5,6

Sporophila caerulescens (Vieillot, 1823) coleirinho

1

Sporophila angolensis (Linnaeus, 1766) curió 1,5 3

1,5,6

Sporophila sp. coleirinho 7

Arremon taciturnus (Hermann, 1783) tico-tico-de-bico-preto 3,5,6 2,6,7 1,2

Cardinalidae

X

Piranga flava (Vieillot, 1822) sanhaçu-de-fogo

Habia rubica (Vieillot, 1817) tiê-do-mato-grosso 1 Granatellus pelzelni Sclater, 1865 polícia-do-mato 1,3,6 1,2,5,6,7

X

Cyanoloxia cyanoides (Lafresnaye, 1847) azulão-da-amazônia 1,2,3,4,5,6,7

2,5 X

Parulidae

Basileuterus culicivorus (Deppe, 1830) pula-pula Basileuterus flaveolus (Baird, 1865) canário-do-mato

3

X

Phaeothlypis rivularis (Wied, 1821) pula-pula-ribeirinho

X

Icteridae

Psarocolius decumanus (Pallas, 1769) japu 1,5,6,7 1,3,5,6,7 Psarocolius bifasciatus (Spix, 1824) japuaçu

1,2,3,7

Procacicus solitarius (Vieillot, 1816) iraúna-de-bico-branco

X

Cacicus chrysopterus (Vigors, 1825) tecelão

Cacicus haemorrhous (Linnaeus, 1766) guaxe 5 Cacicus cela (Linnaeus, 1758) xexéu 1,3,5,7 1,3,4,5,6,7

Icterus cayanensis (Linnaeus, 1766) inhapim 7 1

3 X

Gnorimopsar chopi (Vieillot, 1819) graúna

1 X

Molothrus rufoaxillaris Cassin, 1866 vira-bosta-picumã

68

Táxon Nome em Português Canteiro Reservatório Controle Entorno EIA

Molothrus oryzivorus (Gmelin, 1788) iraúna-grande 1 3,6 Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789) vira-bosta

Fringillidae

Euphonia chlorotica (Linnaeus, 1766) fim-fim 1,2,5,6,7 1,2 7 2,3,4,5,6,7

Euphonia laniirostris d'Orbigny & Lafresnaye,

1837 gaturamo-de-bico-grosso

Euphonia chrysopasta Sclater & Salvin, 1869 gaturamo-verde 2,5 1,3,5,6 5,7

Euphonia minuta Cabanis, 1849 gaturamo-de-barriga-branca

7

Euphonia xanthogaster Sundevall, 1834 fim-fim-grande Euphonia rufiventris (Vieillot, 1819) gaturamo-do-norte 1,2,3,4,5,6,7 1,2,3,4,5,7 2,3,4,5,6,7

X

Legenda: CA = Área do Canteiro de obras, RE = Área do Reservatório, CO = Área Controle, EN = Entorno (para aquelas espécies registradas na AI do empreendimento, no entanto, fora das três áreas amostrais). Também são indicadas as espécies endêmicas do Brasil (Endem. BRA)

69

4.1.3 Espécies raras, ameaçadas de extinção ou protegidas por lei

Uma espécie que pode ser considerada rara em toda a região e que foi registrada

recentemente na área da UHE Colíder é a harpia, ou também conhecida como gavião-

real (Harpia harpyja). Um indivíduo macho adulto foi visto e fotografado pela equipe

de resgate na encosta florestal presente imediatamente ao lado da área denominada

no presente estudo como área amostral do canteiro de obras. Apesar de sua

ocorrência ser esperada para a região, a harpia é um predador florestal topo de cadeia

e possui um baixo contingente populacional em toda sua área de distribuição. Desta

forma, o registro desta espécie pode ser considerado o de maior relevância para este

período em que a sétima fase de campo foi executada. Além deste indivíduo, uma

fêmea subadulta foi vista e fotografada no início de julho deste mesmo ano em outra

porção do rio Teles Pires, à jusante do eixo da barragem (obs. pess. Raphael E. F.

Santos).

4.1.4 Espécies endêmicas

Das espécies registradas apenas na sétima fase, nenhuma é considerada endêmica do

Brasil.

4.1.5 Espécies migratórias

Uma espécie migratória foi registrada nesta sétima campanha: o sauveiro-do-norte

(Ictinia mississippiensis). Este gavião se desloca dos Estados Unidos até a região do

Estado de Mato Grosso em busca de clima quente e grande oferta de alimento. Além

de predar pequenos mamíferos e répteis, consome uma grande quantidade de

insetos, abundantes na região. É comum observar a espécie se deslocando em grupos

de muitos indivíduos, no entanto, apenas um foi visto sobrevoando a área do canteiro

de obras.

4.1.6 Espécies relevantes

Das espécies registradas durante a sétima campanha, merecem destaque aquelas que

possuem poucos registros para a região e aquelas que foram registradas pela primeira

vez durante o estudo. As espécies que representam registros inéditos para o estudo

são: Leptodon cayanensis, Ictinia mississippiensis, Harpia harpyja, Micrastur ruficollis,

70

Phaetusa simplex, Ara chloropterus, Dromococcyx pavoninus, hydropsalis leucopyga,

Panyptila cayennensis, Phaethornis superciliosus, Hylocharis sapphirina, Heliomaster

longirostris, Pteroglossus aracari, Cranioleuca vulpina, Cephalopterus ornatos,

Todirostrum chrysocrotaphum, Progne tapera, Tachyphonus rufus, Sporophila sp. e

Euphonia minuta. Uma espécie que pode ser citada como incomum na área é o

rapazinho-de-colar (Bucco capensis), registrado pela segunda vez na região, na área

prevista para o reservatório.

4.1.7 Esforço amostral

O esforço amostral da sétima fase foi o mesmo empregado nas demais campanhas,

com exceção da quarta fase, que foi interrompida já no início, conforme exigido pela

SEMA e indicado pela COPEL. A Tabela 8 apresenta o esforço de cada método de

pesquisa.

TABELA 8 - ESFORÇO AMOSTRAL EMPREGADO DURANTE A SÉTIMA CAMPANHA

Método Quantidade /

área amostral

Nº de áreas

amostrais

Nº dias amostrais por fase

No da fase

Esforço total

Redes de neblina 12 3 2/área 6 864 horas-rede (31.104 h.m²)

Pontos de escuta 6 3 2/área 6 12 h

Coleta de dados não-sistematizados

- 3 2/área 6 80 h

O Gráfico 2 mostra a curva acumulada do número de espécies de avifauna registradas

durante a sétima campanha, totalizando 260 espécies.

O gráfico do número acumulado de espécies (Gráfico 3) ainda está em ascensão. Após

o incremento inicial, a curva está iniciando uma forma mais horizontal, no entanto vai

continuar ascendente em função do número de espécies ainda esperadas para o local

monitorado. A área de estudo está inserida em uma das zonas mais ricas em espécies

de aves de toda a Amazônia brasileira, portanto, presume-se que haverão inclusões

na lista de espécies até mesmo após alguns anos de pesquisa. Esta região apresenta

uma grande quantidade de espécies florestais e uma (relativamente) baixa

abundância na maioria destas espécies. Desta forma, é necessário um grande esforço

de pesquisa para que seja possível a detecção de um percentual satisfatório desta

riqueza. Considerando que a extensão dos hábitats florestais de interesse é grande,

torna-se provável que espécies inconspícuas e raras venham a ser detectadas

71

gradualmente, a medida em que o esforço aumenta e novas localidades da área de

influência do empreendimento sejam visitadas.

GRÁFICO 2 – GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA ACUMULADA DO NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS AO LONGO DA SÉTIMA FASE, TOTALIZANDO 260 ESPÉCIES

GRÁFICO 3 – GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA ACUMULADA DO NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS AO LONGO DO MONITORAMENTO. O PRIMEIRO VALOR FOI CITADO NO EIA DO REFERIDO EMPREENDIMENTO.

72

4.1.8 Comparação entre as áreas amostrais

4.1.8.1 Parcela 1 – Área Diretamente Afetada (Canteiro de Obras)

Na área do canteiro de obras foi registrado, novamente, o maior valor de riqueza

dentre os três sítios amostrais: 154 espécies, valor semelhante ao observado na fase

anterior (153 espécies). Já na fase realizada na mesma época do ano passado o valor

foi de 132 espécies. Apesar da interferência da obra (ruídos, explosões, trânsito de

trabalhadores e de máquinas, entre outros) o remanescente florestal apresenta uma

grande riqueza pela diversidade de hábitats existentes ao longo da transecção

avaliada. No entanto, foi observada uma menor abundância de espécies antes tidas

como comuns no local e a ausência de alguns elementos que frequentemente

frequentavam a área.

TABELA 9 – NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO

Etapa do monitoramento Número de espécies

Fase 01 178

Fase 02 143

Fase 03 132

Fase 04 50

Fase 05 171

Fase 06 153

Fase 07 154

4.1.8.2 Parcela 2 – Área Diretamente Afetada (Reservatório)

A riqueza obtida na área do reservatório durante a sétima campanha foi de 152

espécies, valor superior ao encontrado na campanha anterior (133 espécies).

Comparando os dados de riqueza desta sétima fase com a campanha realizada na

mesma época de 2011, o valor atual é expressivamente inferior (Tabela 10).

73

TABELA 10 – NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA DO RESERVATÓRIO EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO

Etapa do monitoramento Número de espécies

Fase 01 159

Fase 02 122

Fase 03 171

Fase 04 58

Fase 05 154

Fase 06 133

Fase 07 152

4.1.8.3 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (Área Controle)

A Área-controle, novamente, apresentou o menor número de espécies registradas

(n=86), valor ainda mais baixo que aqueles observados nas duas campanhas

anteriores e na fase realizada no mesmo período de 2011 (n=124) (Tabela 11). A

movimentação geral de aves nesta área esteve muito baixa. Este fato pode estar

relacionado a três principais fatores: 1) a modificação do ambiente florestal devido à

construção da estrada de acesso à usina, e o consequente aumento do efeito de borda

no local permitiram a colonização de espécies invasoras e generalistas (e.g. Rupornis

magnirostris, Nyctibius griseus, Megarynchus pitangua) em uma área que antes era

um remanescente contínuo de floresta de terra firme; 2) muitas espécies de aves

estão no auge do período reprodutivo, despendendo esforços no choco e criação dos

ninhegos. Desta forma, muitas aves se tornam menos conspícuas, pois não defendem

o território com muita agressividade e não encontram-se em atividade vocal; 3) uma

forte frente fria atingiu o sul e sudeste do país, chegando com menos intensidade ao

Estado de Mato Grosso, o que ocasionou uma expressiva queda nas temperaturas e

fortes ventos. Diante de condições climáticas adversas, muitas aves reduzem muito

sua atividade (em especial os insetívoros de interior da mata).

TABELA 11 – NÚMERO DE ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA ÁREA-CONTROLE EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO

Etapa do monitoramento Número de espécies

Fase 01 100

Fase 02 106

Fase 03 124

Fase 04 74

Fase 05 114

Fase 06 87

Fase 07 86

74

4.1.9 Similaridade entre as áreas

Os dados obtidos após a execução da sétima fase de campo, analisados por meio da

similaridade de Bray-Curtis, geraram um gráfico semelhante ao apresentado na

primeira fase, não havendo diferenças expressivas. Uma nova análise de presença e

ausência será efetuada após o término do monitoramento pré-enchimento para que as

similaridades sejam melhor avaliadas. Durante a execução de cada fase de campo

haverão apenas pequenas oscilações nos dados.

4.1.10 Anilhamento

Durante a sétima fase de campo do monitoramento da avifauna na área da UHE

Colíder, o mesmo esforço total de 792 horas-rede foi mantido. O número total de aves

capturadas foi de 59 indivíduos, pertencentes a 32 espécies (Tabela 12). Estes valores

são inferiores àqueles obtidos na fase anterior. Após a execução de seis campanhas, o

número total de capturas é de 484.

TABELA 12 – NÚMERO DE CAPTURAS E DE ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE O ANILHAMENTO EM CADA UMA DAS FASES DE CAMPO

Etapa do monitoramento Número de capturas Espécies capturadas

Fase 01 75 30

Fase 02 80 37

Fase 03 78 34

Fase 04 42 18

Fase 05 66 25

Fase 06 84 34

Fase 07 59 32

TOTAL 484

Nesta etapa, foram obtidas 20 recapturas de aves marcadas em campanhas

anteriores, sendo seis na área do canteiro de obras, cinco na área-controle e nove na

área do reservatório.

A área amostral que apresentou maior número de capturas foi novamente a do

reservatório, com 27 no total (Tabela 13). A área-controle apresentou o menor

número de capturas (n=14). Por fim, a área do canteiro de obras obteve 18 capturas.

Oscilações no número de espécies capturadas são normais, sendo influenciadas por

inúmeros fatores bióticos e abióticos. Diferenças nas condições climáticas existentes

em cada dia interferem expressivamente no sucesso do método, mas como não é

75

possível padronizar o fator “clima”, as coletas ocorrem em dias consecutivos e os

resultados são tratados igualmente. Mesmo assim, é importante destacar o número

bem maior de capturas obtidas na área prevista para o reservatório em comparação

com as demais áreas amostrais. Notavelmente, a área que apresenta o maior número

de capturas coincide com a área que será completamente suprimida para a formação

do reservatório. Este dado reforça o tamanho do impacto ambiental que ocorrerá

sobre as populações de aves que habitam as margens do Rio Teles Pires.

TABELA 13 – COMPARAÇÃO DO NÚMERO DE INDIVÍDUOS CAPTURADOS NAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS, NAS SETE FASES DE CAMPO

Fase do monitoramento

Canteiro de obras Reservatório Controle

Fase 01 22 27 26

Fase 02 22 45 13

Fase 03 29 23 26

Fase 04 02 00 40

Fase 05 23 40 03

Fase 06 15 50 19

Fase 07 18 27 14

Totais 131 212 141

As espécies mais capturadas durante a sétima campanha foram o arapaçu-de-bico-de-

cunha (Glyphorhynchus spirurus) (n=06), o rendadinho (Willisornis poecilinotus)

(n=06), a choquinha-de-garganta-clara (Myrmotherula hauxwelli) (n=04), o uirapuru-

de-chapéu-branco (Lepidothrix nattereri) (n=04) e o caga-sebinho-de-penacho

(Lophotriccus galeatus) (n=03). As demais espécies apresentaram um número igual

ou inferior a duas capturas.

A Tabela 14 exibe todas as espécies amostradas pelo método de captura com redes

neblina, a quantidade de indivíduos capturados de cada espécie e a taxa de captura

por parcela e total de cada espécie.

76

TABELA 14 – TAXA DE CAPTURA DAS ESPÉCIES CAPTURADAS DURANTE A SÉTIMA FASE DE CAMPO DO ANILHAMENTO REALIZADO NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA

Espécie Capt CA

Taxa CA

Capt RE

Taxa RE

Capt CO

Taxa CO

Total capt.

Taxa total

Automolus ochrolaemus 0 0,00 0 0,00 1 0,38 1 0,13

Cantorchilus leucotis 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13

Corythopis torquatus 0 0,00 2 0,76 0 0,00 2 0,25

Dendrocincla fuliginosa 1 0,38 1 0,38 0 0,00 2 0,25

Dendrocolaptes certhia 1 0,38 0 0,00 0 0,00 1 0,13

Galbula cyanicollis 1 0,38 0 0,00 0 0,00 1 0,13

Galbula ruficauda 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13

Geotrygon montana 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13

Glyphorynchus spirurus 2 0,76 2 0,76 2 0,76 6 0,76

Hypocnemoides maculicauda 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13

Lepidothrix nattereri 2 0,76 2 0,76 0 0,00 4 0,51

Lophotriccus galeatus 1 0,38 1 0,38 1 0,38 3 0,38

Machaeropterus pyrocephalus 0 0,00 0 0,00 1 0,38 1 0,13

Myiopagis gaimardii 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13

Myrmeciza hemimelaena 0 0,00 0 0,00 1 0,38 1 0,13

Myrmotherula axillaris 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13

Myrmotherula hauxwelli 4 1,52 0 0,00 0 0,00 4 0,51

Phlegopsis nigromaculata 0 0,00 2 0,76 0 0,00 2 0,25

Pipra rubrocapilla 1 0,38 0 0,00 0 0,00 1 0,13

Ramphotrigon ruficauda 1 0,38 1 0,38 0 0,00 2 0,25

Schiffornis amazona 1 0,38 1 0,38 0 0,00 2 0,25

Sittasomus griseicapillus 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13

Stelgidopteryx ruficollis 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13

Synallaxis rutilans 0 0,00 0 0,00 1 0,38 1 0,13

Thalurania furcata 0 0,00 2 0,76 0 0,00 2 0,25

Thamnomanes caesius 0 0,00 0 0,00 1 0,38 1 0,13

Thamnophilus aethiops 0 0,00 0 0,00 1 0,38 1 0,13

Tolmomyias assimilis 0 0,00 2 0,76 0 0,00 2 0,25

Tyranneutes stolzmanni 0 0,00 2 0,76 0 0,00 2 0,25

Willisornis poecilinotus 3 1,14 0 0,00 3 1,14 6 0,76

Xenops minutus 0 0,00 0 0,00 2 0,76 2 0,25

Xiphorhynchus elegans 0 0,00 1 0,38 0 0,00 1 0,13

Nota: Taxa de captura das espécies capturadas durante a sétima fase de campo do anilhamento realizado na Área de Influência Direta da UHE Colíder. A taxa de captura equivale ao número de capturas para cada 100 horas-rede (número de capturas*100 / esforço de 792 horas-rede). A taxa de captura total indica o valor geral para as três áreas amostrais e foi calculada a partir do número total de capturas, sem distinção de local. Legenda: Capt CA = número de indivíduos capturados na área do canteiro de obras; Capt RE = número de indivíduos capturados na área do reservatório; Capt CO = número de indivíduos capturados na área controle; Total capt = número total de indivíduos capturados por espécie.

O intervalo entre a Foto 7 e a Foto 16 mostra os indivíduos capturados na sétima fase

de campo do monitoramento da avifauna, nas áreas de controle, do reservatório e do

canteiro de obras.

77

FOTO 7 – ARIRAMBA-DA-MATA (Galbula cyanicollis) CAPTURADO NA ÁREA AMOSTRAL DO CANTEIRO DE OBRAS

FOTOS: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

FOTO 8 – ARAPAÇU-BARRADO (Dendrocolaptes certhia) CAPTURADO NA ÁREA AMOSTRAL DO CANTEIRO DE OBRAS.

FOTOS: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

FOTO 9 – BARRANQUEIRO-CAMURÇA (Automolus ochrolaemus) ANILHADO NA ÁREA-CONTROLE

FOTOS: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

FOTO 10 – CHOCA-LISA (Thamnophilus Aethiops), MACHO CAPTURADO NA ÁREA-CONTROLE

FOTOS: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

FOTO 11 – MACHO DE CHOQUINHA-DE-GARGANTA-CLARA (Myrmotherula hauxwelli) ANILHADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

FOTO 12 – FÊMEA DE CHOQUINHA-DE-GARGANTA-CLARA (Myrmotherula hauxwelli) ANILHADA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

78

FOTO 13 – MÃE-DE-TAOCA (Phlegopsis nigromaculata) ANILHADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

FOTO 14 – ESTALADOR-DO-NORTE (Corythopis torquatus) ANILHADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

FOTO 15 – BICO-CHATO-DE-RABO-VERMELHO (Ramphotrigon ruficauda) ANILHADO NA ÁREA-CONTROLE

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

FOTO 16 – UIRAPURUZINHO (Tyranneutes stolzmanni) ANILHADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

4.1.11 Índice Pontual de Abundância (IPA)

Durante a sétima fase de campo do monitoramento da avifauna na área da UHE

Colíder, um total de 107 espécies foram contabilizadas pelo método de contagens por

pontos de escuta.

Os dados obtidos por meio dos censos, nas três parcelas amostrais, geraram uma

tabela com o Índice Pontual de Abundância (IPA) de cada espécie registrada nas

contagens. As espécies mais frequentes, considerando o IPA geral (somatório dos

resultados obtidos nas três áreas amostrais) foram: Lipaugus vociferans (IPA=1,083),

Pipra rubrocapilla (IPA=0,583), Machaeropterus pyrocephalus (IPA=0,389),

79

Lepidothrix nattereri (IPA=0,278), Myrmotherula brachyura (IPA=0,389), Rhytipterna

simplex (IPA=0,250) e Tyranneutes stolzmanni (IPA=0,250).

Todas as demais espécies registradas por meio deste método podem ser visualizadas

na Tabela 15. Nesta tabela também pode ser consultado o número de registros que

cada espécie conteve em cada área amostral. Além do IPA geral, obtido com o

somatório de todos os contatos com todas as espécies, nas três áreas amostrais,

divididos pelo número total de amostras (n=36), foi obtido também o IPA individual

para cada área amostral. Todos estes dados podem ser comparados na Tabela 15.

TABELA 15 – ÍNDICE PONTUAL DE ABUNDÂNCIA (IPA) DAS ESPÉCIES AMOSTRADAS PELO MÉTODO DE CONTAGENS EM PONTOS DE ESCUTA EM CADA UMA DAS TRÊS ÁREAS AMOSTRAIS

Nome do táxon CA IPA CA

RE IPA RE

CO IPA CO

Total IPA

Geral Lipaugus vociferans 15 1,250 11 0,917 13 1,083 39 1,083 Pipra rubrocapilla 13 1,083 1 0,083 7 0,583 21 0,583

Machaeropterus pyrocephalus 7 0,583 5 0,417 2 0,167 14 0,389 Lepidothrix nattereri 9 0,750 1 0,083 0 0,000 10 0,278

Myrmotherula brachyura 0 0,000 4 0,333 6 0,500 10 0,278 Rhytipterna simplex 2 0,167 1 0,083 6 0,500 9 0,250

Tyranneutes stolzmanni 0 0,000 4 0,333 5 0,417 9 0,250 Cercomacra cinerascens 2 0,167 4 0,333 1 0,083 7 0,194

Myiopagis gaimardii 1 0,083 4 0,333 2 0,167 7 0,194 Myrmeciza hemimelaena 5 0,417 2 0,167 0 0,000 7 0,194

Trogon viridis 0 0,000 3 0,250 4 0,333 7 0,194 Hylophilus hypoxanthus 0 0,000 4 0,333 2 0,167 6 0,167

Myrmoborus myotherinus 4 0,333 0 0,000 2 0,167 6 0,167 Patagioenas plumbea 0 0,000 1 0,083 5 0,417 6 0,167

Thamnophilus aethiops 1 0,083 2 0,167 3 0,250 6 0,167 Melanerpes cruentatus 0 0,000 5 0,417 0 0,000 5 0,139 Pyrrhura snethlageae 3 0,250 2 0,167 0 0,000 5 0,139

Ramphotrigon ruficauda 2 0,167 2 0,167 1 0,083 5 0,139 Xiphorhynchus guttatus 3 0,250 0 0,000 2 0,167 5 0,139

Ara macao 1 0,083 1 0,083 2 0,167 4 0,111 Patagioenas subvinacea 0 0,000 3 0,250 1 0,083 4 0,111

Ramphastos tucanus 0 0,000 0 0,000 4 0,333 4 0,111 Tersina viridis 0 0,000 0 0,000 4 0,333 4 0,111

Tolmomyias assimilis 4 0,333 0 0,000 0 0,000 4 0,111 Diopsittaca nobilis 0 0,000 1 0,083 2 0,167 3 0,083

Hylophilus semicinereus 0 0,000 0 0,000 3 0,250 3 0,083 Lanio cristatus 2 0,167 1 0,083 0 0,000 3 0,083

Lophotriccus galeatus 2 0,167 0 0,000 1 0,083 3 0,083 Myrmotherula multostriata 0 0,000 0 0,000 3 0,250 3 0,083

Myrmotherula sclateri 0 0,000 2 0,167 1 0,083 3 0,083 Pionites leucogaster 3 0,250 0 0,000 0 0,000 3 0,083 Pionus menstruus 0 0,000 1 0,083 2 0,167 3 0,083

Schiffornis amazona 3 0,250 0 0,000 0 0,000 3 0,083 Thamnophilus schistaceus 1 0,083 0 0,000 2 0,167 3 0,083

Ara severus 0 0,000 2 0,167 0 0,000 2 0,056

80

Nome do táxon CA IPA CA RE

IPA RE CO

IPA CO Total

IPA Geral

Campephilus rubricollis 0 0,000 1 0,083 1 0,083 2 0,056 Cantorchilus leucotis 0 0,000 0 0,000 2 0,167 2 0,056

Crypturellus strigulosus 0 0,000 1 0,083 1 0,083 2 0,056 Dacnis cayana 2 0,167 0 0,000 0 0,000 2 0,056

Epinecrophylla leucophthalma 2 0,167 0 0,000 0 0,000 2 0,056 Euphonia chlorotica 2 0,167 0 0,000 0 0,000 2 0,056 Euphonia rufiventris 2 0,167 0 0,000 0 0,000 2 0,056

Falco rufigularis 0 0,000 2 0,167 0 0,000 2 0,056 Hemitriccus minimus 0 0,000 2 0,167 0 0,000 2 0,056 Hylocharis sapphirina 1 0,083 0 0,000 1 0,083 2 0,056

Hypocnemoides maculicauda 0 0,000 2 0,167 0 0,000 2 0,056 Leucopternis kuhli 0 0,000 0 0,000 2 0,167 2 0,056

Megarynchus pitangua 2 0,167 0 0,000 0 0,000 2 0,056 Monasa nigrifrons 0 0,000 1 0,083 1 0,083 2 0,056

Myiozetetes luteiventris 0 0,000 0 0,000 2 0,167 2 0,056 Myrmeciza atrothorax 0 0,000 2 0,167 0 0,000 2 0,056

Myrmotherula hauxwelli 0 0,000 2 0,167 0 0,000 2 0,056 Orthopsittaca manilata 0 0,000 1 0,083 1 0,083 2 0,056 Patagioenas speciosa 1 0,083 0 0,000 1 0,083 2 0,056

Phaethornis ruber 2 0,167 0 0,000 0 0,000 2 0,056 Pheugopedius genibarbis 0 0,000 2 0,167 0 0,000 2 0,056

Picumnus aurifrons 1 0,083 1 0,083 0 0,000 2 0,056 Piprites chloris 0 0,000 1 0,083 1 0,083 2 0,056

Querula purpurata 2 0,167 0 0,000 0 0,000 2 0,056 Ramphastos vitellinus 0 0,000 0 0,000 2 0,167 2 0,056

Ramphocaenus melanurus 0 0,000 2 0,167 0 0,000 2 0,056 Ramphocelus carbo 0 0,000 1 0,083 1 0,083 2 0,056 Selenidera gouldii 0 0,000 0 0,000 2 0,167 2 0,056

Stelgidopteryx ruficollis 0 0,000 0 0,000 2 0,167 2 0,056 Synallaxis rutilans 1 0,083 0 0,000 1 0,083 2 0,056

Thamnophilus stictocephalus 1 0,083 1 0,083 0 0,000 2 0,056 Tolmomyias flaviventris 0 0,000 0 0,000 2 0,167 2 0,056

Trogon collaris 0 0,000 2 0,167 0 0,000 2 0,056 Amazilia versicolor 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028

Campylopterus largipennis 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Celeus flavus 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028

Certhiasomus stictolaemus 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028 Chlorophanes spiza 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028

Cnemotriccus fuscatus 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Cranioleuca vulpina 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028 Cyanerpes caeruleus 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Cymbilaimus lineatus 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028

Dendrocincla fuliginosa 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028 Dromococcyx pavoninus 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028

Euphonia minuta 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028 Hypocnemis striata 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028

Lanio luctuosus 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028 Legatus leucophaius 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028

Leptotila rufaxilla 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028 Manacus manacus 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028

81

Nome do táxon CA IPA CA RE

IPA RE CO

IPA CO Total

IPA Geral

Microcerculus marginatus 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Momotus momota 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028

Myrmotherula axillaris 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Ornithion inerme 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028

Pachyramphus polychopterus 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028 Piaya cayana 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028

Platyrinchus platyrhynchos 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028 Primolius maracana 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028

Psarocolius bifasciatus 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028 Pteroglossus beauharnaesii 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028

Pyrilia barrabandi 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Tangara chilensis 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028

Tangara velia 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Thalurania furcata 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Tinamus guttatus 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028

Tinamus tao 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Tityra semifasciata 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Trogon melanurus 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Trogon ramonianus 0 0,000 1 0,083 0 0,000 1 0,028 Veniliornis affinis 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028

Xiphorhynchus elegans 1 0,083 0 0,000 0 0,000 1 0,028 Willisornis poecilinotus 0 0,000 0 0,000 1 0,083 1 0,028

Nota: CA = canteiro de obras; RE = reservatório; CO = área controle) e o IPA geral. As espécies estão listadas em ordem decrescente de IPA geral

4.1.12 Métodos não sistematizados

Por meio de métodos não sistematizados, aplicados aleatoriamente durante toda a

fase de campo, algumas informações puderam ser obtidas. Um total de 15 espécies,

das 20 registradas exclusivamente na sétima fase de campo, foi encontrado somente

por meio de buscas livres, sem que fosse aplicado algum tipo de método quantitativo.

Este dado reforça a importância de se aplicar buscas livres.

A Tabela 16 apresenta todos os registros inéditos obtidos durante a fase e indica

aquelas que foram encontradas por meio de métodos não sistematizados.

82

TABELA 16 – REGISTROS INÉDITOS OBTIDOS NA SÉTIMA FASE DE CAMPO, COM A INDICAÇÃO DAS ESPÉCIES ENCONTRADAS POR MEIO DE MÉTODOS SISTEMATIZADOS E NÃO SISTEMATIZADOS

Táxon Nome popular Registro por método

Não sistematizado Sistematizado

Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza X

Ictinia mississippiensis sauveiro-do-norte X

Harpia harpyja gavião-real X

Micrastur ruficollis falcão-caburé X

Phaetusa simplex trinta-réis-grande X

Ara chloropterus arara-vermelha-grande X

Dromococcyx pavoninus peixe-frito-pavonino X

Hydropsalis leucopyga bacurau-de-cauda-barrada X

Panyptila cayennensis andorinhão-estofador X

Phaethornis superciliosus rabo-branco-de-bigodes X

Hylocharis sapphirina beija-flor-safira X

Heliomaster longirostris bico-reto-cinzento X

Pteroglossus aracari araçari-de-bico-branco X

Cranioleuca vulpina arredio-do-rio X

Cephalopterus ornatus anambé-preto X

Todirostrum chrysocrotaphum ferreirinho-de-sobrancelha X

Progne tapera andorinha-do-campo X

Tachyphonus rufus pipira-preta X

Sporophila sp. coleirinho X

Euphonia minuta gaturamo-de-barriga-branca X

O intervalo entre a Foto 17 e a Foto 30 exibe os indivíduos capturados na sétima fase

de campo do monitoramento da avifauna, nas áreas de controle, do reservatório e do

canteiro de obras.

83

FOTO 17 – MACHO DE GAVIÃO-REAL (Harpia harpyja) ENCONTRADO NA ENCOSTA DA MACROÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS PELA EQUIPE DE RESGATE DE FAUNA

FOTO: RAFAEL NOEL E GUILHERME C. MARAIS, 2012

FOTO 18 – FÊMEA DE GAVIÃO-REAL (Harpia harpyja) FLAGRADA EM UM TRECHO À JUSANTE DO LOCAL PREVISTO PARA A BARRAGEM

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

FOTO 19 – GAVIÃO-BRANCO (Pseudastur albicollis) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

FOTO 20 – GAVIÃO-VAQUEIRO (Leucopternis kuhli) FOTOGRAFADO NO PONTO AMOSTRAL DO RESERVATÓRIO, NA MARGEM DO RIO TELES PIRES

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

84

FOTO 21 – CORUJA-DE-CRISTA (Lophostrix cristata) FOTOGRAFADA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

FOTO 22 – CURICA-DE-BOCHECHA-LARANJA (Pyrilia barrabandi) FOTOGRAFADA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

FOTO 23 – PEIXE-FRITO-PAVONINO (Dromococcyx pavoninus) ENCONTRADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

FOTO 24 – CAPITÃO-DE-CINTA (Capito dayi) FLAGRADO NA ÁREA-CONTROLE. CASAL VOCALIZANDO NA COPA DA FLORESTA

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

FOTO 25 – ARIRAMBA-BRONZEADA (Galbula leucogastra) FOTOGRAFADA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

FOTO 26 – RAPAZINHO-ESTRIADO (Nystalus striolatus) FOTOGRAFADO NA ENCOSTA FLORESTAL DA ÁREA DO CANTEIRO

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

85

FOTO 27 – IPECUÁ (Thamnomanes caesius) FOTOGRAFADO NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

FOTO 28 – COROA-DE-FOGO (Heterocercus linteatus) FOTOGRAFADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

FOTO 29 – POLÍCIA-DO-MATO (Granatellus pelzeni) FOTOGRAFADO NA ÁREA PREVISTA PARA O RESERVATÓRIO DA UHE COLÍDER

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

FOTO 30 – ARARA-VERMELHA-GRANDE (Ara chloropterus) FOTOGRAFADA NA ÁREA DO CANTEIRO DE OBRAS

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

4.1.13 Índice de diversidade

Considerando os dados de abundância, obtidos por meio das contagens em pontos

fixos, obteve-se um índice de diversidade de H’=4.169 para a sétima fase de campo.

4.1.14 Espécimes coletados

Um indivíduo de Dendrocolaptes certhia foi coletado com o objetivo de avaliar

variações individuais na espécie.

86

4.1.15 Considerações finais

Os resultados obtidos na sétima fase de campo foram satisfatórios. Apesar do número

total de aves capturadas (n=59) ter sido inferior à média, foram obtidas várias

recapturas e 20 espécies foram registradas pela primeira vez durante o estudo. Muitas

espécies puderam ser registradas fotograficamente e devidamente documentadas

para a área de estudo. A harpia (Harpia harpyja) foi finalmente registrada no local sob

avaliação, representando uma importante informação sobre a espécie. A presença de

predadores topo de cadeia indica que os ambientes encontram-se íntegros e

disponibilizam oferta de espécies-presa suficientes para manter populações viáveis

destes predadores.

Apesar dos bons resultados obtidos, foi observado que alguns fatores estão

interferindo na coleta de dados. O número de aves capturadas, principalmente na

área-controle, está diminuindo substancialmente. Este fato pode estar associado à

construção e utilização da estrada principal de acesso à usina. É notável que algumas

espécies que eram frequentes neste ponto amostral antes da construção da estrada

desapareceram e não foram mais registradas no local (e.g. Hylopezus whittakeri,

Xipholena punicea). A movimentação geral de aves neste ponto também reduziu

bastante, e esta redução é notada no trabalho de anilhamento, pois poucas aves têm

sido capturadas nas últimas campanhas.

Em contrapartida, o ponto amostral da área prevista para o reservatório é a que

sempre apresenta os maiores valores de abundância e taxas de captura. Isso indica

que é o local mais rico em aves e que o impacto do alagamento será expressivo. Além

disso, muitas espécies de aves possuem ocorrência restrita à mata de várzea,

presente às margens do rio Teles Pires. Espécies como Heterocercus linteatus,

Hylophylax punctulatus, Xiphorhynchus obsoletus, Nasica longirostris, entre muitas

outras, estarão completamente comprometidas com o alagamento do reservatório,

pois não terão ambiente similar nas proximidades para se estabelecer. Pode-se dizer

que as populações destas espécies estarão muito prejudicadas, até mesmo

condenadas. Para estimar o número de populações ou mesmo o tamanho populacional

destas espécies na área de supressão, seria necessário um monitoramento específico

com as mesmas. Contudo, espera-se que este número seja alto, visto que a

população total destas espécies habita especificamente a mata de várzea, e não

ocorrem em matas de terra firme. Dentre estas espécies, nenhuma é listada como

ameaçada de extinção, contudo, algumas são consideradas como raras em toda a

87

região, inclusive em áreas conservadas como o Parque Estadual do Cristalino e na

Serra do Cachimbo. Um exemplo de espécie que pode ser considerada rara e somente

foi registrada neste tipo de ambiente é o surucuá-pavão ou quetzal (Pharomachrus

pavoninus). O impacto sobre estas populações será dificilmente amenizado, visto que

os ambientes em que elas habitam será completamente suprimido para o enchimento

do futuro reservatório. Com a supressão vegetal, estas populações devem procurar

novos ambientes apropriados à sua sobrevivência. Contudo, não existem ambientes

próximos com características adequadas, e aquelas que ocorrem a jusante do

empreendimento são ocupadas por indivíduos da mesma espécies, com territórios já

demarcados.

O impacto real poderá ser adequadamente mensurado somente após o alagamento,

por meio de monitoramento específico destas populações. O monitoramento deve ser

realizado por meio de formas diferenciadas de marcação, utilizando mecanismos de

transferência de dados através de um chip instalado nos indivíduos capturados, que

registra dados sobre sua localização. Contudo, a dificuldade neste método é que o

mesmo indivíduo deve ser recapturado para remoção do chip e leitura dos dados. Para

espécies de maior porte, pode-se instalar um receptor GPS, que transmite a

localização do indivíduo com frequência diária.

Em relação à riqueza registrada durante a sétima campanha, os valores têm se

mantido muito semelhantes quando comparados às fases anteriores. Foram

registradas 260 espécies, sendo que na quinta fase foram encontradas 264, e durante

a sexta campanha foram registradas 259 espécies.

Em relação ao método de captura e marcação de aves silvestres, 59 indivíduos,

pertencentes a 32 espécies foram capturados durante a sétima campanha do

monitoramento da avifauna. Destas, 20 aves já haviam sido anilhadas em campanhas

anteriores e representam recapturas, sendo que até o momento têm-se um total de

484 capturas obtidas. Desta forma, pode-se afirmar que o anilhamento está se

aproximando do esforço ideal, quando a quantidade de capturas representam o dobro

das recapturas em cada campanha. Por outro lado, a alta taxa de recapturas pode

tanto indicar que o esforço está sendo eficiente, como também indicar que algumas

espécies estão se tornando escassas na área.

Os índices de captura em redes de neblina e de abundância foram baixos quando

comparados à outras fases, e este fato pode estar associado à intensa movimentação

da estrada de acesso (área-controle). O período reprodutivo também interfere nos

88

resultados, pois muitas espécies estavam em atividade de choco ou confecção dos

ninhos. Desta forma, não se expõe com tanta frequência e não se mostram agressivos

quando provocados pela técnica de playback.

Pouquíssimos bandos mistos foram observados, e nestes, as espécie nucleares foram

Thamnomanes caesius e Hypocnemis striata. Algumas espécies se reúnem em bando

mistos nesta época do ano com o objetivo de maximizar a obtenção de alimento por

meio do forrageamento ativo.

Diante dos dados apresentados no presente relatório, pode-se concluir que os

resultados obtidos na sétima fase de campo do monitoramento foram satisfatórios.

Espera-se que a próxima etapa, a ser realizada em outubro/novembro deste ano de

2012, apresente dados ainda melhores, pois coincidirá com o período de recrutamento

dos filhotes nascidos na presente temporada reprodutiva. Desta forma, espera-se um

maior número de aves capturadas nas redes de neblina e uma maior movimentação

geral nos ambientes avaliados.

89

4.2 MASTOFAUNA

4.2.1 Procedimentos Metodológicos

Durante a sétima fase do monitoramento da mastofauna na área da UHE Colíder

foram amostradas as mesmas três áreas ou parcelas amostrais: (1) canteiro de obras,

(2) reservatório e (3) área-controle. Os esforços de campo permaneceram os mesmos

em todas as fases.

4.2.1.1 Pequenos mamíferos não-voadores

Foram empregados dois conjuntos de métodos complementares: (1) três linhas de

armadilhas de interceptação e queda (pitfalls) e (2) 150 armadilhas de captura viva

(live traps) de dois tipos: Tomahawk® e Shermann® , sendo 50 unidades em cada

área amostral. As armadilhas de captura viva foram iscadas com uma mistura

composta por banana, paçoca de amendoim, farinha de milho, pedaços de toucinho e

sardinha. Ambos tipos de armadilhas foram revisados pela manhã a cada dia e re-

iscados conforme a necessidade.

Os dois conjuntos de métodos empregados para a captura de pequenos mamíferos

não-voadores permaneceram em funcionamento durante seis dias consecutivos,

simultaneamente nas três áreas amostrais. Todos os indivíduos capturados foram

pesados, e tomadas as seguintes medidas: comprimento da cabeça e corpo (CC),

comprimento da cauda (CA), e comprimento do pé (PÉ).

Os pequenos mamíferos não-voadores foram identificados segundo as chaves de

identificação de Gardner (2007), Bonvicino et al. (2008) e Weksler & Percequillo

(2011) e das descrições apresentadas em Rossi et al. (2011) e Oliveira & Bonvicino

(2011).

4.2.1.2 Morcegos

Para a captura de morcegos foram utilizadas 12 redes de neblina (6x3 m) que

pemaneceram abertas do pôr-do-sol até às 00:00 horas. As redes foram armadas por

duas noites consecutivas em cada parcela amostral. Os animais capturados foram

pesados e também foram tomadas as medidas de seus antebraços. Os primeiros

morcegos capturados por espécie foram sacrificados e preparados em via úmida e

90

depositados na Coleção Científica de Mastozoologia da UFPR como material

testemunho e para uma melhor definição taxonômica. Os demais indivíduos foram

identificados, marcados com anilhas numeradas em seus antebraços.

Os morcegos foram identificados segundo as chaves para a identificação de morcegos

de Vizzoto & Taddei (1973), Lim & Engstron (2001), Gardner (2007) e Miranda et al.

(2011), associada às descrições apresentadas por Simmons & Voss (1998), Barquez

et al. (1999), Reis et al. (2007) e Peracchi et al. (2011).

4.2.1.3 Mamíferos de médio e grande porte

Esses mamíferos foram registrados com o seguinte conjunto de métodos: (1) busca

ativa por vestígios (pegadas, rastros, fezes, tocas, etc.) e por registros diretos da

presença de mamíferos (visualizações, contatos auditivos, carcaças, etc.), essas

buscas se deram, a pé, de carro e de barco, distribuídas de forma equivalente entre

as três áreas amostrais; e (2) armadilhamento fotográfico, onde foram armadas

quatro armadilhas fotográficas (Trophy Cam Trail Camera – Bushnell®), sendo uma

em cada área amostral e uma quarta câmera é armada em um ponto oportunístico.

As pegadas e os rastros foram identificados segundo os guias de pegadas de González

(2001), Oliveira & Cassaro (2005), Carvalho Jr. & Luz (2008) e Mamede & Alho

(2008).

4.2.1.4 Análise dos dados

Os mamíferos foram analisados quanto ao número de espécie, famílias e ordens,

número de indivíduos (pequenos mamíferos terrestres e voadores) e número de

registros (médios e grandes mamíferos) observados em cada área de influência.

A classificação taxonômica e nomenclatura das espécies seguem Wilson & Reeder

(2005), Reis et al. (2011) e Alfaro et al. (2012).

Na avaliação da mastofauna foram utilizados os índices apresentados a seguir:

Curva de rarefação

O número de espécies é influenciado pelo número de indivíduos capturados, isto é,

quanto mais indivíduos são capturados, maior pode ser o número de espécies

registrado. De acordo com Gotelli & Colwell (2001), para minimizar esse problema, é

interessante ilustrar o aumento do número de espécies por meio de uma curva de

91

rarefação, a qual representa a expectativa estatística de uma curva de acúmulo de

espécies. A curva de acúmulo de espécies inclui o número total de espécies

observadas, durante o processo de coleta de dados, conforme são adicionados

indivíduos ou amostras ao conjunto total de dados.

De forma simplificada, a curva de rarefação é produzida por repetidas re-

amostragens, ao acaso, desse conjunto total de dados, a fim de se obter uma média

do número de espécies encontradas nas re-amostragens. Esta análise foi realizada

utilizando o programa PAST® (Hammer et al. 2011).

Índice de Diversidade e Similaridade

Foi calculado, para cada área amostral, o índice de diversidade de Shannon-Wiener

(Krebs, 1989). A comparação da riqueza e abundância de espécies entre as parcelas

foi realizada através do índice de similaridade de Bray-Curtis (Krebs, 1989).

4.2.2 Riqueza de espécies

Nessa fase do monitoramento da mastofauna foram registradas 38 espécies de

mamíferos silvestres, apresentando uma diversidade de H’=2,198. Foram obtidos

quatro novos registros nesta sétima campanha do monitoramento, sendo três

morcegos: Artibeus fimbriatus, Chiroderma trinitatum (Foto 31) e Thyroptera discifera

(Foto 32); e uma espécie de primata recentemente descrita: Callicebus vieirai (Foto

33). O registro de C. vierai foi obtido através do método de observação direta, e para

a identificação foram usados os caracteres diagnósticos citados por Gualda-Barros et

al. (2012): coloração pálida castanho acinzentado principalmente na “coroa”, nuca,

cauda, dorso e os lados dorsal dos membros; mãos, pés e ponta da cauda branco;

barriga e nos lados ventral dos membros alaranjado e coloração branca na testa e

barba, em torno do rosto escuro. As espécies registradas em todas as fases do

monitoramento, somadas àquelas registradas no EIA do mesmo empreendimento,

totalizam 116 espécies, pertencentes a 10 ordens e 31 famílias (Tabela 17).

92

FOTO 31 – MORCEGO Chiroderma trinitatum, NOVO REGISTRO OBTIDO NA SÉTIMA FASE DO MONITORAMENTO

FOTO: NATHALIA Y. K. OLIVEIRA, 2012

FOTO 32 – MORCEGO, Thyroptera discifera, NOVO REGISTRO DE FAMÍLIA (TRYROPTERIDAE)

FOTO: NATHALIA Y. K. OLIVEIRA, 2012

FOTO 33 – GUIGÓ OU ZOGUE-ZOGUE (Calicebus vieirai). NOVA ESPÉCIE DE PRIMATA RECENTEMENTE DESCRITA (GUALDA-BARROS ET AL., 2012)

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

93

TABELA 17 - MAMÍFEROS REGISTRADOS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLIDER

TÁXON Nome popular Método de Registro

Área amostral Fase do

Monitoramento EIA

Status de conservação

ORDEM DIDELPHIMORPHIA Família Didelphidae

Caluromys lanatus (Olfers, 1818) cuíca-lanosa OD Co 2 - -

Caluromys phylander (Linnaeus, 1758) cuíca-lanosa CP Re 3 - -

Didelphis marsupialis Linnaeus, 1758 gambá-de-orelha-preta - - - X -

Gracilinanus agilis (Burmeister, 1854) guaiquica - - - X -

Cryptonanus sp. guaiquica CP Re,Co 1 - -

Marmosa murina (Linnaeus, 1758) guaiquica CP Re,Co 1,2,3 X -

Marmosops bishopi (Pine, 1981) cuica CP Re 7 X -

Marmosops parvidens (Tate, 1931) cuíca - - - X -

Marmosops sp. cuíca - - - X -

Micoureus demerarae (Thomas, 1905) cuíca - - - X -

Micoureus constantiae (Thomas, 1904) cuíca CP Re 1 - DD Monodelphis brevicaudata (Erxleben,

1777) cuica CP Re,Co 1,6 X -

Monodelphis kunsi Pine, 1975 cuica CP Co,Re 1,5 X DD

ORDEM CINGULATA

Família Dasypodidae

Dasypus novemcinctus Linnaeus, 1758 tatu-galinha PE,TO,ENT Ca,Re,En 1,3,5 X -

Dasypus kappleri (Desmarest, 1804) tatu-quinze-

quilos OD,TO,ENT Ca,Co,En 1,2 X -

Euphractus sexcinctus (Linnaeus, 1758) tatu-peba OD,PE,TO Ca,Re,Ca,En 1 X -

Tolipeutes matacus (Desmarest, 1804) tatu-bola - - - X DD

Cabassous unicinctus (Linnaeus, 1758) tatu-de-rabo-mole

CP Ca 2,5 - -

94

TÁXON Nome popular Método de Registro Área amostral

Fase do Monitoramento EIA

Status de conservação

Priodontes maximus (Kerr, 1792) tatu-canastra PE,ENT,AF,TO Re,Ca,Co 1,3,5,7 X VU

ORDEM PILOSA Família Myrmecophagidae

Tamandua tetradactyla (Linnaeus, 1758) tamanduá-mirim OD,ENT,AF Ca,Re,Co 1,5,6,7 X -

Myrmecophaga tridactyla (Linnaeus, 1758)

tamanduá-bandeira ENT En 1 X VU

Família Megalonychidae

Choloepus hoffmanni Peters, 1858 preguiça-real RES Ca 3 - -

ORDEM PRIMATES Família Atelidae

Ateles marginatus (É. Geoffroy, 1809) macaco-aranha-de-cara-branca

OD,CA Ca,Re,Co,En 1,2,3,4,5,6,7 - EN

Ateles chamek (Humboldt, 1812) macaco-aranha OD,CA Re 1,2,3,5,6 X -

Alouatta discolor (Sipx 1823) bugio OD Ca,Co 3,6 - -

Família Cebidae

Mico emiliae (Thomas, 1920) sagui OD,CA Ca, Em 1,3,5,6 X -

Sapajus apella (Linnaeus, 1758) macaco-prego OD,CA Ca,Re,Co,En 1,2,3,4,5,6,7 X -

Sapajus albifrons (Humboldt, 1812) caiarara - - - X DD

Família Pitheciidae

Callicebus molock (Hoffmannsegg, 1807)

guigó, zogue-zogue OD,CA Re,Co 1,2,3,6 X -

Callicebus vieirai Gualda-Barros, Nascimento & Amaral, 2012

guigó, zogue-zogue

OD Re 7 _ _

Chiropotes albinasus (I. Geoffroy & Devile, 1848)

cuxiú-de-nariz-vermelho OD,CA Ca,Re,Co 2,3,5 - -

Pithecia irrorata Gray, 1842 parauacú - - - X -

Família Aotidae Aotus infulatus (Khul, 1820) macaco-da-noite OD,CA Ca 2,3 X -

95

TÁXON Nome popular Método de Registro Área amostral

Fase do Monitoramento EIA

Status de conservação

ORDEM CHIROPTERA

Família Embalonuridae Rhynchonycteris naso (Wied-Neuwied,

1820) morcego CP,OD Re 1,2 - -

Família Mormoopidae Peropteryx macrotis (Wagner, 1842) morcego - - - X -

Família Phyllostomidae

Phyllostomus hastatus (Pallas, 1767) morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5,6 X -

Phyllostomus discolor Wagner, 1843 morcego CP Ca,Re,Co 1,3,6 X - Phyllostomus elongatus (É. Geoffroy,

1810) morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,6,7 - -

Phyllostomus latifolius (Thomas, 1901) morcego CP Ca 3,5 - DD

Phylloderma stenops Peters, 1865 morcego CP Co 2 - -

Chrotopterus auritus (Peters, 1856) morcego RES - 3 X -

Lophostoma silvicolum d’Orbigny, 1836 morcego - - - X -

Lophostoma brasiliense Peters, 1866 morcego CP Ca 5 X -

Trachops cirrhosus (Spix, 1823) morcego CP Co,Re 1,6 X -

Micronycteris megalotis Gray, 1842 morcego - - - X -

Trinycteris nicefori (Sanborn, 1942) morcego CP Co,Re 1,7 - - Lampronycteris brachyotis (Dobson,

1879) morcego CP Co 3 - -

Glyphonycteris silvestris (Thomas, 1896)

morcego CP Re 3 - -

Lionycteris spurrelli Thomas, 1903 morcego - - - X -

Lonchophylla mordax Thomas, 1903 morcego - - - X DD

Lonchophylla thomasi Allen, 1904 morcego CP Co 5 - -

Glossophaga soricina (Pallas, 1766) morcego CP Ca 7 X -

Choeroniscus minor (Peters, 1868) morcego CP Ca,Re 3 X -

96

TÁXON Nome popular Método de Registro Área amostral

Fase do Monitoramento EIA

Status de conservação

Desmodus rotundus (É. Geoffroy, 1810) morcego-vampiro CP,VE Ca,Re 1,2,7 X -

Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) morcego CP Ca,Re,Co,En 1,2,3,5,6,7 X -

Rhinophylla pumilio Peters, 1865 morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5,6,7 X -

Rhinophylla fischerae Carter, 1966 morcego - - - X DD

Dermanura cinerea (Gervais, 1856) morcego - - - X -

Dermanura gnoma Handley, 1987 morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5,6,7 - -

Artibeus lituratus (Olfers, 1818) morcego CP Ca,Re,Co 1,3,5,6,7 X -

Artibeus planirostris (Spix, 1823) morcego CP Ca,Co,Re 1,2,3,5,6,7 X -

Artibeus obscurus (Schinz, 1821) morcego CP Ca,Co,Re 1,2,3,5,6,7 X -

Artibeus fimbriatus Gray, 1838 morcego CP Co 7 - -

Chiroderma trinitatum Goodwin,1958 morcego CP Re 7 - -

Mesophylla macconnelli Thomas, 1901 morcego CP Ca,Co 3,7 X -

Platyrrhinus lineatus (É. Geoffroy, 1810) morcego - - - X - Platyrrhinus fusciventris Velazco,

Gardner & Patterson, 2010) morcego CP Co 5 - -

Platyrrhinus sp.

CP Ca,Re 6,7 - -

Uroderma magnirostrum Davis, 1968 morcego - - - X -

Uroderma bilobatum Peters, 1866 morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5,7 X -

Vampyressa pusilla (Wagner, 1843) morcego CP Ca 1,2 - -

Familia Mormoopidae

Pteronutus parnellii (Gray, 1843) morcego CP Ca,Re,Co 1,2,3,5,6,7 X -

Pteronotus personatus (Wagner, 1843) morcego CP Re 5 - -

Família Noctilionidae

Noctilio albiventris Desmarest, 1818 morcego-pescador-pequeno

OD Re 2,7 - -

Família Thyropteridae

97

TÁXON Nome popular Método de Registro Área amostral

Fase do Monitoramento EIA

Status de conservação

Thyroptera discifera Lichtenstein e Peters, 1855 morcego CP Co 7 - -

Familia Molossidae

Molossus molossus (Pallas, 1766) morcego RES Ca 3 X -

Molossus rufus (É. Geoffroy, 1805) morcego RES Ca 3 - -

Família Vespertilionidae Myotis nigricans (Schinz, 1821) morcego CP,RES Ca,Re,Co 1,3

- -

Myotis cf. riparius Handley, 1960 morcego CP Co 3 - -

Myotis sp. morcego CP Co,Re 7 - -

ORDEM CARNÍVORA

Família Canidae

Cerdocyon thous (Linnaeus, 1766) graxaim PE,OD,AF,ENT Ca,Re,Co,En 1,2,3,4,5,6,7 X -

Atelocynus microtis (Sclater, 1883) cachorro-deo-

mato-de-orelha-curta

OD Ca 1 X DD

Speothos venaticus (Lund, 1842) cachorro-vinagre - - - X VU

Família Felidae

Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758) jaguatirica PE,ENT,AF Ca,Co,Re 1,3,5,6,7 X VU

Leopardus tigrinus (Schreber, 1775) gato-do-mato - - - X VU

Puma yagouaroundi (Lacépède, 1809) gato-mourisco OD,ENT Ca,Em 1,2,5 X -

Puma concolor (Linnaeus, 1771) puma PE,ENT Re,Em 1,7 X VU

Panthera onca (Linnaeus, 1758) onça-pintada OD,PE,CA,ENT,AF,FE

Re,Ca 1,2,3,5,6 X VU

Família Mustelidae Eira barbara (Linnaeus, 1758) irara OD,RES Ca,Co 3,4,6,7 X -

Galictis vittata (Schreber, 1776) furão CÇ Em 3 - -

Lontra longicaudis (Olfers, 1818) lontra ENT,PE Re 1,2 X -

98

TÁXON Nome popular Método de Registro Área amostral

Fase do Monitoramento EIA

Status de conservação

Pteronura brasiliensis (Gmelin, 1788) ariranha ENT,OD,AF Re 1,2,3,6,7 X VU

Mustela africana Desmarest, 1818 doninha-

amazônica OD Ca 3 - DD

Família Procyonidae

Procyon cancrivorus (Cuvier, 1798) mão-pelada PE Re,Co 1,2,3 X -

Nasua nasua (Linnaeus, 1766) quati ENT,CÇ Ca 1,2,7 X -

Potos flavus (Schreber, 1774) jupará OD,ENT,CA Ca,Re,Co 1,3,4,5,6 X -

ORDEM ARTIODACTYLA

Família Cervidae Mazama gouazoubira (Fischer, 1814)

veado-catingueiro

OD,PE,ENT Ca,En,Co 1,2,3,5,6,7 X -

Mazama americana (Erxleben, 1777) veado-mateiro ENT Ca,En 1 X -

Família Tayassuidae Pecari tajacu (Linnaeus, 1758) cateto PE,OD,ENT,AF Ca,Re,Co,En 1,2,3,5,6 X -

Tayassu pecari (Link, 1795) queixada PE,OD,AF,ENT,CÇ

Ca,Re,Co 1,2,3,5,6,7 X -

ORDEM PERISSODACTYLA Familia Tapiridae

Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758) anta OD,PE,ENT,AF Ca,Re,Co,En 1,2,3,5,6,7 X -

ORDEM RODENTIA Família Sciuridae

Guerlinguetus gilvigularis (Wagner, 1842)

caxinguelê OD,CÇ Ca,Em,Re 1,2,3 - -

Sciurillus pusillus (É. Geoffroy, 1803) coatipuruzinho OD Co 4 - -

Família Caviidae

Hydrochoerus hydrochaeris (Linnaeus, 1766)

capivara CÇ,OD,PE,ENT,FE

Ca,Re 1,2,3,5,7 X -

Cavia porcellus (Linnaeus, 1758)* preá - - - X -

99

TÁXON Nome popular Método de Registro Área amostral

Fase do Monitoramento EIA

Status de conservação

Família Erethizontidae

Coendou prehensilis (Linnaeus, 1758) ouriço-cacheiro OD Ca,Re 1,5 X -

Família Dasyproctidae

Dasyprocta leporina (Linnaeus, 1758) cotia PE,ENT,AF,OD Ca,Co,En 1,2,3,5 X -

Família Cuniculidae

Cuniculus paca (Linnaeus, 1758) paca ENT,PE,AF Ca,Re 1,2,5,7 X -

Família Cricetidae

Neacomys spinosus (Thomas, 1882) rato-de-espinho-pequeno

- - - X -

Oecomys bicolor (Thomas, 1860) rato-da-árvore CP Re,Co 1,2,3,5 X -

Oecomys cf. trinitatis Thomas, 1903 rato-da-árvore - - - X -

Oecomys roberti (Thomas, 1904) rato-da-árvore - - - X -

Eurioryzomys nitidus (Thomas, 1884) rato-do-mato - - - X -

Necromys lasiurus (Lund, 1841) rato-do-mato CP Co 1 - - Hylaeamys megacephalus (Fischer,

1814) rato-do-mato - - - X -

Rhipidomys emiliae (J.A. Allen 1916) rato-do-mato CP Re 1 X -

Família Echimidae

Proechimys longicaudatus (Rengger, 1830)

rato-de-espinho CP Co 1,2,3,5 - -

ORDEM LAGOMORPHA Família Leporidae

Silvilagus brasiliensis (Linnaeus, 1758) tapeti OD En 1 X -

Nota: Táxons/Espécie, seguida de seu nome popular; do método de registro (OD = observação direta, PE = pegada, FE, fezes, CÇ = carcaça, CA = Contato auditivo, CP = Captura, AF = armadilha fotográfica, ENT = entrevista, TO = toca, VE = vestígios, RES = capturada pelo resgate de fauna); área amostral (Ca = Canteiro de Obras, Re = Reservatório, Co = Área controle e En = entorno da área de influência); Fase de campo em que ocorreu o registro (em números arábicos respectivos às fases de campo do monitoramento de fauna); EIA (espécie registrada pela equipe do EIA) e Status de conservação no Brasil (segundo Chiarello et al. 2008) (CR = Criticamente em Perigo, EN = Em perigo, VU = Vulnerável e DD = Dados insuficientes).

100

4.2.3 Espécies ameaçadas

Foi registrada uma espécie ameaçada de extinção durante a sétima campanha: o

macaco-aranha-da-cara-branca (Ateles marginatus) (EN) (Foto 34). Entre as espécies

ameaçadas, os animais de grande porte, como carnívoros e primatas, representam os

grupos sob o maior risco de extinção (Drummont et al. 2005). O macaco-aranha-de-

cara-branca, assim como os demais primatas, sofre com a fragmentação e

descaracterização ambiental uma vez que são essencialmente arborícolas e

dependentes de ambientes florestados e contínuos.

FOTO 34 – MACACO-ARANHA-DE-CARA-BRANCA (Ateles marginatus), ESPÉCIE AMEAÇADA DE EXTINÇÃO SOB A CATEGORIA EN (EM PERIGO). ESSA ESPÉCIE OCORRE SOMENTE NA MARGEM DIREITA DO RIO TELES PIRES

FOTO: RAFAEL BALESTRIN, 2012

FOTO 35 – MACACO-ARANHA-DE-CARA-BRANCA (Ateles marginatus), ESPÉCIE AMEAÇADA DE EXTINÇÃO SOB A CATEGORIA EN (EM PERIGO)

FOTO: RAFAEL BALESTRIN, 2012

FOTO 36 – MACACO-ARANHA-DE-CARA-PRETA (Ateles chamek), ESPÉCIE RESTRITA À MARGEM ESQUERDA DO RIO TELES PIRES

FOTO: RAPHAEL E. F. SANTOS, 2012

101

4.2.4 Espécies endêmicas

As espécies endêmicas registradas durante a sétima campanha foram aquelas

endêmicas da Amazônia: Ateles marginatus e Dermanura gnoma (van Roosmalen et

al. 2002; Reis et al. 2007, 2008, 2011). Essas espécies sofrem com a perda de

hábitat e são vulneráveis à fragmentação e descaracterização ambiental (Chiarello et

al., 2008).

4.2.5 Espécies raras

Não foram registradas espécies consideradas raras na sétima fase do monitoramento.

Ainda não é conhecido o real status do primata descrito recentemente (Callicebus

vieirai), portanto não é possível classificá-lo como raro, mesmo tendo sido encontrado

somente agora na região. Avaliações futuras mais precisas poderão contribuir com a

determinação de seu status local.

4.2.6 Espécies migradoras e suas rotas

Não foram registradas espécies migradoras dentre os mamíferos em nenhuma das

fases do monitoramento.

4.2.7 Espécies Bioindicadoras

As diferentes espécies de mamíferos apresentam diferentes exigências ecológicas em

nichos temporal, espacial e trófico. As espécies de mamíferos indicadoras de

qualidade ambiental para esse tipo de empreendimento podem ser aquelas de hábitos

aquáticos e semi-aquáticos, por estarem diretamente relacionadas aos impactos de

um represamento. Entre essas espécies destacam-se a lontra (Lontra longicaudis), a

ariranha (Pteronura brasiliensis), a capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) e a paca

(Cuniculus paca).

A paca comumente habita o ambiente ribeirinho e está diretamente associada à

existência de florestas ciliares em bom estado de conservação (Nowak, 1999). Em

locais muito alterados, onde este tipo de formação florestal inexiste ou já foi muito

modificada, esta espécie pode se tornar escassa ou até mesmo extinta localmente,

devido às exigências da espécie.

102

A capivara (Foto 37) é um animal que geralmente se adapta bem a alterações

ambientais, em especial em empreendimentos hidrelétricos, podendo ser afetada

positivamente com a presença de um lago (Ibama, 2000). Inclusive, o aumento

desequilibrado em suas populações, pode causar até mesmo prejuízos econômicos e

sanitários.

Além das espécies ligadas ao ambiente aquático, as espécies florestais também

sofrem impactos ligados à supressão dos ambientes florestados e perda de habitat.

Em especial os primatas podem ser considerados bons indicadores por serem

exclusivamente florestais, sofrendo bastante com a descaracterização, a

fragmentação e a redução florestal. Grandes carnívoros também são importantes

bioindicadores, por suas necessidades ambientais e de uma comunidade estruturada

de presas (Rodrigues et al. 2002).

FOTO 37 – CAPIVARA (Hydrochoerus hydrochaeris), NA ÁREA DO RESERVATÓRIO

FONTE: JOÃO E. BRITO, 2012

4.2.8 Espécies exóticas

Não foram registradas espécies exóticas vivendo de forma livre nas áreas de estudo

durante a sétima fase de campo.

103

4.2.9 Espécies cinegéticas

Mamíferos de médio e grande porte são grandes alvos de práticas de atividades

cinegéticas que incluem caças esportivas, profissionais e para fins de subsistência. Na

área de estudo ocorrem espécies as quais sofrem grande pressão de caça, como a

paca (Cuniculus paca), a anta (Tapirus terrestris) (Foto 38), o cateto (Pecary tajacu) e

o queixada (Tayassu pecari). A caça ilegal é um dos principais fatores causadores de

ameaças às populações brasileira destes animais (Chiarello et al., 2008). Além de

extinções locais, a intensa pressão de caça também promove a ruptura de interações

ecológicas que garantem a manutenção da diversidade biológica (Travassos, 2011).

FOTO 38 – FOTO DE ARMADILHAMENTO FOTOGRÁFICO DE UMA ANTA (Tapirus terrestris) OBTIDA NA SÉTIMA CAMPANHA, ESPÉCIE DE INTERESSE CINERGÉTICO.

FOTO: CAMERA TRAP, 2012

4.2.10 Espécies de importância econômica

Algumas espécies podem ter alguma importância econômica como por exemplo os

macacos do gênero Cebus, que podem causar algum prejuízo econômico em

plantações de mandioca, milho e cana-de-açúcar. Espécies de carnívoros podem ter

importância econômica, quando ligados a predação de animais domésticos. A

alteração e destruição de ambientes naturais podem reduzir a disponibilidade de

presas naturais e forçar grandes carnívoros a viver em contato com estoques de

animais domésticos, que podem ser usados como presas (Conforti, 2006). A

104

retaliação contra animais que predam estoques domésticos tem sido um meio de

redução de populações de grandes carnívoros (Azevedo, 2006).

4.2.11 Espécies de risco epidemiológico

Mamíferos podem ser reservatórios e portadores de zoonoses de potencial

significância para a saúde pública. A fauna silvestres, de hábitos sinantrópicos, podem

atuar como reservatórios, facilitando o surgimento de novos casos de doenças

parasitarias em humanos. Perturbações na demografia de populações silvestres

causadas por ação antrópica em ambientes naturais podem promover o contato de

populações humanas com epizootias, antes restritas ao ciclo silvestre. Na Tabela 18

são apresentadas algumas das principais zoonoses que podem ser transmitidas por

mamíferos silvestres.

TABELA 18 – PRINCIPAIS ZOONOSES ADQUIRIDAS DE MAMÍFEROS SILVETRES, RESPECTIVOS AGENTES ETIOLÓGICOS E VIAS DE TRANSMISSÃO (ADAPTADO DE BARBOSA ET AL. 2011.)

DOENÇA NO HOMEM AGENTE ETIOLÓGICO RESERVATÓRIOS

ANIMAIS VIAS DE

TRANSMISSÃO

BACTÉRIAS

Anthrax Bacillus anthracis Mamíferos Fecal-oral e vetores

Botulismo Toxinas de C. botulinum Aves e mamíferos Fecal-oral

Brucelose Brucella spp. Ungulados, marsupiais e

mamíferos Fecal-oral

Campilobacteriose Campilobacter jejuni Aves e mamíferos Digestiva

Cinomose Pseudomonas mallei Equídeos e carnívoros Aerógena

Clostridiose Clostridium spp. Animais silvestres em geral Diversas formas

Colibacilose Escherichia coli Animais silvestres em geral Fecal-oral

Doença de Lyme Borrelia burgdorferi Mamíferos Picada de vetores

Febre maculosa Ricketsia rickettsii Marsupiais, roedores e

lagomorfos Picada de carrapato

Hanseníase Mycobacterium leprae Primatas, tatus Inalação, contato direto

Leptospirose Leptospira interrogans Mamíferos Contato direto

Micobacterioses atípicas Mycobacterium spp. Peixes, aves mamíferos e

répteis Aerógena e digestiva

Pasteurelose Pasteurella multocida Aves e mamíferos Aerógena e digestiva

Peste Yersinia pestis Roedores e marsupiais Vetores ou contato com

feridas

Pseudotuberculose Yersinia

pseudotuberculosis Aves e mamíferos Fecal-oral

Salmonelose Salmonella spp. Aves, mamíferos e répteis Fecal-oral

Shiguelose Shiguela dysenteriae Primatas Fecal-oral

Tétano Clostridium tetani Mamíferos Contato com feridas

Tuberculose Mycobacterium spp. Mamíferos e aves Aerógena, digestiva

VÍRUS

Dengue silvestre Flavivirus Cebídeos Vetor-mosquito

Encefalite equina do Leste Alphavirus Aves e roedores Vetor-mosquito

105

DOENÇA NO HOMEM AGENTE ETIOLÓGICO RESERVATÓRIOS

ANIMAIS VIAS DE

TRANSMISSÃO

Febre Aftosa Aphtovirus Artiodátilos Aerógena e secreções

Febre Amarela Flavivirus Primatas Vetor-mosquito

Febre de Mayaro Alphavirus Saguis, bugios Vetor-mosquito

Hepatite A Picornavirus Primatas Fecal-oral

Herpes Herpesvirus simiae Primatas Saliva, arranhadura

Herpes simples tipo I Herpesvirus hominis Primatas Saliva

Raiva Lyssavirus Mamíferos Saliva, mordida, arranhadura

Sarampo Morbilivirus Primatas Aerógena

Varíola Orthopoxvirus Primatas Direta

PROTOZOÁRIOS

Criptosporidiose Criptosporidium spp. Peixes, aves mamíferos e répteis

Fecal-oral

Doença de Chagas Trypanosoma cruzi Mamíferos Contato com fezes de vetores

Giardíase Giardia lambia Aves e mamíferos Fecal-oral

Leishmaniose cutânea Leishmania braziliensis Roedores e marsupiais Picada do vetor flebotomíneo

Leishmaniose visceral Leishmania chagasi Canídeos Picada do vetor flebotomíneo

Malária dos primatas Plasmodium spp. Primatas Picada do vetor

Sarcocistose Sarcocystis spp. Felídeos e animais endotérmicos

Fecal-oral

Toxoplasmose Toxoplasma gondii Felídeos Fecal-oral

Dentre os mamíferos registrados no presente estudo que podem ser potenciais

transmissores de doenças estão os roedores silvestres, que podem ser reservatórios

de diversas doenças como a hantavirose e a leptospirose e os primatas, que podem

servir como reservatórios de doenças como a febre amarela e o morcego hematófago

(D. rotundus), pela sua importância na transmissão da raiva em animais herbivoros.

Grandes roedores como as capivaras (H. hydrochaeris) podem ainda ser reservatório

de doenças como a febre maculosa e a doença de Lime, sendo transmitida por seus

carrapatos a humanos e a animais domésticos.

Em empreendimentos hidroelétricos, a derrubada de mata nativa e formação de lagos

pode possibilitar o aumento das populações de capivaras, fato que se agrava pela

ausência de predadores naturais, pelo seu hábito alimentar e potencial reprodutivo

(Ibama, 2000). Assim, podem apresentar um risco potencial a saúde pública quando

em populações grandes e/ou crescentes (Governo de SP, 2002).

106

4.2.12 Esforço amostral

O esforço amostral despendido em todas as fases de campo realizadas somou 54 dias

de campo, sendo 10 dias na primeira fase (15 a 24 de fevereiro de 2011), nove dias

na segunda fase (27 de abril a 8 de maio de 2011), sete dias na segunda fase (10 a

17 de julho de 2011), quatro dias na quarta fase (21 a 24 de setembro de 2011)

(campanha foi interrompida pela SEMA), oito dias na quinta fase (8 a 15 de fevereiro

de 2012), oito dias na sexta fase (18 a 25 de abril de 2012) e oito dias na sétima fase

(17 a 24 de julho). Os dias de amostragem sistematizados permaneceram os mesmos

seis dias por fase (exceto na fase 4) e os dias de busca livre (métodos não

sistematizados) variaram conforme a possibilidade em cada campanha. Os métodos

sistematizados são priorizados desde o início da fase, e caso haja tempo ao final da

aplicação dos métodos sistematizados, o restante do período é destinado à coleta de

dados não sistematizados. O esforço amostral dividido por método é apresentado na

Tabela 19.

TABELA 19 – ESFORÇO AMOSTRAL DESPENDIDO DURANTE AS FASES DO MONITORAMENTO DE FAUNA

Método Quantidade

/ área amostral

Nº de áreas

amostrais

Nº dias amostrais por fase

No de fases

realizadas Esforço total

Armadilhas Sherman + Tomahawk

35 + 15 = 50

3 6 7 5.400 armadilhas/noite

Armadilhas de interceptação e queda

24 baldes 240 m 3 6 7

2.592 baldes/dia 25.920m/dia

Redes de neblina 12 3 6 (2 / área) 7 432 redes/noite

7.776m2/h

Armadilhas fotográficas*

1 3 6 7 168 armadilhas/dia

* Mais uma armadilha fotográfica em um lugar oportunístico, somando 4 armadilhas por fase.

A curva de acumulação de espécies ou curva do coletor aleatorizada, construída

considerando-se a mastofauna amostrada nas sete fases do monitoramento de fauna

ainda não apresenta uma estabilização, uma vez que nessa última fase foram

acrescentadas novas espécies (Gráfico 4). A curva apresentou um formato

ascendente, sem apresentar uma assíntota, sugerindo que novos registros podem ser

esperados para a região. Segundo, SANTOS (2006) é praticamente impossível

determinar a riqueza total de um ambiente, principalmente em florestas tropicais,

onde a diversidade é muito alta.

107

GRÁFICO 4 – GRÁFICO ILUSTRANDO A CURVA DO COLETOR REFERENTE ÀS SETE PRIMEIRAS FASES DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA DA UHE COLÍDER, MT

4.2.13 Comparação entre as áreas amostradas

4.2.13.1 Parcela 1 – Área Diretamente Afetada (ADA) – Canteiro de obras

Na área do canteiro de obras foram registradas 10 espécies de mamíferos silvestres

durante a sétima fase do monitoramento. Esse total gerou um índice de diversidade

de H’=0,8819. A maioria das espécies amostradas no canteiro de obras foi também

registrada nas outras áreas, apenas uma espécie foi registradas exclusivamente nesse

sítio amostral: Glossophaga soricina. Este morcego foi o primeiro registro para o

monitoramento.

4.2.13.2 Parcela 2 – Área Diretamente Afetada (ADA) – Reservatório

Na área do reservatório foram registradas 24 espécies durante a sétima fase do

monitoramento. Esse total gerou um índice de diversidade de H’=2,678. Poucas

espécies amostradas no reservatório foram também registradas nas outras áreas, e

algumas outras foram registradas exclusivamente nessa área, sendo elas: Marmosops

bishopi, Callicebus vierai, Phyllostomus elongates, Trinycteris nicefori, Desmodus

rotundus, Chiroderma trinitatum, Noctilio albiventris, Puma concolor, Pteronura

brasiliensis e Mazama gouazoubira.

108

4.2.13.3 Parcela 3 – Área de Influência Indireta (AII) – Controle

Na área-controle foram registradas 18 espécies durante a sétima fase do

monitoramento. Esse total gerou um índice de diversidade de H’=2,315. A maior parte

das espécies amostradas na área controle foi também registrada nas outras áreas,

porém algumas foram registradas exclusivamente nesse sítio amostral, como por

exemplo: Nasua nasua, Thyroptera discifera, Uroderma bilobatum, Mesophylla

macconnelli, Artibeus fimbriatus, Priodontes maxiimus e Tamandua tetradactyla.

4.2.13.4 Comparação entre as áreas

A maior similaridade entre as áreas amostrais se deu entre a área do reservatório e a

área-controle, seguida pela similaridade entre o canteiro de obras e o controle, e por

último, a similaridade entre o reservatório e a área-canteiro (26%) (conforme os

resultados da similaridade de Bray-Curtis) (Figura 7).

0 0.4 0.8 1.2 1.6 2 2.4 2.8 3.2 3.6 4

0.32

0.4

0.48

0.56

0.64

0.72

0.8

0.88

0.96

Sim

ilarid

ade

reservatorio

controlecanteiro

FIGURA 7 – SIMILARIDADE DE BRAY-CURTIS APRESENTADA ENTRE AS ÁREAS DE ESTUDO DURANTE A SÉTIMA FASE. LEGENDA: CA = CANTEIRO DE OBRAS, RE = RESERVATÓRIO E CO = ÁREA-CONTROLE

4.2.13.5 Comparação entre as fases do monitoramento

Percebe-se uma diminuição tanto na riqueza quanto na diversidade das espécies no

decorrer das sete primeiras fases do monitoramento (Tabela 20 e Gráfico 5).

109

Entretanto, apesar de se observar que no canteiro esta riqueza diminui de 33 para 10,

e a diversidade de 3,088 para 0,8819; não podemos inferir ainda se este resultado

representa a resposta ao impacto direto das obras iniciadas na UHE Colíder.

TABELA 20 - COMPARAÇÃO ENTRE A RIQUEZA E A DIVERSIDADE DE ESPÉCIES REGISTRADAS EM CADA ÁREA AMOSTRAL E EM CADA FASE DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA. EM CADA CÉLULA É APRESENTADA A RIQUEZA, SEGUIDA PELA DIVERSIDADE ENTRE PARÊNTESES

Área Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 4 Fase 5 Fase 6 Fase 7

Canteiro 33 22 24 4 22 16 10

(3,088) (2,418) (2,571) (1,242) (2,561) (2,593) (0,8819)

Reservatório 30 25 17 5 22 12 25

(2,17) (2,855) (2,447) (1,445) (2,68) (2,224) (2,678)

Controle 26 12 20 7 17 15 18

(2,907) (1,987) (2,728) (1,54) (2,373) (2,532) (2,315)

Total 45 41 49 13 37 32 38

(3,219) (2,936) (3,275) (2,261) (2,937) (3,098) (2,198)

A análise de variância entre as três áreas não foi significativa (p < 0,07). Ou seja,

quando comparamos as três áreas, a relativa diminuição do número de registros de

espécies no canteiro de obras, não representa uma diferenciação das demais áreas.

Portanto, podemos entender que, estatisticamente, a área do canteiro ainda não

apresenta uma resposta diferente, quanto ao número de espécies, das demais áreas,

mesmo com o impacto do início das obras. Mas esta resposta depende de

amostragens maiores, portanto espera-se que com o contínuo monitoramento

poderemos observar a diferença de acordo com os impactos em cada área.

110

GRÁFICO 5 – RIQUEZA DE ESPÉCIES REGISTRADAS POR ÁREA E NO TOTAL POR FASE DO MONITORAMENTO, MOSTRANDO UMA TENDÊNCIA À DIMINUIÇÃO DA RIQUEZA NO DECORRER DO TEMPO

NOTA: F1 = 1ª FASE DE CAMPO, F2 = 2ª FASE DE CAMPO, ... , F4* = 4ª FASE DE CAMPO (FASE DE CAMPO INTERROMPIDA), ..., F7 = 7ª FASE DE CAMPO

4.2.13.6 Pequenos mamíferos

Nesta sétima fase de campo foram capturados apenas dois pequenos mamíferos, da

mesma espécie (Tabela 21).

TABELA 21 - ESPÉCIES DE PEQUENOS MAMÍFEROS REGISTRADAS NA SÉTIMA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS RELATIVAS (%), SEPARADAS POR ÁREA DE ESTUDO

Espécies Canteiro de obras Reservatório Controle Total

AB % AB % AB % AB %

Marmosops bishopi 0 0 2 100 0 0 2 100

Total 0 2 0 2

4.2.13.7 Morcegos

Foram capturados 166 morcegos, representados por 18 espécies. A espécie mais

abundante foi Carollia perspicillata, contando com 63% das capturas, seguida por

Artibeus lituratus (7,8%), A. obscurus (6,6%) e A. planirostris (5,4%). As demais

espécies representaram menos que 5% das capturas (Tabela 22 e Gráfico 6).

111

Destaca-se o registro das espécies Chiroderma trinitatium, Artibeus fimbriatus e

Thyroptera discifera, não capturadas em outras etapas do monitoramento.

TABELA 22 – ESPÉCIES DE MORCEGOS REGISTRADAS NA SÉTIMA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS RELATIVAS (%), DIVIDIDAS POR ÁREA DE ESTUDO

Espécie canteiro reservatório controle total

AB % AB % AB % AB %

Phyllostomus elongatus 0 0 1 1.9 0 0 1 0.6

Glossophaga soricina 1 1.4 0 0 0 0 1 0.6

Desmodus rotundus 0 0 1 1.9 0 0 1 0.6

Carollia perspicillata 67 92 21 39 17 44 105 63.3

Rhinophylla pumilio 0 0 4 7.4 1 2.6 5 3.0

Dermanura gnoma 0 0 5 9.3 1 2.6 6 3.6

Artibeus lituratus 0 0 6 11 7 18 13 7.8

Artibeus planirostris 2 2.7 5 9.3 2 5.1 9 5.4

Artibeus obscurus 1 1.4 5 9.3 5 13 11 6.6

Artibeus fimbriatus 0 0 0 0 2 5.1 2 1.2

Mesophylla macconnelli 0 0 0 0 1 2.6 1 0.6

Platyrrhinus sp. 0 0 1 1.9 0 0 1 0.6

Uroderma bilobatum 0 0 0 0 1 2.6 1 0.6

Chiroderma trinitatium 0 0 1 1.9 0 0 1 0.6

Pteronutus parnellii 2 2.7 1 1.9 0 0 3 1.8

Myotis sp. 0 0 1 1.9 1 2.6 2 1.2

Thyroptera discifera 0 0 0 0 1 2.6 1 0.6

Trinycteris nicefori 0 0 2 4 0 0 2 1.2

TOTAL 73

54

39

166

GRÁFICO 6 – ABUNDÂNCIA RELATIVA (%) DOS MORCEGOS CAPTURADOS DURANTE A SÉTIMA FASE DO MONITORAMENTO

112

4.2.13.8 Mamíferos de médio e grande porte

Nesta sétima fase de campo foram registradas 14 espécies de mamíferos de médio e

grande porte. A espécie mais abundante foi o graxaim (Cerdocyon thous), contando

com 24,3% dos registros, seguido pelo macaco-aranha-da-cara-branca (Ateles

marginatus) que contou com 13,5% dos registros e pelo queixada (T. pecari) e

macaco-prego (S. apella), ambos contando com 10,8% dos registros. As demais

espécies contaram com menos que 10% dos registros (Tabela 23 e Gráfico 7).

113

TABELA 23 – ESPÉCIES DE MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE REGISTRADAS NA SÉTIMA FASE DO MONITORAMENTO, SEGUIDAS POR SUAS ABUNDÂNCIAS E ABUNDÂNCIAS RELATIVAS (%), E DIVIDIDAS POR ÁREA DE ESTUDO

Espécie canteiro reservatório controle total

AB % AB % AB % AB %

Phyllostomus elongatus 0 0 1 1.9 0 0 1 0.6

P. maximus 0 0.0 0 0.0 1 10.0 1 2.7

T. tetradactyla 0 0.0 0 0.0 1 10.0 1 2.7

A. marginatus 1 9.1 1 6.3 3 30.0 5 13.5

S. paella 1 9.1 1 6.3 2 20.0 4 10.8

C. vieirai 0 0.0 1 6.3 0 0.0 1 2.7

C. thous 7 63.6 2 12.5 0 0.0 9 24.3

P. concolor 0 0.0 3 18.8 0 0.0 3 8.1

P. brasiliensis 0 0.0 1 6.3 0 0.0 1 2.7

N. nasua 0 0.0 0 0.0 1 10.0 1 2.7

M. gouazoupira 0 0.0 1 6.3 0 0.0 1 2.7

T. pecari 1 9.1 2 12.5 1 10.0 4 10.8

T. terrestris 0 0.0 2 12.5 1 10.0 3 8.1

H. hidrochaeris 0 0.0 2 12.5 0 0.0 2 5.4

C. paca 1 9.1 0 0.0 0 0.0 1 2.7

TOTAL 11

16

10

37

GRÁFICO 7 – ABUNDÂNCIA RELATIVA (%) DOS MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE REGISTRADOS DURANTE A SÉTIMA FASE DO MONITORAMENTO DA MASTOFAUNA NA ÁREA DA UHE COLÍDER, MT

114

4.2.14 Considerações finais

Nessas sete fases do monitoramento foi amostrada uma gama de espécies, que

acrescentadas aos esforços do EIA, soma um montante de 116 espécies. Novas

espécies continuam sendo incorporadas ao estudo e a curva do coletor não está

caracterizada por uma estabilização horizontal, o que indica que ainda é necessária a

aplicação de um grande esforço de pesquisa para se acessar a real riqueza que existe

no local. Destaca-se que foi encontrada uma nova espécie de primata nesta última

campanha, indicando que ainda há muito o que se descobrir durante o estudo,

prioritariamente antes do processo de desmatamento e alagamento do reservatório

ocorrerem. Os quatro novos registros demostram a importância de continuar os

esforços para registrar a riqueza da mastofauna na área de estudo.

Apesar dos mamíferos serem considerados um grupo bem estudado, diversas espécies

são descritas a cada ano, como no caso de Callicebus vieirai. O conhecimento acerca

da biologia, comportamento e a ameaça à conservação da maioria das espécies de

mamíferos é pequeno. Considerando ainda o crescente nível de degradação

ambiental, a ameaça à mastofauna é preocupante.

Além dos novos registros, merecem destaque também as espécies ameaçadas e as

endêmicas apresentadas acima. Essas espécies caracterizam a região como portadora

de uma importante fauna de mamíferos, contando com muitas espécies características

da porção sul da Amazônia. Portanto, deve-se empregar um grande esforço na

proteção de áreas naturais que garantam uma grande diversidade de espécies de

mamíferos.

115

5 REFERÊNCIAS

5.1 HERPETOFAUNA

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