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Criação: Andrea Vanni Felipe Diniz Iara Lovizio

Politicando

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Informativo produvido pelos alunos do 3º EM da Cooperativa Educacional de Ubatuba, às vésperas das Eleições 2010, na disciplina de Redação.

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Criação: Andrea Vanni Felipe DinizIara Lovizio

Cerca de 500 anos a.C., surge na Grécia um termo até os dias de hoje muito comum, porém desvirtuado e até, em muitos casos, renegado. Esta é a política. Em seus primórdios, tal

palavra correspondia ao direito de todos os cidadãos de participar ativamente de toda e qualquer ação na pólis, ou, nos termos atuais, cidade.

Isto mesmo, o fato de conversar com seu vizinho sobre o estado da sua rua ou reclamar seus direitos em um hospital, padaria ou pa-pelaria é fazer POLÍTICA.

Atualmente, é fato social associarmos a política à corrupção, o que causa nojo em eleitores e, em épocas decisivas como eleições, os conduz a tentativas frustradas de demonstrar seu descontenta-mento com o governo, levando, por exemplo, comediantes ao poder. Tal forma de protesto apenas indica a recusa do eleitor de exercer seu direito político, alienando-se da existência de candidatos que defendem exatamente seu ponto de vista, simplesmente por “achar” que são todos iguais, corruptos.

Em respeito aos incontáveis seres humanos (homens e mulheres) que, durante mais de dois mil anos, perderam suas vidas lutando por este direito, o voto é e deve continuar sendo o instrumento mais importante para o cidadão, de forma sensata e consciente, levar ao poder quem realmente será capaz de defender ideais justos e democráticos.

PoliticandoFelipe Soares Bufalo

HumorSeleção de Iara Lovizio

É o ÓAnna Luisa, Paola e Thais

No Brasil, as campanhas políticas hoje em dia já se tornaram motivo de risos e piadas, afinal muitos candidatos não têm instrução e, aparentemente, nem serie-dade. Muitas vezes, as pessoas votam nesses tipos que nunca tiveram nada a ver com a política, e só estão envolvidos por interesse, como uma forma de protesto, de mostrar sua indignação com a política brasileira. Essa desilusão ajuda a explicar por que um candidato como o Tiririca, que assume não saber o que faz um deputado federal, cargo para o qual ele está concorrendo, lidera as pesquisas com 900 mil intenções de voto! Como o voto é obrigatório, as pessoas sem candidato entram na ‘brincadeira’. Seguem alguns exemplos dos “personagens” das eleições 2010:

O que eles fazem?Ou: vamos ajudar o Tiririca!

Lena, Nilo e Veronica

PRESIDENTE: De acordo o art. 76 da Constituição Federal, o Poder Executivo no Brasil é exer-cido pelo Presidente da República, com auxí-lio de seus Ministros de Estado. Diferentemente do sistema parlamen-tarista, em que o Chefe do Estado e o Chefe do Governo dividem-se em duas figuras dis-tintas, no presidencialismo, o presidente ocupa as duas funções. Autoridade máxima do Poder Executivo e da República, o presidente também é o Comandante em Chefe das Forças Arma-das. De acordo com a Constituição Federal, são competências do Presidente da República, entre outras:

- Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regu-lamentos para a sua fiel execução – art. 84- Indicar Ministros do Tribunal de Contas (com aprovação do senado) – art. 52- Convocar extraordinariamente o Congresso Nacional – art. 57- Propor emendas constitucionais – art. 60- Nomear e exonerar os Ministros de Estado – art. 84- Exercer, com auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administra-ção federal – art. 84- Iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos na Constituição – art. 84- Decretar o estado de defesa e o estado de sítio – art. 84- Decretar e executar a intervenção federal – art. 84- Conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos insti-tuídos em lei- Nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do Banco Central e outros servi-dores, quando determinado em lei – art 84- Nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União – art. 84- Declarar guerra, no caso de agressão estrangeira – art. 84

GOVERNADOR: Representa a autoridade máxima do poder executivo em uma província ou Estado de uma federação. O governador reali-za diversas atividades, como no-mear e exonerar os secretários de Estado, tomar decisões sobre obras, projetos e pro-gramas vinculados ao governo estadual, sancionar ou proibir projetos de leis aprovados pela Assembleia Legislativa e prestar contas de cada prática à Assembleia. O Governador ainda nomeia os magistrados do Tribunal de Justiça, comanda a Polícia Militar, presta informações pedidas pelos Deputados sobre a administração, faz a expedição de regulamentos e decretos e manda projetos de lei para a análise de Deputados Estaduais.

SENADOR: O Senado é uma das câmaras dos parlamentos e seus membros, os sena-dores, representam os Estados-membros da Federação e podem ser eleitos direta-mente (como no caso do Brasil) ou por indicação do Estado que representam. Suas atribuições variam de país para país, sendo que no Brasil têm a responsabilidade de zelar pelos direitos constitucionais do povo, julgar o Presidente da República e analisar e votar os projetos de lei, entre outras atividades. Cada Estado e o Dis-trito Federal elegem três Senadores, com um mandato de oito anos, renovando-se a representação de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços. Cada Senador é eleito com dois suplentes, registrados na sua chapa, que o substi-tui na ordem de registro. No Brasil, é preciso ter 35 anos ou mais.

DEPUTADO FEDERAL: É o representante eleito para a Câmara dos Deputa-dos, uma das duas casas do poder legislativo federal no Brasil. De acordo com a Constituição federal de 1988, é o representante nacional popular, eleito por voto direto. O mandato é de quatro anos, podendo o candidato concorrer a sucessi-vas re-eleições. Compete ao deputado federal o ato de legislar e manter-se como guardião fiel das leis e dogmas constitucionais nacionais, inclusive podendo propor, emendar, alterar, revo-gar, derrogar as leis, leis complementares, emenda à Constituição Federal e propor emen-da para a constituição de um novo Congresso Constituinte (para con-fecção de nova Constitu-ição).

DEPUTADO ESTADUAL: O deputado estadual atua na Assembleia Legislativa e tem a função de propor, emendar, alterar, revogar e derrogar leis estaduais, elaborar e emendar a Constituição Estadual, julgar anualmente as contas presta-das pelo Governador do Estado, criar Comissões Parlamentares de Inquérito, entre outras atribuições. Pode também interceder junto ao governador por liberações de verbas para obras e melhorias nos municípios. Os deputados estaduais são

eleitos pelo sistema de voto proporcio-nal, no qual se leva em conta a votação da legenda (partido político ou coligação), para a definição do número de candidatos eleitos pela mesma e, a partir da votação obtida pelo candi-dato, determina-se quais candidatos de cada legenda ocu-parão as vagas con-quistadas.

HumorSeleção de Iara Lovizio

Palhaçada: “Se eu for eleito, prometo que vou tirar os mendigos da rua... e vou colocar na calçada!” (Tiririca)

A Ficha Limpa foi sancionada como Lei Complementar nº. 135, no dia 4 de junho de 2010. A aprovação se deu graças à mobilização de milhões de cidadãos e se tornou um marco fundamental para a democracia e a luta contra a corrupção e a impunidade no Brasil. Trata-se de uma conquista de todos os brasileiros e brasi-leiras.

A Lei Ficha Limpa visa:- Aumentar as situações que impeçam o registro de uma candidatura, incluindo pes-soas condenadas em primeira ou única instância ou com denúncia recebida por um tribunal, no caso de políticos com foro privilegiado, em virtude de crimes graves como: racismo, homicídio, estupro, tráfico de drogas e desvio de verbas públicas.- Estender o período que impede a candidatura, que passa a ser de oito anos. - Tornar mais rápidos os processos judiciais sobre abuso de poder nas eleições, fazendo com que as decisões sejam executadas imediatamente, mesmo que ainda caibam recursos.

Histórico A Campanha Ficha Limpa foi lançada em abril de 2008, com o ob-jetivo de melhorar o perfil dos candi-datos e candidatas a cargos eletivos do país. Para isso, foi elaborado um Projeto de Lei de iniciativa popular sobre a vida pregressa dos candida-tos, tornando mais rígidos os critéri-os de inelegibilidade, ou seja, de quem não pode se candidatar. A iniciativa popular é um in-strumento previsto na Constituição, que permite a apresentação de um projeto de lei ao Congresso Nacional,

desde que, entre outras condições, apresente as assinaturas de 1% de todos os eleitores do Bra-sil. O projeto Ficha Limpa circulou por todo o país, e foram coletadas mais de 1,3 mi-lhões de assinaturas favoráveis – o que corresponde a 1% dos eleitores brasileiros. No dia 29 de setem-bro de 2009, foi entregue ao Congresso Nacional junto às assinaturas coletadas. Todo o país acompanhou a votação do projeto de lei na Câmara dos Deputados e no Senado e, no dia 4 de junho de 2010, foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Lei Com-plementar nº. 135/2010, que prevê a lei da Ficha Limpa.

Ficha LimpaLena, Nilo e Veronica

Navegue O site da Ficha Limpa apresenta um cadastro voluntário e positivo de can-didatos que atendem à Lei Ficha Limpa e se comprometem com a transparência de sua campanha eleitoral. Isso significa que, além de estarem se posicionando de acordo com a lei, apresentam o compromisso da transparência através da presta-ção de contas de sua campanha eleitoral, informando semanalmente a origem dos recursos obtidos e os gastos efetivados. Somente após a avaliação da documenta-ção, o candidato é autorizado (ou não) a figurar na lista. Acesse: http://www.ficha-limpa.org.br

Transparência Brasil

A tarefa de combater a corrupção no Brasil é a missão da Transparência Bra-sil, uma organização independente e autônoma, fundada em abril de 2000 por indi-víduos e organizações não-governamentais comprometidos com a ética. A Transparência Brasil realiza levantamentos de corrupção eleitoral e dispõe de instrumentos na Internet para propiciar o monitoramento da corrupção, entre eles: Excelências. Histórico da vida pública de todos os parlamentares federais e estaduais. Noticiário sobre corrupção que os envolve, processos a que respon-dem na Justiça, multas recebidas por Tribunais de Contas, declarações de bens, padrões de financiamento eleitoral, frequência ao trabalho e muito mais. Vencedor do Prêmio Esso de Jornalismo 2006. Às Claras. Banco de dados com informações e análises sobre o financiamento eleitoral. Deu no Jornal. Notícias sobre corrupção publicadas em 63 jornais e revistas de todo o país, atualizadas diariamente. Confira: http://www.transparencia.org.br

HumorSeleção de Iara Lovizio