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Arquivo www.fab.mil.br Ano XXXIV Nº 5 maio, 2011 ISSN 1518-8558 DICAS - Saiba como se proteger de sequestros- relâmpagos (Pág. 10) O dia em que a Força Aérea começou a virar o jogo na batalha do Atlântico Sul Anunciada a assinatura de contrato para a modernização de caças ESPECIAL 70 ANOS Anos 90 - O Brasil lança os olhos sobre a Amazônia, com a criação do projeto SIVAM Informações sobre estratégia, planejamento, orçamento e equi- pamentos das Forças Armadas estarão em publicação inédita do Ministério da Defesa. Uma série de seminários já programados ajuda- rão a concluir a publicação. Saiba como parcipar. (Pág. 6) A Força Aérea e a Embraer firmaram contrato para a mo- dernização de mais 11 caças F-5, recém-adquiridos da Jordânia. O pacote inclui ainda o fornecimento de mais um simulador de voo para a aeronave. (Pág. 5) Na práca, é possível dividir a Amazônia em antes e depois do Sistema de Vigilância da Amazô- nia (SIVAM). Até então, 62% do território nacional não possuia cobertura radar. (Pág. 7 a 9) Conheça os ganhadores do Prêmio Santos Dumont de Jornalismo (Pág. 11) ACONTECE Oficiais-Generais recém- promovidos participam de evento na Presidência da República (Pág. 14) No dia 22 de maio de 1942, o submarino italiano Barbarigo foi avistado na supercie e atacado pela tripulação de um B-25 (foto) da Força Aérea Brasileira, perto da ilha de Fernando de Noronha, no Nordeste brasileiro. O mesmo submarino havia torpedeado um navio mercante próximo ao Atol das Rocas. A data é comemorada até hoje como o Dia da Aviação de Patrulha. (Pág. 12, 13 e 16) Saiba como foram as comemorações do Dia da Aviação de Caça (Pág. 13) Ministro da Defesa abre seminário na LAAD 2011 no Rio de Janeiro “Não temos inimigo, não re- presentamos ameaça a ninguém, mas isso não quer dizer que abri- remos mão da nossa soberania”, afirmou o Ministro da Defesa, Nel- son Jobim, na abertura de evento na LAAD 2011. (Pág. 4) Brasil começa a elaborar Livro Branco de Defesa

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O dia em que a Força Aérea começou a virar o jogo na batalha do Atlântico Sul

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www.fab.mil.br Ano XXXIV Nº 5 maio, 2011 ISSN 1518-8558

DICAS - Saiba como se proteger de sequestros-relâmpagos (Pág. 10)

O dia em que a Força Aérea começou a virar o jogo na batalha do Atlântico Sul

Anunciada a assinatura de contrato para a modernização de caças

ESPECIAL 70 ANOSAnos 90 - O Brasil lança os olhos sobre a Amazônia, com a criação do projeto SIVAM

Informações sobre estratégia, planejamento, orçamento e equi-pamentos das Forças Armadas estarão em publicação inédita do Ministério da Defesa. Uma série de seminários já programados ajuda-rão a concluir a publicação. Saiba como parti cipar. (Pág. 6)

A Força Aérea e a Embraer firmaram contrato para a mo-dernização de mais 11 caças F-5, recém-adquiridos da Jordânia. O pacote inclui ainda o fornecimento de mais um simulador de voo para a aeronave. (Pág. 5)

Na práti ca, é possível dividir a Amazônia em antes e depois do Sistema de Vigilância da Amazô-nia (SIVAM). Até então, 62% do território nacional não possuia cobertura radar. (Pág. 7 a 9)

Conheça os ganhadores do Prêmio Santos Dumont de Jornalismo (Pág. 11)

ACONTECE Oficiais-Generais recém-promovidos participam de evento na Presidência da República (Pág. 14)

No dia 22 de maio de 1942, o submarino italiano Barbarigo foi avistado na superfí cie e atacado pela tripulação de um B-25 (foto) da Força Aérea Brasileira, perto da ilha de Fernando de Noronha, no Nordeste brasileiro. O mesmo submarino havia torpedeado um navio mercante próximo ao Atol das Rocas. A data é comemorada até hoje como o Dia da Aviação de Patrulha. (Pág. 12, 13 e 16)

Saiba como foram as comemorações do Dia da Aviação de Caça (Pág. 13)

Ministro da Defesa abre seminário na LAAD 2011 no Rio de Janeiro

“Não temos inimigo, não re-presentamos ameaça a ninguém, mas isso não quer dizer que abri-remos mão da nossa soberania”, afi rmou o Ministro da Defesa, Nel-son Jobim, na abertura de evento na LAAD 2011. (Pág. 4)

Brasil começa a elaborar Livro Branco de Defesa

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CARTA AO LEITOR

PENSANDO EM INTELIGÊNCIA

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O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáuti ca (CECOMSA-ER), voltado ao público interno.

Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno

Chefe da Divisão de Produção e Divulgação: Tenente Coronel Ale-xandre Emílio Spengler

Chefe da Divisão de Relações Pú-blicas: Coronel Marcos da Costa Trindade

Editores: Tenente Luiz Claudio Ferreira e Tenente Alessandro Silva

Repórteres: Tenente Luiz Claudio Ferreira, Tenente Alessandro Silva, Tenente Adriana Alvares, Tenente Marcia Silva, Tenente Flávio Hi-sakasu Nishimori e Tenente Carla Dieppe

Colaboradores: Ministério da De-fesa, CIAER, INCAER e SISCOMSAE (textos enviados ao CECOMSAER, via Sistema Kataná, por diversas unidades)

Tiragem: 30.000 exemplares

Jornalista Responsável: Tenente Luiz Claudio Ferreira (MTB 2857 - PE)

Diagramação: Tenente Alessandro Silva, Sargento Rafael da Costa Lopes e Cabo Lucas Maurício Alves Zigunow

Ilustração: Subofi cial Cláudio Bon-fi m Ramos e Sargento Jéssica de Melo Pereira

Revisão: Major Alexandre Daniel Pinheiro da Silva e Subofi cial Cláu-dio Bonfi m Ramos

Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencionada a fonte.

Comentários e sugestões de pauta sobre aviação militar devem ser en-viados para: [email protected]

ISSN 1518-8558

Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” - 7º andar CEP - 70045-900Brasília - DF

Impressão e acabamento:Aquarius Gráfi ca e Editora

Expediente

Mergulho na história

Engenharia social: você sabe o que é?

Brig Ar Marcelo Kanitz DamascenoChefe do CECOMSAER

Em geral, engenharia social é o processo de enganar (manipular) pessoas de forma que elas forneçam diretamente ou proporcionem acesso à informação privada, classifi cada ou privilegiada a quem não deveria tê-la.

Os engenheiros sociais podem ser agentes adversos (hackers, crimino-sos ligados a roubos, furtos, seques-tros etc) que se uti lizam dessa técnica para conseguir informações (dados ou conhecimentos) de indivíduos (pessoas fí sicas) ou de insti tuições (organizações, empresas, órgãos e etc) com o intuito de obter vantagens ilícitas (informações privilegiadas, dinheiro, tráfi co de infl uência e etc).

Lembre-se que a engenharia so-cial não é uma faculdade (curso for-mal) e sim uma habilidade pessoal em uma determinada área. Ela lida com várias formas e técnicas em situações diversas. Pessoas com habilidades e experiência nesta área defi nem o termo como umas das ferramentas, em comunicação humana, mais uti li-zadas no mundo, visando proteger a informação ou atacá-la.

Ataques de engenharia social estão cada vez mais frequentes e

podem ser técnicos ou não-técnicos; ambos manipulam pessoas da orga-nização para conseguir informação não autorizada que pode ser uti lizada contra a própria organização.

A engenharia social pode ser uti lizada para efetuar “ataques” às famílias ou indivíduos isolados. Um meio muito comum para isso são os sites de relacionamento.

Há inúmeros métodos uti lizados para conseguir informação, ou acesso a ela, por meio do pessoal de uma organização. Alguns dos mais comuns incluem: se passar por um membro da organização, troca de favores, convencimento de que o pedido é normal, assegurar à víti ma de que ele não é responsável pelo que está fa-zendo e apelar para falsas amizades.

A engenharia social concentra-se em explorar as fraquezas das pessoas, dos sistemas e processos de seguran-ça de TI (tecnologia da informação) e das falhas de segurança tanto das organizações quanto das residências.

Organizações e companhias es-tratégicas ao redor do mundo têm reportado tentati vas de uti lização de técnicas de engenharia social para ob-

ter informações internas por meio de telefones, e-mail, contatos pessoais e sites de relacionamento.

Nas organizações, o pessoal mais visado tem sido aqueles que desen-volvem tarefas como: atendimento ao público, helpdesk, recepcionistas, guardas, seguranças, pessoal de limpeza, serviços de alimentação e demais terceirizados.

O primeiro passo sempre é esta-belecer confi ança com a pessoa de interesse (víti ma). O engenheiro so-cial habilidoso obterá informações de forma muito lenta, pedindo pequenos favores ou obtendo informações por meio de conversas aparentemente inocentes. A engenharia social é, ge-ralmente, bem sucedida, pois as pes-soas são naturalmente prestati vas.

Saiba mais: FCA 200-3 “Prevenção à Engenharia Social” (BCA nº 206, de 6/11/2009) e disponível na página do CENDOC. A publicação é ostensiva (livre acesso ao público) e muito fácil e didáti ca de se entender.

O conhecimento é sempre um bom aliado na segurança da família e da insti tuição. Mantenha-se sempre bem informado. (CIAER)

Pela segunda edição seguida, o nosso Notaer busca, em fatos marcantes da Segunda Guerra Mundial, a pauta de trabalho. Dessa vez, o foco está na ação de nossa patrulha, justamente no bombardeio de um submarino das forças inimigas em nossa área.

O fato, resgatado por nossos repórteres, marcou de forma preponderante não só o maior confl ito da história, mas também a insti tuição Força Aérea Brasileira.

Na edição anterior, trouxemos

detalhes sobre o dia 22 de abril. Desta vez, o foco é o 22 de maio. Coincidência no número, desti no de uma Força que, quando foi necessário, atuou com suas armas e homens em prol da sua missão.

A missão, aliás, permanece com os mesmos desígnios, de pa-trulhar a imensa área maríti ma e hoje, em tempos de paz, prepara-se para cuidar das riquezas, das buscas e resgates que fazem parte dessa roti na iluminada emoldura-da pelo azul do céu, azul do mar.

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PALAVRAS DO COMANDANTE

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Heróis patrulheiros

Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Saito Comandante da Aeronáuti ca

Uma imensa área de cobertura de área maríti ma e um desafi o

de tamanho proporcional para os nossos homens e suas asas.

Uma história que a patrulha da Força Aérea Brasileira escreve com a veste de aço guerreira desde o ano de 1942 quando um submari-no das forças inimigas foi avistado na costa brasileira e torpedeado pela tripulação de uma aerona-ve B-25. Desde então, a guerra passou, mas a missão de cuidar de nosso território permanece intocado e, sempre, assim como no princípio, guerreiro.

A missão de patrulha foi rece-bida pela FAB no ano seguinte a sua fundação, o que lhe rendeu a maturidade e experiência para os tempos de paz subsequentes e para os quais trabalha e perma-

nece em pronti dão em todos os momentos.

Sob inspiração daquela pri-meira grande missão e de tudo o que ela signifi cou, cada tripulação que resolveu devotar suas vidas à patrulha soergue a determinada oportunidade do porvir, do olhar, dos instrumentos de voo que vas-culham não só possíveis ameaças, mas também o socorro a embarca-ções ou pessoas no meio do mar.

Neste ano, por exemplo, co-meçamos a receber as aeronaves P-3AM Orion. Entre suas missões, está a de patrulhar a área de ex-tração de petróleo da camada pré-sal, em meio ao Oceano Atlânti co.

Uma riqueza nacional que deve ser cuidada e manti da em proveito do nosso povo. Por isso, as aeronaves decolam. Os nove

aviões devem estar a serviço do Brasil, sediados em Salvador, a parti r do ano que vem.

O P-3, cuja autonomia é de 16 horas de voo mesmo à baixa altura, trata-se de uma aeronave equipada com o que há de mais moderno em sensores especiais, e que colocam o Brasil na primeira linha da aviação de patrulha.

Seus instrumentos aperfeiço-am a execução das diversas mis-sões, como a de busca e resgate dentro da área de responsabilida-de brasileira de 6.400.000 km² de área. A aeronave representará efe-ti vo apoio às ati vidades de busca e salvamento no Atlânti co Sul, que, conforme acordos internacionais, é de responsabilidade do Brasil.

Enfi m, sob a lembrança daque-le 22 de maio de 1942, que marcou

os destinos da Segunda Guerra e da nossa insti tuição, os nossos heróis planejam sobre mapas e decolam suas aeronaves para o que alguns podem considerar o infi nito azul. Para os pilotos, com suas coberturas vermelhas, há um plano de voo permanente: servir ao Brasil

Para os profi ssionais de patru-lha, tudo pode ser encontrado, cada movimento de mar aciona os olhos incansáveis dessa gente a quem estendemos nosso reconhe-cimento e agradecimentos. Infi ni-ta, sim, é essa disposição de atuar pela Pátria, em função da missão atribuída e sempre cumprida.

Olhos ao mar, companheiros. Sempre é tempo de voltar também nossos olhos e aplausos a esses nossos guerreiros.

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LAAD 2011 - A maior feira de defesa da América Latina

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Ministro da Defesa abre III Seminário de Defesa no RJ

Soberania é um compromisso do Brasil, e o investi mento em

ciência e tecnologia é fundamental para cumprir essa missão. Foi essa ideia apresentada pelo Ministro da Defesa, Nelson Jobim, na abertura do III Seminário de Defesa, realiza-do durante a LAAD 2011 (12 a 15 de abril), no Rio de Janeiro.

“Não temos inimigo, não re-presentamos ameaça a ninguém, mas isso não quer dizer que abri-remos mão da nossa soberania”, afi rmou o ministro. Segundo ele, há uma disparidade entre o poder políti co-econômico do Brasil e os nossos gastos militares, o que seria uma ameaça para as riquezas do país. “Não podemos permanecer alheios ao mundo, porque o mun-do não está alheio a nós”, disse.

Nelson Jobim lembrou ainda que a Estratégia Nacional de De-fesa defi niu os pontos de parti da para vários aspectos da políti ca de defesa. Em ciência e tecnologia, os focos são a energia nuclear, a pes-quisa espacial e a cibernéti ca. “A modernização tecnológica de nos-sa estratégia militar demandará

esforço das nossas instâncias po-líti cas e administrati vas”, conclui.

Espaço - Intitulado “Desafio do Desenvolvimento Tecnológico das Forças”, o primeiro painel de discussões do seminário contou com a presença do Brigadeiro Engenheiro Francisco Carlos Melo Pantoja, Diretor do Insti tuto de Aeronáutica e Espaço (IAE), do Departamento de Ciência e Tecno-logia Aeroespacial (DCTA).

Ele explicou que a conquista do espaço traz avanços para a tecno-logia, defesa e economia, em apli-cações como meteorologia, alerta de catástrofes e controle do espaço aéreo. Com essa meta, o DCTA já conta, hoje, com dois centros de lançamento, um em Alcântara (MA) e outro em Natal (RN).

Segundo o Brigadeiro Pantoja, o caminho para a excelência em uma área de ponta depende de um pla-nejamento detalhado. “É preciso ter investi mento na ciência básica, se não o ciclo não fecha”, explicou. É esti mado um tempo de 10 a 15 anos para um conhecimento se tornar uma inovação industrial,

daí a necessidade de investi mento.O oficial apresentou o mo-

delo de pesquisa aeronáutica do DCTA, que começa com o Insti-tuto Tecnológico da Aeronáutica (ensino), passa pelo Instituto de Estudos Avançados e Instituto Aeronáutica e Espaço (desenvol-vimento de tecnologia) e termina com o Instituto de Fomento e

Em debate o uso e os desafios para a operação de VANTs

O Chefe de Operações do Depar-tamento de Controle do Espa-

ço Aéreo (DECEA), Brigadeiro do Ar Luiz Claudio Ribeiro, parti cipou de painel na LAAD 2011 e explicou o trabalho da Força Aérea Brasileira para possibilitar a operação de Veículos Aéreos Não-Tripulados (VANT) no país, sem o comprometi -mento da segurança para as outras aeronaves que dividirão o mesmo espaço aéreo.

“Nós buscamos soluções para que esses equipamentos possam operar em segurança”, explicou. Segundo o Brigadeiro Ribeiro, além de ainda existi rem limites de tec-

nologia, como equipamentos que evitem colisões, ainda há questões que precisam ser defi nidas, como frequências exclusivas para os VANT.

A questão, no entanto, não é ex-clusiva do Brasil. Este é um desafi o internacional e hoje o DECEA par-ti cipa de grupos da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) que debatem o tema. “Não existe evento de grande porte no mundo que o DECEA não faça questão de participar para aprender o que estar acontecendo”, acrescentou.

Outro aspecto relati vo à segu-rança é quanto à pilotagem dos VANT. Alguns modelos têm voo

autônomo, enquanto outros são remotamente controlados. Mes-mo assim, para o Brigadeiro Ribei-ro, estes operadores precisam ser muito bem preparados. “Para mim é muito claro que esse elemento precisa ter grande conhecimento das regras de controle do espaço aéreo”, afi rmou.

Por fim, ele lembrou que a atual legislação no Brasil, como em outros países, ainda impede o uso de VANT sobre regiões habitadas e que o espaço aéreo precisa ser se-gredado. O desafi o maior é acabar com essas restrições para que esses equipamentos possam cumprir da

melhor forma suas tarefas, com a maior segurança possível.

“A grande diferença do VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado) e do aeromodelo é o emprego. O VANT sempre vai ter uma necessidade operacional”, disse o Engenheiro Flávio Araripe, coordenador do projeto VANT do DCTA, outro par-ti cipante do painel.

Hoje, contou o engenheiro, há desde modelos lançados de mão até o Globalhawk, cujas asas são maiores que as do Boeing 747. Não há mais confl ito moderno sem a presença desses aviões, sem tri-pulantes e com grande autonomia.

Coordenação Industrial, que leva a inovação ao mercado.

Somente por meio de um fl u-xo assim seria possível descobrir aplicações antes impensáveis para uma pesquisa. “O resultado da tecnologia espacial não é só direto. Pode-se ter o estudo em uma área e um resultado para outra”, exemplifi cou.

O Ministro da Defesa, Nelson Jobim, participou da abertura do seminário no RJ

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LAAD 2011 - Reaparelhamento

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EMBRAER anuncia novas parcerias com empresas para o projeto KC-390

Criado para atender a um re-quisito operacional da Força

Aérea Brasileira, o programa de desenvolvimento do avião de transporte KC-390 contará agora com a participação da Aero Vo-dochody, da República Tcheca, e da Fábrica Argentina de Aviões Brigadeiro San Martín (FAdeA).

No anúncio do acordo, du-rante a LAAD 2011, o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, destacou a importância da parceria com paí-ses da América. “O Brasil decidiu através da Estratégia Nacional de Defesa que deveríamos ter uma cooperação”, disse.

O presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, também ressaltou a im-portância do contrato. “A parti ci-pação da FAdeA no Programa KC-390 fortalece a cooperação entre as bases tecnológicas e industriais de defesa de ambos os países.”

O anúncio foi resultado das Declarações de Intenções assi-nadas no ano passado pelo Mi-nistério da Defesa. As empresas

Onze caças F-5 da FAB serão modernizados pela Embraer

A Força Aérea Brasileira (FAB) e a Embraer assinaram contrato

para a modernização de mais 11 caças F-5. O anúncio foi feito, no Rio de Janeiro, durante a LAAD 2011. O pacote inclui ainda o for-necimento de mais um simulador de voo dessa aeronave.

O acordo é uma conti nuidade do contrato assinado em 2000 para a modernização de um pri-meiro lote de 46 caças F-5E. Desse total, 39 aeronaves já foram en-tregues e duas estão em processo de recebimento. Os demais serão entregues neste ano, segundo o cronograma do projeto.

O programa de modernização

tem como foco fornecer às aero-naves sistema de guerra eletrônica de últi ma geração, novos aviôni-cos, sistema de reabastecimento em vôo e maior capacidade ope-racional, estendendo a vida úti l da aeronave por pelo menos mais 15 anos. A Força Aérea investi rá R$ 276 milhões na modernização dos caças F-5, que hoje operam nas regiões Norte, Sul e Sudeste.

A FAB fará a revisão das 11 células adquiridas. No ano que vem, os caças serão entregues à Embraer para o início do processo de modernização. Os aviões mo-dernizados entrarão em operação, gradati vamente, a parti r de 2013.

estrangeiras vão fornecer partes do KC-390, e o acordo também garante a compra de pelo menos seis aviões para a Argentina e dois para a República Tcheca.

O programa de desenvolvi-mento do KC-390 foi iniciado em 2009, com a encomenda de dois protótipos para a FAB. De acordo com o Ministro Nelson Jobim, o Brasil deverá receber 28 KC-390 para atender as suas necessida-des operacionais.

Novo helicóptero das Forças Armadas é destaque em feira de defesa no RJ

Na área externa do Riocentro, onde acontece a oitava edição

da LAAD, três grandes helicópteros chamaram a atenção. Nas cores cinza (Marinha), verde escuro (Exército) e verde claro (FAB), os três EC-725 são os primeiros do lote de 50 unidades adquiridos para as Forças Armadas brasileiras.

Os helicópteros estão no Brasil desde janeiro, quando foram ini-ciados em Itajubá (MG) os voos de treinamento dos militares brasilei-ros. "Pilotos e mecânicos das três forças treinaram e aprenderam juntos nas aeronaves", conta Joel Fonseca, da Helibras, represen-tante brasileira da Eurocopter. Os EC-725 também já estão prontos, e chegaram ao Riocentro voando.

A aquisição dos EC-725 re-presenta um passo a mais para a indústria nacional. "A ideia do projeto é envolver o parque in-dustrial brasileiro para termos a capacidade de fabricar e manter as aeronaves aqui", explica Joel Fonseca. Cada Força deve receber 16 aeronaves, e mais duas serão

usadas pela Presidência. O projeto inclui ainda a trans-

ferência de tecnologia, que permi-ti rá que em 10 anos já exista uma indústria de helicópteros no Brasil. A previsão é do Major Brigadeiro-do-Ar Dirceu Tondolo Nôro, da Diretoria de Material Aeronáuti co e Bélico da Aeronáuti ca (DIRMAB), que parti cipa do processo de aqui-sição dos EC-725. Segundo ele, o projeto envolve a criação de até 20 mil empregos diretos e indiretos. "Quando você nacionaliza e apren-de a fazer, gera de 4 a 5 vezes mais emprego", explica o Brigadeiro.

Será criada no Brasil uma linha de montagem dos helicóp-teros, que além de aplicações mil itares também tem uma versão semelhante destinada ao mercado civil. Também serão transferidos para cá a produção dos motores e da aviônica, que são os sistemas eletrônicos do EC-725. Ao todo, são 22 projetos de transferência de tecnologias, que envolvem até o uso de ma-teriais compostos.

O Comandante da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Saito, e o Vice-Presidente Comercial da Embraer Defesa e Segurança, Orlando José Ferreira Neto, na LAAD

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O Brasil planeja a aquisição de 28 aeronaves KC-390 da EMBRAER

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MINISTÉRIO DA DEFESA

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Brasil começa a elaborar Livro Branco de Defesa Nacional

A sociedade brasileira e a comu-nidade internacional poderão

ter acesso, numa única publica-ção, a importantes dados sobre os principais assuntos relacionados à Defesa brasileira. Informações sobre estratégia, planejamento, orçamento e equipamentos das Forças Armadas constarão do Livro Branco de Defesa Nacional (LBDN).

Documento público inédito no país, o LBDN começou a ser elaborado sob a coordenação do Ministério da Defesa. Em Campo Grande (MS), no fi nal de março, aconteceu o primeiro de uma série de seminários que gerarão insumos para a redação do documento.

Publicação já editada por vários países do mundo, o Livro Branco tem como objetivo dar transpa-rência às políticas de defesa das democracias contemporâneas. No Brasil, sua elaboração cumpre de-terminação conti da no arti go 9º da Lei Complementar nº 97/99.

O LBDN brasileiro deverá ser

Publicação ampliará conhecimento da sociedade civil sobre assuntos militares. Seminário em Campo Grande iniciou discussão pública sobre temas que constarão do documento

LAAD 2011 - Visitantes puderam conhecer estrutura de apoio da FAB

A LAAD 2011 reuniu, de 12 a 15 de abril, nos pavilhões do

Riocentro, no Rio de Janeiro (RJ), o que há de mais moderno na tec-nologia militar. Do lado de fora, o que parecia um acampamento, revelava a capacidade da Força Aérea Brasileira (FAB) de operar no campo de batalha.

Os abrigos verde escuro mon-tados formam, na realidade, uma Unidade Celular de Intendência (UCI), estrutura de apoio ao com-bate já testada em operações re-ais, como no socorro das víti mas da tragédia da Região Serrana no Rio de Janeiro, no início de 2011, e do terremoto do Haiti , em 2010. A UCI é autônoma e capaz de ser montada em qualquer lugar,

elaborado até o fi nal do ano e sua primeira edição apresentada pelo Poder Executi vo ao Congresso até meados de 2012. Para cumprir a tarefa, o governo criou, por meio do Decreto nº 7.438/11, o Grupo de Trabalho Interministerial (GTI). A coordenação do GTI está a cargo do Ministério da Defesa.

Para o ministro da Defesa, Nelson Jobim, o processo de ela-boração do Livro Branco será uma oportunidade única para que a sociedade civil aprofunde seus conhecimentos sobre os temas militares e passe a compreendê-los num contexto mais amplo, à luz das diretrizes da Estratégia Na-cional de Defesa. “O Livro Branco será uma poderosa ferramenta de ampliação da parti cipação civil nos assuntos de defesa”, diz.

Segundo Jobim, as discussões a serem realizadas durante a con-fecção do documento também serão úteis aos próprios militares. “Não tenho dúvida de que o livro

servirá para ampliar de modo signifi cati vo o conhecimento do próprio estamento castrense so-bre si mesmo”, afi rma.

O ministro explica que o Livro Branco não tem a intenção de tor-nar públicas informações de caráter sigiloso que poderiam comprome-ter a segurança nacional. Diferen-temente, diz ele, a publicação dá publicidade a uma série de dados essenciais ao esclarecimento dos cidadãos sobre a realidade das nossas Forças Armadas.

Para Jobim, o Livro Branco será um grande catalisador da discus-são sobre os temas de Defesa no âmbito da academia, da burocracia federal e do parlamento. Além dis-so, ele acredita que o documento servirá de mecanismo de prestação de contas sobre a adequação da estrutura de Defesa hoje existente aos objeti vos traçados pelo poder público para o setor no país.

Discussão - Com o objeti vo de discuti r os temas e gerar insumos

para o Grupo Interministerial que elaborará o Livro Branco, o Minis-tério da Defesa realizará, ao longo deste ano, seis seminários, seis ofi -cinas temáti cas e sete workshops em diversas cidades brasileiras. Os eventos terão como parti cipantes acadêmicos, políticos, militares e especialistas. Além de gerar subsídios para o Livro Branco, os parti cipantes também vão propor metodologias visando facilitar a elaboração do documento.

Para possibilitar a parti cipação de um maior número de pessoas, os seminários serão transmiti dos ao vivo pela internet por meio do site criado pelo Ministério da Defesa para reunir todas as infor-mações sobre o assunto: www.livrobranco.defesa.gov.br.

O Livro Branco deverá conter a previsão orçamentária plurianual. A publicação será atualizada a cada quatro anos, a fi m de permiti r que novas metas sejam estabelecidas para um novo período plurianual.

mesmo onde não existe apoio de energia elétrica, por exemplo. Parte dessa estrutura foi montada na LAAD 2011 para visitação.

A estrutura montada na LAAD, pode ser mobilizada em apenas 48 horas e ser rapidamente trans-portada em aviões.

A UCI da LAAD 2011 ocupou uma área de 1.012 m², onde os visitantes puderam conhecer mó-dulos de alojamentos, suprimen-tos, lavanderia, serviço sanitário e o Módulo de Alimentação a Pontos Remotos (MAPRE).

Vinte e seis militares da FAB operaram a UCI exposta na feira, mas a estrutura pode aumentar de acordo com a necessidade.

A Unidade Móvel Odonto-lógica (UMO) da Odontoclínica de Aeronáuti ca Santos Dumont (OASD) também foi levada para a LAAD 2011. Durante o evento, a unidade prestou atendimento a pacientes em primeiros socorros, atuando como Unidade Celular de Saúde.

Instalações da Unidade Celular de Intendência; em destaque, o MAPRE

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SIVAM – Os olhos avançados do Brasil sobre a Amazônia

Anos 90ESPECIAL FAB 70 ANOS

Nos anos 90, governo brasileiro atua em bloco para recuperar o controle da Amazônia e cria um dos mais avançados sistemas de vigilância do mundo

Um oceano verde e desafi ador. Até os Anos 90, voar sobre a

Amazônia significava enfrentar variações meteorológicas, difi-culdade para localizar pistas de pouso alternati vas em situações de emergência e pilotar conven-cionalmente, sem o apoio de comunicação e radares, como acontece na travessia do Atlânti co e de regiões desérti cas do mundo. E esse era o contexto das rotas aéreas que cortavam cerca de 62% do território nacional.

Por outro lado, o isolamento da fl oresta também representava um problema para diversas insti tuições brasileiras diante de um cenário perfeito para a atuação de ati vida-des ilícitas, como desmatamento, queimadas, biopirataria e tráfi co de drogas, dentre outras. A integração completa do território brasileiro parecia um sonho distante, caro e tí pico de fi lmes de fi cção.

Parecia. Até o surgimento do mais importante projeto gover-namental para a região: o Siste-ma de Vigilância da Amazônia (SIVAM), uma complexa rede de radares, satélites e equipamentos de vigilância, controle e comuni-cação espalhados por nove Esta-dos – Roraima, Amazonas, Ama-pá, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Pará, Maranhão e Tocanti ns.

Na práti ca, pode-se dividir a Amazônia em antes e depois do SIVAM. “Houve uma mudança signifi cati va não só no apoio ao transporte aéreo, mas também em se tratando de vigilância ambien-tal, territorial, telecomunicações e proteção ao voo. E a Aeronáuti ca, por conta dos ati vos de vigilância e defesa que estão sob sua guar-da, está à frente deste processo,

contribuindo decisivamente e cola-borando para ações coordenadas do governo federal na região”, explica o assessor de Comunicação Social do Departamento de Controle do Espa-ço Aéreo (DECEA), Coronel-Aviador Paullo Sergio Barbosa Esteves, que trabalhou no projeto SIVAM.

O projeto exigiu investimen-tos da ordem de US$ 1,4 bilhões, necessários para a criação de uma rede de equipamentos e infraestrutura em uma região de 5,2 milhões de quilômetros quadrados. Basta imaginar que 32 países da Europa cabem den-

tro da Amazônia. “Na verdade, o investimento total acaba sendo baixo se levado em conta o custo por quilômetro quadrado: US$ 270”, destaca o assessor.

Os recursos aplicados repre-sentaram ainda incenti vos para a indústria nacional e a reconquista daquele território pelo Estado Brasileiro.

O Projeto SIVAM foi apre-sentado pela primeira vez, sem muito alarde, na ECO-92, no Rio de Janeiro. A iniciati va coube à Se-cretaria de Assuntos Estratégicos, que apresentou uma exposição

de moti vos em parceria com os Ministérios da Justi ça e da Ae-ronáuti ca – três personagens da administração pública bastante infl uenciados em sua missão pelo estado precário de vigilância e de presença ofi cial na Amazônia.

No caso da Aeronáuti ca, em razão da falta de estradas e da irregularidade dos rios ao longo do ano, controlar e vigiar o tráfego aéreo na região era consolidar as ações iniciadas nos anos 70, com a implantação dos Centros Integra-dos de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTAs).

Rede de equipamentos instalada pelo SIVAM, na região Amazônica; informações alimentam banco de dados do SIPAM

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Com a criação do CINDACTA IV,todo o país recebeu cobertura radar

ESPECIAL FAB 70 ANOS

Antes do Sistema de Vigilân-cia da Amazônia (SIVAM),

o transporte aéreo na região Norte acontecia com recursos limitados de comunicação, com o suporte da carta de navegação e identificação visual, ou seja, de modo convencional, com a possi-bilidade de enfrentar mudanças repentinas de meteorologia e de encontrar facilidade para chegar a pistas alternativas caso tivesse alguma emergência. No caso de acidentes aeronáuticos, a floresta se transformava em um “inferno verde” em operações de busca e salvamento.

A localização de aeronaves, em uma região de baixa visibilidade e com vegetação composta por ár-vores de até 50 metros de altura, tornava a operação extremamente difí cil. Um dos casos mais famosos é o da aeronave C-47 da Força Aérea, ocorrido em 1967. O avião Rede de radares do SIVAM

O Ministério da Aeronáuti ca fi cou responsável pelo programa de implantação do SIVAM, que incluía as obras e equipamentos que compunham a infraestrutura do sistema. Para isso, em 1992, foi criada a Comissão para Coorde-nação de Implantação do Projeto do Sistema de Vigilância da Ama-zônia (CCSIVAM). Dois anos mais tarde, cerca de 60 empresas se candidataram ao projeto e ti ve-ram as propostas técnicas, comer-ciais e fi nanceiras analisadas. O Senado aprovou o fi nanciamento externo no mesmo ano.

O SIVAM começou a sair do papel em 1997. O consórcio concluiu a fase dos projetos de edifi cação e de levantamentos de campo em 1998, quando o sof-tware de integração do sistema, o X-4000, desenvolvido pela indús-tria nacional entrou em funcio-namento. Todos os equipamen-tos importados, como radares, aparelhos de telecomunicações e aeronaves de sensoriamento remoto chegaram ao Brasil até 1999. A implantação e o funcio-namento do SIVAM ti veram início em 2002, com a inauguração do Centro Regional de Vigilância de Manaus, depois de quatro anos de obra de infraestrutura e im-plantação dos radares.

Em 2005, quando o projeto fi cou pronto, o patrimônio público construído na Amazônia ao longo de quase dez anos foi distribuído entre o Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM), ligado à Casa Civil, e o Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), da Aeronáuti ca.

Dentro do projeto SIVAM, a EMBRAER e a Força Aérea desen-volveram uma aeronave-radar (E-99) e uma de sensoriamento remoto (R-99), com capacidade de gerar imagens, por exemplo, úteis para o controle de desma-tamentos e de carvoarias clan-desti nas, dentre outras missões, independentemente de interfe-rências meteorológicas.

Instalações do projeto SIVAM, em Manaus, uma das principais bases operacionais da região Norte

foi encontrado no meio da fl ores-ta, perto da cidade de Tefé (AM), após o piloto ter feito um pouso de emergência. Foram 33 aeronaves, 347 pessoas e mais de 1054 horas de voo em uma operação que, en-tre a busca e o salvamento, durou quase 20 dias.

“[Antes do SIVAM] As aerona-ves não ti nham o equipamento de localização via satélite. Se ela não chegasse, por exemplo, a Manaus no horário esti pulado e, quando se esgotasse o horário de autonomia de voo, era iniciada a busca visual de acordo com o plano de voo da ae-ronave. O esquadrão de busca fazia a mesma rota da aeronave desapa-recida. Se ela não fosse encontrada, a rota era refeita e aumentado o perímetro”, explica o comandante do Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (1º/8º GAV), Tenente-Coronel-Aviador Eduardo Rodrigues da Silva.

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Rede de equipamentos do SIVAM alimenta banco de dados para ações governamentais na região Amazônica

ESPECIAL FAB 70 ANOS

Os equipamentos do SIVAM coletam, processam e difun-

dem dados e informações para outros órgãos governamentais da Amazônia Legal – como a Polícia Federal, o Insti tuto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), o Instituto Nacional de Pesqui-sas Espaciais (INPE), a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e a Aeronáuti ca. O responsável por administrar esse imenso banco de dados é o Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM). As informações processadas ajudam a União, os Estados e os Municípios em ações de preservação ambiental, de pla-nejamento (planos diretores) e de fi scalização, dentre outras.

Na época de sua criação, a Amazônia foi dividida em três áreas, os Centros Regionais de Vigilância (CRV) de Manaus (AM), Belém (PA) e Porto Velho (RO). O Centro de Coordenação Geral fica em Brasília.

O SIPAM ainda tem as suas células operacionais, divididas em vigilância ambiental, aérea e territorial, monitoração meteo- Destacamento de Controle do Espaço Aéreo construído durante o projeto SIVAM

Aeronaves-radar e de sensoriamento apoiam a vigilânciaEm 1997, a EMBRAER assinou

acordo para a produção de aviões que pudessem fazer a vi-gilância do espaço aéreo com ra-dares transportáveis para a Força Aérea: os modelos EMB-145-AS, os E-99, para vigilância aérea, e os EMB-145-RS, os R-99, para o sen-soriamento remoto. As aeronaves são equipadas com modernos equi-pamentos, como o radar PS-890 Erieye, capaz de detectar aviões voando à baixa altura, e sensores de últi ma geração, como radar de abertura sintéti ca SAR, que fornece imagens em tempo real. Avião-radar E-99 que auxilia na vigilância do espaço aéreo Aeronave de sensoreamento R-99: equipamentos modernos

rológica e climatológica, espectro eletromagnéti co e monitoração de comunicações, controle de tráfego aéreo, planejamento e controle de operações em campo, proces-samento de informações gerais e atendimento aos usuários.

Para auxiliar a cobertura dos radares fi xos e móveis, existem equipamentos remotos, que são responsáveis pela coleta e envio de informações via satélite para os CRV de sua área de atuação. As unidades de apoio estão dis-tribuídas em 25 localidades, que contam com equipamentos de telecomunicações, estações me-teorológicas, radares transpor-táveis e fi xos, e estações de VHF. Essas unidades estão distribuídas na área de cada centro regional.

O trabalho em conjunto com as prefeituras acontece por meio dos cerca de 700 terminais de comu-nicação. Os Estados da Amazônia Legal também têm seus Centros Estaduais de Usuários. O objeti vo é que as prefeituras e os governos estaduais também tenham acesso aos dados e possam coordenar políti cas públicas para a área.

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3) Evite roti na. Sempre que possível mude seus caminhos e horários habituais

1) Evite f icar dentro de veículos em locais de pouco movimento e mal iluminados

2) À noite, ao se aproximar do semáforo, reduza a velocidade para dar tempo dele fi car verde sem ter que parar o veículo

5) Antes de sair ou entrar em casa, observe se não há pessoas estra-nhas nas proximidades. Na dúvida, não entre ou saia. Ligue para a polícia

4) Não ande sozinho por ruas de pouco movimento

15) Evite uti lizar caixas eletrônicos isolados

10) Nunca forneça dados pessoais e de p a r e n t e s a um estranho, mesmo que ele se apre-sente como sendo de uma o p e r a d o r a telefônica ou de uma outra empresa

14) Oriente seus familiares e as pessoas que trabalham com você para não conceder (facilitar) nenhuma informação a seu respeito por telefone ou qualquer outro meio eletrônico

DICAS DE SEGURANÇA

12) Suspeite de ligações a cobrar. Desligue de imediato se não reco-nhecer o interlocutor. Não demore na conversa.

9) O número de seu telefone residencial só deve ser repassado a parentes e pessoas de seu círculo de amizades. Para as outras pessoas, forneça o comercial ou o celular

7) Para os serviços de entrega em domicílio, forneça o número do telefone da portaria de seu prédio, se houver, e não o de casa

11) Quan-do fizer um p a g a m e n t o com cheque, não escreva no verso o núme-ro do telefone res idenc ia l . Anote o núme-ro comercial, mesmo que seja do cônjuge ou do fi lho.

8) Caso telefonem para comunicar um acidente ou anunciar um fal-so prêmio, solicite o nome completo do interlocutor e o telefone para contato. Desligue e retorne a chamada

6) Memorize os hábitos diários de seus familiares mais chegados, como as rotas e os horários de suas ati vidades. Preserve na sua agenda os telefones de colegas e amigos que, numa situação críti ca, possam ajudar a encontrá-los.

13) Em caso de inti midação por telefone, desligue e tente encontrar seu familiar. Ligue para a polícia se não encontrá-lo ou se as ligações se tornarem freqüentes.

Conheça quais são os cuidados simples do dia-a-dia que podem ajudá-lo a evitar os riscos de sequestro-relâmpago, um crime que preocupa

cada vez mais na maior parte das cidades brasileiras.

Recomendações que podem ajudar a evitar sequestros-relâmpagos

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DIVULGAÇÃO

Prêmio Santos Dumont de Jornalismo valoriza reportagens sobre aviação

Foi realizada, em março, a en-trega do 17° Prêmio Santos

Dumont de Jornalismo. A pre-miação foi criada em 1993 com o objeti vo de esti mular a imprensa para a divulgação das ati vidades da Aeronáuti ca brasileira. Foram premiados oito vencedores de arti gos publicados em 2010, em diversas revistas e jornais, sobre assuntos de aviação enquadrados em quatro categorias: aviação comercial, aviação militar, história da aviação e aviação em geral.

O Diretor do Insti tuto Históri-co-Cultural da Aeronáuti ca (INCA-

ER), Tenente Brigadeiro do Ar R1 Paulo Roberto Cardoso Vilarinho, ressaltou a “importância dos arti -gos jornalísti cos concorrentes para o desenvolvimento da aviação, tema apaixonante, com Indústria sofisticada, ciência magnífica e fina arte, sempre em busca da perfeição”.

Conheça os vencedores da edição 2010 do Prêmio Santos Dumont de Jornalismo:

Categoria aviação comercial1° colocado – jornalista Rober-

to Muylaert, com o arti go “Pull

CARREIRAS - Oficial faz trabalho voluntário de divulgação de profissões da Força Aérea em escolas da rede de ensino no litoral de São Paulo

Desde agosto do ano passado, o Segundo Tenente Especialista

em Comunicação Pedro Paulo Alves aproveita suas horas de folga para divulgar aos jovens as profi ssões militares da Força Aérea Brasileira. Com o DVD de profi ssõs da FAB, folderes e muita obsti nação, o mi-litar visita escolas públicas com o objeti vo de incenti var alunos que estão concluindo o ensino médio a ingressarem na carreira militar.

O trabalho começou quando o Tenente Pedro Paulo era coman-

dante do Destacamento de Con-trole do Espaço Aéreo de Santos (DTCEA-ST), no litoral paulista. “Recebi um DVD sobre as pro-fi ssões militares e verifi quei que era um material muito bem feito. Decidi divulgar ao efeti vo, tanto no destacamento quanto no Núcleo da Base Aérea de Santos. Quando terminei a divulgação, houve uma procura imediata dos soldados. Eles vieram falar que não sabiam que um advogado poderia ingres-sar na Força Aérea, que havia um

Up – Simulador de Voo da Azul”, veículo- revista Brasileiros

2° colocado – jornalista Juliana Reis, com o arti go “Seus Direitos nos Aeroportos”, veículo - revista Incluir

Categoria aviação militar1° colocado – jornalista Renato

Ott o, com o arti go “Manche ou Mouse”, veículo - revista Força Aérea

2° colocado – jornalista Le-andro Casela, com o artigo “Fase de Definição”, veículo - revista Força Aérea

Categoria história da aviação

1° colocado – jornalista Solan-ge Galante, com o arti go “Santos-Dumont – um Aeroporto Único”, veículo - Flap Internacional

2° colocado – Rudnei Dias da Cunha, com o arti go “Ao Mestre com Carinho”, veículo - revista Força Aérea

Categoria aviação em geral1° colocado – jornalista Robin

Siteneski, com o arti go “Aprender a Voar”, veículo- O Caxiense

2º colocado – jornalista Anto-nio Aassreuy, com o arti go “O Uso do Radar em Grande Altitude”, veículo revista Flap Internacional

quadro para engenheiros”, afi rma. “Resolvemos fazer um projeto

piloto de divulgação desse tema nas escolas. Com a ajuda dos com-panheiros do efeti vo fomos em uma escola oferecendo essa divul-gação. Deu certo na primeira es-cola; na segunda, então, levamos isso em frente”, complementa. Até o momento, foram visitadas nove escolas no Guarujá, litoral paulis-ta, onde o projeto começou. Mais de mil estudantes já assisti ram às palestras. “O resultado tem sido

muito positi vo”, explica. Como foi destacado para tra-

balhar em Minas Gerais, o militar pretende dar continuidade ao projeto. “Agora o foco será divul-gar esse trabalho nas cidades do interior”, afi rma.

O vídeo de profissões, utili-zado como base nas palestras ao alunos das escolas, assim como o Guia de Profi ssões da Força Aérea Brasileira, recém-lançado, podem ser encontrados na internet: www.fab.mil.br

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AVIAÇÃO DE PATRULHA

22 de Maio – O dia da virada na batalha do Atlântico Sul

A Segunda Guerra chegou às portas do Brasil em 1942. Ao

longo de três anos, 71 embarca-ções foram atacadas por submari-nos em águas brasileiras. No total, o país perdeu mais de 30 navios ao redor do mundo, a maior parte deles no próprio litoral. Cerca de 1.500 pessoas morreram.

Com apenas um ano de cria-ção, e em fase de reestruturação, a Força Aérea Brasileira (FAB) foi convocada para patrulhar o litoral brasileiro. “A guerra submarina, perversa e implacável, prossegue num crescente verti ginoso”, afi r-mou Ivo Gastaldoni, piloto de pa-trulha da Força Aérea e veterano da Segunda Guerra.

Em apenas três dias do mês de agosto de 1942, o U-507 alemão afundou seis navios e matou 627 pessoas. A sequência de ataques foi decisiva para que o Brasil de-clarasse guerra aos países do Eixo, em 22 de agosto.

O Brasil ti nha como vizinhos as Guianas Francesa e Holandesa, ambas sob o controle nazista e que serviam como posto de abas-tecimento de submarinos inimigos que operavam na região. Os navios cargueiros com desti no aos Esta-dos Unidos, e de lá para o Brasil, precisavam de escolta.

No esforço de guerra, o Brasil criou novas bases aéreas, recebeu equipamentos e treinamento por meio de convênio fi rmado com os Estados Unidos. Unidades aéreas americanas foram enviadas ao país. Nascia a aviação de patrulha.

“As difi culdades eram de toda a ordem: de língua, de auxílios para instrução, além das ordens téc-nicas e manuais de operação em inglês, ininteligíveis para 90% do pessoal. Some-se a isso a hetero-geneidade de pilotos e mecânicos e pode-se ter uma visão do quadro caóti co”, escreveu Gastaldoni, ao falar do início dos trabalhos com

as tripulações brasileiras.A Virada - Uma nova unida-

de criada em Recife assumiu os bombardeiros B-25 em uma ver-dadeira corrida contra o relógio. A instrução em voo era feita sobre o mar para que as tripulações já pudessem vigiar as águas brasilei-ras, com arti lheiros com o dedo no gati lho, prontos para ati rar.

Em menos de quatro meses, começou o revide e a virada na batalha do Atlânti co Sul. Escoltas e patrulhas marítimas vigiavam as águas brasileiras, dia e noite, e buscavam proteger as embarca-ções da marinha mercante.

No dia 22 de maio de 1942, o submarino italiano Barbarigo foi avistado na superfí cie e atacado pela tripulação de um B-25 da FAB perto da Ilha de Fernando de Noronha. O mesmo submarino havia torpedeado um navio mer-cante brasileiro próximo do Atol das Rocas. As bombas lançadas caíram bem próximas do alvo, que revidou com ti ros de canhão. A data é comemorada até hoje como o Dia da Aviação de Patrulha.

Na medida em que a recém-criada Aviação de Patrulha da FAB aumentava sua efi ciência no Nor-deste, os submarinos inimigos iam descendo para sul do país. Agora, aeronaves Catalina ajudavam nos combates. Unidades americanas, espalhadas de norte a sul, apoia-vam a campanha. Depois de julho de 1943, os submarinos prati ca-mente sumiram.

Na guerra contra os subma-rinos, os pilotos brasileiros reali-zaram cerca de 15 mil patrulhas. Onze submarinos (veja arte acima) foram ati ngidos, mas um número maior de ataques ocorreu, não tendo sido possível a confi rmação de avarias. Dos cerca de 3.000 navios mercantes afundados na Segunda Guerra, mais de 50% fo-ram víti mas de submarinos.

Saiba mais: “Memórias de um Piloto de Patrulha”, Ivo Gastaldoni; "Os Cardeais – 1º Grupo de Aviação Embarcada, 4º/7º Grupo de Aviação", Mauro Lins de Barros.

Aeronaves Catalina foram utilizadas pela Aviação de Patrulha na batalha do Atlântico Sul; na foto, depois da Segunda Guerra, os aviões voaram no Correio Aéreo

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Veja onde ocorreram os confrontos

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O então Capitão Aviador Dio-nysio Cerqueira de Taunay

voou 67 missões de patrulha em aeronaves Hudson A-28A e Cata-linas PBY-5 no litoral brasileiro, durante a Segunda Guerra Mun-dial. Seu bati smo de fogo ocorreu em outubro de 1943, quando fazia uma missão de cobertura aérea de comboio. Ao avistar um submarino, ao largo de Cabo Frio, realizou ataque com bom-bas de profundidade e ti ros de metralhadora, tendo enfrentado reação anti aérea. O Catalina foi ati ngido no motor, na fuselagem e na empenagem, sendo obrigado a embandeirar a hélice direita. No evento, dois tripulantes foram feridos pelos ti ros da arti lharia anti aérea.

O Ministro da Aeronáutica, pelo Aviso 165, de 13 de novem-bro de 1943, elogiou a tripula-ção: "Tomando conhecimento da parte relati va ao ataque feito a um submarino inimigo, no dia 30 de outubro, por um avião do 1º da Unidade Volante da Base

Aérea do Galeão, tenho grande sati sfação em louvar o Capitão Aviador Dionysio Cerqueira de Taunay comandante do avião e sua tripulação pela bravura com que, evidenciando mais uma vez a efi ciência da Força Aérea Brasi-leira, se conduziram no combate travado que resultou no afunda-mento do submarino". Salgado Filho - Ministro da Aeronáuti ca

Foi promovido a major-avia-dor em 1943, tendo assumido o comando do 2º Grupo de Pa-trulha, equipado à época com aeronaves Consolidated PBY-5A Catalina (Anfí bio).

Em 1944, em seu comando, realizou-se o Curso de Patrulha orientado pela United State Bra-zilian Air Training Unit (USBATU), com a parti cipação de ofi ciais da Marinha Americana, tendo rece-bido diploma de Primeiro Piloto de Patrulha. Com o Brasil parti ci-pando da Campanha na Europa, foi designado Ofi cial de Ligação da FAB com USAAF (United States Army Air Forces) na Itália.

Major Brigadeiro do Ar Dionysio Cerqueira de Taunay, Patrono da Patrulha

Patrono da Aviação de Patrulha

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Senta a Púa! - homenagens e simulação marcam Dia da Aviação de Caça no RJ

A trajetória de heroísmo dos pi-lotos brasileiros na Segunda Guerra Mundial foi ressaltada em solenida-de, no dia 22 de abril, no berço da Aviação de Caça, a Base Aérea de Santa Cruz (BASC), no Rio de Janeiro. Nesta data, em que se comemora o Dia da Aviação de Caça, os pilotos brasileiros realizaram o maior nú-mero de missões em solo italiano num único dia: foram 11 missões.

Neste ano, a empresa Azul Linhas Aéreas homenageou a Avia-ção de Caça e os 70 anos da Força Aérea bati zando um dos seus avi-ões de “Jambock Azul”. A palavra de origem sulafricana Jambock, que signifi ca chicote, identi fi cava o Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCa) na guerra.

A aeronave Embraer 195 da empresa apresenta na fuselagem o brasão do Primeiro Grupo de Aviação de Caça e chegou a BASC escoltada por dois caça F-5. Os vete-ranos do Primeiro Grupo de Aviação de Caça, o Vice-Presidente Técnico-Operacional da Azul, Miguel Dau, e o Comandante Kleber Marinho, vieram no avião.

Batismo - O Comandante da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro

do Ar Juniti Saito, veteranos do Pri-meiro Grupo de Aviação de Caça, como o Major Brigadeiro do Ar José Rabelo Meira Vasconcelos e o Major Brigadeiro do Ar Rui Barbosa Moreira Lima, o Comandante da BASC, Coronel Aviador Arnaldo Silva Lima Filho, o Comandante do 1º GAVCa, Tenente Coronel Aviador Marco Antonio Fazio, e pelo Vice-Presidente Técnico-Operacional da Azul bati zaram o avião.

A cerimônia do Dia da Avia-ção de Caça lembrou os pilotos e heróis da campanha do Brasil na Segunda Guerra. Houve home-nagem para os veteranos, a en-trega da medalha Brigadeiro Nero Moura aos pilotos mais anti gos e de troféus para os destaques da nova geração. Caças F-5EM e A-1 ficaram em exposição e houve uma simulação de ataques com armamentos reais em um estande de ti ro próximo da pista de pouso.

“Esta cerimônia já existe há mui-tos anos. A Aviação de Caça faz uma justa homenagem aos seus pilotos. É uma unidade que representa muito bem o país”, lembrou o Major Brigadeiro do Ar José Meira, um dos veteranos da campanha.

Aeronave da Azul é batizada nas comemorações do Dia da Aviação de Caça

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ACONTECE NA FAB

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Oficiais-generais recém-pro-movidos nas três Forças Ar-

madas foram apresentados (5/3) à Presidenta Dilma Rousseff , em cerimônia realizada no Palácio do Planalto. “A carreira em que cada um dos novos Ofi ciais-Generais soube se destacar é pautada pelos valores do profi ssionalismo e pela incansável dedicação ao país. A promoção com que foram disti n-guidos consti tui a justa e merecida recompensa por sua competência e pela excelência de suas trajetó-rias profi ssionais”, afi rmou.

Ela ressaltou a importância da Marinha, do Exército e da Aero-náuti ca na proteção das frontei-ras brasileiras. Lembrou, ainda, a atuação na Amazônia e a recente

descoberta das riquezas no pré-sal, que impõem um novo estágio para as forças de defesa. “Esta-mos construindo uma nação mais fraterna, mais igualitária e mais próspera que jamais prescindirá da importante contribuição dos homens e das mulheres militares”.

Segundo ela, a Defesa é um tema que não pode ser descon-siderado na agenda nacional. “Nossas Forças Armadas compar-ti lham plenamente os valores da justi ça, da democracia, da paz e da igualdade de oportunidades que lastreiam os objeti vos internos e externos do Brasil. Contribuem dessa forma para consolidar nosso país como um Estado Democráti co de Direito por excelência”.

Presidenta Dilma Rousseff recebe novos Oficiais-Generais

EMAER - O Tenente Brigadeiro do Ar Jorge Godinho Barreto Nery assumiu (29/3) a chefi a do Estado-Maior da Aeronáuti ca, substi tuindo o Tenente Brigadeiro do Ar João Manoel San-dim de Rezende. DEPENS – O Tenente Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato é o novo Diretor de Ensino da Aeronáuti ca. O Major Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez assumiu a Vice-Direção do DEPENS.III COMAR – O Major Brigadeiro do Ar Luiz Carlos Terciotti assumiu (1/4) o Terceiro Comando Aéreo Regional, em substi tuição ao Major Brigadeiro do Ar Élcio Picchi.VI COMAR - O Major Brigadeiro do Ar Jorge Kersul Filho recebeu (28/3) do Major Brigadeiro do Ar Sergio Peinado Mingorance o cargo de comandante do Sexto Comando Aéreo Regional.V COMAR - O Tenente Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato passou (12/4) o comando do Quinto Comando Aé-reo Regional para o Major Brigadeiro do Ar Flávio dos Santos Chaves.III FAE – O Major Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez

passou o comando da Terceira For-ça Aérea ao Brigadeiro do Ar Paulo Érico Santos de Oliveira.II COMAR – O Major Brigadeiro Ar Luiz Antônio Pinto Machado assumiu o Segundo Comando Aéreo Regional, em substi tuição ao Major Brigadeiro Ar Hélio Paes de Barros Júnior.UNIFA/CDA - O Major Brigadeiro do Ar Stefan Egon Gracza assumiu (8/4) a Universidade da Força Aérea e a Co-missão de Desportos da Aeronáuti ca, em substi tuição ao Major Brigadeiro do Ar Robinson Velloso Filho. CIAAR - O Brigadeiro do Ar José Magno Resende de Araújo assumiu (7/4) o comando do Centro de Ins-trução e Adaptação da Aeronáuti ca, em substi tuição ao Brigadeiro do Ar José Geraldo Ferreira Malta.AFA – O Brigadeiro do Ar Carlos Augusto Amaral Oliveira é o novo comandante da Academia da Força Aérea, substi tuindo o Major Briga-deiro do Ar Roberto Carvalho.ECEMAR - O Brigadeiro do Ar Rover-son William Milker Figueiredo assu-miu (06/04) a Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáuti ca (ECE-MAR), em substituição ao Major

Brigadeiro do Ar Stefan Egon Gracza.CINDACTA I - O Brigadeiro do Ar Mauricio Ribeiro Gonçalves passou o cargo de comandante do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo para o Brigadeiro do Ar José Pompeu dos Magalhães Brasil Filho.CENIPA/ASOCEA - O Brigadeiro do Ar Carlos Alberto da Conceição recebeu (7/4) os cargos de Chefe do Centro de Investi gação e Prevenção de Aciden-tes Aeronáuti cos e da Assessoria de Segurança Operacional do Controle do Espaço Aéreo, em substi tuição ao Brigadeiro do Ar José Pompeu dos Magalhães Brasil Filho.VII COMAR - O Coronel Aviador Carlos José Rodrigues Alencastro é o novo Chefe do Estado-Maior do Sétimo Comando Aéreo Regional. Ele substi -tuiu o Brigadeiro do Ar Luiz Fernando de Aguiar, que assumiu a Subchefi a de Operações do Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR). CEMAL - O Coronel Médico Paulo Peralva Borges passou a direção do Centro de Medicina Aeroespacial para o Coronel Médico Sérgio Idal Rosenberg.

O Tenente Brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato é cumprimentado pela Presidenta Dilma Roussef, em Brasília, em evento que reuniu Ofi ciais-Generais recém promovidos

O Campo de Provas Briga-deiro Velloso (CPBV) comple-tou 28 anos em abril (dia 6). No dia 4, o Colégio Brigadeiro Newton Braga comemorou seu 51º aniversário.O Quar-to Comando Aéreo Regional celebrou 69 anos (27/3). A Base Aérea de Anápolis (BAAN) e o Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) completaram em abril, res-pectivamente, 39 e 32 anos de atividade. O Hospital das Forças Armadas (HFA) cele-brou 39 anos de serviços em Brasília. Na Amazônia, a Base Aérea de Manaus (BAMN) e o Esquadrão Arara (1º/9º GAV) completaram 41 anos. No Sul do país, o Esquadrão Pampa (1º/14º GAV) celebrou o 64º aniversário. A Prefeitura de Aeronáutica de São José dos Campos (PASJ) comemorou seu 36º aniversário (01/04).

Novos comandantes, chefes e diretoresAniversário de

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ESPORTE

FAB lança site na internet sobre os Jogos Mundiais Militares

A compet ição começa em julho, mas, desde agora, é

possível acompanhar as notícias dos atletas da Força Aérea que representarão o país na mais im-portante olimpíada militar, que acontecerá de 16 a 24 de julho no Rio de Janeiro. O Centro de Co-municação Social da Aeronáutica (CECOMSAER) lançou o site “For-ça Aérea Brasileira no Rio 2011”, que pode ser acessado no portal da FAB (fab.mil.br) ou diretamen-te no endereço eletrônico www.Rio2011.fab.mil.br. Com notícias, fotos e áudios, o site traz uma galeria dos atletas da FAB com o currículo e as expectativas deles para o Mundial Militar.

Os atletas da Aeronáuti ca par-ti cipam dos Jogos Mundiais Mili-tares nas modalidades de Futebol Masculino, Atletismo, Pentatlo Militar, Tiro, Voleibol de Praia, Paraquedismo, Pentatlo Aeronáu-tico, Orientação e Taekwondo. As expectati vas dos atletas para a competi ção são grandes, pois será a primeira vez que os jogos serão realizados no Brasil.

A sargento paraquedista Cás-sia Bahiense Neves, 27, por exem-plo, analisa que competi r “ em casa” será um ponto vantajoso para os atletas da equipe. “Para o paraquedismo é excelente, pois na modalidade de precisão é fun-damental treinar na área do cam-peonato. Existem várias situações no terreno, no clima, que deverão

ser observadas pelos atletas antes da competi ção. A pressão vai ser grande na equipe feminina , pois será a primeira representação do Brasil. A expectati va é por uma medalha”, afi rma.

O Tenente André Rossi Ku-roswski, da equipe de Pentatlo Aeronáutico, também acredita em bons resultados na compe-

Jogos Mundiais Militares contarão com mais de cinco mil atletas

Mais de 5 mil atletas, 110 países participantes e 20

modalidades em disputa. Esses números devem fazer dos 5º Jo-gos Mundiais Militares, do Rio de Janeiro, o maior evento esporti vo militar do mundo.

Os competidores serão dis-tribuídos em três vilas olímpicas. Os atletas também contarão com

outras 43 instalações de apoio. Os 5º Jogos Mundiais Militares ainda usarão instalações esporti vas de unidades militares e dos Jogos Panamericanos de 2007, como o Estádio Olímpico João Havelange, o Parque Aquáti co Maria Lenk e o Maracanãzinho. Nelas será possí-vel a realização de até 15 eventos simultâneos. Para o transporte fo-

ram disponibilizados 660 veículos. Além disso, cerca de 2500 alunos de 19 universidades das cidades do Rio de Janeiro (RJ), Petrópolis (RJ), Niterói (RJ) e São Paulo (SP) atuarão como voluntários.

As competi ções serão realiza-das em 20 modalidades esporti vas, sendo 15 delas olímpicas. A equipe dos atletas militares brasileiros

inclui competi dores de alto ren-dimento como Vicente Lenilson, Camila Adão, Monique Ferreira, Poliana Okimoto, Fernanda Berti , João Gabriel, Flávio Canto, Keila Costa, Tiago Camilo e Kaio Márcio.

Os ingressos para assistir as disputas serão gratuitos, basta se cadastrar, a parti r de 1º de maio, no site www.rio2011.mil.br.

ti ção. “A expectati va é boa. Nos últi mos quatro anos, esti vemos sempre próximos do primeiro lugar. Nós esperamos melhorar os resultados dos últi mos anos e, assim, conquistarmos a vitória.”

No futebol masculino, o za-gueiro Francisco Luciano Portela Bati sta está oti mista em relação à parti cipação brasileira no tor-

neio. Além da qualidade técnica dos jogadores, o Sargento Portela aposta em outra “arma” para surpreender os adversários. “O condicionamento fí sico será um grande diferencial. No torneio no Suriname, por exemplo, enfrenta-mos duas prorrogações e o ti me terminou as partidas inteiro”, analisa.

Página inicial do site “Força Aérea Brasileira no Rio 2011”, que reúne informações sobre os atletas da FAB

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