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o Evangelho Do Reino de Deus

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PER/1105/1.1

ESTA PUBLICAÇÃO NÃO É PARA SER VENDIDA. É um serviço educacional de interesse público, editado

pela Igreja de Deus Unida, uma Associação Internacional.

© 2009, 2011 Igreja de Deus Unida, uma Associação InternacionalTodos os direitos reservados. Impresso nos E. U. A.

As Escrituras citadas neste livro são extraídas da edição João Ferreira de Almeida, Revista e Corrigida, de 1998 (ARC), salvo referido em contrário.

O Evangelho do Reino de Deus

2 O Evangelho do Reino de Deus 3

Introdução“…quando virdes acontecer essas coisas, sabei que o Reino de Deus está

perto” (Lucas 21:31).

O mundo precisa desesperadamente de boas novas. As manchetes dos tempos que correm estão carregadas de más notícias — as guerras assolam o globo; fomes devastam países inteiros; catástrofes ambien-

tais e desastres naturais, como terramotos, secas, e inundações matam milhares de pessoas; persistente pobreza mantém nações inteiras sob o seu brutal poder; o crime violento aumenta não obstante os melhores esforços do homem para lidar com ele — a litania de tragédias, sofrimento e más notícias é implacável.

Acidentes e moléstias matam milhares todos os dias. Tragicamente, aciden-tes, suicídios e assassinatos são causas de morte que lideram entre os adoles-centes e os adultos jovens nas nações económica e tecnicamente avançadas. O abuso da droga e do álcool e a promiscuidade sexual são desmedidos, espa-lhando a praga da destruição de matrimónios e lares e vidas.

Novas doenças frustrantes surgem por todo o mundo, desafiando as melho-res tentativas dos cientistas para as suster ou curar. Outras doenças, há muito supostas terem sido vencidas pela ciência médica, aparecem com mortalidade brutal, tendo ganho resistência a medicamentos que facilmente as curavam há algumas décadas atrás.

Mesmo a religião, para a qual muitos a viam como solução, é muitas vezes uma parte do problema. A qualquer momento, guerras e conflitos armados alargam-se e incendeiam-se, ateados pelo fervor religioso. Guerras são trava-das não só entre as maiores religiões, mas entre facções da mesma religião, supostamente por devoção e ao serviço do mesmo Deus.

A existência humana ameaçadaNo século passado, só em guerras, foram mortas mais de 150 milhões de

pessoas. Bem mais de 100 milhões foram mortas por moléstias e desastres naturais. Terríveis armas nucleares, químicas e biológicas têm a capacidade de destruir exércitos — mesmo nações inteiras — em segundos. Os chefes do governo receiam assustadoramente que tais armas de destruição em massa caiam nas mãos de terroristas que já mostraram não hesitarem em utilizá-las para alcançarem os seus fins.

Porque vemos tanta tristeza, dor e sofrimento à nossa volta? Aonde nos leva isto? Porque é que o mundo está em tão precária situação? Com todas estas más notícias, há realmente alguma esperança para o futuro da humanidade?

Há quase 2.000 anos, Jesus Cristo, o próprio Filho de Deus, veio à terra e

Introdução

Versões BíblicasAs escrituras citadas são extraídas da versão da Bíblia Portuguesa por João Ferreira de Almeida, Revista e Corrigida (ARC).Quando outra versão é usada, a versão bíblica é referenciada com as seguintes abreviações:

ARA – Almeida Revista e AtualizadaACF – Almeida Corrigida FielBLH – Bíblia na Linguagem de HojeNVI – Nova Versão Internacional

Índice 3 Introdução

5 A Boa Nova do Reino de Deus

10 Há Evangelhos Diferentes?

11 Outros Nomes do Reino

12 A Promessa da Vinda de um Reino

19 Está agora aqui o Reino

20 O Reino Está Dentro de Si?

20 É a Igreja o Reino

21 Como Somos ‘Transportados para o Reino’?

22 Como é que o Reino está ‘chegado’

23 O Soberano dum Reino de Escuridão Espiritual

24 Profecias do Vindouro Reino de Deus

25 O Evangelho de Jesus Cristo: Salvação no Reino

29 Jesus Cristo Foi o Messias

31 Como Pode Entrar no Reino

4 O Evangelho do Reino de Deus 5

A Boa Nova do Reino de Deus

“Depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho do Reino de Deus e dizendo: O tempo está

cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho” (Marcos 1:14-15).

O tema da mensagem de Jesus Cristo foi o da Boa Nova do Reino de Deus. Isto é evidentemente claro através de Mateus, Marcos e Lucas. Lucas regista Cristo nas Suas próprias palavras descrevendo o Seu

propósito: “Ele lhes disse: Também é necessário que eu anuncie a outras cidades o evangelho do Reino de Deus, porque para isso fui enviado” (Lucas 4:43).

Marcos relata que, ao início do Seu ministério; “veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho do Reino de Deus” (Marcos 1:14).

Mateus diz-nos: “ … começou Jesus a pregar e a dizer: ‘Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus’ … E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino” (Mateus 4:17, 23).

Lucas 8:1 confirma que Jesus Cristo fez exactamente aquilo que dissera que faria: “aconteceu, depois disso, que andava de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do Reino de Deus …” (Lucas 8:1).

Esta mensagem do Reino foi a essência fulcral do ensinamento de Cristo desde o princípio. Conjuntamente, os Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João usam a expressão “o reino de Deus” em 53 versículos. O evangelho que Jesus trouxe é sem dúvida acerca do Reino.

Os outros discípulos foram instruídos a espalhar a mesma mensagemO que fizeram os Seus discípulos? O que é que Ele lhes ordenou para pre-

gar? “Convocando os seus doze discípulos, deu-lhes virtude e poder sobre todos os demónios e para curarem enfermidades; e enviou-os a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos” (Lucas 9:1-2).

Mais tarde Ele instruiu outros a proclamar esta mesma mensagem. “Depois disso, designou o Senhor ainda outros setenta e mandou-os adiante da sua face, de dois em dois, a todas as cidades e lugares aonde ele havia de ir.” Ele

profetizou um maravilhoso futuro para a humanidade, depois dum intenso período de terríveis calamidades. A Sua mensagem, chamada “o evangelho”, quer dizer “boa nova” — a verdadeira boa notícia que o mundo tão desespe-radamente precisa.

O que é exactamente esta boa nova — este evangelho — que Jesus Cristo pregou? É somente uma história admirável acerca do nascimento, vida, acti-vidades, morte e ressurreição de Jesus Cristo? Certamente isto é parte integral da boa notícia do plano de Deus para a humanidade (Marcos 1:1). Mas há muito mais nesta mensagem.

Mensagem da salvaçãoVeremos que a boa nova que Jesus Cristo trouxe não foi unicamente uma

mensagem sobre a Sua vida e morte para nos levar à salvação; a Sua mensa-gem também diz respeito ao significado da salvação e como Ele tenciona salvar a raça humana dos presentes problemas. O evangelho revela o glorioso destino da humanidade!

Tristemente, a humanidade tem reduzido o evangelho à história acerca da pessoa de Jesus Cristo negligenciando e fazendo vista grossa à mais profunda e vastamente mais abrangente mensagem que Ele trouxe. É claro que Ele trouxe boas notícias — as mais maravilhosas notícias que este cansado, per-turbado mundo pode ouvir!

Uma secção inteira do Novo Testamento foi devotada ao registo histórico da mensagem que Jesus Cristo ensinou quando cá esteve. Esta porção da Bíblia, apropriadamente chamada “os Evangelhos,” comporta os quatro pri-meiros livros do Novo Testamento: Mateus, Marcos, Lucas e João. Todos os escritores destes registos nos dizem que a principal mensagem de Jesus foi a do evangelho do Reino de Deus.

Diz-nos Marcos: “veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho do Reino de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho” (Marcos 1:14-15). “O evan-gelho do Reino de Deus” é a mensagem que Jesus Cristo instruiu aos Seus seguidores para crerem. Este livro ajudá-lo-á a compreender e crer esta extra-ordinária boa nova que Jesus Cristo anunciou à humanidade!

A Boa Nova do Reino de Deus

6 O Evangelho do Reino de Deus 7

instruiu os setenta a proclamar: “É chegado a vós o Reino de Deus” (Lucas 10:1, 9).

O Reino de Deus foi claramente o tema do ministério de Cristo. No Seu sermão da Montanha, um dos exemplos mais familiares da Sua mensagem, Ele indicou Seus seguidores para o Reino.

Ele começou a Sua mensagem dizendo “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus … bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus” (Mateus 5:3, 10).

Cristo falou aos Seus seguidores da importância da obediência à lei de Deus para se entrar neste Reino: “Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus. Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus” (Mateus 5:19-20).

Ele também avisou que temos de ser submissos à vontade de Deus para entrarmos no Reino: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mateus 7:21).

Ele ensinou os Seus seguidores a orar “venha o teu Reino” (Mateus 6:10). E, repare-se nisto! Ele ordenou-lhes: “buscai primeiro o Reino de Deus, e a Sua justiça” (Mateus 6:33). Procurar

entrar no Reino de Deus deve ser a nossa prioridade principal.Frequentemente Ele serviu-se de parábolas para ilustrar aspectos do Reino

de Deus (Mateus 13, 20, 22, 25; Lucas 13, 19). Numa das Suas últimas conversas, antes da crucifixão, Ele informou os Seus discípulos que não partilhará outra vez dos símbolos da Páscoa até que o fará “de novo convosco no Reino de meu Pai” (Mateus 26:29).

Durante um período de 40 dias imediatamente após a Sua morte e ressurreição, Jesus Cristo foi visto pelos seus seguidores. É de reparar que mesmo durante esse tempo Ele continuou “falando do que respeita ao Reino de Deus” (Actos 1:3).

Que mensagem pregaram os seguidores de Cristo?Jesus Cristo não foi o único a proclamar esta mensagem. Antes de Cristo

começar o Seu ministério, João Baptista disse ao povo para se arrepender, anunciando que era “chegado o reino dos céus” (Mateus 3:2).

Como vimos, o ministério de Jesus centrou-se no Reino. De acordo com as directrizes de Cristo, os Seus discípulos continuaram a proclamar o Reino depois da Sua crucifixão.

Uma das partes vitais da mensagem ensinada pelos apóstolos foi a importância da vida de Jesus Cristo, do Seu sacrifício e da Sua ressurreição. O apóstolo Pedro fez isso bem claro no seu primeiro sermão público, no preciso dia em que a Igreja começou, com a miraculosa efusão do Espírito Santo (Actos 2:22-24, 36).

Pedro também falou de conceitos mais latos do Reino de Deus no seu ministério. Em 2 Pedro 1:10-11 lemos: “Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no Reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.”

Repare-se, também, que o povo quis baptizar-se por causa da mensagem de Filipe acerca do Reino. “Mas, como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do Reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, se baptizavam, tanto homens como mulheres” (Actos 8:12).

Paulo proclamou o ReinoO que fez o apóstolo Paulo? O Livro de Actos regista que no princípio do

seu apostolado, consoante criava congregações em várias cidades, ele “confirmando o ânimo dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus” (Actos 14:22). Mais tarde, em Éfaso, “entrando na sinagoga, falou ousadamente por espaço de três meses, disputando e persuadindo-os acerca do Reino de Deus” (Actos 19:8).

Paulo descreveu a sua própria pregação em Corinto relacionando-a ao “reino de Deus” (1 Coríntios 4:20). Ele referiu-se a si próprio e aos seus companheiros como “cooperadores no Reino de Deus” (Colossenses 4:11).

Paulo, quando esteve preso em residência domiciliar, em Roma, perto do fim do seu ministério, recebeu numerosas visitas, “aos quais declarava com bom testemunho o Reino de Deus e procurava persuadi-los à fé de Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas, desde pela manhã até à tarde” (Actos 28:23). Note-se que Paulo se servia das escrituras do Velho Testa-mento — pela lei de Moisés como pelos profetas — para pregar sobre o Reino de Deus e de Jesus Cristo.

Paulo é apresentado erradamente quando se diz que ele pregava um evangelho somente acerca da vida, morte e ressurreição de Cristo. Porém, a realidade é que Paulo pregou uma mensagem sobre ambos Jesus Cristo e o Reino de Deus. O último versículo do livro de Actos descreve Paulo “pregando o Reino de Deus e ensinando com toda a liberdade as coisas

A Boa Nova do Reino de Deus

Procurar entrar no Reino de Deus deve ser a nossa prioridade principal.

8 O Evangelho do Reino de Deus 9

pertencentes ao Senhor Jesus Cristo...” (Actos 28:31). Os que seguiram as pisadas de Jesus Cristo ensinaram a mesma mensagem

que Ele ensinou. O livro de Actos e as epístolas dos apóstolos à Igreja primitiva evidenciam que eles ensinaram sobre o Reino de Deus.

O evangelho antes de Jesus CristoHá quem assuma que o evangelho foi introduzido primeiro por Jesus Cristo

no Seu ministério terrestre. Mas o evangelho é muito mais antigo que isso. Ele é chamado “o evangelho eterno” (Apocalipse 14:6).

Os últimos quatro versículos de Hebreus 3 falam da descrença e da triste sorte dos antigos Israelitas que morreram no deserto, não entrando na terra prometida. Hebreu 4:2 continua a história: “Porque também a nós foram pregadas as boas-novas, como a eles...” Israel ouviu o evangelho mas não o aceitou por falta de fé.

Séculos antes, o patriarca Abraão também ouviu o evangelho (Gálatas 3:8). Estas duas passagens mostram que o evangelho estava sendo pregado antes do ministério de Cristo na terra.

Jesus Cristo, ao descrever como, no Seu regresso, Ele recompensará os que forem fiéis ao Seu estilo de vida, revelou que o Reino de Deus foi preparado para nós muito antes do que podemos imaginar: “Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mateus 25:34).

Esta boa nova sobre o futuro glorioso da humanidade tem sido o plano de Deus desde o princípio! O papel de Cristo neste plano, incluindo o Seu sacrifício em pagamento da penalidade dos pecados da humanidade, foi estabelecido logo desde o princípio (Apocalipse 13:8; 1 Pedro 1:18-20). Esta foi a boa nova dada a Abraão — pois que através do seu descendente, Jesus Cristo, todas as nações seriam abençoadas (Gálatas 3:8, 16).

Antes de Jesus Cristo poucos compreenderamO Reino de Deus foi pregado pelos servos de Deus antes do ministério de

Jesus Cristo na terra. Alguns dos salmos do rei David, abordam profeticamente o Reino de Deus. Como ele escreve em Salmos 145:10-13: “Todas as tuas obras te louvarão, ó Senhor, e os teus santos te bendirão. Falarão da glória do teu reino e relatarão o teu poder, para que façam saber aos filhos dos homens as tuas proezas e a glória da magnificência do teu reino. O teu reino é um reino eterno; o teu domínio estende-se a todas as gerações.”

O profeta Daniel também sabia do Reino de Deus que está para vir. Ele também foi inspirado a escrever sobre a realidade futura do Reino: “o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os

domínios o servirão e lhe obedecerão” (Daniel 7:27).No entanto, embora o evangelho tenha as suas origens na fundação do

mundo e foi proclamado ao longo das eras, poucos o entenderam até que Jesus Cristo e os apóstolos o declararam ao mundo.

Mas porquê? Como já mencionado, o Israel da antiquidade não acreditou o evangelho nem teve a fé para actuar (Hebreus 3:19; 4:2). E além disso, as escrituras do Velho Testamento não juntavam todas as peças do enigma. Elas forneciam vislumbres tantalizantes do Reino, mas, para uma maior compreensão, havia que se esperar até à vinda de Jesus Cristo, o revelador dos “mistérios do reino” (Mateus 13:11).

Quando Jesus Cristo veio pregando o evangelho do Reino de Deus, Ele desenvolveu os fundamentos planeados por Deus Pai desde o início e revelados pelos primeiros profetas. Como o mensageiro do Reino, Ele revelou verdades vitais que não tinham sido entendidas das profecias do Velho Testamento.

Um dos grandes mal-entendidos sobre o Reino, que só foi esclarecido quando Jesus Cristo o revelou, foi que milhares de anos separariam a Sua primeira vinda, como o Cordeiro sacrificial de Deus (João 1:29), da Sua segunda vinda, como o Rei conquistador do Reino (Apocalipse 19:11-16). A Sua primeira vinda cumpriu uma parte vital do evangelho do Reino — o Seu sacrifício para tornar possível o nosso perdão, justificação e por fim a entrada no Reino. A Sua segunda vinda trará o estabelecimento desse Reino maravilhoso.

A Bíblia, desde o princípio até ao fim, declara uma mensagem consistente referente ao Reino de Deus, uma mensagem comunicada pelos servos de Deus, ao longo dos tempos. Mas, paradoxalmente, a parte da revelação sobre o Reino de Deus que foi mais compreensiva e claramente descrita por profecia após profecia, no Velho Testamento, — um verdadeiro reino governado por um Messias profetizado — parece ser, hoje em dia, o aspecto do evangelho menos compreendido.

Muitos crêem que a fantástica verdade que os seguidores de Jesus Cristo gozarão uma vida eterna, num reino eterno, dispensa qualquer necessidade totalmente desnecessária de um autêntico reino na terra sobre seres humanos fisicos. Mas, o que é que a Bíblia diz? Vamos pôr à parte todas as ideias preconcebidas e acreditar os plenos ensinos da Palavra de Deus.

A Boa Nova do Reino de Deus

A Bíblia, desde o princípio até ao fim, declara uma mensagem consistente referente ao Reino de Deus, uma mensagem comunicada pelos servos de Deus, ao longo dos tempos.

10 O Evangelho do Reino de Deus 11

Há Evangelhos Diferentes?Ocasionalmente, as escrituras

chamam o evangelho por outros nomes, além do nome “o evangelho do reino de Deus.” Por exemplo, a Bíblia fala do “evangelho de Cristo” e do “evangelho de Deus” (Romanos 1:1, 16).

A expressão “evangelho de Deus” simplesmente mostra que tem uma origem de Deus. Deus dirigiu a mensagem à terra através dos Seus servos. Pedro diz-nos que o evangelho foi enviado por Deus através de Jesus Cristo. Veja-se Actos 10:36-37: “A palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo (este é o Senhor de todos), esta palavra, vós bem sabeis, veio por toda a Judeia, começando pela Galiléia, depois do baptismo que João pregou…”

O evangelho de Deus é a boa nova de Deus sobre o Reino de Deus. O evangelho de Jesus Cristo é a boa nova que Jesus trouxe como mensageiro de Deus. É tudo o mesmo evangelho; é tudo parte da mesma maravilhosa notícia do que Deus tem reservado para a humanidade.

Por vezes, de um modo semelhante, Paulo usa a expressão “o meu evangelho” (Romanos 2:16; 16:25; 2 Timóteo 2:8). Mas isto não quer dizer que a mensagem teve início com Paulo, nem que era um evangelho acerca de Paulo. Era uma mensagem que ele recebeu directamente de Jesus Cristo. “… O evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens, porque não o recebi,

nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo” (Gálatas 1:11-12). Está certo Paulo servir-se da expressão “o meu evangelho” porque ele era o que a proclamava.

A boa nova também é referida como “o evangelho da graça de Deus” (Actos 20:24). Desde o princípio somos chamados pela graça, justificados pela graça, e salvos pela graça (Gálatas 1:6, 15; Romanos 3:24; Efésios 2:8). “O evangelho da graça” é outro modo apropriado para pôr em foco um aspecto diferente do mesmo evangelho que Jesus pregou: o enorme amor de Deus para connosco, expresso pela Sua graça para com a humanidade.

Esta mensagem também é referida como “o evangelho da vossa salvação” (Efésios 1:13). Uma vez que a nossa entrada no Reino de Deus significa a nossa salvação, não há conflito algum nesta expressão para com o evangelho. Cada expressão complementa e reforça a outra expressão.

“O evangelho da paz” é outra expressão usada para descrever a boa nova (Romanos 10:15; Efésios 6:15). O Reino de Deus trará paz à terra — um importante resultado devido à nossa crença e à nossa actuação para com o evangelho do Reino. Isaías disse ao profetizar sobre o Reino de Deus: “Do incremento deste principado e da paz, não haverá fim” (Isaías 9:7).

Todas estas expressões des-crevem o mesmo evangelho. Elas

apenas acentuam aspectos dife-rentes da mesma mensagem ma-ravilhosa. Jesus Cristo veio pre-gando o evangelho do Reino de Deus (Marcos 1:14-15), ensinou os Seus discípulos a pregarem a mesma mensagem (Mateus 10:7) e continuou a pregá-la enquanto apareceu aos discípulos depois da Sua crucifixão (Actos 1:3). Depois da ressurreição de Cristo, os após-tolos pregaram o mesmo evan-

gelho, mas com o entendimento adicional do significado do sacrifí-cio e ressurreição de Cristo. Em-bora as expressões que o descre-vem possam variar, a mensagem mantém-se sempre a mesma.

A verdade gloriosa é que esta mensagem magnífica na sua entidade é um evangelho perfeito sem emendas, e “é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê …” (Romanos 1:16).

Embora a maioria das vezes o Reino é descrito pelo nome de

“Reino de Deus”, acontece que, ocasionalmente, outros termos são usados para O descrever. Três dos escritores dos Evangelhos — Marcos, Lucas João — usam a expressão “Reino de Deus” para se referirem ao Reino.

“Reino dos céus” é uma expres-são usada exclusivamente por Ma-teus, com 32 referências em seus registos de Jesus Cristo. Contudo ele usa as expressões “reino de Deus” e “reino dos céus” alterna-damente. Em Mateus 19:23-24, ele expressa-as em versículos conse-cutivos, indicando claramente que são sinónimos. Frequentemente ele diz simplesmente “o Reino.”

Porque é que Mateus lhe chama “o reino dos céus”? Porque o céu é onde está Deus, como Jesus Cristo esclareceu (Mateus 5:34, 45, 48). Mateus mostra que o Reino não era, nessa altura, uma monarquia terrestre como as dos reinos à volta deles. Contudo, ele entendia que era um reino para vir, pelo qual

os seguidores de Cristo devem orar (Mateus 6:10).

O apóstolo Paulo vulgarmente refere-se ao Reino como “o reino de Deus.” No entanto, reconhecendo o papel de Jesus Cristo como o Rei desse Reino e do caminho pelo qual nós podemos entrar nesse Reino, Paulo também o chama “o reino de Cristo e de Deus” (Efésios 5:5). Ele também expressa a profunda, terna relação entre Deus Pai e Jesus Cristo chamando-lhe “o reino do Filho do Seu amor” (Colossenses 1:13).

O apóstolo Pedro, também reconhece a centralidade do papel de Cristo no Reino, referindo-se a ele como “o Reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pedro 1:11). Agora, Jesus Cristo é nosso Senhor e Mestre, e reinará supremo no Reino a vir (Apocalipse 17:14; 19: 16). Como Salvador da humanidade, Ele é “a porta” e “o caminho” pelos quais temos acesso a Deus Pai e à salvação no Reino de Deus (João 10:9; 14:6).

Outros Nomes do Reino

A Boa Nova do Reino de Deus

12 O Evangelho do Reino de Deus 13

A Promessa da Vinda de um Reino

“Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará e consu-

mirá todos esses reinos e será estabelecido para sempre” (Daniel 2:44).

Vimos que Jesus Cristo e os apóstolos pregaram o evangelho — a boa nova — do Reino de Deus. Mas o que é exactamente o Reino?

Há muitas ideias sobre o Reino de Deus. Alguns pensam que é a igreja. Outros crêem que é um conceito etéreo que reside no coração dos Cristãos. Alguns pensam que é a virtude colectiva da humanidade.

O que é que a Bíblia diz? O que é o Reino de Deus?A palavra traduzida por “reino” ao longo do Novo Testamento vem do

Grego basileia, a qual significa “soberania, poder real, domínio” [Dicionário Expositivo Completo de Vine das Palavras do Velho e do Novo Testamento, 1985 “Reino”(Vine’s Complete Expository Dictionary of Old and New Testament Words, 1985 “Kingdom”)]. Um exame cuidadoso da Bíblia revela que a próxima fase do Reino de Deus não é nada menos que uma monarquia que governará o mundo inteiro, e que será estabelicida por Deus aqui na terra através de Jesus Cristo!

Uma visão geral dos governos do mundoEsta espantosa verdade é posta a claro por muitos versículos da Bíblia. O

profeta Daniel foi inspirado a registar a descrição de governos mundiais abrangendo um período de milhares de anos. A sua profecia, registada em Daniel 2:28-45, descreve a visão pelo rei Nabucodonosor de cinco governos imperiais do mundo. Quando lemos estes versículos, vemos que o quinto reino, o Reino de Deus, é um reino real que ainda não foi instaurado na terra.

Nesta passagem, Nabucodonosor, rei da Babilónia, tem um sonho em que vê uma grande estátua de um homem tendo a cabeça de ouro, o peito e os braços de prata, o ventre e as coxas de cobre, as pernas de ferro, e os pés de uma mistura de ferro e barro.

Deus deu a Daniel, um profeta na corte de Nabucodonosor, a capacidade de interpretar sonhos (Daniel 1:17; 2:28). Daniel, pela inspiração de Deus, revelou que as quatro divisões desta estátua eram realmente quatro impérios mundiais sucessivos. Deus, através de Daniel, identificou o primeiro deles, a cabeça de ouro, como sendo o império da Babilónia (Daniel 2:38).

A Promessa da Vinda de um Reino

Os dois seguintes são identificados em Daniel 8:1-21. Este capítulo regista uma visão seguinte que profetiza e dá mais detalhes sobre o segundo e o terceiro impérios. Estes dois reis são identificados como “os reis da Média e da Pérsia” e “o reino da Grécia”. A história confirma que o império da Babi-lónia foi conquistado pelo império Medo-Persa (registado em Daniel 5:30-31), o qual foi derrubado pelo imperador Grego Alexandre Magno.

No capítulo sete estes quatro reinos são novamente ilustrados, desta vez como quatro bestas. Esta visão caracteriza os impérios como animais selva-gens, predizendo o seu cruel e opressivo domínio sobre os seus cidadãos.

O quarto reino é caracterizado especialmente cruel. A história regista que o reino Grego de Alexandre foi sucedido pelo império Romano. Este reino é mostrado aqui como desafiando a verdadeira autoridade de Deus e perseguindo os Seus santos (Daniel 7:25). Ele tem 10 chifres (versículo 7), os quais são 10 extensões, ou ressurreições, do quarto grande império mundial (versículo 24). Estas ressurreições do quarto reino continuaram ao longo da história até aos nossos dias, e a ressurreição final é representada como existindo aquando do regresso de Jesus Cristo (versículos 8-14).

Governos humanos substituídos por DeusÉ nos dias deste quarto reino que Deus substituirá estes reinos terrenos

pelo Seu Reino. “Nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos e será estabelecido para sempre” (Daniel 2:44). Vemos que o quarto reino continua a governar até que Cristo regressa para estabelecer o Seu Reino na terra.

O Reino de Deus — previsto repetidamente por Daniel — é o mesmo Reino acerca do qual Jesus Cristo pregou. Não pode haver dúvida sobre a natureza deste Reino. Os quatro reinos descritos em Daniel 2, 7 e 8 governaram povos e terras. Foram grandes impérios mundiais com domínio e poder para governar, guerrear e conquistar outras nações. Tiveram reis, governos, leis e cidadãos. Foram reinos de facto cujas ruínas são visíveis hoje.

Assim, também, o Reino de Deus será um reino de facto que governará sobre toda a terra. Daniel 7:27, falando do estabelecimento deste reino, junta: “E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão.”

O versículo 14 torna as coisas ainda mais claras sobre o vir a ser um reino governante do mundo de facto. Daniel descreveu o que viu numa visão de Jesus Cristo no futuro: “… foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino, o único que não será destruído.”

14 O Evangelho do Reino de Deus 15

Os maiores poderes cairãoA notícia fantástica do Reino de Deus é o centro da mensagem de Jesus

Cristo para a humanidade. Jesus regressará à terra e estabelecerá este Reino. Ele será o Governador do Reino de Deus. Repare-se nesta profecia do regresso de Jesus Cristo: “E tocou o sétimo anjo a trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre” (Apocalipse 11:15). Jesus Cristo assumirá o governo de um autêntico reino na terra.

Os governos humanos, com a sua inerente incapacidade de resolver problemas que estão enraizados na inabilidade humana para escolher o caminho recto da vida (Provérbios 16:25), serão substituídos por uma forma de governo que finalmente resolve esses problemas. Jesus Cristo, Ele mesmo, governará as nações da terra!

Este é o evangelho — a boa nova — que Jesus Cristo ensinou. O centro da mensagem de Jesus Cristo era o anúncio da vinda de um governo mundial (Lucas 21:31). Este governo não será chefiado por humanos motivados egoisticamente, mas pelo próprio Jesus Cristo, sob a direcção de Deus Todo-Poderoso.

Daniel não foi o único profeta que falou deste tempo. Miquéas 4:1-3 também descreve este tempo de paz sem precedentes: “nos últimos dias, acontecerá que o monte da Casa do Senhor será estabelecido no cume dos montes e se elevará sobre os outeiros, e concorrerão a ele os povos.”

“E irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor e à Casa do Deus de Jacob, para que nos ensine os seus caminhos, e nós andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor, de Jerusalém.

“E julgará entre muitos povos e castigará poderosas nações até mui longe; e converterão as suas espadas em enxadas e as suas lanças em foices; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra.”

Como se pode ver por este trecho, quando Jesus Cristo estabelecer o Seu governo, a humanidade começará a reconhecer as bênçãos resultantes da obediência aos caminhos e leis de Deus e afluirá a Ele para aprender esse estilo de vida. Cristo resolverá as disputas entre povos e terá de “castigará poderosas nações” que rejeitem a Sua direcção e autoridade.

Profecias do governo de Jesus CristoFalando do futuro reino de Jesus Cristo, Isaías descreve que género de

governante Ele será: “… o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do incremento deste principado e da paz, não haverá fim, sobre o trono de

David e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e para sempre...” (Isaías 9:6-7).

“Juízo e justiça” serão marcas da liderança vindoura de Jesus Cristo, em contraste com a injustiça imprevidência e opressão que tão vulgarmente caracteriza os governos deste mundo. A paz estender-se-á a todo o mundo — aos matrimónios, às famílias, às comunidades e às nações. Como profetizado, “não haverá fim” à paz sob o governo de Jesus Cristo. O Príncipe da Paz trará sossego e boa vontade a um mundo que nunca conheceu verdadeira paz.

Sob o justo governo de Jesus Cristo, a humanidade aprenderá finalmente o estilo de vida de Deus e gozará esta maravilhosa paz. As instituições educacionais ensinarão o povo a viver, não somente como ganhar a vida. Os princípios bíblicos da saúde e de duradouras relações serão inteiramente explicados. “Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Isaías 11:9). Os múltiplos milhões de pessoas que nunca conheceram as leis e os caminhos de Deus terão finalmente acesso a esse fantástico conhecimento salvador.

Causas dos problemas humanosA humanidade tem tido milhares de anos para experimentar formas de

governo, administrações e estilos de vida, e então porque somos incapazes de resolver os nossos problemas?

Governo humano não é bem sucedido porque, em análise final, a humani-dade não sabe simplesmente como viver. Deus avisa, pelo profeta Jeremias, “não é do homem o seu caminho, nem do homem que caminha, o dirigir os seus passos” (Jeremias 10:23).

Salomão, rei do antigo Israel, esclarece isto sem rodeios: “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Provérbios 14:12 ; 16:25).

Tristemente, a humanidade tem provado a verdade dessas palavras ao longo de gerações. Sob o governo humano, o mundo nunca viu tempo livre de guerra, briga, tumulto e sofrimento. As condições de hoje são tão graves que a huma-nidade tem a capacidade de se extinguir muitas vezes mais que o seu número da face da terra!

Porque será isto?O nosso mundo está ameaçado por esmagadores problemas porque temos

rejeitado a Deus. O Próprio Deus tem-nos mostrado claramente este facto, ao longo de séculos, por intermédio dos Seus profetas. O rei David, sob a inspira-ção de Deus escreveu acerca da humanidade: “Disseram os néscios no seu coração: ‘Não há Deus’. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem. O Senhor olhou desde os céus para os

A Promessa da Vinda de um Reino

16 O Evangelho do Reino de Deus 17

filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e bus-casse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um” (Salmos 14:1-3).

O profeta Jeremias também mencionou que os humanos são amplamente cegos pelo engano dos seus próprios maus motivos e intentos. “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” (Jeremias 17:9).

A humanidade separou-se de DeusO profeta Isaías juntou: “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para

que não possa salvar; nem o seu ouvido, agravado, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos peca-dos encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça. Porque as vossas mãos estão contaminadas de sangue, e os vossos dedos, de iniquidade; os vossos lábios falam falsamente, e a vossa língua pronuncia perversidade. Ninguém há que clame pela justiça, nem ninguém que compareça em juízo pela verdade; confiam na vaidade e andam falando mentiras; concebem o mal e produzem a iniquidade…” (Isaías 59:1-4).

“Os seus pés correm para o mal e se apressam para derramarem o sangue inocente; os seus pensamentos são pensamentos de iniquidade; destruição e quebrantamento há nas suas estradas. Não conhecem o caminho da paz, nem há juízo nos seus passos; as suas veredas tortuosas, as fizeram para si mesmos; todo aquele que anda por elas não tem conhecimento da paz” (Isaías 59:7-8).

Os caminhos de Deus são diferentes dos do homem. “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos” (Isaías 55:8-9).

O apóstolo Paulo descreveu os resultados inevitáveis da rejeição de Deus e do Seu estilo de vida: “E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convém; estando cheios de toda iniquidade, prostituição, malícia, ava-reza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; sendo murmuradores, detractores, aborrecedores de Deus, injuriadores, sober-bos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pai e à mãe; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem” (Romanos 1:28-32).

Jesus Cristo intervirá para salvar a humanidadeA humanidade entregue a si própria destruiria toda a vida da face da terra.

Isto é chocante? É. Mas foi Jesus Cristo Ele mesmo que o disse! Ao descrever o tempo antes do Seu regresso para a terra, Ele disse: “Porque naqueles dias haverá um sofrimento tão grande como nunca houve desde que Deus criou o mundo; e nunca mais acontecerá uma coisa igual. Porém Deus diminuiu esse tempo de sofrimento. Se não fosse assim, ninguém seria salvo. Mas, por causa do povo que Deus escolheu para salvar, esse tempo será diminuído” (Mateus 24:21-22 BLH).

Jesus Cristo diz-nos que Ele tem de intervir para nos salvar de nós mesmos. “Logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória” (Mateus 24:29-30).

Este acontecimento glorioso é descrito com maior detalhe em Apocalipse 19:11-16: “E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça. E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito que ninguém sabia, senão ele mesmo. E estava vestido de uma veste salpicada de sangue, e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus. E seguiam-no os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro. E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-poderoso. E na veste e na sua coxa tem escrito este nome: rei Dos reis e senhor Dos senhores.”

O Reino milenar e para alémJesus Cristo apresentará solenemente um verdadeiro reino, o Reino de Deus,

na terra. Mas isto não será o fim da história. Veja-se Apocalipse 11:15: “E tocou o sétimo anjo a trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre” (Apocalipse 11:15).

Vimos que Jesus Cristo estabelecerá o Seu reinado sobre todas as nações num autêntico reino. Este reino é descrito em Apocalipse 20:3-7 como perma-necendo durante 1.000 anos. Contudo, no versículo atrás citado, é-nos dito que “Ele reinará para todo o sempre.” Por outras palavras, o reinado de 1.000 anos (vulgarmente chamado Milénio, do Latim Millennium para “mil anos”) é sim-plesmente o princípio do reinado eterno de Jesus Cristo no Reino de Deus.

Na verdade, o reinado milenar que Jesus Cristo compartilha com os santos ressuscitados — a quem o Reino será dado — tomará lugar com o verdadeiro

A Promessa da Vinda de um Reino

18 O Evangelho do Reino de Deus 19

propósito de oferecer entrada no Reino eterno de Deus a toda a humanidade. No regresso de Jesus Cristo, os milhões de seres humanos vivos viverão no Milénio, e, em resultado disso, gerações humanas nascerão e viverão durante esse tempo. A todos será dada uma oportunidade para transformar o seu corpo carnal em espiritual, para lhes ser concedida a vida eterna, e para entrar no Reino eterno de Deus.

A verdade de que o Reino de Deus é, no final de tudo, um reino eterno, não apenas um período de mil anos, é bem esclarecida por Jesus Cristo. Em Mateus 19:16, lemos sobre um jovem rico que perguntou a Jesus a importante questão: “Bom Mestre, que bem farei, para conseguir a vida eterna?” Jesus passou a explicar o que o jovem tinha de fazer. Quando se tornou evidente que o jovem não faria o que Jesus ordenara, Jesus Cristo prosseguiu, dizendo no versículo 24 “é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus.” Aqui, a entrada no Reino de Deus é equivalente à vida eterna.

Sim, o reinado milenial de Jesus Cristo abrirá as portas para milhões de seres humanos, então já sendo governados pelo Reino de Deus, para serem salvos e realmente entrarem no eterno Reino de Deus. O Milénio, um tempo de paz, felicidade e prosperidade sem paralelo, apenas será uma prelibação ou antegosto do ainda maior Reino eterno!

O céu e a terra transformados Para depois de acabados os mil anos, ainda é profetizada uma sequência

incrível de acontecimentos, como podemos ler em Apocalipse 21:1-7: “E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: ‘Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.’

“E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve, porque estas palavras são verdadeiras e fiéis. E disse-me mais: Está cumprido; Eu sou o Alfa e o Ómega, o Princípio e o Fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida. Quem vencer herdará todas as coisas, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.”

O acesso à árvore da vida — a vida eterna, da qual a humanidade foi cortada desde o tempo de Adão e Eva (Génesis 3:22-24) — será dado aos que obedientemente guardem os mandamentos de Deus (Apocalipse 22:14).

Aos que entram no Reino de Deus, os Seus filhos, espera-os a vida eterna!

Pouco tempo antes de ser preso, julgado e crucificado, Jesus Cristo profetizou de um período mundial de cataclismo e inquietação sem paralelo na história da humanida-de. Este tempo será caracteriza-do por decepção religiosa, guerra, terramotos, fomes e doenças epi-démicas, juntamente com outros grandes acontecimentos catastrófi-cos (Lucas 21:7-28). Neste sermão Cristo esclareceu que o Reino de Deus ainda não estava cá.

Ele disse aos Seus discípulos que, depois destes acontecimen-tos, as pessoas “verão vir o Filho do Homem numa nuvem, com poder e grande glória … quando virdes acontecer essas coisas, sabei que o Reino de Deus está perto” (Lucas 21:27, 31). Claramente, Cristo disse que o Reino de Deus não se esta-belecerá na terra a não ser depois do Seu triunfal regresso em poder e grande glória.

Cristo voltou a esclarecer isto noutras ocasiões. Quantos de nós temos orado o Pai-nosso sem reco-nhecermos as óbvias palavras pro-feridas por Jesus Cristo em respos-ta ao pedido dos discípulos para os ensinar a orar. “Portanto, vós orareis assim,” Disse-lhes Jesus Cristo. “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino …” (Mateus 6:9-10). A oração mais comum no Cris-tianismo reconhece que o Reino de Deus ainda não está cá e que os Cristãos devem orar fervorosamen-te para ele vir!

Próximo do fim da Sua vida, quando estava sendo interrogado por Pilatos antes da Sua crucifixão, Jesus declarou sem rodeios: “O

meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é daqui” (João 18:36).

Então, Pilatos exigiu saber se Cristo era um rei. Cristo respondeu: “Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo …” (versículo 37).

Hebreus 11 descreve a fé dos servos de Deus ao longo de milénios. Resumindo a história e as experiências deles, os versículos 13-16 dizem-nos: “Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas, mas, vendo-as de longe, e crendo nelas, e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Porque os que isso dizem claramente mostram que buscam uma pátria. E se, na verdade, se lembrassem daquela [pátria] de onde haviam saído, teriam oportunidade de tornar. Mas, agora, desejam uma [pátria] melhor, isto é, a celestial. Pelo que também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade.”

Até Abraão, o pai dos fiéis, “espe-rava a cidade que tem fundamen-tos, da qual o artífice e construtor é Deus” (Hebreus 11:10).

Conquanto o povo de Deus hoje em dia sinta na sua vida um antegozo (ver “Como Somos ‘Transportados para o Reino’?” p. 21), do Reino de Deus que está para vir muitas escrituras esclare-cem que o Reino de Deus não che-gou, mas que, no futuro, será esta-belecido na terra.

Está agora aqui o Reino

A Promessa da Vinda de um Reino

20 O Evangelho do Reino de Deus 21A Promessa da Vinda de um Reino

Muitas pessoas crêem que Je-sus Cristo ensinou que o Reino

de Deus é algo que existe só nos corações e mente dos crentes. Elas baseiam-se em Lucas 17:20-21, que diz: “Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparên-cia. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós” (versão Alemida Re-vista e Atualizada, ARA)

Tais assumpções estão erradas por diversas razões. A palavra Gre-ga entos, traduzida “dentro de” na versão Almeida Corrigida e Atuali-zada (ARA) melhor será traduzida por “entre” [Dicionário Expositivo Completo das Palavras do Velho e do Novo Testamento, 1985 “Entre”, por Vine (Vine’s Complete Expo-sitory Dictionary of Old and New Testament Words, 1985 “Within”)]. Várias versões, como a versão de Almeida Revista e Corrigida (ARC) e a versão de Almeida Corrigida e Fiel (ACF) traduzem as palavras de Cristo por “porque eis que o reino de Deus está entre vós.”

Aqui, Jesus Cristo não podia estar a dizer aos Fariseus que o Reino de Deus era alguma coisa que existia dentro dos corações ou mentes deles — posto que, eles queriam matar Jesus (Mateus 12:14, Marcos 3:6).

Ao contrário, nesta passagem, Cristo estava demonstrando que os Fariseus não tinham o discernimen-to espiritual de reconhecer que a mensagem do Reino de Deus esta-va perto deles, ou que estava a ser oferecida a eles (Mateus 23:34-37). Para acentuar este ponto, referindo-se a Ele próprio Jesus disse que “o reino de Deus está entre vós.” Os Fariseus espiritualmente cegos não reconheceram Jesus como o Re-presentante divino daquele Reino.

Em vez de dizer aos Fariseus que o Reino de Deus era algo nos seus corações, Jesus Cristo preveniu-os que eram tão espiritualmente cegos que nem podiam reconhecer em Jesus Cristo a personificação desse Reino.

Nesta passagem não há base para se crer que o Reino de Deus reside no coração de alguém.

O Reino Está Dentro de Si?

Há quem suponha que a Igreja é o Reino de Deus. Embora

haja uma ligação entre ambos, eles não são idênticos. Jesus Cristo é a Cabeça da Igreja (Efésios 1:22), a qual é o corpo dos crentes chamados por Deus para proclamar o Reino vindouro.

Cristo dirige a Sua Igreja, por isso ela está sob o Seu poder e so-berania reais. Podemos dizer que a Igreja é o precursor do Reino de

Deus. Ou, para dizer como Jesus Cristo disse, podemos dizer que o Reino de Deus é semelhante ao proverbial grão de semente de mostarda, aguardando a sua germi-nação e rápido crescimento com a vinda de Jesus (Mateus 13:31-32).

A Bíblia, contudo, nunca usa o termo “reino” aplicando-o direc-tamente à Igreja. Em vez disso refere-se ao profetizado governo mundial de Deus.

É a Igreja o Reino

Como Somos ‘Transportados para o Reino’?

Colossenses 1:13 descreve santos físicos como já tendo

sido “transportados” para o Reino. Por isso, esta passagem parece indicar que os Cristãos estão agora no Reino de Deus. Contudo, clara-mente, isto não é o caso, posto que 1 Coríntios 15:50 diz-nos que “car-ne e sangue [corpos físicos] não podem herdar o Reino de Deus.”

Parte da confusão aqui vem do significado da palavra reino. Além do significado literal de reino, a pa-lavra grega Basileia, traduzida por “reino”, indica também soberania e poder real, [Dicionário Expositivo Completo das Palavras do Velho e do Novo Testamento, “Reino”, por Vine (Vine’s Complete Expository Dictionary of Old and New Testa-ment Words, “Kingdom”)].

Esta passagem em Colossenses

mostra que a soberania e poder de Deus começa na vida do Cristão a partir da conversão. A bíblia de es-tudo da Nova Versão Internacional explica que neste versículo a pala-vra reino “não se refere a um ter-ritório, mas a autoridade, governo ou poder soberano de um rei. Isto quer dizer que o Cristão já não está sob o domínio do mal (da escuri-dão), mas sob o benevolente go-verno do Filho de Deus.”

Verdadeiramente, todas as outras ocorrências de basileia, quando se refere ao Reino de Deus, apontam para um domínio literal que Cristo

estabelecerá no Seu regresso (Mateus 6:33; Apocalipse 11:15). Mas, como “herdeiros de Deus” em treinamento para herdar esse futuro Reino (Romanos 8:15-17; Mateus 25:34; Apocalipse 20:4, 6), os cristãos estão, portanto, já sob a soberania e autoridade desse Reino, embora ainda não residentes dele.

Jesus Cristo, rei do vindouro Reino, é, agora, o Senhor e Mestre dos Cristãos (Filipenses 2:9-11). Deus governa as vidas dos Cristãos convertidos que voluntariamente obedecem a Ele e às Suas leis. Eles submetem-se à basileia de Deus — à Sua soberania e poder real. Individualmente, eles são parte da Igreja, do Corpo de Cristo, o qual Deus também governa. Mas, colectivamente, a

Igreja espera atenciosamente pelo governo mundial vindouro de Deus, quando a Sua soberania (basileia) for completamente estabelecida.

O contexto que conduz a Colossenses 1:13 também ajuda a clarificar o significado. O versículo 9 começa uma descrição de pon-tos que Paulo e Timóteo incluíam regularmente nas suas orações. Uma das bênçãos que eles agra-deciam era a de que Deus os tinha qualificado, e aos outros mem-bros, para receberem a herança dos santos (versículo 12).

Os Cristãos são, pois, embaixadores do Reino de Deus, representando a Sua maneira de viver na nos-sa corrente situação terrena e era em que residimos.

Continua na página 22

22 O Evangelho do Reino de Deus 23

O triste facto é que este não é o mundo de Deus. O Reino de

Deus ainda não está neste mun-do, tal como Jesus Cristo disse em João 18:36. E é tanto mais trágico que um outro ser é o soberano des-te mundo, aqui e agora — Satanás o diabo.

O apóstolo Paulo descreveu a cegueira espiritual que envolve o mundo e apontou a fonte desse cegueira. “Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encober-to, nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incré-dulos, para que não lhes resplan-deça a luz do evangelho da gló-ria de Cristo, que é a imagem de Deus” (2 Coríntios 4:3-4).

Quem é o deus desta era? É nem mais nem menos que Satanás, o grande super-anjo caído (Ezequiel 28:14-17). Ele é verdadeiramen-te o soberano deste mundo. Je-sus Cristo reconheceu isso, di-zendo que no julgamento “será expulso o príncipe deste mundo” (João 12:31).

Conquanto nós não possamos ver Satanás, a sua influência está presente em tudo neste mundo. Paulo compreendeu isto dizendo aos membros em Éfaso, “E [Deus] vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que, noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência” (Efésios 2:1-2).

O resultado da influência do dia-bo é que, antes da conversão, “to-dos nós também, antes, andáva-mos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natu-reza filhos da ira, como os outros também” (versículo 3).

Satanás influencia a humanidade espiritualmente a rejeitar a Deus e a lei de Deus. Sob a influência de Satanás “a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em ver-dade, o pode ser” (Romanos 8:7).

Separado de Deus, o homem escolhe o seu próprio caminho, com resultados devastadores

e trágicos “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Provérbios 14:12; 16:25).

A influência de Satanás é tão grande que ele “engana todo o mundo” (Apocalipse 12:9). “Sabe-mos que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno” (1 João 5:19).

Quando Jesus Cristo regressar, “os reinos do mundo vieram [virão] a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre” (Apocalipse 11:15). O mundo de Satanás, erguido numa fundação de mentira e decepção, despedaçar-se-á ao ser substituído pelo Reino da verdade e da luz.

Quando Jesus veio pregar o Reino de Deus, Ele disse:

“é chegado o reino dos céus” e mandou-nos arrepender e crer na boa nova do Reino (Mateus 4:17 versão Revista e Corrigida e versão Corrigida e Fiel). A palavra Grega traduzida por “é chegado” é engizo. Ela quer dizer que alguma coisa se aproxima. Não significa que alguma coisa já chegou realmente, mas que está próximo de chegar.

Há versões da Bíblia que reco-nhecem esta distinção: a Bíblia na Linguagem de Hoje (BLH) traduz essa parte de Mateus 4:17 dizendo “…o Reino de Deus está perto;” a Bíblia Sagrada (edição Pastoral), Paulus 1993 diz, “o Reino do Céu está próximo” e a Bíblia Sagrada, Difusora Bíblica, 2002 traduz, “está próximo o Reino do Céu.”

Há outras traduções que di-zem que o Reino “se aproxi-

ma” ou que “está a chegar.” Elas esclarecem que o Reino de Deus não chegou, mas que se aproxima.

O que Jesus estava dizendo tinha a ver com a mensagem do Reino, bem como com a disponibilidade de Ele Próprio, como Rei do Reino. Nesse sentido, o Reino estava realmente muito próximo deles, conquanto não tivesse chegado na forma literal que Deus revelou a Daniel há muito tempo.

Jesus Cristo era a personificação da mensagem do Reino. Ele era o Governador, o Rei do Reino. Ele era o seu representante, Aquele por quem a humanidade seria capaz de entrar no Reino.

A Sua mensagem era a de que o povo devia arrepender-se, crer na boa nova que Ele trazia e pôr essa mensagem em acção mudando as suas vidas para reflectir crenças e compromisso.

Como é que o Reino está ‘chegado’

O Soberano dum Reino de Escuridão Espiritual

Essa herança, a vida eterna, não vem até que Cristo regresse (1 Co-ríntios 15:50-52; Romanos 8:17). Esta é a razão pela qual a Bíblia se refere aos santos como herdeiros do Reino (Tiago 2:5).

O versículo 13 de Colossenses 1 continua este tema acrescentan-do que aqueles qualificados como herdeiros, aqueles cuja situação se mudara de não herdeiros para her-deiros, também foram “transporta-dos,” ou transferidos, do poder da escuridão para o do Reino de Deus.

Nós, como santos da actualida-de, também trocamos sistemas de governo quando nos convertemos.

Agora prestamos a nossa lealda-de e obediência ao Reino de Deus, não obstante esse Reino ainda não tenha vindo completamente.

Em 2 Coríntios 5:20, Paulo usa diferentes comparações, chaman-do-nos “embaixadores,” para nos ajudar a compreender isto. Um embaixador é aquele que repre-senta um reino ou outro governo, mas que reside num outro país. Os Cristãos são, pois, embaixa-dores do Reino de Deus, repre-sentando a Sua maneira de viver na nossa corrente situação terre-na e era em que residimos. Nós ainda não estamos no Reino de Deus.

Continuado da página 21

A influência de Satanás é tão grande que ele “engana todo o mundo” (Apocalipse 12:9).

A Promessa da Vinda de um Reino

24 O Evangelho do Reino de Deus 25

O Evangelho de Jesus Cristo:

Salvação no Reino“ Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê …” (Romanos 1:16).

Nós vimos que Jesus Cristo pregou “o evangelho do Reino” e que enviou os Seus discípulos a proclamar a Sua mensagem antes da Sua crucifixão. Contudo, depois da morte e ressurreição de Cristo, apare-

ceu uma outra evidência na mensagem pregada pelos apóstolos, uma que não teria sido possível antes da morte de Cristo — Jesus Cristo tinha pago a pena-lidade pelos erros humanos! Ao fazer isso, Ele tornou-se o Salvador de todos que aceitassem o Seu sacrifício e vivessem uma vida Cristã.

Depois do Dia de Pentecostes, os apóstolos continuaram a proclamar o Reino de Deus do mesmo modo que tinham feito quando Cristo caminhou na terra, mas agora compreendiam e falavam uma outra dimensão: a vida eterna nesse Reino era agora possível através do sacrifício de Jesus Cristo, como Sal-vador da humanidade, e a través da Sua função permanente como nosso Sumo--sacerdote.

Hoje, há quem veja as expressões bíblicas “evangelho do Reino” e “evange-lho de Cristo” como que sendo mensagens diferentes. Na realidade, contudo, elas são uma só. O evangelho do Reino é a mensagem que Jesus Cristo trouxe e proclamou. O evangelho de Cristo é também a mensagem que Jesus Cristo pregou, juntamente à mensagem referente à Sua vida, morte e sacrifício em nosso favor, que nos tornou possível a vida eterna nesse Reino. O Reino de Deus só é obtido por intermédio do papel crítico de Jesus Cristo como Salvador pessoal de todo aquele que entre nesse Reino.

O entendimento aumentado dos apóstolos torna-se mais evidente nas suas epístolas e outras mensagens depois da morte e ressurreição de Jesus Cristo. O povo do tempo de Cristo aguardava um Messias conquistador que expulsasse o jugo do governo Romano da Judeia e estabelecesse um novo reino. Os discípulos de Cristo reconhceram-No como esse “Messias” e chamaram-Lhe “Cristo” (Mateus 16:16), que em Grego significa ungido — o mesmo que a palavra Hebraica “Messias” (João 1:14; 4:25). O termo ungido significa aquele que foi escolhido para ser Rei desse Reino Messiânico.

O Evangelho de Jesus Cristo: Salvação no Reino

Que espécie de futuro Deus tem reservado para o planeta Terra?

Através dos Seus profetas Deus revela muitos detalhes específicos do modo como este mundo será transformado no Reino de Deus. Vejamos algumas profecias acerca do mundo maravilhoso que Deus planeou para nós:

Um mundo de paz sem paralelo: “… converterão as suas espadas

em enxadas e as suas lanças em foices; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra. Mas assentar-se-á cada um debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira, e não haverá quem os espante...” (Miquéas 4:3-4). “Não se fará mal nem dano

algum em todo o monte da minha santidade, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Isaías 11:9).

A natureza dos animais selvagens transformada: “Morará o lobo com o cordeiro, e o

leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão, e a nédia ovelha viverão juntos, e um menino pequeno os guiará…” (Isaías 11:6).

Um mundo de abundância agrícola: “Eis que vêm dias, diz o Senhor,

em que o que lavra alcançará ao que sega, e o que pisa as uvas, ao que lança a semente; e os montes destilarão mosto, e todos os outeiros se derreterão … reedificarão as cidades assoladas, e nelas habitarão, e plantarão vinhas, e beberão o seu vinho, e farão pomares, e lhes

comerão o fruto” (Amós 9:13-14). “… farei descer a chuva a seu

tempo; chuvas de bênção serão. E as árvores do campo darão o seu fruto, e a terra dará a sua novidade” (Ezequiel 34:26-27).

As terras secas transformadas: “… águas arrebentarão no deserto

e ribeiros, no ermo a terra seca se transformará em tanques, e a terra sedenta, em mananciais de águas …” (Isaías 35:6-7).

Doença e enfermidade curadas: “Então, os olhos dos cegos serão

abertos, e os ouvidos dos surdos se abrirão. Então, os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará” (Isaías 35:5-6).

Coração e espírito novos dados à humanidade: “… lhe darei um mesmo coração,

e um espírito novo porei dentro deles … para que andem nos meus estatutos, e guardem os meus juízos, e os executem; e eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus” (Ezequiel 11:19-20).

As nações aprenderão os caminhos de Deus: “E irão muitas nações e dirão:

‘Vinde, e subamos ao monte do Senhor … para que nos ensine os seus caminhos, e nós andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei ...” (Miquéas 4:2).

Jesus Cristo governará o mundo: “Porque um menino nos nasceu,

um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros … Do incremento deste principado e da paz, não haverá fim …” (Isaías 9:6-7).

Profecias do Vindouro Reino de Deus

26 O Evangelho do Reino de Deus 27

Nova compreensão sobre o MessiasOs crentes Judaicos da Igreja primitiva teriam entendido a expressão “o

evangelho de Cristo” como uma mensagem incluindo muito mais que só a pessoa de Jesus Cristo. Posto que a palavra Cristo quer dizer “Messias,” eles compreendiam a mensagem dos apóstolos como “o evangelho do Messias” — a boa nova do Rei do futuro Reino de Deus. Para eles a boa nova não era só que Cristo tinha morrido pelos pecados da humanidade, mas que o Messias tinha vindo e haveria de regressar, para estabelecer o Seu Reino e cumprir as muitas profecias do Seu glorioso reinado.

O conceito de um Reino estabelecido pelo Messias não era novo para os seguidores de Jesus Cristo. As Escrituras registam que “eles estavam pensando que o Reino de Deus ia aparecer logo” (Lucas 19:11 BLH). Quando Cristo lhes apareceu outra vez, depois da Sua ressurreição, os discípulos perguntaram-Lhe, “Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?” (Actos 1:6).

O que os discípulos falharam em entender durante a vida de Cristo foi que o Messias, que eles esperavam que chegasse como um rei conquistador, primeiro teria que morrer para saldar a penalidade dos pecados da humanidade. Mesmo quando Jesus Cristo revelou esta verdade aos discípulos, eles recusaram aceitá-la. Não longe da Sua morte, “começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muito dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia. E Pedro, tomando-o de parte, começou a repreendê-lo, dizendo: ‘Senhor tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso’” (Mateus 16:21-22). Não só eles não compreendiam esse aspecto da missão de Cristo, como recusavam abertamente crer nela.

É compreensivo, então, que os discípulos ficassem chocados quando viram o seu Líder ser preso, em quem eles esperavam ver o governo invasor Romano ser derrubado. “… Então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram.” (Mateus 26:56). Confusos e devastados por este inesperado volte face dos acontecimen-tos, eles dispersaram-se enquanto Jesus era julgado, condenado e executado como um criminoso.

Mais tarde, depois de terem recebido o Espírito Santo no dia de Pentecostes (Actos 2:1-4), os discípulos compreenderam, como as Escrituras tinham profe-tizado, que o Messias teria de morrer e ser ressuscitado. O apóstolo Pedro, no seu primeiro sermão inspirado aos Hebreus reunidos em Jerusalém, declarou que David, num dos seus salmos, “falou a respeito da ressurreição do Messias e disse: ‘Ele não foi abandonado no mundo dos mortos, nem o seu corpo apo-dreceu na sepultura’” (Actos 2:31 BLH).

A necessidade dum libertador, ou Salvador, pessoal Pedro teve de pôr em foco a mente dos Judeus do seu tempo no sacrifício

expiatório de Cristo e na função como libertador pessoal, ou Salvador, em vez de somente um líder nacional: “Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas … Saiba, pois, com certeza, toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo” (Actos 2:32, 36). Quando, aqueles que se sentiam culpados, perguntaram: “‘Que faremos, varões irmãos’? Disse-lhes Pedro: ‘Arrependei-vos, e cada um de vós seja baptizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo’” (Aptos 2:37-38). Milhares deles responderam a esta chamada de arrependimento — a uma mudança de vida — e foram baptizados.

Pedro ajudou-os a ver que as promessas relativas ao Espírito Santo e à salvação (versículos 17-18, 21, 33, 40) só eram possíveis por causa do sacrifício e ressurreição de Jesus, o Messias profetizado (versículos 24, 30-33, 36). Aqueles para quem Pedro falou não tinham compreendido a necessidade do sacrifício do Messias pelos seus pecados pessoais, nem se tinham apercebido que Aquele que tinham até condenado à morte era na verdade o Messias por quem todos eles ansiavam. Os apóstolos lutaram para corrigir estes mal-entendidos.

A mensagem pública que se seguiu de Pedro esclareceu como é que a expiação de Cristo, a obra da salvação, conduz ao futuro Reino de Deus: “Mas Deus assim cumpriu o que já dantes pela boca de todos os seus profetas havia anunciado: que o Cristo havia de padecer. Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor. E envie ele a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado, o qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio” (Actos 3:18-21).

Esta magnífica mensagem, que incitou milhares a crer, ilustra a maneira como o evangelho tinha sido pregado desde o princípio, como envolveu Cristo como o sofredor Messias e como foi uma mensagem de “restauração de todas as coisas” — a fantástica esperança do regresso de Cristo como Rei de um Reino futuro.

Para onde conduz o sacrifício de CristoO apóstolo Paulo viu com grande clareza o significado do sacrifício de

Cristo e aonde ele conduz em última análise. Na primeira epístola aos Corín-tios ele descreveu a mensagem e ensinou: “… vos notifico, irmãos, o evange-lho que já vos tenho anunciado, o qual também recebestes e no qual também permaneceis; pelo qual também sois salvos, se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado, se não é que crestes em vão. Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Coríntios 15:1-4).

O Evangelho de Jesus Cristo: Salvação no Reino

28 O Evangelho do Reino de Deus 29

O acto de Jesus Cristo sacrificar a Sua vida em vez de nós é obviamente boa notícia. O Seu pagamento pela penalidade de morte por nós é notícia maravilhosa!

Mas a descrição do evangelho pregado por Paulo não terminou aí. Depois de começar pelo magnífico papel de Cristo na nossa salvação pessoal, ele continuou a sua explicação da razão da ressurreição de Jesus Cristo ser tão importante para a salvação de toda a humanidade: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem. Por-que, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo” (1 Coríntios 15:19-22).

Todos serão ressuscitados novamente à vida Repare-se que Paulo diz que todos eventualmente viverão. Ele continuou

mostrando que isto ocorreria por fases: “Mas cada um por sua ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda. Depois, virá o fim, quando tiver entregado o Reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo império e toda potestade e força.” (1 Coríntios 15:23-24).

Anteriormente lemos do governo de Cristo como Rei desse futuro Reino. Mas preste-se atenção que o Seu acesso ao poder como Rei é precedido pela ressurreição “dos que são de Cristo, na sua vinda”!

Paulo ao longo deste capítulo explica este belo aspecto da mensagem do evangelho que ensinou. Nos versículos 50-53 ele explicou quando e como podemos entrar no Reino de Deus: “Agora, digo isto, irmãos: que carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus, nem a corrupção herda a incorrupção. Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade.” (1 Coríntios 15:50-53).

Este é o extremamente encorajador propósito do nascimento, vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo — a ressurreição de muitos, muitos mais para a vida eterna para “herdar o Reino de Deus”! (versículo 50). Os seguidores de Cristo “herdam”, ou entram, no Reino “ante a última trombeta” (versículo 52), o enorme sopro que assinala o regresso de Cristo para governar a terra eternamente (Mateus 24:30-31; Apocalipse 11:15).

Vemos que a vida imortal no Seu Reino é possível por Jesus Cristo, “o qual aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção, pelo evangelho” (2 Timóteo 1:10).

Qual foi o propósito de Jesus Cristo? Porque é que Ele veio

à terra? Porque é que Ele voltará outra vez? As respostas a estas perguntas tornam-se evidentes quando examinamos o conceito de Messias.

Messias é uma palavra Hebraica que quer dizer “O Ungido.” A unção era usada, entre outras coisas, para significar que os reis tinham sido escolhidos por Deus (1 Samuel 15:1; 16:12-13; 1 Reis 1:34). Cristo significa “O Ungido” em Grego, a língua em que o Novo Testamento foi conservado para nós — o mesmo que a palavra Hebraica Messias. Os dois termos significam a mesma coisa (João 1:14; 4:25). Um rei e reino profetizados

Os Hebreus compreendiam que as Escrituras continham muitas pro-fecias sobre um governante divi-namente nomeado que restauraria a glória e a grandeza do reino de Israel. Por exemplo, Isaías 9:6-7 diz: “… o principado está sobre os seus ombros … Do incremento des-te principado e da paz, não haverá fim, sobre o trono de David e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e para sempre …” (Isaías 9:6-7). Jeremias 23:5 junta: “Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levanta-rei a David um Renovo justo; sendo rei, reinará, e prosperará, e pratica-rá o juízo e a justiça na terra.”

Depois dos reinos de Israel e de Judá terem sido levados para cativeiro, respectivamente, pela Assíria e pela Babilónia, o povo Israelita confiou nestas promessas de um libertador. Nos dias de Cristo, os descendentes dos Judeus que tinham regressado

da Babilónia à sua pátria alguns séculos antes, eram dominados pelo Império Romano. Na sua opressão eles oravam e esperavam pelo Messias prometido, um rei conquistador que os libertaria da soberania Romana e restauraria a grandeza de Israel.

Corretamente, eles deduziam de muitas profecias que o Messias apareceria brevemente. A espe-rança era grande. Quando João Baptista apareceu em cena, al-guns pensaram que ele podia ser o Messias. As Escrituras falam que “estando o povo em expectação e pensando todos de João, em seu coração, se, porventura, seria o Cristo [o Messias]” (Lucas 3:15).

João disse que não era o Mes-sias, mas apontou o povo a Jesus de Nazaré. Um dos seguidores de João, um pescador de nome An-dré, creu imediatamente em Cris-to. “Este achou primeiro a seu ir-mão Simão e disse-lhe: ‘Achamos o Messias’ (que, traduzido, é o Cristo)” (João 1:40-41). Ambos, An-dré e Simão (Pedro) tornaram-se discípulos.Jesus confirma que é o Messias

Jesus, numa conversa com uma mulher Samaritana, admitiu ser o Messias há muito esperado. “A mulher disse-lhe: ‘Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anuncia-rá tudo’. Jesus disse-lhe: ‘Eu o sou, eu que falo contigo’” (João 4:25-26).

Jesus, no Seu julgamento, tam-bém admitiu que era o Messias. “… O sumo-sacerdote lhe tornou a per-guntar e disse-lhe: ‘És tu o Cristo, [Messias] Filho do Deus Bendito’? E Jesus disse-lhe: ‘Eu o sou, e ve-

Jesus Cristo Foi o Messias

Continua na página 30

O Evangelho de Jesus Cristo: Salvação no Reino

30 O Evangelho do Reino de Deus 31

Como Pode Entrar no Reino

“Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33).

O tema da salvação através da vida, morte e ressurreição de Jesus é parte central da mensagem do evangelho. Jesus Cristo morreu, foi sepultado e foi ressuscitado por uma razão: “para que todo aquele

que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). Esta espantosa parte do evangelho — a entrada no Reino de Deus — é aspecto que muito poucos compreendem. É sinónimo da salvação. Sem se compreender esta parte do evangelho, não se pode compreender o que é a salvação. Sabe como entrar no Reino, como alcançar a salvação de que a Bíblia fala?

Entrar na própria família de DeusO que é que realmente significará salvação — vida eterna no Reino de

Deus — para aqueles que a receberem? Vimos que salvação é a transformação de um ser humano carnal, mortal para um glorificado, imortal filho de Deus. Repare-se como a epístola aos Hebreus expressa isso: “De fato, Deus, que cria e sustenta todas as coisas, fez o que era certo ao tornar Jesus perfeito por meio do sofrimento a fim de que muitos, isto é, os seus filhos, tomassem parte na sua glória. Pois é Jesus quem os guia para a salvação. Jesus purifica as pessoas dos seus pecados; e todos, tanto ele como os que são purificados, têm o mesmo Pai. É por isso que Jesus não se envergonha de chamá-los de irmãos” (Hebreus 2:10-11 BLH).

Já tinha entendido isto antes? Os que entrarem no Reino de Deus serão “irmãos” de Cristo, terão “o mesmo Pai”, serão todos da mesma família — da família de Deus! Todos são filhos de Deus trazidos, por Ele, “à glória” — um estado glorificado de espírito imortal (1 Coríntios 15:42-44). Isto é o que é a salvação. “Porque, assim o que santifica como os que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos, dizendo: Anunciarei o teu nome a meus irmãos, cantar-te-ei louvores no meio da congregação … E outra vez: Eis-me aqui a mim e aos filhos que Deus me deu” (Hebreus 2:11-13).

Porque Jesus Cristo não se envergonha de os ter como Seus próprios irmãos (e irmãs) mostra exactamente quão pessoal é a relação desta família. Os que entrarem no Reino de Deus, até participarão da mesma natureza

Como Pode Entrar no Reino

reis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-poderoso e vindo sobre as nuvens do céu’” (Marcos 14:61-62).

Jesus sabia que tinha nascido para ser um rei. Quando Pôncio Pilatos interrogou Cristo antes da Sua crucifixão, ele perguntou a Je-sus se Ele era na verdade um rei. Jesus respondeu-lhe: “… Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo …” (João 18:36-37).

O engano dos discípulosO facto de que o reino de Je-

sus não era para esse tempo, foi mal entendido pela maioria dos Seus seguidores. Eles assumiram que Jesus Cristo chefiaria uma sublevação popular que depo-ria os Romanos e estabeleceria uma nova entidade política. En-tre eles, alguns dos discípulos, às vezes, até argumentavam quem de entre eles assumiria as prin-cipais posições no novo governo (Mateus 20:20-21; Lucas 9:46; 22:24).

O seu entendimento era li-mitado. Eles não se aperce-biam que Cristo tinha primeiro de vir para sofrer e morrer pelos pecados da humanidade e somen-te mais tarde viria como o rei con-quistador que eles aguardavam.

Quando Jesus foi julgado e executado, eles apavoraram-se. As suas esperanças e sonhos de posições de poder foram por água abaixo. Pedro e alguns dos outros discípulos regressaram às suas ocupações de pescadores (João 21:1-3).

Mesmo depois de Jesus lhes aparecer outra vez, eles ainda não entendiam. Eles ainda esperavam que Cristo estabelecesse o Reino

de Deus então. Veja-se Actos 1:6-8: “Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor restaurarás tu neste tempo o reino a Israel? E disse-lhes: ‘Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder. Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra’” (Actos 1:6-8).

Jesus explicou que o tempo des-se reino não devia ser a princi-pal preocupação deles; na verdade eles nem saberiam quando ele se-ria estabelecido. As suas atenções, disse Cristo, deveriam estar aten-tas à obra que Ele lhes tinha atribu-ído. O Reino de Deus será estabe-lecido em devido tempo.

Eles por fim compreenderam que Jesus de Nazaré era na verdade o Messias prometido, mas primeiro teve de sofrer e morrer pelos peca-dos deles. Mais tarde Ele virá como um rei conquistador para estabele-cer o Reino de Deus.

As dezenas de profecias regis-tadas pelos profetas acerca de um Messias — profecias cumpridas por Jesus Cristo — são das pro-vas mais fortes de que a Bíblia é a Palavra inspirada de Deus. Os quatro Evangelhos relembram as profecias do Velho Testamento e mostram como Jesus Cristo as cumpriu.

Os Evangelhos também falam da Sua ressurreição e regresso à terra como rei conquistador. Essa é a mensagem dos Evangelhos — que Jesus Cristo foi o Messias que é profetizado no Velho Testamento. Para aprender mais sobre o papel de Jesus peça pela publicação gratuita Quem é Deus?

Continuado da página 29

32 O Evangelho do Reino de Deus 33

divina de Deus (2 Pedro 1:4), por toda a eternidade.Deus fará com que todos que entrarem no Seu Reino sejam, de um modo

geral, como Jesus Cristo! O apóstolo João é explícito: “Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus … agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos” (1 João 3:1-3).

Sim, seres humanos que entrem no Reino de Deus terão a gloriosa honra de serem como Jesus Cristo, ressuscitados e glorificados. “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Romanos 8:16-17).

Este é o potencial impressionante de todos os que receberem a vida eterna como membros da família que Deus está criando! Ser ressuscitado na família de Deus como autêntico filho de Deus, como uma parte da própria família imortal de Deus, é tão magnífico que é fútil tentar comparar isso com qualquer coisa que jamais tenhamos conhecido. Nenhumas aflições, sofrimentos e dificuldades nesta vida podem de forma alguma aproximar-se do inestimável valor do dom da vida eterna como filhos de Deus, realmente tornando-nos como Jesus Cristo. Este futuro maravilhoso é o que a mensagem de Cristo é acerca do Reino de Deus!

A recompensa dos santosA prometida recompensa dos santos — ou salvação, como muitas vezes é

chamada — ocorre na ressurreição da morte (1 Coríntios 15:50-52). Isto dá-se quando Jesus Cristo regressa ao toque da última trombeta e “os reinos do mundo vêm a ser de nosso Senhor e do seu Cristo” (Apocalipse 11:15). Quem seja ressuscitado da mortalidade para a imortalidade entrará no Seu Reino e assistirá Cristo num reinado, na terra, de 1.000 anos (Apocalipse 20:4-6).

O evangelho do Reino de Deus revela que Jesus Cristo fundará o Seu Reino na terra com os Seus santos ressuscitados para dar a todos a oportunidade para a vida eterna. O desejo de Deus é de que toda a gente herde o Reino de Deus, cada um no seu próprio tempo (2 Pedro 3:9; 1 Coríntios 15:20-26).

O evangelho verdadeiro revela que os santos — os fiéis seguidores de Jesus Cristo ressuscitados no Seu regresso para a vida eterna — serão activamente envolvidos com Jesus Cristo no governo do Reino de Deus, quando ele for estabelecido (Apocalipse 5:10). Há profecias no livro de Isaías que revelam que Cristo começará a lidar com os seres humanos vivos á Sua chegada para lhes ensinar os Seus caminhos. Os santos ressuscitados assistirão Cristo a produzir cura completa espiritual e física das nações (Isaías 30:20-21; 35:1, 5-6).

Os fiéis seguidores de Jesus Cristo, agora com vida eterna, assisti-Lo-ão como reis e sacerdotes no Reino de Deus (Apocalipse 1:6). Eles serão glorificados, espíritos imortais que viverão eternamente (1 Tessalonicenses 4:14-17; 1 Coríntios 15:42-44; 50-54).

Esta é a maravilhosa promessa de Deus a eles: “Quem vencer herdará todas as coisas, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho” (Apocalipse 21:7). O que é que esta herança inclui? Hebreu 2:6-8 dá indícios de que o nosso destino final é para participar no governo do universo inteiro como glorificados, imortais filhos de Deus!

Uma chamada para acçãoQuando ouvimos e compreendemos o evangelho do Reino de Deus, Jesus

espera que nos arrependamos e passemos a crer na boa nova deste Reino (Marcos 1:14-15). O Seu Reino é algo em que teremos de entrar (Marcos 10:23, 25).

Aceitar a instrução de Jesus de arrependimento e crença nesta mensagem, nesta boa nova, é o primeiro passo. Nós podemos dirigir-nos a Deus para sermos perdoados e reconciliados através de Jesus Cristo e começar a viver segundo as regras do Reino de Deus tal como foi ensinado por Jesus Cristo. Àqueles que recusarem viver o santo modo da vida de Deus ser-lhes-á recusado entrar no Reino de Deus e na vida eterna (1 Coríntios 6:9-10; Gálatas 5:19-21; Efésios 5:5).

O evangelho verdadeiro revela que os santos — os fiéis seguidores de Jesus Cristo ressus-citados no Seu regresso para a vida eterna — serão activamente envolvidos com Jesus Cristo no governo do Reino de Deus, quando ele for estabelecido (Apocalipse 5:10).

Quando ouvimos e com-preendemos o evangelho do Reino de Deus, Jesus espera que nos arrependa-mos e passemos a crer na boa nova deste Reino (Marcos 1:14-15).

Como Pode Entrar no Reino

34 O Evangelho do Reino de Deus 35

Jesus avisou-nos dos obstáculos que podem impedir a nossa entrada no Reino (Mateus 5:20; 19:23-25; Marcos 9:47; Lucas 18:17; João 3:5). Para se entrar no Reino, tem-se de adoptar uma perspectiva correta — uma atitude humilde, educável, como de criança — acompanhado por arrependimento verdadeiro, baptismo e recebimento do Espírito Santo de Deus (Mateus 18:3; João 3:3, 5; Actos 2:38).

Se quer saber mais sobre o baptismo e de como a sua vida pode mudar através da ajuda e guia do Espírito Santo de Deus, telefone ou escreva pedindo as nossas publicações gratuitas Tranformando a Sua Vida: O Processo da Conversão, Pode ter Fé Vivente, e O Caminho para a Vida Eterna. Este conhecimento é vital para a sua entrada no Reino de Deus

Buscar o Reino de Deus tem de se tornar a nossa maior prioridade, não importando quais as dificuldades. Paulo disse: “pois que por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus” (Actos 14:22). Jesus encorajou-nos a vencer estas dificuldades, conservando o Reino de Deus como o nosso objectivo principal (Mateus 6:33). Ele encoraja-nos a orar pela vinda do Reino de Deus (Mateus 6:10).

Quando a nossa vida se devota em busca do Reino de Deus, a nossa perspectiva será como a dos patriarcas tal como registada em Hebreus 11. Reparemos nestas palavras inspiradoras acerca da perspectiva deles: “Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas, mas, vendo-as de longe, e crendo nelas, e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra … Pelo que também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade” (versículos 13, 16). Os patriarcas consideraram-se “estrangeiros e peregrinos” porque buscaram o Reino de Deus. As suas vidas estavam centradas no Reino, não na vida física ou material.

O Mapa do caminho para o ReinoUma das formas como os Cristãos podem aumentar a sua visão do futuro

Reino de Deus é pelo entendimento do significado dos sete Dias Santos anuais de Deus. Conquanto a maior parte das pessoas pense que eles são observâncias Judaicas, Deus esclareceu que eles são, na realidade, Seus festivais e Dias Santos (Levítico 23:2, 4). Deus deu-nos estas observâncias

especiais para nos ajudar a compreendermos a função de Cristo na nossa salvação e de como o Reino de Deus será estabelecido na terra.

Em Colossenses 2:16-17, Paulo refere-se a estas festas como “sombras de coisas futuras.” Paulo e a Igreja guardaram-nas como lembranças do Reino de Deus vindouro. Não obstante outros criticassem os Colossenses pelo modo como observavam estes dias, Paulo e os membros da Igreja primitiva entenderam a ligação entre o propósito destes dias e do evangelho (1 Coríntios 5:7-8; 11:23-29).

Entendendo o significado destas assembleias sagradas anuais pode ajudar-nos a compreender a fantástica mensagem que Jesus ensinou — o plano de Deus para o Seu futuro Reino e vida eterna. Se deseja saber mais sobre os festivais anuais e do plano de Deus para si, então peça as nossas publicações gratuitas Qual é o seu Destino? e O Plano Dos Dias Santos De Deus: A Promessa de Esperança Para Toda a Humanidade.

Deus revela a Sua maravilhosa verdade aos que Ele está a chamar agora (João 6:44). Jesus Cristo disse que a Sua mensagem seria pregada até ao tempo final antes da Sua segunda vinda. “E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim” (Mateus 24:14).

A Igreja de Deus Unida está dedicada a proclamar esta mensagem e convida-o para imitar o conselho de Cristo em crer e responder a esta chamada. Para quem esteja genuinamente buscando o Reino de Deus, oferecemos a revista, A Boa Nova. Como o nome indica, A Boa nova é dedicada à mensagem que Jesus proclamou. Nela encontrará muitos artigos explicando os ensinamentos de Jesus Cristo sobre o Futuro Reino de Deus e o que deve fazer para entrar nesse glorioso Reino. Visite simplesmente o nosso “Web site” em www.revistaboanova.org ou contacte o nosso escritório mais próximo de si para a sua subscrição gratuita.

A mensagem que Jesus trouxe chama-se, apropriadamente, a boa nova — o evangelho — do Reino de Deus. E é verdadeiramente boa notícia, a mais maravilhosa notícia para a humanidade. Jesus Cristo está-lhe a pedir para crer nesta boa nova e “buscar primeiro o Reino de Deus” (Mateus 6:33). Se o fizer, diz Jesus Cristo em Lucas 12:32, será prazer de Deus dar-lhe o Reino!

Uma das formas como os Cristãos podem aumentar a sua visão do futuro Reino de Deus é pelo entendimento do significado dos sete Dias Santos anuais de Deus.

Como Pode Entrar no Reino

Quem somos: Esta literatura é distribuída gratuitamente pela Igreja de Deus Unida, uma Associação Internacional, que tem ministros e congregações em muitas partes do mundo.

Nós encontramos as nossas raízes na Igreja que Jesus fundou, no início do primeiro século. Seguimos os mesmos ensinamentos, doutri-nas e práticas que então foram estabelecidas. A nossa incumbência é a de proclamar o evangelho do vindouro Reino de Deus por todo o mundo, como uma testemunha, e de ensinar todas as nações a obser-var o que Cristo ordenou (Mateus 24:14; 28:19-20).

Gratuito: Jesus Cristo disse: “de graça recebestes, de graça dai” (Mateus 10:8). A Igreja de Deus Unida oferece esta e outras publica-ções gratuitamente, como um serviço educacional no interesse pú-blico. Nós o convidamos a pedir a sua subscrição gratuita da revista A Boa Nova e a inscrever-se no nosso Curso de Ensino Bíblico, de 12 lições, também livre de custos.

Estamos agradecidos pelos generosos dízimos e ofertas dos mem-bros da Igreja, e doutros colaboradores, que voluntariamente con-tribuem para o suporte desta obra. Não solicitamos fundos do público em geral. No entanto, aceitamos de bom grado contribuições em ajuda a compartilharmos esta mensagem de esperança com outros. Todas as receitas são auditadas por uma firma independente de auditoria.

Conselho pessoal disponível: Jesus ordenou os seus seguidores para apascentar as Suas ovelhas (João 21:15-17). Para ajudar a cum-prir esta instrução, a Igreja de Deus Unida tem congregações à volta do mundo. Nelas os crentes reúnem-se para serem instruídos segun-do as Escrituras e para confraternizarem.

A Igreja de Deus Unida empenha-se em entender e praticar o Cris-tianismo do Novo Testamento. Desejamos compartilhar o estilo de vida de Deus com os que ardentemente buscam adorar e seguir o nosso Salvador, Jesus Cristo.

Os nossos ministros estão disponíveis para aconselhar, responder a questões e explicar a Bíblia. Se desejar contactar um ministro, ou visitar uma das nossas congregações, queira sentir-se à vontade para contactar o nosso escritório mais próximo de si.

Informação adicional: Nem todas as publicações mencionadas neste livro estão correntemente disponíveis na língua Portuguesa, mas estamos empenhados num projecto em as traduzir para o Português. Visite o nosso “Web site” www.revistaboanova.org para ter conhecimento das publicações correntemente disponíveis em Português, ou para pedir ou “descarregar” qualquer das nossas publicações, incluindo edições da revista A Boa Nova, livros e outras. Também pode visitar o nosso portal www.gnmagazine.org para uma lista completa das nossas publicações em Inglês, ou o portal www.beyondtoday.tv para programas de televisão educacionais em Inglês. Se desejar corresponder connosco em Português, por favor envie-nos um e-mail para [email protected] ou escreva-nos para um dos endereços atrás em lista.

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Autor: Igreja de Deus Unida, uma Associação Internacional Escritores contribuintes: Scott Ashley, Bill Bradford, Roger Foster

Revisores editoriais: Paul Kieffer, Burk Mc Nair, John Ross Schroeder, Donald Ward

Capa: Ilustração fotográfica por Shaun VenishTradutor: José dos Santos Martins

Revisor e editor final da tradução: Jorge Manuel de Campos