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Plano estadual de gestão de resíduos sólidos - Rio Grande do Norte
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NATAL/RN
ESTUDOS DE REGIONALIZAO DA GESTO INTEGRADA DE RESDUOS
SLIDOS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE E ELABORAO DO PLANO
REGIONAL DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS ESTADUAL
Erradicar Lixes, Compromisso do RN
RELATRIO SNTESE
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
PLANO ESTADUAL DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS
ESTUDOS DE REGIONALIZAO DA GESTO INTEGRADA DE
RESDUOS SLIDOS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE E ELABORAO DO PLANO REGIONAL DE GESTO INTEGRADA
DE RESDUOS SLIDOS ESTADUAL
PLANO ESTADUAL DE GESTO
INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS -
PEGIRS/RN
Relatrio Sntese - PEGIRS
NATAL/RN
Janeiro/2012
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE ROSALBA CIARLINI
GOVERNADOR
SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS HDRICOS SEMARH/RN
SECRETRIO ANTONIO GILBERTO DE OLIVEIRA JALES
ASSESSORA TCNICA/SEMARH JENI MELO DE MORAES
JULIANA MARIA DUARTE UBARANA
CONSULTORES DO PEGIRS
Srgio Bezerra Pinheiro COORDENADOR GERAL
Emlia Margareth de Melo Silva COORDENADORA DOS ESTUDOS SNIOR 1 - Engenheira Sanitarista
Jos Luciano Arajo de Lacerda
SNIOR 2 - Engenheiro Qumico
Glauber Nbrega da Silva SNIOR 4 - Tcnico em Banco de Dados
Cristiane Fernandes Freire Duarte
JNIOR 1 - Arquiteta
Edgar Gouveia Neto JNIOR 2 - Bilogo
Andrezza Tavares de Queiroz JNIOR 3 - Advogada Jnior
Maria Gabriela de Lacerda Fernandes Melita
ADVOGADA
Maria Wagna de Arajo Dantas
ECONOMISTA
Sheila da Costa Azevedo Silva ASSISTENTE SOCIAL
Wagner Luiz Alves da Silva
EDUCADOR AMBIENTAL Gegrafo
Osvaldo da Costa TCNICO DE NVEL MDIO 1 - Tcnico
em Saneamento
Luzimar Pereira da Costa TCNICO DE NVEL MDIO 2 - Tecnloga
em Meio Ambiente
Robson Garcia da Silva TCNICO EM GEOPROCESSAMENTO -
Tecnlogo em Gesto Ambiental
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
R382 Relatrio Sntese Plano Estadual de Gesto Integrada de Resduos Slidos do Rio Grande do Norte - PEGIRS/ RN Natal (RN): Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hdricos - SEMARH, 2012. 158p. Estudos de Regionalizao da Gesto Integrada de Resduos Slidos do Estado do Rio Grande do Norte e Elaborao do Plano Regional de Gesto Integrada de Resduos Slidos Estadual. Possui anexos. 1. Resduos slidos - Relatrio. 2. Plano Regional de Gesto Integrada de resduos Slidos do Estado do Rio Grande do Norte . I. Ttulo. 2011/ 03 CDU 628.4
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
SUMRIO
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................... 6
LISTA DE QUADROS ................................................................................................. 9
LISTA DE TABELAS ................................................................................................ 10
APRESENTAO .................................................................................................... 11
1. INTRODUO ...................................................................................................... 13 2. BREVE HISTRICO SOBRE A GESTO DOS RESDUOS SLIDOS NO
ESTADO ............................................................................................................. 15 3. BASES REFERENCIAIS DO PLANO .................................................................. 20 3.1 CONCEITOS E DEFINIES ............................................................................. 20 3.2 FUNDAMENTAO METODOLGICA DO PLANO .......................................... 23 4. AES ESTRATGICAS DO PLANO ................................................................. 27 4.1 CONSOLIDAO DAS INFORMAES MUNICIPAIS E REGIONAIS ............. 27 4.2 GEORREFERENCIAMENTO DAS REAS DE LIXES .................................... 27 4.3 NDICE DE QUALIDADE DOS ATERROS DE RESDUOS IQR. ..................... 28 4.4 CARACTERIZAO DE RESDUOS SLIDOS ................................................. 30 4.5 LEVANTAMENTO DE DADOS SOBRE PROGRAMAS DE COLETA SELETIVA
NO RN ................................................................................................................ 35 4.6 CAPACITAO DOS GESTORES (MULTIPLICADORES) ................................ 37 4.7 CONSTRUO DO BANCO DE DADOS DA SITUAO DE RESDUOS
SLIDOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE .................................... 38 4.8 INVENTRIO DE UNIDADES DE PROCESSAMENTO DE RESDUOS
SLIDOS URBANOS DO RIO GRANDE DO NORTE ....................................... 39 4.9 AS METAS A SEREM ATINGIDAS PELO PLANO ............................................. 40 5. DIAGNSTICO DE MANEJO DE RESDUOS SLIDOS NO RN ........................ 41 5.1 PRODUO DE RESDUOS NO RN ................................................................ 41 5.2 GESTO DE SERVIO DE LIMPEZA PBLICA ............................................... 45 5.3 COLETA DE RESDUOS PBLICOS E DOMICILIARES .................................. 47 5.4 UNIDADES DE TRIAGEM ................................................................................. 49 5.5 REAS DE DISPOSIO FINAL DE RESDUOS ............................................. 50 6. CONSTRUO DO MODELO DE GESTO DE RESDUOS SLIDOS PARA O
RN ......................................................................................................................... 56 6.1 REALIZAO DE EVENTOS ............................................................................. 56 6.2 BASES DA CONSTRUO DO MODELO DE GESTO ................................... 59 6.3 A PROPOSTA FINAL DE REGIONALIZAO ESTADUAL PARA A GESTO
INTEGRADA DE RESDUOS ............................................................................. 60
6.4 ESTRUTURAS E EQUIPAMENTOS INTEGRANTES AO MODELO DE GESTO ........ 63 6.5 SISTEMAS OPERACIONAIS ALTERNATIVAS DE CENRIOS
OPERACIONAIS NA GESTO DE RESDUOS ................................................. 78 7. A VIABILIDADE ECONMICA, AMBIENTAL, SOCIAL, JURDICO-INSTITUCIONAL DAS PROPOSIES ................................................................... 83 7.1 AS PROPOSIES DAS AES ...................................................................... 83 7.2 VIABILIDADE ECONMICA ............................................................................... 89 7.3 VIABILIDADE AMBIENTAL ................................................................................. 97 7.4 VIABILIDADE SOCIAL ...................................................................................... 108 7.5 VIABILIDADE JURDICO-INSTITUCIONAL ...................................................... 117
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
8. FATORES QUE INFLUENCIAM NO PROGNSTICO ....................................... 122 8.1 DESENVOLVIMENTO DO RN .......................................................................... 122 8.2 PROJEO POPULACIONAL NO RN ............................................................. 123 8.3 GERAO DE RESDUOS ............................................................................... 125 8.4 POTENCIALIDADES ECONMICAS ............................................................... 128 9. IMPLANTAO DE CONSRCIOS PBLICOS REGIONAIS PARA GESTO E
MANEJO DE RESDUOS SLIDOS .................................................................. 131 9.1 A CONSTITUIO DO CONSRCIO PBLICO .............................................. 131
9.2 CRIAO DO 1 CONSRCIO PBLICO DE RESDUOS SLIDOS DO RN ....................................................................................................................... 133
9.3 PROPOSTA DE CONSRCIO PBLICO PARA O RN .................................... 136 10. BANCO DE DADOS - FERRAMENTA INTERATIVA DO PEGIRS .................. 139 10.1 PLANEJAMENTO DO BANCO DE DADOS .................................................... 139 10.2 DESENVOLVIMENTO DE BANCO DE DADOS ALIADO A SISTEMA DE
INFORMAES GEOGRFICAS .................................................................. 141 10.3 ACESSO AO BANCO DE DADOS .................................................................. 143 10.4 ANLISE METODOLGICA ........................................................................... 145 11. ANLISE E CONSOLIDAO DO PEGRIS .................................................... 147 11.1 DISCUSSES E RESULTADOS DAS OFICINAS DE TRABALHO ................ 147 11.2 SEMINRIOS DE CONSOLIDAO .............................................................. 149 11.3 CONSOLIDAO DO PLANO DE REGIONALIZAO ................................. 152 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................... 157 PERFIL ACADMICO DOS CONSULTORES ....................................................... 158 ANEXOS ................................................................................................................... A1
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
LISTA DE FIGURAS
Figura 4.1A: Caracterizao em Monte Alegre ..................................................................... 31 Figura 4.1B: Caracterizao em Upanema .......................................................................... 31 Figura 4.1C: Caracterizao em Nsia Floresta .................................................................... 32 Figura 4.1D: Caracterizao em Areia Branca ..................................................................... 32 Figura 4.2: Composio Gravimtrica dos resduos do municpio de Natal .......................... 34 Figura 4.3: Composio Gravimtrica dos resduos slidos do Rio Grande do Norte........... 34 Figura 4.4: Mapa dos municpios que executam o Programa de Coleta seletiva .................. 35 Figura 4.5A: Entrevista no municpio de Patu ...................................................................... 36 Figura 4.5B: Entrevista no municpio de Assu ...................................................................... 36 Figura 4.6: Mapa de localizao da rea de disposio de resduos no municpio de
Tangar ........................................................................................................... 40 Figura 5.1: Mapa da diviso de municpios do Rio Grande do Norte .................................... 42 Figura 5.2: Variao da produo per capita de resduos no RN ......................................... 42 Figura 5.3: Relao entre populao e custos dos servios de limpeza ............................... 43 Figura 5.4: Mapa da distribuio per capita de resduos no Rio Grande do Norte ................ 44 Figura 5.5: Forma de execuo dos servios de limpeza no Rio Grande do Norte .............. 46 Figura 5.6: Concesso dos servios de limpeza pblica no Rio Grande do Norte ................ 46 Figura 5.7: Veculos utilizados na coleta de resduos no Rio Grande do Norte .................... 48 Figura 5.8: Frequncia de coleta de resduos no Rio Grande do Norte ................................ 48 Figura 5.9: Dados sobre a coleta seletiva nos municpios do Rio Grande do Norte ............. 49 Figura 5.10: Resduos domiciliares dispostos em aterros sanitrios no Rio Grande do
Norte ............................................................................................................... 51 Figura 5.11: Recobrimento das reas de disposio final resduos no Rio Grande do Norte 52 Figura 5.12: Capina nas ruas em Natal ................................................................................ 53 Figura 5.13 Varrio de logradouros em Assu ..................................................................... 53 Figura 5.14: Limpeza de feira em Joo Cmara ................................................................... 53 Figura 5.15: Coleta domiciliar na praia em Galinhos ............................................................ 53 Figura 5.16: Pintura de meio-fio em Natal ............................................................................ 53 Figura 5.17: Coleta domiciliar em Natal ............................................................................... 53 Figura 5.18: Limpeza em Alto do Rodrigues ........................................................................ 53 Figura 5.19: Veculo coletor em Mossor ............................................................................. 53 Figura 5.20: Limpeza de sarjetas em Rio do Fogo ............................................................... 54 Figura 5.21: Limpeza de entulho em Macaba ..................................................................... 54 Figura 5.22: Trator com reboque em Cruzeta ...................................................................... 54 Figura 5.23: Caminho coletor podas em Macaba .............................................................. 54 Figura 5.24: Roadeira costal em Natal ............................................................................... 54 Figura 5.25: Descarga no lixo em So Tom ..................................................................... 54 Figura 5.26: Unidade de triagem em construo-Rafael Godeiro ......................................... 54 Figura 5.27: Estao Transbordo em Macaba..................................................................... 54 Figura 5.28: Lixo em Areia Branca ..................................................................................... 55 Figura 5.29: Lixo em Assu.................................................................................................. 55 Figura 5.30: Lixo em Caic ................................................................................................ 55 Figura 5.31: Lixo em Pau dos Ferros ................................................................................. 55 Figura 5.32: Lixo em Joo Cmara .................................................................................... 55 Figura 5.33: Lixo em Santa Cruz ........................................................................................ 55 Figura 5.34: Lixo em Carnaubais ....................................................................................... 55 Figura 5.35: Lixo em So Jos de Campestre .................................................................... 55 Figura 6.1A: Apresentao em Natal ................................................................................... 56 Figura 6.1B: Divulgao em Caic ....................................................................................... 56 Figura 6.2A: Capacitao em Assu ...................................................................................... 59 Figura 6.2B: Capacitao em Caic ..................................................................................... 59 Figura 6.3: Esquema demonstrativo dos elementos fundamentais ao Modelo de Gesto .... 60
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
Figura 6.4: Proposta de Cenrio para Regionalizao da Gesto Integrada dos Resduos Slidos no RN .................................................................................................... 61
Figura 6.5: Mapa de Regionalizao para a formao de Consrcios de Resduos Slidos/Saneamento no RN ............................................................................ 63
Figura 6.6: Esquema da estrutura de uma clula no aterro sanitrio .................................... 65 Figura 6.7: Modelo do Aterro Sanitrio Regional - ASR proposto ......................................... 66 Figura 6.8: Corte da construo do Aterro Sanitrio Regional - ASR proposto .................... 67 Figura 6.9: Modelo do organograma operacional proposto para o Aterro Sanitrio Regional68 Figura 6.10A: Viso geral - ETS ........................................................................................... 70 Figura 6.10B: Detalhe cerca, guarita e rampa - ETS ........................................................... 70 Figura 6.10C: Modelo de Estao de Transferncia Simplificada ETS .............................. 70 Figura 6.11A: Viso da rampa - ETD ................................................................................... 71 Figura 6.11B: Detalhe guarita e balana - ETD .................................................................... 71 Figura 6.11C: Modelo de Estao de Transferncia Dupla - ETD ........................................ 71 Figura 6.12: Caminho basculante, exposio em concessionria ...................................... 73 Figura 6.13: Retroescavadeira, exposio em concessionria ............................................. 73 Figura 6.14: Exposio em concessionria de cavalos mecnicos (carretas) ...................... 73 Figura 6.15: Desenhos de caminhes Roll-on Roll-of (Simples e Duplo).............................. 75 Figura 6.16A: Modelo de Central de Triagem ....................................................................... 76 Figura 6.16B: Galpo de Triagem da Coleta Seletiva........................................................... 77 Figura 6.16C: Prdio Anexo de apoio ao galpo .................................................................. 77 Figura 6.17: Cenrio Operacional 1 da Regionalizao do Serid ....................................... 80 Figura 6.18: Cenrio Operacional 2 da Regionalizao do Serid ....................................... 82 Figura 7.1: Custo para implantao dos aterros sanitrios ................................................... 92 Figura 7.2: Situao dos municpios quanto presena de ADRS ..................................... 100 Figura 7.3: Situao dos municpios quanto quantidade de lixes .................................. 101 Figura 7.4: Lixo em Lagoa Nova (Lagoa sangria) ............................................................ 101 Figura 7.5: Lixo em Santa Cruz ........................................................................................ 101 Figura 7.6: Riacho a 200m do lixo-Bod .......................................................................... 101
-Serra de So Bento .............................................. 101 Figura 7.8A: Fachada do ASCM ........................................................................................ 105 Figura 7.8B: Balana do ASCM ......................................................................................... 105 Figura 7.8C: Lagoa de Tratamento Percolado ................................................................... 106 Figura 7.8D: Operao na Clula ....................................................................................... 106 Figura 7.8E: Aterro Sanitrio da Cidade de Mossor - ASCM ............................................ 106 Figura 7.9A: Prtico de entrada do ASMN ......................................................................... 106 Figura 7.9B: Operao no ASMN ....................................................................................... 106 Figura 7.9C: ET de Percolado no ASMN ............................................................................ 107 Figura 7.9D: Viso da clula do ASMN .............................................................................. 107 Figura 7.9E: Vista area do Aterro Sanitrio Metropolitano de Natal ASMN ................... 107 Figura 7.10: Catador no lixo em Maxaranguape ............................................................... 114 Figura 7.11: Catador nas ruas de Macaba ........................................................................ 114 Figura 7.12: Catador no lixo em Severiano Melo .............................................................. 114 Figura 7.13: Catador no lixo em Tangar ......................................................................... 114 Figura 7.14: Catador no lixo em So Joo do Sabugi ...................................................... 115 Figura 7.15: Catadores no lixo em Lagoa Nova ............................................................... 115 Figura 7.16: Associao de catadores em Areia Branca .................................................... 115 Figura 7.17: Catador Severino Junior ASCAMAR-Natal com o ento presidente Lula ....... 115 Figura 7.18: Coleta Seletiva- Dix-Sept Rosado .................................................................. 116 Figura 7.19: Coleta Seletiva- Areia Branca ........................................................................ 116 Figura 7.20: Coleta Seletiva- Carnaubais ........................................................................... 116 Figura 7.21: Coleta Seletiva- Taboleiro Grande ................................................................. 116 Figura 7.22: Coleta Seletiva- Mossor ............................................................................... 116 Figura 7.23: Coleta Seletiva- Macau .................................................................................. 116 Figura 7.24: Coleta Seletiva- Lucrecia ............................................................................... 117
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
Figura 7.25 Coleta Seletiva - Ars...................................................................................... 117 Figura 7.26A: Coleta Seletiva- Natal .................................................................................. 117 Figura 7.26B: Coleta Seletiva- Natal .................................................................................. 117 Figura 7.27: Fluxograma de instrumentos de cooperao no Consrcio ............................ 120 Figura 8.1: Produo estimada de resduos slidos ano 2009 ........................................ 127 Figura 8.2: Unidade de Triagem nunca funcionou-Bento Fernandes .................................. 129 Figura 8.3: Unidade de Triagem destruda - Jardim de Piranhas ....................................... 129 Figura 8.4: Papelo estocado p/ comercializar-Macaba .................................................... 129 Figura 8.5: Plstico separado - Macaba ............................................................................ 129 Figura 8.6: Pet e Latinhas enfardados- Macau ................................................................... 130 Figura 8.7: Pequena compostagem da Matria Orgnica-Macaba .................................... 130 Figura 9.1: Apresentao na Cmara Municipal de So Jos do Serid ............................ 134 Figura 9.2: Cmara Municipal de Carnaba dos Dantas .................................................... 134 Figura 9.3A: Assinatura do Protocolo de Intenes- Serid ............................................... 134 Figura 9.3B: Assinatura do Protocolo de Intenes- Serid ............................................... 134 Figura 9.3C: Assinatura do Protocolo de Intenes- Serid ............................................... 134 Figura 9.3D: Assinatura do Protocolo de Intenes- Serid ............................................... 134 Figura 9.4A: Protocolo de Intenes- Vale do Ass ........................................................... 137 Figura 9.4B: Assinatura do Protocolo de Intenes- Vale do Ass ..................................... 137 Figura 9.4C: Assinatura do Protocolo de Intenes- Vale do Ass ..................................... 138 Figura 9.4D: Assinatura do Protocolo de Intenes- Vale do Ass ..................................... 138 Figura 10.1: Interaes presentes no SIG .......................................................................... 141 Figura 10.2: Metodologia tradicional de desenvolvimento de SIG ...................................... 142 Figura 10.3A: Apresentao do Site PEGIRS .................................................................... 144 Figura 10.3B: Apresentao do Site PEGIRS .................................................................... 144 Figura 10.4A: Pgina principal do site do PEGIRS/RN ....................................................... 144 Figura 10.4B: Navegao na pgina do site do PEGIRS/RN ............................................. 145 Figura 10.4C: Acesso a galeria de fotos na pgina do PEGIRS/RN ................................... 145 Figura 11.1A: Oficina em Pau dos Ferros .......................................................................... 148 Figura 11.1B: Oficina em Santa Cruz ................................................................................. 148 Figura 11.1C: Oficina em Natal .......................................................................................... 148 Figura 11.1D: Oficina em Joo Cmara ............................................................................. 148 Figura 11.2A: Seminrio em Ass ...................................................................................... 150 Figura 11.2B: Seminrio em Joo Cmara ........................................................................ 150 Figura 11.2C: Seminrio em Pau dos Ferros ..................................................................... 151 Figura 11.2D: Seminrio em Santa Cruz ............................................................................ 151 Figura 11.2E: Seminrio em Natal ..................................................................................... 151 Figura 11.2F: Seminrio em Natal...................................................................................... 151
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
LISTA DE QUADROS
Quadro 4.1: Enquadramento do resultado do IQR ............................................................... 29 Quadro 4.2: Dados sobre os Programas de Coleta Seletiva no RN ..................................... 36 Quadro 4.3: Estrutura bsica de formao do Banco de Dados ........................................... 38 Quadro 6.1: Agrupamento Territorial proposto pelo PEGIRS/RN ......................................... 61 Quadro 6.2: Quantidade das estruturas e os municpios propostos no Cenrio Operacional
1- Serid .......................................................................................................... 79 Quadro 6.3: Quantidade das estruturas e os municpios propostos no Cenrio Operacional
2- Serid .......................................................................................................... 81 Quadro 7.1: Planejamento e prazos estimados para a realizao das aes ....................... 84 Quadro 7.2: 5 Cenrio de Regionalizao Modelo Cenrio Ideal para o RN .................... 86 Quadro 7.3: Dados sobre as reas com a Gesto de Resduos consolidadas no RN .......... 87 Quadro 7.4 - Prazos para a implantao das aes e hierarquizao das demandas.......... 88 Quadro 7.5: Ao de macro vetores presente nos resduos ................................................. 98 Quadro 7.6: Ao de micro vetores presente nos resduos .................................................. 99 Quadro 7.7: Critrios para a Priorizao das reas para Instalao de Aterro Sanitrio (Fase
de Pr-Seleo de rea) ............................................................................. 104 Quadro 7.8: Aterros Sanitrios x Lixes ............................................................................. 104 Quadro 8.1: Variao da produo per capita por regionalizao ...................................... 128 Quadro 9.1: Ratificao do protocolo de intenes nos municpios da regio Serid ......... 137 Quadro 9.2: Consrcios previstos no estudo de Regionalizao do PEGIRS/RN .............. 138 Quadro 11.1: Temas abordados nas Oficinas de Trabalho do PEGIRS ............................. 148 Quadro 11.2: Temas abordados nos Seminrios de Validao das Propostas do
PEGIRS ......................................................................................................... 151
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
LISTA DE TABELAS
Tabela 4.1: Nmero de municpios selecionados por regionalizao para caracterizao ... 33 Tabela 7.1: Custo de operao e manuteno por aterro sanitrio para o modelo de gesto
de Resduos Slidos do RN. .............................................................................. 94 Tabela 7.2: Custos de implantao e de operao de estaes de transferncia ................ 95 Tabela 7.3: Avaliao de custos de pessoal e equipamentos pesados ................................ 95 Tabela 7.4: Descrio de equipamento de transporte de resduos ....................................... 95 Tabela 7.5: Custo de projetos de diversos equipamentos para a regio do Serid e Vale do
Ass. ............................................................................................................... 96 Tabela 7.6: Custo estimado para o encerramento dos lixes na regio do Serid e no Vale
do Ass .............................................................................................................. 96 Tabela 7.7: Quantidade de catadores (classificados pelo sexo) que responderam o
Questionrio de Entrevista por municpio ......................................................... 110 Tabela 7.8: Representatividade da faixa etria dos catadores entrevistados pelo sexo .. 111 Tabela 8.1: Estimativa da produo mdia anual de RSU da populao flutuante no RN .. 124 Tabela 8.2: Projeo populacional por regionalizao (2010-2020-2030) .......................... 125 Tabela 8.3: Estimativa de Cobertura do servio de coleta de resduos .............................. 126 Tabela 8.4: Projeo dos Resduos Slidos do RN Intervalo de 5 anos .......................... 127 Tabela 8.5: Projeo de materiais reciclveis no Rio Grande do Norte em termos
percentuais ...................................................................................................... 129
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
11
APRESENTAO
Este documento tem por finalidade apresentar o Relatrio Sntese do
PEGIRS/RN em sua verso final, o qual expe em seu contexto a compactao das
informaes contidas nos 11 relatrios produtos que foram elaborados no decorrer
do desenvolvimento das atividades do Plano de Resduos. Os assuntos aqui
abordados so decorrentes do perodo de atividades desempenhadas pelos
consultores que atuaram na elaborao dos Estudos de Regionalizao da Gesto
Integrada de Resduos Slidos do Estado do Rio Grande do Norte e Elaborao do
Plano Regional de Gesto Integrada de Resduos Slidos Estadual, que integra o
Plano Estadual de Resduos Slidos do Estado do Rio Grande do Norte.
Para tal realizao, o Governo do Estado, atravs da Secretaria do Meio
Ambiente e dos Recursos Hdricos SEMARH, constituiu uma parceria com o
Ministrio do Meio Ambiente e estabeleceu a implementao do Plano Estadual de
Gesto Integrada de Resduos Slidos do Estado do Rio Grande do Norte
PEGIRS/RN. O referido Plano foi desenvolvido em conformidade com diretrizes da
Lei n 11.107, de 06 de abril de 2005, que dispe sobre a gesto associada de
Servios Pblicos, Consrcios Pblicos, Convnios de Cooperao e Contratos de
Programa.
Baseado nos Relatrios Produtos elaborados, no decorrer das atividades do
Plano, este documento busca expressar de maneira clara e objetiva sobre os
seguintes temas integrados ao Plano: O diagnstico de manejo de resduos slidos
no RN; O modelo de gesto de resduos slidos para o RN; As viabilidades
econmica, ambiental, social, jurdico-institucional das proposies; Os fatores que
influenciam no prognstico; A implantao efetiva de consrcios pblicos regionais
para gesto e manejo de resduos slidos; O banco de dados do PEGIRS, e
finalizando, tece comentrios sobre a Anlise e consolidao do PEGIRS. Abaixo se
encontram relacionados os Relatrios Produtos elaborados pelo plano:
Produto 1 - Elaborao do material tcnico de apoio e mobilizao dos atores locais e regionais.
Produto 2 - Levantamento de dados secundrios necessrios elaborao da proposta de regionalizao.
Produto 3 - Definio de critrios, construo de cenrios e definio de metodologia para a escolha do cenrio ideal do novo modelo de gesto integrada e regionalizada.
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
12
Produto 4 - Relatrio da Proposta de Regionalizao estadual para a gesto integrada de resduos.
Produto 5 - Relatrio do Diagnstico.
Produto 6 - Construo/melhoria e implementao do sistema de informaes estadual sobre resduos slidos.
Produto 7 - Relatrio de Prognstico.
Produto 8 - Estudos de viabilidade econmica, ambiental, social, jurdico-institucional das proposies.
Produto 9 - Anlise dos resultados das oficinas e consolidao do PEGIRS.
Produto 10 - Criao das condies tcnico-jurdicos para a implantao do consrcio pblico modelo.
Produto 11 - Inventrio de Unidades de Processamento de Resduos Slidos Urbanos do RN.
Este ltimo uma produo exclusiva da equipe de consultores, por achar
necessria e importante ferramenta para a divulgao e conhecimento das reas de
disposio final de resduos no Estado do Rio Grande do Norte. Alm disso, o
PEGIRS/RN elaborou o relatrio 5.3 que trata do ndice de Qualidade de Aterros de
Resduos IQR, parte integrante do relatrio Produto 5.
Por fim, este estudo apresenta de forma pioneira, para o Estado do Rio
Grande do Norte, um retrato completo da situao da gesto e do manejo dos
resduos slidos, que surge na busca do seu propsito central que Erradicar os
lixes do RN, podendo ser utilizada como ferramenta de consulta acessvel aos
gestores municipais, bem como aos estudiosos na rea, e a sociedade em geral.
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
13
1 INTRODUO
Os resduos slidos constituem-se um dos maiores problemas da
atualidade. sabido que a produo de resduos slidos est condicionada as
atividades do homem e dentre outros fatores ao seu poder de consumo. Entretanto,
com a introduo de produtos cada vez mais industrializados passam a ser cada
vez mais prejudiciais ao meio ambiente, e as solues para os problemas do
manejo dos resduos slidos urbanos exigem a adoo de tecnologias adequadas
que so definidas por informaes tcnicas consistentes.
A questo dos resduos slidos urbanos, mesmo se tratando de um servio
de responsabilidade direta das administraes municipais, apresenta um quadro
preocupante, onde os lixes permeiam todas as regies do Estado do Rio Grande
do Norte, ocorrendo indiscriminadamente o lanamento dos resduos a cu aberto, a
queima, a presena de vetores e animais, alm da existncia de catadores.
A implementao do Plano de Regionalizao da Gesto Integrada de
Resduos Slidos do Estado do Rio Grande do Norte e Elaborao do Plano
Estadual de Gesto Integrada de Resduos Slidos est alicerada em dois
princpios bsicos: a construo das aes de forma participativa com os municpios
e o compartilhamento das solues, a partir da formao de consrcios
intermunicipais que se integram um a um, formando mosaicos associativos de
municpios buscando alcanar todo o Estado.
A ideia bsica que o Plano seja desenvolvido de acordo com as diretrizes
da Lei n 11.107, de 6 de abril de 2005, que dispes sobre a gesto associada de
Servios Pblicos Consrcios Pblicos, Convnios de Cooperao e Contratos de
Programa, a Lei n 11.445 de 5 de janeiro de 2007, que trata do Marco Regulatrio
para o Saneamento Ambiental e estabelece diretrizes nacionais para o setor e do
ento, Projeto de Lei n 1991/2007, atual Lei n12.305 de 12 de agosto de 2010 que
instituiu a Poltica Nacional de Resduos Slidos.
Para a SEMARH estratgico para enfrentamento do problema que o
Estado participe ativamente das aes voltadas para resolver a questo, mesmo
no sendo ele o responsvel pela execuo dos servios a nvel local, mas
funcionando como elemento articulador e catalisador da montagem de arranjos
entre os entes municipais, de forma a permitir a capacitao, o compartilhamento e
a formao de consrcios entre os mesmos.
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
14
O Plano de Regionalizao da Gesto Integrada de Resduos Slidos do
Estado do Rio Grande do Norte e Elaborao do Plano Estadual de Gesto
Integrada de Resduos Slidos contribuir para o equacionamento dessa questo,
atravs do ordenamento de procedimentos que contribuam para uma melhoria no
gerenciamento da limpeza urbana, implementao de mecanismos financeiramente
compensatrios, compartilhamento de aes entre municpios, construo de
consrcios intermunicipais, insero social dos atuais catadores, a proposio de
incentivos tributrios em atividades voltadas para reciclagem e produo mais limpa
e para os municpios que implementem polticas ambientalmente adequadas.
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
15
2. BREVE HISTRICO SOBRE A GESTO DOS RESDUOS SLIDOS NO
ESTADO
O primeiro estudo a esboar uma radiografia da gesto dos resduos no
Estado do Rio Grande do Norte foi o Diagnstico de Resduos Slidos do IDEMA
(2002). Naquele momento, os resultados apontaram que o destino final de resduos
urbanos, em 87,50% dos municpios do Estado, era operado diretamente pelas
prefeituras e em apenas 12,50%, realizado por empresas privadas, em terrenos de
responsabilidade do poder pblico municipal. Em 95,26% dos casos, os resduos
eram destinados aos lixes a cu aberto, em apenas 2,84% a unidades de triagem,
0,71% para estao de compostagem, 1,15% para aterro controlado e 0,04% eram
lanados em crregos e rios. Este era o triste quadro registrado no Estado naquela
ocasio.
Decorrido apenas um ano, pode-se afirmar que um pequeno avano
ocorreu, precisamente a partir do ano de 2003, quando o municpio de Tibau do Sul
implantou um aterro controlado, que at ento, s existia em operao no municpio
de Areia Branca. Esse ltimo aterro constitua-se no nico em condies
satisfatrias de operao, dentre mais de uma dezena construdos pela
PETROBRAS, em parceria com os municpios das reas em que ocorre explorao
de petrleo e gs natural, uma vez que todos os demais voltaram a ser lixes.
Ento, em 24 de julho de 2004, atravs de um Convnio entre os municpios
de Natal e Cear-Mirim foi implantado o aterro sanitrio metropolitano de Natal,
tendo naquele momento inaugurado a sua 1 clula com a deposio dos resduos
provenientes do municpio onde o mesmo est inserido. Trata-se de uma concesso
pblica desenvolvida pelo municpio de Natal, que por no dispor de rea para
implantao de um aterro, desenvolveu entendimentos com a municipalidade
adjacente, com o estabelecimento de algumas contrapartidas tais como: pagamento
de taxa ambiental por tonelada depositada; ISS a ser recolhido no municpio de
Cear-Mirim; Iseno de custos para o municpio de Cear-Mirim para depositar os
resduos no aterro sanitrio. A concessionria que opera o aterro sanitrio a
empresa BRASECO S/A. A mesma foi responsvel pela implantao, e tem a
concesso para oper-lo durante 20 anos.
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
16
Ademais, existe um Convnio, entre as prefeituras de Natal e Parnamirim,
para que a segunda transfira recursos para destinao final de seus resduos no
Aterro Sanitrio Metropolitano de Natal. Alm de receber os resduos dos
municpios de Natal, Cear Mirim e Parnamirim, atualmente este aterro recebe
tambm, os resduos oriundos dos municpios de Ielmo Marinho, So Gonalo do
Amarante, Extremoz, Rio do Fogo e Macaba. Destaca-se que este ltimo possui
uma estao de transferncia de resduos.
A implantao deste aterro possibilitou o fechamento do lixo no bairro de
Cidade Nova, a construo da unidade de carregamento (Estao de transbordo) no
mesmo local e o encaminhamento em conjunto do lixo de Natal e Parnamirim em
carretas com capacidade de 30 toneladas. Destaca-se que no caso do municpio de
Natal, verifica-se que com a implantao do Aterro Sanitrio Metropolitano de Natal
e o fechamento do lixo supracitado, grande benefcios foram proporcionados,
principalmente, no sentido ambiental, bem como na segurana a sade daqueles
que lidam diretamente com os resduos.
O crescimento da ocupao urbana na regio metropolitana, a inter-relao
entre os municpios do ponto de vista econmico, social e ambiental, apresentam-se
como elementos que extrapolam os mecanismos de regulao e controle
meramente locais, passando necessariamente para uma discusso em escala
regional, direcionando para que as entidades municipais superem as questes que
impedem a busca de solues integradas para as questes ligadas aos resduos
slidos urbanos, respeitando a autonomia de cada municpio, de acordo com os
incisos I e V do art. 30 da Constituio Federal que estabelecem como atribuio
municipal legislar sobre assuntos de interesse local, especialmente quanto
organizao dos seus servios pblicos, como o caso da limpeza urbana.
A dificuldade de implantao de solues integradas para destinao final
dos resduos, atrelada impossibilidade de alguns municpios de possuir dentro dos
seus limites reas de disposio dos resduos domiciliares, direciona para
necessidade de solues que estejam integradas, quer seja entre alguns municpios
ou no mbito geral da regio. Foi exatamente dentro desse contexto que o
municpio de Natal, atravs de convnio com o de Cear-Mirim, assinou Convnio
em dezembro de 2003, que possibilitou a implantao do aterro sanitrio
metropolitano. O aterro tem condies de receber 1.300 toneladas de resduos por
dia, o que atende a demanda de toda regio metropolitana.
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
17
Alm do aterro sanitrio metropolitano de Natal, o Estado pde contar
naquela ocasio, durante algum tempo, com um aterro sanitrio no municpio de
Macau, que hoje apresenta caractersticas de lixo. E, atualmente conta tambm,
com o Aterro Sanitrio da Cidade de Mossor, o qual teve sua operao gerenciada
inicialmente pela prefeitura municipal, sendo neste momento operado pela empresa
SANEPAV.
Nos ltimos anos o poder pblico tem avanado nas questes voltadas para
a gesto dos resduos slidos urbanos. No Estado do Rio Grande do Norte,
especificamente, considera-se que a implantao do aterro sanitrio da Regio
Metropolitana de Natal, que j atende a oito municpios, alm da construo do
aterro de Mossor, contribui para o avano destes municpios no setor, contando
para isso, com a colaborao das administraes municipais na melhoria da
prestao dos servios. Por fim, pode-se dizer que com a implantao do Aterro
Sanitrio da Cidade de Mossor estima-se que cerca de 50% dos resduos em peso
gerados no Estado j possuem uma destinao adequada.
A estruturao de um modelo de regionalizao intermunicipal, para a
gesto integrada de resduos slidos no Estado do Rio Grande do Norte at a
realizao do presente Plano, nunca foi almejada como uma poltica estruturante
estadual. As iniciativas at ento desenvolvidas ocorreram de forma isolada,
notadamente motivada por demandas provocadas pelo grave quadro de disposio
de resduos em lixes at o ano de 2004 na Regio Metropolitana da capital do
Estado, o risco de interdio do Aeroporto Internacional Augusto Severo e a
inexistncia de reas para implantao de aterro sanitrio na cidade do Natal.
No mbito da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos
Hdricos - SEMARH, no ano de 2007, foi atribuda assessoria tcnica a funo
para desenvolvimento de uma proposta voltada para essa finalidade. Inicialmente foi
elaborado o primeiro esboo de regionalizao da gesto de resduos slidos,
atravs da montagem de um arranjo intermunicipal ainda incipiente, com a sua
estruturao fundamentada meramente nas relaes regionais, estrutura de
transporte (estradas interligando as sedes municipais) e distncia mxima do aterro
sanitrio ao centro de massa de coleta de 30 km. importante ressaltar que essa
proposio no envolveu a utilizao de estruturas de transporte, a discusso
intermunicipal, escala e estudos de sustentabilidade econmica.
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
18
Mesmo constituindo-se em um estudo meramente estimativo, a importncia
dessa primeira insero estadual na questo foi de demonstrar que a soluo para
enfrentar o problema passava obrigatoriamente pelo compartilhamento das aes,
notadamente em relao situao mais crtica que a destinao final dos
resduos e que os preceitos de Leis recentemente institudas como a Lei n
11.107/2005, que dispe sobre as normas gerais de contratao de consrcios
pblicos e d outras providncias e da Lei n11.445/2007, que estabelece diretrizes
nacionais para o saneamento bsico, criavam um novo arcabouo jurdico legal que
possibilitavam uma insero mais forte do Estado como catalisador junto aos
municpios de uma proposta segura do ponto de vista jurdico, ambiental e tcnico.
Paralelamente a estes fatores, o Ministrio do Meio Ambiente MMA, a partir da
Secretaria de Recursos Hdricos e Ambiente Urbano SRHU, estrutura o programa
de apoio aos estados para elaborao da regionalizao da gesto integrada de
resduos slidos e dos Planos Estaduais voltados para o setor.
No incio do ano de 2008, a SEMARH iniciou um trabalho de sensibilizao
junto aos municpios atendidos pelo Sistema Adutor do Alto Oeste, com o intuito de
construir um modelo de gesto para o sistema de abastecimento de gua que
visava atender a 26 municpios e mais de 60 comunidades rurais, que estivesse
integrado com a regionalizao para os resduos slidos urbanos, onde se passou a
constituir um consrcio de saneamento. Ao mesmo tempo, atravs de um pleito
conjunto da Associao dos Municpios do Serid Oriental AMSO e a Associao
dos Municpios do Serid AMS, a SEMARH passou a atuar na articulao para
formao de um consrcio intermunicipal na regio contando com 25 municpios.
Foram exatamente essas demandas oriundas da regio do Alto Oeste e do
Serid que levaram a SEMARH a propor um primeiro cenrio de regionalizao para
a gesto dos resduos slidos nessas regies. Para tanto, a partir da definio dos
municpios em escala regional, a equipe tcnica da Secretaria desenvolveu um
modelo de gesto integrada para as regies.
Nesse primeiro modelo proposto pela SEMARH as definies regionais
obedeciam:
a) A existncia do ordenamento j implantado na Regio Metropolitana de Natal,
onde naquele momento j existia um contrato de concesso de implantao e
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
19
explorao de um aterro sanitrio, celebrado entre o municpio de Natal e a
concessionria BRASECO;
b) A existncia de um convnio entre os municpios de Natal e Cear-Mirim para
implantao e operao de um aterro sanitrio no segundo municpio;
c) A existncia de um convnio entre os municpios de Natal e Parnamirim para
que o primeiro recepcione em sua unidade de transbordo, transporte e destine
os resduos do segundo at o aterro sanitrio de sua concesso;
d) A existncia de contratos entre a concessionria BRASECO e os municpios de
Macaba, Ielmo Marinho e Maxaranguape;
e) A existncia de um aterro sanitrio implantado e operado pela prefeitura
municipal de Mossor.
A partir, precisamente, da reunio dessas condies, na sua aceitao
como estruturas j efetivamente implantadas e aes de articulao em
desenvolvimento, que foi adotado como primeiro cenrio no presente Plano a
reunio dessas aes j implantadas ou em desenvolvimento no Estado,
constituindo-se no ponto de partida para que a equipe tcnica de consultores, a
partir dos estudos e conceitos desenvolvidos ao longo da elaborao dos diversos
produtos, pudesse desenvolver as proposies de novas alternativas.
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
20
3 BASES REFERENCIAIS DO PLANO
3.1 CONCEITOS E DEFINIES
Resduos Slidos:
Segundo a definio da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT),
resduos slidos so:
[...] resduos nos estados slidos e semi-slidos, que resultam de atividades da
comunicao de origem: industrial, domstica, comercial, agrcola, de servios
e de varrio. Ficam includos nesta definio os lodos provenientes dos
sistemas de tratamento de gua, aqueles gerados em equipamentos e
instalaes de controle de poluio, bem como determinados lquidos cujas
particularidades tornem invivel o lanamento na rede pblica de esgotos ou
corpos de gua, ou exijam para isso solues tcnica e economicamente
inviveis face melhor tecnologia prtica disponvel (ABNT 1987, p. 1-2).
A Lei n 12.305/2010 define resduos slidos como sendo: material,
substncia, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em
sociedade, a cuja destinao final se procede, se prope proceder ou se est
obrigado a proceder, no estado slido ou semi-slido, bem como gases contidos em
recipientes e lquidos cujas particularidades tornem invivel o seu lanamento na
gua, ou exijam para isso solues tcnicas
ou economicamente inviveis em face da melhor tecnologia disponvel.
Plano Estadual de Resduos Slidos
A elaborao de plano estadual de resduos slidos, nos termos previstos
por esta Lei, condio para os Estados terem acesso aos recursos da Unio ou
por ela controlados, destinados a empreendimentos e servios relacionados
gesto de resduos slidos, ou para serem beneficiados por incentivos ou
financiamentos de entidades federais de crdito ou fomento para tal finalidade (Lei
n 12.305/2010, art. 16).
Ainda de acordo com a mesma Lei, em seu art. 17, diz que o plano estadual
de resduos slidos ser elaborado para vigncia por prazo indeterminado,
abrangendo todo o territrio do Estado, com horizonte de atuao de 20 (vinte) anos
e revises a cada 4 (quatro) anos, e tendo como contedo mnimo as medidas para
incentivar e viabilizar a gesto consorciada ou compartilhada dos resduos slidos,
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
21
as diretrizes para o planejamento e demais atividades de gesto de resduos slidos
de regies metropolitanas, aglomeraes urbanas e microrregies, normas e
diretrizes para a disposio final de rejeitos e, quando couber, de resduos,
respeitadas as disposies estabelecidas em mbito nacional, dentre outros
aspectos.
Gesto Integrada de Resduos Slidos:
A gesto integrada de resduos slidos pode ser entendida como um
conjunto de aes voltadas para a busca de solues para os resduos slidos, de
forma a considerar as dimenses poltica, econmica, ambiental, cultural e social,
com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentvel (LEI n
12.305/2010. p1).
Consrcios Pblicos:
A Lei 11107/2005 dispe sobre normas gerais de contratao por meio de
consrcios pblicos no mbito da Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios,
para realizao do interesse comum desses entes estatais e por meio de gesto
associada citada no referido dispositivo constitucional. O consrcio pblico pode ser
entendido como um ajuste de vontade firmado por entidades estatais da mesma
espcie, visando o interesse comum de todas as partes envolvidas.
Regionalizao da Gesto dos Resduos Slidos:
Pode ser entendida como um conjunto ou agrupamento territorial, onde se
estabelece a formao de um mosaico, o qual tem a finalidade de buscar a melhor
soluo, levando-se em considerao o custo e a logstica de transporte, na gesto
consorciada e compartilhada dos resduos slidos.
Regionalizao da Gesto Integrada de Resduos Slidos est alicerada
em dois princpios bsicos: a construo das aes de forma participativa com os
municpios e o compartilhamento das solues, a partir da formao de consrcios
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
22
intermunicipais que se integram um a um, formando mosaicos associativos de
municpios buscando abranger todo o Estado.
Lixes:
Com relao a lixes, pode-se afirmar que esta forma de disposio,
ainda muito comum em muitas cidades, consiste em simplesmente lanar e
Alm dos problemas estticos e de sade pblica, essa prtica estimula a catao
dos resduos, e propicia a ocorrncia de poluio hdrica e atmosfrica. Esta ltima,
devido ao acelerado processo de biodegradao da matria orgnica, que atinge
temperaturas em torno de 70 graus, que permite a combusto espontnea,
liberando a emisso de poluente que chega a poluir enormes reas.
Aterros Sanitrios:
Considerada uma das tcnicas mais eficientes e seguras de destinao de
resduos slidos, o aterro sanitrio, permite um controle eficiente e seguro do
processo e quase sempre apresenta a melhor relao custo-benefcio.
a tcnica de disposio de resduos no solo, sem causar danos ou riscos
sade pblica e a segurana, minimizando os impactos ambientais, mtodo
este que utiliza princpios de engenharia para confinar resduos menor rea
possvel e reluzi-los ao menor volume permissvel, cobrindo-os com uma
camada de terra na concluso de cada jornada de trabalho, ou a intervalos
menores, se for necessrio. (ABNT NBR 8.419/84)
Nesse mtodo de disposio, o resduo disposto no solo impermeabilizado
por mantas de material resistente, comportando-se como um reator dinmico porque
produz, atravs de reaes qumicas e biolgicas, emisses como o biogs de
aterro, efluentes lquidos, como os lixiviados, e resduos mineralizados (hmus) a
partir da decomposio da matria orgnica.
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
23
Estaes de Transferncia de Resduos:
Em termos gerais as Estaes de Transferncia so infra-estruturas
devidamente preparada para receber os resduos produzidos em reas mais
afastadas dos aterros sanitrios, unidades de triagems ou at mesmo de
incineradores. Tem como objetivo armazenar temporariamente os resduos slidos e
prepar-los para serem transportados em veculos de grande capacidade para o
tratamento e/ou destino final, de modo a tornar economicamente vivel,
principalmente na logstica de transporte, por parte dos municpios mais distantes.
Com isso, pode-se afirmar que a implantao dessas estaes otimizam o sistema
de recolha e tratamento, em termos de racionalizao de meios como de
minimizao de impactos ambientais.
Programas de Coleta Seletiva:
A coleta seletiva consiste na separao dos materiais reciclveis, tais como:
papis, plsticos, vidros, metais e orgnicos, na fonte geradora, sendo esses,
posteriormente classificados por categoria. Os reciclveis geralmente so
encaminhados s indstrias recicladoras, e sua coleta pode ser efetuada mediante a
coleta Porta a Porta e de Postos de Entrega Voluntria
orgnico, este poder passar por um processo de compostagem e ser transformado
em adubo orgnico.
3.2 FUNDAMENTAO METODOLGICA DO PLANO
O objetivo principal para elaborao do Plano definir estratgias buscando
organizar toda expertise j produzida no Estado do Rio Grande do Norte relativa ao
setor, adequando s diretrizes da Lei n 11.107, de 6 de abril de 2005, que dispe
sobre a gesto associada de Servios Pblicos Consrcios Pblicos, Convnios de
Cooperao e Contratos de Programa, a Lei n 11.445 de 5 de janeiro de 2007, que
trata do Marco Regulatrio para o Saneamento Ambiental e estabelece diretrizes
nacionais para o setor e do, at ento Projeto de Lei n 1991/2007, agora Lei 12.305
de 12 de agosto de 2010, que institui a Poltica Nacional de Resduos Slidos.
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
24
As atividades a serem desenvolvidas por cada consultor estar articulada
com a atuao da coordenao de execuo do Plano pela SEMARH e demais
consultores contratados para execuo de 3 (trs) Metas:
Meta 1: estudo de regionalizao da gesto dos resduos slidos no Estado
do Rio Grande do Norte;
Meta 2: elaborao do plano estadual de gesto integrada de resduos
slidos do Estado do Rio Grande do Norte;
Meta 3: consrcios pblicos para a gesto e manejo dos resduos slidos.
3.2.1 Estudo de Regionalizao da Gesto dos Resduos Slidos no Estado do
Rio Grande do Norte - META 1
Formao e capacitao da equipe estadual: este foi o perodo em que
ocorreu a preparao dos tcnicos, no intuito de se inteirar com os assuntos
a serem tratados no Plano.
Oficinas ou seminrios regionais de apresentao e divulgao da iniciativa
de regionalizao: fase de elaborao do material tcnico de apoio e
mobilizao dos atores locais e regionais. A partir da definio dos
municpios que iriam sediar as oficinas ou seminrios, do planejamento e da
organizao dos mesmos, foi elaborado todo o material tcnico e de apoio
para a divulgao e mobilizao dos atores envolvidos, e se procedeu
realizao de oficinas ou seminrios regionais.
Levantamento das Informaes existentes: este levantamento de dados foi
realizado pela equipe de consultores em rgos pblicos (IDEMA, IBAMA,
SEMARH, IGARN, Governadoria, entre outros), instituies (UFRN, IFRN,
ABES, etc.) e em sites da rede mundial de computadores.
Proposta de regionalizao estadual: no intuito de se elaborar a proposta de
regionalizao, foram definidos os critrios, a construo de cenrios e
traada a metodologia para escolha do cenrio ideal do novo modelo de
gesto integrada e regionalizada, alm da elaborao do prprio Relatrio da
Proposta de Regionalizao dos Resduos Slidos no Estado.
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
25
A validao, em seminrio, da proposta de regionalizao estadual para
gesto integrada de resduos slidos atravs das oficinas ou seminrios
regionais e a elaborao do Relatrio de Validao da Proposta de
Regionalizao.
3.2.2 Elaborao do Plano Estadual de Gesto Integrada de Resduos Slidos
do Estado do Rio Grande do Norte META 2
Consolidao das informaes municipais e regionais: a consolidao das
informaes se deu com a elaborao do Relatrio do Diagnstico.
Sistema de Informaes em resduos slidos: se fez necessria a construo,
melhoria e implementao do sistema de informaes estadual sobre
resduos slidos, sendo para isso, realizado inicialmente o treinamento da
equipe na operao do sistema de informaes.
Elaborao de Prognstico: para a elaborao do prognstico foi realizada a
anlise de fatores que venham a influenciar no prognstico, correlacionando
com a anlise da evoluo e gerao de resduos slidos e das
potencialidades econmicas que se encontram diretamente ligadas a gesto
dos resduos, gerando posteriormente o prprio Relatrio de Prognstico do
Plano.
Elaborao das proposies: fazem parte da segunda meta do Plano as
Proposies para aes de curto, mdio e longo prazos, alm da
hierarquizao das demandas. Estas vm direcionar os estudos de
viabilidade econmica, ambiental, social, jurdico-institucional das
proposies.
A Verso Final do Plano Estadual de Gesto Integrada de Resduos Slidos
(PEGIRS): fazem parte desta fase o relatrio de anlise dos resultados das
oficinas e consolidao do Plano, a edio e Impresso do PEGIRS, alm do
evento de lanamento do PEGIRS.
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
26
3.2.3 Consrcios Pblicos para a Gesto e Manejo dos Resduos Slidos -
META 3
A capacitao e assistncia tcnica visando constituio e operao de
rgos regionais ou locais de manejo de resduos slidos: foram realizadas
Oficinas do Grupo de Trabalho, por regional, que contou com a presena de
tcnicos municipais, catadores, empresas, ONGs e sociedade em geral. E
teve como finalidade sensibilizar e aprofundar as discusses das proposies
elaboradas pelo Plano.
A criao das condies tcnico-jurdicas para a implantao do Consrcio
Pblico Modelo: para trabalhar esta fase dos estudos, foram necessrias
reunies no mbito dos municpios integrantes do consrcio priorizando sua
implantao.
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
27
4 AES ESTRATGICAS DO PLANO 4.1 CONSOLIDAO DAS INFORMAES MUNICIPAIS E REGIONAIS
O levantamento de informaes para a caracterizao socioeconmica e
ambiental dos municpios e regies foi o ponto inicial para o conhecimento da
problemtica sobre a gesto de resduos no Estado.
O Diagnstico do Manejo de Resduos Slidos Urbanos do Estado do Rio
Grande do Norte considerado uma ferramenta de grande importncia que integra
o Plano de Gesto de Resduos, dado a sua diversidade de informaes coletadas
em campo. Foi desenvolvido tendo como base o Sistema Nacional de Informaes
sobre Saneamento (SNIS). Alm de ser elemento fundamental no direcionamento
das solues das questes do setor para o Estado, o Diagnstico, por meio do
SNIS, tambm empregado como ferramenta de auxlio Poltica Nacional de
Saneamento onde subsidia o processo de tomada de deciso governamental.
Este foi um dos produtos do Plano Estadual de Gesto Integrada de
Resduos Slidos do RN (PEGIRS/RN) e possui como amostra de todos os 167
(cento e sessenta e sete) municpios do Estado. Sua fonte de dados diversa, mas
com predileo a coleta in loco, ou seja, realizadas por tcnicos na prpria origem
da informao. O citado documento possui a compilao e anlise dos dados
gerados pelos sistemas de limpeza dos municpios do RN. Consolida-os e os
converte em informaes e conhecimento para apoiar a gesto governamental.
4.2 GEORREFERENCIAMENTO DAS REAS DE LIXES
O geoprocessamento uma tcnica que utiliza recursos matemticos e
computacionais para o tratamento de informaes geogrficas e que tem auxiliado
de maneira significativa nas anlises voltadas para o meio ambiente, transporte,
energia, planejamento urbano, energia, etc. As ferramentas computacionais para o
geoprocessamento, denominadas de Geographical Information System - GIS ou
simplesmente Sistema de Informao Geogrfica - SIG, permitem realizar anlises
complexas, ao integrar dados de diversas fontes (levantamento de campo com o
Global Positioning System - GPS, mapas j existentes, sensoriamento remoto, etc.)
e ao criar bancos de dados georreferenciados.
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
28
No Rio Grande do Norte existia uma grande carncia de informaes
relativas s reas de destinao final de resduos slidos urbanos (quantidade,
localizao, rea e demais caractersticas). Conhecimentos esses, importantes para
a tomada de decises sobre os problemas ambientais e socioeconmicos dos
municpios. Sendo assim, o geoprocessamento se mostrou com um enorme
potencial, no somente por processar os dados referentes s reas de destinao
final de resduos slidos com agilidade e boa margem de preciso, como tambm
possibilitar a atualizao peridica desses dados.
Para o georreferenciamento dos pontos de destinao final de resduos
localizados no RN, utilizou-se para tal o equipamento Global Positioning System -
GPS no processo de levantamento de dados de campo. Desse modo, foram
registradas as coordenadas geogrficas das referidas reas. Em seguida esses
dados foram lanados em um banco georreferenciado constando uma srie de
informaes sobre as caractersticas de cada rea de destinao de RSU. Por meio
desse trabalho foi possvel gerar o Mapa (Anexo) com a localizao dos 177 lixes e
dos dois aterros sanitrios no Estado.
4.3 NDICE DE QUALIDADE DOS ATERROS DE RESDUOS IQR.
O estudo do PEGIRS tambm contemplou a Anlise do ndice de Qualidade
de Aterro de Resduos (IQR) das reas de destinao de resduos slidos urbanos
do RN. O resultado desse ndice foi obtido por meio da avaliao de uma srie de
parmetros presentes numa tabela padronizada, contendo aspectos referentes s
caractersticas locais, infra-estrutura implantada e s condies operacionais das
reas de disposio de resduos slidos.
A exemplo de So Paulo, o Rio grande do Norte o segundo Estado
brasileiro a utilizar como instrumento de avaliao de reas de destinao de
resduos slidos urbanos, o ndice de Qualidade de Aterro de Resduos - IQR em
todos seus municpios. Esse estudo foi realizado pela SEMARH por meio do Plano
Estadual de Gesto Integrada de Resduos Slidos PEGIRS em Parceria com a
Universidade Federal do Rio grande do Norte - UFRN e com Instituto de
Desenvolvimento Sustentvel e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte - IDEMA.
O ndice de Qualidade de Aterro de Resduos um Instrumento que se
constitui de uma planilha padronizada que avalia os locais de disposio final de
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
29
resduos slidos, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Tecnolgicas de So
Paulo - IPT e vem sendo usado desde 1997 pela Companhia de Tecnologia de
Saneamento Ambiental do Estado de So Paulo - CETESB. Esta metodologia foi
adotada pela UFRN como pesquisa em uma dissertao de Mestrado, e utilizada
posteriormente como suporte para anlise neste estudo.
Desse modo, com o objetivo de realizar o diagnstico da situao de
resduos slidos urbanos do RN, foram realizadas visitas tcnicas aos 167
municpios do Estado, entre os meses de agosto e outubro de 2009. Nesses
municpios, foram avaliadas as reas de destinao de resduos slidos indicadas
pelo responsvel de servio de limpeza urbana de cada municpio. Os resultados
desse ndice possibilitaram avaliar como se encontra a situao dos municpios do
Rio Grande do Norte em relao s reas de destinao final de resduos, dando
subsdio elaborao do Plano Estadual de Gesto Integrada de Resduos Slidos.
A metodologia do IQR avalia uma srie de parmetros classificados em trs
categorias, sendo elas:
Caractersticas locais (A)
Infra-estrutura implantada (B)
Condies de operao (C)
E classifica as reas de destinao final de resduos slidos em trs faixas
de enquadramento, conforme indicado no Quadro 4.1.
Quadro 4.1: Enquadramento do resultado do IQR
IQR ENQUADRAMENTO
Condies Inadequadas
Condies Controladas
Condies Adequadas
Para auxiliar na avaliao do resultado do IQR tambm foram realizados
registros fotogrficos e georreferenciamento das Anlises de Diagnstico de
Resduos Slidos atravs do GPS. Aps a coleta, os dados foram tabulados,
possibilitando em seguida a anlise estatstica das Anlises de Diagnstico de
Resduos Slidos por meio do diagrama de causa-efeito, baseado nos teoremas de
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
30
Bayes (mtodo explanado no relatrio 5.2 do PEGIRS). Ainda foram elaborados
grficos e mapas a partir desses dados que junto aos registros fotogrficos, deram
suporte a esta pesquisa.
A anlise do ndice de Qualidade de Aterro de Resduos possibilitou avaliar
como se encontra a situao dos municpios do Rio Grande do Norte em relao s
reas de disposio de resduos slidos. Tal anlise permite concluir que a situao
dessas reas crtica. Apenas duas delas, referentes ao Aterro Sanitrio da Regio
Metropolitana de Natal e o Aterro Sanitrio de Mossor obtiveram pontuao
satisfatria que as enquadrassem como adequadas. Era de se esperar que reas
referentes a aterros controlados, no total de 12, obtivessem pontuaes
intermedirias. Todavia, por escassez de corpo tcnico e de recursos financeiros,
acabaram transformando-se em lixes.
Desse modo, a avaliao do IQR demonstrou que a maioria absoluta dos
municpios do RN deposita os resduos slidos urbanos em lixes a cu aberto. Em
alguns casos, alm de resduos domiciliares, tambm so dispostos
inadequadamente os resduos industriais e de servios de sade. Tambm foi
possvel observar em alguns lixes, impactos sociais, econmicos e culturais, uma
vez que so detectadas atividades desumanas de catao de materiais reciclveis e
at de alimentos.
4.4 CARACTERIZAO DE RESDUOS SLIDOS
O Estudo da Caracterizao dos Resduos Slidos no Rio Grande do Norte,
parte integrante do Relatrio Produto 5 Relatrio do Diagnstico, teve por
finalidade determinar a composio gravimtrica dos resduos slidos domiciliares
dos 30 municpios mais representativos de cada microrregio do Estado do Rio
Grande do Norte. Com isso, foi possvel representar o levantamento amostral por
microrregio dos stios de disposio final no Estado.
Essa anlise tem como principal objetivo a determinao dos tipos das
fraes que compem os resduos e, de acordo com elas, se estudam as
possibilidades de tratamento e/ou disposio final. Ao se analisar proposta de
programa de coleta seletiva, tambm fundamental realizar essa caracterizao,
para que se possam estimar as quantidades de resduos reciclveis a serem
coletados e a gerao de renda ou economia em projetos de destinao final.
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
31
O principal enfoque deste estudo foi direcionado aos resduos domiciliares
classificados pela NBR 10004 como pertencentes Classe II, conhecidos
Os resduos foram coletados diretamente
dos veculos coletores nas cidades previamente classificadas. Os resultados
revelam que a quantidade de material reciclvel tem grande representatividade nas
amostras podendo este ser coletado diretamente na fonte geradora, atravs de
programas de coleta seletiva, diminuindo assim a quantidade de resduos a serem
descartados nos seus destinos finais.
Foram processadas no total de 37 amostras, as quais foram coletadas,
pesadas e quarteadas para a separao dos componentes presentes na massa de
resduos, pois em algumas das cidades selecionadas para esse estudo, foi possvel
realizar mais de uma amostragem (Figuras 4.1A a 4.1D). Geralmente os
componentes so diferenciados nas seguintes categorias: matria orgnica,
plstico, papel/papelo, vidro, metal ferroso, metal no ferroso, vidro, txtil, madeira,
couro e borracha, alm de rejeitos. A Figura 4.2 representa o mapa dos estudos e
anlise da composio gravimtrica dos resduos slidos no Estado do Rio Grande
do Norte.
Figura 4.1A: Caracterizao em Monte Alegre Figura 4.1B: Caracterizao em Upanema
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
32
Figura 4.1C: Caracterizao de Nsia Floresta Figura 4.1D: Caracterizao em Areia Branca
Na maioria das Regionalizaes soma-se mais de 30% em termos
populacionais, e no geral, so mais de 67% dos habitantes do Estado do Rio
Grande do Norte que se concentram nos municpios selecionados para a
caracterizao dos resduos, como pode ser observado na Tabela 4.1.
A composio gravimtrica mdia das amostras de resduos analisadas, no
perodo de 2010, para a cidade de Natal pode ser visualizada na Figura 4.2. Os
valores de cada grupo de componentes esto expressos em percentual. Como pode
ser observada, a matria orgnica esta presente em sua maioria quando
relacionada ao material reaproveitvel e reciclvel. Sua representatividade de
33,54% na massa amostral, seguida do plstico filme com 9,71%, plstico duro com
5,59%, papelo com 3,50%, material txtil com 2,75% e os metais ferrosos
constituindo 2,54% da amostra. Os demais grupos constituintes da massa amostral
representam menos de 2% cada grupo. O material de rejeito representa 36,34% dos
resduos analisados.
A composio gravimtrica de resduos para o Rio Grande do Norte ser
aqui representada neste estudo pelo levantamento amostral em 30 municpios do
Estado. A mdia representativa encontra-se na Figura 4.3.
O referido estudo mostrou uma reduo significante em relao
destinao final de componentes como o alumnio e o vidro. No entanto,
extremamente eficaz a implantao de associaes e/ou cooperativas de
reciclagem em cada municpio, diminuindo assim, a quantidade de resduos a serem
descartados no destino final, e consequentemente, permitindo o aumento da vida
til dos aterros de resduos.
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
33
Tabela 4.1: Nmero de municpios selecionados por regionalizao para caracterizao
Regionalizao/Agrupamento
Territorial
Quantidade de
municpios selecionados
Populao global dos
municpios selecionados
1 - REGIONALIZAO DO SERID
4 145.287 hab.
50,33%
2 - REGIONALIZAO DO ALTO OESTE
4 98.841 hab.
28,97%
3 - REGIONALIZAO
DO VALE DO ASSU
7* 390.523 hab.
69,93%
4 - REGIONALIZAO
DO MATO GRANDE
3 77.084 hab.
34,34%
5 - REGIONALIZAO
DO AGRESTE
6 186.158
39,20%
REGIO
METROPOLITANA
6 1.228.162 hab.
98,27%
TOTAL GERAL
30
2.126.055 hab.
67,76%
NOTA: *Incluindo o municpio de Mossor
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
34
Figura 4.2: Composio Gravimtrica dos resduos do municpio de Natal
Figura 4.3 Composio Gravimtrica dos resduos slidos do Rio Grande do Norte
Alumnio0,58%
Rejeito36,34%
Madeira0,69%
Matria Orgnica 33,54%
Melissa0,74%
Metais Ferrosos2,54%
Papel1,58%
Papelo3,50%
Plstico Duro5,59%
Plstico Filme 9,71%
Longa Vida1,18%
Txteis 2,75%
Vidro1,26%
Alumnio0,18%
Rejeito37,57%
Madeira0,12%
Matria Orgnica 37,49%
Melissa0,26%
Papel2,03%
Metais Ferrosos1,37%
Papelo2,92%
Plstico Duro4,39%
Plstico Filme 8,70%
Longa Vida0,82%
Txteis 3,16%
Vidro1,00%
CGRS RIO GRANDE
DO NORTE
CGRS NATAL/RN
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
35
4.5 LEVANTAMENTO DE DADOS SOBRE PROGRAMAS DE COLETA SELETIVA NO RN
O levantamento dos programas de coleta seletiva realizado pelo
PEGIRS/SEMARH, no Estado do Rio Grande do Norte, resultou nos seguintes
dados aqui apresentados, de maneira sucinta. Pode-se afirmar que atualmente,
apenas 09 municpios contemplam a coleta seletiva implantada (Figura 4.4), ou seja,
apenas 5,39% dos municpios do Estado contam com programas de coleta seletiva.
Figura 4.4: Mapa dos municpios que executam o Programa de Coleta Seletiva
Foi aplicado em campo um questionrio nas associaes e/ou cooperativas
de catadores onde foi possvel fazer o levantamento de dados sobre a data de
implantao do programa, modalidade da Coleta Seletiva, quem o agente
executor do programa, a rea de abrangncia do programa, o nmero de catadores
envolvidos no programa, as estruturas utilizadas (equipamentos), a quantidade de
material reciclvel recolhido, a mdia de arrecadao mensal, o tipo de material
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
36
comercializado (vidro, papel, plstico, metal, etc.), quais os parceiros do programa e
a forma de comercializao do material comercializado.
Destaca-se que os dados levantados permitiram a gerao de uma cartilha
sobre os Programas de Coleta Seletiva: experincias dos municpios do Rio
Grande do Norte , elaborada pela equipe do PEGIRS, detalhando as informaes
mais relevantes para a divulgao dos programas de coleta seletiva implantados no
Estado, alm de conter os contatos de associaes em cada municpio pesquisado.
Alguns dados da Cartilha so mencionados no Quadro 4.2.
Nesse contexto, ressalta-se que o estudo possibilitou tambm o
levantamento de dados atravs de entrevistas com os catadores formais e
informais, garis, alm da opinio pblica sobre o servio de limpeza prestado nos
municpios pesquisados. (Figuras 4.5A e 4.5B).
Figura 4.5A: Entrevista no municpio de Patu Figura 4.5B: Entrevista no municpio de Assu
Quadro 4.2: Dados sobre os Programas de Coleta Seletiva no RN
Municpio Modalidade da Coleta
Agente executor
Tipo de material
Quant. de material
Arrecadao mensal
Ars Porta a Porta
Prefeitura Vidro, papel, plstico, metal
1 ton./ms R$ 700,00 a R$ 800,00
Areia Branca
Porta a Porta
Associao dos Amigos, Protetores e Simpatizantes Ambientais de Areia Branca - ROTATIVA
Vidro, papel, plstico, metal
Mdia de 15 ton./ms
R$ 3.000,00 a R$ 3.500,00
Carnaubais Porta a Prefeitura Vidro, papel, Mdia de No
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
37
Porta plstico, metal
1,5 ton./ms
Informado
Gov. Dix-sept Rosado
Porta a Porta
Prefeitura
Vidro, papel, plstico, metal
Mdia de 3 ton./ms
No Informado
Lucrcia
Porta a Porta
Associao de Proteo de Meio Ambiente de Lucrcia APROMA
Vidro, papel, plstico, metal
Mdia de 8 ton./ms
R$ 600,00 a R$ 800,00
Macau
Porta a Porta
Associao dos Catadores de Materiais Reciclveis de Macau
Vidro, papel, plstico, metal
Mdia de 21 ton./ms
R$ 1.500,00 a R$ 4.000,00
Mossor
Porta a Porta
02 Associaes: ACREVI e ASCAMAREM
Vidro, papel, plstico, metal
36,5 ton./ms
R$ 15.000,00
Natal
Porta a Porta
04 Associaes: ASCAMAR, ASTRAS, ABRESOL e ACSRN
Vidro, papel, plstico, metal
Mdia de 230 ton./ms
*R$ 19.760,00
Taboleiro Grande
Porta a Porta
Prefeitura Vidro, papel, plstico, metal
No Informado
No Informado
Nota: *Valor arrecadado de reciclveis coletados nas residncias, sem computar os grandes geradores.
4.6 CAPACITAO DOS GESTORES (MULTIPLICADORES)
Quanto capacitao dos gestores, a SEMARH buscou integrar os gestores
municipais ao Plano de Resduos atravs da realizao de oficinas em algumas
cidades plos, onde foi possvel capacit-los sob a orientao de consultores do
Ministrio do Meio Ambiente e Ministrio das Cidades.
Estes encontros aconteceram nos municpios de Caic, localizado na regio
do Serid, em Assu representando a regio do Vale do Assu, e em Pau dos Ferros,
regio do Alto Oeste Potiguar. Estas regies encontravam-se no momento a frente
na organizao de formao dos consrcios pblicos para solucionar as questes
da rea de resduos.
Estas oficinas de capacitao tiveram a durao de um dia, perodos
matutinos e vespertinos, onde foram abordados temas sobre o Plano de Gesto de
Resduos, Regionalizao e Consrcios Pblicos. A participao no foi apenas de
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
38
setor de limpeza urbana. O propsito maior das oficinas de capacitao foi orient-
los a fim de torn-los multiplicadores e formadores de opinio na soluo e
minimizao dos problemas advindos dos servios de limpeza pblica em seus
municpios.
4.7 CONSTRUO DO BANCO DE DADOS DA SITUAO DE RESDUOS SLIDOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
Com o intuito de divulgar os dados levantados em campo na rede mundial
de computadores, a SEMARH prev a divulgao destas informaes em um
endereo eletrnico. Um Banco de Dados - BD foi estruturado com base nos
seguintes objetivos:
Coletar novas informaes;
Ser disponibilizado on-line;
Possuir ferramentas de fcil manuseio;
Permitir exportao dos dados, e;
Ser compatvel com o Sistema Nacional de Saneamento SNIS.
O Banco de Dados possui dois tipos de acesso: o pblico e o privado. Este
banco ser disponibilizado em ambiente web, para consultas on-line no site
www.pegirsrn.com.
O BD compatvel com o Internet Explorer em sua verso 7. Sua estrutura
formada por cinco itens bsicos (Quadro 4.3), a saber:
Quadro 4.3: Estrutura bsica de formao do Banco de Dados
Elementos Bsicos Tipo de Acesso
Cadastros Privado
Questionrios Privado
Relatrios Publico/Privado
Grficos Publico/Privado
Manuais/documentos Orientaes para uso do BD - Pblico
Segurana Privado
http://www.pegirsrn.com/Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
39
As informaes detalhadas sobre este tema encontram-se expostas no item
10 - Banco de Dados - Ferramenta Interativa do PEGIRS, neste relatrio.
4.8 INVENTRIO DE UNIDADES DE PROCESSAMENTO DE RESDUOS SLIDOS URBANOS DO RIO GRANDE DO NORTE
Identificado no estudo do PEGIRS como sendo o Relatrio Produto 11, o
Inventrio de Unidades de Processamento de Resduos Slidos Urbanos do Rio
Grande do Norte reflete as condies dos sistemas de disposio final em cada um
dos 167 municpios do Rio Grande do Norte. Tais condies so expressas por
meio da anlise do ndice de Qualidade de Aterro de Resduos, informaes
coletadas em campo, registros fotogrficos e imagens de satlite dos lixes e
aterros sanitrios e mapas de localizao das reas de destinao de RSU dentro
de cada municpio.
No inventrio so destacadas as seguintes informaes: a localizao da
unidade destinao final com as suas respectivas coordenadas geogrficas
(latitude, longitude e altitude), bem como sua posio no que diz respeito s
rodovias, aos ncleos urbanos, aos stios etc.; tambm so informadas a dimenso
das reas das unidades de destinao, alm das distncias dessas em relao aos
unidades de conservao e proteo ambiental, e
pistas de pouso.
Esse documento de grande importncia para acompanhar a situao das
reas de destinao final de RSU no que se refere s condies sanitrias e
ambientais, tendo em vista necessidade de melhorar o quadro em que se encontra
o Estado atualmente, uma vez que a destinao de resduos slidos tem sido um
dos maiores problemas enfrentados pelos gestores municipais.
A proposta do Produto 11 exatamente, fazer uma apresentao que
permita uma consulta rpida e objetiva sobre as condies das reas de destinao
localizadas no Estado. Os resultados esto ordenados na ordem alfabtica por
municpio. Ressalta-se que tais reas foram apontadas pelos gestores municipais
como as que recebem resduos gerados em suas dependncias administrativas.
Entretanto, acredita-se que o nmero possa ultrapassar os 179 pontos registrados.
Ver na Figura 4.6 o exemplo de mapas divulgados no Inventrio de Resduos.
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
40
Figura 4.6: Mapa de localizao da rea de disposio de resduos no municpio de Tangar
4.9 AS METAS A SEREM ATINGIDAS PELO PLANO
As metas a serem alcanadas no decorrer do desenvolvimento do Plano de
Resduos esto estabelecidas no Termo de Referncia da SEMARH. So 3 (trs) as
Metas a serem atingidas:
Meta 1: Estudo de regionalizao da gesto dos resduos slidos no Estado
do Rio Grande do Norte;
Meta 2: Elaborao do plano estadual de gesto integrada de resduos
slidos do Estado do Rio Grande do Norte;
Meta 3: Consrcios pblicos para a gesto e manejo dos resduos slidos.
Todas as atividades referentes a cada uma das metas encontram-se
detalhadas no item 3.2 Fundamentao Metodolgica do Plano, neste relatrio.
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
41
5 DIAGNSTICO DE MANEJO DE RESDUOS SLIDOS NO RN
Apresentam-se neste item, dados sobre o Diagnstico de Manejo de
Resduos Slidos dos 167 municpios que compem o Estado do Rio Grande do
Norte, no qual foram tabuladas e analisadas as informaes municipais e regionais.
A seguir encontram-se disponveis alguns dos dados resultantes do diagnstico.
O Estado do Rio Grande do Norte possui pouco mais de trs milhes de
habitantes distribudos nos mais de cento e sessenta municpios que o compem. A
maior parte dessa populao encontra-se localizada nas proximidades do litoral
oriental (com maior concentrao da Regio Metropolitana de Natal) e em alguns
plos regionais como Mossor, Currais Novos, Ass e Caic (Figura 5.1).
Contudo, importante frisar que Natal, Mossor e Parnamirim possuem
praticamente a metade da populao do Estado, estando o restante distribudo nos
demais municpios. Tal configurao cria um cenrio desafiador e estimula a
regionalizao dos sistemas integrados de limpeza urbana e a adoo de cidades
plos para sua manuteno.
5.1 PRODUO DE RESDUOS NO RN
A produo per capita de resduos ou o que cada habitante produz, tambm
se apresenta heterognea e varia de acordo com o contingente populacional e o
desenvolvimento econmico de cada municpio. Os dados do Plano Estadual de
Gesto Integrada de Resduos Slidos do Rio Grande do Norte PEGIRS/RN
demonstram que a produtividade mdia est em 500g/dia (quinhentos gramas por
dia), abaixo das 700g (setecentos gramas) presentes na mdia nacional. Isso ocorre
porque a maior parte dos municpios do Estado possui menos de 18.000 (dezoito
mil) habitantes e economias pouco dinmicas, o que condiciona a baixa
produtividade de resduos. A variao mdia de produtividade est entre 400
(quatrocentos) e 1.800 (um mil e oitocentos) gramas, com maior produtividade para
os plos regionais conforme pode ser verificado na Figura 5.2.
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
42
Figura 5.1: Mapa da diviso de municpios do Rio Grande do Norte
Figura 5.2: Variao da produo per capita de resduos no RN
-
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
5 50 500 Pro
du
o m
d
ia d
e r
esd
uo
s p
or
ha
bita
nte
Populao em milhares de habitantes
Produo per capita de resduos
Relatrio Sntese PEGIRS/RN Verso Final
43
A relao entre populao e produtividade de resduos tambm indica que
quanto maior a quantidade de habitantes, proporcionalmente maior sero os custos
de manuteno dos sistemas de limpeza sendo obtidos valores mdios de R$ 10,00
(dez reais) a R$ 35,00 (trinta e cinco reais) per capita ano para pequenos e grandes
municpios, respectivamente (Figura 5.3).
Figura 5.3: Relao entre populao e custos dos servios de limpeza
Assim, os gastos para manuteno dos sistemas de limpeza so
relacionados produtividade individual de resduos com maiores valores no litoral
do RN, Regio Metropolitana de Natal e plos regionais conforme verificado na
Figura 5.4 a seguir.
Outra caracterstica que quanto maior a produtividade, maior a
probabilidade dos sistemas de limpeza serem operados por empresas particulares
em funo da complexidade e demais fatores citados nesse documento.
Ainda, de acordo com o Diagnstico do Manejo de Resduos Slidos do Rio
Grande do Norte, pode-se afirmar o seguinte:
O Rio Grande do Norte possui 98,55% de reas de disposio final
caracterizadas como lixes e apenas 1,45% de aterros sanitrios;
$-
$5,00
$10,00