53
MORFOLOGIA E ESTRUTURA DA CÉLULA BACTERIANA COMPARANDO AS CÉLULAS PROCARIÓTICAS E EUCARIÓTICAS: VISÃO GERAL 1. As células procarióticas e eucarióticas são similares em sua composição química e reações químicas. Ambas contêm ácidos nucléicos, proteínas, lipídeos e carboidratos. 2. As células procarióticas não possuem organelas revestidas por membrana (incluindo o núcleo). 3. O peptídeoglicano é encontrada nas paredes celulares procarióticas, mas não nas eucariotas.

morfologia_bacteriana Tortora - Cópia

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia

MORFOLOGIA E ESTRUTURA DA CÉLULA BACTERIANA

COMPARANDO AS CÉLULAS PROCARIÓTICAS E EUCARIÓTICAS: VISÃO GERAL

1.     As células procarióticas e eucarióticas são similares em sua composição química e reações químicas. Ambas contêm ácidos nucléicos, proteínas, lipídeos e carboidratos.

2.     As células procarióticas não possuem organelas revestidas por membrana (incluindo o núcleo).

3.     O peptídeoglicano é encontrada nas paredes celulares procarióticas, mas não nas eucariotas. 

Page 2: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia
Page 3: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia

A CÉLULA PROCARIÓTICA1.     As bactérias são unicelulares, e a maioria delas se multiplica por fissão binária.2.     As espécies bacterianas são diferenciadas pela morfologia, pela composição química, pelas necessidades nutricionais, pelas atividades bioquímicas e pela fonte de energia. 

Page 4: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia
Page 5: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia

O TAMANHO, A FORMA E O ARRANJO DA CÉLULA BACTERIANA

1.     A maioria das bactérias tem de 0,2-2,0 m de diâmetro e de 2-8 m de comprimento.

2.     As três formas bacterianas básicas são cocos (esferas), bacilos (bastões) e espirilos (espiroquetas).

3.     As bactérias pleomórficas podem assumir várias formas. 

Page 6: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia
Page 7: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia
Page 8: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia
Page 9: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia
Page 10: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia
Page 11: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia
Page 12: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia
Page 13: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia
Page 14: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia
Page 15: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia
Page 16: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia
Page 17: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia

ESTRUTURAS EXTERNAS À PAREDE CELULAR

Glicocálice

1.     O glicocálice (cápsula , camada viscosa ou polissacarídeo extracelular).

2.     As cápsulas podem proteger os patógenos da fagocitose.

3.     Permitem a adesão a superfícies como pele, superfície de dentes (Streptococcus mutans) e cateteres, impedem o ressecamento e podem fornecer nutrientes à bactéria.

Page 18: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia
Page 19: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia
Page 20: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia

Flagelos

1.     São apêndices filamentosos relativamente longos na forma de chicote que move as bactérias na direção de nutrientes e outros atrativos para bactéria. O longo filamento, que atua como propulsor, é composto por muitas unidades da proteína flagelina.

2. A energia para o movimento, força motora, é proporcionada pelo trifosfato de adenosina (ATP).

2.     Os flagelos procarióticos rotam para empurrar a célula.

3.     As bactérias móveis apresentam taxia; a taxia positiva é um movimento em direção a um atraente, e taxia negativa é um movimento para longe de um repelente.

4.     Proteína flagelar atua como um antígeno.

Page 21: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia
Page 22: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia

Flagelos

5. Os flagelos da Escherichia coli apresentam uma função importante pois propelam a bactéria da uretra até a

bexiga.

6.   Alguma bactérias, por exemplo, Salmonella sp., são identificadas em laboratórios clínicos por anticorpos específicos

dirigidos contra proteína flagelares.

Page 23: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia

Filamentos Axiais

1.     As células espirais que se movem por meio de um filamento axial (endoflagelo) são denominados espiroquetas.

2.     Os filamentos axiais são similares aos flagelos, exceto que eles se enovelam em torno da célula produzindo um movimento ondulado.

Page 24: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia

Pili

1.  São apêndices curtos e delgados que se estendem a partir da superfície da célula. São menores e mais resistentes que os

flagelos e são compostos por subunidades da proteína pilina.

2. São encontrados principalmente em bactérias Gram-negativas.

2.  As fímbrias auxiliam as células a aderirem a receptores na superfície da célula humana, sendo um passo necessário para o

início da infecção por alguns micro-organismos.

3.     Os pilus sexual unem as células para a transferência de DNA de uma célula doadora (macho) para outra receptora (fêmea)

durante a conjugação.

Page 25: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia
Page 26: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia
Page 27: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia

PAREDE CELULAR

Composição e Características

• É uma estrutura comum a todas as bactérias (exceto as espécies de Mycoplasma que são circundadas apenas pela membrana celular).

• Estrutura com camadas múltiplas situada externamente à membrana citoplasmática.

Page 28: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia

PAREDE CELULAR

Composição e Características

1.   Circunda a membrana plasmática e protege a célula das alterações na pressão de água.

2.     Consiste de peptideoglicano que prorciona suporte estrutural e mantém a forma característica da célula.

3.     A penicilina interfere com a síntese de peptídeoglicana.

4.     As paredes celulares gram (+) consistem de muitas camadas de peptideoglicano e também contém ácidos teicóicos que se

projetam para o exterior do peptideoglicano.

Page 29: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia

Estrutura bacteriana

Page 30: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia
Page 31: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia
Page 32: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia

PAREDE CELULAR

Composição e Características

5.     As bactérias gram (-) possuem uma membrana externa de lipopolissacarídeo (LPS), circundando uma fina camada de peptideoglicano.

5’. Nas Gram-negativas entre a membrana citoplasmática e o peptideoglicano está o espaço periplásmico, no qual se localizam, em algumas espécies, as enzimas β-lactamase que degradam a penicilina (drogas β-lactâmicas).

Page 33: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia

6.     A membrana externa protege a célula da fagocitose e da penicilina, lisozima e outras substâncias químicas.

7.     As porinas são proteínas que permitem às moléculas pequenas hidrofílicas passarem através da membrana externa;

Canal que permite a entrada de substâncias essenciais como carboidratos, aminoácidos, vitaminas e também de muitas drogas

como a penicilina.

8.     O componente lipopolissacarídeo da membrana externa consiste de açúcares (polissacarídeos O) que atuam como

antígenos e de lipídeo A, responsável pelos efeitos tóxicos.

Page 34: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia

PAREDE CELULAR

9. Nas Gram-negativas, os lipopolissacarídeos são endotoxinas.

10. Seus polissacarídeos e suas proteínas são antígenos utilizados para identificação em laboratório.

11. O termo peptideoglicano é derivado dos peptídeos e carboidratos (glican). Mureína e mucopeptídeo são sinônimos para peptideoglicano.

12. Devido o peptideoglicano não está presente em células humanas, se tornam bom alvo para ação de drogas antibacterianas. Drogas como penicilina e cefalosporinas inibem a síntese de peptideoglicano na parede celular.

Page 35: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia

PAREDE CELULAR

13. A enzima lisozima presente na lágrima humana, no muco e na saliva, rompe o esquelo de peptideoglicano nas ligações glicosídicas, contribuindo, dessa forma, para uma resistência natural do hospedeiro às infecções microbianas.

14. O LPS da camada externa da parede celular de bactérias Gram-negativas é a endotoxina responsável por muito dos sintomas da doença bacteriana, como febre e choque (especialmente hipotensão).

15. O LPS é denominado endotoxina por ser parte integral da parede celular, ao contrário das exotoxinas que são secretadas pela bactéria.

Page 36: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia
Page 37: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia
Page 38: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia

Parede celular Gram-positiva e Gram-negativa

Page 39: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia
Page 40: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia

ÁCIDO TEICÓICO

• Estão localizados na camada externa da parede celular de bactérias Gram-positivas e estendem-se pela parede.

• São antígenos e induzem a formação de anticorpos espécie-específicos. Em estafilococos, os ácidos teicóicos,

promovem a aderência do organismo às células da mucosa.

 

Page 41: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia

ESTRUTURAS INTERNAS À PAREDE CELULAR

Membrana Plasmática (citoplasmática)

1.     Reveste o citoplasma e é uma camada dupla de fosfolipídeo com proteína (modelo do mosaico fluído).

2.     É seletivamente permeável.

3.     Conduzem enzimas para reações metabólicas, como a de degradação dos nutrientes, a produção de energia e a fotossíntese.

4.     Os mesossomos, dobras irregulares da membrana plasmática, já considerados artefatos, participam da divisão celular.

5.     As membranas plasmáticas podem ser destruídas por álcoois e polimixinas.

 

Page 42: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia
Page 43: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia

Citoplasma1.     É o componente líquido dentro da membrana plasmática.2.     É água, com moléculas inorgânicas e orgânicas, DNA, ribossomos e inclusões. A Área Nuclear1.     Contém o DNA do cromossomo bacteriano.2.     As bactérias também podem conter plasmídeos, que são círculos de DNA extracromossômicos. Ribossomos1.     O citoplasma de um procarionte contém numerosos ribossomos 70S; os ribossomos consistem de rRNA e proteína.2.     A síntese protéica ocorre nos ribossomos; ela pode ser inibida por certos antibióticos.   

Page 44: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia

Plasmídio 

• Molécula de DNA extracromossômico capazes de se replicar independentemente do cromossomo bacteriano. Apesar de serem

extracromossômicos, este podem se associar ao cromossomo.

• Plasmídeos transmissíveis, são grandes e, podem ser transmitidos de uma célula para outra por conjugação. São encontrados em bactérias

Gram-positivas e negativas.

•Carregam genes que lhes conferem características como:- Resistência a antibióticos, mediada por uma variedade de enzimas.

- Resistência a metais pesados como mercúrio e prata.- Resitência à luz ultravioleta, mediada por enzimas de reparo de

DNA.-Pili (fímbrias), que promove a aderência às células epiteliais.

- Exotoxinas. 

 

Page 45: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia

Inclusões

1.     São depósitos de reserva encontrados nas células procarióticas e eucarióticas.

2.     Entre as inclusões encontradas nas bactérias estão os grânulos metacromáticos, de polissacarídeos, inclusões lipídicas, grânulos de enxofre, vacúolos de gás, etc.

 

Endosporos

1.     São estruturas de repouso altamente resistentes, formadas por algumas bactérias para a sobrevivência durante condições ambientais adversas.

2.     O processo de formação de endosporos é denominado esporulação;o retorno de um endosporo ao seu estado vegetativo é denominado germinação.

Page 46: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia

Endosporos

3. Endosporos são formados por dois gêneros de bastonetes Gram-positivos de interesse médico: Bacillus incluindo o agente causal do antraz e o gênero Clostridium que incluem os agentes causais do tétano e botulismo.

4. A esporulação ocorre quando os nutrientes, como as fontes de carbono e nitrogênio, estão escassos.

5. Os esporos são resistentes ao calor, a desidratação, radiação e substâncias químicas. Tal resistência pode ser devida ao ácido dipicolínico encontrado somente nos esporos.

Page 47: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia

Endosporos

6. Uma vez formado o esporo não apresenta atv metabólica e pode permanecer dormente por muitos anos. Em presença de água e nutrientes adequados, enzimas específicas degradam a capa. A água e os nutriente penetram na célula e ocorre a germinação, originando uma célula bacteriana metabolicamente ativa e capaz de se reproduzir.

7. Esporulação não é considerado um processo reprodutivo pois não dá origem a células bacterianas filhas.

Page 48: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia

Endosporos

8. Devido a alta resistência do esporo ao calor, a esterilização não é possível com a fervura da água. É necessário vapor sob pressão a 121C (autoclavação), normalmente por 30 min, para assegurar a esterilização de materiais de uso médico.

Page 49: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia
Page 50: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia

Esposros bacterianos

Page 51: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia
Page 52: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia
Page 53: morfologia_bacteriana Tortora - Cópia

Bons estudos