5

Click here to load reader

parasitologia.doc

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: parasitologia.doc

MÉTODO DA GOTA ESPESSA: Usar luvas durante todas as etapas do procedimento. Colocar em Lâmina de microscopia três a quatro gotas de sangue fresco, colhidas por punção venosa ou da polpa digital. Com a ponta de outra lâmina e com movimentos circulares, contínuos, reunir as gotas, criando uma área de aproximadamente 2 cm de diâmetro. Continuar com movimentos circulares, do centro para a periferia, durante 30 segundos para evitar a formação de fibrina, a qual poderá obscurecer as preparações coradas. Terminar os movimentos circulares no centro do círculo de sangue; por meio desse procedimento o esfregaço apresenta a borda fina e o centro espesso. Deixar secar à temperatura ambiente e, após, mergulhar a preparação em água corrente ou em solução salina a 0,85%, para que se produza a hemólise. Secar à temperatura ambiente.EXAME DIRETO A FRESCO DE SUSPENSÃO DE FEZES: Suspender por meio de um palito, pequena porção de fezes em gota salina previamente colocada sobre uma lâmina. Pesquisar microscópio trofozoítos de protozoários e ovos de helmintos. MÉTODO DIRETO CORADO COM LUGOL: repetir o procedimento acima, acrescentando uma gota de Lugol antes de cobrir a preparação na lamínula. Examinar. Pesquisa protozoários e ovos de helmintos.METÓDO DE WILLIS: misturar 1g de fezes a 1 sol saturada de NaCl, em frasco cilíndrico de 3 cm di; completar o vol com a mesma sol até a borda; colocar lâmina em contato com a superfície líquida; após 5-10 min inverter rapidamente a lâmina e examinar ao microscópio com ou sem lamínula; para ovos de anciolstomídeos e T. trichiura; outros ovos e cistos de helmintos e protoz.TÉCNICA DE HOFFMANN: Colocar aproximadamente 2 g de fezes num copo descartável. Acrescentar aproximadamente 20 ml de água morna aos poucos. Homogeneizar as fezes totalmente com o auxílio de um palito. Transferir para um cálice afunilado coando em filtro para fezes. Acrescentar água da torneira até encher o cálice. Deixar em repouso até a sedimentação (2 a 24 horas). Com o auxílio de uma pipeta Pasteur recolher o sedimento, gotejar sobre uma lâmina e adicionar uma gota de lugol, homogeneizar o preparado com uma lamínula e cobrir com a própria lamínula. Examinar ao microscópio.TÉCNICA DE FAUST: Homogeinizar aprox. 3g de fezes em 10ml de água; filtrar mistura por gaze dobrada em 4 para 1 tb de centrifugação; centrifugar a 2500rpm – 1 min.; decantar o sobrenadante e add sol. De sulfato de zinco a 33% (densidade =1180); tampar o tb e agitar; centrifugar a 2500rpm – 1min.; colher o mat na camada sup. do tb e colocar em lâmina; add 1 a 2 gts de Lugos e cobrir com lamínula; examinar no microscópio cistos de protozoários. Tbm pode diagnosticar ovos e larvas de helmintos.TÉCNICA DE KATO-KATZ MODIFICADO: Retirar 1 amostra de fezes colocando sobre papel de filtro; depositar sobre as fezes o filtro FEC (kit), comprimindo-o com o aux de 1 espátula; colocar 1 placa perfurada sobre 1 lâmina; recolher com a espátula as fezes filtradas depositando-as na placa perfurada; comprimir e nivelar as fezes no orifício; retirar a placa; cobrir o mat com 1 lamínula de papel celofane previamente embebida em verde de malaquita; inverter a preparação sobre 1 superfície lisa e pressionar a lâmina para que ocorra uniformemente o espalhamento do material sem extravasar; esperar de 30 a 60 min e examinar no microscópio composto com objetiva 10x para contar total de ovos; mutiplicar por 24. OBS: confeccionar 2 lâminas por amostra. O resultado é o número de ovos por g de fezes. Para ovos de S. mansoni, A. lumbricoides e T. trichiura.TÉCNICA DE LUTZ (SEDIMENTAÇÃO EXPONTÂNEA): Dissolver 3g de fezes em 10ml de água agitando com bastão de vidro; filtrar em gaze dobrada em 4 para cálice cônico de sedimentação; completar com água até a borda; após 1h (min) desprezar o sobrenadante, recompletando com água até borda; após 1h colher 1 gt com pipeta e colocar em lâmina; add 1 a 2 gts de Lugol e cobrir; microscópio. OBS 3 lâminas de 3 pts diferentes. É o mais polivalente dos métodos cropolígicos, mesmo apresentando < sensibilidade. Para cistos de protozoários e ovos de S. mansoni, A. lumbricoides, T. trichiura, Taenia sp. E ancilostomideos.MÉTODO DE SHEATHER’S (FLUTUAÇÃO EM AÇÚCAR):misturar em parte = fezes e sol de NaCl; filtrar em gaze dobrada em 2 para tb de centrífuga completando até a metade; completar o tb com sol saturada de açúcar; cobrir tb com pedaço de plástico (lamínula) ou celofane e fixá-lo; cobrir com lamínula e centrifugar por 5min ou repousar por 1h; retirar lamínula colocando-a em lâmina e obs o mat em microscópio 400X. para oocistos e coccídios.TÉCNICA DE STOLL: É uma técnica quantitativa , na qual as fezes são ressuspensas em NaOH 0,1N que tem a finalidade de desagregar e clarificar o material. A suspensão é feita em um frasco tipo Erlenmeyer , cujo gargalo traz duas marcas, uma indicando 56 cm e a outra 60 cm .TÉCNICA DE RITCHIE: Homogeinizar aproximadamente 3g de fezes em 10ml de água; filtrar a mistura em gaze dobrada em 4 para o tb de centrifugação; centrifugar a 2500 rpm -1min; decantar o sobrenadante e add sol de formol a 10% e 3ml de éter; tampar o tb e agitar; centrifugar a 250 rpm – 1min; decantar o sobrenadante (3 camadas superiores: éter, gordura com detritos e formol a 10%; juntar ao sedimento 1 gt de Lugol, agitar e recolher 1 parcela do mesmo examinando entre lâmina e lamínula no micro. Detecta cistos de protozoários e ovos de helmintos, eventualmente larvas.

Page 2: parasitologia.doc

MÉTODO DE GRAHAN: Aderir um pedaço de fita durex a extremidade de 1 lâmina passando a msm para o outro lado desta até que se atinja a extremidade oposto; no momento do uso, desloca-se parte da fita, invertendo-a sobre a extremidade oposta da lâmina de modo que o lado aderente se exteriorize; que deve então ser aderida a mucosa da região peri-anal e em seguida, coloca novamente a lâmina; e examina em microscópio composto. Material deve ser colhido pela manhã, antes que o pcte se levante ou realize qq tipo de higiene. Indicado para adultos e ovos de E. vermiculares e proglotes de T. saginata.MÉTODO DE BAERMANN-MORAES: colocar sobre 1 cestinha metálica gaze dobrada em 4, 10g de fezes; colocar água morna (40 a 45º) em 1 funil d e12 cm dia, contendo na parte inf 1 borracha fechada com pinça de Mohr; encaixe a cesta no funil com as fezes parcialmente submersas na água; após 1h recolher 5-7ml do mat do tb de borracha em 1 vd de relógio; examinar microscópio estereoscópio. O aquecimento brando da lâmina mata as larvas em distensção. Para larvas de Strongyloides stercoralis e ancilostomídeos.AMEBÍASE: Trofozoítos de Entamoeba histolytica / E. díspar. É uma infecção do homem pela Entamoeba histolytica, com ou sem manifestações clínicas. É considerado um grande problema de saúde pública, levando ao óbito cerca de 100 mil pessoas por ano. A E. histolytica é uma espécie patogênica e invasiva, com diversos graus de virulência e diferentes formas clínicas, incluindo a forma extra-intestinal da doença. Os trofozoítos do protozoário vivem no intestino grosso, podendo ser também encontrados nas ulcerações intestinais, nos abscessos hepáticos, pulmonares, cutâneos e, mais raramente, no cérebro. Manifestações clínicas Na maioria das vezes a presença de E. histolytica na luz do intestino acontece como um simples comensal, traduzindo assim, as formas assintomáticas, que representa os “eliminadores de cistos”. A doença amebiana caracteriza-se por: Amebíase intestinal, onde se evidencia a colite não-disentérica; colite disentérica (disenteria amebiana) com dor abdominal, dez ou mais evacuações diárias de fezes líquidas mucosanguinolentas, náuseas, vômitos, tenesmo e febre; colite fulminante e colite amebiana crônica; Amebíase extra-intestinal, com maior frequência dos abscessos hepáticos. Outros sítios extra-intestinais de envolvimento são o pericárdio, sistema nervoso central, pulmão e pele. Complicações: Formação de granulomas amebianos (amebomas) na parede do intestino grosso, perfuração com peritonite, apendicite e fístulas. Cistos de Entamoeba histolytica. Transmissão: Ingestão de cistos maduros do parasito em água ou alimentos contaminados com fezes. Pode também ocorrer transmissão sexual devido a contato oral-anal; por meio das mãos contaminadas com material fecal que podem reter os cistos, sobretudo sob as unhas e, transporte mecânico de cistos por insetos. O diagnóstico laboratorial da amebíase baseia-se no exame parasitológico de fezes com pesquisa de cistos e/ou trofozoítos; provas imunológicas com pesquisa de anticorpos no soro e pesquisa de antígenos em fezes; e pela biologia molecular (Reação em Cadeia da Polimerase - PCR). A E. histolytica também pode ser cultivada em meio xênico, meio monoxênico e em meio axênico. A E. histolytica, entretanto, é morfologicamente idêntica a E. dispar, espécie não patogênica. O diagnóstico diferencial entre as duas espécies deve ser baseado no perfil eletroforético de enzimas da via glicolítica, no diagnóstico imunológico com a pesquisa de coproantígenos específicos usando a técnica de ELISA, e pela PCR.GIARDÍASE: É a infecção ou doença causada pelo protozoário Giardia lamblia (sinonímia: G. intestinalis, G. duodenalis e Lamblia intestinalis). Este protozoário tem como habitat o intestino delgado, vivendo no duodeno e na porção inicial do íleo. A giardíase apresenta um quadro clinico diverso, desde as formas assintomáticas, que representam a maioria dos casos, até formas muito graves em crianças ainda sem imunidade e em adultos imunodeprimidos. A infecção sintomática tem sido associada com diarréia aguda e auto-limitante, ou com um quadro severo de diarréia crônica e má absorção intestinal. Outros sintomas completam o quadro clínico: náuseas, vômitos, dor abdominal, constipação intestinal, irritabilidade, anorexia, fadiga, flatulência e perda de peso. A esteatorréia crônica pode levar a desnutrição pela deficiência e perda das vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K), vitamina B12 e ácido fólico, ácidos graxos e proteínas. Trofozoítos de Giardia lamblia transmitidos pela ingestão de cistos maduros do parasito em água ou alimentos contaminados com fezes. Pode também ocorrer transmissão sexual devido a contato oral-anal; por meio das mãos contaminadas com material fecal que podem reter os cistos, sobretudo sob as unhas e, transporte mecânico de cistos por insetos. O diagnóstico laboratorial da giardíase baseia-se no exame parasitológico de fezes com pesquisa de cistos e/ou trofozoítos; pesquisa de trofozoítos no fluido duodenal; provas imunológicas (ELISA) com pesquisa de antígenos em fezes; e pela biologia molecular (Reação em Cadeia da Polimerase - PCR).

+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

Parasitoses emergentes:Definição: Doenças parasitárias surgidas recentemente ou que apresentam aumento crescente de incidência. Fatores: alteração do meio ambiente, avanços nas técnicas de diagnóstico e aumento da incidência de AIDS. Outros fatores: uso de imunossupressores (transplantes) e quimioterapia.CICLOSPOROSE - CYCLOSPORA CAYETAMENSIS

Page 3: parasitologia.doc

* Oocistos:Também chamados de Coccídeos.São esporulados e possuem de 8 a 10 micrometros. Por serem esporulados possuem portanto esporocistos dentro, no caso cada oocisto tem 2 esporocistos e cada esporocisto possui 2 esporozoítos. O habitat do Cyclosporo cayetanensis é a mucosa intestinal. Portanto é uma parasitose intestinal, possuindo como sintomas diarréia, desidratação, perda de peso e etc. Porém quando o oocisto não está maduro ainda, ele não tem esporos. Quando amadurece ele ganha esporos com esporozoítos prontos para infectar.* Ciclo no ser humano:Ingestão do oocisto, quando chega ao habitat (intestino) rompe a membrana e libera os esporocistos (esporos), logo já rompe os esporocistos também e libera finalmente os esporozoítos. Esses esporozoítos aderem a mucosa intestinal para então se reproduzirem assexuadamente (multiplicação). Nessa fase de reprodução que começam a aparecer os sintomas. Nas fezes saem alguns desses parasitas que se encistam formando oocistos imaturos. Nas fezes ele amadurece e evolui a oocisto maduro que é a forma de infecção que deverá ser ingerida pela pessoa para adquirir a parasitose.* Sintomas:Diarreia aquosa. Que leva a perda de peso, desnutrição e desidratação. Constipação (cólica de gases), nauseas. Não possuem muitas evacuações por dia. Por ser uma parasitose oportunistas em imunocompetentes são comumente assintomáticos, eliminando o parasita normalmente. Já em imunocomprometidos, dura por volta de 7 semanas, mesmo tomando medicamento, pois o medicamento não atua sobre as formas de resistência. Então tem-se que esperar liberar todos os oocistos.CRIPTOSPORIDIOSE - CRYPTOSPORIDIUM PARVUM * Oocisto: Tamanho cerca de 4 micromeros. Esporulado, tendo entao 4 esporozoitos dentro. Também é um parasita intestinal, porém possui ação osbtrutiva, podendo invadir a mucosa e penetrar assim na corrente sanguínea, indo para outros órgão e se hospedar lá (como fígado e pulmão).* Ciclo no ser humano: Ingestão do oocisto, vai para o intestino e desincesta, lá ele poderá invadir a mucosa e ir para o fígado por exemplo. Para diagnóstico de Cryptosporidium parvum nesse caso, somente se poderia fazer por exame imunológico e quantificação e identificação de anticorpos IgG para o parasita. Mas também pode ocorrer que os esporozoítos depois do desincestamento fiquem no intestino aderidos na mucosa onde ocorrerá multiplicação. Solta-se da mucosa e sai do organismo pelas fezes se transformando na forma de resistência.* Sintomas: Como parasita intestinal também possui como sintoma diarreia, porém diferente do Ciclosporo cayetanensis, o Cryptosporidium parvum causa diarreia com cerca de 10 vezes mais intensidade. Causa febre por ação inflamatória que ocorre com a perfuração da mucosa, pode provocar vômito também. A febre é mais intensa em indivíduos que desenvolveram hepatomegalia. Essa fase só chega à indivíduos imunocomprometidos, pois em imunocompetentes esse parasita passa assintomático.* Diagnóstico: Exame de fezes e exame imunológico.ISOSPOROSE - ISOSPORA BELLI* Oocisto: Também é esporulado com 4 esporozoítos cada.Chega a cerca de 30 micrometros, sendo o maior oocisto entre C. cayetanensis, C. parvum e I. belli. Protozoário intestinal que em imunocomprometidos causa cerca de 10 evacuações por dia. Provoca sintomas como diarreia mesmo em pacientes imunocompetentes. Também possui capacidade de invasão de mucosa (ação obstrutiva).* Ciclo no ser humano: Ingestão do oocistos e desencistamento no intestino. Com a liberação dos 4 esporozoítos, eles aderem a mucosa e se replicam (fase de multiplicação). Pode gerar gametas dessa multiplicação assexuada, que irão se juntar e dar origem a um novo oocisto imaturo (processo sexuado). Quando ocorre invasão de mucosa entram em contato com a corrente sanguína e contaminam outros órgão inclusive linfonodos. Essa ação ocorre somente em pacientes contaminados imunocomprometidos.* Sintomas: Nauseas, vômito, anorexia (perda de peso), desidratação, desnutrição que pode levar a casos de anemia por dificuldade de absorção. Em casos crônicos (pacientes imunocomprometidos) chega a causar hepatomegalia, problemas no baço e problemas respiratórios.* Diagnóstico: Para essas três parasitoses emergentes quando diagnosticado no exame de fezes presença do oocisto mais comum de ser encontrado é o não esporulado (imaturo), até porque coleta-se as fezes logo depois que elas saem e coloca-se em um conservante onde o oocisto não amadurece. Para esse exame na tentativa de visualização de oocisto, deve-se fazer coloração com Kinyon, que consegue colori-los. Também pode ser diagnosticado por exame imunológico, inclusive é a única forma de diagnosticar na fase crônica, verificando presença de IgG para I. belli.

Page 4: parasitologia.doc