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SISTEMA DE ENSINO
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICACriminalística - Parte I
Livro Eletrônico
DOUGLAS DE ARAÚJO VARGAS
Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, apro-vado em 6º lugar no concurso realizado em 2013. Aprovado em vários concursos, como Po-lícia Federal (Escrivão), PCDF (Escrivão e Agen-te), PRF (Agente), Ministério da Integração, Ministério da Justiça, BRB e PMDF (Soldado – 2012 e Oficial – 2017).
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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
Criminalística – Parte I
Prof. Douglas Vargas
Introdução ................................................................................................4
1. Criminalística .........................................................................................6
1.1. Conceito .............................................................................................6
1.2. Histórico .............................................................................................8
1.2.1. Fase Pré-Científica .............................................................................8
1.2.2. Início da Sistematização dos Dados .....................................................9
1.2.3. Medicina Legal e Criminalística ..........................................................10
1.2.4. Outras Disciplinas Relacionadas .........................................................11
1.2.5. A Criminalística Propriamente Dita .....................................................12
1.2.6 Demais Desdobramentos Históricos ....................................................14
2. História da Criminalística no Brasil ..........................................................14
3. Doutrina ..............................................................................................19
3.1. Postulados ........................................................................................19
3.2. Princípios da Criminalística ..................................................................20
3.2.1. Princípio da Observação ou Princípio de Locard ....................................20
3.2.2. Princípio da Interpretação ou Princípio de Kirk .....................................20
3.2.3. Princípio da Análise..........................................................................22
3.2.4. Princípio da Descrição ......................................................................22
3.2.5. Princípio da Documentação ...............................................................22
Resumo ...................................................................................................25
Questões de Concurso ...............................................................................33
Gabarito ..................................................................................................38
Gabarito Comentado .................................................................................39
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Criminalística – Parte I
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Introdução
Olá, meu(minha) querido(a) aluno(a)!
Nesta aula, iremos estudar a primeira parte sobre criminalística prevista em
nosso edital.
Especificamente iremos tratar dos seguintes tópicos:
• definição;
• histórico;
• doutrina:
− princípios;
− postulados.
Na segunda aula sobe este assunto, iremos finalizar o tema, tratando dos se-
guintes tópicos:
• da requisição de perícia;
• prazo para elaboração do exame e do laudo pericial;
• principais perícias elencadas no Código de Processo Penal;
• locais de crime: conceituação, classificação, isolamento e preservação de lo-
cal de crime;
• cadeia de custódia: conceitos, etapas, fase interna, fase externa e rastreabi-
lidade;
• finalidades dos levantamentos dos locais de crime contra a pessoa e contra
o patrimônio;
• vestígios de interesse forense;
• levantamento papiloscópico;
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Criminalística – Parte I
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• locais de morte: morte violenta; local de morte por arma de fogo; local de
morte por instrumentos contundentes, cortantes, perfurantes ou mistos; lo-
cal de morte provocada por asfixia.
Aproveito para informar que a aula de hoje possui uma lista de questões um
pouco menor, pois o assunto é bastante conceitual e menos cobrado pelas bancas.
No entanto, você verá que as questões se coadunam perfeitamente com a parte
teórica apresentada.
Na próxima aula, no entanto, se prepare, pois a parte de aplicabilidade prática
da disciplina permite a resolução de um maior número de questões.
Desejo a você uma excelente sessão de estudos.
Prof. Douglas.
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Criminalística – Parte I
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1. Criminalística
1.1. Conceito
Em tempos atuais, não são raros os filmes e as séries que retratam com bastan-
te romantismo o trabalho pericial. Há, sem dúvidas, um enorme charme na ativida-
de técnica e científica utilizada para elucidar crimes e, com o passar do tempo e a
evolução da tecnologia, cada vez mais os peritos ganham importância e destaque
na apuração criminal realizada pelo Estado.
É certo que a maioria de nós já teve algum contato com a natureza do traba-
lho da criminalística, desde a geração que assistiu ao Colecionador de ossos até a
geração fã de CSI. No entanto, será que sabemos conceituar, para fins de prova,
o que é criminalística?
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Segundo Gilberto Porto,
A criminalística é um sistema que se dedica à aplicação de faculdades de observação e de conhecimento científico que nos levem a descobrir, defender, pesar e interpretar os indícios de um delito, de molde a sermos conduzidos à descoberta do criminoso, possi-bilitando à Justiça a aplicação da justa pena.(PORTO, Gilberto, 1960, p. 28)
Outro conceito interessante nos é apresentado por Garcia, para o qual a crimi-
nalística:
Trata da pesquisa, da coleta, da conservação e do exame dos vestígios, ou seja, da prova objetiva ou material no campo dos fatos processuais, cujos encargos estão afetos aos órgãos específicos, que são os laboratórios de Polícia Técnica.(GARCIA, 2002, p. 319).
E, por fim, temos o conceito um pouco mais didático contido na Enciclopédia
Saraiva de Direito:
Criminalística é o conjunto de conhecimentos que, reunindo as contribuições das várias ciências, indica os meios para descobrir crimes, identificar os seus autores e encontrá--los, utilizando-se de subsídios da química, da antropologia, da psicologia, da medicina legal, da psiquiatria, da datiloscopia, etc., que são consideradas ciências auxiliares do Direito penal.(Enciclopédia Saraiva de Direito, v. 21, 1997:486).
Veja que os conceitos, embora difíceis de memorizar, são bastante objetivos e
podem ser resumidos de uma forma relativamente simples: a criminalística é um
conjunto de conhecimentos reunidos de várias ciências com o objetivo de
possibilitar a coleta, a conservação e o exame de vestígios, de maneira que
se possa descobrir provas objetivas e materiais que auxiliem na elucida-
ção de crimes e na descoberta de seus autores.
Ótimo. Agora que compreendemos três boas definições sobre criminalística,
passemos à análise de seu histórico!
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1.2. Histórico
Um ponto bastante interessante sobre a criminalística é que a influência da
evolução tecnológica sobre a disciplina é de suma importância em tempo atuais.
Entretanto, a criminalística nos dias de hoje é muito diferente do passado, haja
vista que a utilização de técnicas voltadas para elucidação de crimes re-
monta a épocas consideradas pré-científicas, segundo a literatura.
Nesse sentido, durante a exposição deste capítulo, você verá que a história da
criminalística (dentro e fora do Brasil) passa por diversas fases e que apenas na
modernidade é que disciplinas que hoje são de suma importância (como a Medicina
Legal e a Papiloscopia) se tornaram realidade.
1.2.1. Fase Pré-Científica
Muito embora a literatura apresente que a criminalística como conhecemos
hoje tenha surgido quando Hans Gross propôs a utilização da ciência moderna
para solucionar casos criminais, ao final do século XIX, a origem de práticas rela-
cionadas à criminalística remonta a tempos muito remotos.
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De fato, a necessidade de utilizar conhecimentos técnicos para elucidar crimes
pode ser observada muito antes, na leitura de artigos do próprio Código de
Hamurabi (XVIII a.C.), além de estar presente em diversos outros relatos histó-
ricos, merecendo destaque dois deles:
a) a clássica história sobre o “Princípio de Arquimedes” (século III a.C.). De for-
ma bastante resumida, a história relata o seguinte:
O rei de Siracusa havia mandado fazer uma coroa de ouro e, quando a recebeu,
desconfiou que o material havia sido trocado por prata.
Para elucidar a situação, ordenou que Arquimedes investigasse o fato. Arquime-
des teria realizado diversos testes com a referida coroa, por meio da imersão do
objeto em água, o que acabou resultando na conclusão de que o objeto havia sido
feito com uma mistura de prata e ouro, e não unicamente com ouro, como havia
sido prometido ao rei de Siracusa.
A fraude, portanto, restou desvendada pelas técnicas utilizadas por Arquimedes
a pedido do governante.
b) Na Roma Antiga, relatos de Tácito apontam que, desde a antiguidade, eram
utilizados técnicas e exames com o intuito de elucidar crimes, incluindo até mesmo
o exame de local de possíveis delitos.
1.2.2. Início da Sistematização dos Dados
Somente no século XVI é que se começa a observar uma sistematização dos
dados para formar o que a literatura entende como um corpo de conhecimento
estruturado, o qual possibilitaria, posteriormente, a formalização de uma discipli-
na de criminalística.
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Nesse sentido, merecem destaque os seguintes trabalhos:
1.2.3. Medicina Legal e Criminalística
Alguns autores, como Codeço, entendem que a criminalística é uma disciplina
filha da Medicina Legal. Já outros autores, como Dorea, entendem que a origem
de ambas as disciplinas se confunde, não sendo possível determinar que a Medicina
Legal precedeu a criação formal da criminalística.
Apesar dessa divergência, para fins didáticos, é interessante tomar nota dos
seguintes momentos da evolução da criminalística e da Medicina Legal:
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1.2.4. Outras Disciplinas Relacionadas
Antes que possamos falar especificamente sobre o nascimento do termo crimi-
nalística e sobre como se deu a evolução da disciplina (o que ocorreu a partir do
século XIX, como veremos a seguir), é necessário ainda pontuar observações sobre
técnicas científicas que estavam em desenvolvimento e que vieram a influenciar
nos desdobramentos futuros da prática forense:
a) uso de impressões papilares para identificação de criminosos
A prática começa a ser sugerida na Índia, em 1877, com o trabalho de William
Herschel.
Paralelamente a isso, o médico escocês Henry Faulds, trabalhando no Japão, acaba
propondo um método de identificação baseado em impressões digitais.
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Alguns anos depois, Francis Galton, um antropologista britânico, acaba sistematizan-
do os trabalhos de Herschel e de Faulds, publicando um livro chamado Fingerprints
(Impressões Digitais), o qual posteriormente acabou influenciando no desenvolvi-
mento dos sistemas de classificação de impressões digitais modernos.
b) Balística forense
Estudos sobre a disciplina de balística teriam se iniciado na França, em 1753, com
estudos de Boucher.
Em 1835, na Inglaterra, Henry Goddard comparou defeitos em um projétil reti-
rado de um cadáver com um molde encontrado na casa do suspeito. Seu trabalho
resultou na condenação do indivíduo pelo delito, sendo considerado o precursor dos
trabalhos da balística forense.
Por fim, merece menção o trabalho de Alexandre Lacassangne, que começou os
estudos sobre o estriamento de projéteis após os disparos. No entanto, tais técni-
cas passaram a ser aceitas de forma ampla nos Tribunais somente após a década
de 1920, com a criação do microscópio de comparação.
Por esse motivo, condutas nas quais o autor constrange a vítima a praticar
um ato libidinoso em si mesma, mesmo que sem contato físico entre ambos,
podem vir a caracterizar o delito de estupro. E como, em tempos modernos, é per-
feitamente possível que tal constrangimento seja perpetrado pela internet, surge a
figura do “estupro virtual”.
1.2.5. A Criminalística Propriamente Dita
Caro(a) aluno(a), finalmente chegamos ao ponto principal sobre o histórico da
criminalística: o surgimento do termo e da disciplina como a conhecemos hoje,
que, segundo a maioria dos estudiosos, se dá no final do século XIX, com os traba-
lhos de Hans Gross.
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Guarde este nome: Hans Gross. É a ele que a literatura atribui a qualidade de fun-
dador da criminalística como a conhecemos hoje.
Hans Gross nasceu na Áustria, foi professor e também magistrado. Para ele,
os métodos de investigação e elucidação de crimes utilizados pela polícia de sua
época eram completamente ineficazes. Por esse motivo, propôs que a ciência mo-
derna fosse utilizada para solucionar crimes.
Gross era Juiz e, dessa maneira, tinha formação na esfera jurídica. Quando decidiu
sugerir o uso da ciência na elucidação de crimes, colocou-se a estudar química,
física, botânica, zoologia, microscopia e fotografia.
Após 20 anos, publicou um livro com os conhecimentos que acumulou sobre a dis-
ciplina, sendo este considerado o primeiro manual de criminologia científica.
A obra em questão era chamada Manual para Juízes de Instrução (Handbuch für
Untersuchunbsrichter) e teria sido editada em 1893, consolidando parte do conhe-
cimento sobre criminalística disponível à época e recebendo diversas novas edições
com o passar do tempo.
Cabe ainda asseverar que Gross editou diversas outras obras (como, por exem-
plo, uma chamada Arquivo de Antropologia Criminal e Criminalística) que tiveram
impacto nos trabalhos da época, bem como no desenvolvimento da criminalística
como um todo.
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1.2.6 Demais Desdobramentos Históricos
Após o protagonismo dos trabalhos de Gross, começam a surgir, ao redor do
mundo, diversas iniciativas relacionadas à criminalística. A seguir, esquematizamos
alguns eventos históricos que merecem destaque:
2. História da Criminalística no Brasil
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Até o momento, já apresentamos o conceito de criminalística, bem como a
história da evolução da disciplina ao redor do mundo. No entanto, para finalizar o
estudo do contexto histórico exigido em nosso edital, precisamos ainda tratar da
evolução da criminalística em nosso país.
Nesse sentido, é interessante notar que a literatura admite que a origem da ci-
ência forense no Brasil se confunde um pouco com o surgimento da Medicina Legal.
Segundo Fávero,
No período colonial praticamente não foram produzidos trabalhos científicos de Medicina Legal. A primeira publicação nacional de Medicina Legal teria ocorrido em 1814, do autor Gonçalves Gomide, médico e senador do Império: “Impugnação analítica ao exame feito pelos clínicos Antônio Pedro de Sousa e Manuel Quintão da Silva.”
Só em 1839, começam a surgir as primeiras teses sobre Medicina Legal nas
faculdades brasileiras. No entanto, apenas após 1877 é que se inicia uma nova e
importante fase na Medina Legal em nosso país, por intermédio dos trabalhos de
Agostinho José de Sousa Lima, na UFRJ:
• criação do ensino prático de Medicina Legal; e
• desenvolvimento da parte de laboratório.
Após isso, um marco na história da criminalística em nosso país ocorreu em
1881, quando se inaugura o curso prático de tanatologia forense no necrotério
da Polícia da Capital Federal.
Oscar Freire
Um importante momento para o desenvolvimento da criminalística no Brasil
ocorreu em 1914, quando Oscar Freire fundou a Polícia Científica de Salvador, tra-
zendo, inclusive, um perito criminal suíço para auxiliar na instituição.
Em 1922, inaugura-se a pesquisa médico-legal no estado de São Paulo.
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Nessa época, as funções de Perito Médico-Legista e de Perito Criminal ainda se
confundiam. As instruções sobre a competência de cada um ainda misturavam atri-
buições sobre exame de local e coleta de vestígios.
O Primeiro Instituto de Criminalística
A literatura especializada entende, no entanto, que apenas em 1940 surge o
primeiro Instituto de Criminalística, o que se deu no Rio de Janeiro, no âmbito
da Diretoria Geral de Investigações:
Segundo Garrido e Gianovelli, o golpe militar de 1964 teria relegado a crimina-
lística à completa negligência por parte do poder público. Segundo os autores, esse
fato resultou na falta de investimentos na área, o que acabou deixando a maioria
dos Institutos de Criminalística em condições tecnologicamente atrasadas e que
perduraram por um longo tempo após a redemocratização do País.
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Cronologia
Caro(a) aluno(a), seu professor sabe que são muitas datas e muitos marcos
históricos para conhecer. Por isso, vamos finalizar essa parte de nosso estudo com
dois esquemas que permitam a você revisar o assunto com mais facilidade!
História da criminalística – mundo:
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História da criminalística – Brasil:
Aspectos Jurídicos
Ainda sobre o ponto de vista histórico, devemos fazer um breve resumo sobre
a evolução da legislação brasileira no que se refere à criminalística. De forma bas-
tante direta, você precisa saber o seguinte:
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3. Doutrina
Caro(a) aluno(a), sei que a parte de história de qualquer disciplina costuma ser
um pouco (muito) maçante para se estudar. Entretanto, não se preocupe!
De agora em diante, passamos a analisar questões sobre a doutrina da cri-
minalística. Nesse sentido, iremos tratar de aspectos como postulados e prin-
cípios, os quais possuem uma natureza muito mais prática e simples de estudar.
Comecemos pelos postulados.
3.1. Postulados
Existem basicamente três postulados na criminalística, os quais podem ser co-
brados na sua prova:
1) Impessoalidade. O conteúdo do laudo pericial não deve variar com o pe-
rito que o produziu.
O primeiro postulado se relaciona à natureza técnica da criminalística. Como
os procedimentos realizados pelos peritos se baseiam em leis naturais e ex-
perimentos científicos, o resultado não pode variar de acordo com a pessoa
que os realiza.
2) Independência dos meios. As conclusões periciais não dependem dos
meios utilizados para alcançá-las.
O segundo postulado se relaciona aos meios utilizados pela perícia para al-
cançar suas conclusões. Desde que se utilizem meios adequados (compro-
vados) para se elucidar uma determinada verdade, não importa se o meio é
mais moderno, mais antiquado, mais preciso ou mais rápido, as conclusões
deverão ser compatíveis.
3) Independência do tempo. As conclusões periciais não dependem do tempo.
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O terceiro postulado se relaciona com a chamada perenidade da verdade, ou
seja: a verdade é imutável, não perece em relação ao tempo decorrido.
3.2. Princípios da Criminalística3.2.1. Princípio da Observação ou Princípio de Locard
“Todo contato deixa uma marca.” (Edmond Locard)
O primeiro dos princípios que orienta o estudo da criminalística é o chamado
princípio da observação. Por força do princípio da observação é que o perito deve
examinar de forma cuidadosa o local e os objetos do crime para localizar
vestígios deixados pelos envolvidos (autor/vítima).
O princípio recebe esse nome em razão de Edmond Locard, um dos pioneiros
do estudo forense. Foi ele que cunhou a expressão “todo contato deixa uma mar-
ca”, a qual ficou posteriormente conhecida como o princípio de troca de Locard.
Admite-se o exame dos objetos e do local a olho nu e também mediante a utiliza-
ção de equipamentos especializados.
3.2.2. Princípio da Interpretação ou Princípio de Kirk
Dois objetos podem ser semelhantes, mas nunca iguais.
O segundo dos princípios é chamado de princípio da interpretação. A pre-
missa aqui é bastante simples: dois objetos relacionados a um determinado crime
podem ter características parecidas, mas não serão efetivamente iguais.
Segundo a literatura, a conclusão que se extrai do princípio de Kirk é de que dois
objetos podem ser indistinguíveis, no entanto nunca serão idênticos.
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Uma das decorrências mais importantes desse princípio está na possibilidade de
identificação de um objeto em três graus distintos.
Como mencionado anteriormente, é por força do princípio da interpretação que
a identificação de um objeto se dá em três níveis:
O esquema anterior está em ordem de detalhamento. Ou seja, a identifica-
ção genérica é a menos precisa das três, enquanto a identificação individual é a
mais precisa, mais detalhada.
A melhor maneira de diferenciar as três identificações é por meio de um exemplo:
Note que a identificação individual é aquela que permite efetivamente distinguir
a arma de fogo 1 da arma de fogo 2 (por meio do número de série)!
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3.2.3. Princípio da Análise
A perícia se pauta no método científico.
O terceiro dos princípios que precisamos estudar é o chamado princípio da
análise. Segundo esse princípio, a perícia se pauta no método científico, por meio
de análise, formulação de hipóteses (ou teorias), testes e experimentos.
Em decorrência do princípio da análise é que se pauta a prática de realizar uma
criteriosa observação do local de crime, bem como a coleta de objetos e vestí-
gios do delito.
3.2.4. Princípio da Descrição
Rege a observação das normas científicas na descrição dos objetos.
O quarto dos princípios é o chamado princípio da descrição, segundo o qual a
descrição dos objetos e locais do crime deve ser realizada de forma sempre deta-
lhada e com a observação de normas, princípios e leis científicas vigentes.
Tal princípio preconiza uma exposição clara e concisa dos dados relacionados a
tais objetos.
3.2.5. Princípio da Documentação
Rege a documentação rigorosa e cronológica dos objetos e vestígios
coletados pela perícia.
O quinto e último princípio que precisamos estudar é o chamado princípio da
documentação, segundo o qual todo objeto, toda amostra e todo vestígio coleta-
do pela perícia deve ser documentado e armazenado de forma rigorosa.
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Assim sendo, diz a literatura especializada que as etapas devem ser protocola-
das e registradas por escrito, o que abrange todos os momentos (desde o início
das investigações até o final do processo).
O princípio da documentação visa proteger a idoneidade da prova material,
dando credibilidade aos vestígios e evitando questionamentos sobre a va-
lidade das provas.
O princípio da documentação também é chamado de princípio da cadeia de custódia.
Aplicabilidade da Criminalística
Para finalizar a aula de hoje, precisamos apresentar, de forma breve, os objeti-
vos e a aplicabilidade prática da disciplina de criminalística.
Primeiramente, temos a importância da criminalística para auxiliar de forma
técnica a polícia, o Ministério Público, a Justiça e a própria defesa na eluci-
dação dos fatos.
Um laudo pericial pode, por exemplo, embasar a produção de provas para conde-
nação de um acusado ou ser meio idôneo para provar sua inocência!
Nesse sentido, um laudo emitido por um perito criminal pode ajudar a elucidar
diversos questionamentos das autoridades responsáveis pela persecução criminal:
• como o delito foi praticado?
• Onde o delito foi praticado?
• O que efetivamente aconteceu?
• Quem foi o autor do delito?
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É claro que, a depender da situação fática, o laudo pericial poderá ser inconclusivo,
se não houver vestígios idôneos para chegar a uma ou mais conclusões. Entretanto,
diversos delitos são elucidados pelo trabalho técnico realizado pela equipe pericial.
De fato, não é raro que a persecução criminal siga os seguintes passos (não se
trata de regra absoluta, mas apenas um exemplo para facilitar o entendimento):
Querido(a) aluno(a), e assim finalizamos nossa aula inicial sobre o tema crimi-
nalística. Vamos revisar?
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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
Criminalística – Parte I
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RESUMO
Criminalística: Conceitos
• A criminalística é um sistema que se dedica à aplicação de faculdades de ob-
servação e de conhecimento científico que nos levem a descobrir, defender,
pesar e interpretar os indícios de um delito, de molde a sermos conduzidos à
descoberta do criminoso, possibilitando à Justiça a aplicação da justa pena.
Trata da pesquisa, da coleta, da conservação e do exame dos vestígios, ou seja, da prova objetiva ou material no campo dos fatos processuais, cujos encargos estão afetos aos órgãos específicos, que são os laboratórios de Polícia Técnica.Criminalística é o conjunto de conhecimentos que, reunindo as contribuições das vá-rias ciências, indica os meios para descobrir crimes, identificar os seus autores e encontrá-los, utilizando-se de subsídios da química, da antropologia, da psicologia, da medicina legal, da psiquiatria, da datiloscopia etc., que são consideradas ciências auxiliares do Direito penal.
Histórico
Fase Pré-Científica
• A necessidade de utilizar conhecimentos técnicos para elucidar crimes pode
ser observada muito antes, na leitura de artigos do próprio Código de Hamu-
rabi (XVIII a.C.)
• Somente no século XVI que se começa a observar uma sistematização dos
dados.
• Estruturação do conhecimento ao longo do tempo, com diversos estudos:
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Medicina Legal
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Criminalística – Parte I
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Criminalística Moderna
• O surgimento do termo e da disciplina como a conhecemos hoje, segundo
a maioria dos estudiosos, se dá no final do século XIX, com os trabalhos de
Hans Gross.
• Gross publicou um livro com os conhecimentos que acumulou sobre a disci-
plina, sendo este considerado o primeiro manual de criminologia científica.
Demais Desdobramentos Históricos
História da Criminalística no Brasil
• Em 1839 começam a surgir as primeiras teses sobre Medicina Legal nas fa-
culdades brasileiras.
• 1877:
− criação do ensino prático de Medicina Legal; e
− desenvolvimento da parte de laboratório.
• 1881:
− inaugura-se o curso prático de tanatologia forense no necrotério da Polícia
da Capital Federal.
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Oscar Freire
• Fundou a Polícia Científica de Salvador (1914).
• 1940: primeiro Instituto de Criminalística.
Cronologia Resumida
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Cronologia no Brasil
Aspectos Jurídicos
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Criminalística – Parte I
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Postulados
• Impessoalidade. O conteúdo do laudo pericial não deve variar com o pe-
rito que o produziu.
• Independência dos meios. As conclusões periciais não dependem dos
meios utilizados para alcançá-las.
• Independência do tempo. As conclusões periciais não dependem do tempo.
Princípio da Observação
• O perito deve examinar de forma cuidadosa o local e os objetos do crime para
localizar vestígios deixados pelos envolvidos (autor/vítima).
Princípio da Interpretação
• Dois objetos relacionados a um determinado crime podem ter características
parecidas, mas não serão efetivamente iguais.
Três graus de interpretação:
Princípio da Análise
• Segundo tal princípio, a perícia se pauta no método científico, por meio de
análise, formulação de hipóteses (ou teorias), testes e experimentos.
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Princípio da Descrição
• A descrição dos objetos e locais do crime deve ser realizada de forma sempre
detalhada e com a observação de normas, princípios e leis científicas vigentes.
Princípio da Documentação
• todo objeto, amostra e vestígio coletado pela perícia deve ser documentado
e armazenado de forma rigorosa.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (AOCP/PERTITO CRIMINAL/ITEP-RN/2018) Sobre os Postulados e Prin-
cípios da Criminalística brasileira, assinale a alternativa correta.
a) De acordo com o Princípio da Observação, também conhecido como Princípio
de Locard, o vestígio, como toda matéria, é ponderável e, portanto, cabe ao perito
criminal o reportar-se ao que vê (visum et repertum).
b) O Princípio da Interpretação, também conhecido por Princípio de Kirk, pode ser
enunciado pela frase “Dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca idênticos”.
c) O Princípio da Documentação não se relaciona ao registro cronológico de um
vestígio, desde seu nascimento até sua disposição final, pois isso cabe à Cadeia
de Custódia.
d) Sendo a verdade mutável em relação ao tempo, não se permite postular que a
perícia criminal é independente do tempo.
e) Considerando que o teor de um laudo pericial é personalíssimo, então o conteúdo
de um laudo pericial será variante de acordo com o perito criminal que o produzir.
Questão 2 (IESES/AUXILIAR PERICIAL/GP-SC) Autor reconhecido como o pai da
Criminalística no mundo, publicou o livro Manual Prático de Instruções Jurídicas,
que deu início ao estudo do sistema de Criminalística, no qual as ciências naturais
e as artes eram usadas para a elucidação de crimes. A sentença acima se refere a:
a) Erwin Höpler.
b) Hans Gross.
c) Cesare Lombroso.
d) Enrico Ferri.
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Questão 3 (CESPE/INMETRO) Dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca
idênticos. Este princípio, também chamado de princípio da individualidade, preco-
niza que a identificação deve ser sempre enquadrada em três graus: a identificação
genérica, a específica e a individual, sendo que os exames periciais devem sempre
alcançar este último grau.
O princípio da perícia criminalística a que se refere o texto acima também é deno-
minado princípio da:
a) observação.
b) análise.
c) interpretação.
d) descrição.
e) documentação.
Questão 4 (CESPE/INMETRO) Assinale a opção correta acerca da definição da cri-
minalística.
a) Criminalística é um procedimento investigatório que utiliza métodos científicos
para analisar e interpretar evidências materiais.
b) Apesar de seu crescimento gradativo, não se pode dizer que a criminalística seja
uma disciplina autônoma.
c) Criminalística é um procedimento investigatório que se presta a auxiliar e infor-
mar exclusivamente as atividades policiais em uma investigação criminal.
d) A moderna criminalística restringe-se à fria estática narrativa, sem vida, da for-
ma como se apresentam os vestígios.
e) O propósito da criminalística se traduz em todos os vestígios, desde que suspei-
tos e encontrados no local do fato.
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Questão 5 (FDRH/PERITO CRIMINAL/IGP-RS/2008) Sobre a definição de Crimina-
lística considere as seguintes afirmações.
I – É a ciência que estuda o crime e o criminoso em tudo que for aplicável à eluci-
dação de um crime ou de uma infração penal.
II – É a ciência que estuda as lesões corporais, visando a diagnosticar se ocorreu
homicídio, suicídio ou acidente.
III – É um sistema de conhecimentos técnico-científicos que estuda os locais de
crimes e os vestígios materiais, localizados superficialmente ou fora do corpo hu-
mano, visando a identificar as circunstâncias e a autoria da infração penal.
IV – É o sistema de conhecimentos científicos que estuda os vestígios materiais
extrínsecos à pessoa física, visando a esclarecer e identificar as circunstâncias do
crime e determinar a identidade do criminoso.
Quais estão corretas?
a) Apenas a I.
b) Apenas a II.
c) Apenas a II e a IV.
d) Apenas a III e a IV.
e) I, a II, a III e a IV.
Questão 6 (CESPE/PERITO CRIMINAL/PC-PB) A respeito da criminalística, assinale
a opção correta:
a) A criminalística não se enquadra como disciplina autônoma, pois não possui leis,
métodos e princípios próprios.
b) Se, em um exame de local onde se praticou alguma infração penal, a investiga-
ção policial necessite de esclarecimento seguro e objetivo acerca da natureza do
instrumento responsável pela provocação de uma marca de impacto presente em
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determinado móvel, ela recorre aos conhecimentos físico-químicos englobados pela
criminalística, que analisa fisicamente as características da marca questionada,
bem como a reação química dos elementos restantes e agregados à marca.
c) Os peritos criminalísticos não podem se valer de subsídios técnico-científi-
cos fornecidos por outras ciências, utilizando os próprios métodos inerentes a
essas ciências.
d) A moderna criminalística restringe-se à fria estética narrativa, sem vida, da for-
ma como se apresentam os vestígios, isto é, ao simples visum et repertum.
e) O objeto da criminalística restringe-se aos vestígios suspeitos encontrados no
local do fato.
Questão 7 (CESPE/PERITO/PC-PB) Criminalística é:
a) a transposição, para o inquérito, do resultado dos exames técnicos realizados no
local do delito, determinando a materialidade e apontando a autoria.
b) a ciência que visa ao estudo das armas de fogo, da munição e dos fenômenos e
efeitos próprios dos disparos dessas armas, no que tiverem de útil ao esclarecimen-
to e à prova de questões de fato, no interesse da justiça, tanto penal como civil.
c) a ciência que trata do estudo dos documentos que contém um registro gráfico.
d) o conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos que, no âmbito do direito,
concorrem para a elaboração, a interpretação e a execução das leis existentes e
ainda permite, por meio da pesquisa científica, o seu aperfeiçoamento.
e) o sistema que se dedica à aplicação de faculdades de observação e de conheci-
mento científico que levem a descobrir, defender, pesar e interpretar os indícios de
um delito, com vistas à descoberta do criminoso.
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Questão 8 (CEFET-BA/DELEGADO/PC-BA) Assinale a alternativa correta.
a) A Criminalística não estuda as circunstâncias do crime cometido.
b) A Criminalística se relaciona com todas as ciências, menos com Medicina Legal.
c) A Criminalística se relaciona com todas as ciências.
d) A Criminalística não é necessária nas investigações policiais.
e) O exame de local de crime não revela vestígio.
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GABARITO
1. b
2. b
3. c
4. a
5. d
6. b
7. e
8. c
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (AOCP/PERTITO CRIMINAL/ITEP-RN/2018) Sobre os Postulados e Prin-
cípios da Criminalística brasileira, assinale a alternativa correta.
a) De acordo com o Princípio da Observação, também conhecido como Princípio
de Locard, o vestígio, como toda matéria, é ponderável e, portanto, cabe ao perito
criminal o reportar-se ao que vê (visum et repertum).
b) O Princípio da Interpretação, também conhecido por Princípio de Kirk, pode ser
enunciado pela frase “Dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca idênticos”.
c) O Princípio da Documentação não se relaciona ao registro cronológico de um
vestígio, desde seu nascimento até sua disposição final, pois isso cabe à Cadeia
de Custódia.
d) Sendo a verdade mutável em relação ao tempo, não se permite postular que a
perícia criminal é independente do tempo.
e) Considerando que o teor de um laudo pericial é personalíssimo, então o conteúdo
de um laudo pericial será variante de acordo com o perito criminal que o produzir.
Letra b.
Questão excelente. Vejamos cada alternativa:
a) Errada. O princípio de Locard rege que todo contato deixa um vestígio, e não
de que todo vestígio é ponderável.
b) Certa. É exatamente isso! Existem vários níveis de interpretação sobre um ob-
jeto, o qual pode ser considerado indistinguível de outro, mas nunca idêntico.
c) Errada. Pelo contrário, o princípio da documentação efetivamente se relaciona
ao registro cronológico do vestígio. Além disso, princípio da documentação é sinô-
nimo de princípio da cadeia de custódia.
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d) Errada. Conforme estudamos, a verdade não varia com o tempo, diferente-
mente do que afirma a assertiva.
e) Errada. O teor do laudo pericial não deve variar com o perito (é impessoal).
Questão 2 (IESES/AUXILIAR PERICIAL/GP-SC) Autor reconhecido como o pai da
Criminalística no mundo, publicou o livro Manual Prático de Instruções Jurídicas,
que deu início ao estudo do sistema de Criminalística, no qual as ciências naturais
e as artes eram usadas para a elucidação de crimes. A sentença acima se refere a:
a) Erwin Höpler.
b) Hans Gross.
c) Cesare Lombroso.
d) Enrico Ferri.
Letra b.
Conforme estudamos, a questão se refere ao Juiz e acadêmico Hans Gross, o qual,
após anos de estudos em diversas áreas do conhecimento, editou o Manual Prático
de Instruções Jurídicas, dando início ao estudo da criminalística moderna e sendo
efetivamente reconhecido como o pai da criminalística no mundo.
Questão 3 (CESPE/INMETRO) Dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca
idênticos. Este princípio, também chamado de princípio da individualidade, preco-
niza que a identificação deve ser sempre enquadrada em três graus: a identificação
genérica, a específica e a individual, sendo que os exames periciais devem sempre
alcançar este último grau.
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O princípio da perícia criminalística a que se refere o texto acima também é deno-
minado princípio da:
a) observação.
b) análise.
c) interpretação.
d) descrição.
e) documentação.
Letra c.
Conforme apresentamos, o princípio que trata sobre a possibilidade de distinção entre
dois objetos (os quais podem ser indistinguíveis, mas nunca idênticos) e que preco-
niza a identificação por meio de três graus distintos é o princípio da interpretação.
Questão 4 (CESPE/INMETRO) Assinale a opção correta acerca da definição da cri-
minalística.
a) Criminalística é um procedimento investigatório que utiliza métodos científicos
para analisar e interpretar evidências materiais.
b) Apesar de seu crescimento gradativo, não se pode dizer que a criminalística seja
uma disciplina autônoma.
c) Criminalística é um procedimento investigatório que se presta a auxiliar e infor-
mar exclusivamente as atividades policiais em uma investigação criminal.
d) A moderna criminalística restringe-se à fria estática narrativa, sem vida, da for-
ma como se apresentam os vestígios.
e) O propósito da criminalística se traduz em todos os vestígios, desde que suspei-
tos e encontrados no local do fato.
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Letra a.
Questão um pouco mais complicada de responder, pois o examinador foi bastante
vago. Porém, vejamos:
a) Certa. De fato, a criminalística é um procedimento investigatório que utiliza
métodos científicos para analisar e interpretar evidências materiais. Exatamente
conforme apresentamos na aula de hoje!
b) Errada. A criminalística é reconhecidamente uma disciplina autônoma, já bas-
tante consolidada no meio científico.
c) Errada. A criminalística pode servir aos trabalhos policiais, do Judiciário e até
mesmo da defesa, posto que suas conclusões podem, inclusive, inocentar alguém
de falsas acusações.
d) Errada. A criminalística não se restringe à narrativa estática dos vestígios.
O perito criminal realiza estudos e interpreta o conjunto probatório em busca de
conclusões.
e) Errada. Mais uma vez, essa definição restringe muito o propósito da crimina-
lística, que não está unicamente na análise dos vestígios, mas de todo o contexto
relevante para a elucidação do crime.
Atualmente, por exemplo, existem procedimentos até mesmo de autópsias psi-
cológicas que podem ser realizadas fora do escopo das evidências encontradas no
local do crime.
Questão 5 (FDRH/PERITO CRIMINAL/IGP-RS/2008) Sobre a definição de Crimina-
lística considere as seguintes afirmações.
I – É a ciência que estuda o crime e o criminoso em tudo que for aplicável à eluci-
dação de um crime ou de uma infração penal.
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II – É a ciência que estuda as lesões corporais, visando a diagnosticar se ocorreu
homicídio, suicídio ou acidente.
III – É um sistema de conhecimentos técnico-científicos que estuda os locais de
crimes e os vestígios materiais, localizados superficialmente ou fora do corpo hu-
mano, visando a identificar as circunstâncias e a autoria da infração penal.
IV – É o sistema de conhecimentos científicos que estuda os vestígios materiais
extrínsecos à pessoa física, visando a esclarecer e identificar as circunstâncias do
crime e determinar a identidade do criminoso.
Quais estão corretas?
Apenas a I.
Apenas a II.
Apenas a II e a IV.
Apenas a III e a IV.
I, a II, a III e a IV.
Letra d.
Muito cuidado com pegadinhas como as encontradas nessa questão. Estudar o crime
e o criminoso (item I) é competência da criminologia, e não da criminalística.
Ademais, o item II está errado, pois a criminalística não é mero estudo das le-
sões corporais, mas engloba toda uma gama de conhecimentos aplicáveis ao
trabalho investigativo.
Os itens III e IV, por sua vez, se adéquam ao que estudamos, sendo a letra d a
resposta da questão!
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Questão 6 (CESPE/PERITO CRIMINAL/PC-PB) A respeito da criminalística, assinale
a opção correta:
a) A criminalística não se enquadra como disciplina autônoma, pois não possui leis,
métodos e princípios próprios.
b) Se, em um exame de local onde se praticou alguma infração penal, a investiga-
ção policial necessite de esclarecimento seguro e objetivo acerca da natureza do
instrumento responsável pela provocação de uma marca de impacto presente em
determinado móvel, ela recorre aos conhecimentos físico-químicos englobados pela
criminalística, que analisa fisicamente as características da marca questionada,
bem como a reação química dos elementos restantes e agregados à marca.
c) Os peritos criminalísticos não podem se valer de subsídios técnico-científicos for-
necidos por outras ciências, utilizando os próprios métodos inerentes a essas ciências.
d) A moderna criminalística restringe-se à fria estética narrativa, sem vida, da for-
ma como se apresentam os vestígios, isto é, ao simples visum et repertum.
e) O objeto da criminalística restringe-se aos vestígios suspeitos encontrados no
local do fato.
Letra b.
Veja como os examinadores gostam de atacar os mesmos pontos da nossa disci-
plina. Vejamos:
a) Errada. Como você já sabe, a criminalística pode, sim, ser considerada uma
disciplina autônoma.
b) Certa. O examinador quis complicar, porém toda a narrativa do item se coaduna
com o trabalho pericial e com a aplicabilidade da criminalística.
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c) Errada. Ao contrário do que afirma a assertiva, os peritos se valem, sim, de sub-
sídios técnicos de diversas ciências em sua atuação (química, física, entre outras).
d) Errada. Mais uma vez: a criminalística não se restringe à apresentação dos ves-
tígios, mas à sua análise técnica para permitir extrair conclusões importantes para
a persecução criminal.
e) Errada. Basicamente a mesma justificativa da questão anterior: a criminalística
não se restringe unicamente à análise de vestígios encontrados no local do fato.
Questão 7 (CESPE/PERITO/PC-PB) Criminalística é:
a) a transposição, para o inquérito, do resultado dos exames técnicos realizados no
local do delito, determinando a materialidade e apontando a autoria.
b) a ciência que visa ao estudo das armas de fogo, da munição e dos fenômenos e
efeitos próprios dos disparos dessas armas, no que tiverem de útil ao esclarecimen-
to e à prova de questões de fato, no interesse da justiça, tanto penal como civil.
c) a ciência que trata do estudo dos documentos que contém um registro gráfico.
d) o conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos que, no âmbito do direito,
concorrem para a elaboração, a interpretação e a execução das leis existentes e
ainda permite, por meio da pesquisa científica, o seu aperfeiçoamento.
e) o sistema que se dedica à aplicação de faculdades de observação e de conheci-
mento científico que levem a descobrir, defender, pesar e interpretar os indícios de
um delito, com vistas à descoberta do criminoso.
Letra e.
O examinador descreveu diversos conceitos incompletos, que remetem a áreas que
integram as práticas da criminalística. No entanto, o único conceito que efetiva-
mente se adéqua ao entendimento da literatura (dessa forma, mais completo que
os demais) está na letra e.
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Questão 8 (CEFET-BA/DELEGADO/PC-BA) Assinale a alternativa correta.
a) A Criminalística não estuda as circunstâncias do crime cometido.
b) A Criminalística se relaciona com todas as ciências, menos com Medicina Legal.
c) A Criminalística se relaciona com todas as ciências.
d) A Criminalística não é necessária nas investigações policiais.
e) O exame de local de crime não revela vestígio.
Letra c.
Conforme estudamos, a criminalística se relaciona com todas as ciências, haja vista
que diversos conhecimentos técnicos são aplicáveis de uma forma ou de outra na
elucidação de práticas criminosas.
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