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NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA E PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS / Professor Élvis Corrêa Miranda TSE - Técnico Judiciário - 1 - JUNHO DE 2011 NOÇÕES DE ARQUIVOL NOÇÕES DE ARQUIVOL NOÇÕES DE ARQUIVOL NOÇÕES DE ARQUIVOL NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA OGIA OGIA OGIA OGIA Prof. Élvis C. Miranda Material para 3 aulas TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL TÉCNICO JUDICIÁRIO TÉCNICO JUDICIÁRIO TÉCNICO JUDICIÁRIO TÉCNICO JUDICIÁRIO TÉCNICO JUDICIÁRIO

Noções de Arquivologia

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NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA E PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS / Professor:Élvis Corrêa MirandaFonte: Gran Cursos "Escola para Concurso".

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NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA E PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS / Professor Élvis Corrêa Miranda

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NOÇÕES DE ARQUIVOLNOÇÕES DE ARQUIVOLNOÇÕES DE ARQUIVOLNOÇÕES DE ARQUIVOLNOÇÕES DE ARQUIVOLOGIAOGIAOGIAOGIAOGIA

Prof. Élvis C. Miranda

Material para 3 aulas

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORALTRIBUNAL SUPERIOR ELEITORALTRIBUNAL SUPERIOR ELEITORALTRIBUNAL SUPERIOR ELEITORALTRIBUNAL SUPERIOR ELEITORALTÉCNICO JUDICIÁRIOTÉCNICO JUDICIÁRIOTÉCNICO JUDICIÁRIOTÉCNICO JUDICIÁRIOTÉCNICO JUDICIÁRIO

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NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE ARQUIVOLOGIA

1.1. ARQUIVO

De um modo geral, arquivo é aquele local que utilizamos paraguardar documentos. No entanto, é preciso destacar alguns detalhes queservem para complementar este conceito. Podemos afirmar, de formamais precisa, que:

Arquivo é o conjunto organizado de documentos acumulados por umapessoa ou instituição ao longo de suas atividades.

Note que o arquivo pode ser pessoal ou institucional, e é formadoa partir da necessidade que essas pessoas (físicas ou jurídicas) têm deguardar documentos que comprovem as atividades que desenvolveramao longo da vida.

O conjunto de documentos mantidos sob a guarda de um arquivoé denominado acervo.

1.2. FUNÇÃO DO ARQUIVO

Basicamente, a função do arquivo é guardar e organizar osdocumentos acumulados pela instituição a que pertence, de forma afacilitar a localização destes documentos, quando necessário. Uma boaorganização dos arquivos permite que a instituição ganhe tempo e otimizeseus recursos.

1.3. FINALIDADES DO ARQUIVO

Ao organizar os documentos, o arquivo atende,fundamentalmente, a duas finalidades distintas: a administração e àhistória.

Finalidade administrativa: Num primeiro momento, asinformações contidas nos arquivos servem de base ao dia-a-dia daempresa, onde os usuários seriam, basicamente, os funcionários, osclientes, os administradores e quaisquer outros indivíduos que busqueminformações relativas às atividades da instituição.

Finalidade histórica: Num segundo momento, o arquivo podetambém preservar, através de sua documentação, aspectos históricosrelativos à instituição a que está inserido e mesmo à sociedade em geral.Neste momento, o usuário passa ser o pesquisador, o historiador ouqualquer pessoa interessada em conhecer o passado refletido nosdocumentos ali depositados.

1.4. DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE ARQUIVO EBIBLIOTECA

Apesar de trabalharem com o mesmo objeto (organização edisponibilização da informação), arquivo e biblioteca possuemcaracterísticas distintas que os diferenciam. A seguir, apresentamos, deforma sintética, as principais diferenças encontradas entre as duas áreas.

Objetivo

Enquanto o arquivo guarda e organiza os documentos comobjetivos funcionais (atender a administração é a sua principalfinalidade), a biblioteca organiza a informação para fins culturais.

Desta forma, informações orgânicas (que comprovam asatividades da instituição e são criadas em decorrências destas atividades)são organizadas e conservadas nos arquivos, enquanto que informaçõesnão orgânicas (que não refletem as atividades da instituição) sãoconservadas nas bibliotecas.

Formas de ingresso dos documentos na instituição

Arquivos e bibliotecas mantêm em seu acervo um volumeenorme de documentos. Tais documentos ingressam na instituição deformas variadas.

Os documentos de arquivo são produzidos pela própriainstituição, no desempenho de suas atividades, ou recebidos de outrasinstituições, sempre num contexto administrativo ou funcional, ou seja,no interesse das atividades orgânicas da instituição.

Os documentos de biblioteca, pelo seu caráter não-orgânico(como visto no tópico anterior) são escolhidos pela instituição eadquiridos conforme sua conveniência, formando coleções. Tal aquisiçãose dá, normalmente, através da compra do material escolhido, ou, ainda,através de doações efetuadas por usuários ou mesmo a permuta (troca)com outras bibliotecas.

Quantidade de exemplares de cada documento

Os documentos de arquivo caracterizam-se por serem produzidosem um único exemplar, tendo, no máximo, um limitado número de cópiaspara atender a eventuais necessidades administrativas. Já os documentosde biblioteca (os livros, por exemplo), são produzidos em numerososexemplares, espalhados por bibliotecas diversas.

Classificação ou codificação dos documentos

Existem várias maneiras diferentes para se organizar osdocumentos, como veremos no item Métodos de arquivamento, sendoque uma delas é através da classificação ou codificação (anotação deum código em cada documento) a fim de ordená-los nas pastas, estantesou prateleiras.

Arquivos e bibliotecas se utilizam da classificação/codificação,com a diferença de que, enquanto a biblioteca adota esquemas pré-estabelecidos e padronizados (não variam de biblioteca para biblioteca),os arquivos elaboram seus códigos de classificação a partir das atividadesdesenvolvidas pela instituição, de forma que cada empresa adotarácódigos específicos, de acordo com os tipos de documentos geradospor suas atividades rotineiras.

Em resumo, podemos afirmar que arquivos e biblioteca diferementre si a partir dos seguintes aspectos:

2. CLASSIFICAÇÃO DOS ARQUIVOS

2.1. QUANTO À ENTIDADE QUE O MANTÉM

De acordo com a entidade mantenedora, a bibliografiaarquivística divide os arquivos em públicos ou privados.

Arquivos públicos são aqueles mantidos pelos órgãos públicosem todas as suas esferas (federal, estadual e municipal) em todos ospoderes (executivo, legislativo e judiciário). São ainda consideradosarquivos públicos aqueles mantidos por entidades privadas encarregadasda gestão de serviços públicos.

Arquivos privados são aqueles mantidos por entidades privadas(pessoas físicas ou jurídicas).

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2.2. QUANTO À NATUREZA DOS DOCUMENTOS QUEGUARDA

Considerando as características dos documentos mantidos emum arquivo, podemos classificá-los em especiais ou especializados.

São arquivos especiais aqueles que mantém sob sua guardadocumentos de formas físicas diferenciadas e que, por isso, requeremmedidas especiais quanto ao seu armazenamento, guarda e conservação.Em resumo, são aqueles arquivos que guardam documentos que, se nãoforem conservados de maneira especial, terão sua conservação seriamentecomprometidas em virtude de suas características físicas.

São exemplos de arquivos especiais:- arquivo de fotografias;- arquivo de CD´s;- arquivo de disquetes;- arquivo de microfilmes; e- arquivo de fitas de vídeo

O termo arquivo especializado é utilizado para designar osarquivos que mantém sob sua guarda documentos de áreas específicasdo conhecimento, ou seja, aqueles que não misturam assuntos diversosem seu acervo.

São exemplos de arquivos especializados:- arquivos de engenharia;- arquivos médicos;- arquivos de imprensa;- arquivos de arquitetura.

2.3. QUANTO À EXTENSÃO DE SUA LOCALIZAÇÃO

Esta classificação é utilizada para diferenciar os arquivos comrelação ao local em que são instalados. Em geral, o arquivo pode serinstalado nos próprios setores que utilizam os documentos no dia-a-dia,quando são chamados de arquivos setoriais ou, quando conveniente paraa instituição, pode ser instalado em um único local, recebendo osdocumentos provenientes dos diversos setores da instituição, quando échamado de arquivo central/geral, por funcionar de forma centralizada.

Nos dois casos (setorial ou central), deverá existir uma unidadede controle/coordenação centralizada, de forma que as atividades dearquivo (normas, procedimentos e operações) sejam realizadas demaneira padronizada.

2.4. QUANTO AO ESTÁGIO DE EVOLUÇÃO DE SEUSDOCUMENTOS

Quanto ao estágio de evolução dos documentos (ciclo de vida)os arquivos se classificam em: correntes (arquivos de primeira idade),intermediários (arquivos de segunda idade) e permanentes (arquivos deterceira idade).

Em geral, os documentos mais novos e mais utilizados serãoconservados nos arquivos correntes, os documentos menos utilizados eque ainda não prescreveram serão armazenados nos arquivosintermediários e aqueles que, já tendo cumprido sua funçãoadministrativa, mas que devam ser conservados para preservar a memória(história) da instituição, serão armazenados no arquivo permanente.

3. CLASSIFICAÇÃO DOS DOCUMENTOS

3.1. ELEMENTOS CARACTERÍSTICOS DOS DOCUMENTOS

Na análise dos documentos de arquivo, podemos identificar emcada documento diversos elementos que o caracterizam, a saber: suporte,forma, formato, gênero, espécie e tipo/tipologia.

3.1.1. Suporte

Entende-se por suporte o material físico empregado paraconfeccionar o documento, ou seja, o meio no qual o documento foiescrito/impresso.

Hoje, o suporte mais comum utilizado na confecção dosdocumentos é o papel, mas nem sempre foi assim. Antes da invençãodo papel o homem se utilizou de diversos outros suportes como o papiro,o pergaminho e até mesmo pedra ou argila.

Hoje, com o advento dos meios digitais de armazenamento deinformações, é comum a utilização de suportes eletrônicos, comodisquete, CD-ROM, HD, pen-drive, DVD, fita magnética, disco óticoetc.

Note que o arquivo está habilitado a guardar documentos dediversos tipos de suportes, sendo que em alguns casos os mesmosnecessitam de cuidados especiais em sua guarda e conservação (arquivosespeciais, vistos anteriormente).

3.1.2. Gênero

O gênero de um documento é determinado considerandoaspectos relativos ao suporte ou forma como as informações foramregistradas. Os gêneros mais comuns são:

Textuais: São os documentos cuja informação se apresenta emformato de texto (documentos escritos) como ofícios,memorandos, relatórios, certidões, atas, atestados etc.

Iconográficos: São documentos que apresentam comoinformação imagens estáticas, como fotografias,negativos, diapositivos (slides), desenhos e gravuras,por exemplo.

Cartográficos: Documentos que apresentam, de formareduzida, imagens representando áreas maiores. Osexemplos mais comuns são mapas e plantas.

Micrográficos: Documentos resultantes do processo demicrofilmagem. Podem se apresentar em formato demicrofilme ou microficha.

Sonoros: Documentos cuja informação esteja registrada emforma de som.

Filmográficos: Documentos que contenham filmagens, vídeos.Informaticos ou Digitais: Documentos registrados em suporte

eletrônico.

3.2. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO GRAU DE SIGILO

Se considerarmos as informações contidas em um documento,podemos classificar os documentos em ostensivos ou sigilosos.

Entende-se por documentos ostensivos aqueles que contéminformações comuns, cuja divulgação não comprometa a segurança ouo bom andamento das atividades rotineiras da instituição e que, porisso, não exijam medidas especiais de segurança e guarda no que serefere à sua divulgação.

Já os documentos sigilosos são aqueles que, tendo em seuconteúdo informações de caráter restrito, requerem medidas especiaisde segurança no que se refere à sua guarda e conservação.

Segundo Marilena Leite Paes, os documentos sigilos sãoclassificados em quatro graus de sigilo, a saber:

“Ultra-secretos: São classificados como ultra-secretos osdocumentos que requeiram excepcional grau de segurançae cujo teor ou característica só devam ser do conhecimentode pessoas intimamente ligadas ao seu estudo ou manuseio;

Secretos: São classificados como secretos documentos querequeiram ato grau de segurança que só podem ser doconhecimento de pessoas que, sem estarem intimamenteligadas ao seu estudo ou manuseio, sejam autorizadas adele tomar conhecimento, funcionalmente.

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Confidenciais: São classificados como confidenciais a assuntos,que, embora não requeiram alto grau de segurança, seuconhecimento por pessoa não-autorizada pode ser prejudiciala um indivíduo ou criar embaraços administrativos.

Reservados: São assuntos que não devam ser do conhecimentodo público em geral.”

4. CICLO VITAL DOS DOCUMENTOS

Em tópico anterior, classificamos os arquivos, quanto ao estágiode evolução de seus documentos, em correntes, intermediários oupermanentes. Esta classificação é conhecida como ciclo vital dosdocumentos ou ainda teoria das três idades.

4.1. VALOR DOS DOCUMENTOS DE ARQUIVO

Na distribuição dos documentos nos arquivos de 1ª, 2ª e 3ª idades(corrente, intermediário e permanente) há que se observar, em primeiraanálise, a importância que este documento apresenta e que justifica asua preservação e guarda em um arquivo. É o chamado valor dodocumento, que pode se apresentar de duas formas: primário ousecundário.

4.1.1. Valor Primário

Entende-se por documento de valor primário aquele que atendeàs necessidades da instituição no seu dia-a-dia, ou seja, o documentoque ainda serve para fins administrativos, legais ou jurídicos e que pode,a qualquer momento, ser solicitado para resolver alguma pendênciafuncional.

Na prática, todo documento nasce com valor primário, quetambém é comumente chamado de valor administrativo, devido às suascaracterísticas. Durante um determinado período, que varia de documentopara documento, este valor desaparece. É a chamada prescrição dodocumento.

Os arquivos corrente (1ª idade) e intermediário (2ª idade) são osresponsáveis pela guarda dos documentos desde o momento de suacriação até a prescrição para fins administrativos.

4.1.2. Valor Secundário

Alguns documentos, mesmo depois de prescritos para finsadministrativos, são conservados pela instituição por serem consideradosimportantes para preservar a memória ou história da empresa ou dasociedade. São os chamados documentos de valor secundário ouhistórico.

Na prática, nem todos os documentos apresentarão esse valor (amaioria dos documentos não apresentará valor secundário/histórico).

Ao contrário do valor primário, o valor secundário é definitivo,ou seja, uma vez considerado histórico, o documento será guardado emcaráter permanente, e sua guarda se dará no arquivo de 3ª idade, o arquivopermanente.

4.2. ARQUIVO CORRENTE

O arquivo corrente, também chamado de arquivo de 1ª idade, éassim definido por Marilena Leite Paes:

“É o arquivo constituído de documentos em curso ouconsultados freqüentemente, localizados nos própriossetores que os receberam ou produziram ou emdependências próximas e de fácil acesso”.

Desta forma, podemos considerar que o arquivo correnteapresenta as seguintes características:

- É a fase em que os documentos são produzidos;- É constituídos pelos documentos mais novos da instituição;- Apresenta grande freqüência de consulta aos seus documentos;- Nesta fase, os documentos estão em tramitação (circulam pelos

setores do órgão a fim de cumprir sua finalidade); e- Os arquivos correntes, por conservarem documentos consultados

freqüentemente, devem estar localizados nos próprios setores queos utilizam (arquivos setoriais) ou em locais de fácil acesso(arquivo central ou geral).

4.3. ARQUIVO INTERMEDIÁRIO

O arquivo intermediário, por sua vez, é aquele que guarda osdocumentos que, mesmo não sendo de uso freqüente pelos setores queos produziram, podem ainda ser solicitados para tratar de assuntos queguardam relação com seu conteúdo.

Nesta fase, não há mais a necessidade de os mesmos seremconservados próximos ao setor que os utiliza, uma vez que a freqüênciade uso já é bastante reduzida. Por uma questão de economia, é normal acriação de arquivos intermediários em locais afastados dos grandes centrosdas cidades, de forma a armazenar um grande número de documentos aum custo bastante reduzido.

Os documentos encaminhados aos arquivos intermediáriospermanecem como propriedade exclusiva do setor que os enviou, ouseja, o acesso é restrito a este setor, que conserva os direitos sobre osmesmos.

Nos arquivos intermediários, os documentos aguardam a suaprescrição, onde serão submetidos à destinação final (eliminação ourecolhimento para guarda permanente). Esta destinação é determinada apartir da existência ou não do valor secundário (histórico). Os documentosdestituídos de valor histórico devem ser destinados à eliminação. Osdocumentos considerados importantes na preservação da memória dainstituição, entretanto, deverão ser destinados ao arquivo permanente,onde serão guardados em caráter definitivo.

Em alguns países, o arquivo de 2ª idade, por suas características,recebeu o nome de limbo ou purgatório.

A eliminação de documentos deve ser feita de forma racional.Os processos mais indicados são a fragmentação e a maceração(reciclagem). Antes de eliminados, deve-se elaborar a listagem deeliminação de documentos, que conterá a relação de todos os documentossubmetidos a este processo.

4.4. ARQUIVO PERMANENTE

No arquivo de terceira idade ou permanente são preservados osdocumentos que, já tendo cumprido a sua função administrativa, sãoconservados pelo valor secundário ou histórico que apresentam para ainstituição.

Como visto anteriormente, o valor secundário é um valordefinitivo, ou seja, não prescreve. Desta forma, documentos da fasepermanente jamais serão eliminados.

A função básica do arquivo permanente é preservar e divulgar ahistória da instituição. Para tanto, na terceira idade os documentos estarãodisponíveis para consulta pelo público em geral, não apenas às pessoasenvolvidas diretamente com as atividades administrativas da instituição,como ocorre nos arquivos de primeira e segunda idade.

Em geral, devem ser preservados historicamente documentos queprovem como a instituição foi organizada (origem) e como a mesmafuncionou ao longo do tempo (normas, regulamentos, diretrizes etc).

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4.5. AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS

Para que os documentos cumpram o seu ciclo de vida, énecessária uma análise de suas características, de forma a identificaros prazos que cada tipo de documento levará para cumprir suafinalidade administrativa (valor primário), bem como sua importânciahistórica (valor secundário).

Esta análise é chamada tecnicamente de avaliação dedocumentos e será desenvolvida por uma comissão formada porpessoas que conheçam bem a estrutura e o funcionamento dainstituição avaliada.

Documentos Prazos de guardaCorrente Intermediário

DestinaçãoFinal Observação

Legislação de Pessoal

Admissão de Pessoal

Férias

Frequência

Aposentadoria

Greves

Normas Internas

10 anos 10 anos Guarda Perm. -

5 anos 47 anos Eliminação -

7 anos - Eliminação -

5 anos 47 anos Eliminação Microfilmar após 5 anos

5 anos 95 anos Eliminação Microfilmar após 5 anos

5 anos 5 anos Guarda Perm. -

Enqto. Vig. - Guarda Perm. -

Esta avaliação resultará na elaboração de um instrumento, queregulará o prazo de guarda e a destinação final de cada documento dainstituição. É a chamada tabela de temporalidade, que, uma vez criada,deverá ser aprovada por uma autoridade competente do órgão, para quepossa ser aplicada na instituição.

Cada instituição deverá possuir sua própria tabela detemporalidade, uma vez que os documentos variam de empresa paraempresa, de acordo com as atividades específicas de cada uma.

A seguir, apresentamos uma tabela de temporalidade comexemplos hipotéticos, a fim de permitir uma melhor compreensão doassunto.

Observe que, de acordo com a tabela de temporalidade, todosos documentos deverão, necessariamente, possuir um prazo de guardapara a fase corrente, uma vez que é ali que o mesmo tem sua origem.

A fase intermediária não é obrigatória na vida do documento,sendo que alguns podem, inclusive, serem eliminados ainda na fasecorrente e outros, ainda, poderão ser recolhidos da fase correntediretamente para a permanente.

As passagens dos documentos para as fases intermediária epermanente recebem os nomes de transferência e recolhimento,respectivamente.

Transferência é o envio de documentos da fase corrente para afase intermediária.

Recolhimento é o envio de documentos da fase corrente ouintermediária para a fase permanente.

4.5.1. Vantagens da avaliação para a instituição

Definir os prazos de guarda e a destinação final de cadadocumento da instituição pode trazer inúmeras vantagens para ainstituição:

- Ganho de espaço físico;- Maior facilidade na organização e recuperação da informação,

uma vez que a massa documental terá seu volume reduzido;- Economia nos gastos com recursos humanos, financeiros e

materiais empregados na guarda dos documentos nosarquivos.

5. PROTOCOLO

Como visto anteriormente, durante a fase corrente, osdocumentos se caracterizam por sua grande freqüência de consulta epor sua movimentação (tramitação) constante. É necessário, portanto,que a instituição adote mecanismos capazes de controlar esta tramitação,de forma a permitir a localização de um documento, quando necessário.Esta atividade de controle é conhecida como protocolo, que e constituído

pelas seguintes tarefas:- Recebimento da correspondência que chega na instituição;- Separação da correspondência particular da correspondência oficial

(da instituição);- Distribuição da correspondência particular para os destinatários;- Separação da correspondência de caráter ostensivo da

correspondência sigilosa;- Encaminhar a correspondência sigilosa aos respectivos

destinatários;- Abrir a correspondência ostensiva;- Classificar o documento de acordo com seu assunto, buscando

identificar o destinatário (setor competente);- Efetivar o registro (cadastro dos dados básicos do documento em

um sistema de controle ou ficha de protocolo);- Efetivar a autuação dos processos (inserção de capa, onde serão

registrados os dados básicos do processo);- Encaminhamento dos documentos aos respectivos destinatários

internos (distribuição) ou externos (expedição);- Controle da tramitação ou Movimentação, feita normalmente

através de sistema informatizado ou livros de protocolo.

6. MÉTODOS DE ARQUIVAMENTO

Métodos de Arquivamento são as diferentes maneiras utilizadaspara colocar documentos em ordem em um arquivo.

Os métodos mais comuns e mais utilizados são: alfabético,geográfico, numérico e ideográfico. Cada método tem suasparticularidades, a saber:

6.1. Método Alfabético

No método alfabético, o principal elemento a ser consideradopara a organização dos documentos e a sua posterior localização é onome. Este método é muito utilizado nas organizações, e apresenta comovantagens ser um método fácil e rápido. No entanto, ao armazenar umgrande volume de informações, é comum a ocorrência de erros, devidoao cansaço visual por parte do funcionário e à grande variedade de grafiados nomes.

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A fim de tornar mais rápida a localização e guarda dosdocumentos, o método alfabético pode ser combinado com cores, paraidentificar a letra procurada. Este método é denominado Variadex.Portanto, o método variadex utiliza cores como elementos auxiliarespara facilitar a localização e a recuperação dos documentos, e é umavariação do método alfabético.

Regras de alfabetação

No arquivamento de documentos por nome, existem algumasregras, chamadas de regras de alfabetação, que devem ser consideradas.São elas:

1) Nos nomes de pessoas físicas, considera-se o último sobrenome edepois, o prenome.Araújo, Marcos PereiraCarvalho, Lucas TavaresFerreira, Maria SouzaVasconcelos, Luís dos SantosObs.: No caso de sobrenomes iguais, a ordenação será feita pelo

prenome.Ferreira, AndréFerreira, JoãoFerreira, Paulo

2) Sobrenomes compostos de substantivo e adjetivo ou ligados por hífennão devem ser separados.Bom Tempo, CláudiaCastelo Branco, Humberto de AlencarMonte-Verde, Juvenal SilvaSantos-Dumont, AlbertoVilas Boas, Bernardo Alves

Obs.: Sobrenomes iniciados com as palavras Santo, São e Santaseguem a mesma regra.

Santa Cruz, Pedro HenriqueSanto Expedito, João BarbosaSão Tiago, Bernardo Oliveira

3) As iniciais abreviativas de prenomes, quando da ordenação, devempreceder os nomes que iniciam com a mesma letra.Pereira, M.Pereira, MarceloPereira, MariaPereira, Mauro

4) Artigos e preposições não devem ser considerados.Anjos, Milton Sousa dosCosta, Severino Pereira daSantos, Edson Pereira dosSilva, Luciana Oliveira da

Obs.: No caso de sobrenomes estrangeiros, esta partícula queacompanha o nome pode ou não ser considerada. O mais comum éconsiderá-la, quando esta iniciar com letra maiúscula.Da Vinci, LeonardoDel Piero, FabioMc Cain, JohnO´Brian, PaulVan Gogh, VincentVon Richtoffen, Michael

5) Sobrenomes de parentesco, como Filho, Júnior, Neto e Sobrinho,devem vir para o início acompanhados do sobrenome anterior.Araújo Filho, Marcos PereiraCarvalho Júnior, Lucas TavaresFerreira Neto, Maria SouzaVasconcelos Sobrinho, Luís dos Santos

6) Títulos que acompanham os nomes não devem ser considerados.Devem ser colocados no final, entre parênteses.Alves, José Silva dos (Presidente)Barbosa, Lucas Moreira (Ministro)Campos, Juvenal de Sousa (General)Rodrigues, Maria Aparecida (Professora)

7) No caso de nomes estrangeiros, a organização será feita pelo últimosobrenome, com exceção dos nomes orientais e de países de línguaespanhola, que tem regras especificas.Camões, Luis Vaz deClinton, BillNewton, IsaacShakespeare, William

8) No caso de nomes de espanhóis ou de qualquer país de línguaespanhola, a ordenação deverá ser feita pelo penúltimo sobrenomee, para tanto, os dois últimos sobrenomes deverão ser transpostospara o início.Bolaños Fuentes, PabloGutierrez Salazar, JuanSanchez Garcia, Roman

9) Nomes orientais, chineses, japoneses, coreanos ou árabes, porexemplo, deverão ser organizados da mesma forma como seapresentam, sem qualquer alteração.Al JahzirKim Il SungLaw Kim ChongMao Tsé Tung

10) Na organização de nomes de instituições, os nomes são mantidos damesma forma como se apresentam, levando-se o artigo do iníciopara o final, entre parênteses. Quando não há artigo no início, nãodeve ser feita qualquer alteração.Associação Brasilense de ArquivologiaBi-ba-bô ShoppingBoticário (O)Casas BahiaFundação Getúlio VargasGlobo (O)Times (The)

11) Nos nomes de eventos, o numeral do início deve ser colocado nofinal, entre parênteses. A ordenação, neste caso, se dará pelo nomedo evento e não pelo numeral.Congresso de Medicina (Segundo)Encontro de Arquivistas (IV)Seminário de Jornalistas (18º)

Obs.: O numeral servirá para ordenar eventos com o mesmo nome.Encontro de Arquivistas (I)Encontro de Arquivistas (II)Encontro de Arquivistas (III)

6.2. Método Geográfico

O método geográfico é utilizando quando os documentos sãoorganizados pela procedêcia ou local, ou seja, quando a instituição optapor classificar os documentos pelo local de origem.

No entanto, de acordo com a literatura arquivística, algumasregras devem ser adotadas para a correta utilização do método geográfico:

1) Na ordenação de documentos por estado ou país, os mesmosdevem ser ordenados alfabeticamente, para facilitar a posteriorlocalização. Deve-se observar, contudo, que as cidades referentes a ummesmo estado ou país deverão ser organizadas de forma alfabética, masmantendo a capital no início, uma vez que esta é, normalmente, a cidademais procurada e com o maior número de documentos.

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Exemplo:Bahia

SalvadorIlhéusItabunaPorto Seguro

CearáFortalezaCrateúsJuazeiroQuixadá

GoiásGoiâniaAnápolisRio Verde

2) Quando o arquivamento é feito por cidades, sem haver aseparação por estado, não há a necessidade de se colocar as capitais noinício. A ordenação será simplesmente alfabética, com o detalhe de que,ao final de cada cidade, deve ser identificado o estado correspondente,para o caso de cidades com o mesmo nome.

Exemplo:Anápolis (Goiás)Crato (Ceará)Custódia (Pernambuco)Passo Fundo (Rio Grande do Sul)Vitória (Espírito Santo)

6.3. Método Numérico

O método numérico, como o próprio nome diz, é aquele em queos documentos são ordenados por número. Na utilização deste método,pode-se optar por três maneiras distintas: numérico simples, cronológicoou dígito-terminal.

O método numérico simples é adotado quando a organização éfeita pelo número do documento ou da pasta em que este foi arquivado.É um método muito utilizado na organização de prontuários médicos,pastas de funcionários, processos e filmes.

No entanto, ao se trabalhar com números maiores, com váriosdígitos, o método numérico simples acaba por se tornar muito lento etrabalhoso, tanto na organização quanto na localização do documento.Neste caso, é indicada a utilização do método digito-terminal, onde aordenação é feita pelos dois últimos dígitos, o que torna o arquivamentomais rápido e eficiente.

A seguir, temos um exemplo prático da utilização do métododígito-terminal.

14-25-0178-44-1022-26-2899-15-4436-27-44

Observe que a ordenação foi feita pelos dois últimos dígitos.Quanto estes são iguais, a ordenação se dará pelos dois dígitos anteriores.

O método numérico cronológico é aquele utilizado para organizaros documentos por data. É um método largamente utilizado naorganização de fotografias, documentos financeiros e outros em que adata seja o principal elemento na busca da informação.

6.4. Método Ideográfico

O método ideográfico é utilizado quando a ordenação dosdocumentos é feita por assunto. É também um método muito utilizadono dia-a-dia das instituições.

O método ideográfico tem algumas subdivisões que serãodetalhadas a seguir:

Na organização por assunto, estes podem ser ordenados deforma alfabética ou numérica.

A ordenação alfabética dos assuntos pode ser feita em um úniconível (método dicionário) ou em vários níveis hierarquizados(enciclopédico). Observe a seguir a diferença entre os dois métodos.

Suponha que um setor separou seus documentos por assunto,onde foram criadas as seguintes pastas:

- Férias- Contas a pagar- Aposentadoria- Empréstimos bancários- Licença médicas- Contas a receber- Freqüência- Licença maternidade- Empréstimos rurais

A ordenação destas pastas de forma alfabética pode se dar emum único nível ou em níveis hierarquizados, de acordo com aconveniência do usuário. Na prática, a ordenação será efetivada daseguinte forma:

Observe que, enquanto no método dicionário os assuntos sãoordenados de maneira simplesmente alfabética (em um único nível),no método enciclopédico a ordenação dos assuntos se dá em váriosníveis hierarquizados, partindo de assuntos gerais para assuntos maisespecíficos, onde cada nível é ordenado alfabeticamente. Neste caso, oarquivo será composto por pastas e subpastas, em diferentes níveis.

Os assuntos podem, ainda, ser ordenados de forma numérica,onde serão atribuídos para cada assunto códigos que servirão paraidentificá-los e permitirão a sua localização no acervo.

Utilizando os mesmos assuntos descritos anteriormente,teríamos como possível organização, utilizando-se o método ideográficonumérico:

1 – PESSOAL1-1 - FÉRIAS1-2 – LICENÇAS

1-2-1 – MÉDICA1-2-2 – MATERNIDADE

1-3 – APOSENTADORIA2 - FINANCEIRA

2-1 – EMPRÉSTIMOS2-1-1 – BANCÁRIOS2-1-1 – RURAIS

2-2 – CONTAS2-2-1 – A RECEBER2-2-2 – A PAGAR

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Observe que, na organização por código numérico, não há apreocupação de organizar os assuntos em ordem alfabética. São criadosníveis hierarquizados, onde os assuntos são numerados na ordem emque forem sendo relacionados. Esta relação de assuntos com seusrespectivos códigos comporá o plano de classificação da instituição,que servirá para classificar os documentos (atribuir a cada documentoum código de acordo com seu assunto) antes de seu arquivamento.

Os métodos decimal e duplex são bastante parecidos, com aparticularidade de que, no método decimal, o número de classes emcada nível é limitado a 10, e no método duplex, o número de classes éilimitado.

6.5. Métodos diretos / Indiretos

Consideram-se diretos os métodos que permitem que a buscado documento se dê no próprio local em que o mesmo está arquivado,sem a necessidade de um índice auxiliar. É uma característica dosmétodos que organizam por nome (alfabético, geográfico, dicionário eenciclopédico).

Consideram-se indiretos os métodos em que, para localizar odocumento no arquivo, é necessária a adoção de um índice por nome,que indicará a localização do documento dentro do arquivo. É umacaracterística dos métodos em que a ordenação é feita por número(numérico simples, cronológico, dígito-terminal, decimal e duplex).

6.6. Método horizontal / Vertical

Quando o documento é acondicionamento em seu local de guarda(pasta, gaveta ou caixa) o arquivamento pode ser feito de forma horizontalou vertical.

O arquivamento horizontal, no qual os documentos sãoacondicionados uns sobre os outros, só é indicado para documentos degrandes dimensões, como mapas, plantas e papéis de grandes dimensões.

O arquivamento vertical, onde os documentos são arquivadoslado a lado, é o mais comum, sendo largamente adotado nos arquivoscorrentes e intermediários, onde o acondicionamento é feito em caixasou pastas suspensas.

6.7. Escolha do método a ser adotado

A escolha do método de arquivamento a ser adotado em umarquivo deverá ser precedida de uma análise minuciosa dos documentosa serem arquivados e da estrutura da instituição que está sendoorganizada. Um mesmo arquivo pode utilizar, em seu acervo, váriosmétodos de arquivamento simultâneos, de forma a bem organizar suadocumentação.

Num arquivo fotográfico, por exemplo, seria possível a seguinteorganização:

BATIZADOSde 1960 a 1980de 1981 a 2000após 2001

CASAMENTOSde Araújo, José até Ferreira, Mariade Garcia, Paulo até Martins, Severinode Nascimento, João até Ximenes, Raimundo

VIAGENSBahiaCearáSanta Catarina

Observe que, no exemplo apresentado, foi utilizado, numprimeiro momento a organização por assunto (quando as fotografias

foram separadas em batizados, casamentos e viagens) e, num segundomomento, foram utilizados os métodos cronológico, alfabético egeográfico, de acordo com as particularidades de cada assunto. Essamistura de métodos é conhecida como classificação ou arranjo que serádefinido de forma a melhor atender as necessidades de cada instituiçãoorganizada.

7. PRESERVAÇÃO DE DOCUMENTOS

Preservação de documentos é o conjunto de medidas adotadasvisando proteger, conservar ou restaurar os documentos armazenadosem um arquivo.

Na conservação dos documentos, vários elementos devem serevitados, pois tendem a danificar ou acelerar sua degradação.

Podemos destacar estes elementos em três grandes grupos:físicos, químicos e biológicos.

7.1. Elementos físicos

Os elementos físicos são aqueles relacionados ao local em queos documentos se encontram armazenados. São os principais: umidade,temperatura e luminosidade.

O desequilíbrio da temperatura e da umidade relativa provocano acervo uma dinâmica de contração e alongamento dos elementosque compõem o papel, além de favorecer a proliferação de agentesbiológicos, tais como: fungos, bactérias, insetos e roedores. A umidadetambém afeta seriamente o papel: se muito elevada, apressa a degradaçãoácida e se for muito baixa, facilita o ataque de agentes biológicos.Recomenda-se, portanto, um controle de umidade e temperatura deacordo com os documentos ali depositados.

A luminosidade, seja natural (luz do sol) ou artificial, tende adanificar os documentos a partir do momento em que provocam seuamarelamento, enfraquecimento e envelhecimento precoce. Érecomendável, portanto, que o arquivo seja instalado em locais que nãorecebam diretamente a incidência da luz solar e que documentoshistóricos ou documentos com grande prazo de guarda sejamarmazenados em locais com pouca incidência de luz artificial, visandosua maior durabilidade.

7.2. Elementos químicos

Dentre os elementos químicos que mais contribuem para adegradação do acervo, podemos destacar a poluição ambiental, a poeira,objetos metálicos e elementos com alto grau de acidez.

A poluição ambiental, destacadamente a poluição do ar podediminuir sensivelmente a longevidade de um documento.

O ar dos centros urbanos e industriais contém uma grandediversidade de partículas e gases. As partículas compõem a parte sólidade dimensões microscópicas dos poluentes. Reúnem especialmente opó, a fuligem e os esporos dos microorganismos. Os gases formam ospoluentes mais reativos e perigosos para os documentos.

O dióxido de enxofre é lançado na atmosfera, principalmentepela queima dos combustíveis fósseis empregados nos fornos industriaise nos automóveis. Ele também se combina com o oxigênio,transformando-se em trióxido de enxofre. Tal reação química é catalisadapor pequenas partículas metálicas. A combinação do trióxido de enxofree a água, seja a do ar ou do papel, formará o ácido sulfúrico, que provocamanchas e escurecimento do papel, além da perda de sua resistência.

Recomenda-se, portanto, a instalação do arquivo em ambientesdistantes de garagens ou locais em que a poluição do ar seja excessiva.

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NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA E PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS / Professor Élvis Corrêa Miranda

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Na poeira estão contidas partículas de substâncias químicascristalinas e amorfas, como terra, areia, fuligem e grande diversidade demicroorganismos, além de resíduos ácidos e gasosos provenientes dacombustão em geral e de atividades industriais.

O pó não modifica apenas a estética dos documentos. Quandoobservamos a sujeira retida nos papéis, como os excrementos dos insetos,colas e poluentes atmosféricos, observamos a ação destrutiva. As pequenaspartículas possuem ação cortante e abrasiva. A aderência do pó não é apenassuperficial, mas também no interior da fibra, que é absorvida por meio deligações químicas.

Os objetos metálicos, como clipes, grampos e colchetes, devemser evitados por provocar a oxidação do papel. Quando necessária a juntadade folhas para formar um processo ou documento, é indicada a utilizaçãode clipes ou colchetes plásticos.

Colas e fitas adesivas também devem ser evitadas, por provocarmanchas irreversíveis no documento, produto de sua alta acidez. Narestauração de documentos, existem colas e fitas adesivas com qualidadearquivística (sem acidez) adequadas a esta tarefa.

7.3. Elementos biológicos

Com relação aos seres vivos capazes de provocar estragos aosdocumentos, podemos destacar vários tipos de insetos, microorganismos,ratos e, por fim, o próprio ser humano.

Os danos que os insetos causam aos acervos são bastanteconhecidos. Produzem estragos de grande intensidade, durante temposrelativamente curtos. A ação destrutiva é maior nas regiões de clima tropical,cujas condições de calor e umidade relativa elevadas provocam numerososciclos reprodutivos anuais e desenvolvimento embrionário mais rápido.São pouco afetados pelo controle ambiental interno e acervos, uma vezque possuem uma grande capacidade de adaptação às transformaçõesambientais. Além disso, podem adquirir resistência aos inseticidas com opassar do tempo.

Os insetos que normalmente provocam os maiores estragos nosarquivos são as traças, baratas, cupins e os carunchos (brocas).

Encontramos ainda uma enorme variedade de seres microscópicosno ar. O papel é vulnerável aos ataques microbiológicos, pois seu principalconstituinte, a celulose, sofre degradação provocada por diferentes espéciesde fungos e bactérias. A ação de microorganismos no papel se manifestapelo aparecimento de manchas de várias cores, intensidades econformações. As enzimas, que são produzidas como resultado dometabolismo de diferentes espécies de fungos e bactérias, aceleram osprocessos de degradação da celulose e de colas. A conseqüência é atransformação das características físicas e químicas do suporte, que ficacom um aspecto filtroso e fragmentado.

O homem, infelizmente, é um dos maiores agressores dos arquivos.O simples uso normal é o suficiente para degradar o documento. A acideze a gordura do suor das mãos, em contato com o papel, produzem acidez emanchas. Também são nocivos os maus tratos como: rasgar, riscar, dobrar,escrever, marcar, colocar clipes, grampos metálicos, colar fitas, etc.

Dicas Gerais de Preservação de documentos

- O arquivo deve controlar umidade e temperatura do ambiente, deacordo com a documentação mantida em seu acervo (normalmente,a umidade ideal gira em torno de 45 a 58% e a temperatura entre20 e 22º);

- Deve-se evitar a entrada de água/fogo no ambiente de arquivo, poisos mesmos tendem a danificar os documentos;

- A limpeza do ambiente, sempre que possível, deve ser feita a seco(aspirador de pó) ou com a utilização de panos úmidos nas estantese no chão;

- Deve-se evitar a utilização de saliva ou umedecedor de dedos aopassar as páginas dos documentos;

- Fotografias e negativos devem ser manuseados com luvas dealgodão;

- Ao fazer anotações nos documentos, como o código declassificação, por exemplo, deve-se utilizar lápis;

- A restauração de documentos deve ser realizada com material debaixa acidez (pH neutro);

- Na utilização de clipes ou colchetes, deve-se dar preferência paraos de plástico, evitando os de metal.

8. GESTÃO DE DOCUMENTOS

A lei 8.159/1991, que regula o funcionamento dos arquivospúblicos no Brasil, assim define gestão de documentos:

“Gestão de documentos é o conjunto de procedimentos eoperações técnicas que visam controlar a produção,tramitação, uso, avaliação e arquivamento de documentosnas fases corrente e intermediária, visando sua eliminaçãoou recolhimento para guarda permanente”.

Em resumo, gestão de documentos é o conjunto de todas asatividades que envolvem o controle dos documentos da instituição, desdea sua criação até o seu destino final (eliminação ou guarda permanente).

Podemos dividir a gestão de documentos em três fases distintas:- Produção;- Utilização; e- Destinação.

Na etapa de produção, devem ser efetivados esforços para evitara criação de documentos que não sejam realmente necessários para ainstituição, além da duplicação desnecessária de documentos, deve-sebuscar a criação de formulários que facilitem a geração de documentosdentro de uma padronização pré-estabelecida e ainda deve-se buscar aimplementação de sistemas informatizados que visem otimizar o ato decriação de documentos.

A segunda etapa da gestão de documentos, a utilização, envolveas atividades de controle da tramitação de documentos (protocolo, bemcomo a elaboração de normas de acesso à documentação (empréstimoou consulta), além da definição das formas de organização earquivamento dos documentos nas fases corrente e intermediária.

Finalmente, a destinação, que se caracteriza como a terceirafase da gestão de documentos compreende a definição do destino a serdado a cada documento após o cumprimento do seu prazo de guarda.Esta definição é realizada através de uma avaliação, conforme destacadoem item anterior.

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NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA E PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS / Professor Élvis Corrêa Miranda

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE ARQUIVOLOGIAConceito de Arquivo

Art. 2º Consideram-se arquivos, para os fins desta lei, osconjuntos de documentos produzidos e recebidos por órgãospúblicos, instituições de caráter público e entidades privadas,em decorrência do exercício de atividades específicas, bemcomo por pessoa física, qualquer que seja o suporte dainformação ou a natureza dos documentos.

Lei 8.159/1991

FUNÇÃO E FINALIDADES DO ARQUIVO

Função do arquivo: A função básica do arquivo é tornardisponíveis as informações contidas no acervo documentalsob sua guarda.

PAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática.3. ed. Rio de Janeiro : FGV, 2004. p. 20

Finalidades dos arquivos: A principal finalidade dos arquivosé servir à administração, constituindo-se, com o decorrerdo tempo, em base do conhecimento da história.

PAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática.3. ed. Rio de Janeiro : FGV, 2004. p. 20

01. (Cespe-UnB / Cnpq 2011) O documento de arquivo, produzido e(ou)recebido como decorrência natural do desenvolvimento das atividadesde um órgão ou uma empresa, tem por função provar e testemunhar aocorrência dessas atividades.

02. (Cespe-UnB / STM 2011) Denominam-se documentos de arquivo osdocumentos produzidos por uma entidade pública ou privada, oupor uma família ou pessoa, no transcurso das funções que justificamsua existência como tal.

03. (Cespe-UnB – Abin 2010) É desnecessário que os documentos dearquivo sirvam de prova das transações realizadas.

04. (Cespe-UnB – AGU 2010) O arquivo de um órgão é o conjunto dedocumentos recebidos ou expedidos por esse órgão no exercício desuas atividades.

05. (Cespe-UnB / MPU 2010) Um arquivo documental tem por objetivoservir como prova ou testemunho da ação de pessoas jurídicas oufísicas.

06. (Funiversa – MPGO Téc. Arquivo / 2010) Pessoas físicas não produ-zem arquivos.

07. (Funiversa – MPGO Téc. Arquivo / 2010) Arquivos são conjuntos dedocumentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, institui-ções de caráter público e entidades privadas em decorrência de suasatividades.

08. (Cespe-UnB - TRE-MA/2009) - Os documentos de arquivo são pro-vas de transações realizadas nas organizações.

09. (Cespe-UnB - SECAD-TO / 2008) Os documentos podem servir deprova de transações realizadas.

Suporte dos documentos

Suporte: Material no qual são registradas as informações.Dicionário de Terminologia Arquivística. Arquivo Nacional. p. 159

O arquivo pode guardar documentos em diversos suportes diferentes.

Exemplos de suporte: papel, CD, disquete, DVD, fita de vídeo.

10. (Cespe-UnB – Abin 2010) Os documentos de arquivo, em qualquersuporte, são produzidos ou recebidos durante o desenvolvimentodas atividades de pessoa física ou jurídica.

11. (Cespe-UnB / MPU 2010 – Arquivista) O documento, para a disci-plina arquivística, é a combinação do suporte com a informação neleregistrada, utilizada como prova ou para consulta.

12. (Cespe-UnB - MS 2010 Arquivista) O termo suporte é utilizado emarquivologia para denominar qualquer material que contém informa-ções registradas. Alguns exemplos, além do mais comum hoje, que éo papel, são: papiro, pergaminho, disco magnético, entre outros.

13. (Cespe-UnB – TRE/BA 2010) O arquivo é constituído de documen-tos em variados suportes, entre outros: papel, papel fotográfico,película fotográfica e mídias digitais.

14. (Cespe-UnB-PRG-DF / 2005) Os documentos produzidos no âmbi-to da instituição, mesmo que não estejam em suporte papel, sãoconsiderados documentos de arquivo.

15. (Cespe-UnB-TRE/TO / 2005) Os acervos arquivísticos são constitu-ídos por um mesmo tipo de suporte.

16. (Cespe-UnB- STM / 2004) A composição do conceito de arquivoadotado pela arquivística define que seus documentos devem pos-suir um mesmo tipo de suporte físico.

17. (Cespe-UnB-Min Meio Ambiente / 2003) Os arquivos são constitu-ídos apenas por documentos em suporte papel.

18. (2008 / Cespe-UnB - FUNDAC-PB) Um arquivo tem como funçãoprincipal tornar disponíveis as informações contidas no acervo do-cumental.

19. (Cespe-UnB-INPI / 2006) O arquivo tem como função básica tornardisponíveis as informações contidas nos documentos mantidos sobsua guarda.

20. (Cespe-UnB-Min Meio Ambiente / 2003) A função principal doarquivo é tornar disponíveis as informações contidas no acervo do-cumental sob sua guarda.

21. (Cespe-UnB – Abin 2010) A primeira finalidade dos arquivos é serviràs atividades administrativas.

22. (Funiversa – MPGO Téc. Arquivo / 2010) A principal finalidade doarquivo é.(A) produzir e manter os documentos para fins culturais.(B) adquirir documentos para a preservação da história.(C) servir a administração.(D) preservar os objetos colecionados.(E) avaliar os documentos por questões de conveniência.

23. (Cespe-UnB - ANAC/2009) A função primária do arquivo é funcio-nal, isto é, ser instrumento da administração. Em um segundomomento, considera-se o valor para a história e a cultura de umasociedade.

24. (Cespe-UnB-MPE/AM / 2008) O arquivo, cujo principal objetivo éser um instrumento de apoio à administração, constitui com o decor-rer do tempo, base do conhecimento da história da instituição a quepertence.

25. (Cespe-UnB - SECAD-TO / 2008) A principal finalidade dos arqui-vos é servir à administração, constituindo-se, com o decorrer dotempo, em base para o conhecimento da história.

26. (Cespe-UnB-Min Meio Ambiente / 2003) A principal finalidade dosarquivos é servir à administração. Eles constituem-se, com o decor-rer do tempo, em base do conhecimento da história.

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NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA E PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS / Professor Élvis Corrêa Miranda

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35. (Cespe-UnB – AGU 2010) O arquivo corrente é formado por docu-mentos que estão em trâmite, mas que não são consultados frequen-temente porque aguardam sua destinação final.

36. (Cespe-UnB ANEEL 2010 – Arquivista) Os documentos que formamos arquivos correntes são encontrados nas unidades ou setores detrabalho de uma organização e são caracterizados por terem valoradministrativo.

37. (Cespe-UnB – DPU 2010 - Arquivista) Os documentos correntesdevem ser mantidos próximos dos usuários diretos em razão dafrequência com que são consultados ou da grande possibilidade deuso que os documentos dessa idade têm.

38. (Cespe-UnB - MPS / 2010) Fase corrente é a fase em que os documen-tos estão ativos, em curso e que ainda são muito consultados e, porisso, são conservados junto aos órgãos produtores.

39. (Cespe-UnB / MPU 2010) Dada a importância da preservação dosdocumentos que compõem o arquivo corrente de determinado setorde trabalho, recomenda-se o arquivamento desses documentos emlocal afastado do referido setor.

40. (Cespe-UnB / MPU 2010 – Arquivista) Em geral, os arquivos corren-tes se encontram distribuídos pelos vários setores da organização.

41. (Funiversa – Terracap 2010) Acerca da classificação dos arquivos,aqueles que guardam os documentos mais novos e mais utilizados nainstituição são chamados de arquivos(A) intermediários.(B) públicos.(C) privados.(D) correntes.(E) gerais.

Teoria das 3 Idades

Art. 8º Os documentos públicos são identificados como correntes, in-termediários e permanentes.Lei 8.159/1991

27. (Cespe-UnB / STM 2011 – Analista Judiciário) A teoria das trêsidades refere-se à sistematização do ciclo de vida dos documentosarquivísticos.

28. (Funiversa - Adasa/2009) - De acordo com Lei nº 8.159, de 8 dejaneiro de 1991, é correto afirmar que são tipos de arquivos.(A) correntes, intermediários e permanentes.(B) correntes, temporários e permanentes.(C) privados, intermediários e permanentes.(D) correntes, intermediários e provisórios.(E) correntes, temporários e provisórios.

29. (Cespe-UnB - SECAD-TO / 2008) Os arquivos podem ser dividi-dos em: correntes, semipermanentes e permanentes.

30. (Cespe-UnB-TCE/AC / 2006) As fases do ciclo de vida de umarquivo são duas: corrente e permanente.

31. (Cespe-UnB-TRE/TO / 2005) Atualmente, com a evolução daarquivística, o ciclo vital dos documentos passa por 4 fases: arqui-vos setoriais, correntes, inativos e permanentes.

Valor dos Documentos

Valor Primário: - Documentos que servem de apoio às atividades da instituição; - Todo documento nasce com esse valor e depois o perde; - É um valor temporárioValor Secundário: - Documentos que preservam a memória/história da instituição; - Nem todo documento apresentará esse valor; - É um valor definitivo (permanente).

32. (Cespe-UnB – TRE/MT 2010) Os documentos são mantidos nosarquivos intermediários quando apresentam valor secundário.

33. (Funiversa – MPGO Téc. Arquivo / 2010) Os arquivos correntessão constituídos de documentos de valor.(A) secundário.(B) informativo.(C) mediato.(D) primário.(E) histórico.

34. (Cespe-UnB - ANAC/2009) O arquivo intermediário, assim comoo corrente, é constituído por documentos de valor primário.

CICLO VITAL DOS DOCUMENTOS

Arquivo Corrente

Arquivo de 1a Idade ou Corrente Constituído de documentos em curso ou consultados freqüentemente,

conservados nos escritórios ou nas repartições que os receberam e osproduziram ou em dependências próximas de fácil acesso.

PAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática.3. ed. Rio de Janeiro : FGV, 2004. p. 21

Art. 8º - § 1º Consideram-se documentos correntes aqueles em curso ouque, mesmo sem movimentação, constituam objeto de consultas freqüen-tes.Lei 8.159/1991

Arquivo Intermediário

Arquivo de 2a Idade ou Intermediário Constituído de documentos que deixaram de ser freqüentemente consul-

tados, mas cujos órgãos que os receberam e os produziram podemainda solicitá-los, para tratar de assuntos idênticos ou retomar umproblema novamente focalizado. Não há necessidade de serem conser-vados próximos aos escritórios. A permanência dos documentos nessesarquivos é transitória. Por isso, são também chamados de “limbo” ou“purgatório”.

PAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática.3. ed. Rio de Janeiro : FGV, 2004. p. 21-22

Art. 8º - § 2º Consideram-se documentos intermediários aqueles que, nãosendo de uso corrente nos órgãos produtores, por razões de interesseadministrativo, aguardam a sua eliminação ou recolhimento para guardapermanente.Lei 8.159/1991

42. (Cespe-UnB / STM 2011) Caso haja documentos que não sejam fre-quentemente consultados, eles devem, por questões econômicas, sertransferidos a outro espaço, que é conhecido como arquivo intermedi-ário.

43. (Cespe-UnB – DPU 2010 - Arquivista) Os arquivos intermediários sãoformados por documentos semiativos, que não precisam ser manti-dos próximos aos usuários diretos.

44. (Cespe-UnB / MPU 2010) A função do arquivo intermediário é possi-bilitar o armazenamento de documentos que, embora usados compouca freqüência, devem ser mantidos, por questões legais, fiscais,técnicas ou administrativas.

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NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA E PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS / Professor Élvis Corrêa Miranda

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JUNHO DE 2011

Documentos Prazos de guardaCorrente Intermediário

DestinaçãoFinal Observação

Legislação de Pessoal

Admissão de Pessoal

Férias

Frequência

Aposentadoria

Greves

Normas Internas

10 anos 10 anos Guarda Perm. -

5 anos 47 anos Eliminação -

7 anos - Eliminação -

5 anos 47 anos Eliminação Microfilmar após 5 anos

5 anos 95 anos Eliminação Microfilmar após 5 anos

5 anos 5 anos Guarda Perm. -

Enqto. Vig. - Guarda Perm. -

45. (Cespe-UnB – TRE/MT 2010) O arquivo intermediário justifica-sepor questões econômicas. É uma forma de armazenamento de docu-mentos mais barata que aquela feita nos setores de trabalho da orga-nização.

46. (Cespe-UnB – TRE/MT 2010) O acesso aos documentos é aberto aopúblico nos arquivos intermediários, diferentemente do que ocorrecom os arquivos correntes, de acesso restrito aos acumuladores.

47. (Cespe-UnB – TRE/MT 2010) A descentralização física dos arquivosintermediários é resultado da grande frequência de uso dos documen-tos nessa fase do arquivo.

Arquivo Permanente

Arquivo de 3a Idade ou Permanente Constituído de documentos que perderam todo valor de natureza admi-

nistrativa, que se conservam em valor de seu valor histórico ou docu-mental e que constituem os meios de conhecer o passado e sua evolu-ção.

PAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática.3. ed. Rio de Janeiro : FGV, 2004. p. 22

Art. 8º - § 3º Consideram-se permanentes os conjuntos de documentos devalor histórico, probatório e informativo que devem ser definitiva-mente preservados.

Art. 10º Os documentos de valor permanente são inalienáveis eimprescritíveis.

Lei 8.159/1991

48. (Cespe-UnB / STM 2011) A fase permanente corresponde à fase emque os documentos são abrigados durante seu uso jurídico e suatramitação legal.

49. (Cespe-UnB – DPU 2010) Nos arquivos permanentes, a pesquisa éfacultada (liberada) ao público externo.

50. (Cespe-UnB – DPU 2010) Nos arquivos permanentes, os documen-tos existentes são passíveis de eliminação.

51. (Cespe-UnB – Detran-ES 2010) São denominados arquivos perma-nentes os documentos custodiados em caráter definitivo, em razãode seu valor, e aos quais o acesso é público.

52. (Cespe-UnB - INCA 2010) Os conjuntos documentais de um hospi-tal que são custodiados em caráter definitivo, em função do seuvalor e por possuírem acesso público, são denominados arquivoscorrentes.

Avaliação de Documentos / Tabela de Temporalidade

Avaliação é a definição dos prazos de guarda e da destinação final dosdocumentos. É realizada por uma Comissão de Avaliação e resulta naelaboração da tabela de temporalidade da instituição, que deverá seraprovada por uma autoridade competente da instituição para que possaser implementada no órgão.

TABELA DE TEMPORALIDADE - INSTITUIÇÃO X

53. (Cespe-UnB / Cnpq 2011) A destinação final dos documentos dearquivo em uma tabela de temporalidade pode ser a sua eliminação ouguarda permanente.

54. (Cespe-UnB / STM 2011) A destinação final dos documentos indicadana tabela de temporalidade consiste na eliminação ou na guarda per-manente.

55. (Cespe-UnB – Abin 2010) O instrumento que indica os prazos deguarda e a destinação final dos documentos, resultado direto do pro-cesso de avaliação, é denominado código de classificação de docu-mentos de arquivo da atividade-meio.

56. (Cespe-UnB / MPU 2010) O processo de avaliação de um documentotem como resultado a elaboração da tabela de temporalidade do docu-mento

57. (Cespe-UnB - TRE-GO/2009) - A destinação dos documentos éindicada(A) pela tabela de temporalidade(B) pela tipologia documental(C) pelo plano de classificação(D) pelos instrumentos de pesquisa(E) pela tabela de equivalência

Prazos de Guarda

O prazo de guarda varia de documento para documento e estará expres-so na tabela de temporalidade da instituição.

58. (Cespe-UnB-DFTrans Anal. Adm. / 2008) Os documentos de guardatemporária devem ser mantidos por cinco anos.

59. (Cespe-UnB-FUNCAP/PA / 2004) Todo documento com mais decinco anos arquivado em um arquivo corrente deve ser eliminado.

60. (Cespe-UnB-MME/CPRM / 2004) O prazo máximo de retenção dedocumentos na fase corrente é de seis meses.

61. (Cespe-UnB-TRE-AL / 2004) O prazo indicado para o arquivamentode documentos na fase intermediária é de 10 a 20 anos.

62. (Cespe-UnB-MEC / 2003) Após cinco anos, os documentos da fasecorrente devem ser completamente eliminados.

63. (Cespe-UnB-TRE/MT / 2005) Serão preservados, em caráter perma-nente, todo e qualquer documento com produção anterior ao séculoXIX.

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JUNHO DE 2011

Cumprimento do Ciclo Vital (Transferência / Recolhimento / Eli-minação)

- Os documentos podem ser eliminados nas fases corrente e intermediá-ria.

- Todo documento passa pela fase corrente, mas nem sempre pelas fasesintermediária e permanente.

- Transferência: Envio de documentos da fase corrente para a fase inter-mediária.

- Recolhimento: Envio de documentos da fase corrente ou intermediáriapara a fase permanente.

64. (Cespe-UnB / Cnpq 2011) A transferência de documento do arquivocorrente para o arquivo intermediário é determinada pela diminuiçãoda demanda desse documento, apesar de ele possuir valor administra-tivo, legal ou fiscal que justifique sua guarda.

65. (Cespe-UnB / IFS 2011) A transferência dos documentos do arquivocorrente para o arquivo intermediário é realizada quando a frequênciade uso de tais documentos diminui e quando eles perdem o valoradministrativo.

66. (Cespe-UnB / STM 2011 – Analista Judiciário) A operação de entradade um conjunto de documentos públicos em um arquivo permanenteé denominada recolhimento.

67. (Cespe-UnB – Abin 2010) Os documentos com valor histórico devemser recolhidos aos arquivos intermediários, onde devem permaneceraté a sua eliminação

68. (Cespe-UnB – Detran-ES 2010) O assistente técnico que moverdocumentos da fase de arquivo corrente para a intermediária realiza-rá procedimento denominado recolhimento.

69. (Cespe-UnB – DPU 2010) Na fase intermediária, os documentos sãorecebidos por transferência dos arquivos correntes.

70. (Cespe-UnB – DPU 2010) Os documentos cujo prazo de guarda sejaestabelecido em cem anos deverão ser recolhidos ao arquivo perma-nente.

71. (Cespe-UnB – DPU 2010 - Arquivista) A passagem pelo arquivointermediário indica que o documento vai ter como destinação final aeliminação.

72. (Cespe-UnB / MPU 2010 – Arquivista) Os documentos, assim queencerrado o seu prazo de guarda nos arquivos correntes, são elimina-dos, transferidos ao arquivo intermediário ou recolhidos ao arquivopermanente.

73. (Cespe-UnB / MPU 2010 – Arquivista) Os documentos, antes deserem recolhidos ao arquivo permanente, passam obrigatoriamentepelo arquivo intermediário.

74. (Cetro – Embrapa 2010) O recolhimento marca a transição para a 3ªidade documental.

75. (Cetro – Embrapa 2010) É considerada transferência a passagem dedocumentos de um arquivo intermediário para o arquivo permanen-te.

76. (Cespe-UnB - Pref. Mun. Vitória-ES / Arquivista 2008) Atualmente,com o aumento da complexidade das organizações, determinadosdocumentos nem passam mais pelos arquivos correntes.

CLASSIFICAÇÃO DOS DOS DOCUMENTOS

Quanto ao gênero

Textuais: Documentos escritos.Iconográficos: Documentos com imagens estáticas. Exemplos: fotogra-

fias, desenhos, negativos, diapositivos, gravuras.Cartográficos: mapas e plantas.Micrográficos: microfilmes.Sonoros: Documentos cuja informação esteja em forma de som.Filmográficos: Filmagens. Vídeos.Informáticos/Digitais: Documentos em meio digital.

77. (Cespe-UnB – Abin 2010) Mapas e plantas fazem parte do gênerodocumental conhecido como cartográfico.

78. (Cespe-UnB / MPU 2010) Os documentos do gênero iconográficocontêm imagens estáticas, tais como ampliações fotográficas, slides,diapositivos e gravuras.

79. (Cespe-UnB – TRE/BA 2010) Os ofícios datilografados ou impres-sos, os mapas e as plantas fazem parte do gênero de documentosescritos ou textuais e são muito comuns nos arquivos permanentes.

80. (Cespe-UnB - Pol Federal - Escrivão / 2009) - Uma base de dadosdesenvolvida em uma instituição pública deve ser considerada comoparte dos arquivos dessa instituição.

81. (Cespe-UnB - TRE-GO/2009) - A legislação brasileira define arquivocomo sendo o conjunto formado exclusivamente por documentostextuais.

82. (Cespe-UnB - TRE-MA/2009) - Os documentos textuais, audiovisuaise cartográficos são gêneros documentais encontrados nos arquivos.

83. (NCE-UFRJ / CVM 2009) Uma planta de arquitetura do 12º pavi-mento de uma instituição pública é considerada um documento doseguinte gênero:

(A) filmográfico;(B) cartográfico;(C) textual;(D) iconográfico;(E) sonoro.

84. (Cespe-UnB-DFTrans / 2008) Ofícios impressos, plantas de quadrasresidenciais e fotografias de pistas de circulação de veículos são clas-sificados, quanto ao gênero, como documentos textuais, cartográficose filmográficos, respectivamente.

85. (Cespe-UnB-MPE/RR / 2008) As fotografias são classificadas, quantoao gênero, em documentos iconográficos.

86. (Cespe-UnB - Pref. Mun. Vitória-ES / Arquivista 2008) Documentosdo gênero iconográfico são aqueles que contêm imagens estáticas.

Quanto à natureza do assunto

Sigilosos: Documentos que, por sua natureza, devam se de conhecimentorestrito e, portanto, requeiram medidas especiais de salvaguardapara sua custódia e divulgação.

Ostensivos: Documentos cuja divulgação não prejudica a administra-ção.

PAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática.3. ed. Rio de Janeiro : FGV, 2004. p. 29-30

Art. 5º Os dados ou informações sigilosos serão classificados emultra-secretos, secretos, confidenciais e reservados, em razão do seu teorou dos seus elementos intrínsecos.Decreto 4.553/2002

Art. 4º Para os efeitos deste Decreto, são estabelecidos os seguintesconceitos e definições:classificação: atribuição, pela autoridade competente, de grau de sigilo a

dado, informação, documento, material, área ou instalação;desclassificação: cancelamento, pela autoridade competente ou pelo trans-

curso de prazo, da classificação, tornando ostensivos dados ou infor-mações;

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NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA E PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS / Professor Élvis Corrêa Miranda

TSE - Técnico Judiciário - 14 -

JUNHO DE 2011

reclassificação: alteração, pela autoridade competente, da classificaçãode dado, informação, área ou instalação sigilosos;

Decreto 4.553/2002

Art. 24. Os documentos sigilosos em suas expedição e tramitação obede-cerão às seguintes prescrições:

I - serão acondicionados em envelopes duplos;II - no envelope externo não constará qualquer indicação do grau

de sigilo ou do teor do documento;III - no envelope interno serão apostos o destinatário e o grau de

sigilo do documento, de modo a serem identificados logo que removidoo envelope externo;Decreto 4.553/2002

87. (Cespe-UnB – DPU 2010) O procedimento de desclassificar docu-mentos consiste em(A) separar fisicamente os documentos destinados a eliminação.(B) possibilitar o empréstimo de documentos em âmbito interno.(C) liberar à consulta os documentos de natureza especial.(D) facultar (liberar) o acesso aos documentos anteriormente classi-

ficados como sigilosos.(E) proceder à alteração da classificação atribuída anteriormente,

com base no plano de classificação da instituição.

88. (Cespe-UnB - MEC/2009) As correspondências consideradas os-tensivas são classificadas, pelo grau de sigilo, em confidenciais,sigilosas e ultrassecretas.

89. (Cespe-UnB - MCT/2008) A classificação de ostensivo é dada aosdocumentos de arquivo cuja divulgação não prejudica o órgão ouo ministério.

90. (Cespe-UnB-MPE/RR / 2008) Os documentos sigilosos devem serde conhecimento restrito, e requerem medidas especiais de salvaguar-da para sua custódia e divulgação.

91. (Cespe-UnB - SEAD-UEPA / 2008) São denominados ostensivos osdocumentos que requerem cuidados extremos da unidade de arquivona sua guarda e na sua divulgação.

92. (Cespe-UnB-TJDFT / 2008) Reservado, confidencial, secreto eultrassecreto são graus de sigilo aplicados a documentos que necessi-tam de medidas especiais de guarda e divulgação.

93. (Cespe-UnB-Ipajm / 2006) Informações sigilosas são classificadasem ultrassecretas, secretas, confidenciais e ostensivas.

94. (Cespe-UnB-MDIC / 2006) Os documentos cuja divulgação de seuconteúdo não apresenta qualquer restrição são classificados comoostensivos.

95. (Cespe-UnB-TST / 2008) Desclassificação é o ato pelo qual a autori-dade competente estabelece o grau de sigilo de determinado docu-mento.

96. (Cespe-UnB-TST / 2008) Na expedição e tramitação de documentossigilosos, a unidade de arquivo e protocolo deve observar o acondi-cionamento desses documentos em envelopes duplos e indicar ograu de sigilo no envelope externo.

PROTOCOLOProtocolo é o controle da tramitação dos documentos que tramitam no

órgão, de forma a permitir a sua rápida localização e informaçãoaos interessados. É uma atividade típica da fase corrente.

MIRANDA, Élvis Corrêa. Arquivo para concursos. Brasília, 2007

97. (Cespe-UnB / Cnpq 2011) As atividades de protocolo são de respon-sabilidade da área relativa ao arquivo intermediário, a qual respondepela tramitação dos documentos dentro de um órgão ou uma empre-sa.

98. (Cespe-UnB / MPU 2010 – Arquivista) O protocolo está vinculadotécnica e administrativamente ao arquivo intermediário.

99. (Cespe-UnB-UnB/Pref. Rio Branco/AC / 2007) O protocolo é umaatividade típica da fase corrente.

100. (Cespe-UnB-MI / Arquivista - 2006) O protocolo, pela sua natureza,é de responsabilidade dos arquivos intermediários.

101. (Cespe-UnB-CNPq / 2003) A atividade de protocolo éresponsabilidade típica do arquivo permanente.

Atividades de protocolo

Atividades de protocolo: - Recebimento (Recepção dos documentos) - Registro (Cadastro dos dados dos documentos) - Autuação (formação/abertura de processos) - Classificação (separação por assunto) - Expedição/Distribuição (encaminhamento ao destinatário) - Controle/Movimentação (controle da tramitação / andamento)PAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática.3. ed. Rio de Janeiro : FGV, 2004. p. 55-59

102. (Cespe-UnB / STM 2011 – Analista Judiciário) As atividades doprotocolo incluem recebimento de documentos, classificação, regis-tro, distribuição e acompanhamento da tramitação.

103. (Cespe-UnB – DPU 2010) As rotinas do setor de protocolo incluematividades de

(A) classificação, registro, avaliação e empréstimo de documentos.(B) recebimento, classificação, registro e movimentação de

documentos.(C) recebimento, eliminação e empréstimo de documentos.(D) ordenação, classificação e avaliação de documentos.(E) registro de processos, classificação e avaliação de documentos.

104. (Cespe-UnB - Embasa 2010) Uma das atividades realizadas peloserviço de protocolo é a classificação de documentos.

105. (Cespe-UnB - MPS / 2010) Protocolo é o serviço encarregado derecebimento, registro, distribuição, controle da tramitação e expediçãode documentos.

106. (Cespe-UnB - MPS / 2010) O protocolo do órgão deve mantercontrole da expedição de correspondência.

107. (Cespe-UnB / MPU 2010 – Arquivista) O setor de protocolo tambémé responsável pelo recebimento, pela movimentação e expediçãodos documentos.

108. (Cespe-UnB / MPU 2010 – Arquivista) O registro dos documentosé desenvolvido pelo setor de protocolo.

109. (Cespe-UnB / MPU 2010 – Arquivista) A tramitação é uma atividadedesenvolvida pelos setores de trabalho responsáveis pela demandacontida nos documentos, não sendo uma atividade de protocolo.

110. (Cespe-UnB - MS 2010 Arquivista) Nos órgãos ou instituiçõespúblicas, protocolo é geralmente o setor encarregado de atividadescomo recebimento, expedição, registro, distribuição e controle damovimentação de documentos em trâmite.

111. (Funiversa – Terracap / 2010 - Arquivista) O protocolo, como umdos elementos dos arquivos correntes, desenvolve uma série deatividades. Assinale a alternativa que corresponde a atividade(s) doprotocolo.(A) Descrição de documentos permanentes.(B) Microfilmagem dos documentos.(C) Registro e distribuição de documentos.(D) Eliminação de documentos semiativos.(E) Empréstimo e consulta de documentos.

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NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA E PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS / Professor Élvis Corrêa Miranda

TSE - Técnico Judiciário - 15 -

JUNHO DE 2011

Documentação particular / sigilosa / ostensiva

Não devem ser abertos e nem registrados pelo protocolo, devendo serencaminhados diretamente aos destinatários:

- Documentos particulares - Documentos sigilososDevem ser abertos e registrados pelo protocolo: - Documentos ostensivosMIRANDA, Élvis Corrêa. Arquivologia para concursos. Brasília, 2007

112. (Cespe-UnB / IFS 2011) Quando uma correspondência de caráteroficial é enviada a uma instituição, ela deve ser aberta, registrada eencaminhada ao destino correto, salvo quando, no envelope, houveralguma das seguintes indicações: confidencial, reservado, particular,ou indicação equivalente.

113. (Cespe-UnB ANEEL 2010) A correspondência ostensiva é distribuídapor esse órgão sem que os profissionais que atuam no setor deprotocolo tenham conhecimento de seu teor.

114. (Funiversa - Min Turismo / 2010) Em relação à correspondênciade caráter sigiloso, assinale a alternativa correta.(A) Deve ser encaminhada diretamente ao destinário(B) Deve ser aberta no momento de seu recebimento.(C) Deve ser lida para se verificar a existência de antecedentes.(D) Deve ser classificada de acordo com o código de assuntos

adotado no órgão ou na empresa.(E) Deve-se apor carimbo de protocolo no canto superior direito do

documento.

115. (Cespe-UnB - IBRAM / 2009 - Arquivista) Os documentos denatureza ostensiva recebidos pelo protocolo não podem ser abertos,analisados e classificados e devem ser encaminhados aos seusdestinatários.

116. (Cespe-UnB - MEC 2009) A correspondência oficial, com indicaçõesde confidencial, reservado ou particular no envelope deve ser abertapara registro no sistema de protocolo antes de ser encaminhada aodestinatário.

117. (Cespe-UnB - MI/2009) - A correspondência recebida que tivercaráter ostensivo não deve ser aberta pelo protocolo.

118. (Cespe-UnB - Fundac-PB / 2008) A correspondência particularrecebida em um órgão público deve, obrigatoriamente, ser registradano protocolo do órgão.

119. (Cespe-UnB - Fundac-PB / 2008) O setor de protocolo deverá abriras correspondências oficiais mesmo que sejam confidenciais oureservadas.

120. (Cespe-UnB - Pref. Mun. Vitória-ES / Arquivista 2008) Osdocumentos particulares recebidos pelo protocolo de um órgãopúblico ou de uma empresa não devem ser registrados nemclassificados, mas apenas remetidos aos destinatários.

121. (Cespe-UnB - SECAD-TO / 2008) As correspondências particularesrecebidas por um órgão público devem ser registradas no protocoloe enviadas aos seus destinatários.

122. (Cespe-UnB - STJ/2008) O protocolo deve separar ascorrespondências oficiais das particulares e a correspondência decaráter ostensivo da de caráter sigiloso.

PRESERVAÇÃO DE DOCUMENTOS

Fatores físicos

Principais fatores físicos prejudiciais à conservação dos documentos:umidade alta, ar seco, temperatura inadequada, exposição à luznatural ou artificial.

- O arquivo deve ter controle de umidade e temperatura de acordo comos documentos mantidos sob sua guarda (aproximadamente 21º e55%);

BECK, Ingrid. Manual de conservação de documentos. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1985.

123. (Cespe-UnB – Abin 2010) Os documentos produzidos em váriossuportes devem ser armazenados em locais diferentes, conformesuas características físicas.

124. (Cespe-UnB – Abin 2010) Devido à aplicação de modernas técnicasde preservação documental, a temperatura não é considerada umagente de deterioração de documentos de arquivo.

125. (Cespe-UnB ANEEL 2010 – Arquivista) Os depósitos de arquivodevem prever locais específicos para armazenamento de cada tipode suporte, de acordo com suas especificidades.

126. (Cespe-UnB – DPU 2010 – Arquivista) O calor e umidade excessi-vos são nocivos ao acervo, pois podem gerar fungos. Deve-se, por-tanto, manter taxas muito baixas de umidade e temperatura no arqui-vo.

127. (Cespe-UnB – DPU 2010 – Arquivista) A luz natural, sobretudo aradiação ultravioleta, causa danos aos documentos. Para protegê-los, é necessário usar persianas ou cortinas nas janelas e substituir aslâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes, que não emi-tem radiações ultravioleta.

128. (Cespe-UnB / MPU 2010 – Arquivista) A fim de proteger os docu-mentos da radiação ultravioleta (UV) da luz solar, deve-se monitoraros níveis de luminosidade do local e utilizar persianas, cortinas oufiltros nas janelas.

129. (Cespe-UnB / MPU 2010 – Arquivista) É necessário controlar atemperatura e a umidade do ar nos depósitos de documentos.

130. (Cespe-UnB – TRE/MT 2010) A conservação compreende os cui-dados prestados aos documentos e, consequentemente, ao local desua guarda.

131. (Cespe-UnB – TRE/MT 2010) O ar seco é um elemento que bene-ficia as condições físicas do papel.

132. (Cespe-UnB - MS 2010 Arquivista) Uma das consequências daexposição dos documentos em papel à luz é o seu amarelecimento.

Fatores químicos

Principais fatores químicos prejudiciais à conservação dos documen-tos: poeira, sujeira, fumaça, colas, fitas adesivas, objetos metálicos,alimentos.

- Água e fogo não devem entrar no ambiente de arquivo;- A limpeza do piso, estantes e móveis deve ser feita com pano úmido/

aspirador.- A higienização dos documentos deve ser feita com uma trincha ou

flanela.BECK, Ingrid. Manual de conservação de documentos. Rio de Janeiro

: Arquivo Nacional, 1985.

133. (Cespe-UnB / Cnpq 2011) A higienização dos documentos, umaimportante atividade de conservação de documentos de arquivo, podeser realizada utilizando-se pano macio, escova ou aspirador de pó, eé recomendada, principalmente, em documentos considerados deguarda permanente.

134. (Cespe-UnB / STM 2011) A luz, o ar seco, a umidade, o mofo, apoeira e os gases são, a médio e longo prazo, altamente prejudiciaisà conservação do acervo documental.

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MÉTODOS DE ARQUIVAMENTO

POR ESTADO / POR PAÍS- Os estados ou países devem ser organizados alfabeticamente;- Dentro de cada estado ou país, a capital vem em primeiro lugar, seguida das demais cidades alfabeticamente.

Exemplo:AlagoasBahiaCearáGoiásSão Paulo

Pasta do estado do Goiás:GoiâniaAlexâniaCaldas NovasMozarlândiaRio Verde

152. (Cesgranrio - BACEN / 2010) Se a Ouvidoria do BACEN recebercartas do Rio Grande do Sul, como, por exemplo, de (1) Santa Maria;(2) Caxias do Sul; (3) Novo Hamburgo; (4) Gramado e (5) PortoAlegre, deverá fazer a ordenação dessas cartas. Se for utilizado ométodo geográfico, por estado, a ordenação será a seguinte:(A) 5,4,3,2,1(B) 5,2,4,3,1(C) 4,3,2,5,1(D) 2,4,3,5,1(E) 1,2,4,3,5

153. (Cespe-UnB – DPU 2010) Considere que os documentos de umdeterminado setor da DPU estejam organizados com base na proce-dência ou local. Nessa situação, o método de arquivamento adotadodenomina-se(A) por assunto.(B) onomástico.(C) geográfico.(D) ideográfico.(E) alfabético.

135. (Cespe-UnB - TRE-GO/2009) - A limpeza do depósito do arquivodeve ser rigorosa para evitar a proliferação de fungos e insetos; o chãodeve ser limpo com pano umedecido em uma mistura de água, solventes,cera e substâncias bactericidas. Uma vez por mês, pelo menos, asestantes devem ser limpas com a mesma mistura.

136. (Cespe-UnB-INSS / 2008) Na higienização dos documentos, além deremover a poeira, devem ser retirados objetos metálicos, como gram-pos, clipes e prendedores metálicos.

137. (Cespe-UnB - Min Saúde / 2008) A higienização e o acondicionamen-to são ações de conservação dos documentos.

138. (Cespe-UnB - Pref. Mun. Rio Branco-AC / 2007) Deve-se evitar alimpeza do piso, das estantes e dos móveis do arquivo para preservaros documentos.

139. (Cespe-UnB - Pref. Mun. Rio Branco-AC / 2007) A higienização é umdos procedimentos mais significativos do processo de conservação dedocumentos e deve ser feita em períodos regulares.

140. (Cespe-UnB-TRE/MA / 2005) Os conjuntos documentais que pos-suam mais de duas folhas devem ser juntados por meio de grampo.

141. (Cespe-UnB-TRE/MA / 2005) Deve-se proibir a entrada de pessoastransportando alimentos líquidos no espaço destinado ao acervoarquivístico, sendo permitido somente o acesso de pessoas com ali-mentos sólidos.

142. (Cespe-UnB-TRE/PA / 2005) Com o objetivo de minimizar o ruído noambiente, é indicado que o piso dos espaços onde são preservados osdocumentos seja revestido com carpete.

143. (Cespe-UnB-TRE/PA / 2005) Para reparos em documentos, comoenxertos e rasgos provocados pelo manuseio constante, é indicado ouso de cola plástica comum.

Fatores biológicos

Principais fatores biológicos prejudiciais à conservação dos documen-tos: insetos, microorganismos, ratos, homem.

Cuidados a serem observados ao se manusear os documentos:- Fotografias e negativos devem ser manuseados com luvas de algodão;- Anotações nos documentos devem ser feitas a lápis.BECK, Ingrid. Manual de conservação de documentos. Rio de Janeiro

: Arquivo Nacional, 1985.

144. (Cespe-UnB / STM 2011 – Analista Judiciário) A principal causados danos que ocorrem nos materiais de um acervo documental é omanuseio indevido, tanto por usuários quanto por funcionários.

145. (Cespe-UnB - FUB / 2009 - Arquivista) Os procedimentos depreservação devem incidir apenas sobre os documentos avaliadoscomo permanentes na tabela de temporalidade e destinação.

146. (Cespe-UnB-CLDF / 2006) O acondicionamento inadequado e omanuseio incorreto podem ser causas de danos aos documentos.

147. (Cespe-UnB-TRE/PA / 2005) Tanto funcionários quanto usuáriosdevem ter conhecimento acerca das medidas referentes ao manuseiode documentos.

Método Alfabético / Variadex

O método alfabético é aquele que organiza os documentos por nome.PAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática.3. ed. Rio de Janeiro : FGV, 2004. p. 62

O método variadex é uma variante do método alfabético. Neste método,há a utilização de cores para facilitar o arquivamento.PAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática.3. ed. Rio de Janeiro : FGV, 2004. p. 92

148. (Cetro – Embrapa 2010) O método variadex é uma variante doalfabético e utiliza cores como elementos auxiliares para facilitar oarquivamento e a localização dos documentos.

149. (Funiversa – MPGO Téc. Arquivo / 2010) A respeito do métodovariadex, assinale a alternativa correta.(A) É um tipo de método cronológico.(B) Utiliza cores como elementos auxiliares para facilitar o arquiva-

mento e a localização dos documentos.(C) É baseado no sistema decimal.(D) Agrupa os assuntos.(E) Dispõe os documentos na ordem dicionária.

150. (Cespe-UnB-Fundac/PB / 2008) Além dos códigos numéricos ealfabéticos, outra forma adicional de organização de arquivos é aquelarealizada por meio do uso de cores, de forma a facilitar a localizaçãodos itens.

151. (Cespe-UnB-FUB / 2008) Os documentos constantes em cada umadas pastas organizadas em ordem alfabética deverão seguir, obriga-toriamente, uma seqüência numérica.

Método Geográfico

- O método geográfico é aquele que organiza os documentos pela proce-dência ou local.

PAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática.3. ed. Rio de Janeiro : FGV, 2004. p. 68

Regras do método geográfico

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NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA E PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS / Professor Élvis Corrêa Miranda

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JUNHO DE 2011

154. (Cespe-UnB - Embasa 2010) O método geográfico é muito preciso,mas tem aplicações muito específicas, uma vez que está embasadona identificação de características geográficas, como baciashidrográficas, cadeias de montanhas, planícies, planaltos, flora e fauna.

155. (Funiversa – Min Turismo / 2010) O método de arquivamento dedocumentos que tem como principal elemento a ser considerado nodocumento a procedência ou local é o(A) duplex.(B) ideográfico.(C) unitermo.(D) soundex.(E) geográfico.

156. (Cespe-UnB-DFTrans / 2008) No arquivamento de documentoscujo principal elemento seja a procedência, é correta a seguinte orde-nação.

MINAS GERAIS: Belo Horizonte / Ouro Preto / Uberlândia

PARANÁ: Curitiba / Londrina / Paranaguá

157. (Cespe-UnB - Min. Esporte / 2008) Quando se organiza um arquivopor estados da Federação, as capitais são ordenadas alfabeticamentecomo qualquer outra cidade.

Método Numérico

- O método numérico é aquele que organiza os doctºs por número;- O método numérico pode ser subdividido em: simples, cronológico e

dígito-terminal;- Cronológico: organiza os documentos por data;- Numérico simples: os documentos são organizados pelo número intei-

ro. É indicado para números pequenos;- Numérico dígito-terminal: organiza os documentos pelos dois últimos

algarismos. É indicado para números grandes.PAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática.3. ed. Rio de Janeiro : FGV, 2004. p. 70-77

158. (Cespe-UnB / STM 2011) Por meio do método Variadex, atribui-seum número ao documento, em ordem crescente, de acordo com aentrada deste no arquivo.

159. (Cetro – Embrapa 2010) No método dígito-terminal os documentossão numerados sequencialmente: os números, dispostos em gruposde dois dígitos cada um, são lidos da direita para a esquerda, forman-do pares. Tem como vantagem a redução de erros de arquivamento erapidez na localização, visto que trabalha com grupos de dois dígi-tos.

160. (Funiversa – MPGO Téc. Arquivo / 2010) A atribuição de um núme-ro a cada cliente (pessoa física ou jurídica), por exemplo, obedecen-do à ordem de entrada ou de registro, sem preocupação alguma coma ordem alfabética é característica do método.(A) numérico cronológico.(B) numérico alfabético.(C) numérico simples.(D) dígito-terminal.(E) variadex-cronológico.

161. (Cespe-UnB / Antaq 2009) - O método numérico simples determinaa numeração sequencial dos documentos, dispondo os números emtrês grupos de dois dígitos cada um. Por exemplo: 52-63-19.

162. (Cespe-UnB-SEAD/CEHAP/PB 2009) - Uma representação corre-ta do método numérico simples é 22-93-17.

163. (Cespe-UnB-MPE/RR / 2008) O método numérico simples consti-tui-se na atribuição de um número e de uma letra a cada documento depessoa física ou jurídica.

164. (FCC-TRF 2a Reg / 2007) Uma instituição adota o método dígito-terminal para classificar os prontuários de seus servidores:

1) 001.299 - Hilary Jenkinson2) 032.699 - Eugenio Casanova3) 129.129 - T. R. Schellenberg4) 159.544 - Luciana Duranti5) 305.218 - Angelika Menne-Hantz6) 306.818 - Bruno Delmas7) 588.029 - Paola Carucci8) 246.344 - Michel DucheinA adequada ordenação de tais prontuários é:

(A) 1,2,3,4,8,5,6,7.

(B) 5,6,7,3,8,4,1,2.

(C) 5,6,2,1,4,8,7,3.

(D) 7,2,6,8,4,1,5,3.

(E) 7,2,6,8,4,5,1,3.

165. (Cespe-UnB-TRE/MT / 2005) O método de arquivamento dígito-terminal apresenta como desvantagem a lentidão na recuperação dainformação.

Método Ideográfico

- Método ideográfico é aquele que organiza os documentos por assunto.- O método ideográfico pode organizar os documentos de forma alfabética

ou numérica.PAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática.3. ed. Rio de Janeiro : FGV, 2004. p. 77-92

166. (Cespe-UnB – Ceturb-ES 2010) A criação de pastas para oarquivamento de documentos a paritr dos temas relacionados aatividades desenvolvidas no setor de trabalho indica o uso do métodoideográfico.

167. (Cespe-UnB - Embasa 2010) Um dos métodos de ordenamentoconsiderados mais eficientes é o ideográfico, no qual os documentosrecebem números dispostos em três grupos de dois dígitos cada um,que são lidos da direita para a esquerda, formando pares. Nessecaso, o arquivamento é feito considerando um grupo de cada vez.

168. (Funiversa – Terracap 2010) O método de arquivamento que separaos documentos por assunto é o(A) ideográfico.(B) alfabético.(C) numérico.(D) geográfico.(E) cronológico.

Métodos ideográficos numéricos

- Método decimal: Organiza os assuntos por código, sendo limitado a 10classes em cada nível;

- Método duplex: Organiza os assuntos por código, apresentando classesilimitadas.

PAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática.3. ed. Rio de Janeiro : FGV, 2004. p. 83-89

Plano de Classificação - Exemplo

1 – PESSOAL1-1 - Férias1-2 - Licenças

1-2-1 – Paternidade1-2-2 – Maternidade

1-3 – Freqüência1-4 – Aposentadoria1-5 – Admissão

1-6 - Demissão

2 – FINANCEIRA2-1 – Empréstimos2-2 – Contas

2-2-1 – Luz2-2-2 – Telefone

3 – MATERIAL3-1 – Permanente

3-2 – Consumo

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NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA E PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS / Professor Élvis Corrêa Miranda

TSE - Técnico Judiciário - 18 -

JUNHO DE 2011

169. (Cespe-UnB / Cnpq 2011) O código de classificação de documentosde arquivo é aplicado a partir da transferência do documento do arqui-vo corrente para o arquivo intermediário.

170. (Cespe-UnB / STM 2011) Aplica-se o código de classificação exclu-sivamente em arquivos permanentes, pois somente neste tipo de ar-quivo essa classificação facilita o acesso aos documentos.

171. (IADES – PGDF / 2011) Qual o método de arquivamento maisadequado para permitir a abertura de códigos de classes / áreas ilimita-das à medida que novas atividades forem surgindo?(A) Método decimal.(B) Método unitermo.(C) Método de indexação coordenada.(D) Método variadex.(E) Método duplex.

172. (Cespe-UnB - Antaq/2009) - Uma das vantagens apresentadas pelométodo duplex de arquivamento é a possibilidade ilimitada de clas-ses de documentos.

173. (Cespe-UnB-TRE/GO / 2005) Uma das vantagens apresentadaspelo método de arquivamento duplex é a possibilidade de criação declasses ilimitadas.

174. (Cespe-UnB-Antaq / 2005) Uma das vantagens do método de arqui-vamento duplex é que ele possibilita a criação de uma infinidade declasses.

175. (Cespe-UnB-TRE/MT / 2005) O método de arquivamento duplexapresenta como desvantagem à definição de apenas dez classes.

Métodos diretos/indiretos

- Métodos diretos: São aqueles em que a busca é feita diretamente no localem que o documento se encontra arquivado, sem a necessidade deum índice auxiliar. Caracteriza os métodos que organizam osdocumentos por nome (alfabético / geográfico / dicionário /enciclopédico).

- Métodos indiretos: São aqueles que necessitam de um índice alfabéticoque permita localizar o número em que o documento está arquivado.Caracteriza os métodos que organizam os documentos por número(numérico / decimal / duplex).

MIRANDA, Élvis C. Arquivo para concursos. Brasília : Vestcon, 2007

176. (Cespe-UnB / STM 2011) No método numérico simples, um méto-do de arquivamento do tipo direto, não se faz necessário consultar umíndice para localizar o documento.

177. (Funiversa – Embratur / 2010) Assinale a alternativ a que apresentaum método de arquivamento do sistema direto.(A) numérico simples(B) dígito-terminal.(C) alfabético.(D) unitermo.(E) indexação coordenada.

178. (Cespe-UnB – Ceturb-ES 2010) Uma desvantagem do método nu-mérico de arquivamento é ser do distema indireto, que implica aconsulta a um índice ou a um código para localizar o documento.

179. (Cespe-UnB - Embasa 2010) O método numérico simples é conside-rado direto, pois permite que a busca do documento seja feita direta-mente no local onde se acha guardado.

180. (Funiversa – MPGO Téc. Arquivo / 2010) Acerca do método geográ-fico de arquivamento, podemos afirmar que é um método do sistemadireto.

181. (Cespe-UnB - ANAC/2009) A localização dos documentos de arqui-vo nos métodos de arquivamento do sistema direto depende de umíndice ou de um código.

182. (Cespe-UnB - FUB / 2009) O método alfabético faz parte de siste-mas indiretos de arquivamento, e necessita de um índice para a loca-lização dos documentos.

183. (Cespe-UnB - IBRAM / 2009) O método numérico é um método dearquivamento indireto.

184. (Cespe-UnB-SEAD/CEHAP/PB 2009) - Os métodos de arquiva-mento do sistema direto são aqueles que exigem a consulta de umíndice ou de um código

185. (Funiversa - HFA /2009) Os métodos de arquivamento dividem-seem dois grandes sistemas:

(A) básico e padronizado

(B) direto e indireto

(C) direto e semiestruturado

(D) direto e semi-indireto

(E) unitermo e indexação

186. (Cespe-UnB - MCT/2008) Os métodos de arquivamento pertencema dois grandes sistemas: direto e indireto. Sendo que o métodoalfabético é do sistema direto.

187. (Cespe-UnB-MPE/RR / 2008) O método alfabético é consideradoum método indireto de arquivamento por não dispensar o uso deíndice para localizar ou arquivar qualquer documento.

Escolha do método a ser adotado

O método a ser adotado no arquivo deverá ser definido após análise:1) Dos documentos a serem arquivados;2) Das características da instituição que está sendo organizada.

O arquivo pode utilizar quantos métodos forem necessários, de forma aatender as necessidades da instituição.

O conjunto de métodos a ser adotado é chamado de classificação ouarranjo.

PAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática.3. ed. Rio de Janeiro : FGV, 2004. p. 40-41

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JUNHO DE 2011

188. (Funiversa – Embratur / 2010) O que determina o método dearquivamento dos documentos do arquivo é (são)(A) a natureza dos documentos e a estrutura da entidade.(B) a espécie e a tipologia do documento.(C) o ato de recebimento e a expedição do documento.(D) o suporte e o gênero documental.(E) a classificação de sigilo do documento.

189. (Cespe-UnB - ANAC/2009) O método de arquivamento dos docu-mentos de arquivo deve ser definido a partir da natureza dos docu-mentos e da estrutura da organização que produz ou recebe.

190. (Cespe-UnB-SEAD/CEHAP/PB 2009) - A atividade de classifica-ção de documentos de arquivo exige conhecimentos não só da em-presa ou do órgão público, mas também da natureza dos documen-tos a serem classificados.

191. (Cespe-UnB - MEC/2009) É possível, na escolha do método dearquivamento, definir um método principal e métodos auxiliares paraa organização da documentação.

192. (Cespe-UnB-STM / 2004) Os documentos de arquivo obedecem aum método de arquivamento único.

Regras de Alfabetação

O Comitê Olímpico Brasileiro prepara o cadastro de autoridades convi-dadas para a cerimônia de abertura dos Jogos. Para tanto, precisadispor as fichas pessoais destas autoridades em ordem alfabética.Identifique a ordem correta dos nomes apresentados.

( ) Gustavo Kuerten( ) Aderbal Alves Vila Nova( ) Carlos Oliveira Santa Fé( ) Pedro Santos d´Ávila( ) Edson Arantes do Nascimento( ) César Cielho Filho( ) Delegado Romeu Tuma( ) George W. Bush( ) Paul Mc Cartney( ) Joseph von Neumann( ) Hugo Chávez Frias( ) Law Kim Chong( 1º ) Abdulah Mustafah

193. (Cespe-UnB – Detran-ES 2010) Um assistente técnico que utilizetécnica alfabética para arquivar, pela primeira vez, dados referentesa ministro chamado José da Silva deverá arquivar esses dados emlocal reservado à letra M.

194. (Funiversa – MPGO Téc. Arquivo / 2010) De acordo com as regrasde alfabetação utilizadas no método alfabético, assinale a alternativaem que os nomes a seguir estão arquivados de maneira correta.João Antônio SilvaAlberto Monte AzulWilliam d´AlmeidaRoberto Carlos Sousa Júnior.

(A) Almeida, William d´Monte Azul, AlbertoSilva, João AntônioSousa Júnior, Roberto Carlos

(B) Alberto Monte AzulJoão Antônio SilvaRoberto Carlos Sousa JúniorWilliam d´Almeida

(C) Almeida, William d´Azul, Alberto MonteJúnior, Roberto Carlos SousaSilva, João Antônio

(D) D´Almeida, WilliamMonte Azul, AlbertoJúnior, Roberto Carlos SousaSilva, João Antônio

(E) Azul, Alberto MonteD´Almeida, WilliamJúnior, Roberto Carlos SousaSilva, João Antônio

195 a 203. (Cespe-UnB - Embasa 2010) Um dos métodos de ordenaçãomais usados é o alfabético. Ao usar a ordem alfabética para nomes épreciso seguir regras. Nesse sentido, considere a lista alfabéticaseguinte.A Barateira Ltda.Akira KurosawaAndrade, Mário deBranco, Camilo CasteloCabral, Pedro ÁlvaresDu Pont, JeanFundação Getúlio VargasGoethe, Johann Wolfgang vonHerrera Cortez, CarmemHouaiss, Manoel Silva eLi Cheng TsaiLybrary of Congress (The)Maciel, JorgeMahmoud AhmadinejadNeto, Jorge MacielPaula, Gabriel Santa

Acerca do método alfabético, das regras de alfabetação para nomes e dalista acima, julgue os itens que se seguem.

195. (Cespe-UnB - Embasa 2010) Os nomes de Mário de Andrade ePedro Álvares Cabral estão na ordem de alfabetação correta, pois,nos nomes de pessoas físicas, deve-se considerar o último sobrenomee depois o prenome.

196. (Cespe-UnB - Embasa 2010) Os nomes Akira Kurosawa e MahmoudAhmadinejad foram ordenados erradamente, pois, em ambos os casos,foi considerado o prenome e não o sobrenome para a alfabetação.

197. (Cespe-UnB - Embasa 2010) Os artigos e preposições não devemser considerados para a alfabetação, como acontece corretamentenos nomes de Mário de Andrade e Manoel Silva e Houaiss.

198. (Cespe-UnB - Embasa 2010) Os nomes de Camilo Castelo Branco eGabriel Santa Paula estão corretamente alfabetados, pois seguem aregra de se considerar o último sobrenome.

199. (Cespe-UnB - Embasa 2010) A ordenação dos nomes da FundaçãoGetúlio Vargas e da estrangeira The Lybrary of Congress está correta,pois foram transcritos como se apresentam, mas sem considerar osartigos e preposições, assim como estabelece a regra referente anomes de instituições.

200. (Cespe-UnB - Embasa 2010) O nome Johann Wolfgang von Goetheestá ordenado corretamente, mas o nome Jean Du Pont foi ordenadoerroneamente, pois foi considerada a partícula, quando a regraesclarece que artigos e preposições não devem ser considerados.

201. (Cespe-UnB - Embasa 2010) A ordenação do nome Carmem HerreraCortez está errada, pois foi realizada com base no penúltimosobrenome e não no último sobrenome, como é indicado pelas regrasde alfabetação.

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JUNHO DE 2011

202. (Cespe-UnB - Embasa 2010) Nomes de empresas e instituiçõesdevem ser transcritos como se apresentam; portanto, o nome daempresa A Barateira Ltda. está alfabetado corretamente.

203. (Cespe-UnB - Embasa 2010) O nome Jorge Maciel Neto está ordenadoerradamente, pois o sobrenome Neto indica grau de parentesco e,portanto, deve ser entendido como parte integrante do últimosobrenome.

204. (Funiversa – Min Turismo / 2010) Para o arquivamento de nomes,utilizam-se as regras de alfabetação. No caso de nome em espanhol,assinale a alternativa correta.(A) Considera-se o último sobrenome e, depois, o prenome.(B) Deve aparecer na ordem direta, isto é, prenome e, depois,

sobrenome.(C) Deve ser registrado como se apresenta.(D) Deve ser registrado pelo penúltimo sobrenome, que corresponde

ao sobrenome de família do pai.(E) Deve ser registrado pelo último sobrenome e, depois, do grau de

parentesco.

Regras de Alfabetação

1ª Regra

Nos nomes de pessoas físicas, considera-se o último sobrenome e depoiso prenome. Barbosa, João Cabral, Pedro Álvares Vasconcelos, Maria LuísaObs.: Quando houver sobrenomes iguais, prevalece a ordem alfabéticado prenome. Teixeira, Aníbal Teixeira, MarildaPAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática.3. ed. Rio de Janeiro : FGV, 2004. p. 63

2ª Regra – Sobrenomes compostos

Sobrenomes compostos de um substantivo e um adjetivo ou ligados porhífen não se separam. Castelo Branco, Camilo Monte Verde, Paulo Villa-Lobos, HeitorPAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática.3. ed. Rio de Janeiro : FGV, 2004. p. 63

3ª Regra – Sobrenomes com nomes de santos

Os sobrenomes formados com as palavras Santo, Santa ou São seguema regra anterior. Santa Rita, Waldemar Santo Cristo, Luciano São Paulo, CarlosPAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática.3. ed. Rio de Janeiro : FGV, 2004. p. 64

4ª Regra – Iniciais abreviativas

As iniciais abreviativas de prenomes têm precedência na classificação desobrenomes iguais. Vieira, J. Vieira, Jonas Vieira, JoséPAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática.3. ed. Rio de Janeiro : FGV, 2004. p. 64

5ª Regra – Artigos e preposições

Os artigos e preposições, tais como a, o, de, d´, da, do, e, um, uma, não sãoconsiderados. Almeida, Pedro de Andrade, Ricardo d´ Câmara, Lúcia daPAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática.3. ed. Rio de Janeiro : FGV, 2004. p. 64

6ª Regra – Sobrenomes de parentesco

Os sobrenomes que exprimem grau de parentesco como Filho, Júnior,Neto, Sobrinho são considerados parte integrante do último sobrenome. Almeida Filho, Antônio Ribeiro Júnior, Paulo Vasconcelos Sobrinho, Joaquim Viana Neto, HenriquePAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática.3. ed. Rio de Janeiro : FGV, 2004. p. 64-65

7ª Regra – Títulos que acompanham o nome

Os títulos não são considerados na alfabetação. São colocados após onome, entre parênteses. Campos, Milton (Ministro) Ferreira, André (Professor) Pereira, Paulo (General) Teixeira, Pedro (Dr.)PAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática.3. ed. Rio de Janeiro : FGV, 2004. p. 65

8ª Regra – Nomes estrangeiros

Os nomes estrangeiros são considerados pelo último sobrenome, salvonos casos de nomes espanhóis e orientais (ver regras 10 e 11). Aubert, Georges Müller, Paul Schmidt, JorgePAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática.3. ed. Rio de Janeiro : FGV, 2004. p. 65

9ª Regra – Partículas de nomes estrangeiros

As partículas de nomes estrangeiros podem ou não ser consideradas. Omais comum é considerá-las como parte integrante do nome quando escritacom letra maiúscula. Capri, Giulio di Mc Adam, John O´Brien, GordonPAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática.3. ed. Rio de Janeiro : FGV, 2004. p. 66

10ª Regra – Nomes espanhóis / hispânicos

Os nomes espanhóis são registrados pelo penúltimo sobrenome. Arco y Molinero, Angel de Oviedo y Baños, José de Pina del Mello, Francisco dePAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática.3. ed. Rio de Janeiro : FGV, 2004. p. 66

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JUNHO DE 2011

GABARITO

01. (C)02. (C)03. (E)04. (C)05. (C)06. (E)07. (C)08. (C)09. (C)10. (C)11. (C)12. (C)13. (C)14. (C)15. (E)16. (E)17. (E)18. (C)19. (C)20. (C)21. (C)

22. (c)23. (C)24. (C)25. (C)26. (C)27. (C)28. (a)29. (E)30. (E)31. (E)32. (E)33. (d)34. (C)35. (E)36. (C)37. (C)38. (C)39. (E)40. (C)41. (d)42. (C)

43. (C)44. (C)45. (C)46. (E)47. (E)48. (E)49. (C)50. (E)51. (C)52. (E)53. (C)54. (C)55. (E)56. (C)57. (a)58. (E)59. (E)60. (E)61. (E)62. (E)63. (E)

64. (C)65. (E)66. (C)67. (E)68. (E)69. (C)70. (E)71. (E)72. (C)73. (E)74. (C)75. (E)76. (E)77. (C)78. (C)79. (E)80. (C)81. (E)82. (C)83. (b)84. (E)

85. (C)86. (C)87. (d)88. (E)89. (C)90. (C)91. (E)92. (C)93. (E)94. (C)95. (E)96. (E)97. (E)98. (E)99. (C)100. (E)101. (E)102. (C)103. (b)104. (C)105. (C)

106. (C)107. (C)108. (C)109. (E)110. (C)111. (c)112. (C)113. (E)114. (a)115. (E)116. (E)117. (E)118. (E)119. (E)120. (C)121. (E)122. (C)123. (C)124. (E)125. (C)126. (E)

127. (E)128. (C)129. (C)130. (C)131. (E)132. (C)133. (C)134. (C)135. (E)136. (C)137. (C)138. (E)139. (C)140. (E)141. (E)142. (E)143. (E)144. (C)145. (E)146. (C)147. (C)

11ª Regra – Nomes orientais e árabes

Os nomes orientais – japoneses, chineses e árabes – são registrados comose apresentam. Al Ben-Hur Li YutangPAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática.3. ed. Rio de Janeiro : FGV, 2004. p. 66

12ª Regra – Nomes de instituições

Os nomes de firmas, empresas, instituições e órgãos governamentais devemse transcritos como se apresentam, colocando-se os artigos iniciais entreparênteses após o nome. Álvaro Ramos & Cia. Colegial (A) Embratel Fundação Getúlio Vargas Library of Congress (The)PAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática.3. ed. Rio de Janeiro : FGV, 2004. p. 66-67

13ª Regra – Nomes de eventos

Nos títulos de congressos, conferências, reuniões, assembléias eassemelhados os números devem aparecer no fim, entre parênteses. Conferência de Pintura Moderna (II) Congresso de Geografia (Quinto) Congresso de Geologia (3º)PAES, Marilena Leite. Arquivo: Teoria e Prática.3. ed. Rio de Janeiro : FGV, 2004. p. 67

148. (C)149. (b)150. (C)151. (E)152. (b)153. (c)154. (E)155. (e)156. (C)157. (E)158. (E)159. (C)160. (c)161. (E)162. (E)163. (E)164. (b)165. (E)166. (C)167. (E)168. (a)

169. (E)170. (E)171. (e)172. (C)173. (C)174. (C)175. (E)176. (E)177. (c)178. (C)179. (E)180. (C)181. (E)182. (E)183. (C)184. (E)185. (b)186. (C)187. (E)188. (a)189. (C)

190. (C)191. (C)192. (E)193. (E)194. (a)195. (C)196. (E)197. (C)198. (E)199. (C)200. (E)201. (E)202. (E)203. (C)204. (d)