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Economia Política: Capitalismo e Socialismo Micael Araujo de Moraes ¹  Nayane Kelle Nogueira do Nascimento ² 1. Introdução: Tese da Convergência dos Sistemas 2. Capitalismo e Socialismo ± Elementos essenciais 3. Um sistema misto? O sistema considerado dominante no µmundo ocidental¶, é retratado pelo autor como um sistema misto por haver algumas características presentes dos elementos socialistas, como  benefícios sociais aos trabalhadores, obtidos por meio da atuação do estado na autoridade da segurança, assistência, educa ção, lazer, ou seja, ár eas que estão associadas à base do estado social, do interesse social. Esse processo de conquistas é resultado de um longo processo de luta de classes trabalhadoras que trazem à baila assuntos de suma importância como liberdade sindical e redução na  jornada de trabalho, bem como assuntos relacionados à ascensão (capitalista) de certas metas de programas socialistas, havendo uma integração na lógica do sistema, na medida em que, a transformação de um meio era o que deveria considerar um fim em si mesmo. Segundo Henri Janne, ³a significação do neocapitalismo é clara sobre este ponto: transformar os fins maiores do socialismo em meios de realizar outros fins maiores do socialismo em meios de realizar outros fins, isto é, a manutenção do lucro, da iniciativa privada, dos grupos privilegiados. Reduzidos a meios de fins bem determinados, os objetivos alteram-se inevitavelmente. Crescimento econômico, sim, mas para e pelo lucro. Maior poder de compra das massas, mas  para criar o lugar ao mecanismo de realização do lucro. Pleno emprego, mas para assegurar a manutenção do poder de compra global. Segurança social, mas para tornar psicologicamente  possível a despesa total dos salários individuais´. 3.1. A perda do s ignificado da propriedade privada Comparando a propriedade privada dos dias atuais com a de 1850, considera-se que esta só representa apenas uma fração da liberdade de ação. Ainda que esta afirmação o se possa concluir que a natureza da propriedade sobre os meios de produção não é considerado um elemento relevante para distinção do sistema capitalista (ou socialista). De modo óbvio a forma com que as empresas eram distinguidas no século XIX ± pequenas empresas, caracterizadas nos tempos da fase do industrialismo, onde o capitalista também era o empresário ± era diferente do atual sistema capitalista, caracterizado principalmente pelo  progresso técnico que contribuiu fortemente para que as empresas pudessem acompanhar a evolução da tecnologia, precisassem de um grande volume de capitais. Significa dizer que, as sociedades por ações ganharam uma função importante no mercado, devido facilitarem a centralização de ca pitais bem como concentração do poder eco nômico nos grandes acionistas. É a partir daí que a informação acerca do controle tanto de mercados atuais como de inovações tecnológicas tenham sido de suma importância para decisão na gestão da empresa capitalista, como concepções na área de marketing, necessidade de organização, programação ao longo prazo. Essa gestão acarretou um distanciamento entre o capitalista-proprietário- dirigente, onde ficaria mais separada da propriedade que explicitada por Marx em O Capital , onde deveria haver uma expansão das sociedades por ações.

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Economia Política: Capitalismo e Socialismo

Micael Araujo de Moraes ¹

 Nayane Kelle Nogueira do Nascimento ²

1. Introdução: Tese da Convergência dos Sistemas

2. Capitalismo e Socialismo ± Elementos essenciais

3. Um sistema misto?

O sistema considerado dominante no µmundo ocidental¶, é retratado pelo autor como umsistema misto por haver algumas características presentes dos elementos socialistas, como

 benefícios sociais aos trabalhadores, obtidos por meio da atuação do estado na autoridade dasegurança, assistência, educação, lazer, ou seja, áreas que estão associadas à base do estadosocial, do interesse social.Esse processo de conquistas é resultado de um longo processo de luta de classes trabalhadorasque trazem à baila assuntos de suma importância como liberdade sindical e redução na

 jornada de trabalho, bem como assuntos relacionados à ascensão (capitalista) de certas metasde programas socialistas, havendo uma integração na lógica do sistema, na medida em que, atransformação de um meio era o que deveria considerar um fim em si mesmo. Segundo HenriJanne, ³a significação do neocapitalismo é clara sobre este ponto: transformar os fins maioresdo socialismo em meios de realizar outros fins maiores do socialismo em meios de realizar outros fins, isto é, a manutenção do lucro, da iniciativa privada, dos grupos privilegiados.Reduzidos a meios de fins bem determinados, os objetivos alteram-se inevitavelmente.Crescimento econômico, sim, mas para e pelo lucro. Maior poder de compra das massas, mas

 para criar o lugar ao mecanismo de realização do lucro. Pleno emprego, mas para assegurar amanutenção do poder de compra global. Segurança social, mas para tornar psicologicamente

 possível a despesa total dos salários individuais´.

3.1. A perda do significado da propriedade privadaComparando a propriedade privada dos dias atuais com a de 1850, considera-se que esta sórepresenta apenas uma fração da liberdade de ação. Ainda que esta afirmação não se possaconcluir que a natureza da propriedade sobre os meios de produção não é considerado umelemento relevante para distinção do sistema capitalista (ou socialista).De modo óbvio a forma com que as empresas eram distinguidas no século XIX ± pequenasempresas, caracterizadas nos tempos da fase do industrialismo, onde o capitalista também erao empresário ± era diferente do atual sistema capitalista, caracterizado principalmente pelo

 progresso técnico que contribuiu fortemente para que as empresas pudessem acompanhar aevolução da tecnologia, precisassem de um grande volume de capitais. Significa dizer que, associedades por ações ganharam uma função importante no mercado, devido facilitarem acentralização de capitais bem como concentração do poder econômico nos grandes acionistas.

É a partir daí que a informação acerca do controle tanto de mercados atuais como deinovações tecnológicas tenham sido de suma importância para decisão na gestão da empresacapitalista, como concepções na área de marketing, necessidade de organização, programaçãoao longo prazo. Essa gestão acarretou um distanciamento entre o capitalista-proprietário-dirigente, onde ficaria mais separada da propriedade que explicitada por Marx em O Capital ,onde deveria haver uma expansão das sociedades por ações.

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¹. Estudante do 7º período do curso Bacharelado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco ± UFRPE; email para contato: [email protected]². Estudante do 7º período do curso Bacharelado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco ± UFRPE; email para contato: [email protected]: Lindalva Disciplina: Economia Política

Essas modificações contribuíram de um lado para substituição da   propriedade individual por uma nova forma de propriedade, a   propriedade social , ou sociedades anônimas; por outrolado, contribuiu para separação de funções de diretor e proprietário.Até mostrar a conclusão da que a propriedade dos meios de produção perdeu todo osignificado e que a propriedade privada dos meios de produção deixou de ser considerado um

elemento fundamental do sistema capitalista dos países industrializados do ocidente e de que passou por uma mudança fundamental vai ser acompanhado ao longo do texto.a) O µcapitalismo popular¶ 

O capitalismo passou por uma mudança fundamental por meio da difusão da propriedadeacionista, a democratização do capital que foi resultado da emissão de ações adquiridas por abundantemente pelas pessoas. Dessa forma criou-se o capitalismo popular que tinha comoobjetivo nivelar as classes e proporcionar uma µpaz social¶, espalhando as sociedadesanônimas e a dispersão de ações.

b) A µrevolução dos gerentes¶ A revolução dos managers ou revolução dos gerentes tem sido um caminho que tem

  percorrido para concluir a irrelevância da problemática da propriedade dos meios de produção.Os defensores desta tese (Keynes, Adolf Berle e Gardiner Means, James Burnham e J. K.Galbraith) procuraram explorar o desenvolvimento tecnológico e exigências crescentes aonível da organização e da gestão das empresas com intuito de mostrar a contradição do

 proprietário individual em querer ter controle das informações necessárias acerca de questõesvoltadas para a empresa, é a partir daí que se explica a importância dos managers e oencerramento da antiga propriedade. Esses dirigiriam as empresas e atuavam com uma lógicadiferente dos proprietários-capitalista-diretor do século XIX. A finalidade dos managers, nãoestá relacionada à valorização do capital e maximização de lucros, mas com seus própriosfins, promover o crescimento da empresa, a dimensão de seu poder ( não só de seus acionistase gerentes, como também os interesses dos trabalhadores, do estado e do público em geral).c) O estatuto dos µmanagers¶ 

3.2. A existência de um setor público

3.3. A planificação nos países de economia capitalistaa) A µplanificação¶ ao nível das grandes empresas privadas

b) Os primórdios da planificação públicac) O significado da planificação indicativa

i. Planificação indicativa e planificação imperativaA planificação tornou-se uma prática nos países capitalistas, onde a questão da necessidade daintervenção estatal que foi deixada de lado como ela se processou no capitalismo no séculoXX. A partir daí passou a se denominar sistema planificado quando o estado atua como umrepresentante dos interesses da coletividade e organiza não só a vida econômica como toda

estrutura social. A prática da planificação ficou sendo associada à idéia de que a coletividade pode organizar projetos razoáveis e realistas a fim de promover o desenvolvimento, por meioda ação do estado, desde que haja um bom governo e se organize uma boa administração.Entende-se por   planificação indicativa que esta não pode estar associada à imposição no

  processo econômico. Em outras palavras, no sistema capitalista, a função do estado não éestabelecer suas idéias, nem tampouco colocar em prática os direitos que são derivados da

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¹. Estudante do 7º período do curso Bacharelado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco ± UFRPE; email para contato: [email protected]². Estudante do 7º período do curso Bacharelado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco ± UFRPE; email para contato: [email protected]: Lindalva Disciplina: Economia Política

 propriedade privada. Em contrapartida, o estado deve dispor de meios que possam influenciar o comportamento de grandes empresas privadas de modo a conseguir alcançar seus objetivos.Em relação aos países que são capitalistas e com planificação pública deverá trabalhar deacordo com os limites do próprio sistema.A planificação imperativa é considerada como um elemento essencial do socialismo, uma vez

que, expressa o caso onde a economia socialista não se desenvolve de um principal modo,antes é orientada e conduzida pela sociedade.Para o plano ser considerado imperativo, deve ser indispensável para todas as atividades de

 produção, além de disponibilizar os meios capazes de determinar o ritmo de crescimento e aorientação do desenvolvimento. É obrigatório todas as unidades cumprirem o plano (havendo

 punições para aqueles que descumprirem). No que se refere à planificação pública que é mostrada nos países de capitalistas não deveráser considerado um elemento de socialismo. De acordo com Pigou, economia socialista e

economia planificada não são uma e a mesma coisa, acrescentando: ³Há várias espécies  possíveis de economia planificada. Podemos, por exemplo, imaginar um pequeno grupoaristocrático que domine uma comunidade de escravos e planifique a indústria do paísexclusivamente no seu próprio interesse, sem em nada atender ao dos escravos. Ninguém

chamaria isso socialismo.4. Referências Bibliográficas