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EDIÇÃO 2 - ANO 1 - FEVEREIRO 2014

Pneupress - Edição de Fevereiro

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Revista especializada na informação da indústria de pneus, recapagem e de insumos (borracha sintética e natural).

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EDIÇÃO 2 - ANO 1 - FEVEREIRO 2014

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mercado brasileiro avançou bem em 2013, com a produção eas vendas (tanto de equipamentos originais, quanto de pneuspara o segmento de reposição) favorecendo um quadro não

apenas de recuperação ante aos anos anteriores, mas com ganhosexpressivos.

Novas marcas entraram no mercado, novos produtos de pontaforam lançados, novas tecnologias em pneus e telemática semostraram presentes, sustentadas sobre pilares desafiantes ao setor- como o processo de rotulagem que deve marcar presença a partirde 2016, sendo aplicado oficialmente em 2017 - assim como osprojetos em parceria com o setor automotivo (dentro do Inovar-Auto), cujas métricas pontuam percentuais crescentes de partes epeças nacionais nos veículos, somando-se nesse ponto o desafio dese converter materiais usados na construção de pneus em insumosmais harmoniosos e menos nocivos ao meio ambiente.

Não apenas os grandes temas - Inovar-Auto, Rotulagem e PneusVerdes -, tomam conta da agenda do setor, mas também as nuancesda economia internacional e brasileira, como também a necessidadede dirimir gargalos logísticos.

Uma questão das mais relevantes é a profissionalização domercado brasileiro de pneus. Quem vive o setor, quem se alimentado setor e quem cobre o setor no seu dia a dia percebe isso aolhos vistos.

Essa profissionalização implica em dizer que um novo olhar seforma sobre o pneu, sobre sua indústria, sobre seu mercado, sobresua importância no contexto geral da inflação - pois quem não sabe,pneu é custo e sendo custo ele pesa na formação do frete e sendoparte do frete ele afeta toda a cadeia de bens e serviços daeconomia aqui e no exterior.

Já se percebe que os espaços para empresários'borracheiros', no sentido jocoso da palavra, ficam mais estreitose, por profissionalização, temos um caminho superlativo aocontexto da transparência de ações e resultados, algo que jáexiste em mercados maduros, mas que por aqui ainda nãotraduz como realidade.

O ano de 2014 representa apenas mais um rito de transiçãonesse aspecto, entre um momento passado e um momento deconsolidação de novos pressupostos, entendidos aqui como novasterminologias, tecnologias, insumos e aplicações, que redundam emuma gestão mais ativa e menos passiva do ativo pneus.

Boa Leitura!Os editores

Editorial

A profissionalizaçãodo mercado de

pneus no Brasil

Edição 2 - Ano 1Fevereiro de 2014

Diretor de RedaçãoFernando Bortolin (MTB nº 20.658)

[email protected]

Projeto Gráfico, Diagramação e ArteAndré Luiz Pache

[email protected]

WebdesignFernanda Mestriner

[email protected]

Redação e CorrespondênciaRua Princesa Maria da Glória, 59 - Vila

Guiomar - Santo André (SP)CEP: 09091-010 - Telefones: (11) 4438.4449

e (11) [email protected]

Publicidade e demais informações sobreos produtos e kits de mídia, fale com:

[email protected]@pneupress.com

Tiragem e circulaçãoPublicação papel:

5.000 exemplares distribuídos gratuitamentepara profissionais do setor de pneus.

Publicação eletrônica:com acesso gratuito, a audiência

supera10.000 visualizações mensais.

Quem somosO site www.transportepress.com, a

revista Pneupress e o braço de comuni-cação www.versomidia.com, são iniciati-vas da Bortolin Comunicação LTDA, instala-da em Santo André, no ABC Paulista.

O portal Transportepress.com reúneinformações sobre os setores: Rodoviário,Portos & Navios, Aéreo, Ferroviário,Automotivo e de Pneus.

Através do portal são divulgadas asedições eletrônicas da Pneupress - publicaçãoque dedica 100% de seu conteúdo editorial aosegmento de pneumáticos e reforma de pneus.

Na área de comunicação e consultoriaatuamos através da Versomidia, empresadedicada à criação e elaboração de projetosgráficos, editoriais e de mídias eletrônicas(sites e web design), além de consultorias eestudos para empresas de transporte, auto-motivo e pneus.

2 FEVEREIRO

O

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Editorial

Pneu Verde

Banda de Rodagem

Pneupress Pergunta

Visão da Indústria

Em Números

Índice

Pneu recapado é até 60% mais barato que um novo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26Tecnologia a quente ou a frio? . . . . . . . . . . . . . . . . . . .27Dicas da Vipal para uma boa reforma . . . . . . . . . . . . .28O mercado de reforma no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . .29De cada 10 reformas de pneus no Brasil, quatro são da Vipal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30A Rede Autorizada Vipal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31

FEVEREIRO 13

A profissionalização do mercado de pneus no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2

Vipal responde por 40% dos pneus reformados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4

Auto Sueco, a excelência em Volvo está aqui . . . . . . .32Programa Ouro Volvo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .34

Pirelli cresce o dobro da média de mercado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10Como nasceu a 01 Series . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12Nova gama de pneus é composta por nove modelos para caminhões e ônibus . . . . . . . . . . . . . . .14As tecnologias que estão por traz da 01 Series . . . . .15

Lanxess comprova em teste a eficiência dos pneus verdes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20Calculadora de frota ajuda a economizar combustível . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .23

Produção e vendas abrem 2014 em alta . . . . . . . . . . .16Sumitomo integra base de associados da ANIP . . . .17Produção de pneus de passeio avança 7,9% e de carga 6,4% . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17

Negócios

Tecnologia

Pelo Mercado

Sistemas de telemetria reduzem custos com pneus e combustíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .36FleetBoard ajuda a economizar diesel, filtros e freios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38O Cyber Fleet verifica modos e usos do pneu de seu caminhão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39

Diesel, pneus e recapagem, os vilões do transporte em 2013 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40

Banda de rodagem verde já é realidade no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .23Tipler tem banda nota A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24

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tenção à qualidade de processos e produtos e responsável pelacultura da reforma de pneus no Brasil, a Vipal enfrenta a passosfirmes os desafios do mercado. Em entrevista exclusiva para a

Pneupress, o gerente de marketing Eduardo Sacco revela os planos dacompanhia para 2014 e ensina conceitos que são importantes para oentendimento de um negócio que movimenta mais de R$ 7 bilhões porano e repõe no mercado número superior a 8,0 milhões de pneusreformados. Confira a seguir os principais pontos da entrevista:

Pneupress Pergunta com Eduardo Sacco, da Vipal

A

4 FEVEREIRO

PNEUPRESS - Qual a leitura da Vipal sobre odesempenho do mercado brasileiro derecapagem.

Eduardo Sacco - O mercado atual passa por umimportante movimento de qualificação dosreformadores para atender aos critériosestabelecidos pela Portaria 444 do Inmetro.

Os transportadores serão os maiores beneficiados,uma vez que a reforma será uma alternativa aindamais confiável e economicamente viável na hora dareposição do pneu. O setor de reforma de pneuscresce mundialmente, não só no Brasil.

Novas soluções em equipamentos e tecnologia demateriais traduzem o dinamismo desse mercado emtermos globais.

O caráter de sustentabilidade da indústria dereforma de pneus é cada vez mais reconhecido evalorizado na Europa e Estados Unidos. No Brasil,segundo maior mercado do mundo, não está sendodiferente.

PNEUPRESS - Em números, qual o volume dereformas de pneus realizados em 2012 e 2013?

Eduardo Sacco - Segundo dados da AssociaçãoBrasileira do Segmento de Reforma de Pneus (ABR), areforma repõe mais de 8,0 milhões de pneus da linhacaminhão e ônibus, proporcionando uma economia realem torno de R$ 7 bilhões/ano.

PNEUPRESS - Qual a participação da Vipalnesse segmento.

Eduardo Sacco - A Vipal é responsável por 40% dospneus de caminhões e ônibus reformados no País.

PNEUPRESS - Quais os prognósticos que a Vipaltem para o fechamento das operações de 2013 ecomo desenha o mercado para 2014.

Eduardo Sacco - A Vipal projeta fechar 2013 comR$ 2 bilhões de faturamento (incluindo operaçãoFate).Para 2014, estima-se um crescimento médio demercado em torno de 5%.

No exterior, a intenção é crescer nos mercadosatuais e investir sobre novas fronteiras.Temos mercadoscom potencial onde ainda podemos crescer, comoEstados Unidos, Europa e Austrália, além de algunsoutros da América Latina.

Atualmente, a Vipal exporta para 90 países em todosos continentes e possui ainda centros de distribuição naAmérica do Sul,América do Norte e Europa.

PNEUPRESS - Qual a base da rede autorizadada Vipal em todo o Brasil. Houve expansão emrelação a 2012, qual a base atual e há estimativapara expansão em 2014?

Eduardo Sacco - Ao longo de seus 40 anos, a Vipalajudou a construir a cultura da reforma de pneus emtodo o território nacional. Isso foi possível graças a alta

Vipal responde por 40% dospneus reformados no País

Referência nacional e mundial, aempresa traça planos para crescer

ainda mais em 2014

Eduardo Sacco, gerente de marketing da Vipal

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profissionalização e qualificação de serviços e produtosque o mercado de reforma de pneus atingiu.

Um motivo essencial para essa excelência é aformação de sua Rede Autorizada.Capaz de manter emalto padrão e uniformizar os parâmetros técnicos domercado, este aparato respalda tecnicamente osreformadores, capacitando o segmento de modo que sejapossível realizar a correta prática da reforma de pneus.

Contando com cerca de 250 reformadores, a maiordo País, a Vipal possui a maior equipe de consultores domercado, o que dá garantia de assistência técnica ecomercial para toda a Rede.

Constantemente, novas reformadoras passam aintegrar a Rede Autorizada Vipal. É o caso da Ser Pneus,de Porto Feliz (SP), que entrou em junho do anopassado e da Renobras, de Barueri (SP), que entrou paraa rede em maio.

PNEUPRESS - Como a Vipal trabalha a redeautorizada - treinamentos, capacitações, novastecnologias.

Eduardo Sacco - Os principais reformadores no

mundo são ligados a uma rede, e no Brasil não édiferente.A reforma de pneus é uma indústria e comotal mantém seus padrões técnicos. Um reformador quepertence a uma rede conta com esse respaldo.A RedeVipal é o melhor exemplo, pois traz consigo toda a forçae know-how da marca, foi a primeira empresa brasileirado setor certificada pelo ISO 9002, ostentando ainda aISO 9001: 2008 e o certificado de verificação dedesempenho para sua linha de bandas de rodagem peloIFBQ/INMETRO.

Através da sua Rede Autorizada, a Vipal oferece atodos os seus reformadores produtos exclusivos comobandas de alto desempenho com desenhos Vipal,incluindo as Bandas ECO, que proporcionam economiade combustível de até 10%.A rede dispõe também deserviços exclusivos, como a Reforma Qualificada eGarantida (RQG), que abrange as 14 principais marcasde pneus do mercado, oferecendo garantia até a terceirareforma, e que já reformou 4,0 milhões de pneus.

Há ainda outras vantagens, como o Programa deOrientação ao Transportador (PROTRANS), quedisponibiliza uma série de serviços para melhoria do

Uma das principais unidades de

produção da Vipal fica na cidade

gaúcha de Nova Prata.

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Pneupress Pergunta

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desempenho dos frotistas, e o Cartão BNDES, quepermite ao transportador reformar seus pneus deforma parcelada em até 48 meses.Todos osreformadores da rede e seus clientes também contamcom treinamentos e qualificação através do CTV(Centro Técnico Vicencio Paludo), uma reformadora-escola que a Vipal mantém em Nova Prata (RS). Estestreinamentos estão ligados a UniVipal.

Além da reforma, a Vipal mantém uma preocupaçãode oferecer uma solução de pneu novo para a rede, oque consegue através de sua parceria com a Fate.Aforça da marca Vipal é tamanha que, ao contrário do quenormalmente ocorre no mercado de pneus, estaparceria se deu de forma diferente, pois geralmente é ofabricante de pneus novos que busca um parceiro para areforma, sendo que, neste caso, foi o fabricante deprodutos para reforma que buscou uma solução parapneus novos.

Outro fator para a escolha do reformador éverificar se ele possui o registrodo Inmetro para os pneusreformados. Este registro,referente à Portaria nº 444, éindispensável para a atividadeno segmento de reforma depneus de carga.A Vipal sabedisso, pois possui a maiorrede com reformadoresregistrados no Inmetro,além de constantementeorientar, capacitar e darsuporte técnico aosreformadores para sua obtenção.

PNEUPRESS - A Vipal tem uma de suas forças naexportação. Em números, como foi o desempenhoda companhia em 2013 versus 2012 e o que aempresa pontua para 2014?

Eduardo Sacco - A empresa deve fechar seufaturamento com exportações de US$ 130 milhões em2013, contra US$110 milhões em 2012.A BorrachasVipal responde por 80% das exportações brasileiras debandas pré-moldadas e detém posição de destaque emvários países onde atua, atingindo elevados índices departicipação em mercados de extrema exigência.

PNEUPRESS - Qual a estrutura da empresa noexterior e como é o desenho estratégico para 2014.

Eduardo Sacco - A Borrachas Vipal conta hoje com3,0 mil colaboradores.A empresa tem duas fábricas emNova Prata (RS) e uma em Feira de Santana, na Bahia,totalizando cerca de 160 mil metros quadrados de

parque fabril e três centros de distribuição no Brasil.AVipal exporta para 90 países em todos os continentes epossui ainda centros de distribuição na América do Sul,América do Norte e Europa.

No exterior, mantém Centros de Distribuição naEspanha,Alemanha, Eslovênia,Austrália, Estados Unidos(um na Flórida e outro na Virgínia), México e Colômbia.Igualmente, têm filiais em oito localidades: Espanha,Alemanha, Eslovênia,Austrália, Estados Unidos, México,Argentina, Chile, Colômbia e Vipal Overseas (África SubSaara e Ásia).Também, de forma a atender ocrescimento das exportações, no último mês de agosto,a Vipal inaugurou seu terceiro Centro de Distribuiçãonos Estados Unidos, localizado na cidade de Los Angeles,na Califórnia, com capacidade de armazenamento de 1,5mil posições para pallets, cobrindo toda a Costa Oestenorte-americana, além de alguns estados do Centro do

país e as regiões Oeste ecentral do Canadá.

Uma das estratégias é apresença em feiras eeventos internacionais. Esteano, a empresa esteve naAutopromotec (Itália),ocorrida em maio, uma das

principais do setor nomundo.Também

marcou presença naColfecar(Colômbia) e daAnpact (México).Em 2014, a Vipal

estará na Reifen(Alemanha) e na Expoprovedores (México), entreoutros eventos internacionais.

No que se refere à gestão, a Vipal está destinandouma de suas três fábricas, localizada em Nova Prata,apenas para a produção de exportação. Esta é umadecisão importante que a Vipal está tomando referenteao mercado externo, pois pode, assim, oferecer toda aestrutura necessária para atender com excelência todosos países distribuídos pelo mundo que atende.

A empresa estuda e acompanha a cultura dosmercados onde atua para desenvolver produtosespecíficos. Exemplo disto é uma banda de rodagempara reforma de pneus especialmente desenvolvida paraotimizar a tração de veículos pesados na neve, realidadecomum em estradas da Europa e Estados Unidos.

PNEUPRESS - Quais são as tecnologiasexistentes para a recapagem de pneus disponíveisno mercado brasileiro hoje?

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Eduardo Sacco - É possível destacar duastecnologias existentes para se recapar umpneu.A quente e a frio. Mas qual a mais viávelou mais utilizada? Qual permite um pneurecapado de mais qualidade ou tem melhoraplicação em pneus de caminhão e ônibus?

Os reformadores Vipal trabalham comos dois tipos e podem avaliar qual deles éo mais indicado para cada caso.

Pré-moldados: reforma a frio - opneu é recoberto com uma banda pré-moldada, ou seja, com o desenho jádefinido. Neste processo, a reforma ésempre "TOP CAP", também conhecidacomo recapagem, que abrange apenas abanda de rodagem e os ombros.

Camelback: reforma a quente - opneu é recoberto com uma camada deborracha não-vulcanizada e o desenho dabanda de rodagem é feito por uma matriz(molde) em prensas, com três ou seis partes. Esteprocesso pode tanto ser "TOP CAP" (recapagem)quanto "FULL CAP", ou recauchutagem, que inclui parteda região dos flancos.

A quente ou a frio? - na reforma a quente atemperatura é mais elevada e aplicada em uma regiãoespecífica da carcaça, enquanto no processo a friotrabalha-se com temperatura mais baixa e oaquecimento da carcaça é uniforme. Mas como saberqual dos dois processos escolher? Um dos fatores quecostuma determinar essa escolha é a condição dacarcaça. Se ela apresentar cortes profundos, cintas oulonas afetadas, muitos consertos e excesso depicotamento, é possível que o processo afrio (pré-moldado) não seja indicado.Nesses casos, a reforma a quente(camelback) atende a qualquer condiçãode carcaça, respeitados, é claro, oslimites de segurança estabelecidos peloInmetro.

Além disso, há alguns tipos depneus em que apenas a reforma aquente (camelback) pode ser aplicada.É o caso dos pneus OTR (pneus"gigantes") e do remolde, resultantedo processo de remoldagem, muitousado em veículos de passeio.

Importante ressaltar que oresultado final do pneu reformado éequivalente, não importa se o processofoi a quente ou a frio.Além disso, osdesenhos disponíveis reproduzem a

maioria dos pneus originais existentes nomercado e atendem a todas as necessidades de

aplicação.

PNEUPRESS - Qual a importância darecapagem para o transportador e para o meioambiente

Eduardo Sacco - O setor está se qualificando cadavez mais e o transportador está mais consciente que areforma de pneus contribui para a redução dos custosoperacionais da frota e do impacto ambiental.

A reforma economiza dinheiro para o frotista. Umpneu reformado é 60% mais barato que um novo e como mesmo desempenho, qualidade e segurança.

É fundamental, contudo, que o frotista outransportador escolha uma rede autorizada na hora dereformar, pois isso lhe dará a certeza de uma reformade acordo com os padrões de qualidade estabelecidospela Vipal. E um fator importante para a escolha doreformador é verificar se ele possui o registro do

Inmetro para os pneus reformados. Este registro,referente à Portaria nº 444 é indispensável para aatividade no segmento de reforma de pneus de carga.Isso garantirá uma maior segurança e qualidade nospneus que irão rodar.

PNEUPRESS - Qual a dica que a Vipal dá paraque esses players tenham noção da importância darecapagem.

Eduardo Sacco - A reforma de pneus é umaprática comum entre os transportadores. Porém,antes de encaminhar um pneu para a reforma o

transportador deve ter ciência daimportância dos cuidados com o seu uso e

manutenção. O Inmetro estabelece exigênciasque visam dar um melhor padrão de qualidade e

uma maior vida útil para os pneus, conferindo-lhesmais desempenho e segurança. Dirigir com atenção,evitar o uso excessivo dos freios e não provocararraste lateral ou roçá-los contra guias, bem comotrafegar com cuidado em estradas em condiçõesruins, são algumas recomendações para manter umpneu em condições de, quando for a hora certa,poder ser reformado.

Assim, os critérios de seleção do pneu para reformapassaram a ser mais rigorosos, fazendo com que todotransportador não possa mais deixar de reformar emum estabelecimento devidamente registrado. Daí aimportância do uso correto e da conservação dospneus.Tudo começa com a escolha correta do pneu ouda banda, tendo por base o tipo de veículo e a suaaplicação. Rodar com a pressão abaixo do especificado

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8 FEVEREIRO

Pneupress Pergunta

ou com sobrecarga é outro fator quedeve ser observado, pois reduz muito avida útil do produto.A pressão inadequada éum dos motivos cruciais para esse desgasteprematuro.A pressão, quando 20% abaixo doespecificado, implica na redução do mesmopercentual da vida útil do pneu.

Uma nova ferramenta da Vipal para adisseminação do conhecimento sobre aimportância da reforma junto a seus clientes eparceiros é através da UniVipal, universidadecorporativa da Borrachas Vipal que tem comoobjetivo ser um polo de conhecimento sobrereforma, manutenção e gerenciamento de pneus.A liderança de mercado da Vipal só é possívelpela alta qualidade de serviços e produtosoferecidos por sua Rede. Dentro destaqualificação está o papel da UniVipal, a qualrealiza cursos online e presenciais em parceriacom instituições parceiras, além do próprioCentro Técnico Vicencio Paludo, pertencente àVipal. Todos os reformadores da Rede Vipal, bemcomo seus clientes, contam com treinamentos equalificação oferecidos pela UniVipal.

PNEUPRESS - Não apenas em custos, arecapagem também representa uma ação desustentabilidade e respeito ao meio ambiente.Como a Vipal trabalha esse conceito, e como elamesma possibilita a reciclagem de inservíveis?

Eduardo Sacco - A prática da reforma de pneus vaiao encontro do DNA sustentável da Vipal,tendo em vista a inegável contribuição dareforma para o meio ambiente. Em relação aum pneu novo, cada pneu reformado economiza,em média, 57 litros de petróleo. O mesmo ocorrecom a energia elétrica, pois a reforma proporcionauma redução de 80% de energia e matéria-prima emrelação à produção de pneus novos.

Dentre os principais produtos para reforma depneus desenvolvidos pela Vipal estão as bandasexclusivas, como a inovadora e pioneira banda pré-moldada ECO, que, além de economizar combustível,preserva o meio ambiente.A avançada tecnologia dasbandas ECO é produzida com compostos especiais edesenhos exclusivos que garantem menor resistênciaao rolamento e menor consumo de combustível.

A banda ECO é um produto que vai além daeconomia com a reforma, pois contribui tambémcom o meio ambiente e com o sucesso da atividadedo transporte. É comprovado que as bandas ECOgeram uma redução do consumo de combustível

de até 10%. Importantes transportadoras do Brasil,como TW Transportes,Transportadora Dalçóquio,Transportadora Giomila, Ereno Dörr, Ludams eTransportes Boa Esperança já utilizam as bandasECO em suas frotas, obtendo as vantagens queo produto oferece. O mesmo ocorreu em umafrota de ônibus escolar na Carolina do Norte,Estados Unidos, que registrou economia de10,1% ao utilizar as bandas Vipal ECO.

Igualmente no que se refere à tecnologiaem prol da sustentabilidade, todos osprodutos da Vipal são Safe Oil, ou seja, nãopossuem em seu composto de borracha oschamados "óleos altamente aromáticos", quecontêm componentes que trazem riscos aomeio ambiente. Conforme exigência doInmetro prevista na Portaria 544, a partir de2016 todos os pneus novos e importados jádevem estar isentos deste tipo de óleo.A Vipalé pioneira no Brasil em abolir os óleos

altamente aromáticos de suas linhas deprodução, pois entende que esta questão também é deresponsabilidade do segmento de reforma de pneus.

A obrigatoriedade de garantir a destinaçãoecologicamente correta dos pneus inservíveis é dosfabricantes e importadores de pneus novos.A Fate doBrasil, empresa associada à Vipal Borrachas, realiza essaoperação por intermédio da Reciclanip.

Os reformadores de pneus têm um papelfundamental nesse processo, uma vez que são eles quedeterminam se o pneu usado pode ou não ser

reformado, com base em rigorosos critériostécnicos.

PNEUPRESS - Qual a diferençaconceitual entre recapar um pneu erecauchutar um pneu?

São regulamentados hoje no Brasil trêstipos de reforma de pneus e a Rede Vipaloferece todos esses tipos:

- Recapagem: processo pelo qual umpneu é reformado pela substituição da suabanda de rodagem;

- Recauchutagem: processo pelo qualum pneu é reformado pela substituição dasua banda de rodagem e dos seus ombros;

- Remoldagem: processo pelo qualum pneu é reformado pela substituição dasua banda de rodagem, de seus ombros ede toda a superfície dos seus flancos.

mais informações sobre a

Vipal na página 26

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Pirelli cresce

o dobro damédia demercado

Visão da Indústria

10 FEVEREIRO

Pirelli fechou 2013 com expansão de doisdígitos no Brasil. "Dois dígitos e o dobro damédia de mercado", destaca o diretor de

marketing para produtos agricultura e caminhão daPirelli na América do Sul, Flavio Bettiol, em entrevistaexclusiva para a Pneupress.

Segundo o executivo, o bom desempenho daempresa líder em produção, vendas e exportações depneus no Brasil e na América Latina se deve, em parte,ao aumento da comercialização de caminhões, mastambém pelo excelente desempenho dos setores demáquinas e implementos agrícolas.

"Em 2012 a transição da tecnologia Euro 5 junto aosegmento de caminhões e ônibus foi muito fraca e em

A

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FEVEREIRO 11

2013 assistimos a uma súbita recuperação, com vendascrescentes de até 35%", disse ele ao citar os ganhosobtidos pela Pirelli na comercialização de pneusoriginais, diretamente fornecidos para as linhas deprodução das montadoras e também para o segmentode reposição de pneus, o bom e velho varejo.

"Não falamos em números, mas posso lhe dar umaideia. Nosso crescimento foi de dois dígitos nos doissegmentos do mercado e o dobro do observado pelosconcorrentes", relatou. Questionado sobre como podeser o ano de 2014 Bettiol foi um pouco maispragmático. "2014 não deve repetir os bons momentosde 2013, mas ainda assim será positivo. Podemosapostar em expansão média de 3,0% nos segmentosoriginal e de reposição", aponta.

Na verdade a Pirelli vive um de seus melhoresmomentos em mais de 80 anos de Brasil, pelo menosno que diz respeito aos pneus de carga, voltados paraos setores agrícola, de caminhões e de ônibus, e boaparte disso se deve aos novos pneus que a empresaacaba de apresentar ao mercado brasileiro, a 01 Series.

Em primeiro lugar, a nova gama de pneus radiaissurge com um papel relevante: substituir a atual famíliade pneus de carga da Pirelli no Brasil e na AméricaLatina. Em segundo, a 01 Series nasce embasada em umpacote de tecnologias, de materiais e de compostosque já antecipa o processo de rotulagem de pneusprevisto para entrar em vigor no Brasil em 2017.

Outros qualificativos podem ser citados, mas valedizer que a nova gama de pneus garante 15% mais emrendimento quilométrico, amplia em 30% o índice dereforma, tem resistência estrutural 25% maior e é 25%mais silenciosa que a atual gama de pneus da empresa.

"Garantimos 400 mil quilômetros com esses pneus.200 mil quilômetros na primeira vida, 100 mil naprimeira reforma e outros 100 mil na segundareforma", destaca Flavio Bettiol ao apontar que ospneus chegam mais caros que a atual gama deprodutos, mas não tanto quanto o consumidoracredita.

"Estimamos um aumento médio de 2% no preçofinal, o que é consideravelmente baixo se levarmos emconsideração que os pneus 01 Series garantem 15%mais rendimento quilométrico, maior capacidade dereforma e maior economia de combustível", afirma oexecutivo.

A nova gama de pneus nasce como parte deinvestimentos da ordem de R$ 400 milhões que aempresa está realizando no Brasil até 2015.Desenvolvida a quatro mãos pelos Centros dePesquisas e Desenvolvimento da Pirelli, em Milão eSanto André, a 01 Series será produzida nas fábricas deGravataí, no Rio Grande do Sul, e de Santo André, noABC Paulista.

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s desafios do Inovar-Auto - que pedem porpartes e peças automotivas que garantam àsmontadoras maior economia de combustível

aos veículos brasileiros -, o forte crescimento domercado agroindustrial, associado ao desempenho davenda de caminhões na tecnologia Euro 5, são apenasalguns dos motivos que levaram a Pirelli, a empresalíder em produção, vendas e exportação de pneus doBrasil e da América Latina, a lançar uma nova gama depneus para caminhões e ônibus, a 01 Series.

"Eu incluiria nessas questões o futuro processo derotulagem de pneus, que será realidade no Brasil em2017, bem como as novas empresas do setor deveículos pesados, como a International, DAF, Metro-Schacman, Sinotruk, sem se esquecer do programa derenovação de frotas, que deve retirar das ruas eestradas brasileiras cerca de 30 mil caminhões commais de 30 anos de circulação", destaca o diretor demarketing para produtos agricultura e caminhão daPirelli na América do Sul, Flavio Bettiol.

O executivo ressalta também a tendênciamostrada pelas montadoras de lançamentos de

veículos com maior capacidade para transportes, oque representa um desafio relevante para a indústriade pneus, que precisa estar ao lado das empresas parao fornecimento de equipamentos de qualidade. "Alémdas empresas citadas, vimos a MAN-Volkswagen,Volvo,Mercedes-Benz, Iveco e Scania lançando caminhõesmais potentes e a Pirelli está antenada à importânciados pneus nesse contexto, oferecendo produtostecnologicamente apropriados para as aplicaçõesdesejadas pelo mercado", diz.

A 01 Series vem para ser uma das referências domercado brasileiro de pneus de carga radiais. Lançadaoficialmente durante a Fenatran 2013, traz em seucontexto não apenas tecnologias, materiais ecompostos inovadores, como qualidades técnicas quefarão a concorrência coçar a cabeça.

"São pneus que já estão enquadrados dentro doprograma de rotulagem e etiquetagem de pneus, previstopara entrar em vigor em 2017, e contam com tecnologiaque permite, entre outras coisas, melhora de 15% emrendimento quilométrico e resistência ao rolamento,evolução de 30% nos índices de reforma, 25% mais em

Visão da Indústria

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Como nasceu

a 01 Series

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Pneus se enquadram nos pressupostos

do Inovar-Auto e no programa de

rotulagem previsto para 2017

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resistência estrutural contra impactos, ganho de 10% emdirigibilidade e 25% em relação ao rumor produzidodurante a rodagem", relata Flavio Bettiol ao descrever osqualificativos técnicos da 01 Series ante a atual gama depneus da empresa e dos concorrentes.

"A Pirelli garante duas a três vidas completas aospneus 01 Series, o que representa algo em torno de400 mil quilômetros para os padrões das ruas eestradas brasileiras", diz ele, ao apontar 200 milquilômetros para a primeira vida, 100 mil quilômetrospara a segunda vida (primeira etapa de reforma dopneu) e outros 100 mil quilômetros para a terceiravida (segunda etapa de reforma do pneu original).

"Tudo isso está dentro da plataforma FleetSolution,que compreende um pacote completo de apoio que aPirelli oferece às frotas, com focos em sustentabilidadee redução de custos operacionais", diz.

Dentro do FleetSolution encontra-se o Cyber Fleet,umsistema de telemetria que envolve a inserção de um chipdentro do pneu,voltado para a medição da temperatura epressão, tudo isso em tempo real e acompanhado pelogestor da frota e pelo motorista do veículo.

"Especificamente sobre o Cyber Fleet estamosfinalizando os testes-piloto com sete empresastransportadores brasileiras e a partir dos resultadosiremos concentrar a comercialização em larga escalado produto", destaca o executivo. O Cyber Fleet foilançando oficialmente no Brasil em novembro do anopassado e, em linhas gerais, representa umaferramenta para o controle e gestão do ativo pneu aofrotista e transportador, gerando menores custos epossibilitando a correção de rotas, fretes emovimentação de cargas.

"Se lembrarmos que 45% da economia decombustível depende da forma de condução domotorista, temos, através do Cyber Fleet, umaferramenta que aponta não apenas as condições dospneus em trânsito como a forma de condução doveículo.Através do sistema, o gestor de frota podecorrigir essa questão, seja através de comunicaçãoimediata com o motorista, seja através da realizaçãode capacitações e treinamentos de direção aosmotoristas na empresa", relata; (leia mais sobre otema na página 36.

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Visão da Indústria

"A 01 Series é composta por nove modelos depneus voltados para atender todas as aplicações decaminhões e ônibus, no Brasil e na América do Sul eCentral", destaca o diretor de marketing paraprodutos agricultura e caminhão da Pirelli na Américado Sul, Flavio Bettiol.

"Há um pneu para cada tipo de veículo de carga,de transporte de passageiros, para o emprego mistoe urbano e que substituirá toda a atual gama depneus radiais da Pirelli até dezembro de 2014", diz.Segundo Bettiol, a expectativa é a de atender aosmercados de equipamentos originais e de reposiçãode pneus no Brasil a partir do primeiro trimestre de2014 e chegar ao terceiro trimestre com oatendimento pleno dos mercados de equipamentosoriginais e de reposição da América do Sul e Central."Em dezembro de 2014 só teremos a 01 Series nomercado", disse.

CONFIRA AS QUALIFICAÇÕES DE CADA PNEU E SUAS APLICAÇÕES:

FR:01 e TR:01 - essa série se destina a veículosempregados em médias e longas distâncias emestradas asfaltadas, sinuosas e/ou com aclives edeclives, aponta a fabricante.

O FR:01, para eixos direcionais e livres tem comocaracterística quatro sulcos com paredes reversas elâminas transversais robustas para reduzir a distânciade frenagem e aumento da segurança ao dirigir. Ospneus são oferecidos nas medidas 275/80R22,5 comsulcos de 16 milímetros e 295/80R22,5 com sulcos de16 milímetros.

Já o novo desenho do TR:01 (com sentido de giro)otimiza a tratividade e melhora o desgaste e confortoacústico.As medidas oferecidas são a 275/80R22,5com sulcos de 21 milímetros e a 295/80R22,5 comsulcos de 22,5 milímetros.

FH:01 e TH:01 - os modelos são destinados aveículos empregados em médias e longas distânciasem estradas asfaltadas, bem conservadas, compercursos predominantemente planos e retilíneos,destaca a Pirelli.

No caso do FH:01 ele vem na medida 295/80R22,5e sulcos de 15 milímetros para uso em eixosdirecionais e livres. O perfil do ombro (do pneu)permite a correta distribuição da pressão na área de

contato com o solo o que assegura desgasteuniforme, além de precisão na dirigibilidade e elevadoíndice de reforma.

O TH:01 é para uso trativo.Vem na medida295/80R22,5 e sulcos de 16,5 milímetros. Conta comlâminas mais profundas em sua banda de rodagem,fator que proporciona tratividade, maior aderência emenor espaço de frenagem.

Os dois modelos contam com novos compostos àbase de sílica e garante baixa resistência ao rolamento,maior rendimento quilométrico, redução de consumode combustível e de emissão de CO2.

FG:01 e TG:01 - essa série de pneus tem comoaplicação terrenos mais acidentados.A maior largurada banda de rodagem vinculada a nova estrutura dacarcaça resulta em maior rendimento quilométrico,melhor resistência aos impactos e abrasão.

O FG:01 é para eixos direcionais e livres e contacom as medidas 13R22,5 (sulco de 9,0 milímetros);315/80R22,5 (sulco de 9,0 milímetros) e 295/80R22,5(sulco de 8,25 milímetros). O TG:01 é para o eixotrativo, nas mesmas medidas.

MC:01 - o produto é destinado a veículosempregados no transporte urbano e intermunicipal depassageiros e cargas. Segundo a fabricante, a geometriado fundo do sulco - com paredes reversas e lâminastransversais - garante maior tratividade e segurançaaté o final da vida útil do pneu. Chega ao mercado namedida 275/80R22,5 com sulcos de 18 milímetros.

ST:01 - o novo pneu para reboques esemirreboques pode ser utilizado em todos os eixos ebusca ser o melhor da categoria em termos dedurabilidade - como, por exemplo, o reforço lateralque aumenta a resistência do ombro do pneu aimpactos e ao atrito e arrastes laterais.

Segundo a Pirelli, o perfil da banda de rodagemotimizado foi feito para garantir o consumo regular,independente do segmento: Regional(R) ou Highway(H). Chega ao mercado na medida 385/65R22,5 comsulcos de 14 milímetros.

TQ:01 - é indicado para equipar todos os eixosde veículos empregados em percursos fora deestrada, como mineradoras, pedreiras e construções

Nova gama de pneus é composta por nove modelos para caminhões e ônibus

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civis pesadas. Pneu desenvolvido com uma estruturaque proporciona maior integridade dos pneus eflancos que garantem maior proteção e resistência aimpactos, atendendo às importantes exigências deuso em condições altamente agressivas.

Os reforços estruturais o tornam mais robustoe seu desenho, com maior área de contato com osolo, melhora a capacidade de tração. Ocomposto possui alta resistência a lacerações eimpactos.

Segundo a Pirelli, a nova gama de pneus transportaao mercado o emprego de tecnologias de ponta,desenvolvidas pela própria empresa especificamentepara o segmento industrial. Entre elas estão:

A tecnologia SATT™ (SpiralAdvancedTechnology for Truck), exclusivo processo deprodução Pirelli que utiliza uma cintura metálica emforma espiral e sem emendas que melhora aperformance do pneu assegurando maior durabilidade,baixo consumo de combustível com menor resistênciaao rolamento e, consequentemente, menor impactoao meio ambiente.

A tecnologia HETT™ (High EnlongationTechnology for Truck) é exclusiva para oemborrachamento das cinturas metálicas econfere maior resistência contra impactos,deformações e oxidações, além de conferir maior

durabilidade à cintura do pneu.A tecnologia HWTT™ (Hexagonal Wire

Technology for Truck), compreende fios em formatohexagonal que confere menor suscetibilidade adeformações, maior vida útil à carcaça e rapidez tantona montagem quanto na desmontagem do pneu.

A tecnologia DLTC™ (DualLayerTreadCompoud) é um composto que contémalto teor de sílica que é utilizado na banda derodagem dos pneus o que assegura maior número dereformas, desgaste mais regular e economia decombustível.

A tecnologia Novateck™ refere-se ao sistemaoriginal de reconstrução da Pirelli, que oferece para todaa gama de pneus de carga produzida pela fabricanteexatamente a mesma qualidade do produto original,além da garantia de fábrica até a terceira reforma pormeio de uma rede de reformadores credenciados.

As tecnologias que estão por traz da 01 Series

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epois de bater o recorde de produção evendas em 80 anos de Brasil, a indústriabrasileira de pneus avançou positivamente

em janeiro de 2014, apresentando desempenhoacima do observado no mesmo período do anopassado.

Em pequena síntese: saíram das linhas deprodução das 11 empresas que integram a AssociaçãoNacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP) a somade 5,83 milhões de pneus, um número que refleteavanço de 6,8% sobre janeiro de 2013.

As vendas acompanharam a produção e deramsalto de 3,9%, passando de 5,91 milhões de unidadesem janeiro do ano passado para 6,14 milhões deunidades em janeiro deste ano.

Por traz desse desempenho está o segmento dereposição de pneus, mais conhecido como varejo.Aqui, o presidente executivo da associação,AlbertoMayer, identificou um avanço de 16,5% nas vendas aosetor, um desempenho que mais do compensou asquedas observadas na exportação e na venda deequipamentos originais para as montadoras, destaca.

As empresas brasileiras apresentaram queda de4,2% nos embarques de pneus ao exterior noperíodo - foram exportadas 1.109 milhão de pneusem janeiro passado, ante 1.157 milhão de unidadesem 2013 - e recuo de 11,5% nas vendas deequipamentos originais - que alimentam as linhas deprodução das montadoras de veículos no País.

O setor de reposição respondeu por 56% dasvendas em janeiro, um percentual que raramenteultrapassa 50%, aponta o presidente executivo da ANIP.

Segundo Alberto Mayer, além da redução de 11,5%nas vendas às montadoras e de 4,2% nasexportações, o crescimento percentual observado nosegmento de reposição indica maior atenção dousuário com a segurança, antecipando a substituiçãode pneus em más condições.

"Se confirmada essa tendência, trata-se de um fatoauspicioso, pois ainda é muito comum ver veículostrafegando com pneus que já deveriam ter sidosubstituídos, criando riscos de acidentes", diz.

EFEITO REPOSIÇÃO De todas as vendas realizadas pela indústria em

janeiro (de 6,14 milhões de unidades), 3,44 milhõesde pneus foram para o varejo e 1,66 milhão para aslinhas de montagem das montadoras de veículos.Outras 1.109 milhão de unidades foram exportadas.

Outro dado relevante apontado pelo presidenteexecutivo da ANIP se refere ao desempenho dasimportações de pneus em janeiro: elas caíram 5,9%no mês passado, somando 4,21 milhões de unidades.Em janeiro do ano passado, as importações totais depneus haviam sido de 4,47 milhões de unidades.

Especificamente as importações de pneus decarga da China cresceram 138,5% no mês, emrelação a janeiro de 2013, aponta a ANIP.

"Os pneus fabricados no Brasil tem tecnologiaque atendem às exigências do mercadointernacional, mas as exportações são prejudicadas

Em Números

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D

Produção evendas abrem

2014 em alta

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FEVEREIRO 17

pelo Custo Brasil", aponta Alberto Mayer, aodestacar outro efeito negativo que afetou odesempenho da balança comercial do setor emjaneiro: a Argentina.

O executivo aponta para um saldo da balançacomercial do setor negativa em US$ 54,286 milhõesem janeiro, com a participação de pneus importados

no consumo aparente se mantendo na faixa dos 39%.A importação oriunda da China teve um

crescimento de 8%, sem contar pneus para duasrodas, puxada pela expansão na compra de pneus decarga. No setor de pneus para duas rodas houve, aocontrário, forte redução das importações de origemchinesa, aponta Mayer.

Em janeiro deste ano quatro segmentos deprodutos demandaram maior tempo de máquinadas linhas de produção de pneus da indústrianacional. Os de passeio, cuja produção avançou7,9%, para 2,95 milhões de unidades, seguidospelos pneus de carga - usados por caminhões eônibus -, cujo aumento foi de 6,4%, para 674 milunidades - comparativamente a janeiro do anopassado.

Os dados fazem parte de balanço divulgadopela Associação Nacional da Indústria dePneumáticos (ANIP), onde se destacam asexpansões na produção de pneus para picapes,de 5,9% em janeiro, para 737 mil unidades, vindoem seguida expansão de 5,8% no segmento depneus para motocicletas e bikes, cuja produçãosomou 1,23 milhão de unidades.

Os segmentos agrícola e industrial tambémavançaram. No caso dos pneus para aplicação no

campo a produção cresceu 1,9% em janeirodeste ano, ante janeiro do ano passado, batendoem 76 mil unidades.

Já os pneus industriais - voltados paraempilhadeiras, por exemplo -, avançaram 1,4%,para 153 mil unidades.

Um segmento de pneus merece destaque emjaneiro, o OTR, cujos produtos se aplicam aveículos usados em mineração e construçãocivil. Aqui, a indústria nacional tirou de suaslinhas de produção a soma de 10 mil pneus dogênero, o que reflete um aumento de 19,4%ante as 9,0 mil unidades produzidas em janeirodo ano passado.

Os dados da Associação Nacional daIndústria de Pneumáticos apontam um únicosegmento em baixa: o de pneus voltados paraaviação. A produção caiu 7,4% e foi de 4,0 milunidades em janeiro deste ano.

Sumitomo integra base de associados da ANIPA Associação Nacional da Indústria de

Pneumáticos (ANIP) passou a contar com maisuma empresa produtora de pneus em seuquadro de associados: a Sumitomo, que noBrasil opera com as linhas de produtos Dunlope Falken. A Sumitomo inaugurou sua fábrica noParaná no último trimestre de 2013.

"Quando se instala um fabricante desteporte no País é uma indicação clara de quetemos um mercado em crescimento", aponta opresidente executivo da ANIP, Alberto Mayer.

Segundo ele, a elevação da renda média

nacional e a expansão da produção automobilísticapermitem a instalação de novas fábricas e demais fabricantes no Brasil.

Mayer ressalta que as exportações já foramsubstancialmente maiores e que em 2013 ospneus importados responderam por 39% doconsumo aparente.

"Se conseguirmos melhorar acompetitividade da indústria local, que hoje ébastante afetada pelo chamado custo Brasil,vamos poder ver uma nova fase deinvestimentos no setor", diz.

Produção de pneus de passeio avança 7,9% e de carga 6,4%

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ransportador, prepare-se: o futuro da indústriade pneus passa pelo pneu verde - um produtoque tem em sua construção compostos de

borracha e demais insumos que visam reduzir o atritocom o solo, gerando com isso mais economia decombustível e maior longevidade ao pneu.

Pneus com essa tecnologia já são realidade emmercados maduros como os Estados Unidos, Ásia eEuropa, e são os grandes responsáveis pelas melhoresclassificações do programa de rotulagem da Europa,um sistema que busca avaliar a economia decombustível, a frenagem em piso molhado e o ruídoemitido pelo pneu em contato com o solo.

Duas ondas trazem essa realidade ao Brasil. O inícioda rotulagem, programado pelo Inmetro, para 2017, e oInovar-Auto, programa que busca elevar a qualidade,eficiência e, principalmente, a redução da emissão degases do efeito estufa nos veículos produzidos no País.Em todos os quesitos necessários às montadoras deveículos, os pneus verdes são a alternativa mais viávelpara colaborar com as metas da indústria automotiva.

Por ser um produto mais caro que o pneu normal,o pneu verde precisa de escala para poder ter preçomais competitivo. Por isso já há uma gama mais amplaem pneus para veículos de passeio com essa

tecnologia, algo que também está chegando aosegmento de pneus de carga lançados durante aFenatran, ocorrida em São Paulo no ano passado.

Um exemplo disso é a nova gama de pneus de cargada Pirelli, batizada de 01 Series - que não apenas jáatendem à rotulagem prevista para o Brasil, como osrequisitos de maior economia de combustível e menoremissão de CO2. Segundo a maior fabricante de pneusdo Brasil, os pneus 01 Series garantem 15% mais derendimento quilométrico, uma economia de combustívelde até 2%, têm índice de recapabilidade 30% maior, são25% mais resistentes a impactos, emitem 25% menosruídos e melhoram a dirigibilidade em 10%.

Por traz de tudo isso está a capacidade tecnológicada indústria e do uso de novos insumos para aconstrução de pneus. Nesse sentido um nomedesponta com mais força quando o assunto é borrachasintética, insumos e desenvolvimento de pneus verdes:a Lanxess, uma das maiores fornecedores de insumospara o setor automotivo e pneumático do mundo.

A PROVA DOS 09Para comprovar a eficiência dos pneus verdes de

carga, a Lanxess promoveu entre agosto e outubro doano passado um teste prático, feito em parceria com a

T

20 FEVEREIRO

Pneu Verde

Lanxesscomprova em

teste aeficiência

dos pneusverdes

Alfred Talke roda 40 milquilômetros com dois

caminhões e economiza8,5% de diesel

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empresa que realiza o transporte logístico dacompanhia, a Alfred Talke, especializada no transportede produtos químicos e petroquímicos.

"Usamos dois caminhões de 40 toneladas métricascom estruturas idênticas que percorreram cada um omesmo trajeto de ida e volta, entre a cidade deHuerth, na Alemanha, e Loos, na França, 30 vezes",descreve Christoph H. Kalla, líder da unidade denegócios de borracha de alto desempenho da Lanxess.

Cada uma dessas viagens foi de aproximadamente650 km, dos quais 635 km percorridos em estradas."Motorista, peso carregado e procedimentos dereabastecimento foram sempre idênticos para ambosos caminhões", disse ao apontar que os dois veículospercorreram uma distância total de 40 milquilômetros.

RESULTADOSPara garantir que os veículos de teste tivessem

exatamente o mesmo consumo de combustível, osdois caminhões começaram a prova usando pneusverdes idênticos com uma classificação B na rotulagemda Europa. Na metade do teste, um veículo foiequipado com pneus padrão de classificação D.

O resultado: o caminhão usando pneus verdes com

classificação B consumiu 25,4 litros de combustívelpor 100 km - 2,36 litros a menos do que seuhomólogo com pneus de classificação D.

"Isto é equivalente a uma economia de 8,5% decombustível. O veículo com pneus de classificação Btambém emitiu 700 kg a menos de CO2 por 10 milkm", relata Kalla.

O teste também contou com o apoio da TÜVRheinland, organismo certificador alemão, quecomprovou que em uma frota de 300 caminhões épossível economizar cerca de R$ 4,5 milhões por anoem custos combustível com o uso de pneus verdes.Em relação ao CO2, as reduções somariam mais detrês mil toneladas métricas por ano.

"Se transportarmos isso para a realidade brasileira,que tem uma frota de mais de 1,7 milhão decaminhões e aliarmos a legislação que deve entrar emvigor em 2016, estabelecendo a rotulagem de pneusnos mesmos moldes das normas estabelecidas pelaUnião Europeia, a economia que as empresas delogística e transporte podem obter é gigantesca",afirma Kalla.

Kalla ressalta que a rotulagem no Brasil entra emvigor em 2017, porém, a indústria de pneus já deveráestar preparada para o programa em 2016.

FEVEREIRO 21

A Alfred Talke é especializada no

transporte de produtos químicos e

petroquímicos e é a transportadora

logística da Lanxess, na Europa.

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Pneu Verde

A Alfred Talke percorreu um trajeto de 650 Km – por 30 vezes - entre as cidades de Huerth (Alemanha) e Loos (França), totalizando 40

mil Km. Foram usados dois tipos de pneus. Um na classificação B e outro na classificação D.

O caminhão com pneu 'B' consumiu 2,36 litros de combustível a menos que o caminhão que rodou com pneu 'D'.

Esse resultado equivale a uma economia de 8,5% de combustível e redução de 700 quilos na emissão de CO2 por 10 mil Km.

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FEVEREIRO 23

A LANXESS oferece um programa de cálculoprojetado especialmente para frotas, a "calculadorafrota de veículos da LANXESS". A ferramenta ajuda astransportadoras a reduzir o consumo de combustívelde seus veículos com eficiência e diminuir os custosoperacionais.

"Ela permite que os operadores de frotas calculempor si mesmos o quanto de combustível elespoderiam economizar em longo prazo, trocando ospneus de seus veículos para 'Pneus Verdes'. Oprograma também mostra o ponto a partir do qualvale a pena fazer esse tipo de investimento e aredução nas emissões de CO2 da frota", explica AxelVassen, especialista em frota da LANXESS.

A LANXESS desenvolveu a Calculadora de Frota,em colaboração com a Universidade Técnica deMunique. O programa completo está disponível

gratuitamente na internet, necessitando apenas de umbreve processo de registro, no sitehttp://flotte.green-mobility.de/en .

Assim como a indústria de pneus se move para aprodução em larga escala dos pneus verdes, asempresas de reforma de pneus idem. Dois exemplosbem claros nesse sentido vêm do Rio Grande do Sul,através da Vipal e da Tipler.

A Vipal, a maior empresa de reforma de pneus doBrasil, já antecipou a portaria 544 do INMETRO, de 25de outubro de 2012, que determina a certificação depneus em relação à aderência em pista molhada, nívelde emissão de ruídos e eficiência energética, que setraduz em segurança e redução do consumo decombustível.

Estamos falando das Bandas ECO Vipal, queaplicadas em pneus de empresas transportadorasapresentou uma economia entre 2% e 14,5%. Omelhor resultado foi apurado pela TransportesCordenonsi, empresa especializada na gestão detransportes de cargas com temperatura controlada noBrasil e no Mercosul.

A empresa realizou um teste com as bandasVLW 13 mm da Vipal. "O desenho direcional

VLW 13 mm apresentou14,3% maisquilometragem que outros produtos direcionaiscom 15 mm. Trata-se de um número robustoquando aplicamos este percentual na reduçãodos custos de uma frota inteira", atesta FabianoMatiello, responsável pela controladoria etecnologia da Cordenonsi.

A Transportadora Giomila, localizada na cidade deVilhena, em Rondônia (RO), também obteve bomdesempenho com as bandas verdes da Vipal. "Aeconomia de diesel que temos observado chega a serde 7,4% nos nossos veículos bi-trem de 7 eixos. Já noscaminhões bi-trem de 9 eixos, a economia foi aindamaior, de 7,8%. Isso gera uma grande economia noscustos com combustível ao final de determinadosperíodos", diz Orlando Bagattoli, um dos proprietáriosda Giomila.

O mesmo percentual de economia foi obtido pelaTransportes Progresso, de Luziânia (GO), ao realizartestes com os desenhos ECO de tração 18 mm e deeixo Livre 13 mm.

Banda de rodagem verde já é realidade no Brasil

Calculadora de frotaajuda a economizar

combustível

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Pneu Verde

24 FEVEREIRO

Tipler tembanda nota A

Tipler já está comercializando noBrasil duas bandas pré-moldadascom classificação máxima dentro

do programa de rotulagem de pneus daEuropa.As bandas RT74 e RT51 ganharamconceito A em teste realizado pelo TÜVSUD Automotive GmbH, um dos maioreslaboratórios de testes da Europa.

A classificação A é a mais alta dentro doprograma de rotulagem de pneus da Europa.

A

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FEVEREIRO 25

O sistema de classificação vai de A a F e atestaitens como economia de combustível, frenagem empiso molhado e ruído, sendo a classificação A amelhor e a F a pior.

No caso das bandas de rodagem da Tipler asnotas A foram dadas para os conceitos de frenagem,desempenho e resistência ao rolamento.

"A resistência ao rolamento é determinante paraa economia de combustível, pois é, junto com aresistência do ar, uma das principais forças a seremsuperadas pelo veículo para que ele possa semovimentar e manter a sua velocidade", explica odiretor comercial da Tipler, Richard Suarez aoressaltar que a nota atribuída para a banda RT51Ecomais, nesse quesito, comprova o o acerto naescultura do desenho da banda e no composto deborracha empregado.

"O resultado não poderia ter sido melhor, umavez que não só nenhuma outra fabricante de bandaconseguiu algo semelhante, mas também nenhumpneu produzido na Europa atingiu esta classificaçãono quesito tração", disse o executivo.

DESEMPENHO 8% SUPERIOREm teste realizado com transportadoras Ital e

Transportadora Luzente, ambas de Duque deCaxias (RJ), as bandas pré-moldadas AA da Tipleralcançaram um índice de desempenho 8% superioràs outras marcas do mercado, destaca, RichardSuarez. As empresas cariocas operam com umafrota de 235 veículos e são atendidas peloconcessionário Tipler Bom Recap, que integra arede formada por mais de 80 recapadores noBrasil e Mercosul.

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26 FEVEREIRO

Pneu recapado é até 60% maisbarato que um novo

que fazer com o pneu quando ele já chegoupróximo ao fim da primeira vida (da banda derodagem), mas ainda está com a carcaça em

boas condições? Vale deixá-lo como estepe e partirpara a compra de um novo, fazer a reforma dessepneu, ou, simplesmente, jogá-lo fora (descartá-lo deforma ambientalmente correta, frise-se).

Na ponta do lápis, um pneu reformado podecustar até 60% menos que um pneu novo edependendo da qualidade empregada (pela empresareformadora de pneus), pode se dizer que um pneureformado é equivalente a um pneu novo - com omesmo desempenho, qualidade e segurança.

Quem garante isso é a Vipal Borrachas, empresagaúcha que há 40 anos atua no setor, sendo a maiorempresa do ramo na América Latina e responsávelpor 40% dos pneus de caminhões e ônibusreformados no Brasil.

"O transportador está cada dia mais conscientede que a reforma de pneus contribui para a reduçãodos custos operacionais da frota e tem forte reflexosobre o meio ambiente", afirma o gerente demarketing da Vipal, Eduardo Sacco. Segundo ele, umpneu reformado economiza, em média, 57 litros depetróleo e 80% de energia elétrica e matéria-primapara ser feito em relação à produção de um pneunovo - e exatamente por isso, custa menos.

Mas o que vem a ser a reforma de pneus, qual adiferença entre recapá-lo ou recauchutá-lo e quais astecnologias existentes no mercado, aplicadas para aobtenção de melhores resultados para o ativo pneu,tradicionalmente o terceiro maior custo para uma

empresa de transportes - depois dos custos comcombustíveis, lubrificantes e da folha de pagamentos?

Segundo Eduardo Sacco, a legislação brasileirapermite que sejam realizados três tipos de reformasde pneus no Brasil: a recapagem, a recauchutagem ea remoldagem e quem vai definir qual o tipo dereforma a ser feita é a condição do pneu,tecnicamente falando, a condição da carcaça do pneue de como ele rodou nas ruas e estradas brasileiras.

"Conceitualmente, os três tipos de reformapodem ser traduzidos assim: na recapagem o pneué reformado pela substituição da banda derodagem - onde estão os sulcos do pneu,responsáveis pela aderência à pista, pela frenagem eforça motriz de um pneu. Já no processo derecauchutagem, o pneu é reformado pelasubstituição da banda de rodagem e dos ombros(do pneu). Na remoldagem, o pneu é reformadopela substituição da banda de rodagem, dosombros e de toda a superfíciedos seus flancos", descreve oexecutivo ao apontar que omais comum e usual é oprocesso de recapagem, ousubstituição da banda derodagem.

Em todos os processosmencionados, economiza-se cercade 75% de matérias-primas para areforma do pneu, em comparaçãoao uso de matérias-primas para aconstrução de um pneu novo.

Banda de Rodagem

O

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FEVEREIRO 27

Tecnologia a quente ou a frio?lém das opções de recapar, recauchutar eremoldar, a reforma de pneus implica no usode duas tecnologias para a realização de

trabalhos com qualidade, que são as reformas noprocesso a frio e no processo a quente.

Segundo Eduardo Sacco, na reforma a frio, o pneué recoberto com uma banda pré-moldada, ou seja,com o desenho (da banda de rodagem) já definido. Écomum que as empresas reformadoras de pneustenham todos os desenhos, dimensões e aplicações demarcas de pneus existentes no mercado. Nesteprocesso, a reforma é sempre "TOP CAP", conhecidacomo recapagem, que abrange apenas a banda derodagem e os ombros do pneu.

Na reforma a quente, também conhecida comoCamelback, o pneu é recoberto com uma camada deborracha não-vulcanizada e o desenho da banda derodagem é feito por uma matriz (molde) em prensas(com três ou seis partes). Este processo pode tantoser "TOP CAP" (recapagem) quanto "FULL CAP", ourecauchutagem, que inclui parte da região dos flancosdo pneu.

"Na reforma a quente, atemperatura é mais elevada eaplicada em uma região específicada carcaça (do pneu), enquantono processo a frio trabalha-secom temperaturas mais baixas e oaquecimento da carcaça éuniforme", explica Eduardo Sacco,que ao mesmo tempo em queexplica o processo questiona porqual deles se deve optar.

"Um dos fatores que costumadeterminar essa escolha é a

condição da carcaça", responde o executivo da Vipal."Se ela apresentar cortes profundos, cintas ou lonasafetadas, muitos consertos e excesso de picotamentoé possível que o processo a frio (pré-moldado) nãoseja indicado. Nesses casos, a reforma a quente(Camelback) atende a qualquer condição de carcaça,respeitados, é claro, os limites de segurançaestabelecidos pelo Inmetro", diz.

Eduardo Sacco aponta que há alguns tipos de pneusem que apenas a reforma a quente (Camelback) podeser aplicada. "É o caso dos pneus OTR (pneus gigantesusados em mineração e construção civil, por exemplo)e do remolde, resultante do processo de remoldagem,muito usado em veículos de passeio", descreve.

"Não importa se o processo é a quente ou a frio,uma vez que o objetivo final da reforma é garantir umpneu (reformado) de qualidade", lembra o executivoque chama a atenção para outro ponto importante,que são os desenhos das bandas de rodagemdisponíveis no mercado. "Na média, todas as bandascomercializadas reproduzem a maioria dos pneusoriginais existentes no mercado e atendem todas asnecessidades de aplicação, o que permite que um pneureformado seja equivalente a um pneu novo", diz.

Por aplicação entenda o tipo de uso ao qual édestinado o pneu. O pneu para transporte urbano édiferente do pneu usado para 'aplicação' no transporterodoviário, que é diferente do pneu usado para osetor agrícola, construção civil e mineração. O maiscomum no mercado mundial e brasileiro são reformassobre pneus de caminhões, ônibus e os usados notransporte de produtos agrícolas, mineração econstrução civil, não se adequando à reforma depneus de veículos de passeio e motocicletas,principalmente.

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Banda de Rodagem

Dicas da Vipal para uma boa reforma

duardo Sacco dá uma dica importante parafrotistas, transportadores e motoristasautônomos que ainda não usam a reforma

de pneus como prática comum. "Antes deencaminhar um pneu para a reforma, otransportador deve ter ciência da importância doscuidados com o seu uso e manutenção. Dirigir comatenção, evitar o uso excessivo dos freios e nãoprovocar arraste lateral ou roçá-los contra guias,bem como trafegar com cuidado em estradas emcondições ruins, são algumas recomendações paramanter um pneu em condições de, quando for ahora certa, poder ser reformado", diz.

A partir do bom uso e conservação do pneu,Eduardo Sacco aponta que o processo de reformacomeça com a escolha do pneu ou da bandacertos para aquela aplicação, tendo por base otipo de veículo e o seu uso. "Rodar com a pressãoabaixo do especificado ou com sobrecarga é outrofator que deve ser observado, pois reduz muito avida útil do pneu", diz ele ao apontar que apressão inadequada é um dos motivos cruciaispara o desgaste prematuro do pneu. "A pressão,quando 20% abaixo do especificado, implica naredução do mesmo percentual da vida útil dopneu", aponta.

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O aumento geral de custos do transporte ao redordo mundo, de um lado, e o crescimento daspreocupações com a sustentabilidade e o meioambiente, por outro, são fatores que vêm ajudando osegmento de reforma de pneus a manter uma curvaascendente de crescimento e, também, de'enquadramento' às novas tecnologias de pneus eprodutos verdes, que tem como compromisso garantirmaior economia de combustível, durabilidade esegurança.

Pode-se incluir nesse contexto, as prerrogativas daentrada do Brasil no mercado da rotulagem de pneus, apartir de 2017 e do Inovar Auto, que compreende ouso de partes, peças e equipamentos que garantam -em seu conjunto - uma economia de combustívelmaior, além de uma menor emissão de poluentes naatmosfera, o CO2.

"O caráter de sustentabilidade da indústria dereforma de pneus é cada vez mais reconhecido evalorizado na Europa e nos Estados Unidos. No Brasil,segundo maior mercado do mundo para reforma depneus, não está sendo diferente", revela o gerente demarketing da Vipal, Eduardo Sacco, ao chamar a atençãopara as bandas de rodagemECO, produtos que seenquadram nesse contexto eque foram desenvolvidas comknow how da marca e contamcom compostos de borracha ede matérias-primas quegarantem economia decombustível de até 10% sobreas bandas de rodagem comuns.

"Transportadoras como aTW Transportes, Dalçóquio,Giomila, Ereno Dörr, Ludams eBoa Esperança já utilizam asbandas ECO em suas frotas,obtendo as vantagens que oproduto oferece", aponta oexecutivo da Vipal, ao destacarque o mesmo já ocorre emuma frota de ônibus escolar naCarolina do Norte (EUA) , queregistra economia de 10,1% aoutilizar as bandas Vipal ECO.

Outro exemplo nessesentido é o recentelançamento da marca, voltada

para empilhadeiras e guindastes, a banda VI600,desenvolvida dentro do conceito Safe Oil, cujosprodutos não têm "óleos altamente aromáticos" (quecontêm componentes que trazem riscos ao meioambiente).

"Todos os produtos da Vipal estão dentro dasexigências do Inmetro.No caso dos óleos altamentearomáticos, a Portaria 544, do Inmetro, prevê que a partirde 2016 todos os pneus novos e importados já devamestar isentos deste tipo de óleo e nós antecipamos essaregra em três anos, uma vez que a Vipal já fabrica 100%dos seus produtos em conformidade com a novaportaria", relata Eduardo Sacco.

Na visão do executivo, os transportadores serão osmaiores beneficiários de todo esse processo, uma vezque a reforma será uma alternativa ainda mais confiávele economicamente viável na hora da reposição do pneu.

"Por possuirmos em nosso DNA a responsabilidadeambiental e social, atualmente todos os produtos damarca Vipal já estão dentro da exigência do Inmetro.Ou seja, com uma antecedência de 3 anos, a Vipal jáfabrica 100% dos seus produtos em conformidade coma nova portaria do Inmetro", diz Eduardo Sacco.

O mercado de reforma no Brasil

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Banda de Rodagem

Responsável por 40% dos pneus de caminhões eônibus reformados no Brasil, a Vipal esperaencerrar 2013 com expansão de 10% sobre o anoanterior, o dobro da média de crescimentoestimada para o setor neste ano. Se tomarmos porbase o tamanho do mercado nacional de pneusreformados, os números da maior empresabrasileira do ramo são superlativos.

Dados da Associação Brasileira do Segmento deReforma de Pneus (ABR) posicionam o Brasil como osegundo maior mercado do mundo no segmento, atrásapenas dos Estados Unidos, com mais de 8,0 milhõesde pneus de caminhões e ônibus reformados por ano,em um negócio que movimenta mais de R$ 7 bilhões.

No caso da Vipal, a empresa reforma 3,2 milhõesde pneus por ano e estima um faturamento de vendasda ordem de R$ 2 bilhões em 2013. Ou seja, 40% dasreformas de pneus estão sob o bastão da Vipal, bemcomo cerca de 30% das receitas do segmento.

Vale ressaltar que a força da empresa gaúcha, comsede em Nova Prata (RS),não se resume apenas aomercado interno de pneus reformados, mas tambémao segmento externo, onde a marca é uma das maisexpressivas do mundo: a Vipal é a maior exportadorabrasileira de bandas de rodagem, com receitas deexportação estimadas em US$ 130 milhões nesteano, ou 18,2%a mais que os US$ 110 milhõesexportados em 2012.

Na ponta do lápis, de cada 10 bandas de rodagemexportadas pelo Brasil, oito são da Vipal, que atua em90 países de todos os continentes e possui Centrosde Distribuição (CDs) na América do Sul,Américado Norte e Europa.

Vale destacar que a Vipal Borrachas conta comduas fábricas no Brasil, uma em Nova Prata (RS) eoutra em Feira de Santana (BA), empregando mais de3,0 mil colaboradores. Um de suas três unidadeslocalizada em Nova Prata opera, exclusivamente, paraa produção de bens voltados à exportação.

No exterior, mantém Centros de Distribuição naEspanha,Alemanha, Eslovênia,Austrália, EstadosUnidos (um na Flórida e outro na Virgínia), México eColômbia e tem filiais em oito localidades, entre elasna Espanha,Alemanha, Eslovênia,Austrália, EstadosUnidos, México,Argentina, Chile, Colômbia e VipalOverseas (África Sub Saara e Ásia).

Em agosto deste ano, a empresa inaugurou seuterceiro Centro de Distribuição nos EstadosUnidos, localizado na cidade de Los Angeles, naCalifórnia, com capacidade de armazenamento de1,5 mil posições para pallets, cobrindo, assim,toda a Costa Oeste norte-americana, além dealguns estados do centro do país e as regiõesoeste e central do Canadá. Motivo: atender ocrescimento das exportações por bens eprodutos Vipal nesses mercados.

De cada 10 reformas de pneus no Brasil, quatro são da Vipal

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FEVEREIRO 31

Um dos segredos do sucesso daVipal é a sua rede autorizada.Composta por 250 reformadores, amaior do Brasil, a empresa conta comuma equipe de consultores que, entreoutras questões, opera no sentido demanter o alto padrão dos processos dereforma, sua uniformização e osparâmetros técnicos de qualidade Vipalpara toda a rede.

"Os principais reformadores nomundo são ligados a uma rede, e noBrasil não é diferente", diz o gerente demarketing da Vipal, Eduardo Sacco, queconsidera a reforma de pneus umaindústria e como tal mantém seuspadrões técnicos. "A Rede Vipal é umexemplo disso. Foi a primeira empresabrasileira do setor certificada pelo ISO9002, ostenta o ISO 9001: 2008 e ocertificado de verificação dedesempenho para sua linha de bandas derodagem pelo IFBQ/INMETRO", relata.

Através da sua rede autorizada, aVipal oferece a todos os seusreformadores produtos exclusivoscomo bandas de alto desempenho eserviços exclusivos, como a ReformaQualificada e Garantida (RQG), queabrange as 14 principais marcas depneus do mercado, oferecendo garantiaaté a terceira reforma, e que járeformou 4,0 milhões de pneus.

Há ainda outras vantagens, como oPrograma de Orientação aoTransportador (PROTRANS), quedisponibiliza uma série de serviços paramelhoria do desempenho dos frotistas,e o Cartão BNDES, que permite aotransportador reformar seus pneus deforma parcelada em até 48 meses.Todosos reformadores da rede e seus clientestambém contam com treinamentos equalificação através do CTV (CentroTécnico Vicencio Paludo), umareformadora-escola que a Vipal mantémem Nova Prata (RS).

A Rede Autorizada Vipal

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Volvo exibiu números bem fortes no anopassado, com crescimento de 30,6% nacomercialização de caminhões no mercado

brasileiro, de longe uma das melhores performancesdo grupo em todo o mundo. Foram 20.731 unidadesvendidas entre janeiro e dezembro do ano passado, egrande parte desse sucesso tem nome:Auto Sueco.

Empresa do grupo português Nors, a Auto Suecodetém a exclusividade de comercialização e serviçosde caminhões e ônibus Volvo em mercados dos maisrelevantes no Brasil: a Grande São Paulo,Vale doParaíba, Região de Campinas e Baixada Santista, alémde ser a concessionária Volvo no Mato Grosso,Rondônia e Acre.

O gigantismo do grupo também pode ser medidopelas operações desempenhadas em 14 países decinco continentes e pelo tamanho do seufaturamento, uma montanha de 1,5 bilhão de euros.Mas é aqui no Brasil que pulsa o centro de gravidadedos negócios da rede e onde estão sendo aplicados

40% de todo o volume de investimento programadopara o período de 2013 a 2015. Individualmente, oBrasil tem participação de 40% dos negócios doGrupo Nors no mundo, representando umfaturamento entre R$ 650 milhões e R$ 800 milhões.

Tal importância se reveste na soma de R$ 100milhões a serem aplicados no Brasil para aexpansão da rede de concessionárias e namodernização das instalações já existentes. Emborao ano mal tenha começado, a Auto Sueco mostraque não está brincando.

Na primeira quinzena de janeiro, a empresaanunciou a inauguração de sua oitava concessionáriano Brasil, mais precisamente na cidade paulista deLimeira, validando os planos estratégicos e as açõesdo Grupo, relatadas pelo administrador executivo daAuto Sueco no Brasil, Jorge Guimarães, para aPneupress em finais de 2013.

"Nessa unidade foram aplicados R$ 11 milhões",aponta Guimarães ao destacar a importância logística

Auto Sueco, a excelência em Volvo está aqui

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Negócios

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da nova unidade: o Km 137 da Rodovia Anhanguera,um dos principais eixos do transporte de cargas entrea Capital e o Interior de São Paulo.

Com capacidade para atender 50 caminhões pordia, a unidade também conta com a 'Sala dosMotoristas', um ambiente onde os caminhoneirospodem descansar, tomar banho, comer, acessar ainternet e ainda acompanhar o serviço no caminhãocom conforto e segurança.

Ainda em números preliminares, a Auto Suecocomercializou cerca de 4.000 unidades de veículosVolvo no ano passado, com especial desempenho emnovembro - um mês depois da Fenatran 2013 -,quando obteve o melhor novembro de sua história noBrasil: a comercialização de 365 caminhões novos, ou67% a mais que no mesmo período de 2012. Demodelos da linha FH, as vendas cresceram 76%, e demodelos VM, outros 50%.

Por trás desse desempenho estão os númerosrecordes da safra agrícola, as facilidade obtidas atravésdos financiamentos do Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e,evidente, a nova geração de caminhões Volvo, umdetalhe que faz toda a diferença.

"Avançamos 15% nas vendas de caminhões novosem nossas unidades de negócios de São Paulo e um

pouco acima disso nas operações do Centro-Oeste",disse Jorge Guimarães ao estimar para 2014 metas de10% de expansão para o Centro-Oeste e de 5% emSão Paulo. Hoje, 80% das vendas realizadas pela AutoSueco são de caminhões pesados e 20% desemipesados.

Nos planos futuros do grupo, o executivo temcomo meta trabalhar com a divisão de máquinas daVolvo Construction Equipment, algo cujosentendimentos já estão sendo feitos para operação noMéxico, mas que aqui podem se consolidar como umnovo negócio. "É nossa ambição trabalhar commáquinas e equipamentos da Volvo, está nos planos",afirma Guimarães ao expressar otimismo com osprojetos de infraestrutura em curso no Brasil.

A venda de caminhões usados e de peças eserviços são outros pontos focais destacados peloadministrador executivo da Auto Sueco.

"Estamos investindo nos canais de comunicação pelainternet e redes sociais, pois estamos tendo um buscamuito grande pela venda de caminhões usados atravésdessa ferramenta, assim como a venda de peças eagendamento de serviços em nossas oficinas", dizGuimarães ao apontar a existência de um amplomercado para a venda de peças no Brasil. "Não podemose não vamos ficar de fora desse mercado".

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Um dos grandes filões da Auto Sueco está nosegmento de manutenção de veículos da marca Volvo.

A manutenção preventiva é dos grandes trunfos daAuto Sueco.Ancorada sobre o Programa Ouro Volvo,a rede comercializou mais de 4.000 planos deassistência em 2013, um salto dos mais relevantes emrelação a 2010, quando iniciou esse tipo de trabalho.

"Quando assumimos a rede, em 2010, tínhamos500 planos de manutenção ativos. Hoje, esse númerojá chega a 2.409 planos ativos na rede de atendimentopaulista", relata o diretor-executivo da Auto Sueco SãoPaulo, Fernando Ferreira. Só em 2013, foramcomercializados 1.027 planos do gênero.

O Programa Ouro Volvo é elaboradoindividualmente, de acordo com cada caminhão e ascondições da operação. Ele prevê toda a manutenção

preventiva e corretiva, mão-de-obra, reparos nossistemas de freios, suspensão, cabine e a garantia depeças genuínas, o que gera aumento de produtividadee diminui o número de socorros na estrada.

A Auto Sueco São Paulo também oferece oPrograma de Treinamento de Motoristas, objetivandoassegurar que os veículos sejam conduzidos demaneira econômica, maximizando o desempenho dosequipamentos.

"Os empresários estão cada vez mais conscientesda necessidade de se fazer planos de manutenção.Além dos benefícios mecânicos, os contratos, que têmduração média de quatro anos, garantem um fluxo decaixa fixo, diminuindo o custo operacional, epossibilitando um melhor planejamento em longoprazo", diz.

Negócios

Programa Ouro Volvo

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Tecnologia

Sistemas de telemetria reduzem

custos com pneus e combustíveis

endência mundial entre as montadorasde caminhões e empresas produtorasde pneus, a oferta de equipamentos de

telemetria e monitoramento da frota, departes e peças do caminhão - e damercadoria propriamente dita - vemganhando cada dia mais espaço nomercado.

Já é possível saber, em tempo real, atemperatura do motor, oconsumo de combustível, comoo motorista troca a marcha do'bruto' e se fez no tempo certo,se o pneu do caminhão e os dacarreta está na pressão ideal,qual a temperatura do pneu no

solo, sua velocidadereal eaté

mesmo se opneu, o motore o câmbio queestão no'bruto' são osmesmos quesaíram parafazer aentrega.

Tudo isso jáé oferecidocomo serviçosadicionais porempresas comoa Mercedes-Benz, através doFleetBoard, epela Pirelli,através do CyberFleet. Os doissistemas detelemetria emonitoramentoem tempo real já estãosendo vendidos no mercadobrasileiro e já passaram por testesexaustivos realizados nas ruas, estradas ecom uma diversidade de transportadoreslogísticos no Brasil.

Mas antes de falar dos sistemas, porqueusá-los? A primeira resposta que vem àmente do frotista e do transportador écusto. Quanto isso gera de economia nobolso?

Segundo o gerente sênior do FleetBoardda Mercedes-Benz, André Weisz, emsituações reais de uso a possibilidade é deredução de até 15% do custo operacional."Esse número considera consumo e

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manutenções e a maior disponibilidade dafrota, o que resulta em mais rentabilidade parao cliente", diz o executivo.

Em testes de sete milhões de quilômetrosrealizados com empresas de transporte naAlemanha e no Brasil, o Cyber Fleet da Pirellielevou o ciclo de vida útil dos pneus em 10% egerou uma economia entre 6% e 7% decombustível. Se você levar em conta que umpneu novo roda 400 quilômetros, por exemplo,o Cyber Fleet garantiu 40 mil quilômetros amais para a primeira vida do pneu, fora aeconomia de combustível.

Segundo o diretor de marketing para

produtos agricultura e caminhão da Pirelli naAmérica do Sul, Flavio Bettiol, durante ostestes realizados no Brasil, todos os pneusrodantes que tiveram a pressão e atemperatura monitorada pelo Cyber Fleet, 50%apresentaram pressão 10% abaixo darecomendada.

Em um contexto de extremacompetitividade e concorrência entre asempresas de transporte e logística, os númerospossibilitados pelos sistemas de telemetria emonitoramento podem fazer a grandediferença entre o ganho de mercado e a perdade fatias importantes de clientes.

Mas ainda mais relevante é que tais sistemasnão servem apenas para ver se o pneu gastoumais ou menos, se o 'bruto' gastou mais oumenos diesel. Esses sistemas são maiscompletos e permitem que o gestor da frota,de dentro da empresa, ou de casa, faça oacompanhamento online (e em tempo real) detodos os caminhões em trânsito da empresa,estejam onde estiverem.Tudo isso viacomputador ou smartphone.

"Entendemos que não é suficiente apenasoferecer o melhor produto de telemática parao gerenciamento de frota. É necessáriotambém ampliar os serviços para aumentar asegurança do veículo e da carga ajudando aprevenir acidentes e também protegendo-oscontra furtos e roubos", diz o gerente sênior doFleetBoard, André Weisz. Segundo ele, já sãomais de 2.000 caminhões Axor e Actrosoperando com o FleetBoard no Brasil. Nomundo, já são mais de 100.000 veículos.

COMO FUNCIONAMTanto o FleetBoard quanto o Cyber Fleet

funcionam a partir de um computador etambém smartphones e tablets - incluindoaplicativos para iPhone e iPad. A gestão defrota é feita à distância, nos escritórios dasempresas de transportes, o que permite aogestor da frota acompanhar o desempenho deum veículo ou de toda a frota.

Ou seja, ele tem sempre à mão diversasinformações, como a localização e aperformance de seus caminhões, dofuncionamento do motor, dos pneus, doconsumo de diesel, entre outras possibilidades.(veja mais nos destaques de cada produto).

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Lançamento mundial da Mercedes-Benz, durante aúltima Fenatran ocorrida em São Paulo, em 2013, oFleetBoard integra o gerenciamento eletrônico doveículo, descreve o vice-presidente deDesenvolvimento de Caminhões e Agregados daMercedes-Benz do Brasil,Walter Sladek.

"O aparelho não fica visível no interior da cabina,por isso, é extremamente seguro, não permitindomanipulação ou mesmo sua retirada. Isso propiciatranquilidade e uma solução na qual o cliente podedepositar sua confiança", diz o executivo. SegundoSladek, o acesso aos dados e às informações dafrota é muito simples, bastando apenas umcomputador ou telefone móvel com Internet e acontratação dos serviços.

O sistema permite fazer o rastreamento, asegurança e o gerenciamento de risco de cargas e delogística e conta com suporte de uma Central deAtendimento 24 horas - sete dias por semana -, alémda Rede de Assistência Técnica da Mercedes-Benz,presente em todo o País, para instalação e manutenção.

Além do acompanhamento em tempo real da

frota, os gestores tem total controle e acesso ainformações sobre o tipo de direção de cadamotorista e relatórios com indicação de pontos demelhoria na condução.

"O sistema fornece dados que ajudam o condutordo veículo a alcançar um melhor desempenho,dirigindo de uma forma mais econômica e segura, commenor consumo de combustível, ampliando osintervalos entre as manutenções. Um veículo bemconduzido é mais conservado. Consequentemente,tem maior valor e liquidez na hora da troca por umnovo", diz o gerente sênior do FleetBoard daMercedes-Benz,André Weisz.

Outra vantagem é a de poder reduzir o consumode lubrificantes, filtros e freios, além do controle daspausas que o motorista faz durante a viagem. Issopermite verificar se ele está cumprindo a jornada detrabalho conforme a nova legislação.

O sistema oferece mais vantagens, como odiagnóstico remoto de falhas e a manutençãopreventiva, auxiliando na redução dos custos demanutenção.

Tecnologia

FleetBoard ajuda a economizar diesel, filtros e freios

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Apesar de ser vendido pela Pirelli, o Cyber Fleetpode ser usado em qualquer pneu voltado aotransporte de cargas. Para que o sistema funcione épreciso apenas que o frotista compre o sensor - queserá instalado dentro de cada pneu do caminhão.

Esse sensor é colado na parte interna do pneu eem seu interior ele conta com um chip com umnúmero de identificação - que pode ser o númerode fogo do pneu ou qualquer outro número/códigoque o gestor da frota utilize para fazer o inventárioda empresa.

Uma vez inserido dentro do pneu, o sensor vaimedir a vida útil desse pneu, sua pressão, suatemperatura, sua quilometragem e até mesmo avelocidade com que está rodando.

A captação das informações emitidas pelos sinaisdo chip é feita por receptores instalados ao longo docaminhão e da carreta e desses receptores sãoenviados sinais de dados recebidos pela central degestão de frota da empresa de transportes.

"Com o Cyber Fleet podemos monitorar nãoapenas os pneus, mas onde o caminhão está, asparadas feitas pelos motoristas, e se o pneu que saiuda empresa é o mesmo que voltou", diz diretor demarketing para produtos agricultura e caminhão daPirelli na América do Sul, Flavio Bettiol.

"Cerca de 20% do consumo de combustível de umcaminhão depende da forma como o motorista dirige.Com o Cyber Fleet o gestor pode ter esse dado eprogramar treinamentos de direção à sua equipe,corrigindo erros e tornando o trabalho do transportemenos oneroso e mais eficiente", afirma.

Segundo Bettiol, as vantagens do Cyber Fleetpodem ser resumidas da seguinte forma:

1) eleva a segurança no tráfego, pois mantém apressão ideal dos pneus;

2) eleva a segurança patrimonial, pois iniberoubos e trocas indevidas durante percursos e viagens;

3) por manter a pressão ideal dos pneus, há umamaior economia de diesel e lubrificantes, além doaumento da vida útil do pneu.

"A grande lógica implícita no Cyber Fleet é que elepermite uma manutenção preventiva e não maiscorretiva (que é feita quando o problema já apareceu).O sistema antecipa a ocorrência de problemas, sinalizapara a correção imediata o que torna a manutençãomenos onerosa", afirma.

O Cyber Fleet verifica modos e usos do pneu de seu caminhão

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Pelo Mercado

iesel, pneus novos e serviços de reforma depneus foram, mais uma vez, os maiores pesos- operacionais - para a definição de

custos e a formação do preço do frete em2013. Números consolidados peloDepartamento de Estudos Econômicos eCustos Operacionais (Decope), daNTC&Logística, mostram valores muitoacima da inflação oficial.

Exemplos? O custo geral doscombustíveis apresentou em 2013 umaumento médio de 15,01%. Já a inflaçãomedida pelo Índice de Preços aoConsumidor Amplo (IPCA), o índiceoficial da inflação no Brasil, foi de apenas5,91%.

Números são números, mas o maisimportante para desvendá-los e medir seusimpactos é pegar a calculadora e fazer contas.Vamos a elas?

Se o preço médio dos combustíveis subiu 15,01% e ainflação subiu 5,91%, o impacto real do aumento foi de8,59%. Ou seja, o preço que você pagou pelo diesel em2013 foi quase três vezes maior que a inflação oficial.

Pontualmente, o Decope mostra que o diesel S-50teve aumento ainda mais expressivo entre janeiro edezembro do ano passado: subiu 17,27%. Contra ainflação de 5,91% temos uma alta real de 10,73% desseinsumo, ou mais que o triplo da inflação oficial medidano período.

Se você pegar o Arla 32, subiu 5,12%, ou 0,75%menos que o IPCA de 5,91%, Ótimo, pelo menos issoficou abaixo da inflação, mas se você usou Diesel S-50mais Arla 32, o impacto real no seu bolso foi de 16,4%.Veja bem, 16,4% só de diesel e Arla 32.Aqui não entramlubrificantes, por exemplo.

OUTROS EXEMPLOSNo caso dos pneus novos e pneus reformados

(recapados), que são os principais custos operacionaispara uma frota, a coisa também foi feia no ano passado.

O Decope detectou aumento de 12,7% nos preçosdos pneus novos na medida 275/80 R22,5 e de 6,88%nos pneus novos na medida 215/75 R17,5. O customédio para recapar um pneu ficou 6,88% maior no anopassado.Veja que todos esses preços ficaram, de novo,acima da variação de preços da inflação oficial do Brasil,o IPCA.

Vamos a uma conta simples? Tomando por base umvalor fictício de R$ 1.000,00 para um pneu 275/80 R22,5em 31 de dezembro de 2012, ao final de 12 meses, issoem 31 de dezembro de 2013, o preço novo teria sido

de R$ 1.127,00.Vamos pegar um caminhão que use 16 pneus dessa

medida no bitrem.Teríamos um investimento de R$16.000,00 em 31 de dezembro de 2012. Com o preçonovo, o valor teria saltado para R$ 18.032,00 em 31 dedezembro de 2013.A diferença, de R$ 2.032,00 em 12meses, equivaleria a dois pneus zero Km - que foramcomidos pela inflação no período.

A conta vale para um bitrem, mas vamos supor umafrota que tenha 100 bitrens e precise comprar 1.600pneus novos. Em 31 de dezembro de 2012, oinvestimento no ativo pneu teria sido de R$1.600.000,00, ou quase o preço de três caminhões Euro5 novos. Em 31 de dezembro de 2013, a conta teria sidode R$ 1.803.200,00, uma diferença de R$ 203.200,00, ouo equivalente a 30% do valor de um caminhão Euro 5zero Km.

RECAPAGEMOk, vamos medir o impacto da recapagem de pneus,

agora. Na média, os preços subiram 5,64%, menos que ainflação oficial de 5,91%.Vamos pegar o exemplo dopneu 275/80 R22,5 citado acima. Ele subiu de preço,você comprou, usou até o desgaste natural da primeiravida e mandou recapar.

Vamos supor um preço de reforma desse pneu emR$ 300,00 em 31 de dezembro de 2012 e que vocêmandou 16 pneus para esse serviço.A conta deu R$4.800,00. Como o preço da recapagem subiu, em média,5,64%, em dezembro do ano passado o preço unitárioaumentou para R$ 316,92 por pneu reformado - dandoum custo de reforma total de R$ 5.070,72. O preçonovo, mesmo abaixo da inflação oficial, menos o preço

Diesel, pnvilões do

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antigo, mostra uma diferença de R$ 270,72, ou 90,24%do preço antigo, ou quase o preço de reforma de umpneu em 2012.

Vamos jogar isso para grandes quantidades? Sevocê comprou 1.600 pneus 275/80 R22,5 e mandoupara a reforma - da primeira vida - a R$ 300,00(preço posto de forma fictícia em 31 de dezembro de2012), teria pago R$ 480.000,00. Um ano depois, emdezembro passado, teria pago R$ 507.072,00, ou R$27.072,00 a mais.

Com esses R$ 27.072,00 (que você pagou a mais),caso o preço tivesse sido mantido sem aumento, dariapara fazer a reforma de 90,24 pneus em 2012.

Entendeu a lógica? Nesse exemplo de 1.600 pneusreformados você pagou o equivalente a 90,24 pneusreformados a mais, mesmo que o preço da recapagemtenha ficado abaixo da inflação oficial, o que,convenhamos, é muita coisa.

PERDAS ACUMULADASAs variações de preços do diesel, do Arla 32, dos

pneus e serviços de reforma citadas acima fazem partedo Índice Nacional da Variação de Custos do TransporteRodoviário de Cargas Fracionadas (INCTFDECOPE/NTC).

Segundo o Decompe, para distâncias de até 50 Km(muito curtas) os preços subiram na média de 7,67%entre janeiro de 2013 e dezembro de 2013.

Para distâncias de até 400 Km, a alta foi de 7,74% epara distâncias de até 800 Km, esse preço ficou 7,85%mais caro.

Para distâncias superiores, de até 2.400 Km, oDecope detectou aumento de 8,09%, ante 8,24% para

distâncias de até 6 mil Km.Todos os preços,

independentemente das distâncias,ficaram acima da inflação, inclusive ocusto com o salário do motorista quesubiu 10,22%, na média.

A Pneupress chama a atenção paraos números uma vez que eles fazemtoda a diferença entre o preço quevocê cobra para realizar o seu frete eo custo que você tem na estrutura deseu negócio de transporte.

Quer um novo exemplo? Temos umaempresa logística com 100 caminhõesque opera em um percurso de até 400Km de sua base operacional. Essaempresa fatura R$ 2 milhões brutos por

mês e chega ao final do período com R$ 24 milhõesbrutos por ano.

Se essa empresa deixou de ajustar o preço em7,74% - que é a variação do INCTF de 2013, para essadistância -, o impacto no faturamento foi uma perda deR$ 1.857.600,00 em 12 meses, com o faturamento realsendo de R$ 22.142,40 milhões.A diferença equivale adeixar de comprar pelo menos três caminhões Euro 5zero Km.

Tantas contas e tantos números trazem lições e anecessidade de reflexões importantes.A primeira delasé que o transportador precisa ter um controle depreços sobre seus custos, pois isso equivale ao sucessoou fracasso do negócio, principalmente sobrecombustíveis e pneus.

O segundo grande ponto para reflexão é que oconsumidor comum, o executivo sentado no BancoCentral, o economista que trabalha na Avenida Paulista,muitas vezes, ou na maior parte delas, não tem a menorideia do impacto que o peso do transporte tem naeconomia de uma cidade, de um estado e de um país -muito menos a agrura que o transportador tem paracalcular o preço do seu frete.

A taxa básica de juros, a Selic, voltou a subir - é aoitava alta consecutiva - e ouvimos, incansavelmenteque o que importa é o controle da meta de inflação. Olitro do diesel S-50, que sobe 17,27% em 12 meses ouo preço do pneu, que fica 12,7% mais caro, gerainflação, torna o preço do arroz, do feijão, da cerveja eaté dos ingressos para o futebol mais caros.

Como o governo só pensa na 'meta de inflação', cabeao transportador preocupar-se consigo mesmo. Por isso,papel e caneta na mão. Faça conta, pois essa é adiferença entre o sucesso do seu frete e a perda deseus negócios.

neus e recapagem, ostransporte em 2013

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