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IX SIMPÓS X ENCONTR I ENCONTRO DA EN Planilha BCSS: suplem Hilda Silva Arau 1 Desenvolvida na EMBRAPA Gado de Corte. 2 Mestranda do Programa de Pós-Graduação ³Pesquisadores da EMBRAPA Gado de Corte A pecuária de corte n pastagens. Nestes sistemas, período de primavera/verão desempenho animal, e o p pastagens retarda o crescime al, 2006). As alternativas de su variáveis e dependentes de c pastagens são sal mineral c confinamento, em ordem cres essas alternativas reduzem as Para se escolher a considerar os números biológ levar a resultados econômicos Independente da sup dessa atividade, visando o co produtor sempre visa o lucro, Nesse sentido, qualquer que primeiramente quais são os ob Visando subsidiar es (Benefício/Custo Suplementa características do lote a ser presente trabalho descreve e caso que compara o emprego o período da seca. SIO DE CIÊNCIAS DA UNESP DRACE RO DE ZOOTECNIA DA UNESP DRAC NGENHARIA AGRNÔMICA DA UNESP 11 e 12 DE SETEMBRO DE 2013 mentação de bovinos de corte dur seca 1 ujo 2 , Sérgio Raposo de Medeiros 3 , Fernando Paim . Disponível para download. o em Zootecnia – Produção Animal - FCA/UFGD. e-mail: hil.ar e. Introdução nacional caracteriza-se pela produção qu , pode-se dividir a produção de carne o, quando a alta produção forrageira período de outono/inverno, quando a ento animal ou provoca, até mesmo, perd uplementação alimentar durante o perío cada situação. As formas mais comuns com ureia, mistura múltipla (proteinado scente de desempenho biológico. Ao me s perdas ocorridas no período de baixa p melhor opção de suplementação, n gicos, pois desempenhos menores pod s mais interessantes. plementação escolhida é importante rea ontrole e a gestão produtiva do sistema , pela redução de custos ou pela maior e seja a suplementação escolhida, o bjetivos e os recursos disponíveis. Objetivos ssa tomada de decisão, desenvolveu ação na Seca), baseada em um mod suplementado e os custos envolvidos c exemplifica o uso da planilha BCSS, atr o de mistura múltipla com ração de semi ENA CENA P – DRACENA 1 rante o período de m Costa 3 [email protected] uase que exclusiva em e em dois períodos: o a resulta em elevado produção limitada de das de peso (PRADO et odo de seca são muito de suplementação em o) e ração para semi- elhorar tal desempenho, produção forrageira. no entanto, não basta dem, em certos casos, alizar um planejamento a como um todo, pois o produção dos animais. produtor deve definir u-se a planilha BCSS delo que considera as com essa atividade. O ravés de um estudo de i-confinamento, durante

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Planilha BCSS: suplementação de bovinos de corte durante o período de

Hilda Silva Araujo

1Desenvolvida na EMBRAPA Gado de Corte. Disponível para download. 2Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia ³Pesquisadores da EMBRAPA Gado de Corte.

A pecuária de corte nacional caracterizapastagens. Nestes sistemas, podeperíodo de primavera/verão, quando a alta produção forrageira resulta em elevado desempenho animal, e o período de outono/inverno, quando a produção limitada de pastagens retarda o crescimenal, 2006).

As alternativas de suplementação alimentar durante o período de seca são muito variáveis e dependentes de cada situação. As formas mais comuns de suplementação em pastagens são sal mineral com ureia, mistura múltipla (proteinado) e ração para semiconfinamento, em ordem crescente de desempenho biológico. Ao melhorar tal desempenho, essas alternativas reduzem as perdas ocorridas no período de baixa produção forrageira.

Para se escolher a mconsiderar os números biológicos, pois desempenhos menores podem, em certos casos, levar a resultados econômicos mais interessantes.

Independente da suplementação escolhida é importante realizar um planejdessa atividade, visando o controle e a gestão produtiva do sistema como um todo, pois o produtor sempre visa o lucro, pela redução de custos ou pela maior produção dos animais. Nesse sentido, qualquer que seja a suplementação escolhida, o produtor primeiramente quais são os objetivos e os recursos disponíveis.

Visando subsidiar essa tomada de decisão, desenvolveu(Benefício/Custo Suplementação na Seca), baseada em um modelo que considera as características do lote a ser suplementado e os custos envolvidos com essa atividade. O presente trabalho descreve e exemplifica o uso da planilha BCSS, através de um estudo de caso que compara o emprego de mistura múltipla com ração de semio período da seca.

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11 e 12 DE SETEMBRO DE 2013

suplementação de bovinos de corte durante o período de seca 1

Hilda Silva Araujo2, Sérgio Raposo de Medeiros3, Fernando Paim Costa

Desenvolvida na EMBRAPA Gado de Corte. Disponível para download. Graduação em Zootecnia – Produção Animal - FCA/UFGD. e-mail: [email protected]

³Pesquisadores da EMBRAPA Gado de Corte.

Introdução

A pecuária de corte nacional caracteriza-se pela produção quase que exclusiva em sistemas, pode-se dividir a produção de carne em dois períodos: o

período de primavera/verão, quando a alta produção forrageira resulta em elevado desempenho animal, e o período de outono/inverno, quando a produção limitada de pastagens retarda o crescimento animal ou provoca, até mesmo, perdas de peso (PRADO et

As alternativas de suplementação alimentar durante o período de seca são muito variáveis e dependentes de cada situação. As formas mais comuns de suplementação em

l com ureia, mistura múltipla (proteinado) e ração para semiconfinamento, em ordem crescente de desempenho biológico. Ao melhorar tal desempenho, essas alternativas reduzem as perdas ocorridas no período de baixa produção forrageira.

Para se escolher a melhor opção de suplementação, no entanto, não basta considerar os números biológicos, pois desempenhos menores podem, em certos casos, levar a resultados econômicos mais interessantes.

Independente da suplementação escolhida é importante realizar um planejdessa atividade, visando o controle e a gestão produtiva do sistema como um todo, pois o produtor sempre visa o lucro, pela redução de custos ou pela maior produção dos animais. Nesse sentido, qualquer que seja a suplementação escolhida, o produtor primeiramente quais são os objetivos e os recursos disponíveis.

Objetivos Visando subsidiar essa tomada de decisão, desenvolveu

(Benefício/Custo Suplementação na Seca), baseada em um modelo que considera as s do lote a ser suplementado e os custos envolvidos com essa atividade. O

presente trabalho descreve e exemplifica o uso da planilha BCSS, através de um estudo de caso que compara o emprego de mistura múltipla com ração de semi

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1

suplementação de bovinos de corte durante o período de

, Fernando Paim Costa3

mail: [email protected]

se pela produção quase que exclusiva em se dividir a produção de carne em dois períodos: o

período de primavera/verão, quando a alta produção forrageira resulta em elevado desempenho animal, e o período de outono/inverno, quando a produção limitada de

to animal ou provoca, até mesmo, perdas de peso (PRADO et

As alternativas de suplementação alimentar durante o período de seca são muito variáveis e dependentes de cada situação. As formas mais comuns de suplementação em

l com ureia, mistura múltipla (proteinado) e ração para semi-confinamento, em ordem crescente de desempenho biológico. Ao melhorar tal desempenho, essas alternativas reduzem as perdas ocorridas no período de baixa produção forrageira.

elhor opção de suplementação, no entanto, não basta considerar os números biológicos, pois desempenhos menores podem, em certos casos,

Independente da suplementação escolhida é importante realizar um planejamento dessa atividade, visando o controle e a gestão produtiva do sistema como um todo, pois o produtor sempre visa o lucro, pela redução de custos ou pela maior produção dos animais. Nesse sentido, qualquer que seja a suplementação escolhida, o produtor deve definir

Visando subsidiar essa tomada de decisão, desenvolveu-se a planilha BCSS (Benefício/Custo Suplementação na Seca), baseada em um modelo que considera as

s do lote a ser suplementado e os custos envolvidos com essa atividade. O presente trabalho descreve e exemplifica o uso da planilha BCSS, através de um estudo de caso que compara o emprego de mistura múltipla com ração de semi-confinamento, durante

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O modelo BCSS (Benefício/Custo Suplementação na Seca) foi desenvolvido em Excel® (Microsoft Office), na Embrapa

As recomendações de suplementação, sugestões de desempenho animal, informações sobre rendimento de carcaça e custos de produção têm bom suporte na literatura (KABEYA et al, 2002; OLIVEIRA et al, 2004; SIMÕES et al, 2006).

O BCSS possibilita a comparação de

- Sal Mineral com Ureia: alternativa de baixo custo e que permite a manutenção de peso dos animais no período seco, desde que haja boa disponibilidade de forragem, ainda que de baixa qualidade, como aquela de pastagens vedadde 100 g/UA e o espaço linear de cocho de 5 cm/UA.

- Mistura Múltipla: alternativa que possibilita, na mesma situação acima, expectativa de ganho de peso em torno de 200 a 400 g/cab.dia. Implica em maior custo, mas, pquantidade do suplemento oferecido (1 a 2 g/kg PV). O espaço linear de cocho é de 12 a 15 cm/UA.

- Ração de Semi-Confinamento: alternativa de maior risco econômico (alto consumo de ração e resposta de ganho de peso mais incerta). O BCSS sugere d900 g/cab.dia para um consumo de 1,0 % PV em matéria seca. O espaço linear de cocho é de 50 cm/UA.

A pasta de trabalho possui uma planilha de “Dados de Entrada”, onde devem ser

digitados os dados referentes ao lote que se deseja avaliainicial (em kg) e rendimento de carcaça (recomendado não usar valor superior a 60%). Recomenda-se que o preço de venda da arroba seja baseado em valor que efetivamente será recebido (mercado futuro).

O período de suplementaçsendo que se o período ultrapassar a época da seca, o usuário recebe uma informação de alerta. No caso do ganho de peso, o usuário deve informar o ganho esperado para cada suplementação e, se esse estexcesso de otimismo ou conservadorismo.

O usuário informa ainda o custo do suplemento, utiliza a formulação programa, ou tem a opção de utilizar o otimizador para encontrar o suplemento dmínimo, com uso do Solver® (otimizador do Excel® que faz análises baseadas em programação linear e não linear). Os custos adicionais (mão de obra, cocho, mistura e distribuição) são calculados de acordo com a demanda exigida em cada suplementação.

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Material e Métodos O modelo BCSS (Benefício/Custo Suplementação na Seca) foi desenvolvido em

, na Embrapa – Gado de Corte. As recomendações de suplementação, sugestões de desempenho animal,

informações sobre rendimento de carcaça e custos de produção têm bom suporte na literatura (KABEYA et al, 2002; OLIVEIRA et al, 2004; SIMÕES et al, 2006).

O BCSS possibilita a comparação de três tipos de suplementação:

Sal Mineral com Ureia: alternativa de baixo custo e que permite a manutenção de peso dos animais no período seco, desde que haja boa disponibilidade de forragem, ainda que de baixa qualidade, como aquela de pastagens vedadas nas águas. O consumo recomendado é de 100 g/UA e o espaço linear de cocho de 5 cm/UA.

Mistura Múltipla: alternativa que possibilita, na mesma situação acima, expectativa de ganho de peso em torno de 200 a 400 g/cab.dia. Implica em maior custo, mas, pquantidade do suplemento oferecido (1 a 2 g/kg PV). O espaço linear de cocho é de 12 a 15

Confinamento: alternativa de maior risco econômico (alto consumo de ração e resposta de ganho de peso mais incerta). O BCSS sugere d900 g/cab.dia para um consumo de 1,0 % PV em matéria seca. O espaço linear de cocho é

A pasta de trabalho possui uma planilha de “Dados de Entrada”, onde devem ser digitados os dados referentes ao lote que se deseja avaliar: número de animais; peso vivo inicial (em kg) e rendimento de carcaça (recomendado não usar valor superior a 60%).

se que o preço de venda da arroba seja baseado em valor que efetivamente será recebido (mercado futuro).

O período de suplementação é informado com a entrada das datas inicial e final, sendo que se o período ultrapassar a época da seca, o usuário recebe uma informação de alerta. No caso do ganho de peso, o usuário deve informar o ganho esperado para cada suplementação e, se esse estiver fora da faixa sugerida, uma mensagem o alerta para o excesso de otimismo ou conservadorismo.

O usuário informa ainda o custo do suplemento, utiliza a formulação programa, ou tem a opção de utilizar o otimizador para encontrar o suplemento dmínimo, com uso do Solver® (otimizador do Excel® que faz análises baseadas em programação linear e não linear). Os custos adicionais (mão de obra, cocho, mistura e distribuição) são calculados de acordo com a demanda exigida em cada suplementação.

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O modelo BCSS (Benefício/Custo Suplementação na Seca) foi desenvolvido em

As recomendações de suplementação, sugestões de desempenho animal, informações sobre rendimento de carcaça e custos de produção têm bom suporte na literatura (KABEYA et al, 2002; OLIVEIRA et al, 2004; SIMÕES et al, 2006).

três tipos de suplementação:

Sal Mineral com Ureia: alternativa de baixo custo e que permite a manutenção de peso dos animais no período seco, desde que haja boa disponibilidade de forragem, ainda que de

as nas águas. O consumo recomendado é

Mistura Múltipla: alternativa que possibilita, na mesma situação acima, expectativa de ganho de peso em torno de 200 a 400 g/cab.dia. Implica em maior custo, mas, pela baixa quantidade do suplemento oferecido (1 a 2 g/kg PV). O espaço linear de cocho é de 12 a 15

Confinamento: alternativa de maior risco econômico (alto consumo de ração e resposta de ganho de peso mais incerta). O BCSS sugere desempenho entre 400-900 g/cab.dia para um consumo de 1,0 % PV em matéria seca. O espaço linear de cocho é

A pasta de trabalho possui uma planilha de “Dados de Entrada”, onde devem ser r: número de animais; peso vivo

inicial (em kg) e rendimento de carcaça (recomendado não usar valor superior a 60%). se que o preço de venda da arroba seja baseado em valor que efetivamente

ão é informado com a entrada das datas inicial e final, sendo que se o período ultrapassar a época da seca, o usuário recebe uma informação de alerta. No caso do ganho de peso, o usuário deve informar o ganho esperado para cada

iver fora da faixa sugerida, uma mensagem o alerta para o

O usuário informa ainda o custo do suplemento, utiliza a formulação default do programa, ou tem a opção de utilizar o otimizador para encontrar o suplemento de custo mínimo, com uso do Solver® (otimizador do Excel® que faz análises baseadas em programação linear e não linear). Os custos adicionais (mão de obra, cocho, mistura e distribuição) são calculados de acordo com a demanda exigida em cada suplementação. Por

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fim, o modelo inclui “outros custos”, calculados como 10% dos custos adicionais, servindo como margem de segurança para gastos não previstos.

As análises são feitas tendo como base o princípio da orçamentação parcial, isto é, calculam-se benefícios e custos adicionais em relação à opção tomada como referência. Por isso, os resultados apresentados se referem à alternativa mistura múltipla como referência e a ração de semi-confinamento como o tratamento com ganho adicional.

Para exemplificação dos resultaanimais; PV inicial de 430 kg; rendimento de carcaça de 5R$ 95,00; período de suplementação de 25/05 de mistura múltipla e de 4,98 kg/c

Os custos totais esperados em cada suplementação seguemestimado um consumo de 1,8313,60 t ao custo de R$ 3.902,93depreciação, tendo sido considerados cinco anos de vida útil. Para processar a mistura, são necessárias quatro batidas para a mistura múltipla e 2ração de semi-confinamento, ao custo de R$ 5,00 por batida. Os custos referentes à mão de obra estão embutidos nos custos de distribuição, pois o funcionário não necessitaria dispor de uma diária para a execução da atividade; assim, foi consiuma hora a cada vez que é feita a distribuição, ao custo de R$ 3,75/h. Para a mistura múltipla foram estimadas três distribuições por semana, e para a ração de semiconfinamento, 14 distribuições por semana. Considerouao custo de R$ 0,27/km.

Entre os resultados esperados para cada suplementação, destacabenefício/custo. Na mistura múltipla, para cada real investido temou seja, uma margem esperada de R$ pela suplementação com mistura múltipla devido ao menor risco econômico e também menor necessidade de desembolso. No caso da ração de semievidente, pois a margem obtida é b

Quanto ao ponto de equilíbrio, é importante destacar a ração de semiNeste estudo, para um ganho de peso esperado de 750 g/cab.dia, seria necessário um ganho de peso mínimo de suplementação, mostrando que o semimais elevado.

Quanto aos resultados técnicos, os animais suplementados com a mistura múltipla não chegariam ao final dos 91 dias

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fim, o modelo inclui “outros custos”, calculados como 10% dos custos adicionais, servindo como margem de segurança para gastos não previstos.

As análises são feitas tendo como base o princípio da orçamentação parcial, isto é, ustos adicionais em relação à opção tomada como referência. Por

isso, os resultados apresentados se referem à alternativa mistura múltipla como referência e confinamento como o tratamento com ganho adicional.

Para exemplificação dos resultados, foram computados os seguintes dad; rendimento de carcaça de 52%; preço de venda da arroba de

R$ 95,00; período de suplementação de 25/05 a 24/08 (91 dias); consumo de8 kg/cab.dia de ração de semi-confinamento.

Resultados e Discussão Os custos totais esperados em cada suplementação seguem: a)

83 t ao custo de R$ 804,75; b) ração de semi3.902,93. Os custos referentes aos cochos correspondem a sua

depreciação, tendo sido considerados cinco anos de vida útil. Para processar a mistura, são necessárias quatro batidas para a mistura múltipla e 28 batidas (para os 91

confinamento, ao custo de R$ 5,00 por batida. Os custos referentes à mão de obra estão embutidos nos custos de distribuição, pois o funcionário não necessitaria dispor de uma diária para a execução da atividade; assim, foi considerado que seria necessária uma hora a cada vez que é feita a distribuição, ao custo de R$ 3,75/h. Para a mistura múltipla foram estimadas três distribuições por semana, e para a ração de semiconfinamento, 14 distribuições por semana. Considerou-se a distância do cocho igual a 2 km,

Entre os resultados esperados para cada suplementação, destacabenefício/custo. Na mistura múltipla, para cada real investido tem-se um retorno de R$ou seja, uma margem esperada de R$ 1,98. Sob este aspecto, seria mais interessante optar pela suplementação com mistura múltipla devido ao menor risco econômico e também menor necessidade de desembolso. No caso da ração de semi-confinamento, o risco é mais evidente, pois a margem obtida é bem menor, em torno de R$ 1,47 para cada real gasto.

Quanto ao ponto de equilíbrio, é importante destacar a ração de semiNeste estudo, para um ganho de peso esperado de 750 g/cab.dia, seria necessário um ganho de peso mínimo de 509,39 g/cab.dia para cobrir os custos esperados com a suplementação, mostrando que o semi-confinamento é uma alternativa de risco econômico

Quanto aos resultados técnicos, os animais suplementados com a mistura múltipla não chegariam ao final dos 91 dias com peso de abate e foi considerado como se ele tivesse

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fim, o modelo inclui “outros custos”, calculados como 10% dos custos adicionais, servindo

As análises são feitas tendo como base o princípio da orçamentação parcial, isto é, ustos adicionais em relação à opção tomada como referência. Por

isso, os resultados apresentados se referem à alternativa mistura múltipla como referência e confinamento como o tratamento com ganho adicional.

dos, foram computados os seguintes dados: 30 %; preço de venda da arroba de

a 24/08 (91 dias); consumo de 669 g/cab.dia confinamento.

: a) mistura múltipla, foi ração de semi-confinamento, de

. Os custos referentes aos cochos correspondem a sua depreciação, tendo sido considerados cinco anos de vida útil. Para processar a mistura, são

batidas (para os 91 dias) para a confinamento, ao custo de R$ 5,00 por batida. Os custos referentes à mão de

obra estão embutidos nos custos de distribuição, pois o funcionário não necessitaria dispor derado que seria necessária

uma hora a cada vez que é feita a distribuição, ao custo de R$ 3,75/h. Para a mistura múltipla foram estimadas três distribuições por semana, e para a ração de semi-

ância do cocho igual a 2 km,

Entre os resultados esperados para cada suplementação, destaca-se a relação se um retorno de R$ 2,98,

. Sob este aspecto, seria mais interessante optar pela suplementação com mistura múltipla devido ao menor risco econômico e também menor

confinamento, o risco é mais para cada real gasto.

Quanto ao ponto de equilíbrio, é importante destacar a ração de semi-confinamento. Neste estudo, para um ganho de peso esperado de 750 g/cab.dia, seria necessário um

ia para cobrir os custos esperados com a confinamento é uma alternativa de risco econômico

Quanto aos resultados técnicos, os animais suplementados com a mistura múltipla com peso de abate e foi considerado como se ele tivesse

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sido comercializado a um boitel, no qual o produtor receberia pelas arrobas estocadas ao preço de venda no mercado futuro.

O modelo desenvolvido apresentaalternativas de suplementação, como as abordadas no caso. Foi possível identificar que, nesta situação específica, seria prudente a opção pela mistura múltipla, pois apesar do menor ganho de peso, o risco econômico é mais baixo, mostrando ser u

KABEYA, K.S.I.; PAULINO, M.F.; DETMANN, E. et al. Suplementação de Novilhos Mestiços em Pastejo na Época de Transição ÁguaFísicas de Carcaça, Consumo e Parâmetros Ruminais. v.31, n.1, p.213-222, 2002. OLIVEIRA, L.O.F.; SALIBA, E.O.S.; RODRIGUEZ, N.M. et al. Consumo e digestibilidade de novilhos Nelore sob pastagem suplementados com misturas múltiplas. de Medicina Veterinária e ZootecniaPRADO, I.N. do; MOREIRA, F.B.; CECARO, U. et al. Sistemas para Crescimento e Terminação de Bovinos de Corte a Pasto: Avaliação do Desempenho Animal e Características da Forragem. SIMÕES, A. R. P., MOURA, A. D., ROCHA, D. T. Avaliação Econômica Comparativa de Sistemas de Produção de Gado de Corte sob Condições de Risco no Mato Grosso do Sul. Revista de Economia e Agronegócio

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sido comercializado a um boitel, no qual o produtor receberia pelas arrobas estocadas ao preço de venda no mercado futuro.

Conclusões O modelo desenvolvido apresenta-se como uma ferramenta útil pa

alternativas de suplementação, como as abordadas no caso. Foi possível identificar que, nesta situação específica, seria prudente a opção pela mistura múltipla, pois apesar do menor ganho de peso, o risco econômico é mais baixo, mostrando ser u

Referências KABEYA, K.S.I.; PAULINO, M.F.; DETMANN, E. et al. Suplementação de Novilhos Mestiços em Pastejo na Época de Transição Água-Seca: Desempenho Produtivo, Características Físicas de Carcaça, Consumo e Parâmetros Ruminais. Revista Brasileira de Zootecnia

OLIVEIRA, L.O.F.; SALIBA, E.O.S.; RODRIGUEZ, N.M. et al. Consumo e digestibilidade de novilhos Nelore sob pastagem suplementados com misturas múltiplas.

e Zootecnia , v.56, n.1, p.61-68, 2004. PRADO, I.N. do; MOREIRA, F.B.; CECARO, U. et al. Sistemas para Crescimento e Terminação de Bovinos de Corte a Pasto: Avaliação do Desempenho Animal e Características da Forragem. Revista Brasileira de Zootecnia , v.32, n.4, p.955SIMÕES, A. R. P., MOURA, A. D., ROCHA, D. T. Avaliação Econômica Comparativa de Sistemas de Produção de Gado de Corte sob Condições de Risco no Mato Grosso do Sul. Revista de Economia e Agronegócio , v.5, n 1, 2006.

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sido comercializado a um boitel, no qual o produtor receberia pelas arrobas estocadas ao

se como uma ferramenta útil para comparar alternativas de suplementação, como as abordadas no caso. Foi possível identificar que, nesta situação específica, seria prudente a opção pela mistura múltipla, pois apesar do menor ganho de peso, o risco econômico é mais baixo, mostrando ser uma atividade viável.

KABEYA, K.S.I.; PAULINO, M.F.; DETMANN, E. et al. Suplementação de Novilhos Mestiços Seca: Desempenho Produtivo, Características

Revista Brasileira de Zootecnia ,

OLIVEIRA, L.O.F.; SALIBA, E.O.S.; RODRIGUEZ, N.M. et al. Consumo e digestibilidade de novilhos Nelore sob pastagem suplementados com misturas múltiplas. Arquivo Brasileiro

PRADO, I.N. do; MOREIRA, F.B.; CECARO, U. et al. Sistemas para Crescimento e Terminação de Bovinos de Corte a Pasto: Avaliação do Desempenho Animal e

, n.4, p.955-965, 2003. SIMÕES, A. R. P., MOURA, A. D., ROCHA, D. T. Avaliação Econômica Comparativa de Sistemas de Produção de Gado de Corte sob Condições de Risco no Mato Grosso do Sul.