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Pólipos Vesicular Leonel Ribeiro Silva Paulo Vinícius Alves Lopes

Pólipos vesiculares e lesoes das vias biliares extra-hepática

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Pólipos Vesicular

Leonel Ribeiro SilvaPaulo Vinícius Alves Lopes

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Lesão polipoide da vesícula Qualquer projeção na superfície

mucosa da parede da vesícula biliar.

Uso rotineiro da Ultrassonografia na prática clínica tem contribuído para a detecção dessas lesões

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Lesão polipoide da vesícula

A maioria das lesões é de caráter benigno

Alguns carcinomas precoces da vesícula biliar podem apresentar as mesmas características.

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Prevalência

Maior prevalência na 5° e 6° década de vida.

Acomete cerca de 3 a 7% da população saudável

Acomete principalmente mulheres ( 16:7)

46 a 70% são pólipos de Colesterol 0 a 27 % malignos

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Classificação

Pólipos Benignos Lesões com alterações carcinomatosas▪ Adenomas▪ Adenomiomas

Lesões sem alterações carcinomatosas▪ Pólipos inflamatórios▪ Pólipos de Colesterol

Lesões Malignas Adenoma Carcinoma in situ

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Lesões benignas

Pólipos de Colesterol Acumulação de colesterol nos histiócitos Normalmente estão aderentes à mucosa vesicular por

um delicado pedículo São múltiplos (>3 mm) Pequenos Mucosa da vesícula está intacta Não têm qualquer potencial maligno

Pólipos Inflamatórios Reação inflamatória local de proliferação epitelial

infiltrado de células inflamatórias Associado a colecistite crônica

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Lesões benignas

Adenomas Pólipo benigno Comportamento pré-maligno Lesão solitária Pediculado Associado a litíase vesicular ou a colecistite crônica. Sequência: adenoma-para-adenocarcinoma

Adenomioma da vesícula biliar Hiperplasia da causada pela proliferação excessiva

de epitélio superficial

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Lesões malignas

Lesão única Pediculada Espessamento irregular da parede

da vesícula biliar Adenomas, adenomiomas, estágios

iniciais do carcinoma

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Quadro Clínico

A maioria dos doentes são assintomáticos

Naúseas, vômitos Dor ocasional no hipocôndrio direito,

devido a obstruções intermitentes colecistite aguda ou icterícia

obstrutiva (raro).

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Diagnóstico

Ultrassonografia Fácil acessibilidade e baixo custo Detecta lesões a partir de 5mm de diâmetro Permite localizar pólipo, sua relação com o fígado,

tamanho e número das lesões, associação com cálculos e alterações da parede da vesícula biliar

Imagem com ecogenicidade parecida com a parede vesicular, que não se move com o decúbito.

Não tem boa acurácia na diferenciação entre pólipo e cálculo

Falso Positivo 6 a 43%

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Diagnóstico

Ultrassonografia endoscópica. Melhor que a ultrassonografia convencional Identifica mais claramente a parede vesicular Invasivo

Tomografia Inadequada para a detecção de lesões de baixa

densidade Sensibilidade para o diagnóstico 44% a 77%. Útil para o estudo do carcinoma vesicular

correlações anatômicas e pesquisa de metástases

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Fatores que podem predizer malignidade Tamanho da lesão maior que 10mm Idade igual ou superior a 50 anos Lesão polipoide séssil Lesão polipoide na superfície hepática

da vesícula biliar

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Tratamento

Colecistectomia por videolaparoscopia é o padrão ouro.

Doentes jovens com pólipos inferiores a 10 mm, assintomáticos ou apenas queixas dispépticas, não necessitam de nenhum tratamento, apenas vigilância clínica ecográfica a cada seis meses.

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Torres, OJ..M, Cossetti, R.J.D, Bentivi, J.O.B, Costa, M.H.A, Farias, A.M.S Condutas nas lesões polipóides da vesícula biliar. GED, 2009

Matos AS B et al. Pólipos da vesícula biliar. como e quando tratar? Rev Assoc Med Bras 2010

William C. Gallahan, MD, Jason D. Conway, MD, MPH Manejo de los Pólipos de la Vesícula Biliar Gastroenterol Clin N Am 39 2010.

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Vias biliares extra-hepáticas

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Componentes

Ducto hepático comum Vesícula biliar Ducto cístico Colédoco

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Anatomia vascular

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Variações da artéria hepática

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Variações da artéria cística

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Variações dos ductos císticos

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Variações dos ductos hepáticos

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Lesões de vias biliares principais

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A lesão da via biliar principal (LBVP) é uma condição rara, porém que requer abordagem multidisciplinar e coordenada.

Cerca de 80 % ocorre pós-colecistectomias, sendo mais frequente em procedimentos laparoscópicos (0,6% vs 0,2%).

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A maioria das lesões em procedimentos laparoscópicos são pequenas e localizadas no ducto hepático comum.

Em cerca de 66-75 % das vezes não são percebidas no intra-operatório.

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Mecanismos de lesão na CVL:a) Identificação incorreta da anatomia.b) Tração excessiva da vesícula biliar c) Desvascularização da via biliar

principal.d) Uso inadequado do eletrocautérioe) Aplicação inadequada dos clipes no

ducto cístico.

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Condições que influem na incidência da LVBP:

a. colecistite aguda ou crônica, b. obesidade, c. sangramento intra-operatóriod. curva de aprendizado.

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Classificação de Bismuth

I-Lesão do colédoco / hepático comum maior que 2 cm de distância da confluência dos ductos hepáticos

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II-Lesão do colédoco/ hepático comum menor que 2 cm da confluência dos ductos hepáticos

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III- Lesão do hilo sem hepático comum residual, mas com comunicação dos ductos hepáticos.

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IV- Destruição dos ductos hepáticos direito e esquerdo separados

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V-Tipos I, II ou III + estenose do ducto hepático direito

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Classificação de StrasbergA- Fístula do ducto cístico ou do ducto de Luschka

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B- Obstrução do ducto hepático posterior direito

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C-Fístula do ducto hepático posterior direito

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D- Fístula biliar do ducto hepático comum ou do ducto colédoco

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Classificação de Strasberg

E1- Estenose do ducto hepático comum com coto maior que 2 cmE2 -Estenose do ducto hepático comum com coto menor que 2cm

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E3- Estenose hilar com confluência preservada

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E4- Estenose hilar com perda da confluência

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Stewart-Way

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Apresentação clínica

Coleperitônio: Sinais sistêmicos, associados a irritação peritoneal.

Biliomas: Acúmulo localizado de bile na cavidade abdominal.

Fístula biliar externa. Icterícia

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Exames complementares

Leucocitose Elevação das bilirrubinas Elevação das enzimas canaliculares

(FA e GGT) US abdomem Colangiografia

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Prevenção das lesões

Uso adequado do eletrocautério Dissecar o pedículo cístico junto à

região infundíbulo, identificando bem o triângulo de Calot antes da clipagem.

Não dissecar a junção cístico-hepático comum

Liberar o colo da vesícula do leito antes da clipagem

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Realizar a colangiografia per-operatória quando houver dúvida

Usar ótica a 30ᵒ Proceder conversão para a via

convencional no momento oportuno

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Anatomia e função Variações anatômicas Lesões de vias biliares

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Obrigado