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O agudizar das tensões politicas e sociais a partir dos anos 30 AS OPÇÕES TOTALITÁRIAS Com o passar dos anos 20 um novo sistema de exercício do poder confrontou o demoliberalismo. Movimentos ideológicos e políticos subordinaram o individuo a um Estado omnipotente, totalitário e esmagador. Na Rússia soviética, o totalitarismo adquiriu uma feição revolucionária: nasceu da aplicação do marxismo-leninismo e culminou no estalinismo. Já na Itália e posteriormente na Alemanha, o estado totalitário foi produto do fascismo e do nazismo. Totalitarismo- Sistema político que se opõe á democracia, pois concentra todos os poderes (legislativo, executivo e judicial) nas mãos de um chefe incontestado e de um só partido e que subordina os direitos individuais aos interesses do Estado, que se considera dono absoluto da verdade. Temos como regimes totalitários o caso da Rússia Soviética, da Itália Fascista e da Alemanha Nazi. Nos anos 30, a depressão económica acentuou a crise da democracia liberal. Uma vaga autoritária e ditatorial submergiu a europa. Designam-se fascistas as novas experiências politicas que tiveram no fascismo italiano e no nazismo alemão grandes paradigmas. Nas décadas de 20 e 30 do séc. XX, a vida política da Europa foi caracterizada por uma emergência de totalitarismos (tanto de esquerda como de direita). Vários fatores contribuíram para a sua implantação: - a crise económica e social (“Grande Depressão”); -o ressentimento resultante da humilhação provocada pela derrota na guerra ou por uma vitória sem recompensas; -o receio do avanço no comunismo (no caso dos regimes de direita); -a fragilidade das democracias liberais -FASCISMO E NAZISMO

O Agudizar Das Tensões Politicas e Sociais a Partir Dos Anos 30

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O agudizar das tenses politicas e sociais a partir dos anos 30

AS OPES TOTALITRIAS

Com o passar dos anos 20 um novo sistema de exerccio do poder confrontou o demoliberalismo. Movimentos ideolgicos e polticos subordinaram o individuo a um Estado omnipotente, totalitrio e esmagador. Na Rssia sovitica, o totalitarismo adquiriu uma feio revolucionria: nasceu da aplicao do marxismo-leninismo e culminou no estalinismo. J na Itlia e posteriormente na Alemanha, o estado totalitrio foi produto do fascismo e do nazismo.Totalitarismo- Sistema poltico que se ope democracia, pois concentra todos os poderes (legislativo, executivo e judicial) nas mos de um chefe incontestado e de um s partido e que subordina os direitos individuais aos interesses do Estado, que se considera dono absoluto da verdade. Temos como regimes totalitrios o caso daRssia Sovitica, da Itlia Fascista e da Alemanha Nazi.

Nos anos 30, a depresso econmica acentuou a crise da democracia liberal. Uma vaga autoritria e ditatorial submergiu a europa. Designam-se fascistas as novas experincias politicas que tiveram no fascismo italiano e no nazismo alemo grandes paradigmas.Nas dcadas de 20 e 30 do sc. XX, a vida poltica da Europa foi caracterizada por umaemergncia de totalitarismos (tanto de esquerda como de direita).

Vrios fatores contriburam para a sua implantao:- a crise econmica e social (Grande Depresso);-o ressentimento resultante da humilhao provocada pela derrota na guerra ou por uma vitria sem recompensas;-o receio do avano no comunismo (no caso dos regimes de direita);-a fragilidade das democracias liberais

-FASCISMO E NAZISMOO estado totalitrio fascista define-se pela oposio firme ao liberalismo, democracia parlamentar e ao socialismo.Enquanto o liberalismo e a democracia se afirmam defensores profundos dos direitos do individuo o fascismo entende, que acima do individuo est o interesse da coletividade, a grandeza da Nao e a supremacia do estadoA apologia do primado do estado sobre o individuo leva o fascismo a desvalorizar a democracia partidria e o parlamentarismo, uma vez que este sistema governativo assenta no respeito pelas vontades individuaisO exerccio do poder legislativo menosprezado pelo fascismo, que rejeita a teoria liberal da diviso dos poderes e faz depender a fora do estado do poder executivo.O socialismo merece ao fascismo a total reprovao, para o fascismo a luta de classes algo abominvel porque divide a Nao e enfraquece o estado. Por isso, o fascismo concebeu, na Itlia, um modelo de organizao socioeconmica, o corporativismo destinado a promover a cooperao entre as classes. As corporaes eram organismos profissionais que reuniam empregados e empregadores. Solucionariam entre si os problemas laborais, jamais recorrendo greve ou ao lock-out que foram proibidos.Deste modo procuravam-se eliminar as paralisaes de trabalho que acarretavam prejuzos econmicos -o do chefe/elites (a separao de poderes deixa de existir, centralizando-se na figura de umlder inquestionvel que personifica a Nao. Adere-se ideia dogovernos dos melhores(elites), que tinham que prestar adorao ao seu chefe incontestado)-o culto da fora e da violncia(a oposio poltica considerada um entrave, por isso, deve ser aniquilada pela represso policial, logo, a violncia est na essncia dos regimes, valoriza-se o instinto e aco);-a autarcia como modelo econmico (implementao de uma politica econmica de interveno do Estado para se atingir um ideal de auto-suficincia e acabar com o desemprego);-o nacionalismo exagerado (devia-se sacrificar tudo pela ptria);-utilizao da censura, polcia poltica e propaganda como meio de difundir os ideais do regime. Assim, os regimes nazi-fascistas opunham-se ao liberalismo e democracia pois defendiam que o individuo e os seus interesses deveriam subjugar-se ao interesse supremo do Estado e no o contrrio. Os fascismos atribuam fraqueza da democracia a incapacidade em dar resposta grave crise econmica. Defendia, por isso, a edificao de um Estado forte e a instaurao do partido nico.O Estalinismo (Rssia Sovitica, URSS) apresenta diferenas dos outros regimes totalitrios na medida em que, um regime socialista e de extrema-esquerda(Os fascismos so de extrema-direita e opem-se ao socialismo). No entanto, osprincpios bsicos so os mesmos . O Fascismo opunha-se aos princpios socialistas, ou seja, rejeitava a luta de classes, porque dividia a Nao e enfraquecia oEstado. Contrapunha-lhe um outro sistema baseado noentendimento entre as classessujeito ao interesse do Estado, concepo que conduziu aocorporativismo.

Fascismo (1922-1945)-Sistema poltico instaurado por Benito Mussolini, em 1922. Suprime as liberdades individuais, defende a supremacia do Estado, e profundamente totalitrio, autoritrio e ditatorial, ou seja, anti-democrtico e anti-socialista. O termo fascismo tambmpode ser aplicado a todos os regimes autoritrios de direita que se seguiram ao fascismo italiano (como o nazismo).Nazismo (1933-1945)-Sistema poltico imposto na Alemanha, criado por Adolf Hitler.Tem os mesmos princpios que o fascismo , acrescenta-se, porm, o racismo e anti-semitismoque foi praticado de forma violentssima. Proclamou a superioridade da raa alem, negando completamente outras etnias (da as perseguies aos judeus).ELITES E O ENQUADRAMENTO DAS MASSAS NOS REGIMES FASCISTASO fascismo parte do principio de que os homens no so iguais, a desigualdade til e fecunda e o governo s aos melhores,elites,deve competir.As elites, eram compostas por membros considerados superiores, que tinham de ser respeitadas pelas massas (populaes). Os chefes eram promovidos a categoria de heris, simbolizavam o estado totalitrio, encarnavam a nao e guiavam os seus destinos. Deviam ser seguidos sem hesitao, prestando-se-lhes um verdadeiro culto que raiava a idolatria.As elites no incluam s os chefes delas faziam parte a raa dominante (ariana para Hitler) os soldados, foras militarizadas, os filiados no partido os homens de uma forma geral. As mulheres nazis eram consideradas inferiores estava destinada a vida no lar e subordinao ao marido. Numa sociedade profundamente hierarquizada e rgida as elites mereciam grande respeito das massas, a obedincia cega das massas obcecou a prtica fascista totalmente avessa a qualquer manifestao de vontade individual e de esprito critico por isso os ideais fascistas eram incutidos primeiramente aos jovens na escolas e nas organizaes polticas da juventude, os pais que no enviassem os seus filhos a tais organizaes eram vistos como opositores do regime. Organizaes de juventude- As crianas (at ao estado adulto) integravam organizaes onde lhe sero incumbidos os valores fascistas, como o culto do chefe e do Estado)

A educao fascista era completada na escola, atravs de professores profundamente subservientes ao regime, ao qual prestavam juramento e de manuais escolares impregnados dos princpios totalitrios fascistas.A arregimentao de italianos e alemes prosseguia na idade adulta, deles se esperando a total adeso e a identificao com o fascismo. Partido nico (a filiao no Partido Fascista (Itlia) ou no Partido Nazi (Alemanha) permitia aos cidados o desempenho de cargos pblicos, e o acesso a um estatuto superior).

Frente do trabalho nacional: forneciam aos trabalhadores condies favorveis na obteno de emprego

Associaes destinadas a ocuparem os tempos livres dos trabalhadores com atividades recreativas e culturais que no afastassem da ideologia fascista. Corporativismo

A ideologia fascista difundiu-se atravs da propaganda, de modo a levar as populaes a aceitar os valores fascistas. Surgiram diversas organizaes com a finalidade de incutir os ideais fascistas nas populaes (ou seja, enquadrar as massas). A propaganda era apoiada ento nas modernas tcnicas audiovisuais, promoveu o culto do chefe, publicitou as realizaes do regime e submeteu a cultura a critrios nacionalistas e at racistas.

Estado social: anti liberal, anti parlamentarismo, interesse de todos definidos pelo estado, liberdade de expresso individual considerada intil. O culto ao chefe estimulado atravs da propaganda; A juventude era matria-prima para moldar, destinada a mudar o mundo pela fora e obedincia cega, a propaganda era a forma fundamental de controlar as massas

A VIOLNCIA NOS FASCISMOSA ideologia fascista defendia a violncia , pois achava que era nessa situao que o homem desenvolvia as suas qualidades. A represso policial afigurou-se decisiva para garantir o controlo da sociedade e sobrevivncia do totalitarismo. Assim, foi utilizada pelos fascistas para chegar ao poder, assim como para se manterem no poder. A violncia est no mago do fascismo e do nazismo, ambas repudiam o legado racionalista e humanista da cultura ocidental. Defendem o culto da fora, celebram a ao, o instinto, a natureza selvagem do homem consolidou-se atravs do estabelecimento das seguintes organizaes:

Milcias armadas (grupos armados que aterrorizavam qualquer forma de oposio politica);

Polcias polticas(que assegurava que no houvesse qualquer tipo de represso ao regime);

Campos de concentrao (criados, na Alemanha, eram locais onde as vitimas do regime fascista eram sujeitas a trabalhos forados, a tortura e ao assassnio em cmaras de gs).Antipacifistas entendem ser na guerra que os homens e povos desenvolvem as suas qualidades, mostram a sua coragem e superioridade.

- VIOLNCIA RACISTA NAZIO desrespeito pelos direitos humanos atingiu os cumes do horror com a violncia do seu racismo. Hitler colocou a raa ariana (alemes e austracos) como superior s restantes.. Esta sua tese foi desenvolvida na sua obra Mein Kampf, e obteve grande recetividade por parte dos nazis, o que levou ao maior desrespeito pelos direitos humanos. Obcecado pelo aperfeioamento da raa ariana, promoveu uma seleo de arianos(altos, louros, olhos azuis). Para tal, deveriam ser eliminados os imperfeitos , para alm dos judeus (deficientes, velhos, doentes incurveis, homossexuais), para se melhorar a raa (eugenismo).Fomentava-se a natalidade entre os arianos e eliminava-se os alemes degenerados, obcecados com o apuramento fsico e mental da raa ariana, os nazis promoveram o eugenismo, aplicando as leis da gentica na reproduo humana.Os judeus tornaram-se o alvo preferido da perseguio nazi (pois eram considerados culpados pela derrota alem na guerra e pelos problemas econmicos sofridos) e sofreram na pele uma das maiores humilhaes e torturas na Histria. (anti-semitismo termo que designa o dio aos judeus).Passaram a no poder exercer nenhuma profisso , nem frequentar lugares pblicos, foram obrigadosa viver em guetos (bairros separados), e a usar uma estrela amarela para serem rapidamente identificados. Durante os anos da Segunda Guerra Mundial, os nazis causaram amorte de cerca de 6milhes de judeus atravs da sua politica de genocdio (extermnio em massa) dos judeus (FASE MAIS CRUEL DO ANTISSEMITISMO). Pela dimenso das crueldades cometidas nos campos de concentrao, este genocdio ficou conhecido como Holocausto. Nos campos de concentrao terminaram os seus dias milhes de judeus, mas tambm muitos ciganos e eslavos,cujo nico crime foi o de no teres nascido arianos!Logo em 1933 comeou a primeira vaga de perseguies antissemitas boicotaram se as lojas de judeus e proibiu-se as profisses liberais aos no arianos. O segundo movimento antijudaico iniciou-se 1935 com a adoo das Leis de Nuremberga para a proteo do sangue e da honra alemes, os alemes de origem judaica foram privados da nacionalidade, casamento e relaes sexuais entre judeus e arianos era proibido. Em 1938 realizou-se a liquidao das empresas judaicas e o confisco dos seus bens. (noite de cristal- foram destrudas sinagogas e lojas dos judeus tendo muito deles perecido) os judeus foram proibidos de exercer qualquer profisso e proibidos de frequentar lugar pblicos passando a ser identificados pelo uso obrigatrio da estrela amarela. Em janeiro de 1942 na conferencia de wannsee pelos arredores de Berlim, essa destruio adquiriu a dimenso de extermnio, designado por soluo final do problema judaico.

A AUTARCIA COMO MODELO ECONMICOTanto na Alemanha como em Itlia adotou-se uma politica econmica intervencionista e nacionalista que ficou conhecida como autarcia. Props-se a autossuficincia econmica, apelou-se ao herosmo e ao empenho do povo trabalhador, prometeu-se o fim do desemprego e a glria da nao.NA ITLIAO estado fascista que em 1932 se viu a braos com 1,3 milhes de desempregados reforou a interveno na economia. O enquadramento das atividades em corporaes facilitou-lhe uma certa facilitao econmica, no que respeita a aquisio de matrias-primas, ao volume de produo, ao tabelamento de preos e salrios. Exaltadas de forma espetacular pela propaganda, realizaram-se grandes batalhas de produo. A batalha da lira procurava a estabilizao da moeda. A batalha do trigo aumentou a produo de cereais e fez diminuir as elevadas importaes que agravaram o dfice comercial. A batalha da bonificao conseguiu a recuperao de terras e a criao de novas povoaes nas zonas pantanosas a sul de Roma. O comrcio foi alvo de um rigoroso enquadramento por parte do estado, que subiu os direitos alfandegrios e, desde 1934,controlou o volume das importaes e das exportaes. A criao, em 1931 e 1933, do instituto imobilirio Itlico e instituto para reconstruo industrial permitiu ao estado financiar as empresas em dificuldade e intervir fortemente no setor industrial em p de igualdade. Este dirigismo econmico do estado fascista atingiu a sua plenitude 1934-35, quando a itlia colonizou a Etipia. Com a explorao intensiva de fontes de energia e de minrios, a criao de produtos de sntese(borracha artificial), e os sacrificios impostos ao povo italiano com os racionamentos. Mussolini acreditou ter criado um Homem novo que suportava as privaes e a recesso.

ALEMANHAHitler chega ao poder na Alemanha em 1933.Uma poltica de grandes trabalhos, levada a cabo em arroteamentos e na construo de auto estradas,pontes,linhas frreas, permitiu, nos anos seguintes reabsorver o desemprego. Entre 1936-1939, o estado reforou a autarcia e o dirigismo econmico. Fixaram-se os preos. Em cereais,aucar,manteiga a Alemanha tornou-se autossuficiente. O vasto programa de rearmamento permitiu que a indstria alem se elevasse ao 2 lugar mundial nos setores da siderugia,qumica,eletricidade,mecnica e aeronutica. As realizaes econmicas do nazismo e a quase eliminao do desemprego renderam-lhe a adeso das massas e a admirao,at, de pases ocidentais.

ESTALINISMOO Estalinismo uma outra vertente do totalitarismo, que ficou conhecida aps a morte de Lenine (1924). O novo lder, Estaline , imps a submisso violenta dos indivduos ao Estadoe ao chefe de 1928 a 1953 e empenhou-se na construo de uma sociedade socialista igualitria e da Rssia em potncia mundial. Conseguiu-o atravs : DA colectivizao dos campos:(Pondo fim NEP, Estaline ordenou que se expropriassem as propriedades criadas durante a NEP, para dar origem a quintas coletivas (kolkhozes), o que originou forte oposio por parte dos kulaks (proprietrios agrcolas), levando Estaline a persegui-los e deport-los para a sibria. Uma parte da produo era para o estado e a restante era distribuda pelos camponeses de acordo como trabalho efectuado. Estaline defendia a coletivizao dos meios de produo, pois no seu entender, era o que proporcionava uma efetiva igualdade social. Considerava-se a coletivizao rural imprescindvel ao avano da indstria, uma vez que libertaria mo de obra para as fbricas e fornecia alimentos para os operrios. Em 1930 o partido comunista criou as Estaes de Mquinas e Tratadores, cabendo a cada uma alugar mquinas e tcnicos a um grupo de kolkhozes, assim se assegurava o controlo politico dos campos.

A planificao econmica (Estaline estabeleceu metas de produo para a economia, atravs dos planos quinquenais (5 em 5 anos). Cada plano definia os objetivos a atingire os meios necessrios para o efeito. Como consequncia, temos o desenvolvimento de alguns sectores de industria pesada e dos transportes. Esta poltica econmica permitiu ao pasrecuperar do atraso econmico e atingir acentuados nveis decrescimento da produo agrcola e industrial, fatores que permitiram URSS afirma-se como das grandes potencias mundiais

O TOTALITARISMO REPRESSIVO DO ESTADOO estado estalinista revelou-se omnipotente e totalitrio. Os cidados viram-se privados das liberdades fundamentais, toda a sociedade ficou enquadrada em organizaes que a vigiavam, desde os jovens, inscritos nos pioneiros e depois nas juventudes comunistas, aos trabalhadores obrigatoriamente filiados nos sindicatos afetos ao partido comunista. S o partido comunista monopolizava o poder politico: s eleies apenas se apresentavam os candidatos por ele propostos; por sua vez o centralismo democrtico permitia-lhe, o controlo dos rgos do estado. A superintendncia da economia cabia ao estado: Fazia-o atravs da coletivizao e da planificao. A cultura foi obrigada a exaltar a grandeza do estado sovitico e a render culto personalidade do seu chefe, Estaline. O partido comunista transformou-se, num partido de quadros, profundamente burocratizado e disciplinado o que facilitava o reforo dos poderes do estado. A partir de 1934 a URSS enveredou pela represso crnica caracterizada pelas purgas e pelos processos polticos. At ao fim da dcada cerca de 2 milhes de pessoas sofreram a deportao para os campos de trabalhos forados e 700 mil foram executadas Em termos polticos , Estaline imps um regime totalitarista extremamente repressivo, pois at sua morte, Estaline perseguiu os seus opositores e imps a sua supremacia, atravs dos seguintes pontos:-purgas peridicas dentro do Partido, eliminando os elementos que o criticavam;

-os elementos considerados indesejveis eram condenados a campos de trabalho forado (Gulag

-integrao de crianas e jovens em organizaes estalinistas

-o Partido Comunista controlava tudo

-o culto da personalidade de Estaline, atravs da propaganda poltica

A RESISTNCIA DAS DEMOCRACIAS LIBERAISO INTERVENCIONISMO DO ESTADOA dimenso que a crise de 1929 alcanou, fez aparecer opinies/teses de economistas como John Keynes,que defendem que a nica soluo uma maior interveno do Estado, pondo em causa o sistema capitalista. Os EUA optam pela teoria de Keynes, que defendia que ao Estado deveria caber um papel activo de organizador da economia e regulador do mercado, atravs do New Deal(designao dada politica implementada nos EUA, a partir de 1933, que atravs de reformas econmicas e sociais,combateu a depresso dos anos 30 ), posto em prtica por Franklin Roosevelt (presidente dos EUA na altura). Keynes defendia uma politica estatal investimento de luta contra o entesouramento e de ajuda s empresas. S assim para se resolver o desemprego crnico. Ao estado deveria caber um papel ativo de organizador da economia e regulador do mercado.A New Deal permitiu uma recuperao econmica, superando a crise que afectou o mundo capitalista. O liberalismo econmico passou a aceitar o intervencionismo estatal como estratgia de sobrevivncia. As medidas implementadas pela New Deal (33-34) foram: 1 Fase (1933-1934) estabeleceu como metas o relanamento da economia e a luta contra o desemprego e a misria.Financeiras: encerramento temporrio de instituies bancrias, estabelecimento de sanes de especuladores e a requisio de ouro, o dlar foi desvinculado do padro ouro e sofreu uma desvalorizao de 41% que baixou as divididas externas e fez subir os preos mediante uma inflao controlada que aumentou os lucros das empresas, encetou-se uma politica de grandes trabalhos que combateu o desemprego atravs da construo de estradas, aeroportos, vias frreas. Criao de uma lei para a proteo da agricultura, e a indstria/trabalho industrial.TVA (Tennessee Valley Authority) organismo encarregue da recuperao do estado do Tennessee atravs da criao de barragens hidroelectricas e fbricas e da normalizao da navegao dos seus rios. A lei denominada Agricultural Ajustament Act (AAA) estabeleceu a proteo agricultura, atravs de emprstimos bonificados aos agricultores e de indemnizaes que os compensassem pela reeducao das reas cultivadas. J o National Industrial Recovery act (NIRA), teve como objetivo a proteo da indstria e ao trabalho industrial.

2 Fase 1935-1938 Regularizou a reforma por velhice e invalidez, instituiu o fundo de desemprego e ao auxlio aos pobres, estabeleceu o salario mnimo. Assumiu os ideias do estado providncia, isto , estado intervencionista que promove a segurana social de modo a garantir a felicidade,bem-estar e o aumento do poder de compra dos seus cidados, melhorias sem as quais o crescimento econmico se tornaria invivel.

OS GOVERNOS DE FRENTE POPULAR E A MOBILIZAO DOS CIDADOS.

O intervencionismo do estado permitiu as democracias liberais, resistirem a crise econmica e recuperarem a credibilidade politica.No caso da Frana a conjuntura recessiva quase ps em causa o regime parlamentar. A crise francesa se eternizava (entre 1930-1935 o numero de desempregados subiu) pela insistncia dos governos em polticas deflacionistas. Os atingidos eram principalmente as classes mdias, agricultores e operrios. Desacreditados perante opinio politica, os governos enfrentavam as crticas da esquerda, que pedia solues inspiradas em Keynes e no New Deal, e a contestao da direita. Ligas nacionalistas acusavam a tibieza dos governos democrticos, reclamando uma atuao autoritria. Uma manifestao das ligas em Paris, a 6 de Fevereiro de 1934, degenerou em motim e provocou a demisso do Governo Radical. Iniciou-se uma aprecivel mobilizao dos cidados que convergiu numa ampla coligao de esquerda denominada Frente Popular. Integrou partidrios comunistas, socialistas e radicais e, sob lema pelo po, pela paz e pela liberdade, triunfou nas eleies de maio de 1936. Props-se ento como objetivo prioritrio deter o avano do fascismo da esquerda alem que se tinha dispersado por vrios partidos.Os governos da frente popular, onde todavia os comunistas tiveram ausentes, mantiveram-se entre 1936-1938 e a sua grande figura foi Lon Blum. Forneceram um notvel impulso legislao social, na sequncia de um vasto movimento grevista com ocupao de fbricas, que afetou as industrias automvel e aeronutica, grandes armazns, bancos e escritrios.O movimento decorreu num ambiente de grande participao e entusiasmo da parte dos trabalhadores, os patres inquietos denunciaram a ameaa bolchevista e o governo interveio na mediao do conflito, resultando os Acordos de Matignon celebrados em 7 de junho. Nele se determinou assinatura em cada empresa, de contratos coletivos de trabalho entre empregadores e assalariados, em que se aceitava a liberdade sindical e se previam aumentos salariais. Pouco depois, novos diplomas limitaram a 40h o horrio de trabalho e concederam o direito aos trabalhadores de 15 dias de frias pagas por ano. Com estas medidas a frente popular dignificava a classe trabalhadora e combatia a crise,pela subida do poder de compra e pela criao de mais emprego em virtude da diminuio do horrio de trabalho. Dignificar os trabalhores e combater a crise foram outras das medidas tomadas pela FRENTE POPULAR (aumento da escolaridade obrigatria at os 14 anos,criao de albergues da juventude, incremento de dos desportos de massa,do cinema, e do teatro populares, bem como o controlo exercido pelo Estado no Banco de Frana, a nacionalizao das fbricas de armamento e a regularizao da produo e o preo dos cereais.Tambm em 1936, mas em fevereiro, triunfara em Espanha uma frente popular, esta ampla unio de esquerda no hesitou em enfrentar as foras conservadoras decretando a separao da igreja e do estado, o direito greve e ocupao das terras no cultivadas, assim como aumento do salrio em 15%. Em julho do mesmo ano, a Frente Nacional (monrquicos, conservadores e falangistas) pegou em armas contra a Rpublica democrtica dando origem a guerra civil de espanha

O TRIUNFO DAS FORAS CONSERVADORAS; A PROGRESSIVA ADOO DO MODELO FASCISTAITALIANO NAS INSTITUIES E NO IMAGINRIO POLTICO.

A 28 de maio um golpe de estado promovido pelo militares ps fim primeira Repblica parlamentar portuguesa. O pronunciamento, que no encontrou oposio significativa, marcaria a integrao do nosso pas na esfera dos regimes ditatoriais.Instalou-se uma ditadura militar que se manteve at 1932-1933. Acontece que fracassou nos seus propsitos de regenerar a ptria e de lhe devolver a estabilidade. Desentendimentos entre os militares provocaram uma sucessiva mudana de chefes do Executivo. A impreparao tcnica dos chefes da ditadura resultou no agravamento do dfice oramental e a adeso entusistica dos primeiros tempos esmoreceu.Em 1928 a ditadura recebeu um novo alento com a entrada no governo de uma professor de economia da uni. De Coimbra Antnio de Oliveira de Salazar e sobraou a pasta das Finanas com a condio expressa de superintender nas despesas de todos os ministrios.Com salazar nas finanas o Pas apresentou, pela primeira vez nu, perodo de 15 anos, saldo negativo no oramento, tal situao conferiu prestgio ao novo estadista e explica a sua nomeao em julho de 1932,para a chefia do Governo.Tinha como propsito de instaurar uma nova ordem politica, empenhou-se na criao das necessrias estruturas institucionais. Ainda em 1930, lanaram-se as bases orgnicas da Unio Nacional e promulgou-se o Ato Colonial.Ficou ento consagrado um sistema governativo conhecido por Estado Novo, tutelado por salazar, do qual sobressaram o forte autoritarismo do estado e o condicionamento das liberdades individuais aos interesses da nao.ESTADO FORTE; TUDO PELA NAO,NADA CONTRA A NAO Salazar repudiou o liberalismo e a democracia e o parlamentarismo e proclamou o caracter autoritrio,corporativo,conservador e nacionalista do estado novo. O ditador logrou convencer grande parte do pas da justeza da sua politica, obtendo o apoio de quantos haviam hostilizado a 1 republica e desacreditado na sua ao (hierarquia religiosa,devotos catlicos,grandes proprietrios agrrios,alta burguesia, media e pequena burguesia,monrquicos,simpatizantes dos ideiais fascistas)Embora salazar condenasse o caracter violento dos fascismos, o estado novo no deixou de abraar um projeto totalizante para a sociedade portuguesa.

A concretizao do seu iderio socorreu-se, nas formulas e estruturas poltico-institucionais decalcadas dos modelos fascistas, particularmente o italiano. CONSERVADORISMO E TRADIOSalazar foi uma personalidade extremamente conservadora essa faceta repercutiu-se no sistema poltico que liderou. O estado novo distinguiu-se dos outros fascismos, pelo seu caracter profundamente conservador e tradicionalista. Repousou em valores e conceitos morais que jamais algum deveria questionar: Deus, a Ptria, a Famlia, a Autoridade, a Paz Social, a Hierarquia, a Moralidade e Austeridade. Respeitou as tradies nacionais e promoveu a defesa de tudo o que fosse genuinamente portugus.Criticou-se a sociedade urbana e industrial fonte de todos os vcios, e enalteceu-se o mundo rural (refugio seguro da virtude e da moralidade).Protegeu-se a religio Catlica definida como religio da Nao Portuguesa. Forte ligao entre o estado e a igrejaReduziu-se a mulher a um papel passivo do ponto de vista econmico,social,poltico e cultural. A mulher-modelo foi definida como uma mulher de uma grande feminilidade, uma esposa carinhosa e submissa, uma me sacrificada e virtuosa. Considerou-se que a verdadeira famlia portuguesa era a famlia catlica de moralidade austera que repelia o vcio e a desregrao de costumes proporcionados pela liberalizao da cidade moderna. O trabalho feminino fora do lar era visto como uma ameaa a estabilidade familiar e a formao moral das geraes de portugueses que queriam tementes a Deus, heris santos da NaoProcurou resguardar as manifestaes culturais de tudo o que soasse a influncia estrangeira.

NACIONALISMO FERVOROSOO estado novo perfilhou o nacionalismo exagerado, erigiu em desgnio supremo da sua atuao o bem da nao expresso no soglan Tudo pela nao,nada contra a nao.Fez dos portugueses um povo de heris, dotado de qualidades civilizacionais de que eram testemunhas a grandeza da sua historia, a ao evangelizadora e a integrao racial levadas a cabo pelo Imprio colonial. Para o estado novo Portugal e os portugueses no primavam s pela superioridade do seu passado histrico, mas pela diferena que imprimiam s suas instituiesRECUSA DO LIBERALISMO,DA DEMOCRACIA E DO PARLAMENTARISMOA semelhana do fascismo italiano, o estado novo afirmou-se antiliberal, antidemocrtica e antiparlamentar, recusou a liberdade individual e a soberania popular enquanto fundamentos da sua legitimidade. A nao representava um todo orgnico e no um conjunto de indivduos isolados. Consequncias: O interesse do estado sobrepunha aos direitos individuais. Os partido polticos constituam um elemento desagregador da unidade da Nao e um fator de enfraquecimento Estado. Salazar declarou-se acrrimo opositor da democracia parlamentar. Para Salazar, s a valorizao do poder executivo era o garante de um estado forte e autoritrio. Por isso a constituio de 1933 reconheceu a autoridade do Presidente da Republica como 1 poder dentro estado independente do parlamento e atribuiu vastas competncias ao presidente do conselho.Quanto Assembleia Nacional limitava-se discusso de propostas de lei que o Governo enviava para aprovao!Subalternizado o poder legislativo, quem sobressaa era a figura do presidente do conselho. Salazar encarnou na perfeio a figura do chefe providencial, intrprete supremo do interesse nacional. O seu lema Tudo pela Nao, nada contra a Nao assemelhava-se ao de Mussolini Tudo no estado, nada contra o estado. A consolidao do estado novo passava tambm pelo culto ao chefe que fez de salazar o Salvador da Ptria, salazar mostrava-se avesso s multides e cultivava a discrio, a austeridade e moralidade. Nestas virtudes, habilmente exploradas pela propaganda, residiu o fundamento do seu carisma.

CORPORATIVISMO