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PT PT 2008 - 2009 TEXTOS APROVADOS na sessão de quarta-feira 21 de Maio de 2008 P6_TA-PROV(2008)05-21 EDIÇÃO PROVISÓRIA PE 407.430

P6 TA-PROV 2008 05-21 PT€¦ · PE 407.430\ 1 PT P6_TAPROV(2008)0214 Proibição de exportação e armazenamento seguro de mercúrio metálico ***II Resolução legislativa do Parlamento

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PT PT

2008 - 2009

TEXTOS APROVADOS

na sessão de

quarta-feira

21 de Maio de 2008

P6_TA-PROV(2008)05-21 EDIÇÃO PROVISÓRIA PE 407.430

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PE 407.430\ I

PT

ÍNDICE

TEXTOS APROVADOS PELO PARLAMENTO EUROPEU

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P6_TA-PROV(2008)0214

Proibição de exportação e armazenamento seguro de mercúrio metálico ***II

Resolução legislativa do Parlamento Europeu, de 21 de Maio de 2008, referente à posição comum adoptada pelo Conselho tendo em vista a aprovação de um regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho sobre a proibição da exportação e o armazenamento seguro de mercúrio metálico (11488/1/2007 – C6-0034/2008 – 2006/0206(COD))

(Processo de co-decisão: segunda leitura)

O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta a posição comum do Conselho (11488/1/2007 – C6-0034/2008),

– Tendo em conta a sua posição em primeira leitura1 sobre a proposta da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho (COM(2006)0636),

– Tendo em conta o n.º 2 do artigo 251.º do Tratado CE,

– Tendo em conta o artigo 62.º do seu Regimento,

– Tendo em conta a recomendação para segunda leitura da Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar (A6-0102/2008),

1. Aprova a posição comum com as alterações nela introduzidas;

2. Encarrega o seu Presidente de transmitir a posição do Parlamento ao Conselho e à Comissão.

1 Textos Aprovados, 20.6.2007, P6_TA(2007)0267.

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P6_TC2-COD(2006)0206

Posição do Parlamento Europeu aprovada em segunda leitura em 21 de Maio de 2008 tendo em vista a aprovação do Regulamento (CE) n.º ..../2008 do Parlamento Europeu e do Conselho sobre a proibição da exportação de mercúrio metálico e de determinados compostos e misturas de mercúrio e o armazenamento seguro de mercúrio metálico

(Texto relevante para efeitos do EEE)

O PARLAMENTO EUROPEU E O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia, nomeadamente o n.º 1 do artigo 175.º e, em relação ao artigo 1.º do presente regulamento, o artigo 133.º,

Tendo em conta a proposta da Comissão,

Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social Europeu1,

Após consulta do Comité das Regiões,

Deliberando nos termos do artigo 251.º do Tratado2,

Considerando o seguinte:

(1) As emissões de mercúrio são reconhecidas como uma ameaça mundial que justifica uma acção a nível local, regional, nacional e mundial.

(2) De acordo com a Comunicação da Comissão ao Conselho e ao Parlamento Europeu intitulada "Estratégia Comunitária sobre o Mercúrio", as Conclusões do Conselho de 24 de Junho de 2005 e a Resolução do Parlamento Europeu de 14 de Março de 20063 sobre a citada estratégia, é necessário diminuir o risco da exposição dos seres humanos e do ambiente ao mercúrio.

(3) As medidas aprovadas a nível comunitário devem ser vistas como fazendo parte de um esforço mundial para reduzir o risco de exposição ao mercúrio, em particular no quadro do Programa Mercúrio integrado no ║Programa das Nações Unidas para o Ambiente.

(4) O Parlamento Europeu e o Conselho reconheceram que o encerramento das minas de mercúrio da Comunidade levanta problemas ambientais e sociais, e consideram que devem continuar a ser apoiados projectos e outras iniciativas através dos instrumentos de financiamento disponíveis, a fim de permitir às zonas afectadas encontrarem soluções viáveis para o ambiente, o emprego e as actividades económicas locais.

(5) A exportação de mercúrio metálico, minério de cinábrio, cloreto de mercúrio (I), óxido de mercúrio (II) e misturas de mercúrio metálico com outras substâncias, nomeadamente ligas de mercúrio, com uma concentração de mercúrio igual ou superior a 95% em peso

1 JO C 168 de 20.7.2007, p. 44. 2 Posição do Parlamento Europeu de 20 de Junho de 2007 (ainda não publicada no Jornal Oficial), posição

comum do Conselho de 20 de Dezembro de 2007 (ainda não publicada no Jornal Oficial) e posição do Parlamento Europeu de 21 de Maio de 2008.

3 JO C 291 E de 30.11.2006, p. 128.

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(p/p) da Comunidade deverá ser proibida a fim de reduzir de forma significativa a oferta mundial de mercúrio.

(6) A proibição de exportação traduzir-se-á em quantidades consideráveis de excedentes de mercúrio na Comunidade, cuja reentrada no mercado deverá ser evitada. Por conseguinte, deverá ser assegurado o armazenamento seguro deste mercúrio na Comunidade.

(7) A fim de proporcionar possibilidades de armazenamento seguro do mercúrio metálico considerado resíduo, deverá estabelecer-se uma derrogação à alínea a) do n.º 3 do artigo 5.° da Directiva 1999/31/CE do Conselho, de 26 de Abril de 1999, relativa à deposição de resíduos em aterros1, para certos tipos de aterros, e declarar os critérios previstos no ponto 2.4 do Anexo da Decisão 2003/33/CE do Conselho, de 19 de Dezembro de 2002, que estabelece os critérios e processos de admissão de resíduos em aterros nos termos do artigo 16.° e do Anexo II da Directiva 1999/31/CE2, não aplicáveis ao armazenamento temporário recuperável de mercúrio metálico por períodos superiores a um ano nas instalações de superfície destinadas e equipadas para esse efeito.

(8) As restantes disposições da Directiva 1999/31/CE deverão ser aplicadas a todas as instalações de armazenamento de mercúrio metálico considerado resíduo, o que inclui o requisito, estabelecido na subalínea iv) da alínea a) do artigo 8.º daquela directiva, de que o requerente da licença tome as medidas necessárias, mediante garantia financeira ou equivalente, para assegurar que as obrigações decorrentes da licença (incluindo as operações de manutenção após o encerramento) serão cumpridas e que as operações de encerramento serão efectuadas. Além disso, deverá aplicar-se às instalações de armazenamento em questão o disposto na Directiva 2004/35/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de Abril de 2004, relativa à responsabilidade ambiental em termos de prevenção e reparação de danos ambientais3.

(9) Ao armazenamento temporário de mercúrio metálico por períodos superiores a um ano em instalações de superfície destinadas e equipadas para esse efeito deverá aplicar-se a Directiva 96/82/CE do Conselho, de 9 de Dezembro de 1996, relativa ao controlo dos perigos associados a acidentes graves que envolvem substâncias perigosas4.

(10) O presente regulamento não deverá prejudicar o Regulamento (CE) n.º 1013/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de Junho de 2006, relativo a transferências de resíduos5. Todavia, a fim de permitir a eliminação adequada de mercúrio metálico na Comunidade, incentivam-se as autoridades competentes de destino e expedição a evitar levantar objecções a transferências de mercúrio metálico considerado resíduo com base na alínea a) do n.º 1 do artigo 11.º do referido regulamento. Assinala-se que, de acordo com o n.º 3 do artigo 11.º do mesmo regulamento, a alínea a) do n.º 1 do artigo 11.º ║não se aplica a resíduos perigosos produzidos no Estado-Membro de expedição em quantidades globais anuais tão pequenas que a construção de novas instalações de eliminação especializadas nesse Estado-Membro não tenha viabilidade económica.

1 JO L 182 de 16.7.1999, p. 1. Directiva com a redacção que lhe foi dada pelo Regulamento (CE)

n.º 1882/2003 do Parlamento Europeu e do Conselho (JO L 284 de 31.10.2003, p. 1). 2 JO L 11 de 16.1.2003, p. 27. 3 JO L 143 de 30.4.2004, p. 56. Directiva com a última redacção que lhe foi dada pela Directiva 2006/21/CE

(JO L 102 de 11.4.2006, p. 15). 4 JO L 10 de 14.1.1997, p. 13. Directiva com a última redacção que lhe foi dada pelo Regulamento (CE)

n.º 1882/2003. 5 JO L 190 de 12.7.2006, p. 1. Regulamento com a redacção que lhe foi dada pelo Regulamento (CE)

n.º 1379/2007 da Comissão (JO L 309 de 27.11.2007, p. 7).

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(11) A fim de assegurar que o armazenamento é seguro para a saúde humana e o ambiente, a avaliação de segurança exigida para o armazenamento subterrâneo pela Decisão 2003/33/CE deverá ser complementada por requisitos específicos e tornada extensível ao armazenamento não subterrâneo. Não deverá ser autorizada qualquer operação de eliminação definitiva antes da aprovação dos requisitos especiais e dos critérios de admissão. As condições de armazenamento em minas de sal ou em formações subterrâneas de rocha dura adaptadas à eliminação de mercúrio metálico deverão respeitar, nomeadamente, os princípios da protecção das águas subterrâneas contra o mercúrio, da prevenção de emissões de vapor de mercúrio, da impermeabilidade a gases e líquidos circundantes e, em caso de armazenamento permanente, de encapsular firmemente os resíduos no fim do processo de deformação da mina. Estes critérios deverão ser consagrados nos Anexos da Directiva 1999/31/CE quando os mesmos forem alterados para efeitos do presente regulamento.

(12) As condições de armazenamento de superfície deverão respeitar, nomeadamente, os princípios da reversibilidade do armazenamento, da protecção do mercúrio contra águas subterrâneas, da impermeabilidade dos solos e da prevenção de emissões de vapor de mercúrio. Estes critérios deverão ser consagrados nos Anexos da Directiva 1999/31/CE quando forem os mesmos alterados para efeitos do presente regulamento. O armazenamento de superfície de mercúrio metálico deverá ser considerado uma solução temporária.

(13) A fim de facilitar a aplicação do presente regulamento, a indústria do cloro e dos produtos alcalinos deverá enviar todos os dados relevantes relacionados com a desactivação de células de mercúrio nas suas instalações à Comissão e às autoridades competentes dos Estados-Membros interessados. Os sectores industriais que obtêm mercúrio pela depuração de gás natural ou como subproduto de operações de extracção e fusão de metais não ferrosos deverão igualmente fornecer os dados relevantes à Comissão e às autoridades competentes dos Estados-Membros interessados. A Comissão deverá disponibilizar esta informação ao público.

(14) A fim de permitir uma avaliação atempada do presente regulamento, os Estados-Membros deverão prestar informações sobre as licenças emitidas para instalações de armazenamento e sobre a aplicação e os efeitos do presente regulamento no mercado. Os importadores, os exportadores e os operadores deverão prestar informações sobre a circulação e a utilização de mercúrio metálico, minério de cinábrio, cloreto de mercúrio (I), óxido de mercúrio (II) e misturas de mercúrio metálico e outras substâncias, nomeadamente ligas de mercúrio, com uma concentração de mercúrio igual ou superior a 95% em peso (p/p).

(15) Os Estados-Membros deverão estabelecer as sanções aplicáveis às pessoas singulares e colectivas que infrinjam o disposto no presente regulamento. Tais sanções deverão ser efectivas, proporcionadas e dissuasivas.

(16) É conveniente organizar um intercâmbio de informações com as partes interessadas, a fim de avaliar a necessidade potencial de medidas suplementares relacionadas com a exportação, ║importação e ║armazenamento de mercúrio e com compostos de mercúrio e produtos que contenham mercúrio, sem prejuízo das regras de concorrência do Tratado, em especial o artigo 81.º.

(17) A Comissão e os Estados-Membros deverão incentivar a prestação de assistência técnica aos países em desenvolvimento e aos países com economias em transição, nomeadamente assistência destinada a facilitar a passagem para tecnologias alternativas

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sem mercúrio e a eliminar progressivamente as utilizações e emissões de mercúrio e de compostos de mercúrio.

(18) Está em curso uma investigação sobre os meios de eliminação segura de mercúrio, nomeadamente técnicas de estabilização diferentes ou outras formas de imobilização do mercúrio. A Comissão deverá dar prioridade à análise destas actividades de investigação e apresentar um relatório o mais rapidamente possível. Esta informação é importante, pois proporcionará uma base sólida para a revisão do presente regulamento, para permitir a consecução do seu objectivo.

(19) A Comissão deverá tomar esta informação em consideração ao apresentar um relatório de avaliação, a fim de identificar a eventual necessidade de alterar o presente regulamento.

(20) A Comissão deverá igualmente acompanhar a evolução internacional no que diz respeito à oferta e à procura de mercúrio, em particular em negociações multilaterais, e transmitir essa informação para permitir a avaliação da coerência da estratégia global.

(21) As medidas necessárias à aplicação do presente regulamento respeitantes ao armazenamento temporário de mercúrio metálico em determinadas instalações nele referidas deverão ser aprovadas nos termos da Directiva 1999/31/CE, tendo em conta a relação directa existente entre o presente regulamento e aquela directiva.

(22) Atendendo a que o objectivo do presente regulamento, a saber, reduzir a exposição ao mercúrio através da proibição de exportação e de uma obrigação de armazenamento, não pode ser suficientemente realizado pelos Estados-Membros, e pode, pois, devido ao impacto na circulação de mercadorias e no funcionamento do mercado interno, assim como à natureza transfronteiriça da poluição causada pelo mercúrio, ser mais bem alcançado a nível comunitário, a Comunidade pode tomar medidas em conformidade com o princípio da subsidiariedade consagrado no artigo 5.º do Tratado. Em conformidade com o princípio da proporcionalidade, consagrado no mesmo artigo, o presente regulamento não excede o necessário para atingir aquele objectivo,

APROVARAM O PRESENTE REGULAMENTO:

Artigo 1.º

1. A exportação a partir da Comunidade de mercúrio metálico (Hg, CAS RN 7439-97-6), minério de cinábrio, cloreto de mercúrio (I) (Hg2Cl2, CAS RN 10112-91-1), óxido de mercúrio (II) (HgO, CAS RN 21908-53-2) e misturas de mercúrio metálico e outras substâncias, nomeadamente ligas de mercúrio, com uma concentração de mercúrio igual ou superior a 95% em peso (p/p) ║é proibida a partir de 15 de Março de 2011.

2. A proibição não se aplica à exportação dos compostos referidos no n.º 1 para fins de investigação e desenvolvimento ou para fins médicos ou de análise.

3. A mistura de mercúrio metálico com outras substâncias unicamente para fins de exportação de mercúrio metálico é proibida a partir da data referida no n.º 1.

Artigo 2.º

A partir de 15 de Março de 2011,

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a) o mercúrio metálico que já não seja utilizado na produção de cloro e de produtos alcalinos,

b) o mercúrio metálico obtido pela depuração de gás natural,

c) o mercúrio metálico obtido como subproduto das operações de extracção e de fusão de metais não ferrosos e

d) o mercúrio metálico extraído de minério de cinábrio na Comunidade após 15 de Março de 2011

são considerados resíduos e eliminados de acordo com o disposto na Directiva 2006/12/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de Abril de 2006, relativa aos resíduos1, de um modo seguro para a saúde humana e para o ambiente.

Artigo 3.º

1. Em derrogação à alínea a) do n.º 3 do artigo 5.° da Directiva 1999/31/CE, o mercúrio metálico que seja considerado resíduo pode, em condições de confinamento adequadas:

a) Ser armazenado temporariamente por períodos superiores a um ano ou a título permanente (operações de eliminação D 15 ou D 12, respectivamente, ║definidas no Anexo II-A da Directiva 2006/12/CE) em minas de sal adaptadas à eliminação de mercúrio metálico ou em formações subterrâneas, profundas ║de rocha dura que ofereçam um nível de segurança e confinamento equivalente ao das referidas minas de sal, ou

b) Ser armazenado temporariamente (operação de eliminação D 15, ║definida no Anexo II-A da Directiva 2006/12/CE) por períodos superiores a um ano em instalações de superfície destinadas e equipadas para o armazenamento temporário de mercúrio metálico, não sendo aplicáveis neste caso os critérios estabelecidos na secção 2.4 do Anexo da Decisão 2003/33/CE.

As restantes disposições da Directiva 1999/31/CE e da Decisão 2003/33/CE são aplicáveis às alíneas a) e b).

2. A Directiva 96/82/CE é aplicável ao armazenamento a que se refere a alínea b) do n.º 1 do presente artigo.

Artigo 4.º

1. A avaliação de segurança a realizar nos termos da Decisão 2003/33/CE para a eliminação de mercúrio metálico de acordo com o artigo 3.º do presente regulamento deve garantir a cobertura dos riscos específicos decorrentes da natureza e das propriedades a longo prazo do mercúrio metálico e do seu confinamento.

2. A licença referida nos artigos 8.° e 9.° da Directiva 1999/31/CE para as instalações a que se referem as alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 3.º do presente regulamento deve incluir requisitos relativos a inspecções visuais regulares dos contentores e à instalação de equipamento adequado de detecção de vapor para detectar eventuais fugas.

1 JO L 114 de 27.4.2006, p. 9.

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3. Os requisitos a respeitar pelas instalações a que se referem as alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 3.º do presente regulamento e os critérios de admissão de mercúrio metálico que alteram os Anexos I, II e III da Directiva 1999/31/CE são aprovados nos termos do artigo 16.º da referida directiva. A Comissão apresenta uma proposta adequada o mais rapidamente possível e, no máximo, até 1 de Janeiro de 2010, tendo em conta o resultado do intercâmbio de informações previsto no n.º 1 do artigo 8.º e o relatório relativo à investigação sobre opções de eliminação segura previsto no n.º 2 do artigo 8.º.

Só são permitidas operações de eliminação final (operação de eliminação D 12, ║definida no Anexo II A da Directiva 2006/12/CE) relativas a mercúrio metálico após a data de aprovação da alteração dos Anexos I, II e III da Directiva 1999/31/CE.

Artigo 5.º

1. Os Estados-Membros enviam à Comissão cópia de todas as licenças emitidas para instalações destinadas ao armazenamento temporário ou permanente de mercúrio metálico (operações de eliminação D 15 ou D 12, respectivamente, ║definidas no Anexo II-A da Directiva 2006/12/CE), acompanhada da avaliação de segurança efectuada nos termos do n.º 1 do artigo 4.º do presente regulamento.

2. Até 1 de Julho de 2012, os Estados-Membros informam a Comissão sobre a aplicação e os efeitos do presente regulamento no mercado, no que respeita aos respectivos territórios. Se a Comissão o solicitar, os Estados-Membros devem apresentar essas informações antes daquela data.

3. Até 1 de Julho de 2012, os importadores, exportadores e operadores das actividades a que se refere o artigo 2.º║ enviam à Comissão e às autoridades competentes as seguintes informações:

a) Volumes, preços, país de origem e país de destino, assim como a utilização pretendida, do mercúrio metálico que entra na Comunidade;

b) Volumes, país de origem e país de destino do mercúrio metálico considerado resíduo ║objecto de trocas comerciais intracomunitárias.

Artigo 6.º

1. As empresas ligadas à produção de cloro e de produtos alcalinos enviam à Comissão e às autoridades competentes dos Estados-Membros interessados as seguintes informações anuais relativas à desactivação do mercúrio:

a) Estimativa da quantidade total de mercúrio ainda em utilização nas unidades de produção de cloro e produtos alcalinos;

b) Quantidade total de mercúrio armazenada;

c) Quantidade de resíduos de mercúrio enviada para instalações de armazenamento temporário ou permanente e localização e dados de contacto destas instalações.

2. As empresas ligadas aos sectores industriais que obtêm mercúrio pela depuração de gás natural ou como subproduto de operações de extracção e fusão de metais não ferrosos devem fornecer à Comissão e às autoridades competentes dos Estados-Membros interessados as seguintes informações anuais relacionadas com o mercúrio obtido:

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a) Quantidade de mercúrio obtida;

b) Quantidade de mercúrio enviada para instalações de armazenamento temporário ou permanente e localização e dados de contacto destas instalações.

3. As empresas em causa devem enviar as informações referidas nos n.ºs 1 e 2 pela primeira vez até ...* e, em seguida, todos os anos até 31 de Maio.

4. A Comissão deve tornar públicas as informações referidas no n.º 3 nos termos do Regulamento (CE) n.º 1367/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 6 de Setembro de 2006, relativo à aplicação das disposições da Convenção de Aarhus sobre o acesso à informação, participação do público no processo de tomada de decisão e acesso à justiça em matéria de ambiente às instituições e órgãos comunitários1.

Artigo 7.º

Os Estados-Membros estabelecem as regras relativas às sanções aplicáveis às infracções ao disposto no presente regulamento e tomam todas as medidas necessárias para garantir a sua aplicação. As sanções previstas devem ser efectivas, proporcionadas e dissuasivas. Os Estados-Membros notificam a Comissão dessas disposições até …*, devendo também notificá-la de imediato de qualquer alteração ulterior.

Artigo 8.º

1. A Comissão organiza um intercâmbio de informações entre os Estados-Membros e as partes interessadas até 1 de Janeiro de 2010. Este intercâmbio de informações incide, em particular, sobre a necessidade

a) Alargar a proibição de exportação a outros compostos de mercúrio, às misturas com um teor de mercúrio mais baixo e aos produtos que contêm mercúrio, nomeadamente termómetros, barómetros e esfigmomanómetros;

b) Proibir a importação de mercúrio metálico, de compostos de mercúrio e de produtos que contêm mercúrio;

c) Alargar a obrigação de armazenamento ao mercúrio metálico proveniente de outras fontes;

(d) Fixar prazos para o armazenamento temporário de mercúrio metálico.

Este intercâmbio de informações deve ter em conta a investigação sobre opções de eliminação segura. A Comissão organiza novos intercâmbios de informações sempre que se encontrarem disponíveis novos dados relevantes.

2. A Comissão acompanha as actividades de investigação em curso sobre opções de eliminação segura, nomeadamente a solidificação de mercúrio metálico. Até 1 de Janeiro de 2010, a Comissão apresenta um relatório ao Parlamento Europeu e ao Conselho. Com base nesse relatório, se for caso disso, a Comissão apresenta uma proposta de revisão do presente regulamento o mais rapidamente possível e, no máximo, até 15 de Março de 2013.

* Um ano após a data de entrada em vigor do presente regulamento. 1 JO L 264 de 25.9.2006, p. 13. * JO: um ano a contar da entrada em vigor do presente regulamento.

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3. A Comissão avalia a aplicação e os efeitos do presente regulamento no mercado na Comunidade, tendo em conta as informações a que se referem os n.ºs 1 e 2 e os artigos 5.° e 6.°.

4. O mais rapidamente possível e, no máximo, até 15 de Março de 2013, a Comissão apresenta, juntamente com o relatório a que se refere o n.º 2, um relatório, eventualmente acompanhado de uma proposta de revisão do presente regulamento, ao Parlamento Europeu e ao Conselho▌, que deve reflectir e apreciar os resultados do intercâmbio de informações a que se refere o n.º 1 e da avaliação a que se refere o n.º 3.

5. Até 1 de Julho de 2010, a Comissão informa o Parlamento Europeu e o Conselho do estado de adiantamento das actividades e negociações multilaterais sobre o mercúrio, avaliando em particular a coerência entre o calendário e o alcance das medidas estabelecidas no presente regulamento, por um lado, e a evolução da situação internacional, por outro.

Artigo 9.º

Até 15 de Março de 2011, os Estados-Membros podem manter em vigor as medidas nacionais de restrição das exportações de mercúrio metálico, minério de cinábrio, cloreto de mercúrio (I), óxido de mercúrio (II) e misturas de mercúrio metálico e outras substâncias, nomeadamente ligas de mercúrio, com uma concentração de mercúrio igual ou superior a 95% em peso (p/p) aprovadas de acordo com a legislação comunitária antes da aprovação do presente regulamento.

Artigo 10.º

O presente regulamento entra em vigor vinte dias após a sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e directamente aplicável em todos os Estados-Membros.

Feito em ║

Pelo Parlamento Europeu, Pelo Conselho, O Presidente O Presidente

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Protecção do ambiente através do direito penal ***I Resolução legislativa do Parlamento Europeu, de 21 de Maio de 2008, sobre uma proposta de directiva do Parlamento Europeu e do Conselho relativa à protecção do ambiente através do direito penal (COM(2007)0051 – C6-0063/2007 – 2007/0022(COD))

(Processo de co-decisão: primeira leitura)

O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta a proposta da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho (COM(2007)0051),

– Tendo em conta o n.º 2 do artigo 251.º e o n.º 1 do artigo 175.º do Tratado CE, nos termos dos quais a proposta lhe foi apresentada pela Comissão (C6-0063/2007),

– Tendo em conta o artigo 51.º do seu Regimento,

– Tendo em conta o relatório da Comissão dos Assuntos Jurídicos e os pareceres da Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar, bem como da Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos (A6-0154/2008),

1. Aprova a proposta da Comissão com as alterações nela introduzidas;

2. Requer à Comissão que lhe submeta de novo esta proposta, se pretender alterá-la substancialmente ou substituí-la por um outro texto;

3. Encarrega o seu Presidente de transmitir a posição do Parlamento ao Conselho e à Comissão.

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P6_TC1-COD(2007)0022

Posição do Parlamento Europeu aprovada em primeira leitura em 21 de Maio de 2008 tendo em vista a aprovação da Directiva 2008/…/CE do Parlamento Europeu e do Conselho relativa à protecção do ambiente através do direito penal

(Texto relevante para efeitos do EEE)

O PARLAMENTO EUROPEU E O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia, nomeadamente o n.º 1 do artigo 175.º,

Tendo em conta a proposta da Comissão║,

Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social Europeu1,

Após consulta do Comité das Regiões║,

Deliberando nos termos do ║ artigo 251.º do Tratado2,

Considerando o seguinte:

(1) Nos termos do n.º 2 do artigo 174.º do Tratado CE, a política comunitária no domínio do ambiente tem por objectivo atingir um nível de protecção elevado.

(2) A Comunidade está preocupada com o aumento das infracções contra o ambiente e com as suas consequências, as quais, cada vez com maior frequência, ultrapassam as fronteiras dos Estados onde são cometidas. Estas infracções constituem uma ameaça para o ambiente e exigem, consequentemente, uma resposta adequada.

(3) A experiência tem revelado que os actuais sistemas de sanções não têm sido suficientes para garantir a observância absoluta da legislação sobre protecção do ambiente. Esta observância pode e deve ser reforçada através da existência de sanções penais que reflictam uma desaprovação social qualitativamente diferente das sanções administrativas ou dos mecanismos de indemnização nos termos do direito civil.

(4) A existência de regras comuns relativas às infracções penais permite a utilização de métodos eficazes de investigação e de assistência, a nível nacional e entre Estados-Membros ▌.

(5) Para assegurar uma protecção do ambiente efectiva, são necessárias sanções mais dissuasoras das actividades prejudiciais para o ambiente, que normalmente causam ou são susceptíveis de causar uma deterioração significativa da atmosfera, incluindo a estratosfera, o solo, a água, a fauna e a flora, incluindo a conservação das espécies.

1 JO C … 2 Posição do Parlamento Europeu de 21 de Maio de 2008.

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(6) A legislação indicada nos anexos da presente directiva contém disposições que deverão estar sujeitas a medidas relacionadas com o direito penal, a fim de assegurar a plena eficácia das normas relativas à protecção do ambiente.

(7) As obrigações decorrentes da presente directiva dizem respeito unicamente às disposições da legislação indicada nos anexos que obrigam os Estados-Membros a prever medidas proibitivas quando dão cumprimento a essa legislação.

(8) O incumprimento de uma obrigação jurídica de agir pode ter o mesmo efeito que um comportamento activo e deverá, consequentemente, ser sancionado em conformidade.

(9) Por conseguinte, deve considerar-se este tipo de conduta como infracção penal em toda a Comunidade, quando cometida com dolo ou negligência grave.

(10) A presente directiva obriga os Estados-Membros a prever sanções penais nas suas legislações nacionais para as infracções graves às disposições de direito comunitário relativas à protecção do ambiente. Não cria nenhuma obrigação de aplicar em casos individuais essas penas nem quaisquer outras sanções disponíveis.

(11) A presente directiva é aplicável sem prejuízo de outros sistemas de responsabilidade por danos causados ao ambiente previstos na legislação comunitária ou nacional.

(12) Dado que a presente directiva estabelece regras mínimas, os Estados-Membros são livres de aprovar ou manter medidas mais rigorosas para uma protecção efectiva do ambiente pelo direito penal. Essas medidas devem ser compatíveis com o Tratado CE.

(13) Os Estados-Membros devem fornecer à Comissão informações sobre a aplicação da presente directiva, por forma a permitir-lhe avaliar o seu efeito.

(14) Atendendo a que o objectivo da presente directiva, a saber garantir uma protecção mais efectiva do ambiente, não pode ser suficientemente realizado pelos Estados-Membros e pode, pois, ser melhor alcançado ao nível comunitário, a Comunidade pode tomar medidas em conformidade com o princípio da subsidiariedade consagrado no artigo 5.º do Tratado. Em conformidade com o princípio da proporcionalidade consagrado no mesmo artigo, a presente directiva não excede o necessário para alcançar aquele objectivo.

(15) Sempre que for aprovada legislação posterior no domínio do ambiente, esta deverá especificar, quando seja adequado, que a presente directiva é aplicável. O artigo 3.º deverá ser modificado se necessário.

(16) A presente directiva respeita os direitos e princípios fundamentais reconhecidos, nomeadamente, na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia,

APROVARAM A PRESENTE DIRECTIVA:

Artigo 1.º

Objecto

A presente directiva estabelece medidas relacionadas com o direito penal, destinadas a proteger o ambiente de forma mais efectiva.

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Artigo 2.º

Definições

Para efeitos da presente directiva, entende-se por:

a) «Ilegal», a infracção

i) Da legislação aprovada com base no Tratado CE indicada no Anexo A, ou

ii) No que se refere a actividades abrangidas pelo Tratado Euratom, da legislação aprovada com base no Tratado Euratom indicada no Anexo B, ou

iii) De uma lei, um regulamento administrativo de um Estado-Membro ou uma decisão de uma autoridade competente de um Estado-Membro em cumprimento da legislação comunitária mencionada nas subalíneas i) e ii);

b) «Espécies protegidas da fauna e da flora selvagens»:

i) Para efeitos da alínea f) do artigo 3.º, as espécies enumeradas:

– no Anexo IV da Directiva 92/43/CEE do Conselho, de 21 de Maio de 1992, relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e da flora selvagens1;

– no Anexo I e referidas no n.º 2 do artigo 4.º da Directiva 79/409/CEE do Conselho, de 2 de Abril de 1979, relativa à conservação das aves selvagens2;

ii) Para efeitos da alínea g) do artigo 3.º, as espécies enumeradas:

– nos Anexos A ou B do Regulamento (CE) n.º 338/97 do Conselho, de 9 de Dezembro de 1996, relativo à protecção de espécies da fauna e da flora selvagens através do controlo do seu comércio3;

c) «Habitat localizado dentro de um sítio protegido», o habitat de uma espécie relativamente à qual uma zona é classificada como zona de protecção especial nos termos dos n.ºs 1 ou 2 do artigo 4.º da Directiva 79/409/CEE, ou o habitat natural ou o habitat de uma espécie relativamente à qual um sítio é designado zona especial de conservação nos termos do n.º 4 do artigo 4.º da Directiva 92/43/CEE;

d) «Pessoa colectiva», qualquer entidade que beneficie desse estatuto por força do direito nacional aplicável, com excepção dos Estados ou de quaisquer outras entidades de direito público agindo no exercício das suas prerrogativas de autoridade pública e das organizações internacionais.

1 JO L 206 de 22.7.1992, p. 7. Directiva com a última redacção que lhe foi dada pela Directiva

2006/105/CE (JO L 363 de 20.12.2006, p. 368). 2 JO L 103 de 25.4.1979, p. 1. Directiva com a última redacção que lhe foi dada pela Directiva

2006/105/CE. 3 JO L 61 de 3.3.1997, p. 1. Regulamento com a última redacção que lhe foi dada pelo

Regulamento (CE) n.º 1352/2005 da Comissão (JO L 215 de 19.8.2005, p. 1).

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Artigo 3.º

Infracções

Os Estados-Membros devem tomar as medidas necessárias para qualificar os actos abaixo indicados como infracções penais, quando sejam ilegais e cometidos com dolo ou, pelo menos, com negligência grave:

a) A descarga, emissão ou introdução ▌de uma quantidade de matérias ou de radiações ionizantes na atmosfera, no solo ou na água, que causem ou sejam passíveis de causar a morte ou lesões graves a pessoas, ou danos substanciais à qualidade do ar, à qualidade do solo, à qualidade da água, ou a animais ou plantas;

b) A recolha, o transporte, a valorização e a eliminação de resíduos, incluindo a fiscalização destas operações e o tratamento posterior dos locais de eliminação e as actividades exercidas por negociantes ou intermediários (gestão de resíduos), que causem, ou sejam susceptíveis de causar a morte ou lesões graves a pessoas, ou danos substanciais à qualidade do ar, à qualidade do solo, à qualidade da água, ou a animais ou plantas;

c) A transferência ▌de resíduos, caso essa actividade seja abrangida pelo âmbito de aplicação do n.º 35 do artigo 2.º do Regulamento (CE) n.º 1013/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho de 14 de Junho de 2006 relativo a transferências de resíduos1 e seja levada a cabo em quantidades não negligenciáveis, quer ocorra numa transferência única ou em várias transferências aparentemente ligadas;

d) A exploração ▌de uma instalação onde se exerça uma actividade perigosa ou onde sejam armazenadas ou utilizadas substâncias ou preparações perigosas, que cause, ou seja susceptível de causar, no exterior dessa instalação, a morte ou lesões graves a pessoas, ou ainda danos substanciais à qualidade do ar, à qualidade do solo, à qualidade da água, ou a animais ou plantas;

e) A produção, o tratamento, a manipulação, a utilização, a detenção, a armazenagem, o transporte, a importação, a exportação e a eliminação de materiais nucleares, ou outras substâncias radioactivas perigosas, que causem, ou sejam passíveis de causar a morte ou lesões graves a pessoas, ou danos substanciais à qualidade do ar, à qualidade do solo, à qualidade da água, ou a animais ou plantas;

f) A morte, destruição, posse e captura de espécies protegidas da fauna ou da flora selvagem, excepto caso se trate de uma quantidade negligenciável e o impacto sobre o estado de conservação da espécie for negligenciável;

g) O comércio de espécies protegidas da fauna e da flora selvagens ou de partes ou produtos delas, excepto caso o acto diga respeito a uma quantidade negligenciável e o impacto sobre o estado de conservação da espécie for negligenciável;

1 OJ L 190, 12.7.2006, p. 1. Regulamento com a redacção que lhe foi dada pelo Regulamento (EC)

n.° 1379/2007 da Comissão (JO L 309, 27.11.2007, p. 7).

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h) Qualquer comportamento que cause a deterioração significativa de um habitat no interior de um local protegido;

i) A produção, importação, exportação, colocação no mercado ou utilização de substâncias que empobrecem a camada de ozono.

Artigo 4.º

Instigação e cumplicidade

Os Estados-Membros tomam as medidas necessárias para punir como infracção penal a cumplicidade nos actos cometidos com dolo mencionados no artigo 3.º ou a instigação à sua prática.

Artigo 5.º

Sanções

1. Cada Estado-Membro toma as medidas necessárias para garantir que as infracções referidas nos artigos 3.º e 4.º sejam puníveis com sanções efectivas, proporcionadas e dissuasoras.

Artigo 6.º

Responsabilidade das pessoas colectivas

1. Os Estados-Membros tomam as medidas necessárias para garantir que as pessoas colectivas possam ser responsabilizadas pelas infracções previstas nos artigos 3.º e 4.º, praticadas em seu benefício por qualquer pessoa que desempenhe um cargo de chefia, agindo quer a título individual, quer como membro de um dos órgãos dessa pessoa colectiva, com base em:

a) Poderes de representação da pessoa colectiva; ║

b) Autoridade para tomar decisões em nome da pessoa colectiva; ou

c) Autoridade para exercer controlo no âmbito da pessoa colectiva.

2. Os Estados-Membros tomam as medidas necessárias para que uma pessoa colectiva possa ser responsabilizada quando a falta de vigilância ou de controlo por parte de uma pessoa referida no n.º 1 tiver possibilitado a prática das infracções referidas nos artigos 3.º e 4.º, em benefício dessa pessoa colectiva, por uma pessoa sob a sua autoridade.

3. A responsabilidade das pessoas colectivas nos termos dos n.ºs 1 e 2 não exclui a instauração de acções penais contra pessoas singulares que estejam envolvidas como autores, instigadores ou cúmplices nas infracções mencionadas nos artigos 3.º e 4.º.

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Artigo 7.º

Sanções aplicáveis às pessoas colectivas

Cada Estado-Membro toma as medidas necessárias para garantir que as pessoas colectivas consideradas responsáveis nos termos do artigo 6.º sejam puníveis com sanções efectivas, proporcionadas e dissuasoras.

Artigo 8.º

Transposição

1. Os Estados-Membros põem em vigor até ...1 as disposições legislativas, regulamentares e administrativas necessárias para dar cumprimento à presente directiva. ▌

As disposições aprovadas pelos Estados-Membros devem incluir uma referência à presente directiva ou ser acompanhadas de tal referência aquando da sua publicação oficial. O modo de efectuar essa referência é estabelecido pelos Estados-Membros.

2. Os Estados-Membros comunicam à Comissão o texto das principais disposições de direito interno que aprovarem nas matérias regidas pela presente directiva, bem como um quadro de correspondência entre essas disposições e a presente directiva.

Artigo 9.º

Entrada em vigor

A presente directiva entra em vigor no vigésimo dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

Artigo 10.º

Destinatários

Os Estados-Membros são os destinatários da presente directiva.

Feito em ║

Pelo Parlamento Europeu, Pelo Conselho, O Presidente O Presidente

1 24 meses a contar da data de entrada em vigor da presente directiva.

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ANEXO A

LISTA DA LEGISLAÇÃO COMUNITÁRIA APROVADA COM BASE NO TCE, CUJA VIOLAÇÃO CONSTITUI UM ACTO ILEGAL NOS TERMOS DA SUBALÍNEA I) DA

ALÍNEA A) DO ARTIGO 2.º DA PRESENTE DIRECTIVA

−−−− Directiva 70/220/CEE do Conselho, de 20 de Março de 1970, relativa à aproximação das legislações dos Estados Membros respeitantes às medidas a tomar contra a poluição do ar pelos gases provenientes dos motores de ignição comandada que equipam os veículos a motor; a revogar por um novo regulamento.

−−−− Directiva 72/306/CEE do Conselho, de 2 de Agosto de 1972, relativa à aproximação das legislações dos Estados-Membros respeitantes às medidas a tomar contra a emissão de poluentes provenientes dos motores diesel destinados à propulsão dos veículos.

−−−− Directiva 75/439/CEE do Conselho, de 16 de Junho de 1975, relativa à eliminação dos óleos usados.

−−−− Directiva 76/769/CEE do Conselho, de 27 de Julho de 1976, relativa à aproximação das disposições legislativas, regulamentares e administrativas dos Estados-Membros respeitantes à limitação da colocação no mercado e da utilização de algumas substâncias e preparações perigosas.

−−−− Directiva 77/537/CEE do Conselho, de 28 de Junho de 1977, relativa à aproximação das legislações dos Estados Membros respeitantes às medidas a tomar contra a emissão de poluentes provenientes de motores diesel destinados à propulsão dos tractores agrícolas ou florestais de rodas.

−−−− Directiva 78/176/CEE do Conselho, de 20 de Fevereiro de 1978, relativa aos detritos provenientes da indústria do dióxido de titânio.

−−−− Directiva 79/117/CEE do Conselho, de 21 de Dezembro de 1978, relativa à proibição de colocação no mercado e da utilização de produtos fitofarmacêuticos contendo determinadas substâncias activas.

−−−− Directiva 79/409/CEE do Conselho, de 2 de Abril de 1979, relativa à conservação das aves selvagens.

−−−− Directiva 82/176/CEE do Conselho, de 22 de Março de 1982, relativa aos valores limite e aos objectivos de qualidade para as descargas de mercúrio do sector da electrólise dos cloretos alcalinos.

−−−− Directiva 83/513/CEE do Conselho, de 26 de Setembro de 1983, relativa aos valores-limite e aos objectivos de qualidade para as descargas de cádmio.

−−−− Directiva 84/156/CEE do Conselho, de 8 de Março de 1984, relativa aos valores limite e aos objectivos de qualidade para as descargas de mercúrio de sectores que não o da electrólise dos cloretos alcalinos.

−−−− Directiva 84/360/CEE do Conselho, de 28 de Junho de 1984, relativa à luta contra a poluição atmosférica provocada por instalações industriais.

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−−−− Directiva 84/491/CEE do Conselho, de 9 de Outubro de 1984, relativa aos valores limite e aos objectivos de qualidade para as descargas de hexaclorociclohexano.

−−−− Directiva 85/203/CEE do Conselho, de 7 de Março de 1985, relativa às normas de qualidade do ar para o dióxido de azoto.

−−−− Directiva 86/278/CEE do Conselho, de 12 de Junho de 1986, relativa à protecção do ambiente, e em especial dos solos, na utilização agrícola de lamas de depuração.

−−−− Directiva 86/280/CEE do Conselho, de 12 de Junho de 1986, relativa aos valores limite e aos objectivos de qualidade para as descargas de certas substâncias perigosas incluídas na lista I do Anexo da Directiva 76/464/CEE.

−−−− Directiva 87/217/CEE do Conselho, de 19 de Março de 1987, relativa à prevenção e à redução da poluição do ambiente provocada pelo amianto.

−−−− Directiva 90/219/CEE do Conselho, de 23 de Abril de 1990, relativa à utilização confinada de microrganismos geneticamente modificados.

−−−− Directiva 91/271/CEE do Conselho, de 21 de Maio de 1991, relativa ao tratamento de águas residuais urbanas.

−−−− Directiva 91/414/CEE do Conselho, de 15 de Julho de 1991, relativa à colocação dos produtos fitofarmacêuticos no mercado.

−−−− Directiva 91/676/CEE do Conselho, de 12 de Dezembro de 1991, relativa à protecção das águas contra a poluição causada por nitratos de origem agrícola.

−−−− Directiva 91/689/CEE do Conselho, de 12 de Dezembro de 1991, relativa aos resíduos perigosos.

−−−− Directiva 92/43/CEE do Conselho, de 21 de Maio de 1992, relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e da flora selvagens.

−−−− Directiva 92/112/CEE do Conselho, de 15 de Dezembro de 1992, que estabelece as regras de harmonização dos programas de redução da poluição causada por resíduos da indústria do dióxido de titânio tendo em vista a sua eliminação.

−−−− Directiva 94/62/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de Dezembro de 1994, relativa a embalagens e resíduos de embalagens, alterada pelas Directivas 2004/12/CE e 2005/20/CE.

−−−− Directiva 94/63/CEE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de Dezembro de 1994, relativa ao controlo das emissões de compostos orgânicos voláteis (COV) resultantes do armazenamento de gasolinas e da sua distribuição dos terminais para as estações de serviço.

−−−− Directiva 96/49/CEE do Conselho, de 23 de Julho de 1996, relativa à aproximação das legislações dos Estados Membros respeitantes ao transporte ferroviário de mercadorias perigosas.

−−−− Directiva 96/59/CE do Conselho, de 16 de Setembro de 1996, relativa à eliminação dos policlorobifenilos e dos policlorotrifenilos (PCB/PCT);

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−−−− Directiva 96/62/CEE do Conselho, de 27 de Setembro de 1996, relativa à avaliação e gestão da qualidade do ar ambiente.

−−−− Directiva 96/82/CE do Conselho, de 9 de Dezembro de 1996, relativa ao controlo dos perigos associados a acidentes graves que envolvem substâncias perigosas.

−−−− Directiva 97/68/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Dezembro de 1997, relativa à aproximação das legislações dos Estados Membros respeitantes a medidas contra a emissão de poluentes gasosos e de partículas pelos motores de combustão interna a instalar em máquinas móveis não rodoviárias.

−−−− Regulamento (CE) n.º 338/97 do Conselho, de 9 de Dezembro de 1996, relativo à protecção de espécies da fauna e da flora selvagens através do controlo do seu comércio.

−−−− Directiva 98/8/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Fevereiro de 1998, relativa à colocação de produtos biocidas no mercado.

−−−− Directiva 98/70/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de Outubro de 1998, relativa à qualidade da gasolina e do combustível para motores diesel e que altera a Directiva 93/12/CEE do Conselho.

−−−− Directiva 98/83/CEE do Conselho, de 3 de Novembro de 1998, relativa à qualidade da água destinada ao consumo humano.

−−−− Directiva 99/13/CE do Conselho, de 11 de Março de 1999, relativa à limitação das emissões de compostos orgânicos voláteis resultantes da utilização de solventes orgânicos em certas actividades e instalações.

−−−− Directiva 1999/30/CE do Conselho, de 22 de Abril de 1999, relativa a valores limite para o dióxido de enxofre, dióxido de azoto e óxidos de azoto, partículas em suspensão e chumbo no ar ambiente, Decisão 2001/744/CEE da Comissão, de 17 de Outubro de 2001, que altera o anexo V desta Directiva.

−−−− Directiva 1999/31/CE do Conselho, de 26 de Abril de 1999, relativa à deposição de resíduos em aterros.

−−−− Directiva 1999/32/CE do Conselho, de 26 de Abril de 1999, relativa à redução do teor de enxofre de determinados combustíveis líquidos e que altera a Directiva 93/12/CEE.

−−−− Directiva 2000/53/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 18 de Setembro de 2000, relativa aos veículos em fim de vida.

−−−− Directiva 2000/60/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Outubro de 2000, que estabelece um quadro de acção comunitária no domínio da política da água.

−−−− Directiva 2000/69/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Novembro de 2000, relativa a valores limite para o benzeno e o monóxido de carbono no ar ambiente.

−−−− Directiva 2000/76/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de Dezembro de 2000, relativa à incineração de resíduos.

−−−− Regulamento (CE) nº 2037/2000 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de Junho de 2000, relativo às substâncias que empobrecem a camada de ozono.

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−−−− Directiva 2001/18/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de Março de 2001, relativa à libertação deliberada no ambiente de organismos geneticamente modificados e que revoga a Directiva 90/220/CEE do Conselho.

−−−− Directiva 2001/80/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Outubro de 2001, relativa à limitação das emissões para a atmosfera de certos poluentes provenientes de grandes instalações de combustão.

−−−− Directiva 2002/3/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de Fevereiro de 2002, relativa ao ozono no ar ambiente.

−−−− Directiva 2002/95/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de Janeiro de 2003, relativa à restrição do uso de determinadas substâncias perigosas em equipamentos eléctricos e electrónicos.

−−−− Directiva 2002/96/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de Janeiro de 2003, relativa aos resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos (REEE).

−−−− Directiva 2003/44/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Junho de 2003, que altera a Directiva 94/25/CE relativa à aproximação das disposições legislativas, regulamentares e administrativas dos Estados-Membros respeitantes às embarcações de recreio.

−−−− Directiva 2004/107/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de Dezembro de 2004, relativa ao arsénio, ao cádmio, ao mercúrio, ao níquel e aos hidrocarbonetos aromáticos policíclicos no ar ambiente.

−−−− Regulamento (CE) n.º 648/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de Março de 2004, relativo aos detergentes.

−−−− Regulamento (CE) n.º 850/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de Abril de 2004, relativo a poluentes orgânicos persistentes e que altera a Directiva 79/117/CEE.

−−−− Directiva 2005/55/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 28 de Setembro de 2005, relativa à aproximação das legislações dos Estados-Membros respeitantes às medidas a tomar contra a emissão de gases e partículas poluentes provenientes dos motores de ignição por compressão utilizados em veículos e a emissão de gases poluentes provenientes dos motores de ignição comandada alimentados a gás natural ou a gás de petróleo liquefeito utilizados em veículos.

−−−− Directiva 2005/78/CE da Comissão, de 14 de Novembro de 2005, que aplica a Directiva 2005/55/CE do Parlamento Europeu e do Conselho relativa à aproximação das legislações dos Estados Membros respeitantes às medidas a tomar contra a emissão de gases e partículas poluentes provenientes dos motores de ignição por compressão utilizados em veículos e a emissão de gases poluentes provenientes dos motores de ignição comandada alimentados a gás natural ou a gás de petróleo liquefeito utilizados em veículos e altera os seus anexos I, II, III, IV e VI.

−−−− Directiva 2006/7/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de Fevereiro de 2006, relativa à gestão da qualidade das águas balneares e que revoga a Directiva 76/160/CEE.

−−−− Directiva 2006/11/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de Fevereiro de 2006, relativa à poluição causada por determinadas substâncias perigosas lançadas no meio aquático da Comunidade.

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−−−− Directiva 2006/12/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de Abril de 2006, relativa aos resíduos.

−−−− Directiva 2006/21/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de Março de 2006, relativa à gestão dos resíduos de indústrias extractivas e que altera a Directiva 2004/35/CE.

−−−− Directiva 2006/40/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de Maio de 2006, relativa às emissões provenientes de sistemas de ar condicionado instalados em veículos a motor e que altera a Directiva 70/156/CEE do Conselho.

−−−− Directiva 2006/44/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 6 de Setembro de 2006, relativa à qualidade das águas doces que necessitam de ser protegidas ou melhoradas a fim de estarem aptas para a vida dos peixes.

−−−− Directiva 2006/66/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 6 de Setembro de 2006, relativa a pilhas e acumuladores e respectivos resíduos e que revoga a Directiva 91/157/CEE.

−−−− Directiva 2006/118/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de Dezembro de 2006, relativa à protecção das águas subterrâneas contra a poluição e a deterioração.

−−−− Regulamento (CE) n.º 842/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de Maio de 2006, relativo a determinados gases fluorados com efeito de estufa.

−−−− Regulamento (CE) n.º 1013/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de Junho de 2006, relativo a transferências de resíduos.

−−−− Regulamento (CE) n.º 715/2007 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de Junho de 2007, relativo à homologação dos veículos a motor no que respeita às emissões dos veículos ligeiros de passageiros e comerciais (Euro 5 e Euro 6) e ao acesso à informação relativa à reparação e manutenção de veículos.

−−−− Regulamento (CE) n.º 1418/2007 da Comissão, de 29 de Novembro de 2007 , relativo à exportação de determinados resíduos, para fins de valorização, enumerados no anexo III ou no anexo III-A do Regulamento (CE) n.º 1013/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho para certos países não abrangidos pela Decisão da OCDE sobre o controlo dos movimentos transfronteiriços de resíduos.

−−−− Directiva 2008/1/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de Janeiro de 2008, relativa à prevenção e controlo integrados da poluição.

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ANEXO B

LISTA DA LEGISLAÇÃO COMUNITÁRIA APROVADA COM BASE NO TRATADO EURATOM, CUJA VIOLAÇÃO CONSTITUI UM ACTO ILEGAL NOS TERMOS DA

SUBALÍNEA II) DA ALÍNEA A) DO ARTIGO 2.º DA PRESENTE DIRECTIVA

−−−− Directiva 96/29/Euratom do Conselho, de 13 de Maio de 1996, que fixa as normas de segurança de base relativas à protecção sanitária da população e dos trabalhadores contra os perigos resultantes das radiações ionizantes.

−−−− Directiva 2003/122/Euratom do Conselho, de 22 de Dezembro de 2003, relativa ao controlo de fontes radioactivas seladas de actividade elevada e de fontes órfãs.

−−−− Directiva 2006/117/Euratom do Conselho, de 20 de Novembro de 2006, relativa à fiscalização e ao controlo das transferências de resíduos radioactivos e de combustível nuclear irradiado.

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P6_TA-PROV(2008)0216

Inquéritos sobre a estrutura das explorações agrícolas e sobre os métodos de produção agrícola ***I

Resolução legislativa do Parlamento Europeu, de 21 de Maio de 2008, sobre uma proposta de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho relativo aos inquéritos sobre a estrutura das explorações agrícolas e ao inquérito aos modos de produção agrícola e que revoga o Regulamento (CEE) n.º 571/88 do Conselho (COM(2007)0245 – C6-0127/2007 – 2007/0084(COD))

(Processo de co-decisão: primeira leitura)

O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta a proposta da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho (COM(2007)0245),

– Tendo em conta o n.º 2 do artigo 251.º e o n.º 1 do artigo 285.º do Tratado CE, nos termos dos quais a proposta lhe foi apresentada pela Comissão (C6-0127/2007),

– Tendo em conta o artigo 51.º do seu Regimento,

– Tendo em conta o relatório da Comissão da Agricultura e do Desenvolvimento Rural (A6-0061/2008),

1. Aprova a proposta da Comissão com as alterações nela introduzidas;

2. Requer à Comissão que lhe submeta de novo esta proposta, se pretender alterá-la substancialmente ou substituí-la por um outro texto;

3. Encarrega o seu Presidente de transmitir a posição do Parlamento ao Conselho e à Comissão.

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PT

P6_TC1-COD(2007)0084

Posição do Parlamento Europeu aprovada em primeira leitura em 21 de Maio de 2008 tendo em vista a aprovação do Regulamento (CE) n.º .../2008 do Parlamento Europeu e do Conselho relativo aos inquéritos sobre a estrutura das explorações agrícolas e ao inquérito aos modos de produção agrícola e que revoga o Regulamento (CEE) n.º 571/88 do Conselho

(Texto relevante para efeitos do EEE)

O PARLAMENTO EUROPEU E O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia, nomeadamente o n.º 1 do artigo 285.º,

Tendo em conta a proposta da Comissão║,

Deliberando nos termos do ║artigo 251.º do Tratado1,

Considerando o seguinte:

(1) O Regulamento (CEE) n.º 571/88 do Conselho, de 29 de Fevereiro de 1988, relativo à

organização de uma série de inquéritos comunitários sobre a estrutura das explorações

agrícolas2 prevê um programa de inquéritos da Comunidade destinado a fornecer

estatísticas sobre a estrutura das explorações agrícolas até 2007.

(2) O programa de inquéritos sobre a estrutura das explorações agrícolas realizados ao nível

comunitário desde 1966/1967, deverá ser continuado a fim de examinar as tendências a

nível comunitário. Por uma questão de clareza, o Regulamento (CEE) n.º 571/88 deverá

ser substituído pelo presente regulamento.

(3) Para actualizar os ficheiros de base das explorações bem como as outras informações

necessárias para a estratificação dos inquéritos por amostragem, é necessário proceder,

pelo menos de dez em dez anos, a um recenseamento das explorações agrícolas na

Comunidade. O último recenseamento realizou-se em 1999/2000.

(4) É necessário recolher dados sobre a aplicação das medidas de desenvolvimento rural

definidas no Regulamento (CE) n.º 1698/2005 do Conselho, de 20 de Setembro de 2005,

1 Posição do Parlamento Europeu de 21 de Maio de 2008. 2 JO L 56 de 2.3.1988, p. 1. Regulamento com a última redacção que lhe foi dada pelo Regulamento (CE)

n.º 1928/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho (JO L 406 de 30.12.06, p. 7).

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PT

relativo ao apoio ao desenvolvimento rural pelo Fundo Europeu Agrícola de

Desenvolvimento Rural (Feader)1.

(5) Nas suas conclusões sobre os indicadores agro-ambientais, o Conselho reconheceu a

necessidade de dispor de dados comparáveis sobre as actividades agrícolas, ao nível

geográfico apropriado, e abrangendo toda a Comunidade. O Conselho solicitou à Comissão

que realizasse as acções previstas na sua Comunicação COM(2006)508 que inclui o

levantamento de dados estatísticos, especialmente no que diz respeito às práticas de gestão

agrícola e ao uso dos factores de produção agrícola.

(6) Há falta de informação estatística sobre os diferentes modos de produção agrícola ao nível

de cada exploração. Por isso, é necessário melhorar a recolha de informação sobre os

modos de produção agrícola, ligada a informações estruturais sobre as explorações

agrícolas, para fornecer estatísticas suplementares para o desenvolvimento da política

agro-ambiental e para melhorar a qualidade dos indicadores agro-ambientais.

(7) A existência de estatísticas comparáveis de todos os Estados-Membros sobre a estrutura

das explorações agrícolas é importante para a orientação da política agrícola na

Comunidade. Consequentemente, deverão ser usadas, na medida do possível,

classificações e definições padrão comuns para as características do inquérito.

(8) A realização do inquérito sobre a estrutura das explorações agrícolas em 2010 e o

recenseamento decenal da população em 2011 constituiriam um pesado encargo para os

recursos estatísticos dos Estados-Membros em caso de sobreposição dos períodos do

trabalho de campo destes dois importantes censos. Por conseguinte, deverá ser prevista

uma derrogação que permita aos Estados-Membros efectuar o inquérito sobre a

estrutura das explorações agrícolas em 2009.

(9) O Regulamento (CE) n.º 322/97 do Conselho, de 17 de Fevereiro de 1997, relativo às estatísticas comunitárias2, constitui o quadro de referência para as disposições do presente regulamento, nomeadamente no que se refere ao respeito pela imparcialidade, fiabilidade, objectividade, isenção científica, eficácia em relação aos custos e pelo segredo estatístico. O Regulamento (Euratom, CEE) n.º 1588/90 do Conselho, de 11 de Junho de 1990, relativo à transmissão de informações abrangidas pelo segredo estatístico ao Serviço de

1 JO L 277 de 21.10.2005, p. 1. Regulamento com a última redacção que lhe foi dada pelo Regulamento (CE)

n.º 146/2008 (JO L 46 de 21.02.2008, p. 1). 2 JO L 52 de 22.2.1997, p. 61. Regulamento com a última redacção que lhe foi dada pelo Regulamento (CE)

n.º 1882/2003 do Parlamento Europeu e do Conselho (JO L 284 de 3.10.2003, p. 1).

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Estatística das Comunidades Europeias1 constitui o quadro de referência para a transmissão e protecção de dados estatísticos ao abrigo do presente regulamento, a fim de evitar qualquer risco de divulgação ilícita ou de utilização para fins não estatísticos, aquando da elaboração e divulgação das estatísticas comunitárias.

(10) A utilização pela Comissão da localização exacta da exploração agrícola deverá limitar-se

a análises estatísticas e excluir a tiragem de amostras e a realização de inquéritos.

Deverá ser assegurada a necessária protecção da confidencialidade dos dados, entre outros

meios, através da limitação de dados exactos sobre os parâmetros de localização e de

uma agregação adequada sempre que as estatísticas forem publicadas.

(11) O Regulamento (CEE) n.º 3037/90 do Conselho, de 9 de Outubro de 19902, estabeleceu a

nomenclatura estatística das actividades económicas na Comunidade Europeia.

(12) Nos termos do Regulamento (CE) n.º 1059/2003 do Parlamento Europeu e do Conselho, de

26 de Maio de 2003, relativo à instituição de uma Nomenclatura Comum das Unidades

Territoriais Estatísticas (NUTS)3, as unidades territoriais devem ser definidas de acordo

com a nomenclatura NUTS.

(13) Deverá prever-se a possibilidade de utilização de inquéritos por amostragem e de fontes

administrativas, para reduzir o mais possível os encargos de recolha de dados dos

inquiridos e dos Estados-Membros.

(14) Para realizar estes inquéritos, são necessários, da parte dos Estados-Membros e da

Comissão, durante vários anos, importantes meios orçamentais, uma grande parte dos quais

se destina a responder às necessidades da Comunidade.

(15) Reconhece-se que os requisitos para o reconhecimento e identificação por satélite das

explorações agrícolas apresentam significativas dificuldades metodológicas e técnicas

em muitos Estados-Membros.

(16) Consequentemente, deverá prever-se uma contribuição comunitária para a realização deste

programa através do Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola (FEOGA), nos

1 JO L 151 de 15.6.1990, p. 1. Regulamento com a última redacção que lhe foi dada pelo Regulamento (CE)

n.º 1882/2003. 2 JO L 293 de 24.10.1990, p. 1. Regulamento com a última redacção que lhe foi dada pelo Regulamento (CE)

n.º 1893/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho (JO L 393 de 30.12.2006, p. 1). 3 JO L 154 de 21.6.2003, p. 1. Regulamento com a última redacção que lhe foi dada pelo Regulamento (CE)

n.º 176/2008 (JO L 61 de 5.3.2008, p. 1).

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termos da alínea e) do n.º 2 do artigo 3.º do Regulamento (CE) n.º 1290/2005, de 21 de

Junho de 2005, relativo ao financiamento da política agrícola comum1.

(17) O presente regulamento estabelece um quadro financeiro para a totalidade da duração do

programa, o qual deve constituir o principal ponto de referência da autoridade orçamental

no âmbito do processo orçamental anual, na acepção do ponto 37 do Acordo

interinstitucional, de 17 de Maio de 2006, entre o Parlamento Europeu, o Conselho e a

Comissão, sobre a disciplina orçamental e a boa gestão financeira2.

(18) Atendendo a que o objectivo deste Regulamento, a saber, a produção sistemática de

estatísticas comunitárias sobre a estrutura das explorações agrícolas e os modos de

produção agrícola, não pode ser suficientemente realizado pelos Estados-Membros, e pode,

pois, ser melhor alcançado a nível comunitário, a Comunidade pode tomar medidas em

conformidade com o princípio da subsidiariedade consagrado no artigo 5.º do Tratado. Em

conformidade com o princípio da proporcionalidade consagrado no mesmo artigo, o

presente regulamento não excede o necessário para atingir esse objectivo.

(19) As medidas necessárias à execução do presente regulamento deverão ser aprovadas nos

termos da Decisão 1999/468/CE do Conselho, de 28 de Junho de 1999, que fixa as regras

de exercício das competências de execução atribuídas à Comissão3.

(20) Em especial, deverá ser atribuída competência à Comissão para definir os coeficientes

para as cabeças normais, definir as características e adaptar os anexos do presente

regulamento. Atendendo a que têm alcance geral e se destinam a alterar elementos não

essenciais do presente regulamento, completando-o mediante o aditamento de novos

elementos não essenciais, essas medidas devem ser aprovadas pelo procedimento de

regulamentação com controlo previsto no artigo 5.º-A da Decisão 1999/468/CE ║.

(21) O Comité Permanente da Estatística Agrícola, instituído pela Decisão 72/279/CEE do

Conselho4, foi consultado,

APROVARAM O PRESENTE REGULAMENTO:

1 JO L 209 de 11.8.2005, p. 1. Regulamento com a última redacção que lhe foi dada pelo Regulamento (CE)

n.º 1437/2007 (JO L 322 de 7.12.2007, p. 1). 2 JO C 139 de 14.6.2006, p. 1. Acordo com a redacção que lhe foi dada pela Decisão n.° 2008/29/CE do

Parlamento Europeu e do Conselho (JO L 6 de 10.1.2008, p. 7). 3 JO L 184 de 17.7.1999, p. 23. Decisão com a redacção que lhe foi dada pela Decisão 2006/512/CE (JO L 200

de 22.7.2006, p. 11). 4 JO L 179 de 7.8.1972, p. 1.

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CAPÍTULO I

DEFINIÇÕES E PRESCRIÇÕES GERAIS

Artigo 1.º

Objecto

O presente regulamento cria um quadro para a produção de estatísticas comunitárias comparáveis sobre a estrutura das explorações agrícolas e para um inquérito aos modos de produção agrícola.

Artigo 2.º

Definições

Para efeitos do presente regulamento, entende-se por:

a) «Exploração agrícola» ou «exploração», uma unidade técnico económica com uma gestão única que realiza actividades agrícolas enumeradas no Anexo I, no território económico da União Europeia, quer como actividade primária, quer como actividade secundária.

b) «Cabeças normais», uma unidade de medida padrão que permite a agregação das várias categorias de população pecuária para fins de comparação. As cabeças normais são definidas com base nas necessidades de alimentação das categorias de animais individuais para as quais devem ser aprovados os coeficientes de acordo com o procedimento de regulamentação com controlo referido no n.º 2 do artigo 15.º

c) «Inquéritos por amostragem», inquéritos estatísticos baseados numa amostragem aleatória estratificada, concebidos para fornecer estatísticas representativas respeitantes às explorações agrícolas ao nível regional e nacional. A estratificação deve incluir a dimensão e o tipo de exploração agrícola, para garantir que os diferentes tipos e dimensões de explorações estão representados de forma adequada.

d) «Região», uma unidade territorial NUTS 2 definida no Regulamento (CE) n.º 1059/2003.

e) «Localização da exploração», as coordenadas da latitude e longitude com uma margem de erro de 5 minutos que evitam a identificação directa de uma exploração individual. Se as coordenadas de latitude e longitude apenas permitirem localizar uma exploração agrícola, esta deve ser atribuída à localização vizinha que inclui pelo menos mais uma exploração agrícola.

Artigo 3.º

Cobertura

1. Os inquéritos especificados no presente regulamento abrangem:

a) Explorações agrícolas cuja superfície agrícola utilizada seja igual ou superior a um hectare;

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b) Explorações agrícolas cuja superfície agrícola utilizada seja inferior a um hectare, se

alguma parte da sua produção for destinada à venda ou se a sua unidade de produção

ultrapassar certos limiares físicos.

2. Todavia, os Estados-Membros que utilizem um limiar de inquérito acima de um hectare

devem fixar esse limiar a um nível que apenas exclua as mais pequenas explorações agrícolas

que, no seu conjunto, contribuam para 2% ou menos da superfície agrícola total utilizada

excluindo explorações municipais e para 2% ou menos do número total de cabeças normais das

explorações.

3. De qualquer modo, devem ser abrangidas todas as explorações agrícolas que atinjam um

dos limiares físicos especificados no Anexo II.

Artigo 4.º

Fontes de dados

1. Os Estados-Membros devem usar informações do sistema integrado de gestão e de

controlo1, do regime de identificação e registo de bovinos2 e do registo da agricultura biológica3,

desde que essas informações tenham pelo menos a mesma qualidade das obtidas a partir de

inquéritos estatísticos. Os Estados-Membros podem usar também fontes administrativas

associadas às culturas geneticamente modificadas e às medidas de desenvolvimento rural

específicas a que se refere o Anexo III.

2. Se um Estado-Membro decidir utilizar uma fonte administrativa diferente da referida no

n.º 1, deve informar previamente a Comissão e fornecer pormenores sobre o método escolhido

e a qualidade dos dados provenientes desta fonte administrativa.

Artigo 5.º

1 Regulamento (CE) n.º 1782/2003 do Conselho, de 29 de Setembro de 2003, que estabelece regras comuns

para os regimes de apoio directo no âmbito da política agrícola comum e institui determinados regimes de apoio aos agricultores (JO L 270 de 21.10.2003, p. 1). Regulamento com a última redacção que lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n.º 293/2008 da Comissão (JO L 90 de 2.4.2008, p. 5).

2 Regulamento (CE) n.º 1760/2000 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de Julho de 2000, que estabelece um regime de identificação e registo de bovinos e relativo à rotulagem da carne de bovino e dos produtos à base de carne de bovino, e que revoga o Regulamento (CE) n.° 820/97 do Conselho (JO L 204 de 11.8.2000, p. 1). Regulamento com a última redacção que lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n.° 1791/2006 (JO L 363 de 20.12.2006, p. 1).

3 Regulamento (CE) n.º 2092/91 do Conselho, de 24 de Junho de 1991, relativo ao modo de produção biológico de produtos agrícolas e à sua indicação nos produtos agrícolas e nos géneros alimentícios (JO L 198 de 22.7.1991, p. 1). Regulamento com a última redacção que lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n.º 123/2008 da Comissão (JO L 38 de 13.2.2008, p. 3).

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Exactidão

1. Os Estados-Membros que realizam inquéritos por amostragem asseguram que os resultados

ponderados são estatisticamente representativos das explorações agrícolas de cada região e são

elaborados de modo a que satisfaçam os requisitos de exactidão definidos no Anexo IV.

2. Nos casos devidamente justificados, a Comissão deve autorizar os Estados-Membros a

abrirem excepções aos requisitos de exactidão para determinadas regiões.

CAPÍTULO II

ESTATÍSTICAS SOBRE A ESTRUTURA DAS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS

Artigo 6.º

Inquéritos à estrutura das explorações agrícolas

1. Os Estados-Membros devem realizar, em 2010, 2013 e 2016, inquéritos à estrutura das

explorações agrícolas, a seguir denominados «inquéritos à estrutura das explorações agrícolas».

2. O inquérito à estrutura das explorações agrícolas de 2010 deve ser realizado sob a forma de

recenseamento. Poderá, todavia, recorrer-se aos inquéritos por amostragem para as

características referentes ▌a outras actividades lucrativas da mão-de-obra, enunciadas na secção

▌V(ii) do Anexo III.

3. Os inquéritos à estrutura das explorações agrícolas de 2013 e 2016 podem ser realizados

sob a forma de inquéritos por amostragem.

Artigo 7.º

Características dos inquéritos

1. Os Estados-Membros devem fornecer informações sobre as características ▌enunciadas no

anexo III.

2. A Comissão pode alterar a lista das características fornecida nesse anexo, no que se refere

aos inquéritos à estrutura das explorações agrícolas para os anos de 2013 e 2016 ▌em

conformidade com o procedimento de regulamentação com controlo previsto no n.º 2 do artigo

15.º.

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PT

3. Se um Estado-Membro determinar que uma característica apresenta uma prevalência

baixa ou de zero, esta característica pode ser excluída da recolha de dados. O Estado-Membro

deve informar a Comissão no ano civil que precede o ano do recenseamento sobre quaisquer

características excluídas da recolha de dados.

4. ▌As definições das características são aprovadas pelo procedimento de regulamentação

com controlo previsto no n.º 2 do artigo 15.º.

Artigo 8.º

Períodos de referência

Os períodos de referência para os inquéritos à estrutura das explorações agrícolas são definidos do seguinte modo:

a) Para as características do solo especificadas no Anexo III: período de 12 meses terminando num dia de referência entre 1 de Março e 31 de Outubro do ano do inquérito;

b) Para as características referentes à população pecuária especificadas no Anexo III: um dia de referência entre 1 de Março e 31 de Dezembro do ano do inquérito;

c) Para as características referentes à mão-de-obra especificadas no Anexo III: período de 12 meses terminando num dia de referência entre 1 de Março e 31 de Outubro do ano do inquérito;

d) Para as medidas de desenvolvimento rural especificadas no Anexo III: um período de três anos que termina em 31 de Dezembro do ano do inquérito.

Artigo 9.º

Transmissão de dados

1. Até 31 de Março de 2012, os Estados-Membros devem comunicar à Comissão dados

validados do inquérito à estrutura das explorações agrícolas referente a 2010.

2. Os Estados-Membros devem comunicar à Comissão dados validados dos inquéritos à

estrutura das explorações agrícolas de 2013 e 2016, no prazo de 12 meses após o fim do ano de

inquérito.

3. ▌Os dados relativos às medidas de desenvolvimento rural referidos no anexo III, e com

base em registos administrativos, podem ser transmitidos à Comissão, em separado, no prazo de

18 meses após o fim do ano de inquérito.

4. Os dados do inquérito à estrutura das explorações agrícolas devem ser transmitidos à

Comissão em formato electrónico e ao nível de cada exploração agrícola.

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PT

5. A Comissão determina o formato para a transmissão dos dados do inquérito.

6. Os dados do inquérito à estrutura das explorações agrícolas não deverão ser utilizados

pela Comissão para tirar amostras ou realizar inquéritos.

Artigo 10.º

Base de amostragem

Para efeitos de actualização da base de amostragem dos inquéritos à estrutura das explorações agrícolas em 2013 e 2016, os Estados-Membros devem dar às autoridades nacionais responsáveis por estes inquéritos acesso à informação sobre as explorações agrícolas contida nos ficheiros administrativos compilados no seu território nacional.

CAPÍTULO III

ESTATÍSTICAS SOBRE OS MODOS DE PRODUÇÃO AGRÍCOLA

Artigo 11.º

Inquérito aos modos de produção agrícola

1. Os Estados-Membros devem realizar um inquérito ▌aos modos de produção agrícola

praticados pelas explorações agrícolas. Este inquérito pode ser realizado sob a forma de

inquérito por amostragem.

2. Nos casos devidamente justificados, a Comissão pode autorizar um Estado-Membro a

realizar um inquérito por amostragem com subamostras distintas.

3. Os Estados-Membros devem fornecer informações sobre as características dos modos de

produção agrícola enunciados no Anexo V.▌

4. Para cada exploração objecto de inquérito, os Estados-Membros devem igualmente

fornecer uma estimativa do volume de água utilizada para irrigação na exploração (em metros

cúbicos). A estimativa pode ser basear-se num modelo.

5. A Comissão presta apoio metodológico e outro tipo de apoio aos Estados-Membros, com

vista à elaboração do modelo referido no número anterior. Além disso, a Comissão promove a

cooperação necessária e a partilha de experiências entre os Estados-Membros, a fim de obter

resultados comparáveis.

6. Se um Estado-Membro determinar que uma característica apresenta uma prevalência

baixa ou de zero, esta característica pode ser excluída da recolha de dados. O Estado-Membro

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PT

deve informar a Comissão no ano civil que precede o ano do recenseamento sobre quaisquer

características excluídas da recolha de dados.

7. ▌As definições das características são aprovadas pelo procedimento de regulamentação

com controlo previsto no n.º 2 do artigo 15.º.

8. O período de referência coincide com os períodos de referência usados para as

características do inquérito à estrutura das explorações agrícolas, em 2010.

9. Os resultados deste inquérito serão ligados aos dados do inquérito à estrutura das

explorações agrícolas em 2010, ao nível de cada exploração. O conjunto de dados validado deve

ser transmitido à Comissão em formato electrónico, até 31 de Dezembro de 2012.

10. A Comissão determina o formato para a transmissão dos dados do inquérito.

11. Os dados sobre os modos de produção agrícola não deverão ser utilizados pela Comissão

para tirar amostras ou realizar inquéritos.

CAPÍTULO IV

RELATÓRIOS, FINANCIAMENTO E MEDIDAS DE EXECUÇÃO

Artigo 12.º

Relatórios

1. Os Estados-Membros devem ▌fornecer «Relatórios Nacionais de Metodologia» para os

inquéritos abrangidos pelo presente regulamento, descrevendo o seguinte:

a) A organização e a metodologia aplicadas;

b) Os níveis de exactidão alcançados pelos inquéritos por amostragem a que se refere o presente regulamento;

c) Informação sobre a qualidade de quaisquer fontes de dados administrativas usadas; e

d) Os critérios de inclusão e exclusão aplicados para cumprir os requisitos de cobertura especificados no artigo 3.º.

2. Os Relatórios Nacionais de Metodologia devem ser apresentados à Comissão com os

resultados validados do inquérito dentro dos prazos especificados nos n.ºs 1 e 2 do artigo 9.º.

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PT

3. Para além dos Relatórios Nacionais de Metodologia que devem ser apresentados no final

de cada inquérito, os Estados-Membros devem prestar à Comissão todas as informações

suplementares que possam ser necessárias sobre a organização e metodologia do inquérito.

Artigo 13.º

Contribuição comunitária

1. Os Estados Membros devem receber uma contribuição financeira comunitária máxima de

75% do custo de realização dos inquéritos definidos no presente regulamento, tendo em conta os

montantes máximos definidos nos n.ºs 2 e 3 do presente artigo.

2. Quando o presente regulamento entrar em vigor, a Comissão prestará aos

Estados-Membros que tiverem apresentado pedidos nesse sentido a assistência técnica e o

aconselhamento necessários em matéria de reconhecimento das explorações agrícolas por

satélite.

3. Para os custos combinados do inquérito à estrutura das explorações agrícolas de 2010 e do

inquérito aos modos de produção agrícola, a contribuição comunitária será limitada aos

montantes máximos a seguir especificados:

−−−− 0,05 milhões EUR para o Luxemburgo e para Malta;

−−−− 1 milhão EUR para a Áustria, para a Irlanda e para a Lituânia;

−−−− 2 milhões EUR para a Bulgária, para a Alemanha, para a Hungria, para Portugal e para o Reino Unido;

−−−− 3 milhões EUR para a Grécia, para a Espanha e para a França;

−−−− 4 milhões EUR para a Itália, para a Polónia e para a Roménia; e

−−−− 0,3 milhões EUR para cada um dos restantes Estados-Membros.

4. Para os inquéritos à estrutura das explorações agrícolas em 2013 e 2016, os montantes

máximos especificados no n.º 2 serão reduzidos em 50%.

5. A contribuição comunitária para a realização deste programa é financiada pelo Fundo

Europeu de Orientação e Garantia Agrícola, nos termos da alínea e) do n.º 2 do artigo 3.º do

Regulamento (CE) n.º 1290/2005.

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PT

Artigo 14.º

Quadro financeiro

1. O enquadramento financeiro para a execução do presente programa, incluindo as dotações

necessárias para a gestão, a manutenção e o desenvolvimento dos sistemas de bases de dados

usados na Comissão para processar os dados fornecidos pelos Estados-Membros nos termos do

presente regulamento será de 58,85 milhões EUR para o período de 2008-2013.

2. O montante para o período de 2014-2018 será fixado pela autoridade orçamental e

legislativa mediante uma proposta da Comissão, com base no novo quadro financeiro para o

período que se inicia em 2014.

3. As dotações anuais são autorizadas pela autoridade orçamental dentro dos limites do

quadro financeiro.

Artigo 15.º

Comité

1. A Comissão é assistida pelo Comité Permanente da Estatística Agrícola instituído pelo

artigo 1.º da Decisão 72/279/CEE do Conselho.

2. Sempre que se faça referência ao presente número, são aplicáveis os n.ºs 1 a 4 do artigo

5.º-A e o artigo 7.º da Decisão 1999/468/CE, tendo-se em conta o disposto no seu artigo 8.º.

Artigo 16.º

Derrogações

1. Por derrogação aos n.ºs 1 e 2 do artigo 6.º, ao artigo 8.º, ao n.º 1 do artigo 9.º, aos n.ºs 8 e 9

do artigo 11.º, ao n.º 2 do artigo 13.º e aos Anexos III e IV, as referências ao ano 2010 serão

substituídas, nos casos da Grécia, Espanha e Portugal, pelo ano 2009.

2. Por derrogação ao n.º 1 do artigo 9.º, a referência a 31 de Março de 2012 é substituída por:

a) 31 de Março de 2011, nos casos da Grécia e de Portugal;

b) 30 de Junho de 2011, no caso da Espanha;

c) 30 de Junho de 2012, nos casos da Itália e da Roménia.

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PT

3. Por derrogação ao n.º 9 do artigo 11.º, a referência a 31 de Dezembro de 2012 é substituída

por 31 de Dezembro de 2011 nos casos da Grécia, da Espanha e de Portugal.

Artigo 17.º

Revogação

1. O Regulamento (CEE) n.º 571/88 é revogado.

2. As referências ao regulamento revogado devem entender-se como sendo feitas ao presente

regulamento.

Artigo 18.º

Entrada em vigor

O presente regulamento entra em vigor no vigésimo dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

É aplicável a partir de 1 de Janeiro de 2009.

O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e directamente aplicável em todos os Estados-Membros.

Feito em ║

Pelo Parlamento Europeu, Pelo Conselho, O Presidente O Presidente

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PT

ANEXO I

Lista de actividades agrícolas a que se refere a definição de exploração agrícola

As seguintes actividades (que podem ser primárias ou secundárias) têm como base a Nomenclatura Estatística das Actividades Económicas na Comunidade (NACE Rev. 2) no que se refere à produção vegetal e animal, caça e actividades dos serviços relacionados e são utilizadas para definir uma exploração agrícola:

Indicação da actividade

Código NACE Rev.2

Outras informações sobre actividades incluídas ou excluídas na definição de actividades agrícolas

Culturas temporárias

01.1

Culturas permanentes

01.2 As explorações agrícolas que produzem vinho ou azeite a partir de uvas ou azeitonas produzidas pelo próprio são incluídas no âmbito de aplicação do presente regulamento.

Propagação de plantas

01.3

Produção animal 01.4 Todas as actividades indicadas no ponto 01.49 da NACE Rev. 2 (Outra produção animal) serão excluídas do âmbito do presente regulamento, excepto:

i) a criação e a reprodução de avestruzes, emas e coelhos;

ii) apicultura e produção de mel e cera de abelhas

Produção agrícola e animal combinadas

01.5

Actividades dos serviços relacionados com agricultura e produção animal

01.6 Em geral, todas as explorações que desenvolvem actividades referidas no ponto 01.6 da NACE Rev. 2 são excluídas do âmbito do presente regulamento, se essas actividades forem desenvolvidas em exclusividade.

No entanto, as explorações que mantenham exclusivamente superfícies agrícolas em boas condições agrícolas e ambientais (01.61 da NACE Rev. 2) são incluídas no âmbito de aplicação do presente regulamento.

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PT

ANEXO II

Limiares para os inquéritos à estrutura das explorações agrícolas e para o inquérito aos modos de produção agrícola

Características Limiar

Superfície agrícola utilizada

Terras aráveis, hortas familiares, prados permanentes, culturas permanentes

5 ha

Culturas permanentes ao ar livre

Pomares de árvores de frutos, bagas, citrinos e olivais, vinhas e viveiros

1 ha

Outra produção intensiva

Produtos hortícolas frescos, melões, morangos cultivados ao ar livre ou sob abrigo baixo (não acessível)

0,5 ha

Tabaco 0,5 ha

Lúpulo 0,5 ha

Algodão 0,5 ha

Produtos hortícolas frescos, melões, morangos 0,1 ha Culturas em estufa ou sob abrigo alto (acessível) Flores e plantas ornamentais (excluindo os viveiros) 0,1 ha

Bovinos Todos 10 cabeças

Todos 50 cabeças Suínos

Porcas reprodutoras 10 cabeças

Ovinos Todos 20 cabeças

Caprinos Todos 20 cabeças

Aves de capoeira Todos 1 000 cabeças

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PT

ANEXO III

Lista de características do inquérito à estrutura das explorações agrícolas

Características Unidades/categorias

I. CARACTERÍSTICAS GERAIS

Localização da exploração

Latitude (com uma margem de erro de 5 minutos ou menos) Graus: Minutos

Longitude (com uma margem de erro de 5 minutos ou menos) Graus: Minutos

Personalidade jurídica da exploração

A responsabilidade jurídica e económica da exploração agrícola é assumida por:

uma pessoa singular que é produtor único, no caso de a exploração ser independente? Sim/Não

Se a resposta à questão anterior for «sim», tal pessoa (o produtor) é também o chefe da exploração? Sim/Não

Se a pessoa não for o chefe da exploração, o chefe é membro da família do produtor? Sim/Não

Se o chefe da exploração for membro da família do produtor, o chefe é cônjuge do produtor? 1 Sim/Não

uma ou mais pessoas singulares que é/são sócio(s), no caso de a exploração ser uma exploração de grupo? Sim/Não

uma pessoa colectiva? Sim/Não

Forma de exploração (relativamente ao produtor) e sistema de exploração

Superfície agrícola utilizada:

Conta própria ha

Arrendamento ha

Parceria ou outras formas de exploração ha

Agricultura biológica

Superfície agrícola total utilizada da exploração na qual são aplicados e certificados métodos de produção agrícolas biológicos de acordo com as regras nacionais ou da Comunidade Europeia

ha

Superfície agrícola total utilizada da exploração em processo de conversão para métodos de produção agrícolas biológicos a certificar de acordo com as regras nacionais ou da Comunidade Europeia

ha

Área da exploração na qual são aplicados e certificados ou estão em conversão para certificação métodos de produção agrícola biológicos de acordo com as regras nacionais ou da Comunidade Europeia:

Cereais ha

Leguminosas secas ha

1 A não indicar em 2010.

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PT

Batatas ha

Beterraba sacarina ha

Culturas oleaginosas ha

Produtos hortícolas frescos, melões, morangos ha

Prados e pastagens, excluindo pastagens pobres ha

Árvores de fruto e bagas ha

Citrinos ha

Azeitonas ha

Uvas para vinho ha

Outras culturas (culturas têxteis, etc.) ha

Métodos de produção agrícola biológicos aplicados à produção animal e certificados de acordo com as regras nacionais ou da Comunidade Europeia

Bovinos Cabeças

Suínos Cabeças

Ovinos e caprinos Cabeças

Aves de capoeira Cabeças

Outros animais Sim/Não

Destino da produção da exploração agrícola:

A família do produtor consome mais de 50 % da produção final da exploração Sim/Não

As vendas directas ao consumidor ascendem a mais de 50% do total de vendas da exploração1

Sim/Não

II. SUPERFÍCIE

Terras aráveis

Cereais para a produção de grão (incluindo sementes):

Trigo mole e espelta ha

Trigo duro ha

Centeio ha

Cevada ha

Aveia ha

Milho em grão ha

Arroz ha

1 A não indicar em 2010.

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PT

Outros cereais para a produção de grão ha

Leguminosas secas e proteaginosas para colheita em grão (incluindo sementes e misturas de cereais e leguminosas) ha

das quais ervilhas, favarolas e tremoços doces ha

Batatas (incluindo temporã e batata de semente) ha

Beterrabas sacarinas (excluindo sementes) ha

Culturas forrageiras sachadas (excluindo sementes) ha

Culturas industriais:

Tabaco ha

Lúpulo ha

Algodão ha

Colza e nabita ha

Girassol ha

Soja ha

Sementes de linho ha

Outras culturas oleaginosas ha

Linho ha

Cânhamo ha

Outras culturas de plantas têxteis ha

Plantas aromáticas, medicinais e condimentares ha

Outras culturas industriais, não mencionadas noutros pontos ha

Produtos hortícolas frescos, melões e morangos, dos quais:

Ao ar livre ou sob abrigo baixo (não acessível) ha

Em cultura extensiva ha

Em cultura intensiva ha

Em estufa ou sob abrigo alto (acessível) ha

Flores e plantas ornamentais (excluindo os viveiros):

Ao ar livre ou sob abrigo baixo (não acessível) ha

Em estufa ou sob abrigo alto (acessível) ha

Plantas cultivadas para forragem:

Prados e pastagens temporários ha

Outras plantas cultivadas para forragem:

Milho forrageiro ▌ ha

Culturas ▌leguminosas ha

Outras plantas cultivadas para forragem não mencionadas noutros pontos ha

Sementes e propágulos de terras aráveis ▌ ha

Outras culturas de terras aráveis ha

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PT

Pousios sem quaisquer subsídios ha

Pousios sujeitos ao pagamento de subsídios, sem uso económico ha

Hortas familiares ha

Prados ▌permanentes ha

Prados e pastagens, excluindo pastagens pobres ha

Pastagens pobres ha

Prados ▌permanentes já não usados para efeitos de produção e elegíveis para o pagamento de subsídios ha

Culturas permanentes

Pomares de árvores de fruto e bagas ha

Espécies de frutos ▌, das quais: ha

Frutos ▌de zonas climáticas temperadas ha

Frutos ▌de zonas climáticas subtropicais ha

Espécies de bagas ha

Frutos de casca rija ha

Cultura de citrinos ha

Olivais ha

Produzindo normalmente azeitona de mesa ha

Produzindo normalmente azeitona para azeite ha

Vinhas que produzam normalmente ha

Vinho de qualidade ha

Outros vinhos ha

Uvas de mesa ha

Uvas passas ha

Viveiros ▌ ha

▌ ▌

Outras culturas permanentes ha

das quais árvores de Natal1

ha

Culturas permanentes em estufa ha

Outras superfícies

Superfície agrícola não utilizada ▌ ha

Superfície florestal ha

da qual talhadias de curta rotação ha

Outras superfícies (superfícies edificadas, pátios, caminhos, tanques, pedreiras, terras não-aráveis, etc.) ha

1 A não indicar em 2010.

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PE 407.430\ 43

PT

▌Cogumelos, superfícies irrigadas, colheitas energéticas e culturas geneticamente modificadas

▌ ▌

Cogumelos ha

Superfícies irrigadas

Superfícies irrigáveis totais ha

Superfície total cultivada irrigada pelo menos uma vez no decurso dos últimos doze meses ha

▌ ▌

Cultivo de plantas para a produção de energia (para a produção de biocombustíveis ou de outras energias renováveis) ha

▌ ▌

das quais foram retiradas da produção ha

Culturas geneticamente modificadas ▌ ha

III. POPULAÇÃO PECUÁRIA

Equídeos Cabeças

Bovinos:

Bovinos com menos de um ano, machos e fêmeas Cabeças

Bovinos, com um mas menos de dois anos, machos Cabeças

Bovinos, com um mas menos de dois anos, fêmeas Cabeças

Bovinos machos, com dois anos e mais Cabeças

Novilhas, com dois anos e mais Cabeças

Vacas leiteiras Cabeças

Outras vacas Cabeças

Ovinos e caprinos:

Ovinos (de qualquer idade) Cabeças

Fêmeas reprodutoras Cabeças

Outros ovinos Cabeças

Caprinos (de qualquer idade) Cabeças

Fêmeas reprodutoras Cabeças

Outros caprinos Cabeças

Suínos:

Leitões com menos de 20 quilos de peso vivo Cabeças

Porcas reprodutoras de 50 quilos e mais Cabeças

Outros suínos Cabeças

Aves de capoeira:

Frangos de carne Cabeças

Galinhas poedeiras Cabeças

Outras aves de capoeira: Cabeças

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PT

Perus1 Cabeças

Patos18 Cabeças

Gansos18 Cabeças

Avestruzes18 Cabeças

Outras aves de capoeira, não mencionadas noutros pontos18 Cabeças

Coelhos, fêmeas reprodutoras Cabeças

Abelhas Colmeias

Gado não mencionado noutros pontos Sim/Não

▌ ▌

IV. MÁQUINAS E EQUIPAMENTO

IV. i) MÁQUINAS2

Pertencentes à exploração

Tractores de quatro rodas, tractores de lagartas, semi-reboques Número

Motocultivadores, sachadores, sachadores rotativos e motogadanheiras Número

Ceifeiras-debulhadoras Número

Outras ceifeiras totalmente mecanizadas Número

Máquinas usadas por várias explorações ▌

Tractores de quatro rodas, tractores de lagartas, semi-reboques Sim/Não

Motocultivadores, sachadores, sachadores rotativos e motogadanheiras Sim/Não

Ceifeiras-debulhadoras Sim/Não

Outras ceifeiras totalmente mecanizadas Sim/Não

IV. ii) EQUIPAMENTO

Equipamento utilizado para produção de energias renováveis, por tipo de fonte de energia:

Eólica Sim/Não

Biomassa Sim/Não

das quais, biometano Sim/Não

Solar Sim/Não

Energia hídrica Sim/Não

Outros tipos de fontes de energia renováveis Sim/Não

V. MÃO-DE-OBRA

V. i) TRABALHO AGRÍCOLA NA EXPLORAÇÃO

Detentor

1 A não indicar em 2010. 2 A não indicar em 2010.

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PT

Sexo Masculino/

Feminino

Idade Faixas etárias1

Trabalho agrícola na exploração (excluindo o trabalho doméstico) Faixa percentual 1

UTA2

Chefe da exploração

Sexo Masculino/

Feminino

Idade Faixas etárias

Trabalho agrícola na exploração (excluindo o trabalho doméstico) Faixa percentual 2 UTA3

Formação do chefe da exploração

Formação agrícola do chefe da exploração Códigos dos tipos de formações4

Formação profissional realizada pelo chefe da exploração durante os

últimos 12 meses5

Sim/Não

Membros da família do produtor único, que trabalham na exploração, homens

Trabalho agrícola na exploração (excluindo o trabalho doméstico) Faixa percentual 2 UTA

Membros da família do produtor único, que trabalham na exploração, mulheres

Trabalho agrícola na exploração (excluindo o trabalho doméstico) Faixa percentual 2 UTA

Mão-de-obra não familiar com ocupação regular, homens

Trabalho agrícola na exploração (excluindo o trabalho doméstico) Faixa percentual 2 UTA

Mão-de-obra não familiar com ocupação regular, mulheres

Trabalho agrícola na exploração (excluindo o trabalho doméstico) Faixa percentual 2 UTA

Mão-de-obra não familiar sem ocupação regular: masculina e feminina O emprego é a

1 Faixas etárias: (da idade de deixar a escola até 24 anos), (25-34), (35-44), (45- 54), (55 – 64), (65 e mais). 2 Faixa percentual 1 de «unidade de trabalho-ano» (UTA): (0), (>0-<25), (≥25-<50), (≥50-<75), (≥75-<100),

(100). 3 Faixa percentual 2 de «unidade de trabalho-ano» (UTA): (>0-<25), (≥25-<50), (≥50-<75), (≥75-<100),

(100). 4 Códigos dos tipos de formação: (tem apenas experiência prática), (formação agrícola de base), (formação

agrícola completa). 5 A não indicar em 2013.

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46 /PE 407.430

PT

tempo completo

Número total de dias de trabalho agrícola equivalentes a tempo inteiro durante os 12 meses antecedentes ao dia do inquérito, não indicados nas categorias anteriores, prestados na exploração por pessoas que não foram contratadas directamente pelo produtor (por exemplo, trabalhadores de empresas de trabalho à tarefa)

O emprego é a tempo completo

V. ii) OUTRAS ACTIVIDADES LUCRATIVAS (trabalho não agrícola na exploração e trabalho fora da exploração)

Outras actividades lucrativas do produtor que é simultaneamente chefe da exploração:

Como actividade principal? Sim/Não

Como actividade secundária? Sim/Não

Agricultores com outras actividades lucrativas

Actividades directamente relacionadas com a exploração Sim/Não

Actividades não directamente relacionadas com a exploração Sim/Não

Outras actividades lucrativas do cônjuge do produtor único:

Como actividade principal? Sim/Não

Como actividade secundária? Sim/Não

Agricultores com outras actividades lucrativas

Actividades directamente relacionadas com a exploração Sim/Não

Actividades não directamente relacionadas com a exploração Sim/Não

Outras actividades lucrativas dos outros membros da família do produtor único: ▌

Como actividade principal? Sim/Não

Como actividade secundária? Sim/Não

Agricultores com outras actividades lucrativas

Actividades directamente relacionadas com a exploração Sim/Não

Actividades não directamente relacionadas com a exploração Sim/Não

Mão-de-obra não familiar com ocupação directa regular e que participa noutras actividades remuneradas directamente relacionadas com a exploração

Como actividade principal? Sim/Não

Como actividade secundária? Sim/Não

VI. OUTRAS ACTIVIDADES LUCRATIVAS NÃO AGRÍCOLAS DA EXPLORAÇÃO (directamente relacionadas com a exploração)

VI. i) Lista de outras actividades lucrativas

Turismo, alojamento e outras actividades de lazer Sim/Não

Artesanato Sim/Não

Transformação de produtos agrícolas Sim/Não

Produção de energia renovável Sim/Não

Transformação de madeira (por exemplo, serragem) Sim/Não

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PT

Aquacultura Sim/Não

Trabalho contratual (utilização dos meios de produção da exploração)

Agrícola (para outras explorações) Sim/Não

Não agrícola Sim/Não

Florestas Sim/Não

Outros Sim/Não

VI. ii) Importância das outras actividades lucrativas directamente relacionadas com a exploração

Percentagem da produção final da exploração Faixas percentuais1

VII. APOIO AO DESENVOLVIMENTO RURAL

Exploração que beneficiou de uma das seguintes medidas de desenvolvimento rural nos últimos três anos Sim/Não

Utilização de serviços de aconselhamento Sim/Não

Modernização de explorações agrícolas Sim/Não

Aumento do valor dos produtos agrícolas e florestais Sim/Não

Cumprimento de normas baseadas em legislação comunitária Sim/Não

Participação dos agricultores em regimes de qualidade dos alimentos Sim/Não

Pagamentos Natura 2000 por zona agrícola Sim/Não

Pagamentos ligados à directiva-quadro «Água» Sim/Não

Pagamentos agro-ambientais Sim/Não

dos quais no âmbito da agricultura biológica Sim/Não

Pagamentos relacionados com o bem-estar dos animais Sim/Não

Diversificação para actividades não agrícolas Sim/Não

Incentivo a actividades turísticas Sim/Não

1 Faixas percentuais: (≥0-≤10) .(>10-≤50) .(>50-<100).

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PT

ANEXO IV

Requisitos de exactidão

Os inquéritos por amostragem especificados no presente regulamento devem ser estatisticamente representativos ao nível das regiões NUTS 2 e para as agregações nacionais das zonas desfavorecidas1 em termos do tipo e da dimensão da exploração agrícola, em conformidade com a Decisão 85/377/CEE da Comissão, de 7 de Junho de 1985, que estabelece uma tipologia comunitária das explorações agrícolas2. Por outro lado, são necessários ▌níveis de exactidão especificados para as características referentes às culturas e à população pecuária das explorações agrícolas.

Estes níveis de exactidão constam dos quadros de exactidão infra e são aplicáveis a todas as regiões NUTS 2 com pelo menos 10 000 explorações. Para uma região NUTS 2 com menos de 10 000 explorações, são aplicáveis estes níveis de exactidão em vez dos associados a uma região NUTS 1, desde que a região NUTS 1 em causa tenha pelo menos 1 000 explorações. Para o inquérito aos modos de produção agrícola, as características pertinentes referentes às culturas e à população pecuária estarão disponíveis a partir dos resultados do inquérito à estrutura das explorações agrícolas de 2010.

.CATEGORIAS DE EXACTIDÃO PARA OS INQUÉRITOS À ESTRUTURA DAS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS DE 2013 E 2016

Características referentes às culturas:

Cereais para produção de grão (incluindo sementes), incluindo trigo mole e espelta, trigo duro, centeio, cevada, aveia, milho grão, arroz e outros cereais para produção de grão;

Leguminosas secas;

Batatas (incluindo temporã e batata de semente) ▌;

Beterraba sacarina (excluindo sementes);

Culturas de oleaginosas incluindo colza, nabita, girassol, soja, sementes de linho e outras culturas de oleaginosas;

Produtos hortícolas frescos, melões e morangos (excluindo os viveiros);

Flores e plantas ornamentais (excluindo os viveiros);

Plantas cultivadas para forragem;

Prados e pastagens, excluindo pastagens pobres;

Árvores de fruto e bagas;

Citrinos;

Azeitonas;

Uvas para vinho

1 Regulamento (CE) n.° 1257/1999 de 17 de Maio de 1999, relativo ao apoio do Fundo Europeu de

Orientação e de Garantia Agrícola (FEOGA) ao desenvolvimento rural e que altera e revoga determinados regulamentos (JO L 160 de 26.6.1999, p. 80). Regulamento com a última redacção que lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n.° 1698/2005 (JO L 277 de 21.10.2005, p. 1).

2 JO L 220 de 17.8.1985, p. 1. Decisão com a última redacção que lhe foi dada pela Decisão 2003/369/CE (JO L 127 de 23.5.2003, p. 48).

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PE 407.430\ 49

PT

Características referentes à população pecuária:

Vacas leiteiras;

Outras vacas;

Outros bovinos;

Porcas reprodutoras;

Outros suínos;

Ovinos ▌;

Caprinos;

Aves de capoeira

CATEGORIAS DE EXACTIDÃO PARA OS INQUÉRITOS POR AMOSTRAGEM REALIZADOS NO ÂMBITO DO INQUÉRITO À ESTRUTURA DAS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS DE 2010 E DO INQUÉRITO AOS MODOS DE PRODUÇÃO AGRÍCOLA

Características referentes às culturas:

Cereais para produção de grão (incluindo sementes), incluindo trigo mole e espelta, trigo duro, centeio, cevada, aveia, milho grão, arroz e outros cereais para produção de grão;

Batata (incluindo temporã e batata de semente) e beterraba (excluindo sementes);

Culturas de oleaginosas incluindo colza, nabita, girassol, soja, sementes de linho e outras culturas de oleaginosas;

Culturas permanentes ao ar livre incluindo pomares de árvores de frutos, bagas, citrinos e olivais, vinhas, viveiros e outras culturas permanentes ao ar livre

Produtos hortícolas frescos, melões, morangos, flores e plantas ornamentais (excluindo os viveiros);

Prados temporários e pastagens permanentes

Características referentes à população pecuária:

Bovinos (de qualquer idade);

Ovinos e caprinos (de qualquer idade);

Suínos;

Aves de capoeira

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50 /PE 407.430

PT

QUADRO DE EXACTIDÃO PARA AS REGIÕES NUTS 2 COM PELO MENOS 10 000 EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS

Inquéritos à estrutura das explorações agrícolas de 2013 e 2016

Inquérito aos modos de produção agrícola

Categorias de exactidão Prevalência das

características na região NUTS 2

Erro-padrão relativo

Prevalência das características na região NUTS 2

Erro-padrão relativo

Características referentes às culturas da exploração agrícola

7,5% ou mais da superfície agrícola

utilizada < 5%

10% ou mais da superfície agrícola

utilizada < 10%

Características referentes à população pecuária da exploração agrícola

7,5% ou mais das cabeças normais e mais do que 5% da

percentagem nacional de cada categoria

< 5%

10% ou mais das cabeças normais e mais do que 5% da

percentagem nacional de cada

categoria

< 10%

QUADRO DE EXACTIDÃO APLICÁVEL ÀS REGIÕES NUTS 2 COM MENOS DE 10 000 EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS

Inquéritos à estrutura das explorações agrícolas de 2013 e 2016

Inquérito aos modos de produção agrícola

Categorias de exactidão

Prevalência das características na região NUTS 1

associada com pelo menos 1 000

explorações agrícolas

Erro-padrão relativo

Prevalência das características na região NUTS 1

associada com pelo menos 1 000 explorações agrícolas

Erro-padrão relativo

Características referentes às culturas da exploração agrícola

7,5% ou mais da superfície agrícola

utilizada < 5%

10 % ou mais da superfície agrícola

utilizada < 10%

Características referentes à população pecuária da exploração agrícola

7,5% ou mais das cabeças normais e mais do que 5% da

percentagem nacional de cada

categoria

< 5%

10% ou mais das cabeças normais e mais do que 5% da

percentagem nacional de cada

categoria

< 10%

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PE 407.430\ 51

PT

ANEXO V

Lista de características para o inquérito aos modos de produção agrícola

. .Característica Unidades/

categorias

Convencional (charrua de relha e aiveca ou charrua de disco) ha

Mobilização de conservação (mobilização reduzida) ha

Métodos de mobilização do solo

Ausência de mobilização do solo (sementeira directa ) ha

Cultura de Inverno habitual ha

Cultura de cobertura ou cultura intercalar

ha

Resíduos vegetais ha

Conservação do solo ▌

Cobertura do solo durante o Inverno:

Solos nus ha

Rotação de culturas: Percentagem de superfícies aráveis fora do plano de rotação de culturas

Faixas % SA1

Sebes Sim/Não

Renques de árvores Sim/Não

Elementos lineares mantidos pelo agricultor nos últimos três anos, dos quais: Muros Sim/Não

Sebes Sim/Não

Renques de árvores Sim/Não

Características da paisagem

Elementos lineares estabelecidos nos últimos três anos, dos quais: Muros Sim/Não

Superfície utilizada para pastoreio no último ano

ha

Tempo passado pelos animais ao ar livre em pastagens

Meses por ano

Pastoreio na exploração

Número total de animais em pensão em terras municipais

Cabeças

Pastoreio

Pastoreio em terras municipais:

Tempo passado pelos animais em pensão em terras municipais

Meses por ano

Locais de estabulação confinada com estrume sólido e líquido

Lugares

Locais de estabulação confinada com chorume

Lugares

Locais de estabulação livre com estrume sólido e líquido

Lugares

Alojamento dos animais

Bovinos:

Locais de estabulação livre com Lugares

1 Faixas percentuais de superfícies aráveis (SA): (0), (>0-<25), (≥25-<50), (≥50-<75), (≥75).

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52 /PE 407.430

PT

. .Característica Unidades/

categorias

chorume

Outros Lugares

Em pavimentos parcialmente ripados Lugares

Em pavimentos totalmente ripados Lugares

Em cama de palha (cama permanente – estabulação livre)

Lugares

Suínos:

Outros Lugares

Em cama de palha (cama permanente – estabulação livre)

Lugares

Gaiola em bateria (todos os tipos) Lugares

Gaiola em bateria com cinta transportadora de estrume

Lugares

Gaiola em bateria com fossa Lugares

Gaiola em bateria sobre estacas Lugares

Galinhas poedeiras:

Outros Lugares

Total Faixa % SAU1

Técnicas de aplicação de estrume Superfície agrícola

utilizada em que é aplicado estrume sólido

▌Com incorporação imediata Faixa % SAU29

▌Total Faixa % SAU29

Superfície agrícola utilizada em que é aplicado chorume ▌Com incorporação ou injecção

imediata Faixa % SAU29

Percentagem da produção total de estrume exportada da exploração

Faixas percentuais2

Estrume sólido Sim/Não

Estrume líquido Sim/Não

Instalações de armazenamento para:

Reservatório de chorume

Sim/Não

Instalações de armazenamento e tratamento de estrume

▌ Chorume

Lagoa Sim/Não

Estrume sólido Sim/Não As instalações de armazenamento são Estrume líquido Sim/Não

1 Faixas percentuais de superfícies agrícolas utilizadas (SAU): (0), (>0-<25), (≥25-<50), (≥50-<75), (≥75). 2 Faixas percentuais: (0), (>0-<25), (≥25-<50), (≥50-<75), (≥75).

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PE 407.430\ 53

PT

. .Característica Unidades/

categorias

cobertas? Chorume Sim/Não

Superfícies irrigadas Superfície irrigada média nos últimos três anos

ha

Total ha

Cereais para a produção de grão (excluindo milho e arroz)

ha

Milho (grão e forrageiro) ha

Arroz ha

Leguminosas secas ha

Batatas ha

Beterraba sacarina ha

Colza e nabita ha

Girassol ha

Culturas têxteis (linho, cânhamo, outras culturas têxteis)

ha

Produtos hortícolas frescos, melões, morangos – em cultura extensiva

ha

Prados e pastagens temporárias e permanentes

ha

Outras culturas em terras aráveis ha

Pomares de árvores de fruto e bagas ha

Cultura de citrinos ha

Olivais ha

Superfície total cultivada irrigada pelo menos uma vez no decurso dos últimos doze meses

Vinhas ha

Irrigação de superfície (inundação, sulcos)

Sim/Não

Irrigação por aspersão Sim/Não

Métodos de irrigação utilizados:

Irrigação por gotas Sim/Não

Águas subterrâneas na exploração Sim/Não

Águas de superfície na exploração (lagoas ou barragens)

Sim/Não

Águas de superfície provenientes de lagos, rios ou cursos de água de fora da exploração

Sim/Não

Águas provenientes de redes comuns de abastecimento de água

Sim/Não

Origem da água de irrigação usada na exploração:

Outras fontes Sim/Não

Irrigação

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54 /PE 407.430

PT

P6_TA-PROV(2008)0217

Requisitos para o exercício da actividade de transportador rodoviário ***I

Resolução legislativa do Parlamento Europeu, de 21 de Maio de 2008, sobre uma proposta de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho que estabelece regras comuns no que se refere aos requisitos para o exercício da actividade de transportador rodoviário (COM(2007)0263 – C6-0145/2007 – 2007/0098(COD))

(Processo de co-decisão: primeira leitura)

O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta a proposta da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho (COM(2007)0263),

– Tendo em conta o n.º 2 do artigo 251.º e o artigo 71º do Tratado CE, nos termos dos quais a proposta lhe foi apresentada pela Comissão (C6-0145/2007),

– Tendo em conta o artigo 51.º do seu Regimento,

– Tendo em conta o relatório da Comissão dos Transportes e do Turismo (A6-0087/2008),

1. Aprova a proposta da Comissão com as alterações nela introduzidas;

2. Requer à Comissão que lhe submeta de novo esta proposta, se pretender alterá-la substancialmente ou substituí-la por um outro texto;

3. Encarrega o seu Presidente de transmitir a posição do Parlamento ao Conselho e à Comissão.

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PE 407.430\ 55

PT

Texto da Comissão Alterações do Parlamento

Alteração 1 Considerando 7

(7) É conveniente que as pessoas singulares que preenchem os requisitos de idoneidade e de capacidade profissional exigidos sejam claramente identificadas e designadas perante as autoridades competentes. Essas pessoas, designadas "gestores de transportes", devem ser as que dirigem em permanência e efectivamente a actividade de transportes das empresas de transporte rodoviário. É conveniente especificar em que condições se considera que uma pessoa assume a direcção contínua e efectiva da actividade de transportes numa empresa.

(7) É conveniente que as pessoas singulares que preenchem os requisitos de idoneidade e de capacidade profissional exigidos sejam claramente identificadas e designadas perante as autoridades competentes. Essas pessoas, designadas "gestores de transportes", devem residir num Estado-Membro e dirigir em permanência e efectivamente a actividade de transportes das empresas de transporte rodoviário. É conveniente especificar em que condições se considera que uma pessoa assume a direcção contínua e efectiva da actividade de transportes numa empresa.

Alteração 2 Considerando 8-A (novo)

(8-A) A Comissão deverá procurar assegurar que as infracções graves sejam punidas com o mesmo rigor nos diferentes Estados-Membros, e aprovar as medidas necessárias para o efeito.

Alteração 3 Considerando 9

(9) As empresas de transporte rodoviário devem dispor de uma capacidade financeira mínima para assegurar o seu bom funcionamento e gestão. O actual método, que consiste num limite mínimo de capital e reservas, cria muitas incertezas quanto aos recursos financeiros a ter em conta e não oferece garantias de que a empresa tenha capacidade para fazer face às suas obrigações de curto prazo. É conveniente recorrer a outros indicadores financeiros, melhor definidos e mais pertinentes, que podem ser estabelecidos com base nas contas anuais. As empresas que o desejem devem ter a possibilidade de comprovar a sua capacidade financeira através de uma garantia bancária, o que pode representar um método mais simples e menos dispendioso.

(9) As empresas de transporte rodoviário devem dispor de uma capacidade financeira mínima para assegurar o seu bom funcionamento e gestão. É conveniente recorrer a indicadores financeiros, bem definidos e pertinentes, que podem ser estabelecidos com base nas contas anuais. As empresas que o desejem devem ter a possibilidade de comprovar a sua capacidade financeira através de uma garantia bancária ou de outro instrumento financeiro, como um seguro, o que poderá constituir um método mais simples e menos dispendioso.

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PT

Alteração 4 Considerando 10

(10) Com um nível elevado de qualificação profissional será possível melhorar a eficácia socioeconómica do sector de transporte rodoviário. Convém, por conseguinte, que os candidatos à função de gestor de transportes sigam formações de qualidade. Para garantir requisitos mais homogéneos em matéria de formação e de exame, bem como condições transparentes para os candidatos, os centros de exame e de formação deverão ser acreditados pelos Estados-Membros, de acordo com critérios que lhes compete definir. Por razões de equidade e de transparência, é igualmente conveniente que todos os candidatos obtenham aprovação em exame, incluindo aqueles que, por disporem de experiência ou de um diploma, possam ficar isentos da formação inicial obrigatória. Desde o estabelecimento do mercado interno, os mercados nacionais deixaram de estar separados. Assim, os candidatos à direcção de actividades de transporte devem ter os conhecimentos necessários para gerir operações de transporte nacionais e internacionais. A lista das matérias a conhecer para obter o certificado de capacidade profissional e as modalidades de organização dos exames podem evoluir com o progresso técnico, sendo conveniente prever a possibilidade de as actualizar.

(10) Com um nível elevado de qualificação profissional será possível melhorar a eficácia socioeconómica do sector de transporte rodoviário. Convém, por conseguinte, que os candidatos à função de gestor de transportes sigam formações de qualidade. Para garantir requisitos mais homogéneos em matéria de formação e de exame, bem como condições transparentes para os candidatos, os centros de exame e de formação deverão ser acreditados pelos Estados-Membros, de acordo com critérios que lhes compete definir. Desde o estabelecimento do mercado interno, os mercados nacionais deixaram de estar separados. Assim, os candidatos à direcção de actividades de transporte devem ter os conhecimentos necessários para gerir operações de transporte nacionais e internacionais. A lista das matérias a conhecer para obter o certificado de capacidade profissional e as modalidades de organização dos exames podem evoluir com o progresso técnico, sendo conveniente prever a possibilidade de as actualizar.

Alteração 5 Considerando 11

(11) Para atingir o objectivo de uma concorrência leal e de um transporte rodoviário plenamente cumpridor das regras, é necessário um nível homogéneo de fiscalização e de acompanhamento pelos Estados-Membros. As autoridades nacionais responsáveis pela fiscalização das empresas e da validade das autorizações têm, neste contexto, um papel crucial a desempenhar, sendo conveniente assegurar que tomam as medidas adequadas que se mostrem necessárias, nomeadamente a suspensão ou retirada da

(11) Para atingir o objectivo de uma concorrência leal e de um transporte rodoviário plenamente cumpridor das regras, é necessário um nível homogéneo de fiscalização e de acompanhamento pelos Estados-Membros. As autoridades nacionais responsáveis pela fiscalização das empresas e da validade das autorizações têm, neste contexto, um papel crucial a desempenhar, sendo conveniente assegurar que tomam as medidas adequadas que se mostrem necessárias, nomeadamente a suspensão ou retirada da

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PT

autorização, ou a declaração de inaptidão dos gestores de transportes negligentes ou desonestos. As empresas devem, contudo, ser previamente advertidas e dispor de um prazo razoável para regularizar a situação, antes de incorrerem em sanções.

autorização nos casos mais graves, ou a declaração de inaptidão dos gestores de transportes negligentes ou desonestos. A medida em questão deverá ser devidamente examinada previamente quanto ao princípio da proporcionalidade. As empresas devem, contudo, ser previamente advertidas e dispor de um prazo razoável para regularizar a situação, antes de incorrerem em sanções.

Alteração 6 Considerando 22

(22) É conveniente conferir poderes à Comissão para estabelecer a lista das categorias, tipos e grau de gravidade das infracções que implicam deixar de estar preenchido o requisito de idoneidade e adaptar ao progresso técnico os anexos do presente regulamento relativos, respectivamente, aos conhecimentos a ter em consideração para o reconhecimento da capacidade profissional pelos Estados-Membros e ao modelo de certificado de capacidade profissional, bem como estabelecer a lista das infracções mais graves, que implicam a suspensão ou a retirada da autorização de exercício da actividade, ou a declaração de inaptidão. Estas medidas, que têm alcance geral e se destinam a alterar elementos não essenciais do presente regulamento ou a completá-lo, mediante o aditamento de novos elementos não essenciais, devem ser adoptadas pelo procedimento de regulamentação com controlo previsto no artigo 5.º-A da Decisão 1999/468/CE. Por razões de eficácia, no caso da actualização do modelo de certificado de capacidade profissional, os prazos normalmente aplicáveis no quadro do procedimento de regulamentação com controlo devem ser abreviados.

(22) É conveniente conferir poderes à Comissão para estabelecer a lista das categorias, tipos e grau de gravidade das infracções que em determinadas circunstâncias podem implicar que deixe de estar preenchido o requisito de idoneidade e adaptar ao progresso técnico os anexos do presente regulamento relativos, respectivamente, aos conhecimentos a ter em consideração para o reconhecimento da capacidade profissional pelos Estados-Membros e ao modelo de certificado de capacidade profissional, bem como estabelecer a lista das infracções que possam levar as autoridades, em determinadas circunstâncias e na observância do princípio da proporcionalidade face à natureza da infracção, a examinar a possibilidade de suspender ou retirar a autorização de exercício da actividade, ou emitir uma declaração de inaptidão. Estas medidas, que têm alcance geral e se destinam a alterar elementos não essenciais do presente regulamento ou a completá-lo, mediante o aditamento de novos elementos não essenciais, devem ser adoptadas pelo procedimento de regulamentação com controlo previsto no artigo 5.º-A da Decisão 1999/468/CE. Por razões de eficácia, no caso da actualização do modelo de certificado de capacidade profissional, os prazos normalmente aplicáveis no quadro do procedimento de regulamentação com controlo devem ser abreviados.

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PT

Alteração 8 Artigo 1, título

Objecto e definições Objecto e âmbito de aplicação

Alteração 9 Artigo 1, n.º 2, alínea e)

e) “Gestor de transportes”, uma pessoa singular empregada por uma empresa ou, se a empresa for uma pessoa singular, essa mesma pessoa ou outra pessoa singular por ela designada por contrato, e que dirige de forma efectiva e permanente a actividade de transportes da empresa;

e) “Gestor de transportes”, uma pessoa singular empregada por uma empresa ou, se a empresa for uma pessoa singular, essa mesma pessoa ou, no caso de estar prevista essa possibilidade, outra pessoa singular por ela designada por contrato, que dirige de forma efectiva e permanente a actividade de transportes da empresa;

Alteração 10 Artigo 1, n.º 2, alínea g)

g) “Autoridade competente para autorizar o exercício da actividade”, a autoridade de um Estado-Membro, a nível nacional, regional ou local, que verifica se a empresa preenche os requisitos previstos no presente regulamento, e que está habilitada a emitir, suspender ou retirar a autorização de exercício da actividade de transportador rodoviário;

g) “Autoridade competente”, a autoridade de um Estado-Membro, a nível nacional, regional ou local, que, para autorizar o exercício da actividade, verifica se a empresa preenche os requisitos previstos no presente regulamento, e que está habilitada a emitir, suspender ou retirar a autorização de exercício da actividade de transportador rodoviário;

Alteração 11 Artigo 1, n.º 2, alínea h)

h) “Estado-Membro de estabelecimento”, o Estado-Membro em que pretende estabelecer-se uma empresa, quer o seu gestor de transportes provenha ou não de outro país;

h) “Estado-Membro de estabelecimento”, o Estado-Membro em que uma empresa está estabelecida, quer o seu gestor de transportes provenha ou não de outro país;

Alteração 12 Artigo 1, n.º 2, alínea i)

i) “Estado-Membro de proveniência”, o Estado-Membro em que anteriormente residia ou exercia a sua actividade o gestor de transportes de uma empresa que pretende estabelecer-se noutro Estado-Membro.

Suprimido

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PE 407.430\ 59

PT

Alteração 13 Artigo 2, n.º 1

1. O presente regulamento é aplicável a todas as empresas estabelecidas na Comunidade que exercem a actividade de transportador rodoviário. É igualmente aplicável às empresas que pretendam exercer a actividade de transportador rodoviário.

2. O presente regulamento é aplicável a todas as empresas estabelecidas na Comunidade que exercem a actividade de transportador rodoviário. É igualmente aplicável às empresas que tencionem exercer a actividade de transportador rodoviário, e qualquer referência às empresas que exercem a profissão de transportador rodoviário deve incluir, caso necessário, uma referência às empresas que tencionem exercer esta profissão.

Alteração 107 Artigo 2, n.º 2, alínea b)

b) Às empresas que efectuam exclusivamente certos transportes rodoviários de passageiros com fins não comerciais, cuja actividade principal não seja a de transportador rodoviário de passageiros e cujos veículos sejam conduzidos por pessoal da empresa.

b) Às empresas que efectuam transportes rodoviários de passageiros exclusivamente com fins não comerciais a título gratuito, cuja actividade principal não seja a de transportador rodoviário de passageiros e cujos veículos sejam conduzidos por pessoal da empresa.

Alteração 108 Artigo 2, n.º 2, alínea b-A) (nova)

b-A) Às empresas que exercem a actividade de transportador rodoviário unicamente por meio de veículos a motor cuja velocidade máxima autorizada não seja superior a 40 km/h.

Alteração 16 Artigo 3, parágrafo 1, alínea a)

a) Estar estabelecidas efectivamente e de forma estável num Estado-Membro;

a) Estar estabelecidas efectivamente e de forma estável num Estado-Membro nos termos do artigo 5.º;

Alteração 17 Artigo 3, parágrafo 1, alínea b)

b) Ser idóneas; b) Ser idóneas nos termos do artigo 6º;

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PT

Alteração 18 Artigo 3, parágrafo 1, alínea c)

c) Ter a capacidade financeira apropriada; c) Ter a capacidade financeira apropriada nos termos do artigo 7º;

Alteração 19 Artigo 3, parágrafo 1, alínea d)

d) Ter a capacidade profissional requerida. d) Ter a capacidade profissional requerida nos termos do artigo 8º;

Alteração 20 Artigo 4, n.º 1, proémio

1. As empresas que pretendam exercer a actividade de transportador rodoviário devem designar perante a autoridade competente referida no artigo 9.º pelo menos uma pessoa singular que satisfaça as condições previstas no artigo 3.º, alíneas b) e d). Essa pessoa, denominada gestor de transportes, deve satisfazer as condições seguintes:

1. As empresas que exercem a actividade de transportador rodoviário devem designar pelo menos uma pessoa singular, denominada gestor de transportes, que satisfaça as condições previstas nas alíneas b) e d) do artigo 3.° e que preencha igualmente as condições seguintes:

Alteração 21 Artigo 4, n.º 1, alínea b)

b) Fazer parte do pessoal e ser remunerada pela empresa ou, se a empresa for uma pessoa singular, ser essa mesma pessoa.

b) Ter um vínculo real à empresa, isto é, ser empregada, sócia, directora, accionista ou ter um vínculo laboral semelhante com a empresa, geri-la, ou, se a empresa for uma pessoa singular, ser essa mesma pessoa, ou, se a empresa for uma sociedade, poder defender e vincular a sociedade em juízo.

Alteração 22 Artigo 4, n.º 1, alínea b-A) (nova)

b-A) Ser residente num Estado-Membro.

Alteração 23 Artigo 4, n.º 1, parágrafo 1-A (novo)

A empresa notifica a autoridade competente do nome do gestor ou gestores de transporte designados.

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Alteração 24 Artigo 4, n.º 2, proémio

2. Em derrogação ao n.º 1, se uma empresa for uma pessoa singular que não preencha o requisito de capacidade profissional previsto no artigo 3.º, alínea d), as autoridades competentes podem autorizá-la a exercer a actividade de transportador na condição de:

2. Se uma empresa for uma pessoa singular que não preencha o requisito de capacidade profissional previsto na alínea d) do artigo 3.°, a autoridade competente pode autorizá-la a exercer a actividade de transportador sem que a mesma tenha designado um gestor de transportes nos termos do nº 1, na condição de:

Alteração 25 Artigo 4, n.º 2, alínea a)

a) A empresa designar perante essas autoridades outra pessoa que preencha os requisitos previstos no artigo 3.º, alíneas b) e d), e que esteja habilitada por contrato a desempenhar as funções de gestor de transportes por conta da empresa;

a) A empresa designar outra pessoa singular residente num Estado-Membro que preencha os requisitos previstos nas alíneas b) e d) do artigo 3.° e que esteja habilitada por contrato a desempenhar as funções de gestor de transportes por conta da empresa, e do facto informar a autoridade competente;

Alteração 26 Artigo 4, n.º 2, alínea b)

b) O contrato que obriga a empresa e o gestor de transportes especificar as funções a desempenhar de forma permanente pelo interessado e indicar as suas responsabilidades enquanto gestor de transportes; as funções a especificar comportarão, nomeadamente, as relacionadas com a manutenção e a reparação dos veículos, a verificação dos contratos e dos documentos de transporte, a contabilidade, a distribuição dos carregamentos pelos motoristas e pelos veículos e a verificação dos procedimentos de segurança;

b) O contrato que obriga a empresa e o gestor de transportes especificar as funções a desempenhar de forma contínua pelo interessado e indicar as suas responsabilidades enquanto gestor de transportes; as funções a especificar comportarão, nomeadamente, as relacionadas com a gestão da manutenção e a reparação dos veículos, a verificação dos contratos e dos documentos de transporte, a contabilidade, a distribuição dos carregamentos ou dos serviços pelos motoristas e pelos veículos e a verificação dos procedimentos de segurança;

Alteração 109 Artigo 4, n.º 2, alínea c)

c) A pessoa designada não dirigir, na qualidade de gestor de transportes, a actividade de transportes de mais de quatro empresas distintas efectuada com uma frota total máxima de doze veículos;

c) A pessoa designada não dirigir, na qualidade de gestor de transportes, a actividade de transportes de mais de quatro empresas distintas, sendo facultado à autoridade competente decidir quanto ao número máximo de veículos que o gestor de transportes pode gerir e que não pode

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ser superior a 50 para cada gestor de transportes;

Alteração 28 Artigo 4, n.º 2, alínea d)

d) A pessoa designada ser independente das empresas que lhe confiam a execução de transportes ou realizam transportes por sua conta.

d) A pessoa designada ser independente das empresas que confiam à empresa a execução de transportes ou realizam transportes por conta da empresa.

Alteração 29 Artigo 4, n.º 3

3. O gestor de transportes deixa de preencher o requisito de idoneidade na acepção do presente regulamento se, no âmbito das actividades de transporte que dirige, tiverem sido cometidas infracções graves, ou repetidas para além de certo limite, que se subsumam ao previsto no n.º 1 do artigo 6.º.

Suprimido

Alteração 30 Artigo 5, proémio

Para preencher o requisito previsto no artigo 3.º, alínea a), a empresa deve estar estabelecida efectivamente e de forma estável no território do Estado-Membro que lhe concede, através de uma autoridade competente, a autorização de exercício da actividade. Para o efeito, a empresa deve:

Para preencher o requisito previsto na alínea a) do artigo 3.º, a empresa deve:

Alteração 31 Artigo 5, alínea a)

a) Dispor de um estabelecimento, localizado nesse Estado-Membro, com instalações em que conserva os documentos da empresa, nomeadamente todos os documentos contabilísticos, os documentos de gestão do pessoal e qualquer outro documento a que a autoridade competente para autorizar o exercício da actividade deva poder ter acesso para verificar o preenchimento dos requisitos previstos no presente regulamento;

a) Dispor de um estabelecimento, localizado nesse Estado-Membro, com instalações em que conserva os documentos da empresa durante os períodos previstos na lei, nomeadamente todos os documentos contabilísticos, os documentos de gestão do pessoal e qualquer outro documento num suporte de dados seguro a que a autoridade competente para autorizar o exercício da actividade deve poder ter acesso para verificar o preenchimento dos requisitos previstos no presente regulamento, no respeito das normas relevantes em

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matéria de protecção de dados pessoais;

Alteração 32 Artigo 5, alínea b)

b) Dispor de veículos em propriedade plena ou a outro título, nomeadamente em virtude de um contrato de compra a prestações, de um contrato de aluguer ou de um contrato de locação financeira (leasing), ou em virtude de um contrato de compra e venda, matriculados e utilizados nesse Estado-Membro;

b) Dispor de um ou mais veículos em propriedade plena ou a outro título, nomeadamente em virtude de um contrato de compra a prestações, de um contrato de aluguer ou de um contrato de locação financeira (leasing), ou em virtude de um contrato de compra e venda, matriculados nesse Estado-Membro;

Alteração 111 Artigo 5, alínea c)

c) Dispor de um centro de exploração, localizado nesse Estado-Membro, com os equipamentos necessários, nomeadamente lugares de estacionamento de veículos em número suficiente para serem utilizados regularmente pelos seus veículos.

c) Dirigir permanente e efectivamente as suas actividades num centro de exploração, localizado nesse Estado-Membro, com os equipamentos necessários e poder provar, se lhe for solicitado, qual o local em que os veículos ficam estacionados no Estado-Membro, quando não estão a ser utilizados.

Alteração 34 Artigo 6, n.º 1, parágrafo 1

1. Para efeitos do artigo 3.º, alínea b), uma empresa preenche o requisito de idoneidade se os seus dirigentes não tiverem sido objecto de condenações penais por crimes graves nem de condenações em matéria de direito comercial e direito de falência e exercerem a sua actividade de boa fé e no respeito da regulamentação aplicável ao transporte rodoviário e da deontologia profissional.

1. Para efeitos da alínea b) do artigo 3.°, e sob reserva do n.º 2, os Estados-Membros estabelecem as condições que uma empresa ou um gestor de transportes devem preencher nos termos do presente regulamento para satisfazerem o requisito de idoneidade.

Estas condições compreendem as exigências seguintes:

Alteração 35 Artigo 6, n.º 1, parágrafo 2, alínea a)

a) Se nenhum motivo sério colocar em dúvida a sua idoneidade;

a) Se nenhum motivo sério puser em dúvida a idoneidade da empresa de transportes, dos seus gestores de transportes ou de qualquer pessoa relevante, como, por exemplo, o facto de

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ter sido objecto de condenações ou de sanções por qualquer infracção grave às regulamentações nacionais em vigor em matéria de:

i) Direito comercial,

ii) Direito de falências,

iii) Condições de remuneração e de trabalho da profissão,

iv) Circulação rodoviária,

v) Responsabilidade profissional; e

vi) Tráfico de seres humanos ou tráfico de estupefacientes.

Alteração 36 Artigo 6, n.º 1, parágrafo 2, alínea b), proémio

b) Se a pessoa ou pessoas singulares nomeadas gestores de transportes nos termos do artigo 4.º não tiverem sido objecto, num Estado-Membro, de condenações ou sanções por infracções graves ou por infracções menores repetidas à regulamentação comunitária, nomeadamente nos seguintes domínios:

b) Se o gestor de transportes ou a empresa de transportes não tiverem sido objecto, num ou vários Estados-Membros, de condenações por infracções graves à regulamentação comunitária, nomeadamente nos seguintes domínios:

Alteração 37 Artigo 6, n.º 1, parágrafo 2, alínea b), subalínea i)

i) períodos de condução e de repouso dos condutores, tempo de trabalho e instalação e utilização dos aparelhos de controlo;

i) Períodos de condução e de repouso dos condutores, tempo de trabalho e instalação e utilização dos aparelhos de controlo; a verificação deve abranger a sua observância ininterrupta, o arquivamento de dados e a protecção dos dados pessoais recolhidos;

Alteração 38 Artigo 6, n.º 1, parágrafo 2, alínea b), subalínea iv)

iv) inspecção técnica dos veículos comerciais na estrada e inspecções técnicas anuais obrigatórias dos veículos a motor;

iv) Controlo dos veículos comerciais na estrada, incluindo as inspecções técnicas obrigatórias dos veículos a motor;

Alteração 39 Artigo 6, n.º 1, parágrafo 2, alínea c)

c) Se ela não tiver sido condenada por infracções graves à regulamentação nacional em vigor relativa às condições de

Suprimido

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remuneração e de trabalho na actividade, à circulação e à segurança rodoviárias e à responsabilidade profissional.

Alterações 40, 41 e 42 Artigo 6, n.º 2

2. Para efeitos da alínea b) do segundo parágrafo do n.º 1, a Comissão aprovará a lista das categorias, tipos e grau de gravidade das infracções, bem como a frequência de ocorrência acima da qual as infracções menores repetidas implicam que o requisito de idoneidade deixa de estar preenchido. Estas medidas, destinadas a alterar elementos não essenciais do presente regulamento, completando-o, serão adoptadas pelo procedimento de regulamentação com controlo previsto no n.º 3 do artigo 25.º.

2. Para efeitos da alínea b) do n.º 1:

Para o efeito, a Comissão aplicará os princípios seguintes:

a) As categorias e os tipos de infracções correspondem aos mais frequentes;

a) Uma condenação ou sanção de que foi objecto o gestor de transportes ou a empresa transportadora num ou vários Estados-Membros por infracções muito graves à regulamentação comunitária, constante do Anexo II-A, levará à perda da idoneidade no término de um procedimento administrativo devidamente completado e, caso necessário, após um controlo efectuado às instalações da empresa, a menos que a autoridade competente, por razões excepcionais e plenamente justificadas, estabelecer que essa medida é desproporcionada. Nesse caso, as razões excepcionais e plenamente justificadas serão inscritas no registo nacional e indicadas no relatório referido no n.º 1 do artigo 26º. As medidas que se destinam a alterar elementos não essenciais do presente regulamento relativas à adaptação do Anexo II-A, a fim de ter em conta a evolução do acervo comunitário no domínio dos transportes rodoviários, são aprovadas pelo procedimento de regulamentação com controlo a que se refere o n.º 3 do artigo 25.º.

b) O grau de gravidade mais elevado corresponde às infracções que criam um

b) Até 1 de Janeiro de 2010, a Comissão aprova uma lista das categorias, tipos e

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risco grave de morte ou de ferimentos graves;

níveis de gravidade das infracções que podem levar à perda da idoneidade. Os Estados-Membros terão em conta as informações disponíveis sobre as infracções cometidas, incluindo informações recebidas de outros Estados-Membros, quando fixarem as prioridades de controlo previstas no n.º 2 do artigo 11.º.

c) A frequência de ocorrência acima da qual infracções menores repetidas são consideradas graves aumenta com o número de motoristas utilizados nas actividades de transporte dirigidas pela pessoa singular em causa.

As medidas que têm por objecto alterar elementos não essenciais do presente regulamento, completando-o no que diz respeito a esta lista, são aprovadas pelo procedimento de regulamentação com controlo a que se refere o n.º 3 do artigo 25.º.

Para esse efeito, até 1 de Janeiro de 2010, a Comissão:

i) Estabelece as categorias e os tipos de infracções mais frequentemente encontrados;

ii) Define o nível de gravidade das infracções em função do seu potencial de criar um risco de morte ou ferimentos graves; e

iii) Prevê a frequência de ocorrências para além da qual as infracções repetidas são consideradas como mais graves, tendo em conta o número de motoristas envolvidos nas actividades de transporte dirigidas pelo gestor de transportes.

Alteração 43 Artigo 7, n.º 1 e n.º 2, proémio

1. Para efeitos do artigo 3.º, alínea c), o requisito de capacidade financeira consiste em dispor dos recursos financeiros necessários para garantir o correcto arranque da actividade e a boa gestão da empresa.

1. Para efeitos da alínea c) do artigo 3.º, uma empresa deve poder cumprir em permanência as suas obrigações financeiras no decurso do exercício anual contabilístico. Para o efeito, a empresa deve demonstrar com base nas contas anuais, depois de certificadas por um auditor ou outra pessoa devidamente acreditada, que dispõe anualmente:

2. O requisito de capacidade financeira é preenchido se a empresa puder cumprir em permanência as suas obrigações reais e potenciais no decurso do exercício anual contabilístico. Para o efeito, a empresa deve provar, com base nas contas anuais,

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depois de certificadas por um auditor ou outra pessoa devidamente acreditada, que dispõe anualmente:

Alteração 44 Artigo 7, n.º 2, parágrafo 1, alínea a)

a) De activos circulantes de valor pelo menos igual a 9000 euros no caso de ser utilizado um único veículo e a 5000 euros por cada veículo adicional;

a) De capitais e reservas de valor pelo menos igual a 9 000 EUR no caso de ser utilizado um único veículo, e a 5 000 EUR por cada veículo adicional;

É feita prova do capital próprio através de um balanço comercial ou fiscal autenticado. As empresas que requeiram pela primeira vez a autorização de exercício da actividade de transportador rodoviário devem apresentar um balanço de abertura autenticado.

Alteração 45 Artigo 7, n.º 2, parágrafo 1, alínea b)

b) De créditos, valores mobiliários e depósitos bancários e caixa de valor total superior a 80% das dívidas com um prazo de vencimento residual não superior a um ano (rácio de liquidez reduzida ≥ 80%).

Suprimido

Alteração 46 Artigo 7, n.º 2, parágrafo 2

Para efeitos do presente regulamento, o valor do euro nas divisas nacionais dos Estados-Membros que não participam na terceira fase da União Monetária é fixado quinquenalmente. As taxas a aplicar são as do primeiro dia útil de Outubro, publicadas no Jornal Oficial da União Europeia. As taxas entram em vigor em 1 de Janeiro do ano civil seguinte.

Para efeitos do presente regulamento, o valor do euro nas divisas nacionais dos Estados-Membros que não participam na terceira fase da União Monetária é fixado anualmente. As taxas a aplicar são as do primeiro dia útil de Outubro, publicadas no Jornal Oficial da União Europeia. As taxas entram em vigor em 1 de Janeiro do ano civil seguinte.

Alteração 112 Artigo 7, n.º 3

3. Em derrogação ao n.º 2, a autoridade competente pode aceitar que a empresa prove a sua capacidade financeira por meio de uma declaração de um ou vários bancos ou outras instituições financeiras que se constituem garantes solidários através de uma garantia bancária, ou outro meio

3. Em derrogação ao n.º 2, a autoridade competente pode aceitar que a empresa prove a sua capacidade financeira por meio de uma declaração de um ou vários bancos ou outras instituições financeiras que se constituem garantes solidários através de uma garantia bancária, ou outro meio

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similar, nos montantes fixados na alínea a) do n.º 2. A garantia bancária pode ser accionada pela autoridade competente que autoriza o exercício da actividade e só pode ser liberada com o seu acordo.

similar, nos montantes fixados na alínea a) do n.º 1. A garantia bancária ou o seguro pode ser accionado pela autoridade competente que autoriza o exercício da actividade e só pode ser liberada com o seu acordo. A autoridade competente determina ainda em que condições é que a garantia bancária pode ser accionada ou liberada em favor de outros credores.

Alteração 48 Artigo 7, n.º 4

4. As contas anuais referidas no n.º 2, ou a garantia referida no n.º 3, a verificar são as da entidade económica estabelecida no território do Estado-Membro em que a autorização foi solicitada e não as de outras entidades estabelecidas noutros Estados-Membros.

3. As contas anuais referidas no n.º 1, ou a garantia referida no n.º 2, a verificar são as da entidade económica estabelecida no território do Estado-Membro em que a autorização foi solicitada e não as de outras entidades estabelecidas noutros Estados-Membros.

Alteração 49 Artigo 8, n.º 1

1. Para efeitos do artigo 3.º, alínea d), o requisito de capacidade profissional é preenchido se a pessoa ou pessoas que o devem preencher nos termos do artigo 4.º possuírem os conhecimentos correspondentes ao nível de formação previsto no anexo I, secção 1, nas matérias nele enumeradas. A capacidade profissional é obtida mediante uma formação que comporte a frequência obrigatória de, pelo menos, 140 horas de aulas e um exame escrito obrigatório, que pode ser completado com um exame oral. Os exames devem ser organizados em conformidade com o disposto no anexo I, secção II.

1. Para efeitos da alínea d) do artigo 3.º, a pessoa ou pessoas em causa devem possuir os conhecimentos correspondentes ao nível de formação previsto na secção 1 do Anexo I, nas matérias nele enumeradas. A capacidade profissional é obtida mediante um exame escrito obrigatório, que, se um Estado-Membro assim o decidir, pode ser completado por um exame oral. Os exames devem ser organizados em conformidade com o disposto na secção II do Anexo I.

Alteração 50 Artigo 8, n.º 1-A (novo)

1-A. Os exames referidos no n.º 1 são realizados no Estado-Membro de residência das pessoas visadas.

Alteração 51 Artigo 8, n.° 3

3. Os Estados-Membros acreditarão, de 3. Os Estados-Membros acreditam, de

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acordo com critérios que definirão, os organismos aptos a oferecer formações de qualidade aos candidatos a exame, bem como formações contínuas de actualização de conhecimentos aos gestores de transportes que o desejem. Os Estados-Membros devem verificar regularmente se esses organismos continuam a preencher os critérios que presidiram à sua acreditação.

acordo com critérios mutuamente compatíveis que definirão, os organismos aptos a oferecer formações de qualidade aos candidatos a exame, bem como formações contínuas de actualização de conhecimentos aos gestores de transportes que o desejem. Os Estados-Membros devem verificar regularmente se esses organismos continuam a preencher os critérios que presidiram à sua acreditação.

Alteração 52 Artigo 8, n.º 4

4. Os Estados-Membros podem dispensar da formação obrigatória os candidatos que provem ter, pelo menos, cinco anos de experiência prática ao nível de direcção numa empresa de transportes.

4. Os Estados-Membros podem dispensar do exame as pessoas que demonstrem possuir pelo menos dez anos ininterruptos de experiência prática antes da publicação do presente regulamento ao nível de direcção numa empresa de transportes.

Alteração 53 Artigo 8, n.º 4-A (novo)

4-A. Os Estados-Membros podem promover uma formação tal como descrita no Anexo I e um exame tal como descrito no n.º 1 do artigo 8.º para os gestores de transportes, com intervalos de dez anos, a fim de assegurar que estejam a par da evolução do sector.

Alteração 113 Artigo 8, n.º 4-B (novo)

4-B. Os Estados-Membros devem assegurar que os gestores de transportes com experiência prática que retornam à profissão após um período de ausência de cinco anos efectuem a requalificação e actualização que sejam necessárias para provar a manutenção da sua competência profissional e os seus conhecimentos sobre a evolução da legislação aplicável à sua profissão.

Alteração 54 Artigo 8, n.º 5

5. Os Estados-Membros podem dispensar os titulares de certos diplomas do ensino superior ou do ensino técnico neles

5. Os Estados-Membros podem dispensar os titulares de diplomas do ensino superior ou do ensino técnico neles emitidos que

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emitidos que impliquem a frequência de cursos sobre as matérias enumeradas na lista constante do anexo I, e que designarão especificamente para o efeito, da formação obrigatória nas matérias abrangidas por aqueles diplomas.

impliquem a frequência de cursos sobre as matérias enumeradas na lista constante do Anexo I, e que designarão especificamente para o efeito, da formação nas matérias abrangidas por aqueles diplomas, bem como do exame.

Alteração 55 Artigo 8, n.º 6

6. A autoridade ou instância referida no n.º 2 emitirá um certificado, o qual será apresentado como prova da capacidade profissional. Este certificado é intransmissível. O certificado é emitido de acordo com o modelo constante do anexo II e deve ostentar o carimbo ou o selo branco da autoridade ou instância acreditada que o emite.

6. A autoridade ou instância referida no n.º 2 emitirá um certificado, o qual será apresentado como prova da capacidade profissional. Este certificado é intransmissível a outra pessoa singular ou colectiva. O certificado é emitido de acordo com o modelo constante do Anexo II e deve ostentar o carimbo ou o selo branco da autoridade ou instância acreditada que o emite.

Alteração 56 Artigo 10, n.º 1

1. A autoridade competente concederá a autorização de exercício da actividade de transportador rodoviário às empresas que apresentarem um pedido para o efeito e preencherem os requisitos previstos no artigo 3.º.

1. As empresas de transportes que preencham os requisitos previstos no artigo 3.º são autorizadas, a seu pedido, a exercer a actividade de transportador rodoviário. A autoridade competente deve verificar se as empresas que apresentem pedidos satisfazem os requisitos previstos nesse artigo.

Alteração 57 Artigo 10, n.º 2

2. A autoridade competente inscreverá no registo electrónico referido no artigo 15.º o nome do gestor de transportes designado pela empresa, o endereço do estabelecimento, o número de veículos utilizados e, se a autorização for válida para o transporte internacional, o número de série da licença comunitária e das cópias autenticadas.

2. A autoridade competente é responsável pela actualização e pela conservação do registo electrónico referido no artigo 15.º.

A autoridade competente inscreve no registo electrónico referido no artigo 15.º a designação oficial da empresa, o nome do gestor de transportes designado pela empresa e uma indicação da sua aptidão para assegurar a gestão de transportes, o

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endereço do estabelecimento, o número de veículos utilizados e, se a autorização for válida para o transporte internacional, o número de série da licença comunitária e das cópias autenticadas.

Alteração 58 Artigo 10, n.º 4

4. A partir da data de interconexão dos registos electrónicos nacionais referida no n.º 4 do artigo 15.º, a autoridade competente verificará, a fim de avaliar se uma empresa preenche o requisito da idoneidade, se, nos dois últimos anos, o gestor ou gestores de transportes designados não foram declarados, num Estado-Membro, inaptos a dirigir a actividade de transportes de uma empresa, nos termos do artigo 13.º.

4. A partir de 1 de Janeiro de 2012, a autoridade competente verifica, em caso de dúvida, a fim de avaliar se uma empresa preenche o requisito da idoneidade, se – à data do pedido – o gestor ou gestores de transportes designados não foram declarados, num Estado-Membro, inaptos a dirigir a actividade de transportes de uma empresa, nos termos do artigo 13.º.

Alteração 59 Artigo 11, n.º 1

1. As autoridades competentes assegurarão que as empresas que autorizaram a exercer a actividade de transportador satisfazem em permanência os requisitos previstos no artigo 3º. Para o efeito, verificarão, de cinco em cinco anos, se essas empresas continuam a preencher todos os requisitos.

1. As autoridades competentes assegurarão que as empresas que autorizaram a exercer a actividade de transportador rodoviário satisfazem em permanência os requisitos previstos no artigo 3º. Para o efeito, verificarão, de cinco em cinco anos, se essas empresas continuam a preencher todos os requisitos.

A Comissão adapta a periodicidade dos controlos regulares ao progresso técnico, nomeadamente no que diz respeito aos registos electrónicos nacionais previstos no artigo 15.º Estas medidas, que têm por objecto alterar elementos não essenciais do presente regulamento, são aprovadas pelo procedimento de regulamentação com controlo a que se refere o n.º 3 do artigo 25.º .

Alteração 61 Artigo 12, n.º 1

1. A autoridade competente retirará ou suspenderá parcial ou provisoriamente a autorização de exercício da actividade de transportador rodoviário às empresas que verifique terem deixado de preencher os

1. Se a autoridade competente verificar que uma empresa corre o risco de deixar de preencher os requisitos previstos no artigo 3.º, informa do facto a empresa. Se a autoridade competente verificar que um

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requisitos previstos no artigo 3.º, após lhes ter feito uma advertência.

desses requisitos deixou de ser preenchido, pode conceder um prazo para que a empresa possa regularizar a sua situação dentro dos limites seguintes:

Alteração 62 Artigo 12, n.º 2, proémio

2. A autoridade competente fará uma advertência a uma empresa quando verificar que há o risco de esta deixar de preencher um dos requisitos previstos no artigo 3.º. Caso se verifique que um desses requisitos deixou de ser preenchido, da advertência constará um prazo para a empresa regularizar a sua situação, nos limites seguintes:

2. A autoridade competente pode impor às empresas cuja autorização foi suspensa ou retirada que os seus gestores de transportes frequentem o curso de formação e passem no exame referido no artigo 8º antes de ser aplicada qualquer medida de reabilitação.

Alteração 63 Artigo 12, n.° 2, alínea a)

a) Um prazo não superior a seis meses para a empresa recrutar um substituto do gestor de transportes, se este já não preencher os requisitos de idoneidade ou de capacidade profissional, renovável por seis meses em caso de morte ou de incapacidade física do gestor de transportes;

a) Um prazo não superior a três meses para a empresa recrutar um substituto do gestor de transportes, se este já não preencher os requisitos de idoneidade ou de capacidade profissional, renovável por três meses em caso de morte ou de incapacidade física do gestor de transportes;

Alteração 64 Artigo 12, n.° 2, alínea b)

b) Um prazo não superior a seis meses, se a empresa tiver de regularizar a sua situação comprovando que dispõe de um estabelecimento efectivo e estável;

b) Um prazo não superior a três meses, se a empresa tiver de regularizar a sua situação comprovando que dispõe de um estabelecimento efectivo e estável;

Alteração 65 Artigo 12, n.º 3

3. No caso das empresas cuja autorização tenha sido parcial ou provisoriamente suspensa ou retirada, a autoridade competente pode exigir que os seus gestores de transportes sigam a formação e se submetam ao exame referido no artigo 8.º antes de ser aplicada qualquer medida de reabilitação.

3. Se a autoridade competente verificar que uma empresa deixou de preencher um ou mais dos requisitos referidos no artigo 3.º, suspende ou retira a autorização de exercer a profissão de transportador rodoviário concedida à empresa o mais tardar no prazo referido no n.º 1.

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Alteração 66 Artigo 13, n.º 1

1. Em caso de infracções de gravidade comprovada, devido ao seu carácter sistemático e premeditado e às tentativas de dissimulação de factos, a autoridade competente declarará o gestor de transportes da empresa a que foi retirada a autorização inapto a dirigir a actividade de transportes de uma empresa.

1. Em caso de infracções graves como as referidas na alínea b) do n.° 1 do artigo 6.º, de gravidade comprovada devido ao seu carácter sistemático e premeditado ou às tentativas de dissimulação de factos, e pelas quais o gestor de transportes é responsável, a autoridade competente declara o gestor de transportes da empresa a que foi retirada a autorização inapto para dirigir a actividade de transportes de uma empresa.

Alteração 67 Artigo 13, n.º 2

2. Enquanto não for aplicada uma medida de reabilitação, o certificado de capacidade profissional, referido no n.º 6 do artigo 8.º, da pessoa declarada inapta para dirigir a actividade de transporte deixa de ser válido em todos os Estados-Membros.

2. Enquanto não for aplicada uma medida de reabilitação conforme com as disposições legislativas nacionais relevantes, o certificado de capacidade profissional, referido no n.º 6 do artigo 8.º, da pessoa declarada inapta para dirigir a actividade de transporte deixa de ser válido em todos os Estados-Membros.

Alteração 68 Artigo 14, n.º 1, parágrafo 1

1. As decisões tomadas pelas autoridades competentes dos Estados-Membros ao abrigo do presente regulamento, que comportem o indeferimento de um pedido de acesso à actividade de transportador rodoviário, a suspensão ou retirada de uma autorização em vigor ou a declaração de inaptidão, devem ser fundamentadas.

1. As decisões negativas tomadas pelas autoridades competentes dos Estados-Membros ao abrigo do presente regulamento, incluindo o indeferimento de um pedido de acesso à actividade de transportador rodoviário, a suspensão ou retirada de uma autorização em vigor e a declaração de inaptidão do gestor de transportes, devem ser fundamentadas.

Alteração 69 Artigo 14, n.º 2

2. Os Estados-Membros assegurarão que as empresas abrangidas pelo presente regulamento podem interpor recurso para organismos ou instâncias independentes e recorrer às instâncias jurisdicionais contra as decisões referidas no n.º 1. A interposição de recurso, incluindo para um tribunal, não tem efeitos suspensivos.

2. Os Estados-Membros tomam medidas para assegurar que as empresas e as pessoas em causa possam interpor recurso das decisões referidas no n.º 1, incluindo para uma instância jurisdicional.

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Alterações 70, 71 e 72 Artigo 15, n.º 1

1. Para efeitos da aplicação do presente regulamento, nomeadamente dos artigos 10.º, 11.º, 12.º, 13.º e 26.º, cada Estado-Membro conservará um registo electrónico nacional das empresas de transporte rodoviário autorizadas, por uma autoridade competente por ele designada, a exercer a actividade de transportador rodoviário. O tratamento dos dados contidos nesse registo deve ser efectuado sob o controlo da autoridade pública designada para o efeito. O registo electrónico deve ser acessível em linha a todas as autoridades competentes do Estado-Membro referidas no artigo 9.º. Apenas deve ser acessível a outras entidades se estas estiverem devidamente autorizadas a fiscalizar o transporte rodoviário e a aplicar sanções e se os respectivos funcionários estiverem ajuramentados.

1. Para efeitos da aplicação do presente regulamento, nomeadamente dos artigos 10.º, 11.º, 12.º, 13.º e 26.º, cada Estado-Membro conservará um registo electrónico nacional das empresas de transporte rodoviário e dos gestores de transportes que foram autorizados, por uma autoridade competente por ele designada, a exercer a actividade de transportador rodoviário. O tratamento dos dados contidos nesse registo deve ser efectuado sob o controlo da autoridade pública designada para o efeito, que é igualmente responsável pela utilização e actualização desses dados. O registo electrónico nacional contém uma secção pública e uma secção confidencial. O registo electrónico deve ser acessível em linha a todas as autoridades competentes do Estado-Membro referidas no artigo 9.º. A secção confidencial do registo electrónico só deve ser acessível a outras autoridades se estas estiverem devidamente autorizadas a fiscalizar o transporte rodoviário e a aplicar sanções, e se os respectivos funcionários estiverem ajuramentados.

Até 1 de Janeiro de 2010, a Comissão define, em consulta com os Estados-Membros, a estrutura mínima dos dados que devem ser inscritos no registo electrónico nacional.

O registo electrónico nacional de um Estado-Membro deve conter os dados seguintes:

A secção do registo electrónico nacional de um Estado-Membro relativa às empresas de transporte rodoviário deve conter os dados seguintes:

a) Nome e forma jurídica da empresa; a) Nome e forma jurídica da empresa;

b) Endereço do estabelecimento; b) Endereço do estabelecimento;

c) Nome dos gestores de transportes designados para preencherem os requisitos de idoneidade e de capacidade profissional e o nome do representante legal, se este for outra pessoa;

c) Nome dos gestores de transportes designados para preencherem os requisitos de idoneidade e de capacidade profissional e o nome do representante legal, se este for outra pessoa;

d) Tipo de autorização, número de veículos abrangidos e, se for caso disso, o número de série da licença comunitária e das cópias

d) Tipo de autorização, número de veículos abrangidos e, se for caso disso, o número de série da licença comunitária e das cópias autenticadas, e o número de chapa de

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autenticadas; matrícula de cada veículo utilizado ao abrigo da autorização fora do Estado-Membro de estabelecimento da empresa;

e) Número, categoria e tipo das infracções graves e das infracções menores repetidas a que se refere o n.º 1, alínea b), do artigo 6.º e que tenham sido objecto de uma sanção nos dois últimos anos;

e) Número, categoria e tipo das infracções graves que tenham sido objecto de uma sanção nos dois últimos anos;

f) Nome das pessoas declaradas inaptas para dirigir a actividade de transportes de uma empresa nos dois últimos anos, bem como as medidas de reabilitação aplicáveis.

f) Nome das pessoas declaradas inaptas para dirigir a actividade de transportes de uma empresa nos dois últimos anos, bem como as medidas de reabilitação aplicáveis.

A secção do registo electrónico nacional de um Estado-Membro relativa aos gestores de transportes deve conter os dados seguintes:

a) Nome do gestor de transportes declarado apto para o exercício da gestão da actividade de transporte ou de uma empresa;

b) Nome, forma jurídica e endereço da empresa ou empresas geridas.

Alteração 73 Artigo 15, n.º 1, parágrafo 2-A (novo)

Os Estados-Membros podem decidir conservar em registos separados as informações contidas nas alíneas e) e f). Nesse caso, os dados relevantes devem estar disponíveis a pedido ou ser directamente acessíveis ao conjunto das autoridades competentes do Estado-Membro em causa. As informações pedidas devem ser prestadas no prazo de 10 dias úteis após a recepção do pedido.

Alteração 74 Artigo 15, n.º 1, parágrafo 2-B (novo)

Em qualquer caso, as informações contidas nas alíneas e) e f) só devem ser acessíveis a outras autoridades, para além das autoridades competentes, se estiverem devidamente autorizadas a fiscalizar o transporte rodoviário e a aplicar sanções, e se os respectivos funcionários estiverem

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ajuramentados ou de outra forma obrigados a proteger o carácter confidencial das informações.

Alteração 75 Artigo 15, n.º 2

2. Os dados das empresas cujas autorizações tenham sido parcial ou provisoriamente suspensas ou retiradas e das pessoas declaradas inaptas a exercer a actividade permanecerão no registo por um período de dois anos. Esses dados devem especificar as razões que motivaram a suspensão ou retirada da autorização ou a declaração de inaptidão.

2. Os dados das empresas cujas autorizações tenham sido suspensas ou retiradas permanecerão no registo por um período de dois anos a contar da expiração da suspensão ou retirada da autorização e seguidamente serão imediatamente suprimidos.

Alteração 76 Artigo 15, n.º 2, parágrafo 1-A (novo)

Os dados relativos à pessoa declarada inapta para o exercício da profissão são conservados no registo enquanto a idoneidade da pessoa em causa não for restabelecida nos termos do disposto no n.º 3 do artigo 6.º. Após a reabilitação ou outra medida equivalente, os dados são imediatamente suprimidos.

Alteração 77 Artigo 15, n.º 2, parágrafo 1-B (novo)

Esses dados devem especificar as razões que motivaram a suspensão ou a retirada da autorização ou a declaração de inaptidão e a correspondente duração.

Alteração 115 Artigo 15, n.º 4

4. Os Estados-Membros tomarão as medidas necessárias para que os registos electrónicos nacionais estejam interconectados a nível da Comunidade o mais tardar em 31 de Dezembro de 2010. A interconexão será efectuada de modo a que qualquer autoridade competente de qualquer Estado-Membro possa consultar o registo electrónico de todos os Estados-Membros.

4. Os Estados-Membros tomarão as medidas necessárias para que os registos electrónicos nacionais estejam interconectados a nível da Comunidade o mais tardar em 31 de Dezembro de 2010. A interconexão será efectuada de modo a que qualquer autoridade competente de qualquer Estado-Membro possa consultar o registo electrónico de todos os Estados-Membros. A Comissão tomará todas as iniciativas necessárias para

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facilitar a aplicação deste número.

Alteração 116 Artigo 15, n.º 6

6. A Comissão pode tomar qualquer iniciativa que considere útil para facilitar a aplicação do n.º 4, incluindo o adiamento da data prevista no n.º 4. A decisão de adiamento, que se destina a alterar elementos não essenciais do presente regulamento, será adoptada pelo procedimento de regulamentação com controlo previsto no n.º 4 do artigo 25.º.

Suprimido

Alteração 79 Artigo 16, alínea b)

b) As pessoas têm direito de acesso aos dados que lhes dizem respeito, junto da autoridade responsável pelo seu tratamento. Tal direito deve poder ser exercido sem qualquer impedimento, a intervalos razoáveis e sem demoras nem encargos excessivos quer para a autoridade responsável pelo tratamento dos dados quer para o requerente;

b) As pessoas têm direito de acesso aos dados que lhes dizem respeito, junto da autoridade responsável pelo seu tratamento. Tal direito deve poder ser exercido sem qualquer impedimento, a intervalos razoáveis e sem demoras nem encargos excessivos para o requerente;

Alteração 80 Artigo 17, n.º 4

4. Os Estados-Membros que troquem informações sobre as infracções referidas no n.º 2 do artigo 6.º ou sobre gestores de transportes declarados inaptos devem observar o procedimento e os prazos previstos no n.º 1 do artigo 12.º do Regulamento (CE) n.º …/.... ou no n.º 1 do artigo 23.º do Regulamento (CE) n.º …/...., consoante o caso. Um Estado-Membro que receba de outro Estado-Membro notificação de uma infracção deve inscrever essa infracção no seu registo electrónico nacional.

4. Os Estados-Membros que troquem informações sobre as infracções referidas no n.º 2 do artigo 6.º ou sobre gestores de transportes declarados inaptos devem observar o procedimento e os prazos previstos no n.º 1 do artigo 12.º do Regulamento (CE) n.º …/.... ou no n.º 1 do artigo 23.º do Regulamento (CE) n.º …/...., consoante o caso. Um Estado-Membro que receba de outro Estado-Membro notificação de uma infracção grave que tenha dado lugar a uma condenação deve inscrever essa infracção no seu registo electrónico nacional.

Alteração 81 Artigo 18, n.º 1

1. Sem prejuízo do disposto no n.º 4 do artigo 10.º, o novo Estado-Membro de estabelecimento aceitará como prova

1. Sem prejuízo do disposto no n.º 4 do artigo 10.º, o Estado-Membro de estabelecimento aceitará como prova

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suficiente de idoneidade para o acesso à actividade de transportador rodoviário uma certidão de registo criminal ou, na falta desta, um documento equivalente, emitido por uma autoridade judiciária ou administrativa competente do ou dos Estados-Membros de proveniência do transportador, comprovativa do preenchimento desse requisito.

suficiente de idoneidade para o acesso à actividade de transportador rodoviário uma certidão de registo criminal ou, na falta desta, um documento equivalente, emitido por uma autoridade judiciária ou administrativa competente do ou dos Estados-Membros em que o gestor de transportes residia.

Alteração 82 Artigo 18, n.º 2

2. Um Estado-Membro que exigir dos seus nacionais determinados requisitos de idoneidade cuja prova não possa ser feita pelo documento referido no n.º 1 deve aceitar como prova suficiente, no que respeita aos nacionais dos outros Estados-Membros, uma certidão emitida por uma autoridade judiciária ou administrativa competente do ou dos Estados-Membros de proveniência, comprovativa do preenchimento desses requisitos. A certidão incidirá nos factos precisos tomados em consideração no novo Estado-Membro de estabelecimento.

2. Um Estado-Membro que exigir dos seus nacionais determinados requisitos de idoneidade cuja prova não possa ser feita pelo documento referido no n.º 1 deve aceitar como prova suficiente, no que respeita aos nacionais dos outros Estados-Membros, uma certidão emitida por uma autoridade judiciária ou administrativa competente do ou dos Estados-Membros em que o gestor de transportes residia, comprovativa do preenchimento desses requisitos. A certidão incidirá nos factos precisos tomados em consideração no Estado-Membro de estabelecimento.

Alteração 83 Artigo 18, n.º 3

3. Se o país ou países de proveniência não emitirem o documento exigido nos termos dos n.ºs 1 e 2, este pode ser substituído por uma declaração solene ou sob juramento feita pelo interessado perante uma autoridade judiciária ou administrativa competente ou, eventualmente, um notário do Estado-Membro de proveniência, que certificará a prestação do juramento ou da declaração solene.

3. Se o Estado-Membro ou os Estados-Membros em que o gestor de transportes residia não emitirem o documento exigido nos termos dos n.ºs 1 e 2, este pode ser substituído por uma declaração solene ou sob juramento feita pelo interessado perante uma autoridade judiciária ou administrativa competente ou, eventualmente, um notário do Estado-Membro em que o gestor de transportes residia, que certificará a prestação do juramento ou da declaração solene.

Alteração 85 Artigo 19, parágrafo 1

Um Estado-Membro que exigir dos seus nacionais outras condições em matéria de capacidade financeira, em complemento das previstas no artigo 7.º, deve aceitar

Um Estado-Membro que exigir dos seus nacionais outras condições em matéria de capacidade financeira, em complemento das previstas no artigo 7.º, deve aceitar

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como prova suficiente, para os nacionais de outros Estados-Membros, uma certidão emitida por uma autoridade administrativa competente do ou dos Estados-Membros de proveniência, comprovativa de que tais condições foram satisfeitas. A certidão incidirá nos factos precisos tomados em consideração no novo Estado-Membro de estabelecimento.

como prova suficiente, para os nacionais de outros Estados-Membros, uma certidão emitida por uma autoridade administrativa competente do ou dos Estados-Membros em que o gestor de transportes residia, comprovativa de que tais condições foram satisfeitas. A certidão incidirá nas informações precisas tomadas em consideração no novo Estado-Membro de estabelecimento.

Alteração 86 Artigo 20, n.º 2

2. Os certificados comprovativos da capacidade profissional, emitidos antes de … , nos termos das disposições em vigor nessa data, serão equiparados ao certificado cujo modelo consta do anexo II e aceites como prova de capacidade profissional em todos os Estados-Membros. Um Estado-Membro pode, contudo, exigir um documento complementar comprovativo do exercício efectivo da actividade em questão num Estado-Membro durante um período de três anos. À data da apresentação do certificado, essa actividade não deve ter cessado há mais de cinco anos.

2. Os certificados comprovativos da capacidade profissional, emitidos antes de … , nos termos das disposições em vigor nessa data, serão equiparados ao certificado cujo modelo consta do anexo II e aceites como prova de capacidade profissional em todos os Estados-Membros. Os Estados-Membros indicam à Comissão quais são os documentos que reconhecem como prova da capacidade profissional para fins do presente artigo.

Alteração 88 Artigo 21, n.º 1

1. Os Estados-Membros estabelecerão o regime de sanções aplicável às infracções ao presente regulamento e tomarão todas as medidas necessárias para garantir a aplicação dessas sanções. As sanções previstas devem ser efectivas, proporcionadas e dissuasivas. Os Estados-Membros notificarão esse regime à Comissão, o mais tardar em…, bem como, o mais rapidamente possível, quaisquer alterações que lhe sejam introduzidas.

1. Os Estados-Membros estabelecerão o regime de sanções aplicável às infracções ao presente regulamento e tomarão todas as medidas necessárias para garantir a aplicação dessas sanções. As sanções previstas devem ser efectivas, proporcionadas e dissuasivas. Os Estados-Membros notificarão esse regime à Comissão, até 1 de Janeiro de 2012, bem como, o mais rapidamente possível, quaisquer alterações que lhe sejam introduzidas.

Alteração 89 Artigo 21, n.º 2

2. As sanções previstas no n.º 1 devem incluir, nomeadamente, a suspensão provisória ou parcial da autorização de

2. As sanções previstas no n.º 1 devem incluir, nomeadamente, a suspensão da autorização de exercício da actividade, a

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exercício da actividade, a retirada da autorização e a declaração de inaptidão dos gestores de transportes implicados. Devem incluir igualmente a apreensão do veículo utilizado pela empresa que efectua transportes sem a autorização prevista no presente regulamento.

retirada da autorização e a declaração de inaptidão dos gestores de transportes implicados. Devem incluir igualmente a apreensão do veículo utilizado pela empresa que efectua transportes sem a autorização prevista no presente regulamento.

Alteração 90 Artigo 21, n.º 3

3. A Comissão elaborará a lista das infracções mais graves ao presente regulamento que implicam, pelo menos, a suspensão parcial ou provisória da autorização de exercício da actividade, a retirada da autorização ou a declaração de inaptidão dos gestores de transportes implicados. Esta medida, destinada a alterar elementos não essenciais do presente regulamento completando-o, é adoptada pelo procedimento de regulamentação com controlo previsto no n.º 3 do artigo 25.º.

Suprimido

Alteração 91 Artigo 21, n.º 4

4. As infracções referidas no n.º 2 do artigo 6.º serão mutuamente reconhecidas, para efeitos da aplicação das sanções referidas no n.º 2 do presente artigo.

Suprimido

Alteração 92 Artigo 22

Artigo 22.º Suprimido

Direitos anteriores

As empresas que comprovem ter sido, antes de determinada data, autorizadas num Estado-Membro, nos termos da regulamentação nacional, a exercer a actividade de transportador rodoviário de mercadorias ou, consoante o caso, de passageiros, no sector do transporte nacional ou internacional, ficam dispensadas até 1 de Janeiro de 2012 de apresentar prova de que dispõem da capacidade profissional prevista no artigo

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3º, alínea d). Essas datas são as seguintes:

a) 1 de Janeiro de 1975, para a Bélgica, a Dinamarca, a Alemanha, a França, a Irlanda, a Itália, o Luxemburgo, os Países Baixos e o Reino Unido;

b) 1 de Janeiro de 1981, para a Grécia;

c) 1 de Janeiro de 1983, para a Espanha e Portugal;

d) 3 de Outubro de 1989, para o território da ex-República Democrática Alemã;

e) 1 de Janeiro de 1995, para a Áustria, a Finlândia e a Suécia.

Alteração 93 Artigo 24, n.º 1

1. As autoridades competentes dos Estados-Membros devem colaborar estreitamente e prestar-se assistência mútua na aplicação do presente regulamento. Devem igualmente assegurar a confidencialidade das informações que troquem.

1. As autoridades competentes dos Estados-Membros devem colaborar estreitamente e prestar-se assistência mútua na aplicação do presente regulamento. Devem trocar informações sobre as condenações por infracções graves cometidas ou sobre outros factos susceptíveis de ter consequências no exercício da profissão de transportador rodoviário, no respeito das disposições aplicáveis em matéria de protecção dos dados de carácter pessoal.

Alteração 94 Artigo 24, n.º 2

2. As autoridades competentes trocarão informações sobre as condenações penais graves aplicadas e sobre as infracções graves cometidas ou factos graves e precisos que possam ter incidências no exercício da actividade de transportador rodoviário e no cumprimento das disposições aplicáveis em matéria de protecção de dados pessoais.

Suprimido

Alteração 96 Artigo 25, n.º 4, parágrafo 1

4. Sempre que seja feita referência ao presente número, são aplicáveis os n.ºs 1 a 4 e a alínea b) do n.º 5 do artigo 5.º-A, bem como o artigo 7.º da Decisão 1999/468/CE,

4. Sempre que se faça referência ao presente número, são aplicáveis os n.ºs 1 a 4 e a alínea b) do n.º 5 do artigo 5.º-A, bem como o artigo 7.º da Decisão 1999/468/CE, tendo em conta o disposto no seu artigo 8.º.

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tendo em conta o disposto no seu artigo 8.º. Os prazos previstos no nº 3 e nas alíneas b) e e) do n.° 4 do artigo 5.°-A da Decisão 1999/468/CE são de um mês.

Alteração 97 Artigo 26, n.º 1, alínea b)

b) O número, por tipo e ano, de autorizações concedidas, suspensas e retiradas, o número de advertências e o número de declarações de inaptidão, incluindo os motivos que o justificam;

b) O número, por tipo e ano, de autorizações concedidas, suspensas e retiradas, o número de declarações de inaptidão, incluindo os motivos que o justificam;

Alteração 98 Artigo 26, n.º 1, alínea d)

d) As estatísticas sobre as actualizações efectuadas nos registos nacionais electrónicos;

d) As estatísticas essenciais sobre os registos nacionais electrónicos e sobre a sua utilização pelas autoridades competentes; e

Alteração 99 Artigo 26, n.º 2-A (novo)

2-A. Até 1 de Junho de 2009, a Comissão apresenta um relatório sobre o provável impacto que surtiria o facto de o âmbito de aplicação do presente regulamento ser tornado extensível ao transporte comercial com veículos que, pela sua concepção e equipamento, sejam adequados e se destinem a transportar nove pessoas no máximo, incluindo o condutor. A Comissão toma, se necessário, iniciativas adequadas para o efeito.

Alteração 100 Artigo 27

Cada Estado-Membro transmitirá à Comissão a lista das autoridades competentes por ele designadas para autorizar o exercício da actividade de transportador rodoviário, bem como a lista das autoridades ou instâncias acreditadas para organizar exames. A lista consolidada dessas autoridades ou instâncias de toda a Comunidade será publicada pela Comissão no Jornal Oficial da União Europeia.

Cada Estado-Membro transmite à Comissão, até 1 de Junho de 2009, a lista das autoridades competentes por ele designadas para autorizar o exercício da actividade de transportador rodoviário, bem como a lista das autoridades ou instâncias acreditadas para organizar exames e emitir certificados. A lista consolidada dessas autoridades ou instâncias de toda a Comunidade é publicada pela Comissão no Jornal Oficial

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da União Europeia.

Alteração 101 Artigo 28

Os Estados-Membros comunicarão à Comissão, com a maior brevidade, o texto das disposições legislativas, regulamentares e administrativas de direito interno que adoptarem nas matérias reguladas pelo presente regulamento.

Os Estados-Membros comunicam à Comissão o texto das disposições legislativas, regulamentares e administrativas de direito interno que adoptarem nas matérias reguladas pelo presente regulamento no prazo de seis dias após a data da sua adopção e, pela primeira vez, até 1 de Junho de 2009.

Alteração 103 Artigo 30, parágrafo 2

O presente regulamento é aplicável a partir de […]

O presente regulamento é aplicável a partir de 1 de Junho 2009.

Alteração 104 Anexo II-A (novo)

Anexo II-A

A lista das infracções referida na alínea a) do n.º 2 do artigo 6.º é a seguinte:

1. a) Superação em 25% ou mais do tempo de condução máximo autorizado para um período de seis ou quinze dias.

b) Superação, durante o tempo de trabalho diário, do tempo de condução máximo diário em 50% ou mais sem tempos de pausa ou sem tempo de descanso ininterrupto de 4 horas e meia pelo menos.

2. Falta de instalação de um tacógrafo e/ou de um limitador de velocidade ou utilização fraudulenta de um instrumento capaz de modificar os registos efectuados pelo material de registo e/ou limitador de velocidade ou falsificação [… ] as actas ou os dados carregados a partir do tacógrafo e/ou do cartão do condutor.

3. Condução sem certificado de controlo técnico válido ou conduzindo um veículo que apresenta uma deficiência muito grave a nível nomeadamente do sistema

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de travagem, do sistema de direcção, das rodas/pneumáticos, do sistema de suspensão ou do chassis que é susceptível de constituir um risco imediato para a segurança rodoviária que deve motivar a decisão de imobilizar o veículo.

4. Transporte de mercadorias perigosas cujo transporte é proibido ou transporte de mercadorias perigosas sem aposição da sinalização necessária no veículo ou sem marcação deste.

5. Transporte de passageiros ou de mercadorias sem carta de condução válida ou efectuada por uma empresa que não é titular de uma certificação comunitária regular.

6. Motorista que utiliza um cartão do condutor falsificado, do qual não é o detentor ou que foi obtido com base em falsas declarações e/ou documentos falsificados.

7. Transporte de mercadorias excedendo o peso máximo autorizado em 20% ou mais.

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Transporte internacional rodoviário de mercadorias (reformulação) ***I

Resolução legislativa do Parlamento Europeu, de 21 de Maio de 2008, sobre uma proposta de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho que estabelece regras comuns para o acesso ao mercado do transporte internacional rodoviário de mercadorias (reformulação) (COM(2007)0265 – C6-0146/2007 – 2007/0099(COD))

(Processo de co-decisão: primeira leitura)

O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta a proposta da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho (COM(2007)0265),

– Tendo em conta o n.º 2 do artigo 251.º e o artigo 71.º do Tratado CE, nos termos dos quais a proposta lhe foi apresentada pela Comissão (C6-0146/2007),

– Tendo em conta o Acordo Interinstitucional, de 28 de Novembro de 2001, para um recurso mais estruturado à técnica de reformulação dos actos jurídicos1,

– Tendo em conta a carta da Comissão dos Assuntos Jurídicos, datada de 20 de Novembro de 2007, nos termos do n.º 3 do artigo 80.º-A do seu Regimento,

– Tendo em conta os artigos 80.º e 51.º do seu Regimento,

– Tendo em conta o relatório da Comissão dos Transportes e do Turismo (A6-0038/2008),

1. Aprova a proposta da Comissão com as alterações nela introduzidas e tal como adaptada às recomendações do Grupo de Trabalho Consultivo dos Serviços Jurídicos do Parlamento Europeu, do Conselho e da Comissão;

2. Requer à Comissão que lhe submeta de novo esta proposta, se pretender alterá-la substancialmente ou substituí-la por um outro texto;

3. Encarrega o seu Presidente de transmitir a posição do Parlamento ao Conselho e à Comissão.

1 JO C 77 de 28.3.2002, p. 1.

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Texto da Comissão Alterações do Parlamento

Alteração 1 Considerando 4-A (novo)

(4-A) O início ou o fim do transporte rodoviário de mercadorias no âmbito do transporte combinado nas condições previstas na Directiva 92/106/CEE do Conselho, de 7 de Dezembro de 1992, relativa ao estabelecimento de regras comuns para certos transportes combinados de mercadorias entre Estados-Membros1, e, por conseguinte, um transporte combinado ferrovia/estrada e/ou vias navegáveis/estrada em ambas as direcções, não são abrangidos pela definição de operações de cabotagem.

____________ 1 JO L 368 de 17.12.1992, p. 38. Directiva

com a última redacção que lhe foi dada pela Directiva 2006/103/CE (JO L 363 de 20.12.2006, p. 344).

Alteração 2 Considerando 9

(9) É igualmente necessário estabelecer um certificado de motorista, que permita um controlo eficaz pelos Estados Membros da regularidade da contratação de motoristas de países terceiros ou da sua colocação à disposição do transportador responsável por determinada operação de transporte

(9) É igualmente necessário estabelecer um certificado de motorista, que permita um controlo eficaz pelos Estados Membros da regularidade da contratação de motoristas de países terceiros ou da sua colocação à disposição do transportador responsável por determinada operação de transporte. O certificado de motorista deverá ser compreensível para todos aqueles que procedam a esses controlos.

Alteração 3 Considerando 11

(11) No passado, esses serviços de transporte nacional eram autorizados a título temporário. Na prática, tem sido difícil verificar quais os serviços autorizados. É, por conseguinte, necessário definir regras claras e fáceis de fazer cumprir.

(11) No passado, esses serviços de transporte nacional eram autorizados a título temporário. Na prática, tem sido difícil verificar quais os serviços autorizados. É, por conseguinte, necessário definir regras claras e de fácil aplicação. No entanto, a longo prazo, as restrições à realização de operações de cabotagem deixarão de se justificar e deverão ser completamente abolidas, dado que não se coadunam com os princípios de um

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mercado interno sem fronteiras no qual é garantida a livre circulação de bens e serviços. Os Estados-Membros deverão tomar todas as medidas necessárias para assegurar que as regras sejam aplicadas de modo uniforme em toda a UE.

Alteração 4 Considerando 12-A (novo)

(12-A) As restrições ao número e à duração das operações de cabotagem são uma fase necessária, mas intermédia, para incentivar os Estados-Membros a maximizar a harmonização das condições fiscais e de trabalho. As restrições impostas ao abrigo do presente regulamento são, por conseguinte, temporárias e deverão ser suprimidas a partir de 1 de Janeiro de 2014.

Alteração 5 Considerando 12-B (novo)

(12-B) Alguns Estados-Membros vizinhos têm laços económicos fortes e de longa data. Estes Estados-Membros deverão, por isso, poder conceder aos transportadores dos Estados-Membros vizinhos em questão um acesso mais amplo à cabotagem.

Alteração 6 Considerando 13-A (novo)

(13-A) Deverá ser possível evitar que o tráfego em trânsito, ou seja, as operações de transporte internacional entre dois Estados-Membros distintos do Estado-Membro de residência do transportador, conduza a situações em que o seu carácter regular, contínuo e/ou sistemático perturbe o mercado mediante a aplicação de condições de emprego e de trabalho menos favoráveis do que as aplicáveis nos dois Estados-Membros entre os quais se efectua o tráfego em trânsito.

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Alteração 7 Considerando 14

(14) As formalidades administrativas devem ser reduzidas, na medida do possível sem renunciar aos controlos e sanções necessários para garantir a correcta aplicação e o cumprimento efectivo do presente regulamento. Para o efeito, é necessário aclarar e reforçar as regras aplicáveis à retirada da licença comunitária. As regras em vigor devem ser adaptadas, de modo a permitir que as infracções graves e as infracções menores repetidas cometidas num Estado-Membro distinto do Estado-Membro de estabelecimento também sejam objecto de sanções eficazes. As sanções não devem ser discriminatórias e devem ser proporcionais à gravidade das infracções. É necessário prever a possibilidade de recurso relativamente a qualquer imposição de sanção.

(14) As formalidades administrativas devem ser reduzidas, na medida do possível sem renunciar aos controlos e sanções necessários para garantir a correcta aplicação e o cumprimento efectivo do presente regulamento. Para o efeito, é necessário aclarar e reforçar as regras aplicáveis à retirada da licença comunitária. As regras em vigor devem ser adaptadas de modo a permitir que as infracções graves cometidas num Estado-Membro distinto do Estado-Membro de estabelecimento sejam objecto de sanções eficazes. As sanções não devem ser discriminatórias e devem ser proporcionais à gravidade das infracções. É necessário prever a possibilidade de recurso.

Alteração 8 Considerando 15

(15) Os Estados-Membros devem inscrever no registo nacional das empresas de transporte rodoviário todas as infracções graves e infracções menores repetidas cometidas pelos transportadores, que tenham conduzido à aplicação de uma sanção.

(15) Os Estados-Membros deverão inscrever no registo nacional das empresas de transporte rodoviário todas as infracções graves cometidas pelos transportadores que tenham conduzido à aplicação de uma sanção.

Alteração 9 Artigo 1, n.º 4

4. O presente regulamento é aplicável ao transporte nacional rodoviário de mercadorias efectuado a título temporário por transportadores não-residentes, conforme previsto no Capítulo III.

4. O presente regulamento é aplicável às operações de cabotagem.

Alteração 10 Artigo 1, n.º 5, proémio

5. O presente regulamento não é aplicável aos seguintes tipos de transportes nem às deslocações sem carga relacionadas com esses transportes:

5. O presente regulamento não é aplicável aos seguintes tipos de transportes nem às deslocações sem carga relacionadas com esses transportes, dado estarem isentos do regime de licença comunitária:

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Alteração 11 Artigo 1, n.º 5, alínea a)

a) Transportes postais efectuados no âmbito de um regime de serviço público;

a) Transportes postais efectuados no âmbito do serviço universal;

Alteração 12 Artigo 2, ponto 6

6) "Operações de cabotagem": transportes nacionais por conta de outrem efectuados a título temporário num Estado-Membro de acolhimento;

6) "Operações de cabotagem": transportes nacionais por conta de outrem efectuados a título temporário num Estado-Membro de acolhimento, ou seja, em conformidade com o disposto no Capítulo III;

Alteração 42 Artigo 2, ponto 7

7. "Infracções graves ou infracções menores repetidas à legislação comunitária no domínio do transporte rodoviário": as infracções que implicam deixar de estar preenchido o requisito de idoneidade, em conformidade com os n.ºs 1 e 2 do artigo 6.º do Regulamento (CE) n.º …/... [acesso à actividade].

7. "Infracções graves à legislação comunitária no domínio do transporte rodoviário": as infracções que implicam deixar de estar preenchido o requisito de idoneidade, em conformidade com os n.ºs 1 e 2 do artigo 6.º do Regulamento (CE) n.º …/2008 [acesso à actividade].

Alteração 14 Artigo 2, ponto 7-A (novo)

7-A) "Tráfego em trânsito": operações de transporte internacional efectuadas por um transportador entre dois Estados-Membros de acolhimento distintos do Estado de residência desse transportador.

Alteração 15 Artigo 7-A (novo)

Artigo 7.º-A

Tráfego em trânsito e destacamento de trabalhadores

Quando o tráfego em trânsito entre dois Estados-Membros é efectuado por um transportador de forma regular, contínua e/ou sistemática, um dos Estados-Membros de acolhimento pode solicitar a aplicação das condições de trabalho e de emprego referidas no

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artigo 9.º.

Alteração 16 Artigo 8, n.º 2

2. Os transportadores rodoviários de mercadorias referidos no n.º 1 estão autorizados a efectuar, com o mesmo veículo, até três operações de cabotagem consecutivas a um transporte internacional proveniente de um Estado-Membro ou de um país terceiro e com destino ao Estado-Membro de acolhimento, uma vez efectuada a entrega das mercadorias transportadas à chegada. A última operação de descarga no quadro de uma operação de cabotagem, antes da saída do Estado-Membro de acolhimento, deverá ter lugar nos sete dias seguintes à última operação de descarga realizada no Estado-Membro de acolhimento no quadro de um transporte internacional com destino a este último.

2. Os transportadores rodoviários de mercadorias referidos no n.º 1 estão autorizados a efectuar, com o mesmo veículo, até três operações de cabotagem consecutivas a um transporte internacional proveniente de um Estado-Membro ou de um país terceiro e com destino ao Estado-Membro de acolhimento, uma vez efectuada a entrega das mercadorias transportadas à chegada. A autorização para efectuar estas operações de cabotagem não pressupõe que o veículo seja totalmente descarregado. A última operação de descarga no quadro das operações de cabotagem, antes da saída do Estado-Membro de acolhimento, deverá ter lugar no prazo de sete dias a contar da última operação de descarga realizada no Estado-Membro de acolhimento no quadro de um transporte internacional com destino a este último.

Alteração 17 Artigo 8, n.º 2-A (novo)

2-A. As operações de cabotagem podem ser igualmente efectuadas num Estado-Membro em que o veículo deva transitar após a descarga no Estado-Membro destinatário no decurso de uma operação de transporte internacional, desde que a viagem de regresso mais curto transite por esse Estado-Membro e tenha lugar no prazo de sete dias a contar da descarga no país destinatário.

Alteração 18 Artigo 8, n.º 2-B (novo)

2-B. As restrições ao número e à duração das operações de cabotagem serão suprimidas gradualmente. Dois anos após a entrada em vigor do presente regulamento, o número de operações de cabotagem referidas no n.º 2 será aumentado para sete. Em 1 de Janeiro de

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2014, serão suprimidas todas as restrições ao número e à duração das operações de cabotagem.

Alteração 19 Artigo 8, n.º 3, parágrafo 2, proémio

Tais provas incluirão, pelo menos, os dados seguintes relativos a cada operação:

Tais provas incluirão os dados seguintes relativos a cada operação:

Alteração 20 Artigo 8, n.º 3-A (novo)

3-A. Os Estados-Membros não devem exigir nenhum documento específico suplementar nem documentação em duplicado para provar o preenchimento das condições previstas no n.º 3. Até 1 de Janeiro de 2010, a Comissão estabelecerá, pelo procedimento de regulamentação com controlo a que se refere o n.º 2 do artigo 14.º, um modelo único harmonizado de declaração de expedição válido em toda a União Europeia para o transporte internacional, para o transporte nacional e para o transporte de cabotagem. Os Estados-Membros e a Comissão asseguram que as disposições de outros acordos celebrados com países terceiros sejam alinhadas pelas disposições do presente regulamento.

Alteração 21 Artigo 8, n.º 6-A (novo)

6-A. As disposições do presente regulamento não obstam a que um Estado-Membro autorize transportadores de mercadorias de um ou vários Estados-Membros a efectuarem no seu território um número de operações de cabotagem ilimitado ou superior ao referido no n.º 2, dentro de um prazo ilimitado ou superior ao referido no n.º 2 para a última operação de descarga. As autorizações concedidas antes da entrada em vigor do presente regulamento permanecem válidas. Os Estados-Membros informam a Comissão das autorizações já existentes e das que concedam após a entrada em vigor do

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presente regulamento.

Alteração 22 Artigo 8, n.º 6-B (novo)

6-B. O início ou o fim do transporte rodoviário de mercadorias no âmbito do transporte combinado nas condições previstas na Directiva 92/106/CEE não é abrangido pela definição de operações de cabotagem.

Alteração 43 Artigo 9, n.º 1, alínea d)

d) Tempo de trabalho, tempo de condução e períodos de repouso;

d) Tempo de condução e períodos de repouso;

Alteração 23 Artigo 9, n.º 1, alínea e-A) (nova)

e-A) Destacamento de trabalhadores na acepção da Directiva 96/71/CE;

Alteração 48 Artigo 10-A (novo)

Artigo 10.º-A

1. Após a supressão das restrições mencionados no n.º 2-A do artigo 8.º, em caso de perturbação grave do mercado de transportes nacionais numa zona geográfica determinada, devido à actividade de cabotagem ou por ela agravada, os Estados-Membros podem solicitar à Comissão a adopção de medidas de salvaguarda, fornecendo-lhe as informações necessárias e comunicando-lhe as medidas que tencionam tomar em relação aos transportadores residentes.

2. Para efeitos do n.º 1, considera-se:

– "perturbação grave do mercado de transportes nacionais numa zona geográfica determinada": o surgimento, nesse mercado, de problemas específicos do mesmo, que possam originar um excedente grave, susceptível de persistir, da oferta em relação à procura, implicando uma ameaça para o equilíbrio financeiro e a sobrevivência de

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numerosas empresas de transporte rodoviário de mercadorias,

– "zona geográfica": uma zona que englobe parte ou todo o território de um Estado-Membro ou se alargue a parte ou a todo o território de outros Estados-Membros.

3. A Comissão analisará a situação com base, nomeadamente, nos últimos dados trimestrais referidos no artigo 5.º, e, após consulta do comité consultivo criado pelo artigo 5.º do Regulamento (CEE) n.º 3916/90, decidirá, no prazo de um mês a contar da recepção do pedido do Estado-Membro, se devem ou não ser tomadas medidas de salvaguarda, procedendo, em caso afirmativo, à sua adopção. Essas medidas podem ir até à exclusão temporária da zona geográfica em questão do âmbito de aplicação do presente regulamento. As medidas aprovadas nos termos do presente artigo continuarão em vigor por um período não superior a seis meses, renovável uma vez dentro dos mesmos limites de validade. A Comissão notificará imediatamente os Estados-Membros e o Conselho de qualquer decisão tomada nos termos do presente número.

4. Se a Comissão decidir tomar medidas de salvaguarda relativas a um ou vários Estados-Membros, as autoridades competentes dos Estados-Membros em questão serão obrigadas a tomar medidas de alcance equivalente em relação aos transportadores residentes, e informarão a Comissão desse facto. Estas medidas serão aplicáveis o mais tardar a partir da mesma data que as medidas de salvaguarda decididas pela Comissão.

5. Os Estados-Membros poderão submeter à apreciação do Conselho a decisão da Comissão referida no n.º 3, num prazo de 30 dias a contar da sua notificação. O Conselho, deliberando por maioria qualificada, pode tomar uma decisão diferente, num prazo de 30 dias a contar da data em que a questão lhe tiver sido apresentada por um Estado-Membro ou, caso vários Estados-Membros o tenham feito, a contar da data em que tiver sido

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contactado pela primeira vez.

Serão aplicáveis à decisão do Conselho os prazos previstos no n.º 3. As autoridades competentes dos Estados-Membros interessados serão obrigadas a tomar medidas de alcance equivalente em relação aos transportadores residentes e informarão a Comissão desse facto. Se o Conselho não tomar uma decisão dentro do prazo referido neste parágrafo, a decisão da Comissão torna-se definitiva.

6. Se a Comissão considerar que as medidas referidas no n.º 3 devem ser reconduzidas, apresentará uma proposta ao Conselho, que deliberará por maioria qualificada.

Alteração 24 Artigo 11, n.º 1, parágrafo 1, proémio

1. Em caso de infracção grave ou de infracções menores repetidas à legislação comunitária no domínio do transporte rodoviário cometidas ou constatadas em qualquer Estado-Membro, as autoridades competentes do Estado-Membro de estabelecimento do transportador que cometeu a infracção devem emitir uma advertência e podem, nomeadamente, aplicar as sanções administrativas seguintes:

1. Em caso de infracção grave à legislação comunitária no domínio do transporte rodoviário cometida ou constatada em qualquer Estado-Membro, as autoridades competentes do Estado-Membro de estabelecimento do transportador que cometeu a infracção devem emitir uma advertência e podem, nomeadamente, aplicar as sanções administrativas seguintes:

Alteração 25 Artigo 11, n.º 1, parágrafo 1, alínea b-A) (nova)

b-A) Aplicação de coimas.

Alteração 26 Artigo 11, n.º 1, parágrafo 2

Essas sanções serão determinadas em função da gravidade da infracção e do número de infracções menores cometidas pelo titular da licença comunitária e em função do número total de cópias autenticadas da licença de que este dispõe relativamente ao tráfego internacional.

Essas sanções serão determinadas quando tiver sido proferida uma decisão definitiva e depois de esgotadas todas as vias legais de recurso à disposição do transportador, em função da gravidade da infracção cometida pelo titular da licença comunitária e do número total de cópias autenticadas da licença de que este dispõe relativamente ao tráfego internacional.

Alteração 27 Artigo 11, n.º 2, parágrafo 1, proémio

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2. Em caso de infracção grave ou de infracções menores repetidas que se prendam com a utilização indevida de certificados de motorista, as autoridades competentes do Estado-Membro de estabelecimento do transportador que cometeu a infracção aplicarão as sanções adequadas, nomeadamente:

2. Em caso de infracção grave relacionada com a utilização indevida de certificados de motorista, as autoridades competentes do Estado-Membro de estabelecimento do transportador que cometeu a infracção aplicarão as sanções adequadas, nomeadamente:

Alteração 28 Artigo 11, n.º 2, parágrafo 1, alínea e-A) (nova)

e-A) Aplicação de coimas.

Alteração 29 Artigo 11, n.º 3, parágrafo 1

3. Nos casos a que se refere o n.º 1 do artigo 12.º, as autoridades competentes do Estado-Membro de estabelecimento do transportador decidirão da aplicação de uma sanção ao transportador e comunicarão às autoridades competentes do Estado-Membro em cujo território as infracções foram constatadas com a maior brevidade possível e, o mais tardar, no prazo de três meses após terem tomado conhecimento da infracção, quais das sanções previstas nos n.ºs 1 e 2 do presente artigo foram aplicadas.

3. Sempre que forem constatadas infracções graves nos casos a que se refere o n.º 1 do artigo 12.º, as autoridades competentes do Estado-Membro de estabelecimento do transportador decidirão qual a sanção a aplicar ao transportador, que poderá variar entre a simples notificação e a retirada temporária ou permanente da licença comunitária, e comunicarão às autoridades competentes do Estado-Membro em cujo território as infracções foram constatadas com a maior brevidade possível e, o mais tardar, no prazo de três meses após terem tomado conhecimento da infracção, quais das sanções previstas nos n.ºs 1 e 2 do presente artigo foram aplicadas.

Alteração 30 Artigo 11, n.º 3-A (novo)

3-A. A decisão sobre a retirada temporária de qualquer documento (licença comunitária, certificado de motorista, cópia autenticada) deve estipular:

a) O período de retirada temporária;

b) As condições de interrupção da retirada temporária;

c) Os casos em que, por incumprimento das condições estabelecidas em conformidade com a alínea b), durante o período estabelecido em conformidade com a alínea a), se procede à retirada permanente

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da licença comunitária.

Alterações 31 e 32 Artigo 12, n.º 1, parágrafo 1, proémio

1. Sempre que as autoridades competentes de um Estado-Membro tiverem conhecimento de uma infracção grave ou de infracções menores repetidas ao presente regulamento ou à legislação comunitária no domínio do transporte rodoviário imputáveis a um transportador não-residente, o Estado-Membro em cujo território a infracção foi verificada deve comunicar às autoridades competentes do Estado-Membro de estabelecimento do transportador com a maior brevidade possível e, o mais tardar, no prazo de um mês após ter tomado conhecimento da infracção, as informações seguintes:

1. Sempre que as autoridades competentes de um Estado-Membro tiverem conhecimento de uma infracção grave ao presente regulamento ou à legislação comunitária no domínio do transporte rodoviário imputável a um transportador não residente, o Estado-Membro em cujo território a infracção foi verificada deve comunicar às autoridades competentes do Estado-Membro de estabelecimento do transportador com a maior brevidade possível e, o mais tardar, no prazo de um mês a contar da data em que a decisão definitiva for proferida depois de esgotadas todas as vias legais de recurso à disposição do transportador sancionado, as informações seguintes:

Alteração 33 Artigo 12, n.º 2

2. Sem prejuízo de acções penais, as autoridades competentes do Estado-Membro de acolhimento podem aplicar sanções a qualquer transportador não-residente que tenha cometido infracções ao presente regulamento ou à legislação nacional ou comunitária em matéria de transportes rodoviários durante uma operação de cabotagem no território desse Estado-Membro. As autoridades competentes aplicarão essas sanções numa base não discriminatória. As sanções podem nomeadamente assumir a forma de uma advertência ou, em caso de infracção grave ou de infracções menores repetidas, de uma proibição temporária de operações de cabotagem no território do Estado-Membro de acolhimento em que a infracção tiver sido cometida.

2. Sem prejuízo de acções penais, as autoridades competentes do Estado-Membro de acolhimento podem aplicar sanções a qualquer transportador não residente que tenha cometido infracções ao presente regulamento ou à legislação nacional ou comunitária em matéria de transportes rodoviários durante uma operação de cabotagem no território desse Estado-Membro. As autoridades competentes aplicarão essas sanções numa base não discriminatória. As sanções podem nomeadamente assumir a forma de uma advertência ou, em caso de infracção grave, de uma proibição temporária de operações de cabotagem no território do Estado-Membro de acolhimento em que a infracção tiver sido cometida.

Alteração 34 Artigo 13

Os Estados-Membros devem assegurar que as infracções graves e as infracções menores repetidas à legislação comunitária

Os Estados-Membros devem assegurar que as infracções graves à legislação comunitária no domínio do transporte rodoviário

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no domínio do transporte rodoviário cometidas por transportadores estabelecidos no seu território, que tenham conduzido à aplicação de uma sanção por um Estado-Membro, bem como as sanções aplicadas, são inscritas no registo nacional das empresas de transporte rodoviário, tal como estabelecido no artigo 15.º do Regulamento (CE) n.º …/… [acesso à actividade]. Os dados inscritos no registo relacionados com a retirada temporária ou permanente de uma licença comunitária devem permanecer na base de dados por um período mínimo de dois anos.

cometidas por transportadores estabelecidos no seu território que tenham conduzido à aplicação de uma sanção por um Estado-Membro, bem como as sanções aplicadas, sejam inscritas, quando for proferida uma decisão definitiva depois de esgotadas todas as vias legais de recurso à disposição do transportador, no registo nacional das empresas de transporte rodoviário, tal como estabelecido no artigo 15.º do Regulamento (CE) n.º …/2008 [que estabelece regras comuns no que se refere aos requisitos para o exercício da actividade de transportador rodoviário]. Os dados inscritos no registo relacionados com a retirada temporária ou permanente de uma licença comunitária devem permanecer na base de dados por um período mínimo de dois anos.

Alteração 35 Artigo 18, n.º 2

O presente regulamento é aplicável a partir de [data de aplicação].

O presente regulamento é aplicável a partir de 1 de Janeiro de 2009.

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P6_TA-PROV(2008)0219

Serviços móveis via satélite (MSS) ***I

Resolução legislativa do Parlamento Europeu, de 21 de Maio de 2008, sobre uma proposta de decisão do Parlamento Europeu e do Conselho relativa à selecção e autorização de sistemas que fornecem serviços móveis via satélite (MSS) (COM(2007)0480 – C6-0257/2007 – 2007/0174(COD))

(Processo de co-decisão: primeira leitura)

O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta a proposta da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho (COM(2007)0480),

– Tendo em conta o n.º 2 do artigo 251.º e o artigo 95.º do Tratado CE, nos termos dos quais a proposta lhe foi apresentada pela Comissão (C6-0257/2007),

– Tendo em conta o artigo 51.º do seu Regimento,

– Tendo em conta o relatório da Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia e o parecer da Comissão da Cultura e da Educação (A6-0077/2008),

1. Aprova a proposta da Comissão com as alterações nela introduzidas;

2. Requer à Comissão que lhe submeta de novo esta proposta, se pretender alterá-la substancialmente ou substituí-la por outro texto;

3. Encarrega o seu Presidente de transmitir a posição do Parlamento ao Conselho e à Comissão.

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P6_TC1-COD(2007)00174 Posição do Parlamento Europeu aprovada em primeira leitura em 21 de Maio de 2008 tendo em vista a aprovação da Decisão n.º ..../2008/CE do Parlamento Europeu e do Conselho relativa à selecção e autorização de sistemas que fornecem serviços móveis via satélite (MSS)

(Texto relevante para efeitos do EEE)

O PARLAMENTO EUROPEU E O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia║, nomeadamente o ║artigo 95º,

Tendo em conta a proposta da Comissão║,

Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social Europeu1,

Tendo em conta o parecer do Comité das Regiões2,

Deliberando nos termos ║do artigo 251.º do Tratado3,

Considerando o seguinte:

(1) Tal como confirmado pelo Conselho nas suas conclusões de 3 de Dezembro de 2004, a utilização eficaz e coerente do espectro de radiofrequências é essencial para o desenvolvimento dos serviços de comunicações electrónicas e contribui para estimular o crescimento, a competitividade e o emprego; o acesso ao espectro tem de ser facilitado para melhorar a eficiência, promover a inovação e oferecer maior flexibilidade aos utilizadores e maior escolha aos consumidores, tendo simultaneamente em conta objectivos de interesse geral.

(2) Na sua Resolução ║ de 14 de Fevereiro de 2007 sobre uma política comunitária em matéria de espectro de radiofrequências1, o Parlamento Europeu sublinhou a importância das comunicações para as regiões rurais e menos desenvolvidas, para as quais a difusão da banda larga, de comunicações móveis ║de frequência inferior e de novas tecnologias sem fios pode oferecer soluções eficientes para se conseguir a cobertura universal dos 27 Estados-Membros ║ com vista ao desenvolvimento sustentável de todas as regiões. O Parlamento Europeu observou também que os regimes de atribuição e de exploração do espectro diferem muito entre os Estados-Membros e que tais diferenças representam sérios obstáculos ao bom funcionamento do mercado interno.

(3) Na sua Comunicação de 26 de Abril de 2007 sobre a política espacial europeia║, a Comissão fixou também como objectivo facilitar a introdução de serviços inovadores de comunicações por satélite, nomeadamente mediante a agregação da procura em zonas remotas e rurais, e sublinhou ao mesmo tempo a necessidade do licenciamento pan-europeu para os serviços via satélite e o espectro de radiofrequências.

1 JO C 44 de 16.2.2008, p. 50. 2 JO C … 3 Posição do Parlamento Europeu de 21 de Maio de 2008.

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(4) A Directiva 2002/21/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 7 de Março de 2002, relativa a um quadro regulamentar comum para as redes e serviços de comunicações electrónicas (Directiva-Quadro)2 tem por objectivo incentivar uma utilização eficiente e assegurar uma gestão eficaz das radiofrequências e dos recursos de numeração, removendo os obstáculos que ainda se colocam ao fornecimento das redes e serviços correspondentes, assegurando a não discriminação e encorajando o estabelecimento e desenvolvimento de redes transeuropeias e a interoperabilidade dos serviços pan-europeus.

(5) A introdução de novos sistemas que fornecem serviços móveis via satélite (MSS) contribuirá para o desenvolvimento do mercado interno e reforçará a concorrência aumentando a disponibilidade de serviços pan-europeus e a conectividade de extremo a extremo, para além de incentivar um investimento eficiente. Os MSS constituem uma ║plataforma inovadora e alternitiva para vários tipos pan-europeus de telecomunicações e de serviços de radiodifusão/multidifusão, independentemente da localização dos utilizadores finais, como o acesso à Internet/Intranet de alta velocidade, os serviços móveis multimédia, a protecção civil e a assistência em catástrofes. Estes serviços poderão, em especial, melhorar a cobertura das zonas rurais na Comunidade, reduzindo assim o “fosso digital” em termos geográficos, reforçando a diversidade cultural e o pluralismo dos meios de comunicação social e contribuindo, ao mesmo tempo, para a competitividade das indústrias europeias das tecnologias da informação e das comunicações, em conformidade com os objectivos da estratégia de Lisboa renovada. A Directiva 89/552/CEE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 3 de Outubro de 1989, relativa à coordenação de certas disposições legislativas, regulamentares e administrativas dos Estados-Membros respeitantes à oferta de serviços de comunicação social audiovisual (Directiva “Serviços de Comunicaçãao Social Audiovisual”)3, deverá aplicar-se, com as necessárias adaptações, aos serviços dos meios de comunicação audiovisuais transmitidos por meio de sistemas MSS.

(6) As comunicações por satélite, por natureza, atravessam fronteiras nacionais e estão por isso ▌sujeitas à regulamentação a nível internacional ou regional, para além das disposições existentes a nível ║nacional. Os serviços pan-europeus de satélite são um importante elemento do mercado interno e poderão dar uma contribuição substancial para alcançar objectivos da União Europeia, como a expansão da cobertura geográfica da banda larga em conformidade com a iniciativa i20104. Nos próximos anos irão surgir novas aplicações dos sistemas móveis via satélite.

(7) A Decisão 2007/98/CE da Comissão, de 14 de Fevereiro de 2007, relativa à utilização harmonizada do espectro de radiofrequências nas bandas de frequências nos 2 GHz para a implementação de sistemas que fornecem serviços móveis via satélite5, prevê que os Estados-Membros coloquem estas bandas de frequência à disposição dos sistemas que fornecem MSS na Comunidade a partir de 1 de Julho de 2007.

1 JO C 287 E de 29.11.2007, p. 364. 2 JO L 108 de 24.4.2002, p. 33. Directiva com a redacção que lhe foi dada pelo Regulamento (CE)

n.º 717/2007 (JO L 171 de 29.6.2007, p. 32). 3 JO L 298 de 17.10.1989, p. 23. Directiva com a última redacção que lhe foi dada pela Directiva

2007/65/CE (JO L 332 de 18.12.2007, p. 27). 4 ║ Cfr. Comunicação da Comissão de 1 de Junho de 2005 intitulada “i2010 – Uma sociedade da

informação europeia para o crescimento e o emprego”. 5 JO L 43 de 15.2.2007, p. 32.

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(8) A gestão técnica do espectro de radiofrequências no âmbito da Decisão n.º 676/2002/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 7 de Março de 2002, ║relativa a um quadro regulamentar para a política do espectro de radiofrequências na Comunidade Europeia (Decisão Espectro de Radiofrequências)1, em geral, e da Decisão 2007/98/CE║, em particular, não abrange os procedimentos para a atribuição do espectro de radiofrequências e a concessão de direitos para a sua utilização.

(9) Excepto no caso do artigo 8.° da Directiva 2002/20/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 7 de Março de 2002, relativa à autorização de redes e serviços de comunicações electrónicas (Directiva Autorização)2, os operadores dos sistemas móveis via satélite são seleccionados e autorizados a nível nacional nos termos do actual quadro regulamentar da Comunidade para as comunicações electrónicas.

(10) A regulamentação da União Internacional das Telecomunicações (UIT) prevê procedimentos para a coordenação de radiofrequências de satélite como instrumento para a gestão de interferências nocivas, mas não abrange a selecção nem a autorização.

(11) Para evitar que os Estados-Membros tomem decisões que possam conduzir à fragmentação do mercado interno e pôr em causa os objectivos identificados no artigo 8.° da Directiva 2002/21/CE, deverão ser harmonizados, a título excepcional, os critérios de selecção dos sistemas móveis via satélite, de forma a que o procedimento de selecção permita disponibilizar MSS em toda a Europa║. O elevado investimento inicial exigido para o desenvolvimento de sistemas móveis via satélite e os elevados riscos tecnológicos e financeiros associados a tal investimento exigem, para que os sistemas se mantenham economicamente viáveis, a realização de economias de escala sob a forma de uma ampla cobertura geográfica pan-europeia.

(12) Além disso, o lançamento com êxito de MSS exige a coordenação da acção regulamentar dos Estados-Membros. Quaisquer diferenças nos procedimentos de selecção nacionais poderiam também causar a fragmentação do mercado interno, dadas as divergências na aplicação dos critérios de selecção, nomeadamente a ponderação destes critérios, ou nos calendários dos procedimentos de selecção. Daí resultaria a selecção de uma multiplicidade de candidatos, em contradição com a natureza pan-europeia dos MSS. A selecção, por diferentes Estados-Membros, de diferentes operadores de sistemas móveis via satélite poderia conduzir a situações complexas de interferências nocivas, ou mesmo levar a que um operador seleccionado fosse impedido de fornecer um serviço pan-europeu via satélite, se, por exemplo, lhe fossem atribuídas radiofrequências diferentes em diferentes Estados-Membros. Por conseguinte, a harmonização dos critérios de selecção deve ser acompanhada do estabelecimento de um mecanismo comum de selecção que permita um resultado coordenado para todos os Estados-Membros.

(13) Dada a necessidade de impor condições para a autorização dos operadores de sistemas móveis via satélite seleccionados e de ter em conta todo o conjunto de disposições nacionais aplicáveis no domínio das comunicações electrónicas, as questões relativas à autorização deverão ser tratadas pelas autoridades competentes dos Estados-Membros. Contudo, a fim de assegurar a coerência dos métodos adoptados pelos vários Estados-Membros em matéria de autorização, as disposições relativas à atribuição sincronizada do espectro e às condições harmonizadas de autorização devem ser estabelecidas a nível

1 JO L 108 de 24.4.2002, p. 1. 2 JO L 108 de 24.4.2002, p. 21.

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comunitário, sem prejuízo de condições nacionais específicas compatíveis com o direito comunitário.

(14) Em geral, os MSS podem chegar a zonas geográficas que não são devidamente abrangidas por outros meios de comunicação electrónica, designadamente, as zonas rurais. A selecção e autorização coordenadas dos novos sistemas que prestam MSS poderão, assim, desempenhar um papel importante para colmatar o chamado fosso digital, melhorando a acessibilidade, a velocidade e a qualidade dos serviços de comunicações electrónicas naquelas áreas, o que contribuirá para uma maior coesão social. Consequentemente, quer a área de cobertura proposta (área de serviço), quer o prazo para a disponibilização do serviço em todos os Estados-Membros, são elementos determinantes, que devem ser tidos na devida conta no decurso do processo de selecção.

(15) Tendo em conta o prazo relativamente longo e a complexidade das fases de desenvolvimento técnico necessárias para o lançamento de serviços via satélite, o progresso do desenvolvimento técnico e comercial dos sistemas móveis via satélite deve ser avaliado enquanto elemento do procedimento de selecção.

(16) A coordenação das frequências de rádio por satélite é crucial para a prestação eficaz de MSS nos Estados-Membros, devendo, por isso, ser tida em conta aquando da avaliação da credibilidade dos candidatos e da viabilidade dos sistemas móveis via satélite propostos no contexto do processo de selecção.

(17) O objectivo do procedimento de selecção comparativo consiste em pôr em funcionamento, sem demora injustificada, sistemas móveis via satélite na banda de radiofrequências de 2 GHz, sem deixar de ter em conta o direito dos candidatos a uma participação equitativa e não discriminatória.

(18) ║Os componentes terrestres complementares são parte integrante dos sistemas móveis via satélite e são usados, regra geral, para melhorar a oferta de serviços deste tipo em áreas onde não é possível conservar uma linha de visão contínua com o satélite, devido às obstruções causadas por edifícios e pelo terreno na linha do horizonte. Nos termos da Decisão 2007/98/CE, os referidos componentes utilizam as mesmas bandas de frequência que os MSS (1980 a 2010 MHz e 2170 a 2200 MHz). A autorização dos componentes terrestres complementares deverá ser, pois, condicionada sobretudo pelas circunstâncias locais. Por esse motivo, a selecção e a autorização de tais componentes devem ser feitas a nível nacional, respeitando as condições estabelecidas pelo direito comunitário, o que não deverá prejudicar o direito de as autoridades competentes dos Estados-Membros exigirem aos candidatos seleccionados a apresentação de informação técnica que esclareça o modo como determinados componentes terrestres complementares poderão melhorar a disponibilidade dos MSS propostos nas zonas geográficas onde as comunicações com uma ou mais estações espaciais não possam ser asseguradas com a qualidade exigida, desde que tal informação técnica não tenha sido já facultada nos termos do disposto no Título II.

(19) A escassez do espectro de radiofrequências disponível implica que o número de empresas que podem ser seleccionadas e autorizadas seja também necessariamente limitado. Contudo, se o procedimento de selecção levar a concluir que não há escassez de espectro de radiofrequências, todos os candidatos elegíveis deverão ser seleccionados. A escassez do espectro de radiofrequências disponível poderá eventualmente traduzir-se no facto de qualquer fusão de operadores ou aquisição de um operador que preste MSS por outro implicar uma redução significativa da concorrência, razão pela qual tais operações devem ser sujeitas a um escrutínio rigoroso ao abrigo das leis da concorrência.

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(20) O direito à utilização do espectro específico de radiofrequências atribuído aos candidatos aprovados deverá ser concedido o mais rapidamente possível após a respectiva selecção, nos termos do n.º 3 do artigo 5.º da Directiva 2002/20/CE.

(21) As decisões relativas à cassação de autorizações concedidas a MSS ou a componentes terrestres complementares por incumprimento de obrigações legais ou contratuais deverão ser aplicadas a nível nacional.

(22) Embora ║o controlo da utilização do espectro de radiofrequências pelos operadores de sistemas móveis via satélite seleccionados e autorizados, bem como a aplicação de qualquer medida de execução necessária, seja efectuado a nível nacional, deve ser mantida a possibilidade de a Comissão definir ║um procedimento coordenado de controlo e execução. Caso tal se revele necessário, a Comissão deverá dispor do direito de suscitar questões relacionadas com a aplicação da lei no que diz respeito ao cumprimento pelos operadores das condições comuns de autorização, designadamente, ao nível dos requisitos de cobertura.

(23) As medidas necessárias à execução da presente directiva devem ser aprovadas nos termos da Decisão 1999/468/CE do Conselho, de 28 de Junho de 1999, que fixa as regras de exercício das competências de execução atribuídas à Comissão1. As decisões relativas à selecção dos candidatos devem ser aprovadas pelo procedimento de regulamentação, atendendo à importância de que se reveste a tramitação comunitária para quaisquer novos procedimentos de autorização a nível nacional.

(24) Em especial, deverá ser atribuída competência à Comissão para definir as formas de aplicação coordenada das normas de execução. Atendendo a que têm alcance geral e se destinam a alterar elementos não essemciais da presente directiva, completando-a mediante o aditamento de novos elementos não essenciais, essas medidas devem ser aprovadas pela procedimento de regulamentação com controlo previsto no artigo 5.º-A da Decisão 1999/468/CE.

(25) Atendendo a que o objectivo da presente decisão, a saber, o estabelecimento de um quadro comum para a selecção e autorização dos operadores de sistemas móveis via satélite, não pode ser suficientemente realizado pelos Estados-Membros e pode, pois, dada a amplitude e os efeitos da acção, ║ser mais bem alcançado a nível comunitário, a Comunidade pode tomar medidas em conformidade com o princípio da subsidiariedade, consagrado no artigo 5.º do Tratado. Em conformidade com o princípio da proporcionalidade, consagrado no mesmo artigo, a presente decisão não excede o necessário para atingir auqele objectivo,

APROVARAM A PRESENTE DECISÃO:

TÍTULO I

OBJECTO, ÂMBITO DE APLICAÇÃO E DEFINIÇÕES

Artigo 1.º

Objecto e âmbito de aplicação

1 JO L 184 de 17.7.1999, p. 23. Decisão com a redacção que lhe foi dada pela Decisão 2006/512/CE

(JO L 200 de 22.7.2006, p. 11).

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1. O objecto da presente decisão é facilitar o desenvolvimento de um mercado interno competitivo para os MSS na Comunidade e assegurar a cobertura gradual em todos os Estados-Membros.

A presente decisão cria um procedimento comunitário para a selecção comum dos operadores de sistemas móveis via satélite que utilizem o espectro de radiofrequências de 2 GHz nos termos da Decisão 2007/98/CE, compreendendo o espectro de radiofrequências de 1980 MHz a 2010 MHz no caso das comunicações Terra-espaço e de 2170 MHz a 2200 MHz no caso das comunicações espaço-Terra. Estabelece igualmente normas para a autorização coordenada pelos Estados-Membros dos operadores seleccionados para utilizar o espectro de radiofrequências atribuído no âmbito daquela banda na exploração de sistemas móveis via satélite ▌.

2. Os operadores de sistemas móveis via satélite são seleccionados através de um procedimento comunitário, nos termos do disposto no Título II.

3. Os operadores de sistemas móveis via satélite seleccionados são autorizados pelos Estados Membros nos termos do disposto no Título III.

4. Os operadores de componentes terrestres complementares de sistemas móveis via satélite são autorizados pelos Estados-Membros nos termos do disposto no Título III.

Artigo 2.º

Definições

1. Para efeitos da presente decisão, aplicam-se as definições que constam da Directiva 2002/21/CE e da Directiva 2002/20/CE.

2. Aplicam-se também as seguintes definições. Assim, entende-se por:

a) “Sistemas móveis via satélite”, as redes de comunicações electrónicas e os recursos conexos capazes de fornecer serviços de radiocomunicações entre uma estação terrestre móvel e uma ou mais estações espaciais, ou entre estações terrestres móveis por meio de uma ou mais estações espaciais, ou entre uma estação terrestre móvel e um ou mais componentes terrestres complementares utilizados em locais fixos. Tal sistema deve incluir, no mínimo, uma estação espacial;

b) “Componentes terrestres complementares” dos sistemas móveis via satélite, as estações terrestres utilizadas em pontos fixos para melhorar a disponibilidade dos MSS em áreas geográficas situadas na zona de feixe natural do ou dos respectivos satélites e onde não seja possível assegurar as comunicações com uma ou várias estações espaciais com a qualidade requerida.

TÍTULO II

PROCEDIMENTO DE SELECÇÃO

Artigo 3.º

Procedimento de selecção comparativo

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1. É organizado pela Comissão um procedimento de selecção comparativo para a selecção dos operadores de sistemas móveis via satélite. A Comissão é assistida pelo Comité das Comunicações a que se refere o n.º 1 do artigo 10.°.

2. Aos candidatos é concedida uma oportunidade equitativa e não discriminatória de participar no procedimento de selecção comparativo, o qual deve ser transparente.

O convite à apresentação de candidaturas ▌é publicado no Jornal Oficial da União Europeia.

3. O acesso aos documentos relacionados com o procedimento de selecção, incluindo as candidaturas, processa-se nos termos do disposto no Regulamento (CE) n.º 1049/2001 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 30 de Maio de 2001, relativo ao acesso do público aos documentos do Parlamento Europeu, do Conselho e da Comissão1.

4. A Comissão pode consultar e pedir a assistência de peritos externos para a análise e avaliação das candidaturas. Os peritos externos são seleccionados com base na sua especialização e elevado nível de independência e imparcialidade.

Artigo 4.º

Admissibilidade das candidaturas

1. Aplicam-se os seguintes critérios de admissibilidade:

a) Os candidatos devem estar estabelecidos na Comunidade;

b) As candidaturas devem identificar a quantidade ║de espectro de radiofrequências solicitada, que não deverá exceder 15 MHz tanto no caso das comunicações Terra-espaço como no caso das comunicações espaço-Terra para cada candidato e incluir declarações e provas relativas ao espectro de radiofrequências solicitado, ao cumprimento das etapas exigidas e aos critérios de selecção ▌;

c) As candidaturas devem incluir um compromisso assinado pelo requerente, segundo o qual:

i) o sistema móvel via satélite proposto abrangerá uma área de serviço de, pelo menos, 60% do conjunto da área territorial dos Estados-Membros, a partir do início da prestação dos MSS em questão;

ii) o MSS será prestado em todos os Estados-Membros a, pelo menos, 50% da população e em, pelo menos, 60% do território de cada um em prazo a definir pelo requerente que não deverá exceder sete anos a contar da data de publicação da decisão aprovada pela Comissão nos termos do n.º 2 do artigo 5.º ou do n.º 3 do artigo 6.º.

2. As candidaturas devem ser apresentadas à Comissão. A Comissão pode exigir aos requerentes a prestação de informações adicionais relativas ao cumprimento dos requisitos de admissibilidade em prazo que pode variar entre cinco e vinte dias úteis. A candidatura é declarada inadmissível caso as informações não sejam prestadas no prazo previsto.

1 JO L 145 de 31.5.2001, p. 43.

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3. A Comissão decide da admissibilidade das candidaturas. As decisões da Comissão sobre a inadmissibilidade de candidaturas devem ser fundamentadas e aprovadas pelo procedimento consultivo a que se refere o n.º 2 do artigo 10.°.

4. A Comissão informa imediatamente os candidatos da admissibilidade ou inadmissibilidade das suas candidaturas e publica a lista dos candidatos admissíveis. ▌

Artigo 5.º

Primeira fase de selecção

1. No prazo de 40 dias úteis a contar da publicação da lista dos candidatos admissíveis, a Comissão avalia se os candidatos demonstraram que o respectivo sistema móvel via satélite tem o nível exigido de desenvolvimento técnico e comercial. Esta avaliação baseia-se no cumprimento satisfatório das etapas um a cinco enumeradas no Anexo. ▌A credibilidade dos candidatos e a viabilidade dos sistemas móveis via satélite propostos serão tidas em conta na primeira fase de selecção.

2. Se o total combinado do espectro de radiofrequências solicitado pelos candidatos elegíveis seleccionados nos termos do n.º 1 do presente artigo não exceder a quantidade de espectro de radiofrequências disponível, identificado nos termos do n.º 1 do artigo 1.º, a Comissão decide, por meio de uma decisão fundamentada e pelo procedimento de regulamentação a que se refere o n.º 3 do artigo 10.°, que todos os candidatos elegíveis são seleccionados e identifica as frequências que cada candidato seleccionado é ║autorizado a utilizar em cada Estado-Membro ▌nos termos do Título III.

3. A Comissão informa imediatamente os candidatos se as respectivas candidaturas foram consideradas elegíveis para a segunda fase de selecção ou se foram seleccionadas nos termos do n.º 2. A Comissão publica a lista dos candidatos elegíveis ou seleccionados. No prazo de 30 dias a contar da data de publicação, os candidatos elegíveis ou seleccionados que não pretendam prosseguir o procedimento de selecção devem dar conhecimento desse facto por escrito à Comissão.

Artigo 6.º

Segunda fase de selecção

1. Se o total combinado do espectro de radiofrequências solicitado pelos candidatos elegíveis identificados na primeira fase de selecção exceder a quantidade de espectro de radiofrequências disponível, identificado nos termos do n.º 1 do artigo 1.º, a Comissão selecciona os candidatos elegíveis, avaliando em que medida os sistemas móveis via satélite por eles propostos preenchem os seguintes critérios ponderados de selecção:

a) Benefícios concorrenciais e para o consumidor dos serviços prestados (ponderação de 20%), englobando os dois sub-critérios seguintes:

i) o número de utilizadores finais e o leque de serviços a prestar a partir da data do início da prestação do serviço comercial permanente;

ii) a data de início da prestação do serviço comercial permanente;

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b) Eficiência do espectro (ponderação de 20%), englobando os dois sub-critérios seguintes:

i) a quantidade total de espectro requerida;

ii) a capacidade global de débito de dados;

c) Cobertura geográfica pan-europeia (ponderação de 40%), englobando os três sub-critérios seguintes:

i) o número de Estados-Membros nos quais pelo menos 50% da população habite na área de serviço à data do início da prestação do serviço comercial permanente;

ii) o grau de cobertura geográfica, com base na área de serviço da superfície terrestre total dos Estados-Membros à data do início da prestação do serviço comercial permanente;

iii) o prazo estipulado pelo candidato para disponibilizar os MSS em todos os Estados-Membros a, pelo menos, 50% da população e em, pelo menos, 60% da superfície terrestre total de cada Estado-Membro;

d) Grau de satisfação dos objectivos de interesse geral não abrangidos pelas alíneas a) a c) (ponderação de 20%), englobando os seguintes três sub-critérios, ponderados de forma idêntica:

i) a prestação de serviços de interesse público que contribuam para a protecção da saúde e da segurança dos cidadãosem geral ou de grupos específicos de cidadãos;

ii) a integridade e a segurança dos serviços;

iii) a gama de serviços prestados aos consumidores das zonas rurais ou remotas.

2. As normas de execução do presente artigo são aprovadas pela Comissão pelo procedimento de regulamentação a que se refere o n.º 2 do artigo 10.°. Devem ser tidas em conta nesta segunda fase de selecção dos candidatos e a viabilidade dos sistemas móveis via satélite por eles propostos║.

3. No prazo de 80 dias úteis a contar da publicação da lista de candidatos elegíveis identificados na primeira fase de selecção, a Comissão aprova, se for caso disso, com base no relatório do painel de peritos externos e pelo procedimento de regulamentação a que se refere o n.º 3 do artigo 10.°, ║uma decisão sobre a selecção dos candidatos. A decisão identifica os candidatos seleccionados e seriados com base no grau de satisfação dos critérios de selecção, as razões nas quais se baseia e as frequências que cada candidato seleccionado é autorizado a utilizar, por cada Estado-Membro, ▌nos termos do Título III.

4. A Comissão publica as decisões que aprovar nos termos do disposto no n.º 2 do artigo 5.º ou do n.º 3 do artigo 6.º no Jornal Oficial da União Europeia, no prazo de um mês a contar da data da respectiva aprovação.

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TÍTULO III

AUTORIZAÇÃO

Artigo 7.º

Autorização dos candidatos seleccionados

1. Os Estados-Membros asseguram que os candidatos seleccionados disponham, de acordo com o calendário e a área de serviço a que se vincularam, com o disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo 4.º e com a legislação nacional e comunitária vigente, do direito de utilizar a radiofrequência concreta identificada na decisão da Comissão aprovada nos termos do n.º 2 do artigo 5.° ou do n.º 3 do artigo 6.° e do direito de explorarem um sistema móvel via satélite. Os Estados-Membros informam os candidatos seleccionados de tais direitos.

2. Os direitos previstos no n.º 1 ║ ficam sujeitos às seguintes condições comuns:

a) Os candidatos devem utilizar o espectro de radiofrequências atribuído para o fornecimento de MSS;

b) Os candidatos devem cumprir as etapas seis a nove identificadas no Anexo no prazo de 24 meses a contar da decisão de selecção aprovada nos termos do n.º 2 do artigo 5.º ou do n.º 3 do artigo 6.º;

c) Os candidatos devem cumprir os compromissos assumidos nos respectivos processos de candidatura e no decurso do procedimento de selecção comparativo, independentemente de o total combinado do espectro de radiofrequências solicitado exceder a quantidade disponível;

d) Os candidatos devem apresentar às autoridades competentes de todos os Estados-Membros um relatório anual descrevendo o estado de desenvolvimento do respectivo sistema móvel via satélite;

f) Os direitos de utilização e as autorizações que se revelarem indispensáveis são concedidos por um período de dezoito anos a contar da data de aprovação da decisão de selecção nos termos do n.º 2 do artigo 5.º ou do n.º 3 do artigo 6.º.

3. Os Estados-Membros podem conceder, nos termos da Decisão 2007/98/CE, os direitos de utilização do espectro identificados no n.º 1 do artigo 1.º pelo prazo e na medida em que não invadam a área de serviço a que os candidatos seleccionados nos termos da presente decisão se tenham comprometido.

4. Os Estados-Membros podem impor o cumprimento de obrigações objectivamente justificadas, não discriminatórias, proporcionadas e transparentes a fim de assegurarem as comunicações entre os serviços de emergência e as autoridades em caso de grandes catástrofes, de acordo com o disposto no direito comunitário, nomeadamente a Directiva 2002/20/CE.

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Artigo 8.º

Componentes terrestres complementares

1. Os Estados-Membros asseguram, nos termos do direito comunitário e das respectivas legislações nacionais, que as respectivas autoridades competentes concedam aos candidatos seleccionados ao abrigo do Título II e autorizados a utilizar o espectro ao abrigo do artigo 7.º as autorizações necessárias ║ para o fornecimento de componentes terrestres complementares de sistemas móveis via satélite no seu território.

2. Os Estados-Membros não seleccionam nem autorizam os operadores de componentes terrestres complementares de sistemas móveis via satélite antes de ║ o procedimento de selecção previsto no Título II ser concluído pela aprovação de uma decisão da Comissão nos termos do n.º 2 do artigo 5.° ou do n.º 3 do artigo 6.°. A presente disposição não prejudica a utilização da banda de frequência de 2 GHz por sistemas diferentes dos que fornecem MSS nos termos do disposto na Decisão 2007/98/CE.

3. As autorizações nacionais emitidas para a exploração de componentes terrestres complementares de sistemas móveis via satélite na banda de frequência de 2 GHz ficam sujeitas às seguintes condições comuns:

a) Os operadores devem utilizar o espectro de radiofrequências atribuído para o fornecimento de componentes terrestres complementares de sistemas móveis via satélite;

b) Os componentes terrestres complementares devem ser parte integrante de um sistema de comunicações móveis via satélite e ser controlados pelo mecanismo de gestão dos recursos e da rede de comunicações via satélite, utilizar o mesmo sentido de transmissão e as mesmas partes das bandas de frequências que os correspondentes componentes de satélite e não fazer aumentar as necessidades de espectro do respectivo sistema de comunicações móveis via satélite;

c) A exploração independente dos componentes terrestres complementares em caso de falha do componente satélite do respectivo sistema de comunicações móveis via satélite não deve exceder 18 meses;

d) Os direitos de utilização e as autorizações são concedidos por um período que não pode exceder a data de caducidade da autorização do sistema móvel via satélite que lhes está associado.

Artigo 9.º

Controlo e aplicação da regulamentação

1. Os operadores seleccionados são responsáveis pelo cumprimento das condições a que estão sujeitas as respectivas autorizações e pelo pagamento das eventuais taxas e encargos aplicáveis à autorização ou utilização nos termos da legislação dos Estados-Membros.

2. Os Estados-Membros asseguram que as normas de cumprimento, nomeadamente as relativas às sanções aplicáveis em caso de violação das condições comuns previstas no n.º 2 do artigo 7.º, estão conformes à legislação comunitária, designadamente o artigo 10.º da Directiva 2002/20/CE. As sanções devem ser eficazes, proporcionadas e dissuasivas.

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Os Estados-Membros garantem a fiscalização do cumprimento das referidas condições comuns e tomam as medidas adequadas para fazer face aos casos de incumprimento. Os Estados--Membros informam anualmente a Comissão║ dos resultados da referida fiscalização, das condições comuns que eventualmente não tenham sido acatadas e da tomada de quaisquer medidas para o respectivo cumprimento.

A Comissão pode, com a assistência do Comité das Comunicações a que se refere o artigo 10.º, proceder à análise de qualquer alegada violação das condições comuns. Caso um Estado-Membro informe a Comissão de uma determinada violação, a Comissão analisa a alegada violação com a assistência do Comité das Comunicações.

3. As medidas que tenham por objecto definir os mecanismos adequados para a aplicação coordenada das normas de cumprimento referidas no n.º 2, nomeadamente as relativas à suspensão ou retirada coordenada de autorizações ▌por incumprimento das condições comuns previstas no n.º 2 do artigo 7.°, e que se destinem a alterar elementos não essenciais da presente decisão, completando-a, são aprovadas pelo procedimento de regulamentação com controlo a que se refere o n.º 4 do artigo 10.º.

TÍTULO IV

DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS

Artigo 10.º

Comité

1. A Comissão é assistida pelo Comité das Comunicações criado pelo artigo 22.º da Directiva 2002/21/CE.

2. Sempre que se faça referência ao presente número, são aplicáveis os artigos 3.º e 7.º da Decisão 1999/468/CE, tendo-se em conta o disposto no seu artigo 8.º.

3. Sempre que se faça referência ao presente número, são aplicáveis os artigos 5.º e 7.º da Decisão 1999/468/CE, tendo-se em conta o disposto no seu artigo 8.º.

O prazo previsto no n.º 6 do artigo 5.º da Decisão 1999/468/CE é de um mês.

4. Sempre que se faça referência ao presente número, são aplicáveis os n.os 1 a 4 e a alínea b) do n.º 5 do artigo 5.º-A, bem como o artigo 7.º, da Decisão 1999/468/CE, tendo-se em conta o disposto no seu artigo 8.º.

Os prazos referidos na alínea c) do n.º 3 e nas alíneas b) e e) do n.º 4 do artigo 5.º-A da Decisão 1999/468/CE são de um mês.

Artigo 11.º

Entrada em vigor

A presente decisão entra em vigor no terceiro dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

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Artigo 12.º

Destinatários

Os Estados-Membros são os destinatários da presente decisão.

Feito em ║

Pelo Parlamento Europeu, Pelo Conselho, O Presidente O Presidente

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ANEXO

Etapas

1. Apresentação de um pedido de coordenação junto da União Internacional das

Telecomunicações (UIT)

O candidato fará prova inequívoca de que o serviço responsável pelo registo junto da UIT de sistemas móveis via satélite para a prestação de MSS de carácter comercial no território dos Estados-Membros forneceu todas as informações requeridas no Apêndice 4 do Regulamento de Radiocomunicações da UIT.

2. Fabrico dos satélites

O candidato fará prova inequívoca da existência de um contrato vinculativo para o fabrico dos satélites necessários para a prestação de MSS de carácter comercial no território dos Estados-Membros. O documento deve indicar as etapas de construção conducentes à conclusão do fabrico dos satélites necessários para a prestação de serviços comerciais. O documento deve ser assinado pelo candidato e pela empresa fabricante dos satélites.

3. Acordo de lançamento dos satélites

O candidato fará prova inequívoca da existência de um contrato vinculativo para o lançamento do número mínimo de satélites necessário à prestação de um serviço comercial de carácter permanente no território dos Estados-Membros. O documento deve mencionar as datas e os serviços de lançamento, bem como os termos e condições contratuais relativos a indemnizações. O documento deve ser assinado pelo candidato e pela empresa de lançamento dos satélites.

4. Estações terrestres de acesso

O candidato fará prova inequívoca da existência de um contrato vinculativo para a construção e instalação das estações terrestres de acesso que serão utilizadas para a prestação de MSS de carácter comercial no território dos Estados-Membros.

5. Conclusão da revisão crítica do projecto

A revisão crítica do projecto é o estádio do processo de fabrico dos satélites em que termina a fase de concepção e desenvolvimento e tem início a fase de fabrico.

O candidato fará prova inequívoca, no prazo de 80 dias úteis a contar da entrega da candidatura, da conclusão da revisão crítica do projecto de acordo com as fases de construção indicadas no contrato de fabrico do satélite. O documento comprovativo deve ser assinado pela empresa fabricante dos satélites e indicar a data em que a revisão crítica do projecto foi concluída.

6. Acoplamento dos satélites

O acoplamento é a fase do processo de fabrico dos satélites em que o módulo de comunicação é integrado no módulo de serviço.

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O candidato fará prova inequívoca de que realizou um teste de verificação operacional do acoplamento entre o módulo de comunicação e o módulo de serviço, de acordo com as fases de construção referidas no contrato de fabrico dos satélites. O documento comprovativo deve ser assinado pela empresa fabricante dos satélites e indicar a data em que o acoplamento foi concluído.

7. Lançamento dos satélites

O candidato fará prova inequívoca de que realizou com êxito o lançamento e a colocação em órbita do número de satélites necessário para a prestação de um serviço comercial de carácter permanente no território dos Estados-Membros.

8. Coordenação das frequências

O candidato fará prova inequívoca da coordenação bem sucedida das frequências do sistema, nos termos do disposto no Regulamento de Radiocomunicações da UIT. Não obstante, qualquer sistema que demonstre satisfazer as etapas 1 a 7 não fica obrigado, nesta fase, a fazer prova de que realizou com êxito a coordenação de frequências com os sistemas móveis via satélite que não cumpram de forma adequada e razoável as referidas etapas 1 a 7.

9. Fornecimento de MSS no território dos Estados-Membros║

O candidato fará prova inequívoca de estar a prestar de forma eficaz e permanente MSS de carácter comercial no território dos Estados-Membros, utilizando o número de satélites previamente fixado nos termos da etapa 3 e com o intuito de abranger a área geográfica a que se vinculou na sua candidatura, à data do início da prestação do serviço.

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Simplificação do ambiente para as sociedades comerciais, de contabilidade e de auditoria

Resolução do Parlamento Europeu, de 21 de Maio de 2008, sobre um ambiente simplificado para as empresas nas áreas do direito das sociedades comerciais, da contabilidade e da auditoria (2007/2254(INI))

O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta a Comunicação da Comissão intitulada «Um ambiente simplificado para as empresas nas áreas do direito das sociedades comerciais, da contabilidade e da auditoria» (COM(2007)0394),

– Tendo em conta a Comunicação da Comissão intitulada «Uma Europa de resultados - aplicação do direito comunitário» (COM(2007)0502),

– Tendo em conta a Comunicação da Comissão ao Conselho, ao Parlamento Europeu, ao Comité Económico e Social Europeu e ao Comité das Regiões intitulada «As pequenas e médias empresas enquanto factores decisivos para estimular o crescimento e o emprego. Avaliação intercalar da política moderna para as PME» (COM(2007)0592),

– Tendo em conta as conclusões da 2832.ª sessão do Conselho «Competitividade», realizada em 22 e 23 de Novembro de 2007, sobre um ambiente simplificado para as empresas nas áreas do direito das sociedades comerciais, da contabilidade e da auditoria,

– Tendo em conta a sua Resolução de 24 de Abril de 2008 sobre as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) e a governação do Conselho das Normas Internacionais de Contabilidade (IASB)1, em que o Parlamento critica a proposta do IASB de IFRS para as PME e insta a Comissão a desenvolver um quadro contabilístico moderno específico da UE aplicável às PME, revendo eventualmente a actual legislação em matéria contabilística;

– Tendo em conta a sua Resolução sobre as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) e a governação do Conselho das Normas Internacionais de Contabilidade (IASB)1, na qual exprimiu a sua opinião sobre a situação das pequenas e médias empresas da União Europeia em relação às IFRS,

– Tendo em conta o artigo 45.º do seu Regimento,

– Tendo em conta o relatório da Comissão dos Assuntos Jurídicos e o parecer da Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários (A6-0101/2008),

Apreciação geral 1. Congratula-se com o objectivo geral da Comunicação em apreço sobre um ambiente

simplificado para as empresas nas áreas do direito das sociedades comerciais, da contabilidade e da auditoria (seguidamente designada «a Comunicação»), consistente em reduzir os encargos administrativos para as empresas na Europa e em permitir-lhes competir de forma mais efectiva e serem mais bem sucedidas num ambiente global

1 Textos Aprovados, P6_TA(2008)0183.

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altamente competitivo; assinala que, aquando da apresentação de propostas legislativas, a Comissão deveria basear-se numa avaliação do impacto legislativo centrada sobretudo nas pequenas e médias empresas (PME) e nas microempresas, garantindo simultaneamente a segurança jurídica e a manutenção do acervo comunitário em todo o mercado interno e assegurando a coerência dos processos de harmonização actualmente em curso no tocante às obrigações de informação e à auditoria; assinala igualmente que devem ser tidos em conta de forma equilibrada os interesses de todos os intervenientes, incluindo os investidores, os proprietários, os credores e os trabalhadores, e que devem ser respeitados os princípios da subsidiariedade e da proporcionalidade;

Relativamente à opção 1 2. Rejeita, na generalidade, a Opção 1 referida na Comunicação, ou seja, analisar se o acervo

comunitário existente no domínio do direito das sociedades deve ser reduzido aos actos jurídicos que tratam especificamente de problemas transfronteiriços; contudo, não se opõe totalmente à revogação de normas específicas que, do ponto de vista das partes interessadas, deixaram de ser necessárias ou não comportam vantagens para as empresas, desde que essa revogação não seja contrária ao interesse público;

3. Salienta, em relação à opção 1, que as directivas pertinentes sobre o direito das sociedades, designadamente a Segunda1, Terceira2, Sexta3 e Décima Segunda Directivas4, criaram a comparabilidade entre as empresas, que é importante para o exercício de actividades transfronteiriças por parte de investidores e credores, pelo que não devem ser revogadas;

4. Salienta igualmente, em relação à opção 1, que importa proceder a uma avaliação global do impacto das economias que se espera obter com a revogação de directivas, comparadas com os custos que representa, para o mercado interno, a existência de 27 sistemas diferentes de direito das sociedades;

5. Assinala que os principais encargos burocráticos, como os pedidos múltiplos de informação ou as obrigações de informação, nomeadamente em matéria fiscal e social, emanam geralmente das administrações dos Estados-Membros e não se inserem no âmbito das competências comunitárias;

1 Segunda Directiva 77/91/CEE do Conselho, de 13 de Dezembro de 1976, tendente a coordenar as

garantias que, para protecção dos interesses dos sócios e de terceiros, são exigidas nos Estados-Membros às sociedades, na acepção do segundo parágrafo do artigo 58.º do Tratado, no que respeita à constituição da sociedade anónima, bem como à conservação e às modificações do seu capital social, a fim de tornar equivalentes essas garantias em toda a Comunidade (JO L 26 de 31.1.1977, p. 1). Directiva com a redacção que lhe foi dada pela Directiva 2006/99/CE (JO L 363 de 20.12.2006., p. 137).

2 Terceira Directiva 78/855/CEE do Conselho, de 9 de Outubro de 1978, fundada na alínea g) do n.º 3 do artigo 54.º do Tratado, relativa à fusão das sociedades anónimas (JO L 295 de 20.10.1978, p. 36).

3 Sexta Directiva 82/891/CEE do Conselho, de 17 de Dezembro de 1982, fundada na alínea g) do n.° 3 do artigo 54.º do Tratado, relativa às cisões de sociedades anónimas (JO L 378 de 31.12.1982, p. 47). Directiva com a redacção que lhe foi dada pela Directiva 2007/63/CE do Parlamento Europeu e do Conselho (JO L 300 de 17.11.2007, p. 47).

4 Décima segunda Directiva 89/667/CEE do Conselho, de 21 de Dezembro de 1989, em matéria de direito das sociedades, relativa às sociedades de responsabilidade limitada com um único sócio (JO L 395 de 30.12.1989, p. 40). Directiva com a redacção que lhe foi dada pela Directiva 2006/99/CE.

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Transposição pelos Estados-Membros 6. Salienta que os Estados-Membros não exploram frequentemente as medidas facultativas de

desburocratização, privando assim as empresas das possibilidades de simplificação oferecidas pelo direito comunitário, e impõem, pelo contrário, normas nacionais mais rigorosas que vêm acrescentar-se às disposições europeias existentes; solicita, porém, à Comissão que examine se, no âmbito da transposição de directivas como, por exemplo, a directiva relativa à transparência1, se verificaram situações de sobre-regulamentação por parte dos Estados-Membros; salienta que a Comissão deveria incentivar o intercâmbio das melhores práticas entre os Estados-Membros, mostrando claramente o impacto efectivo das diferentes iniciativas em matéria de simplificação;

7. Propõe que seja introduzida uma coordenação entre as administrações fiscais dos Estados-Membros para harmonizar as informações solicitadas às empresas, tendo como objectivo a simplificação;

Relativamente à opção 2 8. Privilegia, em princípio, a segunda opção referida na Comunicação, a saber, que o

legislador deve concentrar-se em medidas de simplificação concretas e individuais; considera que toda a medida específica de simplificação pode incluir a análise da possibilidade de revogação de algumas disposições específicas previstas nas directivas;

9. Salienta que será preciso tempo para avaliar os efeitos das alterações efectuadas às directivas e recorda que a Terceira e a Sexta Directivas relativas ao direito das sociedades foram recentemente alteradas pela Directiva 2007/63/CE2, e que o prazo de transposição desta directiva só expira em 31 de Dezembro de 2008; assinala que novas alterações a estas directivas podem conduzir a um esvaziamento do conteúdo das regras harmonizadas de conversão, mas considera ser necessário proceder a uma maior actualização;

10. Recorda que a Segunda Directiva relativa ao direito das sociedades foi recentemente alterada pela Directiva 2006/68/CE3, e que o prazo de transposição desta directiva expira em 15 de Abril de 2008; chama, neste contexto, a atenção para os resultados do estudo de exequibilidade realizado pela KPMG sobre uma alternativa ao regime de conservação de capitais;

11. Insta a Comissão a esclarecer a relação existente entre as directivas sobre o direito das sociedades comerciais, em particular a Segunda, a Terceira e a Sexta Directivas, e as IFRS;

1 Directiva 2004/109/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de Dezembro de 2004,

relativa à harmonização dos requisitos de transparência no que se refere às informações respeitantes aos emitentes cujos valores mobiliários estão admitidos à negociação num mercado regulamentado e que altera a Directiva 2001/34/CE (JO L 390 de 31.12.2004, p. 38), com a última redacção que lhe foi dada pela Directiva 2008/22/CE (JO L 76 de 19.3.2008, p.50).

2 Directiva 2007/63/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de Novembro de 2007, que altera as Directivas 78/855/CEE e 82/891/CEE do Conselho no que respeita à exigência de um relatório de peritos independentes aquando da fusão ou da cisão de sociedades anónimas (JO L 300 de 17.11.2007, p. 47).

3 Directiva 2006/68/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 6 de Setembro de 2006, que altera a Directiva 77/91/CEE do Conselho, no que respeita à constituição da sociedade anónima, bem como à conservação e às modificações do seu capital social (JO L 264 de 25.9.2006, p. 32).

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12. Sublinha que a auditoria e as obrigações de publicação das sociedades cujos títulos são negociados publicamente são essenciais para o bom funcionamento do mercado interno, e que os novos canais electrónicos de distribuição e as novas tecnologias, designadamente os formatos electrónico de relato (por exemplo, XBRL) devem permitir cumprir as obrigações em matéria de publicidade de modo pouco oneroso, eficaz e rápido; na perspectiva da simplificação da Primeira1 e da Décima Primeira Directivas2 relativas ao direito das sociedades, congratula-se com a prevista redução das obrigações de publicação; salienta no entanto que, tal como no caso de outras medidas de simplificação, as obrigações de publicação devem ser revistas caso a caso, através de medidas de simplificação concretas e individuais baseadas em avaliações de impacto circunstanciadas; propõe que as derrogações aplicáveis às PME e às microempresas se concentrem essencialmente na redução dos encargos e dos custos administrativos, sem pôr em causa os requisitos legítimos de informação e o acesso às oportunidades financeiras; incentiva ao intercâmbio das melhores práticas em matéria de simplificação e aplicação de normas comunitárias;

12. Entende que é necessário facilitar às empresas o registo, a preparação, a apresentação e a publicação das suas informações legais; recomenda que a preparação, a apresentação e a publicação das informações legais se processe por via electrónica, através de um registo comercial interoperável a nível da UE; incentiva vivamente a utilização de novas tecnologias, como a XBRL; salienta que essas informações devem ser de fácil acesso para os investidores, credores, trabalhadores e autoridades públicas em toda a União Europeia; exorta a Comissão a apresentar um roteiro para a introdução da transmissão de informações via XBRL na UE;

13. Salienta que as alterações de 2006 às normas contabilísticas da UE incluem requisitos, como sejam a declaração sobre o governo das sociedades e uma melhor divulgação de mecanismos aplicáveis a elementos extrapatrimoniais por parte de empresas cotadas em bolsa; recorda que o prazo de transposição dessas normas é 5 de Setembro de 2008; incentiva os Estados-Membros à rápida aplicação das referidas normas; solicita à Comissão que envide esforços, conjuntamente com o Conselho das Normas Internacionais de Contabilidade (IASB), tendo em vista melhorar as informações financeiras relativas a veículos extrapatrimoniais;

14. Considera ser necessário rever o Estatuto da Sociedade Europeia no sentido de assegurar uma forma jurídica comunitária mais uniforme;

15. Recorda que o objectivo de simplificação dos encargos administrativos deve ser estimular as PME a aproveitar as oportunidades oferecidas pelo mercado interno e operar além-fronteiras;

16. Acolhe com satisfação a introdução do conceito de microempresas, categoria de empresas que deverão ser isentas dos requisitos de contabilidade, auditoria e publicação previstos no direito comunitário; sugere que os limiares referidos na Comunicação para as

1 Primeira Directiva 68/151/CEE do Conselho, de 9 de Março de 1968, tendente a coordenar as

garantias que, para protecção dos interesses dos sócios e de terceiros, são exigidas nos Estados-Membros às sociedades, na acepção do segundo parágrafo do artigo 58.º do Tratado, a fim de tornar equivalentes essas garantias em toda a Comunidade (JO L 65 de 14.3.1968, p. 8), com a última redacção que lhe foi dada pela Directiva 2006/99/CE (JO L 363 de 20.12.2006, p. 137).

2 Décima primeira Directiva 89/666/CEE do Conselho, de 21 de Dezembro de 1989, relativa à publicidade das sucursais criadas num Estado-Membro por certas formas de sociedades reguladas pelo direito de outro Estado (JO L 395 de 30.12.1989, p. 36).

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microempresas sejam em larga medida mantidos, mas manifesta a sua preocupação pelo facto de o cumprimento integral desses limiares poder causar dificuldades, especialmente a empresas com elevados factores de produção; propõe que os prazos de transição aplicáveis às obrigações de informação das sociedades que ultrapassam estes limiares sejam prolongados de forma adequada; propõe que se examine a possibilidade de introduzir prazos de transição análogos para as sociedades que alterem o seu estatuto jurídico;

17. Recorda que, no contexto dos limiares previstos na Quarta1 e na Sétima2 Directivas relativas ao direito das sociedades para a isenção das PME em relação a determinadas obrigações em matéria de contabilidade e auditoria, uma política regulamentar estável e previsível constitui um elemento importante para a segurança jurídica e para a limitação dos custos administrativos das empresas; salienta que os limiares em causa previstos na Quarta Directiva foram alterados pela Directiva 2006/46/CE3, e que os Estados-Membros têm tempo até Setembro de 2008 para transpor esta directiva; salienta igualmente que o alargamento da União Europeia multiplicou a diversidade das economias europeias, e que a auditoria contribui para promover uma economia de mercado eficiente, saudável e responsável;

18. Insta a Comissão efectuar o acompanhamento do repto lançado pelo Conselho, nas suas conclusões de 22 e 23 de Novembro de 2007, com vista à promoção activa de um intercâmbio aberto entre os Estados-Membros sobre as melhores práticas destinadas a simplificar as obrigações de informação e a aumentar a utilização dos meios electrónicos tanto nas relações entre as empresas e as administrações públicas como entre as próprias empresas;

19. Exorta a Comissão a incentivar os Estados-Membros a harmonizarem a classificação dos requisitos de informação financeira, em conformidade com a prática vigente, nomeadamente nos Países Baixos, e a recorrer a novas tecnologias para reduzir os custos das obrigações de informação, preservando simultaneamente os benefícios que essas obrigações proporcionam aos intervenientes no mercado, aos responsáveis pelas decisões políticas e às administrações públicas;

Legislação Sarbanes-Oxley 20. Solicita que, para além das directivas referidas na Comunicação, seja igualmente

examinado o ónus burocrático de outras directivas e normas gerado pela legislação norte-americana Sarbanes-Oxley, designadamente as normas previstas na directiva relativa

1 Quarta Directiva 78/660/CEE do Conselho, de 25 de Julho de 1978, baseada no artigo 54.º, n.º 3,

alínea g), do Tratado e relativa às contas anuais de certas formas de sociedades (JO L 222 de 14.8.1978, p. 11). Directiva com a última redacção que lhe foi dada pela Directiva 2006/46/CE do Parlamento Europeu e do Conselho (JO L 224 de 16.8.2006, p. 1).

2 Sétima Directiva 83/349/CEE do Conselho, de 13 de Junho de 1983, baseada no n.º 3, alínea g), do artigo 54.º do Tratado e relativa às contas consolidadas (JO L 193 de 18.7.1983, p. 1). Directiva com a última redacção que lhe foi dada pela Directiva 2006/99/CE.

3 Directiva 2006/46/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de Junho de 2006, que altera a Directiva 78/660/CEE do Conselho relativa às contas anuais de certas formas de sociedades, a Directiva 83/349/CEE do Conselho relativa às contas consolidadas, a Directiva 86/635/CEE do Conselho relativa às contas anuais e às contas consolidadas dos bancos e outras instituições financeiras e a Directiva 91/674/CEE do Conselho relativa às contas anuais e às contas consolidadas das empresas de seguros (JO L 224 de 18.4.2006, p. 1).

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à transparência, na legislação comunitária relativa aos prospectos1 ou na Quarta e na Sexta Directivas relativas ao direito das sociedades;

Outra legislação 21. Salienta que a criação de um ambiente simplificado para as empresas implica igualmente a

criação de um novo enquadramento jurídico para as empresas; refere, neste contexto, a Décima Quarta Directiva relativa à transferência transfronteiriça da sede social, o direito de opção entre uma forma monista ou dualista de organização da empresa, assim como a proposta legislativa relativa à Sociedade Privada Europeia, prometida pela Comissão até meados de 2008;

22. Manifesta a sua convicção de que, em determinados domínios, são necessárias disposições regulamentares para criar um ambiente empresarial favorável, por exemplo, no que se refere à transparência dos investidores institucionais;

23. Considera que a criação de uma matéria colectável comum consolidada do imposto sobre as sociedades tornaria o Estatuto da Sociedade Europeia mais útil e eficaz;

24. Considera que as entradas, no balanço, de impostos diferidos representam um ónus desproporcionado para as PME, não fornecendo qualquer informação útil aos destinatários das contas anuais; propõe, por conseguinte, a sua abolição;

25. Recomenda a aplicação do «princípio da declaração única», por forma a que as empresas não precisem de fornecer a mesma informação mais do que uma vez e a mais de um destinatário;

26. Recomenda a realização de consultas relativas à necessidade e exequibilidade de criar uma entidade reguladora no domínio dos serviços contabilísticos e de auditoria;

° ° °

27. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente resolução ao Conselho e à Comissão.

1 Directiva 2003/71/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de Novembro de 2003, relativa

ao prospecto a publicar em caso de oferta pública de valores mobiliários ou da sua admissão à negociação (JO L 345 de 31.12.2003, p. 64). Directiva com a redacção que lhe foi dada pela Directiva 2008/11/CE (JO L 76 de 19.3.2008, p. 37).

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Mulheres e ciência

Resolução do Parlamento Europeu, de 21 de Maio de 2008, sobre as mulheres e a ciência (2007/2206(INI))

O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta a Resolução do Conselho, de 20 de Maio de 1999, relativa às mulheres e a ciência1,

– Tendo em conta a Resolução do Conselho, de 26 de Junho de 2001, sobre ciência e sociedade e sobre as mulheres na ciência2

– Tendo em conta a Resolução do Conselho, de 27 de Novembro de 2003, sobre a igualdade de acesso e de participação das mulheres e dos homens na sociedade do conhecimento para o crescimento e a inovação3,

– Tendo em conta as Conclusões do Conselho de 18 de Abril de 2005 sobre o reforço dos recursos humanos em ciência e tecnologia no Espaço Europeu de Investigação,

– Tendo em conta a Decisão 1982/2006/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 18 de Dezembro de 2006, relativa ao Sétimo Programa-Quadro da Comunidade Europeia de actividades em matéria de investigação, desenvolvimento tecnológico e demonstração (2007 a 2013)4 (Sétimo Programa-Quadro),

– Tendo em conta a Directiva 2002/73/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Setembro de 2002, que altera a Directiva 76/207/CEE do Conselho, relativa à concretização do princípio da igualdade de tratamento entre homens e mulheres no que se refere ao acesso ao emprego, à formação e promoção profissionais e às condições de trabalho5,

– Tendo em conta a Comunicação da Comissão, de 4 de Dezembro de 2001, intitulada "Plano de acção - Ciência e sociedade" (COM(2001)0714),

– Tendo em conta o documento de trabalho dos serviços da Comissão intitulado "As mulheres e a Ciência: Excelência e Inovação - Igualdade de Género na Ciência" (SEC(2005)0370),

– Tendo em conta o Livro Verde da Comissão intitulado "O Espaço Europeu da Investigação: novas perspectivas" (COM(2007)0161) e o documento de trabalho dos serviços da Comissão que o acompanha (SEC(2007)0412),

– Tendo em conta a sua Resolução de 3 de Fevereiro de 2000 sobre a Comunicação da Comissão intitulada "Mulheres e ciência - Mobilizar as mulheres para enriquecer a investigação europeia"6,

1 JO C 201 de 16.7.1999, p. 1. 2 JO C 199 de 14.7.2001, p. 1. 3 JO C 317 de 30.12.2003, p. 6. 4 JO L 412 de 30.12.2006, p. 1. 5 JO L 269 de 5.10.2002, p. 15. 6 JO C 309 de 27.10.2000, p. 57.

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– Tendo em conta a sua Resolução de 9 de Março de 2004 sobre a conciliação entre vida profissional, familiar e privada1,

– Tendo em conta a Comunicação da Comissão, de 1 de Março de 2006, intitulada "Roteiro para a igualdade entre homens e mulheres 2006-2010" (COM(2006)0092), e a sua Resolução de 13 Março de 2007 sobre este tema2,

– Tendo em conta a sua Resolução de 19 de Junho de 2007 sobre um quadro regulamentar relativo a medidas de conciliação da vida familiar e de períodos de estudos das mulheres jovens na União Europeia3,

– Tendo em conta a sua Resolução de 27 de Setembro de 2007 sobre a igualdade entre mulheres e homens na União Europeia - 20074,

– Tendo em conta o artigo 45.º do seu Regimento,

– Tendo em conta o relatório da Comissão dos Direitos da Mulher e da Igualdade dos Géneros e o parecer da Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia (A6-0165/2008),

A. Considerando que a investigação é um sector essencial para o desenvolvimento económico da União Europeia, e que a União Europeia precisa de recrutar 700 000 investigadores adicionais para cumprir a estratégia de Lisboa para o crescimento e o emprego,

B. Considerando que, na União Europeia, as mulheres investigadoras são uma minoria, ou seja, o seu número corresponde, em média, a 35% dos investigadores que trabalham nos sectores público e do ensino superior e a apenas 18% dos investigadores que trabalham no sector privado,

C. Considerando que, segundo uma opinião generalizada, a diversidade favorece a criatividade no mundo dos negócios e que o mesmo acontece certamente com a investigação,

D. Considerando que a percentagem de mulheres em lugares de topo da carreira académica raramente é superior a 20% e que os homens têm três vezes mais probabilidades do que as mulheres de obter lugares de professor universitário ou equivalentes,

E. Considerando que, mesmo nos Estados-Membros da União Europeia, ainda existem poucos dados discriminados por sexo sobre os investigadores segundo a sua qualificação, ramo científico e idade,

F. Considerando que as mulheres investigadoras têm mais dificuldades em conciliar a vida profissional e familiar do que os seus congéneres masculinos,

G. Considerando que a falta de mulheres em posições de chefia em domínios científicos continua a ser muito significativa,

H. Considerando que a participação das mulheres nos órgãos de decisão das universidades não é suficientemente elevada para assegurar a aplicação de uma política equilibrada de igualdade dos géneros,

1 JO C 102 E de 28.4.2004, p. 492. 2 JO C 301 E de 13.12.2007, p. 56. 3 Textos Aprovados, P6_TA(2007)0265. 4 Textos Aprovados, P6_TA(2007)0423.

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I. Considerando que, na maior parte dos países, a presença de mulheres nos conselhos científicos ainda não atingiu a paridade,

J. Considerando que um dos domínios prioritários de acção da UE referidos no Roteiro para a igualdade entre homens e mulheres 2006-2010, acima citado, é a igualdade de representação no processo de decisão, prevendo um objectivo de 25 % de mulheres em posições de chefia na investigação do sector público, a atingir até 2010,

K. Considerando que o Conselho Europeu de Investigação não conseguiu instaurar no seu seio o equilíbrio entre homens e mulheres, pois só 5 dos 22 membros do seu Conselho Científico são mulheres,

L. Considerando que, apesar de as mulheres representarem mais de 50% dos estudantes do ensino superior e obterem 43% dos diplomas de doutoramento na União Europeia, ocupam em média apenas 15% dos lugares de maior responsabilidade no ensino superior, tendo por isso muito menos influência nas decisões tomadas na área da investigação,

M. Considerando que o relatório da Comissão de 2008 intitulado "Mapping the Maze: Getting More Women to the Top in Research" (orientar-se no labirinto: como favorecer o acesso das mulheres a lugares de responsabilidade na investigação), revela que, embora processos de avaliação e promoção justos e transparentes sejam instrumentos necessários, por si sós não são suficientes: é indispensável que ocorra uma mudança de cultura para alcançar uma representação mais equilibrada de homens e de mulheres nos órgãos de decisão do sector da investigação,

N. Considerando que o Sétimo Programa-Quadro não exige planos de acção em matéria de igualdade entre mulheres e homens nas propostas de projectos,

O. Considerando que os estudos mostram que os actuais sistemas de avaliação e recrutamento não são neutros do ponto de vista da igualdade de oportunidades entre mulheres e homens,

1. Chama a atenção dos Estados-Membros para o facto de os sistemas de ensino na União Europeia continuarem a alimentar estereótipos sexistas, principalmente em domínios científicos como as ciências naturais;

2. Considera que é da maior importância promover logo de início a ciência como um domínio interessante para ambos os géneros; solicita que este facto seja tido em conta na planificação do material educativo e na formação dos professores; exorta as universidades e faculdades a analisarem os seus sistemas de selecção de acesso, a fim de detectarem possíveis discriminações implícitas com base no género e corrigirem nesse sentido o sistema de selecção;

3. Salienta que uma percentagem excessivamente elevada de mulheres abandona a carreira científica ao longo dos anos; considera que este fenómeno, agora bem conhecido, de "perdas a meio do percurso" deve ser analisado com base em diferentes modelos, como o dos "factores de desincentivo e atracção"; convida as autoridades em causa a terem em linha de conta, aquando da proposta de soluções, diferentes factores, como o ambiente de trabalho, os estereótipos profissionais, a concorrência, as exigências em matéria de mobilidade e as responsabilidades familiares;

4. Nota que o método convencional de avaliar a "excelência" e o "desempenho", nomeadamente em termos de número de publicações, nem sempre é neutro do ponto de vista do género, é restritivo e não tem em conta os recursos disponíveis, tais como fundos, espaço, equipamento e pessoal, além de qualidades essenciais do investigador, como a

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capacidade de organizar uma equipa de investigadores e de a manter unida ou de formar os membros mais jovens da equipa;

5. Insta a Comissão e os Estados-Membros a terem devidamente em conta nas definições de excelência e de "bom investigador" as diferenças entre carreiras científicas masculinas e femininas; sublinha que as investigadoras contribuem para o mundo da investigação com perspectivas e escolhas diferentes dos temas a investigar;

6. Lamenta que as interrupções que as mulheres fazem nas carreiras científicas por razões familiares tenham um impacto negativo sobre as suas perspectivas de carreira, já que a maior parte dos colegas masculinos não interrompem as suas e podem, por isso, ocupar mais cedo postos equivalentes e obter assim vantagens na progressão na carreira; solicita por isso que a idade seja considerada um critério de excelência, juntamente com a situação familiar, incluindo o número de dependentes a cargo do investigador; solicita também que todos os órgãos de investigação e todas as universidades da UE criem bolsas de doutoramento que tenham em conta as disposições nacionais em matéria de licença de maternidade;

7. Observa que os limites de idade para a atribuição de bolsas prejudicam os jovens, na sua maioria mulheres, que cuidam de dependentes; insta, portanto, a Comissão e os Estados-Membros a assegurarem que, nestas circunstâncias, sejam adoptadas medidas legislativas que corrijam esta anomalia, tais como acrescentar um ano ao limite de idade para a candidatura por cada ano em que o candidato tenha cuidado de um dependente;

8. Nota que a mobilidade é uma das principais formas de avançar e garantir a progressão na carreira de investigação e que isso pode ser difícil de conciliar com a vida familiar, pelo que devem ser tomadas medidas adequadas que a tornem mais viável;

9. Sublinha o papel das infra-estruturas no estabelecimento de um equilíbrio sustentável entre trabalho e vida pessoal, bem como a importância de aumentar a segurança das carreiras científicas;

10. Apela à Comissão e aos Estados-Membros para que melhorem a situação e tenham em conta a perspectiva familiar, oferecendo possibilidades de flexibilização do tempo de trabalho, melhores condições dos serviços de guarda de crianças e a possibilidade de acesso aos benefícios da segurança social além-fronteiras; solicita ainda condições de licença parental que proporcionem uma verdadeira liberdade de escolha a homens e mulheres; sublinha que a conciliação entre a vida profissional e a vida familiar é uma responsabilidade que incumbe tanto aos homens como às mulheres;

11. Considerando que, segundo o relatório da Comissão de 2008 acima citado é essencial que se verifique um compromisso dos mais altos responsáveis para alcançar a igualdade entre homens e mulheres na investigação, compromisso esse que deve ser expresso a nível nacional e institucional,

12. Insta os Estados-Membros a analisarem os factores que desincentivam a presença de mulheres nos lugares de maior responsabilidade no ensino superior e nos organismos de direcção do sector da educação, o que reduz consideravelmente a influência das mulheres na tomada de decisões em matéria de investigação na União Europeia, e a proporem soluções adequadas;

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13. Incentiva as universidades, os institutos de investigação e as empresas privadas a adoptar e aplicarem estratégias de promoção da igualdade nas suas organizações e a efectuarem avaliações de impacto do género nos seus processos decisórios;

14. Insta a Comissão a tomar medidas de sensibilização junto da comunidade científica e dos responsáveis políticos sobre a questão da igualdade de oportunidades na ciência e na investigação;

15. Insta a Comissão e os Estados-Membros a adoptarem processos de recrutamento mais transparentes e a preverem a obrigatoriedade de uma participação equilibrada de mulheres e homens nos painéis de avaliação, nos comités de selecção e em todos os outros comités, bem como nos painéis e comités nomeados, tendo em vista um objectivo não obrigatório de, pelo menos, 40% de mulheres e 40% de homens;

16. Critica o objectivo pouco ambicioso e insuficiente da UE de ter 25% de mulheres a ocupar posições de chefia no sector público da investigação e recorda à Comissão e aos Estados-Membros que a paridade entre homens e mulheres implica uma taxa de representação de mulheres de pelo menos 40%;

17. Insta a Comissão a garantir que os programas de investigação científica tenham em conta a participação das mulheres, prevendo uma formação destinada a sensibilizar para as questões da igualdade entre mulheres e homens, especificamente orientada para os decisores, os membros de conselhos consultivos e de painéis de avaliação e os responsáveis pela redacção de convites à apresentação de propostas e de propostas e pelas negociações de contratos;

18. Insta a Comissão a garantir que seja avaliada positivamente uma representação equilibrada de homens e mulheres nas propostas apresentadas no âmbito do Sétimo Programa-Quadro; exorta os Estados-Membros a tomarem as mesmas disposições no âmbito dos seus programas nacionais e regionais;

19. Considera que os planos de acção para a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no âmbito da apresentação de propostas e da avaliação do Sétimo Programa-Quadro são um elemento fundamental da estratégia geral de integração da dimensão de género e da política de igualdade entre mulheres e homens da União Europeia; pensa, por isso, que esses planos devem continuar a fazer parte integrante do financiamento da investigação da UE;

20. Crê firmemente que devem ser introduzidas medidas específicas de contratação, formação e relações públicas para promover e incentivar uma maior participação das mulheres em domínios como a tecnologia, a física, a engenharia, a ciência de computadores e outros;

21. Convida a Comissão e os Estados-Membros a tomarem medidas positivas para encorajar as investigadoras e a continuarem a desenvolver os programas de apoio e de tutoria, bem como medidas de promoção com objectivos claros; nota que a criação de estruturas de apoio em matéria de orientação profissional e a prestação de aconselhamento, dirigidas, nomeadamente, às mulheres cientistas, teriam resultados particularmente positivos;

22. Solicita à Comissão e aos Estados-Membros que adoptem políticas eficazes para eliminar as diferenças salariais por motivos de género; salienta que, no domínio da ciência, o princípio da "igualdade de remuneração" dever ser igualmente aplicado às bolsas de estudo e às subvenções;

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23. Insta a Comissão e os Estados-Membros a reservarem certos fundos de investigação para as mulheres, a fim de compensar o subfinanciamento das mulheres que trabalham na investigação;

24. Sublinha a importância de incentivar as jovens a optarem por carreiras científicas e sugere que a Comissão e os Estados-Membros o façam, apresentando as mulheres investigadoras como modelos a seguir e adoptando e aplicando outras medidas susceptíveis de contribuir para a realização deste objectivo;

25. Exorta os Estados-Membros a promoverem medidas de sensibilização destinadas a informar e incentivar as jovens a prosseguirem estudos e obterem diplomas universitários em áreas científicas e tecnológicas; exorta os Estados-Membros a melhorarem os processos de partilha do conhecimento, uma vez que os padrões em matéria de opções educativas diferem entre os Estados-Membros;

26. Chama a atenção para a necessidade de criar programas específicos nas universidades que promovam o interesse das raparigas e das mulheres jovens em iniciar carreiras científicas;

27. Exorta a Comissão e os Estados-Membros a criarem programas de tutoria e de apoio às jovens cientistas que participam em programas de investigação e a concederem bolsas que lhes permitam continuar a trabalhar nas áreas do ensino superior e da investigação;

28. Saúda as actividades das organizações não governamentais e das agências, a nível europeu e nacional, destinadas a aumentar a participação das mulheres na ciência e o número de mulheres cientistas em lugares de responsabilidade;

29. Solicita à Comissão e aos Estados-Membros que continuem a promover a ligação em rede das mulheres cientistas aos níveis nacional, regional e da União Europeia, medida que é considerada como um instrumento essencial para reforçar a posição das mulheres, a fim de atrair um maior número de mulheres para carreiras científicas e encorajar as mulheres cientistas a participarem no debate político e a melhorarem a sua evolução profissional;

30. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente resolução ao Conselho, à Comissão, ao Comité Económico e Social Europeu, ao Comité das Regiões e aos governos e parlamentos dos Estados-Membros.

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P6_TA-PROV(2008)0222

Melhoria das práticas de desmantelamento de navios (Livro Verde)

Resolução do Parlamento Europeu, de 21 de Maio de 2008, sobre o Livro Verde sobre como melhorar as práticas de desmantelamento de navios (2007/2279(INI))

O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta o Livro Verde intitulado Melhorar as práticas de desmantelamento de navios (COM(2007)0269), aprovado pela Comissão em 22 de Maio de 2007,

– Tendo em conta os artigos 2.º e 6.º do Tratado, nos termos dos quais as exigências em matéria de protecção do ambiente devem ser integradas nos diversos sectores da política comunitária, com o objectivo de promover, do ponto de vista do ambiente, um desenvolvimento sustentável das actividades económicas,

– Tendo em conta as orientações para os países asiáticos e a Turquia em matéria de segurança e saúde no desmantelamento de navios, adoptadas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Março de 2004,

– Tendo em conta o artigo 175.º do Tratado,

– Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 1013/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de Junho de 2006, relativo a transferências de resíduos1 (regulamento relativo às transferências de resíduos),

– Tendo em conta a Convenção de Basileia relativa ao controlo dos movimentos transfronteiriços de resíduos perigosos e sua eliminação, aprovada pelas Nações Unidas em 22 de Março de 1989, enquanto quadro regulador das transferências internacionais de resíduos perigosos,

– Tendo em conta o artigo 45.º do seu Regimento,

– Tendo em conta o relatório da Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar e os pareceres da Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia e da Comissão dos Transportes e do Turismo (A6-0156/2008),

A. Considerando que está em curso, em diversas costas do sul da Ásia e noutras regiões, o desmantelamento de navios de grandes dimensões, em condições de trabalho prejudiciais para o ambiente e humanamente degradantes e que alguns destes navios são provenientes da União Europeia,

B. Considerando que, em consequência do baixíssimo custo da mão-de-obra, de condições de segurança absolutamente inadequadas e da total inexistência de disposições em matéria de ambiente aplicáveis ao desmantelamento de navios, em países como o Bangladesh, a Índia e o Paquistão estão a ser praticados preços relativamente elevados do abate para sucata, razão por que muitos armadores escolhem estes países,

C. Considerando que, já num estudo realizado em 20002, a Comissão se debruçou sobre a economia do desmantelamento de navios, mas não tomou qualquer medida, visto que o

1 JO L 190 de 12.7.2006, p. 1. 2 Det Norske Veritas / Appledore International, Technological and Economic Feasibility Study of Ship

Scrapping in Europe (estudo de viabilidade tecnológica e económica do abate de navios na Europa, da Det Norske Veritas / Appledore International). Relatório final (N.° 2000-3527), 13.2.2001.

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estudo considerava extremamente difícil tornar a reciclagem de navios economicamente viável respeitando boas normas ambientais; considerando que este primado do lucro imediato sobre a vida humana e a poluição do ambiente é inaceitável,

D. Considerando que é inaceitável que eventuais medidas apenas sejam debatidas depois de casos notórios, como a tentativa do Governo francês de reciclar o seu porta-aviões "Clémenceau" fora da UE, despertarem a opinião pública para esta questão,

E. Considerando que as preocupações políticas tanto dos países industrializados, como dos países em desenvolvimento sobre o número crescente de resíduos perigosos exportados pelos países industrializados para os países em desenvolvimento com vista à sua eliminação, isenta de quaisquer controlos e comportando riscos, conduziu, em 1995, à aprovação de uma alteração à Convenção de Basileia, que aplica uma proibição total às exportações de resíduos perigosos dos países da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económicos (OCDE) para países não membros da OCDE (Alteração de Proibição de Basileia); considerando que, embora esta alteração tenha sido plenamente integrada no regulamento relativo às transferências de resíduos, lamentavelmente ainda não entrou em vigor a nível internacional,

F. Considerando que um navio pode transformar-se num resíduo na acepção do artigo 2.º da Convenção de Basileia, e que em virtude de outras normas internacionais pode continuar a ser definido como um navio; que esta lacuna é sistematicamente explorada, levando a que a maior parte dos navios comunitários sejam desmantelados na Ásia, em flagrante infracção à proibição prevista na Convenção de Basileia e às disposições correspondentes do regulamento relativo às transferências de resíduos,

G. Considerando que anteriormente, em 2003, o Parlamento solicitou à Comissão que definisse orientações para colmatar esta lacuna durante a revisão do regulamento relativo às transferências de resíduos, tendo o Conselho recusado aceitá-las e preferido esperar, antes de tomar quaisquer medidas, pelos resultados do trabalho conjunto de três organismos internacionais (a Convenção de Basileia, a OIT e a OMI) com vista a estabelecer requisitos obrigatórios a nível mundial;

H. Considerando que cada navio que contenha quantidades significativas de substâncias perigosas ou cujas substâncias perigosas não sejam convenientemente eliminadas, em conformidade com o disposto no código de resíduos sólidos GC 030 da OCDE e com a lista da Convenção de Basileia, é considerado resíduo perigoso; por conseguinte, a transferência de um desses navios para efeito de desmantelamento, de um Estado-Membro para um país não membro da OCDE, encontra-se abrangida pelo regulamento relativo às transferências de resíduos que transpôs a Convenção de Basileia para o direito comunitário,

I. Considerando que os navios considerados resíduos perigosos devem ser desmantelados de forma responsável e respeitadora do ambiente num país da OCDE ou que só após a sua descontaminação (para que deixem de ser considerados resíduos perigosos) podem ser transferidos para países não membros da OCDE, sendo, contudo, este requisito sistematicamente ignorado,

J. Considerando que tanto o direito do mar como as convenções da OMI estabelecem que os estados costeiros têm o direito e o dever de aplicar todas as disposições aplicáveis do direito internacional com o objectivo de proteger o ambiente; que, contudo, em matéria de desmantelamento de navios, a Convenção de Basileia raramente é observada devido, nomeadamente à falta de vontade política para colmatar as lacunas e enfrentar a ocultação

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estrutural de responsabilidades no sector da navegação, bem ilustrada pelo fenómeno dos Estados de pavilhão,

K. Considerando que o regulamento relativo às transferências de resíduos constitui o quadro regulamentar da UE para a aplicação da Convenção de Basileia, incluindo a exportação de navios em fim de vida; que a sua aplicação não é satisfatória no que diz respeito ao de abate de navios, uma vez que os navios que são propriedade de europeus, que operam em águas europeias ou que arvoram pavilhão comunitário zarpam para uma derradeira viagem “normal” e só são declarados resíduos depois de deixarem as águas comunitárias, não existindo quaisquer outros mecanismos de controlo ou orientações para pôr termo a tais violações do direito internacional e comunitário,

L. Considerando que no preâmbulo do regulamento relativo às transferências de resíduos se estabelece o seguinte: “(a)figura-se indispensável zelar por que o desmantelamento de navios se processe de uma forma segura e ambientalmente correcta, a fim de proteger a saúde humana e o ambiente”,

M. Considerando que, tendo em vista colmatar as lacunas da Convenção de Basileia, a OMI está a redigir uma convenção destinada a resolver este problema a nível mundial;

N. Considerando que na Sétima Conferência das Partes na Convenção de Basileia, algumas Partes, incluindo os Estados-Membros da União Europeia, tendo em vista um maior rigor em matéria de prevenção da exportação de navios tóxicos, convidaram a OMI a continuar a ponderar a inclusão, nos seus regulamentos, de requisitos obrigatórios - incluindo um sistema de informação aplicável aos navios destinados a desmantelamento - que assegurem um nível de controlo equivalente ao estabelecido no âmbito da Convenção de Basileia, bem como a continuar a trabalhar no sentido da definição de requisitos obrigatórios tendentes a assegurar uma gestão do desmantelamento de navios correcta do ponto de vista ambiental, cujo âmbito de aplicação poderá abranger a descontaminação prévia,

O. Considerando que, na sua forma actual, o projecto de Convenção da OMI sobre a reciclagem de navios não cria um nível de controlo equivalente ao da Convenção de Basileia e do regulamento relativo às transferências de resíduos, não procura evitar a exportação de resíduos tóxicos para países em desenvolvimento, não prevê mecanismos baseados no princípio do poluidor pagador nem o princípio de substituição por navios de concepção ecológica, nem normas de auditoria para estaleiros de reciclagem de navios, entre outras preocupações, e pode não ser ratificado pelos Estados que actualmente reciclam navios ou pelos grandes Estados de pavilhão,

P. Considerando que, de qualquer forma, se prevê que possam passar-se anos até que a Convenção IMO seja aprovada e que, depois disso, poderão voltar a passar-se anos até que a mesma entre em vigor, em virtude de um processo de ratificação moroso,

Q. Considerando que a UE dispõe de capacidade insuficiente para desmantelar adequadamente os seus navios (que arvoram pavilhão comunitário ou são propriedade de armadores comunitários), inclusivamente a frota da marinha mercante; que a falta de capacidade aumentará drasticamente em 2010 devido ao abate acelerado dos navios de casco simples,

R. Considerando que, se se pretende que os petroleiros de casco simples não continuem a degradar as praias e as margens dos rios do sul da Ásia, urge tomar medidas concretas de regulamentação ao nível da UE; considerando que não há desculpa para a inacção, sobretudo porque estes petroleiros de casco simples podem ser claramente identificados,

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S. Considerando que, neste momento, o mercado principal de desmantelamento de navios funciona, na maioria dos casos, em circunstâncias particularmente más que são extremamente contrárias aos princípios advogados pela UE nos domínios social, do ambiente e da saúde,

1. Considera inaceitável, do ponto de vista ético, tolerar o prolongamento no tempo de condições relativas ao desmantelamento dos navios que são indignas para a saúde humana e prejudiciais para o ambiente, aceitando, deste modo, que a saúde de milhares de trabalhadores no Extremo Oriente seja posta em risco;

2. Reconhece que a UE é responsável, em parte, pelos problemas existentes a nível social e ambiental no domínio do desmantelamento de navios; solicita, por conseguinte, medidas imediatas e concretas por parte da UE, em cooperação com a OMI, para cessar a prática de dumping social e ambiental, decorrente dos incentivos económicos, e para alcançar uma solução sustentável a nível global;

3. Considera eticamente inaceitável que alguns desmanteladores usem crianças para trabalhos pesados e perigosos e que essas crianças devem antes usufruir de de acesso adequado ao ensino e a actividades recreativas;

4. Congratula-se com a análise detalhada, apresentada no Livro Verde acima mencionado, dos problemas mais importantes em matéria social e de ambiente, decorrentes de actividades relacionadas com o desmantelamento de navios em países do sul da Ásia; salienta, contudo, que esta iniciativa está atrasada pelo menos dez anos;

5. Considera que é necessário tomar medidas concretas e céleres tanto a nível europeu, como internacional, e que o principal objectivo é proteger o ambiente e a saúde pública sem transferir as responsabilidades para outros países; considera ainda que, apesar de a forma mais abrangente de atingir esse objectivo consistir em aprovar e aplicar uma convenção internacional que estabeleça obrigações para todas as partes envolvidas no desmantelamento de navios, essa via está eivada de obstáculos e demoras, não devendo, portanto, substituir uma acção urgente da UE;

6. Considera que o desmantelamento de navios continua a ter um impacto social e ecológico mesmo a longo prazo, em especial porque o número de navios em construção tem vindo a aumentar ao longo dos anos; sublinha, por conseguinte, a importância da inovação permanente e do desenvolvimento europeus no sector da construção naval, a fim de permitir melhorar a construção de navios e de os tornar menos prejudiciais do ponto de vista ambiental; convida a Comissão, por conseguinte, a avançar sem reserva com o programa LeaderSHIP 2015;

7. Sublinha que não há tempo para, até 2010, desmantelar, de acordo com as estimativas, cerca de 800 navios de casco simples1; salienta que uma futura convenção da OMI pretenderá abordar esta questão, embora a sua entrada em vigor não ocorra antes de 2012; solicita que se tomem medidas eficazes a nível europeu até 2010, antes da adopção da Convenção da OMI e antes do ano em que a retirada acelerada dos petroleiros de casco simples atingirá o seu ponto máximo;

1 Comissão Europeia, DG Energia e Transportes: Oil Tanker Phase Out and the Ship Scrapping Industry (A

eliminação progressiva de petroleiros e o sector do abate de navios), relatório final COWI, Junho de 2004.

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8. Insta a Comissão a elaborar as necessárias directrizes e mecanismos para que os navios a desmantelar e que não cumpram todos os requisitos das convenções internacionais e que, consequentemente, não disponham de uma certificação válida emitida por registos reconhecidos pela UE, sejam considerados “resíduos”, na acepção da definição constante da Directiva 2006/12/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de Abril de 2006, relativa aos resíduos, no sentido de evitar a evasão ao disposto no regulamento relativo às transferências de resíduos, a examinar a questão das circunstâncias em que um Estado-Membro pode ser considerado "Estado de exportação" ao abrigo deste regulamento, incluindo Estados de porto, Estados de pavilhão e Estados com jurisdição sobre os armadores, e a garantir a retirada serena e segura do mercado dos navios que alcançaram o limite da sua “vida operacional”;

9. Insta os Estados-Membros e a Comissão a tornarem mais eficaz a aplicação do regulamento relativo às transferências de resíduos mediante o reforço dos controlos e da supervisão por parte das autoridades dos Estados-Membros, com vista a conferir competências aos Estados de porto, aos Estados de pavilhão e aos Estados com jurisdição sobre os armadores (produtores de resíduos) para declarar um navio em fim de vida e, por conseguinte, como resíduo, independentemente de o mesmo estar em condições de exploração;

10. Apoia iniciativas internacionais tendentes ao estabelecimento de normas mínimas obrigatórias para a reciclagem de navios e à promoção de instalações de reciclagem ecológicas, tendo em devida conta as condições de trabalho e as questões de saúde e de segurança inerentes, especialmente nos estaleiros de desmantelamento do sul da Ásia, por forma a proteger os trabalhadores e o ambiente dos efeitos prejudiciais dos resíduos perigosos e de práticas laborais perigosas;

11. Insta a Comissão a elaborar e a manter uma lista dos navios cujo abate se verifique com probabilidade dentro de alguns anos e a ponderar mecanismos que permitam que esses navios sejam considerados “navios em situação de pré-abate”, para os quais seja necessário estabelecer um plano de eliminação antes da venda para desmantelamento; insta os Estados-Membros e as autoridades portuárias, que devem dispor de competências para identificar os navios "em fim de vida", a gerirem esta lista e reforçarem a fiscalização dos navios susceptíveis de desmantelamento; considera que, neste contexto, seria desejável uma célere aprovação da revisão proposta da directiva relativa à inspecção pelo Estado de porto1;

12. Insta a Comissão e os Estados-Membros a negociar uma Convenção da OMI que integre obrigações e disposições abrangentes que:

– assegurem um nível de controlo no mínimo equivalente ao da Convenção de Basileia,

– prevejam uma norma de elevada segurança global e ambiental para a reciclagem de navios, que seja auditada e certificada por terceiros,

– considerem o desmantelamento na praia um método inadequado de desmantelamento,

– não autorizem o desmantelamento de navios por entidades que não sejam partes contratantes,

1 Directiva 95/21/CE do Conselho, de 19 de Junho de 1995, relativa à aplicação, aos navios que escalem os

portos da Comunidade ou naveguem em águas sob jurisdição dos Estados-Membros, das normas internacionais respeitantes à segurança da navegação, à prevenção da poluição e às condições de vida e de trabalho a bordo dos navios (inspecção pelo Estado do porto) (JO L 157 de 7.7.1995, p.1).

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– instituam o princípio da substituição para eliminar a actual utilização de materiais perigosos na construção de novos navios,

e considera que a futura convenção deverá consagrar o requisito de que todas as substâncias perigosas dos navios em fim de vida sejam eliminadas antes do seu desmantelamento em países não membros da OCDE ou enviadas para instalações de reciclagem competentes na matéria em países da OCDE ou não membros da OCDE, que cumpram normas rigorosas em matéria de segurança e de ambiente;

13. Insta a Comissão a considerar eventuais medidas de redução das possíveis implicações financeiras do desmantelamento de navios, estabelecendo padrões de produção mais rigorosos, como a restrição da utilização de determinadas substâncias perigosas;

14. Recomenda vivamente que os esforços da UE visem salvaguardar normas mínimas que garantam a mais elevada protecção do ambiente, da saúde e da segurança e incluam, nomeadamente, regulamentos aplicáveis à concepção e à construção de navios, à sua operação, à preparação de navios para reciclagem, ao funcionamento de estaleiros de reciclagem de navios e à instauração de um mecanismo de controlo da aplicação adequado para a reciclagem de navios, que preveja requisitos em matéria de certificação e notificação;

15. Insta a Comissão a aplicar, com carácter de urgência, um sistema infalível de controlo da aplicação da Convenção de Basileia aos navios destinados a abate;

16. Admite que a fiscalização da aplicação da futura Convenção da OMI deve ser tão rigoroso quanto no caso da Convenção de Basileia: todas as normas e obrigações relevantes da OIT devem ser incluídas nesse instrumento, não devem ser previstas quaisquer excepções, devem ser eliminadas as deficiências graves da interpretação e aplicação do quadro regulamentar e importa evitar que os navios em fim de vida que contenham resíduos perigosos ou que constituam em si mesmos resíduos perigosos sejam transferidos para países que não pertençam à OCDE, para países membros da OCDE com instalações insuficientes ou para países que não sejam partes contratantes na referida convenção;

17. Salienta a necessidade de reforçar as medidas tomadas pela Comissão e pelos Estados-Membros, a nível da UE e internacional, visando a manutenção dos níveis mínimos que garantam a máxima protecção do ambiente, da saúde e da segurança, e o respeito do princípio estabelecido nos artigos 34.º e 36.º do regulamento relativo às transferências de resíduos (que executa Alteração da Proibição de Basileia), que consiste em proibir as exportações de resíduos perigosos para países em desenvolvimento; para esse fim, insta a Comissão a apresentar uma proposta de regulamento relativo à projecção e construção de navios, à sua exploração durante o respectivo ciclo de vida e à sua preparação para reciclagem, à exploração das instalações de reciclagem de navios e à criação de um mecanismo de aplicação adequado para a reciclagem de navios, que inclua requisitos de certificação e de notificação;

18. Insta a Comissão a ter em conta as decisões da terceira sessão do grupo de trabalho misto da OIT, da OMI e do grupo de trabalho da Convenção de Basileia para o desmantelamento de navios sobre as actividades de cooperação técnica conjunta e a abordagem coordenada das medidas provisórias a adoptar na pendência da entrada em vigor da nova Convenção da OMI sobre reciclagem de navios;

19. Solicita medidas imediatas com vista a apoiar o desenvolvimento de uma indústria competitiva e limpa de desmantelamento de navios e de recuperação (pré-tratamento) no respeito do ambiente; neste contexto, insta os Estados-Membros a exigirem pré-tratamento e uma reciclagem de todos os navios do Estado, incluindo de navios de guerra, e a proceder

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ao respectivo desmantelamento de forma segura e respeitadora do ambiente em instalações da UE, a efectuar mediante concursos públicos e segundo as normas rigorosas que regem a contratação pública, em pleno cumprimento do regulamento relativo às transferências de resíduos; considera, além disso, que o desenvolvimento das actividades de reciclagem dos estaleiros navais europeus tem de ser apoiado no quadro da política industrial, estrutural e de coesão da UE;

20. Considera que todos os navios que arvorem pavilhão de um Estado-Membro e todos os navios que façam escala em portos da UE devem ser obrigados a possuir listas dos materiais e dos produtos utilizados na sua construção e equipamento;

21. Insta a Comissão a elaborar uma lista dos estaleiros de reciclagem de navios que cumprem as normas internacionalmente reconhecidas em matéria de direitos do Homem, de saúde e de segurança; saúda a sugestão da Comissão no sentido de aplicar sistemas de certificação e de rotulagem a instalações seguras e respeitadoras do ambiente e considera que as subvenções comunitárias à indústria naval só devem ser concedidas na condição de esta aderir ao regulamento relativo às transferências de resíduos e outras exigências de direito comunitário, nomeadamente quanto à utilização de instalações certificadas e regularmente auditadas; sublinha que o objectivo não pode ser a destruição do mercado do desmantelamento de navios no sul da Ásia, mas sim o de o preservar correctamente, promovendo o desmantelamento responsável do ponto de vista ambiental;

22. Considera que a UE tem de dar o exemplo e encorajar medidas globais, com o objectivo determinado de pôr, gradualmente, termo às actuais práticas de desmantelamento de navios no sul da Ásia, e avançar no sentido da celebração e implementação de uma convenção internacional que estabeleça normas ambientais e sociais para todas as partes envolvidas;

23. Solicita uma estratégia global que assegure que a reciclagem do navio é realizada, de molde a que todos os envolvidos no processo (incluindo armadores, instalações de desmantelamento/reciclagem, Estado de pavilhão do navio e Estado onde a reciclagem do navio terá lugar) se encontrem coordenados e assumam a sua quota-parte de responsabilidade;

24. Insta a Comissão a apresentar medidas concretas para promover a transferência de knowhow e de tecnologias de auxílio para os estaleiros do sul da Ásia no sentido de cumprir as normas internacionais em matéria de segurança e de ambiente; considera que, para esta finalidade, importa ter igualmente em conta o âmbito mais alargado da política de ajuda ao desenvolvimento da UE a estes países; considera, neste contexto, que importa igualmente fazer uso dos eventuais conhecimentos especializados dos sindicatos e das organizações não governamentais;

25. Congratula-se com os resultados já alcançados pelo projecto ShipDismantl, financiado pelo Sétimo Programa-Quadro de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, nos termos do qual estão a ser desenvolvidos sistemas de apoio que serão gratuitamente disponibilizados às empresas de demolição a nível mundial; manifesta a sua convicção de que serão possíveis mais melhorias na sequência de novos convites à apresentação de propostas que se concentram especificamente nas estratégias de fim de vida para os navios;

26. Insta a Comissão a aprofundar o estudo e a proceder a uma avaliação cuidadosa das vantagens de uma cooperação financeira reforçada com determinados estaleiros de desmantelamento do sul da Ásia e de um investimento directo nesses mesmos estaleiros, contribuindo, assim, para a formação de uma rede de estaleiros certificados e aprovados pela UE, que podem gerar maiores retornos sobre os investimentos em termos económicos, ambientais e sociais;

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27. Considera que o princípio do "poluidor-pagador", o princípio da responsabilidade alargada do produtor e o princípio da responsabilidade do produtor têm de ser amplamente aplicados para se encontrar uma solução estrutural para este problema;

28. Considera que os armadores/proprietários dos navios são sempre responsáveis por eventuais efeitos prejudiciais do desmantelamento para os trabalhadores, a saúde pública ou o ambiente, independentemente do local de desmantelamento (no interior ou no exterior da UE);

29. Congratula-se com a proposta de criação de um fundo de desmantelamento de navios e insta a Comissão e os Estados-Membros a projectar de forma resoluta a criação de um fundo desse género simultaneamente ao nível da OMI e da UE; a este respeito, insta a Comissão a investigar igualmente o mecanismo financeiro disponível, com a participação de estaleiros e armadores e incluindo um seguro obrigatório, taxas portuárias, impostos sobre navios novos e impostos anuais associados ao registo na OMI, para assegurar uma boa reciclagem do ponto de vista ambiental, a partir do momento em que um navio entra em serviço, tendo em conta que um navio pode ter mais do que um armador ao longo do seu período de vida útil;

30. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente resolução ao Conselho, à Comissão, aos Governos dos Estados-Membros, aos Governos da Turquia, do Bangladesh, da China, do Paquistão e da Índia e à Organização Marítima Internacional.

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Dados científicos das alterações climáticas: observações e recomendações para a tomada de decisões

Resolução do Parlamento Europeu, de 21 de Maio de 2008, sobre os dados científicos das alterações climáticas: conclusões e recomendações com vista a uma tomada de decisões (2008/2001(INI))

O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta a sua Decisão de 25 de Abril de 2007 relativa à constituição de uma Comissão Temporária sobre as Alterações Climáticas1, aprovada nos termos do artigo 175.º do seu Regimento,

– Tendo em conta as Conclusões da Presidência do Conselho Europeu de Bruxelas de 8 e 9 de Março de 2007,

– Tendo em conta a Declaração da Cimeira do G8, proferida em Heiligendamm, em 7 de Junho de 2007, sobre alterações climáticas, eficiência energética e segurança energética - desafios e oportunidades para o crescimento económico mundial,

– Tendo em conta as conclusões do 4.º Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas (IPCC), publicado em Valência, Espanha, em 17 de Novembro de 2007, e os estudos complementares encomendados por governos nacionais ou realizados por outros órgãos das Nações Unidas,

– Tendo em conta a Comunicação da Comissão intitulada "Progressos na realização dos objectivos de Quioto" (COM(2007)0757),

– Tendo em conta o Encontro Interparlamentar sobre as Alterações Climáticas entre o Parlamento Europeu e os parlamentos nacionais dos Estados-Membros e dos países candidatos, realizado em 1 e 2 de Outubro de 2007,

– Tendo em conta a 13.ª Conferência das Partes (COP 13) na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas e a 3.ª Conferência das Partes ou reunião das Partes no Protocolo de Quioto (COP/MOP 3), realizada em Bali, Indonésia, de 3 a 15 de Dezembro de 2007,

– Tendo em conta as audições públicas e as trocas de pontos de vista com personalidades de alto nível, os resultados das missões da delegação da Comissão Temporária do Parlamento sobre as Alterações Climáticas e, em particular, as informações obtidas no quadro das comunicações apresentadas por peritos e no debate que se seguiu à Sessão Temática de 10 de Setembro de 2007 sobre o impacto climático de diferentes níveis de aquecimento,

– Tendo em conta o artigo 45.º do seu Regimento,

– Tendo em conta o relatório intercalar da Comissão Temporária sobre as Alterações Climáticas (A6-0136/2008),

1 JO C 74 E de 20.3.2008, p. 652.

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A. Considerando que cumpre à Comissão Temporária sobre as Alterações Climáticas, por força do mandato que lhe foi confiado, formular recomendações relativas à futura política integrada da UE em matéria de alterações climáticas, e que tais recomendações devem basear-se em investigação de ponta e não excluir as provas científicas mais recentes,

B. Considerando que o relatório intercalar da comissão temporária aborda exclusivamente as incidências e os efeitos das alterações climáticas documentados por provas científicas; que no relatório final serão apresentadas propostas sobre a futura política integrada da UE no domínio das alterações climáticas, nos termos do mandato confiado à Comissão Temporária e com base em todas as informações obtidas no âmbito dos seus trabalhos; que o referido relatório final incluirá igualmente a posição a assumir pelo Parlamento nas negociações relativas ao enquadramento internacional para a política climática após 2012, na perspectiva da COP 14, que terá lugar em Poznan, na Polónia, em Dezembro de 2008,

C. Considerando que o consenso científico sobre as origens e as causas das alterações climáticas se revela bem definido e é reconhecido, à escala mundial, tanto no interior, como no exterior do IPCC; que os conhecimentos científicos e a compreensão das origens humanas subjacentes à actual tendência de aquecimento global progrediram notoriamente desde o primeiro relatório de avaliação do IPCC, em 1990, sendo tais origens consideradas actualmente como factos científicos; que existe um sólido consenso científico relativamente ao papel desempenhado pelas emissões antropogénicas de gases com efeito de estufa no clima mundial; que, à luz da avaliação de risco disponível, a incerteza requer acção, não o adiamento da acção,

D. Considerando que os conhecimentos sobre as alterações climáticas e as causas do aquecimento global até à data adquiridos através da investigação e da recolha de dados se afiguram suficientes para impulsionar a acção política e a tomada das decisões urgentemente necessárias para reduzir consideravelmente as emissões e preparar a adaptação às inevitáveis alterações climáticas,

E. Considerando que, de acordo com o IPCC AR4, as emissões globais de CO2 aumentaram cerca de 80% entre 1970 e 2004 e que estes aumentos se devem essencialmente à utilização de combustíveis fósseis,

F. Considerando que a investigação baseada nas observações e na modelação testemunha o risco de um grave impacto no nosso planeta caso não sejam rapidamente tomadas medidas tendentes a retardar ou, mesmo, a pôr cobro a novos aumentos de CO2 e de outras emissões de gases com efeito de estufa que figuram na lista do IPCC,

G. Considerando que, desde o período de revisão e subsequente publicação do IPCC AR4, foram medidos e apresentados dados, no âmbito de numerosos novos estudos científicos, que confirmam a tendência do aquecimento global e em que são novamente avaliadas as implicações das alterações climáticas para a Humanidade, em termos sociais, económicos e ecológicos, bem como a necessidade de adaptação e mitigação dessas alterações climáticas,

H. Considerando que, segundo o Relatório Stern, se não forem tomadas medidas, os custos anuais das alterações climáticas previstas corresponderão, em 2050, a uma percentagem situada entre 5% e 20% do PIB; que, segundo o mesmo relatório, os objectivos em matéria de clima poderão ser atingidos se, a partir de agora, for anualmente atribuído 1% do PIB a medidas nesse domínio,

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I. Considerando que o actual debate científico já não questiona as causas subjacentes ao aquecimento global e às alterações climáticas; que todos os debates científicos constituem meramente uma expressão do progresso científico que visa clarificar as incertezas ou dúvidas subsistentes e é historicamente cunhado pela procura de uma mais profunda compreensão do impacto humano nos processos naturais,

J. Considerando que estudos científicos recentes forneceram novas provas das perturbações antropogénicas da atmosfera terrestre; que a física das alterações climáticas está a avaliar as implicações concretas de níveis já existentes de aquecimento global causados por emissões históricas; que os dados recolhidos por esses estudos salientam a necessidade urgente de pôr em prática medidas de adaptação e de mitigação, a fim de limitar riscos inquietantes para os seres humanos, a biodiversidade da flora e da fauna, os habitats e as infra-estruturas, sobretudo nos países em desenvolvimento, mas também na Europa e em outras partes prósperas do mundo,

K. Considerando que a ciência identificou uma série de "pontos de ruptura" no sistema climático da Terra; que esses pontos de ruptura representam "pontos de não retorno" para alterações climáticas praticamente irreversíveis, cujo impacto não pode ser judiciosamente gerido pelos seres humanos; que esses pontos de ruptura e os imparáveis processos biogeofísicos assim desencadeados não podem ser plenamente incluídos nos futuros cenários climáticos; que esses pontos de ruptura incluem, por exemplo, o degelo do permafrost (solo permanentemente gelado), com a consequente libertação de grandes quantidades de metano na atmosfera, o degelo dos glaciares, associado a um aumento do coeficiente de absorção de luz solar e a uma diminuição da solubilidade do CO2 nos oceanos, o que acarreta um aumento da temperatura; que, com o aumento da temperatura, tais factores tendem a agravar progressivamente o aquecimento global mediante um efeito de retroacção positiva,

L. Considerando que se prevê que 20% a 30% de todas as espécies estejam expostas a um risco acrescido de extinção se se verificar um aumento de temperatura de 1,5ºC a 2,5ºC; que a percentagem provocada por um aumento de temperatura de 3,5ºC se eleva a 40%-70%, pelo que a mitigação das alterações climáticas é decisiva para a preservação da biodiversidade global e a manutenção dos serviços relacionados com o ecossistema,

M. Considerando que mais de 70% da superfície terrestre se encontra coberta por oceanos; que mais de 97% de toda a água do planeta se encontra nos oceanos; que os oceanos constituem 99% do espaço vital existente na Terra; que os peixes fornecem a percentagem mais elevada de proteínas consumidas pelos seres humanos, de que 3,5 mil milhões de pessoas dependem enquanto primeira fonte alimentar; e que três quartos das maiores metrópoles do mundo se situam junto ao mar;

N. Considerando que o consenso científico expresso no IPCC AR4 leva a concluir que o nível das emissões globais de gases com efeito de estufa tem de ser reduzido em 50% a 85%, por confronto com 2000, por forma a evitar riscos graves; que será cada vez mais difícil atingir este objectivo se as emissões totais de gases com efeito de estufa continuarem a aumentar até 2020 e posteriormente; que quase todos os Estados-Membros registam bons progressos nos esforços que envidam para cumprir os seus objectivos individuais de repartição de encargos da UE, aumentando, assim, a probabilidade de a UE alcançar o seu objectivo de Quioto até 2012; que cumpre, contudo, aos Estados-Membros reduzir as emissões de gases com efeito de estufa de um modo mais ambicioso após 2012 caso pretendam atingir os objectivos fixados no citado Conselho Europeu de 8 e 9 de Março de 2007, que devem ser alcançados colectivamente pelos países desenvolvidos, de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 60% a 80% até 2050, por confronto com 1990,

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O. Considerando que o IPPC AR4 indica que retroacções positivas entre o aquecimento e a redução dos sumidouros de carbono terrestres e nos oceanos podem exigir uma nova redução substancial das emissões, a fim de estabilizar as concentrações de gases com efeito de estufa,

P. Considerando que existe um consenso político na UE quanto à importância vital da consecução do objectivo estratégico de limitar o aumento da temperatura média do planeta a um máximo de 2°C acima dos níveis pré-industriais; que a temperatura global acusou já um aumento de 0,74°C durante o último século e continuará a sofrer inevitavelmente um novo aumento de 0,5º-C a 0,7ºC devido às emissões históricas,

Q. Considerando que, de acordo com o IPCC AR4, as emissões globais de gases com efeito de estufa aumentaram desde a era pré-industrial e que actualmente estão a aumentar mais rapidamente que nunca, elevando-se esse aumento, devido a actividades humanas, a 70% entre 1970 e 2004 e observando-se um significativo aumento de 24% desde 1990; que muitos sistemas naturais em todos os continentes e na maioria dos oceanos se encontram já afectados por alterações climáticas regionais devidas ao aumento das temperaturas, à alteração dos regimes de pluviosidade e eólico e a uma crescente escassez de água,

R. Considerando que o factor relevante para o sistema climático é a quantidade total de gases acumulados com efeito de estufa emitidos para a atmosfera, e não as emissões ou reduções relativas, e que, por conseguinte, para se evitarem alterações climáticas perigosas, o factor determinante mais significativo nos próximos anos e décadas será a quantidade total de emissões de gases com efeito de estufa,

S. Considerando que o IPCC AR4 comparou, pela primeira vez, os vastos impactos actuais documentados das alterações dos actuais padrões climáticos para a Europa, de que são exemplo o degelo dos glaciares, estações do ano cada vez mais longas, alterações nos habitats de algumas espécies e repercussões na saúde devido a canículas de uma magnitude sem precedentes; que as alterações observadas correspondem às projectadas para alterações climáticas futuras; que, num balanço global para a Europa, quase todas as regiões serão afectadas negativamente por alguns impactos futuros das alterações climáticas, os quais colocarão desafios a muitos sectores socioeconómicos; que se prevê que as alterações climáticas acentuem as disparidades regionais no tocante aos recursos naturais existentes na Europa, nomeadamente a disponibilidade de recursos hídricos,

T. Considerando que se calcula que as alterações climáticas, a par da urbanização maciça decorrente do crescimento populacional, aumentarão o calor urbano, o qual terá repercussões negativas directas na saúde e no bem-estar das populações urbanas,

U. Considerando que as actuais políticas de mitigação d as alterações climáticas e as correspondentes práticas de desenvolvimento sustentável, que de qualquer modo terão que ser intensificadas, não serão, no entanto, suficientes para reduzir as emissões globais de gases com efeito de estufa ao longo das próximas décadas; que, de acordo com recomendações científicas, a margem de oportunidade para uma estabilização bem sucedida da concentração global de gases com efeito de estufa a um nível que corresponda a uma probabilidade de 50% de limitar o aquecimento global a 2°C permanecerá em aberto até 2015, ocasião em que as emissões globais atingirão o seu nível mais alto,

V. Considerando que a contribuição do Grupo de Trabalho III para o IPCC AR4 indica que, a fim de alcançar os níveis mais baixos avaliados pelo IPCC até à data e a correspondente limitação do eventual dano, as Partes na UNFCCC referidas no Anexo I terão de reduzir colectivamente em 25% a 40% as emissões para níveis inferiores a 1990 até 2020,

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W. Considerando que o próximo relatório de avaliação do IPCC não será, provavelmente, publicado antes de 2012 ou 2013; que os conhecimentos suplementares emanados da literatura científica revista pelos pares e de relatórios científicos encomendados por governos ou elaborados por outros organismos internacionais ou instituições das Nações Unidas, como a Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO), o Programa das Nações Unidas para o Ambiente (UNEP), o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDP), a Organização Meteorológica Mundial (OMM) ou a Organização Mundial de Saúde (OMS), prestam um importante contributo para uma compreensão mais profunda do impacto actual e futuro das alterações climáticas nos seres humanos e no ambiente, bem como para a adaptação e mitigação dessas alterações climáticas,

X. Considerando que a maioria dos resultados destes estudos suplementares salienta a necessidade de dar urgentemente resposta ao aquecimento global; que, em particular, os últimos dados da OMM, publicados em Dezembro de 2007, mostram que a década de 1998 a 2007 foi a mais quente de que há registos e que 2007 figura entre os dez anos mais quentes jamais registados, com uma anomalia prevista da temperatura de 0,41º C acima das médias de longo prazo registadas; que, em 2007, se registaram anomalias térmicas superiores a 4°C acima das médias mensais de longo prazo, relativamente a Janeiro e Abril, em algumas partes da Europa,

Y. Considerando que se impõe encarar o aquecimento global e as diversas dimensões das alterações climáticas à luz de outros problemas globais, como a pobreza ou as questões de saúde a nível mundial, uma vez que esses problemas serão exacerbados pelos efeitos do aumento das temperaturas, das secas, das inundações, da elevação do nível dos mares e do aumento da frequência de fenómenos climáticos extremos; que as alterações climáticas poderão obviar à capacidade de os países seguirem vias de desenvolvimento sustentável e atingirem os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio; que as alterações climáticas poderão comprometer seriamente exemplos de desenvolvimento bem sucedido, pelo que devem constituir uma questão fundamental da cooperação internacional,

1. Regista com agrado o reconhecimento pelas Partes na UNFCCC, aquando da sua reunião de Bali, de que o IPCC AR4 representa a avaliação mais abrangente e fiável das alterações climáticas que existe até à data, fornecendo uma perspectiva científica, técnica e socio-económica integrada sobre questões relevantes e incentivando a que se tire partido da informação que fornece no âmbito do desenvolvimento e da implementação das políticas nacionais em matéria de alterações climáticas;

2. Está persuadido de que os progressos da ciência são conseguidos por meio do confronto de conhecimentos e hipóteses aceites com ideias concorrentes e da aplicação de processos revistos pelos pares; felicita o IPCC pelo seu trabalho e a sua capacidade de incorporar o trabalho de milhares de cientistas; considera que o IPCC deve ter seriamente em conta os elementos novos, a fim de continuar a garantir a credibilidade e a qualidade da sua investigação;

3. Considera a ciência das alterações climáticas um dado suficientemente adquirido e reitera o seu empenho em prol do objectivo estratégico da UE de limitar o aumento global da temperatura média a um máximo de 2°C acima dos níveis pré-industriais, o que, segundo vários relatórios científicos, pode ser alcançado com uma probabilidade de 50% com uma concentração atmosférica de gases com efeito de estufa equivalente a 400-450 ppm de CO2, e que, segundo o IPCC AR4, implica que, até 2020, os países industrializados terão de reduzir em 25% a 40% as suas emissões de gases com efeito de estufa para níveis inferiores a 1990; entende, todavia, que todos os esforços tendentes à diminuição das emissões deveriam, de facto, visar o objectivo de um aumento bastante inferior a 2°C,

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porquanto um tal nível de aquecimento teria já um grave impacto na nossa sociedade e nos nossos estilos de vida individuais e poderia igualmente acarretar alterações significativas nos ecossistemas e nos recursos hídricos;

4. Sublinha que um aumento das emissões de gases com efeito de estufa de origem antropogénica terá um impacto dramático nos ecossistemas marinhos, nos recursos da pesca e nas comunidades pesqueiras e que alterações significativas na temperatura da água podem dar origem a deslocações de unidades populacionais de organismos marinhos (migrações), à invasão de espécies exóticas e ao desaparecimento de espécies autóctones;

5. Reconhece que as projecções de dados para 2050 mostram claramente que se impõe uma acção imediata; salienta que a oportunidade para dar início aos esforços de mitigação necessários para atingir o objectivo de 2°C se encerrará em meados da próxima década;

6. Assinala que as provas científicas procedentes de todos os continentes e da maioria dos oceanos evidenciam que muitos sistemas naturais se encontram já afectados por alterações climáticas regionais resultantes das emissões históricas de carbono nos países industrializados; frisa que existem provas científicas de que as causas subjacentes ao aquecimento global são fundamentalmente provocadas pelo homem e que o nível de conhecimentos adquiridos testemunha, de modo suficiente, a perturbação antropogénica da atmosfera terrestre;

7. Salienta que a prenunciada acidificação dos oceanos decorrente do aumento dos níveis de CO2 pode ter efeitos muito graves nos ecossistemas marinhos, e apela no sentido de um incremento da investigação nesse domínio, para melhorar a compreensão do problema e identificar as respectivas implicações políticas;

8. Considera que as tendências nos padrões de temperatura, oxigénio, salinidade, pH, clorofila e oscilação dos ventos só se manifestam ao fim de muitos anos; salienta a necessidade de conjuntos de dados e de uma observação exaustiva dos oceanos e dos fundos marinhos para ajudar a explicar as mudanças locais que têm consequências para as pescas, a fim de sermos capazes de esclarecer as causas e as consequências das alterações dos ecossistemas;

9. Destaca que os resultados científicos demonstram claramente de que modo se processarão as alterações climáticas num futuro próximo, seguindo diferentes padrões regionais e demonstrando que o aquecimento global constitui tanto uma questão de desenvolvimento como uma questão ambiental de alcance mundial, contexto em que as pessoas pobres e os países em desenvolvimento são os mais vulneráveis; considera que a adaptação vocacionada para a gestão das consequências inevitáveis do aquecimento global provocado pelas emissões históricas oriundas dos países industrializados é tão importante como os esforços intensivos de mitigação que visam precaver um aumento incontrolável do aquecimento global;

10. Sublinha que os pontos de ruptura, como, por exemplo, a deterioração da floresta tropical amazónica, o degelo da Gronelândia e do manto de gelo da Antártida ocidental, o colapso das monções na Índia e uma libertação de quantidades maciças de metano na tundra siberiana, são difíceis de prever, mas em todos esses casos é muito possível que seja atingido um ponto crítico no decurso deste século e nas condições actuais de alterações climáticas; salienta que, a fim de evitar tais pontos de ruptura, serão necessários maiores esforços no sentido de atenuar as alterações climáticas do que os previstos pelo IPCC AR4;

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11. Congratula-se, a este respeito, com os resultados estabelecidos na sequência do parecer científico da COP 13 e da COP/MOP 3 e, em particular, com o Roteiro de Bali, que deverá ser avaliado no âmbito da COP 14 em 2008 e conduzir a um acordo sobre um regime abrangente, o mais tardar em 2009; congratula-se igualmente com a função atribuída ao Grupo de Peritos sobre a Transferência de Tecnologias, nomeadamente, a de avaliar as lacunas e entraves à utilização e ao acesso a recursos financeiros concedidos a países em desenvolvimento em resposta ao compromisso de se empenharem em acções de mitigação adequadas a nível nacional de modo mensurável, transparente e verificável; acolhe igualmente com satisfação a criação do Fundo de Adaptação e a inclusão das florestas no novo acordo de protecção do clima, que tem por objectivo evitar o aumento da desflorestação e das emissões de carbono causadas por fogos florestais ou de turfeiras, que estão, igualmente, na origem de enormes danos às comunidades locais, chegando a incluir a expropriação das respectivas terras mediante processos ilegais ou semi-legais;

12. Discorda das tentativas de, sem argumentos científicos, caracterizar como dúbios, incertos ou questionáveis os resultados dos estudos sobre as causas e os efeitos das alterações climáticas; está, porém, ciente de que o progresso científico foi sempre assinalado pela controvérsia, pela eliminação progressiva das dúvidas e pela procura de explicações ou modelos que vão além da principal corrente científica em vigor;

13. Considera, por conseguinte, que se revela essencial prosseguir a investigação atinente a uma maior compreensão das causas e dos efeitos do aquecimento global para uma tomada de decisões responsável; sustenta, todavia, que o nível de conhecimentos adquirido até à data é suficiente para a formulação urgente, quer de políticas que permitam reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, limitando o aquecimento global a +2.ºC, quer de medidas de adaptação às alterações climáticas em curso;

14. Salienta a necessidade de realizar análises e investigação adicional sobre as consequências das alterações climáticas como, por exemplo, o impacto sobre a competitividade económica, os custos energéticos, a evolução social na Europa, o papel da utilização dos solos, o papel das florestas e da desflorestação, o papel do ambiente marinho ou o cálculo dos custos externos das alterações climáticas resultantes da indústria, incluindo os transportes, nomeadamente a quantificação do impacto da poluição provocada pelos transportes aéreos; considera que é necessário efectuar estudos suplementares que permitam integrar uma dimensão de adaptação e de redução de riscos nas medidas em prol do desenvolvimento e da redução da pobreza;

15. Considera que é necessária investigação adicional sobre o impacto da política de promoção dos biocombustíveis e os seus efeitos sobre o aumento da desflorestação, o aumento da área agrícola cultivada e a oferta alimentar mundial;

16. Sublinha a necessidade de investigação sobre a fisiologia e a ecologia dos peixes de água salgada, principalmente nos trópicos, onde o trabalho de investigação tem sido relativamente diminuto; considera que, com a multiplicação das nossas bases de informação, os cientistas poderão fazer previsões mais exactas e encontrar soluções adequadas; considera que o desembarque de todas as capturas acessórias para fins de análise científica poderia contribuir, em larga medida, para alimentar as nossas bases de informação; reconhece igualmente a necessidade de investigação permanente sobre o impacto das alterações climáticas nas populações de aves marinhas, que se traduz na penúria alimentar e em dificuldades de reprodução e sobrevivência;

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17. Sustenta que a comunicação das provas científicas do impacto humano no clima mundial deve constituir o principal elemento de um esforço mais lato de promover a sensibilização do público e de, subsequentemente, obter e manter o apoio público para medidas políticas destinadas a diminuir as emissões de carbono, bem como a interacção com os diferentes agentes sociais, não apenas nos países industrializados, mas também nas economias emergentes; solicita ao IPCC que publique uma síntese dos seus relatórios de avaliação; entende, além disso, que se afiguram necessárias alterações individuais dos padrões de vida e que essas alterações deveriam constituir parte integrante de programas educativos destinados a divulgar as causas e os efeitos do aquecimento global;

18. Convida, por tal motivo, a comunidade científica e os representantes políticos a unirem esforços, promovendo campanhas de sensibilização para “pequenas coisas que podem ser decisivas”, tendo em conta que mesmo as comunidades com grande capacidade de adaptação aos efeitos das alterações climáticas permanecem vulneráveis a acontecimentos extremos e imprevisíveis;

19. Salienta que estão actualmente pouco difundidas e que carecem de um rápido desenvolvimento as informações pormenorizadas necessárias à educação para um estilo de vida com baixas emissões de carbono, incluindo, a título de exemplo, declarações e rótulos nos bens de consumo sobre a pegada ambiental; salienta que tais iniciativas deverão, de preferência, basear-se em normas partilhadas e ter igualmente em conta as emissões de gases com efeito de estufa provenientes de produtos importados;

20. Solicita à sua Comissão Temporária sobre as Alterações Climáticas que prossiga o seu trabalho e que, no final do seu mandato, apresente ao Parlamento um relatório de que constem, eventualmente, recomendações quanto a acções ou iniciativas e medidas de adaptação e mitigação a tomar no quadro da futura política integrada da UE sobre as alterações climáticas, de acordo com o objectivo da UE de limitar o aumento da temperatura média global a um valor inferior a 2°C e em consonância com os resultados e as recomendações do IPCC AR4;

21. Convida a Comissão, o Conselho e o Parlamento a defenderem, ao mais alto nível, a negociação e o diálogo sobre o alargamento estratégico a todos os países parceiros no mundo dos princípios e das normas altamente eficientes aplicados quer pelos Estados-Membros da UE, quer por países terceiros, no domínio da investigação científica e das acções orientadas para atenuar as alterações climáticas, segundo as recomendações da comunidade científica;

22. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente resolução ao Conselho, à Comissão e aos governos e parlamentos dos Estados-Membros.

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Relatório de progresso 2007 da Turquia

Resolução do Parlamento Europeu, de 21 de Maio de 2008, sobre o relatório de 2007 referente aos progressos realizados pela Turquia (2007/2269(INI))

O Parlamento Europeu,

−−−− Tendo em conta o Relatório de 2007 da Comissão referente aos progressos realizados pela Turquia (SEC(2007)1436),

−−−− Tendo em conta as suas resoluções de 27 de Setembro de 2006 sobre os progressos realizados pela Turquia na via da adesão1 e de 24 de Outubro de 2007 sobre as relações UE-Turquia2,

−−−− Tendo em conta as suas resoluções de 6 de Julho de 20053 e de 13 de Fevereiro de 20074 sobre o papel das mulheres na vida social, económica e política na Turquia,

−−−− Tendo em conta o Quadro de Negociações para a Turquia, de 3 de Outubro de 2005,

−−−− Tendo em conta a Decisão 2008/157/CE do Conselho, de 18 de Fevereiro de 2008, relativa aos princípios, prioridades e condições previstos na Parceria de Adesão com a República da Turquia5 («a Parceria de Adesão»), bem como as anteriores decisões do Conselho relativas à Parceria de Adesão de 2001, 2003 e 2006,

−−−− Tendo em conta o artigo 45.º do seu Regimento,

−−−− Tendo em conta o relatório da Comissão dos Assuntos Externos e o parecer da Comissão dos Direitos da Mulher e da Igualdade dos Géneros (A6-0168/2008),

A. Considerando que as negociações de adesão com a Turquia tiveram início em 3 de Outubro de 2005, depois da aprovação do Quadro de Negociações pelo Conselho, e que a abertura dessas negociações é o ponto de partida para um longo processo cujo desfecho continua em aberto,

B. Considerando que a Turquia se comprometeu a efectuar reformas, desenvolver relações de boa vizinhança e manter um alinhamento progressivo com a União Europeia, e que esses esforços deverão ser vistos como uma oportunidade de maior modernização para a própria Turquia,

C. Considerando que o pleno cumprimento de todos os critérios de Copenhaga e a capacidade de integração na UE, em conformidade com as conclusões da reunião do Conselho Europeu de Dezembro de 2006, continuam a ser a base da adesão à União, que é uma Comunidade baseada em valores comuns,

D. Considerando que, no seu relatório de progresso de 2007, a Comissão concluiu que se fizeram progressos limitados em matéria de reformas políticas na Turquia em 2007,

1 JO C 306 E de 15.12.2006, p. 284. 2 Textos Aprovados, P6_TA(2007)0472. 3 JO C 157 E de 6.7.2006, p. 385. 4 JO C 287 E de 29.11.2007, p. 174. 5 JO L 51 de 26.2.2008, p. 4.

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E. Considerando que em 2007 se verificou um reforço da democracia na Turquia, foi eleito um novo parlamento representativo da diversidade política do país e se formou um Governo dotado de um forte mandato;

F. Considerando que a Turquia ainda não aplicou as disposições decorrentes do Acordo de Associação CE-Turquia e do respectivo Protocolo Adicional,

G. Considerando que em 2007 foram abertos cinco capítulos de negociação,

Reformas rumo a uma sociedade democrática e próspera 1. Regista com agrado o compromisso assumido pelo Primeiro-Ministro Erdogan de que

2008 será o ano das reformas; exorta o Governo turco a cumprir as suas promessas, fazendo uso da sólida maioria parlamentar de que dispõe para efectuar resolutamente reformas que são cruciais para transformar a Turquia numa democracia moderna e próspera, assente num Estado laico e numa sociedade pluralista;

2. Realça que essa modernização é sobretudo do interesse da própria Turquia; reconhece também a importância estratégica que uma Turquia estável, democrática e próspera reveste para a UE; reitera que o cumprimento dos compromissos definidos na Parceria de Adesão é vital para a Turquia e as suas futuras relações com a UE;

3. Sublinha a sua convicção de que só uma sociedade que se norteie pelo respeito dos direitos humanos e das liberdades fundamentais e que assente na democracia, no Estado de Direito e numa economia de mercado de dimensão social pode evoluir e transformar-se numa sociedade pacífica, estável e próspera;

4. Sublinha a importância, para a Turquia, do combate a todas as formas de discriminação, de acordo com o disposto no artigo 13.º do Tratado CE, o que pressupõe condições de igualdade para todos, sem distinção de sexo, origem racial ou étnica, religião ou crença, deficiência, idade ou orientação sexual;

5. Toma nota da recente revisão da Parceria de Adesão; está ciente de que esta revisão, a terceira realizada desde 2001, prolonga por mais algum tempo, na maior parte dos sectores, prioridades não cumpridas; exorta o Governo turco a transformar agora as prioridades e os horizontes temporais definidos na Parceria nos seus planos de reforma, tendo presente que novos atrasos afectarão seriamente o andamento das negociações;

6. Congratula-se com o facto de em 2007 a democracia ter prevalecido sobre tentativas feitas pelos militares para interferir no processo político; incentiva o Governo turco a envidar esforços sistemáticos para assegurar que a formulação das políticas interna, externa e de segurança, nomeadamente em relação a Chipre, sejam da total responsabilidade dos dirigentes políticos democraticamente eleitos e que as forças armadas respeitem essa responsabilidade reconhecendo o controlo das autoridades civis de forma cabal e inequívoca; salienta, em especial, a necessidade de estabelecer um pleno controlo parlamentar sobre a política militar e de defesa e todas as despesas com elas relacionadas;

7. Manifesta a sua preocupação com as implicações do processo de encerramento do Partido AK; espera que o Tribunal Constitucional turco respeite os princípios do Estado de Direito, os padrões europeus e as Directrizes relativas à Proibição e Dissolução de Partidos Políticos e medidas análogas, aprovadas pela Comissão de Veneza do Conselho da Europa em 10 e 11 de Dezembro de 1999; solicita ao Parlamento turco que proceda à adequação da Constituição a estas disposições relativas à proibição de partidos políticos;

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8. Exorta o Governo turco, ao prosseguir as reformas, a respeitar o pluralismo e a diversidade numa Turquia secular e democrática, e insta o governo e todos os partidos políticos a empenharem-se construtivamente na busca de um consenso sobre as importantes medidas relativas à modernização do país;

9. Considera que as modificações do artigo 301.º do Código Penal, aprovadas pelo Parlamento turco em 30 de Abril de 2008, constituem um primeiro passo para uma reforma de fundo desse e doutros artigos do Código Penal, e deseja outros avanços nesta matéria; salienta que foram realizados progressos, tanto na teoria como na prática, relativamente à liberdade de expressão; lamenta o facto de, em 2007, ter continuado a aumentar o número de pessoas punidas por força de disposições legais que permitem a imposição de restrições arbitrárias à expressão de opiniões não violentas1; é de opinião que a revogação do artigo 301.º, bem como de outras disposições legais que constituem uma restrição ilegítima à liberdade de expressão garantida pelo direito internacional seria a melhor solução, a fim de assegurar que a Turquia garanta plenamente a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa em conformidade com as normas consagradas na Convenção Europeia para a Protecção dos Direitos do Homem e das Liberdades Fundamentais (CEDH);

10. Regista com agrado a recente aprovação, pelo Parlamento turco, da Lei das Fundações; congratula-se com a intenção da Comissão de examinar o novo texto e sublinha que aquela Instituição deverá analisar se a lei em questão colmata todas as insuficiências com que as comunidades religiosas não muçulmanas se confrontavam no domínio da gestão e aquisição de bens, nomeadamente bens confiscados vendidos a terceiros; insta as autoridades turcas a assegurarem que a lei será aplicada em harmonia com a CEDH e a jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem;

11. Incentiva o Governo turco, na sequência da medida positiva tomada com a aprovação da Lei das Fundações, a cumprir os compromissos assumidos no que respeita à liberdade de religião, criando, de harmonia com a CEDH e a jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, um enquadramento legal que permita que todas as comunidades religiosas funcionem sem restrições injustificadas, em especial no que se refere ao seu estatuto jurídico, formação do clero, eleição da hierarquia, educação religiosa e construção de locais de culto; solicita a protecção do património religioso e cultural; reitera o seu pedido de reabertura imediata do Seminário greco-ortodoxo de Halki e a utilização pública do título eclesiástico do Patriarca Ecuménico; partilha as preocupações expressas pelo Conselho em 24 de Julho de 2007 no que respeita ao acórdão do Tribunal de Segunda Instância turco relativo ao Patriarcado Ecuménico, e espera que esta decisão não impeça o Patriarcado e outras comunidades religiosas não muçulmanas de exercerem os direitos que lhes são garantidos pela CEDH;

12. Exorta o Governo turco a lançar, com carácter prioritário, uma iniciativa política no sentido de uma solução duradoura para a questão curda, que só pode assentar em melhorias tangíveis das oportunidades de natureza cultural, económica e social à disposição dos cidadãos de origem curda, incluindo verdadeiras possibilidades de aprenderem a língua curda no sistema de ensino público e privado e de a utilizarem na radiodifusão, no dia-a-dia e no acesso aos serviços públicos; considera que uma eventual ilegalização do Partido da Sociedade Democrática (DTP) será contraproducente para uma solução política;

1 Comunicação da Comissão, intitulada "Estratégia de Alargamento e Principais Desafios para 2007-2008"

(COM(2007)0663), p. 67.

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13. Apela ao DTP e aos seus deputados e presidentes de câmara que se distanciem claramente do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e se empenhem de forma construtiva na procura de uma solução política para a questão curda no seio do Estado turco democrático; apela igualmente a todos os outros partidos políticos turcos para que se empenhem construtivamente na busca do mesmo objectivo;

14. Lamenta os numerosos processos judiciais instaurados contra presidentes de câmara eleitos e outros responsáveis políticos por terem utilizado a língua curda ou por exprimirem a sua opinião sobre a questão curda, como o processo de que resultou a recente condenação de Leyla Zana e dos 53 presidentes de câmara do DTP;

15. Reitera os seus anteriores apelos ao Governo turco para que apresente um plano director abrangente para reforçar o desenvolvimento socioeconómico e cultural do sudeste da Turquia, onde mais de metade da população continua a viver abaixo do limiar de pobreza; é de opinião de que esse plano director se devia ocupar também dos problemas sociais, ecológicos, culturais e geopolíticos resultantes do Projecto do Sudeste da Anatólia; solicita à Comissão que associe a componente regional da assistência prestada ao abrigo do Instrumento de Pré-Adesão (IPA)1 ao rápido desenvolvimento dessa estratégia;

16. Exorta o Governo turco a apresentar uma estratégia nacional global para a questão das pessoas deslocadas internamente que permita eliminar as actuais lacunas jurídicas e práticas e fornecer o apoio financeiro e de outra natureza que é necessário para resolver correctamente o problema do regresso e da indemnização das pessoas em questão;

17. Toma nota do processo em curso com vista à elaboração de uma nova Constituição civil; considera que esta é uma oportunidade fundamental para colocar a protecção dos direitos humanos e das liberdades fundamentais no cerne da Constituição; reitera a necessidade de criar um sistema de controlos e equilíbrios que garanta a democracia, o Estado de Direito, a coesão social e a separação entre a religião e o Estado; salienta igualmente que a nova Constituição deverá garantir a igualdade entre os géneros, evitar a utilização de critérios vagos, como a moralidade geral, abster-se de considerar as mulheres sobretudo como membros da família ou da comunidade e reafirmar os direitos humanos das mulheres, incluindo os seus direitos sexuais e de reprodução, enquanto direitos individuais;

18. Sublinha que é necessária uma participação ampla da sociedade civil neste processo constitutivo, a fim de se chegar a um consenso sobre o futuro constitucional da Turquia que abarque os partidos políticos, as minorias étnicas e religiosas e os parceiros sociais; regista a frustração e a preocupação de parte da população perante o facto de a abolição da proibição do porte do véu nas universidades não ser parte integrante de um pacote mais vasto de reformas baseado numa ampla consulta da sociedade civil; reitera a sua recomendação anterior, constante da sua citada resolução de 27 de Setembro de 2006, sobre o limiar eleitoral;

19. Regista os progressos feitos no que se refere à eficiência do poder judicial; congratula-se com o plano do Governo turco de aplicar uma estratégia de reforma destinada a reforçar a independência e a imparcialidade do poder judicial e a aumentar a confiança de que este goza junto da opinião pública; é de opinião que esta estratégia deveria, prioritariamente, assegurar que a interpretação da legislação relativa aos direitos humanos e às liberdades fundamentais seja consentânea com as normas da CEDH; faz notar que essa estratégia não

1 Regulamento (CE) n.º 1085/2006 do Conselho, de 17 de Julho de 2006, que institui um Instrumento de

Assistência de Pré-Adesão (IPA) (JO L 210 de 31.7.2006, p. 82). Rectificação no JO L 18 de 25.1.2007, p. 11.

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pode ser posta em prática sem que haja um programa ambicioso de reciclagem profissional do pessoal ao serviço dos tribunais; manifesta a sua preocupação com a atitude negativa de certos elementos do poder judicial em relação aos acordos internacionais no domínio dos direitos e liberdades fundamentais e aos acórdãos proferidos pelo Tribunal Europeu dos Direitos do Homem contra a Turquia por violações da CEDH;

20. Exorta o Tribunal Constitucional Turco a progredir no que se refere à sua decisão final sobre a Lei relativa ao Provedor de Justiça, de modo a permitir que o Governo institua sem demora esse cargo; recomenda à Turquia que coopere nesta matéria com o Provedor de Justiça Europeu e com os Provedores de Justiça nacionais dos Estados-Membros da UE;

21. Está preocupado com a hostilidade, muito viva em certos sectores da sociedade, contra as minorias e com a violência por motivos políticos e religiosos; insta o Governo turco a tomar medidas contra as organizações e círculos que alimentam essa hostilidade, a proteger todos os que são ameaçados e temem pelas suas vidas e a envidar esforços sustentados para criar um clima favorável ao pleno respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais;

22. Exorta com veemência as autoridades turcas a procederem a uma investigação cabal dos assassínios de Hrant Dink e dos três cristãos em Malatya, bem como de todos os outros casos de violência por motivos políticos, religiosos ou raciais; deplora a lentidão dos processos relativos a esses casos, as suspeitas de parcialidade e a impressão de impunidade suscitadas pelos mesmos, e pede às autoridades que assegurem o pleno esclarecimento de alegações de negligência por parte das autoridades competentes e entreguem todos os responsáveis à justiça;

23. Incentiva as autoridades turcas a procederem resolutamente a investigações sobre a organização criminosa Ergenekon, respeitando no entanto estritamente os princípios do Estado de Direito, a revelarem inteiramente as redes ligadas ao caso, que se estendem até às estruturas estatais, e a entregarem à justiça os que nelas estão envolvidos;

24. Regista a avaliação feita pela Comissão de que prossegue a tendência decrescente no número de casos de tortura e maus-tratos e do efeito positivo das salvaguardas legais pertinentes; solicita, porém, à Comissão que analise se a lei antiterrorista e a lei relativa aos poderes das forças policiais não enfraquecem esta imagem positiva; convida o Governo turco a intensificar a sua luta contra a tortura infligida fora e dentro dos centros de detenção e contra a impunidade dos responsáveis pela aplicação da lei e a ratificar e aplicar o Protocolo Facultativo à Convenção contra a Tortura e Outras Penas ou Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes, promovendo desse modo a prevenção sistemática da tortura e o controlo independente dos centros de detenção;

25. Regista a avaliação da assimilação feita pelo Primeiro-Ministro Erdogan durante a sua recente visita oficial à Alemanha, sendo, por isso, de opinião que o Governo turco deveria tomar medidas para permitir que todos os cidadãos desenvolvam a sua identidade cultural no seio do Estado democrático turco; recorda, a este respeito, os compromissos definidos no Quadro de Negociações relativamente ao respeito das minorias e sua protecção e ao acesso efectivo à aprendizagem, à radiodifusão e à prestação de serviços públicos noutras línguas que não o turco;

26. Congratula-se com os progressos alcançados em matéria de protecção das mulheres contra a violência e louva o trabalho realizado por instituições públicas e por organizações da sociedade civil neste campo; incentiva as autoridades turcas a continuarem a eliminar a violência doméstica, os denominados «homicídios por honra» e os casamentos forçados,

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em especial aplicando integralmente a legislação pertinente, prosseguindo uma campanha pública contínua, providenciando mais abrigos para vítimas, intensificando a formação dos organismos responsáveis pela aplicação da lei e controlando rigorosamente as iniciativas postas em prática; regista com preocupação que o acesso a dados fiáveis sobre a incidência da violência contra as mulheres continua a constituir um problema, e exorta o Governo turco a obviar a esta deficiência;

27. Reconhece que há um número considerável de mulheres que detêm posições importantes nas esferas económica, política e académica da Turquia e reitera que a igualdade de tratamento, o acesso à educação e a emancipação das mulheres nos sectores político, económico e social são cruciais para a continuação do crescimento económico e da prosperidade na Turquia; constata, porém, com preocupação que a taxa global de emprego das mulheres na Turquia continua a ser de apenas 23,8%1 e que a participação das mulheres na política não registou praticamente qualquer aumento; apela por isso ao Governo turco para que tome mais medidas concretas com vista ao aumento da participação das mulheres na força de trabalho, com especial incidência nas zonas rurais, que aumente a sua inclusão nos sistemas de saúde e de segurança social e que conceba instrumentos ou medidas temporárias que permitam aumentar o envolvimento activo das mulheres na política;

28. Felicita o Governo turco pelo apoio dado a projectos de cooperação bem sucedidos entre a UE e alguns parceiros turcos, a exemplo do projecto de geminação que prepara a criação de um órgão independente para a questão da igualdade entre homens e mulheres, no qual 750 funcionários estão a receber formação sobre a integração da dimensão do género; espera que esse organismo responsável pela igualdade entre os géneros seja constituído sem demora;

29. Observa que não resulta claro quais as competências atribuídas à Comissão da Igualdade de Oportunidades do Parlamento turco; incentiva o Parlamento turco a instituir uma comissão especializada dotada de poderes legislativos, a qual constitui um instrumento essencial para a melhoria dos direitos das mulheres e a integração da dimensão do género na Turquia;

30. Respeita e apoia firmemente o trabalho das organizações representativas das mulheres na Turquia, as quais contribuem para reforçar o papel das mulheres na sociedade, para proteger as mulheres contra a violência e para promover o seu espírito de iniciativa, dando simultaneamente um exemplo positivo em prol da emancipação da mulher e contribuindo para a igualdade entre mulheres e homens;

31. Elogia a Turquia pela evolução positiva da sua economia; reitera a sua opinião de que só uma sociedade coerente em termos sociais e apoiada por uma classe média forte pode desfrutar de prosperidade; lamenta, por isso, o reduzido impacto exercido pelo forte crescimento económico no mercado de emprego, que se mantém fraco; salienta a necessidade de resolver o problema da economia paralela e de pôr o sistema de segurança social numa base sustentável; considera que a atribuição de um papel mais importante às pequenas e médias empresas poderia contribuir para a aceleração do crescimento económico;

32. Salienta o potencial de um diálogo social eficaz para a construção das parcerias necessárias ao funcionamento de uma economia de mercado de dimensão social; sente-se desiludido

1 Anexo estatístico ao citado relatório de progresso, de 2007, referente à Turquia.

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com os limitados progressos que se fizeram em matéria de reforço dos mecanismos de diálogo social; exorta o Governo turco a aplicar integralmente as convenções da Organização Internacional do Trabalho e sublinha a necessidade de eliminar as actuais restrições à liberdade de associação, ao direito à greve e ao direito à negociação colectiva;

33. Manifesta a sua preocupação perante o uso excessivo da força pela polícia turca contra os participantes na manifestação do 1.º de Maio de 2008 em Istambul; reafirma que a liberdade de associação e as acções pacíficas dos sindicatos constituem um direito fundamental ao abrigo da Convenção Europeia dos Direitos do Homem;

34. Sublinha a importância do acesso à educação como chave para uma sociedade coerente em termos sociais; elogia o Governo e a sociedade civil turcos pela campanha em prol do aumento do número de matrículas de raparigas nas escolas; salienta, porém, a necessidade de assegurar que todas as crianças sejam registadas à nascença e de melhorar o acompanhamento e o controlo da aplicação da escolaridade obrigatória, a fim de continuar a reduzir o número de crianças que não frequentam a escola; louva o Governo turco pelos resultados positivos atingidos em matéria de redução do trabalho infantil e incentiva-o a prosseguir os seus esforços nessa área;

35. Manifesta a sua preocupação com o nível da corrupção; exorta as autoridades turcas a desenvolverem uma estratégia global anti-corrupção destinada a prosseguir de forma eficaz a luta contra a corrupção;

36. Está preocupado com a grande dimensão atingida pelas disparidades em matéria de desenvolvimento entre regiões da Turquia e também entre zonas rurais e urbanas; insta o Governo turco a apresentar uma estratégia abrangente para tentar aplanar estas disparidades; convida a Comissão a prestar ao Parlamento, antes do final de 2008, informações sobre a contribuição da UE para este planeamento estratégico no âmbito do IPA em 2007 e 2008;

37. Exorta o Governo turco a aplicar os padrões europeus aos projectos de grande impacto, como a construção de barragens no Vale de Munzur, a barragem de Allianoi e a construção da barragem de Ilisu e a exploração de ouro em Bergama e noutras regiões, que ameaçam o património histórico e paisagens únicas e preciosas; exorta o Governo turco a utilizar como orientação a legislação da UE no planeamento dos projectos de desenvolvimento regional;

38. Condena firmemente a violência perpetrada pelo PKK e por outros grupos terroristas em solo turco; condena o atentado ocorrido em Diyarbakir em Janeiro de 2008, em que morreram seis pessoas e mais de 60 ficaram feridas, e apresenta sinceras condolências às famílias das vítimas deste crime; reitera a sua solidariedade para com a Turquia na sua luta contra o terrorismo e insta uma vez mais o PKK a declarar e respeitar um cessar-fogo imediato e incondicional;

39. Reitera os seus apelos ao Governo turco para que não se envolva em operações militares desproporcionadas que violem o território iraquiano; exorta a Turquia a respeitar a integridade territorial do Iraque, os direitos humanos e o Estado de Direito e a garantir que evitará que se registem baixas entre civis; exorta o Governo do Iraque e o Governo Regional do Curdistão Iraquiano a não permitirem que o território iraquiano seja utilizado como base para actos terroristas contra a Turquia; congratula-se com a comunicação estabelecida entre os governos da Turquia e do Iraque, e solicita igualmente a tomada de medidas para intensificar a cooperação com o Governo Regional do Curdistão Iraquiano, a fim de possibilitar a prevenção efectiva, sob a responsabilidade do Iraque, de atentados terroristas;

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Questões regionais e relações externas

40. Recorda o compromisso assumido pela Turquia em matéria de boas relações de vizinhança e sublinha as suas expectativas de que a Turquia se abstenha de dirigir quaisquer ameaças contra países vizinhos e resolva todos os conflitos existentes por métodos pacíficos em conformidade com a Carta das Nações Unidas, outras convenções internacionais e acordos e obrigações bilaterais aplicáveis; convida nomeadamente as autoridades turcas, no espírito de boas relações de vizinhança, a aprofundarem o diálogo com a Grécia (por exemplo, sobre a plataforma continental do Egeu) e a Bulgária (por exemplo, sobre os direitos de propriedade dos refugiados búlgaros da Trácia) a fim de resolverem todas as questões bilaterais pendentes;

41. Salienta a necessidade de se chegar a um acordo global sobre a questão de Chipre; congratula-se com o acordo celebrado em Chipre pelos dirigentes das duas comunidades, em 21 de Março de 2008, e insta ambas as partes a fazerem uso desta oportunidade para alcançar um acordo global no quadro das Nações Unidas, baseado nos princípios em que se funda a UE; recorda, a este respeito, as suas anteriores resoluções em que afirmava que a retirada das forças turcas facilitaria a negociação de um acordo;

42. Congratula-se com a criação de um instrumento de apoio financeiro destinado a incentivar o desenvolvimento económico da comunidade cipriota turca; insta, uma vez mais, a Comissão a apresentar uma comunicação específica sobre a aplicação e a eficácia desse instrumento;

43. Regista com agrado a melhoria das relações entre a Grécia e a Turquia alcançada na última década e com a continuação do bom clima político, como testemunhado durante a recente visita oficial do Primeiro-Ministro da República Helénica, Kostas Karamanlis, à Turquia, visita essa que alimenta a esperança de novas melhorias nas relações bilaterais entre a Grécia e a Turquia, em especial a esperança de uma resolução pacífica de todas as questões salientadas em anteriores resoluções do Parlamento, com base no direito internacional e de acordo com os compromissos assumidos no Quadro de Negociações;

44. Insta o Governo turco a reabrir a sua fronteira com a Arménia, restabelecendo plenas relações económicas e políticas com este país; convida uma vez mais os Governos turco e arménio a encetarem um processo de reconciliação, a respeito do presente e do passado, que permita uma discussão franca e aberta dos acontecimentos passados e insta a Comissão a facilitar este processo de reconciliação;

45. Reconhece o papel da Turquia como importante parceiro da UE na consecução dos objectivos de política externa da União para a região do Mar Negro, da Ásia Central e do Médio Oriente em sentido lato; insta a Comissão e o Conselho a explorarem melhor o potencial do estreitamento das relações entre e UE e a Turquia no que toca a estas regiões;

46. Insta a Turquia a assinar o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, dado que este é um instrumento multilateral fundamental;

47. Elogia a contribuição da Turquia para as missões e operações da Política Europeia de Segurança e de Defesa na Bósnia-Herzegovina e na República Democrática do Congo, bem como a sua contribuição para operações lideradas pela NATO no Kosovo, no Darfur e no Afeganistão;

48. Lamenta, porém, as objecções levantadas pela Turquia à cooperação estratégica entre a UE e a NATO não só baseada no Acordo Berlim Plus como indo para além disso; está

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preocupado com as consequências negativas desta atitude para a protecção do pessoal da UE destacado, designadamente a Missão de Polícia da UE no Afeganistão e a Missão da UE para promover o Estado de Direito no Kosovo (EULEX), e apela à Turquia para que levante as suas objecções o mais rapidamente possível;

Relações UE-Turquia

49. Insta o Governo turco a aplicar plenamente e sem demora as regras decorrentes do Acordo de Associação CE-Turquia e do respectivo Protocolo Adicional; recorda que o incumprimento dos compromissos assumidos pela Turquia continuará a afectar seriamente o processo de negociações;

50. Reconhece a ambição da Turquia de se transformar numa placa giratória eurasiática da energia e o papel que pode desempenhar ao contribuir para a segurança energética da Europa; louva os progressos alcançados pela Turquia no domínio da energia; recorda a sua citada resolução de 24 de Outubro de 2007 em que apoiava a abertura de negociações sobre este capítulo; incentiva a Turquia a aderir à Comunidade Europeia da Energia como membro de pleno direito, a fim de reforçar a cooperação entre a UE e a Turquia no domínio da energia, o que pode beneficiar todas as partes envolvidas; insta a Turquia a apoiar inteiramente o projecto do gasoduto Nabucco, que é um projecto europeu prioritário;

51. Insta a Comissão e o Governo turco a encetarem negociações relativas a um acordo entre a UE e a Turquia em matéria de facilitação de vistos;

52. Salienta que uma das principais rotas de imigração proveniente do Médio Oriente em sentido mais lato e do Sul da Ásia para a Europa atravessa o território da Turquia; chama a atenção para os limitados progressos alcançados no domínio da gestão da migração; insta a Comissão e a Turquia a intensificarem as negociações relativas a um acordo de readmissão que respeite os direitos fundamentais, com vista à conclusão do mesmo sem demora; exorta o Governo turco a aplicar devidamente os acordos de readmissão e protocolos bilaterais vigentes com Estados-Membros da UE;

53. Congratula-se com os progressos alcançados pelo Governo turco nas áreas da educação, formação, juventude e cultura no que se refere ao alinhamento com o acervo da União; sublinha a importância de uma cooperação estreita e sustentada entre a UE e a Turquia nestes domínios, que são cruciais para o êxito da modernização a longo prazo da sociedade turca;

54. Aplaude a nomeação de Istambul como Capital Europeia da Cultura 2010 enquanto oportunidade para reforçar o diálogo intercultural e a cooperação entre a UE e a Turquia;

55. Reitera o seu apoio ao Diálogo da Sociedade Civil UE-Turquia, e solicita à Comissão que apresente uma comunicação sobre as actividades realizadas nesse âmbito, bem como sobre a assistência prestada à sociedade civil turca no âmbito do IPA; insta o Governo turco a promover uma participação mais estreita da sua sociedade civil no processo de reformas;

56. Aplaude o facto de o IPA permitir apoiar as acções que promovem um debate público mais informado sobre o alargamento da UE; convida o governo turco, bem como os protagonistas não governamentais da Turquia e da UE, a utilizarem cabalmente estes meios para reforçar o apoio ao processo de reformas e para o fortalecimento das relações entre a UE e a Turquia;

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57. Lamenta que a Comissão não tenha publicado um seguimento do estudo de impacto apresentado em 2004 e insta a que esse estudo seja apresentado sem demora ao Parlamento;

58. Exorta o Governo turco a criar todas as estruturas necessárias à plena execução da assistência ao abrigo do IPA e ao aumento da capacidade de absorção da Turquia; solicita à Comissão que apresente, até ao final de 2008, uma comunicação sobre a assistência prestada à Turquia ao abrigo do IPA desde 2007;

59. Reitera a importância dos programas bilaterais e trilaterais de cooperação transfronteiriça (Turquia-Grécia-Bulgária), bem como dos realizados ao abrigo do programa de cooperação transfronteiriça para o mar Negro no âmbito do IEVP (Instrumento Europeu de Vizinhança e Parceria), enquanto instrumentos adequados para incentivar contactos sociais, culturais e económicos mais estreitos entre os parceiros locais nas regiões fronteiriças;

° ° °

60. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente resolução ao Conselho, à Comissão, ao Secretário-Geral do Conselho da Europa, ao Presidente do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, aos Governos e aos Parlamentos dos Estados-Membros e ao Governo e ao Parlamento da República da Turquia.