Pirataria Marítima Pdf - Final

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Descrição do fenómeno da Pirataria Marítima. Breve enquadramento legal e conceptual.Analise de caso

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Pirataria MartimaRelaes Internacionais Disciplina: Defesa e Segurana Internacional Docente: Prof. Luis Tom Discente: Antnio Garo N 20090760 Carlos Jos Franco - N 20090428 Mariana Caeiro N 20090468 2 Ano 2 Semestre

2011

Pirataria Martima

ndice I- Introduo e aproximao ao tema da Pirataria ...................................... 3 II- Pirataria Enquadramento legal e conceptual ....................................... 4 III- O fenmeno da Pirataria no Sculo XXI ................................................. 8 IV - As reas de maior incidncia da Pirataria 10 V- As misses internacionais no mbito da Pirataria................................. 11 VI- Case Study: SOMLIA .......................................................................... 14 VII- Concluso .......................................................................................... 15 VIII- Bibliografia ........................................................................................ 19 IX- ANEXOS: Mapas................................................................................... 27

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I- Introduo e aproximao ao tema da Pirataria

A pirataria, nomeadamente a martima, tornou-se um grave problema para a estabilidade internacional no sc. XXI. Como o mundo se debate nas duas ltimas dcadas com recesses globais cclicas, a ateno do mundo recaiu sobre o comrcio internacional. Esta ateno justificada pelo peso que o comrcio internacional detm na estabilidade internacional, principalmente num momento em que a recesso econmica global no mostra sinais de abrandamento.

O fenmeno da globalizao resultou numa interdependncia entre naes, esta interdependncia visvel, em termos martimos, uma vez que uma fatia significativa do comrcio feito por via martima. Como possvel constatar, a pirataria martima tornou-se um problema com potencial de prejudicar gravemente a estabilidade internacional, e consequentemente a segurana internacional, devido a

interdependncia entre estes dois factores. O comrcio, feito por via martima, sendo menos dispendioso (em relao a outros meios como o areo ou terrestre), tornou-se o standard para o comrcio internacional. Com a afirmao desta regra, proporcionou-se um crescimento da actividade comercial martima, e com este advento, um aumento significativo de actos de pirataria.

Neste perodo de crises econmicas, os pases mais afectados so aqueles em situao precria, como por exemplo, regies em vias de desenvolvimento, regies com deficincias econmicas crnicas ou com instabilidade poltica acentuada. nestas reas que actividades ilegais, como a pirataria, se propagam mais facilmente, um dos casos mais preocupantes o caso do Golfo de Aden e a costa Somali, nesta rea a incidncia de ataques de pirataria martima aumentou exponencialmente nos ltimos anos. 3

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O crescimento de actos de pirataria martima e o efeito que estes tm na estabilidade internacional, foi necessrio para a comunidade internacional criar mecanismos de combate a este fenmeno.

O que nos propomos com este trabalho analisar este fenmeno, comeando por ver o seu conceito e enquadramento legal no mbito da legislao internacional. Tentaremos, de seguida, caracterizar este fenmeno antigo nos dias de hoje, identificando as reas de maior incidncia de ataques piratas e as suas repercusses na estabilidade internacional. Passaremos, feita a caracterizao do fenmeno, anlise das medidas da comunidade internacional, nomeadamente de organizaes internacionais como a ONU, a UE e a NATO, no combater pirataria, e a eficcia dessas mesmas medidas. Por ltimo, vamos tratar do caso da Somlia, paradigmtico neste mbito.

II- Pirataria Enquadramento legal e conceptual

Nesta matria h diversos constrangimentos, por um lado a inexistncia de uma tipificao nica do crime da pirataria martima, abrangente e consensual, e por outro lado, o grande nmero de convenes internacionais e tratados bilaterais que abordam o tema, com diversas interpretaes, criando um vazio, e uma necessidade de um documento nico e completo, amplamente aceite, e passvel de uniformizao com o direito interno dos Estados.

As fontes do direito do mar so o direito internacional costumeiro e convencional (Conveno do Alto Mar de 58, Conveno de Montego Bay - 82, 94 e 95, SUA), a jurisprudncia (Acrdos TIJ e Tribunal Internacional do Direito do Mar), o direito interno (cada Estado tem liberdade de ratificao de tratados internacionais e adaptao dos mesmos atravs de reservas colocadas) e, no caso de alguns pases como Portugal, ainda o Direito Comunitrio, do qual resulta perda da jurisdio em algumas matrias [SILVA, Jos Lus Moreira da - Direito do Mar (Sumrios Desenvolvidos Parte II)]. 4

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A Conveno da Naes Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), mais conhecida como Conveno de Montego Bay, define no artigo 101. a pirataria. Dizendo que Constituem pirataria quaisquer dos seguintes actos: a) Qualquer acto ilcito de violncia ou de deteno ou qualquer acto de depredao cometidos, para fins privados, pela tripulao ou pelos passageiros de um navio ou de uma aeronave privados, e dirigidos contra: i) um navio ou uma aeronave em alto mar ou pessoas ou bens a bordo dos mesmos, ii) um navio ou uma aeronave, pessoas ou bens em lugar no submetido jurisdio de qualquer Estado; b) Qualquer acto de participao voluntria na utilizao de uma navio ou de uma aeronave, quando aquele que o pratica tenha conhecimento de factos que dem a esse navio ou a essa aeronave o carcter de navio ou aeronave pirata; c) Qualquer aco que tenha por fim incitar ou ajudar intencionalmente a cometer um dos actos enunciados na alneas a) ou b). [Conveno das Naes Unidas sobre o Direito doMar e Acordo relativo aplicao da parte XI da Conveno] .

Destaca-se da definio enunciada que um acto ser considerado pirataria se cumprir estes requisitos. O critrio do objecto [Art. 101. a) i)] parece pacfico, no entanto, maior controvrsia gera o requisito ou critrio geogrfico [Art. 101. a) ii)], uma vez que determina a aplicao apenas em alto-mar, deixando de fora as reas de jurisdio dos Estados1 (vigorando nestas o direito interno de cada Estado, salvo acordo (bilateral) em contrrio, a soberania de cada Estado sobre os seus recursos martimos permanece intacta), no entanto, grande parte dos actos de pirataria ocorrem precisamente no mar territorial, em guas interiores ou portos dos pases (note-se o exemplo da Somlia ou do Estreito de Malaca).

Como vemos a Conveno no define os actos susceptveis de serem considerados actos de pirataria, criando um vazio legal, terico e prtico, na actuao no combate pirataria dando espao a cada Estado para fazer a sua interpretao.

1 Cabe jurisdio de cada Estado a regulao das suas guas interiores, mar territorial e zona econmica exclusiva (ZEE), figuras definidas nesta mesma Conveno (Montego Bay).

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H ainda outra questo, que se prende com o facto de alguns2 dos pases da ONU no terem assinado, ou ratificando esta ou qualquer Conveno (ou Protocolo) posterior. Assim a Organizao Martima Internacional (IMO)3 contribui para a clarificao do conceito de pirataria, especialmente dos actos que constituem o crime de pirataria. Compreende o artigo 101. da CNUDM, incluindo ainda os actos de roubo armado (armed robbery4), e a jurisdio sobre guas que no apenas o alto mar5. Apesar de a definio permanecer inespecfica, a IMO torna-a mais abrangente, facilitando a identificao de actos antes considerados crimes comuns cometidos em guas da jurisdio dos Estados, como actos de pirataria.

A questo da jurisdio levanta bvios problemas do ponto de vista da soberania dos Estados estabelecido no direito internacional (costume e jurisprudncia), direito interno e em alguns casos, tambm no direito comunitrio, colocando, de certo modo em causa o chavo da jurisdio universal6.

A Conveno para a represso de actos ilcitos contra a navegao martima7 (SUA)8, trata com mais pormenor a questo da pirataria com o intuito de proteger o trfego

2 At 2010, 31 Estados no haviam ratificado a CNUDM (18 pases com litoral e 13 pases sem litoral). [Disponvel em: http://www.un.org/Depts/los/reference_files/chronological_lists_of_ratifications.htm] 3 Sigla inglesa para International Maritime Organization. [Disponvel em: www.imo.org] 4 Armed Robbery, segundo a IMO, qualquer acto ilegal cometido com violncia ou deteno ou qualquer acto de depredao ou ameaa, que no seja classificado como pirataria, dirigido contra embarcao ou pessoas ou propriedade a bordo dessa embarcao na rea de jurisdio de um estado. (traduo livre). 5 Incluem-se as guas interiores, mar territorial e ZEE. 6 O Juiz Moore desenvolve um pouco a questo da jurisdio universal. Diz-nos, No caso do que designado por pirataria pelo Direito das naes, tem-se admitido uma jurisdio universal, ao abrigo da qual a pessoa acusada do crime pode ser julgada e punida por qualquer nao sob a alada de cuja jurisdio se possa encontrar. Eu refiro-me a pirataria pelo Direito das naes, porque o Direito interno de muitos Estados designam e punem como pirataria numerosos actos que no constituem pirataria nos termos do Direito das naes, e que, por isso, no gozam de jurisdio universal, de forma a serem punveis por todas as naes., continua dizendo, A pirataria nos termos do Direito das naes, nos seus aspectos jurisdicionais, sui generis. Embora a legislao interna possa prever a sua munio, constitui um crime contra o Direito das naes e, como o cenrio das operaes do pirata o alto mar e no qual qualquer nao no tem o direito ou dever de fiscalizar, -lhe negada a proteco do pavilho que possa arvorar, e tratado como um fora-da-lei, como um inimigo de toda a humanidade () a quem qualquer nao pode, no interesse de todos, capturar e punir. [Brownlie, Ian Direito do Mar]. 7 Em ingls, Convention for the supression on unlawful acts of violence against the safety of maritime navigation, [SUA CONVENTION 1988 and Protocol 2005 to SUA CONVENTION]. 8 A SUA criada no mbito da IMO, atravs de um comit ad hoc.

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martimo. Esta conveno tem como propsito garantir a resposta adequada a aces ilegais contra navios, incluindo a captura pela fora, violncia contra pessoas a bordo e introduo de dispositivos que podem destruir ou danificar os navios. Destaca-se o artigo 3., 4., 5. e 6., nos quais se definem os actos susceptveis de ser considerados actos de pirataria e enquadramento da jurisdio e aco.

Embora este documento seja mais inclusivo e abrangente, permanece a questo essencial da jurisdio (jurisdio universal vs. direito interno e soberania territorial), assim como a da interpretao de algumas disposies.

O facto de o crime de pirataria ter uma vertente que depende das leis de cada Estado, quando cometido em rea distinta da estipulada pela CNUDM, aumenta a complexidade do tratamento dado a este assunto.

O International Maritime Bureau (IMB), define a pirataria como um acto de abordar, ou tentativa de abordar, outro navio com a inteno de cometer roubo, ou outro tipo de crime, e com inteno, ou capacidade, de usar a fora para o conseguir[http://www.icc-ccs.org/home/imb ]. Assim, e ao contrrio da CNUDM, esta definio, sendo

mais generalista, cobre os crimes cometidos nas guas territoriais. No entanto, esta definio no reconhecida pelo Direito Internacional.

O contributo mais significativo para a conceptualizao do crime de pirataria a diviso deste por dimenses. Assim o IMB define trs dimenses de pirataria: o LowLevel Armed Robbery (LLAR)9, o Meddium-Level Armed Assault and Robbery (MLAAR)10, e o Major Criminal Hijack (MCHJ)11.

9 O Low-Level Armed Robbery o nvel mais baixo da pirataria. Neste os piratas assaltam o navio e a tripulao, tendo apenas como inteno roubar objectos (carga ou outros) do navio. Estes ataques ocorrem geralmente no porto onde o navio est ancorado e durante a noite. Embora raro neste tipo de ataques, por vezes o navio levado para ser vendido. 10 No Meddium-Level Armed Assault and Robbery, os actos de pirataria so realizados por grupos que se encontram bem organizados (redes), que operam com embarcaes rpidas nas proximidades da costa. Sabe-se no entanto, que o raio de aco pode ser alargado utilizando navios-me (mother-ships)

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Outra das questes (de enquadramento legal) relacionadas com a Pirataria diz respeito aos Direitos Humanos. sabido que em alguns dos pases de origem dos piratas a lei aplicada a Islmica (Sharia), facto que tem levado alguns pases a se insurgirem contra o repatriamento dos cidados para estes pases. O Reino Unido prope o asilo, mas Estados Unidos da Amrica e Unio Europeia ope-se, temendo que houvesse um sem nmero de pedidos de asilo. Assim, a soluo encontrada previa o entendimento com um terceiro pas, o Qunia. Neste sentido a Resoluo 1816 (2008) do Conselho de Segurana na qual pedia a todos os Estados que cooperassem na investigao e promoo da aco penal correspondente para os responsveis por actos de pirataria (na Costa da Somlia) e tambm o artigo 24. do Tratado da Unio Europeia que estabelece as condies e modalidades para a transferncia dos capturados pela fora naval europeia (EUNAVFOR). Tambm os EUA assinaram um memorando de entendimento com o Qunia neste sentido.

III- O fenmeno da Pirataria no Sculo XXI

Tal como o mundo, a pirataria foi evoluindo com o passar do tempo, desde a poca dos Descobrimentos at a poca da globalizao na qual vivemos, em que novas metodologias, meios e modus operandi foram aplicados a pirataria.

Como o transporte martimo, devido a especificidade prpria que o engloba, se tornou o meio de transporte privilegiado para o comrcio internacional, nomeadamente o intercontinental, em que este meio responsvel por mais de 90% do comrcio internacional, envolvendo mais de 50.000 navios mercantes de carga, tripulados por cerca de 1 milho de homens de quase todas as nacionalidades, possui como grande vantagem, o transporte de cargas de maior tamanho e em maior quantidade com menores custos associados em comparao com o transporte areo ou terrestre, nascom radar. Neste caso, h maior violncia contra a tripulao. Destaca-se o uso de armas com um certo grau de sofisticao. 11 No Major Criminal Hijack, as aces so perpetradas por organizaes regionais de grande dimenso, ou mesmo internacionais. Nestas o navio sequestrado, sendo pedido um resgate. Com recurso a violncia extrema (por vezes a tripulao assassinada). O navio pode ser repintado e mudado o registo e bandeira. So o tipo de ataques mais rentveis para os piratas, embora em menor nmero.

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quais podemos incluir o transporte de matrias-primas, como o crude, o transporte de produtos transformados, material electrnico, produtos hi-tech, automveis, ou mesmo de alimentos essenciais, como o trigo, milho, entre outros.

Como iremos constatar o reaparecimento da pirataria martima, como fenmeno, nestas ltimas dcadas, deve-se a vrios factores, dos quais os de maior importncia so; - O valor das mercadorias transportadas, diversidade e importncia das mesmas (nomeadamente produtos alimentares), tornando os navios que os transportam em alvos apetecveis;

- Deficiente proteco do alto-mar por foras de segurana, devido extenso martima das reas afectadas, fazendo com que nem sempre seja possvel s foras de segurana dos Estados das regies (costeira) conseguirem efectuar patrulhas eficazes.

- Deficientes contra-medidas de segurana dos navios mercantes maioria dos navios no possuem medidas de preveno (a abordagens indesejadas) eficazes, tornando-os alvos fceis de pirataria. Mas, recentemente, comearam a ser implementadas diferentes medidas de segurana (arame farpado, patrulhas armadas a bordo, canhes de gua. At empresas de segurana, como a XE (ex-Blackwater) tm disponibilizados servios de segurana e escolta de navios em reas criticas.

[http://www.cfr.org/france/combating-maritime-piracy/p18376]).

- Instabilidade regional, poltica e econmica, nas reas afectadas. Estes so, possivelmente, os factores mais significativos para a proliferao da pirataria. a instabilidade poltica e econmica dos Estados da regio (-es), o que permite aos piratas actuarem com bastante liberdade, porque nestas reas, com a situao poltica instvel, as atenes dos Estados encontram-se centrados em outros problemas. Assim sendo, os piratas contribuem para a manuteno deste statuo quo, com subornos s entidades das regies, influenciando a opinio das populaes (atravs da intimidao,

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suborno, ou mesmo simpatia), estabelecendo redes de comunicao, operaes de branqueamento de capital, entre outras.

- Nova metodologia: o highjacking Em contraste com a metodologia vulgarmente usada no passado - roubo dos navios e sua carga, nos dias de hoje, um novo mtodo aplicado. O highjacking, que consiste no sequestro do navio com a sua tripulao e respectiva carga, sendo posteriormente pedido resgate s entidades responsveis do navio (armadores, seguradoras, companhia transportadoras, construtoras, etc.).

- Novos meios usados na pirataria, como o uso de lanchas rpidas e de pequenas tripulaes para a abordagem e controle do navio. Estas lanchas permitem em muitos casos, dissimularem as suas intenes, pois so frequentemente confundidas com embarcaes de pesca. O armamento usado tambm mudou, pois novos tipos de armas tm sido usados, como o caso dos RPG, um rocket anti-tanque, revelando crescente sofisticao nos meios.

IV- reas de maior incidncia do fenmeno da Pirataria

As reas com mais incidncia em actos de pirataria, e que mais preocupao origina na comunidade internacional so [http://www.icc-ccs.org/piracy-reporting-centre/prone-areas-andwarnings]:

- O Golfo de Aden, costa Somali, entrada do Mar Vermelho 12 considerada a regio mais problemtica, em que os actos de pirataria tm vindo a aumentar significativamente13, devido ao corredor martimo intercontinental que ali se forma, ligando o Oceano Indico ao Mar Mediterrneo, atravs do Mar vermelho e canal de Suez.

12 Anexos: Mapas Fig. 1 Mapa Somlia 13 Anexos: Mapas Fig. 2 e 3 Mapa aumento pirataria na costa da Somlia

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- O Golfo da Guin, Nigria e delta do rio Nger esta zona considerada bastante perigosa para os navios que a transitem ou atraquem, uma vez que os piratas so particularmente violentos, atacando no s em alto-mar, como tambm nos portos e em terra [The Economist: Piracy in the Gulf of Guinea. http://www.economist.com/node/13496711].

- Estreito de Malaca, entre a Indonsia e Malsia regio com longa tradio de pirataria martima, facilitada pela geografia especfica da regio.

- Subcontinente Indiano zona que engloba o Bangladesh, a ndia e o Sri Lanka, com muita afluncia martima mercante.

V- As misses internacionais no mbito da Pirataria

Comando e estrutura das Misses

Os grupos martimos da NATO so multinacionais, e so uma fora martima composta por navios de diversos pases. Estes navios esto permanentemente disponveis NATO para desempenhar diversas actuaes desde exerccios, simulaes e operaes. Estes grupos dotam NATO de uma capacidade martima contnua para as operaes NATO Response Force (NRF) e operaes non-NRF que conduz outro tipo de actividades em tempos de paz e em perodos de crises e conflitos.

Ajudam tambm a manter a presena da Aliana, mostrar solidariedade e a promover relaes diplomticas com diversos pases.

A NATO tem duas foras de resposta imediata: -A Standing NATO Maritime Group composta pela SNMG1 e pela SNMG2. -A Standing NATO Maritime Mine Countermeasure Groups (SNMCMG1 e SNMCMG2).

Operao Allied Provider 11

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A Operao Allied Provider foi responsvel pela escolta dos navios do World Food Program (WFP) assim como na patrulha das guas volta da Somlia. Enquanto cooperavam com os navios da WFP patrulhavam tambm as rotas martimas mais susceptveis a ataques piratas a navios mercantes. A Allied Provider foi uma operao temporria requisitada pelo Secretrio-geral das naes unidas, Bann Ki-moon, a 25 de Setembro de 2008 [http://www.manw.nato.int/page_operation_allied_provider.aspx]. Os ministros de defesa da NATO aceitaram o pedido das NU a 9 de Outubro, durante uma conferncia informal em Budapeste. Seguido desta deciso foi ento enviada a Standing Maritime Group 2 (SNMG2) para controlar esta operao.

A SNMG2 geralmente actua no Mar Mediterrneo mas pode actuar onde quer que a NATO necessite. composta por navios de diferentes pases que contribuem rotativamente para a SNMG2 que so: -Alemanha, Grcia, Itlia, Holanda, Espanha, Turquia, Estados Unidos e Reino Unido. Contudo outros pases tambm j contriburam ocasionalmente.

Operao Allied Protector em curso

A pirataria e o assalto mo armada esto a aterrorizar rotas de comunicao vitais e interesses econmicos no Golfo de den e no Corno de frica, assim como tem vindo a impedir a ajuda humanitria na Somlia. A operao Allied Protector est a ajudar neste sentido, contra a pirataria martima, uma operao com responsabilidades mais alargadas do que a sua antecessora, a Operao Allied Provider

[http://www.marinha.pt/PT/noticiaseagenda/informacaoReferencia/Documents/Folheto_2.pdf].

A operao est a ser conduzida por navios que fazem parte da Standing NATO Maritime Group 1 (SNMG1). Foi lanada a 24 de Maro 2009 e entrou em aco no fim do mesmo ms. A SNMG1 actua normalmente na zona Este do Atlntico mas pode actuar onde a NATO mais precisar. 12

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Operao ATALANTA EU

Em dezembro de 2008, a UE criou o EU NAVFOR14, e estabeleceu como 1 misso, a operao ATALANTA, que visava assegurar para alm da proteco dos navios do Programa de Ajuda Humanitria e navios mercantes no Golfo de den [About Us European Union Naval Force Somalia - Operation Atalanta.pdf].

As foras envolvidas nesta operao estavam autorizadas a aplicar as medidas necessrias, usando se necessrio o uso da fora para deter, prevenir e interferir para combater actos de pirataria e assaltos a mo armada que possam ser cometidos nas reas de actuao. Nesta operao esto integradas foras de vrios Estados da UE: Espanha, Sucia, Itlia, Frana, entre outros [http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?language=pt&type=IMPRESS&reference=20091113STO64429].

Esta fora composta 20 navios e mais de 1500

pessoas.

Operao OCEAN SHIELD NATO

Operao conduzida pela NATO, atravs da SNMG1, desde 2009 com termo em 2012, em substituio da Operao Allied Protector. Difere das suas (misses) antecessoras no sentido em que ela tem um sentido mais amplo, no se limitando apenas a garantir a segurana martima na regio, mas tambm oferece treino para os pases da regio em desenvolver sua prpria capacidade de combater as actividades de pirataria. [http://www.emgfa.pt/pt/operacoes/missoes/oceanshield], para alm de que possui na gnese

14 No conceito de Poltica Comum de Segurana e Defesa da UE

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uma nova abordagem pirataria - a comprehensive aproach, que passa por uma maior cooperao entre a NATO, outras Oi`s e Estados visados. 15

VI- Case Study: SOMLIA

Enquadramento Poltico e Social

A Somlia, um pas homogneo em termos religiosos, sendo a maioria dos Somalis, muulmana sunita. As grandes divergncias sociais que emergem da existncia anrquica da Somlia, provm de questes tribais, e no religiosas. Em termos tnicos a populao somali sobressai, correspondendo a 85% da populao, sendo 15% divididos entre rabes e bantus [https://www.cia.gov/library/publications/the-world-

factbook/geos/so.html].

A grande clivagem social, provem da estruturao da sociedade em cls e sub-cls, sendo os mais importantes, os cls Darood e Hawiye, cuja rivalidade um factor importante na anarquia em que a Somlia se encontra (os Hawiye dominam o centro e sul da Somlia, incluindo a capital Mogadishu, enquanto os Darood dominam Puntland, no nordeste). Aps a independncia, de 1960, e consequente unificao, Mohamed Siad Barre efectuou um golpe de estado, estabelecendo um regime autoritrio. Aps o colapso do regime de Mohamed Siad Barre, os cls do norte declararam independncia, constituindo a Republica de Somaliland, mergulhando o pas em anarquia e em luta de faces [https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/so.html].

Essa anarquia, amplamente explorada pelos piratas, tendo assim liberdade de actuao no Golfo de den e cuja aco encoberta pelos senhores da guerra.

15 Este novo conceito sustentado por 3 pilares:... Such a comprehensive response should combine three elements: * enhance further legal, industry and military tools to combat piracy off the coast of Somalia, and look at what lessons can be learned for the future; * link piracy-related measures with existing initiatives in the political, diplomatic, development and humanitarian realms; * engage neighbours with a view to finding a long-term regional solution. *Disponvel em: http://www.natopa.int/default.asp?SHORTCUT=1770 ]

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Modus Operandi do Highjacking

Os piratas so bastante eficazes na captura dos navios, eles organizam operaes complexas, comeando a usar equipamentos modernos e mais sofisticados, como por exemplo telefones por satlite e aparelhos de GPS. Eles possuem tambm armamentos tais como lana-rockets RPG, AK-47, e possuem contactos bem colocados em portos nos quais os navios atracam, que os avisam sobre a movimentao dos navios. Os piratas usam lanchas com motores potentes para se aproximarem dos seus alvos e essas lanchas so, muitas vezes, lanadas de embarcaes maiores posicionadas em alto mar. Para se apoderarem dos navios, os piratas primeiro usam ganchos e sobem at o convs usando cordas e escadas de corda. Em algumas ocasies, disparam contra os navios para for-los a parar, o que facilita a sua abordagem e, de seguida, os piratas conduzem a embarcao capturada at um ponto prximo da costa, o seu centro de operaes onde, geralmente, desembarcam os refns que so mantidos at o pagamento de um resgate.

VII- Concluso

O problema da pirataria martima oferece grande controvrsia, estando envolto em diversas questes bastante complexas. O aumento do comrcio mundial, a dificuldade de exercer vigilncia em toda a extenso das zonas afectadas, a falta de medidas coercivas eficazes tem contribudo para o exponencial aumento deste fenmeno.

Por um lado e como problema fundamental para o combate a este fenmeno a questo conceptual e legal. Como notmos, pese embora existir um conjunto significativo de Convenes, Protocolos, Acordos Bilaterais, Organizaes Internacionais e Regionais que se ocupam da questo em vrias dimenses, enquanto no existir um conceito nico, abrangente mas to especfico quanto possvel, com fora de lei e amplamente aceite (o que implica naturalmente mudanas nas leis nacionais), no ser 15

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possvel levar a cabo aces com resultados efectivos na erradicao deste fenmeno crescente. A questo de fundo obviamente poltica e situa-se no debate, porventura sem consenso possvel, entre a questo da jurisdio universal e o direito interno e direito internacional (soberania territorial dos Estados).

A existncia de uma indefinio poltica no que respeita actuao, resultando numa falha de objectivos claros e tangveis, e subsequente falta de clarificao estratgica fundada em legislao internacional e nacional, insuficiente, omissa e permissiva.

A segunda questo prende-se com factos histricos e polticos - a instabilidade poltica (Estados falhados, falta de meios de muitos estados para exercerem o controle adequado das suas costas e mares adjacentes, alguma interferncia islmica) nas zonas mais afectadas pela pirataria. Esta questo igualmente importante e gera tambm grande discusso.

Organismos como o Parlamento Europeu, Unio Africana, acreditam que antes de se empreenderem esforos para combater a pirataria, necessrio criar mecanismos no sentido de estabilizar as naes. sabido que a pirataria (no sentido ou concepo recente da problemtica) nasce de uma conjectura de instabilidade poltica, de uma certa anarquia, onde a corrupo modus operandi, tornando possvel a qualquer um contornar a lei. A Somlia um caso paradigmtico.

Estamos certos que ser preciso agir em terra paralelamente, e embora acreditemos na boa f das intenes dos organismos supra citados, so necessrias foras que mantenham a boa ordem na navegao. Dessa boa ordem depende o comrcio mundial. Dependem pases pela energia transportada por mar. Dependem pases pelos bens alimentares transportados. Dependem pases pela ajuda humanitria transportada. A questo da segurana martima, de liberdade de passagem, deve assim, ser pensada e conduzida de forma mais pragmtica ou no cessar o aumento dos actos de pirataria e violncia associada.

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E preciso no esquecer os efeitos colaterais da insegurana no mar (aumento do preo dos fretes e diminuio do nmero dos mesmos, desvios nas rotas e consequente aumento dos combustveis, aumento dos seguros s embarcaes e tripulao, aumento das compensaes das tripulaes, aumento dos preos dos produtos transportados por via martima, possibilidade colocada por pases como o Reino Unido de contratarem foras de segurana privada para acompanharem embarcaes com bandeira do Reino Unido, entre outras.) Na medida em que os ataques de piratas aumentarem, tambm os pases e grandes armadores tero tendncia para radicalizarem as suas posies e aces.

Considera-se assim, a actuao da ONU, Unio Europeia e NATO nas misses em reas fortemente marcadas pela ocorrncia do fenmeno, positiva, mas insuficiente. Mas mais uma vez, precisamos lembrar os constrangimentos destas misses, bastante limitadas no seu raio de actuao pela questo da soberania territorial e claro pela relao meio disponveis vs rea de vigilncia, agindo mais por dissuaso que por aco efectiva.

Associada a esta limitao, a questo do julgamento dos piratas e destino das embarcaes capturadas. Ora, se este fenmeno tem raiz na instabilidade poltica e inoperabilidade das foras de segurana dos pases associada corrupo e por vezes tambm a questes de ordem religiosa (como aludimos no ponto do enquadramento legal do conceito), ser certo que no sero julgados de forma conveniente e se julgados, por vezes, com violaes de direitos humanos. O Acordo ad hoc estabelecido com o Qunia poder resolver o problema do julgamento para os piratas Somalis, mas no soluciona o problema globalmente considerado. A CNUDM instituiu o Tribunal Internacional de Direito do Mar, a par deste existe o Tribunal Internacional de Justia - no podero estes tribunais assumir o julgamento dos crimes de pirataria? (Associamos esta questo, mais uma vez, ideia de jurisdio universal do crime de pirataria.) O facto de no existir jurisprudncia neste sentido (julgamento de piratas) dificulta a questo.

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A Comunidade Internacional deve chamar a si a resoluo destas questes em sede das Naes Unidas (por ser a organizao mais abrangente), discutindo o tema nas suas vrias vertentes e fazendo do chavo jurisdio universal, uma realidade. No ser possvel acabar com a pirataria no mar nos moldes actuais, nem apenas atravs dos combates das misses UE/ NATO / ONU.

Este um fenmeno que tem srias repercusses mundiais, um crime em si e muitas vezes associado a outros crimes, apesar da controvrsia sempre inerente precisar ser discutido e introduzidas mudanas significativas. A combatividade (no esquecer os riscos polticos e gastos dispendidos nas misses) das organizaes envolvidas nas misses no ser eterna. Apesar de roar a vulgaridade perguntamo-nos, o que precisar acontecer para que as Naes se insurjam efectivamente contra este fenmeno e introduzam as alteraes necessrias. Temos presente que existiro sempre Estados contra alteraes, especialmente quando estas impliquem cedncias em matria de soberania. Se o impasse permanecer, o lucro obtido na pirataria chamar mais e mais gente a tomar a pirataria como modus vivendi, o que obrigar a mudanas nas rotas comerciais (e um sem fim de questes associadas).

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VIII- Bibliografia

Livros, Revistas, Convenes e Protocolos

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Pirataria Martima

IX- ANEXOS: Mapas

Fig. 1 rea afectada pela Pirataria Costa da Somlia Disponvel em: http://somalicoast.blogspot.com/2011/05/piracymap.html

Fig. 2 Mapa aumento Pirataria (05 - 09) na Somlia. Disponvel em: http://thomaspmbarnett.com/globlogization/2010/9/13/chartof-the-day-somali-piracy-sole-rise-in-global-piracy.html

Fig.3 Mapa aumento da Pirataria na Costa da Somlia. Disponvel em:http://www.bbc.co.uk/news/10401413

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