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Os fundamentos do evangelho

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Edificados na Rocha

Parte 1 .................................................................................................. 5

Parte 2 .................................................................................................. 8Parte 3 ............................................................................................. 11

Os Três Fundamentos Básicos para uma Vida Cristã Vitoriosa ............ 13

O Batismo nas Águas .......................................................................... 15

Os Dízimos e as Ofertas Alçadas

Parte 1 ............................................................................................... 17Parte 2 - A Mordomia ...................................................................... 20Parte 3 - A Mordomia e o Reino de Deus ......................................... 22Parte 4 - As Primícias do Senhor ..................................................... 24Parte 5 - O Dízimo está Ligado ao Sacerdócio de Jesus Cristo ........ 27

A Ceia do SenhorParte 1 - Os Símbolos da Ceia ......................................................... 30Parte 2 - O Significado Espiritual da Ceia ....................................... 34

O Reino de DeusParte 1 - Discernindo as Manifestações do Reino ............................ 37Parte 2 - Definindo o Reino de Deus ................................................ 39Parte 3 - Compreendendo o Reino de Deus ...................................... 41

As Parábolas Sobre o Reino de Deus ................................................... 43

A Parábola do Trigo e do Joio .............................................................. 46

A Parábola da Semente ........................................................................ 49

A Unção está na Visão ......................................................................... 51

Buscai Primeiro o Reino de Deus ........................................................ 53

Sumário

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O Crescimento do Reino de DeusParte 1 ............................................................................................... 55Parte 2 - As Bem-Aventuranças ......................................................... 57Parte 3 - Bem-Aventurado os Humildes de Coração .......................... 59

Você é o Sal da Terra ............................................................................ 61

Você é a Luz do Mundo ....................................................................... 63

Milagres e Curas Realizados por JesusParte 1 - Definição Geral ................................................................. 65Parte 2 - A Transformação da Água em Vinho ................................. 67

O Espírito Sobre Vocês ........................................................................ 69

O Espírito Santo, o Vinho da Alma ...................................................... 72

Como Receber o Poder de Jesus Cristo ................................................ 75

Jesus Acalma a Tempestade ................................................................. 77

A Pesca MaravilhosaParte 1 ................................................................................................ 80Parte 2 ................................................................................................ 82

Jesus Caminha Sobre as Águas ............................................................ 84

Jesus Expulsa Demônios ..................................................................... 87

O Reino das Trevas Versos o Reino da Luz .......................................... 90

Jesus Expulsa DemôniosParte 1 - A Igreja dos Primogênitos ................................................... 92Parte 2 - A Benção da Primogenitura ............................................... 95

O Reino de Deus .................................................................................. 97

Sumário

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I. A Igreja não é um templo físico.

a) Ela é um templo espiritual edificado em Cristo Jesus (Mateus 16.18). a.1 - A edificação é manifestada pela exi-bição do caráter de Cristo na vida do crente. a.2 - Edificar significa transferir os ensinos bíblicos para o coração, a fim de que os mesmos se tornem vivos dentro de cada crente.

b) Para que as portas do inferno não prevaleçam contra a Igreja é preciso entender que: b.1 - Igreja é a congregação dos irmãos;

b.2 - Demonstrar o exemplo com irmãos de mãos dadas.II. O caráter de Cristo manifestado no crente reflete a extensão desta edificação.

a) O crente vive para agradar a Deus. a.1- Agradar significa gratificar totalmente. Agradar vem da raiz grega “euarestos” = concordar plenamente; aceitável, agradável. a.2 - Só é possível estar em plena concordân-cia com Deus pela Palavra.

Conclusão: Todo crente deve amar a Palavra de Deus pois é ela que nos conduz a Cristo.

A Igreja não é um templo físico. Para alcan- çar a sua plena razão de existência nos planos de Deus ela tem que ser construída sobre a Rocha, que é Jesus Cristo — “Também Eu te digo que tu és Pe-dro, e sobre esta Pedra edificarei a Minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mt. 16:18) Se esta edificação deve ser feita sobre a Rocha (Jesus Cristo), isto significa que nós recebere- mos o caráter Dele. Esta edificação não é material; é espiritual. Nossas vidas são moldadas pelas doutri-nas que o Espírito Santo de Deus inspirou na vida de Seus apóstolos. Cada doutrina recebe inspiração do Espírito Santo e produz a qualidade de vida que ela instrui ao cristão. Nossas vidas irão passo a passo se tornando uma doutrina viva e refletindo toda a virtude de Cristo em nós. Não há meios de sermos edificados fora de Cristo: “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já foi posto, o qual é Jesus

Cristo”. (1 Co 3.11). Cristo é o Espírito da Verdade em nós, portanto, o fundamento do qual estamos fa-lando trata-se de uma pessoa — a pessoa maravilhosa de Jesus Cristo em nós. I a.1 - A edificação é manifestada pela exi-bição do caráter de Cristo na vida do crente. Esta é uma verdade inegável. O crescimento espiritual do crente se reflete em suas atitudes, palavras, maneira de se portar... Enfim, no seu caráter. Esta é a diferença entre um salvo e o não salvo, o seu caráter de vida. A salvação se manifesta na vida daquele que invoca o nome do Senhor e O recebe em seu espírito. Não podemos medir a verdadeira edificação pelo tamanho de um templo, pela sua expansão pelo país, por sua pujança financeira ou qualquer outro padrão natural. A verdadeira edificação da igreja vem pelo Espírito Santo refletindo a natureza de Cristo nas vidas de seus membros. O que se pode ver de Deus é mani-

Ministração Ore pela visão das Tribos: unção, fidelidade dos líderes e amor entre os irmãos. Ore pela participação de todos nesta visão. Ore pela implantação da mesma em todas as nossas igrejas.

Edificados na RochaParte 1

Edificados na Rocha | Parte 1

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festado na igreja. Ela é o espelho desta glória divina. Quando a edificação é real a glória de Deus reside ali e por essa razão nada pode prevalecer, senão a glória. No meio da glória de Deus estão as manifestações dos Seus dons nos filhos que Ele comprou pelo sangue de Jesus. Os sinais são evidentes e muito reais. Os prodí-gios alcançam seus limites máximos trazendo curas, libertações, e gozo espiritual para todos que estão ali. Ao sair do local das manifestações o crente sai mais edificado, exibindo ainda mais o caráter refinado da maravilhosa pessoa de Jesus Cristo. I a.2 - Edificar significa transferir os ensinos bíblicos para o coração, a fim de que os mesmos se tornem vivos dentro de cada crente. Há poder na Pa-lavra para gerar a imagem de Deus em cada pessoa salva por Jesus. A edificação é, portanto, o resulta-do da interação entre os crentes segundo os ensinos contidos na Palavra de Deus. Cada verso, cada ensino bíblico, vivido na prática dentro do corpo de Cristo, aquilo que foi escrito no papel, a letra, deve se tornar viva dentro daqueles que compõem o corpo de Cristo, que é a Sua igreja. Quando o povo de Deus recebe a revelação da Palavra em seu coração ela passa ter vida biológica em cada individuo, efetuando com poder a edificação de cada membro da igreja. Se a igreja de hoje não reflete esta glória de uma vida abundante em Cristo é porque ela tem substituído os ensinos vivos revelados nas santas escrituras por práticas que pro-cedem de meras tradições, recebidas através dos tem-pos e tidas como verdades absolutas. É fundamental saber que, também a tradição humana ganha vida nas pessoas quando elas aceitam tais tradições sem sequer exami-ná-las com maior cuidado à luz das sagradas escrituras. Tais tradições não edificam a vida do cren-te. Elas apenas incham a igreja de um suposto conhe-cimento bíblico. A verdadeira edificação é o resultado prático de vidas que ministram umas às outras dentro de uma revelação espiritual dos oráculos de Deus. Uma igreja edificada é uma igreja viva e cheia do Seu poder. Para que as portas do inferno não prevaleçam contra a Igreja é preciso entender que ela está edifi-cada sobre a Rocha. Essa Rocha é Jesus Cristo. Ele é a Pedra Angular apreciada por Deus, porém, rejeita-da pelos construtores. Davi, o salmista já profetizava sobre esta Pedra Angular no Salmos 118:22 “A Pe-dra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal, Angular”. Isaías dela também profetizou: “Portanto, assim diz o Senhor Deus: Eis que eu as-sentei em Sião uma Pedra, Pedra já aprovada, pre-ciosa, angular, solidamente assentada; aquele que crer não foge”. (Is 28:16). Zacarias também viu essa pedra e profetizou: “de Judá sairá a Angular; dele, a

estaca da tenda; dele o arco de guerra; dele sairão todos os chefes juntos”. (Zc 10:4). Os discípulos Ma-teus, Marcos e Lucas mencionam as palavras de Jesus fazendo referência ao que dele havia sido profetizado (Mt 21:42; Mc 12:10 ; Lc 20:17). Pedro, apóstolo de Jesus, cheio do Espírito Santo, em sua palavra “às au-toridades, aos anciãos e os escribas que estavam com o sumo sacerdote Anás, Caifás, João, Alexandre e to-dos os que eram da linhagem do sumo sacerdote” lhes disse: “tomai conhecimento, vós todos e todo o povo de Israel, de que, em nome de Jesus Cristo, a quem vós crucificastes, e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, em Seu nome é que este está curado pe- rante vós. Este Jesus é a Pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a Pedra Angular” (At 4:10-11). Paulo vem depois e confirma esta verdade maravilhosa de Cristo como a Pedra sobre a qual e pela qual somos sustentados, a Pedra Angular: “edi-ficados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo Ele mesmo, Cristo Jesus, a Angular” (Ef 2:20). Esta realidade verdadeira coloca a igreja de Jesus em segurança contra as mais hostis forças do inferno. A Igreja está sendo edificada sobre a Rocha e é susten- tada pela Angular. Esta Pedra Angular é viva. Se a Pedra é Cristo, logo, nós somos as próprias pedras vivas que formam as paredes espirituais deste templo glorioso do Senhor (1 Pe 2:6-10). A grande verdade que nos deixa perplexos pelo poder concedido a cada um de nós é: se somos as partes que formam a igreja de Jesus, logo, as portas do inferno não prevalecerão contra nós, os que formamos a igreja do Senhor. Aleluia! O caráter de Cristo manifestado no crente re-flete a extensão desta edificação. Esta edificação não é medida por uma trena ou fita métrica. Ela não é física. Esta edificação é medida pela manifestação da própria vida que recebemos em nós no dia em que recebemos Jesus como salvador. Quanto mais se re-cebe Dele mais se reflete Ele. Uma igreja edificada vive a Palavra de Deus incondicionalmente. A edifi-cação se reflete diretamente nos relacionamentos en-tre os irmãos na igreja, nos lares e no ambiente de trabalho. A pessoa se torna como Jesus. Ela reflete exatamente o que Ele é nela. A triste realidade de hoje é que o crescimento ou edificação da igreja é medi-do pelo tamanho do seu templo, sua exposição na so-ciedade pelo uso da mídia, pelo poder aquisitivo dos seus membros ou ainda pela extensão territorial que ela conquistou durante os anos de existência. Mesmo que tudo o que foi mencionado sejam reflexos de uma edificação, tais coisas não são, em si mesmas, a edi-ficação bíblica. Se não houver uma mudança real nas vidas dos que compõem o rol de membros da igreja,

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seguindo o exemplo deixado por Cristo, então isto pode até ser considerado crescimento, porém não será edificação da igreja. A verdadeira edificação bíblica é o reflexo de Cristo na vida de cada pessoa salva por Ele. II a - O crente vive para agradar a Deus. Este deveria ser o alvo de todo crente. Para isso lhes foi dado a fé. Está escrito nas sagradas letras que sem fé é impossível agradar a Deus. Logo, a fé é o poder dado pelo Espírito à Igreja para que viva em plena obediência ao Pai celestial. Plena obediência é fruto da edificação espiritual real da Igreja. Somente uma igreja edificada tem poder para viver todas as doutri-nas deixadas para ela pelos apóstolos de Deus. Exis- tem doutrinas difíceis de serem vividas pela igreja porque elas vão de encontro a sentimentos profundos das pessoas, umas contra as outras. Estes sentimen-tos carnais são como um combustível inflamável para atear fogo estranho dentro da casa do Senhor. II a.1 - Agradar significa gratificar totalmente. Agradar vem da raiz grega “euarestos” = concordar plenamente; aceitável, agradável. Uma vida car-nal não pode agradar a Deus. É isto que a Palavra nos revela: “o pendor da carne é inimizade contra Deus” (Rm 8:7). A carne se opõe ao espírito. Quan-do o crente é edificado sua carne vai morrendo. Este

é o mandamento bíblico em Colossenses 3:5 “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena” Esta tem que morrer de fato para que vivamos para a glória Dele. Só assim agradaremos a Deus, ou melhor, seremos aceitáveis perante Ele. II a.2 - Só é possível estar em plena con-cordância com Deus pela Palavra. Glória a Deus por Sua palavra. É a Palavra que nos revela o caminho a Cristo. Seria impossível ao crente ter suas experiên-cias com o Deus vivo se não fosse pelas revelações contidas na Bíblia Sagrada. Este é um mistério que provavelmente só saberemos no teor de sua profun-didade no céu. Por que precisamos de fé para inter-agir com Deus? Porque Deus, supremo e majestoso, simplesmente não nos busca e realiza toda Sua obra num só instante. Ele tem poder para isso; porém, tudo ainda está sujeito à obra da fé e a revelação dos Seus mistérios em nosso espírito. Um longo caminho rumo à plenitude de nosso chamado em Cristo! Apesar de todas as tentativas do maligno de destruir a Palavra de Deus juntamente com aqueles que O servem, Deus tem fielmente cuidado da preservação de Sua santa Palavra.

Conclusão: Todo crente deve amar a Palavra de Deus pois é ela que nos conduz a Cristo.

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I. No estudo anterior, vimos que Deus tem fiel-mente cuidado da preservação de Sua santa Pa-lavra. Todo crente deve amar a Palavra de Deus, pois é ela que nos conduz a Cristo. a) Por isso a fé vem pela Palavra.b) Poderíamos dizer que a fé é a convicção da con-cordância.

II. As doutrinas apostólicas nos revelam o que Deus deseja de nós. a) Cristo como fundamento é o nosso modelo de vida.

b) São as doutrinas apostólicas que serão edificadas sobre este fundamento.

III. O que se constrói sobre o fundamento pode ser: a) A obra realizada baseada na revelação (1Co 3.11-15).

Conclusão: A Igreja é um grupo de pessoas lavadas pelo sangue de Jesus e que vive segundo os ensina-mentos Dele.

I a - No estudo anterior, vimos que Deus tem fielmente cuidado da preservação de Sua santa Pala-vra. Todo crente deve amar a Palavra de Deus, pois é ela que nos conduz a Cristo. Por isso a fé vem pela Palavra; a Palavra de Deus produz fé no Cristão. Ela nos faz meditar em Seus ensinos e o poder da fé nos leva a viver cada aspecto revelado para o agrado de nosso Pai e o recebimento de todas as Suas promessas. Esta obra de edificação é constante na vida de cada crente que recebeu o Es-pírito Santo em seu coração. I b - Poderíamos dizer que a fé é a convicção da concordância. Este poder glorioso que ela libera nos crentes acontece quando as mentes dos filhos de Deus se rendem em concordância com a revelação da Palavra. A fé é a força divina que age no homem e através dele. Muitos no passado experimentaram o seu poder. Sansão derrotou mil soldados filisteus, matou um leão com suas próprias mãos, derrubou um templo pagão pela força que ela gerou em seus

músculos. Outros viram o seu poder de formas vari-adas, vencendo reinos, tendo forças para serem que-imados vivos, ter filho em idade avançada e muito mais. Todos venceram pelo poder da fé. Este poder magnífico dado aos filhos de Deus aumenta em in-tensidade com o crescimento espiritual gerado pela edificação do Espírito. A edificação do crente o leva a uma comunhão mais profunda com o Deus que ele serve. Ela possibilita vê-Lo de forma mais clara e convicta. O caminho da edificação do espírito possi-bilita novas experiências com Ele a cada instante de vida em Sua companhia. Uma mente em concordân-cia com o Espírito Santo só pode acontecer quando a obra da edificação for conduzindo o crente de fé em fé, de glória em glória, até a estatura de varão perfeito ou completo. II - As doutrinas apostólicas nos revelam o que Deus deseja de nós. Deus inspirou grandes homens com Suas doutrinas sagradas. Através delas encontramos um caminho seguro rumo à perfeição. A

Ministração Ore pela visão das Tribos: unção, fidelidade dos líderes e amor entre os irmãos. Ore pela participação de todos nesta visão. Ore pela implantação da mesma em todas as nossas igrejas. Ore pelas dificuldades de cada pessoa da sua Tribo. Ore pela cura espiritual de cada um.

Edificados na RochaParte 2

Edificados na Rocha | Parte 2

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edificação acontece quando estas doutrinas forem se tornando vivas dentro de cada crente. Os passos para as grandes experiências com Deus estão revelados em formas doutrinárias a fim de que cada um, inividu- almente, encontre uma experiência de vida gloriosa com o Espírito Santo de Deus. A edificação do espiri-to é fundamental nestas experiências. As faculdades mentais dos filhos de Deus precisam ser exercitadas profundamente nestas verdades escritas para que eles alcancem êxito na comunhão com o Espírito do Pai. A Palavra é o caminho para o exercício das nossas faculdades mentais; “Mas o alimento sólido (o nu-trimento que produz a edificação espiritual do cren-te) é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal” (Hb 5:14). A palavra traduzida por “faculdade” no português em sua versão original no grego (aistheterion) significa: faculdade da mente para perceber, julgar e entender. Logo, a faculdade mental envolve todos os sentidos humanos. Se analisarmos com maior profundidade o que isto produz no homem, veremos que a edifi-cação produz algo muito poderoso na vida do cren-te. É como uma pessoa que vai sendo transformada de um estado fraco para outro totalmente forte. Do corruptível para um estado incorruptível. Se as escri- turas nos revelam o que Deus quer que façamos para alcançar a maturidade, nossas faculdades exercitadas na Palavra produzem o meio para uma vida de muito poder espiritual ainda nesta Terra. O Exemplo disto é a própria vida de Jesus e dos apóstolos após o batismo com o Espírito Santo. II a - Cristo como fundamento é o nosso mo- delo de vida. Creio que a maioria das pessoas diria que viver uma vida totalmente semelhante à de Jesus Cristo é impossível a qualquer ser humano. Porém esta vida é uma promessa de Deus para toda a Sua igreja. A edi- ficação do Espírito na igreja permite esta qualidade de vida daqueles que adoram o Pai ce-lestial. Cristo é a nossa garantia de glória. Cristo, a unção, o Espírito Santo, é O caminho desta vitória gloriosa. Ele é Quem nos edifica para o serviço real ao Pai do céu. Quem crer Nele fará as mesmas obras que Ele fez. Jesus, um varão de estatura plena, completo espiritualmente, cheio da glória e do Espírito Santo de Deus. Por isso realizou as obras mencionadas na biblia. Se temos Dele o ensino de que faremos as mes-mas obras que Ele, logo, isto significa que devemos ser edificados até a Sua estatura plena. A edificação, portanto, é um crescimento do Espírito em nós, o qual Se manifesta com poder através dos nossos corpos. II b - São as doutrinas apostólicas que serão edificadas sobre este fundamento. A princípio esta

afirmação parece estranha; porém, quando presta-mos bastante atenção vemos que as doutrinas pas-sam a ser parte das nossas ações. O Espírito Santo dá vida às doutrinas em cada crente. Por exemplo: “amai uns aos ou-tros” é uma doutrina apostólica. Quando recebemos esta porção espiritual transferida pela palavra apostólica, passamos a pôr em prática este mandamento diariamente e mais intensivamente ao crescermos na comunhão com o Espírito. Cristo é o fundamento espiritual da nossa vida. A Sua mani-festação de amor em nosso espírito revela a Sua co-munhão com nosso espírito. A ação que demonstra o nosso amor pelas pessoas são como alimento espiri-tual que nos fortalece mais para o cumprimento deste mandamento. Segundo as palavras de Jesus, o nos-so amor por Deus é demonstrado pelo cumprimen-to dos mandamentos sagrados. Logo, quanto mais cumprimos os Seus mandamentos, mais edificados no amor estamos. Nesta equação espiritual vemos que as doutrinas apostólicas nos dão o material espiritual que necessitamos para edificar sobre o fundamento que é o poder de Cristo. Assim se repete com todas as outras doutrinas passadas pelos apóstolos do Senhor. III - A obra que construímos sobre o funda-mento, Cristo, pode ser comparada a vários tipos de materiais. “Porque ninguém pode lançar outro fun-damento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo. Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, pa-lha, manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará. Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo” (1 Co 3:11-15). Veja com cuidado o texto aci-ma. Primeiro, ninguém pode lançar outro fundamen-to, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo. Sen-do este fundamento uma pessoa, Jesus Cristo, logo, não podemos construir qualquer outra obra debaixo de outro ensino senão do Dele. Isto nos faz entender que muitos estão operando debaixo de ensinos de ou-tros líderes religiosos, de denominações, ou qualquer outra facção humana. Estas obras são comparadas com diferentes tipos de materiais. Qualquer outro motivador de obras que não seja Cristo é comparado a materiais que queimam no fogo. Nossas obras em Cristo são comparadas ao ouro. Elas permanecem in-tactas mesmo mediante o fogo intenso das provações. Muitos crentes espalhados pelo mundo operam mo-tivados por cargos nas igrejas, interesses por posições de eminência, porque são pagos para aquele trabalho

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específico, etc. Tais obras não procedem do poder de Cristo, logo, são obras perecíveis e não proporcionam o galardão divino. Tudo o que fazemos na igreja ou fora dela deve ser para a glória de Deus sobre o fun-damento de Cristo.

Concluímos que a Igreja é um grupo de pessoas lava-das pelo sangue de Jesus e que vive segundo os en-sinamentos Dele. A edificação é o real crescimento espiritual de cada crente no poder do Espírito Santo de Deus. A edificação acontece no interior do crente, em seu espírito. O templo é muito importante no contexto de culto, porém ele não é parâmetro para se medir o

real crescimento de uma igreja. Nem o seu aumento numérico (numa certa dimensão), porque nem sempre todos os agregamentos de pessoas à igreja são por convicção de salvação. Existem pessoas que se fili- am à igreja porque gostam dos cultos, dos programas muito bem elaborados ali, por causa das suas estrutu-ras, sua música, e outros valores que a igreja apresen-ta; porém, a filiação não parte de uma convicção pro-funda de amor ao corpo local para servi-lo em amor, com as manifestações dos dons espirituais, o fruto do Espírito, e contribuição para o desenvolvimento dos ministérios que ali são realizados.

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I. Jesus Cristo é o “Logos”, ou a “Palavra” de Deus (João 1:1- 4).

a) Ele é o autor e consumador da fé (Hb 12.2).b) Porque Ele habita em nós, a Sua fé está presente em nós.c) Esta fé se manifesta pelo conhecimento da Pala-vra, Palavra esta que nos faz esperar em Deus por aquilo que Ele revela (Hb 11.1).d) A fé vem pela Palavra de Deus (Rm 10.17).

II. A nossa edificação baseia-se no princípio da semeadura.

a) A edificação está ligada ao crescimento espiritual (1Co 3:6,7).b) A semente é a Palavra de Deus.c) A Palavra gera poder em nossa vida para que vivamos aquilo que ela diz.

III. Somos o alvo desta edificação.

a) Se a Palavra é a nossa edificação, queremos com-partilhá-la com você.b) Sua vida é importante para Deus.

IV. Como faremos isto?

a) O Líder de 10 sobre dez famílias.b) Um acompanhamento especial que possibilite ministrações especiais para cada membro da Igreja.c) É importante que você entenda o espírito da visão.

Conclusão: Seja um membro fiel à visão. Não falte, integre-se na Igreja local, participe dos ministérios, contribua financeiramente com a obra e ore por toda igreja.

No estudo passado vimos que o nosso funda-mento é Cristo Jesus. Vimos também que a doutrina dos apóstolos é o material a ser usado nesta edifi-cação. Hoje veremos que a fé vem pela Palavra de Deus e como a participação dos irmãos nas reuniões é vital para alcançarmos os objetivos da edificação. I - Jesus Cristo é revelado por João como o “Logos” de Deus ou a “Palavra” de Deus (Jo 1:1-4). Jesus veio como a Palavra encarnada de Deus. Hoje Ele habita em nosso espírito e nos deu Sua Palavra escrita. Ele e Sua Palavra são um. O Espírito Santo tem poder transformador e nos muda a cada segundo das nossas vidas. Esta transformação vem pelo fun-damento escrito na Palavra de Deus. No livro de He-

breus nós encontramos a seguinte revelação: “Ora, a fé é o firme fundamento de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem.” (Hb 11.1). O fundamento do qual se refere o autor de Hebreus é o que passamos a esperar em Deus, pela revelação que encontramos na Palavra divina. A Bíblia revela a von-tade de Deus e passamos a esperar que ela se torne realidade em nossas vidas. II - Toda a edificação baseia-se no princípio da semente. Isto parece um pouco estranho porque se tem a impressão que edificação está ligada a edi-fício ou prédio. No entanto, edificação está ligada a crescimento. Quem nos dá este crescimento é Deus: “Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de

Ministração Ore pela visão das Tribos: unção, fidelidade dos líderes e amor entre os irmãos.

Ore pela participação de todos nesta visão.Ore pela implantação da mesma em todas as nossas igrejas.

Ore pelas dificuldades de cada pessoa da sua Tribo.Ore pela cura espiritual de cada um.

Edificados na RochaParte 3

Edificados na Rocha | Parte 3

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Deus. De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento” (1 Co 3:6,7). A semente é a Palavra e a edificação é a nossa conformidade com Ela. O Espírito da Palavra age segundo o que Ela diz. Quando os crentes são edi- ficados a igreja é edificada, pois a igreja é a reunião de pessoas que vivem os ensinamentos bíblicos. III - Você agora é parte desta edificação. Por isso temos tido o cuidado de colocá-lo nesta visão es-piritual. Partindo do princípio que a Palavra de Deus é a nossa edificação, estaremos compartilhando toda a revelação desta nova aliança com você e com todos os demais, ligados às Tribos. Sua vida é importante para Deus e por isso, sentimos um peso ministerial sobre ela. Cremos que sua vida será muito abençoada e profundamente transformada pelo poder de Deus. IV - Um líder será colocado para levar a Pala-vra de Deus a você e aos integrantes de sua Tribo. Tal líder será uma pessoa habilitada por Deus e reconhe-cida pela igreja através da unção do ministério pas-toral para esta obra de cuidar do rebanho do Senhor. Esta é a forma como poderemos acompanhar você e sua família neste processo de crescimento espiritual. Este líder reúne-se com o pastor da igreja todos os domingos na Escola Dominical, recebe a palavra de ensino e a leva para a Tribo na semana que se inicia. Ele é preparado para instruí-los na Palavra de Deus e treinado para acompanhar este crescimento que vem

do Espírito pela revelação da Palavra. Com este acompanhamento será possível aos pastores da igreja agirem segundo as necessidades de cada um. O líder da Tribo será informado das bênçãos ou necessidades de cada membro e as passará para o ministério pastoral. Com estas informações o ministério pastoral estará intercedendo por cada um dos nossos membros e tomando decisões sobre como irá proceder para solucionar e nutrir cada necessidade do corpo de Cristo. Para que isto seja uma realidade na prática, é necessário que você entenda o espírito desta visão. Nossa intenção não é interferir em sua vida particular, não é vigiar o que você está ou não fazendo. Nossa intenção é acompanhar os frutos de arrependimento e crescimento de sua vida e dos seus familiares. É pre-ciso que você nos dê seu voto de confiança, que você se ponha debaixo de submissão à visão espiritual da igreja. Você só ganhará com isto! Suas necessidades serão assistidas e um pronto atendimento espiritual lhe será possível. Seja um membro fiel à visão da edificação. Nós estamos muito motivados para cuidar de sua vida espiritual. E você, está motivado a permitir-nos cuidar dela? A sua participação nos estudos e ministrações deve ser um compromisso com esta visão. Precisa-mos disso, estamos investindo nisso! Tudo para o seu crescimento e segurança no Espírito Santo de Deus.

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I. Todo crente nasce de novo para uma vida vito-riosa

II. Existem três fundamentos básicos para uma vida vitoriosa. a) O Batismo: o meio de ingresso na Igreja (Tt 3:5; Ef 5:26, 27; Cl 2:12).b) A Ceia do Senhor: fortalecimento da comunhão (1Co 10:16, 17).c) Os Dízimos e Ofertas: o meio para a provisão material (Ml 3:10).

III. Todo crente deve ter compromisso com estes três fundamentos bíblicos.

a) Posso presentear Deus, dando ao necessitado (Mt 10:42; 18:6, 10; 25, 32-40).b) A compaixão para com os irmãos (1Co 12:25; 1Tm 5:16).

c) Deus direciona o que deve ser feito com os dízi-mos (Hb. 7:4-9).

IV. Além de sermos obedientes nestas três áreas de nossas vidas cristãs, temos ainda as seguintes responsabilidades como membros do Corpo de Cristo: a) A Vida íntima com Deus.b) Amor aos irmãos.c) Obediência aos pastores e líderes.d) Participação nos ministérios.e) Participação nos cultos da igreja.f) Pertencer ao rol de membros.

Conclusão: Todas estas condições são plenamente satisfeitas quando obedecemos a Deus em Sua Pa-lavra. Tenhamos confiança em Deus e pratiquemos com fé o que nos é proposto.

I - Todo crente foi gerado de novo para uma vida vitoriosa em Cristo Jesus. Quando recebemos nossa salvação em Cristo Jesus, somos colocados no Corpo de Cristo (a Sua Igreja) pelo batismo nas águas. Na Igreja temos comunhão uns com os outros participando da mesa do Senhor (a Ceia do Senhor) e expandimos o Reino glorioso de Deus através dos nossos dízimos e ofertas alçadas. Estes três funda-mentos compreendem o caminho para uma vida vito-riosa com Deus. II - Pelo batismo, o crente inicia uma vida

de completa remissão dos seus pecados (Tt 3.5; Ef 5.26,27; Cl 2.12). É o meio pelo qual ele ingressa na Igreja do Senhor Jesus aqui na Terra. Na Igreja, como parte do Corpo de Cristo, ele precisa desenvolver uma comunhão intima com Deus e com os seus irmãos. Esta comunhão é fortalecida pela participação na Ceia do Senhor (1 Co 10.16,17) e se fazemos parte deste Corpo e deste maravilhoso sacerdócio de Jesus Cristo, temos a responsabilidade de contribuir finan-ceiramente para que haja expansão deste reinado do Senhor em toda a Terra. Os dízimos e ofertas são para

Ministração Ore e agradeça a Deus pela salvação em Cristo Jesus. Quais áreas de seu coração ainda não foram circuncidadas do mundo?

Você tem sido fiel à sua igreja local? Se não, em que você poderia melhorar?Ore pelas necessidades dos irmãos.

Os Três Fundamentos Básicos para uma Vida Cristã Vitoriosa

Os Três Fundamentos Básicos parauma Vida Cristã Vitoriosa

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o sustento da obra de Deus na Terra (Ml 3:10). III - Todo crente, nascido de novo, deve ter

compromisso nestas três áreas de sua vida. Quando ingressamos na Igreja do Senhor Jesus Cristo fi zemos um compromisso de uma vida de obediência incondi-cional a Deus e amor aos irmãos. Note que você não pode fazer nada, no âmbito físico, diretamente para Deus. Você não pode dar a Ele uma camisa, um car-ro, uma casa, dinheiro ou até mesmo um abraço. Se vamos fazer alguma coisa para Deus só podemos fazê-lo via irmãos. Quando damos algo a um irmão, o fazemos movidos pelo amor a Deus. Como Deus é Es-pírito e não veste camisa, logo, eu posso presenteá-Lo com uma camisa dando-a ao irmão necessitado (Mt 10:42; 18:6, 10; 25.32-40). Eu não posso beijar Deus, não posso abraçá-Lo e não posso ter compaixão Dele, pois Ele não tem falta de coisa alguma; porém, posso beijar um irmão, abraçar e ter compaixão dos irmãos (1 Co 12.25; 1 Tm 5.16). Também não posso dar di-nheiro a Deus. Deus não faz uso de dinheiro e nem precisa do mesmo, porém, devo trazê-lo à casa do te-souro. O dinheiro é recebido por homens, mas é Deus, pelo Seu Espírito, quem designa o que deve ser feito com o mesmo (Hb 7:4-9). Estas três áreas espirituais tornam-se, por-tanto, pontos básicos de obediência para a liberação das bênçãos a elas relacionadas: Batismo, a benção da libertação plena e completa (remissão dos peca-dos); Ceia do Senhor, a bênção da vida abundante com Deus e Sua manifestação de amor aos irmãos (santifi cação); Dízimos e Ofertas, a bênção da pros-peridade material (provisão divina). Cada uma delas é uma base sobre a qual ocorre a liberação do Espírito nas áreas de necessidades de nossas vidas em cada dimensão: espiritual, emocional e material. Além de sermos obedientes nestas três áreas de nossas vidas cristãs, temos ainda as seguintes res- ponsabilidades como membros do Corpo de Cristo:

A Vida íntima com Deus: os nossos relacio-namentos na Igreja dependem de nossa vida íntima com Deus. Todo membro da igreja deveria se cons- cientizar de que a sua vida lá fora afeta diretamente a comunhão do Corpo. Portanto, uma vida de oração e amor à Palavra de Deus é fundamental para o seu crescimento espiritual e, consequentemente, a santifi -cação da Igreja.

Amor aos irmãos: amar os irmãos é um man-damento importante deixado por Jesus Cristo. Cada um deve amar aos demais irmãos na Igreja. O amor é indispensável para uma perfeita unidade e comunhão. Obediência aos pastores e líderes: todo membro da igreja deve obedecer ao seu pastor (Tt 3.1; Hb 13.17). Deve obedecer também àqueles que

são indicados pelo pastor para os vários cargos de lid-erança. Amar aos pastores e orar por eles faz parte do chamado cristão. Todo ato de desobediência e rebeld-ia deve ser evitado a todo custo (Rm 13.1,2). Participação nos ministérios: a obra de Deus compreende tudo aquilo que podemos fazer em prol do Seu evangelho e da ajuda cristã aos irmãos. Quan-do dividimos as cargas, elas se tornam mais leves para todos. Por isso cada um deve se envolver numa obra ministerial da igreja. Participação nos cultos da igreja: disse o grande rei Davi — “Alegrei-me quando me disseram: vamos à casa do Senhor” (Sl 122.1). Esta deve ser a atitude de todo crente: ter alegria em ir à igreja, que é a casa do Senhor. Os cultos são manifestações de alegria e adoração a Deus, O crente sempre deve es-tar presente nos cultos. Quando há muitas pessoas no culto ele se torna mais alegre e produz muito ânimo para a igreja. Pertencer ao rol de membros: o rol de mem-bros se limita aos que se dispõem a viver uma vida de responsabilidade segundo o que foi mencionado acima e à visão dada ao anjo da igreja local. Todo membro deve ter compromisso com a sua igreja local. Deve entender que embora muitas igrejas (das mais variadas denominações) espalhadas pela Terra com-ponham a Igreja do Senhor Jesus, o membro só pode estar em um lugar ao mesmo tempo, amar um grupo limitado de pessoas e realizar a obra num determina-do espaço de tempo. Fidelidade à igreja local é muito importante para salvaguardar a doutrina e perseve- rança no trabalho da visão. Dito isto, passemos agora a estudar estas três áreas de vital importância para a nossa vida cristã. Sumarizamos que: pelo principio da obediência e das primícias, vemos que a bênção está condicionada a praticarmos tais mandamentos: “aquele que crer e for batizado”, “como recebi do Senhor, assim vos en-treguei”, “trazei todos os dízimos e fazei prova de Mim”. Todas estas condições são plenamente satis-feitas quando obedecemos a Deus em Sua Palavra. Tenhamos confi ança em Deus e pratiquemos com fé o que nos é proposto.

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I. O Primeiro fundamento: O Batismo nas Águas.

1. O batismo não salva.

a) Jesus Cristo é O que salva. 2. O batismo é o princípio de uma nova vida em Cristo.

a) É para a remissão dos pecados. a.1 - Remissão: libertação completa (Mc 1:4; Lc 3:3).b) Batismo (gr.baptisma). Vem da raiz grega “bapti-zo” = cobrir com água, totalmente molhado.

c) O batismo deve ser por imersão. c.1 - Por que o batismo é importante? c.1.1 - A circuncisão no Antigo Testa-mento (Gn 17:10, 14). c.2 - A Circuncisão no Novo Testa-mento (Rm 2:29). c.2.1 - O batismo é a representação da Nova Aliança. c.2.2 - Pelo batismo o crente torna-se membro da igreja.

Conclusão: A obediência a este mandamento ingres-sa o crente na igreja e, consequentemente, o habilita a usufruir de toda a aliança com Deus.

I. 1a - Alguns ensinam que batismo não sal-va. Isto é verdade. O batismo não pode salvar uma pessoa, porque quem salva é Jesus Cristo. É o Seu Espírito operando em nós que nos salva das paixões da carne. A água não purifica ninguém dos pecados. Então por que ser batizado? Muitos não compreen-dem o significado do batismo e, por isso, não dão o devido valor e obediência ao mandamento bíblico. I. 2a - O batismo é o princípio de uma vida nova com Cristo Jesus, nosso Senhor. A remissão de pecados (Marcos 1.4; Lucas 3.3; João 1.33; Romanos 6.4), significa libertação plena do mesmo. Nós já pas-samos da morte para a vida. Jesus Cristo é quem salva e o primeiro testemunho desta salvação é o batismo nas águas. I. 2b - A palavra no grego é “baptisma”, que significa batismo. Esta palavra vem da raiz grega “baptizo” que traduzido é: cobrir com água, submer-gir, isto é, totalmente molhado. Logo, batismo deve ser por imersão e deve cobrir toda a pessoa com água. Visto que o batismo é uma representação visual espir-itual daquilo que ocorre em nosso coração, ele deve

ser realizado por imersão. Segundo Paulo, escreven-do aos Colossenses, o batismo é o sepultamento e res-surreição em Cristo. Nada mais claro é que o mergu- lho e saída da água represente tal verdade espiritual. Por isso, cremos que o batismo deva ser por imersão. I. 2c - O que as pessoas não entendem é porque o batismo é importante. Se ele não salva, então, por que é necessário batizar-se? A Palavra de Deus diz: “Aquele que crer e for batizado será salvo”. Crer e for batizado! Fica claro, nesta frase, que somente crer não é suficiente. É preciso continuar o processo. É isto que confunde as pessoas. Elas acham que é suficiente crer somente. A fé em Jesus Cristo é suficiente para a salvação de uma pessoa. Isto é a verdade. Porém, esta fé em Jesus é manifestada a começar pelo batismo, O batismo é uma iniciação do crente em uma nova vida. É o primeiro passo para que as demais revelações aconteçam e libertem o indivíduo. Pessoas que se convertem e não se batizam não crescem na fé e não se firmam na Palavra. Por quê? Porque o batismo é o testemunho visível da circuncisão do coração. Veja-mos como Deus agia no Antigo Testamento, a fim de

MinistraçãoVocê iniciou uma vida diferente após o batismo?

Peça a Deus libertação das áreas em que você ainda não foi liberto.Ore por aqueles que ainda não foram batizados.

O Batismo nas Águas

O Batismo nas Águas

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podermos entender o processo no Novo Testamento. Deus falou com Abraão sobre a bênção de nele serem benditas todas as famílias da Terra. Abraão, ao receber tal promessa, creu em Deus. Assim, o Se-nhor falou a Abraão: “Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós e a tua descendência: todo macho entre vós será circuncidado” (Gn 17.10). No verso 14, do mesmo capítulo, o Senhor acrescenta “o incircunciso, que não for circuncidado na carne do prepúcio, essa vida será eliminada do seu povo; quebrou a minha aliança”. Não era o bastante crer em Deus. A pessoa tinha que se circuncidar. A cir-cuncisão era a guarda da aliança. Era a marca visível da separação do povo Judeu dos demais povos. Era a marca que unia a igreja do deserto. Sem circuncisão a pessoa não podia fazer parte do povo. A circuncisão do prepúcio dava o direito de participar do convívio com o povo de Deus. No Novo Testamento é revelado que a circun-cisão de Cristo é a do coração. Paulo assim escreve aos romanos: “e a circuncisão, que é a do coração, no espírito” (Rm 2.29). A circuncisão no Novo Tes-tamento é feita no coração. O nosso coração é circun-cidado do mundo. A aliança de Deus em Jesus Cristo é selada pela circuncisão do coração. Mas como veria o homem tal circuncisão? Daí a palavra de Paulo aos Colossenses: “Nele, também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual fostes igualmente ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que O ressuscitou dentre os mortos.” O sangue de Jesus é a nova aliança conosco represen-tada pelo batismo. O batismo, portanto, é a representação desta aliança. Por isso, nós cremos que é o meio de entrar para o povo de Deus. Somente os que são circuncida-dos de coração fazem parte da igreja de Jesus Cristo. O batismo é o ato visível de fé em Jesus. E como se apresentássemos o nosso coração para circuncisão a Deus. Como não podemos fazer, porque isso ocorre em nosso espírito, então, entramos na água para a remissão de pecados. Na verdade o arrependimento ocorre num coração circuncidado do mundo. Este processo é semelhante ao processo de conversão pela fé na crucificação de Jesus. Nós não temos que morrer numa cruz para sermos salvos. Ao invés disso, entramos na água. Morremos e ressusci-tamos com Cristo pelo batismo. É como se tivésse-mos morrido na cruz. A nossa fé na morte de Cristo

é representada no batismo. Se não há morte para o mundo, não há ressurreição para Cristo. Da mesma forma como o povo de Deus, no Antigo Testamento, não podia fazer parte da comu-nidade de Israel se não fosse circuncidado, o povo de Deus não pode fazer parte da Igreja se não for batiza-do. A aliança de Deus com o povo era selada pela cir-cuncisão. A aliança de Deus com a sua Igreja é selada pelo batismo. Por isso a Bíblia diz: “Se creres e fores batizado”. Cortar o prepúcio não era a fé, mas era a fé que levava à circuncisão. Batizar-se não é a fé, mas é a fé que conduz ao batismo. Se não somos batiza-dos não somos membros do Corpo. A benção é para a Igreja. Somente se formos membros da igreja é que seremos abençoados pela aliança com Ele. É por isso que ensinamos que somente os que são batizados de-vem tomar a Ceia do Senhor. Temos que discernir o Corpo, senão seremos culpados da morte de Cristo. O batismo não salva. Pelo fato de estarmos salvos pela circuncisão do coração é que somos batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Não há meio da fé e o batismo estarem sepa- rados. Se cremos, somos batizados. Se cremos, so-mos batizados no Corpo de Cristo, que é a Sua Igreja. Nenhum crente deve deixar de ser batizado nas águas. Se não somos batizados, não fazemos parte do Corpo. Podemos dizer que cremos, porém, o processo de san-tificação é interrompido. O batismo nas águas é para remissão de pecados. Remissão de pecados é o pro-cesso de libertação pela lavagem da água — a palavra de Deus agindo no homem. O primeiro passo de fé é o batismo. Espero em Deus que todos obedeçam a orde-nança de Cristo. O batismo é essencial para o cresci-mento espiritual do crente. Vamos obedecer a Deus. Por isso dissemos que este passo de fé é fundamental para uma vida espiritual vitoriosa. Ele abre o caminho para sua libertação plena em Jesus Cristo. Não é pos-sível a vitória espiritual sem que haja circuncisão do coração. Se há circuncisão, há batismo nas águas.

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I. Pergunta: Eu não tenho dinheiro por não dar o dízimo ou não dou o dízimo por não ter dinheiro?

II. Uma doutrina muito polêmica.

Os argumentos usados:a) Os dízimos pertencem à lei.b) As ofertas substituíram os dízimos

III. O motivo pelo qual as pessoas não entregam os dízimos.

a) Espírito da avareza: impede que o homem entre- gue o dízimo.

a.1 - Os dízimos mexem numa área muito sensível dos homens. a.2 - O amor ao dinheiro é algo muito perigo-so para a vida humana (1 Tm. 6:7-10):b) A avareza é um mal do qual a Bíblia nos adverte (Lc 12.15; Ef 5.3; Cl 3.5; Hb 13.5).

Conclusão: Os dízimos são uma responsabilidade de todo crente. Todo membro da igreja deveria com-preender que os dízimos e as ofertas foram ordena-dos por Deus para o sustento financeiro de Sua obra entre o Seu povo .

É uma das mais polêmicas entre as doutri-nas bíblicas. As pessoas, em geral, não entendem o princípio do dízimo e das ofertas. Especialmente nos dias de hoje, quando a vida está tão difícil para todos a pergunta mais comum é: por que dar o dízimo? I - A grande pergunta a ser feita sobre a entre-ga dos dízimos é: eu não tenho dinheiro porque não dou o dízimo, ou não dou o dízimo porque não tenho dinheiro? Esta é uma resposta que esperamos dar e esclarecer neste estudo das sagradas escrituras. Exis- te uma pergunta muito popular que se faz por aí: quem veio primeiro? A galinha ou o ovo? Se crermos na palavra de Deus, não há dúvidas quanto à resposta. Primeiro veio a galinha porque Deus criou a galinha e não o ovo. A galinha passou a reproduzir, segundo a sua espécie. Da mesma forma o dízimo vem antes; depois, a bênção financeira. Por quê? Isto é o que ve- remos adiante. II - Uma doutrina muito polêmica utilizada por aqueles que não crêm na obrigatoriedade dos dízi-

mos é que eles pertencem à lei e por isso já não fazem parte do tempo da graça. Outro argumento muito usa-do é de que as ofertas substituem os dízimos. Essas são afirmações que não procedem de Deus, e é o que mostraremos a seguir: Os argumentos usados por tais pessoas não possuem respaldo bíblico porque os dízimos já existi- am muito antes de Moisés entregar os mandamentos ao povo de Deus. Em estudos anteriores vimos que o pecado já se manifestava no homem desde a sua queda no Éden. A força do pecado já havia tirado do homem o desejo de ofertar e dizimar ao Senhor Deus, da mesma forma como havia tirado dos seus corações o desejo de cultuá-Lo e adorá-Lo. Assim como as leis de divinas vêm para revelar Deus ao Seu povo, trazendo-os de volta para uma conduta de vida que agrada ao Senhor, da mesma forma foi incluido em Seus mandamentos a ordenança de trazer os dízimos e as ofertas para Sua casa. Isto não significa que Deus estivesse instituindo os dízimos a partir dali. Deus es-

MinistraçãoLeve os irmãos a refletirem se têm amado o dinheiro.

Ore e quebre a força do espírito da avareza.Ore pelas finanças pessoais e da Igreja.

4. Ore e peça que Deus libere um espírito de generosidade.

Os Dízimos e as Ofertas AlçadasParte 1

Os Dízimos e as Ofertas Alçadas | Parte 1

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tava somente restaurando a prática das ofertas para que houvesse os recursos materiais para a construção e sustento da Sua obra na Terra. Deus criou tudo o que é necessário para a subsistência humana no mundo físico, mas o ser hu-mano colocou nas mãos do inimigo quando no Éden a serpente enganou Eva. Agora Deus restituiu estas coisas ao Seu povo tirando-as do poder de Satanás pelo princípio das primícias. Encontramos as bases bíblicas para este entendimento espiritual na ação de Abraão, ao dizimar a Melquisedeque, o Rei de Salém, de tudo o que ele havia tomado por despojo. Com os seus dízimos Abraão reverenciou este Rei. Melqui-sedeque é a figura pré-encarnada de Jesus, o Rei e Senhor da Igreja. Os dízimos são dados a Ele. Em Hebreus vemos a seguinte revelação: “Aliás, aqui são homens mortais os que recebem dízimos, porém ali, Aquele de quem se testifica que vive” (Hb 7:8). A quem se refere o autor de Hebreus? A Melquisedeque ou Jesus, o Rei dos Reis! Logo, a doutrina de que os dízimos pertencem à lei não é bíblica. Eles foram in-cluidos na lei, porém pertencem ao sacerdócio eterno de Melquisedeque, ou seja, ao sacerdócio do próprio Jesus Cristo. III - O motivo pelo qual as pessoas não en-tregam os dízimos (e todo o seu conteúdo) é porque estão debaixo do controle do espírito da avareza. Ve- remos mais adiante que o povo de Deus ofertava por causa do Espírito de Deus, que os movia para isso. Logo, dentro do mesmo princípio e entendimento, quando alguém não oferta ou não entrega o dízimo do Senhor é porque está sendo movido por outro es-pírito que não é o de Cristo. É claro que tais pessoas não aceitam esta verdade e acham que estão agindo pelos seus próprios entendimentos, porém isto é ques-tionável, visto que manifestamos o mundo espiritual em nossas vidas. Tais pessoas não somente negam a legitimidade dos dízimos hoje, como também tentam encorajar outros a fazerem o mesmo. A Bíblia cha-ma um ser espiritual de “o devorador” e este age com legalidade nas vidas daqueles que não entregam fiel-mente seus dízimos e ofertas, e assim, ele encontra uma porta aberta para tomar posse de tudo o que a pessoa possui, incluindo sua saúde. Um servo fiel ao Senhor jamais poderia dar ouvidos às tais fábulas ou argumentos, porque eles são prejudiciais ao cresci-mento espiritual e prosperidade dos filhos de Deus. III a.1 - Os dízimos mexem numa área mui-to sensível dos homens, as finanças da casa. Todos os homens na face da Terra estão envolvidos nesta força devastadora chamada finanças. Em todos os países do mundo as pessoas lutam pelo sustento financeiro e muitas delas estão endividadas e sobrevivem com

grande dificuldade. Dentro desta mentalidade huma-na e com a falta de dinheiro para suprir suas neces-sidades básicas, por que os dízimos fariam qualquer sentido para elas? Ainda mais que os dízimos são en-tregues para os cuidados de homens separados espi- ritualmente para isso; pior ainda, ouvindo sobre cer-tas administrações que não revelam qualquer ato de reverência ou transparência no uso exclusivo para o Reino de Deus; como confiar em tal administração? Não é fácil, nesta mentalidade sobre os dízimos, tão desgastada pela corrupção espiritual, aceitar a ideia de que Deus esteja pedindo qualquer dinheiro nosso. A mentalidade humana é de que dinheiro é difícil de ser ganho e por isso deve ser gasto dentro de critérios econômicos. Neste pensamento se ergue a grande bar-reira contra os dízimos e ofertas do Senhor, porém, os filhos de Deus não devem se unir a tal ponto de vista, porque encontramos na Palavra de Deus revelações de que o dar com alegria é mandamento do Senhor Deus para todos os que estão debaixo de Sua aliança e sacerdócio. III a.2 - O amor ao dinheiro é algo muito perigoso para a vida humana. Timóteo já nos ad-vertiu sobre isso; “porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” (1 Tm 6:10). Reter os dízimos ao in-vés de entregá-los é amar mais o dinheiro do que a Deus. Aí está a raiz de todos os males que acontecem entre a humanidade. A mentalidade de que “este é o meu dinheiro e eu não vou entregar para que pas-tor algum se beneficie do meu suor”, apenas revela a dependência que se encontra a pessoa pelo poder do seu dinheiro. O seu dinheiro é o que lhe oferece segurança e os meios da vida. O dinheiro passa a ter o lugar de Deus na vida desta pessoa. Esta posição é perigosa porque pode desviar a pessoa da fé. Quando isso acontece, muitas dores atormentam o interior destas criaturas. Que triste é ver uma pessoa avaren-ta! Ela vive para o dinheiro. O espírito da avareza (ou: Mamon) controla o destino dela pelo que o dinheiro lhe permite realizar. Tudo é medido pelo quanto ela tem para gastar. Isto é o oposto da fé, pois a fé diz: “tudo posso Naquele que me fortalece”. Feliz é o homem que pode dizer: “a minha esperança está no meu Deus”. III b - A avareza é um mal do qual a Bíblia nos adverte (Lc 12.15; Ef 5.3; Cl 3.5; Hb 13.5). Os textos bíblicos revelam estas verdades. Lucas assim colocou: “Tendes cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.” Es-tas foram as palavras de Jesus quando um homem lhe

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pediu que ordenasse ao seu irmão que repartisse sua herança com ele. A resposta de Jesus foi: “quem Me constituiu juiz ou partidor entre vós?” Na mente do homem que pediu isto a Jesus estava operando o es-pírito da avareza. Ele queria o que era do outro. Mas Jesus repudiou aquela atitude fazendo-o entender que havia um espírito por trás daquela intenção. O avaren-to deseja dinheiro ou riqueza. Ele é tomado de inveja e quer possuir o que pertence a outro. Ah, que espírito horrivel é este que sempre quer acumular para si e nunca repartir com os outros! O espírito da avareza é tão forte que em sua carta aos colossenses Paulo o coloca na mesma esfera da prostituição, impureza, paixão lasciva e desejo ma-ligno. Estas coisas são repudiadas por Deus porque elas representam um culto aos falsos deuses, ou seja, uma idolatria. Por estas coisas (idolatria), é que vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Diante disso concluimos que aqueles que praticam a avareza são filhos da desobediência. A avareza é oposta à entrega dos dízimos e ofertas ao Senhor Deus e por isso, é idolatria, culto a demônios e é a razão pela qual vem a ira de Deus sobre a pessoa culpada destas práticas. O crente deve estar bem aten-to para não entregar a sua casa, seus filhos, sua pros-peridade e sua saúde nas mãos destes falsos deuses. O autor do livro aos Hebreus nos ordena: “seja a vossa vida sem avareza” (Hb. 13:5). A expressão “sem avareza” é palavra grega “aphilarguros” cujo significado é: que não ama o dinheiro. Por que será que a Bíblia faz tanta referência a não amar o dinhe- iro? Porque esta é a manifestação da avareza. A ava-reza sempre promete mais ao seu seguidor, que nunca se contenta com o que possui. Ele deseja guardar, ad-quirir mais, armazenar, enfim, confiar que estará pro-tegido pelo poder de compra do seu dinheiro. Por isso a exortação continua em Hebreus: “contentai-vos com o que tendes; porque Ele tem dito: de maneira

alguma te deixarei, nunca, jamais te abandonarei”. Quem promete isso? Deus. Deus garante ser o nos-so Supridor. Ele garante nunca nos deixar um minuto sequer. Sua provisão não é com dinheiro e sim com o Seu poder. Por isso Ele mesmo diz; “afirmem assim: o Senhor é o meu auxilio, não temerei; que me poderá fazer o homem?” (Hb 13:6). Que palavras maravi- lhosas e poderosas! Ao entregar os dízimos e ofertas ao Senhor nós saimos da esfera mundana e adentra-mos a esfera do Reino de Deus. Ele é o nosso auxilio e socorro bem presente. Nele está a nossa providência e a nossa prosperidade.

Conclusão: o dízimo é uma responsabilidade de todo crente. Todo membro da igreja deveria compreender que os dízimos e as ofertas foram ordenados por Deus para o sustento financeiro de Sua obra entre o Seu povo. É a soma de todos os dízimos que possibilitam o sustento da obra de Deus através da Igreja. Tanto no Velho Testamento como no Novo Testamento encon-tramos ensinamentos sobre os dízimos do Senhor. A Palavra de Deus nos ensina que Deus é o Criador de tudo o que existe no universo. Se Ele é o Criador de tudo, então tudo pertence a Ele, inclusive o que nós possuímos. Se o que possuímos pertence a Ele, então somos apenas mordomos do que está em nossas mãos (Lc 16:1-13).

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I. A mordomia: “é a prática sistemática e propor-cional de usarmos o tempo, habilidades e posses materiais, na convicção de que todas estas coisas são dadas por Deus, a fim de serem usadas para o serviço e benefício do Seu Reino”.

a) O mordomo tem consciência de que tudo é de Deus.b) O mordomo cuida de tudo o que lhe foi confiado para o benefício do Senhor.c) O mordomo tem que prestar contas desta mordo-mia (Rm 14:12).d) Ser mordomo é cuidar do que é do Senhor. d.1 - Não damos 10%; cuidamos de 90%. d.2 - Como gastamos o que é Dele, prestare-mos contas a Ele.

d.3 - O que ganhamos não irá longe se não entregamos o que é de Deus. d.4 - Deus é quem concede o que necessita-mos (Mt 6.25-33).

1. A ansiedade é fruto da nossa descrença Nele.

2. Deus cuida de tudo (v.26-27).

Conclusão: Deus é Supremo. Ele cuida de tudo e está acima de todos os poderes do universo. Sua promessa é que abençoaria os dizimistas e ofertantes com bênçãos sem medidas. Por isso o bom mor-domo mantém o seu foco na mordomia e não nos benefícios dos dízimos.

I - Mordomia: Para uma melhor com-preensão do princípio do dízimo seria importante um entendimento sobre o que é mordomia. A mordomia é definida como “a prática sistemática e proporcional de usarmos o tempo, habilidades e posses materiais, na convicção de que estas coisas todas são dadas por Deus a fim de serem usadas a serviço e benefício do Seu Reino”. Trata-se de um compromisso de cuidar-mos daquilo que nos é confiado, para o benefício de quem nos confiou a responsabilidade. I a/b - Deve-mos exercer esta mordomia em plena consciência de que Deus é o dono de tudo, o Criador de tudo e que o uso de tudo que pertence a Ele deveria ser usado para o benefício de Seu Rpeino aqui na Terra. I c - Todos nós teremos que prestar contas a Ele desta mordomia (Rm 14:12).

I d - Ser mordomo significa cuidar dos bens do Senhor. Tudo pertence a Deus. Tudo o que possuí-mos pertence a Ele. Portanto, ao invés de pensarmos que temos que dar 10% do que ganhamos para Deus, deveríamos entender que estamos ficando com 90% do que pertence a Ele. É Deus quem nos permite ficar com a maior parte do que é Dele. I d.1 - É muito importante compreendermos que o que ganhamos não irá muito longe se não en-tregarmos aquela parte que pertence ao Senhor. É uma ilusão pensarmos que não temos o suficiente para o dízimo. Se separarmos o dízimo do Senhor, o restante será abençoado. Ele é quem nos concede o que necessitamos (Mt 6:25-33). O bom mordomo de Deus compreende que ele administra o que pertence a Deus. Não somente ele entrega o dízimo, como tem

MinistraçãoPeça para que reflitam sobre as suas mordomias em geral.

Ore cada um em silêncio e pergunte ao Espírito Santo se você tem sido fiel nos dízimos e ofertas.Em caso de não serem fiéis em ambos, peçam perdão a Deus.

Peça ao Espírito Santo para lhes conceder um espírito de liberalidade financeira.Ore pelas finanças pessoais e da igreja.

Faça um apelo e desafie-os a se tornarem dizimistas e ofertantes fiéis.

Os Dízimos e as Ofertas AlçadasParte 2 - A Mordomia

Os Dízimos e as Ofertas Alçadas | Parte 2

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zelo ao aplicar o valor (os 90%) que lhe é permitido usar para o seu sustento. A mordomia requer com-promisso sério com Deus. A não compreensão desta verdade permite ao devorador cumprir sua missão de tomar aquilo que não foi consagrado a Deus. I d.2 - A mordomia tem que estar debaixo dos princípios de Deus. Muitos têm dado o dízimo mas não têm tido o cuidado de andar nos princípios Dele. Dar o dízimo não isenta-nos da responsabilidade de obediência ao restante dos mandamentos sagrados da Palavra de Deus. I d.3 - A obediência do dizimar abre a porta para a ação divina na vida do crente. O bom mordomo exerce sua mordomia segundo as ordens do seu patrão — Deus! I d.4 - Deus é quem concede o que necessita-mos (Mt 6.25-33). “Não andeis ansiosos pela vossa vida” apesar deste alerta de Jesus não é assim que ve-mos as pessoas procederem. Ao contrário, elas agem com muita ansiedade pelas coisas desta vida. Não há uma dependência plena de Deus, que é quem sustenta todas as coisas aqui na Terra. É Dele que procede tudo o que necessitamos, porém, a consciência plena deste cuidado ainda está muito distante de muitos que con-fessam serem filhos de Deus. A grande verdade é que tudo vem Dele para os Seus filhos. Essa crença existe em quase todos na igreja, porém o andar, o viver isto, é outra realidade na casa de Deus. I 1 - A ansiedade é fruto da descrença Nele. Você não concorda? Se todos cressem de fato que Deus é supremo e real, a ansiedade não se manifes- taria nas pessoas. É muito difícil aceitar essa ver-dade porque todos queremos afirmar a nossa fé Nele, porém, este nível de fé não alcança o nível de poder necessário para passarmos pelas tribulações com louvores em nossos lábios. A nossa mente pode ser ocupada por uma só coisa por vez. Se a ansiedade está presente, a fé no Senhor está ausente. É preciso destruir este bloco de pensamento com outro que re-trata a fé na ação de Deus em favor do crente. A boa mordomia parte do princípio que estamos servindo a

Ele. Na boa mordomia existe uma convicção muito profunda da Sua existência, a ponto de, voluntaria-mente, prestarmos contas a Deus daquilo que faze-mos com os recursos que Ele nos fornece e coloca sob o nosso cuidado. Ao crente é dado o direito de usar os recursos divinos consigo mesmo ou com o Reino de Deus. A escolha é do crente, porém todos prestarão contas de tudo ao mesmo Deus. Sendo o crente fiel em sua mordomia porque compreende que Deus deve ser honrado em tudo e com tudo o que ele possui, o que ocupa a mente e o coração deste crente é o louvor e a adoração ao Deus de sua provisão. I 2 - Deus cuida de tudo. É assim que nos revela a santa palavra de Deus nos versos 26 a 27 de Mateus 6. As considerações postas por Jesus aqui no texto revelam a supremacia e o total cuidado de Deus por todos os Seus filhos. Se Deus é quem nos supre em todas as nossas necessidades, logo, os dízimos de-vem ser entregues sem qualquer reserva porque não é a quantia que recebemos como fruto de nosso tra-balho, que nos garante o sucesso dos nossos investi-mentos. Isto porque, não estamos debaixo do controle de forças externas, que podem vir e roubar o que re- servamos para vários fins, e que está no planejamento a curto ou longo prazo de nossa vida. Deus é quem possui o controle de tudo. Não somente Ele pode ga-rantir a nossa permanência num emprego, como pode controlar todos os fatores externos que porventura se levantem contra a nossa própria saúde ou até contra nossos planos que foram confiados à aprovação do nosso Deus.

Conclusão: Deus é Supremo. Ele cuida de tudo e está acima de todos os poderes do universo. Sua promes-sa é que abençoaria os dizimistas e ofertantes com bênçãos sem medidas. Por isso o bom mordomo man-tém o seu foco na mordomia e não nos benefícios dos dízimos.

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I. A ansiedade não muda o curso das coisas (Mt 6:31).

a) A ansiedade é para os gentios (v.32).

II. Devemos buscar primeiramente o Reino de Deus e a Sua justiça e tudo nos será acrescentado (Mt.6:33,34).

a) Buscar o Reino de Deus é uma ordenança divina.

b) A justiça divina (do grego dikaiosune)c) Os dízimos e ofertas - uma maneira de buscarmos o Reino.

Conclusão: A entrega dos dízimos e ofertas não nos isenta de uma vida pura e santa diante de Deus. Na próxima aula falaremos sobre o princípio das primí-cias do Senhor.

I a - Vimos no estudo anterior que a ansiedade não muda o curso das coisas. A ansiedade não existe nas mentes daqueles que exercem boa mordomia das coisas que Deus lhes entrega. O texto bíblico é mui-to claro sobre isso: “por isso Vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida...” (Mt 6:25). A mentali-dade humanista moderna dá muita ênfase às coisas materiais. Os gentios buscam e vivem para conseguir tudo quanto podem de riquezas materiais para si. Dentro deste conceito moderno de vida, as pessoas do mundo se desesperam para conseguir os melhores empregos, para que nenhuma destas e outras coisas não venham a faltar em suas casas. A ansiedade é gerada pelo medo de não ter o suficiente para cobrir os gastos da casa. Além disso, os status na sociedade contribuem com um forte peso sobre a ansiedade das pessoas do mundo. Jesus, nesta parábola, manda que se observem as aves do céu. Ele as usa como exem-plo para explicar porque não devemos ter ansiedade e nem preocupações pelo futuro da nossa vida, visto que estamos em Cristo Jesus, nosso Senhor.

II - Devemos buscar primeiramente o Re-ino de Deus e a Sua justiça e tudo nos será acres-centado (Mt 6:.33,34). Enquanto os gentios buscam as coisas deste mundo para sua sobrevivência, os crentes em Jesus devem buscar o Seu Reino em pri-meiro lugar. O que seria buscar este Reino? Como seria isso para um crente que deseja estar próximo daquilo que determinou o nosso Deus? Na verdade, buscar o Reino de Deus é buscar a Sua vontade acima de tudo e de todos. É andar debaixo de total obediên-cia à Palavra de Deus; buscar intimidade com o Pai celestial. É nesta intimidade que o crente alcança os poderes do alto em sua vida. A palavra “buscai” (do grego: zeteo) significa: procurar a fim de encontrar; procurar pelo pensamento, raciocínio, meditação ou investigação. Buscar é pôr a mente e o coração em busca dos mistérios divinos, empenhar-se na busca das revelações mais profundas do Pai e do Filho. Neste sentido original, a busca é uma ação de fé onde o processo mental está totalmente envolvido. Buscar o Reino é batizar a nossa mente na mente do altís-

MinistraçãoOre cada um em silêncio e pergunte ao Espírito Santo se você tem buscado o Reino de Deus

através dos dízimos e ofertas.Em caso de não colocar o Reino em primeiro lugar, peça perdão a Deus.

Peça ao Espírito Santo para lhes conceder um espírito de liberalidade financeira.Ore pelas suas finanças pessoais e da igreja.

Ore para que todos se tornem dizimistas e ofertantes fiéis.

Os Dízimos e as Ofertas AlçadasParte 3 - A Mordomia e o Reino de Deus

Os Dízimos e as Ofertas Alçadas | Parte 3

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simo. O Reino de Deus se manifesta quando há in-timidade entre Deus e o homem. A busca do Reino é muito pessoal e subjetiva no crente. II a - Os crentes em Jesus são ordenados a buscar o Reino de Deus, que é o poder real, o domí-nio e todo o governo divino. Compreende toda a es-fera de domínio de Deus. O Reino de Deus tem supre- macia sobre todo e qualquer poder existente na Terra e se manifesta através da igreja, pelos filhos de Deus. Isto foi exatamente o que Jesus fez e pregou enquanto esteve corporalmente na Terra. Ele manifestou cada aspecto deste Reino não somente aos Seus discípu-los, mas também a todos quantos tiveram em contato com Ele. Jesus reinou sobre demônios, enfermidades e doenças, abençoando vidas por onde passou. Jesus ainda reina Soberano sobre todas as coisas e esse Re-ino nos foi oferecido para que possamos fazer a von-tade de Deus nesta Terra e para isso, ele tem que ser buscado em primeiro lugar em nossas vidas. É do Re-ino de Deus que emana todo poder de vitória na vida dos crentes. E não somente o Reino, como também a justiça do Altíssimo. II b - A justiça (do grego dikaiosune), num sentido amplo é: o estado daquele que é o que deve ser; a condição aceitável para Deus; a doutrina que trata do modo pelo qual se pode alcançar um estado aprovado por Deus. Para isto o homem precisa de um poder especial proporcionado pelo Reino de Deus. A carne, inimiga do Espírito, exerce um poder sobre as pessoas para que não façam a vontade de Deus, man-tendo-as, assim, em estado de injustiça perante o Pai celestial. Esta condição humana natural as afasta das promessas divinas. O Reino devolve ao crente a sua condição de justiça perante Deus. Estar no do centro da vontade do Senhor é imperativo para que se receba as bênçãos sem medidas do Pai celestial. Este estado de justiça divina põe o homem em plena aceitação di-ante Dele e libera poder do Reino através dos crentes no Senhor Jesus. Na justiça o crente encontra o seu estado ideal de obediência e aceitação divina. Nessa situação a comunicação entre ambos se encontra em seu estado máximo, atraindo os olhos e as mãos do Pai celestial em favor do filho.

II c - Os dízimos e ofertas são meios de se buscar o Reino de Deus. Muitos não consideram isto como verdade absoluta, mas, partindo do enten-dimento que buscar o Reino é buscar a obediência à Sua palavra, então, a obediência ao mandamento de trazer os dízimos à casa do tesouro torna numa forma de se buscar o Reino. Por outro aspecto, Jesus ensinou que ou servimos a Deus ou a Mamom. As riquezas estão ligadas a este deus chamado Mamom. Quando o crente usa de avareza retendo o seu dízimo e as suas ofertas, ele está de uma forma indireta prestando um culto e reverência a Mamom. A maioria das pessoas que roubam o dízimo do Senhor o faz porque em suas mentes creem que o valor dado fará falta para o ple-no êxito do orçamento do lar. Exatamente o contrário acaba ocorrendo. Você já viu alguém que age desta maneira e teve sua vida melhorada? Não. Isto não é verdade. Quando o crente põe o Reino em primeiro lugar, a primeira uma décima parte do que ele ganha é separada para o Senhor. Isto é total dependência ao senhorio de Cristo. É confiança de que Ele supre to-das as nossas necessidades. Além disto, o crente se põe em estado de justiça perante o Pai porque a obe-diência é o fator primordial que revela a comunhão profunda entre ambos. Através da entrega dos seus dízimos e ofertas ao Senhor, o crente revela seu amor e dependência de Deus

Concluindo, a entrega dos dízimos e ofertas não isen-ta o crente de ser fiel nas demais ordenanças revela-das na Palavra de Deus. Os nossos dízimos têm a ver com a nossa responsabilidade de entregar; porém, a nossa obediência com a justiça divina. Precisamos de ambas para uma vida de prosperidade real. Quando entregamos o dízimo, nós entregamos o coração para uma fé inabalável.

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I. Os dízimos são regidos pelo princípio das primícias.

a) A primeira parte de tudo que era colhido pelo povo de Israel era do Senhor (Nm 18:12; Dt 18:4).b) O dízimo veio antes da Lei; logo, não pertence à Lei. b.1 - Abraão dizimou a Melquisedeque. b.2 - Os levitas possuíam autorização para receberem os dízimos durante o período da Lei devi-do à ausência de Melquisedeque. b.3 - A Lei apenas deu um padrão a ser se-guido para a obediência a Deus.

II. O livro de Provérbios também nos ensina so-bre o princípio das primícias (Pv 3:9).

a) Honrar significa estar com um peso sobre; ter o cuidado de fazer algo; tornar aquilo da maior im-portância.b) A mensagem de Provérbios sobre honrar é: faça desta prática a coisa mais importante do mundo.c) Primícia significa: o primeiro em lugar, tempo, ordem e escalão; a coisa principal; a primeira. c.1 - Dízimo é a primeira uma décima parte de tudo que ganhamos.

c.2 - A falta desta consciência tem nos priva-do da bênção. c.3 A consciência do dízimo é consciência da existência de Deus.d) Os dízimos jamais devem ser vistos como peso. d.1 - A nossa pequena percepção de Deus é que nos faz negligenciar os dízimos e as ofertas. d.2 - Somente os salvos podem entregar os dízimos do Senhor.e) Paulo ensina que se forem santas as primícias, toda a massa é santa (Rm 11.16). e.1 - “Santa” - indica um coração que se pre-dispõe a pôr o dízimo em primeiro lugar na vida. e.2 - “Santa” - é a primeira uma décima parte que separamos para Ele. e.3 - “Massa” - neste sentido financeiro, re- presenta os 90% que guardamos. e.4 - O dinheiro vem contaminado por Ma-mom. e.5 - O dízimo santifica o dinheiro para Deus. e.6 - A avareza é idolatria — demônios se escondem atrás do dinheiro.

Conclusão: O princípio da primícia não pode ser quebrado. É o meio de santificação a Deus daquilo que guardamos para Ele.

I - Primícias: muitos de nós deixamos de ser abençoados na entrega dos dízimos porque não entendemos o princípio do dízimo. Mesmo quando se- paramos o dízimo do Senhor não compreendemos que o mesmo deve seguir o princípio da primícia. I a - O conceito das primícias foi dado por Deus e deve ser observado por todos os Seus filhos.

A primeira parte de tudo que era colhido pelo povo de Israel era dedicada a Deus. Segundo a Lei mosai-ca, todos deveriam trazer a primeira parte (a melhor parte) das primícias da terra e dos animais para a casa do Senhor. Estas porções eram usadas para o sustento dos sacerdotes (Nm 18:12; Dt 18:4). Mesmo sendo aqui o dízimo dado pelo povo de Deus através da Lei,

MinistraçãoOre e consagre sua vida financeira para Deus.

Ore e feche a porta para Mamom e seus espíritos de avareza.Peça-lhes para que orem e façam uma experiência de trazer uma oferta especial

no próximo domingo à igreja.Faça uma oração de libertação financeira para os membros da sua tribo.

Os Dízimos e as Ofertas AlçadasParte 4 - As Primícias do Senhor

Os Dízimos e as Ofertas Alçadas | Parte 4

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este conceito de entregar o melhor e a primeira parte já fora praticado por Abraão anteriormente. Isto quer dizer então que Deus apenas deu um padrão mais de-talhado e autorizou que, na ausência de Melquisede-que, os dízimos fossem trazidos para a casa do tesou-ro e que os levitas o recebessem em nome de Deus. O processo não começou com Moisés pela Lei, logo, o dízimo não é da Lei. Desta forma, hoje, sendo Cristo o nosso Sumo Sacerdote, recebe os dízimos através da igreja. De acordo com Levitico 23:9-14, o primeiro molho da sega era para ser trazida ao sacerdote. Isto acontecia no dia seguinte ao sábado e significava um reconhecimento público de que tudo vinha de Deus e pertencia a Ele (Nm 28:26 compare com Ex 23:16; 34:22). Não só deveriam os Israelitas lembrar que a terra de Canaã era possessão do Senhor e que eles só possuíam o direito de ocupantes (Lv 25:23), como deveriam estar cientes de que a fertilidade do solo da terra de Canaã não provinha de Baal, mas sim do Se-nhor Deus de Israel. II - O livro de Provérbios, o livro escrito para se conhecer a sabedoria e a instrução, também nos fala sobre as primícias. “Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda” (Pv 3:9). II a - Honrar significa: estar com o peso sobre; ter o cuidado de fazer algo; tornar aquilo da maior importância. II b - Quando Provérbios nos diz: “hon-ra”, a mensagem passada é: faça disso a coisa mais importante da sua vida. Esta ação é a mais significa-tiva para quem crê em Deus. O que? Honrá-Lo com a fazenda e com os dízimos de toda a tua renda. II c - O termo primícias significa: “o primeiro em lugar, tempo, ordem ou escalão; a coisa principal”. O significado de primícia traz um peso de respon- sabilidade e especifica uma parte bem definida: a pri-meira. Talvez seja aí que perdemos o sentido real do dízimo. Ele não é apenas dez por cento. É a primeira uma décima parte de tudo o que ganhamos. Note que primícia está ligada a honra. É isto que está faltando a nós, crentes: a consciência da veracidade de Deus e Sua excelente suprema- cia. Dízimo é a expressão de nossa consciência da Sua existência e Sua total supremacia, suficiência e capacidade de nos prover tudo o que necessitamos. Quem tem esta consciência, honra-O com as primícias de toda a sua fazenda e ren-da. Quando morávamos em Fortaleza, havia um homem que levava essa observância muito a sério. Ele compreendeu o significado de honrar Deus com as primícias de tudo. Se as suas galinhas botavam ovos, os primeiros ovos de cada galinha eram do Se-nhor. Ele os separava e levava para a casa de Deus, ou

os vendia e entregava o dinheiro na igreja. Quando ganhava um presente de alguém, a primeira coisa que fazia era ir à loja verificar o preço daquele presente para entregar dez por cento (dízimo) do preço do pre-sente na igreja. Enfim, de tudo que ele ganhava ou con-seguia, entregava a primeira parte para Deus. Mor-reu bem velho e nunca se ouviu que aquele homem tivesse passado qualquer necessidade. Para ele, Deus era a melhor coisa de sua vida! O princípio das primícias não para por aí. Is-rael era descrita como as primícias de Deus (Jr 2:3). Cristo, em Sua ressurreição, é mencionado como as primícias dos que dormem (1 Co 15:20, 23). O Es-pírito Santo é mencionado como uma primícia (Rm 8:23). Os crentes também são mencionados como um tipo de primícia (Tg 1:18). Os primeiros convertidos de uma determinada área eram considerados primí-cias (Rm 16:5; 1Co 16:15). Em cada caso, a ênfase era: uma dedicação e bênção especial. II d - Os dízimos jamais deveriam ser vistos como pesos, mas sim, como privilégios. É isso mes-mo: privilégio. Nossa pequena percepção de Deus é que nos faz negligenciar os dízimos do Senhor. Se para nós Deus é todo poderoso, então por que não honrá-Lo com as primícias do que ganhamos? Nós deveríamos nos rejubilar quando fosse anunciado o momento de trazermos os nossos dízimos na igreja. Somente aqueles que foram lavados pelo sangue de Jesus e foram incluídos no Seu Corpo, a igreja, é que podem entregar dízimos. Não é para todos esta con-cessão. O ímpio não pode entregar os dízimos. Por quê? Porque são privilégios concedidos por Deus aos que pertencem ao sacerdócio santo de Jesus Cristo. II e - Em Romanos 11:16 Paulo nos ensina que “E, se forem santas as primícias da massa, igual- mente o será a sua totalidade; se for santa a raiz, também os ramos o serão”. Veja a importância disto: Se forem santas as primícias; isto quer dizer que: se em nosso coração já colocamos o propósito de entre-gar ao Senhor os dízimos na consciência de que Ele é maravilhoso e supremo, como uma ação espontânea cheia de amor e temor a Ele, santa é a porção que já separamos especialmente para o louvor Dele. O que Paulo diz é que o resto do nosso dinheiro será santo. Isto quer dizer o resto do dinheiro é abençoado. O que entregamos a Deus santifica o que fica conosco. É muito importante que o nosso dinheiro seja santo. O Diabo não pode tocar no que é santificado para Deus. Ele pode tocar no que é nosso, mas nunca no que per-tence a Deus e que foi confiado aos Seus servos para guardar. Quando não entregamos o dízimo, a primícia não é santa. Ela é contaminada pela avareza de nosso coração. Igualmente, todo o resto não é santificado. O

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espírito da avareza devora tudo o que ganhamos. É aí que começa o desmoronamento do homem: quando suas fi nanças estão no controle da avareza. Fica mui-to difícil. Não queremos entregar nada a Deus e nem a ninguém. Começamos a desenvolver um medo de perder o que temos; a discutir sobre as difi culdades de pagar as contas, as coisas começam a desandar, etc. Por quê? Por causa da avareza. Se a massa não for santifi cada o inimigo terá poder sobre ela. Vamos nos despertar para a fi delidade nos dízimos.

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I. Alguns dizem que dízimo é coisa do Antigo Testamento.

II. O Livro de Hebreus nos ensina sobre o sac-erdócio de Jesus Cristo e refere-se ao dízimo como a maior forma de adoração na vida de um crente (Hebreus 7).

a) A ligação Abraão e Melquisedeque.b) Os levitas foram indicados por Deus para receber-em os dízimos.c) Aqui (na Terra) homens o recebem, ali (no céu), Jesus (O Melquisedeque).

III. Dízimo está ligado ao sacerdócio de Melqui-sedeque e Jesus Cristo.

a) Sacerdócio é um ministério de mediação.b) Deus confiou a tarefa aos levitas, Jesus a confiou aos ministérios na igreja.

c) Nós viemos dos lombos de Abraão e devemos entregar os dízimos (Romanos 4.16).

IV. Os dízimos dever ser trazidos à Casa do Te-souro (Malaquias 3.10)

a) Onde é a Casa do Tesouro?b) O lugar onde Deus pusesse o Seu nome (Deu-teronômio 12.6).c) O Seu nome está em Cristo, que habita em nós. Ele é o cabeça da Igreja, logo, a igreja é o Seu temp-lo (João 1.14-18; 2.20,21).

V. As bênçãos do dízimo.

Conclusão: Bênção ou maldição. A nossa obediên-cia ao Senhor nos dízimos e ofertas determinam o que vamos receber em nossa vida diária.

I - O Dízimo está ligado ao sacerdócio de Jesus Cristo: Alguns crentes dizem que o dízimo é do Antigo Testamento e está ligado à Lei de Moisés, logo, não deve mais ser observado. Estas pessoas es-tão enganadas. O dízimo tem um papel fundamental para o povo de Deus: o sustento de Sua obra e daque-les que trabalham na casa de Deus. II - O Livro de Hebreus nos ensina sobre o dízimo. Em Hebreus 7 temos o assunto dízimo sendo mencionado. O dízimo está ligado a Abraão, Melqui-sedeque, os levitas que recebiam e pagavam dízimos,

e o fato de que Jesus Cristo vive eternamente e re-cebe os dízimos dos filhos de Deus “Aliás, aqui são homens mortais os que recebem dízimos, porém ali, Aquele de quem se testifica que vive.” (Hebreus 7:8). III - Hebreus não faz nenhuma menção de que o dízi-mo tenha sido posto na cruz, pelo contrário; o dízimo aqui é perpetuado porque está ligado ao sacerdócio de Cristo Jesus. O autor de Hebreus enfatiza o fato de que o sacerdócio de Melquisedeque é eterno e deve ser sustentado pelos filhos de Abraão (Hb 6:20; 7:1-

MinistraçãoOre para que Deus conceda sabedoria para o bom uso dos dízimos e ofertas.

Ore e peça a Deus que Ele nos dê 100% de dizimistas na IBA.Ore cancelando a maldição da desobediência e por mais poder de ser

obediente ao Senhor nos dízimos.Faça uma oração de consagração de tudo o que você possui para Deus.

Obs. Lembre-os de não fazerem esta oração se não desejarem realmente esta consagração.

Os Dízimos e as Ofertas AlçadasParte 5 - O Dízimo está Ligado ao Sacerdócio de Jesus Cristo

Os Dízimos e as Ofertas Alçadas | Parte 5

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11,17,21). Diz-nos o texto: “Considerai, pois, como era grande Esse a quem Abraão, o patriarca, pagou o dízimo tirado dos melhores despojos.” (Hb 7:4) O dízimo é relacionado com a maior ação de respeito e temor do grande Abraão para com este Melquisede-que. O dízimo foi pago, isto é, porque era devido. A Palavra de Deus, querendo enfatizar a grandeza deste sacerdócio de Melquisedeque, revela que Abraão pa-gou o dizimo. Dízimos estão ligados ao sacerdócio e não à Lei. Quem está debaixo do sacerdócio deve pagar dízimos. Se o sacerdócio é eterno, logo, os dízi-mos também. Foi ordenado por Deus que o sacerdócio levíti-co (que estava debaixo da Lei) recolhesse os dízimos de seus irmãos (Hb 7:5) mesmo que tivessem vindo dos lombos de Abraão. Por que eles precisavam de permissão especial para receber dízimos? Porque os mesmos deveriam ser pagos somente a Deus. Daí o motivo de Melquisedeque ser tão importante; porque recebeu o dízimo de Abraão. O sacerdócio que ele representava era o sacerdócio de Cristo e, por isso, tinha poder para receber o dízimo de Abraão. Por isso a Palavra diz que os levitas, no período da Lei, rece-beram o sacerdócio temporal em Arão, e foram libera- dos por Deus para receberem os dízimos. Os dízimos eram para ser pagos ao sacerdócio, que na ocasião, era representado pelos levitas. Ora, se os levitas, de-scendentes de Abraão foram ordenados para recebe- rem os dízimos por Deus, isto prova que também nós, que viemos dos lombos de Abraão, devemos da mes-ma forma recebê-los em nome do Senhor Jesus (Rm 4:16). Nós somos um sacerdócio santo. Se Abraão o pai de todos nós deu o dízimo do Senhor, nós, como filhos de Abraão devemos seguir o mesmo passo de fé. Abraão deu o dízimo e assim toda a sua descendência, tanto a natural quanto a espiritual deve continuar a dar os dízimos ao Grande Sacerdote, através do Seu sacerdócio agora representado pela Igreja. A Igreja repôs o sacerdócio de Arão (vs.9-12). O dízimo é um ato de fé em Deus. Se na fé somos filhos de Abraão, então devemos andar por fé como ele andou. IV - Os dízimos devem ser trazidos à casa do tesouro: Em Malaquias 3:10 o Senhor ordena que os dízimos sejam trazidos à casa do tesouro. A per-gunta é: o quê e aonde é a casa do tesouro? Aonde isto se originou? Certamente não foi no monte Sinai. Os dízimos eram trazidos para o tabernáculo e ao sa-cerdócio. Os dízimos eram para ser trazidos ao lugar onde Deus ali pusesse o Seu nome e Sua habitação; “A esse lugar fareis chegar os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a ofer-ta das vossas mãos, e as ofertas votivas, e as ofer-

tas voluntárias, e os primogênitos das vossas vacas e das vossas o velhas.” (Dt 12:6). Deus disse a Israel que trouxesse os seus dízimos e demais ofertas ao lu-gar onde Ele poria o Seu nome e Sua habitação. Este lugar era o tabernáculo do Senhor. O tabernáculo de Deus agora é Cristo. É Nele que foi posto o nome e habitação de Deus. Nós trazemos nossas ofertas para Ele (Jo 1:14-18 ; 2:20-21). Cristo é o cabeça da Igreja, logo, a Igreja é o templo de Deus. Portanto, sendo a Igreja o templo de Deus, nós trazemos os dízimos a Cristo que tem por Corpo a Sua igreja. Assim como os dízimos eram recebidos pelos levitas no taberná-culo, eles são recebidos na igreja pelos ministérios entregues à igreja por Jesus: os pastores recebem os dízimos. V - Bênção ou Maldição - Malaquias 3:8-10. Como já vimos, Moisés apenas ratificou os dízimos como parte das obrigações do povo de Deus, que eram representados pelo sacerdócio de Arão. Os le- vitas eram separados para a obra exclusiva de Deus e deveriam viver dos dízimos. Da mesma forma, a Igreja está debaixo do sacerdócio de Cristo, que é representado pela Igreja. Os dízimos devem ser entre- gues à igreja que é liderada pelos ministérios deixa-dos por Cristo, o seu cabeça. Precisamos nos conscientizar que bênçãos ou maldições seguem os dízimos e as ofertas ao Senhor. Isto é o que Deus diz e o que Ele diz é o que con-ta; e não as nossas opiniões pessoais. Aqueles que dizem que não podem entregar o dízimo são, na reali- dade, os que não podem deixar de dar o dízimo. Os homens não podem deixar de pagar os impostos, ou do contrario haverá multas pesadas a serem pagas. Os princípios de Deus são parecidos com estes. Se não somos fiéis nos dízimos, caímos em Sua Palavra, que não pode ser quebrada: Ele disse: “por causa de vós”. É a nossa obediência à Sua Palavra que nos leva ao lugar da bênção e a nossa desobediência ao lugar da maldição. Deus pode fazer com que R$ 9,00 vá mais longe do que R$10,00. A Sua bênção está atrelada à nossa obediência. Deixar de entregar o dízimo é ten-tar Deus. Tentar Deus é pecado. A Bíblia nos diz que o salário do pecado é a morte. Temos que despertar para essa verdade. Nós escolhemos o que vai acontecer co-nosco — bênção ou maldição. Por isso devemos sempre nos lembrar: os dízi-mos são do Senhor Deus. Este é o caminho da bênção material. Ao entregarmos o dízimo estamos abrindo o caminho para a bênção. Este fundamento maravi- lhoso certamente nos levará às grandes vitórias. No entanto, se o negligenciarmos, às grandes derrotas. As ofertas: Os que entregam o dízimo creem que ao fazê-lo, estão livres da responsabilidade re-

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ferente às finanças divinas. Não é bem assim que o texto nos diz. Vejamos o que está escrito ali: “Des-de os dias de vossos pais, vos desviastes dos Meus esta- tutos e não os guardastes; tomai-vos para Mim, e Eu Me tornarei para vós outros, diz o Senhor dos Exércitos; mas vós dizeis: em que havemos de tor-nar? Roubará o homem a Deus? Todavia, vós Me roubais e dizeis: Em que Te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas.” (Ml 3:7,8) Nós pensamos que as ofer-tas são para serem entregues quando queremos ou se assim desejarmos. Não é bem isso que o texto diz. O texto diz “nos dízimos e ofertas”. As ofertas são, portanto, um mandamento, tanto quanto os dízimos. A diferença é que as ofertas são de várias formas e valores. Elas, como os dízimos, são frutos de nossa fé. Se cremos e amamos a Deus elas devem fazer parte de nossa comunhão com Ele. As ofertas não possuem um valor definido como os dízimos, porém elas fazem parte do man-damento divino. Não devemos deixar de ofertar na casa de Deus. Creio que muitos se enganam com referência a isto. Quando deixamos de ofertar esta-mos debaixo do mesmo espírito de avareza. Por que não ofertamos? Faça esta pergunta a si mesmo. Não seria pelo fato de amarmos o que temos, mais do que a Deus? Não seria uma forma de nos apegarmos mais ao dinheiro do que a Deus? Independentemente de sua resposta, Deus nos manda trazê-los à Sua casa. Não devemos desobedecê-Lo. Os Israelitas não somente dizimavam; eles traziam suas ofertas ao Senhor porque era um manda-mento para o povo. Quando eles não obedeciam, Deus os punia. O segredo desta obediência era a busca das bênçãos do Senhor Deus. Deus vê aqueles que não Lhe entregam os dízimos e as ofertas, como ladrões. Esta é uma palavra forte, mas profundamente séria. Como (esta pode ser a pergunta de alguns), o homem roubaria a Deus? Ninguém pode! No entanto Deus diz que o povo O roubava. Ele havia mandado trazer as ofertas ao templo. Quando isso era negligenciado o templo era roubado do mantimento divino. Falta-va o mantimento na casa de Deus. Foi por isso que Neemias repreendeu o povo após a reconstrução dos muros de Jerusalém — “também soube que os quin-hões dos levitas não se lhes davam, de maneira que os levitas e os cantores, que faziam o serviço, tinham fugido cada um para o seu campo” (Nm 13:10). A atitude do povo de não trazer os dízimos e ofertas para o tem-plo forçou os levitas e cantores a correrem para os campos em busca de sobrevivência. Eles guardaram para si, o que Deus havia mandado dar aos levitas. Eles não roubaram os levitas e sim, a Deus. A ime-

diata ação de Neemias foi “Então contendi com os magistrados e disse: por que se desamparou a casa de Deus? Ajuntei os levitas e os cantores e os restituí a seus postos. Então, todo o Judá trouxe os dízimos dos cereais, do vinho e do azeite aos depósitos.” (Nm 13:11,12). Quando negligenciamos os dízimos do Se-nhor na casa de Deus, a igreja passa por necessidades. O principio é o mesmo. Também estamos roubando a Deus. A mesma coisa é verdadeira, com referência às ofertas. Elas, igualmente, possuem um lugar na casa de Deus. Se os dízimos são consagrados ao Senhor para o sustento do culto, as ofertas são para o paga-mento daquilo que é feito no templo e para socorro dos irmãos. Levaria muito tempo para esgotarmos o assunto, porém, no Novo Testamento vemos muitos exemplos de ofertas sendo dadas aos necessitados da época. As ofertas também fazem parte do culto a Deus. Jesus assistiu quando aquela viúva pobre en-tregava tudo o que tinha: duas moedinhas (Mc 12:42-44). Ela não estava dizimando e sim, ofertando. Por isso foi louvada por Jesus porque dera tudo o que pos-suía. O amor daquela viúva mexeu com o coração de Jesus. Como Jesus era Um com o Seu Pai, sabemos, com certeza, que mexeu com o coração de Deus. Irmãos amados: não vamos permitir que a in-credulidade e avareza de nossos corações nos roubem a oportunidade de entregarmos a Deus o que Ele dese-ja: os dízimos e as ofertas alçadas. A nossa bênção está à mercê de nossa obediência. Esta negligência tem custado muito caro a muitos dos crentes de hoje. Creia! A igreja é sustentada pelos seus dízimos e ofer-tas alçadas. Nunca se esqueça disso. Sua negligência fará com que a sua parte neste ministério falte aos cofres da igreja. Essa parte é a parte roubada de Deus. Sem ela a igreja fica descoberta e suas contas não serão supridas. Deus vê isso como roubo. Para Deus quem age assim passa a ser um ladrão. A bênção de Deus é para o justo e não para os ladrões. Diz-nos a Palavra de Deus; “... Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tg 5:16) e “Nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados [...] herdarão o Reino de Deus” (1Co 6:10). Como você espera as bênçãos de Deus, se não entrega os dízimos? O justificado em Cristo é justo. O justo faz o que é reto diante dos olhos do Senhor. Entregar os dízimos é reto perante os Seus olhos. Se você ainda não é um dizimista, arrependa-se; comece hoje mesmo, não espere mais; torne-se um dizimista, um justo, e veja as janelas dos céus serem abertas para você pela justiça do Senhor em seu espírito.

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I. O terceiro fundamento para uma vida cristã vitoriosa é a Ceia do Senhor.

II. Quais os títulos dados a esta ordenança?

a) É chamada de Ceia do Senhor (1Co 11.20).b) É chamada de A Mesa do Senhor (1Co 10.21).c) É chamada de Comunhão (1Co 10.16).

III. Quem instituiu a Ceia?

a) O Senhor Jesus instituiu este serviço na festa da Páscoa (Mt 26.26-29; Mc 14.22-26; Lc 22.15-20; 1Co 11.25).b) O Senhor Jesus entregou a Paulo uma revelação clara sobre esta ordenança (1Co 11.23). b.1 - Paulo recebeu a visão do Senhor Jesus sobre A Mesa do Senhor. b.2 - Paulo compartilhou esta revelação com a igreja. b.3 - Paulo ensina que devemos praticar esta instituição. b.4 - Cristo nos deu a semente da verdade durante a preparação para Sua morte.

b.5 - Paulo nos deu a revelação da verdade depois da ressurreição de Cristo.

IV. Quais são os símbolos e significados da Ceia do Senhor?

a) A Mesa (1 Co 10.21; Lc 22.30). a.1 - Lugar de amor e comunhão. É a “mesa da família”; uma festa de amor; uma refeição (Lv 24:5-9; SI 23:5; Ap 3:20). É a mesa dos pães no Novo Testamento.b) O pão (1Co 10.16; Lc 22.19). b.1 - Representa o corpo partido de Cristo (Mt 26.26). É o cumprimento do Cordeiro pascal e de todos os outros sacrifícios de animais do AT (Jo 6.48-56).c) O vinho (1 Co 10.16; Lc 22.17-20). c.1- Representa o sangue da nova aliança (Mt 26:27; Mc 14:24; 1Co 11:25)

Conclusão: Deus Se lembra de Sua aliança conosco ao mirar o Filho e o Seu sangue e nós somos lemb-rados desta aliança pelos elementos sobre a Mesa do Senhor (1Jo 5:7,8).

I - O terceiro fundamento para uma vida cristã vitoriosa é a Ceia do Senhor. Quanto mais os crentes entenderem sobre a mesa do Senhor, maiores benefícios poderão extrair desta importante orde-nança. Em muitos lugares ela tem se tornado uma mera formalidade religiosa, uma cerimônia sem um sentido espiritual mais profundo, não passando de um ritual num culto memorial. O sentido mais profundo e verdadeiro foi roubado deste importante mandamento divino. Vamos restaurar o seu significado real para a

igreja e vivenciar os benefícios espirituais que a ceia traz aos seus participantes. II - Títulos desta ordenança: os nomes da-dos à Ceia do Senhor na Bíblia são variados. II a - Paulo a chamou de “Ceia do Senhor” em 1 Co 11:20. O povo da igreja primitiva se reunia para cear juntos. Tudo indica que era uma refeição completa. No ver-so 21 Paulo menciona o fato de que alguns comiam antecipadamente a Ceia sem esperar pelos demais. Esta atitude privava os demais de comerem, ao ponto

MinistraçãoOre a Deus e agradeça pela comunhão da igreja.

Imponha as mãos sobre os presentes e peça ao ES que derrame do Seu amor sobre os irmãos. Ore para que seja repreendido todo espírito de divisão na igreja.

Ore e peça que o Senhor Jesus fortaleça a vida de todos os presentes e da igreja.

A Ceia do SenhorParte 1 - Os Símbolos da Ceia

A Ceia do Senhor | Parte 1

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deles ficarem com fome. A Ceia era assim chamada porque reunia os irmãos em Cristo ao redor da mesa da comunhão. O termo “do Senhor” era atribuído ao fato deles a comerem no templo, junto com os irmãos. Quando estes não discerniram o propósito da Ceia Paulo os repreendeu desta forma: “Não tendes, por-ventura, casa onde comer e beber? Ou menosprezais a igreja de Deus e envergonhais os que nada têm?” (1Co 11:22) O que caracterizava a Ceia do Senhor era a comunhão. Daí o nome Ceia do Senhor, dado àquela refeição específica onde todos se reuniam para comer, celebrando a santidade e purificação dos santos em Cristo Jesus. II b - A Ceia também é chamada de “A Mesa do Senhor” (1Co 10:21). A reunião dos santos à mesa era uma reunião santa. Se observarmos o verso anteri-or, verificaremos que Paulo a compara aos sacrifícios do povo de Israel no Antigo Testamento. Aqueles que participavam dos sacrifícios e comiam da carne sacri- ficada ao Senhor participavam das bênçãos de Deus para o povo. A Ceia do Senhor é um sacrifício espiri-tual oferecido a Deus, onde o Cordeiro é Jesus Cristo e a comunhão dos que comem de Sua carne, a união entre Deus e Sua Igreja. A Ceia é santa para Deus. Ela deve ser comida somente por aqueles que participam do altar. A “Mesa do Senhor” é um atributo dado à or-denança de se tomar a refeição em santidade de vida e comunhão com Deus e com os irmãos que estão à Mesa preparada para este fim. II c - A Ceia é ainda mencionada como a “Comu-nhão dos Santos” com o Corpo e o sangue de Jesus Cristo (1 Co 10:16). O pão que partimos e o cálice que bebemos não são meros elementos; eles representam algo espiritual muito forte e maravilho-so. O pão representa o corpo de Jesus; representa a nossa comunhão no Corpo. Isto significa que esta-mos envolvidos com Cristo e com Seu povo. O vinho é a comunhão com o Seu sangue. Sangue nos revela a aliança que Deus fez com Sua igreja. Estamos em aliança com Deus e com os irmãos. Comunhão é re-união dos santos à Mesa do Senhor. Existe um significado supremo na Ceia. Ela é tão importante, que Jesus revelou a Paulo os resulta-dos da negligência a esta Comunhão — “Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos os que dormem“ (1 Co 11:30). Não discernir a importância da comunhão entre os irmãos que for-mam o corpo vivo de Jesus Cristo tem sido a causa de muita fraqueza espiritual e morte na igreja. O jul- gamento que alguns irmãos manifestam na igreja é o oposto da comunhão e do amor fraternal. Quando julgamos, estamos divididos. Esta é uma verdade que muitos não querem admitir e, por isso, estão fraque-

jando na fé e sofrendo males desnecessários. Diante deste quadro tão lastimoso da igreja de Jesus, não mais enxergamos que a vida é ordena-da na comunhão da Mesa do Senhor. O Cordeiro é o que comemos, representado pelo pão e vinho. So-mente o corpo do Cordeiro e a aliança do Seu sangue podem nos vivificar em espírito. Muitos crentes hoje não entendem esta verdade e tomam a Ceia estando em julgamentos e desavenças com irmãos. É por esta razão que muitos estão sofrendo. A fé tem se esvaído dos seus corações e não existe arrependimento, pois as suas próprias mentes estão cauterizadas para a ver-dade. Os significados dos nomes dados à Ceia ultra-passam o limite do natural; eles enfatizam verdades espirituais. Desobedecê-las tem sido a causa de mui-tos sofrimentos entre os crentes no Senhor Jesus. III a - A Ceia foi instituída por Jesus Cristo: Todos sabem desta verdade. Será que todos partici-pam desta ordenança com o devido temor a Deus? Es-tar ou não presente na Ceia significa algo importante na vida dos crentes? Creio que esta consciência tem sido enfraquecida pela indiferença às coisas de Deus. O próprio Senhor Jesus instituiu a Ceia, na ocasião da celebração da páscoa com os Seus discípu-los: “Tomando Jesus o pão, o partiu e disse — isto é o Meu corpo” (Mt 26:26-29). Jesus ali instituía a Santa Ceia. “Isto”, referindo-se ao partir do pão, era o Seu corpo. Comer do pão é comer da carne de Jesus. Sem recebermos a carne de Jesus, não podemos alcançar a estatura Dele. Ele é o Pão que veio do céu. Ele é o Alimento que precisamos, para uma vida de santidade diante de Deus. Ao comermos o pão, estamos rece-bendo uma intervenção divina em nossas mentes. O Espírito Santo de Deus restaura a santidade da nossa mente. Paulo, em sua carta aos romanos, revelou o seguinte; “...mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Todo crente em nosso Senhor Jesus Cristo depende deste discerni-mento da vontade de Deus, para uma vida de vitória. Este discernimento depende do nosso culto racional a Deus, não nos conformando com o mundo. Veja o que a Ceia do Senhor Jesus opera na mente do crente: Em 2 Pedro 1:4-11, o apóstolo nos revela que o poder para a entrada para o Reino e vitória constante em Jesus, está na presença de algumas virtudes na vida de cada crente. Se estas coisas estiverem em nós e em nós aumentando, não seremos infrutuosos no ple-no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. O conhecimento ocorre em nossas mentes. Por isso, a Ceia é em memória Dele. A negligência ou ausência destas coisas em nossas vidas, culminam em “...cego, vendo só o que está perto, esquecido da purificação

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dos pecados de outrora”. (2 Pe 1:9). O esquecimento também se processa na men-te. “Fazei isto em memória de Mim”. Quando nossas mentes forem unificadas pelo poder de Jesus, vere-mos unidade no Corpo. Estarmos unidos no amor de Jesus é tomarmos a Ceia de modo digno. De outra sorte, somos culpados do corpo e do sangue de nosso Redentor. Veja como isto é sério! Estamos, realmente, vivendo uma vida de amor e unidade no Corpo, a igre- ja do Senhor? “Igualmente Ele tomou o cálice, dizendo: este cálice é a aliança no Meu sangue”. A aliança sempre envolve sangue. Abraão precisou ser circuncidado para que pudesse firmar uma aliança com Deus. Todo macho entre o povo hebreu passou pela circuncisão para consolidar a aliança com Deus. Sangue é essen-cial para firmar-se aliança e Jesus disse que o cálice é a aliança com Sua igreja. Porém, se o sangue der-ramado fosse o de um animal com defeito, ele trazia maldição sobre o povo. Da mesma forma, quando o cálice é tomado com defeito, isto é, fora da unidade e comunhão fra-terna entre os participantes ele traz disciplina e não bênção, como gostaríamos. “porque, se nos julgás-semos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo” (1 Co 11:31,32) Todos nós fomos alcançados por Deus pela Sua graça infinita. Ninguém tem o direito de julgar o outro sob quaisquer circunstâncias. Fazer isso nos co-loca em pecado e o sangue passa a ser o de um sacri-fício defeituoso e que não agrada a Deus. Foi Jesus quem instituiu a Ceia. Ela revela o poder da comunhão que o Espírito gera em nós e não podemos participar dela de qualquer forma. Devemos participar esperando uns pelos outros. Isto significa que devemos esperar a obra do Espírito Santo na vida dos irmãos e nunca julgá-los. Por isso, Jesus revelou este mistério a Paulo e este nos trouxe este esclareci-mento sobre a Ceia. III b - Paulo recebeu a mensagem reveladora entregue pelo próprio Jesus sobre a Mesa do Senhor (1 Co 11:23). Paulo foi usado por Jesus para ensinar à igreja que ela deve comer a Ceia do Senhor. Esta Mesa onde são postos os elementos da Ceia é uma ordenança de nosso Senhor Jesus Cristo e não pode ser negligenciada. Por isso, temos dito que ela é um fundamento para a vitória do crente. Sem ela é im-possível ser abençoado com a vida espiritual que é fundamental para prosseguirmos rumo ao nosso alvo supremo — a estatura de nosso Senhor Jesus. Ao participar com os discípulos da Ceia, Jesus plantou a semente da verdade para o Seu povo. Pelo

Seu sacrifício o homem pode receber remissão dos pecados. Pelo Seu corpo sacrificado no madeiro Ele nos dá a plena salvação. A celebração da Ceia revela o poder desta semente em nossas vidas. Uma semente de vida que nos leva a anunciar que Ele morreu para proporcionar o sangue que sela a aliança perpétua de Deus e Sua igreja. Os próprios discípulos não enten-diam o verdadeiro significado disto até que Paulo o revelou à igreja. Nós somos privilegiados em Cristo por podermos participar do santo sacramento. Deus, em Cristo, continua Sua obra de plena remissão de pecados a cada Ceia vivida pela igreja. Ao anunciar-mos a morte de Jesus na cruz, o poder de convicção de perdão de pecados é liberado para a igreja. É por isso que temos tanta convicção de nossa salvação. IV - Os símbolos e seus significados para a igreja do Senhor: a Ceia do Senhor é representada por elementos simbólicos importantes para a igreja. Um estudo destes símbolos nos ajudará a resgatar seu verdadeiro significado. IV a - A Mesa: (1 Co 10:21 Lc 22:30) a mesa é o lugar da comunhão. Os momentos mais significa-tivos na vida de uma família são vividos associados às refeições. A mesa é o lugar da bênção. O Antigo Testamento retrata bem o signifi-cado espiritual da mesa: Era de ouro puro perante o Senhor, no tabernáculo terreno. Os pães eram enfile-irados sobre a mesma como porção memorial, isto é, uma lembrança diante de Deus, de que Ele estava em aliança com o povo. Da mesma forma, toda a Ceia é um memorial. Os pães eram um sacrifício agradável a Deus; eles eram postos sobre a mesa representando o memorial de que Deus estava em aliança com a Sua igreja. Às vezes pensamos que esse memorial é para lembrarmos do sacrifício de Jesus; e de certa forma, também o é, mas num sentido mais profundo é um memorial perante Deus, que O lembra de Seu concer-to firmado no sangue do Cordeiro. No céu, ambos os elementos estão presentes: o Pão Vivo - Jesus Cristo - e o sangue no santo dos santos. Como Eles não podem estar nas mesas de cada igreja, eles são representados pelo pão e o vinho. No entanto, no céu Deus vê Seu Filho, o Pão da Vida, e o sangue da aliança. A mesa da Ceia é uma representação física do que está no céu, assim como o batismo é uma representação da morte e ressurreição em Cristo. A Ceia é um memorial que lembra Deus da Sua aliança conosco (Lv 24:5-8). Ela reflete o que Deus vê no céu diante de Seus olhos. As-sentar-se à mesa aqui na Terra é como se estivéssemos nos assentando com Cristo no céu. Por isso Ele disse “Em verdade vos digo que jamais beberei do fruto da videira, até àquele dia em que hei de beber, novo, no Reino de Deus” (Mc 14:25). Jesus sabia que subiria

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e se assentaria à direita do Pai. Ele não participaria desta ordenança até que nós subíssemos com Ele para o céu. Porém devemos, enquanto vivermos na Terra, comer da Ceia como um memorial do que Ele nos falou e prometeu. Deus Se lembrará da Sua promessa e nos conduzirá para a Ceia celestial. Ele Se lembra de Sua aliança conosco. A Ceia é, portanto, uma lem-brança, um memorial vivo da aliança perpétua. IV b - O Pão: representa o corpo de Cristo partido por nós na cruz do Calvário. No corpo de Je-sus estava o sangue da aliança: O sangue não contam-inado pela desobediência humana, sem pecado algum. Sem o corpo de Jesus Cristo não haveria remissão de pecados (Mt 26:26). “Isto é o meu corpo”. O pão não é o corpo e também não se transforma em corpo ao ser ingerido. O pão simboliza o corpo de Cristo e no mo-mento em que Jesus diz “isto”, está chamando a nos-sa atenção para o ato de partir o pão. Muita ênfase se dá aos elementos em si e não à obediência e consciên-cia do corpo de Cristo, mas o “partir” do pão é muito importante. Para que o sangue fosse derramado, era preciso partir o corpo. Nesta ação de tomar e comer é que se realiza a bênção. É a obediência e submissão à ordenança que libera o poder do sangue de Cris-to. Sem partir o corpo não haveria sangue. De igual modo, se não partirmos o corpo e dele comermos não haverá o poder do sangue em nossas vidas espirituais. Mais do que um memorial para os homens, a Ceia é um memorial para Deus e deve ser praticada frequen-temente como uma constante lembrança da nossa re-união com Ele. E não somente isso, pois o pecado nos separa de Deus e dos irmãos, mas o poder do sangue libera a unidade na igreja. IV c - O Vinho: representa o sangue da aliança. O sangue nos purifica do pecado. O poder liberado pelo sangue é de comunhão com Cristo. A expressão visível desta comunhão é a comunhão com os irmãos (1Co 10:16). Este sangue foi o preço necessário para

nos resgatar do pecado. O sangue oferecido na cruz resgatou a comunhão nossa com Deus. Assim como Deus selou a aliança com Abraão pelo sangue derra-mado na circuncisão, firmou também a aliança com Sua igreja pelo sangue de Seu Filho derramado no Calvário. Não há mais necessidade de circuncisão da carne porque o sangue oferecido é o de Cristo Jesus. Ao tomarmos o vinho estamos lembrando a nossa aliança com Deus. O sangue que está diante do Se-nhor no Santo dos Santos é representado pelo vinho na Mesa da Ceia. Quando estudamos os sentidos verdadeiros de cada símbolo, vemos o cuidado de Deus de nos lembrar de uma aliança firmada. Por que é preciso isto? Por que Deus não nos lembra em nossas mentes de uma forma direta? Creio que estamos com nossas mentes tão ofuscadas pelo pecado que isso não acon-teceria. É preciso sermos purificados pelo sangue de Cristo e creio eu, que este poder de purificação das mentes é liberado mediante a obediência ao manda-mento da Ceia. Não devemos diminuir o significado da Ceia. Não podemos deixar que nossas mentes se esqueçam que devemos amar a Deus e servi-Lo em novidade de vida. Deus Se lembra de Sua aliança conosco ao mirar o Filho e o Seu sangue e nós so-mos lembrados desta aliança pelos elementos sobre a Mesa do Senhor (1 Jo 5:7,8).

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I. A Ceia do Senhor é um memorial que significa a morte de Cristo pelos pecados do homem.

a) Foi estabelecida pelo Senhorb) É um memorial pelo qual recebemos a graça da comunhão.

II. A Ceia do Senhor versus Idolatria

a) Idolatria é a grande responsável pela má conduta dos homensb) Idolatria é comunhão com o diaboc) Devemos fugir da idolatriad) A Ceia é uma refeição de fraternidadee) Não devemos nos assentar à Mesa do Senhor em

práticas que não convém aos santos.

III. O significado espiritual da Ceia

a) É um momento de intimidade com Deusb) Tomar a Ceia indignamente: b.1 - Em fornicação b.2 - Em julgamentoc) A culpa nestes pecados acarreta: c.1 - Afastamento dos santos c.2 - Fraqueza, doença e morted) O perdão divino

Conclusão: A Ceia é o momento de nos confrontar-mos com a nossa realidade de vida.

I - A Ceia do Senhor: um memorial celebra-do pela igreja significando a morte sacrifical de Cristo pelo pecado do homem. Memorial é algo que lem-bra o que foi feito. Esta observância foi estabelecida pelo Senhor Jesus na última Ceia quando, simbolica-mente, Ele Se ofereceu como o Cordeiro da expiação. Sua morte no dia seguinte deu-se em cumprimento ao que Dele estava profetizado. A Ceia, portanto, é um memorial para que possamos receber a graça da comunhão. II - A Ceia do Senhor versus Idolatria: Em seu ensino à igreja de Corinto Paulo menciona a idol-atria como a grande responsável pelas más condutas dos homens. Vemos que quando é mencionado que o povo se entregava aos pra-zeres da carne, eles antes se assentavam para comer juntos. Essa prática do povo não agradava o Senhor Deus — “Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; porquanto está escrito:

o povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se” (1 Co 10:7). Tudo indica que o povo daquela época se reunia para refeições conjuntas com o propósito de se deliciarem nos prazeres das orgias. “E não pratiquemos imoralidade, como alguns deles o fizeram, e caíram, num só dia vinte e três mil. Não ponhamos o Senhor à prova [...] nem murmureis [...] estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa[...]” (1 Co 10.8-11). Note que neste contexto a Ceia era um início de orgia. A idolatria era, segundo Paulo, celebrada com comi-da e bebida. A Palavra nos ensina que não devemos nos tornar idólatras. Todas as vezes que uma refeição leva os seus participantes às práticas carnais, ela é mesa de demônios. Existe uma advertência muito forte, por par-te de Paulo, para que a igreja fuja da idolatria (1 Co 10.14). II b - A idolatria é um serviço ao diabo; é

MinistraçãoOre a Deus para que Ele revele a situação de cada um.

Ministre sobre eles a oração de rejeição ao pecado e perdão. Ore pela comunhão da igreja.

Ofereça oportunidade para que haja compartilhar e pedido de perdão entre os irmãos, caso haja necessidade.

A Ceia do SenhorParte 2 - O Significado Espiritual da Ceia

A Ceia do Senhor | Parte 2

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comunhão com as trevas. Paulo deixou bem claro que quando o povo sacrificava alimentos aos ídolos ou participava dos banquetes oferecidos aos ídolos, tais sacrifícios eram oferecidos a demônios (1 Co 8.7-11). A comida em si não representava o problema. A comi-da era apenas um alimento qualquer. Eram as práticas pecami- nosas que marcavam a idolatria. A Ceia do Senhor era a ocasião em que os crentes se ajuntavam para comer. Eles se reuniam no templo para as refeições tal qual Jesus fizera com os Seus discípulos. Jesus ordenou-lhes que fizessem isso sempre, até que Ele voltasse, então os crentes começaram a se ajuntar no templo para a Ceia. Pelo fato desta Ceia ser celebrada na casa do Senhor no primeiro dia da semana (At 20.7), ela recebeu o nome de Ceia do Senhor. Apesar desta prática estar sendo celebrada na casa do Senhor, as ações do povo não condiziam com o que era celebrado. Paulo exortou a igreja sobre suas ações egoístas e profanas. Na realidade, Paulo já vinha, desde o inicio da carta, respondendo perguntas e falando sobre as práticas pecaminosas da igreja. II c - Ao desenvolver suas exortações e ensi-nos, ele chega ao capítulo 8, onde começa a esclarecer sobre a idolatria. A ligação com demônios é que leva o ser humano às práticas libertinas. Daí ele dizer: “Por-ventura, o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que parti-mos não é a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo; porque todos participamos do único pão” (1Co 10.16,17). II d - A Ceia é para gerar comunhão entre os irmãos. Todos nós somos responsáveis pela santidade na casa de Deus. Os efeitos desta comunhão com o Senhor Jesus devem ser os mesmos em todos os participantes. Cada pessoa na igreja deve receber os benefícios da Ceia do Senhor. Se a comunhão é a do sangue, todos deveriam estar sendo purificados do pecado igualmente. Se o partir do pão é o alimen-to, então todos deveriam estar sendo alimentados pelo mesmo pão. No entanto, como foi no deserto, a maioria dos participantes do povo praticou idola-tria. Comeram do mesmo maná, porém, levantaram para se divertirem. Da mesma forma, muitos comem da mesma mesa do Senhor e buscam os prazeres do mundo. A Ceia do Senhor é para a santificação. A Ceia do Senhor gera na igreja uma vida de amor e comunhão entre os irmãos. A idolatria (sentar-se à mesa dos ídolos) leva seus participantes às práticas libertinas. Duas refeições que produzem efeitos dife- rentes: A idolatria congrega seus participantes no altar dos ídolos e os arrasta aos prazeres da carne. A Ceia

do Senhor congrega os participantes à mesa do Se-nhor e os conduz à santificação e amor fraternal. III - O Significado espiritual da Ceia: a ceia não é um mero ritual. A ceia é uma ordenança divi-na para um propósito divino; o senhorio de Cristo na vida dos crentes. Cristo é o Cordeiro divino. Ele é o Pão que desceu do céu. Ele deu o Seu sangue que nos livra da idolatria. A Ceia é o momento de comunhão com o Senhor. III a - Comunhão e intimidade com Deus: Se estivermos em intimidade com Deus, com certe-za estaremos em intimidade com os irmãos. A Ceia reflete o amor fraternal tanto quanto o amor ágape. Daí porque Paulo instrui a igreja com tanto amor e seriedade quanto ao não participar da Ceia na prática de certos padrões de comportamentos. Existem dois ensinos fundamentais que se tornam básicos para que o crente não tome a Ceia indignamente: III b.1 - Isento de Fornicação: Antes de Paulo entrar no assunto da Ceia como uma revelação dada pelo próprio Jesus Cristo, ele nos passa um en-sino sobre a hierarquia divina para a vida conjugal do homem. “Sede meus imitadores como também eu sou de Cristo.” (1Co 11:1) Jesus foi puro, isento de pecados e de promiscuidade. Imitá-Lo significa vi-ver dentro dos mesmos padrões de vida. A hierarquia divina é: Deus cabeça de Cristo, Cristo o cabeça de todo marido, e o marido cabeça da mulher. Ao lermos os capítulos anteriores nós vemos que os idólatras praticavam a poligamia. O sexo ilícito era pratica-do logo após as refeições. Deus não aprova a poli-gamia. Na mesa do Senhor Jesus não há lugar para a fornicação, o adultério ou qualquer participação na promiscuidade. Foi isso que levou o povo de Israel à morte no deserto. Paulo revelou aos romanos que foi isso mesmo que levou Deus a entregar o homem às práticas inconvenientes, ou melhor, foi o resultado desta entrega a Satanás, que levou o homem à práti-ca da fornicação. Não podemos associar a mesa do Senhor com tais práticas. Os que comem a Ceia do Senhor nesta situação crucificam o Filho de Deus. O casamento foi instituído para a santificação da igreja. Quem não for casado deve se dedicar à oração e ao serviço a Deus. Se não pode conter-se, que se case. III b.2 - Isento de Julgamento: todo julga-mento leva à divisão. Paulo salientou isso na igreja de Corinto: “porque, antes de tudo, estou informado ha-ver divisões entre vós quando vos reunis na igreja; e eu, em parte, o creio. Porque até mesmo importa que haja partidos entre vós, para que também os aprova-dos se tornem conhecidos em vosso meio. Quando vos reunis no mesmo lugar, não é a Ceia do Senhor que comeis” (1Co 11:18-20). As divisões são produtos do

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julgamento. As fofocas, falatórios, reclamações, mur-murações, são frutos da raiz do julgamento. Quando participamos da Ceia do Senhor nestas condições, não somos beneficiados pelo Senhor e sim corrigi-dos, para não sermos condenados com o mundo (1 Co 11:31,32). O julgamento fere o amor de Deus. Ele é contrário à edificação na Palavra; ele procede do diabo. Por isso Paulo fala tanto da idolatria antes de adentrar na revelação da Ceia. A nossa associação com demônios é que nos leva ao julgamento malicio-so. Devemos ter muito cuidado com a língua para não sermos condenados com o mundo. Quando o crente participa da Ceia ele par-ticipa da comunhão com o Senhor Jesus, O Espírito Santo ama e manifesta o Seu amor pelos crentes. A Ceia é a manifestação desta comunhão. Aquele que se senta à mesa em fornicação e divisão com os irmãos, se assemelha a Judas Iscariotes, que era avarento e amava o dinheiro. Ele era idólatra e Satanás entrou nele para trair Jesus. Judas O entregou para ser cruci-ficado. Ele não comungou no amor com os outros dis-cípulos; deixou a comunhão de Jesus e dos demais e foi buscar os que prenderam Jesus para a crucificação. III c - Irmãos amados no Senhor Jesus: cuide-mo-nos para não praticarmos as mesmas coisas que os nossos antepassados praticaram e não agirmos como agiu Judas. O amor à fornicação e ao dinheiro nos levará à traição. Deixemos de lado a fornicação e o julgamento. Estas coisas nos arrastarão às duas situações desastrosas: III c.1 - O afastamento dos Santos: o peca-do da prostituição nos leva para o mundo. Toda for-nicação deve ser tratada com a excomunhão (1Co 5:9,11; 6:9-20). Somos ensinados que os fornicadores devem ser postos de lado na comunhão. Quem for-nica não está em comunhão com o Senhor. A Ceia é a reunião dos santos ao redor da Mesa do Senhor. Esta celebração deve ser feita em santificação de vida. Quem se levanta da Mesa do Senhor vive para Je-sus e entrega-se à sua esposa ou vive isento da mes-ma. Deus não se agrada da fornicação; não aprova a prostituição. Portanto, quem pratica estas coisas está em idolatria e não em comunhão com o Senhor e ao assentar-se à Mesa da Ceia não participa do corpo e crucifica o Filho novamente. III c.2 - Fraqueza, doenças e morte: é isso mesmo. É o que a Palavra diz: “Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos os que dormem” (l Co 11:30). A falta de amor e dedi-cação aos irmãos provoca fraqueza, doenças e morte. Não somos ensinados que todas as doenças, fraquezas e morte sejam resultantes disso, mas somos ensinados que resultarão nestas coisas, se julgarmos os irmãos.

Devemos viver em amor uns para com os outros. III d - Examine-se: graças a Deus porque Ele nos manda examinarmo-nos. Isto significa que podemos ser perdoados por Ele. Deus não deseja a nossa fraqueza, doença ou morte. Deus quer que vi-vamos por Ele e para Ele; deseja que sejamos agracia-dos pelo poder do Seu sangue. Ao examinarmo-nos, somos confrontados com o pecado. A Palavra de Deus nos ensina que se pecarmos, nós temos um Advoga-do que nos purifica do pecado. Devemos sempre nos examinar- mos para sermos perdoados por Deus. Por isso diz o verso: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice”. (I1Co 11.28). Se comermos a Ceia em pecado, sere-mos disciplinados pelo Senhor. Quando não nos exa- minamos, nem sequer temos consciência do pecado. Estamos com a mente cauterizada para o Espírito Santo. Quando participamos da Ceia sem esse cuida-do ficamos expostos ao pecado. Não devemos andar em pecado; quando estamos isentos destes pecados somos abençoados por Deus e saímos melhores do que entramos. O importante é que, de uma forma ou de outra, estejamos sendo tratados por Deus: Ou com as Suas bênçãos ou com a Sua disciplina. O fato é que somos perdoados por Ele quando há uma reflexão profunda sobre como andamos no nosso cotidiano. A Ceia é, portanto, o momento de nos con-frontarmos com a nossa realidade de vida. Quando nos assentamos à mesa com o Senhor devemos fazê-lo em consciência do corpo. Nós somos o corpo de Cristo; somos templos do Seu Espírito Santo. Não devemos prostituir o templo e nem mesmo devemos dividir o corpo. Estas coisas são resultantes da idola-tria. Devemos buscar o perdão de Deus para as nossas vidas. A Ceia é a comunhão do sangue e do pão que se manifesta entre os irmãos em amor fraterno e amor ágape. Aleluia!

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I. Jesus apresenta o Reino de Deus como algo indispensável para o homem (Mt. 6).

a) (v.5) não sejam como os hipócritas — um ator com um caráter assumido;b) (v.6) ore em verdade. Na privacidade do quarto;c) (v.7) vãs repetições — palavras aprendidas e não vividas.

II. Jesus ensina a orar.

a) (v.9) orareis assim — forma que expressa ação de Deus no homem;b) (v.10) venha o Teu Reino — põe-nos dentro da vontade de Deus;c) (v.11) O pão nosso de cada dia — poder para faz-er a vontade de Deus;d) (v.12) perdoa as nossas dívidas — tira o que Te ofende.

III. Discernindo as manifestações do Reino de Deus.

a) (Rm 14:17) O Reino não é aquisição do material (Mt 6:8,32);b) (1Co 4.20) O Reino de Deus não é eloquência de palavras, mas poder;c) (1Co 6.9,10) O Reino de Deus não se manifesta em desobediência;d) (1Co 15.50) O Reino de Deus é eterno e tem ma- nifestações futuras;e) (2Ts 1.3-5) O Reino de Deus é para nos identifi-carmos com Cristo.

Conclusão: O Reino de Deus é uma doutrina ampla e requer um estudo minucioso se quisermos usufruir dele com abundância.

O Reino de Deus é um dos assuntos mais fas-cinantes de toda a Palavra de Deus. Deus reina so-berano através da eternidade. Ele não foi criado, nem nasceu em algum tempo na eternidade. Deus sempre existiu, existe e existirá na eternidade. Este é um con-ceito muito difícil de assimilação devido as nossas

mentes finitas. Quando Jesus veio a este mundo, Sua men-sagem anunciava o Reino de Deus. Os quatro evange-lhos revelam-no como o tema central da mensagem de Jesus. Os evangelhos narram com muita precisão sobre como este Reino foi introduzido nesta Terra

MinistraçãoExplique-lhes que estaremos exercitando os poderes do Reino durante todo o estudo.

Ensine-os como proceder durante as ministrações. Passos para a ministração:a) Peça a Deus que encha os presentes do Seu Espírito;

b) Instrua quem estiver recebendo a ministração a não orar junto;c) Leve a pessoa a fechar os olhos e receber a ministração do Espírito Santo;

d) Ao ministrar, não feche os olhos. Observe as reações da pessoa.Pergunte o que ela sente durante a ministração.

e) Escale pessoas para suporte caso a pessoa ministrada caia. O suporte toca, levemente, as costas da pessoa ministrada para que esta saiba que está segura.

f) Não tenha pressa. Espere no Espírito Santo.Na primeira reunião, ore para que o Espírito Santo encaminhe as pessoas para uma revelação

de poder.

O Reino de DeusParte 1 - Discernindo as Manifestações do Reino

O Reino de Deus | Parte 1

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através do nascimento de Jesus, como ele deveria se expandir até tornar-se algo poderoso e maravilhoso pelas parábolas de Jesus e como ele é dinâmico e já se manifesta na Terra através dos milagres que Ele ope-rou, que Seus discípulos operaram e que a Igreja deve continuar operando hoje. É este poder atual manifes-tado na igreja que testifica da ressurreição de Jesus Cristo e prepara Sua Igreja para o arrebatamento não muito distante. I - Jesus apresenta o Reino de Deus como indis-pensável para o homem. Deus reina pelo Seu Espírito colocado dentro do homem (Jo 14.17-20; Jo 15.7; Mt 12.28; Lc 17.21). É o Espírito Santo quem nos ensina, revela e nos mantém na verdade do evangelho. É pelo Espírito da Verdade que Jesus reina hoje através de Sua Igreja. A Igreja foi fundada na Rocha Jesus Cristo e a porta do inferno, Satanás, jamais poderá vencê-la. Jesus reina no homem e através do homem. O Reino de Deus já está entre os homens e se manifesta na Igreja. Em Mateus 6 nós vemos o ensino de Jesus so-bre oração e como Deus deseja nos responder, aper-feiçoando o Seu poder em nós. A expressão “não seja como os hipócritas”, revela o poder do Reino de Deus atuando no interior do homem. Antes de vermos a manifestação exterior deste Reino na Terra, temos que primeiramente experimentá-lo em nosso interi-or. É o poder do evangelho que nos transforma e nos diferencia dos gentios (vs.7). A estrutura espiritual do homem é transformada pelo senhorio de Cristo através da Palavra de Deus. Este poder restaura os valores morais, emocionais e espirituais que foram uma vez perdidos por causa do pecado do homem. Jesus veio para destruir as obras do diabo. O reinado da morte durou até Moisés (Rm 5.13,14,17), mas hoje é Jesus quem reina soberano sobre as nossas vidas. Aleluia! Três coisas são fundamentais para a vida do crente: o Pão, que alimenta nossas vidas espirituais, o Reino (a vida), que restaura a santidade dentro do homem e o perdão que nos liberta da força do pecado. II - Por isso Jesus nos ensinou a oração do Pai Nosso e disse a maneira que deveríamos orar ao Pai. Jesus é o Pão da Vida, é a própria vida e é O grande Libertador das nossas almas. O Pão é a Palavra, o Reino é a força que Ela gera pelo testemunho que damos através das nossas obras de obediência a Deus e o perdão é a for-ma de estendê-lo aos cantos longínquos desta Terra. Perdoar é contaminar com o poder do Reino de Deus. Este poder é multiplicado de um para outro através do perdão. Para uma melhor compreensão sobre a ex-pansão deste Reino é preciso entender o que é perdão.

A palavra perdão (afiemi) significa: enviar adiante; perdoar; por de lado; deixar só; deixar ir; por (envi-ar) para fora; dar preferência. Pelo seu significado, perdão é como que se uma corrente fosse quebrada e permitisse a liberdade de alguém. É como um pássaro na gaiola que ganha sua liberdade quando a porta lhe é aberta. Perdoar é deixar livre. Existe uma força operante na pessoa que pra- tica uma ofensa contra a outra. É por isso que Jesus diz (Mt 5.23,24; Mt 18.15; Lc 17.3) que “se teu irmão cometer uma falta contra ti, vai e fala com ele”. A ação é do ofendido e não do ofensor. Por quê? Porque quem ofende está debaixo do poder do peca-do. A pessoa está aprisionada pelo pecado e precisa de libertação. O pecado reina na vida do ofensor que age lançando a ofensa. O Reino de Deus opera através do perdão usando o ofendido para esta libertação. Se todos nós entendêssemos assim, tudo seria diferente. Porém, achamos que a pessoa que nos ofende é sim-plesmente ruim e praticou a ofensa propositalmente. Nós não atribuímos a ofensa ao reinado do pecado na vida do nosso irmão. Quando Cristo não reina na vida do ofendido ele se magoa e recusa o perdão, porque se guia pelo sentimento ferido. Ele mesmo está preso pelo pecado. O sentimento de mágoa é uma manifes-tação de prisão espiritual de quem não perdoa. Por isso Jesus diz: “Se não perdoares o teu próximo, o teu Pai não te perdoará”. Isto parece tão difícil quando estamos magoados. Precisamos agir por fé e não por sentimentos. É ai que muitos sucumbem e permane-cem nas algemas do pecado. Eles não creem que seja tão fácil assim. Eles não creem que estão presos pelo pecado. Quando Jesus reina nos corações dos homens, existe perdão incondicional. Perdão não deve ser pro-duto de um sentimento e sim de fé operante pela Pa-lavra de Deus. Quando houver entendimento que o pecado é que faz as pessoas ofenderem (Rm 7.7-11, 13-20) então estaremos livres para perdoar de fato. O pecado é o reinado da morte no homem. A graça é o reinado de Cristo no homem. O pecado aprisiona o homem pela falta de perdão e a graça liberta o homem pelo perdão. III - A Palavra de Deus claramente revela que o Reino de Deus não é material (Rm 14.17; Mt 6.8,32). O Reino de Deus não resulta de palavras eloquentes do homem (1Co 4.20). O Reino de Deus não se ma- nifesta na desobediência do homem (1Co 6.9,10). O Reino de Deus é muito mais abrangente. Para en-tendê-lo precisamos estudar as Escrituras e observar o que dele é ensinado e manifestado por homens que viveram uma vida cheia do Espírito Santo de Deus.

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I. Para um melhor entendimento sobre o Reino de Deus é preciso defini-lo.

II. O Dicionário Bíblico (Holman) assim define o Reino de Deus:

a) É o governo de Deus em toda Sua soberania;b) O Reino é o tema central da pregação de Jesus (Marcos 1.14,15);c) Reino de Deus e Reino do Céu falam da mesma coisa, sendo apenas traduções diferentes da mesma

palavra aramaica dita por Jesus.d) O Reino de Deus não é área geográfica ou domí-nio político específicos;e) O Reino de Deus não é construído por homens. As pessoas devem responder à mensagem do Reino.f) A mensagem do Reino é para todos (Mateus 19.24; Mateus 21.31);

Conclusão: Deus é muito gracioso e amoroso com todas as pessoas, e oferece o Seu Reino a qualquer que o deseje.

I - Para um melhor entendimento sobre o Re-ino de Deus é preciso defini-lo. Mesmo sendo muito difícil por ser algo tão amplo e poderoso vamos procu-rar, pelo menos, buscar um resumo desta definição. Através dos ensinos de Jesus aprimoraremos o nosso entendimento sobre este importante assunto. Existe certa confusão quanto ao Reino e a sua dinâmica, por parte dos crentes em geral. Muitos creem que o Reino é o céu e todo o universo. Outros acham que é o céu para onde o crente será levado. Afinal, o que é Reino de Deus? II - O Reino de Deus: A definição de Reino segundo o Dicionário Bíblico Holman é: II a - “O governo divino em toda sua soberania. Não existe nenhuma referência ao Reino de Deus no Antigo Testamento, no entanto, o Reino de Deus é revela-do ali como Deus governando (Por exemplo, Sl 47.2; 103.19; Dn 4.17,25-37). A ênfase no Antigo Testa-mento sobre a soberania e poder de Deus sobre reis e Reinos prepara o cenário para os ensinamentos de Jesus no Novo Testamento. Jesus fez do Reino de Deus o ponto central de Suas mensagens. Mais de

cem referências ao Reino aparecem nos evangelhos, muitas das quais, nas parábolas de Jesus”. II b - O Reino de Deus é a imagem central nas pregações de Jesus, como claramente observamos em Marcos 1.14-15. Em Suas parábolas, Jesus apresenta o Reino de muitas formas diferentes. Ele disse que o Reino é semelhante a: um semeador (Mt 13.24), uma semente (Mt 13.31), o fermento (Mt 13:33), um te-souro (Mt 13.44), alguém que procura e negocia boas pérolas (Mt 13.45), uma rede (Mt 13.47), um patrão (Mt 20.1), um rei que celebrou as bodas de seu filho (Mt 22.2), dez virgens (Mt 25.1). Ele também pregou as boas novas do Reino (Lc 8.1) e sobre o mistério do Reino de Deus (Mc 4.11). II c - Jesus falava em Aramaico e os escritores dos evangelhos traduziram Seus sermões e parábo-las para o grego. Marcos, Lucas e João traduziram a palavra de Jesus como “Reino de Deus” e Mateus algumas vezes usou esta mesma expressão, mas fre-quentemente ele preferia traduzir como “o Reino do Céu”. As duas frases significam exatamente a mesma coisa, pois são traduções da mesma palavra aramaica

MinistraçãoContinue ministrando o poder do Espírito Santo como ensinamos na lição anterior.

Interceda pela igreja. Peça que o Reino de Deus venha sobre toda igreja Ágape.Ministre orações pelos lares: invoque o poder do Espírito Santo sobre

os maridos, esposas e filhos.

O Reino de DeusParte 2 - Definindo o Reino de Deus

O Reino de Deus | Parte 2

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dita por Jesus.II d - O que Jesus queria dizer quando falava

do Reino de Deus? Ele queria simplesmente falar do governo de Deus. O Reino de Deus é o reinado sobe- rano de Deus. Isto pode ser melhor esclarecido se pu-dermos entender o que Jesus não queria dizer. Ele não estava falando de uma área geográfi ca como a Terra Santa ou o Templo. Também não se referia a uma en-tidade política como a nação de Israel ou o sinédrio e nem estava falando de um grupo de pessoas como os Seus discípulos ou a Sua igreja. Ao invés disso, o Reino de Deus é Deus no governo. Trata-se do reinado soberano de Deus. Este governo independe de área política ou geográfi ca. É verdade que o reinado de Deus compreende um povo a ser governado e Jesus chamou pessoas para fazerem parte desse Reino, mas devemos distinguir o Reino das pessoas que entram nele. Jesus nos ensinou que o Reino parece ser algo sem expressão, mas que cresce e torna-se algo tre-mendo. O Reino é como um grão de mostarda que cresce e torna-se uma árvore grande, de tal forma que proporciona abrigo para a criação de Deus (Mc 4.30-32).

II e - Jesus nunca afi rmou que os homens de-veriam construir o Reino de Deus, pelo contrário, o Reino será estabelecido por obra de Deus. O Senhor reina soberano, e as pessoas não podem em nada al-terar este reinado. Quando irá Deus estabelecer o Seu Reino? Sabemos que o Reino não será completado até que se cumpra um tempo não especifi cado do futuro (veja, por exemplo, Mt 25.1-46). Existe uma expectativa de que o Reino virá em algum tempo futuro, mas por outro lado, Jesus também disse que o Reino já havia chegado aqui. “O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo” (Mc 1.15). Ele disse ainda de uma forma mais explícita: “Se, porém, eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente, é chegado o Reino de Deus sobre vós” (Lc 11.20). Portanto, o Reino de Deus trata-se do governo de Deus estendido sobre as vidas humanas através do ministério de Jesus; e também o Seu reinado que será consumado ou completado no futuro. Visto que as pessoas não constroem o Reino de Deus, que resposta elas devem dar à mensagem de Jesus sobre o Reino? Primeiro: elas devem tornar o Reino suas prioridades e buscá-lo antes de todas as demais coisas (Mt 6.33). Vê-lo como uma pérola de tanto valor, que devem vender tudo quanto possuem para comprá-la (Mt 13.44-46). Segundo: devem se ar-

repender e crer nas boas novas do evangelho do Reino (Mc 1.14-15), e assim entrar no Reino como crianças (Mc 10.14). Terceiro: podem orar para que o gover-no de Deus venha rápido: “Venha o Teu Reino” (Mt 6.10; compare 1Co 15.24). Finalmente, devem estar preparadas para quando este Reino vier fi nalmente (Mt 25.1-46). A oração do Senhor contém três pedidos, como seguem: “Santifi cado seja o Teu nome. Venha o Teu Reino. Tua vontade seja feita na Terra como é no céu” (Mt 6.9-10). Estas três frases signifi cam quase que a mesma coisa, e nos revelam muito sobre o Reino de Deus. “Santifi cado seja o Teu nome”, sig-nifi ca: “que o Teu nome seja santo ou honrado” ou, “Faz com que todas as pessoas Te respeitem e reve- renciem”. “Venha o Teu Reino”, signifi ca: “estende o Teu governo sobre a vida dos homens”. “Tua vontade seja feita na Terra como é no céu”, signifi ca: “Es-tende o Teu governo sobre a vida dos homens aqui e agora, a fi m de que os mesmos Te reverenciem e respeitem”. Em Suas pregações, Jesus frequentemente convidava as pessoas a entrarem no Reino de Deus, isto é, a abrirem os seus corações para o governo de Deus. É importante notarmos quem Ele convidava. II f - Ele convidava a todos. Esta é a grande surpresa. Ele não restringia o convite às pessoas res-peitáveis, ou aos religiosos, ou aos ricos e poderosos (nos tempos de Jesus riqueza e poder eram frequen-temente tidos como sinais de bênçãos divinas). Jesus incluía a todos sem distinção. Ele falou sobre Deus enviar Seus servos pelas estradas e becos a chamarem as pessoas para entrarem no Reino. Ele até mencionou que seria mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus (Mt 19.24). Ele disse que seria mais fácil as prostitu-tas e coletores de impostos entrarem no Reino do que os religiosos da época (Mt 21.31). Em suma, Deus é muito gracioso e amoroso com todas as pessoas, e oferece o Seu Reino a qualquer que o deseje.

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I. Os apóstolos ensinaram sobre o Reino de Deus como salvação, vida eterna, perdão, etc. Falar destas coisas é falar do Reino de Deus.

II. O Reino de Deus é a manifestação de poder através da igreja hoje (Rm 8:17).

III. O Reinado de Deus é crescente e dominará todos os inimigos de Cristo, pondo-os por estrado de Seus pés (Hb 1:13; 10:13)

a) Estrado - um pequeno móvel para descanso dos pés. Algo debaixo dos pés de quem se assenta no trono (I Crônicas 9.18; Tiago 2.3);b) É símbolo de domínio sobre os inimigos;c) Este domínio será exercido pela igreja.

Conclusão: Buscaremos nos evangelhos uma melhor compreensão pelos ensinos de Jesus, Suas parábolas e demonstração do poder deste Reino em suas curas, milagres e prodígios.

I - Depois do retorno de Jesus ao céu os apósto-los não continuaram a fazer do Reino o tema central de suas mensagens. Ao invés disso, começaram a pregar sobre a vida eterna, salvação, perdão, e outros temas. Assim procedendo, eles não abandonaram a atenção que Jesus dava ao Reino de Deus. Eles sim-plesmente expressavam a mesma ideia da forma de-les. Falar de salvação e falar do Reino tem o mesmo significado. Nós poderíamos expressá-lo desta forma: Deus está graciosamente dando salvação como um presente gratuito (estendendo o Seu Reino) a quem O receber (entrar no Reino) através de Seu Filho Jesus Cristo, e tal salvação começa agora (o Reino esta no meio de vós) e será completado no futuro (o Reino virá como um ladrão de noite). Como Paulo coloca, o Reino de Deus é justiça, paz, amor e gozo no Espírito Santo (Rm 14.17). II - Como podemos ver, o Reino de Deus é muito mais do que pensamos. É o poderio de Deus agindo hoje, através de Sua igreja. O mesmo Espírito que estava em Jesus, está hoje agindo pelo homem, para tornar conhecida a vontade de Deus na Terra. Nós somos coerdeiros deste poder (Rm 8.17). O Re-

ino de Deus se estende por todo o universo, e toda a criação está debaixo da Sua autoridade. III - Apesar de Deus reinar sobre todo o uni-verso, aqui na Terra Ele reina pela igreja. Na Terra o reino espiritual (de Deus ou das trevas) reina através do homem. A morte entrou no homem e dali em diante passou a reinar sobre a Terra pelo homem. Por isso, nossa luta não é contra carne e o sangue, como afirma Paulo em sua carta aos Efésios 6.12. Ou nós estamos em trevas ou na luz (I Jo 1.5). Não existe meio termo. O Reino de Deus primeiro reina no homem, depois, através do homem. III a - Dentro deste entendimento, podemos ver o que a Palavra de Deus diz sobre “até que Eu ponha os Teus inimigos por escabelo de Teus pés” (pés de Cristo) (Hb 1.13; 10.13). O domínio de Deus se manifesta no homem enquanto este amadurece em Sua palavra. O Reino ainda não se manifestou em sua plenitude aqui na Terra, mas, a promessa é de que ele se manifestará à semelhança de uma pequena se-mente que se tornará uma grande árvore. À proporção em que o Espírito Santo for completando a Sua obra de santificação da igreja, este domínio maravilhoso

MinistraçãoContinue ministrando o poder do Espírito Santo como ensinamos na lição anterior.

Interceda pela igreja. Peça que o Reino de Deus venha sobre toda igreja Ágape.Ministre orações pelos lares: invoque o poder do Espírito Santo sobre

os maridos, esposas e filhos.

O Reino de DeusParte 3 - Compreendendo o Reino de Deus

O Reino de Deus | Parte 3

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de Deus se manifestará sobre os inimigos da cruz de nosso Se-nhor Jesus Cristo. Talvez um estudo sobre “estrado” pudesse nos oferecer uma melhor com-preensão deste domínio. III a - Estrado: Um pequeno móvel para des-canso dos pés. Algo designado especialmente para alguém que se assenta no trono (II Cr 9.18; Tg 2.3). Alguns estrados dos faraós egípcios eram esculpidos com fi- guras dos inimigos. Outros mostravam faraós com os pés sobre as cabeças dos inimigos. O estrado, portanto, passou a ser um símbolo de domínio. Deus é visto como um Rei entronizado no céu com a Terra sendo o estrado de Seus pés (Is 66.1; Mt 5.35). Em Salmos 99.5 e Lamentações 2.1 fica difícil determi-nar se o estrado de Seus pés seria o templo ou Sião. (Compare Is 60.13; Ez 43.7) Somente I Crônicas 28.2 oferece uma referência mais clara quanto ao templo ser o lugar de descanso dos pés de Deus. No Salmo 110.1 Deus faz com que o Seu Rei messiânico triunfe sobre os Seus inimigos, os quais se tornam estrados de Seus pés. Este texto foi citado seis vezes no Novo Testamento. Ele serviu como citação e base para o dito de Jesus a respeito do Senhor de Davi que também era Seu Senhor (Mt 22.44; Mc 12.36; Lc 20.43). Em outro lugar, este texto se aplica à as-censão de Cristo (At 2.34-35), à exaltação de Cristo (Hb 1.13), e à futura vitória de Cristo (Hb 10.13). III b - O estrado é um lugar de descanso para os pés e significa poder sobre o inimigo. O texto sa-grado diz: “Ele, que é o resplendor da glória e a ex-pressão exata do Seu ser, sustentando todas as coisas pela Palavra do Seu poder, depois de ter feito a purifi-cação dos pecados, assentou-Se à direita da Majes-tade, nas alturas...” (Hb.1.13) “Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-Se à destra de Deus, aguardando, daí em diante, até que os Seus inimigos sejam postos por estrado de Seus pés” (Hb 10:12,13). Dentro deste contexto, observamos que o Reino embora esteja em nós, ele ainda aguarda um tempo de manifestação fu-tura.

III c - A expressão: “até que” revela a nós algo sobre a vontade de Deus, de reinar através da igreja. Jesus, segundo o texto sagrado, assentou-Se à direita do Pai e aguarda. Aguarda o quê? Que os Seus inimigos sejam postos por estrado de Seus pés. Se o Reino significa domínio, logo, Jesus aguarda que a igreja domine os Seus inimigos. Infelizmente, a men-sagem que temos recebido é muito negativa a este respeito. Somos ensinados de que o inimigo retalia o crente. É verdade que existe certa vitória do inimigo sobre algumas vidas, e isto é tido como retaliação. Mas a verdade é que devemos reinar com Cristo so-bre toda a Terra e triunfar sobre os inimigos, como fez o povo nos tempos de Moisés e Josué. O pecado tem sido o grande responsável pelo que se chama de retaliação. Por isso estamos afirmando que o Reino de Deus, primeiro, deve se manifestar quebrando os aguilhões do pecado no homem. Depois disso, ele se manifestará derrotando o inimigo do Senhor. O nosso estudo visa uma compreensão maior sobre este poder tão maravilhoso. Buscaremos nos evangelhos encontrar revelações sobre o Reino que Jesus tanto apregoou enquanto esteve aqui. Vamos es-tudar a extensão deste Reino e como ele se manifesta hoje. Jesus demonstrou o poder deste reinado de Deus de muitas formas e elas estão reveladas nos evange-lhos. Que o senhor se digne a abrir os nossos olhos para compreendermos tão importante revelação.

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I. Uma das fontes mais preciosas que temos para o entendimento do Reino de Deus são as parábo-las que Jesus deixou registradas nos evangelhos da Bíblia Sagrada.

a) Elas nos oferecem uma visão de como o Reino de Deus se manifesta aos homens.b) Lembre-se de que o Reino não é material; não pos-sui limites físicos, espirituais ou de tempo.

II. Jesus Cristo sabia das nossas limitações hu-manas e conhecia bem o que o pecado havia rou-bado do homem.

a) Jesus tinha discernimento completo da vontade de Deus e Seus planos de domínio terreno através da I- greja.b) Por isso, Ele falou por parábolas.

III. Embora a parábola possa ser de fácil com-preensão por usar figuras conhecidas do homem, ela será de difícil compreensão se não for revelada pelo Espírito no coração do homem.

a) Em Mateus 13.13-17 encontramos a razão pela qual Jesus falou em parábolas.b) O propósito da parábola é cumprir profecias e le-var o homem a entender seus ensinamentos pela ilu-minação do Espírito Santo.

IV. Qualquer parábola de Jesus só pode ser dis-cernida através da ministração reveladora do Es-pírito Santo.

a) A razão é muito clara: o coração endurecido pelo

pecado.b) A nossa escolha de viver uma vida em santidade, produz em nós o poder de recebermos de Deus, a revelação daquilo que é prometido somente aos Seus filhos.

V. Esta graça maravilhosa e poderosa está reser-vada somente para os filhos de Deus.

VI. A revelação produz o galardão do Espírito vi-vendo em seu interior.

a) Deus sempre retribui a nós o que com alegria ofere-cemos a Ele.i) Se Lhe oferecemos ofertas materiais, recebemos o galardão material.ii)Se Lhe oferecemos ofertas espirituais, Ele nos retribui com galardões espirituais.iii) Porém, o maior sacrifício que podemos oferecer a Deus são os nossos próprios corpos, em sacrifício vivo.

VII. Definição de parábola: parábola serve como um meio de comparação, ou uma visualização de algo não visível pelos sentidos físicos do homem.

a) Pela visualização do físico e pelo transcorrer da narração, podemos ver o espiritual.b) Vejamos a comparação da comunhão com o óleo, no Salmo 133. A parábola nos ajuda a compreender a dinâmica do Reino de Deus.

Conclusão: Vejamos a revelação divina contida nas parábolas de Jesus

Ministração(Repita as ministrações do estudo e esboços anteriores).

Continue ministrando o poder do Espírito Santo como ensinamos na lição anterior.Interceda pela igreja. Peça que o Reino de Deus venha sobre toda igreja Ágape.

Ministre orações pelos lares: invoque o poder do Espírito Santo sobreos maridos, esposas e filhos.

As Parábolas Sobre o Reino de Deus

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As Parábolas Sobre o Reino de Deus Uma das fontes mais preciosas que temos para o entendimento do Reino de Deus são as parábolas que Jesus deixou registradas nos evangelhos da Bíblia Sagrada. Elas nos oferecem uma visão de como o Re-ino de Deus se manifesta aos homens. Lembre-se de que o Reino não é material, não possui limites físicos, espirituais ou de tempo. Por isso, compreendê-lo tor-na-se uma tarefa muito difícil para o homem. Visto que o mesmo não se trata de um objeto a ser disseca-do, sua descrição e explicação devem ser trazidas à esfera da mente humana. Nós, que nunca tivemos a experiência sobre-humana de vermos o céu e o uni-verso em sua plenitude, o trono do grande e poderoso Deus e todo o esplendor de Seu poder e glória, jamais poderíamos conter em nossas mentes tudo o que diz respeito ao reinado de Deus sobre o universo. Jesus Cristo conhece as nossas limitações hu-manas e sabe bem que o pecado roubou do homem a capacidade de discernimento completo dos planos de Deus em dominar a Terra através do homem. Por essa razão falou por parábolas: Não só para trazer o entendimento ao nível humano, bem como impedi-lo de conhecer as coisas de Deus, senão pela revelação do Espírito Santo. Isto parece ser um paradoxo. Como algo tem o propósito de fazer entender e ao mesmo tempo impedir o entendimento? A parábola, embora possa ser de fácil com-preensão por usar figuras conhecidas do homem, será de difícil compreensão se não for revelada pelo Es-pírito no coração do homem. Em Mateus 13:13-17 encontramos a razão pela qual Jesus falou por parábo-las. “por isso lhes falou por parábolas; porque ven-do, não veem; e ouvindo, não ouvem nem entendem. De sorte que neles se cumprem a profecia de Isaias... porque o coração deste povo está endurecido... bem aventurados, porém, os vossos olhos, porque veem...” o propósito da parábola é cumprir profecias e levar o homem a entender seus ensinamentos pela ilumi-nação do Espírito Santo. Quem não tem o Espírito Santo jamais chegará a um discernimento correto do Reino de Deus. Qualquer parábola de Jesus só pode ser dis-cernida através da ministração reveladora do Espírito Santo. A razão é muito clara: o coração endurecido pelo pecado não recebe o discernimento. A nossa es-colha de viver uma vida em santidade produz em nós o poder de recebermos de Deus a revelação daquilo que é prometido somente aos filhos de Deus — o en-tendimento correto da dinâmica dos poderes divinos manifestados através do homem! Que privilégio o

nosso, de podermos ser usados por Deus na manifes-tação de Seu poder! Todo o inferno debaixo de nossos pés pela presença gloriosa de Jesus Cristo em nós. Ele reina eternamente em Seus filhos e por Seus filhos! Aleluia! Esta graça maravilhosa e poderosa está reser-vada somente para os filhos de Deus. É por isso que a escritura diz’ “Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a sa-ber: aos que creem em Seu nome” (Jo 1:12). Entender parábolas não é para todos; é somente para os filhos. Eis ai o motivo do poder de sermos filhos. A reve-lação correta sobre o Reino de Deus nos faz herdar os poderes do mesmo em Cristo Jesus. Crer em Jesus libera o Espírito para uma manifestação gloriosa que visa atestar a ressurreição de Jesus e Sua presença em Espírito nos nossos corações. Quem recebe o Espírito Santo sabe o poder do nome. A parábola é uma for-ma que Deus usa para garantir que somente os Seus filhos recebam o galardão do Espírito vivendo em seu interior. Deus sempre retribui a nós, o que com alegria oferecemos a Ele. Se lhe oferecemos ofer-tas materiais, recebemos o galardão material. Se lhe oferecemos ofertas espirituais, Ele nos retribui com galardões espirituais. Porém, o maior sacrifício que podemos oferecer a Deus são os nossos próprios cor-pos em sacrifício vivo (Rm 12:1). Este sacrifício vivo é porque o Espírito Santo vive em nós. Não fora este poder de vida que Ele opera em nós, jamais podería-mos nos submeter a Deus e, consequentemente, ver-mos o Reino em operação através de nós. Vamos agora definir parábola e bus¬car entendimento sobre como aplicá-la de forma prática às nossas vidas. Definição de Parábola: Assim define o di-cionário bíblico de Smith (Smith’s Bible Dictionary): “Uma similitude, uma comparação. A parábola é uma forma simples de comunicação que se adapta à ig-norância das grandes massas humanas. Os escribas tinham certos tipos de parábolas que eram entendi-das somente por poucos privilegiados, sendo, portan-to, dito que o sermão da montanha pregado por Je-sus foi de instrução aberta e clara, e “não como os escribas”. Jesus escolheu essa forma de ensino às pessoas, porque eram espiritualmente cegas e surdas (Mt 13:3). A parábola atrai e se entendida, é lembra-da, mesmo que algumas vezes sua compreensão fique perdida”. O dicionário Aurélio assim define parábola: “narração alegórica na qual o conjunto de elementos evoca, por comparação, outras realidades de ordem

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superior”: Ambas as defi nições apresentam o signifi -cado como sendo uma forma de comparação. Logo, uma parábola serve como um meio de comparação, ou uma visualização de algo não visível pelos sen-tidos físicos do homem. Pela visualização do físico e pela maneira como transcorre a narração, podemos “ver” o espiritual. Vejamos a comparação da comunhão com o óleo no Salmo 133. Para entender a dinâmica Espi- ritual do que produz a comunhão entre os irmãos é preciso entender a utilidade do óleo nos tempos do salmista. O óleo era usado como remédio medicinal, bens de comércio, unção religiosa, perfumes, etc. Se observarmos a intenção do salmista, veremos que ele conhecia a utilidade do óleo e seu emprego no taber-náculo santo de Deus e especialmente a sua utilização na separação do sacerdócio e de todos os utensílios usados neste sacerdócio. O óleo, portanto, serve como uma comparação da ação do Espírito de Deus na igre-ja quando existe comunhão entre os irmãos, geran-do na vida das pessoas algo tão maravilhoso quanto

o óleo gerava, de forma muito mais restrita, para o serviço do templo. A parábola revela o invisível. Ela nos ajuda a compreender a dinâmica do Reino de Deus. Através das parábolas podemos entender as ações de Deus em Seu reinado. Somente Jesus conhecia o céu e os poderes de Deus para colocá-los tão precisamente em forma de parábolas. Não são as parábolas que re- velam o Reino. O Reino é revelado pelo Espírito de Deus, através de parábolas. Estas duas afi rmações são diferentes. Se as parábolas revelassem o Reino, elas teriam seus inícios na Terra. Se o Reino de Deus se revela por parábolas, então seus ensinos têm inicio no céu. Jesus só falava através do Espírito de Seu Pai. Logo, todos os ensinos por parábolas encontram suas raízes de verdade no trono de Deus. Ele nos revelou como age para que nós, os Seus fi lhos, possamos en-tender como o Seu domínio se desencadeará em nós e por nós. Resta-nos agora extrair tais revelações das parábolas e recebermos a promessa desta manifes-tação gloriosa de Deus em nós.

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I. O poder de Deus de separar o que é bom do que é ruim.

II. Existe uma realidade espiritual e ela se mani-festará no final do tempo.

III. A Interpretação da parábola.

a) O que semeia a boa semente é Jesus.

i. Não existe predestinação ao trigo ou joio.ii. Deus concede poder para ser feito filho (Jo 1.12).b) As sementes são os filhos de Deus e os filhos do diabo.c) O diabo é o semeador do joio.d) O fim do mundo é a ceifa.e) Os anjos são os ceifeiros.

A parábola do Trigo e do Joio é outra Palavra que visa revelar o Reino de Deus e sua manifestação no mundo. A parábola revela o Reino de Deus em sua capacitação de poder dividir o que é bom do que é ruim. É importante sabermos que a parábola não fala da igreja. Ela revela o que acontece na Terra entre todos os seres humanos. Tentar aplicar a parábola do Trigo e do Joio a dois tipos de pessoas na igreja é um erro grave. Mui-tas vezes, quando esta interpretação acontece, traz sérios danos às vidas dos crentes. É possível que haja algum joio na igreja, pois ela está no mundo, mas não necessariamente a parábola está revelando que o campo é a igreja. Na própria revelação, explicando a parábola aos Seus discípulos, Jesus deixa muito claro a quê a parábola se refere e como sua manifestação ocorrerá. Na parábola do semeador, a ênfase é os corações, comparados com os tipos de solos que re-cebem sementes. Aquele que “ouve a Palavra” é comparado à semente que caiu em um tipo de solo. O destaque é ao que acontece com a Palavra ouvida. Ela explica a ação do inimigo, roubando ou interferindo na Palavra semeada no coração dos homens.

Na parábola do Joio a ênfase está na colheita e suas consequências. Muitas pessoas acham que não existe o inferno e que ninguém irá para lá. Não é o que a parábola diz. Aqui Jesus revela o fogo como uma realidade trágica na vida daqueles que não re-cebem a semente da Vida em seu coração. A parábola também não é para explicar a sal-vação. Este erro de interpretação pode levar muitos a crerem que a salvação é algo preestabelecido por Deus e que alguns são salvos e outros não. A parábola apenas visa revelar que existem trigo e joio no mun-do. Existe o que semeia o trigo e o que semeia o joio e haverá uma colheita daquilo que foi semeado. A revelação, portanto, trata-se de identificar que de fato existe Jesus, o diabo, anjos, filhos de Deus e filhos do diabo, e que Deus é poderoso para distingui-los no dia da grande colheita. Vejamos a interpretação da parábola: 1. O que semeia a boa semente é Jesus. O processo semear é falar a Palavra e o de ser semea-do é ouvir a Palavra. Por que é importante entender-mos isso? Porque senão, teríamos o entendimento de que alguns nasceram filhos do diabo e outros filhos de Deus e assim seria até o fim do mundo. Existem

MinistraçãoOre para que o poder de Deus opere em nós para evangelizar.

Repreenda o inimigo que semeia o joio.Ore para que o Espírito Santo desperte os crentes para a boa obra.

Peça a Deus que aumente o fervor e a fé de toda Sua igreja.Ore pelas necessidades de cada um dos presentes.

A Parábola do Trigo e do Joio

A Parábola do Trigo e do Joio

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duas mensagens sendo anunciadas no mundo: uma de salvação, pregada por Jesus, pela Palavra de Deus e a outra pelo diabo, pelo engano das fascinações do mun-do. Os que ouvem a Palavra de Deus e respondem à Palavra, são os filhos de Deus. Assim diz a Palavra de Deus: “Mas a todos quantos O receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no Seu nome” (Jo 1:12). Os filhos de Deus não nas-cem filhos de Deus. Eles recebem o poder do Reino de serem feitos filhos de Deus ao responder à Palavra a eles anunciadas. Também isto é verdade quanto ao Reino de Satanás. Os que recebem sua mensagem de morte tornam-se filhos do diabo. Os filhos da Verdade são os que recebem a Verdade e respondem com fé ao que lhes é anunciado e os filhos da mentira são os que recebem a mensagem do diabo e o seguem. É Je-sus quem planta esta Palavra de salvação no Coração do homem. O Reino de Deus é o que transforma a condição deste. As palavras produzem sementes de trigo ou de joio. O campo onde a semente é jogada é o mundo, referindo-se ao local onde habita o homem. 2. Nesta parábola a semente não é a Palavra e sim o próprio homem. É como se o homem fosse a própria semente que gera filhos para Deus. Ele fala a Palavra a outro e assim por diante. É Jesus quem planta a boa semente no campo. Isto é, é Jesus quem transforma o homem no mundo. Veja: “a boa semente são os filhos de Deus”. Toda semente cresce e gera mais sementes. Jesus é o que semeia a boa semente. É Jesus quem nos dá o poder de falarmos do evange-lho que gera o poder de transformar o homem. Não importa quantos anos uma pessoa tenha, ela pode ser salva assim mesmo. A parábola apenas diz que Jesus é O que semeia. Ela não diz que Ele semeou, como que se este processo tivesse sido feito uma vez só. O que semeia a boa semente é Jesus. Ele ainda semeia a boa semente. O problema não está aí. O problema está no que acontece com os homens. Veja: “mas dormindo os homens...” (Jo 13:25). O inimigo encontrou sua oportunidade de plantar o joio. Isto porque os homens dormiram. Dormir é sinônimo de parar de trabalhar. Quando os homens deixam de evangelizar, o diabo vem e planta o joio que gera homens que o seguem. A mentira gera seus frutos no homem. Não podemos dormir. Não podemos parar de trabalhar na evangeli-zação. 3. O diabo é o que semeia o joio. Quem são os joios? São os filhos do diabo. O interessante é que só existem filhos de Deus ou filhos do diabo. É isto que a Palavra revela. Ou o homem é filho de Deus ou ele é filho do diabo. O fator determinante é aquilo que se segue: ou a verdade ou a mentira. Não existe meio termo. Ou são filhos de Deus ou do diabo. O

joio são homens que disseminam a iniquidade. São os que proferem a mentira. O diabo é quem os inspira nesta semeadura. Eles falam arrogância, blasfêmias, mentiras, palavra de baixo nível, ameaças, etc. As se-mentes não são o que eles falam; Eles são as próprias sementes de corrupção. Suas palavras são o seu fruto para o diabo. Eles perpetuam a semente diabólica, re-produzindo outras sementes iguais a eles. O sucesso do diabo em semear o joio acontece quando o homem dorme. Mesmo que o homem seja uma semente joio, ele pode tornar-se uma semente trigo. O que a parábo-la revela é que há trigo e joio. Ela não revela que não possa haver uma transformação no homem. Ela ape-nas diz que os joios são os que obedecem a Satanás. Os trigos são os que obedecem a Deus. Somente isto. Ela revela que existem ambos, e não, que ambos serão assim até o fim do mundo. Creio que a parábola do semeador serve de luz para esta parábola. Os que ou-vem a Palavra podem responder ao seu ensino. Eles tornam-se trigo ou joio pelo que ouvem. Daí o poder do evangelho de tornar um joio em trigo, porém, se no dia da ceifa o joio for joio, ele será colocado num feixe e será lançado na fornalha de fogo. 4. O fim do mundo representa a ceifa. Quando chegarmos ao fim do mundo não haverá mais possi-bilidades de mudança. Naquele dia haverá somente a separação do trigo e do joio. Quem for joio será queimado e o trigo será recolhido ao celeiro de Deus. Que realidade dolorosa para os que não respondem ao evangelho de Deus. Os anjos os ceifarão para a morte, para o fogo ardente. Quem é o grande responsável por isso? O próprio homem. Os próprios homens que dormiram. Não podemos dormir. Dormir é deixar de anunciar o evangelho da graça de Deus. É quando dormimos que o inimigo semeia a semente da morte: o joio. Não podemos parar de pregar o evangelho. Je-sus semeia a boa semente pelo poder transformador do evangelho. “Desperta, ó tu que dormes”. Esta é uma frase muito conhecida de todos nós. Isto poderia ser muito bem traduzido por: “evangeliza ó tu que não evangelizas”. Jesus ainda está semeando a boa semente. O diabo continua semeando a má semente. Isto vai acontecer até o final dos tempos. 5. Os anjos são os ceifeiros. Graças a Deus por isso. Eles serão enviados por Jesus para a tarefa de colher. Na realidade, a colheita será a separação do trigo e do joio. Hoje em dia é muito difícil saber o que é trigo ou joio. No entanto, na ceifa isto não vai ser assim. Os anjos de Deus saberão muito bem quem é quem. Primeiro eles colherão o joio, ou aque-les que causam escândalo e os que praticam a ini- quidade. Quando vemos estes homens em operação, muitas vezes até sentimos inveja deles, porque alguns

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deles se enriquecem com suas iniquidades de enga-no, falsidade, mentiras, etc. Eles possuem o melhor deste mundo e blasfemam da Verdade de Jesus. Eles zombam daqueles que pregam a Palavra e que fre-quentam a igreja de Jesus. Eles iludem os fracos na fé para desejarem ser como eles. Mal sabem que eles são sementes do diabo. Que pena, que tragédia, quando chegam ao momento da morte. Descobrem que estão

sendo amarrados num feixe de joio. Os anjos não se confundem quando realizam suas tarefas. Cada um que parte deste mundo, ou é posto no molho do joio (hades) ou no celeiro de Deus (paraíso) e são destina-dos ao fogo ou ao céu. Pois assim diz a parábola: “en-tão, os justos resplandecerão como o sol, no Reino de seu Pai”. Aleluia! Nós somos a boa semente de Deus!

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I. A Revelação progressiva do Reino de Deus.

a) No céu, em tempos eternos.b) Jardim do Éden.c) Patriarcas.d) Nação de Israel.e) Nações gentílicas.f) Jesus Cristo.g) Igreja.

II. Existe um Reino de Deus, porém os instru-mentos de sua revelação variam.

III. A parábola da semente revela o último instru-

mento que será usado para a manifestação do poder de Deus - A igreja (Marcos 4.26-29).

a) Ninguém pode parar o Reino de Deus.b) O homem não sabe como este crescimento se processa.c) A igreja alcançará seu amadurecimento pleno.d) A parábola da candeia revela que o coração do homem será iluminado pelo poder do Reino.

Conclusão: Cristo em nós é a boa semente que ga-rante a iluminação, revelação e demonstração deste poder do Reino.

A Palavra de Deus nos mostra uma progres-siva revelação do Reino de Deus. O discernimento é gradativo, a cada era. Foi assim que Deus planejou manifestar o Seu Reino de glória. A revelação do Reino começa no céu em tem-pos eternos. Anjos e arcanjos foram criados como seres integrantes do Reino celestial, na eternidade passada (Mt 18.10; Sl 103.20; ITs 4.16). Depois, a manifestação do Reino no Jardim do Éden (Gn 1-2). Deus cria o homem e lhe dá domínio sobre tudo, no entanto, devido ao pecado, o homem falhou como expressão deste domínio sobre toda criação. A reve-lação progressiva do Reino continua na era dos patri-arcas, depois na nação de Israel (Ex 19.1-6; Dt 4-5), uma nação que Deus usou para demonstrar o Seu Re-ino e domínio às outras nações. A revelação do Rei-no estende-se depois para o reino gentílico, durante o cativeiro de Israel, mais especificamente, o de Judá. Deus usa então as nações gentílicas para serem Seus

instrumentos de domínio e reinado sobre a Terra. Ele governa os céus e a Terra e dá o Seu Reino a quem Ele assim desejar (Dn 2; Dn 4; Sl 9.16; Dn 7.9-14; 26-27; Dn 4.17). A revelação do Reino continua na pessoa gloriosa de Cristo Jesus. Depois, vem o Reino de Deus através da Igreja, continuará no milênio e se estenderá por toda a eternidade futura. O Reino é o governo de Deus sobre o universo e sobre todas as criaturas (angelicais e humanas) con-tidas nele. Existe e sempre existirá somente um Reino de Deus. Os instrumentos através dos quais este úni-co Reino tem se manifestado através dos tempos são variádos, porém, o Seu propósito continua o mesmo. O instrumento final, através do qual se expressará a completa manifestação e demonstração do Reino de Deus, é a Igreja. Na parábola da semente nós vemos o poder desta revelação. Ninguém pode parar o Reino de Deus. Ele é soberano! Ele contém poder em si mesmo, para

MinistraçãoAgradeça a Deus pela boa semente gerada em nossos corações.

Ore e peça a Deus que o Seu Reino venha à nossa igreja. Manifeste o poder do Reino de Deus orando para que toda incredulidade,

falta de entendimento e enfermidades sejam retiradas de nós. Ore pelas necessidades dos presentes na reunião.

A Parábola da Semente

A Parábola da Semente

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desenvolver-se até alcançar sua revelação máxima. Por isso, Jesus disse: “O Reino de Deus é assim como se um homem lançasse a semente à terra”. Quando se lança uma semente na terra ela germina e cresce por si mesma. Não há nada que se possa fazer para mudar ou acelerar o processo do seu desenvolvimento. O verso 27 mostra o poder do Reino. Ele está acima do domínio do homem. A expressão “dormisse e se levantasse, de noite e de dia...” demonstra a ina- bilidade do homem para ajudar no processo. O Reino de Deus cresce em revelação e poder e o homem nem sabe como. Aqui temos uma revelação crescente que vem de tempos eternos através dos séculos. Deus sem-pre reinou soberano sobre todas as coisas, somente a revelação e manifestação deste poder sobre a Terra é que são gradativas. O homem perdeu a comunhão com Deus e, consequentemente, o entendimento des-ta revelação. Desde então, Deus tem Se revelado a ele de forma progressiva. A revelação fi nal deste Reino vem por Jesus Cristo através de Sua igreja, sobre a qual foi constituído cabeça. Sendo a igreja o instrumento de revelação fi -nal deste domínio, podemos entender o verso 28: “A terra por si mesma frutifi ca: primeiro a erva, depois, a espiga e por fi m, o grão cheio na espiga”. Esta parece ser uma revelação do Reino na igreja: Primeiro os dis-cípulos (erva), depois os Apóstolos (Atos), depois a Igreja (espiga), A revelação da vontade de Deus pela Palavra e o amadurecimento dos fi éis em Cristo (o grão cheio na espiga). Quando este fruto chega à sua maturidade plena, ou seja, está maduro, logo se lhe mete a foice, porque é chegada a ceifa. A parábola da candeia nos versos 21 e 22 nos ajuda a entender o processo de amadurecimento da

igreja. A candeia é símbolo da iluminação do coração humano. Tudo que está em trevas deve ser iluminado. Nada do que está escondido no coração do homem deixará de ser revelado. Nada pode fi car oculto e nada se faz escondido, senão para ser revelado. A revelação divina no coração do homem não sofrerá impedimentos. Ela é progressiva como se uma semente fosse lançada ao solo e, mesmo quando o homem dorme e acorda, ela continua se processando em seu coração até que atinja a maturidade. A igreja atingirá o seu ápice de amadurecimento no tempo de-terminado por Deus. O Reino de Deus continua sendo manifestado pela igreja e o diabo não tem poder sobre esta revelação. Ele jamais poderá impedir que o Es-pírito Santo de Deus termine a boa obra começada ao ser lançada a semente, que é - CRISTO EM NÓS, a esperança de glória, a certeza do fruto maduro.

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I. Existem três tipos de atitudes que as pessoas tomam quando acontece algo que quebra a rotina normal das coisas:

a) Abandonam o empreendimento porque creem que tudo vai desmoronar;b) Continuam no empreendimento para ver como as coisas irão andar;c) Fortalecem suas posições e fazem o empreendi-mento andar.

II. Deus nos deu uma visão: sermos uma bênção para Campinas, São Paulo, o Brasil e o mundo.

a) Para a visão, nos deu o líder: o pastor João Batista a.1 - Uma forte liderança — preparado para enfrentar os riscos de cada passo; a.2 - Uma visão ampla — tudo o que fez pros-perou; a.3 - Uma visão espiritual constante, nunca mudou;

a.4 - Uma marca inigualável, o seu amor pela igreja.III. Deus o levou e hoje estamos vivenciando uma quebra no ritmo normal das coisas.

a) Que atitude vamos tomar?b) O que precisamos entender não é por que Deus levou nosso pastor.c) O que devemos entender é o que ele nos passou.

IV. A visão carrega a unção.

a) Igreja transparente — uma igreja que conduz sua administração isenta de contaminações mundanas.b) Uma igreja cheia de unção — uma igreja que vive a Palavra de Deus.c) Uma igreja que ama os perdidos — uma igreja que abençoa com a mensagem do evangelho.

Conclusão: Até aqui o pastor João Batista carregou a visão, agora vocês carregam a visão. Minha parte nis-so é dar-lhes os detalhes de como isto deve ser feito.

Existem três tipos de atitudes que as pessoas tomam quando acontece algo que quebra a rotina normal das coisas. Abandonam o empreendimento porque creem que tudo vai desmoronar, continuam no empreendimento para ver como as coisas irão an-dar ou fortalecem suas posições e fazem o empreen-dimento andar. Quando um líder põe o seu esforço de trabalho confiando em seu próprio potencial, tudo irá bem até que surja o primeiro obstáculo. Isso é muito comum acontecer. Nem todos na organização são 100% a favor de uma visão dada ao líder e por isso podem oferecer resistência a uma visão. O líder deve sempre manter sua visão clara e ser bem objetivo em atingir os alvos estabelecidos para que se alcance pleno êxi-to no que foi planejado. Especialmente no Reino de Deus, onde a força que equipa um líder para obra a ser feita provém do Senhor. A unção de Deus sobre o líder mantém suas forças e o restaura do cansaço em-preendido no trabalho. Deus tem compromisso com aquilo que Ele põe no espírito dos seus escolhidos. Muitos dos que lideram sem uma unção di-

vina esperam que as coisas se desenrolem por si mes-mas. Eles permanecem no empreendimento da visão sem ter o controle da mesma. Enquanto a organização estiver indo adiante pelo rendimento do trabalho daqueles que compõem o staff este líder segue entusi-asmado, porém, tão logo surjam dificuldades com os liderados, ou os resultados esperados não aconteça, este líder busca sair do empreendimento. Esta decisão deixa todos perplexos e sem direção na continuidade da visão. Quando há unção no líder ele anda por fé exercendo sua função com a sabedoria do alto. Está muito claro nas Escrituras Sagradas que o sucesso dos grandes homens de Deus estava exatamente na unção do chamado para a obra que eles foram comis-sionados a realizar. O homem ungido por Deus fortalece seus conceitos na Palavra e faz o empreendimento seguir adiante. O homem de Deus não foge da luta porque é movido pela fé no Deus que serve e nas promessas feitas quando a visão lhe foi confiada. Ninguém pode parar um homem com a unção de Deus em si. Seu coração é sempre confiante na providência divina e

A Unção está na Visão

A Unção está na Visão

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nada o afasta de suas obrigações. Deus nos deu uma visão: sermos uma bênção para Campinas, São Paulo, o Brasil e o mundo. Para a visão, nos deu o líder, o pastor João Batista Martins de Sá, homem de forte liderança e que sabia ser essa a vontade de Deus para a nossa igreja. Estava prepara-do para enfrentar os riscos de cada passo para condu-zir esta visão ao seu auge. Ele via muito além do seu tempo trazendo seus comandados a participarem ati-vamente da visão, cativos no grande amor que habi-tava no coração deste grande servo de Deus. O pastor João Batista era de uma visão ampla e tudo o que fez prosperou. O Colégio Batista Ágape é um dos exem-plos disto. Foi fundado com apenas poucas crianças que se matricularam na pré-escola. Porém, a visão do homem de Deus na primeira formatura o capacitou a participar daquele evento como se estivesse formando alunos de faculdade. Esta unção vinha do Mestre Je-sus que o fez enxergar a necessidade de se ensinar às crianças deste século sobre o amor de Deus, além do cuidado na excelência no ensino secular. O pastor João Batista possuía uma visão es-piritual constante, nunca mudou. Ele cria no salvador Jesus e buscava com todas as suas forças conduzir a igreja dentro da visão celestial dada a ele. A unção de amor sobre a vida do pastor João Batista o tornou numa marca inigualável no Ministério Batista Ágape: o seu contagiante amor pela igreja. Nenhuma pessoa andaria em tremenda sujeição ao Senhor se não fosse pela unção a ele concedida. Houve uma mudança repentina na condução da visão. Deus o levou e hoje estamos vivenciando uma quebra no ritmo normal das coisas. A perda de um grande líder sempre rompe uma sequência no caminhar de uma visão. Que atitude devemos tomar? Vamos desistir porque não temos mais um líder? O que precisamos entender não é o porquê de Deus ter levado o nosso pastor. O que precisamos entender é que Deus nos deu outro homem com a mesma direção e unção para dar continuidade ao que o Espírito Santo iniciou nesta Igreja. O que devemos entender é o que ele nos passou para vivermos como um povo de Deus. A visão carrega a unção. Uma visão divina permanece intacta mesmo quando seus líderes pas-sam para a eternidade. A visão Ágape é de uma Igreja transparente — uma igreja que conduz sua adminis-

tração isenta de contaminações mundanas. O seu ob-jetivo é glorificar o Senhor nesta Terra pela qualidade de vida eclesiástica. A unção de Deus não foi retirada por causa da morte do seu líder João Batista. Ela foi transferida para seu filho pastor Roberto Martins de Sá. Deus não limita Sua obra ao tempo de vida de um líder. Por isso a unção está na visão. Deus a colocou no coração dos que permanecem para concluí-la. Existe uma unidade espiritual que conduz a igreja rumo ao cumprimento do seu chamado de ser uma igreja cheia de unção do Espírito — uma igreja que vive a Palavra de Deus. A unção que está sobre a Igreja Ágape a torna uma igreja que ama os perdidos e que os abençoa com a mensagem do evangelho. O centro da visão ágape é o chamado para ser um varão perfeito diante do Se-nhor Deus. Por isso Deus ungiu os seus líderes com a capacidade de ensinar as doutrinas que farão com que a igreja pratique aquilo que é necessário para al-cançar o crescimento espiritual desejado. A sua espe-rança está nas promessas de Deus reveladas por Seus apóstolos que podem levá-la ao fim proveitoso deste lindo chamado. Deus mesmo assegura esta vitória mediante a manutenção da chama ardente desta visão bíblica acesa no coração do seu pastor e liderança. Até alguns anos atrás o pastor João Batista carregou a visão. Agora os seus membros carregam a visão. A minha parte, como pastor deste rebanho, é dar-lhes os detalhes de como esta visão deve alcançar seu ápice espiritual. Isto não é uma qualificação pessoal espe-cial. Trata-se da unção dada pelo chamado divino. En-quanto estivermos andando dentro desta unção, como o povo de Israel andava debaixo da nuvem no deserto, escaparemos dos terríveis raios escaldantes do sol do deserto. Estaremos seguros debaixo da glória, da nu-vem de Deus. O mais importante de tudo neste exato momento é cremos na unção de Deus; é andarmos segundo a Sua luz em nosso espírito. Fazendo assim, chegaremos seguros ao nosso glorioso chamado – à estatura de um varão perfeito!

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I. Não podemos servir a dois senhores — Deus ou riquezas (Mateus 6.24).

II. O serviço a Mamom gera preocupações com esta vida.

a) A ansiedade é uma manifestação de busca errada.b) O Reino de Deus é justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Romanos 4.17).

III. “Não andeis ansiosos” é uma referência ao

nosso dia a dia.

IV. A Igreja deve ter uma conduta diferente dos gentios.

a) Ela deve buscar o Reino em primeiro lugar.b) Buscar o Reino é andar em obediência a Deus.

Conclusão: O Reino de Deus quebra o poder de Ma-mom na vida dos crentes.

Até aqui temos estudado algumas parábolas de Jesus que nos ajudaram a compreender o Reino de Deus. Jesus sabia do poder do Reino. Deus reina para sempre e o Seu Reino se manifesta através da igreja hoje. Neste estudo veremos, talvez, um dos ensinos mais fortes de Jesus — Buscai o Reino em primeiro lugar. Em Mateus 6:24 Jesus faz a seguinte afir-mação: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar o outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não po-deis servir a Deus e às riquezas”. O dinheiro sempre foi e tem sido motivo de nossas preocupações. O en-sino nos revela que nós não podemos viver os pode-res do Reino servindo a Mamom; ou nós servimos a Deus ou às riquezas. De forma alguma, o texto revela que não podemos ser ricos; simplesmente, que não podemos servir às riquezas. Quando é que eu estou servindo à riqueza ou a Deus? Uma pessoa serve a Mamom quando o seu viver é uma sequência de preocupações com as coisas desta vida. A ansiedade é uma manifestação de serviço a Mamom. Deus não nos criou para nos preocuparmos. Ele nos fez para sermos felizes e de-

pendermos totalmente Dele. Veja o texto: “não an-deis ansiosos pela vossa vida” (Mt 6:25). Porventura não é exatamente isso que acontece conosco? Não es-tamos nos preocupando com o que havemos de vestir, comer, pagar, estudar, etc.? A incerteza não produz resultados para o Reino. A preocupação ou ansiedade é ausência de fé. Só existe um sintoma: ou temos paz, ou ansiedade. O Reino de Deus é justiça, paz e gozo no Espírito Santo (Rm 4:17). Se servirmos a Deus teremos paz e não ansiedade. Às vezes confun-dimos os cuidados da vida com ansiedade. Achamos que se preocupar com todas estas coisas é normal e, até mesmo, um sinal de responsabilidade. Poupar di-nheiro tornou-se sabedoria e prudência. Não é pecado poupar. Mas quando nós poupamos ao ponto de não repartirmos, estamos servindo a Mamom. A Palavra de Deus nos ensina que devemos repartir com os outros. “Não andeis ansiosos” é uma referência ao nosso dia a dia. Este alimento espiritual é de difícil digestão, porque combate o sistema mundano. Jesus diz: “olhai as aves do céu: não ajuntam em celeiros”. Em outras palavras, elas não poupam. Deus cuida de todas elas. Jesus então faz a pergunta: “não valeis vós mais do que as aves?” Por causa da nossa mistura

MinistraçãoOre para que Deus nos faça servos Dele.

Ore pelas pessoas que estão com dificuldades nesta área. Peça que elas compartilhem o que Deus tem revelado durante o estudo a eles. Invoque o poder do Reino sobre as vidas dos presentes.

Buscai Primeiro o Reino de Deus

Buscai Primeiro o Reino de Deus

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com o mundo muitos perderam a visão do cuidado divino. A ansiedade tem tomado conta de muitas pes-soas de tal forma, que elas já não conseguem ter pra-zer em viver. Vem ainda a pergunta de Jesus: “Qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso de sua vida?” O ensino aqui é que a nossa vida é totalmente realizada quando esta-mos debaixo do poder do Reino de Deus. Nenhuma ansiedade muda nada em nossa vida. Por que então ficamos ansiosos? Porque nos falta a revelação do cuidado de Deus por nós. Jesus disse: “Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que bebêremos? Ou com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procu- ram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas” (v.31,32). Os gentios são os que são guiados por Mamom. São eles que se deixam dominar por estas ansiedades e querem ajun-tar para si riquezas deste mundo. Ao usar o termo “gentio”, Jesus está diferenciando o mundo, da Igre-ja. Esta prática de buscar riquezas não é para a igreja, o povo santo de Deus. A palavra de Jesus é que a igreja deve ser a manifestação inversa da busca das riquezas. Devemos buscar outra coisa; “buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu Reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. Aqui é que se faz necessário ter sabedoria. Jesus não condena uma vida de trabalho secular para se ganhar o sustento. Ele simplesmente diz que devemos, em primeiro lugar, buscar o Reino. Antes de acumularmos para nós mesmos, devemos repartir com os outros, amar os outros, nos impor-tar com o nosso próximo e aquilo que desejamos e precisamos será acrescentado a nós. Buscar o Reino, portanto, não é nos tornarmos pobres; buscar o Rei-no é andar em obediência a Deus. A manifestação do Reino é paz, justiça e alegria e não ansiedade. O reter para enriquecer-se é servir às riquezas e o resultado disto é ansiedade. Você tem notado que existe um grande núme-ro de crentes endividados e vivendo à base de calman-tes? Isso é porque os crentes têm procurado um estilo de vida igual ao dos gentios. O triste, é que os gentios prosperam em suas façanhas, enquanto que o crente, entra em situações mais apertadas financeiramente. Isto tem sido motivo para o crente rebelar-se contra Deus, dizendo: “eu sou crente, mas não prospero; o meu vizinho é incrédulo e prospera; por que, Deus?” Mamom controla o sistema financeiro do mundo. Ele dá riquezas a quem ele quer. O mundo jaz no maligno. Os crentes são impedidos de receberem tal prosperi-dade porque devem andar em obediência a Deus. Ao tornar-se ansioso e buscar ansiosamente as riquezas

terrenas, eles recebem disciplina e não prosperidade. O Reino de Deus quebra o poder de Mamom na vida dos filhos Dele. E preciso um poder sobre- natural, para desfazer as estruturas mentais estabele-cidas pelo mundo. Eu não devo me preocupar com coisas como comer ou vestir. Como é difícil aceitar-mos tal ideia! Porém, o que a Palavra de Deus nos ensina é que devemos estar satisfeitos com o que te-mos. É quase que irresponsabilidade ensinarmos tal doutrina, no entanto, é exatamente o que diz a Palavra de Deus. Como você recebe esta Palavra em primeira instância? Ela lhe causa desconforto? Ela produz de imediato uma rejeição em sua mente? Foi por isso que dissemos que este é um alimento de difícil digestão. É muito difícil aceitarmos a ideia de não buscar mais dinheiro para nós. Sempre estamos dispostos a me-lhorar e adicionar mais àquilo que temos. E o nosso irmão? Será que antes que eu precise trocar o meu carpete ele não precisa de um piso? Você poderá di-zer: “mas é minha responsabilidade pagar um piso para ele?” Não, de forma alguma. Não é sua respon- sabilidade. Isto deve ser sua preocupação por causa do amor a Deus e ao próximo. É aí que diferenciamos os que servem às riquezas ou a Deus. Quando o que eu quero supera o que os outros precisam, então eu sirvo às riquezas. Buscar o Reino de Deus em primeiro lugar é viver uma vida de fé na Palavra de Deus. Ele manda que não nos inquietemos por causa do dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados, mas não é isso que vivemos! O amanhã nos causa medo, dúvidas e incertezas. Estamos servindo a Deus ou às riquezas? Precisamos do Reino de Deus mais do que nunca em nossas vidas, para podermos vencer a ânsia pe-las riquezas, o conforto e tudo que o mundo oferece. Busquemos o Reino de Deus.

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I. O Reino de Satanás parece mais forte do que o de Deus.

a) A mulher em Santo Antonio de Posse.b) O que ela queria dizer era: “a manifestação do Re-ino satânico parece mais forte do que a do Reino de Deus”.

II. Os tempos das manifestações do Reino de Deus.

a) Holman: o Reino é algo que cresce e chega a ser grande. Ex: semente de mostarda;b) O Reino não é obra de homens e sim de Deus;c) O que vemos agora não ficará assim, crescerá mui-to.

III. Deus estabelecerá o Seu Reino num tempo fu-turo.

a) O Reino está próximo (Marcos 1.15);b) É chegado o Reino de Deus (Lucas 11.20).

IV. A manifestação do Reino acontecerá de forma gradativa, desde a morte de Cristo na cruz até Sua vinda nas nuvens, haverá cumprimentos proféti-cos.

a) O Reino foi dado para vencermos o mal e não para ficarmos ricos;b) O Reino de Deus é o Seu poder de conduzir Seus planos e propósitos conforme a Sua vontade.

Conclusão: Faremos um estudo do sermão da mon-tanha a fim de podermos acompanhar alguns eventos proféticos e ensinos sobre como podemos herdar este poder em nossas vidas.

Numa certa ocasião, uma mulher se aprox-imou de mim e fez a seguinte pergunta: “por que parece que o diabo tem mais poder do que Jesus?” Eu disse: “como?” Ela repetiu a pergunta e eu disse: “irmã, isto não é verdade; Jesus tem mais poder que o diabo”. Ela então falou: “pastor, olhe ao redor e veja quanta gente caída nas sarjetas, crimes, bêba-dos, drogas, ódio e tanta gente na cadeia”. Por al-guns momentos eu não tinha o que responder e pedi ao Espírito Santo que me desse uma resposta satis-fatória, pois com certeza, o que aquela mulher estava dizendo parecia ser uma realidade. Foi então que eu perguntei: “Senhora, quantos terreiros de Umbanda ou outro qualquer existe na cidade? - ela respon-deu: vários. Quanto tempo eles gastam em suas re-uniões? Ela disse: todos os dias eles se reúnem das 19h até 5h ou 6h da manhã”. Eu disse: “e a senhora

acha que diabo tem mais poder que Jesus? Quanto tempo a igreja se reúne para cultuar e orar a Deus?” Ela rapidamente respondeu: “duas vezes por semana. Eu perguntei: “por quanto tempo?” Ela respondeu: “por duas horas cada vez”. Eu então afirmei: “se Je-sus faz o que Ele faz apenas com duas horas de culto de Seus filhos, quanto mais Ele faria se a igreja se reunisse tantas vezes quanto as pessoas do reino do inimigo?” O que na verdade aquela mulher estava que- rendo dizer era: “por que o Reino de Deus não parece tão visível e poderoso quanto o reino de Satanás?” As manifestações satânicas são mais visíveis no mun-do do que as manifestações do Reino de Deus pela igreja. Isto é uma realidade presente, mas, será sempre assim? Holman assim descreve em seu dicionário bí-

MinistraçãoOre para que o Reino de Deus se manifeste na igreja;Ore por um grande avivamento espiritual na igreja;

Ore para que Deus nos dê revelações na Sua Palavra;Ore e demonstre o poder de Deus pelas orações em favor dos presentes.

Crescimento do Reino de Deus | Parte 1

O Crescimento do Reino de DeusParte 1

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blico: “Jesus ensinou que o Seu Reino parece inex-pressivo, mas que cresceria a algo esplendoroso. O Reino é como uma semente de mostarda que se torna uma grande árvore, a ponto de se tornar abrigo para as criaturas de Deus” (Mc 4:30-32). Nunca foi a in-tenção de Jesus ensinar que o homem constrói o Reino de Deus. Ele disse que o Reino cresce e se torna algo esplendoroso. O Reino de Deus é a manifestação do domínio de Deus sobre a Terra e sobre tudo o que nela existe. O estabelecimento do Reino de Deus é produto do trabalho divino. Ele irá reinar e ninguém poderá impedi-Lo. Não importa o que vemos agora. As Es-crituras nos afirmam que o Reino de Deus se manifes- tará com poder. O que veremos será o crescimento do Reino de Deus e a destruição do poderio satânico. Ainda por um pouco de tempo, Satanás reinará neste mundo hostil; porém, as revelações para o Reino num futuro breve são as mais lindas e poderosas possíveis. Quando Deus estabelecerá o Seu Reino? Num sentido, o Reino de Deus não acontecerá até certo tempo do futuro. De certo modo, os crentes de hoje ainda aguardam a manifestação deste Reino num tem-po futuro. Por outro lado, Jesus disse que o Reino de Deus viria em Seu próprio tempo. Em Marcos 1:15 Ele disse, “O tempo está cumprido e o Reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho.” O Reino está próximo. Estas foram as palavras de Jesus referindo-se a uma intervenção poderosa deste Reino no curso da história do homem. Por isso a exor-tação “arrependei-vos e crede no evangelho”. O Rei-no de Deus se manifesta pela pregação do evangelho. Jesus ainda afirmou em Lucas 11:20, “Se, porém, Eu expulso os demônios pelo poder de Deus, certamente é chegado o Reino de Deus sobre vós.” Primeiro o Reino de Deus se manifesta em nós e depois por nós. Parece bem clara esta doutrina. De certa forma, pelas

Palavras de Jesus, o Reino já é presente, está próximo e ainda está por vir. Creio que isso se refere às ma- nifestações e não à realidade do mesmo entre nós. O Reino em nós nos capacita a passarmos por tempos difíceis, já profetizados que o homem os passaria na Terra. O que a Palavra de Deus deixa transparecer é que: desde a vinda do Reino através de Jesus Cristo e até a sua consumação quando Jesus voltar para reinar (durante o milênio nesta Terra e posteriormente por toda a eternidade), existe um tempo em que o poder do Reino é como uma semente enterrada na terra. Nós não vemos os seus efeitos. O Reino de Deus não foi dado ao homem para enriquecê-lo com as coisas deste mundo; o Reino foi dado ao homem para que ele resis-ta o mal e alcance sua salvação sem blasfemar contra o Espírito Santo de Deus, enquanto estiver atraves-sando os tempos proféticos necessários ao cumpri-mento da Palavra. Creio que não discernir os tempos corretamente tem sido uma grande falha na igreja. O Reino de Deus é o Seu poder de conduzir os tempos, estações e todo o universo para o cumprimento da Sua vontade. Ninguém pode mudar uma vírgula sequer da Palavra escrita de Deus. Logo, esperar ver algo tão maravilhoso e esplendoroso antes do tempo é tão im-provável quanto se jogássemos uma pedra do alto de um prédio e esperássemos que ela subisse ao invés de descer. Deus age em Sua Palavra e as manifestações do Reino obedecem ao cumprimento profético das escrituras. Antes que experimentemos a plenitude do Reino, teremos que esperar o seu crescimento profético.

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I. O que é ser bem-aventurado?

a) Bem-aventurado (do grego makarios) = suprema-mente abençoado; Cheio de sorte; bem sucedido.b) Sucesso que provém da bênção de Deus.c) Tudo o que a pessoa faz, prospera.d) O Reino de Deus é fundamental para sermos fe-lizes.

II. Mateus 4:23 nos revela o âmago da missão de Jesus.

a) Ensinava sobre o Reino de Deusb) Pregava o Reino de Deusc) Demonstrava o Reino de Deus com obras.

III. Jesus entendia a dinâmica do Reino de Deus.

a) Pela pregação do Reino, Ele falava da autoridade

soberana de Deus.b) Pelo ensino, Ele nos direcionava a como receber o poder do Reino.c) Pelas obras, Ele demonstrava como o Reino é de fato poderoso

IV. Como receber o Reino de Deus em nós?

a) Pergunta: eu tenho que fazer algo para receber o Reino ou tenho que receber o Reino para poder fazer algo?b) Buscar o Reino não é realizar obras para alcançá-lo e sim, a permanência na Palavra de Deus.c) O exemplo da Caterpillar

Conclusão: Ser bem-aventurado é viver uma vida de obediência plena aos ensinamentos deixados por Je-sus em Sua Palavra.

A partir de agora, estaremos estudando o ser-mão da montanha pregado por Jesus e veremos o que Ele diz e ensina. As Bem-Aventuranças: no final do capitulo 4 de Mateus, assim nos revela a Palavra de Deus: “Per-corria Jesus toda a Galileia, ensinando nas sinago-gas, pregando o evangelho do Reino e curando toda sorte de enfermidades entre o povo” (Mt 4:23). Jesus ensinava e pregava o evangelho do Reino. Três co isas Jesus fazia: ensinava, pregava e curava os en-fermos. Existe diferença entre ensinar e pregar. A palavra ensinar é a palavra grega didasko, que sig-nifica: ensinar de um modo mais abrangente. A pa-lavra pregar é a palavra grega kerusso, que significa:

anunciar como se fosse um anunciador público; espe-cialmente, anunciar as verdades divinas, o evangelho. Significa proclamar, publicar. Jesus não somente en-sinava como também pregava o Reino de Deus com demonstrações poderosas e claras do poder deste Reino. Pela pregação do Reino, Jesus anunciava o poder de Deus e como ele se manifestava para cum-prir os propósitos divinos. Pelo ensino, Ele mostrava os passos a serem tomados para que esta manifes-tação se tornasse possível em nossas vidas. O Reino de Deus não vem sem busca. Jesus demonstrava este Reino por causa da Sua obediência plena a Seu Pai celestial. Ele sabia disto; no entanto, o povo não sa-

MinistraçãoOre e peça a Deus que o Reino venha na reunião para que os presentes possam experimentá-lo. Com fé na Palavra de Deus, o dirigente da Tribo imponha as mãos sobre os presentes,

para que estes sejam tocados pelo poder do Reino de Deus em suas necessidades. Peça ao Espírito Santo para que continue revelando mais sobre o Reino de Deus e sua

manifestação na vida da igreja Ágape.

Crescimento do Reino de Deus | Parte 2

O Crescimento do Reino de DeusParte 2 - As Bem-Aventuranças

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bia. Por isso Ele os ensinava como alcançar o Reino. Uma pergunta que faço a mim mesmo fre-quentemente é: “Eu tenho que fazer algo para poder receber o Reino, ou eu tenho que receber o Reino, para poder fazer algo?” Esta é uma pergunta que to-dos deveriam fazer. O Reino age em mim e me trans-forma ou eu me transformo para que o Reino possa agir? Não sei ao certo se você está entendendo o que eu quero afirmar. O fato é que ninguém pode mudar por si mesmo, pelas suas próprias forças. Nós neces-sitamos do poder de Deus para sermos transformados. Mas como se explica o fato de alguns possuírem mais poder que outros? Será porque eles buscam mais? Buscar o Reino de Deus não é fazer obras para tornar-se poderoso. Buscar Reino é viver uma vida de obediência à Palavra de Deus. Viver a Palavra de Deus não é uma questão de praticar obras próprias e sim, uma firme decisão de seguir os seus ensina-mentos. É assim que buscamos o Reino. Quando as coisas nos parecem quase impossíveis de acontecer ou passamos por uma situação difícil de suportarmos, se decidirmos permanecer na Palavra não nos impor-tará o que aconteça. A nossa decisão não depende das circunstâncias ou de quantas forças ainda nos restam e sim, da nossa permanência na Palavra até que Ela se torne verdade em nossa vida. O Reino de Deus atesta a veracidade da Sua Palavra. Para uma melhor compreensão desta dinâmi-ca do Reino, vejamos o seguinte exemplo: Você já viu alguma vez, quando se constro-em estradas, aqueles grandes tratores que fazem a terraplanagem do solo? Se você tentar manobrá-lo sem ligar o motor, você jamais será capaz de esterçar suas rodas dianteiras. Isto porque a máquina é muito pesada. Para manobrá-la o operador tem que ligar o motor, que, por sua vez, aciona o sistema hidráuli-co da máquina e assim o operador pode dirigi-la com

apenas um dedo. O sistema hidráulico foi feito para trabalhar pelo operador e ajudá-lo a direcionar o tra-balho da máquina O Reino de Deus funciona de for-ma semelhante. Digamos que ligar a ignição seria o obedecer a Palavra de Deus. Uma vez que você a obe-dece, Ela põe em ação o poder do Espírito Santo que o impulsiona na direção do mover de Deus. Tentar ir na direção da vontade de Deus sem obedecer a Palavra é como se estivéssemos tentando dirigir a máquina sem ligá-la; é impossível. Por isso nos diz Deus em He-breus: “Sem fé é impossível agradar a Deus...” (Hb 11:6). A fé, como bem sabemos, vem pelo ouvir e o ouvir pela Palavra de Deus. A fé é a força hidráuli-ca espiritual que o Espírito Santo libera aos filhos de Deus para que o Reino de Deus se manifeste. Concluímos que o poder não é resultante de obras e sim da obediência. Se pensarmos bem, existem dois tipos de obras: as obras mortas, que realizamos pelas nossas forças com a finalidade de alcançarmos algo de Deus, ou as obras vivas, aquelas que eu re-alizo em obediência à Palavra de Deus. Por isso, até mesmo quando eu espero por algo em fé na Palavra, isto pode ser considerado uma obra para Deus. Por-tanto, se obediência é chave para se alcançar o Reino, então, os ensinamentos de Jesus são fundamentais em nossa busca do Reino de Deus. É através dos mes-mos que podemos exercitar uma vida de obediência a Deus.

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I. A chave da alegria plena: as bem-aventuranças

II. Para cada ação do homem, uma ação de Deus.

III. Bem-aventurados os humildes de espírito

a) Humildes (do grego Ptochos) = pobre, mendigo, um pedinte.b) Espírito: tradução de duas palavras gregas (pneu-ma ou psuche) . b.1 - Pneuma = um espírito (divino, angelical ou humano). b.2 - Psuche = espírito humano; alma com to-das as suas fragilidades.c) Pobre de espírito significa: c.1 - Ter uma disposição mental humilde

c.2 - Ter uma mente submissa a Deus c.3 - Ser rico de espírito é achar-se capaz de tudo sozinho. c.4 - Ser pobre de espírito é depender total-mente de Deus.

IV. O prêmio disso é a herança do Reino

a) Não para se tornar rico com bens desta Terra. b) Não para vencermos o próximo.c) Mas para ajudarmos o próximo.

Conclusão: A alegria real é aquela que procede de um espírito que se sente pobre de entendimento e busca obediência plena na Palavra de Deus.

Bem-aventurados os humildes: alegria ple-na é o alvo de todo ser humano. Ser feliz, ser mui-to bem sucedido em tudo que fizer, é o que todo ser humano aspira nesta vida. Jesus, em Seu sermão da montanha, nos dá chaves para sermos bem sucedidos e felizes em tudo o que precisamos. Humildes são os pobres de espírito. Pobres, aqui, tem um significado bem específico no sentido original da palavra (ptochos): um pedinte, mendigo, pobre, que denota pobreza total. Porém esta pobre-za não se refere à pobreza material e sim, espiritu-al. Como é espiritual, significa que se refere a uma falta total de recursos próprios. Tudo o que se pode ter, provém de quem é mais rico: Deus. Jesus ex-pressa claramente que dependência total de Deus é chave para se herdar o Reino de Deus. Este ensino nos declara que o Reino de Deus não se mistura com

nossa própria carne. Nós temos que nos esvaziar de nós mesmos e dependermos totalmente de Deus. Hu-mildade é ter uma mente simples, sem vaidade, sem qualquer grandeza própria. A palavra espírito pode ser uma tradução de duas palavras gregas: pneuma ou psuche. Pneuma refere-se ao espírito divino, humano ou angelical. Psuche refere-se ao espírito humano; mais especifi-camente em sua natureza humana, com todas as suas fragilidades. Pobres de espírito (pneuma): signifi-ca uma corrente de ar, um espírito, a alma racional, disposição mental. Logo, pobre de espírito refere-se a uma pessoa que possui uma disposição mental hu-milde, sem arrogância. Jesus afirma que isso é funda-mental para se herdar o Reino de Deus. Buscar o Re-ino requer esvaziar sua própria mente de arrogâncias ou sofismas humanos.

MinistraçãoOre a Deus pelos seus irmãos da igreja e peça ao Espírito Santo

que comecemos a ajudar-nos uns aos outros em amor.Peça ao Espírito Santo que nos conceda um espírito humilde.

Peça ao Espírito Santo que nos faça submissos à Palavra de Deus,e que Ele a revele em nosso coração.

Crescimento do Reino de Deus | Parte 3

O Crescimento do Reino de DeusParte 3 - Bem-Aventurado os Humildes de Coração

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Devemos repor o que herdamos dos ensina-mentos humanos pelos ensinamentos da Palavra de Deus. Uma mente humilde é uma mente que está em linha com a Palavra de Deus. Para isso, a mente precisa esvaziar-se de si mesma. A isso Jesus se refe-ria, com o Seu ensino sobre herdar o Reino de Deus. Quanta arrogância há no mundo, hoje! Muitos se co-locam em posições superiores aos outros por se acha-rem mais cultos ou entendidos. Estes ricos de espírito jamais poderão herdar o Reino de Deus. O Reino é para os pobres de espírito, os que se sujeitam a Deus, os que entendem que Ele é supremo em Seus feitos e ninguém pode estar acima Dele. Pobreza de espírito é dependência total de Deus. Por mais bem preparada que uma pessoa esteja, ela nunca poderá ter êxito ple-no em suas próprias forças. O Reino de Deus preenche a fraqueza do homem e o torna forte, “Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo (em humildade de espírito). Porque quando sou fra-co, então, é que sou forte” (2Co 12:10). Os homens têm a tendência de procurar transparecer o contrário do que Paulo diz porque querem se parecer fortes. Não admitem sua fraqueza e dependência de Deus. Em tese, eles se fazem ricos de espírito. Querem o poder pela força própria. Para isso, o único meio é subjugar o próximo, passar por cima dele, competir com ele, etc. O Reino de Deus não vem para vencer-mos o próximo e sim, para ajudarmos o próximo. Por isso o Reino pertence aos pobres de espírito. Aqueles que compreendem que tudo provém de Deus e nada do que temos vem de nossas próprias forças. O restante das bem-aventuranças reflete o caráter dos pobres de espírito. O Reino de Deus se manifesta naqueles que vivem a realidade desta ver-dade. Bem-aventurados os que choram: chorar para muitos é sinal de fraqueza. Para Deus é uma oportunidade de consolo. Quando choramos por sen-tir os agravos dos outros porque amamos a Deus e a Seu Filho acima de tudo, então temos a promessa de consolo. Chorar faz parte da vida. A nossa fraqueza humana nos faz passar por muitos dissabores que o pecado impõe ao homem. Um homem de espírito po-bre sabe suportar os dissabores da vida e espera na ação divina; ele não opera pelas suas próprias forças. Chorar não é sinal de fraqueza e sim de paciência, de submissão à vontade de Deus. Não se trata de um cho-ro resultante de uma dor física e sim do choro da alma assolada pelas fúrias do pecado. O homem chora por causa do sofrimento da alma. Jesus já pagou o preço

pelos nossos pecados e pode perfeitamente enxugar dos nossos rostos toda lágrima. O conforto do Espíri-to Santo é real para os mansos de espírito. Bem-aventurados os mansos: a história da humanidade está cheia de mo-mentos em que o homem tentou o poder de conquistar a Terra. Parece que existe um sentimento de segurança na conquista de poder e espaço físico na Terra. Napoleão, Hitler e outros, tentaram este feito pela arrogância e força militar. Fúria e violência foram as marcas de tais homens. Mesmo tendo eles algum sucesso em suas investidas, jamais algum deles conseguiu o poder de conquistar a Terra. A Terra será herdada pelos man-sos. A mansidão libera o poder da conquista. Sempre fomos ensinados a que, se quisermos alguma coisa, teremos que lutar por ela. É o espírito de competição que impera em nós. Vitória, para o ser humano, é o re-sultado da conquista sobre os outros. Todo nosso ser é formado para exibir oposição aos opositores. Vencer é sinônimo de sobrepor-se ao outro. Talvez aí esteja o segredo de tanta infelicidade no mundo. Se conquista real, para Deus é sermos mansos, então os homens estão indo na direção oposta à felicidade e conquista. Mansidão tornou-se símbolo de fraqueza, de pobre-za, de se passar por tolo, por bobo. Porém, a Palavra de Deus nos afirma que a mansidão é o caminho que libera o poder do Reino para a conquista. No tempo em que Deus fizer novos céus e nova Terra, somente os mansos poderão herdar essa nova criação. Fique bem claro que mansidão é fruto do Espírito Santo em nós. Os que herdarão a Terra serão os que estiverem selados pela presença gloriosa do Espírito Santo em seus corações.

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I. Jesus compara o discípulo com o sal. Sal sim-boliza comida e aliança.

II. É usado para a preservação de alimentos e, como tal, é símbolo de aliança.

a) Oferta dada aos levitas como aliança de sal (Nm 18.19).b) Soberania de Israel dada a Davi (2Cr 13.5).

III. Deus tem uma aliança com a Sua Igreja (Mt 16.18).

IV. O sabor do sal é a presença de Jesus no homem.

V. As bem-aventuranças revelam a qualidade de vida que agrada a Deus.

VI. O sal só pode ser bom ou insípido. O discípulo só é bom ou insípido.

a) Por que os crentes vivem uma vida derrotada dentro e fora da igreja? a.1 - Uma vida de obediência ou desobediência. a.2 - A igreja e o mundo são constituídos por homens.

Conclusão: Vivamos na presença de Deus uma vida de obediência e comunhão com Ele.

“Você é o sal da terra”. Estas foram as palavras de Jesus aos Seus discípulos, comparando-os com o sal. É certo que vivemos num mundo deteriorado e cheio de trevas e não foi por acaso que o Senhor Jesus usou esta figura de linguagem. A cada dia que passa, mais vemos a corrupção da raça humana e o quanto ela está mergulhada em trevas. O sal, como bem sabemos, é um mineral usa-do para a preservação dos alimentos e como conser-vante, é um símbolo de aliança perpétua (Nm 18:19 ; 2 Cr 13:5). No livro de Números, Deus fala sobre as ofertas para a sobrevivência dos levitas. Era um direito perpétuo dos levitas viverem das ofertas trazi-das para o templo. Os levitas eram um povo especial, escolhido por Deus para o serviço sagrado no templo. Eles trabalhavam somente no templo e não possuíam herança de terras como os demais, porque a sua he-rança era o próprio Deus (Nm 18:20). A santificação

deste povo para Deus era muito importante, porque ninguém podia tocar nas coisas sagradas, a não ser Arão e sua descendência. Por isso, diz a Palavra, que era uma aliança de sal. A preservação do povo de Is-rael dependia da compaixão e misericórdia de Deus para com o povo. Os levitas eram os responsáveis pelos sacrifícios trazidos ao templo. Era a família sa- cerdotal que os levava perante o Senhor como aroma suave, com a finalidade de provocar de Deus o per-dão e não a destruição. O sal foi a figura usada por Deus para significar a não destruição do povo, mas a sua preservação, apesar dos seus muitos pecados. A aliança entre Deus e os levitas, que dizia que es-tes deveriam viver das ofertas de alimentos, era uma aliança de sal para a preservação do povo de Deus, pois por ela o povo podia contar com os serviços dos levitas e ser preservado da destruição. Em 2 Crônicas o conceito se repete, só que

MinistraçãoOrem pelo Brasil e pela salvação dos seus habitantes.

Orem pelo governo no poder da nação. Orem pela Igreja de Jesus Cristo. Orem pelos que estão fora desta vida de comunhão. Orem para que Deus lhes dê uma vida frutífera na Palavra Orem pelas necessidades uns dos outros.

Você é o Sal da Terra

Você é o Sal da Terra

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desta vez, em relação ao poder da soberania de Is-rael dada a Davi para sempre. Abias foi um rei de Judá que entrou em guerra contra o exército do rei Jeroboão. Mesmo reinando anos depois de Davi, ele subiu ao monte Zemaraim e disse: “Não vos convém saber que o Senhor Deus de Israel, deu para sempre a Davi a soberania de Israel, a ele e a seus fi lhos por uma aliança de sal?” (2 Cr 13:5). A aliança feita com Davi motivou a ação divina em relação ao povo de Judá. Mesmo reinando anos mais tarde, Abias foi vitorioso por causa da aliança. Por isso ela é chamada de aliança de sal; por causa da palavra dada a Davi, Deus não permitiu que os inimigos vencessem Judá. Deus tem também uma aliança com os Seus discípulos e com a Sua igreja — “...e sobre esta pe-dra edifi carei a Minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16:18). Se você acompanhou o texto sagrado que revela as bem-aven-turanças, poderá agora entender as palavras de Jesus: O sal é símbolo de aliança com aqueles que vivem uma vida de submissão a Deus. No Antigo Testamen-to, Deus fazia alianças com Seus fi lhos para preservar vidas. Da mesma forma, no Novo Testamento, Deus faz aliança com o Seu povo a fi m de preservar as vi-das que vivem no mundo. A presença de Jesus nos discípulos simboli-za uma aliança de sal, porque preserva a vida dos homens. As orações e intervenções dos fi lhos de Deus podem muito em seus efeitos. Elas podem ser com-paradas aos antigos sacrifícios trazidos pelos levitas em favor do povo. Nossas orações são ouvidas e Deus age em favor daqueles que estão perdidos, pela oração intercessória. Por isso Deus nos constituiu uma nação de sacerdotes e uma nação de reis. A aliança do Se-nhor com Sua igreja é perpétua e proporciona garan-tia de respostas de orações, bem como vitórias sobre o inferno. Por isso, Jesus disse aos discípulos que eles eram o sal da terra. O verso 12 de Mateus 5 parece ser uma ligação entre as bem-aventuranças e a afi rmação de Jesus aos Seus discípulos. Vemos nos sofrimentos revelados pe-las bem-aventuranças, um meio de vida que agrada a Deus. Elas representam um sacrifício vivo para Deus. A vida de amor e submissão a Deus abre a porta para a ação divina em favor dos homens. Cada postura dos homens perante Deus é seguida por uma promessa, que garante à humanidade a sua preservação eterna. Creio que por isso Jesus afi rmou: “se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pe-los homens” (Mt 5:13b). O homem decide se vai obedecer ou desobe-decer a Deus. Bem-aventurados são os que decidem

passar pela vida em obediência e não em conveniên-cia. Ao decidir viver uma vida contrária à Palavra de Deus, o homem passa a ser como um sal insípido. O que leva Deus a agir em direção ao homem é Sua fi -delidade à Palavra. Quando estamos na Palavra e ela está em nós, é que podemos vivenciar os efeitos de nossas orações. Ao orarmos em desobediência e fora da vontade divina não haverá ação favorável de Deus em resposta às mesmas. É ai que o sal se torna in-sípido. Se o sal é símbolo de aliança entre Deus e a igreja, ele só tem sabor quando agimos pela Palavra de Deus. O diabo não pode prevalecer contra a igreja na Palavra; porém se alguns discípulos decidem viver fora da Palavra, eles se tornam insípidos. Quando prestamos atenção na vida das pes-soas, constatamos que algumas delas não progridem nem na igreja e nem fora dela. Por quê? Elas não cres-cem espiritualmente e não progridem fora da igreja. Qual a razão disso? O discípulo só pode ser sal bom ou insípido. Ele dá sabor, pela vida de obediência e cheia do Espírito Santo de Deus. O contrário também é verdadeiro em relação ao insípido. É um grave erro vivermos em desobediência à Palavra de Deus. Jesus disse —“não presta senão para ser lançado fora e ser pisado pelos homens”. A Igreja e o mundo são com¬postos de homens. Quando o sal é insípido ele é pisado na igreja e no mundo. Isto signifi ca que não haverá sucesso para tal discípulo em ambos os lu-gares. Esta falta de entendimento tem levado muitos crentes a um viver medíocre perante a igreja e o mun-do. Ao ser sal insípido ele decide o seu próprio desti-no: ser pisado pelos homens. Vamos buscar comunhão íntima com o Se-nhor e viver uma vida espiritual saudável diante do nosso querido Deus. Para isso Ele nos deu a promessa do Espírito em nós, para sermos o sabor deste mundo perante Ele. Somos sal da terra enquanto vivemos na presença Dele em amor e santifi cação. A preservação deste mundo depende dos fi lhos de Deus. Sejamos o sal da terra.

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I. Não existe nada pior do que fi car no escuro.

II. Luz é aquilo que penetra e dissipa as trevas.

a) O Senhor é a minha Luz (Salmo 27.1).b) Como Deus é visto na Palavra (Salmo 104.2).c) Jesus é a Luz do mundo (João 8.12).

III. As trevas são associadas com as más obras (João 3.19-21).

IV. Vós sois a luz do mundo.

a) As obras de Deus são realizadas através de nós.

b) O nosso relacionamento com a Palavra de Deus direciona a nossa atitude.c) Os nossos momentos difíceis são pautados pela Bíblia.

V. A luz sempre impera sobre as trevas.

a) Não se pode esconder a cidade edifi cada sobre o monte.b) Não se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire.c) Assim brilhe a vossa luz diante dos homens.

Conclusão: Jesus é a Luz do mundo que brilha por nós.

Não existe nada pior do que fi car no escuro. Numa certa ocasião, na cidade de Campinas, por al-guma razão que desconheço, houve uma queda geral de energia e a cidade fi cou sem luz. Quem se lembra do episódio, sabe muito bem qual foi a reação das pessoas. Houve muito medo e pânico geral. Ninguém gosta de trevas! Quem nunca passou por um momen-to, quando pequeno, onde fi cou sozinho num quarto escuro e o medo tomou conta da mente? Luz é aquilo que penetra e dissipa as trevas. Deus foi o criador da luz (Gn 1:3). No entanto, um estudo apurado da Palavra de Deus nos revela que o agente físico que chamamos de luz é na realidade a se-gunda forma de luz no universo. Isto porque a Bíblia declara que Deus é a luz do universo. O Salmo 27:1 diz: “O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo?”. Não existe medo quando es-tamos Nele. Ainda no Salmo 104:2 assim descreve o salmista a visão de Deus: “coberto de luz como de um manto, Tu estendes o céu como uma cortina”. A luz

cobre o nosso glorioso Deus. Em João 8:12 Jesus afi r-ma sobre Si mesmo: “Eu sou a Luz do mundo; quem Me segue não andará em trevas; pelo contrário, terá a Luz da vida.” Esta é uma promessa gloriosa para to-dos que foram salvos por Ele. Primeiro, vemos que a origem da luz é Deus e, em segundo, Deus é a própria Luz. Estas afi rmações não querem dizer que Deus seja luz e nada mais. Elas nos revelam também que Ele é a fonte de todo conhecimento e entendimen-to. No Salmo 119:105 diz-nos a Palavra de Deus que “Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra e, luz para os meus caminhos”. Aqui a ênfase descansa na percepção e entendimento quando trevas nos cercam e a luz nos revela o caminho; a Palavra de Deus como o rumo certo a ser seguido. Luz está ligada ao enten-dimento e percepção da verdade. Ao falar de trevas, a Bíblia a associa com as obras más que são realizadas pelos homens. Veja: “O julgamento (condenação) é este: que a Luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do

MinistraçãoPeça aos presentes que refl itam um pouco nas obras que realizam.

Pergunte aos presentes como os seus relacionamentos com os irmãona igreja refl etem trevas ou luz.

Ore ao Senhor e peça que Sua luz seja liberada em nossas vidas.Ore para que Deus toque os corações dos ausentes e eles vejam o propósito das Tribos.

Você é a Luz do Mundo

Você é a Luz do Mundo

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que a Luz; porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a Luz e não se che-ga para a Luz, a fim de não serem arguidas as suas obras. Quem pratica a verdade aproxima-se da Luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus” (Jo 3:19-21). Mesmo que luz seja um conceito abstrato, ela se reflete pelas obras. A Bíblia diz que o homem rejeitou a Luz e que a razão disso eram as obras más que realizava. Obras estão associadas a trevas ou a Luz. Quando estamos na Luz, isto é, em Deus, nossas obras revelam o Seu caráter. O nosso entendimento de Deus torna-se claro e cris-talino. Não somente entendemos Deus, bem como re-cebemos Dele forças para a prática do bem. Este é o poder da Luz! Quando entendemos este conceito de Luz, fica mais fácil entender as palavras de Jesus: “vós sois a luz do mundo”. As obras de Deus são realizadas através de nós. A presença do Espírito Santo de Deus nos homens é manifestada pelas obras de cada um. Quem pratica as boas obras, vem para a Luz. A Pa-lavra de Deus é Luz. Muitos vão para a Bíblia como que se ela fosse um mero livro de informações es-pirituais. Quando eles entram em problemas devido às más obras que realizam, correm para ela a fim de saber como se livrar dos mesmos. Outros, por mero desejo de saber o que ela diz e poder argumentar Suas verdades, porém, há outros que a buscam porque desejam andar por ela. É aí que a Palavra se torna luz dos homens: quando a buscamos para dar passos seguros dentro da vontade de Deus. Existem momen-tos de nossas vidas, nos quais tudo que enxergamos é uma densa nuvem de incertezas. É aí que o desespero bate à porta dos nossos sentimentos e começamos a fi-car com muito medo. Neste momento, só temos duas coisas a fazer: ou nos estribar em nossos próprios en-tendimentos, ou ter fé na Palavra de Deus. Todas as vezes que toma¬mos o caminho da confiança na Pala-vra de Deus, a luz para o nosso caminho, encontramos a vitória, porque nossas obras são feitas nela. Quando falamos de luz, não podemos nos esquecer das trevas. O pensamento comum é que as trevas sempre parecem ser mais fortes do que a luz. A nossa impressão é de que as más obras sempre são mais abundantes do que as boas. O texto sagrado nos assegura outra verdade. Vejamos o que ele diz: “Não se pode esconder a cidade edificada sobre o monte”. Quando viajamos de avião à noite, ao olharmos para baixo só vemos escuridão. No en-tanto, quando sobre¬voamos uma cidade, por menor que ela seja ninguém pode deixar de enxergá-la. A luz

sempre dominará as trevas. Nem toda a densidão das trevas pode esconder aquela pequenina cidade. Foi assim que Jesus explicou o poder de Sua presença em nós. Ninguém pode esconder a cidade edificada no monte. Se estivermos edificados na Rocha, que é Cristo, ninguém poderá esconder nossas obras Nele. Treva só pode imperar na ausência da luz. Ela nunca poderá sobrepor-se à luz. Se Jesus entra na vida de um homem, Sua luz com certeza brilhará através das nossas obras. “Não se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire”. A luz tem um propósito muito maravilhoso. Ela existe para nos fazer enxergar coi-sas. Quando fica escuro logo acendemos uma lampa-rina ou vela a fim de podermos enxergar e continuar fazendo nossas coisas. A luz tem uma finalidade bem definida: ela permite que continuemos fazendo nos-sas tarefas. Jesus compara a Luz de Deus como uma candeia. Quando recebemos esta Luz, nós não para-mos de realizar as obras de Dele. A presença gloriosa do Seu Espírito em nós nos impulsiona a fazer boas obras. Não se pode esconder a cidade, põe-se a luz no velador. Há um propósito para a luz — alumiar o caminho dos homens. Muitos, devido às densas trevas que operam neste mundo de hoje, não podem ver Deus. O mundo jaz no maligno e por isso jaz em trevas. Por isso disse Jesus: “Assim brilhe a vossa luz diante dos homens” (Mt 5:16). Ninguém poderá impedir a Luz que bri-lha em nós. “Assim”, refere-se aos versos anteriores. É impossível esconder uma cidade no monte, a luz é posta no velador para alumiar a casa. Da mesma forma, com a mesma segurança, brilhe a vossa Luz diante dos homens, O diabo, com suas mais densas trevas, não pode apagar a Luz que brilha em nós. É impossível ele fazer isso. Não é treva que ofusca luz e sim luz que dissipa trevas. As nossas boas obras le-vam os homens a glorificarem a Deus. Como a luz física ilumina o local e seus moradores podem se guiar em suas tarefas, a Luz de Jesus nos guia a Deus, para que vejam as nossas boas obras e glorifiquem a Ele. Que maravilha é podermos saber esta verdade! Mes-mo que o mundo possua tanta maldade e más obras, a Luz que brilha em nossos corações será sempre um poder maior que o dele. Assim brilhe a vossa Luz! Glória a Deus, pois tal afirmação não é um pedido de Deus, mas sim uma ordem de Deus. Tudo o que Deus ordena, se cumpre. Aprouve a Ele fazer brilhar a Sua Luz através do homem. Ele não nos porá debaixo do velador e com certeza nos fará galgar o topo da mais alta montanha.

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I. Os milagres e curas de Jesus atestam a veracidade do poder do Reino de Deus.

II. Cada milagre e cura atesta a abrangência deste poder:

• Água em vinho = vida eterna;• Multiplicação dos pães e peixes = Jesus sacia a fome espiritual do mundo;• Acalma a tempestade = poder sobre a natureza;• A pesca maravilhosa = poder de salvar do Reino de Deus;• Jesus caminha sobre as águas = poder sobre as circun-stâncias da vida;

• Cura da lepra = poder de restauração de Jesus;• Expulsão de demônios = poder sobre Satanás;• Cura da cegueira = poder de dar visão aos homens;• Cura da surdez = poder de falar com os homens;• Cura de paralíticos = poder de deixar livres os peca-dores;• Ressurreição dos mortos = poder de ressuscitar os mortos.

III. Definição de Milagres.

Conclusão: Nos estudos seguintes estaremos comentan-do mais detalhadamente cada um desses milagres real-izados por Jesus.

Até aqui temos estudado as parábolas de Je-sus para entendermos o poder do Reino de Deus e a sua forma de desenvolvimento dentro da vontade soberana de Deus. Agora, estudaremos os milagres de Jesus que atestam o ensino sobre o Reino de Deus a veracidade de Sua proclamação. Cada um destes milagres e curas de Jesus dão crédito ao Seu ensino e são manifestações da soberania de Deus sobre as áreas de necessidades humanas. Ele reina sobre todas as coisas e todas as enfermidades. Transformação da água em vinho = poder do sangue; Jesus reina sobre o pecado. O vinho é sím-bolo de vida. Jesus alimenta as multidões com os pães e peixes = Jesus é o Pão da vida e tem poder para saciar nossa fome e necessidades espirituais. Jesus acalma a tempestade = Ele reina sobre a natureza e é Senhor do universo. A pesca maravilhosa = revela o poder de Deus de salvar almas e trazê-las para Ele. Jesus caminha sobre as águas = Ele pode

vencer todas as dificuldades de nossa vida. Jesus cura a lepra = Ele é poderoso para nos purificar de todo pecado. Jesus expulsa demônios = Ele tem poder so-bre principados e potestades. Jesus restaura vistas aos cegos = revela o Seu poder de nos dar visão espiritual para nossa sal-vação. Jesus cura os surdos = Sua capacidade de nos dar ouvidos espirituais para ouvirmos o Espírito Santo de Deus. Jesus cura paralíticos e aleijados = Sua ca-pacidade de nos fazer crescer em poder e conheci-mento de Sua Palavra santa. Jesus ressuscita mortos = Seu poder para nos ressuscitar dos mortos. Cada um destes milagres e curas revela-nos o poder e a extensão do Seu reina¬do. Ninguém pode vencer Jesus. Quando Ele opera, tudo acontece. Jesus é o Rei de todo o universo. Ele é o Salvador pleno de nossas almas. Só Ele nos garante a vitória. Cada

MinistraçãoComo vai o seu relacionamento com Deus?

Ore pedindo a Deus que opere milagres através do ministério de cada um.Peça a Deus poder para sermos fiéis à Sua Palavra.

Ore pelas necessidades dos presentes.

Milagres e Curas Realizados por Jesus | Parte 1

Milagres e Curas Realizados por JesusParte 1 - Definição Geral

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uma das áreas que Jesus atua, era área outrora contro-lada por Satanás e seus demônios. Jesus é o Senhor que nos liberta deste poderio maligno e nos oferece liberdade de vida. O Reino de Deus é Seu senhorio e domínio sobre tudo e todos. Milagre: O dicionário Strong nos oferece uma boa definição de milagres e sua distinção entre ou-tros termos, como sinais e prodígios: “eventos com milagres, sinais e maravilhas, indiscutivelmente en-volvem uma ação poderosa e imediata de Deus, com o propósito de revelar Seu caráter e desígnios. Pala-vras usadas na Bíblia para designar milagres incluem

sinais, maravilhas, obra, poder, obra poderosa. Estes termos salientam como o autor vê a poderosa ação divina sobre a natureza, história e pessoas”.Milagre é uma intervenção sobrenatural de Deus que garante Sua supremacia e poder para o cumprimento e revelação de Sua Palavra. Nenhum dos planos de Deus pode ser frustrado. Ele é Senhor absoluto sobre todas as coisas criadas por Ele. Nos estudos seguintes estaremos comentando mais detalhadamente cada um desses milagres rea- lizados por Jesus.

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I. As bodas em Caná da Galileia (João 2.11).

a) Os discípulos creram Nele.b) O casamento e suas correlações: b.1 — Casamento é monogamia; b.2 — Casamento é companheirismo; b.3 — Casamento é um dom sexual; b.4 — Casamento é fidelidade incondicional; b.5 — Casamento é para durar a vida toda.

c) Comer a carne de Jesus e beber do Seu sangue (João 6.53,54). d) A revelação do comer e beber o sangue de Jesus (1Coríntios 11.23,24).

Conclusão: Antes de qualquer relacionamento com Deus, temos que nascer de novo pelo sangue do Cor-deiro.

As bodas em Caná da Galileia: a transfor-mação da água em vinho foi o primeiro milagre que Jesus fez após ter vencido o maligno no deserto. “Com este, deu Jesus princípio a Seus sinais em Caná da Galileia; manifestou a Sua glória, e os Seus dis-cípulos creram Nele” (Jo 2:11). Através deste milagre Jesus manifestou a Sua glória. Glória só é possível quando a presença de Deus é verdadeira. Deus es-tava em Jesus e Jesus estava em Deus Pai. Havia uma grande dificuldade por parte dos Judeus de crerem que havia outra pessoa além de Deus. Jesus afirma-va ser o Messias, o ungido de Deus para a salvação dos homens. Não era fácil para um judeu aceitar que Jesus é o Filho de Deus e que Sua missão é trazer salvação aos homens por Sua morte na cruz. Através deste milagre, o texto nos diz que eles creram em Je-sus. Porque Jesus escolheu o casamento para re-alizar o Seu primeiro milagre não é explicado na Bíblia, porém, algumas considerações sobre casa-mento no contexto bíblico podem nos ajudar a cor-relacionar a natureza do milagre com sua aplicação espiritual. O padrão bíblico para o casamento é a mo-nogamia, na qual homem e mulher se unem para o

resto de suas vidas. Não existe lugar para outra pes-soa num relaciona¬mento conjugal em Deus. O casa-mento é aliança de fidelidade entre os parceiros. Je-sus veio para nos unir a Deus. Ele deseja que exista fidelidade total neste relaciona¬mento entre crentes e Deus. Nós éramos escravos do diabo. Estávamos unidos a ele antes do sangue de Jesus ser derramado em nosso favor na cruz do Calvário. Deus nos tirou do diabo para unir-Se a nós através das bodas do Cor-deiro, através de Jesus Cristo. Casamento também expressa companheiris-mo (Gn 2:18-23). Paulo bem descreve a mútua sub-missão que deveria caracterizar o relacionamento conjugal (Ef 5:21-23). Mesmo que o marido seja a cabeça do lar, o seu modelo é o modelo deixado por Cristo, de amar sua esposa como Cristo amou a igreja. O casamento proporciona o sexo como um dos dons de Deus. A intenção de Deus é que o sexo seja praticado dentro desta fidelidade mútua entre os parceiros, num relacionamento monogâmico. A atividade sexual faz parte dos planos divinos para a procriação da raça humana e a propagação da Sua natureza divina no homem. O adultério, fornicação, homossexualismo, etc., são distorções causadas pelo pecado no homem. O pecado fez com que o homem

MinistraçãoComo vai o seu relacionamento com Deus?

Ore pedindo a Deus que renove a Sua aliança conosco.Ore pedindo a Deus cobertura espiritual sobre os casamentos e lares.

Ore pelos parentes e amigos ainda não salvos.

Milagres e Curas Realizados por Jesus | Parte 2

Milagres e Curas Realizados por JesusParte 2 - A Transformação da Água em Vinho

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buscasse outras formas de práticas sexuais, devido aos desejos desenfreados provocados no homem. An-tes de alguém se unir a outra pessoa num relaciona-mento sexual ilícito, ele já se uniu a Satanás em seu espírito. Por isso, adultério, fornicação ou outra forma qualquer de pecado sexual é, por parte do homem, um adultério em seu relacionamento com Deus. Talvez seja por isso que Jesus tenha escolhido o Seu primeiro milagre num casamento; para mostrar a necessidade de sermos lavados com o sangue do Cordeiro e man-termos um relacionamento puro e fiel com Deus. O Casamento demanda fidelidade incondi-cional entre os cônjuges. Muitos casamentos são desfeitos por causa da infidelidade, que é uma das maiores causas de divórcio na Terra. O homem tem fome de lealdade. A infidelidade pode ser mútua ou apenas por parte de um dos parceiros e não importa se seja mútua ou não, ela causa muitos prejuízos ao relacionamento. Nenhum relacionamento pode durar sem que haja lealdade incondicional entre as partes. Antes de sermos fiéis a Deus, temos que ser transfor-mados na nossa natureza pecaminosa. Não podemos amar a Deus e ao mundo ao mesmo tempo (Tg 4:4). Paulo expressa claramente que uma amizade deve ser leal. O casamento é o relacionamento mais ínti-mo que um ser humano pode desenvolver na Terra e por isso ele demanda lealdade plena. O casamento de uma alma humana com o Espírito de Deus é a mais sublime amizade em todo o universo. Esta amizade não pode ser violada, ou melhor, adulterada. Quando éramos amigos do mundo, éramos ligados a Satanás. Jesus, pelo Seu sangue, nos libertou deste relaciona-mento para sermos Dele (Rm 7:1-6). Foi pelo sangue de Jesus que pudemos ser ligados com Deus. O casamento dentro dos padrões de Deus deve durar para a vida toda. É esta a vontade de Deus para o homem e a mulher. O divorcio é uma triste realidade na vida dos casados, porém, isto se dá por causa da dureza do coração humano. É muito difícil terminar em divorcio um casal temente a Deus e que vive den-tro da vontade de Deus. Quando Deus enviou Jesus ao mundo tinha em mente um relacionamento eterno com o homem. Por isso, quando recebemos Jesus e o sacrifício do Seu sangue, nós ganhamos a vida eterna. Deus retira o pecado de nós e muda a nossa natureza para podermos nos relacionar com Ele e nos tornar Sua noiva. Quando refletimos sobre alguns aspectos do casamento na vida dos homens, podemos entender

melhor a importância deste primeiro milagre de Jesus acontecer num casamento. Antes de termos uma vida com Deus, precisamos do Seu sangue. Jesus afirmou com muita clareza: “Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes do Seu sangue, não tendes a vida em vós mesmos. Quem comer a Minha carne e beber o Meu sangue tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6:53,54). O sangue produz vida no homem. Quando o vinho havia terminado, a mãe de Je-sus lhe disse: “eles não têm mais vinho”. A resposta de Jesus foi: “mulher, que tenho Eu contigo?” Jesus não estava sendo rude com Sua mãe. Ele apenas es-tava revelando o propósito de Sua vinda a este mundo: morrer na cruz do Calvário. “Ainda não é chegada a Minha hora”. Jesus entendia que o sangue Dele seria necessário para que o homem fosse religado a Deus e fez uma correlação entre o vinho e o Seu sangue. Ele não providenciaria o Seu sangue pela vontade de Sua mãe e sim pela Sua obediência incondicional a Deus Pai. O vinho simboliza o sangue. Jesus é o Pão da vida e quem não comer deste Pão e beber deste sangue não tem vida em si. Nós bem sabemos que Jesus não estava se referindo à Sua carne e sangue materiais, mas estava se referindo à carne e sangue espirituais. Para podermos compreender esta revelação, precisa-mos ir até a carta de Paulo aos Coríntios e recebermos o que ele recebeu do Senhor Jesus: “porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e ten-do dado graças, o partiu e disse: Isto é o Meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de Mim..., tomou também o cálice, dizendo; este cálice é a nova aliança no Meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de Mim” (l Co 11:23,24). Jesus é o Pão da vida e o Seu sangue é a nova aliança que Ele fez com os homens. Comer do pão e beber do cálice é celebração de um casamento à Mesa do Se-nhor. A Ceia é comer a carne de Jesus e beber do Seu sangue. O milagre de Caná revela o início de uma vida com Deus. Antes de podermos usufruir de um rela-cionamento com Deus, precisamos do Seu sangue. Nenhum milagre de Deus seria possível se antes nós não passássemos pelo novo nascimento. O sangue é a aliança com Deus; sangue e vinho são sinônimos de vida eterna com Deus. Vinho tem a ver com bodas do Cordeiro; vinho é aliança; é casamento com Deus.

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I. Expressões: “em vós” (Jo 14.17) e “sobre vós” (Is 61.1; Lc 4.18).

II. Jesus é batizado no Jordão (Mt 3.13-15).

a) Jesus batiza com o Espírito e com fogo.b) O Espírito Santo em Jesus O levava a cumprir toda a justiça divina. b.1 - Justiça (dikaiosune) equidade (de caráter ou ação); b.2 - O Espírito sobre Ele significava que Ele estava completo para a obra da cruz.’

III. Até ali Jesus não operou milagres.

a) Diz a Bíblia: a Criança crescia (Lc 2.40).b) Com o Espírito sobre Ele, foi levado para o deserto (Lc 4.1-2).

c) Depois foi à sinagoga e afirmou que as escrituras se cumpriram Nele (Lc 4:16-21).

IV. Os discípulos receberam o Espírito sobre eles (At 2.1,2).

a) Antes, só tinham o Espírito Santo que receberam “neles” pelo sopro de Jesus (Jo 20:21-23).b) A experiência que todos nós devemos ter: o Espíri-to “sobre” nós (Lc24:49).c) Pedro e João receberam o mesmo poder que Jesus possuía quando receberam o ES sobre eles (At 3:1-6).

Conclusão: Nós também, que queremos fazer a obra de Deus no sobrenatural, devemos receber o batismo de fogo, o Espírito sobre nós.

Você já parou para pensar nesta frase de Je-sus: “o Espírito de Deus está sobre Mim”? Se ob-servarmos atentamente a Palavra de Deus, encon-traremos as duas expressões: o Espírito “sobre” e o Espírito “em” vós. Qual é a diferença entre ambas as expressões? Vejamos estes versículos:

“Visto que não sois vós os que falais, mas o Espírito de vosso Pai é quem fala em vós” (Mt 10.20).

“O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê, nem O conhece; vós O conheceis, porque Ele habita convosco e estará em vós” (Jo 14:17).

“Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E se

alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é Dele. Se, porém, Cristo está em vós...” (Rm 8:9,10).

“Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Es-pírito de Deus habita em vós?” (1Co 3:16).

“Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, O qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1Co 5:19).

“Meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo (Espírito) formado em vós.” (Gl 4:19).

“Aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto

MinistraçãoImponha as mãos sobre os presentes e ore pedindo ao Pai que cumpra Sua promessa sobre eles.

Peça ao ES que lhe dê discernimento para repreender toda a obra do mal a fim de que eles sejam liberados para o batismo com o Espírito Santo.

Agradeça a Deus pelo dom maravilhoso do ES.

O Espírito Sobre Vocês

O Espírito Sobre Vocês

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é, Cristo (o Espírito) em vós, a esperança de glória;” (Cl 1:2 7). Estes e outros versos das escrituras sagradas nos apresentam o Espírito Santo residindo “em” nós. Ele é a nossa esperança de restauração, de retomo a Deus, de amor à Palavra de Deus, de cura da alma e tudo o que precisamos para uma vida plena na pre-sença de nosso grandioso Deus e Pai. Existem também versos que atestam que o Es-pírito Santo está “sobre” o homem. Veja¬mos alguns destes textos:

“Então, descerei e ali falarei contigo; tirarei do Es-pírito que está sobre ti e O porei sobre eles; e contigo levarão a carga do povo, para que não leves tu so-mente” (Nm 11:17).

“Veio sobre ele o Espírito do Senhor,...” (Jz 3:10).

“Havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: pede-me o que queres que eu te faça, antes que seja tomado de ti. Disse Eliseu: peço-te que me toque por herança porção dobrada do teu espírito (sobre mim)” (2Rs 2:9).

“Até que se derrame sobre nós o Espírito lá do alto;...” (Is 32:15).

“Eis aqui o Meu servo, a quem sustenho; o Meu es-colhido, em quem a Minha alma se compraz; pus so-bre Ele o Meu Espírito, e Ele promulgará o direito para os gentios” (Is 42:1).

“E acontecerá, depois, que derramarei do Meu Es-pírito sobre toda a carne...“ (Jl 2.28).

“Batizado Jesus, [...] o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre Ele” (Mt 3:16). “Para se cumprir o que foi dito por intermédio do profeta Isaías: eis aqui o Meu servo, que escolhi, o Meu amado, em quem a Minha alma se compraz. Fa-rei repousar sobre Ele o Meu Espírito, e Ele anuncia-rá juízo aos gentios” (Mt 12:17,18).

“O Espírito do Senhor está sobre Mim...” (Lc 4:18).

“Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós,.. .pelo contrário, alegrai-vos na me-dida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo. . . se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o

Espírito da glória de Deus” (1 Pe 4:12-14). Note que as escrituras sagradas apresentam ambas as possibilidades — o Espírito em nós ou sobre nós. Quando a Palavra se refere ao Espírito sobre nós, em alguns versos, ela menciona afirmações como: “em quem a Minha alma se compraz”. Isto nos leva a entender que o Espírito é posto sobre nós, quando agradamos a Deus em Sua vontade. Com isto, Ele nos usa poderosamente como instrumentos de Sua graça. No Antigo Testamento o Espírito de Deus era posto sobre os homens a quem Deus escolhia para o Seu serviço. Homens que O agradavam e Lhe obedeci-am. Estes homens eram capacitados por Deus para as obras que lhes eram confiadas. É bom lembrarmos que naquela época o Espírito Santo não habitava no homem. Ele vinha sobre os escolhidos de Deus para uma obra específica (I Sm 10:10, I Sm 11:6, I Sm 19:20). Deus enviava o Seu Espírito para que homens realizassem os Seus desígnios. Qual é a diferença entre: o Espírito dentro e sobre o homem? Para vermos esta diferença, precisa-mos estudar melhor o ministério de Jesus. Até os Seus trinta anos, não vemos nenhum relato sobre a vida de Jesus, que revelasse ter Ele feito milagres e prodígios. A não ser o episódio do templo aos Seus 12 anos de idade, não vemos nenhuma outra menção especial à vida de Jesus. O que isto significa? Jesus possuía o Espírito Santo em Si. Ele foi gerado pelo Espírito Santo e tinha o Espírito Santo na plenitude (Cl 2:9), mas mesmo assim Ele não opera-va milagres. O Espírito Santo habitava Nele, porém ainda não estava sobre Ele. Em Mateus 3:13-17 nós vemos o episódio onde Jesus se dirige a João Batis-ta para ser batizado por ele, que a principio não quis batizá-Lo. “Mas Jesus lhe respondeu: deixa por en-quanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça. Então ele o admitiu”. O Espírito Santo estava em Jesus para que Ele cumprisse toda a lei. Somente depois de cumpri-la na íntegra é que Ele estaria prepa-rado para a obra da cruz. Foi por isso que Jesus disse a João que convinha cumprir toda a justiça. Depois da cruz, a obra de milagres e prodígios. Até os trinta anos de idade a Bíblia nos reve-la que a criança Jesus crescia e Se fortalecia enchen-do-Se de sabedoria. Desde Sua infância Jesus não pecava contra Deus. Ele O agradava em tudo. Ao che-gar para o batismo nas águas Ele já havia agradado a Deus no cumprimento de toda a lei. Foi por isso que a voz de Deus foi ouvida: “em quem Eu Me compra-zo”. Jesus agradou o Pai e por isso recebeu o Espírito sobre Ele e o que estava profetizado Dele se cumpriu após Sua saída das águas.

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Logo depois de Seu batismo Jesus foi conduz-ido para o deserto para ser tentado pelo diabo. “Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guia-do pelo mesmo Espírito, no deserto, durante quarenta dias, sendo tentado pelo diabo...” (Lc 4:1-2) Jesus herdou a porção dobrada do Espírito de Deus em Sua vida. Ele estava cheio do Espírito de Deus dentro Dele e sobre Ele. Foi aí que o Espírito O levou para ser ten-tado pelo diabo. A porção dobrada do Espírito é dada aos filhos de Deus por herança. Jesus alcançou Sua maturidade aos trinta anos, cumprindo assim as leis dos homens e a Sua maturidade espiritual cumprin-do a lei de Deus. Sua maturidade aconteceu devido a Sua obediência plena. Cada mandamento de Deus traz maturidade e estatura espiritual aos Seus filhos. A Palavra de Deus e o Espírito de Deus são a mesma coisa. Jesus mesmo afirmou isso (Jo 6:63). Quando Jesus cumpriu toda a lei Ele obedeceu todo o man-damento de Deus. A Palavra foi toda cumprida em Sua vida terrena. Ele era a própria Palavra. Ele não precisava ler as escrituras. Ele era a Palavra viva. Ao cumprir cada mandamento, Ele simplesmente crescia em obediência plena à Palavra de Deus. Ao cumprir-se isso na vida de Jesus, depois de haver sido tentado, Ele se dirigiu para Nazaré e foi à sinagoga. Assim narram as escrituras: “indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga,... O Espírito do Senhor está sobre mim...” (Lc 4:16-21). Já havia sido profetizado que o Espírito Santo estaria sobre Ele há muito tempo atrás pelo pro-feta Isaías. Porém, este fato só ocorreu aos Seus trinta anos de idade. Até ali o Espírito Santo estava Nele. Isto leva-nos a crer que não podemos ter o Espírito Santo somente dentro de nós, mas, também sobre nós. Um exemplo desta verdade é a vida dos dis-cípulos. Eles viveram com Jesus, mas, somente quan-do Jesus soprou sobre eles, que o Espírito de Deus entrou neles (Jo 14:17). Quando Jesus fez isto, Ele já havia sido crucificado e ressuscitado dos mortos. “E, dizendo isto, lhes mostrou as mãos e o lado... e havendo dito isto, soprou sobre eles e disse: recebei o Espírito Santo.” (Jo 20:19-23). Os discípulos rece-beram o Espírito Santo, porém, Jesus lhes disse para não fazerem nada até que recebessem o poder do alto (Lc 24:45-49). Vamos ver como foi esta experiência! “Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como que de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falarem outras

línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falas-sem.” (At 2:1-4) O Espírito veio sobre todos eles em forma de língua de fogo, que pousou sobre eles. A ex-periência apontava algo sobrenatural de Deus na vida destes irmãos, que ficaram literalmente cheios do Es-pírito Santo. Aquelas pessoas já possuíam o Espírito Santo. Elas não estavam ali por suas próprias forças. Era o poder do Espírito que as impelia a irem ao tem-plo diariamente para oração e aguardar a promessa deixada por Jesus. Quando este Espírito veio sobre eles, eles receberam o poder de que lhes falara Jesus Pedro e João, que já haviam passado pela ex-periência deste batismo com fogo, foram ao templo para orar. Na porta de entrada, havia um homem alei-jado que lhes pediu dinheiro. Eles responderam que não tinham prata ou ouro, mas, o que eles tinham, dariam a ele. O que eles tinham? O Espírito Santo so-bre eles. Eles tinham uma porção dobrada do Espírito. Não somente eles haviam recebido o Espírito através do sopro de Jesus, como, também, haviam recebido o Espírito sobre suas cabeças. A promessa estava cum-prida e o poder de operar os milagres de Deus, era agora também para os discípulos. O segredo estava no revestimento do Espírito sobre eles. Aleluia! Talvez você esteja perguntando: o que tem isto a ver comigo? Meu querido irmão, nós estamos falan-do do Reino de Deus. Cristo não reinará por nós até que ele reine em nós. O Espírito Santo nos foi dado desde o dia em que confessamos Jesus, porém, o po-der de operar as maravilhas do reino é somente para os que agradam a Deus em tudo. A cada momento das nossas vidas, estamos sendo conduzidos pelo Espírito Santo. Ele nos ensina a vontade do nosso Pai celestial. Ele nos revela as escrituras sagradas, com a finalidade de cumprirmos a justiça divina. Para cada escritura que nos rendemos em obediência, vemos a medida de fé que recebemos, para a vitória cristã. Cada escritura gravada em nossos corações, é uma porção espiritual de crescimento e amadurecimento no Senhor Deus. O Espírito Santo em nós é o responsável pela nossa caminhada de santificação. Quando formos maduros e obedientes ao Pai celestial, em tudo o que está re- velado na Palavra, então estaremos preparados para o batismo de fogo. Esta promessa é para todos (At 2:37-39). Quando este batismo chegar a nós, nunca mais seremos os mesmos. Os milagres de Jesus, que pas-saremos a estudar, são sinais deste poder maravilhoso (Mc 16:17,18). O reino se conquista pela obediência à Palavra de Deus. Receba o batismo com fogo! Que o Espírito Santo venha sobre você e toda a sua Tribo. Amém.

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I. Por que Jesus teria iniciado a manifestação do Seu poder com este milagre, o de transformar água em vinho?

a) O novo nascimento é o principio de todo o poder do Reino (1Co 10:16; 11:25)b) O Vinho fala de aliança com Deus

II. Vejamos as circunstâncias do milagre:a) Uma festa de casamentob) A relação entre o sangue de Jesus e o vinhoc) Seis talhas cheias de água e depois de vinho

c.1 - Água para saciar a sede c.2 - O vinho possui características próprias: c.2.1 - Um produto da vinha c.2.2 - Usado como remédio e desinfetante.

III. O homem é incapaz de viver os mandamentos da Palavra, a menos que receba o Espírito da Pa-lavra.

Conclusão: Jesus não poderia manifestar os poderes do Reino de Deus sem que primeiramente transfor-masse água em vinho.

Logo depois que Jesus foi vitorioso sobre Sa-tanás no deserto, Sua vida de milagres teve seu inicio em Caná da Galileia, com a transformação de água em vinho (Jo 2:11). Por que Jesus teria iniciado com este, os Seus milagres? Vamos ler o texto e refletir sobre sua aplicação espiritual prática. Antes de qualquer obra que Deus possa re-alizar na vida de uma pessoa, ela precisa nascer de novo. O vinho é símbolo do sangue da aliança (1Co 10:16; 11:25). Sem sangue nunca poderia existir um novo nascimento, porque “novo nascimento” é nas-cer do alto. Novo nascimento é a reposição do espíri-to de morte pelo Espírito de vida de nosso Senhor Jesus Cristo. O vinho fala de aliança com Deus. Deus nos ama e transforma a Sua Palavra, que na Bíblia tem significado de água (Ef 5:26), em vinho, símbolo do Espírito Santo de Deus (Tito 3:5). O vinho fala do mi-lagre da purificação da alma do homem. Deus toma o pecador impuro e lhe dá uma nova vida de poder e santificação para Deus. Com estas reflexões em men-te, vamos ao texto sagrado e vejamos as circunstân-cias do milagre:

Festa de Casamento: “Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galileia, achando-se ali a mãe de Jesus” (Jo 2:1). Casamento é uma união entre duas pessoas que se amam. A união existe para que os nubentes passem a ter tudo em comum, compartilhem da mesma cama e gerem filhos para a posteridade. O casamento, portanto, é algo muito sagrado e essen-cial para as gerações futuras da família. Em Efésios 5:22-33 Paulo revela a correlação entre o casamento humano e a união entre Cristo e a Sua Igreja. “Como, porém, a Igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu mari-do.” Diz ainda: “Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo [...] como também Cristo o faz com a igreja” (Ef 5:24,28,29). Note que o relacionamento entre marido e mulher é comparado com o de Cristo e Sua Igreja. Quando se trata da união entre Cristo e Sua igreja, a noiva tem que ser ataviada para o seu Noivo. Ela precisa ser pu-rificada pelo sangue de Jesus Cristo. Nunca poderia haver casamento entre a Igreja e Cristo sem o sangue de Jesus; por isso Ele disse em Sua última Ceia com os discípulos: “Este cálice é a aliança no Meu sangue”

MinistraçãoPeça ao Espírito Santo para que lhe dê fome e sede da Palavra. Lembre-se,

sem água não haverá o vinho.Peça ao Espírito Santo que nos embriague com o vinho do Espírito.

Peça a Deus que encha o nosso coração de alegria com o novo vinho.

O Espírito Santo, o Vinho da Alma

O Espírito Santo, o Vinho da Alma

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(1Co 11:25). O fruto da vinha produz o vinho, bebida tão importante no matrimônio que era indispensável na festa do casamento. Por esta razão, os noivos se certificavam de que caso a quantidade servida não fosse suficiente, haveria mais vinho. Jesus é o grande provedor. Na festa de casamento em Caná da Galileia Ele proveu o vinho; e para nós (Sua noiva espiritu-al), Ele transformou Sua Palavra profética (a água da vida), em vinho, o sangue purificador que permitiu Sua união conosco pelo Espírito Santo em nós. Esta relação entre o vinho e o sangue de Je-sus é percebida na forma como Jesus respondeu à Sua mãe quando esta disse “eles não têm mais vinho” (Jo 2:3). Jesus responde num tom quase que (na nossa perspectiva humana), grosseiro: “mulher que tenho Eu contigo? Ainda não é chegada a Minha hora”. Ele se referia à Sua morte na cruz, quando o Seu sangue seria derramado no madeiro para prover a nossa pu-rificação, condição necessária para o nosso casamento com Ele. Sem sangue não poderia haver união entre Cristo e Sua Igreja. Mas mesmo respondendo desta forma, Jesus não deixou de realizar o milagre. O vi-nho era de responsabilidade do noivo, por isso Jesus o auxiliou com a provisão do vinho. Jesus ainda hoje provê vinho em nossos casamentos. Ele é o vinho que alegra a nossa alma e faz nosso o relacionamento con-jugal ser alegre e feliz. É por isso que Paulo diz: “não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef. 5:18). Existem dois tipos de vinho: o líquido, que afeta a carne, e o espiritual, que afeta o espírito. Ambos produzem os mesmos efeitos na alma, mas enquanto um manifesta dissolução o outro produz santificação. “Estavam ali seis talhas de pedra, que os ju-deus usavam para as purificações”. É Interessante notarmos que o número seis é o número do homem. As talhas usadas eram para a purificação dos convida-dos e Jesus mandou que estas fossem cheias de água. Colocar água nas talhas simboliza imputar a Palavra de Deus no coração dos homens. A Palavra de Deus é poderosa para santificar e purificar o mais vil peca-dor. Ao ser colocada nas talhas, pelo poder de Jesus a água foi transformada em vinho de qualidade e sabor melhor que o que fora servido anteriormente pelo noi-vo. A fermentação da uva, que pode ser comparada à natureza humana gerada em nós pelos nossos pais ter-renos, produz um tipo de vinho, porém, o vinho que é produzido pela natureza divina do nosso Pai celestial e pela água da Palavra através do milagre de Jesus é melhor do que o vinho anterior. O milagre da água em vinho é o primeiro milagre que tem que ocorrer na vida de uma pessoa para que ela possa experimen-tar os poderes sobrenaturais de Deus. O Reino é para

os que já estão cheios do vinho espiritual, o Espírito Santo de Deus. A água: serve para matar nossa sede. Ninguém quer ter sede. Não há nada mais gostoso do que beber um copo de água fresca quando estamos com muita sede. A água é portadora de vida, sem ela não pode-mos sobreviver. O vinho: é um produto da vinha. Era produ- zido espremendo-se as uvas em vasos de pedras com um furo na parte inferior, por onde escorria o suco para a fermentação; esse suco era coletado em tinas e depois colocado em jarros maiores e transportado para grandes cisternas onde era processada a fermen-tação. O vinho simboliza a nossa alegria e completa satisfação na vida. Em nossa natureza humana preci- samos passar por muitas espremeduras para podermos extrair um pouco de alegria; porém o vinho resultante do milagre de Jesus não passa por tal processo e é melhor que o primeiro vinho. A nossa alegria é com-pleta e muito mais significativa quando é produto do milagre da transformação da água em vinho — da Pa-lavra escrita para o Espírito vivificador. O vinho também era usado, no Novo Testa-mento, como remédio e desinfetante. A menos que a Palavra de Deus seja transformada em vinho Espiritu-al, não produzirá cura em nós. É o vinho que desinfeta a contaminação carnal. Que maravilha, ver que Jesus ainda hoje transforma água em vinho para o nosso espírito! Se o homem pudesse viver pela Palavra, se pu-desse viver cada ordenança (Gl 3:11-14) sem quebrar nenhuma delas, ele não precisaria do sangue. A nos-sa natureza humana não possui poder para vencer os prazeres da carne que nos arrastam a ofender a Deus. Somente a graça de Deus pode nos oferecer poder para viver em obediência à Sua Palavra. A graça é o vinho do nosso espírito. O Espírito Santo é o nosso vinho. Para nos unirmos a Ele precisamos da mes-ma natureza Dele. Não podemos nos casar com Ele a menos que tenhamos o mesmo espírito que o Dele. Por isso precisamos de um milagre — transformar água em vinho. O espírito humano é um vinho fini-to, limitado, seu sabor é de inferior qualidade; ele se acaba. Precisamos ser transformados de um espírito humano caído e impuro, para um espírito vivificado e restaurado pelo sangue de Jesus. Este novo Espírito é infinito (não se acaba), perfeito e de muito melhor qualidade. A Palavra de Deus precisa ser imputada em nós e transformada em Espírito vivo. Jesus não poderia ter manifestado outros po-deres do Reino de Deus sem primeiro transformar água em vinho. Ele jamais poderia ter sido usado para o sacrifício na cruz, sem que primeiro deixasse de ser

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a Palavra espiritual e viesse a ser a Palavra encarnada, de onde se espremeria o sangue da purifi cação. Ele passou pela espremedura dos vasos de pedras (ofen-sas de homens), Seu sangue foi derramado e posto num jarro (Seu corpo glorifi cado), depois numa cis-terna (no santo dos santos), sofreu a fermentação (a nova aliança). A água é transformada em vinho novo; o vinho da aliança, do casamento, das bodas do Cor-deiro para todo o sempre: o Espírito Santo de Deus.

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I. Jesus é poderoso para operar milagres hoje.

II. Jesus curou um menino cego no lbirapuera, na Escola de Ministérios do Dr. Cerullo.

III. O que nos leva a receber o poder de Jesus Cristo?

a) Dê atenção ao que a Palavra de Deus diz sobre Jesus

b) Busque Jesus em Espírito e em verdadec) Creia que Jesus é O mesmo ontem, hoje e eterna-mented) Uma vez que você crê na Palavra, aja na Palavra

Conclusão: Para receber a virtude de Jesus é preciso mais que um mero pensamento, é preciso fé.

Todos nós sabemos que Jesus Cristo é pode- roso para operar curas e milagres, até mesmo hoje. Por que, então, são tão poucos os que recebem tal poder? Nunca me esquecerei de um culto especial no lbirapuera, em São Paulo, quando um pastor e sua esposa trouxeram seu fi lhinho que era cego, para re-ceber uma ministração especial de cura pelo Pr. Pe-ter Youngreen, do Canadá. O menino não enxerga-va nada. O pastor começou a orar e eu vi de perto, quando aqueles pequeninos olhos foram abertos pelo poder de Jesus. Que maravilha ver aquela criança ser curada diante da multidão! Que alegria havia no coração dos pais da criança! Tudo porque eles cre-ram na mensagem de cura que receberam do servo de Deus. O que nos leva a receber o poder de Jesus Cristo? Existem alguns princípios básicos que en-contramos nos relatos dos evangelhos sobre a mulher que por 12 anos havia estado enferma com um fl uxo de sangue. Vamos examinar este texto e extrair dele os princípios elementares para podermos receber esta maravilhosa transferência de virtude de Jesus para nós: 1. Dê atenção ao que a Palavra de Deus diz sobre Jesus. Isto parece ser muito simples, mas, se queremos receber a virtude de Jesus Cristo, precisa-mos entender que Ele é o Filho poderoso de Deus e

sobre Jesus Cristo está todo o poder de salvação do mundo. 2. Busque Jesus em Espírito e verdade. Jesus é o Filho de Deus e é Um com o Pai. Quem busca Deus deve buscá-Lo em Espírito e em verdade. Foi isso que a mulher do texto fez: “Porque dizia: se eu apenas Lhe tocar as vestes, fi carei curada” (Mc 5:28). Mui-tos tocaram Jesus durante todo o dia. Quantos, daque-les que O tocaram, estariam doentes e não receberam cura? Não sabemos. O fato é que o texto nos diz que muitos O tocaram. “Vês que a multidão Te aperta e dizes: quem Me tocou?” (Mc 5:31). Todos os que O haviam tocado, buscavam tocar-Lhe o físico para es-tarem próximos Dele, talvez, apenas para dizer: “eu O vi de perto”. Nós não sabemos os motivos dos de-mais, mas sabemos que aquela mulher tocou no Es-pírito de Jesus. Por quê? Porque ela cria ser aquela uma forma de comunicação espiritual. Ela foi tocada no profundo de seu coração ao ouvir a fama de Jesus, isto é, a pregação sobre Jesus. Algo aconteceu em seu interior que a levou a buscá-Lo de forma diferente dos demais e tocá-Lo em Seu Espírito e Jesus revela o que foi: “...fi lha, a tua fé te salvou...” (Mc 5.34). A fé daquela mulher foi a causa da sua salvação. Se quisermos receber virtude de Jesus, deveremos tocar o Espírito Dele pela fé. 3. Entenda que Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Muitos pensam que se houvessem visto

MinistraçãoPeça a Jesus que aumente a tua fé.

Fale com o ES para revelar em teu Espírito a verdade sobre Jesus. Ore e peça a Jesus que manifeste o Seu poder entre os presentes.

Como Receber o Poder de Jesus Cristo

Como Receber o Poder de Jesus Cristo

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Jesus naquela época de Sua estada na Terra, também teriam fé Nele. Não é bem assim. A fé não vem pelo ver Jesus e sim, pelo crer em Jesus. Não era o corpo de Jesus que curava; mas o Seu Espírito; o mesmo Espírito que agora habita em nosso espírito. Jesus Cristo ressuscitou dos mortos para poder habitar no coração dos homens e ainda hoje manifesta o mesmo poder de cura, tendo apenas mudado o local de onde o Seu Espírito opera e habita. Se tivermos fé Nele, Ele ainda nos cura hoje e a Sua virtude ainda pode ser transferida para quem O busca com fé. Note que a mulher do texto tocou o Espírito Santo de Jesus, então a nossa fé em Jesus terá o mesmo efeito hoje, se crermos como ela creu. O Espírito Santo de Deus veio para a Sua igreja para operar as mesmas maravilhas que operou quando habitava o corpo de Jesus. Basta ouvirmos a pregação a respeito Dele — “se creres que Ele ressuscitou dos mortos, serás salvo”. Veja o que o texto em Romanos diz: “Mas a justiça decor-rente da fé assim diz: não perguntes em teu coração: quem subirá ao céu? quem descerá ao abismo, isto é, para levantar Cristo dentre os mortos? Porém, que se diz? A Palavra está perto de ti na tua boca e no teu coração; isto é, a Palavra da fé que pregamos. Se, com a tua boca, confessares Jesus como o Senhor e, em teu coração, creres que Deus O ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.” (Rm 10:6-9). A fé que per-gunta o quê, quem, etc., não é fé que provém de Deus para nós e sim, a nossa própria razão operando. Não tocamos o Espírito Santo de Deus com nossa razão ou força lógica. A Palavra tem que estar primeiramente no nosso coração para depois vir à nossa boca. A mu-lher ouviu a Sua fama e disse em seu coração: — “se apenas eu O tocar serei curada”. Ela não pensou: - “quem disse que Ele é poderoso para me curar?” Ou: - “vou perguntar a alguém se realmente isto é ver-dade”. Ela simplesmente creu em seu coração. Jesus está vivo e quem crer que Ele está vivo será salvo. É simplesmente isso. Nada de perguntas, nada de querer destrinchar teologicamente o assunto. A Palavra diz: creia que Ele ressuscitou dos mortos. Por quê? Porque o Espírito que O ressuscitou dos mortos é o mesmo que habita na igreja hoje. 4. Uma vez que você crer na Palavra, aja por esta Palavra. Foi exatamente o que a mulher fez. Ela creu no que havia ouvido falar sobre Jesus, logo, ela disse: - “eu vou tocá-Lo” e assim o fez. Eu pos-so imaginar o quanto ela precisou se esforçar para chegar perto de Jesus. A fé tem esta característica, de não esmorecer. Quem recebe fé pela Palavra de Deus não desiste de nada. Muitos perdem a benção de Deus ao perguntar em suas mentes: “será que vai acontecer mesmo?” Ou: “será que o que eu sinto é de

Deus mesmo?” Se fi zerem perguntas semelhantes a essas a fé deles não provém da pregação da fé e sim, do seu raciocínio lógico. No entanto, o evangelho foi dado aos pregadores, e toda santifi cação pelo poder que esse evangelho opera em nós é para benefício da Igreja de Jesus. Esta é a grande revelação do poder do evangelho de Jesus Cristo e ainda muitos deixam escapar a grande oportunidade de tocar o Espírito que habita nos servos de Deus. A fé não pergunta, ela age. Para tocarmos o Espírito de Deus precisamos de fé. Se aquela mulher dissesse: “ah, se algum dos Seus discípulos me ajudar eu vou saber que é da vontade de Deus”, ela certamente teria perdido sua cura. Tudo o que aquela mulher pensou, foi que se tocasse em Jesus seria curada. Assim deve ser a nossa fé. Tudo o que precisamos saber é: se nós agirmos na fé que nos foi dada pela revelação da Palavra, receberemos o que buscamos do nosso Deus. Para recebermos a virtude de Jesus é preciso mais que um mero pensamento; é preciso fé. A fé é produto da pregação que provém da Palavra de Deus. A virtude ou o poder de Jesus é real e continua à dis-posição de todos os que Lhe tocarem o Espírito. O corpo de Jesus já não mais está entre nós hoje, mas o Seu Espírito está. A fé que o Espírito Santo gera em nosso coração é a única maneira de atrairmos este poder maravilhoso em nossa direção. Foi isso que a mulher fez; ela disse “no seu coração”. Existe um poder maravilhoso na meditação do coração, pois é a forma como o Espírito de Deus nos convence a con-fessarmos o poder de Jesus. É Ele quem fala em nosso interior que Jesus pode curar. Quando esta voz nos toca, produz a fé que necessitamos para nos levar a agir. Nada pode nos mover nesta convicção, senão a voz do Espírito de Deus. Ele dá testemunho de Jesus. Ele veio para glorifi car o Filho de Deus que está vivo em nosso coração. O poder, a virtude, a unção, ou como você queira chamar, está em Jesus Cristo, que ressuscitou e habita em nós. Basta tocá-Lo com fé; basta crermos que Ele pode tudo em todos. Precisa-mos tocar Jesus! Se assim fi zermos, Dele extrairemos virtudes. Aleluia!

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I. Jesus tem todo o poder no Reino de Deus.

II. Na dimensão terrena, não existe força tão poderosa como a da natureza.

III. Jesus disse aos discípulos: “Vamos para o out-ro lado”.

a) É comum um episódio ruim interferir na calmaria de nossas vidas.b) Jesus nos acode quando Lhe pedimos ajuda;c) A intervenção de Jesus foge aos padrões humanos.

IV. Jesus atribuiu o medo dos discípulos à falta de fé.

a) Enquanto formos iguais aos discípulos e pergun-tarmos: “Quem é este que até os ventos Lhe obede-cem?”, não teremos o poder de Sua intervenção.

Conclusão: Ainda hoje precisamos da Sua Palavra de ordem, para que as tempestades da nossa vida ces-sem.

No Reino de Deus, Jesus tem autoridade ple-na. Nós sabemos pelas Escrituras que Jesus é o Cri-ador de todas as coisas. Tudo foi criado por Ele e para Ele (Jo 1:3). Neste evento, Jesus prova ser soberano até mesmo sobre a natureza. Podemos encontrar a narração deste fato em três textos diferentes: Mt 8:23-27, Mc 4:35-41 e Lc 8:22-25. Vamos estudar a narração de Marcos, pois ela nos proporciona um pouco mais de importantes detalhes no texto. Até aqui, temos visto o Reino de Deus tendo domínio sobre todas as coisas. Para nós, não existe força maior do que a da natureza. Recordo-me de uma ocasião quando numa linda manhã de sol, via-jávamos da Carolina do Sul para a Carolina do Norte (à cidade em que moram meus sogros) e ao passar-mos por uma pequena cidade vimos, minha esposa e eu, algo impressionante: Por ali havia passado um furacão a apenas dois dias antes de nós. A cena era terrível! Casas totalmente destruídas pelo vento; um supermercado que teve o seu telhado levado pelos ares como se fosse folha de papelão e jogado à cente-nas de metros de distância. Uma árvore muito grande,

cujo tronco foi arrancado pelas raízes, foi arremessa-da por sobre vários carros, a vários metros do local. Quem visse aquela cena, não acreditaria que qualquer pessoa houvesse escapado. A força da natureza é algo assustador! O texto nos diz que já sendo tarde, Jesus disse aos Seus discípulos: “vamos para o outro lado”. Ele despediu a multidão que O ouvira e entrou num barquinho, e outros pequenos barcos O seguiam. Ao longo do caminho, levantou-se um grande temporal, expondo a vida de todos ao perigo. É comum em nossas vidas, quando as coisas estão calmas e serenas, repentinamente um episódio romper esta calmaria. Você já passou por isso? Pois bem, foi assim com Jesus e Seus discípulos e com os demais que os acompanhavam no barco. Talvez estivessem comentando sobre os ensinamentos de Je-sus e as curas que realizara durante aquele dia exaus-tivo. De repente, o tempo virou. Quem navega em embarcações sabe do que o texto está falando. Vento e ondas bravias podem quebrar ao meio grandes em-barcações. Até mesmo os capitães de grandes navios temem as tempestades; elas produzem muito medo e

MinistraçãoRefl ita sobre o texto e identifi que uma tempestade em sua vida agora mesmo.

Invoque o poder de Jesus e peça a Ele que intervenha na situação.Agradeça a Jesus por Ele estar no barco. A igreja é este barco.

Encoraje os presentes a invocarem a ajuda de Jesus em todas as situações da vida.

Jesus Acalma a Tempestade

Jesus Acalma a Tempestade

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desconforto aos passageiros. Imagine você a situação em que se encontravam aquelas pessoas! Diz-nos o texto: “Ora, levantou-se grande temporal de vento, e as ondas se arremessavam con-tra o barco, de modo que o mesmo já estava a en-cher-se de água” (Mc 4:37). Veja que a tempestade os pegou em meio ao mar e não sabemos ao certo o tamanho da embarcação, mas creio que seria um bar-co pequeno. O que queremos salientar aqui é o medo que deve ter tomado conta de todos os que estavam a bordo com Jesus e nos demais barcos que O acom-panhavam. Pense nisto; imagine você naquela mesma situação! A primeira coisa que eles fizerem, foi o que qualquer pessoa faria: tirar água do barco. Mas quem já esteve no mar sabe muito bem que aquele era um esforço em vão. Vários pensamentos cercam a mente de uma pessoa no meio do mar: sei nadar? Se não, como eu vou chegar à margem? Será que alguém irá me ajudar, caso o barco venha a afundar? E os pei-xes? Será que existem perigos debaixo d’água? Todo tipo de pensamento se levantaria para aumentar ainda mais o pânico da situação. O texto, porém, nos diz que Jesus dormia na popa do barco Como uma pessoa poderia dormir, enquanto um pequeno barco sacole-java com o vento impetuoso? Mas é o que o texto diz: Jesus dormia! Os discípulos, mesmo sendo al-guns deles experientes com o mar, estavam cheios de pavor. “Eles O despertaram e Lhe disseram: Mestre, não Te importa que pereçamos?” (Mc 4:38). Jesus é o Senhor do universo. Ele não teme o furor da na-tureza. Ninguém, absolutamente nada nem ninguém poderia lhe roubar a vida; nenhuma doença, nenhum acidente e muito menos nenhuma tempestade de ven-to. A morte só pode exercer poder sobre o que está em pecado. Por isso as pessoas entram em pânico ante o poder da morte. Essa é a razão porque Jesus dormia tranquilo: Ele não tem pecados. Uma das lições que temos que aprender com o texto é que Jesus nos acode quando Lhe pedimos aju-da. Você não acha que Ele sabia o que estava aconte-cendo? Claro que sabia! Ele sabia do perigo que uma tempestade representava, mas não Se manifestou até que os discípulos Lhe pediram socorro. Muitas vezes, nós atravessamos momentos muito difíceis em nossas vidas e dizemos: “será que Deus não está vendo a minha situação?” Parece mesmo é que Ele dorme, enquanto somos agitados pelo vento da tempestade que atravessamos. Jesus sabia o que estava aconte-cendo, porém tinha completo controle de toda a situ-ação. Os discípulos é que não sabiam do Seu poder. Talvez eles O tenham acordado para ajudá-los a tirar a água do barco. Jesus entra em ação somente quando as pessoas O buscam. Parece que esta é uma posição

de Deus com relação aos nossos problemas. Ele sabe todas as coisas, mas age quando O buscamos em oração. Nós fomos criados por Deus para buscá-Lo. Eu creio que nós, em geral, temos uma forte tendência a nos esquecer de Deus, quando as coisas vão indo bem. Parece que esta é uma regra geral para todos os homens. Não buscamos a Deus até que venha uma tempestade. Deus ama os Seus filhos e quer que eles O busquem por amor e não pelo medo. Você gosta- ria que os seus filhos o procurassem somente quando houvesse um perigo rondando suas vidas? Claro que não! Todos nós queremos ser apreciados pelos nossos filhos a todo instante. Na verdade, não há nada mais gostoso do que ser procurado por um filho e ouvi-lo dizer: “pai eu te amo muito!” Isto é muito gratificante. Porém, os discípulos O buscaram por causa do medo. O pavor da morte foi o motivo de chamarem por Je-sus. Graças a Deus, Jesus nos ouve em quaisquer cir-cunstâncias. “E Ele, despertando do sono repreendeu o vento e disse ao mar: acalma-te, emudece! O vento se aquietou, e fez-se grande bonança” (Mc 4:39). Outra coisa que devemos aprender aqui é o modo de inter-venção divina, que foge a toda e qualquer forma nor-mal de pensamento humano. Jesus repreendeu o ven-to e disse: “aquieta-te!” Quem conhece um pouco de meteorologia, sabe que os ventos são cinturões de ar que se movem ao redor de todo o globo terrestre. Não são apenas sopros isolados em algum local da Terra. Para obedecer ao comando de Jesus, foi necessária uma mudança em todo o sistema climático ao redor do planeta. Talvez, não tenha sido apenas os discípu-los a experimentarem uma libertação; é possível que em outra parte da Terra alguém mais tenha sido fa-vorecido pela calmaria. Nós não paramos para pensar na dimensão de poder desta Palavra de Jesus. Todo o sistema meteorológico foi modificado para aquietar o mar em benefício dos que estavam com Jesus. Às vezes eu fico imaginando se Jesus estivesse em al-gumas viagens de avião e interviesse na velocidade dos ventos. Nunca me esqueço de uma ocasião quan-do voávamos de Miami à São Paulo. O tempo estava ruim, com muita chuva e relâmpagos. O avião entrou em turbulência. Em dado momento, fomos apanha-dos por uma rajada de vento forte e caímos no que eles chamam de saco de ar. O avião simplesmente perde o seu poder de sustentação por alguns minutos e cai vertiginosamente neste vácuo. Só quem passa por tal momento sabe como é terrível o medo que se sente, do avião não resistir à força do vento. Imagine se naquele momento chamássemos por Jesus e Ele falasse ao vento e este se acalmasse? Que impactante! Você não acha? O fato é que Jesus pode fazer isso

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ainda hoje, através de nós. Tudo o que precisamos é de fé.

“Então, lhes disse: Por que sois assim tími-dos? Como é que não tendes fé?” (Mc 4:40). Jesus atribuiu o medo à falta de fé deles. Havia timidez em ação. Havia falta de fé nos discípulos. A ignorância deles sobre quem era Jesus não permitiu que eles se mantivessem calmos. Precisamos entender que a nossa ignorância de Deus nos faz ter medo, nos tor-na tímidos nas ações. Para operarmos os milagres de Jesus precisamos saber quem Ele é. Os discípulos desconheciam o poder de Jesus. Como eles imagi-nariam que alguém pudesse falar ao vento e acalmar uma tempestade? Querido irmão: muitos dos nossos problemas não estão sendo solucionados porque nos falta conhecimento do poder de Deus. Jesus Cristo repreendeu o vento da popa daquele pequeno barco, porém, Ele hoje repreende o vento de dentro do nosso espírito. O Seu poder não mudou; no entanto, preci- samos conhecer esse poder de Jesus, o Filho de Deus. Falta-nos fé! Creio que o Espírito Santo está queren-do nos falar sobre o Filho de Deus hoje. É a fé gerada por Deus em nosso espírito, que nos dará autoridade sobre tudo e a falta de fé tem sido a causa de nossas derrotas. Diante dos problemas tudo o que nos vem à mente são pensamentos e soluções humanas. Tentamos tirar a água do barco com as nossas próprias forças e o que resulta disso é apenas a consciência de que estamos afundando e acabaremos mortos. Precisamos conhecer o poder de Jesus para acordá-Lo do sono. Jesus não se move até que O invoquemos. “Quem invocar o poder de Deus será salvo”; lembra-se des-ta Palavra? Mas como poderemos invocar o Seu po-der, se não soubermos o quanto Ele é poderoso para acalmar a tempestade? Jesus é o Senhor do Reino de Deus. Ele foi o Criador de todas as coisas e mais do que ninguém, tem autoridade para repreender a força da natureza. Enquanto estivermos como os discípulos es-tavam naquele momento de provação e enquanto per-guntarmos “quem é Este que até o vento e o mar Lhe

obedecem?” (Mc 4.41), não teremos nada diferente do que eles tiveram — medo e pânico. Eles jamais esperariam de Jesus, o que viram Dele. Nós também não receberemos nada Dele até podermos crer Nele como autoridade suprema no Reino de Deus. Somos incapazes de acordá-Lo a menos que saibamos o que Ele é capaz de fazer. Não podemos precisar o que se passou na mente dos discípulos, mas o fato é que eles não esperavam aquela reação de Jesus. Graças a Deus, naquela ocasião Jesus estava no Seu próprio corpo e só dependia de Sua própria fé para agir. E se os discípulos dependessem de suas crenças Nele para obter Sua intervenção? Eles iriam a pique. Mui-tos hoje estão morrendo porque não conhecem Jesus; perecem porque não pedem para Ele intervir. Eles remam e tiram a água do barco até morrer, porque por suas próprias forças jamais vencerão a força da natureza. As tempestades são demasiadamente fortes para o ser humano. Precisamos de Jesus; precisamos ainda hoje da Sua ordem: “Afasta-te, depressão”; “Afasta-te, doença”; “Afasta-te, miséria” “Desperta alma, do teu sono”; “Avivem-se, igrejas da Terra”; “Venha bonança em teu casamento!” Ainda preci- samos da Sua doce Palavra para as tempestades das nossas vidas. Ele é o Verbo de Deus; a Palavra de au-toridade suprema; o Rei de todo o universo. Tudo está debaixo do Seu poder; chame-O e peça que Ele venha em seu socorro. Basta uma Palavra e Ele acalmará a tempestade de sua vida. Aleluia!

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I. O Reino de Deus é comparado a uma rede lançada ao mar (Mt 13:4-50)

II. Em Lucas 5:1-11 encontramos um milagre de Jesus que nos ensina o princípio da pesca de homens.

a) Jesus ama a todos e nos ensina, para que possamos receber Deleb) Toda pescaria precisa da visão de Jesusc) Existem algumas figuras que precisam ser identifi-cadas para melhor compreensão do ensino de Jesus. c.1 - A rede: comparada à Palavra de Deus; o

evangelho. c.2 - O mar: comparado ao mundo c.3 - O barco: comparado à Igreja c.4 - Os pescadores: comparados os crentes

III. Se as redes de Simão foram lançadas na Pa-lavra de Jesus, então a nossa palavra deve ser a Palavra de Deus.

Conclusão: Na segunda parte deste estudo iremos falar um pouco sobre os demais símbolos deste en-sino de Jesus.

O Reino de Deus é comparado a uma rede lançada no mar (Mt 13:47-50). O propósito da vin-da do Filho de Deus a este mundo foi salvar a hu-manidade do pecado. O coração de Deus pulsa pelos perdidos. Deus ama os homens e deseja que todos cheguem ao arrependimento. Em Lucas 5:1-11, encontramos um milagre de Jesus que nos ensina o princípio da pesca de homens. Ele estava junto ao lago de Genesaré e, ven-do dois barcos, entrou num deles, que era o de Simão e pediu-lhe que se afastasse um pouco da margem. Dali Ele passou a ensinar a multidão. Ao término de Seu discurso, Jesus falou a Simão que lançasse a rede para pescar. Simão repli-cou imediatamente, dizendo que durante toda a noite o fizeram e não pegaram nada; porém, na Palavra de Jesus ele lançou as redes e logo se viu o milagre: a rede estava cheia de peixes! Existem alguns ensinamentos que podemos extrair deste milagre. É importante notarmos que Je-sus primeiro havia ensinado o povo, provavelmente, sobre o Reino de Deus. O amor de Jesus pela humani-dade é claro e notório. Durante o Seu ministério ter-

reno Ele mostrou o Seu amor às multidões e estava sempre falando e curando os que dependiam Dele. Foi então que Ele se virou para Simão e lhe ordenou que lançasse as redes. Jesus já havia ensinado sobre o Reino de Deus ser comparado a uma rede lançada ao mar. Aquele milagre tornou-se quase que numa parábola ao vivo. Aquela cena maravilhosa, dos bar-cos vindo para ajudar a retirar as redes cheias de pei-xes foi usado por Jesus para um convite a Simão — vem e Eu te farei pescador de homens. Dentro deste contexto, podemos aprender que toda pesca precisa da visão de Jesus. Não pode-mos apanhar homens de outra forma. Ele sabe aonde lançar as redes. Muitas vezes nós saímos por ai pes-cando a noite toda e não pegamos nada. Saímos para evangelismos em praças, nas ruas, em estádios, em ocasiões especiais, sem o discernimento e a intimi-dade necessária com Ele e, para a nossa frustração, não apanhamos nada. Até os que são tocados e vêm para a igreja não permanecem e logo se afastam. As-sim aconteceu com os discípulos que não apanharam nada e como eles, nós também achamos que estamos em nosso ambiente natural de trabalho. Simão estava

MinistraçãoOre pelo evangelismo na Igreja.

Ore para que o Senhor Jesus lhe dê poder para evangelizar.Peça a um ou dois irmãos compartilharem como eles veem a evangelização.

A Pesca Maravilhosa | Parte 1

A Pesca MaravilhosaParte 1

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acostumado com o mar e não havia apanhado nada, pois embora o mar lhe fosse familiar, a sua visão não passava da superfície. Ele só avistava o que estava à tona. A visão de Jesus não é superficial; mas alcança as profundezas e Ele via os peixes onde estavam. E não somente isso, mas Jesus também atraiu os peixes para o lugar onde as redes os apanhariam. Ele tem uma visão ampla e profunda do mundo e tem o poder de atrair homens para Si, ou para o lugar onde as redes do Reino de Deus os apanharão. Para isso, temos que estar no barco com Ele; para ficarmos bastante próxi-mos Dele. É Jesus quem sabe onde estão os peixes e aonde devemos lançar as redes. Existem algumas figuras que precisam ser identificadas para melhor compreensão do ensino de Jesus: as redes podem ser comparadas à Palavra de Deus; o mar ao mundo; os barcos à igreja e os pesca-dores aos crentes. Se as redes de Simão foram lançadas na Palavra de Jesus, então a nossa pregação deve ser pela Palavra de Deus. Somente a Palavra captura o coração humano e apanhará os homens para Deus. A Palavra de Deus tem a visão de Jesus Cristo e todas as vezes que a lançamos, ela apanha homens. Já a nossa palavra própria não tem poder, pois é como uma rede jogada durante a noite. No escuro não vemos nada e não apanhamos peixe algum. Precisamos nos cons- cientizar de que somente a Palavra de Deus tem po-der para apanhar almas. Muitas vezes nós queremos

apanhar as almas dos nossos amigos, parentes, mari-do ou qualquer outra pessoa pescando à noite e vamos pela nossa insistência, pela nossa própria dedução e tentativas. Queremos apanhar estas almas simples-mente pelo nosso próprio entendimento sem termos a revelação do Espírito Santo. Achamos que podemos convencer pessoas com a nossa própria inteligência sobre Deus, mas isto só nos levará a pescarmos du-rante a noite toda. A noite simboliza a ausência da luz da Palavra de Deus. Você precisa estudá-la, amá-la, meditar em seus princípios até que ela traga luz ao seu espírito. Jesus não mandou que Simão lançasse a rede à noite. Já era dia quando Ele fez isso. A revelação da Palavra de Deus é que apanha os homens. Devemos, antes de lançar as redes, ouvir as instruções do Es-pírito Santo, saber quando e para qual lado do barco devemos jogar a rede, pois isso é importante para o sucesso da pesca. Os peixes se agruparam ali para que a Palavra de Jesus se cumprisse É Deus quem traz os homens a Jesus e somente quando Deus move os corações é que a nossa pesca se torna produtiva. É preciso desenvolver uma sensibilidade à voz do Es-pírito de Deus. Quando Ele disser: lance a rede, você lança a rede. Enquanto isso não acontece, permaneça no barco com Ele. Na segunda parte deste estudo iremos falar um pouco sobre os demais símbolos deste ensino de Jesus.

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I. Quando os peixes são retirados do mar, eles devem ser colocados no barco.

II. O mar simboliza o mundo.

III. Quando apanharmos os peixes em abundância, receberemos um coração sincero de arrependimen-to, adoração e dependência total de Cristo Jesus.

IV. Duas coisas estão faltando na igreja do Senhor hoje: visão e admiração fervorosa por Jesus.

a) Coincidentemente, existe uma falta de evangelização na igreja.

b) Jesus deseja nos dar admiração e fervor por Ele.

V. Precisamos urgentemente restaurar o evangelis-mo em nossa igreja

a) Evangelismo é pescaria de peixes.b) Nós nos alimentamos dos peixes.c) O nosso alimento é espiritual e nos é dado quando pescamos almas.

Conclusão: Vamos lançar as redes do evangelismo com a Palavra de Deus ardendo dentro de nossos corações.

Quando os peixes são retirados do mar, eles devem ser colocados no barco. O barco, por-tanto, simboliza a igreja. Se as redes estiverem cheias elas precisarão de mais barcos. Hoje o que existe é uma competição por peixes. Quando o peixe é escas-so os barcos não ficam cheios. Muitas igrejas estão tão vazias de peixes que tentam apanhar alguns de outro barco. O que nos chama atenção no milagre da pesca é que Simão teve que pedir ajuda aos demais barcos senão o seu iria a pique. E assim que acon-tece, quando queremos pôr todos os peixes no nosso próprio barco. O peso dos problemas do povo pode ser tão pesado que venha a sucumbir o barco. Deus é o autor de uma boa pescaria. As igrejas são como barcos onde os peixes devem ser colocados. Se tiver-mos uma boa pescaria, o normal é termos peixes em abundância para encher todos os barcos disponíveis. Todos que estavam ali e não tinham Jesus com eles no barco, foram beneficiados pela obediência de Simão. Precisamos de muitos como Simão no barco com Jesus. É pela obediência à Palavra do Espírito San-to que podemos apanhar muitos peixes. Os templos

que possuímos no momento em qualquer cidade do Brasil, seriam insuficientes para se acomodar os mi-lhares que fossem tocados pela Palavra viva de Jesus Cristo. Por que então ficarmos tão vazios de almas? E porque ainda estamos pescando à noite. A igreja é o local onde as almas serão trazidas para a seleção dos peixes. Não sabemos o que acontece nos demais barcos. O que precisamos nos certificar é de que Jesus esteja em nosso barco. Se Ele estiver em nosso barco, haverá peixes para nós e para os outros também. Cris-to no barco é sinal de escolha, de intimidade com Ele, de ensino revelador e de autoridade sobre o mundo. Não devemos nos preocupar com os barcos e sim em ouvir a palavra de Jesus. Quando ela for ouvida, nos preocuparemos em pedir que os barcos venham. O ajuntamento dos barcos simboliza a unidade do Es-pírito de Deus. O que nos une no mesmo espírito é a abundância de peixes. A escassez provoca disputa de local de pesca. A abundância produz a necessidade de barcos para que se retenha a boa pesca. O mar simboliza o mundo. Não devemos pescar no barco do outro. Se um pescador estivesse

MinistraçãoOre pelo evangelismo na Igreja.

Ore para que o Senhor Jesus lhe dê poder para evangelizar.Peça a um ou dois irmãos compartilharem como eles veem a evangelização.

A Pesca Maravilhosa | Parte 2

A Pesca MaravilhosaParte 2

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em alto mar num barco e apanhasse alguns poucos peixes, ele os guarda¬ria com muito cuidado. Se o outro pescador não tivesse tido o mesmo sucesso e viesse apanhar os peixes do seu barco, haveria uma disputa ferrenha pelos peixes. Além do mais, isso se-ria roubo, apanhar o que você não pescou. Porém, se o que apanhou os peixes tivesse que optar entre afundar o seu barco ou reparti-lo com os outros, isto se tor-naria numa ajuda e não numa disputa. Você entende o principio da abundância? Devemos ter um coração de repartir. Muitas igrejas não estão saindo à pesca. Não se apanha peixe lançando a rede no interior do barco, mas sim, lançando a rede ao mar; da mesma forma, não apanharemos peixes lançando as redes dentro da igreja; temos que ir lá fora. Os peixes estão lá esperan-do pelas redes. Jesus sabe onde eles estão. Basta ouvir a Sua direção e instrução. Às vezes queremos pescar dentro da igreja e até podemos ganhar algumas almas quando elas são convidadas para um culto. Porém, a abundância de almas está no mundo. Ali é o mar onde os pescadores devem lançar suas redes Fico pensan-do: numa cidade como a de Campinas, onde existe mais de um milhão de habitantes. Se apanhássemos dez por cento destas almas na rede Ágape o nosso templo não poderia conter os cem mil novos conver-tidos. Você pode ver isso? Teríamos que ter ajuda dos demais barcos. Tudo o que precisamos compreender é que: o mundo é o mar de nossa pesca abundante. Temos pescado à noite e, por isso, estamos desanima-dos da pesca. Jesus está no barco agora, meu irmão. Ele sabe onde estão os peixes. Ouçamos a Sua voz e obedeçamos Sua ordem de lançarmos as redes. Quando apanharmos os peixes em abundância, receberemos um coração sincero de arrependimento, adoração e dependência total de Cristo Jesus. Simão, ao ver a abundância de peixes exclama: “Vendo isto, (viu o milagre dos peixes na rede) Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, di-zendo: Senhor; retira-Te de mim, porque sou pecador, pois, à vista da pesca que fizeram, a admiração se apoderou dele e de todos os seus companheiros” (Lc 5:8,9). Diz o texto: “prostrou-se”. Esta é uma posição de adoração. Quando ganhamos almas vemos a nossa

condição de pecadores e a santidade de Deus e temos um maior desejo de adoração a Deus. Duas coisas nos chamam à atenção no tex-to: “à vista da pesca que fizeram, a admiração se apoderou deles”. São duas coisas que estão faltando na igre-ja do Senhor, hoje: visão e admiração fervorosa por Jesus. Coincidentemente, existe uma falta de evange-lização na igreja. Os crentes perderam o fervor pelas almas perdidas. Observando o texto, vemos que foi a visão dos peixes que os levou a admirar Jesus. Se não vemos os peixes não há disposição para a admi-ração. Será que não é isto, que tem causado a cegueira e falta de amor a Cristo na igreja? Não estamos vendo peixes, logo não temos admiração. Se observarmos as Palavras de Jesus, perceberemos que Ele deseja nos dar visão e admiração por Ele. “Eu vos farei pescado-res de homens”. Quando virmos as multidões sendo salvas pelas redes da pregação, então nos encheremos de admiração por Jesus Cristo. Haverá muito amor por Deus e Sua Palavra. Não podemos mais viver sem pescar almas. Se isto perdurar, vamos nos tornar in-sensíveis ao amor de Deus. Não teremos admiração por Jesus e a nossa fé irá sofrer danos. Precisamos urgentemente restaurar o evan-gelismo em nossa igreja. Evangelismo é pescaria de peixes. Nós nos alimentamos dos peixes. Se não pescarmos, iremos perecer de fome. Que correlação, você não acha? O nosso alimento é espiritual e nos é dado quando pescamos almas. É como que se as almas arrependidas fossem os peixes que nos alimentam. Vamos exercitar os princípios deste ensino de Jesus. Vamos nos achegar a Jesus, entrarmos no barco com Ele, vamos estar na igreja com Ele. Vamos lançar as redes do evangelismo com a Palavra de Deus ardendo em nossos corações. Vamos para o mar, é ali que se encontram os peixes. É no mundo que encontramos as almas perdidas. Vamos repartir os peixes nos barcos. É na abundância da pescaria que vem a unidade dos barcos. Deus quer que Seus filhos vivam em união e unidade do espírito. Existe uma pesca maravilhosa esperando por nós.

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I. O Reino de Deus é sobrenatural.

II. Em Mateus 14:22-33 Jesus supera a lei da física.

III. O que capacitava Jesus a operar no sobrena- tural era a Sua vida de submissão a Deus e oração.

IV. Nesta vida, sempre encontramos obstáculos em nossa caminhada.

a) O mar simboliza o mundo.b) As nossas dificuldades não avisam quando e onde vão aparecer.

c) O vento simboliza o Espírito.d) Nas tempestades da vida, precisamos reconhecer Jesus.e) Além de entendermos as Escrituras, precisamos agir na Palavra de Jesus.

V. O resultado de uma experiência sobrenatural com Jesus sempre produz adoração a Ele.

Conclusão: Nunca deixe de crer que Jesus aparece no meio da dificuldade e acalma o vento que sopra contra você.

O Reino de Deus também é sobrenatural. Jesus não está limitado a nenhuma barreira natural. O Seu po-der não pode ser interrompido, mesmo que a situação seja difícil para o homem superá-la. Mateus, Marcos e João narram o episódio em que Jesus anda sobre as águas do mar. Em nosso estudo usaremos o texto de Ma-teus por ser um pouco mais rico em detalhes. Desde que iniciamos os estudos sobre o Rei-no de Deus, temos entendido que reino é o domínio de Deus sobre todas as coisas. Dissemos que cada episódio de milagre e cura operados por Jesus nos revela o Seu poder sobre toda a criação de Seu Pai. A narrativa em que Ele anda sobre as águas do mar nos revela que Jesus reina sobre as leis da física. Qualquer pessoa sabe que um objeto pesado afunda quando colocado sobre a água. Exceto, é claro, barcos e navios que foram projetados para flutuarem. Um homem, segundo a lei da física, não pode andar sobre as águas. O texto nos diz em Mateus 14:22-33 que Jesus superou tal lei e andou sobre as águas do mar. Como dos demais milagres, também deste podemos extrair algu-mas verdades espirituais para a nossa vida.

O que capacitava Jesus a operar no sobrenatural era a Sua vida de oração e submissão a Deus. No verso 23, o texto no diz que Jesus despediu a multidão e foi orar. Sabemos que tudo o que o homem pode receber do Reino de Deus é operado por Deus Pai. Jesus sabia disso e não cessava de falar com Deus nas mais remotas pos-sibilidades. Ao final da tarde, já cansado de haver falado para uma multidão, Jesus, mesmo assim, possuía ainda disposição para orar. Com certeza, Jesus entendia que Suas forças eram renovadas por Seu Pai celestial. Nós somos o oposto de Jesus. Quando estamos cansados, fi-camos em casa ao invés de irmos à casa de Deus para orar. Parece que a nossa carne vence em todas as vezes que desejamos um pouco de diálogo com Deus. Jesus não caía nesta cilada. Ele bem sabia de onde vinha o Seu socorro, a Sua disposição, o Seu discernimento e Sua direção. Por isso Ele foi orar. Ele já havia despedido os discípulos para o outro lado do mar e ficou ali so- zinho, orando. Nesta vida, sempre encontramos obstáculos em nossa caminhada e não foi diferente com os discípu-los. Eles haviam terminado o trabalho com Jesus e já

MinistraçãoIdentifique o vento que sopra contra sua vida agora.

Compartilhe a sua dificuldade.Ore e peça a Deus que lhe dê entendimento das Escrituras e

peça a Deus que lhe ordene andar sobre as águas.Peça a Jesus que dê revelação fresca de Sua Palavra e abra os olhos para vê-lo como Ele é.

Jesus Caminha Sobre as Águas

Jesus Caminha Sobre as Águas

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haviam partido para o outro lado. Diz o texto que um grande vento começou a soprar contra a pequena em-barcação. Por mais que eles tentassem remar adiante, o vento os impedia de chegarem ao seu destino. Da mar-gem, Jesus os avistou lutando contra o vento e começou a ir em direção a eles, caminhando sobre as águas. Que poder maravilhoso! Jesus não está limi- tado por nada em Sua criação. Vamos extrair algumas lições práticas deste milagre de Jesus. O mar simboliza o mundo. Muitas vezes, o mun-do parece lindo e calmo, porém, como o mar, ele divide o lugar que estamos daquele ao qual queremos chegar. Sempre, em nossa vida, estaremos indo de uma margem para outra; seja numa determinada situação da vida, ou em nossa própria caminhada rumo ao céu, temos que atravessar o mar da vida. O que parece tranquilo e lindo, pode se tornar algo perigoso e assombroso. Você já en-frentou algo assim? Nunca me esqueço de um dia calmo e tranquilo, em Santo Antonio de Posse-SP, quando logo pela ma-nhã, eu conversava com o pai de um aluno de nossa es-cola. Estávamos falando a respeito da criança, quando de repente algo começou a acontecer comigo. O vento começou a soprar contra o barco de minha vida. Uma forte dor me apertou o peito como que se algo de grande peso tivesse sido colocado sobre ele. A cabeça foi aco- metida de uma forte dor e a náusea me veio ao estômago. Tudo começou a girar e por todo o meu corpo eu suava frio. Pedi licença ao homem com quem eu conversava e fui até a janela tomar um pouco de ar fresco. O homem se despediu de mim e foi caminhando rumo ao portão de saída. Pela janela, reunindo todas as forças que ainda me restavam, gritei por socorro, pois já o desmaio era evidente. O homem veio correndo em minha direção e segurou-me pela cintura. Apoiado em seus ombros fui arrastado para o carro e dali para o pronto-socorro. Era um principio de enfarte. O mar que parecia tão calmo ficara furioso e o vento era extremamente contrário à minha própria sobrevivência. As nossas dificuldades não avisam quando e aonde vão aparecer. Aquela era uma situação extrema-mente difícil para mim. Graças a Deus que Jesus me assistia da margem. Ele sempre nos vigia à margem de onde somos enviados. Ele ainda está nesta Terra, como intercessor ao nosso favor diante do Pai, através do Seu Espírito Santo. A Terra é como se fosse a margem onde Jesus permaneceu. Daqui Ele ora ao Pai e nos observa, se chegaremos ao lar celestial. Minha vida corria grande perigo. Eu não estava num barco sobre o mar, eu estava no leito de uma ambulância rumo ao hospital. Ele en-trou na ambulância comigo. Minha vida toda já havia passado por minha mente como um flash. O vento so-prava muito forte contra a minha vida e o Espírito Santo

me levou a pedir ao Pai celestial que me curasse. Jesus habita em nosso espírito. Ele está conosco no barco. Ao elevar meu pensamento a Deus e orar por um livramen-to, o vento acalmou de repente e logo veio a bonança do alívio daquela forte dor. Tudo o que restou daquela tempestade foi um diagnóstico de que eu havia sido alvo de uma angina. É assim que Jesus opera. Ele mantém Seus olhos em nós e intervém no sobrenatural. Ele reina sobre tudo. Os discípulos enfrentavam muita dificuldade por causa do vento, mas, quando Jesus entrou no barco, o vento cessou. Aleluia! Vento simboliza espírito. Aliás, uma das traduções da palavra grega (pneuma) para espírito, é: vento; ar. No mar da vida e em nossa jornada por esta Terra enfrentamos muitos ventos. Os espíritos malignos sempre estão prontos a soprar na direção contrária a que Jesus nos envia. Eles agitam as águas do mar, a fim de nos pôr em perigos alarmantes. Eles podem sobrenatu-ralmente afetar o material para tentar nos destruir. Quan-tas vezes eles tentam nos destruir, soprando ventos de acidentes, catástrofes e doenças. Mesmo que não este-jamos conscientes disso, muitas vezes são os espíritos malignos que agitam a calmaria de nossa travessia. Numa certa ocasião, eu estava atendendo um empresário numa situação difícil pela qual ele atraves-sava. Ao ler a Palavra de Deus para ele, senti uma forte dor no peito e calafrios semelhantes ao que havia sentido na escola em Santo Antonio de Posse-SP. Ouvi a voz do Espírito Santo em meu coração dizer: saia daqui logo. Falei ao Sérgio, diácono da igreja, que fôssemos embora imediatamente. A minha camisa já estava ensopada de suor e o meu coração palpitava num ritmo muito forte, enquanto as dores solapavam o meu peito, como se um peso estivesse sendo arremessado contra ele. Nem pude dirigir. No caminho para o hospital, o Sérgio me apon-tou o local onde a esposa e o filho do homem a quem ministrávamos, haviam sofrido um acidente de carro e a esposa veio a falecer no local. Assim que passamos a marca daquele acidente eu fiquei bom. Ao chegarmos ao médico, expliquei o que havia acontecido e, logo fui conduzido à sala de exames. Tudo estava normal e nada acusava qualquer irregularidade de angina ou enfarte. O médico pediu que o aguardasse enquanto conversava com outro paciente. Ali, sozinho, orei ao Senhor e pedi que Ele me revelasse o que havia acontecido comigo. Disse: Senhor, se o que aconteceu comigo foi obra de um espírito maligno tentando tirar a minha vida, permi-ta-me sentir tudo de novo. Imediatamente após a oração, fui acometido pela mesma dor e transpiração que senti-ra no escritório do empresário. Na presença do médico e com o aparelho de eletrocardiograma ligado ao meu corpo, eu tinha dores e transpirava, porém nada era re-

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gistrado pela máquina. Dalí eu fui internado para fazer outros exames, mas nada foi constatado. Pude entender, portanto, que algumas vezes o que parece ser uma en-fermidade é o vento maligno da morte soprando contra a nossa caminhada da vida. Mais uma vez o Senhor Je-sus caminhou sobre o mar e acalmou o vento contrário a mim. Nas tempestades da vida, precisamos reco- nhecer Jesus. Os discípulos, remando contra o vento e sendo assolados pelas ondas, confundiram Jesus com um fantasma. Eles não esperavam ver Jesus andando so-bre as águas. Já dissemos em outra ocasião, que temos que entender e ver que Jesus reina sobre todas as coisas. Às vezes é mais fácil ver um fantasma do que Jesus. As nossas expectativas do reino das trevas são maiores do que as do Reino de Deus. Por alguma razão, exercita-mos muito mais a nossa percepção do poder maligno do que do poder de Jesus. E preciso ver Jesus quando o vento é contrário. Para isso, precisamos saber quem Ele é. Precisamos de entendimento das Escrituras, que falam acerca Dele. Lucas revela este poder e necessidade que temos de ter os nossos olhos abertos, para entender e crer em Jesus. “Então, lhes disse Jesus: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!... Então, se lhes abriram os olhos, e O reconheceram; mas Ele desapareceu da presença deles... Mas Ele lhes disse: por que estais perturbados? E por que sobem dúvidas ao vosso coração?... Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras;” (Lc 24:13-48). Mesmo estando com Jesus e tocando em Suas chagas, os dois que andavam no caminho para Emaús, ou os próprios discípulos, não reconheceram Jesus. Note no verso 37 que pela segunda vez eles acharam que Jesus fosse um fantasma. Eles não podiam crer em Jesus, porque os seus olhos ainda não haviam sido abertos, para contempla-rem o Jesus supremo que reina soberano. Foi necessário que o próprio Jesus lhes abrisse os olhos e lhes desse entendimento das Escrituras que falavam Dele. Muitas vezes, mesmo lendo as Escrituras, nós também somos incapazes de crer em Jesus, no meio de um problema, ou numa manifestação sobrenatural Dele. Somente quan-do o Espírito Santo nos revelar as Escrituras em nossos corações, é que poderemos ver Jesus e não um fantasma. É assim que muitos O veem: como um mero fantasma. Jesus não é um fantasma, Ele é o Rei da Glória. Sempre espere ser Ele O que aparece sobre as águas para tirá-lo do vento assolador. Além de entendermos as Escrituras, precisamos agir na Palavra de Jesus. Pedro, ao ouvir Jesus dizer que não era um fantasma, logo falou: “se és Tu, Senhor, manda-me ir ter Contigo por sobre as águas”. Aqui precisamos aprender uma lição: nós poderemos agir no sobrenatural, quando formos obedientes à Palavra de Je-

sus. Pedro recebeu uma Palavra para que viesse sobre as águas, para encontrar Jesus. Ele logo caminhou em di-reção a Cristo por sobre as águas. Porém, diz-nos o texto que: “Pedro reparando na força do vento, teve medo”. Por isso ele começou a afundar. O medo é fruto de olhar-mos para o vento e não para Jesus. O medo vem quando reparamos no vento e não na Palavra de Deus. Muitas pessoas afundam porque dão mais atenção ao que se fala do diabo do que à revelação da Palavra de Deus. É verdade que o vento sopra e agita as águas do mar da vida; porém, se mantivermos os nossos olhos fitos em Jesus e repararmos em Sua Palavra, nós entraremos no sobrenatural de Deus. É verdade que existem demônios e que eles investem contra nós; porém, se mantivermos os nossos olhos nas Palavras de Jesus; “em Meu nome expulsarão demônios”, nós não afundaremos por causa do medo dos ventos que eles sopram contra nós. Quando pularmos do barco para an-dar sobre as águas, devemos permanecer na Palavra de Deus. É esta Palavra que nos capacita a continuar andan-do sobre as águas do mar, mas, mesmo que você afunde por causa do medo, Jesus estende Sua mão para trazê-lo à superfície, onde há segurança. Mesmo quando somos infiéis, Ele permanece fiel. O resultado de uma experiência sobrenatural com Jesus sempre produz adoração a Ele. Creio que es-tamos sendo tão pouco frequentes nestas experiências com Ele, que já não temos fervor para adorá-Lo. Fico tão preocupado, muitas vezes, quando a igreja vem ao templo e fica estática, sem adorar a Deus. Parece que durante toda a semana, com o soprar dos ventos ficamos tão cansados e exaustos, porque não experimentamos a entrada de Jesus no barco. O texto simplesmente narra que ao entrar Jesus no barco, o vento cessou. Não fala que Jesus repreendeu o vento, mas simplesmente ao entrar no barco, o vento cessou. A simples presença de Jesus em nosso coração é suficiente para afastar o inimi-go, porém, é preciso que Ele entre. Precisamos vê-Lo como Jesus, o Filho de Deus, e não como um fantasma. Não poderemos acalmar o vento assolador, a menos que Jesus entre no barco conosco. E impossível vencer os problemas da vida, a menos que Jesus esteja presente em nós e a Palavra de Deus gravada em nosso coração é a garantia da bonança. Quando é que eu percebo que Jesus é digno de toda a adoração? Quando os ventos se acal-mam pela presença Dele em meu coração. Como é im-portante termos estas experiências com Jesus. Adoração é o fruto da segurança que Jesus nos oferece pela íntima comunhão com Ele. Quando nós O adorarmos de fato é porque já podemos vê-Lo como Jesus e não como um fantasma. Vamos adorá-Lo para que os ventos parem de soprar contra a nossa embarcação.

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I. Chegamos aqui a um assunto que muitos não gostam de abordar: Satanás e seus demônios.

II. Quem é Satanás: várias passagens bíblicas rev-elam a natureza de Satanás, sua origem e seus pla-nos malignos.

a) Em Isaías 14, existe uma profecia sobre a vitória eterna de Deus sobre Satanás.b) Satanás, segundo o texto sagrado, possui uma ori-gem gloriosa.

c) Satanás é o pai de toda mentira e fracasso no uni-verso.d) Ele ainda é o mesmo ser ganancioso.e) Outra coisa que ajudou na queda de Satanás, foi a sua formosura.f) Existe um poder em Satanás de espantar os povos.g) Satanás é o grande incitador.

Conclusão: É muito importante sabermos que Sa-tanás não é um princípio do mal. Ele é a própria pes-soa do mal.

Chegamos aqui, a um assunto que muitos não gostam de abordar: Satanás e seus demônios. Porém, se pararmos para pensar, muitos não gostam de falar sobre doenças e morte, mas, mesmo assim, elas acontecem. Evitar um assunto não elimina o problema. O fato é que a Palavra de Deus diz que Satanás e seus anjos (seus demônios) existem e de-vem ser encarados como realidade que nós, os filhos de Deus, temos que enfrentar. Existem muitas coisas que devemos saber sobre o nosso inimigo, porém, o mais importante é que ele já está vencido. Se ele está vencido, então por que ainda nos causa tanto dano? Esta é uma pergunta que tentaremos responder duran-te os próximos estudos. Antes de continuar, faça uma oração agora e peça a Deus que lhe revele a verdade sobre o inimigo, que o Senhor lhe dê cobertura es-piritual e para todos os seus familiares e Igreja. Não tema saber mais sobre o assunto. Entenda que maior é Aquele que em nós está do que aquele que está no mundo. Quem é Satanás: várias passagens bíblicas revelam a natureza de Satanás, sua origem e seus planos malignos. Vamos procurar listar aqui algumas destas referências, a fim de que possamos entender

com quem estamos lutando e como escapar dos seus dardos inflamados. Em Isaías 14 existe uma profecia sobre a vitória eterna de Deus sobre Satanás. “No dia em que Deus vier a dar-te descanso do teu trabalho, das tuas angústias e da dura servidão com que te fize-ram servir, então, proferirás este motejo contra o rei da Babilônia e dirás: como cessou o opressor! Como acabou a tirania!... derribada está na cova a tua so-berba, e, também, o som da tua harpa; por baixo de ti, uma cama de gusanos, e os vermes são a tua co-berta” (Is 14:3-11). Com certeza o nosso adversário está debaixo dos decretos de Deus. O Senhor já se-lou o destino deste ser maligno. Veja que duas coisas foram tiradas de Satanás: a soberba e o som da harpa. Satanás não pode mais fazer o que toda criação mais deseja fazer: cantar louvores a Deus. Ele perdeu este grande privilégio. Louvar a Deus é a mais alta forma de crescermos diante Dele. O louvor nos aproxima da glória de Deus e nos faz penetrar em Seu Espírito. Satanás, segundo o texto sagrado, possui uma origem gloriosa. Vejamos o que o texto nos revela; “[...] Tu és o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus; de

MinistraçãoLeve os irmãos a adorarem a Deus e a Jesus Cristo, Seu Filho.

Levante um clamor diante de Deus pela igreja, família e trabalho.Repreenda Satanás e seus atos contra a nossa família, igreja e trabalho.

Termine a reunião com um louvor especial a Deus.

Jesus Expulsa Demônios

Jesus Expulsa Demônios

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todas as pedras preciosas te cobrias, [...] Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; perma-necias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos desde o dia em que foste criado até que se achou iniquidade em ti” (Ez 28:11-15). Este era Satanás. Nem sempre ele foi a criatura que espanta as nações. Ele era o queru-bim da guarda, possuía poder e era cheio de formosu-ra. Não havia nada imperfeito nele até que se achou iniquidade nele. Satanás é o pai de toda mentira e fracasso no universo. Sua intenção é nos arrastar para o mesmo lugar que o dele. Ele não se cansa de lutar pelo culto e devoção dos homens. Ele sabe que o seu tempo está próximo e que não tem mais salvação para ele. Ele sabe de sua condenação eterna. Tudo o que ele deseja é levar tantos quantos puder com ele nesta perdição. É preciso entendermos que Deus nos criou para a Sua glória. Deus nos fez à Sua imagem e semelhança, porém, não podemos deixar que a soberba tome con-ta do nosso coração. Esta foi a ruína de Satanás, que se iludiu em ser mais do que Deus. Ele quis ir além daquilo que Deus havia determinado para ele. Muitas vezes, nós também temos estes sentimentos em nos-sos corações. Não podemos ir além daquilo que Deus nos criou para fazermos. Fomos criados para ser-vi-Lo, louvá-Lo e adorá-Lo. Nada, além disso, deve entrar em nossos corações. A intenção de Satanás é instigar-nos à soberba. Talvez não a direcionemos a Deus propriamente dito, mas a direcionamos aos nossos semelhantes. Não importa a quem você dirige a soberba. É pecado sentir-se superior aos outros. Quando o espírito satânico invade os nossos corações, nós começamos a desejar ter mais que o outro. Basta observar o que acontece no mundo e você logo notará porque ele jaz no maligno. A soberba, a ganância, a glória da fama, o poder e outras coisas semelhantes, parecem ser a força que impulsiona os homens de hoje. Vivemos num mundo de competitividade! Cada um por si, querendo mais e mais para si mesmo. Foi assim com Satanás também. Ele ainda é o mesmo ser ganancioso. “Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste” (Ez 28:16a). Satanás possui um comércio. Quantos homens estão à deriva dele! Olhe ao seu re-dor e logo verá que a competição é praticada por to-dos, em todos os níveis e, pior de tudo, é exercitada por todos. Já desde pequenos somos ensinados a com-petir. Quando o dinheiro entra em cena os homens fi-cam cegos. O sucesso de Satanás o levou a encher-se de violência. O comércio das drogas, prostituição, filmes, etc., ainda produzem violência em nossos dias. Satanás tem a capacidade de seduzir os homens

e de influenciá-los à pratica do mal. O único poder que neutraliza tal façanha é a graça de nosso Senhor Jesus Cristo. Outra coisa que ajudou na queda de Satanás foi a sua formosura. Vejam como as pessoas gastam fortunas para ficarem mais bonitas e atraentes. Para que? Você já pensou nisto? Seria para ganhar mais dinheiro? Não. Não creio que seja por isso. O mo-tivo real é a sedução sexual. Queremos ser vistos e admirados. As pessoas gostam de ser admiradas pela beleza. Foi isso que levou Satanás à queda. Note que o texto diz: “...corrompeste a tua sabedoria por cau-sa do teu resplendor; lancei-te por terra diante dos reis te pus, para que te contemplem” (Ez 28:17). Não existe nada mais digno e sublime do que a sabedoria no homem. Satanás possuía a sabedoria, mas, por causa da sua beleza, ele a perdeu. Milhares e milhares de homens e mulheres já perderam sua sabedoria por causa da beleza exterior. Eles se colocam numa posição de serem melhores que os outros. Satanás foi um ser maravilhoso, porém hoje, ele é um ser con-taminador e enganador. Ele deseja arrastar homens e mulheres para a ruína. Satanás foi lançado por terra para ser contemplado pelos reis da Terra. Existe um poder em Satanás de espantar os povos. “Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; vens a ser objeto de espan-to e jamais subsistirás” (Ez 28:19). Satanás causa espanto em todas as nações. Esta é uma realidade so-bre este ser maligno. Muitos temem a presença dele, porém, a Palavra de Deus afirma que ele não sub-sistirá. Satanás é o grande incitador. “Então Satanás se levantou contra Israel e incitou a Davi a levan-tar um censo de Israel” (1 Cr 21:1). Quando Satanás se enfurece contra alguém, ele incita a pessoa a fazer algo contra Deus. Davi desobedeceu a Deus por ter mandado Joabe levantar um censo de Israel. Joabe o advertiu que aquilo era desobediência ao Senhor Deus. Davi não deu ouvidos à palavra de Joabe. Por quê? Porque ele foi incitado por Satanás. O plano de Satanás era atingir Israel. Ele então se dirigiu a Davi e o incitou a desobedecer a ordem de Deus. Esta é uma lição de como Satanás consegue suas vitórias sobre os crentes, fazendo-os pecar contra o Senhor nosso Deus. Aquela atitude de Davi causou a morte de setenta mil homens pela peste enviada por Deus ao povo. Tudo por causa de um homem influenciado por Satanás. Muitos lares, igrejas e negócios estão sendo alvos de Satanás, quando ele incita pessoas com au-toridade espiritual sobre tais instituições, a pecarem contra Deus. Pestilência, morte e destruição invadem tais lugares e devastam a muitos, antes que haja lugar

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de arrependimento, como houve no coração de Davi. Nós devemos ter muito cuidado para não sermos en-ganados pelas artimanhas do diabo. Não podemos ser incitados por ele a pecar contra o nosso Deus. Todo e qualquer mandamento das Escrituras Sagradas que nos alerte contra certas práticas que desagradam a Deus, são pontos onde Satanás poderá incitar os homens a fazê-las. Aí reside a sua força: na desobe-diência dos homens a Deus. A ignorância da Palavra, portanto, é um grande perigo para todos nós, O que está escrito e revelado é imutável. Quando quebramos a Palavra de Deus, logo, abrimos um lugar para Sa-tanás agir. É muito importante sabermos que Satanás não é um princípio do mal. Ele é a própria pessoa do mal. Por isso, nos diz a Palavra de Deus: “Sede sóbrios e vigilantes; pois o diabo, vosso adversário, anda ao vosso derredor como um leão, buscando a quem pos-sa tragar” (1Pe 5:8). Ele “anda”, “ruge”, e um dia

será acorrentado (Ap 20:1-3). Estes termos não pode-riam ser usados para falar de um princípio, apenas. Só pode se tratar de uma pessoa. Ele possui muitos nomes ou apelidos — Satanás, diabo, Belzebu, be-lial, adversário, dragão, serpente. Ele é mencionado por um destes nomes 174 vezes na Bíblia. Não pode-mos pensar que ele seja uma fi gura mitológica ou um princípio do mal apenas. Ele é uma pessoa que atua no coração e mente dos homens. O nosso intuito com este estudo não é darmos glória a Satanás, pelo contrário, é darmos glória ao nosso Deus, por tê-lo vencido de uma vez por todas. O que estudaremos adiante nos servirá para conhecer-mos sua força, seus métodos e tempo que lhe resta neste mundo. Ele não deve ser temido. Ele não tem mais poder que Jesus, porém, devemos entender que ele ainda atua nos fi lhos da desobediência e causa danos e estragos na sociedade humana.

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I. Existem dois reinos espirituais em todo o uni-verso (Efésios 2.1-2).

II. Segundo a Bíblia Sagrada nós estávamos no re-ino das trevas e éramos, por natureza, filhos das trevas.

III. “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o Reino do Seu Filho amado” (Cl 1.13).

a) Não podemos medir este livramento pela nossa mente.

b) Experiência do Rio de Janeiro (mar).c) É assim que Jesus faz. Ele conhece o mundo e sabe como Satanás engana.d) Deus nos libertou do império das trevas (Cl 1.13).e) A distância entre os homens e Deus é devido ao engano fatal que o príncipe das trevas tem colocado na mente humana.f) Graças a Deus por Jesus Cristo. Ele nos reconciliou com Deus através do Seu sangue. (Cl 1.22).

Conclusão: Esta é a verdade que ainda está oculta a milhões de homens na face da Terra (Cl 1.26-27).

Existem dois reinos espirituais em todo o universo. O reino das trevas e o Reino da Luz, O reino das trevas é temporário e é controlado por seu líder Satanás (Ef 2:1,2). O Reino da Luz é o reino de nosso Deus que enviou o Seu Filho ao mundo para nos outorgar salvação do reino das trevas. Este reino maravilhoso é o Reino de Deus. Segundo a Bíblia Sagrada, nós estávamos no reino das trevas e éramos, por natureza, filhos das trevas. Segundo o texto em Efésios, nós andá-vamos segundo o curso deste mundo. Não há meios de escaparmos da força do mundo sem que sejamos remidos pelo sangue de Jesus. Cada pessoa precisa desta salvação gloriosa, se é que ela deseja sair deste mundo de trevas. O curso do mundo é uma força que apela para a concupiscência da carne e arrasta o homem à prática do pecado. O curso deste mundo é segundo o príncipe das trevas, Satanás. O espírito dele, agora, trabalha nos filhos da desobediência. O Reino da Luz é o Reino de nosso Senhor Jesus Cristo. Este é o Reino do Amor e salvação do homem. A Bíblia Sagrada é a luz que ilumina os nos-

sos passos neste Reino de glória. Jesus Cristo é o Senhor deste Reino. Com Ele chegaremos a Deus, o Pai. Vejamos como isto funciona no mundo espiritu-al: Tomaremos por base o texto em Colossenses 1:13. “Ele nos libertou do império das trevas e nos trans-portou para o Reino do Seu Filho amado”. Segun-do o texto sagrado nós estávamos nas trevas. Éramos domínio de Satanás, mas Deus, por Sua infinita mi-sericórdia, nos transportou para o Reino de Seu Filho Jesus Cristo. Não podemos medir este livramento pela nos-sa mente. Estávamos debaixo de uma mentira tão densa, que nunca enxergaríamos a verdade. As nos-sas mentes estavam totalmente cegas para a verdade bíblica. Eu me lembro de uma ocasião quando ainda era adolescente, em que estávamos na praia da Barra no Rio de Janeiro, tomando um banho de mar, num dia lindo de sol. Na água, mais adiante, estavam meu pai, meu irmão mais velho (o Junior) e um amigo que havia ido conosco naquele passeio. Nós três con-versávamos calmamente ao balanço das ondas. De re-pente, meu pai começa a gritar para que eu não viesse

MinistraçãoOre por aqueles que você conhece e peça que Deus os salve.

Ore a Deus por mais revelação da Sua Palavra.Ore e repreenda o domínio satânico sobre as vidas daqueles que estão em seu convívio diário.

Ore para que Deus derrame a Sua luz sobre toda a Sua igreja.

O Reino das Trevas Versos o Reino da Luz

O Reino das Trevas Versos o Reino da Luz

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para onde eles estavam. A areia havia sumido de de-baixo dos pés deles e, naquele momento, eles deses-peradamente nadavam tentando retornar para a praia. Todo esforço era em vão. Os salva-vidas ao verem os três nadando desesperadamente por suas vidas, logo entraram na água em direção aos três. Ao se aproxi-marem deles os dois salva-vidas falaram; “parem de nadar e fiquem tranquilos, que nós sabemos o cami- nho de volta”. Eles, já cansados, pararam de nadar e apenas deixaram que os salva-vidas os agarrassem pelas costas e os arrastassem para fora da água. O segredo do sucesso dos salva-vidas é que eles conhe-ciam o mar. Ao invés de nadarem no sentido da praia, eles nadaram no sentido do alto mar e foram acom-panhando uma corrente marinha que, logo a uns pou-cos metros de distância, fazia uma curva parabólica voltando para a terra firme. Eles sabiam disso, mas os banhistas não. Foi este conhecimento que os salvou. É assim que Jesus faz. Ele conhece o mundo e sabe como Satanás engana. Muitas vezes nós que- remos ir numa direção e só chegamos ao cansaço. É preciso um conhecimento maior que o nosso. Alguém que conheça o curso da correnteza para nos livrar da morte. Este alguém é Jesus. Ele nos libertou do império das trevas. Jesus fez isto nos atraindo para Si. Ele nos atraiu pelo Seu amor infinito. A atração do mundo é como uma cor-renteza do mar. Ela ilude os homens a brincarem nos balanços de suas ondas. Ela apela para os desejos da carne e arrasta o homem ao pecado. Por isso a Bíblia chama de o “poder das trevas”. Sim, nós estávamos indefesos pelo poder das trevas. O glamour da vida ilude homens e mulheres a se lançarem mar adentro rumo ao sucesso. Nossas mentes não conseguem avis-tar o perigo da correnteza que está oculta aos olhos humanos. Divertimentos, prazeres, sucesso, dinheiro e fama, são algumas das coisas que o homem busca neste engano. Quanto mais se misturam nestas coisas, mais difícil fica de sair. É um poder quase que irre-sistível, não fosse o poder de Jesus. Deus nos libertou do império das trevas. Ale-luia! Ele nos transportou para o Reino de Seu Filho Jesus, que por Sua vez, nos mostrou o caminho da praia. Isto é, nos mostrou o caminho de volta a Deus. O poder da Sua palavra tem nos transportado à obe-diência a Deus. Nós éramos inimigos de Deus e estra-nhos no entendimento. É o que a Palavra nos revela: “...éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas

vossas obras malignas” (Cl 1:21). A distância entre os homens e Deus é devido ao engano fatal que o príncipe das trevas tem coloca-do na mente humana. A mentira satânica impede os homens de terem um relacionamento com Deus. Eles acham que estão certos na maneira de pensar. Creem que o mundo é para ser aproveitado enquanto se pode e que o segredo da alegria reside no fato de se poder ter sucesso nos negócios e na vida financeira. É como um encanto! Suas mentes ficam totalmente cegas para o pecado. Não somente eles rejeitam o Caminho da verdade como tentam tirar os que nele trilham, O re-ino das trevas já diz o que ele faz — seduz e prende os que não possuem a luz da Palavra de Deus. Muitos são os que ainda se encontram nesta situação. Talvez, agora mesmo, você esteja se lembrando de um pa-rente ou amigo que esteja nas condições que mostra-mos aqui. Eles não conseguem enxergar a verdade. É por causa do poder que o reino das trevas opera em suas vidas. Que coisa triste! Graças a Deus por Jesus Cristo. Ele nos re- conciliou com Deus através do Seu sangue. “Agora, porém, vos reconciliou no corpo de Sua carne, me-diante a Sua morte, para apresentar-vos perante Ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis”. Nenhum ser humano pode chegar à presença de Deus, a menos que seja purificado pelo sangue do Cordeiro de Deus, Jesus Cristo. Temos que ser transformados antes de sermos usados. É isso mesmo. Não podemos servir a Deus e ao pecado. Por isso Jesus nos transportou das trevas para a luz. Antigamente, o que nos dava a direção de nossas ações era o curso do mundo. Hoje, o que nos guia é a Palavra de Deus. A força que opera em nossos corações é a da Palavra de Deus. Esta é a verdade que ainda está oculta a mi-lhões de homens na face da Terra —“o mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, to-davia, se manifestou aos Seus santos; aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança de glória” (Cl 1:26, 27). Somente quan-do Cristo habitar nos corações dos homens é que eles poderão andar na luz. Eles precisam ter uma ex-periência com Jesus Cristo para serem transportados das trevas para a luz. Oremos para que mais e mais homens sejam libertos pelo poder de Deus operando em suas vidas.

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I. Em alguns lugares por onde eu tenho andado, tenho perguntado aos irmãos se eles já ouviram falar sobre a Igreja dos Primogênitos.

II. O Espírito Santo se move em cumprimento às verdades contidas na Palavra de Deus.

a) Se um texto sagrado não for compreendido e não houver revelação em nosso espírito daquilo que o tex-to diz, não haverá poder de transformação de vida.b) Se o que acabamos de compartilhar é verdade, en-tão saber sobre a Igreja dos Primogênitos passa a ser uma questão de poder ou fraqueza em nossas vidas com o Senhor Jesus. (Hb 12:22-25).

III. O livro de Hebreus é um livro muito especial.

a) Fala-nos sobre a fidelidade de Deus e do poder que o sangue de Jesus Cristo possui para produzir no crente uma consciência pura.b) O segredo de nossa vitória está na fé concedida com a vinda do Espírito Santo em nosso ser.c) Quando Abraão teve o seu encontro com Melqui-

sedeque, Rei de Salém, e entregou-lhe o dízimo dos despojos, a Palavra de Deus nos diz que Levi, ainda em seus lombos, também entregou o dízimo.d) No capítulo onze de Hebreus o autor nos revela o poder da fé.e) Este poder de fé foi concedido a toda raça humana, em Abraão. A bênção de Abraão foi concedida ao seu descendente Jesus Cristo (Gl 3:16-29).

IV. O primogênito nascido de um casal era espe-cialmente dedicado a Deus.

V. O primogênito de uma família possuía o direito de receber uma porção dobrada da herança e a liderança da família.

VI. Cristo é o Primogênito do Pai (Hb 1:6) possu-indo posição proeminente sobre todos os demais, perante Deus.

Conclusão: Na próxima aula falaremos sobre a bênção da primogenitura.

Em alguns lugares por onde eu tenho andado, tenho perguntado aos irmãos se eles já ouviram falar sobre a Igreja dos Primogênitos. É impressionante observar que quase 90% dos auditórios não sabem ou nunca ouviram falar sobre a Igreja dos Primogênitos. Talvez você também ainda não saiba o que é esta igre-ja mencionada na Palavra de Deus. O Espírito Santo se move em cumprimento às verdades contidas na Palavra de Deus. Isto porque a própria Palavra de Deus revela que toda a Escritu-ra foi inspirada por Deus com o propósito de guiar e equipar os homens para uma vida de comunhão e serviço a Deus (2Tm 3:16,17). Existe uma razão bem específica para que o Senhor Deus tenha inspirado

homens a escreverem os textos sagrados — o mover do Espírito Santo na vida dos crentes segundo a reve-lação bíblica. Se um texto sagrado não for compreendido e não houver revelação em nosso espírito daquilo que o texto diz, não haverá poder de transformação de vida. Você entende isso? Não é somente ler a Bíblia. Trata-se de receber a revelação do Espírito na Pala-vra. Isto vai além de uma simples informação sobre o assunto. Revelação é a própria manifestação do Es-pírito Santo numa pessoa levando-a a fazer segundo o que está escrito. Quando uma pessoa está endemo- ninhada, ela não tem poder para se libertar. A pes-soa simplesmente faz o que aquele demônio deseja e

MinistraçãoPeça aos irmãos que meditem e voltem-se para Deus pedindo perdão pelos pecados

e retomem os seus direitos de primogenitura.

Jesus Expulsa Demônios | Parte 1

Jesus Expulsa DemôniosParte 1 - A Igreja dos Primogênitos

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ofende a Deus e aos irmãos. Da mesma forma é com o Espírito Santo. Ele pode tomar uma pessoa e fazê-la obedecer a Palavra de Deus para a glorificação de Jesus Cristo (2Co 10:5). A revelação é o pensamento dominante; enquanto a força que leva à obediência é chamada de justiça divina. O Espírito Santo tem ple-no poder de nos mover segundo a revelação bíblica. Espere isso Dele e você verá grandes vitórias em sua vida.Se o que acabamos de compartilhar é verdade, então, saber sobre a Igreja dos Primogênitos passa a ser uma questão de poder ou fraqueza em nossas vidas com o Senhor Jesus. Vejamos o que o texto sagrado nos ensina: “Mas tendes chegado ao monte Sião e à ci-dade do Deus vivo, a Jerusalém celestial, e às in-contáveis hostes de anjos, e à universal assembleia e à Igreja dos Primogênitos arrolados nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aper-feiçoados” (Hb 12:22-25). Tendes chegado à Igreja dos Primogênitos. Para que possamos ter uma compreensão exata do texto, precisamos saber algumas coisas importantes como: do que o texto está falando? O que é primoge- nitura? Porque devemos ter cuidado com o que faze-mos? Quais as consequências de uma simples desobe-diência a Deus? O Livro de Hebreus é um livro muito especial e fala-nos sobre a fidelidade de Deus e do poder que o sangue de Jesus Cristo possui, para produzir no crente uma consciência pura. Fala de um descanso que pode ser alcançado por todo aquele que tiver fé na Pala-vra de Deus. Existe uma promessa de entrarmos neste descanso, porém, é preciso que aqueles que desejam entrar neste repouso maravilhoso de Deus tenham fé no poder e nas promessas deixadas por Deus em Sua Palavra. “Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer um de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo... E con-tra quem jurou que não entrariam no Seu descanso, senão contra os que foram desobedientes? Vemos, pois, que não puderam entrar por causa da incredu- lidade. Temamos, portanto, que, sendo-nos deixada a promessa de entrar no descanso de Deus, suceda parecer que algum de vós tenha falhado. Porque tam-bém a nós foram anunciadas as boas-novas, como se deu com eles; mas a Palavra que ouviram não lhes aproveitou, visto não ter sido acompanhada pela fé naqueles que a ouviram. Nós, porém, que cremos, en-tramos no descanso, conforme Deus tem dito” (Hb 3:12-19; 4:1-3). O segredo de nossa vitória está na fé concedi-da com a vinda do Espírito Santo em nosso ser. A fé

é de nosso Senhor Jesus Cristo. É impossível agradar a Deus sem fé (Hb 11:6), e é impossível ter fé sem o Espírito Santo em nós. A revelação bíblica é que há um descanso que todos nós podemos entrar. O Livro revela que os antigos não obtiveram a entrada neste descanso porque Deus tinha um propósito de nos in-cluir em Seus planos. Deus não quis nos deixar de fora desta grande bênção. Se eles tivessem obtido tal promessa, nós estaríamos sem nenhuma chance de salvação eterna (Hb 11:39,40). Talvez você diga: mas nós não éramos nem nascidos ainda, como perdería-mos esta grande salvação? É uma questão muito com-plexa, porém vamos procurar entendê-la. Quando Abraão teve o seu encontro com Melquisedeque, Rei de Salém, e entregou-lhe o dízi-mo dos despojos, a Palavra de Deus nos diz que Levi, ainda em seus lombos, também entregou o dízimo. “...E, por assim dizer, também Levi que recebe dízi-mos, pagou-os na pessoa de Abraão. Porque aquele ainda não tinha sido gerado por seu pai quando Melquisedeque saiu ao encontro deste” (Hb 7:4-10). Deus faz menção de Levi em Sua Palavra, mesmo an-tes dele ter sido gerado. Duas coisas podem ser en-tendidas deste texto — os nossos filhos foram fiéis ou infiéis a Deus nos dízimos ainda quando estavam em nossos lombos e que Deus sabe e já criou todos os seres humanos que serão gerados até o fim dos sécu-los. Eles estão nos bilhões de espermatozoides ge- rados nos lombos de cada ser humano na Terra. Isto quer dizer que nós já havíamos sido gerados, antes mesmo de nossos pais serem vivos através da genea-logia humana. Você e eu já estávamos nos planos de Deus desde que os nossos pais foram gerados. Assim como Levi fez parte dos dízimos nos lombos de seu pai Abraão, nós, em Abraão, fomos abençoados para a salvação eterna pela fé em Jesus Cristo. No capítulo onze de Hebreus, o autor nos re- vela o poder da fé. A fé como sendo algo que Deus põe no homem como um fundamento firme para pro-duzir Sua vontade, mesmo que esta esteja fora do espectro humano de entendimento. Noé não havia experimentado a chuva e, por isso, não sabia nem en-tendia o que era chuva, no entanto, mediante a fé que Deus colocou em seu coração, ele aparelhou a arca segundo as especificações de Deus. Raabe, mesmo sem conhecer os espias hebreus, os escondeu porque creu que Deus entregaria Jericó aos Hebreus. Sansão recebia uma força espiritual tão intensa, que derrotou mil filisteus com uma queixada de jumento. É isto que o capítulo onze nos mostra nas inúmeras ocasiões em que homens e mulheres foram movidos por este poder de fé, mesmo que eles próprios, em ocasiões diferen- tes, não compreendessem como recebiam tal poder.

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Deus tinha planos e, simplesmente, usou tais homens, lhes concedendo fé para as realizações reveladas na Palavra de Deus. Este poder de fé foi concedido a toda raça hu-mana em Abraão. A bênção de Abraão foi concedida ao descendente Jesus Cristo (Gl 3:16-29). Veja que não foi “às sementes”, e sim, “à semente”. Logo, nós somos coerdeiros da bênção. É aí que começa a ne-cessidade de entendermos a primogenitura. Jesus veio ao mundo como o Unigênito e tornou-se o Primogêni-to. Nós somos a Igreja de Jesus Cristo, logo, somos a Igreja do Primogênito. Faz-se necessário, agora, en-tendermos um pouco sobre a bênção da primogenitura.

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I. A primogenitura está ligada a herança de família. A herança era tudo aquilo que se recebia com a morte do pai. Cinco coisas estão ligadas à herança do primogênito:

a) O sumo sacerdóciob) O reinadoc) A porção dobradad) Unção proféticae) Autoridade espiritual sobre Satanás e seus demô-nios

II. Como podemos ver, existe uma herança mara-vilhosa prometida a todos que nascem de novo em

Cristo Jesus, por direito de primogenitura.

a) O Livro de Hebreus nos alerta para o fato de perd-ermos o nosso direito de primogenitura.b) Examine bem o texto e perceba a gravidade de uma pequena diversão carnal.c) Muitos irmãos têm sido alvos desta artimanha ma-ligna.d) Esaú não perdeu o direito de fi lho. Conclusão: Esaú, mesmo se arrependendo posterior-mente, não pode retomar o seu direito perdido na ven-da para Jacó.

O primogênito nascido de um casal era es-pecialmente consagrado a Deus. Cria-se que o pri-mogênito nascido na família representava a força e o vigor humano (Gn 49:3; SI 78:51). Todos os pri-mogênitos de homens e animais eram consagrados a Deus e pertenciam a Ele. Isto signifi ca que os Israe- litas davam uma atenção especial aos primogênitos e lhes passavam responsabilidades e privilégios espe-ciais. Visto que o primogênito pertencia ao Senhor, era necessário, portanto, que o pai o comprasse de volta do sacerdote por um preço de redenção que não excedesse 5 ciclos de dinheiro (Nm 18:16). O primogênito da família possuía o direito de receber uma porção dobrada da herança e a liderança da família. Como chefe da família, após a morte de seu pai, o primogênito cuidava de sua mãe até a sua morte e das irmãs até estas se casarem. O Primogêni-to podia vender a sua primogenitura, como fez Esaú (Gn 25:29-34), ou negligenciá-la como fez Ruben, ao cometer incesto (Gn 35:22; 49:3,4). Cristo é o primogênito do Pai (Hb 1:6), pos-suindo posição proeminente sobre todos os demais,

perante Deus. Ele também é chamado de “o primeiro entre muitos irmãos” (Rm 8:29). O primogênito de toda criação (Cl 1:15). Paulo (CI 1:18) e João (Ap 1:5) referem-se a Jesus como o primogênito de en-tre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia. Os crentes, nascidos de novo, unidos a Cristo e coer-deiros com Ele, gozam do status de primogenitura na casa de Deus, a igreja. Por isso, o Livro de Hebreus chama a igreja de “a Igreja dos primogênitos”. A primogenitura está ligada à herança de família. A herança era tudo aquilo que se recebia com a morte do pai. Cinco coisas estão ligadas à herança do primogênito: 1. O sumo sacerdócio: o sacerdote era res-ponsável pelo culto no templo, ou tabernáculo. Ele era o chefe entre os seus irmãos (Lv 21:10). O sa-cerdócio era um ofício hereditário aos descendentes de Arão (Ex 29:29,30; Lv 16:32). Embora este sa-cerdócio tenha fi ndado, Jesus continuou sendo o sumo sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque; um sacerdócio perpétuo que é herdado por todos que nascem em Cristo Jesus.

MinistraçãoPeça aos irmãos que meditem e voltem-se para Deuspedindo a bênção da primogenitura em suas vidas.

Jesus Expulsa Demônios | Parte 2

Jesus Expulsa DemôniosParte 2 - A Benção da Primogenitura

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2. O reinado: O reinado de Davi seria per-petuado em seus descendentes; isto é, seria para sem-pre através de sua descendência, até Jesus Cristo (Is 9:6,7). Assim como o reinado era recebido por he-rança familiar, o nosso reinado é recebido por herança de Deus através de Jesus Cristo. 3. A porção dobrada: O primogênito tinha o direito de herança dobrada. Se um pai tivesse dois filhos, o primogênito recebia duas vezes mais que o primeiro. Jesus é o primogênito do Pai e tem porção dobrada do Seu Espírito. 4. Unção profética: uma característica de um profeta é o chamado de Deus. A unção profética só é dada àquele que é nascido de Deus. Somente os que estão arrolados na igreja dos primogênitos podem re-ceber tal unção. Ela é passada do nosso Pai celestial para o Seu Filho Jesus Cristo e a nós, por herança divina. 5. Autoridade espiritual sobre Satanás e seus demônios: todo poder foi dado a Jesus Cristo no céu e na Terra. Este poder nos é conferido pelo novo nascimento e primogenitura em Cristo Jesus. Como podemos ver, existe uma herança ma- ravilhosa prometida a todos os que nascem de novo em Cristo Jesus, por direito de primogenitura. O pri-mogênito herda todas estas coisas do Pai celestial. Pertencer à igreja dos primogênitos significa herdar todos estes direitos de Deus em Jesus Cristo. Satanás sabe que não pode anular a adoção divina dada ao homem através do novo nascimen-to. Ele não pode roubar o direito de pertencermos à família de Deus e nem pode impedir de recebermos esta primogenitura em Cristo Jesus. Nós somos co-erdeiros deste direito em Cristo Jesus. Porém, existe algo que ele pode fazer, que é levá-lo a vender ou tornar confiscado o seu direito de primogenitura. A carta aos Hebreus nos alerta para o fato de perdermos o nosso direito de primogenitura. “..atentando para que ninguém seja faltoso, separan-do-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados” (Hb 12:14,15). Se não perdemos a salvação, podemos nos separar da graça de Deus e lançarmos fora ou anularmos o nos-so direito de primogenitura. Tudo o que herdaríamos pelo direito de herança do nosso Pai celestial é posto nas mãos de Satanás por um simples prato de lentilha. Examine bem o texto e perceba a gravidade de uma pequena diversão carnal: “Nem haja algum im-puro ou profano, como foi Esaú, o qual, por um re-pasto, vendeu (entregou, confiscou) o seu direito de primogenitura” (Hb 12:16). O texto sagrado está aí como um alerta para todos nós. Se Satanás nos levar a

vender a ele o nosso direito de primogenitura, nós en-tregaremos a nossa unção sacerdotal e profética, reina-do, porção dobrada do Espírito e autoridade espiritual. É isto que ele nos rouba quando, por um desejo incon-trolável de satisfação carnal, trocamos a igreja pelos clubes, a oração pela televisão, a leitura da Palavra de Deus pela internet. Estamos, assim, vendendo o nosso direito de primogenitura. É claro que não pensamos as-sim. Mas por que, então, estamos tão fracos na fé? Muitos irmãos têm sido alvos desta artimanha maligna. Muitos estão vendendo sua primogenitura por uma novela, por um site pornográfico na internet ou um filme na televisão. Outros vendem sua primo-genitura por uma visita a um motel com uma mulher estranha. Outros a vendem por um bocado de dinheiro ganho num negócio ilícito. Assim, muitos têm fracas-sado por vender o seu direito de primogenitura. Esaú não perdeu o direito de filho. Ele perdeu o seu direito de primogenitura. Nós não perdemos o direito de estarmos na família de Deus, mas, podemos perder o direito desta primogenitura. Quando isso acon-tece, ficamos sem poder de interceder pelos irmãos e parentes mais próximos, amigos, etc. Perdemos o po-der de reinarmos com Cristo sobre esta Terra. Perde- mos o direito de profetizar a Palavra de Deus sobre a igreja de Cristo ou para aqueles que tanto desejamos ver salvos. Perdemos o direito de transferir a unção so-bre aqueles que desejamos ver mais fortes na fé e no serviço a Deus. Perdemos o poder sobre os demônios que destroem as famílias e as pessoas na casa de Deus. É isto que perdemos: o direito da primogenitura. Esaú, mesmo se arrependendo posteriormente, não pode retomar o seu direito perdido na venda a Jacó. Talvez você esteja pensando agora; “como me custou caro aquele “pecadinho” contra o Senhor”, “como me custou caro a minha desobediência a Deus”. Sim meu irmão, uma satisfação carnal representa a venda de seu direito de primogenitura. A pergunta é — existe per-dão para mim? Eu posso retomar o meu direito de pri-mogenitura? É com alegria que eu digo que sim. Isto é possível em Cristo Jesus (Hb 12:18-24). Basta que você não recuse O que fala hoje ao nosso coração. O Espírito Santo está nos alertando a não pecarmos con-tra o Senhor (Hb 12:25-27). Alguns têm perdido seus direitos de primogenitura e permanecido nas garras do maligno. Naufragaram na fé e, alguns, até chegaram à morte sem alcançar a promessa de vitória plena. Deus nos assegurou a herança pela primoge- nitura. É este direito cristão que nos garante a vitória plena (Hb 12:27-29). Não lance fora este poder mara-vilhoso. Você pode estar na igreja do Senhor Jesus, mas você pertence à igreja dos primogênitos?

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I. O Reino de Deus é poderoso e eterno.

II. Jesus ensinou aos Seus discípulos que orassem, para que o Reino de Deus viesse a eles (Mt 6:10).

III. Para que possamos reinar em vida com Cristo é preciso experimentarmos os poderes do mundo vindouro. “E provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro.” (Hb 6:5).

IV. A Igreja tem poder para derrotar os poderes de Satanás (Cl 2:14,15).

V. O Reino de Deus é a manifestação da comunhão com Jesus (Ef 3:8-10)

Conclusão: A futura manifestação do Reino de Deus culminará segundo o que está escrito em Apocalipse 21.

Após cuidadoso exame das Escrituras Sagradas sobre o Reino de Deus, concluímos que este Reino é pode- roso e externo. Deus deseja que cada um dos Seus filhos receba deste poder maravilhoso. A Palavra de Deus nos as-segura que quem crê em Jesus Cristo fará as mesmas obras que Ele. É maravilhoso descansarmos nesta promessa di- vina. Somente poderemos ser eficientes na obra de Deus quando tomarmos posse dos poderes do mundo vindouro. Jesus ensinou aos Seus discípulos que orassem, para que o Reino de Deus viesse a eles. Somente quando este Reino maravilhoso chegar a nós é que poderemos ver a vontade de Deus estabelecida entre os homens. “Venha o Teu reino; a Tua vontade seja feita na Terra, como é no céu” (Mt 6:10). O plano divino é que a Sua vontade seja feita na Terra, mas isto não pode acontecer até que a nossa carne seja totalmente eliminada. É para isso que precisamos reinar com Cristo: para vencermos a carne e suas concupiscências. O Reino de Deus não é para que nos tornemos ricos das coisas materiais; ele vem para que nos tornemos semelhantes a Cristo Jesus em obediência e vida de submissão a Deus. Para que possamos reinar em vida com Cristo, é preciso experimentarmos os poderes do mundo vindou-ro. “E provaram a boa Palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro” (Hb 6:5). Quando provamos deste po-

der maravilhoso de que fala a Palavra de Deus, nada nos faz voltar para a fraqueza da carne. Os poderes do mundo vindouro são exatamente os poderes que acompanham o Reino de Deus no homem. A vida de um crente cheio do Espírito Santo é uma vida de poder sobrenatural de Deus. Nesta dimensão de vida, já vencemos a carne e a obediên-cia total a Deus, é a prática diária das pessoas que vivem no Reino. A Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo tem poder para derrotar os poderes de Satanás e seus anjos caídos, através do Reino de Deus. Jesus Cristo, o nosso Senhor amado, venceu os poderes de Satanás na cruz do Calvário. “Tendo cancelado o escrito de dívida que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despo-jando os principados e potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Cl 2:14,15). Como podemos ver, Jesus venceu todos os nossos inimigos. Ag-ora nos resta reinarmos com Ele sobre todas as coisas. Não há nada que o diabo possa fazer para parar o curso das vitórias da Igreja de Jesus Cristo. O Reino de Deus triun-fará para sempre. A nossa comunhão com Jesus nos faz herdar o Reino de Deus. É preciso ver e entender o que a comu-nhão íntima com Deus gera no salvo. Paulo, apóstolo aos

MinistraçãoOre para que Deus manifeste o Seu Reino em cada um dos membros da IBAOre para que Deus dê entendimento sobre os poderes do mundo vindouro.

Ore por um grande avivamento da Igreja Ágape.

O Reino de Deus

O Reino de DeusConclusão

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gentios, revela esta verdade em sua carta aos Efésios: “A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo e manifestar qual seja a dispensação do mistério, desde os séculos, oculto em Deus, que criou todas as coi-sas, para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais” (Ef 3:8-10). A vontade de Deus é que a Sua igreja manifeste o Seu poder e derrote as hostes de Satanás. Nada pode parar a vontade de Deus e o Seu Re-ino eterno. Em Cristo Jesus, somos mais que vencedores. Nele encontramos refúgio para as nossas almas e autori-dade sobre todos os demônios. Outro aspecto do Reino de Deus é a sua manifes-tação futura. Deus levará Satanás a uma derrota total tor-nando-o estrado para os pés do nosso Senhor Jesus (Hb 10:12,13). Satanás será lançado no lago de fogo, junta-

mente com todos os seus anjos (Ap 20:10,14). A vitória do Reino de Deus é certa. Satanás já está julgado e condenado ao fogo do inferno. O que nos aguarda no futuro está descrito no livro de Apocalipse, capítulo 21: “Aqueles que vencerem o mal e permanecerem na verdade de Deus herdarão o Reino dos Céus”. Aleluia! O Reino de Deus veio para que fôssemos vitoriosos sobre a carne e pudéssemos vencer os inimigos das nossas almas. O prêmio glorioso é a entrada na nova Jerusalém, a cidade do Deus vivo. Busquemos o Reino de Deus. Sejamos perseverantes na obediência à Palavra de Deus. Não O busquemos somente para termos as coisas que ao Reino são acrescentadas, mas sim, porque o Reino é do alto e traz consigo poderes para uma vida de pureza e devoção total a Deus e nos garante a eternidade na presença de nosso Pai celestial.

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