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6 de Outubro de 2009 JORNAL NORDESTE Semanário Regional de Informação Director: João Campos www.jornalnordeste.com nº 676. 6 de Outubro de 2009 . 0,75 euros Rª. Abílio Beça, nº 97, 1º Tel: 273 333 883 - BRAGANÇA IMOPPI Nº 50426 Freguesia do concelho de Bragança tem um número de candidatos quase idêntico ao de eleitores Rabal: 4 candidaturas disputam aldeia com 300 habitantes SUPLEMENTO As derradeiras entrevistas As propostas dos candidatos e os resultados de 2005 Bragança na moda

Nordeste_676

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6 de Outubro de 2009 JORNAL NORDESTE �

Semanário Regional de Informação Director: João Campos www.jornalnordeste.comnº 676. 6 de Outubro de 2009 . 0,75 euros

Rª. Abílio Beça, nº 97, 1ºTel: 273 333 883 - BRAGANÇA

IMOPPI Nº 50426

Freguesia do concelho de Bragançatem um número de candidatosquase idêntico ao de eleitores

Rabal: 4 candidaturas disputam aldeiacom 300 habitantes

SUPLEMENTO

As derradeiras entrevistas

As propostasdos candidatose os resultadosde 2005

Bragança na moda

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� 6 de Outubro de 2009 JORNAL NORDESTE

VOX POP

Internet para todos em MogadouroFRANCISCO PINTO

Autarquia local instala sistema que vai permitir baixar a factura às famílias e empresas

O município de Mogadouro tem em fase de instalação um sistema de acesso

gratuito à Internet sem fios (Wireless e Hotspots), que deverá servir cerca de cinco mil habitantes. O investimento ronda os 75 mil euros, um montante que vai permitir a cobertura total da área abrangida pela sede de concelho.

A fase de testes de todo o sistema já arrancou, o que permite, mesmo os cidadãos residentes em zonas de fraca cobertura, solicitar à autarquia, através de requerimento, equipamento de am-

plificação de sinal, de forma “a mini-mizar algumas anomalias” que surjam nesta fase de instalação da rede.

Segundo o vice-presidente da au-tarquia mogadourense, João Henri-ques, o acesso à rede terá alguns con-dicionalismos, de forma a permitir uma maior fluidez de tráfego, já que não será permitido fazer, por exemplo, “downloades”.

“Temos noção que, nesta fase, nem

toda a população terá acesso gratui-to à Internet, já que se trata de uma fase experimental, principalmente em zonas baixas da vila ”, sublinhou João Henriques.

A autarquia está, igualmente, convencida que a factura com gastos inerentes à utilização da Internet vai baixar, não só no seio das famílias, mas também nas empresas instaladas em Mogadouro.

“A mulher é um animal muito esquisito”

FACTOS

Nomeado – Afonso VilelaTempo – 39 anosLugar – Bragança é ModaSigno – Gémeos Maior Virtude – Versátil Maior defeito – Impaciente Origem – Carcavelos Ofício – Actor & manequim

BRUNO MATEUS FILENA

Afonso Vilela, convidado de honra do Bragança é Moda e eterno sedutor

1 @ Em tempos de política e como, de certo, compreende-rás, é-me exigido que te coloque esta questão: qual a tua cor de eleição?

R: A minha cor de eleição é o branco! É uma obrigação de quem não está motivado para votar em ne-nhum dos partidos propostos. Deve-mos manifestar sempre o nosso pare-cer e o voto em branco é uma maneira de o fazer. Abstenção não! O voto em branco é um voto!

2 @ Se pudesses passar uma noite com uma personalidade mundial, seja política, desporti-va, artística ou outra, em quem recairia a tua escolha?

R: Sem malícia (risos), a minha escolha recairia em alguém da comu-nidade científica. Há uma série de in-divíduos interessantes, mesmo por-tugueses, como um Fernando Nobre, um Alexandre Quintanilha ou um Manuel Damásio. Acho que preferia perder uma noite com uma perso-nalidade destas do que com alguém como a Angelina Jolie.

3 @ Três características obri-gatórias numa mulher para, em potência, ser alvo do sexo mas-culino?

R: Sentido de humor, ser descon-traída e perspicaz.

4 @ A música faz parte da tua vida, seja na passerelle, ou em qualquer outro lugar. Consegui-rias viver sem ela?

R: Não! A música faz mesmo par-te! No carro, por exemplo, é raro ou-vir cds. Gosto de rádio, de fazer um zapping de estação para ouvir todo o tipo de música.

5 @ És mais de arte ou de um bom vinho?

R: Sou mais de arte! Também não bebo!

6 @ Os brinquedos são só para crianças ou isso é um mito?

R: Não! Os brinquedos são só para crianças mas alguns de nós, so-mos crianças até muito tarde (risos).

7 @ Se não fosses actor e mo-delo, que carreira terias segui-do?

R: Qualquer coisa relacionado com hotelaria. Essencialmente, gos-to de servir, de receber pessoas, acho que estaria mais ligado a essa área, como de resto, já estive no passado.

8 @ Se a vida selvagem fosse um filme, e corremos esse risco, que animal interpretarias?

R: Um animal marinho. Não te vou dizer um golfinho porque é um cliché (risos).

9 @ Um tubarão, uma orca?R: Eu não sou assim tão predador

(risos)! Talvez um boto, uma espécie de golfinhos que tanto nada em água doce, como salgada, são dos mamífe-ros aquáticos mais versáteis.

10 @ Uma viagem de sonho contigo teria qual destino?

R: Gostava de fazer uma coisa que vi no telejornal. Um japonês que está há 4 anos a percorrer o mundo a andar e acabou em Lisboa! Espero fazer algo semelhante, na altura em que me reformar (risos), agarrar nos sapatos e partir sem destino.

11 @ Mas qual seria o ponto obrigatório de passagem nessa tua viagem?

R: Eu adoro a montanha. Já es-tive, uma vez, para ir à primeira base de acampamento do Evereste, nos Himalaias. Ou isso ou então, a Terra do Fogo. São os destinos mais inós-pitos.

12 @ Acreditas na reencar-nação?

R: Não acredito que vá reencar-nar noutra pessoa ou noutro ser! Mas acredito, muitas vezes, em alguma influência que possamos ter a seguir à morte e que se possa reflectir, di-rectamente, nas pessoas.

13 @ No seguimento da ou-

tra pergunta e imaginando que tinhas dito “sim”, quem deseja-rias ter sido numa vida passa-da?

R: Gostava de ter sido alguém suficientemente humilde para, nesta vida presente, poder ser bem sucedi-do.

Não é que as pessoas humildes não o sejam, mas gostava de ter sido uma pessoa extremamente modesta e desafortunada, para reencarnar ago-ra ao contrário que, regra geral, cos-tuma ser assim (risos).

13 @ Se o Planeta Azul se extinguisse em 24 horas, o que aproveitarias para fazer no pou-co tempo que te restasse?

R: Passaria as 24 horas na pre-sença da minha família que são das pessoas que mais gosto. Familiares à parte, aproveitava para ir fazer surf.

14 @ O que consideras ser inaceitável numa mulher?

R: A mulher é um animal muito esquisito mas há situações que são inaceitáveis, em ambos os sexos. Como a falta de higiene!

15 @ Se pudesses pedir 3 de-sejos ao génio da lâmpada, quais seriam?

R: Por acaso pedia umas ondi-nhas para amanhã que já sei que não vai estar (risos)! Teriam de ser dese-jos muito globais e nunca pessoais! Não seriam desejos de riqueza, não te vou dizer quais para não entrar numa de cliché, paz no mundo e amor ao próximo, mas seriam desejos que me pudessem trazer o bem-estar através de tudo o que me rodeia.

16 @ Eu compreendo-te mas tens de ser concreto. Três dese-jos?

R: Terminaria com o precon-ceito que mina, por dentro, todas as sociedades. Faria um enorme incre-mento, a nível mundial, da cultura. E o terceiro desejo seria um bem-estar global que, naturalmente, viria por acréscimo.

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6 de Outubro de 2009 JORNAL NORDESTE �

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Rio adormecido revela perigos

Em defesa do MaçãsA Associação Protectora AMIGOS DO MAÇÃS (APAM) é constituída por

um grupo de pessoas voluntárias e solidárias com a natureza, principalmen-te com o rio Maçãs, que se situa no concelho de Bragança, dividindo Portu-gal e Espanha numa extensão de 30 Km, aproximadamente.

A sua sede localiza-se na Aldeia de Quintanilha, que fica a 22 Km da ci-dade de Bragança e de 15 Km da Vila Espanhola de Alcanices.

A APAM foi fundada em 1993 e tem como actividades mais relevantes as seguintes: A defesa da bacia hidrográfica do rio Maçãs; criação de roteiros turísticos; recuperação de açúdes e moínhos; arborização; prevenção contra fogos florestais; comemorações do dia da árvore e dia mundial do ambien-te; actividades culturais, recreativas e desportivas; execução de programas OTLs, JVS; programas de defesa do ambiente em geral.

BRUNO MATEUS FILENA

Sob a Ponte Internacio-nal de Quintanilha, a seca do Verão passado expõe pregos, ferros, blocos de cimento e partes de cofra-gens no rio Maçãs

Dois anos após a conclusão da ponte que liga o distrito de Bragança à província espanhola de Zamora, a seca deste Verão teve a vantagem de pôr a descoberto o perigo iminente resultante da construção deste em-preendimento.

Sem água, o Rio Maças demons-tra agora o risco que representa devi-do aos muitos detritos caídos duran-te a construção, entre eles, blocos de cimento, pregos, tubagens, ferros e partes de cofragens.

José Carlos, da Associação Pro-

tectora Amigos do Maçãs, teste-munha que há, neste caso, “negli-gência”, referindo que, “o mal é não pensarmos nos outros ou naqui-lo que nos pode acontecer amanhã ou passado”.

“O Rio Maçãs arrisca-se a ver trocada a sua re-putação de zona de lazer por zona de perigo, já que, há muitas pes-soas, no Verão, que aproveitam o calor para se ba-nharem nas suas águas”. “Em cau-sa”, está também, “a saúde pública de todos os que moram na proximi-

Obras na ponte deixararam para trás uma pequena lixeira

dade do rio”, isto porque, “algumas das populações são abastecidas por ele”, defende José Carlos.

A Câmara Municipal de Bragança clarifica a sua intenção de responsa-bilizar a empresa Estradas de Portu-gal, por ser ela a responsável máxi-ma da obra, tendo contratado vários empreiteiros e subempreiteiros que, consciente ou inconscientemente, deixaram para trás elementos de pe-rigosidade elevada, sobretudo, para as populações mais próximas que,

correm o risco de “pagarem a factu-ra”.

Há que, “levantar um auto de contra-ordenação, aguardar o prazo que é concedido para procederem à remoção do entulho depositado”, avi-sa o edil Jorge Nunes.

Não o fazendo, acrescentou o autarca em declarações à SIC, “a Câmara procederá por meios pró-prios à remoção e adiciona ao valor da coima o custo correspondente à limpeza”.

Descidas da água do Maçãs pôs a descoberto blocos de cimento, pedaços de contraplacado e pregos

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� 6 de Outubro de 2009 JORNAL NORDESTE

FICHA TÉCNICAFUNDADOR: Fernando Subtil - DIRECTOR: João Campos (C.P. Nº 4110) - SECRETáRIA DE REDACçãO E ADMINISTRAçãO: Cidália M. CostaDEPARTAMENTO DE MARkETINg E PUBLICIDADE : Orlando Bragança e Bruno Lopes - REDACTORES PRINCIPAIS: Fernando Cordeiro, Toni Rodrigues, Francisco Pinto, Rui Miranda, Bruno Mateus Filena, Vanessa Martins,Teresa Batista (C.P. Nº 7576) e Sandra Canteiro (C.P. Nº 8006)FOTOgRAFIA: Studio 101CORRESPONDENTES - Planalto Mirandês: Francisco Pinto - Macedo de Cavaleiros: Rui Miranda - Mirandela: Fernando CordeiroPropriedade / Editor: Pressnordeste, Unipessoal, Lda - Contribuinte n.º: 507 505 727 - Sede,Redacção,Administração: Rua Alexandre Herculano, Nº 178, 1º, Apartado 215, 5300-075 Bragança - Telefone: 273 329600 • Fax: 273 329601REgISTO ICS N.º 110343 - Depósito Legal nº 67385/93 - Tiragem semanal: 5.000 exemplaresImpressão: Diário do Minho - Telefone: 253 609 460 • Fax: 253 609 465 - BRAGAAssinatura Anual: Portugal - 25,00 €; Europa - 50,00 €; Resto do Mundo - 75,00 €

email:[email protected]

NORDESTE REgIONAL

VOZES

Desfile de alto nível

Pedro ColaçoManequim, 15 anos

“Nunca tinha feito nenhuma edi-ção do “Bragança é Moda” e adorei a jun-ção da moda com o teatro e podermos mostrar à cidade as novas tendências deste Outono / Inverno. Apesar de ser um trabalho, todos nos divertimos e quando isso acontece é óptimo”

IoanaModelo, 18 anos

“Desde os meus 13 anos que venho a Bragança participar nestes desfiles, faço todas as edições, já são 5 anos. Gos-tei muito de fazer este desfile!”

ThaizaModelo, 18 anos

“Esta foi a segun-da vez que eu vim e foi legal! A última parte foi diferente e teatral!”

A apresentação da colecção Ou-tono / Inverno, na Praça Camões, a 2 de Outubro, não poderia ter sido mais que bem conseguida através da máquina que é a ACISB e da len-te que é a Karacter Fashion Events, onde ordena o consultor de imagem e coreógrafo, Lido Palma.

Num desfile reconfigurado, ao som do dj importado FabiTwo, a re-cordar uma Semana de Moda em Pa-ris, Milão ou Rio de Janeiro, o tem-po ameno prestou o seu contributo numa noite que tão cedo não sairá da memória dos brigantinos, os tantos que marcaram presença e tiveram, assim, o privilégio de assistir a algo que em muito se assemelha ao que de melhor se faz lá fora.

A produção de moda, artilhada com 13 simpáticos manequins pro-fissionais de Classe A, foi abrilhanta-da por 2 nomes mediáticos da nossa

tivante Diana Chaves, com berço na Capital, 28 anos, actriz e manequim, bem como anfitriã de um hit de Ve-rão, em que faz dupla com Marco Ho-rácio e de onde provêm a expressão, agora popular, “Soltem a parede”.

Imediatamente após o Dia Mun-dial da Música, apresentou-se a 7ª Edição do “Bragança é Moda”, com o intuito de mostrar ao público os vários looks de que dispõe nas duas estações que se seguem e que poderá espreitar nas lojas do comércio tra-dicional da cidade. O look militar / aviador, inspirado nos anos 40, onde impera a sofisticação e a austeridade; e o visual rockeiro, inspirado nos anos 80, onde predominam as lantejoulas, os brilhos associados aos vestidos curtos, com destaque para os ombros estruturados e assimétricos.

Numa produção que contribui, de vasta maneira, para a agenda cultu-ral da cidade e que eleva o seu centro histórico a outro patamar, registou-se ainda um espaço cultural, traduzido na abertura do evento pela actuação da Escola de Dança de Salão da Junta

ACISB organizou um grande espectáculo digno de reparo

de Freguesia da Sé. O próprio presidente da Associa-

ção Comercial, Industrial e de Servi-ços de Bragança (ACISB), em decla-rações ao Jornal Nordeste, sublinhou a importância de criar com este even-to uma marca para a cidade, corrobo-rando, “estamos no bom caminho”. Questionado sobre se seria ou não uma fashion victim, contextualiza: “não sou um perito em moda mas tenho uma preocupação que, de res-to, é aquela que todos nós devemos ter”, “gosto de andar bem preparado, obviamente”. Quanto à parceria com a Karacter, António José Carvalho remata: “equipa que vence não se muda”.

BRUNO MATEUS FILENA

Afonso e Diana incendia-ram desfile promovido pela

ACISB e iluminaram o últi-mo “Bragança é Moda” de 2009

praça, o versátil Afonso Vilela, 39 anos, nascido na freguesia costeira de Carcavelos, modelo e actor, e a ca-

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6 de Outubro de 2009 JORNAL NORDESTE �

NORDESTE REgIONAL

LavagensMARQUES

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Parque do Feira NovaBRAGANÇA

CASOS DE POLÍCIA

… em flagrante

Envie-nos as suas sugestões para [email protected]

Calvelhe - Bragança50 quilos de can-nabis apreendidos

A GNR de Bragança apreendeu, na passada quarta-feira, 32 plantas de cannabis na aldeia de Calvelhe. A droga estava num terreno, situado a 20 minutos da localidade, de difícil acesso.

O Núcleo de Investigação Crimi-nal já estava a investigar o caso há al-gum tempo, fazendo várias acções de vigilância para identificar o autor da plantação. Num local ermo, só aces-sível a pé, encontravam-se 32 plantas de cannabis sativa, entre os 70 centí-metros e 3 metros de altura e pesavam cerca de 50 quilos.

Nesta operação foi detido um in-divíduo de 45 anos, natural e residente em Calvelhe, que já tinha anteceden-tes criminais, em Espanha, pelo mes-mo tipo de crime.

Só este ano, a GNR já fez 16 apre-ensões de droga no distrito de Bragan-ça.

França - BragançaTrabalhador da Câmara agredido

Um funcionário da Câmara Muni-cipal de Bragança foi agredido, na ma-nhã da passada quarta-feira, por um indivíduo encapuzado, junto à cen-tral de produção de energia de Prado Novo, perto do antigo viveiro das tru-tas da aldeia de França.

Quatro sujeitos encapuzados se-guiam numa viatura, sem matrícula, no caminho que dá acesso à central e abordaram o funcionário, que se re-cusou a falar com o indivíduo, que fa-lava espanhol. O homem encapuzado agrediu o trabalhador da autarquia na perna, com um bastão, mas este ainda respondeu com um ferro e conseguiu fugir. A vítima refugiou-se no interior da central de produção de energia, de onde pediu socorro a um superior por telefone. Quando a GNR chegou ao local, os indivíduos já tinham fugido, mas furaram os quatro pneus do jipe da autarquia em que o funcionário se deslocava.

O trabalhador agredido apresen-tava algumas escoriações, pelo que foi assistido na Unidade Hospitalar de Bragança. A autarquia já apresentou queixa na GNR, que está a investigar o caso.

Médica vai a tribunal

SANDRA CANTEIRO

Obstetra de Mirandela será julgada pelo “crime de re-cusa de médico”

Quase sete anos depois do nas-cimento de Gonçalo e outro tanto tempo de luta por parte dos pais, a médica obstetra do Hospital Distrital de Mirandela (HDM) vai ser julgada perante tribunal colectivo pelo crime de recusa de médico.

O caso remonta a Fevereiro de 2003, quando Isabel Bragada deu entrada no HDM para dar à luz ao pequeno Gonçalo sem o acompanha-mento da médica obstetra, apesar de se encontrar em regime de presença.

Mediante dificuldades em reali-zar o parto, os profissionais de saúde tentaram contactar diversas vezes a obstetra que, às 17 horas se ausentou daquela unidade de saúde para a sua casa.

Só depois das 21 horas é que a médica compareceu no HDM, altura em que nasce o Gonçalo, após um pe-ríodo de sofrimento fetal agudo que “revelava asfixia perinatal”. Em sequ-ência desta situação, o bebé nasceu

com paralisia cerebral e epilepsia e incapacidade permanente na ordem dos 95 por cento, problemas que te-riam sido evitados caso a arguida ti-vesse prestado “o auxílio médico ne-cessário solicitado, em tempo útil”.

Assim sendo, a obstetra “incorreu na prática, em autoria material, na forma consumada, de um crime de recusa de médico, agravado pelo re-sultado”, pode ler-se no documento

de instrução do Tribunal de Miran-dela.

Recorde-se que os pais do Gonça-lo viram, em 2007, uma queixa-crime contra a médica ser arquivada pelo Ministério Público. Contudo, depois da Inspecção-Geral das Actividades e Saúde ter ditado a suspensão da obs-tetra por 90 dias, os pais requereram, em Outubro de 2007, a abertura de instrução.

Justiça começa a ser feita para gonçalo

Há meses que esta grua está “estacionada” nesta rua de Bragança, em Vale Chorido. Será que está à espera do autocarro? Além disso, a árvore é imprópria para pessoas alérgicas e o seu corte já foi exigido à Câmara Municipal.

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� 6 de Outubro de 2009 JORNAL NORDESTE

NORDESTE REgIONAL

EDP apoia projectossociais na região

Escola Augusto Moreno previne-se da gripe A T.B.

Agrupamento apresentou plano de contingência que determina os passos a dar em caso de suspeita da doença

O Agrupamento Augusto More-no, em Bragança, já adoptou uma série de medidas para prevenir a con-taminação das crianças, professores e funcionários com gripe A. Para pôr o plano de contingência em marcha, a instituição adquiriu doseadores de detergente desinfectante, toalhetes de papel e sticks de álcool/gel, que são disponibilizados nas instalações sanitárias e em todas as salas de

aula.Para os alunos que fiquem doen-

tes, o agrupamento está a concentrar esforços no sentido de serem optimi-zadas estratégias de substituição do trabalho presencial pelo teletrabalho, através da utilização das tecnologias de informação.

Na sessão de apresentação do pla-no de contingência, onde estiveram presentes os encarregados de educa-ção, também foram dados a conhecer os passos a seguir em caso de haver sinais de gripe. Caso um aluno tenha sintomas deverá ser encaminhado, de imediato, para a sala de isolamento e contactar a Linha de Saúde 24.

Recorde-se que já foram detec-tados casos de gripe A no distrito de Bragança, mas sem resultados gra-ves.

TERESA BATISTA

Programa EDP Solidária Barragens aberto a insti-tuições da zona do Baixo Sabor, Foz Tua, Bemposta e Picote

A EDP vai apoiar projectos de solidariedade social promovidos por instituições da região de Trás-os-Montes e Alto Douro, nomeadamente na zona de influência das barragens de Bemposta, Picote e dos futuros empreendimentos que vão surgir no Baixo Sabor e em Foz Tua.

O investimento social de 100 mil euros será distribuído pelos projectos que mais contribuam para a melho-ria da qualidade de vida da popula-ção, com prioridade para aqueles que envolvam pessoas socialmente des-favorecidas, bem como a integração

de comunidades em risco de exclusão social.

O programa EDP Solidária Barra-gens faz parte do conjunto de acções de promoção de desenvolvimento lo-cal que o grupo levará a cabo em pa-ralelo com o plano de investimentos hidroeléctricos. A empresa procura

assim garantir que os benefícios trazi-dos ao País pelo aproveitamento dos seus recursos hídricos sejam também partilhados pelas populações que vi-vem junto às barragens.

Nesta edição serão contempladas as áreas de influência dos reforços

de potência e constru-ção de novas b a r r a g e n s , designada-mente nos concelhos de A l f a n d e g a da Fé, Alijó, C a r r a z e d a de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mo-g a d o u r o , Mirandela, Murça, Tor-

re de Moncorvo e Vila Flor. Os pro-jectos serão seleccionados por um júri constituído por representantes de instituições regionais. O prazo de candidaturas decorre até ao próximo dia 2 de Novembro. O regulamento pode ser consultado nos sites www.edp.pt e www.fundacao.edp.pt.

Bebé nasce no IP4

Foi realizado mais um parto den-tro de uma ambulância quando seguia para a maternidade da Unidade Hos-pitalar de Bragança. Os Bombeiros Voluntários de Vila Flor foram chama-dos, durante a madrugada da passa-da sexta-feira, ao Centro de Saúde de Vila Flor, para fazerem o transporte de uma grávida de Seixo de Manhoses.

A grávida já estava em fim de tem-po de gestação e entrou em trabalho de parto quando a ambulância seguia no IP4, junto ao cruzamento de Vale de Nogueira. A enfermeira que acompa-nhava a utente considerou que o bebé teria que nascer de imediato, pelo que o parto foi feito dentro da viatura. A intervenção decorreu com sucesso e a mãe e o bebé foram assistidos, no lo-cal, pela equipa médica da VMER e, posteriormente, foram levados para o Hospital de Bragança.

Ensino SuperiorMBA une Bragança e Valladolid

Alunos do IPB assistiram à apresentação do MBA

Os empresários transmontanos ou, simplesmente, licenciados po-dem adquirir mais competências e conhecimentos através de um MBA Internacional em Administração e Direcção de Empresas.

Promovida pela Fundação San Pablo, de Castilla y León (Espanha), a formação resulta de uma parceria com o Instituto Politécnico de Bra-gança (IPB), cujo protocolo foi cele-brado há cerca de duas semanas.

“Este MBA prevê a colaboração de docentes do IPB que leccionarão módulos em Valladolid, sendo que, também, receberemos alunos espa-nhóis para algumas aulas e conhecer o tecido empresarial da região”, ex-plicou o presidente da Escola Supe-rior de Tecnologia e Gestão (ESTIG), Albano Alves.

Já o director académico do MBA Internacional, Enrique Espinel, su-blinhou que o objectivo é “capacitar os nossos alunos nas áreas da direc-ção e da gestão de empresas”. Na óptica do responsável, esta parceria entre Portugal e Espanha justifica-se pela existência de “muitas activida-des económicas e empresariais con-juntas e pela necessidade de formar profissionais que sejam capazes de desenvolver a sua acção”.

Assim, o MBA Internacional em Administração e Direcção de Em-presas, com 500 horas de formação, destina-se a empresários, licenciados e estudantes no último ano do curso que estejam à procura do primeiro emprego.

Recorde-se que, além desta for-mação, o IPB promove, também, nove mestrados. Este ano, arrancam, pela primeira vez, as formações em Contabilidade e Finanças, Engenha-ria da Construção e Tecnologia Bio-médica.

Sandra Canteiro

Barragens geram benefícios sociais

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6 de Outubro de 2009 JORNAL NORDESTE �

Leite Biológico cresceno Planalto Mirandês

Dirigentes da AgROS estiveram em Mogadouro para debater as potencialidades do sector

FRANCISCO PINTO

AgROS e Cooperativa de Mogadouro celebram protocolos para dinamizar produção biológica nos concelhos do Planalto Mirandês

A AGROS, em parceria com a Coo-perativa Agrícola Sabodouro, assinou os primeiros quatro protocolos com

produtores pecuários do concelho de Mogadouro com vista à produção de leite biológico.

A cerimónia decorreu, na passa-da quarta feira, no Auditório da Casa da Cultura de Mogadouro, onde se reuniram homens da terra, autarcas, dirigentes e técnicos daquela marca que labora em Vila do Conde.

Este novo desafio colocado pela empresa transformadora visa um fu-turo mais equilibrado no âmbito da produção leiteira.

“Esta produção pode ser conside-rada como um bom desafio, sendo já

encarada como uma forma equilibra-da na produção leiteira. O mercado está cada vez mais a pedir produtos biológicos de origem láctea”, explicou Rui Dias, da Agros.

Após vários estudos, a região do Planalto Mirandês é considerada como excelente para a produção de

leite biológico.A venda de produtos biológico

deixou de ser considerada como “um nicho de mercado”, uma vez que, só em Portugal, há cerca de 150 mil con-sumidores. Já alguns países, como a Dinamarca, optam por comprar pro-

dutos lácteos de origem biológica. Apesar de ser um segmento que está agora a começar, os agricultores não podem perder a embalagem de forma a tornarem-se mais competitivos.

Estes protocolos são os primeiros em Trás-os-Montes, sendo que, na região beirã, já há dois produtores biológicos.

Portugal acolhe cerca de 150 mil consumidores de produtos biológicos e a tendência é con-tinuar a crescer

Na opinião de Francisco Ribeiro, um dos quatro produtores que cele-brou o acordo, atendendo à crise que se faz sentir no sector leiteiro, ainda é prematuro fazer planos para o futu-ro. No entanto, não deixa de ser uma oportunidade de futuro a qual pode vir a reduzir alguns custos de produ-ção.

Por seu lado, Luís Moreira, outro produtor envolvido no novo projecto, garante que o futuro da agricultura está na produção biológico, já que no modo extensivo poderá verificar-se um aumento nos lucros.

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� 6 de Outubro de 2009 JORNAL NORDESTE

NORDESTE RURAL

100 anos de históriaspara contarHabitante de Vilares da Vilariça (Alfândega da Fé) apagou as velas com um sopro de alegria

Os anos passam mas Albertina Anunciação Morais continua com muita alegria de viver. Aos 100 anos, esta habitante de Vilares da Vilari-ça, no concelho de Alfândega da Fé, respira Saúde e vontade de continuar a sorrir ao lado daqueles que lutam pelo seu bem-estar.

Nascida a 17 de Setembro de 1909, Albertina já atravessou dois séculos e tem muitas histórias para contar.

No dia em que comemorou o seu centenário, a idosa reuniu cerca de 40 familiares e amigos num jantar em sua casa. Centenária pôs aldeia em festa

“Trasga ao Vivo”FRANCISCO PINTO

grupo do Planalto assume-se como o elo de ligação de todos os elementos em torno da expressão musical mirandesa

“Trasga ao Vivo” é o nome do mais recente trabalho discográfico do vasto espólio musical do grupo do Planalto. A música tradicional mirandesa é o ponto de partida para a criatividade dos vários instrumentistas das terras de Miranda, que tentam preservar as mais genuínas e ancestrais melodias desta região fronteiriça.

Liderado pelo instrumentista Célio Pires, fazem, ainda, parte do grupo nomes como Tó André, Sérgio Martins, Domingos João, David Fal-cão e Tiago Martins. Os artistas tra-

zem ao panorama musical um novo trabalho, com uma construção rítmi-ca “muito potente”, particularmente adquada para as actuações ao vivo. Os “Trasga” apresentam em conjun-to com esta estreia discográfica uma proposta documental da energia co-municativa que caracteriza os seus concertos.

“Somos músicos provenientes de várias aldeias do concelho de Miran-da do Douro.

A nossa formação é considerada pelos críticos como inovadora, devido ao facto de incorporar novos temas (compostos por Célio Pires), escritos e com clara e inequívoca filiação na corrente mais expressiva da música tradicional mirandesa”, explicou Má-rio Correia, da editora “Sons da Ter-ra”, que é responsável pela edição do disco.

O novo trabalho inclui temas como Passacalhes, Hourizontes, Las

Elementos do grupo são todos provenientes do Planalto Mirandês

Hourtinas, L Pingacho ou Antre Bar-cegos i Gamones.

Se o grupo está ligado às raízes musicais da região mirandesa, tam-bém o nome do grupo não deixa de ser curioso, já que “Trasga” é uma argola de madeira, na qual é amarrada uma corda de cabedal, ligando a argola ao jugo dos animais de onde é retirada a

força para mover um arado. Os “Trasga” garantem que ser-

vem de elo de ligação entre um ins-trumento musical e a própria música. “Sendo aquela peça uma argola, sig-nifica a união de todos os elementos da formação em torno da expressão musical mirandesa”, explicou Célio Pires.

Folclore anima Macedo de CavaleirosCinco grupos oriundos de diversos pontos do País animaram a festa transmontana

Macedo de Cavaleiros re-cebeu, no passado sábado, mais uma festa das danças e cantares tradicionais. O Festi-val de Folclore subiu ao palco da Praça das Eiras, transmi-tindo muita animação ao pú-blico presente.

A data coincidiu com as comemo-rações do 32.º aniversário do Grupo Cultural e Recreativo da Casa do Povo de Macedo de Cavaleiros, o anfitrião do festival.

O evento contará, ainda, com a actuação do grupo da Associação Cultural e Recreativa de Santo André de Vila Boa de Quires (Marco de Ca-naveses), Grupo Folclórico da Casa do Povo de Barqueiros (Mesão Frio), Grupo Folclórico e Etnográfico de

Almagreira (Pombal) e Orquestra Tí-pica e Rancho da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra.

Fundado em Outubro de 1977, o Grupo Cultural e Recreativo da Casa do Povo de Macedo de Cavaleiros tem procurado manter viva a identi-dade cultural da terra e das suas gen-tes, através da busca incessante das danças e cantares típicos de Macedo de Cavaleiros. O grupo é reconhecido no concelho e tem vindo a afirmar-se nos diversos locais por onde tem pas-sado, em Portugal e além fronteiras.

Rancho de Macedo foi o anfitrião do Festival

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6 de Outubro de 2009 JORNAL NORDESTE �

LUgARES

VOZESCandoso: terra da maçã e amêndoa

Maria Morais – 81 anos“Nasci em Can-

doso e aqui perma-neço. Podia estar a viver em Lisboa, mas prefiro continuar na minha terra. Temos a igreja matriz que é muito bonita, uma capelinha e a Fraga do Ovo que é mui-to visitada”.

Maria do Céu – 70 anos“Candoso é terra

de maçã e amêndoa. Em tempos, eram uma fonte de riqueza para muitos habitan-tes, mas, actualmente, apenas alguns tiram lucro da venda desses

frutos”.

guilhermina dos Santos– 74 anos

“Produzo amêndoa para vender e ainda não sei que preço terá este ano. Antigamente, ren-dia bastante e cheguei a vender bastantes quan-tidades para o Cachão, o que era muito rentável”.

Manuela Caetano – 76 anos“Nasci noutra ter-

ra, mas gosto muito de Candoso. Por ano, pro-duzimos cerca de 100 quilos de amêndoa. Dá muito trabalho, porque temos que a preparar

para a vendermos a quem passa por aqui para a comprar”.

Dedicados a São Sebastião

Celebrado a 20 de Janeiro, São Sebastião é o orago de Candoso. Ao que se sabe, o santo era de Gália, onde actualmente é o território de França, e chegou a ser oficial da Guarda Imperial, sob as ordens de Diocleciano que o condenou depois de saber que era cristão.

Morreu crivado com as flechas dos restantes soldados, seus próprios companheiros.

A matrona Lucina tratou que fosse sepultado nas catacumbas da via Ap-pia, em Roma (Itália).

A primitiva ermida que Candoso dedicou a São Sebastião deverá ter sido fundada nos princípios da Nacionalidade.

SANDRA CANTEIRO

Freguesia foi palco de bata-lhas entre, segundo o povo, portugueses e castelhanos

Da estrada principal, que liga Vila Flor a Carrazeda de Ansiães, não é possível ter noção da dimensão e pe-culiaridade que surge com Candoso.

À medida que se percorrem as ruas principais, as tonalidades fortes com que casas tradicionais foram tin-gidas e os cheiros típicos de aldeias pequenas avivam memórias. Janelas, portadas, ombreiras e ruas calcetadas completam o quadro idílico daquela aldeia que dista sete quilómetros de Vila Flor.

A pouco e pouco, os habitantes da freguesia foram construindo perto da Estrada Nacional 214, pelo que o an-tigo centro de Candoso acolhe, agora, os edifícios mais antigos e o patrimó-nio mais relevante da aldeia, como a igreja matriz, a capela e o lugar dos Mitalmas ou Milalmas. Trata-se de um local onde, segundo as crenças populares, terá decorrido uma bata-lha entre portugueses e castelhanos. Um documento do Arquivo distrital de Bragança comprova que, de facto, se deu uma luta entre João Rodrigues Carreiro de Castela e um servidor do português Mestre de Avis.

Já sobranceira à estrada entre Vila Flor e Carrazeda de Ansiães, er-gue-se a Fraga do Ovo, cartão de visi-

Ruelas típicas fazem as delícias dos turistas

ta de Candoso. Da família das pedras bolideiras, este tipo de rochas eram utilizadas pelos povos pré-históricos para prestarem culto aos seus deuses, o que, para alguns, significa que a fre-guesia há muito que é povoada.

Produção de frutos chegou a ser vendida ao Complexo Industrial do Cachão

Predominantemente dedicada às actividades agrícolas, Candoso ain-da vive muito da produção da maçã e da amêndoa. Apesar das quanti-dades comercializadas não serem as mesmas que as de alguns anos atrás,

parte da população continua a tirar proveito da produção e venda destes produtos.

“Agora, apenas dois ou três pro-dutores têm realmente lucro com a maçã e a amêndoa, pois apanham toneladas, que vendem para algumas câmaras municipais e outras institui-ções”, informou Maria do Céu, uma habitante de Candoso.

Guilhermina dos Santos, que co-mercializa a sua produção na sua pró-pria casa diz que os lucros já não são o que eram. “Antigamente, era ren-tável, pois vendíamos para o Cachão em grandes quantidades”, recordou.

Igreja é o principal património de Candoso

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OPINIãO

ManuelSampaio da VeigaEnólogo

O vinho evoluiu ao longo do tem-po, e mudou, fruto da imaginação do homem. Fizeram-se diferentes ti-pos, alguns vinhos misturados com aguardentes, mas novos vinhos, com personalidade própria das diversas castas, do “terroir” de onde são ori-ginários e únicos das regiões que os produzem.

Percorrendo os diferentes estilos, que identificam um vinho interna-cionalmente, alguns com estatuto e mérito reconhecidos, indissociáveis de uma região ou país, encontram-se os seguintes tipos de vinho.

Os principais tipos de vinho são, Tintos, Brancos, Rosés, Vinho Espu-mante e Fortificados.

O vinho tinto é elaborado pelo esmagamento das uvas tintas, com ou sem desengace total e depositado para fermentar em cubas de inox ou lagares.

A fermentação inicia-se natural-mente, mas pode-se favorecer o iní-

Estilos de Vinho Icio com aquecimento, adição de le-veduras ou por adição de mosto em actividade fermentativa.

É fundamental que ocorra em conjunto com as películas da uva, onde se encontra o principal respon-sável pela pigmentação do vinho.

Durante a fermentação a manta vem à superfície (tradicionalmen-te chamada fervura), por acção do dióxido de carbono libertado. Para que o vinho tenha melhor qualida-de, essa manta deve ser mergulhada regularmente no mosto, durante a fermentação

A temperatura de fermentação deve ser controlada, e quando estes vinhos são fermentados a tempera-turas mais baixas resultam em me-lhores bouquet, frutados e frescos, se fermentados a temperaturas mais elevadas terão mais cor e taninos.

Após a fermentação, pode-se deixar o vinho nas massas das uvas por um período de 10 a 30 dias, com o fim de conseguir um vinho com maior potencial de envelhecimento. Os vinhos que se pretendem consu-

mir jovens, retiram-se do contacto poucos dias após a fermentação.

O vinho branco, produzir-se-á normalmente de uvas brancas, mas não exclusivamente, pois basta a au-sência das películas da uva durante a fermentação para evitar a cor, e na ausência de ar durante todo o pro-cesso evitaremos que se dêem oxi-dações indesejáveis e que se formem maus aromas.

Nos vinhos brancos correntes, as uvas são esmagadas e prensadas de seguida, sendo o sumo extraído da prensa levado a fermentar. No caso de o vinho ser feito de variedades de uvas, mais aromáticas, devemos após o esmagamento/desengace, macerá-las durante 12 a 48 horas na cuba, sem ar, com um misturador ou a adição de enzimas que favorecem a extracção dos aromas das películas.

As impurezas mais pesadas de-positam-se no fundo da cuba e a parte superior, mais límpida, retira-se para fermentar.

Podemos efectuar a esta fermen-tação de duas formas, em barris (Ba-

tonnage) ou em cubas de inox.Na fermentação do vinho branco

é sempre necessário usar leveduras (fermento) e coadjuvantes nutricio-nais, porque devido à purificação do sumo após esmagamento, prensa-gem e decantação, eliminamos vá-rias substâncias fundamentais à so-brevivência e desenvolvimento das leveduras.

A temperatura ideal de fermen-tação varia entre 10ºC e os 18ºC, e similarmente ao mosto tinto, as temperaturas baixas produzem vi-nhos ligeiros mas mais aromáticos, e as temperaturas mais elevadas dão origem a vinhos com mais corpo.

O vinho rosé é obtido por fer-mentação parcial do mosto das uvas tintas até atingir a coloração dese-jada. Os rosé de mistura de vinhos, branco e tinto, só são autorizados em França.

Estes foram os primeiros três ti-pos de produção de vinho. Na pró-xima crónica escreverei sobre os restantes tipos, Vinho Espumante e Fortificado.

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Bragança: Nunes e gomes “frente a frente”Págs. 12-13 e 16-17

Rabal: Muitos candidatospara poucos eleitoresPág. 15

Mogadouro:CDU apresenta candidatoPág. 18

Miranda do Douro: Américo Tomé confiante na sucessãoPág. 19

Argozelo: José Sena e Fran-cisco Lopes repetem dueloPágs. 20-21 e 24-25

Vinhais: Américo Pereira defende auto-estradaBragança-ChavesPágs. 22-23

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�� 6 de Outubro de 2009 JORNAL NORDESTE

ESPECIAL AUTáRQUICAS 2009

“Aeroporto vai consolidarcentralidade de Bragança”

Quando tomou posse na pre-sidência da Câmara Municipal de Bragança, Jorge Nunes, já falava na necessidade de pro-longar a A4 até Quintanilha. 11 anos depois, as obras estão no terreno, mas o edil tem mais uma pretensão em que muitos não acreditam: transformar Bragança numa plataforma lo-gística que articule três níveis de transporte: rodoviário, fer-roviário e aéreo.

Jornal Nordeste (JN) – Após 12 anos de mandato, o que é que ainda o consegue motivar para se candidatar à Câmara?

António Jorge Nunes (AJN) – Há projectos relacionados com o QREN que requerem experiência e saber para captar o máximo de recur-sos financeiros possíveis e continuar a engrandecer a nossa terra na área das acessibilidades e ambiente, no-meadamente no saneamento básico e tratamento de resíduos sólidos ur-banos.

Temos no nosso programa, por exemplo, a criação duma unidade de tratamento mecânico-biológico de re-síduos sólidos no distrito de Bragan-ça que envolve cerca de 20 milhões de euros. É um investimento que já está com intenção de adjudicar, após concurso público internacional.

Outro grande objectivo é o Aero-porto Regional de Bragança, um pro-jecto que já aprovação da autoridade aeronáutica nacional e que permitirá consolidar centralidade de Bragança em termos regionais e ibéricos face à construção da A4, à articulação da A4 com a A52, à articulação de Bragança com Léon, bem como ao acesso facili-tado que teremos ao comboio de Alta Velocidade em Puebla de Sanábria. Recordo que o troço entre Zamora e Lubián foi adjudicado há 2 semanas e contempla uma paragem em Pue-bla de Sanábria, pelo que faz todo o sentido que Bragança se prepare para completar essa plataforma logística, que articula três níveis de transporte: rodoviário, ferroviário e aéreo.

JN – Mas alguns dos opo-sitores dizem que o Aeroporto Regional de Bragança não passa de um delírio do presidente da Câmara?

AJN – Eles falam com absoluto desconhecimento e empenho nesta matéria. O aeródromo de Bragança evoluiu desde que cheguei à Câma-ra, ao ponto de ser hoje considerado o melhor da rede secundária de 24

aeródromos do País. No Sistema Ae-roportuário Nacional, sob a tutela do Ministério das Obras Públicas, surge como um aeródromo a investir para a categoria de aeródromo regional. No Plano Regional de Ordenamen-to do Território para a Região Norte também é a única infra-estrutura ae-roportuária onde estão previstos in-vestimentos, para além do Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Quem está desfasado nesta matéria são esses candidatos.

JN – Mas acha que quando a infra-estrutura existir haverá companhias dispostas a criar mais voos regulares para Bra-gança?

AJN – Enquanto não houve li-gação por via rápida, entre Porto e Bragança, faltava tráfego. Quando evoluiu para IP4 o tráfego aumentou, o que permitiu a decisão de criar uma auto-estrada, porque o tráfego já o justifica. Uma coisa arrasta a outra e é preciso começar por algum lado.

O objectivo não é desviar tráfego do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, mas ter uma perspectiva de comple-mentaridade em termos regionais. No Porto podem entrar turistas de avião, que fazem o Douro de barco e podem vir às zonas protegidas de Montesinho e Douro Internacional, partindo daqui para os seus destinos

de avião. Ou podem chegar a Bragança e

fazer o percurso inverso, embarcan-do depois no Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Acresce que as ligações re-gionais a nível europeu para zonas de comunidades de emigrantes trans-montanos também não deixam de ser uma oportunidade.

Há pouco tempo visitei o aeropor-to de Tarbes (Sul de França) e cons-tatei que ali se fazia a manutenção de toda a frota média da Air France. Hoje não se faz manutenção de aero-naves de pequena e média dimensão nos aeroportos principais, porque não há espaço ou o espaço é dema-siado caro. Uma plataforma logística associada ao Aeroporto Regional de Bragança pode fixar actividade eco-nómica também por esta via.

JN – Mas nesta matéria Bra-gança tem tido pouca sorte, pois a Aeronorte ainda não fez os 2 hangares prometidos para ma-nutenção aeronáutica e os voos para França já não existem…

AJN – Recordo que a aviação ci-vil e comercial, com a crise mundial, passou por muitas dificuldades e este não é o momento ideal para o inves-timento das empresas. No entanto, a Aeronorte saiu de Bragança por ter perdido a carreira aérea para Lisboa, mas mantém a intenção de construir

um hangar em Bragança para manu-tenção aeronáutica e hangaragem.

Por outro lado, a Aerovip está aí e já pediu à Câmara um espaço para construir um hangar para hangara-gem e manutenção aeronáutica e ofe-recemos-lhe as mesmas condições da Aeronorte.

JN – A auto-estrada para Léon é uma miragem ou está cada vez mais perto?

AJN – Estamos na primeira li-nha dessa reivindicação. Foi criada a Associação Autovia Léon-Bragança e da parte de Léon e Astúrias há um empenho fortíssimo ao nível político e das associações empresariais. Mui-tas vezes do nosso lado torna-se mais difícil, mas já há iniciativas concretas neta matéria. Em Espanha têm plena consciência que a sua ligação ao Nor-te de Portugal passa por Bragança. Sempre foi assim, mesmo com a es-trada romana Braga-Astorga. Estou convicto que este corredor vai con-cretizar-se.

Quando, em 1998, no meu discur-so de tomada de posso, salientei que Bragança não podia ficar de fora do mapa de auto-estradas, houve gente que se riu porque nem sequer o IP4 estava concluído. Mas a A4 vai ser uma realidade e a ligação até Puebla de Sanábria e a auto-estrada até Léon também o será. Ainda este ano, em período eleitoral, o primeiro-minis-tro espanhol, que é de Léon, compro-meteu-se com esta via.

Da parte espanhola o primeiro troço, entre e Léon de La Bañeza, foi recentemente adjudicado pelo go-verno espanhol. Ao definirem este primeiro troço estão a dar o primei-ro passo de um corredor que liga 3 auto-estradas: A52 (Madrid-Vigo), A6 (Madrid-La Corunha) e A4 (Por-to-Benavente).

“Em 1998, quando salientei que Bragança não podia ficar de fora do mapa de auto-estradas, houve gente que se riu porque nem sequer o IP4 estava conclu-ído. Mas a A4 vai ser uma reali-dade e a ligação até Puebla de Sanábria e a auto-estrada até Léon também o será”

JN – E quando a auto-es-trada de Léon entroncar com a A52 vai afunilar numa ligação sem perfil de auto-estrada, en-tre Bragança e Puebla de Saná-bria…

Jorge Nunes continua a bater-se pelo conceito de “Nova Centralidade”

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ESPECIAL AUTáRQUICAS 2009

AJN - Terá que haver uma ligação com outro perfil. Isso terá que acon-tecer, tanto mais que com uma para-gem do TGV em Puebla de Sanábria esta ideia ainda ganha mais sustenta-bilidade. Bragança esteve sempre ao lado dos autarcas espanhóis para que o comboio de Alta Velocidade paras-se na Puebla.

Preparámos logo um dossier para fazer ver que do lado português há um universo de 150 mil pessoas do distrito de Bragança que podem utili-zar essa paragem. Nunca reivindica-mos uma estação, porque tínhamos a noção que não justificaria, e agora o importante é que a população aceda a esse meio de transporte.

Bragança está a 28 quilómetros dessa paragem, pelo que o IP2 terá que fazer a articulação entre a A4, a A52 e a A6. Continuamos a salientar perante o Governo que é necessária uma ligação à Puebla de Sanábria com visão de futuro. Acredito que essa evolução vai acontecer, para que não seja Portugal a cometer o erro de fazer uma estrada sem perfil compa-tível com o que Espanha está a pro-jectar.

JN – Outra das suas bandei-ras é a Eco-Cidade. O que é que os bragançanos podem esperar deste conceito?

AJN – No fundo corresponde a uma estratégia de sustentabilidade para o desenvolvimento do nosso concelho e região.

Temos alguns projectos-âncora como a Rede Ecocritras, uma rede de cidades ecológicas e inovadoras que envolve mais 5 cidades em Trás-os-Montes. É um projecto já aprovado com fundos comunitários e proxima-mente será oficializado em cerimónia pública.

O BrigantiaEcopark é outra das peças importantes no sentido de qualificar e promover a economia voltada para o cluster da energia e do ambiente, incentivando a fixação de empresas tecnologicamente avan-çadas, fomentar a investigação e a inovação. Entendemos que o Parque de Ciência e Tecnologia, envolven-do um pólo em Bragança e outro em Vila Real, puxa pela coesão territorial e pela oportunidade para o Interior, minorando as desigualdades que existem na região Norte.

JN – O que é que tem falha-do no processo da barragem das Veiguinhas, que faz parte do seu programa eleitoral de 1997? Humberto Rocha diz que o se-nhor sacrificou este projecto para fazer obras que lha davam mais votos.

AJN – Bom, o candidato Hum-berto Rocha cometeu erros gravíssi-mos na sua passagem pela Câmara, que prejudicaram muito o município. Em 1989, no tempo do Eng. José Luís Pinheiro, havia um contrato progra-ma com o Governo que envolvia as 6

fases do Alto Sabor e que contempla-va todo o sistema, incluindo a barra-gem de Veiguinhas, que correspondia à 6ª fase. Tinha uma dotação de 439 mil contos e previa que a barragem das Veiguinhas fosse construída en-tre 1992-1993.

No entanto, a 26 de Agosto de 1994, já com o PS na Câmara, é pedi-da uma revisão do contrato-progra-ma em que a barragem de Veiguinhas é retirada com o argumento de que não era essencial ao abastecimento de água a Bragança. Isto para desviar os 439 mil contos e suportar outras fases das obras.

Se havia agravamento de custos e deslizamento nos projectos, o que a Câmara devia ter feito era renegociar com o Governo para obter um refor-ço do financiamento para concluir o projecto do Alto Sabor e nunca sacri-ficar Veiguinhas.

Perdeu-se uma grande oportu-nidade, porque nesse contrato-pro-grama a barragem já tinha todas as aprovações e nem sequer era neces-sário um estudo de impacte ambien-tal, pois já estava tudo aprovado pelo Ministério do Ambiente.

“O candidato Humberto Rocha cometeu erros gravíssimos na sua passagem pela Câmara, que prejudicaram muito o município (…) em 8 anos ele não fez obra e deixou a Câmara completa-mente endividada”

JN - Quando chegou à Câma-ra, em que fase estava ao pro-jecto do Alto Sabor?

AJN - Quando tomámos posse, em 1998, encontrámos um processo completamente atrasado e cheio de problemas. Havia litígios com a So-mague e com a Sociedade de Fomento e Construções, débitos elevadíssimos aos projectistas, que por esta razão não avançavam com os projectos.

Não cruzámos os braços e, já co-migo na Câmara, apresentamos o 1º Estudo de Impacte Ambiental, por-que a legislação a isso o obrigava. Foi chumbado face a um parecer negati-vo do ICN, na altura presidido pelo Arq. Carlos Guerra.

Em Março de 2005 foi chumba-da a segunda declaração de impacte ambiental e aguarda-se, agora, o ter-ceiro Estudo de Impacte Ambiental para a criação duma reserva de água idêntica à solução inicial. Há um pro-jecto novo em termos de engenharia, um conceito novo de exploração, mas que garante uma reserva de água es-tratégica para o futuro de Bragança. Penso que desta vez vai imperar o bom senso.

JN – Mas o candidato inde-pendente diz que o senhor é que foi inoperante e até o acusa de ter trabalhado contra o execu-

tivo camarário PS, quando era chefe de Divisão de Obras.

AJN – Isso é uma tontice por uma razão: em 8 anos ele não fez obra e deixou a Câmara completamente en-dividada. Nessa altura, o sector ope-rário da Câmara começava a traba-lhar às 8 horas e a essa hora eu era a única pessoa que já estava a cumpri-mentar o pessoal e a ver a orientações para onde saíam. Dei o meu melhor a este município e, se assim não tives-se sido, como é que os cidadãos me teriam dado o seu voto de confiança em 1997? Quando tomei posse havia pessoas que diziam: “ele já tem o seu mandato feito, basta que pague as dí-vidas que o município tem”.

Não cruzámos os braços, fizemos o maior ciclo de investimento do mu-nicípio, triplicamos o seu património e reduzimos a dívida da Câmara de forma significativa.

Quem de facto não trabalhou foi a gestão socialista. A afirmação do candidato Humberto Rocha é de uma pessoa que não sabe o que está a falar, que perdeu tempo e deixou o município numa situação de desgo-verno completo. Quando tomámos posse tínhamos uma cidade com 87 ruas em terra batida, sem uma biblio-teca, sem um equipamento cultural, sem uma piscina aquecida, sem uma central rodoviária. A cidade estava desprotegida.

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Lista de candidatos do PSD à Câmara Municipal de Bragança

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�� 6 de Outubro de 2009 JORNAL NORDESTE

ESPECIAL AUTáRQUICAS 2009

Sambade, num contexto significativamentediferente do de um passado ainda não longínquoLOURDES GRAÇA CAMELO

Sambade tem sofrido, nos últi-mos anos, perdas irreparáveis, por diversos motivos.

A perda patrimonial, a que nos referimos na obra: Santa Maria de Sambade (2008), muito particular-mente à residência paroquial, imó-vel, pelo menos do século XV, cuja descrição muito bem regista o Tom-bo da Igreja (1591). Também a Casa do Povo, arquitectura de Raul Lino, um dos baluartes do Estado Novo, foi substituída; a fonte da Gricha soter-rada, aquando da construção da nova Casa do Povo, designada por fonte do arco, no Tombo da Igreja, património de 500 anos. A descaracterização do Património religioso, muito concre-tamente as capelas.

Forte incúria do poder central que não sabe inventariar, sequer o Património do País, acautelando as-sim os desmandos, motivados pelo desconhecimento, do poder local.

Referimos ainda, a degradação progressiva de outros imóveis, caso de uma casa (Século XVII-XVIII), a que aludimos na obra atrás referida, da qual não resta senão uma facha-da, com duas janelas em avental e uma porta com molduras em granito , rematadas por uma concha., traços identificativos do estilo da época. Também outros bens, casas típicas, que desaparecem todos os dias

Apesar das grandes modificações por que tem passado, Sambade con-tinua a ser a maior freguesia do Con-celho. Em termos populacionais, foi sempre a maior freguesia do Conce-lho, com população muito superior à da Vila, vejamos o quadro:

A variação numérica da popula-ção de Sambade registada no quadro evidencia um período de franco pro-gresso demográfico. De 1527 a 1758, num período de tempo, aproxima-damente de 231 anos, verificou-se um aumento populacional de mais de 700%, acompanhando, de resto, a evolução demográfica do País.

A partir dos anos 70, a descida demográfica acentuou-se cada vez mais. Assistimos a uma explosão de-mográfica da Vila que, politicamen-te, criou condições para chamar a si uma fatia considerável da população das aldeias vizinhos, e de Sambade também. Os censos de 2001 estão já muito ultrapassados a partir daí, en-tretanto, faleceram cerca de 100 pes-soas e, no mesmo período, nasceram apenas 15 crianças, uma das quais recentemente.

Se quisermos inquirir da grande-za demográfica em relação a terras circunvizinhas, e recorrendo aos da-dos de Pina Manique (1798) que na Comarca de Moncorvo, apenas Torre

de Moncorvo, Nossa Senhora da As-sumpção, tinha mais população, 351 fogos, e em Mirandela, Nossa Senho-ra da Encarnação era mais populosa com 329 fogos.

Se acrescentarmos a estes dados os “Notáveis” que estiveram ligados à Igreja, e que fizemos questão de referenciar em capítulo próprio, em Santa Maria de Sambade, facilmente concluiremos que era uma terra ape-tecida pela sua importância e grande-za. Esta nossa opinião é corroborada pelo Abade de Baçal e também pelo professor João Vilares. Pinho Leal chega a afirmar que terá havido aqui uma colegiada e a permanência de 18 padres de missa.

Sambade, como agregado popu-lacional, fortaleceu-se à sombra de uma Igreja que tinha poder e riqueza. O documento mais antigo que indicia a sua im-portância a p a r e c e No Catálo-go de todas as Igrejas Commen-das e Mos-teiros que havia nos Reinos de P o r t u g a l e Algar-ves, pe-los annos de 1320 e 1321, com a lotação de cada uma d ´ e l l a s . (Viv ia-se a guerra contra os infiéis, en-tão o Papa João XXII, concedeu a D.Dinis a décima de todas as rendas

eclesiásticas do reino. Sambade foi taxada em 135 libras. Na inventaria-ção dos rendimentos, encontra-se em 5º lugar em relação às igrejas de Bragança e em 4º, em relação às de Lampaças. A existência de um núme-ro elevado de missais que inventaria-mos, arquivo paroquial, indicia ne-cessidades eucarísticas simultâneas.

Apesar deste passado de glória, Sambade tem perdido sucessivamen-te importância não pelo demérito dos Sambadenses que notabilizaram Sambade e toda a região, mas por ou-tras razões. O nome dado à casa da cultura do Município, um vulto das artes, mas que os Alfandeguenses não conheciam implicou a existência de muitas obras de arte, espalhadas por espaços diversos da Vila, a con-tento de todos, sem dúvida. A desig-nação deste centro cultural deveria

ser o nome do Sambadense João Vi-lares, pois considero que não se pode estudar a História do Nordeste sem passar pela leitura de muitas obras que escreveu.

Um outro registo que gostaria de salientar foi a mudança de nome da Estalagem Nossa Senhora das Neves. A actual designação deste empreen-dimento turístico em nada o identifi-ca, não há sintonia entre o significan-te e o significado. É uma espécie de pronto a vestir que serve a qualquer empreendimento do género.

Esta mudança julgo que não será por que a Senhora das Neves é a “Nossa Senhora” dos sambadenses.

A concentração massificadora de todas as escolas na sede do Con-celho, podendo ter um Pólo Escolar em Sambade, não terá razões apenas logísticas. Na publicação da obra de investigação, da minha autoria e do catedrático Geraldo Coelho Dias, a autarquia marcou presença pela au-sência. Julgo que não terá sido pelo desmerecimento da obra, mas pela origem da sua autora.

Também não adquiriu nenhum livro, mesmo para arquivo da Biblio-teca, apesar de ter sido instado para isso. (As receitas revertiam a favor das obras da Igreja).

. Por detrás de nós virá quem bom de nós fará, diz o povo. Neste caso, penso que não será assim, ve-nha quem vier, que venha por bem, mas terá, certamente, mais respeito pelos da serra, ou seja pelo povo de Sambade.

A

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6 de Outubro de 2009 JORNAL NORDESTE ��

VOZES

ESPECIAL AUTáRQUICAS 2009

4 candidatos disputam Junta de Rabal

Manuel Rodrigues - 57 anos“Sempre votei na

freguesia de Rabal e nunca me lembro de haver cá tantas candi-daturas. Havia sempre uma ou duas. Agora temos mais onde escolher”.

João Rodrigues - 59 anos“Eu acho que é

bom haver tantos can-didatos. Não noto que as pessoas andem divi-didas. Até parece que têm medo de mostrar

de que lado é que estão”.

Daniel Pires - 64 anos“Sou eleitor de

Rabal há muitos anos. Não tenho me-mória de haver tan-tas candidaturas à Junta. A média era sempre dois candi-datos em cada acto eleitoral.

Manuel Pires - 90 anos“Não tenho me-

mória de tantas can-didaturas. Acho que chegavam bem dois candidatos à fregue-sia.”.

Manuel Pinelo - 53 anos

“Não é da minha lembrança haver tan-tos candidatos à Jun-ta de Freguesia. Com quatro candidaturas é natural que as pessoas fiquem mais divididas”.

TERESA BATISTA

Freguesia com 313 eleitores regista o maior número de candidaturas de sempre

Rabal é a freguesia rural do con-celho de Bragança que regista um maior número de candidaturas às eleições autárquicas. PSD, PS, CDU e uma lista independente disputam a Junta de uma aldeia onde estão ins-critos, apenas, 313 eleitores.

No próximo domingo é a primeira vez, de que há memória, que os cida-dãos de Rabal vão ter quatro opções distintas para a autarquia. O Jornal NORDESTE foi à freguesia saber a opinião dos eleitores sobre o vasto leque de escolhas e falou com os can-didatos sobre as propostas.

Apesar da maioria das pessoas considerar que são muitas caras dife-rentes para pouco mais de três cen-tenas de votantes, até acham graça ao facto de haver diversidade. No en-tanto, analisando as propostas eleito-rais dos quatro candidatos chega-se à conclusão que a maior diferença são as cores partidárias, visto que as me-didas que fazem parte dos programas são semelhantes.

Confrontado com esta situação, o actual presidente da Junta e candida-to social-democrata, Paulo Herme-negildo, acusa mesmo os socialistas de lhe terem copiado o programa, ao defenderem a criação de mini-hídri-cas na aldeia, um projecto que já está a ser desenvolvido pelo actual execu-tivo. “O PS promete mini-hídricas, copiando o meu caderno eleitoral. Já há 4 anos fizeram o mesmo. Mas fico contente, porque é sinal que eles não têm iniciativa e que eu tenho ideias”, sublinha o autarca.

O candidato do PSD não poupa críticas aos socialistas e acusa al-guns elementos do partido de só se lembrarem da freguesia em época de eleições.

Com obra feita, Paulo Hermene-gildo candidata-se ao 3º mandato em nome da melhoria da qualidade de vida da população. “Quero-me em-penhar decididamente na construção do lar, canalizando para este equipa-mento as verbas resultantes da ener-

gia eólica, visto que já assinámos os contratos com a Airtricity”, enfatiza o candidato.

A par desta “grande obra”, o PSD também promete concluir o sanea-mento na aldeia, construir a mini-ETAR deputadora, criar o bairro de S. Sebastião, construir uma nova barragem e apostar em mini-hidricas para produção de energia.

CDU e “Movimento Sempre Presente XIII” apresentam-se, pela primeira vez, ao eleitorado de Rabal

Já a candidatura do PS é liderada por António Alfredo Pires. O número dois da lista, João Lázaro, considera que tantas candidaturas podem re-tirar votos ao partido rosa, visto que as pessoas ficam mais divididas. No entanto, considera que “é um sinal de democracia, visto que há muita pres-são no eleitorado por parte do PSD”.

No que toca a medidas para a al-deia, os socialistas também apostam nas energias renováveis, através da transformação das barragens de re-gadio em mini-hídricas para produ-ção de energia. A construção de uma mini-ETAR para resolver o problema dos esgotos que correm para o rio Sa-bor, a implementação de uma Feira

da Castanha e de um festival temá-tico, bem como a elaboração de um protocolo com o IEFP para instalar computadores são, igualmente, ban-deiras da candidatura do PS.

A CDU e o “Movimento Sempre Presente XIII” apresentam, pela pri-meira vez, uma candidatura a esta freguesia, motivada pela discórdia com o actual executivo.

Na óptica do candidato comu-nista, Augusto Santos, há projectos essenciais que o PSD não conseguiu concretizar. Por isso, a CDU prome-te construir uma casa para os idosos, concluir o saneamento, rentabilizar a Casa do Povo, construir uma ETAR para acabar com a poluição no rio Sa-bor e investir na limpeza da aldeia.

Pedro Afonso, candidato pelo “Movimento Sempre Presente XIII”, apresenta-se como uma alternativa e denuncia situações que considera “vergonhosas” na freguesia.

“É uma vergonha uma aldeia como Rabal não ter uma mini-ETAR. A água da barragem de Montesinho tem sabor aos produtos de tratamen-to, pelo que queremos trazer a água da captação antiga para fontanários, para que as pessoas possam utilizar esta água para beber. Também defen-demos que o rio Sabor tem que voltar ao antigo leito, para que as pessoas possam ter água suficiente para re-

gar”, enumera o candidato.Na óptica de Pedro Afonso, as

quatro candidaturas são positivas. “Haver opiniões diferentes é positi-vo, visto que há mais motivações de trabalho”, concluiu o candidato inde-pendente.

Candidatos do PSD, PS, CDU e Independente na corrida à Junta de Rabal

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ESPECIAL AUTáRQUICAS 2009

“PSD leva Humberto Rocha ao colo”ENTREVISTA: JOÃO CAMPOS

Candidato do PS à Câma-ra de Bragança, Jorge Gomes, acusa o independente Humber-to Rocha de estar a apelar ao voto na lista laranja de Jorge Nunes. E vai mais longe quan-do se fala da campanha do Mo-vimento Sempre Presente XIII: “tem que haver alguém com su-porte financeiro por trás”

Jornal Nordeste (JN) – Teme que o Dr. Humberto Rocha reti-re votação ao PS, visto que é mi-litante há largos anos?

Jorge Gomes (JG) – Nunca entendi, nem entendo, que alguém faça uma candidatura independente mantendo-se militante de um par-tido. Também não entendo que ele se apresente com uma candidatura independente contra o PS, o que é ainda mais grave. Mas também ainda não entendi nem percebi o que está por trás do Dr. Humberto Rocha. É que, pelo que se vê, ele tem mais meios do que eu tenho. A minha can-didatura e a do PSD recebem verbas do Orçamento de Estado. A dele não recebe de nada nem ninguém. Tem que haver alguém com suporte finan-ceiro por trás. Já me disseram que ele é rico e está a gastar dinheiro dele, mas a política ainda não é assim. É necessário que todos saibamos, com transparência, qual é o suporte finan-ceiro da sua candidatura.

O Dr. Rocha recolheu as assina-turas com muita facilidade, porque teve muita gente a ajudá-lo, gente que está preocupada com a minha candidatura.

JN – Quando fala de “ajuda”, está a falar de elementos afectos à candidatura do PSD?

JG - Há contornos nesta candida-tura que nos deixam surpreendidos. Não entendemos como é que numa reunião em que estão delegados de vários partidos para discutir a com-posição das mesas de voto, ficámos surpreendidos quando vemos que a pessoa que integra a lista do PSD é a que vai representar a lista do Dr. Rocha. Isto aconteceu em Donai, na presença dos delegados dos vários partidos. A pessoa que representava a candidatura do Dr. Rocha nessa reunião era uma pessoa que faz parte da lista do PSD.

Podem ser amigos, mas na políti-ca tudo deve ser claro e transparente. O PSD está a levá-lo ao colo e há coi-sas que começam a clarificar-se, por-que o Dr. Rocha já fez o apelo ao voto no Eng. Jorge Nunes, concretamente num comício em Pinela.

Mas quem decidirá é o povo que há 12 anos decidiu tirar o Dr. Rocha do executivo camarário.

“Ainda não entendi o que está por trás do Dr. Humberto Rocha. O PSD está a levá-lo ao colo e há coisas que começam a clarificar-se, porque o Dr. Rocha já fez o apelo ao voto no Eng. Jorge Nunes, concretamente num comício em Pinela”

JN – Jorge Nunes acusa-o de, enquanto governador civil de Bragança, nada ter feito para resolver o problema da Loja do Cidadão e da Barragem de Vei-guinhas. Quer comentar?

JG – Quando o actual presi-dente da Câmara diz que eu devia ter ajudado na Loja do Cidadão, eu quero-lhe dizer que tive responsabi-lidade na abertura de algumas Lojas do Cidadão no distrito de Bragança, nomeadamente em Vimioso e Freixo de Espada à Cinta. E não abrimos em Bragança porque temos um autarca que está virado para dentro.

A primeira hipótese que nos põe é construir a Loja do Cidadão junto à Segurança Social. A segunda proposta foi junto ao Teatro Municipal e agora põe no programa eleitoral que quer a Loja do Cidadão no centro da cidade. Ora, o presidente da Câmara andou a brincar com esta questão, porque se, na devida altura, dissesse que queria

a Loja do Cidadão no centro da cida-de, a Loja do Cidadão já estaria feita, só que há uma coisa que o presidente da Câmara ainda não percebeu: é que quem tem que criar as condições e as instalações para a Loja do Cidadão é a Câmara Municipal e não o Governo.

JN – Mas houve uma fase em que a autarquia anunciou que a antiga Casa do Benfica poderia ser uma hipótese, apesar deste edifício estar agora a ser reabi-litado por um particular para fins habitacionais…

JG – Já estamos habituados a ver a Câmara a disponibilizar terrenos que nem são camarários! Temos mais casos. Junto ao hotel Ibis, por exem-plo, há um grande placard que anun-cia um novo parque em terrenos que nem são do município. A maioria dos proprietários nem tem conhecimen-to do que vai acontecer. Há terrenos que são do IEFP, há terrenos que são do Hospital, mas há terrenos que são particulares e não se pode anunciar um projecto que implica a ocupação de terrenos que não são nossos. O

JN – E em relação à barra-gem das Veiguinhas?

JG – Acho que o senhor pre-sidente da Câmara anda com um problema que se chama água. Esse

problema já existe desde que ele é presidente da Câmara e a única coisa que ele consegue fazer é chorar que quer Veiguinhas. Não criou alterna-tiva rigorosamente nenhuma, não fez mais barragem nenhuma e não aproveitou mais recursos de água, mas continua a chorar que quer Vei-guinhas. Eu acho bem que o queira, porque eu quando for presidente de Câmara também quero concluir o projecto do Alto Sabor. Não fico é 12 anos à espera sem criar alternativas nem aproveitar outros recursos.

O presidente da Câmara quer culpar alguém e acho alguma piada quando o ouço tentar responsabili-zar um governador civil por não o ter ajudado a construir Veiguinhas. É ri-dículo. Quando eu for presidente de Câmara vai ver quanto tempo levará a fazer a barragem. Vamos ter Veigui-nhas. Vou conseguir muito para Bra-gança porque não vou sair da porta do Governo a tentar abrir todas as portas possíveis.

“Este presidente da Câmara foi o que mais recebeu no período de António Guterres. Teve tudo o que pediu e o que quis. E foi tudo dado, na maioria dos ca-sos, pelo actual 1º ministro, na altura ministro do Ambiente”

JN – Foi só essa a razão que o levou a candidatar-se?

JG – Decidi avançar porque a política que a Câmara está a seguir não é correcta para a nossa cidade. Não podemos confundir crescimento com desenvolvimento. Crescimen-to até tem havido, mas é um cresci-mento a bel-prazer do presidente da Câmara, que nunca foi discutido com ninguém.

Desenvolvimento é diferente e isso não aconteceu. Tínhamos um centro urbano com vida e hoje está despovoado. Só o conseguimos revi-talizar com a recuperação das habita-ções, com a transferência de serviços camarários para o centro da cidade e com a Loja do Cidadão, e tudo isto impulsionará a instalação de empre-sas e o repovoamento do centro his-tórico. Há que integrar jovens nesta zona e não é problema nenhum ofe-recer estacionamento gratuito no parque da praça Camões a quem se fixar naquela zona.

JN – Acha que a Câmara deveria ter aproveitado o pro-grama Polis para revitalizar o Centro Histórico, numa altura em que o Governo de António Guterres canalizou milhões de euros para Bragança?

JG – A sua pergunta entra em

Jorge gomes levanta suspeitas quanto à candidatura independente de Humberto rocha

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ESPECIAL AUTáRQUICAS 2009

contradição com as posições do pre-sidente da Câmara, que se queixa de não ter apoio do Governo. Ora, este presidente da Câmara foi o que mais recebeu no período de António Guterres. Teve tudo o que pediu e o que quis. E foi tudo dado, na maioria dos casos, pelo actual 1º ministro, na altura ministro do Ambiente. Só que as pessoas não são gratas e têm me-mória curta. A intenção de carreira política que Jorge Nunes tanto ambi-cionou, de ida para Lisboa para de-putado correu-lhe mal, mas obrigou-o a esquecer que o Eng. Sócrates teve uma relação excelente com a Câmara de Bragança.

Bragança tem infra-estruturas lançadas no Governo PS de António Guterres que nunca mais vão embo-ra, como a Pousada da Juventude, o Teatro Municipal, o Túnel da Av. Sá Carneiro, a Central de Camionagem, o Polis, o PROCOM e o Centro Distri-tal de Segurança Social. Depois hou-ve 3 anos de Governo PSD e eu não vi um único investimento em Bragança. Nem uma casinha de cantoneiro!

JN – Uma das suas priori-dades é o pagamento a 60 dias aos fornecedores. Isso quer di-zer que a Câmara paga tarde aos fornecedores?

JG – Os prazos são mais largos, mas não há muita gente a sofrer com isso porque esta Câmara só compra a Bragança o que não arranja em mais lado nenhum.

O pior é que o pouco que compra em Bragança, a Câmara paga quan-do lhe apetece. Tenho documentos duma empresa que recebeu ao fim de 8 meses. Felizmente não era nada de volumoso, porque senão a empresa teria problemas financeiros.

É tudo uma questão de priorida-de. Em vez de andar a fazer obras a torto e a direito como anda agora, a meter alcatrão à última da hora em sítios que têm problema há anos, de-veria eleger como prioridade os paga-mentos a 60 dias.

JN – A zona da garagem da Rodonorte também levou tape-te novo, mas a estrada de Vale d´Álvaro continua esquecida. Mantém a sua posição de 2001 quanto ao estrangulamento desta via, fruto da abertura do túnel?

JG – Infelizmente tive razão. A solução do túnel da Sá Carneiro falhou e Vale d´Álvaro é uma rua abandonada, onde só passam os mo-radores ou quem tiver que ir a um es-tabelecimento comercial da zona. É fundamental criar uma solução nova e por isso é que temos no programa a reabilitação da Av. João da Cruz ao nível dos passeios e pavimento, sem fazer alterações aos seu traçado, e fazer uma saída para Vale d´Álvaro, que foi completamente isolado.

A estrada de Vale d´Álvaro con-tinua em paralelo, e completamente

irregular, provavelmente porque o senhor presidente da Câmara não me quer dar razão e admitir que o tú-nel não trouxe vantagem nenhuma a Bragança.

Convidava o senhor presidente da Câmara entrar com as malas na antiga estação de comboio, a com-prar o bilhete e a ir até ao autocarro em dia de chuva, de preferência com duas malas para não ter uma mão li-vre para pegar no guarda-chuva. Faz-se uma central de camionagem e não se ouve os operadores de transportes de passageiros nem os utentes, que continuam sem entender o que ali foi feito.

“A estrada de Vale d´Álvaro continua em paralelo, e comple-tamente irregular, provavelmen-te porque o senhor presidente da Câmara não me quer dar razão e admitir que o túnel não trouxe vantagem nenhuma a Bragança”

JN - Acha que o Centro de Arte Contemporânea Graça Mo-rais foi uma boa aposta?

JG – O Centro de Arte Contem-porânea custou uma fortuna, tem custos elevadíssimos de manutenção e agora ganhou um prémio de arqui-tectura, mas os brigantinos quando se sentam à mesa para comer não é com o prémio. Nós precisamos é de criar equipamentos que tragam emprego, retorno e riqueza. O Centro de Arte Contemporânea não tem qualquer retorno nem ao nível de visitantes, porque até à data nem 10 por cento dos bragançanos foram visitá-lo e a nível turístico não tem expressão nenhuma quando comparado com o investimento que foi feito, que foi errado. É importante para o senhor presidente da Câmara dizer que tem um Centro de Arte concebido pelo arquitecto Souto de Moura. É impor-tante para a pintora Graça Morais, porque arranjou um belíssimo arma-zém para pôr as suas obras e sem cus-tos para ela, mas para os brigantinos não resolveu problema nenhum.

JN – Revê-se no projecto do Aeroporto Regional?

JG – Para quê? Eu já ouvi o pre-sidente da Câmara anunciar que uma empresa de Braga ia montar 2 han-

gares para fazer reparação de aerona-ves. Na altura eu era governador ci-vil e, quando me perguntaram o que achava, disse logo: “podemos esperar todos sentados ou deitados porque isto nunca mais vem”. E assim foi. É que o Eng. Jorge Nunes “sonha-as à noite e di-las de manhã”!

Eu não me esqueço da fase em que ele dizia que íamos ter um par-que de lazer com muita água e ondas artificiais, uma coisa que vinha do Canadá, mas hoje já é o Porta Norte, uma coisa completamente diferente. Ele não tem os pés bem assentes na terra.

JN – Continua crítico em re-lação à política social e educati-va da Câmara?

JG - Ainda não vi esta Câmara re-cuperar uma casa para dar conforto a pessoas carenciadas, ainda não vi esta Câmara fazer habitação social, e uma habitação social integradora, não concentrada em guetos.

Ao nível da Educação temos que acabar com a maior vergonha desta Câmara que são as Actividades Ex-tra-Curriculares. A Câmara cedeu a contratação a uma empresa e não foi capaz de gerir este processo di-rectamente. Temos os nossos jovens a ir dar aulas para outros concelhos, porque em Bragança não conseguem ficar.

O Estado dá às Câmaras 15 euros por hora/professor e a Câmara de Bragança paga 8 euros por hora/pro-fessor. Então onde é que fica o resto do dinheiro? Na Câmara e na empre-sa. É um negócio a meias. Então a Câmara está a subtrair dinheiro aos nossos jovens, que o Estado estipulou como o mínimo a dar a um profes-sor? A Câmara subtrai esse dinheiro, quando em Vila Flor os professores recebem 15 euros.

JN – Confirma que a Câma-ra intervém na escolha dos do-centes, mesmo entregando esse processo a uma empresa?

JG – Essa é uma afirmação difícil de provar, mas fácil de constatar. De facto, houve professores das AEC que estavam numa lista para não serem colocados.

JN – Porquê?JG – Porque se identificam com a

candidatura do PS e fazem parte das nossas listas. Isto foi motivo suficien-

Três freguesias sem listas

Jorge Gomes, 57 anos, é em-presário e natural da Freguesia da Sé.

Reside em Bragança, foi pre-sidente do NERBA e, em 2001, li-derou a candidatura do PS à CMB, tendo sido eleito vereador.

Foi governador civil de Bra-gança no período 2005-2009, ten-do deixado o cargo em Junho pas-sado.

Encabeça uma lista composta por Leonel Afonso, Maria Salomé Mina, Geraldo Assunção e Nuno Machado.

Nestas Autárquicas o PS con-corre a 46 das 49 freguesias, não tendo formado lista em Serapicos, Rio Frio e Pombares.

O candidato à Assembleia Mu-nicipal é Mota Andrade, deputado na Assembleia da República e líder da Federação Distrital do PS.

te para não serem contratados. Um desses professores ficou em primeiro lugar num concurso da Câmara de Mirandela, que contrata directamen-te os docentes das AEC´s sem olhar a cores partidárias. São diferenças de comportamento em Câmaras do mes-mo partido. Aqui há perseguição das pessoas. Eu tive um comício onde es-tava lá um elemento da Câmara para ver quem eram os funcionários que lá estavam. Comigo na Câmara jamais haverá perseguição política.

“Houve professores das AEC que estavam numa lista para não serem colocados, porque se identificam com a candidatura do PS e fazem parte das nossas listas”

JN - Como pretende atrair empresas para o concelho de Bragança?

JG – Temos que dar inventivos às empresas para se instalarem no concelho e não fazer como esta Câ-mara que já deu o dito por não dito na venda de terrenos na zona industrial de Mós. Há empresas que pensavam que compravam o metro quadrado a determinado valor e agora foram confrontados com outros preços.

Posso revelar, até porque estou autorizado para isso, que uma em-presa do grupo BES quis instalar-se em Bragança. Tiveram uma reunião com o senhor presidente da Câmara e não ficaram porque lhes pediu um balúrdio pelo terreno. Sabe o que aconteceu: foi para Vila Real e criou 350 postos de trabalho, porque a Câ-mara de lá cedeu-lhe um terreno de 20.000 metros quadrados a 1 euro. Estes postos de trabalho faziam falta a Bragança.

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Lista de candidatos do PS à Câmara Municipal de Bragança

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ESPECIAL AUTáRQUICAS 2009

“Cumprimos o que prometemos”O vice-presidente da Câma-

ra Municipal de Miranda do Douro, Américo Tomé, avan-ça nestas eleições de consciên-cia tranquila. “Cumprimos em mais de 90 por cento tudo o que prometemos”, assegura o can-didato. Não fossem os atrasos no QREN e projectos como a Quinta Pedagógica já estariam em andamento, garante o cabe-ça de lista do PSD.

Jornal Nordeste (JN) - Que balanço faz destes anos de man-dato? Que obras considera mais emblemáticas?

Américo Tomé (AT) - Confir-mando o trabalho dos anos anterio-res, com uma câmara credível, com o senão do atraso do QREN, foi um ano de pleno investimento, de promoção e de valorização do nosso Concelho.

À imagem dos mandatos anterio-res, foi um período dinâmico com a realização efectiva de projectos que prometemos aos mirandeses. Sendo um Concelho com poucos recursos financeiros, cumprimos em mais de 90 por cento tudo o que promete-mos, concretamente: a recuperação urbanística do Rio Fresno, o Pavi-lhão Multiusos com mais de 600m2, Mini-auditório e a sede da Associação Comercial, instalamos o relvado sin-tético no campo de Futebol de San-ta Luzia, recinto de Festas e Festival Intercéltico de Sendim no parque das Eiras, regeneração urbana no Centro histórico, instalação de um Centro Novas Oportunidades em Miranda do Douro, único sediado num Município em todo o Nordeste Transmontano.

Deu-se continuidade aos arranjos urbanísticos em todas as aldeias do concelho, fizeram-se transferências de capital / ano para todas as Juntas de freguesia, apoiaram-se financeira-mente todos os eventos culturais do Concelho. Apoiou-se e divulgou-se a nossa língua e cultura mirandesa. Adquiriu-se o primeiro comboio eléc-trico do país, dinamizador da visibili-dade turística do Concelho de Miran-da do Douro.

JN - O que o marcou mais pela positiva nestes anos de ges-tão autárquica? E pela negati-

va? AT - Pela positiva além da concre-

tização das obras atrás referidas, foi a boa gestão financeira. Este executi-vo projectou o concelho como ponto turístico de excelência, promoveu de igual forma a boa qualidade de vida.

Está implantada uma revolução cultural no nosso Concelho, promo-vida pela câmara municipal e acari-nhada pelos mirandeses.

Pela negativa, aponto três facto-res: o atraso do QREN, que devia-se ter iniciado em 2007 e só está a ini-ciar-se agora, tendo atrasado todos os investimentos planeados, concre-tamente a Quinta Pedagógica; Uma oposição virtual que apenas se limi-tou a cumprir calendário, nunca dei ideias nem propostas, sendo um ele-mento passivo limitando-se a apro-var todas as propostas apresentadas por este executivo; a forma como o Partido Socialista e o Ministro do En-sino Superior, Mariano Gago, tratou a nossa cidade, tudo fazendo para en-cerrar o pólo universitário, asfixian-

do-o financeiramente com a redução de verbas, insensíveis às realidades do interior não foram mais que um coveiro de todos os pólos universi-tários deste país. Aqui também uma palavra à oposição que nunca se co-locou ao lado do executivo para par-ticipar e mover influências para a continuidade do ensino superior em Miranda do Douro.

JN - Lamenta a não concre-

tização de algum projecto ou foi possível concretizar tudo aquilo que foi apresentado no progra-ma eleitoral apresentado em 2005?

AT- Lamento a não concretização de dois grandes projectos para o Con-celho de Miranda do Douro. Primei-ro o Ministro da agricultura e dando continuidade à afronta aos agricul-tores deste país não se mostrou dis-ponível para financiar o Matadouro de Miranda e, sem financiamento foi impossível a sua concretização. Po-deria ter sido feito pelas três câma-

ras do planalto Mirandês no entanto o mesmo não foi possível chegar a acordo relativamente à sua localiza-ção, porque o Município de Miranda foi intransigente, o Matadouro terá que ser obrigatoriamente no nosso Concelho.

O segundo projecto não concreti-zado foi a Quinta Pedagógica de Mi-randa do Douro, a ser construído em terrenos cedidos pela EDP de forma a promover a nossa biodiversidade, as raças autóctones e outras espé-cies pelo facto de ter havido, como já mencionei, um atraso no QREN.

“A oposição que nunca se colo-cou ao lado do executivo para participar e mover influências para a continuidade do ensino superior em Miranda do Douro”

JN - Quais as prioridades para este mandato?

AT - A primeira prioridade são as pessoas, a sua empregabilidade e o seu bem estar e qualidade de vida, e a criação de um subsidio de 500€ a todas as empresas do nosso Con-celho que a partir de agora recrutem os funcionários pela primeira vez ou que aumentem os postos de trabalho. Dando continuidade à política ante-rior, promover estágios profissionais a todos os jovens do Concelho e con-tinuar a apostar na formação e edu-cação de adultos.

Apostar na promoção e divulga-ção da língua e da cultura mirandesa, o comércio tradicional, das nossas tradições, gastronomia, na qualidade da água, em melhor saúde, melhor agricultura, melhorar as relações com Espanha de forma a promover o comércio transfronteiriço. Continuar a lutar para a concretização do IC5 com ligação a Espanha, não desistir do ensino superior em Miranda do Douro e continuação da realização de obras prementes, tais como os arran-jos urbanísticos em todo o concelho e arranjos urbanísticos em todas as freguesias

JN - Tem algum projecto em mente no que toca à divulgação

Américo Tomé considera prioritário o prolongamento do IC5 até à fronteira com Espanha

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ESPECIAL AUTáRQUICAS 2009

CDU quer regressarà Assembleia de MogadouroTERESA BATISTA

Francisco Madruga acredi-ta que é possível reconquis-tar a representação naquele órgão, perdida há 12 anos

Reconquistar a representação na Assembleia Municipal (AM) de Moga-douro, perdida há 12 anos, é o desejo da CDU para o próximo domingo. O anúncio foi feito, na passada quinta-feira, pelo cabeça de lista à Câmara Municipal de Mogadouro, Francisco Madruga, durante a apresentação da candidatura comunista.

“Queremos meter a Clementina Marques na AM, porque queremos voltar a ter acção em Mogadouro, que nos permita estar mais junto das populações. Esta é a nossa principal batalha”, enfatiza o cabeça de lista.

Francisco Madruga realça que o programa eleitoral da CDU se divide em duas partes distintas. A primeira assenta em enaltecer o trabalho de-senvolvido pelos comunistas a nível nacional, ao passo que a segunda se prende com propostas inovadoras que obrigam os outros partidos a pronunciarem-se sobre a vida demo-crática em Mogadouro.

Nesta linha, o candidato comu-

Francisco Madruga é o candidato da CDU à Câmara de Mogadouro

nista salienta que uma das propostas da CDU é a criação de AM descentra-lizadas, bem como de comissões es-pecializadas em Educação e Cultura, Agricultura e Turismo, Freguesias e Assistência Social.

“Também pretendemos criar uma comissão específica para interceder junto das AM do Planalto, de forma a encontrar soluções e fazer projectos sustentáveis de interesse conjunto para a região. Há vários assuntos em comum entre os municípios, como o matadouro, o Parque Natural Douro

Internacional ou a cooperação trans-fronteiriça”, explica Francisco Ma-druga.

Melhorar a acessibilidade dos edifícios públicos para os deficientes é outra área onde a CDU pretende in-tervir.

As energias renováveis são, igual-mente, uma bandeira dos comunis-tas, que querem ver todos os edifícios da Câmara equipados com painéis solares e dar apoio aos cidadãos nes-ta área, de forma a contribuírem para a poupança das famílias.

Projectos prioritáriosQuinta pedagógica/Parque das Arribas (1ª Fase), Projecto Fluvial / Ciclo

do pão Instalações do Estádio de Sta. Luzia, Arranjo urbanístico do Largo da Sé, Requalificação Urbana do Centro Histórico, Requalificação urbana das Ruas 25 de Abril e 1º Maio, Requalificação Ambiental do Parque Urbano do Rio Fresno, Restauro da Muralha da Entrada da cidade, Arranjo Urbanísti-co da Envolvente da Muralha (2ª Fase), Requalificação do Bairro de Santa Luzia, Arranjo Urbanístico do Jardim da Terronha, Repavimentação da Es-trada Ifanes- Brandilanes, Repavimentação da Estrada Municipal EM542, Requalificação urbana do Bairro Verde, Gestão activa de espaços protegidos (Fresno), Recuperação da Zona Industrial de Miranda , Rede de abastecimento águas e saneamentos, Modernização Administrativa, PRO-VERE – ECOCITRAS – Plataforma de Desenvolvimento e Regional e Cen-tro de Recolha de Produtos regionais, Arquivo Municipal, Requalificação do Parque de Campismo, Reabilitação do Auditório Municipal, Reconversão das Piscinas descobertas de Miranda e de Sendim, Arranjo Urbanístico do Espaço Contíguo ao Jardim de Infância na Terronha, Monumento ao Pauli-teiro – Duas Igrejas, Monumento ao Mineiro – São Martinho e Construção do novo Matadouro. Dar continuidade ao apoio aos jovens, aos empresários e à terceira idade.

da língua mirandesa? AT - A língua e cultura miran-

desa é e será sempre o ex-líbris do património cultural de Miranda do Douro.

Queremos mantê-la viva e di-vulga-la. Apoiar os escritores e as edições em língua mirandesa, poten-cializar o Centro de Estudos António Maria Mourinho que em colaboração com as escolas concretizará cursos de iniciação e especialização na língua mirandesa e com a publicação de li-vros / jornais/ revistas em mirandês.

Continuar com a Semana da Cul-tura Mirandesa, destacando-se o fes-tival da Canção em língua mirandesa e iniciar o processo com outras insti-tuições com vista a uma candidatura a património mundial.

JN - Ainda é possível salvar o pólo da UTAD em Miranda do Douro?

AT - Relembro que quem concre-tizou o ensino superior em Miranda do Douro foi este executivo, nunca se furtando a esforços para a sua con-cretização. Hoje passa dias difíceis,

mas continuamos determinados e empenhados e em colaboração com a UTAD, IPB e Universidades de Sa-lamanca e Valladolid, encontraremos uma solução adequada ao ensino su-perior em Miranda do Douro.

JN - Que investimentos es-

tão previstos para a vila de Sen-dim?

AT - A vila de Sendim nos últimos anos sofreu grandes melhoramentos urbanísticos, mas para o próximo mandato pretende-se fazer a remo-delação da Piscina e zona envolvente, Parque de Campismo, alteração do PDM, dar continuidade ao pólo in-dustrial, criar um centro de recolha de produtos da terra para comercia-lização e implementação do projecto “Vida Jovem”.

JN - Acredita que o IC5, por

si só, vai desencravar o conce-lho de Miranda. Não seria útil prolongar esta via até à frontei-ra com Espanha?

AT - Primeiro é fundamental e prioritário a ligação do IC5 a Espa-nha. Claro que, por si só, o IC5 trará

investimento, desenvolvimento, pes-soas. Mas o Município de Miranda do Douro terá obrigatoriamente de criar dinâmicas sustentadas para fazer deste Concelho a capital do turismo

transmontano, apostando no turismo de qualidade, o turismo de natureza, linguístico, gastronómico, patrimo-nial, paisagístico, ambiental e, acima de tudo, cultural.

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BragançaCompromissos de mudança

CDU aposta nas novas tecnologias

Em pleno ambiente de campanha às Autárquicas 2009, a Coligação Unitária Democrática (CDU) apre-sentou o seu programa eleitoral para a governação do Município de Bra-gança, o portal de campanha http://cdu-braganca.org/autarquicas2009, a lista concorrente à Assembleia de Freguesia da Sé e, por último, a agen-da da campanha eleitoral que vai per-correr o concelho nas próximas duas semanas.

Na passada 5ª feira, a coligação apresentou os candidatos à Câmara Municipal de Bragança, José Castro, à Assembleia Municipal, José Brin-quete, à Junta de Freguesia da Sé, António Teles, à Junta de Freguesia de Santa Maria, Guilhermino Rodri-gues.

No mesmo dia, a CDU assumiu “objectivos claros” e “sérios” com-promissos, tais como, uma “mudança na política municipal”, a “Coesão do Município”, pelo “Emprego” e “Mo-bilidade”, um “compromisso com o Mundo Rural”.

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�0 6 de Outubro de 2009 JORNAL NORDESTE

ESPECIAL AUTáRQUICAS 2009

“Um por todos, todos por Argozelo”Apoiar os mais carenciados

é a prioridade do candidato do PS à Junta de Freguesia de Argozelo, José Sena. O mais importante, diz o empresário, “é melhorar as condições das crianças que passam mal, das pessoas que não têm casa de banho e água quente, das pes-soas que vivem em casas sem condições e sem dignidade”

Jornal Nordeste (JN) – Por-quê este regresso à política ac-tiva?

José Sena (JS) – Olhe, primei-ro porque as pessoas me pediram e eu também achei que poderia con-tinuar a ser mais útil para a minha freguesia, para lá do que faço no dia a dia, como toda a gente sabe. Acho que nos 4 anos em que fui presidente da Junta algumas coisas ficaram por concretizar e, por saber que tenho ca-pacidades para ajudar as pessoas da minha terra a serem mais felizes e a viverem melhor, decidi avançar.

Além disso, sou candidato por-que amo a minha terra e não posso permitir que alguns responsáveis au-tárquicos com sede em Vimioso con-tinuem a descriminar a nossa gente pela negativa.

Cada vez que vou à minha terra constato que há gente que vive mal, que há crianças mal alimentadas e bairros e casas sem o conforto neces-sário. Quando vejo isto fico mal co-migo mesmo e é por isso que nossa prioridade vai ser a solidariedade.

JN – E o que pensa fazer para melhorar as condições de vida destas pessoas?

JS – Eu acho que o sector que está mais abandonado em Argozelo é realmente o das pessoas. Não é a pôr alcatrão em 4 ou 5 ruas onde passam carros, e onde ganhámos votos por-que o pusemos à porta da casa das pessoas, que resolvemos o maior pro-blema da nossa vila neste momento. Argozelo tem gente trabalhadora que depois do encerramento das minas fundou as suas empresas, tem gente que emigrou, mas há uma franja da população que ficou, que continuou a morar no bairro das minas e que actualmente precisa de ajuda. É obri-gatório fazer alguma coisa por esta gente.

O alcatrão faz falta, é certo, mas mais importante do que isso é me-lhorar as condições das crianças que passam mal, das pessoas que não têm casa de banho e água quente, das pes-soas que vivem em casas sem condi-ções e sem dignidade.

Era isto que os políticos de Vi-mioso deviam ver.

Constato que a vila piorou termos sociais, pelo que vamos pôr em mar-cha um plano de solidariedade e de

Solidariedade e igualdade de oportunidades são algumas das bandeiras de José Sena

bem-estar para todos.

JN – E a Junta de Freguesia tem meios para avançar com esse plano de solidariedade e bem-estar?

JS - Eu já por lá passei e sei per-feitamente que uma Junta de Fre-guesia como a de Argozelo não tem meios para fazer estradas ou largos ou outras grandes obras, porque só tem uma verba de 40 mil euros por ano. Por isso ninguém me peça a mim para falar mal de quem está na Junta actualmente, ou de quem já saiu de lá, porque eu sei o quanto é difícil gerir aquela freguesia com 40 mil euros.

No entanto, sei bem o que pode-mos fazer. Podemos ter uma pessoa a tempo inteiro na sede da Junta, para todos terem uma fotocópia ou um documento necessário na hora e todos serem bem atendidos. Quere-mos também que a pessoa que estiver a tempo inteiro na Junta veja quais são as necessidades da população, ajude quem precise a ir a uma repar-tição pública e veja quem precisa de auxílio financeiro para pagar os me-dicamentos. Em Argozelo todos nos conhecemos e sabemos bem quem tem e quem não tem dinheiro e quem

realmente precisa de ajuda. A pessoa que estiver na Junta não pode ser es-tática, mas terá que desenvolver um trabalho social para daqui a 4 anos as pessoas de Argozelo serem mais iguais.

Acredito que é possível colaborar com a instituição de apoio aos idosos da nossa terra, com a Segurança So-cial de Bragança e o Instituto de Em-prego e Formação Profissional para alargar os cuidados aos mais velhos, através da criação de famílias de aco-lhimento e de alguns postos de traba-lho nesta área.

JN - E medidas dirigidas às crianças e jovens?

JS - Como temos muita gente nova e uma das nossas prioridades é criar uma rede de Internet sem fios, para que as pessoas que não podem pagar a mensalidade possam ter In-ternet em casa. Temos um projecto totalmente elaborado para instalar uma rede Wireless com tecnologia Wi-Fi e toda a gente poderá aceder à Internet gratuitamente, sejam po-bres, ricos ou remediados. Isso é uma aposta logo para o início do manda-to, porque é fundamental para o de-senvolvimento dos nossos jovens. Há crianças que têm o seu computador

da escola, mas depois em casa não o podem utilizar, porque os pais não têm como pagar os 20 ou 30 euros de mensalidade de Internet. Com este projecto todos terão as mesmas opor-tunidades.

“Desde o 25 de Abril de 1974 que a Câmara de Vimioso deve muito dinheiro a Argozelo. Se gastar lá 1 milhão de euros em obras não é muito”

JN – Pelo facto de ser vila, a Câmara Municipal de Vimioso tem investido mais em Argoze-lo?

JS – Infelizmente não. Argozelo representa uma receita anual para o município de 3 milhões de euros, e é pena que a Câmara invista mui-to pouco na nossa vila. Desde o 25 de Abril de 1974 que a Câmara deve muito dinheiro a Argozelo. Se gastar lá 1 milhão de euros em obras não é muito.

Há 8 anos, o presidente da Câma-ra prometeu que a sua lista tinha que levar sempre uma pessoa de Argoze-lo em número 2 ou número 3. Desta vez, o representante de Argozelo vai em 5º! Como é que é possível?

Além disso, dos 80 empregos que a Câmara criou neste últimos 8 anos, apenas 1 pessoa é de Argozelo, ape-sar de ter feito muitas promessas de emprego que não cumpriu e de andar a prometer o mesmo este ano. Isto demonstra bem a atenção com que a Câmara trata a nossa terra. É isto que as pessoas têm que ver.

JN – Acha, então, que os vo-tos da freguesia de Argozelo vão ser decisivos na eleição para a Câmara Municipal?

JS – Eu vejo a candidatura do PS e de Jorge Fernandes à Câmara com muitas hipóteses de ganhar, porque Argozelo tem muitos eleitores e tem que ajudar a desequilibrar. A nossa terra nunca teve ninguém na Câmara no lugar de vice-presidente e é esta a grande diferença entre a candida-tura do PS, que leva uma pessoa de Argozelo em nº 2, e a lista do PSD, que leva uma pessoa de Argozelo em 5º lugar, só por favor e para dizer que leva.

É pena se não aproveitarmos esta oportunidade, de termos um vice-presidente de Argozelo, que ainda por cima é uma pessoa séria, que tem um bom emprego fora da política, mas que aceitou o convite do PS por amor à terra.

JN – Os seus adversários di-zem que a Associação Comer-cial e Industrial de Argozelo é um projecto político? Quer co-

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ESPECIAL AUTáRQUICAS 2009

mentar?JS – A Associação não foi feita

com objectivos políticos, mas por-que Argozelo tem uma franja grande de desempregados, na sua maioria mulheres, e de gente que precisa de ganhar dinheiro. Sabendo eu que po-deríamos organizar vários cursos de formação na nossa terra, desafiei um grupo de 10 empresários a fundar a Associação Comercial, Industrial e Serviços de Argozelo. Foi criada a 14 de Agosto de 2009, as eleições decor-reram a 21 e começou a funcionar no dia 1 de Setembro. Neste momento já tem um funcionário a tempo inteiro, que é um filho da terra, licenciado em Contabilidade e Administração pelo Instituto Politécnico de Bragança, que se encontrava desempregado. O José Henrique é uma pessoa honesta, com grande capacidade de trabalho, e veja que no final de Setembro arran-cámos com um curso de Educação e Formação de Adultos de 6º e 9º ano, em parceria com um Piaget de Mace-do de Cavaleiros. Agora também já temos um curso de Higiene e Segu-rança no Trabalho, que tem 20 alu-nos em regime pós-laboral, e todos de Argozelo. Tivemos sorte que até a formadora é de Argozelo e é assim que queremos trabalhar. Tudo o que possa ser em Argozelo, tem que ser para pessoas de Argozelo, sejam eles alunos ou formadores. Se não conse-guirmos ocupar os lugares todos, ire-

mos buscar alunos às freguesias vizi-nhas, mas enquanto pudermos será sempre para pessoas da freguesia, in-dependentemente da cor política. As pessoas sabem que eu nunca misturo política nestas coisas.

“A Associação Comercial foi feita porque Argozelo tem uma franja grande de desemprega-dos, na sua maioria mulheres, e de gente que precisa de ganhar dinheiro”

JN – E há perspectivas de ar-rancar com mais cursos?

JS – Vamo-nos candidatar a mais 4-5 cursos, em parceria com 2 empresas de formação, e pelos me-nos 2 serão a tempo inteiro, de Edu-cação e Formação de Adultos. São ac-ções que representam 300 mil euros cada uma, e é dinheiro que ficará em Argozelo.

Não tenho nada contra os cursos da Associação Comercial de Vimioso, mas se eles existem é quase à custa dos alunos de Argozelo. Ora, se essas pessoas podem frequentar esses mes-mos cursos na nossa terra, deixam de gastar dinheiro em transportes, dei-xam de gastar dinheiro em almoços porque almoçam em casa e chegam ao fim do mês com quase 500 euros de saldo. Se tiverem que ir para Vi-mioso, perdem tempo e perdem mui-to dinheiro da bolsa de formação em

refeições e viagens.Além disso, os formadores que

vêm dar aulas a Argozelo também deixam alguma coisa na terra, nos restaurantes, cafés e bombas de gaso-lina. Tudo isso é uma coisa boa para a freguesia.

JN – Além dos cursos de for-mação, a Associação Comercial tem mais algum projecto?

JS – Vamos criar uma feira ino-vadora na altura do aniversário de elevação a vila, diferente do que tudo o que se vê na região. Vai ser uma fei-ra onde se poderá ver e comprar tudo o que leva uma casa, desde a telha às paredes, às janelas, aos mosaicos, às carpintarias ou louças de casa de banho, sem esquecer o artesanato. Imagine que está a fazer uma casa e nesta feira vai poder encontrar tudo o que precisa para a obra. É um sec-tor que eu conheço bem, onde tenho bons amigos e contactos e penso que poderá ser um grande sucesso para a Argozelo já em 2010. Queremos também uma zona industrial para Argozelo e, se a candidatura do PS à Câmara for vencedora, vamos ajudar na concretizar este projecto, porque o programa de Jorge Fernandes pre-vê uma zona industrial conjunta para Argozelo e Carção. É fundamental para a nossa vila, que já perdeu mui-to por não ter uma zona oficinal.

JN – O quer mais o marcou

pela negativa e pela positiva nos seus 4 anos de mandato?

JS – Houve várias obras, mas o que mais me marcou pela positiva foi nunca me ter chateado com ninguém enquanto estive na Junta. Olhei sem-pre as pessoas da mesma maneira, independentemente da cor política. Tentámos e fomos sempre impar-ciais. Foram 4 anos que se passaram sem guerras e sem alvoroços.

Pela negativa marcou-me e con-tinua-me a marcar a falta de inves-timento da Câmara de Vimioso, mas também o problema da água, para o qual alertamos a autarquia e propu-semos várias soluções, mas nada fize-ram. É inadmissível e altamente dis-pendioso que para o município que Argozelo e várias aldeias do concelho estejam a ser abastecidas com água vinda de Bragança em auto-tanques dos bombeiros.

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ESPECIAL AUTáRQUICAS 2009

“A auto-estrada Chaves-Bragança serviria melhor a região”

Há 4 anos que Américo Pe-reira enfrenta uma forte oposi-ção do PSD, quer nas reuniões de Câmara, quer na barra dos tribunais. Vencida uma bata-lha no Tribunal Administrativo de Mirandela, o autarca con-dena o regresso de Sobrinho Alves à política e lembra que PSD tem um vereador que che-gou ao cúmulo de, permanen-temente, não votar a favor das transferências de verbas para as freguesias

Jornal Nordeste (JN) - Que balanço faz destes 4 anos de mandato? Que obras considera mais emblemáticas?

Américo Pereira (AP) – Faço um balanço muito positivo. Apesar de muito se ter trabalhado em man-datos anteriores, o que é certo é que as aldeias continuavam a precisar de muitas infra-estruturas e equipa-mentos para que os seus residentes tenham as melhores condições de vida. E ainda continuam a precisar, porque é impossível conseguir con-cretizar tudo.

Na vila a aposta foi muito forte e vamos continuar. É preciso continuar a investir nos equipamentos, na mo-dernização e em atractivos em termos turísticos. Para os próximos tempos temos a estação de camionagem, o centro cultural, o museu/centro de interpretação do porco e do fumeiro, o circuito turístico, a circular interna, o arranjo da entrada poente e norte, a requalificação de algumas ruas e o alargamento da zona industrial. Mas a nossa grande prioridade vai ser con-tinuar a aposta forte no turismo, uma vez que já demos passos bem seguros e cujos resultados estão à vista.

JN - O que o marcou mais pela positiva nestes anos de ges-tão autárquica? E pela negati-va?

AP - O mais positivo foram os resultados muito animadores na par-te do turismo, pois Vinhais passou a fazer parte do destino de férias e de fim de semana para muita gente e por isso este caminho é para continuar.

Mas também temos aspectos ne-gativos que muito me entristecem e que têm a ver com o desemprego. Tive azar em ser presidente de Câma-ra numa altura em que a crise inter-nacional dificulta muito o início da vida aos jovens no que diz respeito ao mercado de trabalho. Sinto-me angustiado, triste e por vezes quase impotente, quando vários jovens me pedem ajuda em termos de emprego

e não conseguimos dar resposta. Te-nho esperança que as coisas melho-rem brevemente.

JN - Lamenta a não concre-tização de algum projecto ou tem conseguido levar por dian-te tudo aquilo que idealizou no programa eleitoral apresentado em 2005?

AP - Penso que em termos gerais, temos vindo a desenvolver o trabalho que os eleitores de nós esperavam. No entanto, se há algo que sempre mui-to me preocupou e que me continua a preocupar são as acessibilidades à futura auto-estrada transmontana. Apesar de a ligação a Mirandela estar neste momento a ser melhorada, o que já é um bom contributo, continu-amos muito preocupados com a liga-ção a Bragança, pois uma nova estra-da é absolutamente fundamental.

JN - Acredita que o Governo de José Sócrates vai desencra-var o concelho de Vinhais em termos rodoviários?

AP - Acredito, sinceramente acre-dito. Esta ligação a Bragança terá que ser construída. O cenário de Vinhais estar perto da capital de distrito, mas servido com uma boa rodovia, é algo de muito positivo para as duas loca-lidades. Caso contrário, o cenário é péssimo para ambos os lados. O sr. Secretário de Estado Dr. Paulo Cam-pos comprometeu-se em Vinhais com

esta obra. Espero que o Estado cum-pra a palavra dada.

JN - Continua a pensar que a região de Bragança ficaria me-lhor servida com a continuação da Auto-Estrada Chaves-Bra-gança?

AP - Sem dúvida. A solução Cha-ves-Bragança serviria muito melhor a região. Penso eu e pensa muita gente, nomeadamente os autarcas do Tâme-ga e do Barroso e também algumas pessoas do próprio Ministério das obras Públicas e que trabalham no planeamento.

Com esta solução ficaríamos com duas alternativas para aceder a Bra-gança: com via rápida, que é o IP4 e com uma auto-estrada e com uma solução muito mais barata e um per-curso muito mais rápido. Não nos es-queçamos que de Chaves a Bragança em perfil de Auto-Estrada, são pou-co mais de 60 Km e com um terreno muito mais adequado.

JN - Ficou surpreendido quando alguns presidentes de Junta eleitos pelo PSD em 2005 aceitaram concorrer pelo PS nestas autárquicas?

AP - De forma nenhuma. Isso acontece por vários motivos: é fre-quente as pessoas candidatas às Jun-tas de freguesia, optarem por partidos diferentes, conforme o acto eleitoral e isto porque, na verdade, nas eleições

autárquicas o que pesa, o que conta são as pessoas e muito mais que os partidos. Depois temos o facto de ao longo do mandato ter estabeleci-do com todas as Juntas de Freguesia uma relação de grande proximidade, de colaboração e de verdade.

E por último, desde muito cedo começou a ficar muito claro, que o PSD em Vinhais não tinha gente que pudesse protagonizar uma verdadeira alternativa, bem antes pelo contrário, pois ao longo do mandato tomaram uma atitude de permanente guerri-lha contra mim, contra as próprias juntas, contra as pessoas e contra as obras e imagine-se que chegamos ao cúmulo de um Sr. Vereador do PSD de permanentemente não votar a fa-vor das transferências de verbas para as freguesias. Com tudo isto, claro está que o desfecho é o que se sabe.

“Sobrinho Alves é um homem muito dedicado, que em cargos só é batido pelo seu colega de armas Valentim Loureiro”

JN - Considera um regresso ao passado o facto de Sobrinho Alves ser candidato à presidên-cia da Assembleia Municipal?

AP - É candidato a Presidente da Assembleia Municipal, candidato a presidente da Junta de Celas e pen-so que também a uma Associação de Caçadores. É um homem muito dedicado, que em cargos só é batido pelo seu colega de armas Valentim Loureiro. Não é um regresso ao pas-sado, porque estou convencido que os eleitores não vão fiados em tretas. Imagine que esse senhor justifica o seu regresso com o facto de se querer vingar de ter perdido as eleições há 16 anos atrás.

Imagine se uma coisa destas é possível? Alguém que passados tan-tos anos ainda se move por vingan-ças. Claro está que já se está mesmo a ver qual será o resultado: nem ganha a assembleia, nem a Junta e palpita-me que até fica sem a Associativa de Caça. Aliás, tenho pena que o PSD tenha apresentado uma lista de can-didatos em Vinhais, que se movem apenas por motivações pessoais: ou porque querem vingança, ou porque foram corridos disto ou daquilo, ou porque são eternamente do contra e o resultado está à vista: os eleitores não apreciam este tipo de atitudes e por isso mesmo nem sequer conseguiram arranjar candidatos às Freguesias.

JN – Acha, então, que a ati-

Américo Pereira espera que o governo cumpra a promessa de ligações rápidas para Vinhais

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ESPECIAL AUTáRQUICAS 2009

tude de Sobrinho Alves é pouco sensata?

AP - Sabe, este Senhor foi pre-sidente da câmara de Vinhais e no cumprimento do seu dever também fez muitas coisas boas, deixou algu-ma obra e com certeza que alguns amigos.

Mas com este tipo de atitudes deita tudo a perder, estragou tudo e a sua memória ficará conhecida ape-nas pelo facto negativo, de alguém que, apesar da idade, ainda procura vingança. Lamento muito, mas é a vida…

JN - O candidato do PSD mo-veu-lhe alguns processos judi-

ciais e administrativos. Acha isto legítimo ou é uma forma da candidatura adversária arreba-nhar votos “na secretaria”?

AP - Nem sequer chega a ser isso, porque quando começaram com os processos, ainda nem se sabia quem eram os candidatos. Há duas manei-ras de fazer politica: uma é através do confronto e debate de ideias e a ou-tra, que apesar de ilegítima também é usada é o recurso às queixas, às de-núncias, à maledicência, aos boatos e aos tribunais.

É muito fácil recorrer a um Tri-bunal, fazer uma queixa, sabendo que a comunicação social, faminta de notícias sensacionais, fará disso um grande destaque. Simplesmente,

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Resultados Autárquicas 2005 - Sedes de Concelho

quem recorre a esses métodos, não deve ter família, nem amigos, nem honra, senão percebia, que esse tipo de atitudes e esse tipo de notícias, deixa marcas fortes, deixa sempre algo no ar de suspeita, tira algumas noites de sono e mancha o bom nome de qualquer pessoa.

A tutela penal é fundamental-mente do estado e os tribunais deve-riam ser muito severos com aqueles que os pretendem utilizar para fazer política, para lançar confusão e sus-peitas nas pessoas e que utilizam as alturas eleitorais como foi o caso.

JN - Nota-se que está muito magoado com o PSD…

AP - Claro que estou, porque o

recurso a tribunal não teve pés nem cabeça, o juiz indeferiu completa-mente aquilo tudo.

Quiseram apenas achincalhar-me e humilhar-me. Não é com o PSD, que estou magoado é com algumas pessoas que agem em nome do PSD, porque os verdadeiros PSDs tenho a certeza que estão com a nossa candi-datura, porque sabem que nunca dis-tingui pessoas devido à cor partidária e não se revêem na outra candidatu-ra, e os verdadeiros PSDs não acei-tam os protagonistas da candidatura contrária, exactamente porque têm tido uma postura incorrecta.

Entrevista: João Campos

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ESPECIAL AUTáRQUICAS 2009

Resultados Autárquicas 2005 - Sedes de Concelho (cont.)

António Pires

Não raras vezes, o povo, levado pela matemática das coincidências, somando dois mais dois, costuma es-tabelecer felizes comparações entre Futebol e Política, numa relação que é feita a partir do que cada um destes mundos tem de mais básico e censu-rável. Comum a ambos, entre outras particularidades, é o facto de existi-rem nos respectivos “campeonatos” vencedores antecipados.

Contudo, as vitórias apriorístas no futebol e na política são, como se pode calcular, distintas. Enquan-to que no futebol a antecipação da vitória final é sustentada com base na convicção de que, teoricamente, o clube “a” está, a todos os níveis, mais bem preparado que o resto dos competidores, na política e, concre-tamente, no caso das autárquicas, o triunfo antes do voto é associado, para quem se filia em tais crenças, de um modo geral, ao reconhecimento da “obra feita”.

Há uns meses, como certamente deveria ter acontecido com a maio-ria dos bragançanos, fui instado, telefonicamente, por um sujeito “mandatado”por uma suposta em-presa de Vila Nova de Gaia, a pro-

Autárquicas:Os Vencedores Antecipadosnunciar-me, através de um inquérito, sobre as potencialidades das perso-nagens que se perfilavam na corrida à autarquia da capital de distrito. Na circunstância, jogando na táctica da prudência, à cautela, porque debaixo do princípio de que não se deve con-fidenciar com ninguém do lado de lá da linha, por não haver garantias da identidade de quem nos interpela, dispensei-me da colaboração.

Num outro contexto, isto é, se o meu interlocutor me tivesse inter-rogado pessoalmente, o bom senso dir-me-ia que, com o distanciamento próprio de quem não se sente nem ideológica nem politicamente condi-cionado, só o podia fazer em relação ao actual Presidente da Câmara, Eng.º Jorge Nunes, por ser o único, entre os candidatos, a quem se lhe podem pedir responsabilidades enquanto detentor do poder durante três man-datos.

Naturalmente que nem todos se deixam levar por esse cómodo e su-perficial argumento da “obra feita”. Em primeiro lugar, porque as perso-nalidades e as tendências partidárias que disputam o poder autárquico não podem ser avaliadas através de

instrumentos que analisam conteú-dos subjectivos e pouco sustentados, quando apenas uma de várias partes interessadas é objecto dessa análise. Logo, estarmos perante uma luta de-sigual. Depois, pela razão de que a obra reclamada remete para várias questões: quanto custou esse indelé-vel legado? A quem serve? Justificar-se-á? Facilita o dia a dia dos utentes? Qual o preço a pagar pelas gerações vindouras? Em detrimento de que foi feito? É uma mais valia para os munícipes?

Independentemente daquilo que nos possa reservar o sufrágio do dia 11 de Outubro, porque também nes-tas eleições podem acontecer as “sur-presas da taça”, deixo aqui, em nome de alguns munícipes anónimos resi-dentes na zona histórica da cidade, um pedido ao futuro presidente da Câmara Municipal de Bragança.

Os subscritores do recado, com quem me solidarizo, gostavam de ver solucionado o problema das pombas que fazem desse espaço urbano o seu habitat. Ainda que simpáticas e mei-gas, estas aves, às centenas, deixam a sua marca de imundice. Desde os te-lhados aos beirais das casa, passando

pelas varandas, aos sinos e à torre da igreja da Sé, o cenário é de pura no-jeira, como resultado dos dejectos da passarada.

Para o resolver, a autarquia tem uma solução - porventura a mais consensual e menos danosa: cap-turam-se as pombas através de um procedimento que seja possível mantê-las vivas, fazendo-se depois a transumância para pombais aban-donados fora da cidade. Para evitar o regresso à “civilização”, nada melhor do que encerrá-las até à próxima época de nidificação.

Esta medida, quem sabe, podia fazer ressurgir aquele interessante evento gastronómico do borracho, que se tentou implementar em Bra-gança, há meia dúzia de anos, vin-do a conheceu apenas uma edição, porque o “material”, contrariando o espírito do mesmo, era oriundo de Espanha, em virtude da produção caseira ser incapaz de satisfazer as encomendas.

Neste e noutros casos, haverá certamente “derrotas antecipadas”, se não formos capazes de perceber a importância de certas coisas que só aparentemente são menores.

Resultados Autárquicas 2005 - Vilas e Freguesias Urbanas

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ESPECIAL AUTáRQUICAS 2009

“Connosco, Argozelo terá futuro”Francisco Lopes volta a ali-

nhar nas listas do PSD na corri-da à Junta de Freguesia de Ar-gozelo. Refeito da derrota em 2001, diz estar preparado para enfrentar novo duelo frente ao mesmo candidato do PS de há 8 anos e, desta vez, Francisco Lo-pes quer vencer

Jornal Nordeste (JN) - O que o levou a regressar à vida polí-tica.

Francisco Lopes (FL) - A dis-ponibilidade e dedicação que tenho à minha terra e a vontade de dar o meu contributo para o seu desenvol-vimento.

JN - Quais são os seus trun-fos e argumentos para inverter o resultado nas autárquicas de 2001.

FL - Em política não há trunfos, antes propostas e ideias. Assim, irei confrontar as propostas da minha equipa com as do adversário e o povo julgará da bondade do que propo-mos.

JN - Que projectos vai apre-sentar para dignificar o estatuto de Vila alcançado por Argozelo no seu mandato autárquico.

FL - Iremos continuar o trabalho que foi interrompido, no sentido de fazer de Argozelo uma vila próspera e desenvolvida. Recusamos o fatalismo e o miserabilismo dos nossos gover-nantes que querem asfixiar as vilas e aldeias do interior do país. Connosco, Argozelo terá futuro. O nosso progra-ma é rico em propostas que demons-tram ser viável o desenvolvimento sustentado da nossa terra.

JN - Sempre foi um defen-sor das minas e dos mineiros de Argozelo. Está contente com as obras levadas a cabo neste lo-cal.

FL - As obras realizadas vieram evitar os efeitos nefastos para as po-pulações como foram as condicio-nantes das escombreiras. Contudo, ainda não estamos satisfeitos e tudo faremos para que a memória mineira seja salvaguardada com toda a digni-dade que merece, com a construção do Museu Mineiro de Argozelo.

JN - Ainda há ex-mineiros por receber credores de salários

e indemnizações após a falência da Minargol.

FL - Felizmente, posso dizer com todo o orgulho que, depois de muito esforço e diligências tomadas, con-segui que os trabalhadores fossem ressarcidos de parte daquilo a que ti-nham direito.

JN - Acha que a Câmara de Vimioso tem feito obra em Ar-gozelo.

FL - A Câmara Municipal tem trabalhado muito pela Vila de Argo-zelo. Todos o reconhecem: requalifi-cações urbanísticas como o Largo Dr. Manuel Telles, o Largo de S. Sebas-tião e Zona do Calvário; as obras da “cortinha” que, embora incompletas, já permitiram, este ano, a realiza-ção das festas em boas condições; o pontão para Coelhoso e o acesso ao S. Bartolomeu; o Centro Escolar; a construção do polidesportivo, a con-clusão das obras no pavilhão gimno-desportivo e a beneficiação do campo de futebol; beneficiação da extensão de saúde; requalificação do espaço das minas, entre outras, referi apenas as mais importantes.

No entanto, nos próximos 4 anos, queremos ainda mais e vamos lutar por tudo o que a nossa Vila tem di-reito.

JN - Se for eleito, o que pen-sa fazer para acabar com o pro-

blema da falta de água na vila de Argozelo.

FL - A água é um problema mun-dial, nacional, e obviamente con-celhio. Tudo farei para defender os projectos da Câmara Municipal neste sentido, nem que, para tal, tenha que usar a força do povo.

JN - O que pensa da ausência de pessoas de Argozelo nos lu-gares elegíveis da Lista de José Rodrigues à Câmara Municipal de Vimioso.

FL - Argozelo tem e terá sempre a seu lado a Câmara Municipal e terá também um Presidente da Junta pre-sente, reivindicativo, consciente das necessidades do povo e com capaci-dade para resolver os problemas.

“Argozelo tem e terá sempre a seu lado a Câmara Municipal e terá também um Presidente da Junta presente”

A Câmara Municipal deu, dá e continuará a dar ao povo de Argozelo aquilo que outros prometeram e nun-ca lhe deram. A gente de Argozelo sabe reconhecer o trabalho feito. Não fica bem ao meu adversário apresen-tar como obra sua feita pela Câmara e pela actual Junta de Freguesia e,

simultaneamente, apregoar que a Câmara nada fez nesta terra, numa clara falta de verdade e respeito pelas instituições.

JN - Acha que a sua candida-tura à Junta é um prémio por não ter sido convidado a inte-grar a lista do PSD à Câmara Municipal de Vimioso.

FL - A minha candidatura à Pre-sidência da Junta de Freguesia de Ar-gozelo resulta do convite que o meu partido me fez e do facto de eu ter o gosto em aceitar este desafio. Não ando à procura de lugares. A minha candidatura é unicamente por Ar-gozelo e pelos Argozelenses. Nunca pedi, nem a minha vida profissional me permitia ser candidato nas listas à Câmara Municipal. Não quero acre-ditar que o meu adversário seja can-didato à Junta de Argozelo pelo facto de não ter conseguido impor a sua vontade de se candidatar à Câmara Municipal como ele próprio tornou público.

JN - Que comentários faz acerca da recente criação da As-sociação Comercial de Argoze-lo.

FL - O Concelho tem uma Asso-ciação Comercial, Industrial e Servi-ços, portanto não faz qualquer sen-tido andarmos a dividir para reinar. O importante é unirmos esforços em defesa dos interesses dos investido-res do concelho.

JN - Na sua perspectiva, quais são, actualmente, as maio-res carências da Freguesia?

FL – Acho que neste momento o maior problema é o caso da Floresta da Zona de S. Bartolomeu. A Junta de Freguesia foi notificada pelo IFAP (Instituto de Financiamento da Agri-cultura e Pescas), comunicando que iria rescindir o contrato relativo a este projecto

Recordo que esta rescisão acon-teceu porque o executivo de 2001 a 2005 não cumpriu a Lei dos Concur-sos Públicos, sendo na altura presi-dente o José Sena.

Por tudo isto, a Junta de Fregue-sia terá de devolver ao IFAP o dinhei-ro do projecto recebido, na importân-cia de 229.447,03 euros, acrescida de juros no valor de 54.092,51 euros, o que totaliza 283.539,54 euros.

Francisco Lopes considera que a Câmara de Vimioso tem feito obra em Argozelo

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�� 6 de Outubro de 2009 JORNAL NORDESTE

ESPECIAL AUTáRQUICAS 2009

Luís Ferreira

O facto de o povo passar a ser sobera-no já existe há uns séculos. Passar a sobe-rania de uma nação para as mãos do povo e tirar o poder ao monarca, foi das mais sensatas propostas filosóficas que até aos dias de hoje existiram. A existência do poder todo centrado numa só pessoa foi contestado ao longo de toda a História e não acabou mais cedo esse centralismo pela simples razão de que não havia uma mentalidade suficientemente desenvolvi-da que proporcionasse essa alteração ao sistema político vigente na Europa.

Na Antiguidade, os gregos já aplica-vam um sistema de governo semelhante à democracia muito embora tivesse muitas imperfeições e contradições. No entanto, o povo inteiro era responsabilizado pelas decisões a tomar, já que todos participa-vam nelas. Contudo, muitos séculos pas-sariam até vigorar na Europa o princípio de que a soberania reside na nação e não no soberano. Foi preciso esperar até ao século XVIII para que esse sistema fosse seguido e servisse de exemplo às nações sujeitas ao poder absolutista de então. Todavia foi preciso viver uma guerra mundial para que todas as nações euro-peias adoptassem um modelo diferente de governo, seguindo o modelo democrá-tico mais de perto.

Hoje, tal como os outros países, Por-tugal vive a democracia na sua essência,

VENDAVAIS

Afinal quem ganhou?embora não a pratique plenamente e isso permite-lhe, no mínimo, eleger através do voto os seus governantes e foi isso que fez nas últimas eleições legislativas. Com todo o direito que lhe assiste, votou, es-colheu e absteve-se, dando a vitória ao partido que mais votos recebeu. É assim que funciona a democracia, ou pelo me-nos pensamos que deve funcionar. Pos-sivelmente, daqui a alguns anos, ela será aplicada de uma outra forma e com con-tornos diferentes. Nunca se sabe!

O que daqui ressalta são os resulta-dos globais das votações. Como ficou a representatividade na Assembleia da Re-pública? Como e quem vai governar? Será que o veredicto do povo é acertado?

Claro que podemos dizer que o que o povo decide democraticamente é bem decidido, mas quando 40% do povo se abstém e o partido ganhador só arreca-dou 36,5% dos votos, algumas dúvidas ficam como é evidente. Podemos mesmo dizer que a democracia não foi exercida plenamente e portanto os resultados não espelham totalmente a vontade do povo. Se todos votassem, para quem iriam os outros votos de 40 por cento da popula-ção?

Outro aspecto importante a retirar destes resultados dizem respeito ao fac-to de grande maioria dos portugueses não estar contente com este governo e ter derrotado claramente o partido do governo nas eleições para o parlamen-to europeu. Então que razões levaram o

povo a votar de maneira diferente agora e a dar a vitória a quem derrotaram há três meses atrás? Será que quem deu a vitória foi a abstenção? Será que alguma coisa foi dada a quem estava descontente e disposto a votar contra as atitudes do governo? O que fez mudar de opinião o povo português?

Que razões explicam o facto de gran-de parte do povo português dar o seu voto à direita democrática? Afinal quem é que efectivamente ganhou estas eleições?

Muitas coisas se poderiam dizer acer-ca disto e as conclusões seriam sempre duvidosas. Cada um tirará as suas ila-ções. A realidade é que estamos perante um cenário de governo completamente diferente. Não há maiorias o que permite uma maior democracia. Assim todos os partidos têm que se envolver mais direc-tamente nas actuações do governo e este só pode governar de acordo com os ou-tros partidos. Já não há a vontade de um só partido, o que fazia lembrar o antigo poder absoluto dos soberanos europeus. Temos pois uma democracia participativa e que obriga o governo a fazer concessões e acordos com outros partidos se quiser governar sem grandes problemas.

Agora o que se pede aos partidos que tanto criticaram o governo e que lhe exi-giram mudanças que não foram feitas, que as voltem a apresentar e obriguem o governo a alterar o que pensam estar mal. Quantas manifestações foram fei-tas? Quem se queixou? Quem exigiu mu-

danças? Se antes havia maioria governativa

e o governo só fazia o que queria, agora que se lhe apresentem soluções democrá-ticas para conseguir o que antes não se conseguiu com manifestações. Os parti-dos chegaram a unir-se em torno de al-gumas questões como as dos professores. Todos estavam de acordo com o facto de a divisão da carreira docente e o tipo de avaliação serem uma aberração. Todos os partidos quiseram apresentar alterações muito mais plausíveis ao governo e este fez ouvidos moucos e ainda ridicularizou a classe docente e as suas pretensões. Um vexame! O mesmo aconteceu com os ad-vogados, com os enfermeiros, com a polí-cia, enfim, com toda a população. Poucos estavam satisfeitos e ao lado do governo. Então como se explica que o povo que não estava satisfeito antes e mostrou o cartão vermelho aos governantes, votasse agora favoravelmente uma continuidade medí-ocre?

É certo que temos a abstenção, que temos um governo minoritário, que te-mos um partido socialista muito reduzi-do na sua expressão actual em relação à anterior, que temos uma direita mais for-te, que temos a possibilidade de assistir a uma flexibilidade governativa que não havia, mas francamente! No meio disto tudo, já não se sabe quem ganhou. Ouvi-mos todos os partidos dizer que ganha-ram porque tiveram mais votos que antes, mas o partido socialista teve menos meio milhão de votos. Então perdeu! Pois, mas ganhou as eleições porque teve mais vo-tos do que outro partido. Enfim, o povo é que escolheu… democraticamente. Tam-bém democraticamente, quem ganhou foi a abstenção, porque teve mais votos que qualquer partido. Afinal em que ficamos?

Resultados Autárquicas 2005-Vilas e Freguesias Urbanas (cont.)

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6 de Outubro de 2009 JORNAL NORDESTE ��

Tierra, giente i Lhéngua

La fala an purmeiro Amadeu FerreiraLa léngua sin scrita bola,

Bai-se cumo ua airaçada; Pouco bal la scrita sola, Se por naide ye falada.

Fonso Roixo [Quadra 124, de L Pur-meiro Libro de Bersos]

Esta quadra diç bien l que penso su-bre la relaçon antre la fala i la scrita dua lhéngua, an special de la lhéngua miran-desa. Las lhénguas ampéçan por ser fala i solo apuis, a las bezes muito tiempo apuis, ye que ampéçan a ser screbidas. Esso quier dezir que la fala ye la raíç, la madre de las lhénguas i ye por esso que estas se muorren quando la fala se calha. Quando falamos de la fala nun stamos a cuntar cun uas palabricas de beç an quan-do, mas cula fala de l die a die, eilemien-to eissencial de quemunicaçon antre las pessonas, seia na família i na sociadade, seia ne l quemércio, seia an atos anstitu-cionales, cebiles ou relegiosos.

La berdade ye que ne ls redadeiros cinquenta anhos la lhéngua mirandesa ten benido, als poucos, a perder terreno an relaçon a la fala, ne l cunfronto cula lhéngua pertuesa. L pior de todo ye que tamien la família fui deixando de ser l centro de ansino de la lhéngua i de prá-tica de fala de la lhéngua antre pais i fi-lhos. Esta situaçon yá fui analizada muita beç, son coincidas las rezones i tamien se

conhécen las cunsequéncias pa la subre-bibença de la lhéngua. Hai que le dar la buolta a esta situacion i ye agora l tiem-po, inda stamos a tiempo. Todo ten que ser feito zde un porgrama central, puos-to an prática zde la Cámara Munecipal i que ha de chegar a todas las partes de la sociadade, aplicada de modo sistemático, sien paraige, yá que ten de ser un porgra-ma para durar muitos i muitos anhos.

Un programa de la fala ten que dei-xar bien clara la amportança de la fala, l ámbito de l sou uso i ls ancentibos a esse uso. Solo ye possible todo esto se la lhén-

gua mirandesa fur declarada pula Cáma-ra cumo la 1ª lhéngua oufe-cial de l cuncei-lho de Miranda de l Douro, sen-do l pertués la segunda. Solo esta declaraçon trai cun eilha todo un porgra-ma an termos de ansino para un nuobo i mais

alhargado uso de la lhéngua. Esse ansino ten de ampeçar puls funcionários de la Cámara i de las outras anstituiçones de l cunceilho, yá que la lhéngua mirandesa ten de se alhargar a todas las pessonas, inda que béngan de fuora. Até hai pouco tiempo era mal bisto quien falaba miran-dés, mas ten de benir un tiempo an que ten de ser mal bisto quien nun fala mi-randés, subretodo quien nun faç nanhun sfuorço para l falar. Claro que nun se puode oubrigar a naide, que tamien ende ten de haber lhibardade, mas nun poderá ser bisto cun buns uolhos quien çpreziar esta lhéngua que ye la marca eidentitária de la tierra de Miranda i l sou percipal recurso cultural i eiquenómico. Todo esto eisige deceplina i rigor, i puode nun ser pacífico, al menos al ampeço. Mas nunca se fizo nada a sério sin ser por un camino de seriadade.

Yá se ten dezido que agora se anda a screbir mirandés a mais. Nun ye berdade. L mirandés inda se scribe mui pouco i l mais de las bezes scribe-se mal, porque las pessonas nun ténen l cuidado de l stu-dar cumo debe de ser. Por esso, hai que tener bien claro que l mirandés ten que se screbir muito mais i muito melhor. Bon-da dezir que ye ralo haber decumientos

de la Cámara i de las Juntas que séian an mirandés, quando la regra debie de ser al alrobés: todos ls decumientos oufeciales habien de ser an mirandés, anque tubí-ran de ser traduzidos para pertués. Para que assi seia hai que criar cundiçones i esso lhieba l sou tiempo. Até agora la fala mantubo-se por ua cierta spuntanei-dade, mas todo ten que ser cada beç mais porgramado, cumo se passa cun todas las lhénguas, mesmo las grandes lhénguas cumo l pertués. Esso quier dezir que las cousas ténen que ser zambolbidas de riba para baixo, tenendo an cuonta que la atu-al strutura de la populaçon de l cunceilho yá bai scapando al eizolamiento i a la ru-ralidade pura, ye cada beç mais letrada. Hoije la lhéngua passou defenitibamen-te pa la cidade de Miranda i esso ten de ser cunsidrado un eilemiento decisibo pa l renacer de la lhéngua, tamien ne l que toca a la sue fala.

An próssimos númaros cuntinaremos a zambolber esta eideia de la criaçon de un nuobo porgrama pa la fala de la lhén-gua mirandesa. Puode ser que quien ten meios para esso l puoda agarrar i lhebar a la prática, sendo cierto que se nun l fazir assumirá las sues repunsablidades stóri-cas.

Reglas de scritaLA FUOLHA MIERANDESA faç

parte antegrante de l Jornal Nordeste i respeita l sou statuto eiditorial.

Neilha solo se publícan testos que séian screbidos an mirandés, cunsante la Cumbençon Ourtográfica de la Lhéngua Mirandesa i las sues Adendas.

Quien screbir an sendinés, cunsante la 1ª Adenda, ten que andicar esso al fin de l testo, querendo dezir que nun se usa lh- an ampeço de palabra.

Cordenador - Amadeu Ferreira - [email protected]

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�� 6 de Outubro de 2009 JORNAL NORDESTE

LA FUOLHA MIRANDESA

L que aperpónen ls partidos que cuncuorren a la Cámara Munecipal de Miranda de l Douro

Cumo yá habiemos pormetido, aper-sentamos nesta Fuolha Mirandesa ls por-gramas de ls dous percipales partidos que cuncuorren a la Cámara Munecipal de Mi-randa de l Douro, na parte respeitante a la lhéngua i a la cultura mirandesas. Nesse sentido, falemos culs dous cabeças de lista a la Cámara, Américo Tomé (PSD) i Artur Nunes (PS), para que mos ambiáran l por-grama de la sue candidatura ou un testico

adonde apersentássen las perpuostas que fázen.

Dambos a dous respundírun al nuosso pedido i ye cun gusto que eiqui publicamos ls testos que mos mandórun, sien qualquie-ra comentairo, yá que l nuosso oujetibo ye solo cuntrebuir pa la çcuçon séria i pa l coincimiento de las perpuostas que son feitas.

Sabemos que las candidaturas a algues

Juntas de Fraguesie ténen puntos de l sou porgrama subre la lhéngua i la cultura mi-randesas, mas nun ye possible eiqui falar deilhas por rezones de spácio. Esso nun quier dezir que nun téngan la mais grande amportança, pus ye a esse nible de las fra-guesies que muito se joga quanto al feturo de la lhéngua.

Ye cun muita pena que eiqui nun aper-sentamos perpuostas de las listas a la Cá-

mara de Bumioso, mas nada ténen para mos dezir quanto a la lhéngua a nun ser l silenço. L squecimiento cuntina, mas fa-zemos botos para que un die tamien ende la lhéngua tenga l lhugar i la atençon que merece. Bumioso i las sues fraguesies fa-lantes de mirandés solo teneran a ganhar cun esso.

Amadeu Ferreira

Porgrama de l Partido Socialista Porgrama de l PSD– Partido Social DemocrataL cabeça de lista de l Partido Socialis-

ta a la Cámara de Miranda, ARTUR NU-NES, screbiu-mos un e-mail, an mirandés, adonde mos trascribe l que diç l punto 2 de l sou porgrama: Relhançar la Lhéngua i Cultura Mirandesa i apostar na Formaçon i Ansino.

Na fin de l e-mail pon ua nota que nun podemos deixar de poner eiqui: la traduçon para mirandés fui feita cun assento ne l tra-dutor pertués-mirandés - http://sendim.net/noticias/dicionario/tradutor_online.asp

2. Relhançar la Lhéngua i Cultura Mi-randesa i apostar na Formaçon i Ansino

Aliçaces de promoçon i marketing. - Grácias a la sue lhéngua i cultura singular, Miranda de l Douro ye hoije un cunceilho de famosa refréncia na Península: anstitu-cionalizar, struturar, dinamizar, zambolber i dar sustentabilidade a estes eilemientos de defrenciaçon ímpar, ye ampulsionar l ma-rketing de l cunceilho, i por cunseguinte, ancrementar zambolbimientos fuortes ne ls fluxos de coincimiento i besitaçon, tradu-zindo-se an maior criaçon de riqueza ne ls setores de l turismo i comércio.

2.1. Anstitucionalizar, qualificar i am-bestir na lhéngua i cultura mirandesa

- Criaçon dua anstituiçonandependiente (Fundaçon) pa la lhén-

gua i cultura Mirandesas.- Candidatura de la Cultura i Lhéngua

Mirandesa a Património Eimaterial Mun-dial de la Houmanidade (UNESCO).

- Colocaçon dun técnico specialista an lhéngua i cultura mirandesa na cámara mu-nicipal para dinamizar l studo, l’outilizaçon i uso correto de la lhéngua, dar apoio als munícipes, associaçones, comissones de

fiestas i outros.- Criar un apoio de çcriminaçon posi-

tiba pa ls alunos que frequenten la çciplina de lhéngua mirandesa.

- Ne l cuntesto de l centro de nuobas ouportunidades criar balidaçones i forma-çones an lhéngua i cultura mirandesa.

- Anterbenir junto de l Menistério de la Eiducaçon para oumentar l númaro d’horas de lhecionaçon an lhéngua mirandesa.

- Apuiar publicaçones an lhéngua mi-randesa i subre la cultura i território miran-dés.

- Apuiar las associaçones culturales de to l cunceilho.

- Apuiar ls festibales de pauliteiros.- Criar ua Feira Mediebal, adonde la

lhéngua mirandesa afirme la sue stória i cunte l percurso de las gientes que la fálan.

- Lhançamiento de l eibento “Miranda cidade cun 500 anhos de stória”: sposiçon cultural i stórica durante trés meses a ser inaugurada ne l die 10 de Júlio de 2010.

- Criar un centro de Artes i Oufícios mirandés.

“Todo ten un tiempo: an Miranda ye tiempo dun feturo melhor…”

De la candidatura de la PSD a la Cámara de Miranda, recebimos, ambiado por Zélia Fer-nandes, l seguinte testo:

La Tierra de Miranda, an particular l cun-ceilho de Miranda de l Douro, ten na Lhéngua Mirandesa, un eilemento çtintibo i un alheçace fundamental de la sue eidentidade.

A eilha se debe tamien associar la “cultura mirandesa”, que fai de l Mirandés la nina de ls uolhos de l património eimaterial de l cuncei-lho de Miranda de l Douro i d’ua buona parte de la chamada Tierra de Miranda.

Por isso, este eisecutibo ten cuncéncia de que todo l que se fazir pula Lhéngua Mirande-sa, será siempre pouco, se tubirmos an cunta la sue amportáncia eidentitária, mas tamien l sou balor cultural, turístico i eiquenómico.

Queremos cuntinar a zambulber i apadri-nar açones i projectos subre la lhéngua i la cul-tura mirandesas, inda i siempre cun mais ganas i cun mais buntade de forma a fazer desta lhén-gua l motor d’un zambulbimiento sustentado para este cunceilho, associando la lhéngua mirandesa cun ls outros recursos culturales, l património, l artesanato, las tradiçones i l fol-clore.

Neste sentido, esta outarquie siempre dou ua mano firme i fuorte a todas las publicaçones i eidiçones. Queremos cuntinar nesse camino, ciertos de qu’isso nun ye un deber mas antes ua oubrigaçon para dar a la Lhéngua i a la Cultura Mirandesas l statuto, la boç i l campo qu’eilha merece na promoçon de la nuossa memória colectiba.

Por isso, bamos a anstituir l Die de la Lhéngua Mirandesa, que seia un die de fiesta, ua data simbólica, un spácio d’ancontro, an que todos, falantes ou nó, puodan çcobrir un pouco mais subre la sue lhéngua i la sue cultura.

Proponemomos dignificar l Centro de Stu-dos António Maria Mourinho, fazendo deste Centro, de manos dadas cun Ounibersidades pertuesas i strangeiras i cun outras anstituiço-nes, l spácio de studo i dibulgaçon de la lhén-

gua mirandesa. Por isso, cuntinaremos cun l apoio a l’eidiçon de la Rebista Tierra de Mi-randa (única publicaçon científica cun testos an mirandés ou subre la Tierra de Miranda criada até hoije), zambulberemos cursos d’einiciaçon i specializaçon an Lhéngua Mirandesa i ampe-çaremos l processo de candidatura de la Lhén-gua i de la Cultura Mirandesas a Património Eimaterial de l’Houmanidade.

Nun çqueceremos las nuossas raízes stó-ricas i, no camino de l armanamiento cun la única tierra donde l sturiano ye “oufecial”, Bimenes, queremos ir mais longe nas relaço-nes cun las tierras bezinas de Çamora, Lhion i las Stúrias, streitando estas relaçones, traendo giente, zambulbendo programas de cooperaçon quier no campo lhenguístico, quier cultural, quier eiquenómico.

Cuntinaremos a apadrinar ls outores que scríben an Mirandés, proponendo la criaçon d’ua Bienal de la Lhéngua i Cultira Mirande-sas que seia un spácio donde todos ls scritores puodan çcutir, partelhar speriéncias i planear stratégias cun bista a stimular l anteresse por esta lhéngua i por esta cultura.

Daremos special cuidado al trabalho zam-bulbido nas scuolas de l cunceilho donde ye ansinado l mirandés. Proponemomos criar las cundiçones para eiditar un jornal an mirandés que seia l speilho de la fuorça deste trabalho.

Queremos assi preserbar, dignificar i di-namizar inda mais la Lhéngua Mirandesa que cuntina a ser lhéngua de comunicaçon i ua pie-dra mui amportante no nuosso eidefício eiden-titário.

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CULTURA

AgENDA CULTURALBRAGANÇACinemaForum TheatrumForça GAté dia 7 de Outubro, Sala 1A esperança está onde menos se esperaAté dia 7 de Outubro, Sala 2Sacanas sem LeiAté dia 7 de Outubro, Sala 3

ExposiçõesCentro de Arte ContemporâneaGraça MoraisGraça MoraisSagrado e ProfanoDe 30 de Junho a 15 de OutubroPaula RegoNa Colecção Manuel de BritoDe 30 de Junho a 15 de Outubro

MúsicaTeatro MunicipalSantos /Melo Featuring Paulo BragaDia 8 de Outubro, às 21h30JabardixieDia 10 de Outubro, às 21h30Centro HistóricoDouro Jazz Marching BandDia 10 de Outubro, às 18h00

TORRE DE MONCORVOCinemaCine-TeatroTransformers: RetaliaçãoDias 8 e 10 de Outubro, às 21h30

ExposiçãoMuseu do FerroVestígios... Património Arqueológico e Arquitectónico da Região de MoncorvoAté dia 31 de Outubro

VIMIOSOExposiçõesCasa da CulturaArtesanato LocalExposição permanente

VILA REALExposiçõesMuseu do Som e da ImagemCinco décadas de televisores em PortugalDe 2 de Agosto a 31 de OutubroTeatro de Vila RealSala de ExposiçõesDouro Jazz 2008Exposição de Fotografiade José Luís SantosAté dia 31 de OutubroBiblioteca MunicipalSete séculos de livrosAté dia 31 de Outubro

MúsicaTeatro de Vila Real - Café ConcertoJoão Mortágua e UrielDia 6 de Outubro, às 23h00Duo Pagú - Guitarra e VozDia 7 de Outubro, às 23h00Groove 4TetDia 8 de Outubro, às 23h00Santos /Melo Featuring Paulo BragaDia 10 de Outubro, às 22h00Miguel Braga e Zé LimaDia 12 de Outubro, às 23h00M&MDia 13 de Outubro, às 23h00Bairro de Sta. MariaDouro Jazz Marching BandDia 10 de Outubro, às 11h00Bairro da PimentaDouro Jazz Marching BandDia 10 de Outubro, às 11h30Bairro da AraucáriaDouro Jazz Marching BandDia 10 de Outubro, às 12h00Bo Sta. Margarida e Centro HistóricoDouro Jazz Marching BandDia 10 de Outubro, às 12h30

Jazz original inspiraBRUNO MATEUS FILENA

Música dos Drugstore Cow-boy Quartet estreia 6ª edi-ção do Douro Jazz em Dia Mundial da Música

Que melhor forma de celebrar o Dia Mundial da Música (1 de Outu-bro) do que com o tenor australiano Brandon Allen no saxofone, na bate-ria o italiano Enzo Zirilli, nas teclas o inglês Ross Stanley Hammond, e o londrino Quentin Collins no trom-pete. São estes os quatro elementos que constituem os Drugstore Cowboy Quartet. No Teatro Municipal, a se-mana passada, mostraram aos bri-gantinos que a sua união recente está a dar frutos, merecendo todas as pal-mas (e foram muitas) que se fizeram ouvir numa casa próxima de repleta.

Com a duração de uma hora, este “quarteto fantástico” interpretou, na sua maioria, temas originais, e um ou outro clássico dos anos 50 e 60, e compreendemos agora o motivo da sua rápida ascensão no palco in-ternacional. Mesmo para quem não seja um fã confesso de jazz, se tivesse ouvido atentamente, decerto saberia apreciar.

Co-liderado por músicos instruí-dos experimentalmente da cena lon-drina, no caso de Quentin Collins e Brandon Allen, que já trabalharam e tocaram com artistas tão importan-tes como Kyle Eastwood, Beverley Knight, Eric Clapton, Guy Barker e Mica Paris, entre muitos outros, este grupo tem no órgão Hammond, um elemento que, através do seu toque

Quentin Collins é o mestre obreiro do Drugstore Cowboy Quartet

singular, o ilumina.

http://www.myspace.com/qcba-quartet

Os Drugstore Cowboy Quartet terão, em Outubro, o seu primeiro cd lançado pelas mãos da Sunlight Square Records e contará, com influ-ências tão vastas e significantes como John Coltrane, Stevie Wonder e Di-zzy Gillespie.

Em Bragança, poderemos contar com outras 4 actuações, mais uma arruada com a Douro Jazz Marching Band, o grupo “residente” do festival que evoca as tradicionais Parades the New Orleans, dia 10, a partir das 18 horas, pelo centro histórico da cida-de. O segundo concerto, integrado no 6º Festival Internacional Douro Jazz,

terá lugar no dia 8 de Outubro, pelas 21 e 30, também no Teatro Munici-pal, e contará com o convidado brasi-leiro Paulo Braga, baterista e parceiro habitual de Tom Jobim e Elis Regina, dos músicos portugueses Filipe Melo e Bruno Santos, juntamente com Paula Oliveira e Bernardo Moreira.

Sábado, dia 10 de Outubro, tam-bém pelas 21:30h, da terra com maior tradição universitária, os Jabardixie que, em concerto ou em desfile, de-senvolvem o jazz de rua na sua me-lhor expressão artística.

Resta destacar que, esta 6ª edi-ção do Douro Jazz, iniciada a 18 de Setembro e que terminará a 17 de Ou-tubro, conta com uns impressionan-tes 130 músicos de 8 países, reparti-dos por 66 espectáculos, em cidades como Bragança, Vila Real, Chaves, Régua, Lamego e Pesqueira.

Obra de José Silvano em livro“Mirandela do século XXI”: um livro sobre um autarca em tempo de campanha

O Parque do Império, em Miran-dela, foi o palco privilegiado para a apresentação de um livro que relata a obra do edil José Silvano durante os 14 anos que está à frente da Câmara Municipal de Mirandela.

As páginas do livro são compos-tas por um conjunto de fotografias e poucas palavras, porque uma “ima-gem vale por mil palavras”. Página a página é perpetuada a obra realizada na modificação estrutural, paisagísti-ca, social, solidária e cultural, como o arranjo urbanístico e apoio à econo-mia do concelho.

É um livro que pode gerar alguma

polémica, devido à altura em que foi colocado no mercado, em plena cam-panha eleitoral para as autárquicas, com José Silvano a recandidatar-se ao último mandato.

O autarca acredita que o “timing” pode ser aproveitado pela oposição, considerando que é um aproveita-mento eleitoral, mas desvaloriza a situação. “Não estou a ver onde está o mal. Isto não é nenhum acto insti-tucional, não é um acto da Câmara ou do presidente da Câmara. É o acto de uma editora. Aliás, hoje até é moda todos os políticos que se prezem apre-sentarem um livro antes das campa-nhas eleitorais”, defendeu o edil.

Por outro lado, José Silvano afirma que o livro é o reflexo de um trabalho durante 14 anos, que já era conhecido de todos, através das

Editora promete mais lançamentos

agendas, campanhas eleitorais, ma-nifestos eleitorais ou nos boletins informativos da Câmara. “ Não tem mais nada que isto. É o conjunto de 14 anos de eventos em Mirandela, que agora estão compilados num úni-co livro”, rematou o autarca.

Para a editora, com sede em Mi-randela, este livro não é um acto isolado de publicação para ajudar a

campanha de Silvano, mas, apenas, o início de um ciclo de livros a publicar sobre a cidade jardim, como é o caso do Príncipe do Tua, em que o prota-gonista será o Sport Club Mirandela. A editora quer, assim, fazer livros so-bre a história de Mirandela.

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CULTURA

OPINIãO

Armando Fernandes

No louvável desejo de elucidar os ouvintes o homem da rádio disse: tra-ta-se de uma mulher madura. Repe-tiu, repepetiu – uma mulher madura. Tesourei o som, passei a um disco com a sumptuosa voz da resplande-cente verde-madura Netrebko, e a memória devolveu-me a imagem de uma mulher madura de cujos lábios devia escorrer néctar, mas nunca o provei, daí não ter ficado embriaga-do. Essa mulher nos idos de sessenta quando fazia deslizar lentamente o descapotável pela Praça da Sé e Rua Direita, escondida em fatais óculos escuros promovia imagens e palavras fantasistas em todos quantos per-corriam pelo olhar as suas opulentas curvas. Muitas mulheres sumarentas viviam na cidade, duas ou três provo-caram duras dores de cabeça aos ma-ridos, outras mal o calor apertava co-locavam no peito decotes a realçarem uma das partes mais belas da plástica feminina, aumentando vertiginosa-

Verdes&Madurasmente o nosso turvamento. Tinham mais de trinta anos, já nessa altura Balzac estava ultrapassado, agora as balzaquianas conseguem manter-se na linha anos a fio à custa de costurei-ros plásticos e exercício, veja-se o caso da portentosa Sofia Loren, aos seten-ta e cinco anos ainda obriga a pensa-mentos pecaminosos. Por sua causa, na época do Cine-Teatro Camões, fa-zíamos oferendas a uma personagem bíblica pessimamente considerada pelos moralistas de pacotilha. Ainda no referente às maduras não consigo descobrir a causa de graciosas mulhe-res que viveram (vivem?) em Bragan-ça, terem preferido transformarem-se em frascos ressequidos ou boiões de compota repassada, a anicharem-se entre braços masculinos. Os homens andavam de beicinho por elas, mas as polpudas preferiram impedi-los de as beijar ou meter a colher no então frescal doce. Sobre os trabalhos in-tentados no vislumbrar a nudez desta ou daquela madura os rapazes meus contemporâneos conhecem numero-sos episódios, o pudor também me

fica bem não avançando pormenores neste melindroso tema. As raparigas verdes abundavam, a moda e a esté-tica estavam sujeitas a forte censu-ra, no entanto, algumas esculturais conseguiam toilettes espantosas a fazerem vibrar uma comunidade hi-pócrita adepta das públicas virtudes e vícios privados. Dessa altura, em matéria de verdes a real/realidade está representada por meia-dúzia de espantosos casos de sucesso, ou seja: meninas que ao passaram do estádio da flor para o do verdoso fruto prin-cipiaram a namorar com o apaixona-do, e único até aos dias de hoje, tendo pelo meio assinado o respectivo con-trato de casamento. Um espanto. Os leitores atentos sabem a quem faço referência. Pessoalmente, nessa ma-téria, as verdes e ferventes paixões resultaram em grávidos fiascos, re-cuperei bem, mas confesso o pecado – gosto de verdes, maduras e mesmo maduríssimas, especialmente quan-do possuem pele mimosa e múltiplos encantos. Desaires? Imensos. Ainda há dias voltei a ser alvo de riso es-

carninho de boca voluptuosa por ter lavado os olhos no seu esbelto corpo. Não sou mirone, mas as circunstân-cias obrigaram-me a tal. Fui almoçar ao Corte Inglês, para isso entrei na escada rolante, uns degraus acima iam dois saltos agulha, pernas tor-neadas a preceito, coxas compridas e no fim um “coiso” denominado fio dental. Por cima uma saia tipo cinto, blusa sedosa e envolvente. Nem um cego seria capaz de resistir à tenta-ção de levantar os olhos e olhar, ver, observar, perscrutar, contemplar não existindo a necessidade de adivinhar. A subida naquele dia demorou pou-co, ultrapassei-a no limite, levava os pómulos empinados num decote de rasgamento ousado a desmentir exu-berantemente a existência de pos-tiços. Olhou-me depreciativamente inflamando os lábios de desdém. En-quanto me amesendava no espaço de fumos, lembrei-me da raposa: estão verdes! Incisivo o epigrama de Filo-demo: “O possesso do amor na ju-ventude, com a idade pende a cabeça com pena.” Pois é: escreve!

Música em “bandas de garagem” BRUNO MATEUS FILENA

The Band, Nível 6, Black Hope e Eskuadrão Furtivo, entre outros, actuaram sá-bado em nome de um bem comum, a música

Em pós-celebração do Dia Mun-dial da Música, a Junta de Freguesia da Sé (JFS) exibiu, dia 3 de Outubro, as várias bandas de garagem briganti-nas no Teatro Municipal de Bragança. Com cerca de uma dezena de grupos a presentearem um quinto de sala, o presidente da JFS, Paulo Xavier afir-ma que, há uma década atrás, quan-do foram reactivadas as verbenas, só existiam 2 bandas de garagem. Agora existem 18.

O mais importante, realça o au-tarca, “é o apoio incondicional pres-tado aos jovens músicos da nossa terra, conferindo-lhes a oportunida-de de se mostrarem em diferentes contextos, como o dia da música, as verbenas e festas de escola”. Por isso, “esta iniciativa será para perdurar, se for esse o anseio dos músicos e hou-ver bandas suficientes que demons-trem essa vontade de tocar”, realça o responsável.

O espectáculo, com uma duração aproximada de duas horas, permitiu a cada banda interpretar dois temas, já que, cada uma, dispunha apenas de 10, 15 minutos, para mostrar o seu valor. Também no final dos concer-tos, Victor Gomes, professor de mú-sica e, ele próprio, um conceituado artista, foi homenageado pela vasta contribuição que tem prestado, não só à música, como também ao desen-volvimento de jovens por todo o Nor-deste Transmontano.

Eskuadrão Furtivo, os represen-tantes do hip-hop brigantino

Constituído por dois elementos, Luís Gonçalves, 21 anos, aka B-Fatz, e Jorge Rodrigues, de 24, aka MK, o Eskuadrão Furtivo começou em 2004, numa altura em que o B-Fatz era o puto XL, e havia mais dois ele-mentos no grupo, o Sniper e o Raro, além do mc MK. Depois, foram sain-do e entrando outros elementos mas a base manteve-se até hoje com os mesmos dois protagonistas.

Foi colocado por MK, um álbum à venda na Fnac, onde participa Fuse, dos Dilema, um senhor do hip-hop tuga, e que já esgotou, lançado por uma editora e cujo título é “Capítulo Obsceno”. Composto por 14 temas,

Eskuadrão Furtivo: hip-hop “really” tuga

um dos mais conhecidos entre as hos-tes brigantinas é “Cidade do Pecado”, featuring Raro e produzido por Pipe, que podem conferir no Youtube.

MK, que produz os instrumentais num programa informático de nome Reason, planeia lançar uma mixtape em Janeiro, que se intitulará “Identi-dade”. Também B-Fatz planeia fazê-lo mais tarde, “talvez” para Março ou Abril. Isto porque, ambos têm algo a dizer. O trabalho conjunto dos dois elementos que compõem o Eskua-drão Furtivo estará nas lojas, em

princípio, no final do próximo ano. Quanto ao hip-hop, em Bragança,

tem evoluído muito, refere B-Fatz. “No início, existíamos nós e os con-certos tinham 5 ou 6 pessoas. Hoje em dia, fazemos actuações com a casa cheia e isto deve-se em parte ao MK, pois foi o único, nesta cidade, a lan-çar um álbum através de uma editora que esteve à venda na Fnac”.

Actualmente, “temos mc´s, pro-dutores, pessoal a dançar, beatbox e há mais bandas, o que é sempre um passo em frente”, revela o rapper.

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6 de Outubro de 2009 JORNAL NORDESTE ��

Futsal I Divisão 4 3MOGADOURO

OLIVAIS

Pavilhão da J.F. de Mogadouro árbitros: Vítor Rocha e Pedro Paraty

EQUIPAS

Pina Mário Freitas

Neysinho Mancuso

Ricardinho BoiPin

Bruno PereiraPaulo Faria

Wallace

Piranha João Pires Dário Bibi Joni RicardoGonçalo FarinhaZézito João Marçal Caturra Pedro Ferreira

TREINADORES

Artur Pereira Luís Alves

golos: Mancuso, 1´,João Pires, 11´), Dá-rio, 15´), 1-3 João Marçal, 16´, Neysinho, 19´ 3-3 Ricardinho, 25´,Mário Freitas, 32´Disciplina: amarelo a João Marçal (12´), Bruno Pereira (12´), João Marçal (24´), Dário (30´); vermelho a Gonçalo Farinha (22´).

Pioneiros eliminados na Taça

Futsal Taça de Portugal 2

6

PIONEIROS

Os Pioneiros foram eliminados da taça de Portugal de futsal na 1ª eliminatória. O adversário era o Aze-méis Futsal, que entrou praticamen-te a ganhar, inaugurando o marcador aos 47 segundos. Os Pioneiros ain-da conseguiram empatar através de Estrela, mas a equipa da série B da 3ª Divisão voltou a marcar e pôs-se em vantagem. Pouco depois, os Pio-neiros voltam a igualar, através do capitão Matos. Quando a equipa da casa demonstrava algum ascendente e poderia ter passado para a frente no marcador, André não conseguiu con-verter uma grande penalidade. Quem não desperdiçou foi o Azeméis, que passou, novamente, para a frente do marcador, ainda antes do descanso.

Na segunda parte, os Pioneiros ainda conseguiram criar algumas

Pioneiros procuram

situações de golo, mas sem arte e engenho para alcançar o empate. Aproveitou o Azeméis, de livre, para aumentar o marcador e dilatar a van-tagem para uns esclarecedores 6-2.

Agora resta aos Pioneiros o cam-peonato da 3ª Divisão, com início marcado para o próximo sábado. O primeiro jogo é frente ao Macedense.

Caminharem segurança

M á r i o Freitas foi, mais uma vez, o homem que facturou o golo da vi-tória. Agora passa a ser o p r i m e i r o a r t i l h e i r o isolado no Campeonato Nacional da primeira Di-visão. Mário

Freitas tem 19 anos, é mogadouren-se e fez toda a formação do futsal do CAM. Cumpre seu primeiro ano na camada sénior e esteve nos escolhi-dos de Orlando Duarte na Selecção Nacional sub-20.

Ao intervalo, a equipa da casa perdia por 1-3, mas no segundo tem-

po só deu Mogadouro. Houve dificuldades com a turma

da zona de Lisboa que entrou bem no jogo e acabou mesmo por chegar ao 3-1.

Na 2ª parte deu-se a revolta tác-tica e os rapazes de Artur Pereira fize-ram a reviravolta contra uma equipa

com interna-cionais. Foi a terceira vi-tória conse-cutiva e ati-ra a equipa do Planalto para o 2º lu-gar. Embora o Benfica te-nha dois jo-gos a menos, este é um início muito prometedor.

Freitas esteve em destaque

AZEMÉIS FUTSAL 6

Académico continua a somar pontos

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�� 6 de Outubro de 2009 JORNAL NORDESTE

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6 de Outubro de 2009 JORNAL NORDESTE ��

NORDESTE DESPORTIVO

18 25 26 27 48 38

17 18 21 3 96 34

8

Juniores A 1 3GD BRAGANÇA

AD FAFE

Campo do CEEárbitro – Nuno Cabral (Vila Real)

EQUIPAS

LouçanoJaime

AlexandreV Hugo

Abel(Paulo Lima 67”)

EduardoCapello

(Filipe 80”)Valentim

Padrão(Valdo 70”)

RicardoGuerra

LuísBeijinhosTiago RuiToka(Castro 68”)João VictorSamoraIvo Lopes(Mota 70”)RubenTeixeiraJoão Miguel(José 71”)

TREINADORES

M. Alvese J. Genésio

Tenev

golos: João Miguel 3”, Teixeira 36”, Valentim 40”, Mota 75”Disciplina: V. Hugo 60”, Valentim 9”, 89”, Ivo Lopes 64”, Paul Lima 83” (v. directo), Valentim 89 (v. acumulação).

Juniores B 4 7CACHÃO

FREAMUNDE

Campo do Cachãoárbitro – M. C. (V. Real)

EQUIPAS

RicardoFábio Martins

DiogoFábio Daniel

Daniel RamosDaniel

Vila FrancaFreixeda

RucaCarlos Eduardo

MicaelFrancisco

Ricardo Martins Isco

CristianoMonteiroVieiraPachecoPedroJoão SantosNelsonDaniRafaelCastroJoão PedroMicael (gr)ValterTiago

TREINADORES

Salvador Tonhanha

golos:Dani 6”, 23”, 26”, Rafael 11”, 44”, Vila Franca 56”, João Santos 61”, Carlos Eduardo 71”, Nelson 72”, Micael 74” e 77”

Juniores C 1 2CHAVES

GD BRAGANÇA

Campo de Treinos do g. D. Chavesárbitro – Fernando Lhano (Bragança)

EQUIPAS

RatoFábio

MaldonadoDiogo

RicardoFlay

FernandesHélderRafael

MárcioFlorindo

GilRui

Vando

André ReisEstevesIvoSaraivaGonçaloLuís TrigoChiquinhoRui AlvesZé PortugalNunoLuís LisboaLuís SilvaSérgio

TREINADORES

J Paulo Bétinho Antas

golos: Luís Trigo 7”, Diogo 35”, Sérgio 70+3Disciplina: Luís Trigo 27”, Rui Alves 70*1

A revolta dos massacrados

O Fafe venceu com justiça esta partida com o Bragança. A equipa da casa entrou mal em campo e sofreu um golo de canto aos 3”. A defesa não fez marcação ao primeiro

poste e João Miguel cabeceou completamente à vontade.

O Bragança não pegou no meio campo, eram demasia-das baixas para ter uma equi-pa forte e coesa, mas, mesmo

assim, tentaram o empate, mas sem grandes oportuni-dades.

Aos 36”, novo golo visi-tante por Teixeira que apro-veitou uma defesa incompleta de Louçano. Logo de seguida, Valentim, depois de um can-to, marcou e “agarrou” a es-perança.

Na 2ª parte, uma equipa motivada e com oportunida-des de golo, mas a sorte não espreitou.

Depois, o contra-ataque minhoto funcionou e matou o jogo aos 30” da 2ª metade. É certo que, até este lance, o juiz Nuno Cabral esteve qua-

se sempre bem. Nem se deu por ele, mas acabou por ser a parte mais pobre do jogo e ajudou a perceber porque é que o Bragança termina os jogos com nove atletas.

Nuno Cabral terá que cla-rificar esta tarde má em Bra-gança, porque sete vermelhos em só quatro jornadas pode criar uma situação de hostili-dade neste pobre futebol por-tuguês.

Contudo, não há que tirar mérito à vitória do Fafe, mas ao mesmo tempo não se pode acabar aos poucos com uma equipa de formação por erros grosseiros do juiz.

Fafe venceu com justiça em Bragança

Acordaram tarde

Este resultado não cor-responde ao que se passou no campo do Cachão. O empate era o resultado mais justo, apesar da equipa da casa ter entrado mal, ao ponto de es-tar a perder por 5-0 ao inter-valo. O técnico mexeu bem na equipa e o Freamunde acabou por sofrer até ao último mi-nuto. Não fosse ter entrado Micael com defesas de gran-de qualidade, o jogo acabaria num 7-7 invulgar.

Grande esta equipa do concelho de Mirandela, com capacidade e valor.

Apesar da derrota, viu-se uma grande exibição que co-locou o Freamunde em senti-do e a fazer jogo de pontapé para a frente. Em três lances, o adiantamento da equipa da casa fez com que o adversário fosse mais feliz.

Grande arbitragem, com a qual ganhou o futebol.

Mérito da turma de To-nhanha em não falhar na hora da verdade e uma gran-de exibição de Micael a evitar um jogo que teria um resulta-do inédito.

A goleada era possível

O primeiro golo do Bra-gança, aos 7”, pode ser con-testado por um encosto de ombros e livre. Bola para área e golo de Luís Trigo no ressal-to, depois da defesa da casa não ter sido rápida no alívio.

Aos 9”, vê-se um penalti claríssimo a favor do Bragan-ça que não foi marcado, pois Chiquinho passou pela defe-sa flaviense com fintas, sendo que Maldonado e Fábio ceifa-ram o jogador do Bragança. Apesar de estar perto do lan-ce, o juiz mandou seguir.

Contudo, tirando estes

dois lances, Lhano passou despercebido num jogo equi-librado na primeira parte e com resultado justo.

Na 2ª metade, só se viu o Bragança que, em campo, desperdiçou várias e sobera-nas oportunidades de golo.

A goleada era possível, mas quem tanto desperdi-ça não pode ganhar. Acabou por ser no último minuto que Sérgio, acabado de entrar, apareceu na área e fuzilou Rato, que fez uma exibição positiva.

Do lance do 2-1 chegaram

protestos por fora de jogo.A vitória assenta bem a

uma equipa que não parecia nada bem fisicamente, mas que na 2ª parte foi a campeã da pressão e das oportuni-dades perdidas e, por isso, é líder. Lhano acabou o jogo calmo e tranquilo.

Flavienses não conseguiram travar o atque canarinho

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�� 6 de Outubro de 2009 JORNAL NORDESTE

NORDESTE DESPORTIVO

Taça AFB 8 0TALHAS

ARA

árbitro � Ambrósio Vara (Bragança)

EQUIPAS

BalelaAvelinoCareca Michel

ChapinhaFeija

AndréXana

Luís PauloRicardo

RicardinhoRicardo Pires (gr)

PeitoMarco

TREINADORES

Valdemar Afonso Joaquim Barros

golos: Ricardo 1�, 18�, 49�, Careca 10�, André 47�, 76�, Luís Paulo 67�, Marco 85�.

Taça AFB 1 0REBORDELO

MOGADOURENSE

Campo do Rebordelo

EQUIPAS

NeloNeca

BrunoMiguel

JoãoLubi

MelãoNuno

João IIBispo

PesetaLudovicCláudio

BrunoÂngeloVictorBetoVidinhaGilsonLuísMiguelTó-ZéMarcosPaulo

TREINADORES

Jorginho Azevedo

golos: Bispo 24”

Taça AFB 5 1VILA FLOR

POIARES

Estádio Municipal de Vila Forárbitro – Sílvio gouveia (Bragança)

EQUIPAS

TiagoRaul

FilipeNelson

Tó XandrePinheiro

IvanMárioSérgio

J P Lá LáBior

Octávio

Paulo AndréRui PortelaSérgio RamosNuno TeixeiraSantosFerreiraPedro CarrascoJoão CarrascoMadeiraPiresJoão DiasV GasparFilipe PortelaBotelho

TREINADORES

Gilberto Gomes V Rentes

golos: Pinheiro 35”, Lálá 37”, J P 45”, Sérgio 65”, 76”, Madeira 69”

Típico iníciode temporada

Um jogo muito confuso, próprio de quem começa ago-ra a época. O pior é que, mui-tas das equipas da região, não conseguem ter muitos jogos de pré – época e acabam por fazer destas partidas da Taça um primeiro teste.

A partida foi mal jogada, mas acabou por ser fértil em oportunidades de golo para os dois grupos.

A equipa da casa, após um remate de Lubi que Bru-no não segurou, deu a Biso a oportunidade de abrir o placard. Já antes, a equipa do Planalto teve nos pés dos seus avançados boas condi-ções para dar vantagem para a 2ª mão.

O treinador da casa, Jor-ginho, disse que “foi um jogo que ganhamos com sorte e não há muito mais a dizer”.

Já Azevedo, que não fez substituições por só ter ju-niores no banco e sem guarda – redes suplente, as palavras foram poucas: “começámos a trabalhar agora e este jogo foi a primeira parte da elimina-tória. Vamos ver daqui para a frente”.

Talhas entrou bem

Ambrósio Vara foi o juiz da partida que se limitou, por 8 vezes, a dar bola ao centro com os golos. Este juiz já tinha demonstrado no jogo entre o Bragança e o Macedo estar em grande forma física e técnica, não mostrou qualquer car-tão, porque os jogadores jo-

garam simplesmente futebol e a goleada não foi assim tão fácil como se possa pensar. O Talhas trabalhou e viu a vida facilitada logo no primeiro minuto. O ARA foi um digno vencedor, porque lutou até ao fim, cheio de juventude e com mais treinos vai dar que falar.

A equipa de Joaquim Barros fez, apenas, um jogo particu-lar, devido a algumas limita-ções de tempo. Destaque para os três golos de Ricardo e com este resultado, o Talhas está praticamente na 1ª eliminató-ria da Taça de Bragança.

JP e Valdemar Afonso de olhos postos no jogo

Contar com o PoiaresO Poiares aparece nesta

competição com uma nova mentalidade e, apesar de ter perdido por 5-1, deu luta e abriu o jogo quando o placard estava em 4-0. Acabou por ter sorte nos números finais, mas à vista de todos que, sen-do o segundo ano de prova, já é uma equipa tacticamente bem posicionada o que não acontecia na época passada, ano de estreia.

O resultado é difícil de vi-rar, mas o Vila Flor terá que se cuidar no campo de Zonzi-nho, porque não falta motiva-ção e alegria a esta gente de Freixo.

Por seu lado, a equipa de Gilberto Gomes vai aparecer

diferente e pode dar cartas. Ainda é cedo para conhecer as equipas, mas o povo gos-tou do futebol.

CoelhoManuel AntónioRicardoFolhaSamuelLuísBrunoLuís AlvesCarlosFlávioLuís IICeleiroDavidJoão

gilberto gomes entra bem na Taça

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6 de Outubro de 2009 JORNAL NORDESTE ��

NORDESTE DESPORTIVO

Taça AFB 5 2ARGOZELO

ROIOS (VILA FLOR)

Campo do Argozeloárbitro – Rui Mouta (Bragança)

EQUIPAS

Pedro VilaRochinha

AdolfoZamalekLuizinho

JoelSamuel

Pedro MartinsSerginho

Ricardo DizVitinho

KitaRt

Tó BartoloToniLuís VitorinoJoão BasílioBruceZé CarlosAdéritoReinaldoVictor PereiraFreixoAlbertoPenafria

TREINADORES

Fernando Teixeira Armando Esteves

golos: Pedro Martins (2), Kita, Vitinho e Sérginho (Argozelo) e Reinaldo e Victor Pereira (Roios)

Taça AFB 6 0ÁGUIAS VIMIOSO

LAMAS

Estádio Municipal de Santa Luzia em Miranda do Douro

árbitro: Luís Santiago (A. F. Bragança)

EQUIPAS

MárioTózé

Sérgio CavaleiroSamuel

Pedro AlexandreDiogo Barbosa

Carlos Silva (Octávio 66’)

Ricardo Ferreira Quina

(Victor Hugo 80’)Victor LourençoCarlos Ventura

(Luís Raimundo 70’)

PilotaAguiar (Emanuel 66’)VenturaPadeiroOlivier Eduardo João Paulo SarmentoPiresLizinhas (Cebolo 66’) Cácá

TREINADORES

Victor Reis Jecas

golos: 1-0 Barbosa 36’, 2-0 Carlos Silva 39’, 3-0 Quina 44’, 4-0 Victor Lourenço 63’, 5-0 Quina 77’, 6-0 Pedro Alexandre 85’Disciplina: Eduardo

Taça AFB 1 2CARÇÃO

MIRANDÊS

Campo do Carçãoárbitro � Rui Sousa (Bragança)

EQUIPAS

Mário VelosoBorges

PiresV Martins

Carlos PintoPancha

Luís PiresPalhau

MirandaBruno Coutinho

AfonsoGil AzevedoHugo Sousa

Varze

LamaPiresLuísVicente Tino SáPretoCoutoPereiraArlindoMartinsLicínioV HugoArmando Luís Delgado

TREINADORES

António Forneiro Chico

golos: Carlos Pinto 37� (gp), Tino Sá 68�, Luís Delgado 71�

Não se pode dar o ouro ao bandidoFERNANDO CORDEIRO

Neste duelo desigual não se cumpriu a tradição bíblica nem aconteceu taça. Golias foi mesmo Golias perante um David que nunca virou a cara à luta mas que nada fez perante tão evidente superio-ridade, ganhando a melhor equipa em jogo.

O Vimioso, com uma pre-paração cuidada e bem estru-turada desde o apito inicial, deu a entender que não esta-va para facilitar e o surgimen-to do golo inaugural à passa-gem da meia hora já foi um feito a realçar para o Lamas. Um plantel curto e o estádio em obras que não permitiram uma pré-época como o téc-nico e atletas desejariam pe-

saram demasiado neste con-fronto desigual.

O próprio resultado tem de ser factor de elogio e não de crítica para o conjunto do Lamas, quer para os atletas pela atitude, quer para o seu treinador que olhava para o banco e sempre deu as ordens que se evidenciavam como oportunas e pertinentes. Mas, do outro lado o adversário, era não só muito forte, como estava moralizado e o seu téc-nico queria mais e mais.

Não acontecendo a festa da taça, este jogo conseguiu ser uma festa pela forma digna e correcta como todos os atletas o disputaram. Os forasteiros tiveram frescura física e lucidez, e até podiam ter sido eles a inaugurar o

marcador. Depois foi o recuar no

terreno e tentar evitar o ine-vitável. Os locais, em casa emprestada, é que não esti-

veram pelos ajustes e, mesmo já com o jogo resolvido, con-tinuaram a disputá-lo como se procurassem o prejuízo.

Quanto aos árbitros, ape-

Vimioso castigador

Apanharo vício

A primeira palavra vai para o Roios e para seu ho-mem forte Armando Esteves, que referiu: “esta aposta é para ver se a juventude quer ou não o futebol de 11, criar-mos o bichinho e para o ano até podemos entrar no cam-peonato distrital, até porque esta derrota não envergonha para a estreia”.

Esta foi a primeira vez que o Roios apareceu com o futebol de 11, tendo termina-do a prova com o resultado de 2-5.

Está uma porta aber-ta para o futuro deste clube já referenciado no futsal de Bragança. O Argozelo não ti-nha conhecimento desta tur-ma e trabalhou para arrumar a questão, mas ainda falta a

2ª mão. Na verdade, sofrer dois golos em desatenções defensivas até pode animar o segundo jogo. Os rapazes das minas estão juntos há muito tempo, sob coordenação do mesmo treinador, o que pode ser uma vantagem.

Rui Sousa:o melhor em campo

Neste jogo participaram três grandes equipas. O Car-ção de António Forneiro dei-xou boas indicações, assim como o Mirandês do ex- trei-nador Tino Sá, que deixou ra-ízes, mas o sobrinho a man-tém viva a chama mirandesa. O juiz da partida também se preparou bem e foi o melhor dentro das quatro linhas.

Aos 36”, penalti de Tino

Sá sobre Coutinho e Carlos Pinto marcou. Foi a primei-ra alegria do público daquela terra. Veio o intervalo, com as duas equipas apostadas em fazerem o melhor jogo. O empate de Tino Sá, de cabe-ça, foi o redimir da jogada do penalti. 3” depois, entrou na turma mirandesa Luís Delga-do e passado 1” marcou o 2-1, desvirtuando o que o Carção

trabalhou no campo. No final, ficou a certeza de que falta a 2ª mão e o Carcão ainda tem esperanças. O Mirandês é uma equipa tradicionalmente compacta, pelo que a elimi-natória fica em aberto.

Arbitragem esteve em grande nível

sar da cumplicidade dos atle-tas que nunca complicaram, fizeram um trabalho de boa qualidade.

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�� 6 de Outubro de 2009 JORNAL NORDESTE

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Jornal Nordeste – Semanário Regional de Informação Nº 676 de 6 de Outubro de 2009

CARTÓRIO NOTARIAL DE VIMIOSOEXTRACTO / JUSTIFICAÇÃO

Certifico, para efeitos de publicação, que, no dia vinte e quatro de Se-tembro de dois mil e nove, no Cartório Notarial de Vimioso, a cargo da Notária Ivete da Piedade Lopo Montês Ferreira, foi lavrada uma escritura de Justificação, exarada a folhas trinta e quatro e seguintes do Livro de Notas Para Escrituras Diversas número “Trinta e Cinco-D” em que foram outorgantes:MANUEL DELFIM MARTINS MIRANDA, NIF 108 032 108, ti-tular do bilhete de identidade número 1667987-vitalício, emitido em 16/09/1999 pelos Serviços de Identificação Civil de Bragança, e mulher ANA DE JESUS RODRIGUES LOPES MIRANDA, NIF 157 947 130, titular do cartão de cidadão número 01933116 9ZZ7, emitido em 08/09/2009 pela República Portuguesa, casados segundo o regime de comunhão geral de bens, ambos naturais da freguesia e concelho de Vimioso, vila onde residem, na Rua da Portela, número 51, tendo declarado:Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios, que somam o valor patrimonial (para efeitos de I.MT.) de mil setecentos e três euros e quarenta e sete cêntimos.Bens rústicos sitos na freguesia e concelho de Vimioso, omissos na Conservatória do Registo Predial de Vimioso.Um – Pastagem, sito em Carrasco, com a área de doze mil e duzentos metros quadrados, a confrontar do norte com Domingos Mário, do sul com Valdemar, e do nascente e poente com Estrada, inscrito na respec-tiva matriz sob o artigo 224, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de trinta e cinco euros e setenta e oito cêntimos.Dois — Pastagem, sito em Carrasco, com a área de vinte e cinco mil e cem metros quadrados, a confrontar do norte com António Vaz Pinto, e do sul, nascente e poente com Estrada, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 226, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de vinte euros e vinte e três cêntimos.Três — Horta, sito em Vale de Cima, com a área de quatrocentos e cin-quenta metros quadrados, a confrontar do norte com Manuel Ferreira Pinto, do sul com Alberto dos Anjos Ramos, do nascente com Caminho e do poente com regato, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 412, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de dezano-ve euros e noventa e três cêntimos.Quatro - Horta, sito em Vale de Cima, com a área de quatrocentos e cinquenta metros quadrados, a confrontar do norte e sul com Manuel Delfim Martins Miranda, do nascente com caminho e do poente com regato, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 413, com o valor patri-monial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de dezanove euros e noventa e três cêntimos.Cinco - Horta, sito em Vale de Cima, com a área de quatrocentos e cinquenta metros quadrados, a confrontar do norte com José dos Anjos Machado, do sul com Manuel Ferreira Pinto, do nascente com caminho e do poente com regato, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 414, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de dezano-ve euros e noventa e três cêntimos.Seis - Cultura de centeio, sito em Serro, com a área de seis mil e duzen-tos metros quadrados, a confrontar do norte com Alberto Gonçais, do sul e poente com caminho e do nascente com Adriano Martins, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 571, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de trinta e um euros e noventa e seis cêntimos.Sete - Cultura de centeio com oliveiras, sito em Queiredos, com a área de treze mil metros quadrados, a confrontar do norte, nascente e poente com caminho e do sul com herdeiros de Dr. Alberto Augusto Ferro Beça, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 701, com o valor patri-monial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de duzentos e oitenta e um euros e cinquenta e seis cêntimos.Oito - Cultura de centeio e pastagem, sito em Contechas, com a área de dezanove mil e oitocentos metros quadrados, a confrontar do norte com herdeiros de Dr. Cordeiro da Saldonha, do sul com Francisco Alberto Rodrigues, do nascente com herdeiros de José Pires Frade e do poente com caminho, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1043, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de cinquenta e oito euros e noventa e cinco cêntimos. Nove - Cultura de centeio, lameiro, pastagem e freixos, sito em Conte-chas, com a área de vinte mil e duzentos metros quadrados, a confrontar do norte com Domingos Lopes, do sul com Rita Vaz Pinto, do nascente com António Vaz Pinto e do poente com caminho, inscrito na respec-tiva matriz sob o artigo 1044, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de cento e vinte e sete euros e trinta cêntimos.Dez - Cultura de centeio e pastagem com oliveiras, sito em Contechas, com a área de vinte e um mil e cem metros quadrados, a confrontar do norte com herdeiros de José Pires Frade, do sul com Francisco Alberto Rodrigues, do nascente com António Alfredo Alves e do poente com caminho, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1045, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de noventa e três euros e oitenta e sete cêntimos.Onze - Pastagem e pinhal, sito em Janal, com a área de sete mil me-tros quadrados, a confrontar do norte com Fernando Barreira, do sul e

poente com Manuel Maria Morais Azevedo e do nascente com António Fernandes, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1372, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de catorze euros e oito cêntimos.Doze - Lameiro e pastagem, sito em Janal, com a área de treze mil e novecentos metros quadrados, a confrontar do norte e poente com cami-nho, do sul com herdeiros de João Pinto Praça e do nascente com An-tónio Augusto Coelho, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1434, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de cento e três euros e vinte e cinco cêntimos.Treze - Pinhal, pastagem, carvalhal e freixos, sito em Lama Francosa, com a área de trinta mil e quinhentos metros quadrados, a confrontar do norte e poente com Amadeu Fernandes, do sul com Dr. Policarpo Luís Liberal e do nascente com Manuel Maria Morais de Azevedo, ins-crito na respectiva matriz sob o artigo 1516, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de sessenta e nove euros e cinquenta cêntimos.Catorze - Pastagem, sito em Malhadica, com a área de oito mil me-tros quadrados, a confrontar do norte e poente com Arnaldo Augusto Bártolo, do sul com Maria Martins Freire, e do nascente com António Augusto Coelho, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1535, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de onze euros e setenta e três cêntimos.Quinze - Pastagem, sito em Malhadica, com a área de dezoito mil e seis-centos metros quadrados, a confrontar do norte com Domingos Garrido, do sul com Francisco Emílio Garrido, do nascente com José Preto e do poente com Arnaldo Augusto Bártolo, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1537, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuí-do de cinquenta e quatro euros e cinquenta e sete cêntimos.Dezasseis — Cultura de centeio e pastagem, sito em Malhadica, com a área de trinta um mil e duzentos metros quadrados, a confrontar do norte com José Joaquim Parreira, do sul com António Fernandes, do nascente com Joaquim Parreira e do poente com Arnaldo Augusto Bártolo, ins-crito na respectiva matriz sob o artigo 1540, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de setenta e seis euros e oitenta e cinco cêntimos.Dezassete — Pastagem, sito em Malhadica, com a área de quatro mil setecentos e cinquenta metros quadrados, a confrontar do norte com Arnaldo Augusto Bártolo, do sul e poente com Domingos Garrido e do nascente com Manuel Maria Morais de Azevedo, inscrito na respecti-va matriz sob o artigo 1541, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de catorze euros e oito cêntimos.Dezoito - Pastagem, sito em Malhadica, com a área de nove mil e qua-trocentos metros quadrados, a confrontar do norte com caminho, do sul com Manuel Maria Morais de Azevedo, e do nascente e poente com termo, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1543, com o valor pa-trimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de treze euros e setenta e nove cêntimos.Dezanove - Cultura de centeio, sito em Atalaia, com a área de trezentos e sessenta metros quadrados, a confrontar do norte com estrada, do sul com Manuel Delfim Martins Miranda, do nascente com António Paulo Martins e do poente com Delmina Muleta, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1742, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de cinco euros e vinte e nove cêntimos.Vinte - Cultura de centeio, sito em Chãs, com a área de quatro mil e oitocentos metros quadrados, a confrontar do norte e sul com caminho, do nascente com António Ventura e do poente com herdeiros de João Miranda, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1930, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de quinze euros e cin-quenta e cinco cêntimos.Vinte e um - Cultura de centeio e pastagem, sito em Chãs, com a área de trinta mil e cem metros quadrados, a confrontar do norte e poente com Maria Freire, e do sul e nascente com caminho, inscrito na respec-tiva matriz sob o artigo 1939, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de noventa euros e sessenta e quatro cêntimos.Vinte e dois - Cultura de centeio, pinhal e pastagem, sito em Vale de Maceira, com a área de dezasseis mil e novecentos metros quadrados, a confrontar do norte com Maria Freire, do sul e poente com Delfim Miranda e do nascente com herdeiros de Dr. Cordeiro da Saldonha, ins-crito na respectiva matriz sob o artigo 2077, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de oitenta e quatro euros e setenta e seis cêntimos.Vinte e três - Cultura de centeio, pinhal e pastagem, sito em Vale de Maceira, com a área de trinta e um mil e setecentos metros quadrados, a confrontar do norte com Domingos Lopes, do sul com João Neto, do nascente com herdeiros de Dr. Cordeiro da Saldonha e do poente com herdeiros de António Lopes Andrade, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 2078, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de cento e dez euros e cinquenta e sete cêntimos.Vinte e quatro - Cultura de centeio e pastagem, sito em Reta Raquina, com a área de quatro mil e oitocentos metros quadrados, a confrontar do norte e nascente com José Augusto Teles, do sul com José Maria Gonçalves e do poente com caminho, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 2128, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de vinte e seis euros e quarenta cêntimos.Vinte e cinco - Pastagem, sito em Ratancha, com a área de quatro mil

e cem metros quadrados, a confrontar do norte com António Machado, do sul e poente com Alberto Martins Padrão e do nascente com Manuel Masseira, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 2163, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de seis euros e catorze cêntimos.Vinte e seis – Cultura de centeio, sito em Canal, com a área de vinte mil e cem metros quadrados, a confrontar do norte e poente com Manuel Maria Morais Azevedo, e do sul e nascente com Manuel Brás Cheché, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 2204, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de catorze euros e sessenta e sete cêntimos.Vinte e sete – Um terço indiviso de uma horta e cultura de centeio. sito em Milharados, com a área de seis mil e duzentos metros quadrados, a confrontar do norte, sul e nascente com caminho e do ponte com Do-mingos dos Santos Lopes Macedo, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 2856, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) de € 212,94, e o patrimonial e atribuído, correspondente à fracção, de setenta euros e noventa e oito cêntimos.Vinte e oito – Pastagem, sito em Vinhas, com a área de nove mil metros quadrados, a confrontar do norte com herdeiros de José Maria Galhardo, do sul com herdeiros de José Freire, do nascente com caminho e do poente com José Vitorino Vicente, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 2948, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de vinte e três euros e dezassete cêntimos.Vinte e nove – Pastagem, sito em Navalhos, com a área de vinte e cinco mil e trezentos metros quadrados, a confrontar do norte com herdeiros de José Freire, do sul com Santa Casa da Misericórdia, do nascente com caminho e do poente com herdeiros de José Maria Galhardo, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 2971, com o valor patrimonial (para efei-tos de I.M.T.) e atribuído de catorze euros e sessenta e sete cêntimos.Trinta - Pastagem, sito em Reboloio, com a área de cinco mil e quinhen-tos metros quadrados, a confrontar do norte com António Machado, do sul com João Felisberto, do nascente com Maria Freire e do poente com caminho, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 2491, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de dezasseis euros e ca-torze cêntimos.Prédios rústicos sitos na freguesia de Vale de Frades, concelho de Vi-mioso, omissos na Conservatória do Registo Predial de Vimioso.Trinta e um - Cultura de centeio e pastagem, sito em Praina, com a área de trinta e um mil e novecentos metros quadrados, a confrontar do norte com Aquilino Miranda, do sul com Acácio Vítor Ferreira, do nascente com José Francisco Preto e do poente com Arnaldo Zéfiro, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 2391, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de cento e trinta e oito euros e quinze cêntimos.Trinta e dois - Pastagem e mata, sito em Avessedo, com a área de de-zoito mil e trezentos metros quadrados, a confrontar do norte com José Alberto Pêra, do sul com Alberto Matos Miranda, do nascente com José Joaquim Miranda e do poente com Francisco Maria Luís, inscrito na res-pectiva matriz sob o artigo 3637, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de dezanove euros e cinco cêntimos.Que entraram na posse dos mencionados bens da seguinte forma:Por acordo de compra meramente verbal feito em dia e mês que não po-dem precisar do ano de mil novecentos e oitenta e cinco com Ana Maria Afonso Vaz Pinto de Carvalho e marido Silvino de Jesus Carvalho, então residentes no Porto, o prédio identificado sob a verba número um;Por acordo de compra meramente verbal feito em dia e mês que não podem precisar do ano de mil novecentos e oitenta e dois com Valdemar António de Sousa, viúvo, então residente em Vimioso, o prédio identifi-cado sob a verba número dois;Por acordo de doação meramente verbal feito em dia e mês que não po-dem precisar do ano de mil novecentos e setenta e nove com sua mãe e sogra, respectivamente, Maria Augusta Martins, então viúva e residente em Vimioso, os prédios identificados sob as verbas números três, quatro, treze, vinte e um, vinte e quatro, trinta e um e trinta e dois;Por acordo de compra meramente verbal feito em dia e mês que não podem precisar do ano de mil novecentos e sessenta e quatro com Antó-nio Augusto Geraldes, então viúvo e residente em Vimioso, os prédios identificados sob as verbas números cinco, vinte e vinte e seis;Por acordo de compra meramente verbal feito em dia e mês que não podem precisar do ano de mil novecentos e oitenta e dois com Maria Celeste Rodrigues, então viúva e residente em Vimioso, o prédio identi-ficado sob a verba número seis;Por acordo de compra meramente verbal feito em dia e mês que não podem precisar do ano de mil novecentos e oitenta e seis com José Ge-raldes Coelho, então solteiro, maior e residente em Vimioso, o prédio identificado sob a verba número sete;Por acordo de doação meramente verbal feito em dia e mês que não podem precisar do ano de mil novecentos e setenta e nove com Ana Joa-quina Rodrigues Lopes, então viúva e residente em Vimioso, os prédios identificados sob as verbas números oito, nove e vinte e três;Por acordo de partilha meramente verbal da herança aberta por óbito de Domingos António Rodrigues Lopes, seu sogro e pai, respectivamente, então viúvo e residente em Vimioso, feito em dia e mês que não podem precisar do ano de mil novecentos e oitenta e cinco com os demais her-deiros - Félix José Rodrigues Lopes, então casado e residente em Ma-

cedo de Cavaleiros, Antónia Rodrigues Lopes, então casada e residente em Bragança, Paulo José Rodrigues Lopes, então casado e residente no Brasil, e Prudência Emilia Rodrigues Lopes, Maria da Purificação Rodrigues Lopes e Rita Rodrigues Lopes, todos então casados e resi-dentes em Vimioso – os prédios identificados sob as verbas números dez, vinte e sete e trinta;Por acordo de compra meramente verbal feito em dia e mês que não podem precisar do ano de mil novecentos e oitenta e três com António Joaquim Coelho e mulher Ana Assunção Rodrigues, então residentes em Vimioso, os prédios identificados sob as verbas números onze e dezanove;Por acordo de compra meramente verbal feito em dia e mês que não podem precisar do ano de mil novecentos e oitenta e quatro com Maria Cristina Vaz Pinto Lopes, então casada e residente no Porto, o prédio identificado sob a verba número doze;Por acordo de compra meramente verbal feito em dia e mês que não po-dem precisar do ano de mil novecentos e oitenta e quatro com Domin-gos Pires Garrido e mulher Maria Fernanda Batista, então residentes em Vimioso, os prédios identificados sob as verbas números catorze, dezasseis e dezoito;Por acordo de compra meramente verbal feito em dia e mês que não podem precisar do ano de mil novecentos e oitenta e cinco com An-tónio Augusto Fernandes, então viúvo e residente em Vimioso, o pré-dio identificado sob a verba número quinze; --- Por acordo de compra meramente verbal feito em dia e mês que não podem precisar do ano de mil novecentos e oitenta e cinco com Zacarias Afonso Parreira e mulher Maria Fernanda Afonso Parreira, então residentes em França, o prédio identificado sob a verba número dezassete;Por acordo de compra meramente verbal feito em dia e mês que não po-dem precisar do ano de mil novecentos e oitenta e cinco com António Augusto Pires, então viúvo e residente em Vimioso, o prédio identifica-do sob a verba número vinte e dois;Por acordo de compra meramente verbal feito em dia e mês que não podem precisar do ano de mil novecentos e oitenta e dois com Antó-nio Augusto Gonçalves, então viúvo e residente em Vimioso, o prédio identificado sob a verba número vinte e cinco; --- Por acordo de compra meramente verbal feito em dia e mês que não podem precisar do ano de mil novecentos e oitenta e dois com a Santa Casa da Misericórdia de Vimioso, com sede em Vimioso, o prédio identificado sob a verba número vinte e oito; ePor acordo de compra meramente verbal feito em dia e mês que não podem precisar do ano de mil novecentos e oitenta e um com Teresa Ramos, então viúva e residente em Vimioso, o prédio identificado sob a verba número vinte e nove.Que os referidos acordos nunca foram formalizados por escritura pú-blica.Que, porém, desde essas datas, portanto há mais de vinte anos, os justi-ficantes se encontram na posse dos prédios identificados sob as verbas números um a vinte e seis e vinte e oito a trinta e dois, posse que sem-pre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente, praticando sobre eles todos os actos materiais de uso e aproveitamento agrícola, tais como lavrando-os, adubando-os, seme-ando-os, regando-os, colhendo os produtos semeados, apascentando o gado, podando as oliveiras, os freixos e as restantes árvores, limpando os pinheiros e recolhendo a lenha, aproveitando a madeira, apanhando as azeitonas, aproveitando, assim, deles todas as suas correspondentes utilidades.Que, no que se refere ao bem identificado sob a verba número vinte e sete, relativamente ao qual também se encontram na sua composse (na proporção de um terço indiviso) há mais de vinte anos, composse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com o conheci-mento de toda a gente, praticaram sobre ele, em conjunto com os com-possuidores, Manuel João Gonçalves Torrão e Francisco Maria Preto Gonçalves, ambos casados e residentes em Vimioso, desde a data atrás indicada, todos os actos materiais de uso e aproveitamento agrícola, tais como lavrando-o, regando-o e adubando-o, colhendo os cereais e demais produtos semeados, aproveitando, assim, dele, na referida pro-porção de um terço indiviso, todas as suas correspondentes utilidades.Que sempre pagaram todos os encargos devidos por todos os bens su-pra identificados, agindo como seus proprietários e comproprietários, quer na sua fruição, quer no suporte dos seus encargos, tudo isso reali-zado à vista de toda a gente, de forma continuada e ininterrupta desde o seu início, sem qualquer oposição ou obstáculo de quem quer que seja e sempre no convencimento de o fazerem em coisa própria, ten-do, assim, exercido sobre os identificados bens, durante mais de vinte anos e com o conhecimento da generalidade das pessoas vizinhas, uma posse e composse pacíficas, contínuas e públicas, pelo que adquiriram os mesmos por usucapião, que expressamente invocam para efeitos de primeira inscrição no registo predial, não dispondo, todavia, dado o modo de aquisição, de títulos que, pelos meios normais, lhes permitam fazer a prova do seu direito de propriedade perfeita.Está conforme o original, na parte a que respeita.Cartório Notarial de Vimioso, vinte e quatro de Setembro de dois mil e nove.

A Ajudante,Maria do Céu Ramos de Freitas Paredes

Jornal Nordeste –Semanário Regional de Informação Nº 676 de 6 de Outubro de 2009

TRIBUNAL JUDICIAL DE BRAGANÇA2° Juízo

Anúncio1ª Publicação

Processo: 1195/04.OTBBGC Execução Comum(custas/multa/Coima)N/Referência: 1347526 Data: 08-09-2009

Exequente: Ministério PúblicoExecutado: Paulo Jorge Cristino Garrido

Agente de Execução (0.J.): Maria do Carmo, Endereço: Tribunal Judicial da Comarca de Bragança, Praça Cavaleiro de Ferreira, 5301-860 BragançaNos termos do disposto no artigo 890 do Código de Processo Civil, anuncia-se a venda dos bens adiante indicado, para o próximo dia 26-10-2009 pelas 14:00 horas, neste TribunalBens em venda:TIPO DE BEM: ImóvelDESCRIÇÃO: Parcela de terreno para construção urbana, Lote n° 8 com a área de 930 ml, sito no Loteamento Municipal Industrial de Vimioso, Lugar de Redondelha da freguesia de Vimioso.PENHORADO EM: 15-11-2005 00:00:00INTERVENIENTES ASSOCIADOS AO BEM:EXECUTADO: Paulo Jorge Cristino Garrido. Documentos de identificação: BI - 10840419. Endereço: Av. da Dinastia Lote 89 - 4° Dt°, Bragança, 5300-000 Bragança MODALIDADE DA VEN-DA: Venda mediante proposta em carta fechada VALOR BASE DA VENDA: € 55.000,00A sentença que se executa está pendente de recurso ordinárioEstá pendente oposição à execuçãoEstá pendente oposição à penhoraNota: No caso de venda mediante proposta em carta fechada, os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à da secretaria, no montante correspondente a 20% do valor base dos bens ou garantia bancária no mesmo valor (n° 1 ao Art° 897° do CPC).

O Agente de Execução,(Assinatura ilegível)

Jornal Nordeste – Semanário Regional de Informação Nº 676 de 6 de Outubro de 2009

Clube Académico de Bragança

Instituição de Utilidade PúblicaFundado em 8/12/1968

CONVOCATÓRIA

O Presidente da Assembleia Geral do Clube Académico de Bragança, convoca todos os Exm°.s Associados, nos termos do n°.2 do artigo 20°. Dos Estatutos do Clube, para a AS-SEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA, a realizar no dia 16 de Outubro de 2009, (Sexta-Feira), pelas 20,00 Horas, na Sede do Clube Académico de Bragança, Av.D.Sancho I, Zona Desportiva, Bragança, com a seguinte ordem de trabalhos:1°. – Discussão e votação do Relatório de Contas, as quais podem ser consultadas na Secre-taria do Clube até dois dias antes da Assembleia.2°. – Eleição dos Corpos Gerentes, para o biénio seguinte – As listas poderão ser apresenta-das durante a Assembleia Geral.

Todos os sócios deverão ter as suas quotas regularizadas, (época de 2008/2009), até dois dias antes das eleições, caso contrário não poderão eleger nem serem eleitos.A lista dos sócios com a situação regularizada estará exposta para consulta, 48 horas antes da Assembleia.Caso não compareça o número necessário de associados na hora acima referida, a As-sembleia funcionará uma hora depois ( 21,00 Horas) com qualquer número de sócios, nos termos do Artigo 22°. Dos Estatutos.Bragança, 23 de Setembro de 2009

O Presidente da Assembleia Geral,(Assinatura ilegível)

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6 de Outubro de 2009 JORNAL NORDESTE ��

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- Bragança - Hoje: Confiança

Amanhã - Atlântico

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Quinta - Vale d’Álvaro

Sexta - Bem Saúde

Sábado - M. Machado

Domingo - Soeiro

Segunda- Confiança

Jornal Nordeste - Semanário Regional de Informação Nº 676 de 6 de Outubro de 2009

EXTRACTO Certifico, narrativamente, para efeitos de publicação, que por escritura de hoje, exarada de folhas trinta e oito a folhas trinta e nove do respectivo livro número cento e trinta e nove, ADELINO MANUEL NAZÁRIO, NIF 136 099 327, e mulher MARIA FER-NANDA PEIXOTO NAZÁRIO, NIF 136 099 319, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Lari-nho, onde residem no Largo de Nossa Senhora, concelho de Torre de Moncorvo;Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio urbano, composto de edifício de um piso, com logra-douro, com a superfície coberta de cento e oitenta e oito virgula sessenta e seis metros quadrados e descoberta, correspondente a logradouro, de seiscentos e setenta e seis virgula zero nove metros quadrados, sito na Rua das Eiras, freguesia de Larinho, concelho de Torre de Moncorvo, a confrontar de norte com caminho publico, sul com Célia Nunes e nascente e poente com Rui César Sousa Filipe, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Torre de Moncorvo, conforme certidão que da mesma apresentam, mas inscrito na respectiva matriz sob o artigo 788, com o valor patrimo-nial tributário de € 6.810,00.Que o identificado prédio foi-lhes vendido no ano de mil novecen-tos e oitenta, já no estado de casados, por Abílio Machado Leonar-do, casado, já falecido, residente que foi na aludida freguesia de Larinho, por contrato de compra e venda meramente verbal, nunca tendo chegado a realizar a necessária escritura pública.Que, assim, não são detentores de qualquer título formal que legiti-me o domínio do mencionado prédio.Que, não obstante isso, logo desde meados desse ano de mil no-vecentos e oitenta, passaram a utilizar o referido prédio, gozando de todas as utilidades por ele proporcionadas, guardando nele seus haveres, efectuando regularmente obras de conservação e repara-ção, como limpezas, substituição de elementos danificados e de benfeitorização, agindo assim, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, na convicção de tal prédio lhes pertencer e de serem os seus verdadeiros donos, como tal sendo reconhecidos por toda a gente, fazendo-o de boa fé por ignorarem lesar direito alheio, paci-ficamente, porque sem violência, contínua e publicamente, à vista e com o conhecimento de todos e sem oposição de ninguém.Que dadas as enunciadas características de tal posse que, da forma indicada vêm exercendo há mais de vinte anos, adquiriram o domí-nio do dito prédio por usucapião, título esse que, por sua natureza, não é susceptível de ser comprovado por meios normais.Que para suprir tal título fazem esta declaração de justificação para fins de primeira inscrição no registo predial.Está conforme.Bragança, 25 de Setembro de 2009.

A colaboradora autorizada,Elisabete Maria C. Melgo

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CARTÓRIO NOTARIAL DE VIMIOSOEXTRACTO / JUSTIFICAÇÃO

Certifico, para efeitos de publicação, que, no dia vinte e oito de Se-tembro de dois mil e nove, no Cartório Notarial de Vimioso, a cargo da Notária Ivete da Piedade Lopo Montês Ferreira, foi lavrada uma escritura de Justificação, exarada a folhas quarenta e uma e seguintes do Livro de Notas Para Escrituras Diversas número “Trinta e Cinco-D” em que foram outorgantes:AMÂNDIO DOS ANJOS CORREIA, NIF 257 451 161, solteiro, maior, de nacionalidade portuguesa e espanhola, natural da freguesia de Santulhão, concelho de Vimioso e ANTONIA AUGUSTA XARDO, NIF 252 918 797, solteira, maior, natural da freguesia de Azinhoso, concelho de Mogadouro, ambos residentes no Largo da Capela, núme-ro 38, nesta vila, freguesia e concelho de Vimioso, tendo declarado:Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, de um prédio urbano composto por casa de rés-do-chão e primeiro andar, com a área de cinquenta metros quadrados, sito na Rua do Fundo do Povo, freguesia de Santulhão, concelho de Vimioso, que confronta do norte com rua, e do sul, nascente e poente com Alfredo Gonçalves, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 110, com o valor patrimonial e atribuído de quatrocentos e quarenta e três euros e seis cêntimos, prédio ainda não descrito na Conservatória do Registo Predial de Vi-mioso.Que entraram na posse do mencionado prédio por acordo de compra meramente verbal, feito em dia e mês que não podem precisar do ano

Jornal Nordeste – Semanário Regional de Informação Nº 676 de 6 de Outubro de 2009

CARTÓRIO NOTARIAL DE VIMIOSOEXTRACTO / JUSTIFICAÇÃO

Certifico, para efeitos de publicação, que, no dia dezoito de Se-tembro de dois mil, no Cartório Notarial de Vimioso, a cargo da Notária Ivete da Piedade Lopo Montês Ferreira, foi lavrada uma escritura de Justificação, exarada a folhas setenta e um e seguintes do Livro de Notas Para Escrituras Diversas número “Quatro-C” em que foram outorgantes:ANTÓNIO ALBERTO FERREIRA PINTO, NIF 165 499 346, e mulher MARIA DE FÁTIMA TOMÉ NEVES PINTO, NIF 165 499 354, casados segundo o regime de comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Algoso, ela da freguesia de Campo de Víboras, ambas do concelho de Vimioso, residentes na Rua Duarte Lobo, número 36, em Lisboa, tendo declarado:Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, de um prédio urbano, sito na Rua da Lagoa, freguesia de Campo de Víboras, concelho de Vimioso, composto por casa de habitação de rés do chão e primeiro andar, com a área de oitenta metros quadra-dos e quintal com a área de cento e noventa metros quadrados, que confronta do norte com ribeiro, do sul com Alípio dos Anjos Mar-tins Roxo, do nascente com rua pública e do poente com Domingos da Costa, inscrito na respectiva matriz, em nome do justificante marido, sob o artigo 378, com o valor patrimonial de 35.324$00 e a que atribuem o valor de cem mil escudos, ainda não descrito na Conservatória do Registo Predial de Vimioso.Este referido prédio veio à posse deles justificantes por acordo de compra meramente verbal, feito em dia e mês que não podem pre-cisar do ano de mil novecentos e setenta e nove com Belmira de Lurdes Carvalho Pires e marido Fernando dos Anjos Pires Baptista, que foram residentes no lugar e freguesia de Campo de Víboras, concelho de Vimioso, compra essa que já não pode ser formalizada por escritura pública por falecimento dos vendedores.Porém, os justificantes já possuem, em nome próprio, desde a data mencionada, o atrás referido prédio urbano, tendo sempre sobre ele praticado todos os actos materiais de conservação e uso, tais como cuidando, habitando e usando, nele guardando os seus móveis, pertences e diversos utensílios, fazendo nele as necessárias obras de conservação e beneficiação, aproveitando, assim, dele todas as suas correspondentes utilidades e pagando todas as contribuições e impostos por ele devidos, tudo isso realizado à vista de toda a gente, de forma continuada e ininterrupta, sem qualquer oposição ou obstáculo de quem quer que seja e sempre no convencimento de o fazerem em coisa própria, tendo, assim, exercido sobre o identi-ficado prédio, sem qualquer interrupção desde o seu início, duran-te mais de vinte anos e com o conhecimento da generalidade das pessoas vizinhas, uma posse pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriram o citado prédio por usucapião, não dispondo, todavia, dado o modo de aquisição, de título que, pelos meios normais, lhes permita fazer a prova do seu direito de propriedade perfeita.Cartório Notarial de Vimioso, vinte e oito de Agosto de dois mil e nove.

A Segunda Ajudante,Maria do Céu Ramos de Freitas Paredes

Jornal Nordeste – Semanário Regional de Informação Nº 676 de 6 de Outubro de 2009

CARTÓRIO NOTARIAL DE VIMIOSOEXTRACTO / JUSTIFICAÇÃO

Certifico, para efeitos de publicação, que, no dia dez de Setembro de dois mil e nove, no Cartório Notarial de Vimioso, a cargo da Notária Ivete da Piedade Lopo Montês Ferreira, foi lavrada uma escritura de Justificação, exarada a folhas vinte e duas e seguintes do Livro de No-tas Para Escrituras Diversas número “Trinta e Cinco-D” em que foram outorgantes:AURELIANO GONÇALVES FALCÃO, NIF 168 694 433, e mulher CREMILDE DE FÁTIMA FALCÃO PIRES, NIF 115 725 385, casa-dos segundo o regime de comunhão gerai de bens, ambos naturais da freguesia de Vila Chã de Braciosa, concelho de Miranda do Douro, com residência habitual na Avenida Domingos Gonçalves Sá, número 345, segundo esquerdo, Rio Tinto, Gondomar, tendo declarado:Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios, todos rústicos, sitos na freguesia de Vila Chã de Braciosa, concelho de Miranda do Douro, ainda não descritos na Conservatória do Registo Predial de Miranda do Douro, e inscritos na respectiva matriz em nome do justificante marido, prédios que somam o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) de € 461,29 e o atribuído de três mil cento e sessenta e oito euros e oitenta e dois cêntimos:Um – Vinha, sito em Cabeço Queimado, com a área de dois mil no-vecentos e cinquenta metros quadrados, que confronta do norte com Clemente Pires Falcão, do sul com Belmiro Curralo, do nascente com António Augusto Gonçalves, e do poente com Maria Rosa Falcão, ins-crito na respectiva matriz sob o artigo 5981, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) de € 150,53 e o atribuído de dois mil oitocentos e cinquenta e oito euros e seis cêntimos;Dois – Terra de centeio, sito em Eiras, com a área de três mil nove-centos e sessenta metros quadrados, que confronta do norte e sul com Mário Augusto Antão, do nascente com Alexandra Marta, e do poente com caminho, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 180, com o valor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de vinte e oito euros e cinquenta e dois cêntimos; e

de mil novecentos e oitenta e cinco com José Manuel de Quina Sobri-nho, então viúvo, já falecido e residente que foi na referida freguesia de Santulhão, acordo esse nunca formalizado por escritura pública. --- Que, porém, desde essa data, portanto há mais de vinte anos, se encontram na posse do dito prédio, em comum, posse que sempre exer-ceram sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente, praticando sobre ele todos os actos materiais de conservação e uso, tais como habitando-o, cuidando-o e usando-o, nele guardando os seus móveis, utensílios e demais bens, fazendo as necessárias obras de reparação e conservação, aproveitando, assim, dele todas as suas correspondentes utilidades e pagando todos os encargos e impostos por ele devidos, agindo sempre como seus proprietários, quer na sua frui-ção, quer no suporte dos seus encargos, tudo isso realizado à vista de toda a gente, de forma continuada e ininterrupta desde o seu início, sem qualquer oposição ou obstáculo de quem quer que seja e sempre no convencimento de o fazerem em coisa própria, tendo, assim, exercido sobre o identificado prédio, durante mais de vinte anos e com o co-nhecimento da generalidade das pessoas vizinhas, uma posse pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriram o mesmo por usucapião, que expressamente invocam para efeitos de primeira inscrição no registo predial, não dispondo, todavia, dado o modo de aquisição, de título que, pelos meios normais, lhes permita fazer a prova do seu direito de propriedade perfeita.Está conforme o original, na parte a que respeita.Cartório Notarial de Vimioso, vinte e oito de Setembro de dois mil e nove.

A Ajudante, Maria do Céu Ramos de Freitas Paredes

Três – Vinha, sito em Cocanha, com a área de dois mil e quatrocentos metros quadrados, que confronta do norte com limite de Picote, do sul com Maria José Gonçalves, do nascente com Manuel Moura Duarte, e do poente com Maria Gonçalves, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 6369, com ovalor patrimonial (para efeitos de I.M.T.) e atribuído de duzentos e oitenta e dois euros e vinte e quatro cêntimos.Que adquiriram os indicados prédios por acordo de doação meramente verbal, feito em dia e mês que não podem precisar do ano de mil no-vecentos e sessenta e oito, com Albino Falcão e mulher Rita Geraldes, então residentes na dita freguesia de Vila Chã de Braciosa, doação essa nunca formalizada por escritura pública.Que, porém, desde essa data, portanto há mais de vinte anos, os jus-tificantes se encontram na posse dos ditos prédios, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente, praticando sobre eles todos os actos materiais de uso e aproveitamento agrícola, tais como lavrando-os, semeando-os e adubando-os, colhendo os produtos semeados, podando as videiras e colhendo as uvas, aproveitando, assim, deles todas as suas correspon-dentes utilidades, e pagando todos os impostos e contribuições por eles devidos, agindo sempre como seus proprietários, quer na sua fruição, quer no suporte dos seus encargos, tudo isso realizado à vista de toda a gente, de forma continuada e ininterrupta desde o seu início, sem qualquer oposição ou obstáculo de quem quer que seja e sempre no convencimento de o fazerem em coisa própria, tendo, assim, exercido sobre os identificados bens, durante mais de vinte anos e com o co-nhecimento da generalidade das pessoas vizinhas, uma posse pacífica, continua e pública, pelo que adquiriram os mesmos por usucapião, que expressamente invocam para efeitos de primeira inscrição no registo predial, não dispondo, todavia, dado o modo de aquisição, de título que, pelos meios normais, lhes permita fazer a prova do seu direito de propriedade perfeita.Está conforme o original, na parte a que respeita.Cartório Notarial de Vimioso, dez de Setembro de dois mil e nove.

A Notária,Ivete da Piedade Lopo Montês Ferreira

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�� 6 de Outubro de 2009 JORNAL NORDESTE

TECNOLOgIA & INTERNET PASSATEMPOS

, Sudoku

O objectivo é preen-cher um quadrado 9x9 com números de 1 a 9, sem repetir números em cada linha e cada coluna. Também não se pode repetir números em cada quadrado de 3x3.

Soluções no próximo número

LAZER

CARNEIRODependurado

TOUROErmita

GÉMEOSPapa

CARANGUEJODiabo

LEÃOImperador

VIRGEMEstrela

BALANÇALouco

ESCORPIÃOJulgamento

SAGITÁRIOAmantes

CAPRICÓRNIOCarro

AQUÁRIOImperatriz

PEIXESPapisa

HORÓSCOPO Por Maysa

“Um momento não é tudo … Mas você é tudo em um só mo-mento.” A conjuntura marca um periodo de expansão, boas evoluções em que nada deve ser deixado por dizer. Seja claro e transparente a nível sentimental, só desse modo conseguirá vol-tar a encontrar a estabilidade e a harmonia, que tanto anseia. A semana tem todas as condições para obter os exitos profissio-nais e economicos desejados.Tendência para problemas com a sua garganta.

“Sentir piedade de um ser huma-no, é conduzi-lo a destruição.”Talvez se sinta com pouca ener-gia e principalmente desmoti-vado. Procure ser mais activo e contrariar as conjunturas negati-vas. A nível sentimental, aceite que tem culpas e tente combater as causas dos problemas porque sentir-se vitima não adiante.Assume posições firmes, pode estar em causa a sua imagem. Controle despesas.Alguma desgaste na saúde.

“Tudo esta á distância dum Pen-samento…TUDO!”. A semana tende a tornar-se pesada e complicada devido a atrasos ou bloqueios inespera-dos. Mas tudo se resolverá. A nível sentimental necessita fazer uma pausa e respirar fundo para poder continuar com o seu rela-cionamento sem fazer ruptura irreversível.Procure arranjar tempo para pensar em novos projectos pro-fissionais.Pode sentir dores de costas.

“Só a experiência da vida, nos dá a sabedoria.”Semana favorável e tranquila. Os seus méritos serão reconhecidos, mas saiba manter a humildade e promover aprendizagens. No pla-no afectivo estão protegidas as re-lações entre pessoas com culturas diferentes. A nível profissional, é bom mo-mento para atingir metas, mas é necessário que assuma um papel mais activo.Descanse mais.

“Quando você se torna obcecado com o inimigo, você se torna o ini-migo.”A conjuntura é de desorientação, provocada por paixões que enfra-quecem e tiram a lucidez. Existem divergências e conflitos interiores, que o tornam ansioso ou insatisfei-to. Procure acalmar-se.Precisa de serenidade para consoli-dar objectivos. Prepare-se para ne-gociar detalhes de forma exaustiva.Controle toda essa energia.

“Cada um pensa em mudar a hu-manidade, mas ninguém pensa em mudar-se a si mesmo.”Grande capacidade executiva e construtiva. Não tenha receio de se aproximar de quem gosta, cabe-lhe a si dar o primeiro passo. As coisas tendem a correr de forma harmo-niosa.Faça uma gestão sensata da sua vida financeira apesar da conjuntu-ra economica e profissional ser de crescimento.Acautele oscilações de peso.

“É no coração do homem que resi-de o principio e o fim de todas as coisas” .Semana em que se sentirá de bem com a vida. Viagens, noticias ou mudanças poderão alterar o seu ritmo de vida. Use a cabeça para chegar ao coração do seu alvo sen-timental; comportamentos mais usados poderão dar resultados sur-preendentes.Possibilidades de modificações po-sitivas na vida profissional.Boa fase na saúde

“O Universo é harmonia dos con-trários”.Semana fértil em dúvidas, contra-dições e com muita instabilidade. Fuja da aventuras. Evite decepções, tente manter a serenidade. Não ar-risque sentimentos sem estar muito seguro daquilo que quer. Não facilite, esteja atento a todos os sinais da conjuntura quer profissio-nal ou economica. Desgaste fisico e emocional.

“Confie em si e deixe a estrada da Vida recomeçar em seu coração.” Poderá estar a passar por um perio-do marcante, e decisivo na sua vida. Evite a todo o custo conflitos na sua relação, no entanto não deverá dei-xar de colocar dúvidas, sempre que a situação assim o exija, contudo, deverá faze-lo de forma cordial.Quer a nivel profissional ou mate-rial terá boas influencias.Consulte um médico, faça exames.

“O melhor está sempre em você, não procure fora.”Passará por emoções intensas em todos os sectores da sua vida; não poderá queixar-se da monotonia. Agradável correspondência senti-mental. Não deixe que os outros, mesmo familiares, interfiram em demasia na sua vida.Tudo indica que o diálogo será um factor importante a nível profissio-nal.Reponha as suas energias, através do contacto com a natureza.

“Nada existe de mais frágil do que uma criatura iludida a seu proprio respeito.” Momento propício a paixões, mas seja selectivo, procure ter cuidado, pois poderão surgir complicações, senão souber controlar essa sua ansiedade. A conjuntura é favorá-vel a mudança, mas depois de bem estruturadas. Algumas viagens de negócios po-dem tornar-se imperiosas. Forte possibilidades de atingir os objecti-vos. Instabilidade e nervosismo no campo da saúde.

“Mestre não é quem ensina, mas quem de repente tem que aprender.” Sente-se um pouco apreensivo pelo desenrolar das situações, e principalmente pela surpresa que as mesmas lhe cau-saram. Esteja atento, confie nas suas intuições, de tempo para di-mensionar sentimentos e avaliar compatibilidades. Verá que vale a pena.Seja frio e racional. Tenha aten-ção a qualquer documento que necessite da sua assinatura.Uma doença poderá manifestar-se, mas sem motivo para alarme

Gastronomia em mirandêswww.otorreao.com.pt

Através de www.otorreao.com.pt, os amantes da boa gastronomia são convencidos a conhecerem mais de perto Miranda do Douro.

Paladares e sabores únicos con-

feccionados pela mão do chefe Zé Carlos são, apenas, alguns dos moti-vos que levam os verdadeiros aprecia-dores de boa mesa a quererem passar pelo Planalto Mirandês.

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6 de Outubro de 2009 JORNAL NORDESTE ��

INZONICES

fotoNovela

PelourinhoINCLINÓMETROPOSITIVO

NEGATIVO

STOP - Um candidato do CDS-PP a uma Câmara Municipal do distrito de Bragança, liderada pelo PSD, foi proibido de entrar nas instalações de um lar de Terceira Idade, pertença da Santa Casa da Misericórdia.

Não que seja bonito proibir, mas também já estamos fartos de ver políti-cos a espalhar beijinhos e abraços em instituições, com o único propósito de arrebanhar votos. Era bom que também visitassem os Centros de Dia e os Lares de Idosos noutras alturas, que não campa-nhas eleitorais…

Agressões – Há relatos de violência na campanha eleitoral lá para as bandas de Miranda do Douro. “Bem me parecia que as autárquicas andavam muito cal-mas”, comentava o meu compadre Zeferi-no. Bom, foram-se os panfletos anónimos e vieram os comentários nos blogs, mas esta faceta viril da política à portuguesa ainda é o que era!

Cartazes vandalizados – E nos cartazes também se aplica a regra do voto a pontapé. Veja-se o que aconteceu ao material da candidatura do PS em Samil (Bragança) e aos painéis dos candidatos do PSD em Sendim (Miranda do Douro)…

ACISB

O desfile Bragança é Moda voltou a encher de luz e cor a Praça Camões. Venham mais iniciativas do género para dar vida à zona histórica de Bragan-ça que, apesar das intervenções urbanísticas, continua triste e sem chama.

Estradas de Portugal

A obra da Ponte Interna-cional de Quintanilha foi feita em tempo recorde, mas como a pressa é inimiga da perfeição, há lixo acumulado no rio Maçãs que tem que ser removido. Fica o alerta.

Só falta aqui a TVI do meu amigo Sócrates!

O “guicho” vai regressar às bancas de Mogadouro.

Se um dia eu for Presiden-te da Câmara prometo que canto na tomada de posse.

Ensaio para Domingo?

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�0 6 de Outubro de 2009 JORNAL NORDESTE

Última Hora

Bragança

Motardgravemente ferido

Chuva contribuiu para o acidente

O feriado de 5 de Outubro ter-minou de forma abrupta e triste para um motociclista que circulava na Av. Abade de Baçal, nos semá-foros junto ao Unidade Hospitalar de Bragança.

Pouco passava das 19 horas, quando o pior aconteceu. Uma Yamaha Diversion 600 vermelha, vinda do viaduto, colidiu com uma viatura BMW 120 d de 2006, de cor cinza, que transportava três passageiros. Duas senhoras e uma jovem rapariga, regressavam de vi-sitar familiares no hospital quando a condutora decidiu virar à esquer-da, no sentido do Centro de Saúde, indo de encontro ao motociclo.

O motard, com cerca de 40 anos, ficou gravemente ferido, com fractura exposta na zona do pulso e a cara deformada, resultante de um capacete sem protecção no quei-xo, que acabou por saltar durante o embate. Já as restantes pessoas envolvidas no sinistro permane-ceram, visivelmente abaladas, du-rante várias horas, com o impacto e suas consequências.

Por causa da chuva miudinha que se fazia sentir, o piso estava molhado e, por isso, escorregadio. Também o facto de já ser noite, terá contribuído para a pouca vi-sibilidade dos envolvidos. Cabe agora, às instâncias competentes, averiguar de quem é a culpa.

A Viatura de Emergência Mé-dica e Reanimação (VMER) de-pressa chegou ao local da ocorrên-cia, transportando a vítima mais grave para o Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE). A PSP também não tardou em aparecer no sinis-tro.

Bruno Mateus Filena