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Diretora Rita Macedo Gestão de conteúdos Ana Margarida Pereira Editor de fotografia Manuel Aguiar Fotografias Manuel Aguiar Colaboram nesta revista Ana Clara Marques, Ana Antunes, Ana

Margarida Caeiro, Ana Tomás, António Quintino, António Túlio, Carlos Bonjour Matos, Carlos Gomes da Silva, Célia Pereira, Elsa Bebiano, Enrique Santos, Fabrizio Dassogno, Fanie Mthethwa, Filomena Assis,

Inês Filipe, Inês Santos, Isabel Colaço, Joana Almeida, João Albuquerque, João Pedro Brito, José Carlos Rato, José Carlos Roque, José Castro, José Pinho, José Roque, Mafalda Romão, Maria João Carvalheiro,

Olga Cilla, Paulo Rua, Rita Esteves Carvalho, Rita Martins, Rui Mendes Costa, Sara Sonseca, Sofia Carvalho, Teresa Mendes Também colaboram nesta edição Conceição Candeias e Teresa Resende

(edição e revisão), Henrique Cayatte Design com a colaboração de Mónica Lameiro (design) e Pedro Gonçalves (produção), Anyforms (infografia) Tiragem 9000 exemplares Periodicidade Bimestral

Depósito legal xxxxxxxxxxxxxx Galp Energia Rua Tomás da Fonseca, Torre A 1600-209 Lisboa – Portugal Tel.: (+351) 21 724 25 00 Fax: (+351) 21 724 29 76 e-mail: [email protected]

GALP ENERGIA OPERADOR IBÉRICO DE REFERÊNCIAHoje, como distribuidores de energia na Península Ibérica, temos o dever de, em tudo o que fazemos, procurar atingir os 50 milhões de cidadãos deste es-paço europeu. Este tem de ser um dos nossos grandes desígnios; fazê-lo bem e com êxito empresarial é responsabilidade de todos nós.

01 visão MANUEL FERREIRA DE OLIVEIRA

02 O QUE É PARA MIM A COMUNICAÇÃO INTERNA

editorial RITA MACEDO

03 opinião ENRIQUE SANTOS GALP ENERGIA UM EXEMPLO DE INTERNACIONALIZAÇÃO

04 destaques O NOSSO TEMPO

UMA HISTÓRIA DA GALP ENERGIA

FACTOS MAIS RELEVANTES GALP

BRASIL

GALP ENERGIA ANÚNCIA AUMENTO DE CAPITAL

MOÇAMBIQUE DESCOBERTA DE GÁS NATURAL

GALP VOLUNTÁRIA & FUNDAÇÃO GALP ENERGIA

06 responsabilidade social MELHOR ENERGIA, MAIS FUTURO

PARCERIA GALP NA INICIATIVA STENT FOR LIFE

08 história RODRIGES MARQUES ENERGIA PORTUGUESA ULTRAPASSA FRONTEIRAS

FANIE MTHETHWA CRESCER PROFISSIONALMENTE

NO PRINCÍPIO ERA A ROBUSTEZ

UMA SUSTENTÁVEL EFICÁCIA

12 inside SISTEMA REFINADOR NACIONAL

14 entrevista FABRIZIO DASSOGNO CARLOS GOMES DA SILVA IBERIZAÇÃO, UM NEGÓCIO SEM FRONTEIRAS

16 capa A GALP ENERGIA NA PENÍNSULA IBÉRICA

19 negócios CONTINUAR A CRESCER DE FORMA SUSTENTADA E RENTÁVEL TAMBÉM EM ESPANHA

PONTO ELETRÃO NOS POSTOS DE ABASTECIMENTO GALP

FORMAÇÃO EM LUBRIFICANTES NO ÂMBITO DO PROJETO SOMA

GALP SERVIEXPRESS

TIGER SL: O ROLLOUT

24 responsabilidade corporativa SISTEMA DE GESTÃO SSA DA GALP ENERGIA

GALP ENERGIA ENTRE OS TRÊS

PRIMEIROS EM MELHORIA DO DESEMPENHO

26 fundação INAUGURADA A CICLOVIA BENFICA-ENTRECAMPOS

CONCURSO MAIS ENERGIA

PATRIMÓNIO FUNDAÇÃO GALP ENERGIA

PROJETO DA PONTE SOBRE A SEGUNDA CIRCULAR O SORRISO DO NICOLAU

27 clube NÚCLEO SUL – NOVA ÉPOCA DESPORTIVA E CULTURAL

28 viagem INÊS FILIPE EGITO UMA EXPERIÊNCIA INESQUECÍVEL

30 sugestão SABORES RESTAURANTE MISSISSÍPI

CULTURA STRAUSS FESTIVAL ORCHESTRA

32 raio-x OLGA CILLA DE 5 A 500 FUNCIONÁRIOS UMA ÚNICA VIDA NA GALP ENERGIA

1980

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manuel ferreira de oliveiraPresidente Executivo da Galp Energia

mygalp visão

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visão

A Petrogal e a GDP foram constituídas como as empresas portuguesas de referên-

cia para os setores do petróleo e do gás. Enquanto, na primeira fase das suas vidas,

a GDP se concentrou na conceção e no desenvolvimento do projeto de introdução

do gás natural no nosso país, a Petrogal iniciou, na década de 80, o seu processo

de iberização e de regresso à atividade de exploração e produção.

Uma vez constituída a Galp Energia, foi por todos entendido que o crescimento em

Espanha teria de ser inequivocamente assumido como um dos desígnios estra-

tégicos para o novo grupo empresarial. Se bem que a estratégia parecesse óbvia

e fácil de enunciar, o mesmo não se poderia dizer da imprescindível execução...

e é cada vez mais na execução que se diferenciam as empresas. A história do

processo de iberização da Petrogal e, mais tarde, da Galp Energia está cheia de

eventos em que os insucessos foram mais do que os sucessos, não obstante o

esforço e o profissionalismo de muitos. Tratava-se de um projeto difícil de executar,

ao que se acrescentava um contexto quase sempre adverso.

Foi com as aquisições da Agip e da Esso ibéricas e, mais recentemente, com a com-

pra da Madrileña Gas, que finalmente se alcançou a escala para sermos um dos

operadores ibéricos de referência. Os processos de integração destas sociedades

no grupo Galp Energia foram conseguidos com indiscutível êxito, e os resultados

desta nova dimensão são já, para todos, óbvios.

Finalmente, depois de mais de 25 anos de esforços, conseguimos alcançar a di-

mensão ibérica há muito ambicionada.

Estamos agora numa fase nova das nossas atividades de distribuição de produtos

petrolíferos e de gás natural; os nossos ativos, as nossas operações, os nossos re-

cursos humanos, a nossa cultura empresarial, o nosso espaço competitivo, os nos-

sos clientes e todos os demais stakeholders têm de ser sempre caracterizados no

contexto ibérico. Hoje, como distribuidores de energia na Península Ibérica, temos

o dever de, em tudo o que fazemos, procurar atingir os 50 milhões de cidadãos

deste espaço europeu. Este tem de ser um dos nossos grandes desígnios; fazê-lo

bem e com êxito empresarial é responsabilidade de todos nós.

GALP ENERGIA OPERADOR IBÉRICO DE REFERÊNCIA

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mygalp editorial2

GALP ENERGIANA PENÍNSULAIBÉRICAUMA APOSTA BEM-SUCEDIDA

A presença da Galp Energia na Península Ibérica é o resultado de uma aposta

bem-sucedida que remonta a 30 anos atrás. Neste número da mygalp maga-

zine, procurámos retratar o esforço de iberização que tem vindo a ser realizado

por toda uma vasta equipa. Para tal, reproduzimos os testemunhos de quem

iniciou este caminho, como é o caso de Rodrigues Marques na rubrica “História”,

ou de Olga Cilla, que partilha connosco no “Raio-X” um pouco da sua experiên-

cia de 32 anos a trabalhar na Galp Energia Espanha.

Na secção reservada às entrevistas, os administradores executivos com a res-

ponsabilidade da Distribuição Oil e do Gás Natural fazem-nos um ponto da

situação dos projetos em curso e dos desafios que encontraram pelo caminho,

bem como da estratégia para o futuro dos negócios a nível ibérico.

Porque este é um esforço também reconhecido fora da empresa, demos a

palavra, no artigo de opinião, ao presidente da Câmara de Comércio e Indústria

Luso-Espanhola, Enrique Santos, o qual destaca o processo de internacionaliza-

ção da Galp Energia em Espanha e o fenómeno da abertura das economias de

Portugal e Espanha, decorrente da entrada dos dois países na União Europeia.

Noutro domínio, e atendendo à relevância do Projeto de Conversão das Refi-

narias e aos benefícios que o mesmo deverá acarretar para a empresa e para

o país, trazemos a estas páginas uma infografia para partilhar com todos os

colaboradores a transformação que está a ocorrer no nosso aparelho refinador,

o qual representa 20% da capacidade de refinação da Península Ibérica. Após

a conclusão do projeto, as duas unidades passarão a funcionar como uma só

refinaria, trocando produtos através de um pipeline marítimo.

Finalmente, porque o mês de dezembro é uma altura especial em que reu-

nimos a família para celebrar o Natal e, como tal, nos deslocamos mais nas

nossas estradas, chamamos a atenção para o encarte dedicado a dois temas de

especial relevo nesta época: a família e a segurança rodoviária.

Resta-nos desejar a todos umas ótimas Festas e um Ano Novo cheio de êxitos

profissionais e pessoais. Encontramo-nos de novo nas páginas da mygalp ma-

gazine em janeiro!

riTa maCedoDiretoramygalp magazine

o que é para mim comunicaçãointerna

de cima para baixo Cândida Felício, Nicolle Fernandes, João Francisco Barreiros, Marcelino Pires

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mygalp opinião

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A Câmara de Comércio e Indús-tria Luso-Espanhola (CCILE) tem acompanhado de muito

perto o processo de internacionalização de numerosas empresas portuguesas no mercado espanholCalcula-se que existam hoje mais de 500 empresas portuguesas com pre-sença permanente em Espanha. Estas empresas posicionam-se em setores tão importantes como a banca, a energia, a embalagem, os cimentos, a alimenta-ção, a distribuição, o imobiliário ou a alimentação. Em 2008, a CCILE realizou um estu-do com vista a determinar a presença portuguesa em Espanha. Detetou 400 empresas com presença permanente em Espanha com um volume de negó-cios que superava os 11 mil milhões de euros, dando origem a 21 mil postos de trabalho.Trata-se de um ciclo de relações econó-micas muito recente, que terá tido o seu início a partir dos inais da década de

1980, coincidindo com a entrada dos dois países na União Europeia. É neste processo de abertura das duas economias que gostaria de destacar o exemplo da Galp Energia e o seu processo de internacionalização em Espanha. Num mercado tão competitivo, a Galp Energia tem conseguido impor-se em diferentes áreas dos negócios petro-líferos (segundo operador de gás na-tural na Península Ibérica) e conquis-tado quotas de mercado importan-tes na distribuição (614 estações de serviço e 258 lojas de conveniência). A Galp Energia não só tem crescido, como tem crescido bem, gozando de uma excelente imagem em Espanha e transmitindo valores como moderni-dade, eiciência e sustenta-bilidade.Estamos, pois, perante um projeto de excelência, com uma clara vocação ibérica; um exemplo a ser seguido pe-las empresas portuguesas que, imersas num processo de globalização como

aquele que vivemos atualmente, po-dem encontrar a via do crescimento no mercado ibérico, de forma a ga-nharem dimensão e a competirem em novos e maiores mercados.Naturalmente que detrás destes resul-tados se encontram os seus excelentes quadros, muitos deles pessoas com as quais mantemos excelentes relações e que têm, também em Espanha, con-seguido, com a humildade e a irmeza necessárias, ganhar a coniança e o res-peito do mercado.Gostaria de destacar a importância e o contributo de companhias como a Galp Energia no fortalecimento das relações luso-espanholas, nas suas diferentes dimensões – económicas, comerciais, culturais, sociais, etc. –, contributo esse, por outro lado, mui-to positivo para a imagem de Portugal em Espanha.Para inalizar, resta-me desejar à Galp Energia os maiores êxitos no mercado espanhol.

de nacionalidade espanhola, é licenciado em Gestão empresarial e diplomado em marketing e relações Públicas. Profissionalmente, esteve dez anos ligado à administração espanhola, tendo exercido diversos cargos no estrangeiro. foi presidente de várias empresas do grupo Totta/Banesto e teve funções diretivas no Barclays Bank South africa, no Banesto e no Santander. Presidiu também várias associações empresariais, como a fedeCom – federação de Câmaras de Comércio espanholas na europa.atualmente, além de consultor de investimentos financeiros e administrador de empresas, ocupa, desde 1998, o cargo de presidente da Câmara de Comércio e indústria luso-espanhola.agraciado pelo rei Juan Carlos i com a Comenda de isabel, a Católica, e com a Comenda de número da ordem de mérito Civil, recebeu ainda a condecoração de Cavaleiro da ordem de mérito Civil e a Cruz de ouro do agrupamento espanhol de fomento europeu e fidalga Cortesia espanhola, entre outras distinções, nomeadamente na África do Sul, país onde viveu mais de 25 anos.

GALP ENERGIAUM EXEMPLO DE INTERNACIONALIZAÇÃO

enriQue SanToSPresidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola

enriQue SanToS

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mygalp destaques4

A Galp Energia acaba de lançar o livro O Nosso Tempo, no qual se traça a história da empresa desde as suas origens até à atualidade.A história remonta a 26 de agosto de 1846, data em que a rai-nha D. Maria II autorizou a abertura de um concurso destinado à iluminação pública de Lisboa por meio de gás de hidrogénio carbonado. Daqui nasceria a Companhia Lisbonense de Ilumi-nação a Gás.Ao longo de cerca de 300 páginas, descreve-se o desenvolvimento da indústria gasista e petrolífera nos últimos 165 anos, num relato que visa homenagear todos os que no decorrer deste tempo pro-tagonizaram a história da empresa e contribuíram para a consoli-dação do que é hoje a Galp Energia.O lançamento do livro ocorreu durante as cerimónias de inau-guração das novas unidades integradas no projeto de reconfi-guração da refinaria de Matosinhos, tendo o primeiro exemplar sido oferecido ao presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.

Factos mais reLeVantes

Petrogal renegoceia com mota-engil mo-çambique fornecimento de combustíveis e lubrificantes Galp energia recebeu pré-mio pelos resultados obtidos através do Programa de Segurança Gasoduto lula- -mexilhão: início das operações na bacia de Santos Galp energia no Greenfest ’11: sessão sobre o tema “voluntariado empre-sarial – fazer acontecer” fornecimento de paraxileno: Galp energia assegura primei-ra descarga de paraxileno à artlant (Sines) Prémio Carreira: murteira nabo foi distin-guido pela ordem dos economistas resul-tados do terceiro trimestre de 2011: atua-lização da execução da estratégia da Galp energia Contrato de eficiência energética inovador em Portugal: Galp energia, iSQ e Corinthia Hotels vão implementar um pro-jeto para tornar o Corinthia Hotel lisbon um hotel energeticamente eficiente Cabo verde – enacol adquire navio tanque Baía

expansão da capacidade de entrega no segmento das bancas marítimas Trainees

2011/2012 – início do programa de acolhi-mento laboratório de lubrificantes da refi-naria de matosinhos recebe certificado de mérito atribuído pela Chevron Suazilândia – diretora financeira da Galp Suazilândia distinguida com o prémio “Business wo-man of the Year 2011”

1,9milhões €

PROJETO armaZenaGem SuBTerrÂnea

COFINANCIADO EM

1846

2011

O NOSSO TEMPOUMA HISTÓRIA DA GALP ENERGIA

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mygalp destaques

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A Galp Voluntária, em parceria com a Fundação Galp Energia, reuniu em Barcarena 38 colaboradores para darem cor à CERCIOEIRAS, uma Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos com Incapaci-dade. Os voluntários pintaram o exterior do edifício administrativo, com 260 m2 (e 3,5 m de altura), e um pátio interior de 210 m2, recu-perando o espaço que apenas havia sido pintado uma vez, aquando da sua construção, há dez anos.No final do dia, todos abandonaram as instalações da CERCIOEIRAS com um sentimento de dever cumprido, principalmente para com os utentes desta instituição.

BRASILGalp Energia anuncia aumento de capital no Brasil Parceria com a Sinopec para o desenvolvimento conjunto do portefólio de E&P A Galp Energia e a Sinopec chegaram a um acordo sobre o aumento de capital a realizar na subsidiária da Galp Energia no Brasil, a Pe-trogal Brasil. Este acordo, que confirma o papel relevante da Galp Energia na área de exploração e produção no Brasil, assegura assim o desenvolvimento dos ativos da empresa neste país e simultanea-mente estabelece uma parceria com a Sinopec, a quinta maior em-presa do setor petrolífero a nível global.Pelos termos do acordo, a Sinopec irá subscrever um aumento de capital de 4,8 mil milhões de dólares (3,6 mil milhões de euros) na Petrogal Brasil e noutras subsidiárias operacionais relacionadas, avaliando os atuais ativos da Galp Energia no Brasil a um valor da empresa (enterprise value) de 12,5 mil milhões de dólares (9,1 mil milhões de euros) à data da conclusão da transação. Com esta parceria, a Galp Energia passará a deter 70% da Petrogal Brasil, mantendo a consolidação total dos seus ativos. A Sinopec fica-rá com os restantes 30%, assegurando, através da representação no Conselho de Administração, o seu envolvimento na Petrogal Brasil.

MOÇAMBIQUEDescoberta de gás natural de grande dimensão no offshore de MoçambiqueA Galp Energia, parceira do consórcio para a exploração da Área 4 na bacia de Rovuma, no offshore de Moçambique, anunciou uma descoberta de gás natural de grande dimensão no prospeto Mam-ba South 1, localizado naquela área. O poço de descoberta encon-trou um total de 212 metros de reservatório de gás natural, em areias oligocénicas de elevada qualidade.Os resultados deste poço excedem as expectativas existentes antes da perfuração e confirmam a bacia de Rovuma como uma província de gás natural de classe mundial. O consórcio considera que esta descoberta muito relevante poderá conter 22 cf de gás no jazigo. Os volumes relevantes de gás natural descobertos poderão condu-zir ao desenvolvimento de um projeto de gás de grande dimensão, com a combinação de exportação para mercados regionais e inter-nacionais através de GNL e o abastecimento ao mercado domés-tico. Este desenvolvimento irá suportar o crescimento industrial e económico de Moçambique.

GALP VOLUNTÁRIA & FUNDAÇÃO GALP ENERGIAdãO cOR à cERcIOEIRAS

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MELHOR ENERGIA, MAIS FUTUROINAUGURAÇÃO DAS NOVAS UNIDADES INTEGRADAS NO PROJETO DE RECONFIGURAÇÃO DA REFINARIA DE MATOSINHOS

No inal do mês de setembro realizaram-se as ce-rimónias de inauguração das novas unidades inte-gradas no projeto de reconiguração da reinaria

de Matosinhos. Sob o lema “Melhor energia, mais futuro”, o empreendi-mento, cuja realização custou 750 milhões de euros e le-vou quatro anos a concretizar-se, englobou duas vertentes principais: o projeto de conversão, que visa um aumento de capacidade utilizada, a valorização do fuelóleo e questões ambientais e de eiciência energética; e o projeto de renova-ção, que implicou melhoramentos no terminal de Leixões, expansão de offsites, interligações e utilidades, renovação dos pipeways e recondicionamento de tanques existentes.Na cerimónia, esteve presente o presidente da República, para quem este projeto possui “grande relevância estratégi-ca para a economia nacional”. No seu discurso, Cavaco Sil-va sublinhou alguns aspetos “marcantes” na atividade e na

cultura empresarial da Galp Energia, o primeiro dos quais consiste na “aposta persistente na prospeção petrolífera da costa portuguesa”. O presidente da República destacou igualmente a “política de valorização proissional” da em-presa, o “reforço de competências” dos seus colaboradores e a “aposta constante na procura de jovens licenciados de elevado potencial”, salientando, por último, “a atenção con-ferida à responsabilidade social, seja nas áreas da educação e do suporte à saúde e bem-estar das comunidades, seja na promoção da eiciência energética e na defesa do ambiente, seja ainda na dinamização da mobilidade sustentável e da segurança rodoviária”.No âmbito das comemorações de inauguração das novas unidades, realizou-se ainda a exposição fotográica intitu-lada 40 Anos. 40 Fotograias. Os trabalhos, maioritariamente da autoria do colega Manuel Aguiar, estiveram patentes até 5 de outubro, na Marginal de Leça da Palmeira.

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PARCERIA GALP NA INICIATIVA

STENT FOR LIFEPela primeira vez, e no âmbito do seu programa de respon-sabilidade social, a Galp Energia vai participar na nova campanha da Stent for Life – “Não perca tempo. Salve uma vida”. A iniciativa,

inserida no plano europeu de intervenção na área da saúde cardiovascular, chegou a Portugal pela mão da Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC).A nova campanha educacional da Sent for Life, que arrancou no início do mês de setembro, foi lançada internamente na Galp Energia tendo como alvo os seus funcionários, pelo que durante os próximos meses estes poderão participar numa série de atividades e encontros ligados à iniciativa europeia. O objetivo é ajudar os colaboradores da empresa a identiicar os sinais de um enfarte e sensibilizá-los para a importância de agirem rapidamente quando confrontados com acidentes vasculares deste tipo. A rapidez é fundamental para o êxito do tratamento da doença, uma vez que a cada minuto que passa aumenta o risco de morte. Agindo atempadamente consegue-se reduzir o número de óbitos. É por isso importante conhecer e compreender os sinais de um enfarte, atuar rapidamente e procurar ajuda médica através do número europeu de emergência médica – o 112.

mygalp responsabilidade social

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Esta iniciativa foi lançada em 2008 pela Sociedade Europeia de Cardiologia e chegou a Portugal em 2011 por intermédio da Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular. O propósito da Sent for Life é melhorar a qualidade dos cuidados médicos prestados ao doentecom enfarte e proporcionar-lhe o tratamento mais adequado – a angioplastia primária. As ações de campanha da Sent for Life decorrem em dez países: Bulgária, Portugal, Turquia, Espanha, Itália, França, Sérvia, Egito, Roménia e Grécia.

Agir depressapode evitaruma morte

PARCERIA GALP

smygalp

social

Leia o texto integral desta notícia no portal mygalp em Publicações/Magazine em Português – Desenvolvimento de artigos.

Para mais informações, visite o site www.stentforlife.com

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mygalp história8

hmygalp história

PRIMEIROS PASSOS NO MERCADO ESPANHOL

Energia portuguesaultrapassa fronteiras

A primeira tentativa de entra-da no mercado espanhol fez- -se com a Sacor, em 1962.

Visando implantar uma rede de distri-buição de combustíveis e ultrapassar as disposições legais em vigor – que, na-quela altura, impediam que houvesse uma empresa constituída com 100% de capital estrangeiro a atuar em Espa- nha –, formou-se a Ibérica de Carburantes S.A. (Socar), com capital da Sacor e de vários inanceiros espanhóis, entre os quais avultava Nicolás Franco Baha-monde (irmão do general Franco e ex- -embaixador de Espanha em Portugal). A Socar viria a montar uma única esta-ção de serviço, a estação de serviço de Caia, à entrada de Badajoz, onde ape-

nas conseguiria vender uns tantos lu-briicantes, malgrado em 1965 uma ordem ministerial espanhola proibir que a distribuição de combustíveis se izesse por sociedades com capital es-trangeiro sem autorização prévia do Governo.Seria esta a única atividade assumida pela Socar em Espanha. A estação de serviço foi vendida em 1981, e a Socar, como empresa, dissolvida em 1992.Curiosamente, esta mesma estação de serviço, extinto o monopólio, entraria para a rede Petrogal em Espanha. As cores e o símbolo da petrolífera portu-guesa seriam novamente divulgados naquela estação de serviço a partir de 13 de março de 1993.

rodrigues marques

1962

A primeira tentativa de entrada no mercado espanhol fez-se com a Socar em

Leia este e outros testemunhos de antigos colaboradores no site do Museu Virtual “Vidas Galp”: http://vidas.galpenergia.com

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mudança na empresa

NOVOS DESAFIOS

mygalp história

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2011A Galp Energiapermitiu-me crescer profissionalmente e adaptar-me a novas responsabilidades e desafios.

Iniciei a minha carreira como professor de Matemática e Co-mércio, tendo passado depois

pelas linhas aéreas da Suazilândia e pela Shell Suazilândia, onde exerci di-versas funções na área comercial e de marketing.

Sendo a Galp Energia uma companhia portuguesa, inicialmente senti algum receio de um eventual choque de cultu-ras, mas esse receio, para minha grande surpresa, foi rapidamente descartado graças ao espírito de liderança, à energia e à ética demonstradas pelo diretor-ge-ral, que aliava às suas competências uma boa capacidade de gestão da mudança.

O facto de a Galp Energia ser uma companhia orientada para o cresci-mento abriu-me portas, permitindo- -me crescer proissionalmente e adap-tar-me a novas responsabilidades e de-saios.A minha expectativa é ajudar a Galp Energia a aumentar a quota de merca-do na Suazilândia e, mediante a oferta dos nossos produtos e serviços, pene-trar nos mercados da região. O êxito desse objetivo passa por desenvolver uma forte equipa de futuros líderes, com capacidade para obter continua-mente resultados num ambiente de constante mudança.

HISTÓRIA DE VIDA

Crescer profissionalmenteFanie mthethwa

A mudança de uma unidade corporativa para a unidade Gas & Power, como gestor de desenvolvimento de serviços, é um desafio profissional interessante, que me irá permitir diversificar conhecimentos e explorar outras valências, desta vez com foco no cliente final da Galp Energia.A mobilidade interna é parte de um processo de evolução profissional contínuo, com grande impacto do ponto de vista motivacional. Assim sendo, encaro esta nova etapa com otimismo e entusiasmo, e considero-a um bom exemplo do alinhamento de expectativas pessoais e profissionais com os objetivos da organização.

CarloS BonJour maToSGestor de Desenvolvimento de ServiçosGas & PowerDesenvolvimento de Negócio

Ao longo dos 12 anos em que estou na empresa, tive a sorte de ter participado em vários projetos e de ter colaborado com muitas pessoas, que muito contribuíram para o meu crescimento profissional e pessoal. Encaro esta mudança com grande motivação, sobretudo pela possibilidade de conhecer os vários negócios da Galp Energia.

riTa eSTeveS CarvalHoTécnica de ComunicaçãoDRICE – Comunicação Externa

fanie mTHeTHwa

Idade 43 anosNacionalidade SuazilândiaFormação GestãoCargo Diretor comercial

Após as gratas participações na Distribuição Oil e na ARL, aceitei agora o desafio de incorporara Gestão Integrada do Risco das Finanças Corporativas, que tem a responsabilidade do Risco. Em tempos económicos instáveis, esta área, de complexidade crescente, representa também uma oportunidade única de contribuir para a gestão integrada da exposição ao risco, com influência direta no valor da nossa empresa. Considero a mobilidade interna vital, não só para a dinâmica da empresa, em virtude das novas abordagens que proporciona, mas também para os colaboradores, pela componente motivacional que envolve.

anTÓnio QuinTinoGestor de RiscoFinanças Corporativas

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NO PRINCÍPIO ERA A ROBUSTEZ19

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No início da década de 1970, este veículo efetuou abastecimentosde Jet A1 a aeronaves no Aeroporto de Lisboa.Os veículos usados na época apresentavam, à semelhança deste, algumas dificuldades adicionais aos aeroabastecedores que os utilizavam, nomeadamente no tocante à sua manobrabilidade na aproximação e na proximidade das aeronaves, bem como à falta de visibilidade para

o abastecedor quando em abastecimento. Outra dificuldade prendia-se com os componentes, que, apesar de extremamente robustos, eram muito pesados e difíceis de manobrar. Estes condicionalismos levavam a que todos os abastecimentos fossem efetuados por dois abastecedores, podendo estes ajudar-se reciprocamente.

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Muito diferentes dos seus “irmãos” mais velhos, estes veículos incorporam algumas funcionalidades que em muito contribuem para uma maior eficácia do aeroabastecimento. Encontram-se, para o efeito, equipados com sistemas que permitem efetuar os ensaios de qualidade ao combustível de aviação Jet A1 requeridos em todos os abastecimentos em circuito fechado – nos quais não existe a possibilidade de ocorrência de derrames. Dispondo de sistemas assistidos hidraulicamente para movimentação de mangueiras e respetivas válvulas, minimizam o esforço requerido ao aeroabastecedor.

São também mais seguros nos abastecimentos em que se utiliza a plataforma elevatória, e permitem uma muito maior manobrabilidade; dispõem inclusive de câmaras orientadas para a traseira do veículo e para a asa da aeronave, bem como de um sistema que transmite automaticamente os dados dos abastecimentos para os sistemas centrais de faturação ao cliente. Com estes veículos, tornou-se possível abastecer, de forma segura e ambientalmente correta, qualquer tipo de aeronave, recorrendo apenas a um aeroabastecedor.

UMA SUSTENTÁVEL EFICÁCIA

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Sistema Refinador NacionalConstituído pelas refinarias de Sines e de Matosinhos, operade forma integrada, com capacidade total de 330 000 barris/dia

Complexo de HydrocrackingProduz gasóleo a partir de frações

pesadas (destilados de vácuo)e hidrogénio

Complexo de FCCProduz gasolina a partir de frações

pesadas (sem hidrogénio)

Fábrica de utilidadesProduz vapor e energia elétrica para

o complexo e para a rede nacional

ArmazenagemProdutos e matérias-primas com maisde 3 000 000 m3, dos quais 1 500 000

são petróleo bruto e o restanteprodutos intermédios e finais,

como o gás, a gasolina e o gasóleo

ArmazenagemProdutos e matérias-primascom mais de 1 780 000 m3,dos quais 649 000 m3 sãopara ramas de petróleoe 1 131 000 m3 para produtosintermédios e finais

Expediçãode veículos-cisterna

Porto de Sines

Sines

Matosinhos

Terminal petrolífero com 6 postosde atracação para navios até300 000 toneladas

Interligação por mar entre as duasrefinarias, para transportede produtos finais e componentes

MonoboiaAtracação e descarga de N/T de petróleobruto até 130 000 ton de arqueação bruta.Permite o abastecimento da refinariamesmo em condições adversas de mar,uma vez que os navios não neces-sitam de entrar no porto

Tratamento de efluentesFaz o pré-tratamento dosefluentes líquidos antes do enviopara a estação de Santo André

Tratamento de efluentes

Fábrica de utilidades

Esteira de tubagens comcerca de 8 km ligandoa refinaria ao porto de Sines

Ligação por tubagemmultiproduto a Aveirasde Cima (aproximadamente50 km de Lisboa)

Expedição de produtose componentes atravésdo terminal de Leixões

Tubagem submarina

A

A

Liga a monoboia à refinaria paradescarregar o petróleo bruto

Refinaria de Sines320 hectares de área

A refinaria de Sines é uma das maiores da Europa, comuma capacidade de destilação de 10,8 milhões de toneladaspor ano, ou seja, 220 mil barris por dia. Esta unidade industrialestratégica está localizada 150 quilómetros a sul de Lisboa,na mais movimentada rota mundial de petroleiros. A refinaria de Sines compreende 27 unidades processuais,com uma configuração orientada para a maximizaçãoda produção de gasolinas a partir da matéria-prima, dispondo,para isso, de uma unidade de conversão catalítica de destiladosmuito pesados, designada FCC (Fluid Catalytic Cracking).

Refinaria de Matosinhos300 hectares de área

Este complexo emprega 600 colaboradores, sendo a refinariamais completa da Galp Energia em termos de produtos.A sua capacidade de processamento de petróleo brutoé de 5,5 milhões de toneladas/ano. Está interligada ao terminal de petroleiros no portode Leixões através de 2 km de oleodutos. Está ainda ligadade forma umbilical ao terminal oceânico de Leixões (monoboia)através de um oleoduto com cerca de 3,5 km. A refinaria de Matosinhos possui na totalidade cercade 1250 km de

pipelines.

Reformação catalíticaProduz componentes para gasolinae matéria-prima para a fábricade aromáticos

Fábrica de aromáticosProduz matérias-primas paraa indústria química

Fábrica de combustíveisProduz combustíveis parao mercado nacional e matéria--prima para a refinaria de Sines

Fábrica de óleos baseProduz óleos base e betumes

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Sistema Refinador NacionalConstituído pelas refinarias de Sines e de Matosinhos, operade forma integrada, com capacidade total de 330 000 barris/dia

Complexo de HydrocrackingProduz gasóleo a partir de frações

pesadas (destilados de vácuo)e hidrogénio

Complexo de FCCProduz gasolina a partir de frações

pesadas (sem hidrogénio)

Fábrica de utilidadesProduz vapor e energia elétrica para

o complexo e para a rede nacional

ArmazenagemProdutos e matérias-primas com maisde 3 000 000 m3, dos quais 1 500 000

são petróleo bruto e o restanteprodutos intermédios e finais,

como o gás, a gasolina e o gasóleo

ArmazenagemProdutos e matérias-primascom mais de 1 780 000 m3,dos quais 649 000 m3 sãopara ramas de petróleoe 1 131 000 m3 para produtosintermédios e finais

Expediçãode veículos-cisterna

Porto de Sines

Sines

Matosinhos

Terminal petrolífero com 6 postosde atracação para navios até300 000 toneladas

Interligação por mar entre as duasrefinarias, para transportede produtos finais e componentes

MonoboiaAtracação e descarga de N/T de petróleobruto até 130 000 ton de arqueação bruta.Permite o abastecimento da refinariamesmo em condições adversas de mar,uma vez que os navios não neces-sitam de entrar no porto

Tratamento de efluentesFaz o pré-tratamento dosefluentes líquidos antes do enviopara a estação de Santo André

Tratamento de efluentes

Fábrica de utilidades

Esteira de tubagens comcerca de 8 km ligandoa refinaria ao porto de Sines

Ligação por tubagemmultiproduto a Aveirasde Cima (aproximadamente50 km de Lisboa)

Expedição de produtose componentes atravésdo terminal de Leixões

Tubagem submarina

A

A

Liga a monoboia à refinaria paradescarregar o petróleo bruto

Refinaria de Sines320 hectares de área

A refinaria de Sines é uma das maiores da Europa, comuma capacidade de destilação de 10,8 milhões de toneladaspor ano, ou seja, 220 mil barris por dia. Esta unidade industrialestratégica está localizada 150 quilómetros a sul de Lisboa,na mais movimentada rota mundial de petroleiros. A refinaria de Sines compreende 27 unidades processuais,com uma configuração orientada para a maximizaçãoda produção de gasolinas a partir da matéria-prima, dispondo,para isso, de uma unidade de conversão catalítica de destiladosmuito pesados, designada FCC (Fluid Catalytic Cracking).

Refinaria de Matosinhos300 hectares de área

Este complexo emprega 600 colaboradores, sendo a refinariamais completa da Galp Energia em termos de produtos.A sua capacidade de processamento de petróleo brutoé de 5,5 milhões de toneladas/ano. Está interligada ao terminal de petroleiros no portode Leixões através de 2 km de oleodutos. Está ainda ligadade forma umbilical ao terminal oceânico de Leixões (monoboia)através de um oleoduto com cerca de 3,5 km. A refinaria de Matosinhos possui na totalidade cercade 1250 km de

pipelines.

Reformação catalíticaProduz componentes para gasolinae matéria-prima para a fábricade aromáticos

Fábrica de aromáticosProduz matérias-primas paraa indústria química

Fábrica de combustíveisProduz combustíveis parao mercado nacional e matéria--prima para a refinaria de Sines

Fábrica de óleos baseProduz óleos base e betumes

Saiba mais sobre as atividades e projectos de E&P da Galp Energia no seguinte endereço: http://www.galpenergia.com/PT/agalpenergia/os-nossos-negocios/Refinacao-Distribuicao/ARL/Refinacao/Paginas/Home.aspx

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emygalp entrevista

faBriZio daSSoGnolicenciado em engenharia Civil, é membro do Conselho de administração e da Comissão executiva da Galp energia desde 2008 e responsável pelo segmento de negócio de Gas & Power.

CarloS GomeS da Silvalicenciado em engenharia eletrotécnica e de Computadores, tem um master

em Business administration. É membro do Conselho de administração da Galp energia desde abril de 2007 e da Comissão executiva desde maio de 2008, sendo responsável pelo segmento de negócio de distribuição de Produtos Petrolíferos e pelos serviços corporativos de Compras, marketing e Gestão de recursos Humanos.

Em que posição se encontra a Galp

Energia a nível ibérico

no setor Gás Natural e Power?

faBriZio daSSoGno [fd] – A Galp Energia é o líder de mercado de gás natural em Portugal, com uma quota de mercado de cerca de 80%, e está presente nos segmentos elétrico, in-dustrial e doméstico. É ainda deten-tora de várias distribuidoras no país, além de ser proprietária de capacida-de de armazenagem. Com as recentes aquisições feitas à Gás Natural de sociedades co-merciais na zona de Madrid, a Galp Energia passou a ser o segundo player

na Península Ibérica, em termos de número de clientes, e terceiro em volume.

Quais os principais desafios

que encontrou para chegar

a este patamar?

fd A iberização do gás natural iniciou-se em 2007, com a obtenção da licen-ça de comercialização em Espanha, e surgiu como corolário lógico de uma aposta estratégica de crescimento num mercado completamente libe-

A Galp Energia transitou de pequeno operador regional e praticamente sem influência, para um dos principais operadores à escala ibérica.

IBERIZAÇÃOum neGÓCio Sem fronTeiraS

FABRIZIO DASSOGNOCARLOS GOMES DA SILVA

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ralizado. Espanha é um mercado muito competitivo, onde operam cerca de 20 comercializadores com taxas de switching (clientes que mudam de fornecedor de energia) das mais elevadas da Europa.

E quanto ao negócio Distribuição Oil?

CarloS GomeS da Silva [CGS] – O ne-gócio da Distribuição Oil na Península Ibérica, com a recente aquisição e inte-gração das operações ibéricas da Esso e da Agip, permitiu que a Galp Energia se constituísse como um operador de esca-la verdadeiramente ibérica. No entanto, apesar de o volume comercializado ser similar, a posição competitiva é distin-ta em cada um dos lados da fronteira. Se em Portugal a Galp Energia lidera o mercado em todos os segmentos, em Espanha a sua presença é mais regional, assumindo-se como o quarto operador.

Uma nova realidade, que implica

também novos desafios...

CGS Para chegarmos ao patamar atual, foi necessário percorrer um longo caminho, alicerçado numa grande perseverança e num enorme esforço de investimento, e que levou a que a Galp Energia tran-sitasse de pequeno operador regional e praticamente sem inluência, para um dos principais operadores à escala ibéri-ca. Atingir a dimensão crítica mínima foi talvez um dos maiores desaios da Galp Energia, só possível pelo aproveitamento das oportunidades de consolidação que foram surgindo ao longo dos tempos.

Qual a estratégia para o futuro

dos negócios Gás Natural

e Distribuição Oil a nível ibérico?

fd A aposta no mercado ibérico será sempre a aposta no nosso mercado na-tural. A questão da “fronteira” deixa de

fazer sentido numa lógica de negócio em que todos os instrumentos de mer-cado apontam para uma lógica ibérica: a criação do Mibgás, os concorrentes e clientes ibéricos, sem esquecer os am-bientes regulatórios que se avizinham e o alargamento das interconexões físicas. Essa aposta passa necessariamente por um crescimento rentável da nossa base de clientes domésticos e industriais e pelo reforço da oferta dual e de serviços. CGS Toda a nossa energia e recursos têm de ser postos ao serviço dos clientes e dos consumidores, e temos de o fazer melhor do que a concorrência. Isso implica que mantenhamos uma proposta atrativa e adequada a cada segmento de mercado, ancorada numa marca forte e respeita-da, com um nível de serviço superior ao dos nossos concorrentes, operando com uma estrutura de custos extremamente competitiva e apostando na capacitação e no desenvolvimento das pessoas como elemento estratégico para o êxito.

Como é feita a integração do negócio

a nível ibérico?

fd Com exceção das áreas comerciais, há uma completa integração dos negó-cios, com lideranças ibéricas nas áreas de aprovisionamento, regulação, pla-neamento e controlo, shipping e pricing. Nas áreas comerciais estão criados os processos que permitem uma avaliação constante de ambos os mercados, das suas dinâmicas e níveis competitivos.CGS No que se refere à distribuição, o ne-gócio foi gerido mais verticalmente, em consequência das aquisições efetuadas, que aconselhavam focalização no pro-cesso de integração. Concluída a fase de integração e de reorganização societária e dos sistemas de suporte, entraremos num novo nível, orientado para a exploração de

sinergias, para a otimização de operações e para uma maior articulação dos negócios, mantendo, no entanto, a regionalidade e a especiicidade de cada mercado.

Em vosso entender, que especificidades

interferem no modelo de negócio?

CGS As diferenças entre Portugal e Espa-nha veriicam-se, desde logo, na dimen-são, a que acresce, no caso de Espanha, uma grande diversidade inter-regional. Por outro lado, em Portugal a Galp Energia tem uma presença nacional e em Espanha tem uma presença mais re-gional. Esta realidade tem de se reletir na estratégia comercial, concentrando--se nas regiões que apresentem mais oportunidades de criação de valor.Entre nós, dado o período recessivo que atravessamos, a liderança da Galp Energia apresentará provavelmente algumas des-vantagens, por estarmos mais expostos à crítica fácil e supericial. Já em Espanha, devido à nossa menor dimensão relativa e à atuação mais regional, estamos mais protegidos desse tipo de “ataques”, o que pode constituir uma excelente oportuni-dade de captação de novos clientes. So-mos mais pequenos, logo mais lexíveis. Mas, no fundo, o que interessa e faz a di-ferença é a nossa capacidade de focaliza-ção nos clientes e consumidores.fd Embora existam diferenças que resul-tam do aspeto regulatório e da intensida-de competitiva, que ainda não existe em Portugal, e de uma estrutura distinta no mercado retalhista, podemos dizer que há uma tendência crescente para conver-gir num futuro próximo, através da cria-ção do Mibgás. A perspetiva de um mer-cado cada vez mais “iberizado” parece ser indiscutível.

Leia o texto integral desta entrevista no portal mygalp em Publicações/Magazine em Português – Desenvolvimento de artigos.

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A GALP ENERGIANA PENÍNSULA IBÉRICA1400 eSTaçÕeS de Serviço1,3 milHÕeS de famíliaS aBaSTeCidaS a GÁS naTural

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Nos últimos três anos, a Galp Energia mais do que duplicou a sua rede de estações de serviço em Es-panha, superando as 600 unidades, e iniciou o

fornecimento de gás natural a indústrias e residências. Es-tes são dois exemplos claros da dinâmica de uma empresa multinacional que estende as suas operações – hoje tem relações comerciais com mais de 65 países e opera em 13 deles –, reairmando a sua vocação ibérica. A empresa ocupa a terceira posição na Península Ibérica, sendo líder destaca-da em Portugal e a única capaz de oferecer aos seus clientes uma oferta integrada de energia, dentro e fora de casa.

APOSTA NO MERCADO IBÉRICO Desde a colocação em Bolsa, em 2006, em paralelo com os recentes investimentos feitos na área da reinação em Portu-gal e a compra da Exxon Mobil e da Agip em Espanha, é con-irmado o compromisso da empresa com o mercado ibérico. Este compromisso vem sendo reairmado desde 1979, data da criação da Galp Energia Espanha. Note-se que esta foi uma das primeiras empresas portuguesas a estabelecer-se no país vizinho, pois, já na altura, este era considerado um mercado natural de expansão da Galp Energia. Em resulta-do dessa estratégia, a empresa tem vindo a realizar avulta-dos investimentos neste país.Nos últimos anos, a atividade da Galp Energia em Espanha teve um grande incremento, que resultou de dois factos principais. Por um lado, a aquisição, já referida, das subsi-diárias da Exxon Mobil e da Agip em Espanha, que permitiu triplicar a presença da empresa no mercado de distribuição de produtos petrolíferos no país vizinho. Por outro lado, a obtenção de uma licença de comercialização, que abriu a porta do competitivo e dinâmico mercado do gás natural naquele país.Com mais de 1400 estações de serviço na Península Ibérica, a Galp Energia procura consolidar a sua rede de distribui-ção. Esta consolidação, conjuntamente com a conversão das reinarias de Sines e de Matosinhos, que vai permitir uma produção mais alinhada com a procura de produtos

petrolíferos na Península Ibérica, convergirá para tornar o segmento de negócio de Reinação & Distribuição numa atividade geradora de cash lows mais sólidos e estáveis.No que toca à distribuição de produtos petrolíferos, a Galp Energia detém uma quota de mercado de cerca de 50% em Portugal e de 14% no espaço ibérico. Espanha representa já 44% do total de vendas de produtos petrolíferos. O foco em combustíveis de elevada qualidade e a excelência do serviço oferecido aos clientes continuam a ser as principais vanta-gens competitivas na Península Ibérica.

Nos últimos anos, a atividade da Galp Energia em Espanha teve um grande incremento.

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mygalp negócios18

A estratégia do segmento de Gas & Power consiste no au-mento sustentado das vendas de gás natural através do ne-gócio de power, nomeadamente as cogerações. Dada a di-mensão do mercado espanhol, é importante que a empresa esteja presente enquanto comercializadora de gás natural, permitindo-lhe consolidar a sua posição no mercado ibéri-co. A Galp Energia tem como objetivo otimizar a margem deste segmento de negócio através de uma proposta con-junta de gás natural e eletricidade.A aquisição da sociedade Madrileña Gas permitiu à Galp Energia entrar no segmento doméstico de gás em Espanha, que tem cerca de 370 mil clientes. Além da sua atividade nos setores industrial e elétrico, a empresa tem agora a res-ponsabilidade de fornecer gás natural a mais de 1,3 milhões de famílias a nível ibérico.A Galp Energia opera também uma infraestrutura regulada de pipelines de média e baixa pressão com mais de 11 mil qui-lómetros. Tem ainda a seu cargo a gestão das participações nos gasodutos internacionais de alta pressão que transpor-tam, até Campo Maior e atravessando toda a Península, o gás natural adquirido na Argélia.

OS BIOCOMBUSTÍVEIS NA PENÍNSULA IBÉRICADesde a entrada em vigor da diretiva 2009/28/CE da Co-missão Europeia, os Estados-Membros, incluindo Portugal e Espanha, assumiram o compromisso da introdução gradu-al de 10% de energia renovável nos transportes até 2020.Evidentemente, o desaio lançado até 2020 implicará o cumprimento de metas obrigatórias, tanto em Portugal como em Espanha. No entanto, já há algumas metas que te-rão obrigatoriamente de ser cumpridas, que levam a que a Galp Energia assegure a incorporação de biocombustíveis,

em mais de 5%, do total de combustíveis rodoviários distri-buídos. Esta operação movimenta 629 mil metros cúbicos de biocombustível em toda a rede (Portugal e Espanha), com processos e operações descentralizados na totalidade da cadeia de abastecimento, desde o aprovisionamento, à armazenagem, passando pelo blending, pela distribuição e pela certiicação.A dimensão atual das operações, assim como a sua crescen-te importância nos próximos anos, devido à duplicação de volumes, representa um enorme desaio para a organização. Neste sentido, encontra-se em curso, no âmbito do Projeto Green, o levantamento e a análise de todas as alternativas possíveis para o cumprimento das metas estabelecidas no campo dos biocombustíveis. O Projeto Green é coordenado pela unidade de Biocombus-tíveis e Planeamento Estratégico, e conta com a colaboração essencial da Galp Espanha, do DO-Portugal e do Aprovisio-namento da ARL. Este projeto visa deinir a melhor estraté-gia operacional para o cumprimento das metas relativas aos biocombustíveis, maximizando eventuais sinergias entre os países, de modo a otimizar a competitividade e a sustentabi-lidade dos biocombustíveis introduzidos no consumo inal.

Em 2012, iniciar-se-á um novo ciclo de evolução.

aumenTou a Sua BaSe

de ClienTeS de GÁS naTural,

Com a aQuiSição de CerCa

de 370 MIL CLIENTES

na Área de madrid

foram vendidoS

10,4 MILHÕES DE TONELADAS

DE PRODUTOS PeTrolíferoS

Para ClienTeS direToS

a GalP enerGia

alCançou uma QuoTa

de merCado de CerCa

de 15% NO NÚMERO

DE CLIENTES de GÁS naTural

e de ProduToS PeTrolíferoS

na PenínSula iBÉriCa

MERCADO IBÉRICOFUTURO GALP ENERGIA:CRESCER

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negócios

mygalp negócios

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É do conhecimento público que a Galp Energia foi uma das primeiras empresas portuguesas a estabele-cer-se em Espanha. Fê-lo no ano de 1979, na sequên-

cia da sua estratégia de internacionalização, que elegeu Espa-nha como mercado natural de expansão dos seus negócios.A airmação no mercado espanhol veio a concretizar-se por via da aquisição das iliais ibéricas da Agip e da Esso, cuja compra permitiu à Galp Energia tornar-se o quarto operador em Es-panha e o terceiro na Península Ibérica. Os três últimos anos foram dedicados à integração das várias companhias, e desta integração resultou uma empresa competitiva e com muito ta-lento, fruto do processo de seleção (mérito/competências) que foi seguido, independentemente da origem dos quadros.O processo de fusão das empresas foi bem-sucedido: a Galp Energia não perdeu quota de mercado nem valor das aquisi-ções, e superou as expectativas de sinergias – o que, apesar das adversidades conjunturais, se deveu, naturalmente, ao grande empenho e proissionalismo de todos.Hoje, a Galp Energia dispõe de uma rede que integra mais de 600 estações de serviço e mais de 250 lojas de conveniência, cobrindo assim grande parte do território espanhol. Neste mercado, conta já com 65 mil cartões Galp Frota, e permite aos seus clientes abastecer as suas viaturas toda a Península Ibérica.Mas a Galp Energia em Espanha oferece ainda às empresas, à grande e à pequena indústria, ao setor agrícola, aos serviços de transportes e aos clientes domésticos uma vasta gama de produ-tos de alta qualidade – gasolinas e gasóleos, fuel e gás natural.

Na área das especialidades, a Galp Energia España produz e comercializa lubriicantes, opera nos principais aeroportos de Espanha e nos seus principais portos, detendo igualmente uma importante carteira de clientes GPL.No setor da construção consegue satisfazer as necessidades dos seus clientes nas áreas de emulsões, aglomerados, impermeabi-lizações e betumes, entre outros.Contudo, todo este trabalho só é possível com uma equipa competente e motivada como a que se formou em Espanha, que todos os dias trabalha para que a Galp Energia cresça, ren-tabilize os investimentos efetuados e ganhe notoriedade, con-quistando o seu lugar e posicionando-se como uma das melho-res empresas a operar na Península Ibérica.

CONTINUAR A CRESCER DE FORMA SUSTENTADA E RENTÁVEL TAMBÉM EM ESPANHA

João Pedro BriTo

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PARCERIA DA GALP ENERGIA COM A AMB3E AJUDA A RECOLHER, DESDE 2009, MAIS DE 63.000 QUILOS DE EQUIPAMENTO

Ponto Eletrão nos postosde abastecimento Galp

A Galp Energia, em parceria com a Amb3E, instalou 25 con-tentores Ponto Eletrão nos postos de abastecimento Galp. Através destes contentores, destinados à recolha de resíduos

de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE), já foi possível reco-lher 63 607 quilos de material.A parceria surgiu em 2009 após a análise do elevado potencial de con-cretização de objetivos comuns e determinantes para a persecução das respetivas atividades, no que concerne à responsabilidade civil e am-biental de cada uma das entidades.A alternativa de correto encaminhamento dos resíduos de equipamen-tos elétricos e eletrónicos proporcionada pela Amb3E e o acesso livre a essa alternativa facultado pela Galp Energia reforçam o desempenho do sistema integrado de gestão de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (SIGREEE), assim como a imagem de marca construída pela Galp Energia enquanto detentora de uma rede de postos de abas-tecimento empenhada na melhoria da qualidade ambiental.

como se cLassiFicam os eee (equipamentos eLétricos e eLetrÓnicos) que são coLocados no mercado

• Grandeseletrodomésticos;

• Pequenoseletrodomésticos;

• Equipamentosinformáticos

e de telecomunicações;• Equipamentosdeconsumo;

• Equipamentosdeiluminação

e lâmpadas fluorescentes;• Ferramentaselétricaseeletrónicas

(com exceção de ferramentas industriais fixas de grandes dimensões);• Aparelhosmédicos(comexceçãodetodos

os produtos implantados e infetados);• Instrumentosdemonitorizaçãoecontrolo;

• Distribuidoresautomáticos.

25CONTENTORES

PONTO ELETRÃO

RECHOUSAREALPóVOA DE VARZIMGONDOMARGAIALOURESBRANDOAAV. BERLIMDUARTE PACHECOAJUDALAVRADIOALCOCHETE (S/N)ALCOCHETE (N/S)PADRE CRUZESTORILMEM MARTINSTAPADA MERCÊS

Leia o texto integral desta notícia no portal mygalp em Publicações/Magazine em Português – Desenvolvimento de artigos.

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PROJETO SOMA

Formação em lubrificantes no âmbito do projeto Soma

O projeto SOMA é uma das grandes apostas da Galp Energia para impulsionar o cross-selling dentro da organização. As vanta-gens deste tipo de iniciativa passam pelo aumento das vendas

de produtos e serviços, pela simples otimização de todos os recursos dis-poníveis, assim como pela idelização de clientes através de um portefó-lio alargado e completo de soluções Galp Energia.Ao longo da existência do programa SOMA foram sendo desenvolvidas várias ferramentas de apoio ao cross-selling. A partilha sólida e estruturada de informação setorial, a disponibilização de ferramentas adequadas para tirar o máximo partido deste programa, bem como ações de formação di-recionadas para os diversos produtos e serviços existentes são essenciais para o êxito do projeto.Neste contexto, e no seguimento de ações de formação realizadas em 2010 (Power), foram deinidas várias datas para formação na área de lubriicantes, tendo a primeira sessão decorrido no passado dia 16 de junho. A segunda sessão realizou-se no dia 15 de setembro, em Matosi-nhos, e foi seguida de um almoço na cantina da reinaria e de uma visita à fábrica de lubriicantes. A segunda ação de 2011 contou com a presença de José Motta, respon-sável pela Unidade de Lubriicantes, e esteve a cargo de José Amaral, coordenador da Assistência Técnica, e de Paula Gomes, responsável pela Gestão de Oferta de Lubriicantes. Além dos representantes das equipas que melhor conhecem esta área de elevada complexidade técnica, parti-ciparam nesta formação outros colegas de várias áreas da empresa.A terceira ação de formação em lubriicantes no âmbito do projeto SOMA cumpriu-se a 20 de outubro de 2011.

• Refinaçãoeproduçãodeóleos-base;

• Ambienteesegurançarelacionadoscomlubrificantes;

• Informaçãotécnicagenéricasobrelubrificantes;

• Massaslubrificantes;

• Normaseespecificações.

programa da segunda ação de Formação

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PARCERIAS

GalpA Galp Serviexpress é um serviço da Galp Energia que distribui e comercializa gasóleo de aquecimento, co-lorido e rodoviário, a empresas dos setores industrial

e de transportes, e ainda ao domicílio, a clientes particulares. Este serviço é rápido, seguro e ei caz. A distribuição é feita a partir de centros especializados, sendo o transporte assegura-do por empresas parceiras da Galp Energia: destas parcerias destacamos os Transportes Freitas, a GASPE, a Petroferr, a Lu-bridão, a JM Cordeiro e a Combustíveis do Alto Alentejo.

TRANSPORTES FREITASvila nova de aveS – SanTo TirSoSócio/Presidente: antónio martins da Silva freitas

Comercializa e distribui, em regime exclusivo, combustíveis e químicos (postos de abastecimento, indústrias e particulares). Apostou na consolidação de rede de retalho em regime de co-

-branded e ainda na distribuição de combustíveis ao domicílio (revenda de gasóleo de aquecimento) com a Serviexpress. As suas atividades decorrem maioritariamente na área litoral norte e nos distritos de Castelo Branco e Coimbra.

GASPEvila nova de Gaia Sócio maioritário: luís veiga

Comercializa e distribui, em regime de exclusividade, combustí-veis brancos (gasóleos e gasolinas), lubrificantes e GPL em gar-rafas (1.ª linha). As suas atividades decorrem maioritariamente nos distritos de Vila Real e Bragança e nos concelhos de Vila Nova de Gaia, Espinho e Santa Maria da Feira. Celebrou um pro-tocolo com a Serviexpress para a exploração de dois centros, em Vila Nova de Gaia e Macedo de Cavaleiros; prevê-se que entre em funcionamento um novo relé em Sabrosa, que aguarda a aprovação por parte das entidades competentes.

PETROFERRQuarTeira Sócio: José Bento ferreira

Comercializa e distribui, em regime de exclusividade, combustí-veis brancos (gasóleos e gasolinas) e lubrificantes. As suas ativi-dades decorrem maioritariamente no distrito de Faro e em alguns concelhos do distrito de Beja. É também cessionária da rede de revenda da Galp e celebrou com a Galp Serviexpress um contrato de exploração de um centro em São Bartolomeu de Messines.

LUBRIDÃOviSeu Sócio maioritário: manuel Pinto

Comercializa e distribui combustíveis brancos (gasóleos e gasoli-nas). As suas atividades decorrem maioritariamente nos distritos de Viseu e na maioria dos concelhos dos distritos de Évora, Beja e Guarda. Nos postos co-branded opera nos distritos de Viseu e da Guarda. Celebrou com a Galp Serviexpress três contratos de exploração, em Seia, Vila Nova de Meã (Viseu) e Évora. Prevê-se que entre em funcionamento um novo relé em Beja, que aguarda a aprovação por parte das entidades competentes.

JM CORDEIROSanTarÉm Sócio maioritário: manuel Cordeiro

Comercializa e distribui, em regime de exclusividade, combustíveis brancos (gasóleos e gasolinas), lubrificantes e GPL em garrafas. É ainda cessionária da rede de revenda da Galp Energia. Tem com a Galp Serviexpress um contrato de exploração em Santarém.

COMBUSTÍVEIS DO ALTO ALENTEJOelvaS Sócio-gerente: fernando Carpinteiro albino

Comercializa e distribui, em regime de exclusividade, combustí-veis brancos (gasóleos e gasolinas), lubrificantes e GPL em garra-fas (2.ª linha). Aposta também na consolidação da rede de retalho em regime de co-branded. Tem com a Galp Serviexpress um con-trato de exploração em Elvas.Assinatura do contrato com a Petroferr, Lda.

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Tiger SL: o rolloutReestruturação das infraestruturas dos sistemas de informação

A última etapa do programa TIGER teve início a 25 de julho. O pro-jeto TIGER SL destina-se a implementar uma arquitetura de sistemas de informação estandardizada em todos os postos (e de acordo com

os standards da indústria de comercialização de produtos petrolíferos), a subs-tituir os sistemas de informação dos postos pela solução Namos, da Wincor--Nixdorf, e a passar para um modo de funcionamento online. Neste modo, todas as validações relacionadas com a utilização dos meios de pagamento e com a idelização de clientes passam a ser realizadas online, tendo em conta a infor-mação existente nos sistemas centrais da Galp Energia.A ambição deste rollout é enorme: chegar a um ritmo de migração para a nova solução de dez postos por dia, ritmo nunca observado em processos deste tipo. Para que este objetivo seja atingido, é necessário coordenar as atividades de um grupo muito alargado de intervenientes internos e externos à Galp Energia.No início de novembro existiam cerca de 200 postos já migrados em Portu-gal e um posto-piloto em Espanha. Este número irá crescer rapidamente no nosso país, sendo que em Espanha o rollout deverá iniciar-se em breve.Apesar de todo o trabalho envolvido no desenvolvimento da nova solução tec-nológica e no suporte à mudança, existem aspetos que apenas são visíveis quan-do se está no terreno. A melhor prova de fogo para este projeto é a experiência. Surpresas, com cer-teza haverá muitas. Diiculdades, muitíssimas. Mas todos os envolvidos têm demonstrado o espírito de persistência e de tenacidade adequado para levar esta implementação adiante. Só assim é que o programa de reestruturação das infraestruturas dos sistemas de informação chegará a bom porto, o que deverá acontecer no im do primeiro trimestre de 2012.

A ambição deste rollout é migrar para a nova solução 10 postos por diaantes do início• Definiçãodaestratégiadeformação;

• Preparaçãodosmateriaisdeformação;

• Preparaçãodassalasdeformação:

duas em lisboa, duas no Porto, uma em viseu e uma em São marcos da Serra, todas elas equipadas com seis

consolas, em condições iguais àsdeumposto;

• Formaçãodosformadores;

• Preparaçãodospostos.

antes do dia• DefiniçãoecomunicaçãodoplanodeRO;

• Definiçãoecomunicaçãodoplano

deformação;

• ExecuçãodaformaçãopeloPostoEscola;

• Disponibilizaçãodosdados-base

pela equipa de Si do Retalho;• Configuraçãopréviadosequipamentos.

durante o dia• Acompanhamentodamudança

feitopelogestordecliente;

• Acompanhamentocentralizadofeito

pelaequipadegestãodeRO;

• Acompanhamentocentralizadofeito

pela equipa de gestão funcional dossistemasinternosdaGalpEnergia;

• Suportenoprocessodemudança

executado pelos fornecedores da solução atual.

após o dia• Acompanhamentolocalnodia

seguinteàmudança;

• Apoioeregistodeerroseproblemas;

• Identificaçãoeacompanhamento

da solução, de erros e problemas.

Leia o texto integral desta notícia no portal mygalp em Publicações/Magazine em Português – Desenvolvimento de artigos.

Page 26: mygalp magazine 13

mygalp responsabilidade corporativa24

emygalp empresa

A designação do sistema de gestão de SSA da Galp Ener-gia foi reformulada, passan-

do a chamar-se Sistema G+ e a estar acompanhado pela igura do Piska. Esta simpática mascote transmite uma imagem positiva, dinâmica e enérgica e simboliza a prevenção na área de se-gurança, saúde e ambiente. Com esta ação, pretende-se envolver os colaboradores da Galp Energia e orientá-los para a melhoria contínua do desempenho em SSA. A imagem do Piska será por isso utilizada para ilustrar todo o tipo de comunicação relacionado com o Sistema G+.Foi também concebido e aprovado um manual com o propósito de permitir às unidades de negócio, unidades de gestão e empresas do grupo identii-carem e gerirem os riscos inerentes à operação e a todo o ciclo de vida dos projetos, equipamentos e ativos. Tra-ta-se de uma ferramenta de apoio à gestão na análise do desempenho em SSA e no desenvolvimento sustentável das suas atividades.O manual do Sistema G+ descreve os princípios e os requisitos relativos às atividades de cada elemento de gestão do referencial interno de SSA. O manual é complementado com a lista-gem e sistematização dos documen-

tos normativos em vigor e aplicáveis a cada requisito.Este sistema de gestão está alinhado com outros sistemas de gestão baseados em referenciais internacionais (ISO, OHSAS, etc.), pelo que a sua integração com sistemas já existentes e certiicados é perfeitamente compatível e viável.Numa lógica de promoção da robus-tez do Sistema G+, é fundamental assegurar rotinas de monitorização e de controlo que permitam identii-car oportunidades de melhoria. Nesse sentido, será igualmente iniciado o respetivo processo de auditorias, para veriicação da correta e completa im-plementação dos requisitos previstos no manual do Sistema G+. Estas auditorias, lideradas por gesto-res da Galp Energia com experiência e conhecimento na implementação do referencial interno, visam também contribuir para o intercâmbio das me-lhores práticas existentes na empresa.É a efetiva implementação deste siste-ma, todos os dias e em todas as ativida-des desenvolvidas, que contribuirá para a prevenção em matéria de segurança, saúde e ambiente e que permitirá à Galp Energia alcançar uma performance sustentável de excelência.

Sistema de gestão SSA da Galp Energia

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mygalp responsabilidade corporativa

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PRÉMIOS DUPONT

Galp Energia entre os trêsprimeiros em Melhoria do Desempenho

A 12 de setembro, a Galp Energia recebeu uma men-ção honrosa no DuPont Safety Awards pelos resulta-dos obtidos com a implementação do Programa de

Segurança, o projeto com que concorreu a este fórum.O trabalho apresentado a concurso descreve a forma como a Galp Energia conseguiu diminuir drasticamente o índice de sinistralidade pessoal, estando a caminho de alcançar o objeti-vo de zero acidentes registados. De facto, além da melhoria al-cançada em relação ao rigor e à abrangência dos dados repor-tados, uma vez posto em prática o programa, observou-se tam-bém uma tendência de decréscimo do índice de frequência de acidentes pessoais ao longo dos últimos anos (gráico 1). Para esta mudança contribuíram fatores como a implementa-ção de algumas ferramentas, como, por exemplo, a elaboração de manuais, a aplicação de procedimentos e standards de ope-ração nas atividades de risco elevado, a redeinição e monitori-zação dos indicadores proativos de SSA, o estabelecimento de auditorias comportamentais (OPAS), a formação e o treino na vertente de SSA e as campanhas de comunicação e informação a colaboradores e prestadores de serviços da Galp Energia.

De salientar que o número de acidentes reportado em 2010 (1,2 acidentes de trabalho por milhão de horas trabalhadas) foi inferior ao índice médio europeu referido pela CONCA-WE (Conservation of Clean Air and Water in Europe). A men-ção honrosa agora recebida é, pois, o reconhecimento público do esforço, da dedicação e do empenho de todos os líderes e colaboradores da Galp Energia, incluindo os seus prestadores de serviço, que, direta ou indiretamente, contribuíram para a obtenção da distinção DuPont. Neste ano, concorreram ao prémio 71 projetos de 48 empresas provenientes de 20 países da Europa, Médio Oriente e África. O projeto apresentado pela Galp Energia icou classiicado entre os três melhores na categoria de Melhoria do Desempenho.As empresas que venceram em cada uma das cinco categorias foram: Cemex UK Operations (Inovação); Dutco Balfour Beatty LLC (Negócio Sustentável); Egypt Basic Industries Corporation (Evolução Cultural); Anglo American (Compromisso Visível); Emirates Aluminium Company (Melhoria do Desempenho).

Gráfico 1Comparação Galp Energia/CONCAWE

SINISTRALIDADE LABORALÍNDICE DE FREQUÊNCIA DE ACIDENTES COM BAIXAN.º DE ACIDENTES COM BAIXA POR MILHÃO DE HORAS TRABALHADAS

0

2

4

6

8

10

12

9,0 8,36,9

5,44,0 3,4 2,1

1,9

2000 2001 2002

Dados PortugalTrabalhadores

Próprios

IF A

c. b

aixa

Ano

Dados IbéricosTrabalhadores

Próprios

Dados IbéricosTrabalhadores

Próprios + Contratados

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

9,3 9,7

4,3 4,3 3,9 3,2 3,2 2,6 2,5 1,9 1,7 1,8 1,2

CONCAWE – Conservation of Clean Air and Water in Europe

Galp Energia

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PROJETO DA PONTE SOBRE A SEGUNDA CIRCULAR OFICIALMENTE APRESENTADOA Fundação Galp Energia apresentou, no mês de setembro, o projeto final para a construção da ponte pedonal e ciclável sobre a Segunda Circular. A cerimónia contou com a presença do presidente do município, António Costa, do vereador José Sá Fernandes e dos administradores da Fundação Galp Energia, Carlos Gomes da Silva e Fernando Gomes. As obras arrancam no mês de novembro e deverão estar concluídas na primavera de 2012.

http://mygalp/fundacaogalpenergia/Pginas/Ponte%202ª%20Circular.aspx

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fmygalp fundação

InAUgURAdA A cIcLOvIA BEnfIcA-EntREcAMpOSA ciclovia que liga Benfica a Telheiras e a Entrecampos, e que fará a ligação com a futura ponte sobre a Segunda Circular, foi oficialmente inaugurada ao público. Para assinalar este dia, a Fundação Galp Energia, em parceria com o Verde Movimento Alfacinha, a Câmara Municipal de Lisboa e a Federação Portu-guesa de Cicloturismo, realizou um passeio de bicicleta de 16 km, que contou com mais de 1000 participantes e em que vários colaboradores puderam percorrer o trajeto em bicicletas duplas.

http://mygalp/fundacaogalpenergia/Pginas/Ciclovia%20de%20Lisboa.aspx

O SORRISO dO nIcOLAUFruto da generosa participação dos colaboradores da Galp Energia no Leilão Solidário, e do contributo da Fundação Galp Energia, foi entregue, a 4 de novembro, uma cadeira adaptada ao Nicolau. Apesar de não conseguir falar, o sorriso de Nicolau abriu-se de felicidade ao receber a nova cadeira.

http://mygalp/fundacaogalpenergia/Pginas/Cadeira%20do%20Nicolau.aspx

CONCURSO MAIS ENERGIAA Fundação Galp Energia e a Sociedade Portuguesa de Física lançaram o concurso Mais Energia, direcionado a alunos e jo-vens investigadores do ensino superior e a professores do en-sino secundário, que decorre até 28 de dezembro. O objetivo do concurso é incentivar a investigação e o desenvolvimento na área tecnológica da produção, distribuição e utilização da energia.

http://mygalp/fundacaogalpenergia/Pginas/Concurso%20Mais%20Energia.aspx

manuel amado (1938)

Janela (1990)

Óleo sobre tela

162 130 cm

PATRIMÓNIO FUNDAÇÃO GALP ENERGIA

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clube

CLUBE GALP ENERGIA nÚCleo Sul

Nova época desportiva e cultural

Para o Clube Galp Energia – Sul, o ano de 2011 é inequivocamente de consolidação da liderança no mercado de oferta desportiva da região Sul. Esta ai r-

mação resulta de uma grande aposta quer na construção de novas infraestruturas, como o campo de relva sintética, quer na requalii cação de equipamentos já existentes (nova sala de modalidades de autodefesa e crossi t, por exemplo).Paralelamente, e para ir ao encontro dos anseios dos seus as-sociados, tem vindo a ser realizado um enorme investimento na diversidade de modalidades oferecidas não só aos membros, como também à comunidade local, sempre com a preocupação de salvaguardar a qualidade em tudo o que é disponibilizado. O número crescente de atletas e praticantes que mês após mês procuram o Clube Galp Energia – Sul para fazer as suas ativi-dades nos períodos de descanso rel ete bem esta dinâmica de sucesso, baseada no proi ssionalismo e empenho dos técnicos e treinadores que nele desempenham funções. O Clube é sem dúvida uma referência desportiva em termos quantitativos e qualitativos nos concelhos limítrofes da rei naria de Sines.Os desai os para a nova época são nada mais do que aquilo que tem sido a motivação dos atuais órgãos sociais deste nú-cleo do Clube Galp Energia, ou seja, continuar o trabalho que vem sendo feito para que este polo esteja no topo das escolhas de todos quantos procuram esta tipologia de atividades.

O clube tem feito um enorme investimento na diversidade de modalidades oferecidas.

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mygalp viagem28

vmygalp viagem

UMA EXPERIÊNCIAINESQUECÍVEL

especiaL

TEXTO | FOTOGRAFIA inês Filipe

mesquita em answan

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Foi por querer ir à descoberta de algo diferente que, juntamente com dois amigos, decidi pegar

numa mochila, pô-la às costas e ir para o Egito, sabendo apenas o dia em que lá chegaria, o local onde dormiria na primei-ra noite e a data do voo de regresso.Durante três semanas, vivi uma inesque-cível experiência por um país tão rico culturalmente. Os primeiros dias foram passados na capital, Cairo, onde me foi possível visitar as famosas pirâmides de Gizé e a Grande Esinge; foi também ali que aprendi a fazer papiro, que andei de camelo e que usufruí de fantásticos inais de tarde junto ao rio, a beber chá quente e a ver o pôr do sol. Em seguida, rumei à Alexandria. Nesta ci-dade, visitei a Biblioteca de Alexandria e entrei numa mesquita. Num país tão próxi-mo da Grécia, pensei que as pessoas seriam mais recetivas à diferença cultural. No en-tanto, encontrei uma cidade muito díspar e religiosa.Depois de ter estado no Norte, segui rumo a Aswan, local conhecido pelas paisagens e pelo seu típico souk (mercado egípcio). Nesta região, iz um lindo passeio pelo rio Nilo numa felucca (barco à vela) e visitei Abu Simbel, um complexo arqueológico

escavado na rocha. Ainda no Sul do país, fui a Luxor, onde visitei o templo de Kar-nak e o Vale dos Reis, e realizei uma via-gem única num belo balão de ar quente.Juntamente com os meus amigos, escolhi a costa do Sinai como destino inal desta viagem, mais concretamente Dahab, uma zona de mergulho ideal para backpackers. Aqui, e também no regresso ao Cairo, vi-venciei o Ramadão. Neste período, todos os muçulmanos icam inibidos de consumir qualquer tipo de alimento e bebida entre o nascer e o pôr do sol. Percebe-se que as pes-soas icam muito mais lentas durante o dia e que não abdicam da leitura do Alcorão.Resumindo, foi uma viagem cheia de pe-ripécias: andei em autocarros em que não podia entrar, pois eram apenas para os locais (outros avariavam-se), adoeci duas vezes, suportei temperaturas de 50oC, sob as quais me era difícil respirar... Mas tam-bém foi uma aventura cheia de surpresas boas, através das quais conheci pessoas fantásticas de várias nacionalidades e tive oportunidade de contactar com uma lín-gua tão complexa como o árabe. Vivi experiências únicas e aprendi a res-peitar mais outros costumes e culturas, com os quais cresci e me enriqueci en-quanto ser humano.

REPÚBLICA ÁRABE DO EGITOÁREA TOTAL 1 002 450 kM” POPULAÇÃO 81 713 517 HAB. PIB PPC US$ 403 961 MILHõES (2006)PC US$ 5491LÍNGUA OFICIAL ÁRABEZONA HORÁRIA GMT +2 [VERÃO] GMT +3PRINCIPAIS EXPORTAÇõES PETRóLEO, GÁS NATURAL E TURISMOSISTEMA POLÍTICO REPúBLICAMOEDA LIBRA EGíPCIACAPITAL CAIRO 26°2’N 29°13°ECAPITAL COMERCIAL CAIRO

A NÃO PERDERGRANDES PIRâMIDESMUSEU EGíPCIOCIDADELATEMPLO DE kARNAkABU SIMBELENTRAR NUMA MESQUITAIR A UM SOUk (MERCADO EGíPCIO)VALE DOS REIS E VALE DAS RAINHAS

EGITO

inÊS filiPeDAI – Comunicação interna

Foi uma viagem cheia de peripécias!

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Mississípi Sim, pecador me confesso!

Gula é o desejo insaciável, além do necessário, em geral por comida e apenas controlado

pelo uso da virtude da temperança… Pois!Mas porque falo de pecado? Tão-somente pelo facto de falar do restaurante Mississípi, em Fernão Ferro, e da sua envolvente típica e acolhedora. É de facto um daqueles locais que se tornam familiares. Será pelo peixe fresco que todos os dias vem diretamente de Sesimbra? Será pelos almoços semanais a 7,5 €, com direito a tudo o que nos faz felizes? Será pelos grelhados no carvão e pela comida caseira e deliciosa? Será pela simpatia de quem nos serve? Será pelo cozido à portuguesa aos almoços de domingo? Será pelo Sr. Nabais, o patrão? Bem, é por tudo isso e por muito mais...Não posso contudo deixar de relevar o inevitável cozido à portuguesa, e o próprio Sr. Nabais.Do primeiro nunca conseguirei dar uma justa imagem, mas posso dizer que se trata do melhor cozido à portuguesa do mundo! E não sou só eu a afirmá-lo: entre os fiéis clientes, contam-se grandes chefes de cozinha. Para maior autenticidade, este cozido inclui 38 variedades de enchidos de todo o país, do Minho ao Algarve. Sim, repito, 38 variedades, sem descurar os demais ingredientes. De acompanhamento, basta juntar-lhe um distinto vinho tinto caseiro e uma boa companhia. Quanto ao Sr. Nabais, é uma força da natureza. É impossível ficar indiferente ao seu estado de espírito e ao modo como partilha as suas histórias. Porventura o “remédio” que nos oferece no final das refeições terá mesmo os efeitos medicinais que ele apregoa.Um alerta: aos domingos, o Mississípi é local de romaria à hora do almoço, pelo que convém fazer reserva. Refira-se, para finalizar, que o Mississípi não tem multibanco, mas mesmo ao lado existe uma máquina milagrosa que não deixará ninguém a lavar pratos!Experimentem. Por lá nos encontraremos...

mygalp sugestão sabores30

rui mendeS da CoSTaComunicação e Desenvolvimento Interno e SocialDireção de Assuntos Institucionais

smygalp sugestão

Rua Luís de Camões, lote 247, r/c2865-601 Fernão FerroReservas: 212 124 825

Como chegarNa A2, sair para Sesimbra/Fogueteiro e tomar o sentido de Sesimbra. Seguir sempre em frente, inclusive na única rotunda com que se depararão, até que do lado esquerdo surja indicação para o centro de Fernão Ferro. Após as curvas iniciais da estrada, o restaurante Mississípi surgirá alguns metros à frente, do lado direito.

Algumas especialidades• Cozidoàportuguesa(especialao

domingo e tradicional às quintas-feiras)• Arrozdebacalhaucomgrelosnacapoeira• Bacalhauassadocombatataamurro• Massinhaouarrozdemarisco• Arrozdepolvoàfragateirocomcamarão• Vitelabarrosã• Churrascoàgaúcho

sugestão mygalp RESTAURANTE

Sim, pecador me confesso!

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seleção

mygalp

sugestão mygalp

Nenhum amante de arte, de música ou de dança, seja ou não fã de ballet e de música clássica, deve perder a oportunidade de viver este espetáculo. Vi-o há mais de cinco anos no Coliseu dos Recreios e lembro-me como se fosse hoje. Foi uma noite memo-rável. Desta vez, o palco é o do Teatro Tivoli, nos dias 23 e 30 de dezembro de 2011, pelas 21.30 horas.As músicas de Strauss, essencialmente as valsas, distinguem-se pela sua forte qualida-de harmónica. Ouvi-las ao vivo, num palco em que a orquestra ocupa o lugar destinado à prima ballerina, é no mínimo original. O cuidado que a organização teve na escolha da sala é também de notar: o Teatro Tivoli, classificado pelo IPAR, tem uma longa his-tória, ao longo da qual o bailado foi sempre uma constante. “A Strauss Festival Orchestra e o Strauss Festival Ballet Ensemble interpretarão títulos tão conhecidos do músico austríaco, considerado o rei da valsa, como Napoleão, Festa

das Flores, Klipp Klapp, A Valsa do Imperador ou Champagne. Não faltará a valsa mais célebre de todas: o belo Danúbio Azul, nem a marcha Radetzky, que, ao compasso das palmas do público, costuma fechar a noite. (…) Uma tradição a não perder!”

mygalp sugestão cultura

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O GRANDE CONCERTO DE ANO NOVO

MÚSICA

FILMES

Sara fonSeCaARL Logística – Otimização e Desenvolvimento

STRAUSS FESTIVAL ORCHESTRA

www.teatro-tivoli.com

Regressa a Portugal, com uma atrativa seleção das melhores valsas, polcas e marchas de Strauss.

Este filme de Emir kusturica é uma hilariante comédia etnográfica no qual a etnia escolhida é a cigana.Vencedor do melhor prémio de realização no Festi-val de Veneza de 1998, Gato Preto, Gato Branco está pejado de situações e personagens surreais, várias histórias paralelas, todas genialmente interligadas, sendo acompanhado por uma banda sonora também ela digna de registo. Da vontade de Emir kusturica em realizar um documentário sobre a banda que animava as personagens de um outro filme (Underground), re-sulta uma comédia em que se podem sempre encon-trar novos pormenores de cada vez que a vemos.

Gato Preto, Gato Branco EMIR KUSTURICA

ana Clara marQueSGeóloga – Exploração e Produção

LIVROS

Mulheres da ChinaXINRAN

Joana almeidaGeofísica – Exploração e Produção

Este é um livro marcante, da autoria da jornalista chi-nesa Xinran. Reúne histórias verídicas de mulheres que, ao longo de oito anos, fizeram chegar a sua história de vida ao programa de rádio “Palavras na Brisa Noturna”, apresentado pela autora do livro. Este programa de rá-dio, que se tornou um dos mais famosos da China, deu voz a todas as mulheres chinesas, independentemente do seu estrato social. O livro narra alguns dos nume-rosos dramas pessoais vividos pelas mulheres chinesas durante a revolução cultural de Mao.

Ottolenghi Cookbook é uma compilação de algumas das receitas dos chefes Yotam Ottolenghi e Sami Tami-mi que podem ser degustadas num dos três restauran-tes do mesmo nome, situados em Londres. O conceito dos restaurantes Ottolenghi, de cozinha marcadamente mediterrânica, é valorizar e realçar cada ingrediente no que este tem de melhor, apostando numa preparação simples e sem grandes adornos. Neste livro, Ottolenghi e Tamimi partilham as técnicas e os ingredientes neces-sários para que qualquer pessoa possa preparar em sua casa deliciosos pratos, com gosto e aspeto incríveis, e de forma bastante agradável, simples e gratificante. Reco-mendo este livro pelas originais e saudáveis combina-ções de alimentos típicos da nossa dieta mediterrânica e pela simplicidade de preparação dos mesmos.

Ottolenghi Cookbook YOTAM OTTOLENGHI

SAMI TAMIMI

maria João CavalHeiroResponsável pelo MarketingAtendimento e Relação com o Cliente

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mygalp raio-x32

xmygalp raio-x

DE 5 A 500 FUNCIONÁRIOS UMA úNICA VIDA NA GALP ENERGIAAo fim de 32 anos na equipa da Galp Energia Espanha, gostaria de partilhar convosco os pas-sos que acompanhei a esta empresa que, desde o início, esteve sempre fortemente ligada a Portugal.Os primeiros passos da Galp em Espanha foram consolidados com apenas cinco funcionários, então laborando em pequenos apartamentos. Nessa época, o negócio limitava-se à venda de lubrificantes Galp. Em 1992, a empresa deu um grande salto e, com a mudança para os escritórios no distrito de Retiro, abriu-se caminho para a estrutura da Galp Energia Espanha tal como hoje a co-nhecemos. Começou então o negócio das importações, e surgiram as estações de serviço, os produtos químicos e materiais de construção diversos. Nesta fase, o crescimento foi de tal magnitude que, de um único andar, passámos a ocupar quatro andares de um edifício. Em 1998, houve nova mudança, desta feita para Santa Engracia, onde teve início o negócio de GLP, com o qual a empresa consolidaria a sua estrutura atual.Por último, no ano 2001, mudámo-nos para os escritórios da Rua Anabel Segura, onde espero ficar até ao dia da minha reforma, e onde posso olhar para trás e sentir-me orgulhosa por in-tegrar uma organização que, tendo começado com apenas cinco funcionários, tem hoje mais de quinhentos e ocupa o terceiro lugar no ranking das empresas de energia em Espanha.Ao fim de 32 anos na equipa, ainda não consigo habituar-me à ideia de ter deixado de ver todos os que, por uma razão ou por outra, foram partindo. No entanto, também me alegra o facto de continuar a fazer parte de uma empresa que se renova todos os dias com as novas incorporações que consolidam a grande família que somos atualmente.

olGa CillaResponsável dos Serviços Gerais do Departamento de RRHH (Recursos Humanos)

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anTÓnio TÚlioAdministrador da Soturis1980

Esta fotografia reaviva-me memórias de acontecimentos impor-tantes para a empresa. Evoco especialmente a reconversão da fábrica de Cabo Ruivo, na transição da década de 70 para a de 80 do século XX. A transformação que então se iniciou introduziu profundas mu-danças tecnológicas e originou uma vasta renovação de pessoas, determinando não só a necessidade de reconverter técnicos para a operação de equipamentos com tecnologias e processos novos, mas também a preparação de muitos jovens recém-ad-mitidos para o desempenho das suas funções.A instalação, em conjunto com o ISEL, de um laboratório de eletrónica digital, destinado a formar instrumentistas digitais, constituiu um formato empresarial inovador em Portugal, com-provando a capacidade da companhia para responder de forma eficaz a novos desafios.Outro exemplo dessa capacidade foi a oficina-escola que, ao abri-go de um protocolo com os ministérios do Trabalho e da Educação, diplomou, com equivalência ao 9.º ano, jovens com insucesso es-colar, convertendo-os em profissionais de soldadura e serralharia. Funcionando nas nossas instalações e recorrendo a quadros da casa, este projeto respondia assim às carências do ensino e às necessidades da empresa.Foi um processo centrado na valorização das pessoas e do seu papel, uma mudança qualitativa que muito ficou a dever à visão e capacidade de liderança do Dr. Luís Júdice da Costa, responsá-vel pela então Divisão de Pessoal de Lisboa-Periferia.

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SUPLEMENTO

http://mygalp 13 NOV • DEZ 2011

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SEGURANÇA E PREVENÇÃORODOVIÁRIA

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A Prevenção e a Segurança Rodoviária são temas que vêm sendo acom-panhados, desde há vários anos, por diversas entidades, não só em Portugal, mas também na União Europeia.

No nosso país, o elevado número de acidentes registados confere ao problema uma relevância ainda maior e impõe que se tomem medidas. É, pois, com o propósito de diminuir os índices de sinistralidade em Portugal que os suces-sivos governos nacionais vêm desenvolvendo desde 2003 diversos projetos e programas, propondo a implementação de ações concretas, que envolvem a medição de resultados e a realização de campanhas que contribuam para uma maior consciência relativamente à necessidade de reduzir os acidentes rodo-viários (ver quadro “Programas de Segurança e Prevenção Rodoviária”).Não obstante estas iniciativas visarem contribuir para responder ao desaio da Segurança Rodoviária, a resolução do problema não dispensa uma análise apro-fundada. Em Portugal, existem muitos estudos dispersos acerca de fenómenos associados ao tema, mas não há um estudo estruturado que permita compreen-der a relação entre as perceções e os comportamentos dos condutores.Segundo o livro Porque nos Matamos na Estrada… e como o Evitar, “a esmagadora maioria dos portugueses entende que a principal causa da sinistralidade em Portugal é a falta de civismo dos condutores, mas cada qual, por regra, entende ser um condutor cuidadoso, prudente ou (no mínimo) razoável; são todos os

mygalp suplemento segurança e prevenção rodoviária

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RITA MACEDODiretoramygalp magazine

Inicia-se agora mais uma época especialmente consagrada ao con-

vívio familiar. Por esse motivo, queremos dedicar algumas páginas

deste suplemento ao tema trazendo a estas páginas um conto de

Hans Christian Andersen, intitulado Uma Família Feliz e ilustrado por

Henrique Cayatte.

Mas porque nesta época o celebrar das Festas com aqueles de quem

mais gostamos torna as viagens uma constante, não podemos tam-

bém deixar de refletir sobre uma questão tão presente no dia a dia

de quem anda na estrada: a Segurança e a Prevenção Rodoviária.

SEGURANÇAE PREVENÇÃO RODOVIÁRIA

FAMÍLIA

SUPLEMENTO

myg

alp

magazine

13NOVEMBRO • DEZEMBRO

2011

O comportamento dos condutores é, reconhecidamente, a primeira causa dos acidentes mortais.COMissãO EuROpEia

SEGURANÇA E PREVENÇÃO RODOVIÁRIApOsiCiONaR pORtugal ENtRE Os 10 MElhOREs Da uE

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outros, que são maus, imprudentes ou inconscientes, os verdadeiros res-ponsáveis pelos números negros nas nossas estradas”.A perceção dos condutores portugueses relativamente a comportamen-tos perigosos tende a ser inferior à da média europeia. O facto de não existir um programa de prevenção rodoviária concertado, contínuo e com impacto no país, mas apenas uma série de ações pontuais, sem con-tinuidade, sem escala e sem avaliação, não permite uma abordagem mais estruturada ao problema, obstando a que se delineie um plano de atua-ção que leve Portugal a posicionar-se no escalão desejável das estatísticas – entre os dez países da União Europeia com mais baixa sinistralidade rodoviária.Tendo em conta a área de negócio em que se inscreve, a Galp Energia não pode deixar de olhar com toda a atenção para o problema da Segurança e Prevenção Rodoviária. Por essa razão, a área de Responsabilidade Social tem vindo a desenvolver um conjunto de iniciativas com vista à elaboração de um estudo que permita atuar, de forma séria, no âmbito desta proble-mática. O objetivo é determinar com rigor as reais causas que subjazem à sinistralidade rodoviária, isto é, os comportamentos, de forma a alertar e a sensibilizar a população para a sua prevenção.O trabalho será liderado pela Galp Energia e desenvolver-se-á em conjunto com entidades nacionais ligadas ao estudo e à prevenção destas temáticas, envolvendo os agentes fundamentais e cruciais para mitigar as mesmas.O objetivo inal será a mobilização dos cidadãos para um programa de corresponsabilização consistente, durável e inclusivo, e que congregue os esforços das entidades reguladoras, dos interlocutores institucionais, da comunidade educativa, dos órgãos de comunicação social e de outras entidades.

mygalp suplemento

segurança e prevenção rodoviária

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2003 gOVERNO pORtuguês Plano Nacional de Prevenção Rodoviária (PNPR)Aplicação de 60 medidas com vista à redução, até 2010, do número de acidentes. O objetivo foi alcançado, tendo sido reduzido em 50% o número de vítimas mortais e feridos graves.

2004 COMissãO EuROpEia Carta Europeia da Segurança Rodoviária Veio propor a implementação de ações concretas, a medição de resultados, o aumento da consciência sobre a necessidade de reduzir os acidentesrodoviários na Europa, garantindo a oportunidade de partilhar ideias e práticas.

2008 gOVERNO pORtuguêsEstratégia Nacional de Segurança Rodoviária (ENSR)para o período 2008-2015Estratégia delineada com o intuito de posicionar Portugal entre os dez países da UE com mais baixa sinistralidade rodoviária até 2015.

2010 gOVERNO pORtuguêsPrograma de Segurança Rodoviária 2011-2020O objetivo é reduzir para metade o número de vítimas mortais na Europa em dez anos. Na base deste programa esteve um conjunto de iniciativas, de âmbito europeu e nacional, centradas na melhoria da segurança dos veículos, da segurança das infraestruturas e do comportamento dos utilizadores das estradas.

2011 assEMBlEia gERal Das NaçõEs uNiDasDécada de Ação pela Segurança no Trânsito 2011-2020Apoiada por mais de 100 países e coordenada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a “Década” define como objetivo a redução dos níveis de sinistralidade rodoviária no mundo, através de medidas implementadas a nível nacional, regional e global.

PROGRAMAS DE SEGURANÇA E PREVENÇÃO RODOVIÁRIA

pOsiCiONaR pORtugal ENtRE Os 10 MElhOREs Da uE

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mygalp suplemento segurança e prevenção rodoviária

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Portugal tem uma das mais elevadas taxas de mortalidade Por acidente rodoviário: a cada dia morrem três Pessoas e dez ficam gravemente feridas

estima-se que os custos socioeconómicos da sinistralidade rodoviária corresPondam a 3% do PiB, ou seja, aProximadamente 4,2 mil milhões de euros comissão euroPeia

Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária 2008-2015

1 Objetivos• Desenvolvimento de uma cultura de educação para a segurança rodoviária;

• Requalificação e desenvolvimento profissional dos instrutores de condução;

• Reformulação do exame de condução e condições de acesso;

• Formação contínua e atualização de condutores;

• Objetivo operacional relacionado com os indicadores de risco, desempenho

de segurança rodoviária e comportamento

dos utentes.

2 Fatores prioritários e segmentos críticos, que deverão merecer particular

atenção no desenvolvimento e concretização da nova estratégia:• a acalmia de tráfego (controlo de velocidade);

• O controlo da condução sob o efeito do álcool e de substâncias psicotrópicas;

• a formação, as condições do acesso ao título de condução e a avaliação

dos condutores;

• a formação e a educação para a segurança do ambiente rodoviário;

• O socorro às vítimas (especialmente no que respeita à prontidão e ao estabelecimento de uma rede

especializada de estruturas hospitalares);

• a auditoria das vias (particularmente nas estradas nacionais e municipais)

e a inspeção da sinalização;

• a fiscalização da segurança do parque automóvel.

3 Objetivos quantitativos a atingir pela ENSR• Baixar, até 2011, a sinistralidade rodoviária

portuguesa para 78 mortos por milhão

de habitantes, equivalente a uma redução

de 14,3% (base 2006);• Melhorar esse indicador para alcançar, em 2015, um número não superior a 62 mortos por milhão de habitantes, equivalente a uma redução de 31,9% (base 2006).

fonte: PnPr e ensr 2008-2015

O PLANO DE AÇÃO PARA A “DÉCADA” PROPÕE QUE AS ATIVIDADES A DESENVOLVER SEJAM ORGANIZADAS DE ACORDO COM OS CINCO PILARES DA PROMOÇÃO DA SEGURANÇA E DA PREVENÇÃO DOS ACIDENTES:

1 Gestão da segurança rodoviária: Com mobilização dos parceiros

institucionais e da sociedade civil para

atividades multissetoriais, balizadas por

metas realistas e monitorização adequada.

2 Estradas seguras e mobilidade: Que conduzam a um aumento da segurança

e da qualidade da rede viária, dando

especial atenção aos utilizadores mais

vulneráveis da estrada, como são os peões,

os ciclistas e os motociclistas.

3 Veículos seguros: Preparados e adaptados tendo em conta

as novas tecnologias de segurança ativa

e passiva, conjugando segurança, informação dos consumidores e incentivos

à adoção dessas mesmas tecnologias.

4 Segurança dos utilizadores da estrada: Através de mudanças nos comportamentos

e educação dos cidadãos para a segurança,

mas também do reforço da fiscalização

do cumprimento da legislação existente.

5 Resposta de emergência após o acidente: Através de uma melhoria da capacidade

de resposta, tratamento adequado

e reabilitação para as vítimas de acidentes

e apoio às suas famílias.

entre 1 de janeiro e 15 de outuBro, os dados da sinistralidade rodoviária em Portugal são os seguintes:

546 mortos

1827 feridos graves

30 214 feridos ligeiros

fonte: SITE da ansr

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http://mygalp 13 NOV • DEZ 2011

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SUPLEMENTO

FAMÍLIA

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HANS CHRISTIAN ANDERSENUM CONTO DE

A maior folha verde que temos neste país é com certeza a folha da bardana. Uma menina podia usá-la como avental; se a pusesse na cabeça quando chovia, faria de guarda-chuva — é tão grande como isso. Nenhuma bardana cresce sozinha; não, onde há uma, há sempre muitas outras. São um lindo espetáculo — e todo esse esplendor costumava ser a comida dos caracóis. Há um género especial de caracóis que vive nas folhas, uma espécie de caracol que os ricos costumavam cozinhar e comer. Murmuravam «Delicioso!» quando os comiam. E foi por isso que se começou a plantar bardanas.Ora, havia uma velha mansão onde há muito tempo que se tinha deixado de comer caracóis. Os caracóis estavam mesmo quase extintos, mas não as bardanas, que cresciam e se multiplicavam. Espalhavam-se pelos caminhos e pelos canteiros de lores até não se ter mão nelas: o jardim era uma autêntica loresta de bardanas. Aqui e ali, havia uma macieira ou uma ameixieira; se não fosse isso, nem se percebia que tinha havido ali um jardim. Havia bardanas por todo o lado — e entre elas viviam os dois únicos sobreviventes dos caracóis, ambos muitíssimo velhos.Eles próprios não sabiam que idade tinham, mas lembravam-se muito bem de que, em tempos, tinha havido ali muitos mais, de que a família tinha vindo do estrangeiro e de que tinha sido especialmente para ela que a loresta de bardanas fora plantada. Nunca tinham saído dali, embora soubessem que havia uma outra coisa no Mundo chamada mansão. Lá, era onde os cozinhavam, era onde eles icavam pretos e onde eram depois postos numa travessa de prata; mas o que acontecia depois ninguém sabia. Quanto a isso, não imaginavam o que se sentia ao ser cozinhado e posto numa travessa de prata, mas parecia que era muito interessante e, com certeza, muito ino. O escaravelho, o sapo e a minhoca foram interrogados sobre o assunto, mas nenhum deles tinha sido cozinhado ou colocado numa travessa de prata.Os velhos caracóis brancos eram os aristocratas daquele mundo — disso não tinham a menor dúvida. A loresta existia só para eles, tal como a antiga mansão e a sua travessa de prata.

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Passavam os dias numa felicidade tranquila e isolada e, como não tinham ilhos, adoptaram um pequeno caracol vulgar, que criaram como se fosse deles. O pequeno não cresceu, porque não passava de um caracol vulgar. No entanto, os velhotes, especialmente a mãe-caracol, achavam sempre que ele tinha crescido um bocadinho desde o dia anterior. E quando o pai-caracol parecia não ver a diferença, ela pedia-lhe que apalpasse a pequena casca. E ele lá apalpava e concordava que ela tinha razão. Um dia caiu uma grande chuvada.— Ouve o tum-tum-tum nas folhas da bardana! — exclamou o pai-caracol.— É verdade, e olha que alguns pingos estão a passar — respondeu a mãe-caracol. — Olha, escorrem pelos

caules. Meu Deus, vai icar tudo molhado aqui em baixo! Ainda bem que temos as nossas belas casas, uma para cada um e outra para o nosso pequeno! Realmente, devemos ser os animais mais favorecidos! Vê-se bem que somos os príncipes deste mundo. Cada um de nós tem uma casa sua assim que nasce, além de uma loresta inteira plantada para nós. Às vezes penso onde é que ela acabará e o que haverá depois dela…

— Nada! — respondeu o pai-caracol. — Ninguém pode viver melhor em outro lugar e não estou interessado em ir mais longe.

— Ah, mas eu estou! — continuou a mãe-caracol. — Gostaria mesmo de ir até à mansão e de ser cozinhada, seja lá isso o que for, e colocada na travessa de prata. Todos os nossos antepassados passaram por isso, o que mostra que deve ser qualquer coisa de especial.

— A mansão é bem capaz de já se ter desmoronado — disse o pai-caracol. — Ou de estar coberta por bardanas e as pessoas nem poderem sair de lá. Seja como for, não precisas de estar com tanta pressa. Andas sempre numa lufa-lufa, e agora o pequeno está a icar como tu! Em três dias quase chegou ao cimo daquele caule; ico tonto só de o ver rastejar daquela maneira!

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— Não estejas sempre a pôr defeitos na criança — disse a mãe-caracol. — Ele rasteja com tanto cuidado! Tenho a certeza de que há de dar-nos grandes alegrias. E, ainal, não é ele a nossa razão de viver? Olha, já pensaste onde havemos de lhe arranjar uma noiva? Não achas que por aí, nalgum sítio desta loresta de bardanas, pode haver alguém da nossa espécie?

— Bem, acho que há muitas lesmas e coisas parecidas, dessas que andam por aí sem casa própria — respondeu o velho caracol. — Mas isso para nós seria descer, apesar de elas terem muitas peneiras. No entanto, podemos encarregar as formigas de procurar. Andam sempre numa azáfama, para um lado e para o outro; como se tivessem muito que fazer; podem muito bem saber de uma esposa para o nosso caracolzinho.

— Ah, sim — disseram as formigas —, conhecemos a noiva mais linda; mas é capaz de ser difícil, porque é uma rainha.

— Isso não tem qualquer importância! — exclamou o velho caracol. — E tem casa?— Tem um palácio! — retorquiram as formigas. — Um magníico palácio de formigas com setecentos

corredores.— Obrigada! — disse a mãe-caracol. — O nosso ilho não vai para um formigueiro! Se é o melhor que

podem arranjar, vamos encarregar os mosquitos brancos do assunto; eles voam até muito longe, com chuva ou com sol, e conhecem todos os cantos da loresta.

— Sim, sabemos de uma esposa para ele — responderam os mosquitos. — A uns cem passos de homem daqui, numa groselheira-brava, vive uma pequena caracoleta com casa. Vive sozinha, e está em muito boa idade de casar. E só a cem passos de homem daqui.

— Bem — disse o velho casal —, ela que venha cá ter com ele. Ele é dono de uma loresta inteira e ela só tem uma groselheira!

Então, os mosquitos foram buscar a jovem caracoleta. Levaram oito dias a fazer a viagem, mas isso não desagradou aos pais; mostrava que ela também pertencia a uma boa família de caracóis.E chegou o dia do casamento. Seis pirilampos izeram o melhor que podiam para fornecer a iluminação, mas, à parte isso, foi um acontecimento bastante pacato, porque os velhos caracóis não gostavam muito de festas e paródias. A mãe-caracol fez um discurso encantador, porque o pai-caracol estava demasiado comovido para falar. E depois entregaram toda a loresta ao jovem casal, airmando, como sempre, que aquele era o melhor lugar do Mundo e que, se o jovem par vivesse uma vida honesta e respeitável e tivesse muitos ilhos, ainda podiam um dia ir à mansão e ser «cozinhados» (fosse qual fosse o signiicado de tal coisa…) e colocados numa travessa de prata.Depois do discurso, os velhos caracóis meteram-se em casa e não tornaram a sair. Adormeceram. Os dois jovens passaram a reinar na loresta e tiveram muitos ilhos, mas nunca foram cozinhados nem postos numa travessa de prata, de maneira que chegaram à conclusão de que a mansão tinha ruído e que as pessoas tinham morrido todas. E, como não havia ninguém para os contradizer, devia ser verdade. E a chuva batia nas folhas das bardanas para eles terem música, e o Sol brilhava para iluminar a loresta com muitas cores, e foram muito felizes; toda a família foi muito feliz; podem mesmo ter a certeza de que nunca houve família mais feliz!