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Universidade Federal de Pernambuco
Vyvyanny Rayanny Viana Almeida
POLTRONA CABULOSA
Desenvolvimento de um móvel com referência estética na arte armorial presente nas
xilogravuras de J. Borges
Caruaru
2017
Vyvyanny Rayanny Viana Almeida
POLTRONA CABULOSA
Desenvolvimento de um móvel com referência estética na arte armorial presente nas
xilogravuras de J. Borges
Projeto de graduação apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel do Curso de graduação em Design, da Universidade Federal de Pernambuco,
Campus do Agreste.
Orientador: Prof. Antonio Luís de Oliveira Filho.
Caruaru
2017
Catalogação na fonte:
Bibliotecária – Simone Xavier CRB/4 - 1242
A447p Almeida, Vyvyanny Rayanny Viana.
Poltrona cabulosa: desenvolvimento de um móvel com referência estética na arte armorial presente nas xilogravuras de J. Borges. / Vyvyanny Rayanny Viana Almeida. – 2017.
95f. ; il. : 30 cm. Orientador: Antonio Luís de Oliveira Filho. Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso) – Universidade Federal de
Pernambuco, CAA, Design, 2017. Inclui Referências. 1. Mobiliário - Projetos. 2. Design. 3. Cultura popular 4. Borges, José Francisco,
1935-. I. Oliveira Filho, Antonio Luís de (Orientador). II. Título.
740 CDD (23. ed.) UFPE (CAA 2017-316)
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE
NÚCLEO DE DESIGN
PARECER DE COMISSÃO EXAMINADORA DE DEFESA DE PROJETO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN DE
VYVYANNY RAYANNY VIANA DE ALMEIDA
“Poltrona Cabulosa: Desenvolvimento de um móvel com referência estética na
arte armorial presente nas xilogravuras de J. Borges.”
A comissão examinadora, composta pelos membros abaixo, sob a presidência do
primeiro, considera o(a) aluno(a) VYVYANNY RAYANNY VIANA DE ALMEIDA
APROVADO(A)
Caruaru, 13 de Dezembro de 2017.
Prof. Débora Tatiana Ferro Ramos
Prof. Lourival Lopes Costa Filho
Prof. Antonio Luís de Oliveira Filho
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, quero agradecer a Deus, por ter me proporcionado mais uma
conquista em minha vida e que em vitórias e derrotas me deu forças para conseguir
lidar com os obstáculos.
À minha mãe, pelo amor, incentivo e ensinamentos diários. Obrigada pelas
noites mal dormidas em que me esperou acordada para que eu não ficasse só, pelos
sacrifícios que fez para que eu recebesse tudo o que não pode ter. Obrigada, mãe,
essa conquista não é apenas minha, é sua também.
Ao meu orientador, Antonio Luís de Oliveira Filho (Tony), por toda atenção,
paciência, dedicação e ensinamentos que possibilitaram a realização deste trabalho.
Agradeço também às minhas tias, por confiarem em mim e estarem do meu
lado em todos os momentos da minha vida, em especial a minha tia Zuleide que apoia,
com palavras e orações, minhas decisões.
RESUMO
Partindo da ideia que a cultura popular brasileira resguarda um rico acervo estético, passível de ser utilizado como referência para o design de novos produtos, este trabalho trata sobre o desenvolvimento de uma poltrona, utilizando-se das referências estéticas das xilogravuras do artista J. Borges, no intuito de criar um mobiliário com características, ao mesmo tempo, particulares e universais, mostrando que a cultura que nos norteia resguarda um rico acervo para criações de novos produtos. Para o desenvolvimento da poltrona fez-se necessário a utilização da metodologia projetual de Bernd Löbach (2001), onde o mesmo destaca quatro fases para o processo de desenvolvimentos de novos produtos. Na primeira fase do processo foi feito uma análise das informações para conhecer o problema, em seguida, na fase dois, foram executados dez modelos preliminares para posterior avaliação da melhor alternativa, e por fim, obteve-se a realização dos desenhos técnicos e o protótipo final da poltrona.
Palavras-chave: Cultura popular. Poltrona. Xilogravuras J. Borges.
ABSTRACT
Based on the idea that Brazilian popular culture preserves a rich aesthetic collection, which can be used as a reference for the design of new products, this work is about the development of an armchair, using the aesthetic references of the Wood Engraving of the artist J. Borges , in order to create furniture with characteristics that are both private and universal, showing that the culture that guides us preserves a rich collection for the creation of new products. For the development of the armchair, it was necessary to use the design methodology of Bernd Löbach (2001), where it emphasizes four phases for the process of development of new products. In the first phase of the process an analysis of the information was made to know the problem, then in stage two, ten preliminary models were executed for further evaluation of the best alternative, and finally, the realization of the technical drawings and the prototype end of the armchair. Key-words: Popular culture. Armchair. Wood Engraving J. Borges.
.
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 Moradia.......................................................................................................... 24
Figura 02 Família........................................................................................................... 25
Figura 03 Hobbies.......................................................................................................... 25
Figura 04 Meio ambiente................................................................................................ 26
Figura 05 Objetos de lembranças................................................................................... 26
Figura 06 Requinte e simplicidade.................................................................................. 27
Figura 07 Viagens.......................................................................................................... 27
Figura 08 Exemplos de elementos humanos encontrados nas obras de J. Borges ....... 43
Figura 09 Exemplos de elementos com cores encontrados nas obras de J. Borges...... 44
Figura 10 Exemplos de elementos vegetais encontrados nas obras de J. Borges ......... 44
Figura 11 Exemplos de animais encontrados nas obras de J. Borges ........................... 45
Figura 12 Exemplos de elementos mitológicos encontrados nas obras de J. Borges..... 45
Figura 13 Exemplos de astros encontrados nas obras de J. Borges............................... 46
Figura 14 Outros elementos que fazem parte das obras de J. Borges ........................... 46
Figura 15 Poltrona Moliçosa .......................................................................................... 48
Figura 16 Poltrona Barra................................................................................................ 48
Figura 17 Poltrona Raimundo ........................................................................................ 49
Figura 18 Poltrona Beca ................................................................................................ 49
Figura 19 Poltrona Donaire ............................................................................................ 49
Figura 20 Poltrona Diz ................................................................................................... 50
Figura 21 Poltrona Ginga ............................................................................................... 50
Figura 22 Poltrona Abaporu ........................................................................................... 50
Figura 23 Poltrona Canela ......................................................................................................... 51
Figura 24 Poltrona Laguan ............................................................................................ 51
Figura 25 Poltrona Avante ............................................................................................. 51
Figura 26 Poolside Lounge Ottoman ............................................................................. 52
Figura 27 Poltrona Fofa ................................................................................................. 52
Figura 28 Poltrona Felipe ............................................................................................... 52
Figura 29 Poltrona Divisa ............................................................................................... 53
Figura 30 Poltrona Jangada ........................................................................................... 53
Figura 31 Poltrona Lia ................................................................................................... 53
Figura 32 Poltrona Kilin ................................................................................................. 54
Figura 33 Poltrona Verti ................................................................................................. 54
Figura 34 Poltrona Bertini .............................................................................................. 54
Figura 35 Dimensões básicas da antropometria exigidas para o design de cadeiras..... 73
Figura 36 Geração 01 - Bicho de sete cabeças .............................................................. 75
Figura 37 Geração 02 - Briga da onça com a serpente .................................................. 75
Figura 38 Geração 03 - Pastor de ovelhas ..................................................................... 76
Figura 39 Geração 04 - Bumba-meu-boi ........................................................................ 76
Figura 40 Geração 05 - Sertão em noite de lua .............................................................. 76
Figura 41 Geração 06 - Lua cheia .................................................................................. 77
Figura 42 Geração 07 - O monstro do sertão ................................................................. 77
Figura 43 Geração 08 – Animais .................................................................................... 77
Figura 44 Geração 09 - Bicho de sete cabeças .............................................................. 78
Figura 45 Geração 10 – Pássaros ................................................................................. 78
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 Etapas de um projeto de design .......................................................... 17
Tabela 02 Etapas para o desenvolvimento da poltrona ........................................ 19
Tabela 03 Análise visual das xilogravuras ............................................................ 31
Tabela 04 Comparativo de similares 1 ................................................................. 55
Tabela 05 Comparativo de similares 2 ................................................................. 57
Tabela 06 Comparativo de similares 3 ................................................................. 59
Tabela 07 Comparativo de similares 4 ................................................................. 61
Tabela 08 Comparativo de similares 5 ................................................................. 63
Tabela 09 Análise estrutural/configuração 1 ........................................................ 67
Tabela 10 Análise estrutural/configuração 2 ........................................................ 68
Tabela 11 Análise estrutural/configuração 3 ........................................................ 69
Tabela 12 Análise estrutural/configuração 4 ........................................................ 70
Tabela 13 Análise estrutural/configuração 5 ........................................................ 71
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO / JUSTIFICATIVA 12
2 OBJETIVOS 15
2.1 Objetivo Geral 15
2.2 Objetivo Específicos 15
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: ADOTANDO UM CAMINHO
PROJETUAL 17
3.1 O processo para a construção de produtos 17
3.1.1 Fase 1: Análise do problema 20
3.1.2 Fase 2: Geração de alternativas 21
3.1.3 Fase 3: Avaliação das alternativas 21
3.1.4 Fase 4: Realização da solução do problema 21
4 PROJETO: DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS 23
4.1 Preparação 23
4.1.1 Público-alvo 23
4.1.2 Painel do público-alvo 24
4.1.3 Análise sintática das xilogravuras de J.Borges 27
4.1.4 Análise morfológica das xilogravuras de J.Borges 43
4.1.5 Partido projetual 47
4.1.6 Análise de similares 48
4.1.7 Análise estrutural/configuração 66
4.1.8 Análise antropométrica 73
4.2 Geração 75
4.2.1 Esboços de ideias 75
4.3 Avaliação 83
4.4 Realização 84
4.4.1 Detalhamento técnico 84
12
1 INTRODUÇÃO / JUSTIFICATIVA
_________________________________________________________________________________
Na atual ordem mundial, o desenvolvimento dos meios de comunicação
possibilitou a massificação da informação, transmitindo uma troca de valores e
costumes culturais que interagem sem a necessidade de um contato territorial. Esse
processo, também conhecido como globalização, começou a ser reconhecido como
tal somente a partir dos anos noventa. Para Morais (2006, p.202) “esse fenômeno
acontece de maneira tão intensa durante esses anos que Robertson define o período
como “a fase da incerteza”, pois houve mudanças radicais na sociedade”.
De fato, todo esse processo de transformação da sociedade permitiu
modificações tanto no âmbito econômico como no cultural.
No que diz respeito aos impactos econômicos, é notório o posicionamento dos
mercados cada vez mais abertos para o consumo universal, em que os produtos
estão, cada vez mais, acessíveis a qualquer parte do mundo. Porém, há os efeitos
negativos que essa comercialização universal traz; um deles é a existência de
possíveis crise em setores de produção, afetando não apenas um país, mas todos
que comercializam os produtos (MOURÃO; PARENTE; LINHARES, 2011).
O fator cultural é o que mais sofre com a influência da homogeneização, sendo
notório como os produtos da cultura de massa1 vêm se sobressaindo sobre os
provenientes da cultura popular2. Esse fato decorre do poder que os meios de
comunicação têm para disseminar os produtos gerados pela cultura de massa,
ajudando no processo de homogeneização cultural e contribuindo para o consumo
compulsivo.
Ao contrário do que acontece com a cultura de massa, a cultura popular é
produzida pelo e para a massa, seus produtos surgem das interações e tradições de
um povo, tendo como principal personagem a população e a periferia. De modo geral,
podemos dizer que a cultura popular é
O conjunto de conhecimentos e práticas vivenciadas pelo povo, embora possam ser vividos e instrumentalizados pelas elites. Pense-se no candomblé, no carnaval, na feijoada, nos usos folclóricos, no jogo do bicho e na capoeira. (...) Cultura popular simplesmente [é] o
1 Denominação comumente utilizada para designar os produtos da indústria cultural produzidos para atingir a maior parte da população, tendo como objetivo principal o lucro. 2 Refere-se às manifestações culturais feitas pelo povo.
13
que é espontâneo, livre de cânones e de leis, tais como danças, crenças, ditos tradicionais. (...) tudo que acontece no país por tradição e que merece ser mantido e preservado imutável. (...). Tudo que é saber do povo, de produção anônima ou coletiva (VANNUCCHI, 1999, apud ASSIS; NEPOMUCENO, 2008, p. 02).
Como se pode perceber, a cultura é a lente pela qual as pessoas percebem o
mundo e o diferenciam, é fonte de identidade para um país. Por outro lado, o atual
contexto de interculturalidade trouxe consigo também, a tendência a uma submissão
internacional da cultura e a adoção de linguagens tecnológicas que tendem a
marginalizar as identidades regionais, inclusive, no que tange ao mercado mundial de
produtos.
Diante desse cenário, este trabalho se desenvolve buscando na diversidade da
cultura popular, o alicerce necessário para a criação de um produto – neste caso, uma
poltrona - que traga impressos em sua forma, elementos estéticos da arte Armorial
presente nas xilogravuras de J. Borges, apostando na ideia de que, ao nos afastarmos
dos modismos impostos pelas mídias, e nos aproximarmos da espontaneidade da
cultura popular, conseguiremos traçar identidades, não só para o país, mas também
para o design brasileiro. Escorel (1999) destaca que, quanto mais nos apropriarmos
das nossas características nacionais, mais visibilidade e facilidade encontrará o nosso
produto, frente a esse mercado globalizado.
Dessa forma, com a temática de integração entre design e cultura popular para
a produção de móveis, a pesquisa fez uma abordagem ao método de projeto de
Bernad Löbach (2001), demostrando a importância de projetar, seguindo uma
metodologia de design, contribuindo para um novo olhar sobre o design de móveis no
Brasil.
Essa pesquisa é de cunho prioritariamente projetual, e foi dividida em duas
partes. Na Parte 1, consta a descrição das etapas metodológicas proposta por Bernad
Löbach (2001), enquanto na Parte 2, temos o projeto propriamente dito, abordando as
fases de preparação, geração, avaliação e realização, descritas na parte 1.
Na fase de preparação foram analisadas, graficamente, 20 xilogravuras de J.
Borges. Com base na metodologia de análise de comunicação visual propostas por
(DONDIS, 2007), fez-se necessário analisar as poltronas nos quesitos de similares,
estrutural/configuração para conhecer as particularidades, bem como, os pontos
positivos e negativos que as mesmas possuem, utilizou-se também das referências
ergonômicas de Panero (2002), com o objetivo de levantar dados antropométricos
14
para o desenvolvimento da poltrona. Na fase de geração, encontra-se os esboços das
ideias, onde avaliou-se a melhor alternativa para a realização do protótipo, resultando
em um mobiliário com características particulares e, ao mesmo tempo universais,
mostrando que a cultura popular é uma rica fonte de inspiração para o
desenvolvimento de novos produtos.
15
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
• Desenvolver uma poltrona tomando como referência estética a arte armorial
presente nas xilogravuras de J. Borges.
2.2 Objetivos Específicos
• Compreender a estética xilográfica de J. Borges;
• Fazer um levantamento iconográfico das xilogravuras de J. Borges.
17
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: ADOTANDO UM
CAMINHO PROJETUAL
Neste capítulo está a descrição da metodologia e as etapas utilizadas neste
projeto.
3.1 O PROCESSO PARA A CONSTRUÇÃO DE PRODUTOS
Ao projetar um móvel o designer tem que atentar ao planejamento de todas as
fases projetuais, abordando caminhos metodológicos para a criação de novos
produtos. A obtenção desses procedimentos e requisitos servirá como geração para
soluções inovadoras. A tabela 01 traz as fases descritas por Löbach (2001), na qual o
mesmo caracteriza o processo como uma busca para encontrar a solução de um
problema, concretizar em um projeto e incorporar as características que possam
satisfazer as necessidades humanas.
Tabela 01 - Etapas de um projeto de design
Processo Criativo Processo de solução de
problema
Processo de design
1. Fase de preparação Análise do problema
Conhecimento do problema.
Coleta de informação.
Análise das informações.
Análise do problema de design
Análise da necessidade.
Análise da relação social (homem-
produto).
Análise da relação com o ambiente
(produto-ambiente). Desenvolvimento
histórico.
Análise do mercado.
Análise da função (funções práticas).
Análise estrutural (de construção).
Análise da configuração (funções
estéticas).
18
Definição do problema,
clarificação do problema,
definição de objetivos.
Análise dos materiais e processos de
fabricação.
Patente, legislação e normas de
Análise de sistemas de produtos
(produto-produto).
Distribuição, montagem, serviço a
clientes, manutenção.
Descrição das características do novo
produto.
Exigência para com o novo produto.
2. Fase de geração Alternativas do problema
Escolha dos métodos de
solucionar problemas, produção
de ideias e geração de
alternativas.
Alternativas de design
Conceitos do design.
Alternativas de solução.
Esboço de ideias.
Modelos.
3. Fase de avaliação Avaliação das alternativas do
problema
Exame das alternativas,
processo de seleção, processo
de avaliação.
Avaliação das alternativas de design
Escolha da melhor solução
Incorporação das características ao
novo produto.
4. Fase de realização Realização da solução do
problema
Realização da solução do
problema.
Nova avaliação da solução.
Solução de Design
Projeto mecânico.
Projeto estrutural.
Configuração dos detalhes (raio,
elementos de manejo etc.).
Desenvolvimento de modelos,
Desenhos técnicos, desenhos de
representação.
Documentação do projeto, relatório.
FONTE: Design Industrial: bases para configuração dos produtos industriais (LÖBACH, 2001).
19
Tendo em mente que a metodologia supramencionada não compreende um
processo “engessado”, e que cada problema traz suas peculiaridades, para atender
aos objetivos desse projeto, foi elaborada a tabela 02, delimitando e acrescentando
tópicos relevantes de outros autores para o desenvolvimento do mobiliário.
Tabela 02 - Etapas para o desenvolvimento da poltrona
Processo Criativo Processo de solução de
problema
Processo de design
1. Fase de
preparação
Análise do problema
Conhecimento do problema.
Coleta de informação.
Análise das informações.
Definição do problema,
clarificação do problema,
definição de objetivos.
Analise do problema de design
Análise da relação social.
Análise gráfica.
Partido projetual.
Análise do mercado.
Análise estrutural.
Análise da configuração.
Análise dos materiais e processos de
fabricação.
Análise antropométrica.
2. Fase de geração Alternativas do problema
Escolha dos métodos de
solucionar problemas, produção
de ideias e geração de
alternativas.
Alternativas de design
Alternativas de solução.
3. Fase de avaliação Avaliação das alternativas
do problema
Exame das alternativas,
processo de seleção, processo
de avaliação.
Avaliação das alternativas de
design
Escolha da melhor solução.
Incorporação das características ao
novo produto.
20
4. Fase de realização Realização da solução do
problema
Realização da solução do
problema.
Solução de Design
Desenhos técnicos, desenhos de
representação;
Prototipagem.
FONTE: Tabela adaptada pela autroa (2017).
3.1.1 Fase 1: Análise do problema
Nesta fase, o autor pontua alguns tópicos para o desenvolvimento inicial do
projeto, traçando etapas de coleta de informações para a solução de um problema. É
a partir da definição desses objetivos que se deflagram o processo criativo para a
solução do projeto.
Dentre as etapas seguidas estão:
Análise da relação social: nesta análise definiu-se o público alvo, identificando suas
particularidades através de três critérios de segmentação, financeiro, social e
psicológico.
Análise gráfica: por meio da metodologia visual proposta por Dondis (2007),
analisou-se sintaticamente e morfologicamente 20 xilogravuras de J. Borges,
compreendendo a estética das obras.
Análise do mercado: para essa análise, optou-se em fazer um levantamento de
similares e concorrentes com produtos oferecidos pelo mercado, destacando seus
pontos em comum. A análise de mercado é mais complexa, porém, para esse projeto
utilizou-se apenas os dois pontos citados, devido ser um produto autoral e em fase de
protótipo.
Análise estrutural/configuração: por meio da análise estrutural/configuração, foi
possível identificar como se dá a complexidade estrutural das poltronas e também
como a estética foi aplicada, detalhando as formas e suas aplicações de acabamento
nas superfícies.
Análise dos materiais e processos de fabricação: a análise de similares
possibilitou conhecer os materiais utilizados nas poltronas, como também observar se
os mesmos são viáveis na produção artesanal.
21
3.1.2 Fase 2: Geração de alternativas
Após a análise do problema na fase 1, a fase 2 começa a geração das
alternativas do produto. É de grande importância nesta fase deixar de lado, por um
tempo, o pensamento analítico adquirido no problema e procurar ideias livres para a
geração das alternativas.
Foram realizados 10 modelos preliminares, executados tridimensionalmente
em software para melhor compreensão das formas.
3.1.3 Fase 3: Avaliação das alternativas
A fase 3 se dá através da análise das alternativas da fase dois, nesta fase são
selecionadas (de acordo com o partido projetual), comparadas e analisadas às
soluções mais viáveis ao novo produto.
Para a avaliação das alternativas, Löbach (2001) indica que existem variáveis
que podem ser transformadas em perguntas, uma delas faz referência a importância
do novo produto para o usuário, para determinados grupos de usuário e para a
sociedade.
3.1.4 Fase 4: Realização da solução do problema
Na última fase do processo de design é realizada a materialização da solução
escolhida. Encontra-se nesta etapa o detalhamento técnico da poltrona selecionada,
renderings e protótipo.
23
4 PROJETO: DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS
Neste Capítulo, inicia-se a fase projetual, apresentando os procedimentos e
resultados para o desenvolvimento do produto.
4.1 PREPARAÇÃO
Nesta etapa, encontra-se a definição do público alvo, painel do público alvo,
levantamento de dados sobre as xilogravuras de J. Borges, partido projetual,
detalhando as características do público potencial, análise de similares e análise
antropométrica.
4.1.1 Público-alvo
É essencial sabermos a quem vai ser dirigido o mobiliário, pois existem
consumidores com comportamentos diferentes de compra. Para uma melhor
compreensão das preferências e características do público potencial, fez-se
necessário subdividi-los em três critérios para que se possa identificar suas
particularidades.
Financeiro: O público alvo é constituído por indivíduos com renda mensal igual ou
superior a dez salários mínimos, que corresponde a R$ 9.370,00 reais. Não
necessariamente ricos, mas pessoas com situação estável também podem ser
inseridas nesse contexto.
Social: No que se refere aos critérios sociais o público compreende:
Homens e mulheres a partir de 35 anos de idade, que desfrutam de um bom espaço
em suas residências, possuem boa bagagem cultural e o nível de escolaridade
superior.
Psicológico: O desejo por um produto é a mistura de sentimentos e emoções que
uma pessoa carrega. Com o intuito de conhecer as características pessoais do
24
público, foram destacados alguns pontos importantes no que diz respeito ao
emocional do público estudado, entre eles estão:
• Grande apreço aos objetos familiares;
• Preocupam-se com o meio ambiente;
• Valorizam os produtos de produção artesanal, por existir uma maior interação na
preparação;
• Priorizam a qualidade e a diferenciação nos produtos;
• Antenados nas tendências contemporâneas;
• Apreciam os valores culturais;
• Gostam de uma boa leitura.
4.1.2 Painel do Público-alvo
Para uma melhor compreensão do público-alvo, foram criados painéis
imagéticos que sintetizam o estilo de vida e a relação que estes mantêm com os
produtos de consumo.
Figura 01 - Moradia
FONTE: Adaptada pela autora (2017).
• Ambientes
espaçosos;
• Aconchegante;
• Traços
contemporâneos
25
Figura 02 - Família
FONTE: Imagem adaptada pela autora (2017).
Figura 03 - Hobbies
FONTE: Imagem adaptada pela autora (2017).
• Diversão;
• Aconchego;
• Momentos
especiais.
• Assistir filmes;
• Escutar
músicas;
• Ir à praia finais
de semana;
• Praticar
esportes;
• Ler bons livros.
26
Figura 04 - Meio ambiente
FONTE: Imagem adaptada pela autora (2017)
Figura 05 - Objetos de lembrança
FONTE: Imagem adaptada pela autora (2017).
• Preservação;
• Equilíbrio;
• Natureza.
• Valores
culturais;
• Souvenir de
viagens.
27
Figura 06 - Requinte e simplicidade
FONTE: Imagem adaptada pela autora (2017).
Figura 07 - Viagens
FONTE: Imagem adaptada pela autora (2017).
• Casual;
• Discreto;
• Confortável.
• Aprecia locais
litorâneos;
• Gosta de
visitar pontos
turísticos;
• Destinos
internacionais
29
4.1.3 Análise Sintática das Xilogravuras de J. Borges
São muitas as formas de expressão que o Nordeste possui, e em meio a essa
diversidade, encontra-se um movimento que vai de encontro à valorização da cultura
popular Nordestina, o movimento armorial.
O movimento armorial teve início no âmbito acadêmico, mas logo ganhou
apoio. Lançado oficialmente na década de 1970, teve como precursor o dramaturgo e
escritor Ariano Suassuna, que “propõe-se a construir uma arte erudita brasileira a
partir das raízes populares” (BEZERRA, 2009, p. 08), focando integralmente nas
origens da cultura nacional, afim de criar uma arte sólida, brasileira e inteiramente
nordestina. Com o apoio de artistas e escritores já consagrados que tinham em suas
obras os traços propostos pelo seu movimento, conseguiu unir música, dança,
literatura, artes plásticas, entre outras expressões.
Corrêa (2014) destaca que o armorial pegou como síntese os folhetos de
cordéis para conduzir as diversas áreas artísticas do movimento, usando os versos
para o diálogo com a literatura, as rimas para a música, a declamação para o teatro e
as gravuras para as artes plásticas.
No que se refere às artes plásticas, destacam-se os artistas Gilvan Samico e J.
Borges, que tomaram como base a arte tradicional das xilogravuras para expressar
com formas e cores o universo mítico do Sertão Nordestino que Ariano Suassuna
idealizara.
Em entrevista com J. Borges, ele cita que Ariano foi um grande impulsionador
de sua carreira. Nesse viés, conta que Ariano lhe chamou na reitoria e, após conversa
sobre seu trabalho como xilogravurista, começou a divulgar suas obras nas principais
mídias. A partir daí, como o próprio J. Borges fala: “começou a chegar carro em minha
porta e até hoje eu não tive mais sossego”.
O escritor procurou saber quem era J. Borges. Pediu para ele aparecer na Universidade Federal de Pernambuco. [...] Ariano convocou os correspondentes dos jornais sediados no Recife. Estava ali um fenômeno. O artista passou a ser apresentado como o mais inventivo criador da arte popular nordestina (FRANKLIN, 2007, apud PEREIRA; NUNES, 2014, p. 09).
J. Borges retrata em suas obras o cotidiano nordestino, o cangaço, criaturas
mitológicas, religiosidade, dentre outros assuntos que fazem parte do universo cultural
e de suas vivências cotidianas.
30
Para maior conhecimento gráfico das obras de J. Borges, fez-se necessário
uma análise sintática, utilizando as técnicas de comunicação visual propostas por
Dondis (2007). A escolha das xilogravuras se deu a partir de uma entrevista
semiestruturada (Apêndice A) com o próprio J. Borges, questionando-se acerca de
quais eram as 20 gravuras que o mesmo tem mais apreço. As obras citadas
compreendem o período de 1972, com a Lua de mel do matuto, até 2011, com A
passarada. Algumas obras citadas por J. Borges não foram encontradas, logo, foram
substituídas por outras de grande sucesso, como O vaqueiro do sertão, de 1994,
gravura em convite para exposição na galeria Stahli. Após a análise sintática,
encontra-se um levantamento morfológico, a fim de identificar os elementos mais
recorrentes das obras analisadas.
31
TAB. 03: Análise Visual das Xilogravuras:
Lua de mel do matuto
(1972)
34 x 50cm
Equilíbrio/ Instabilidade
Simetria/ Assimetria
Regularidade/ Irregularidade
Simplicidade/ Complexidade
Unidade/ Fragmentação
Economia/ Profusão
Minimização/ Exagero
Previsibilidade/ Espontaneidade
Atividade/ Estase
Sutileza/ Ousadia
Composição com instabilidade, elementos desordenados no eixo vertical e horizontal.
Composição predominantemente assimétrica, tanto verticalmente como horizontalmente.
A gravura apresenta irregularidade por não existir uma sequência uniforme na composição.
Existe o predomínio da complexidade, devido a quantidade de figuras na mesma composição, demandando um maior tempo de leitura do observador.
É perceptível a fragmentação na gravura, pois cada elemento compõe uma unidade que se relaciona com o todo, mas preserva seu caráter individual.
A presença de profusão é evidente, cada elemento que compõe a gravura é rico em detalhes que embelezam e ornamenta a obra.
Os detalhes e a expressividade de cada elemento da gravura aponta para o predomínio do exagero.
Apesar de possuir todo um esboço antes de ser executada, a gravura possui um predomínio da espontaneidade, pois, é impossível prever como vai ser a composição, a partir de seus elementos mínimos.
Predominância da atividade, evidenciada pela gravura da cobra subindo a árvore e também pelo sentido que as patas do cavalo estão posicionadas, dando a impressão de movimento.
É evidente como as informações visuais apontam para o predomínio da ousadia como técnica de composição.
Neutralidade/ Ênfase
Transparência/ Opacidade
Estabilidade/ Variação
Exatidão/ Distorção
Planura/ Profundidade
Singularidade/ Justaposição
Sequencialidade/ Acaso
Agudeza/ Difusão
Repetição/ Episodicidade
Elementos morfológicos:
Predominância da neutralidade, pois não há um plano uniforme que provoque a ênfase na composição.
A composição apresenta opacidade, por não existir detalhes visuais que transpareça nos elementos da gravura.
A variação é a técnica predominante na gravura, pois existe vários elementos diferentes, mas que aborda o mesmo tema.
Existe o predomínio da distorção, pois não há uma perspectiva na gravura que altere sua realidade.
Predomínio de planura em toda composição, ocasionado pela ausência de perspectiva.
A gravura apresenta justaposição, denotada pela existência de vários elementos que, juntos, exprime uma interação de estímulos visuais.
Apesar de existir sequencialidade em alguns elementos, a composição predomina o acaso, pois existe uma improvisação na criação das gravuras.
Na composição há um predomínio de agudeza, evidenciado pelas formas bem definidas, principalmente, dos rostos.
A composição tem episodicidade, pois, os vários elementos da gravura, reforça e valoriza a qualidade individual, sem perder seu significado como um todo.
-Elementos humanos: homem, mulher; -Cores: preto; -Animais: cavalo, cobra; -Vegetais: árvore; -Outros: roupas, cela.
A chegada da prostituta
no céu
(1976)
37,5 x 55cm
Equilíbrio/ Instabilidade
Simetria/ Assimetria
Regularidade/ Irregularidade
Simplicidade/ Complexidade
Unidade/ Fragmentação
Economia/ Profusão
Minimização/ Exagero
Previsibilidade/ Espontaneidade
Atividade/ Estase
Sutileza/ Ousadia
Composição instável provocada por não existir um equilíbrio nos eixos e por haver um maior peso visual na figura do santo.
Composição predominantemente assimétrica, tanto verticalmente como horizontalmente.
A composição como um todo não se ajusta a uma leitura uniforme da gravura, portanto, a mesma é irregular.
Fica evidente a complexidade existente na gravura, a composição traz vários elementos que dificulta uma leitura rápida do observador.
A composição é fragmentada, pois existe elementos separados, mas que juntos se relacionam e conservam seu caráter individual.
A presença de profusão é evidente, cada elemento que compõe a gravura é rico em detalhes que embelezam e ornamenta a obra.
Predomino do exagero na composição provocado pela riqueza de detalhes e a expressividade de cada elemento.
Na composição há espontaneidade, pois, é impossível prever como será a gravura a partir de seus elementos mínimos.
O jeito que a mulher segura a faca, o “diabo” que ergue a outra mulher nas mãos, todos esses elementos da gravura, provoca uma atividade.
É evidente como as informações visuais apontam para o predomínio da ousadia como técnica de composição.
Neutralidade/ Ênfase
Transparência/ Opacidade
Estabilidade/ Variação
Exatidão/ Distorção
Planura/ Profundidade
Singularidade/ Justaposição
Sequencialidade/ Acaso
Agudeza/ Difusão
Repetição/ Episodicidade
Elementos morfológicos:
Presença de neutralidade, pois não há um plano uniforme que provoque a ênfase.
Composição com predomínio de opacidade, pois existe um bloqueio parcial em alguns elementos da gravura.
Na composição há predomínio da variação, devido a quantidade de elementos diferentes, mas que abordam o mesmo tema.
Existe o predomínio da distorção, pois não há uma perspectiva na gravura que altere sua realidade.
Predomínio de planura em toda composição, ocasionado pela ausência de perspectiva.
A gravura apresenta justaposição, denotada pela existência de vários elementos que juntos exprimem uma interação de estímulos visuais.
Apesar de existir sequencialidade em alguns elementos, a composição predomina o acaso, pois existe uma improvisação na criação das gravuras.
Na composição há um predomínio de agudeza, evidenciado pelas formas bem definidas, principalmente, dos rostos.
A composição tem episodicidade, pois, os vários elementos da gravura, reforça e valoriza a qualidade individual, sem perder seu significado como um todo.
-Elementos humanos: homem, mulher; -Cores: preto; -Vegetais: árvore; -Elementos mitológicos: diabo, santo; -Armas: faca; -Outros: chaves;
32
Análise Visual das Xilogravuras:
O bicho de sete
cabeças
1980
30,5 x 47,5
Equilíbrio/ Instabilidade
Simetria/ Assimetria
Regularidade/ Irregularidade
Simplicidade/ Complexidade
Unidade/ Fragmentação
Economia/ Profusão
Minimização/ Exagero
Previsibilidade/ Espontaneidade
Atividade/ Estase
Sutileza/ Ousadia
Composição instável provocada por haver um peso visual maior na parte inferior.
Predominância de assimetria tanto no eixo vertical como no eixo horizontal.
A gravura apresenta irregularidade por não existir uma sequência uniforme na composição.
A predominância da complexidade, expressada com vários elementos na mesma gravura, levando o observador a se ater a cada elemento para compreender seu significado.
Apesar de possuir um elemento com várias ramificações a gravura apresenta fragmentação, pois cada elemento possui uma unidade que se relaciona com o todo, conservando seu caráter individual.
A presença da profusão é evidente, cada elemento que compõe a gravura é rico em detalhes, ressaltando o embelezando e a ornamentação da obra.
Predomínio do exagero na composição, provocado pela riqueza de detalhes e a expressividade de cada elemento.
Na composição há espontaneidade, pois é impossível prever como será a gravura a partir de seus elementos mínimos.
Apesar da sugestão de movimento (atividade), sugerido por algumas cabeças que estão em outro sentido, a o predomínio do estase na gravura como um todo.
É evidente como as informações visuais apontam para o predomínio da ousadia como técnica de composição.
Neutralidade/ Ênfase
Transparência/ Opacidade
Estabilidade/ Variação
Exatidão/ Distorção
Planura/ Profundidade
Singularidade/ Justaposição
Sequencialidade/ Acaso
Agudeza/ Difusão
Repetição/ Episodicidade
Elementos morfológicos:
Presença de neutralidade, pois não há um plano uniforme que provoque a ênfase.
Composição com predomínio de opacidade, pois existe um bloqueio parcial em alguns elementos da gravura.
A variação é a técnica predominante na gravura, pois existe vários elementos diferentes, mas que aborda o mesmo tema.
Existe o predomínio da distorção, pois não há uma perspectiva na gravura que altere sua realidade.
Predomínio de planura em toda composição, ocasionado pela ausência de perspectiva.
A gravura apresenta justaposição, denotada pela existência de vários elementos que, juntos exprimem uma interação de estímulos visuais.
Apesar de existir sequencialidade em alguns elementos, a composição predomina o acaso, pois existe uma improvisação na criação das gravuras.
Na composição há um predomínio da agudeza, evidenciado pelas formas bem definidas, principalmente dos rostos.
A composição tem episodicidade, pois os vários elementos da gravura, reforça e valoriza a qualidade individual, sem perder seu significado como um todo.
-Elementos humanos: mulher; -Cores: preto; -Animais: cavalo, cobra, ovelha, boi; -Outros: asas;
Pastor de ovelhas
(2000)
35 x 49,5
Equilíbrio/ Instabilidade
Simetria/ Assimetria
Regularidade/ Irregularidade
Simplicidade/ Complexidade
Unidade/ Fragmentação
Economia/ Profusão
Minimização/ Exagero
Previsibilidade/ Espontaneidade
Atividade/ Estase
Sutileza/ Ousadia
Composição com predominância de instabilidade, peso visual maior no eixo vertical esquerdo, devido a quantidade de elementos e sua disposição na gravura.
Composição predominantemente assimétrica, tanto verticalmente como horizontalmente
Apesar da gravura apresentar regularidade em algumas seções onde estão os animais, a composição tem o predomínio da irregularidade.
Existe o predomínio da complexidade, devido a quantidade de figuras na mesma composição, demandando um maior tempo de leitura do observador.
A composição é fragmentada, pois existem vários elementos separados, mas que, juntos se relacionam e preservam seu caráter individual.
A presença de profusão é evidente, cada elemento que compõe a gravura é rico em detalhes que embelezam e ornamenta a obra.
Os detalhes e a expressividade de cada elemento da gravura apontam para o predomínio do exagero.
Na composição há espontaneidade, pois é impossível prever como será a gravura a partir de seus elementos mínimos.
Predomínio de atividade provocado pelo posicionamento das patas dos animais.
É evidente como as informações visuais apontam para o predomínio da ousadia como técnica de composição.
Neutralidade/ Ênfase
Transparência/ Opacidade
Estabilidade/ Variação
Exatidão/ Distorção
Planura/ Profundidade
Singularidade/ Justaposição
Sequencialidade/ Acaso
Agudeza/ Difusão
Repetição/ Episodicidade
Elementos morfológicos:
Existe ênfase na composição, como pode ser visto em alguns animais, porém, em sua totalidade predomina a neutralidade.
A composição apresenta opacidade, por não existir detalhes visuais que transpareça nos elementos da gravura.
A variação é a técnica predominante na gravura, pois existe vários elementos diferentes, mas que abordam o mesmo tema.
Existe o predomínio da distorção, pois não há uma perspectiva na gravura que altere sua realidade.
Predomínio de planura em toda composição, ocasionado pela ausência de perspectiva.
A gravura apresenta justaposição, denotada pela existência de vários elementos que, juntos exprimem uma interação de estímulos visuais.
Apesar de existir sequencialidade em alguns elementos, a composição predomina o acaso, pois existe uma improvisação na criação das gravuras.
Predomínio de agudeza, evidenciado pelas formas bem definidas e à clareza de expressão.
A composição tem episodicidade, pois os vários elementos da gravura, reforça e valoriza a qualidade individual, sem perder seu significado como um todo.
-Elementos humanos: homem; -Cores: preto; -Animais: ovelha; -Outros: cajado;
33
Análise Visual das Xilogravuras:
A passarada
(2011)
96 x 66cm
Equilíbrio/ Instabilidade
Simetria/ Assimetria
Regularidade/ Irregularidade
Simplicidade/ Complexidade
Unidade/ Fragmentação
Economia/ Profusão
Minimização/ Exagero
Previsibilidade/ Espontaneidade
Atividade/ Estase
Sutileza/ Ousadia
Existe um equilíbrio devido a todos os pássaros estarem na mesma direção, porém, está instável por não haver pesos visuais iguais no eixo vertical e horizontal.
Predominância de assimetria tanto no eixo vertical como no eixo horizontal.
Os pássaros estão dispostos em tamanhos e posições diferentes, portanto, a gravura é irregular.
Apesar de possuir apenas um elemento que se repete em toda composição, a imagem é complexa por existir elementos desorganizados.
A composição é fragmentada, pois existem elementos separados, mas que juntos se relacionam e preservam seu caráter individual.
A presença de profusão é evidente, cada elemento que compõe a gravura é rico em detalhes que embelezam e ornamenta a obra.
Os detalhes e a expressividade de cada elemento da gravura apontam para o predomínio do exagero.
Apesar de possuir todo um esboço antes de ser executada, a gravura possui um predomínio da espontaneidade, pois é impossível prever como vai ser a composição a partir de seus elementos mínimos.
O sentido e a posição de algumas aves na gravura, denota uma atividade de voo.
É evidente como as informações visuais apontam para o predomínio da ousadia como técnica de composição.
Neutralidade/ Ênfase
Transparência/ Opacidade
Estabilidade/ Variação
Exatidão/ Distorção
Planura/ Profundidade
Singularidade/ Justaposição
Sequencialidade/ Acaso
Agudeza/ Difusão
Repetição/ Episodicidade
Elementos morfológicos:
Predominância da neutralidade, pois não há um plano uniforme que provoque a ênfase na composição.
Composição com predomínio de opacidade, pois existe um bloqueio parcial em alguns elementos da gravura.
Na composição há o predomínio da variação, devido a quantidade de elementos diferentes, mas que abordam o mesmo tema.
Existe o predomínio da distorção, pois não há uma perspectiva na gravura que altere sua realidade.
Predomínio de planura em toda composição, ocasionado pela ausência de perspectiva.
A gravura apresenta justaposição, denotada pela existência de vários elementos que juntos exprime uma interação de estímulos visuais.
Apesar de existir sequencialidade em alguns elementos, a composição predomina o acaso, pois existe uma improvisação na criação das gravuras.
Predomínio de agudeza, evidenciado pelas formas bem definidas e à clareza de expressão.
A composição tem episodicidade, pois os vários elementos da gravura, reforça e valoriza a qualidade individual, sem perder seu significado como um todo.
-Cores: preto;
-Animais: pássaro;
Forró pé de serra
1992
66 x 48cm
Equilíbrio/ Instabilidade
Simetria/ Assimetria
Regularidade/ Irregularidade
Simplicidade/ Complexidade
Unidade/ Fragmentação
Economia/ Profusão
Minimização/ Exagero
Previsibilidade/ Espontaneidade
Atividade/ Estase
Sutileza/ Ousadia
Composição com predominância de instabilidade, elementos visuais com maior peso horizontal.
Predominância de assimetria tanto no eixo vertical como no eixo horizontal.
Os personagens da gravura estão distribuídos em uma sequência irregular de posições.
Existe o predomínio da complexidade, devido a quantidade de figuras na mesma composição, demandando um maior tempo de leitura do observador.
É perceptível a fragmentação na gravura, pois cada elemento compõe uma unidade que se relaciona com o todo, mas conservam seu caráter individual.
A presença de profusão é evidente, cada elemento que compõe a gravura é rico em detalhes que embelezam e ornamentam a obra.
Predomínio do exagero na composição provocado pela riqueza de detalhes e a expressividade de cada elemento.
Na composição há espontaneidade, pois é impossível prever como será a gravura a partir de seus elementos mínimos.
Os elementos que compõem a gravura sugerem um movimento (atividade) constante, por ser uma composição que que transmite uma dança.
É evidente como as informações visuais apontam para o predomínio da ousadia como técnica de composição.
Neutralidade/ Ênfase
Transparência/ Opacidade
Estabilidade/ Variação
Exatidão/ Distorção
Planura/ Profundidade
Singularidade/ Justaposição
Sequencialidade/ Acaso
Agudeza/ Difusão
Repetição/ Episodicidade
Elementos morfológicos:
Presença de neutralidade, pois não há um plano uniforme que provoque a ênfase.
A composição apresenta opacidade, por não existir detalhes visuais que transpareçam nos elementos da gravura.
A variação é a técnica predominante na gravura, pois existem vários elementos diferentes, mas que abordam o mesmo tema.
Existe o predomínio da distorção, pois não há uma perspectiva na gravura que altere sua realidade.
Predomínio de planura em toda composição, ocasionado pela ausência de perspectiva.
A gravura apresenta justaposição, denotada pela existência de vários elementos que, juntos exprimem uma interação de estímulos visuais.
Apesar de existir sequencialidade em alguns elementos, a composição predomina o acaso, pois existe uma improvisação na criação das gravuras.
Na composição há um predomínio de agudeza, evidenciado pelas formas bem definidas, principalmente dos rostos.
A composição tem episodicidade, pois os vários elementos da gravura, reforçam e valorizam a qualidade individual, sem perder seu significado como um todo.
-Elementos
humanos:
homem, mulher;
-Cores: preto,
azul, vermelho,
amarelo, laranja;
-Outros: sanfona; zabumba, triângulo.
34
Análise Visual das Xilogravuras:
Sertão em noite de lua
(2001)
66 x 48cm
Equilíbrio/ Instabilidade
Simetria/ Assimetria
Regularidade/ Irregularidade
Simplicidade/ Complexidade
Unidade/ Fragmentação
Economia/ Profusão
Minimização/ Exagero
Previsibilidade/ Espontaneidade
Atividade/ Estase
Sutileza/ Ousadia
Composição instável, tanto do ponto de vista vertical como horizontal.
Predominância de assimetria tanto no eixo vertical como no eixo horizontal.
Apesar de ter algumas sequências regulares nas estrelas, a gravura como um todo tem o predomínio da irregularidade.
É evidente a complexidade da gravura, a mesma possui muitos elementos, dificultando uma imediatez de leitura.
É perceptível a fragmentação na gravura, pois cada elemento compõe uma unidade que se relaciona com o todo, mas conservam seu caráter individual.
A presença de profusão é evidente, cada elemento que compõe a gravura é rico em detalhes que embelezam e ornamentam a obra.
Os detalhes e a expressividade de cada elemento da gravura apontam para o predomínio do exagero.
Na composição há espontaneidade, pois é impossível prever como será a gravura a partir de seus elementos mínimos.
Apesar de ter duas pessoas com violão, indicando uma atividade, a gravura como um todo predomina o estase.
É evidente como as informações visuais apontam para o predomínio da ousadia como técnica de composição.
Neutralidade/ Ênfase
Transparência/ Opacidade
Estabilidade/ Variação
Exatidão/ Distorção
Planura/ Profundidade
Singularidade/ Justaposição
Sequencialidade/ Acaso
Agudeza/ Difusão
Repetição/ Episodicidade
Elementos morfológicos:
Presença de neutralidade, pois não há um plano uniforme que provoque a ênfase.
Composição com predomínio de opacidade, pois existe um bloqueio parcial em alguns elementos da gravura.
A variação é a técnica predominante na gravura, pois existe vários elementos diferentes, mas que aborda o mesmo tema.
Existe o predomínio da distorção, pois não há uma perspectiva na gravura que altere sua realidade.
Predomínio de planura em toda composição, ocasionado pela ausência de perspectiva.
A gravura apresenta justaposição, denotada pela existência de vários elementos que, juntos exprimem uma interação de estímulos visuais.
Apesar de existir sequencialidade em alguns elementos, a composição predomina o acaso, pois existe uma improvisação na criação das gravuras
Na composição há um predomínio de agudeza, evidenciado pelas formas bem definidas, principalmente, dos rostos.
A composição tem episodicidade, pois, os vários elementos da gravura, reforça e valoriza a qualidade individual, sem perder seu significado como um todo.
-Elementos humanos: homem, mulher; -Cores: preto, azul, verde, amarelo, vermelho, marrom, laranja; -Astro: céu, lua, estrelas; -Vegetais: árvore, planta; -Outros: violão; cadeira;
Briga da onça com a
serpente
(1978)
32,5 x 49,5cm
Equilíbrio/ Instabilidade
Simetria/ Assimetria
Regularidade/ Irregularidade
Simplicidade/ Complexidade
Unidade/ Fragmentação
Economia/ Profusão
Minimização/ Exagero
Previsibilidade/ Espontaneidade
Atividade/ Estase
Sutileza/ Ousadia
Composição com predomínio de instabilidade, elemento vermelho com grande peso visual, que neste caso não se encontra outro elemento equivalente que se oponha ao mesmo.
Composição predominantemente assimétrica, tanto verticalmente como horizontalmente.
A composição, o como um todo, não se ajusta a uma leitura visual uniforme, portanto, a mesma é irregular.
Apesar de ter apenas cinco elementos, a gravura tem uma organização complexa.
A composição é fragmentada, pois existem elementos separados, mas que, juntos se relacionam e conservam seu caráter individual.
A presença da profusão é evidente, cada elemento que compõe a gravura é rico em detalhes ressaltando o embelezando e a ornamentação da obra.
Predomínio do exagero na composição, provocado pela riqueza de detalhes e a expressividade de cada elemento.
Na composição há espontaneidade, pois, é impossível prever como será a gravura a partir de seus elementos mínimos.
O posicionamento das patas da onça e as aves ao redor da gravura indica uma atividade.
É evidente como as informações visuais apontam para o predomínio da ousadia como técnica de composição.
Neutralidade/ Ênfase
Transparência/ Opacidade
Estabilidade/ Variação
Exatidão/ Distorção
Planura/ Profundidade
Singularidade/ Justaposição
Sequencialidade/ Acaso
Agudeza/ Difusão
Repetição/ Episodicidade
Elementos morfológicos:
Presença de neutralidade, pois não há um plano uniforme que provoque a ênfase.
A composição apresenta opacidade, por não existir detalhes visuais que transpareçam nos elementos da gravura.
A variação é a técnica predominante na gravura, pois existem vários elementos diferentes, mas que abordam o mesmo tema.
Existe o predomínio da distorção, pois não há uma perspectiva na gravura que altere sua realidade.
Predomínio de planura em toda composição, ocasionado pela ausência de perspectiva.
A gravura apresenta justaposição, denotada pela existência de vários elementos que juntos exprimem uma interação de estímulos visuais.
Apesar de existir sequencialidade em alguns elementos, a composição predomina o acaso, pois existe uma improvisação na criação das gravuras.
Predomínio de agudeza, evidenciado pelas formas bem definidas e à clareza de expressão.
A composição tem episodicidade, pois os vários elementos da gravura, reforçam e valorizam a qualidade individual, sem perder seu significado como um todo.
-Cores: preto, azul, vermelho; -Animais: pássaro, macaco, onça; -Elementos mitológicos: serpente;
35
Análise Visual das Xilogravuras:
Arrancando botija
(1981)
66 x 48cm
Equilíbrio/ Instabilidade
Simetria/ Assimetria
Regularidade/ Irregularidade
Simplicidade/ Complexidade
Unidade/ Fragmentação
Economia/ Profusão
Minimização/ Exagero
Previsibilidade/ Espontaneidade
Atividade/ Estase
Sutileza/ Ousadia
Composição instável, elementos desordenados do ponto de vista dos pesos vertical e horizontal.
Composição predominantemente assimétrica, tanto verticalmente como horizontalmente.
A gravura apresenta irregularidade por não existir uma sequência uniforme na composição.
Existe o predomínio da complexidade, devido a quantidade de figuras na mesma composição, demandando um maior tempo de leitura do observador.
É perceptível a fragmentação na gravura, pois cada elemento compõe uma unidade que se relaciona com o todo, mas conserva seu caráter individual.
A presença de profusão é evidente, cada elemento que compõe a gravura é rico em detalhes que embelezam e ornamentam a obra.
Os detalhes e a expressividade de cada elemento da gravura apontam para o predomínio do exagero.
Apesar de possuir todo um esboço antes de ser executada, a gravura possui um predomínio da espontaneidade, pois é impossível prever como vai ser a composição a partir de seus elementos mínimos.
Predomínio da atividade provocada pelo movimento aparente que a mulher faz com a enxada.
É evidente como as informações visuais apontam para o predomínio da ousadia como técnica de composição.
Neutralidade/ Ênfase
Transparência/ Opacidade
Estabilidade/ Variação
Exatidão/ Distorção
Planura/ Profundidade
Singularidade/ Justaposição
Sequencialidade/ Acaso
Agudeza/ Difusão
Repetição/ Episodicidade
Elementos morfológicos:
Predominância da neutralidade, pois não há um plano uniforme que provoque a ênfase na composição.
Composição com predomínio de opacidade, pois existe um bloqueio parcial em alguns elementos da gravura.
Na composição há o predomínio da variação, devido a quantidade de elementos diferentes, mas que abordam o mesmo tema.
Existe o predomínio da distorção, pois não há uma perspectiva na gravura que altere sua realidade.
Predomínio de planura em toda composição, ocasionado pela ausência de perspectiva.
A gravura apresenta justaposição, denotada pela existência de vários elementos que, juntos exprimem uma interação de estímulos visuais.
Apesar de existir sequencialidade em alguns elementos, a composição predomina o acaso, pois existe uma improvisação na criação das gravuras.
Na composição há um predomínio de agudeza, evidenciado pelas formas bem definidas, principalmente, dos rostos.
A composição tem episodicidade, pois os vários elementos da gravura, reforçam e valorizam a qualidade individual, sem perder seu significado como um todo.
-Elementos humanos: mulher; -Cores: preto; -Elementos mitológicos: diabo; -Animais: pássaro\cobra; -Vegetais: árvore, planta, grama, flor; -Outros: lança, enxada, caveira.
Coração na mão
(1998)
66 x 49cm
Equilíbrio/ Instabilidade
Simetria/ Assimetria
Regularidade/ Irregularidade
Simplicidade/ Complexidade
Unidade/ Fragmentação
Economia/ Profusão
Minimização/ Exagero
Previsibilidade/ Espontaneidade
Atividade/ Estase
Sutileza/ Ousadia
Composição instável, devido existir um elemento vermelho com maior peso visual que neste caso não se encontra um peso equivalente na gravura.
Predominância de assimetria tanto no eixo vertical como no eixo horizontal.
A gravura apresenta irregularidade por não existir uma sequência uniforme na composição.
Apesar de existir quatro elementos a imagem apresenta simplicidade resultando em entendimento imediato da gravura.
Predominância da unidade na gravura da mão e do coração, porém a gravura como um todo é fragmentada, por existir elementos que se relaciona com o todo.
A presença de profusão é evidente, cada elemento que compõe a gravura é rico em detalhes que embeleza e ornamenta a obra.
A quantidade de detalhes e a expressividade, aponta para a predominância do exagero.
Na composição há espontaneidade, pois é impossível prever como será a gravura a partir de seus elementos mínimos.
Predominância do estase na composição como um todo.
É evidente como as informações visuais apontam para o predomínio da ousadia como técnica de composição.
Neutralidade/ Ênfase
Transparência/ Opacidade
Estabilidade/ Variação
Exatidão/ Distorção
Planura/ Profundidade
Singularidade/ Justaposição
Sequencialidade/ Acaso
Agudeza/ Difusão
Repetição/ Episodicidade
Elementos morfológicos:
A ênfase é a técnica predominante, pois existe um realce no coração que o evidencia.
Composição com predomínio de opacidade, pois existe um bloqueio parcial em alguns elementos da gravura.
Na composição há o predomínio da variação, devido a quantidade de elementos diferentes, mas que abordam o mesmo tema.
Existe o predomínio da distorção, pois não há uma perspectiva na gravura que altere sua realidade.
Predomínio de planura em toda composição, ocasionado pela ausência de perspectiva.
A gravura apresenta justaposição, devido a existência de vários elementos que juntos exprimem uma interação de estímulos visuais.
Apesar de existir sequencialidade em alguns elementos, a composição predomina o acaso, pois existe uma improvisação na criação das gravuras.
Predomínio de agudeza, evidenciado pelas formas bem definidas e à clareza de expressão.
Episodicidade, pois os vários elementos da gravura, reforça e valoriza a qualidade individual, sem perder seu significado como um todo.
-Cores: preto, amarelo, vermelho; -Animais: pássaro; -Outros: coração, mão.
Análise Visual das Xilogravuras:
36
Lua cheia
48 x 66cm
Equilíbrio/ Instabilidade
Simetria/ Assimetria
Regularidade/ Irregularidade
Simplicidade/ Complexidade
Unidade/ Fragmentação
Economia/ Profusão
Minimização/ Exagero
Previsibilidade/ Espontaneidade
Atividade/ Estase
Sutileza/ Ousadia
Composição instável, elementos desordenados do ponto de vista dos pesos vertical e horizontal.
Predominância de assimetria, tanto no eixo vertical como no eixo horizontal.
A composição apresenta irregularidade, por não conter uma sequência uniforme na gravura.
É evidente a complexidade da gravura, a mesma possui muitos elementos, dificultando uma imediatez de leitura.
É perceptível a fragmentação na gravura, pois cada elemento compõe uma unidade que se relaciona com o todo, mas conserva seu caráter individual.
A presença de profusão é evidente, cada elemento que compõe a gravura é rico em detalhes que embelezam e ornamentam a obra.
Predomínio do exagero na composição, provocado pela riqueza de detalhes e a expressividade de cada elemento.
Apesar de possuir todo um esboço antes de ser executada, a gravura possui um predomínio da espontaneidade, pois é impossível prever como vai ser a composição a partir de seus elementos mínimos.
Posicionamento do cavalo e o jeito que o homem segura a lança, sugere uma atividade.
É evidente como as informações visuais apontam para o predomínio da ousadia como técnica de composição.
Neutralidade/ Ênfase
Transparência/ Opacidade
Estabilidade/ Variação
Exatidão/ Distorção
Planura/ Profundidade
Singularidade/ Justaposição
Sequencialidade/ Acaso
Agudeza/ Difusão
Repetição/ Episodicidade
Elementos morfológicos:
Apesar de ter ênfase no círculo que está o cavaleiro, a predominância de neutralidade na composição.
Composição com predomínio de opacidade, pois existe um bloqueio parcial em alguns elementos da gravura.
Fica evidente o predomínio da variação, devido a quantidade de elementos diferentes, mas que versam o mesmo tema.
Existe o predomínio da distorção, pois não há uma perspectiva na gravura que altere sua realidade.
Predomínio de planura em toda composição, ocasionado pela ausência de perspectiva.
A gravura apresenta justaposição, denotada pela existência de vários elementos que juntos exprimem uma interação de estímulos visuais.
Apesar de existir sequencialidade em alguns elementos, a composição predomina o acaso, pois existe uma improvisação na criação das gravuras.
Na composição há um predomínio de agudeza, evidenciado pelas formas bem definidas, principalmente dos rostos.
A composição tem episodicidade, pois os vários elementos da gravura, reforça e valoriza a qualidade individual, sem perder seu significado como um todo.
-Elementos
humanos:
homem, mulher;
-Cores: preto,
rosa, verde,
vermelho, laranja,
azul, amarelo,
cinza;
-Planta: grama,
flor;
-Animais: cavalo;
-Elementos
mitológicos:
serpente;
-Outros: cela, chapéu.
O monstro do sertão
34,5 x 55cm
Equilíbrio/ Instabilidade
Simetria/ Assimetria
Regularidade/ Irregularidade
Simplicidade/ Complexidade
Unidade/ Fragmentação
Economia/ Profusão
Minimização/ Exagero
Previsibilidade/ Espontaneidade
Atividade/ Estase
Sutileza/ Ousadia
Composição instável, tanto no ponto de vista do peso vertical central, quanto horizontal.
Composição predominantemente assimétrica, tanto verticalmente como horizontalmente.
A gravura apresenta irregularidade, por não existir uma sequência uniforme na composição.
A predominância da complexidade, expressada com vários elementos de gravura e texto, levando o observador a se ater a cada componente para compreender seu significado.
A composição é fragmentada, pois existem elementos separados, mas que juntos se relacionam e conservam seu caráter individual.
A presença de profusão é evidente, cada elemento que compõe a gravura é rico em detalhes que embeleza e ornamenta a obra.
A quantidade de detalhes e a expressividade, aponta para a predominância do exagero.
Na composição há espontaneidade, pois é impossível prever como será a gravura a partir de seus elementos mínimos.
Predomínio de estase na composição.
É evidente como as informações visuais apontam para o predomínio da ousadia como técnica de composição.
Neutralidade/ Ênfase
Transparência/ Opacidade
Estabilidade/ Variação
Exatidão/ Distorção
Planura/ Profundidade
Singularidade/ Justaposição
Sequencialidade/ Acaso
Agudeza/ Difusão
Repetição/ Episodicidade
Elementos morfológicos:
Predominância da neutralidade, pois não há um plano uniforme que provoque a ênfase na composição.
A composição apresenta opacidade, por não existir detalhes visuais que transpareça nos elementos da gravura.
Na composição há o predomínio da variação, devido a quantidade de elementos diferentes, mas que abordam o mesmo tema.
Existe o predomínio da distorção, pois não há uma perspectiva na gravura que altere sua realidade.
Predomínio de planura em toda composição, ocasionado pela ausência de perspectiva.
A gravura apresenta justaposição, denotada pela existência de vários elementos que juntos exprimem uma interação de estímulos visuais.
Apesar de existir sequencialidade em alguns elementos, a composição predomina o acaso.
Predomínio de agudeza, evidenciado pelas formas bem definidas e à clareza de expressão.
A composição tem episodicidade.
-Cores: preto; -Vegetais: árvore; -Astros: sol; -Outros: corpo de animal.
Análise Visual das Xilogravuras:
37
O namoro do matuto
34 x 50cm
Equilíbrio/ Instabilidade
Simetria/ Assimetria
Regularidade/ Irregularidade
Simplicidade/ Complexidade
Unidade/ Fragmentação
Economia/ Profusão
Minimização/ Exagero
Previsibilidade/ Espontaneidade
Atividade/ Estase
Sutileza/ Ousadia
Composição equilibrada, porém, os elementos de texto apresentam-se instáveis em relação ao eixo vertical central.
Composição predominantemente assimétrica, tanto verticalmente como horizontalmente.
Apesar de ter uma sequência regular nas folhas da árvore, a gravura como um todo tem o predomínio da irregularidade.
A predominância da complexidade, expressada com vários elementos de gravura e texto, levando o observador a se ater a cada elemento para compreender seu significado.
A composição é fragmentada, pois existem elementos separados, mas que juntos se relacionam e conservam seu caráter individual.
A presença de profusão é evidente, cada elemento que compõe a gravura é rico em detalhes que embelezam e ornamentam a obra.
Predomínio do exagero na composição, provocado pela riqueza de detalhes e a expressividade de cada elemento.
Na composição há espontaneidade, pois é impossível prever como será a gravura a partir de seus elementos mínimos.
Predomínio de estase na composição, apenas quebrado pelo movimento que sugere os pássaros.
É evidente como as informações visuais apontam para o predomínio da ousadia como técnica de composição.
Neutralidade/ Ênfase
Transparência/ Opacidade
Estabilidade/ Variação
Exatidão/ Distorção
Planura/ Profundidade
Singularidade/ Justaposição
Sequencialidade/ Acaso
Agudeza/ Difusão
Repetição/ Episodicidade
Elementos morfológicos:
Presença de neutralidade, pois não há um plano uniforme que provoque a ênfase.
Composição com predomínio de opacidade, pois existe um bloqueio parcial em alguns elementos da gravura.
A variação é a técnica predominante na gravura, pois existem vários elementos diferentes, mas que abordam o mesmo tema.
Existe o predomínio da distorção, pois não há uma perspectiva na gravura que altere sua realidade.
Predomínio de planura em toda composição, ocasionado pela ausência de perspectiva.
A gravura apresenta justaposição, denotada pela existência de vários elementos que juntos exprimem uma interação de estímulos visuais.
Apesar de existir sequencialidade em alguns elementos, a composição predomina o acaso, pois existe uma improvisação na criação das gravuras.
Na composição há predomínio de agudeza, evidenciado pelas formas bem definidas, principalmente dos rostos.
A composição tem episodicidade, pois os vários elementos da gravura, reforçam e valorizam a qualidade individual, sem perder seu significado como um todo.
-Elementos
humanos:
homem, mulher;
-Cores: preto;
-Animais:
pássaro;
-Vegetais: árvore, flor.
O vaqueiro do sertão
1994
66 x 48cm
Equilíbrio/ Instabilidade
Simetria/ Assimetria
Regularidade/ Irregularidade
Simplicidade/ Complexidade
Unidade/ Fragmentação
Economia/ Profusão
Minimização/ Exagero
Previsibilidade/ Espontaneidade
Atividade/ Estase
Sutileza/ Ousadia
Composição instável, elementos desordenados nos eixos vertical e horizontal.
Predominância de assimetria tanto no eixo vertical como no eixo horizontal.
A gravura apresenta irregularidade por não existir uma sequência uniforme na composição.
Existe o predomínio da complexidade, devido a quantidade de figuras na mesma composição, demandando um maior tempo de leitura do observador.
A composição é fragmentada, pois existi vários elementos separados, mas que juntos se relacionam e conservam seu caráter individual.
A presença da profusão é evidente, cada elemento que compõe a gravura é rico em detalhes ressaltando o embelezando e a ornamentação da obra.
Os detalhes e a expressividade de cada elemento da gravura aponta para o predomínio do exagero.
Apesar de possuir todo um esboço antes de ser executada, a gravura possui um predomínio da espontaneidade, pois é impossível prever como vai ser a composição a partir de seus elementos mínimos.
O modo como está o cavalo e o pássaro, sugere uma atividade.
É evidente como as informações visuais apontam para o predomínio da ousadia como técnica de composição.
Neutralidade/ Ênfase
Transparência/ Opacidade
Estabilidade/ Variação
Exatidão/ Distorção
Planura/ Profundidade
Singularidade/ Justaposição
Sequencialidade/ Acaso
Agudeza/ Difusão
Repetição/ Episodicidade
Elementos morfológicos:
Apesar de existir uma “moldura” nas gravuras, a mesma não realça uma uniformidade, mas se analisar em sua totalidade percebe-se a predominância da neutralidade.
A composição apresenta opacidade, por não existir detalhes visuais que transpareçam nos elementos da gravura.
Fica evidente o predomínio da variação, devido a quantidade de elementos diferentes, mas que versam o mesmo tema.
Existe o predomínio da distorção, pois não há uma perspectiva na gravura que altere sua realidade.
Predomínio de planura em toda composição, ocasionado pela ausência de perspectiva.
A gravura apresenta justaposição, denotada pela existência de vários elementos que juntos exprimem uma interação de estímulos visuais.
Apesar de existir sequencialidade em alguns elementos, a composição predomina o acaso, pois existe uma improvisação na criação das gravuras.
Na composição há um predomínio de agudeza, evidenciado pelas formas bem definidas, principalmente, dos rostos.
A composição tem episodicidade, pois os vários elementos da gravura, reforçam e valoriza a qualidade individual, sem perder seu significado como um todo.
-Elementos
humanos:
homem;
-Cores: Preto,
azul, amarelo,
vermelho,
marrom;
-Animais:
pássaro, macaco,
lagarto;
-Vegetais: árvore, cacto.
Análise Visual das Xilogravuras:
38
Paisagem do sertão
2005
96 x 66cm
Equilíbrio/ Instabilidade
Simetria/ Assimetria
Regularidade/ Irregularidade
Simplicidade/ Complexidade
Unidade/ Fragmentação
Economia/ Profusão
Minimização/ Exagero
Previsibilidade/ Espontaneidade
Atividade/ Estase
Sutileza/ Ousadia
Composição instável, elementos desordenados nos eixos vertical e horizontal.
Predominância de assimetria, tanto no eixo vertical como no eixo horizontal.
A composição apresenta irregularidade, por não conter uma sequência uniforme na gravura.
Existe o predomínio da complexidade, devido a quantidade de figuras na mesma composição, demandando um maior tempo de leitura do observador.
É perceptível a fragmentação na gravura, pois cada elemento compõe uma unidade que se relaciona com o todo, mas conservam seu caráter individual.
A presença de profusão é evidente, cada elemento que compõe a gravura é rico em detalhes que embelezam e ornamentam a obra.
Predomínio do exagero na composição provocado pela riqueza de detalhes e a expressividade de cada elemento.
Na composição há espontaneidade, pois é impossível prever como será a gravura a partir de seus elementos mínimos.
Predomínio de estase, apenas quebrado pelo movimento que sugere o pássaro.
É evidente como as informações visuais apontam para o predomínio da ousadia como técnica de composição.
Neutralidade/ Ênfase
Transparência/ Opacidade
Estabilidade/ Variação
Exatidão/ Distorção
Planura/ Profundidade
Singularidade/ Justaposição
Sequencialidade/ Acaso
Agudeza/ Difusão
Repetição/ Episodicidade
Elementos morfológicos:
Presença de neutralidade, pois não há um plano uniforme que provoque a ênfase.
Composição com predomínio de opacidade, pois existe um bloqueio parcial em alguns elementos da gravura.
Na composição há o predomínio da variação, devido a quantidade de elementos diferentes, mas que abordam o mesmo tema.
Existe o predomínio da distorção, pois não há uma perspectiva na gravura que altere sua realidade.
Predomínio de planura em toda composição, ocasionado pela ausência de perspectiva.
A gravura apresenta justaposição, denotada pela existência de vários elementos que juntos exprimem uma interação de estímulos visuais.
Apesar de existir sequencialidade em alguns elementos, a composição predomina o acaso, pois existe uma improvisação na criação das gravuras.
Predomínio da agudeza, evidenciado pelas formas bem definidas e à clareza de expressão.
A composição tem episodicidade, pois os vários elementos da gravura, reforça e valoriza a qualidade individual, sem perder seu significado como um todo.
-Cores: preto,
amarelo, verde,
vermelho, azul,
laranja, marrom;
-Animais: boi,
cobra, pássaro,
borboleta, onça;
-Vegetais: árvore,
cacto, flor, grama,
mandacaru;
-Astros: céu, estrela;
Bumba meu boi
1975
66 x 48cm
Equilíbrio/ Instabilidade
Simetria/ Assimetria
Regularidade/ Irregularidade
Simplicidade/ Complexidade
Unidade/ Fragmentação
Economia/ Profusão
Minimização/ Exagero
Previsibilidade/ Espontaneidade
Atividade/ Estase
Sutileza/ Ousadia
Composição com predominância de instabilidade, maior peso visual nas cores da figura do boi.
Composição predominantemente assimétrica tanto verticalmente como horizontalmente.
A gravura apresenta irregularidade por não existir uma sequência uniforme na composição.
A predominância da complexidade, expressada com vários elementos na mesma gravura, levando o observador a se ater a cada elemento para compreender seu significado.
A composição é fragmentada, pois existem vários elementos separados, mas que juntos se relacionam e conservam seu caráter individual.
A presença da profusão é evidente, cada elemento que compõe a gravura é rico em detalhes ressaltando e embelezando a ornamentação da obra.
Os detalhes e a expressividade de cada elemento da gravura apontam para o predomínio do exagero.
Na composição há espontaneidade, pois é impossível prever como será a gravura a partir de seus elementos mínimos.
Apesar da sugestão de movimento (atividade), provocado pelo braço do homem, há uma predominância do estase na gravura como um todo.
É evidente como as informações visuais apontam para o predomínio da ousadia como técnica de composição.
Neutralidade/ Ênfase
Transparência/ Opacidade
Estabilidade/ Variação
Exatidão/ Distorção
Planura/ Profundidade
Singularidade/ Justaposição
Sequencialidade/ Acaso
Agudeza/ Difusão
Repetição/ Episodicidade
Elementos morfológicos:
Predominância da neutralidade, pois não há um plano uniforme que provoque a ênfase na composição.
A composição apresenta opacidade, por não existir detalhes visuais que transpareçam nos elementos da gravura.
Fica evidente o predomínio da variação, devido a quantidade de elementos diferentes, mas que versam sobre o mesmo tema.
Existe o predomínio da distorção, pois não há uma perspectiva na gravura que altere sua realidade.
Predomínio de planura em toda composição, ocasionado pela ausência de perspectiva.
A gravura apresenta justaposição, denotada pela existência de vários elementos que, juntos exprimem uma interação de estímulos visuais.
Apesar de existir sequencialidade em alguns elementos, a composição predomina o acaso, pois existe uma improvisação na criação das gravuras.
Na composição há um predomínio de agudeza, evidenciado pelas formas bem definidas, principalmente dos rostos.
A composição tem episodicidade, pois os vários elementos da gravura, reforçam e valorizam a qualidade individual, sem perder seu significado como um todo.
-Elementos
humanos:
homem, mulher;
-Cores: Preto,
azul, amarelo,
vermelho, verde,
marrom;
-Elementos
mitológicos:
bumba-meu-boi.
Análise Visual das Xilogravuras:
39
Forró dos bichos
(1985)
53 x 35cm
Equilíbrio/ Instabilidade
Simetria/ Assimetria
Regularidade/ Irregularidade
Simplicidade/ Complexidade
Unidade/ Fragmentação
Economia/ Profusão
Minimização/ Exagero
Previsibilidade/ Espontaneidade
Atividade/ Estase
Sutileza/ Ousadia
Composição instável, presença de elementos desordenados nos eixos vertical e horizontal.
Predominância de assimetria, tanto no eixo vertical como no eixo horizontal.
A gravura apresenta irregularidade por não existir uma sequência uniforme na composição.
É evidente a complexidade da gravura, a mesma possui muitos elementos, dificultando uma imediatez de leitura.
A composição é fragmentada, pois existem elementos separados, mas que juntos se relacionam e conservam seu caráter individual.
A presença de profusão é evidente, cada elemento que compõe a gravura é rico em detalhes que embelezam e ornamentam a obra.
Predomínio do exagero na composição provocado pela riqueza de detalhes e a expressividade de cada elemento.
Na composição há espontaneidade, pois é impossível prever como será a gravura a partir de seus elementos mínimos.
Os elementos que compõem a gravura sugerem um movimento (atividade) constante, por ser uma composição que transmite uma dança.
É evidente como as informações visuais apontam para o predomínio da ousadia como técnica de composição.
Neutralidade/ Ênfase
Transparência/ Opacidade
Estabilidade/ Variação
Exatidão/ Distorção
Planura/ Profundidade
Singularidade/ Justaposição
Sequencialidade/ Acaso
Agudeza/ Difusão
Repetição/ Episodicidade
Elementos morfológicos:
Presença de neutralidade, pois não há um plano uniforme que provoque a ênfase.
Composição com predomínio de opacidade, pois existe um bloqueio parcial em alguns elementos da gravura.
A variação é a técnica predominante na gravura, pois existem vários elementos diferentes, mas que abordam o mesmo tema.
Existe o predomínio da distorção, pois não há uma perspectiva na gravura que altere sua realidade.
Predomínio de planura em toda composição, ocasionado pela ausência de perspectiva.
A gravura apresenta justaposição, denotada pela existência de vários elementos que, juntos exprimem uma interação de estímulos visuais.
Apesar de existir sequencialidade em alguns elementos, a composição predomina o acaso, pois existe uma improvisação na criação das gravuras.
Na composição há um predomínio de agudeza, evidenciado pelas formas bem definidas, principalmente dos rostos.
A composição tem episodicidade, pois os vários elementos da gravura, reforça e valoriza a qualidade individual, sem perder seu significado como um todo.
-Cores: preto;
-Animais:
macaco, lagarto,
boi, ovelha,
cachorro;
-Vegetais: árvore,
flor;
-Outros: triângulo, sanfona, zabumba.
O sertão em tempo de
seca
(1995)
66 x 48cm
Equilíbrio/ Instabilidade
Simetria/ Assimetria
Regularidade/ Irregularidade
Simplicidade/ Complexidade
Unidade/ Fragmentação
Economia/ Profusão
Minimização/ Exagero
Previsibilidade/ Espontaneidade
Atividade/ Estase
Sutileza/ Ousadia
Composição com predominância de instabilidade, tanto do ponto de vista axial vertical como do horizontal.
Predominância de assimetria, tanto no eixo vertical como no eixo horizontal.
A composição apresenta irregularidade, por não conter uma sequência uniforme na gravura.
É evidente a complexidade da gravura, a mesma possui muitos elementos, dificultando uma imediatez de leitura.
A composição é fragmentada, pois existem vários elementos separados, mas que juntos se relacionam e conservam seu caráter individual.
A presença de profusão é evidente, cada elemento que compõe a gravura é rico em detalhes que embelezam e ornamentam a obra.
A quantidade de detalhes e a expressividade, aponta para a predominância do exagero.
Na composição há espontaneidade, pois é impossível prever como será a gravura a partir de seus elementos mínimos.
O caminhar das pessoas e dos animais sugere uma atividade.
É evidente como as informações visuais apontam para o predomínio da ousadia como técnica de composição.
Neutralidade/ Ênfase
Transparência/ Opacidade
Estabilidade/ Variação
Exatidão/ Distorção
Planura/ Profundidade
Singularidade/ Justaposição
Sequencialidade/ Acaso
Agudeza/ Difusão
Repetição/ Episodicidade
Elementos morfológicos:
Predominância da neutralidade, pois não há um plano uniforme que provoque a ênfase na composição.
Composição com predomínio de opacidade, pois existe um bloqueio parcial em alguns elementos da gravura.
A variação é a técnica predominante na gravura, pois existem vários elementos diferentes, mas que abordam o mesmo tema.
Existe o predomínio da distorção, pois não há uma perspectiva na gravura que altere sua realidade.
Predomínio de planura em toda composição, ocasionado pela ausência de perspectiva.
A gravura apresenta justaposição, denotada pela existência de vários elementos que juntos exprimem uma interação de estímulos visuais.
Apesar de existir sequencialidade em alguns elementos, a composição predomina o acaso, pois existe uma improvisação na criação das gravuras.
Na composição há um predomínio de agudeza, evidenciado pelas formas bem definidas, principalmente, dos rostos.
A composição tem episodicidade, pois, os vários elementos da gravura, reforçam e valorizam a qualidade individual, sem perder seu significado como um todo.
-Elementos
humanos:
homem, mulher,
criança;
-Cores: preto;
-Animais: boi,
cachorro,
pássaro;
-Vegetais: árvore;
-Outros: bengala, bolsa.
Análise Visual das Xilogravuras:
40
Moça roubada
(1997)
66 x 96cm
Equilíbrio/ Instabilidade
Simetria/ Assimetria
Regularidade/ Irregularidade
Simplicidade/ Complexidade
Unidade/ Fragmentação
Economia/ Profusão
Minimização/ Exagero
Previsibilidade/ Espontaneidade
Atividade/ Estase
Sutileza/ Ousadia
Composição instável, elementos dispostos desordenados nos eixos vertical e horizontal.
Composição predominantemente assimétrica, tanto verticalmente como horizontalmente.
A composição apresenta irregularidade, por não conter uma sequência uniforme na gravura.
Existe o predomínio da complexidade, devido a quantidade de figuras na mesma composição, demandando um maior tempo de leitura do observador.
A composição é fragmentada, pois existem vários elementos separados, mas que juntos se relacionam e conservam seu caráter individual.
A presença de profusão é evidente, cada elemento que compõe a gravura é rico em detalhes que embelezam e ornamentam a obra.
Os detalhes e a expressividade de cada elemento da gravura apontam para o predomínio do exagero.
Na composição há espontaneidade, pois é impossível prever como será a gravura a partir de seus elementos mínimos.
A composição demonstra uma atividade presente no pássaro que está voando e no cavalo que sugere um movimento.
É evidente como as informações visuais apontam para o predomínio da ousadia como técnica de composição.
Neutralidade/ Ênfase
Transparência/ Opacidade
Estabilidade/ Variação
Exatidão/ Distorção
Planura/ Profundidade
Singularidade/ Justaposição
Sequencialidade/ Acaso
Agudeza/ Difusão
Repetição/ Episodicidade
Elementos morfológicos:
Presença de neutralidade, pois não há um plano uniforme que provoque a ênfase.
A composição apresenta opacidade, por não existir detalhes visuais que transpareçam nos elementos da gravura.
Fica evidente o predomínio da variação, devido a quantidade de elementos diferentes, mas que versam o mesmo tema.
Existe o predomínio da distorção, pois não há uma perspectiva na gravura que altere sua realidade.
Predomínio de planura em toda composição, ocasionado pela ausência de perspectiva.
A gravura apresenta justaposição, denotada pela existência de vários elementos que juntos exprimem uma interação de estímulos visuais.
Apesar de existir sequencialidade em alguns elementos, a composição predomina o acaso, pois existe uma improvisação na criação das gravuras
Na composição há o predomínio de agudeza, evidenciado pelas formas bem definidas, principalmente dos rostos.
A composição tem episodicidade, pois os vários elementos da gravura, reforçam e valoriza a qualidade individual, sem perder seu significado como um todo.
-Elementos
humanos:
homem;
-Cores: preto;
-Animais:
pássaro, cavalo;
-Vegetais: cacto,
árvore;
-Astros: céu, lua,
estrela;
-Outros: chapéu, cela.
O tirador de leite
1977
40 x 30cm
Equilíbrio/ Instabilidade
Simetria/ Assimetria
Regularidade/ Irregularidade
Simplicidade/ Complexidade
Unidade/ Fragmentação
Economia/ Profusão
Minimização/ Exagero
Previsibilidade/ Espontaneidade
Atividade/ Estase
Sutileza/ Ousadia
Composição instável provocada por ter maior peso visual no elemento amarelo que neste caso não se opõem em outro lugar da gravura.
Composição predominantemente assimétrica, tanto verticalmente como horizontalmente.
Os animais estão dispostos de tamanhos e posições diferentes, portanto, a gravura é irregular.
Apesar de ter elementos iguais a gravura, tem uma organização complexa.
A composição é fragmentada, pois existem vários elementos separados, mas que juntos se relacionam e conservam seu caráter individual.
A presença da profusão é evidente, cada elemento que compõe a gravura é rico em detalhes, ressaltando e embelezando a ornamentação da obra.
A quantidade de detalhes e a expressividade, apontam para a predominância do exagero.
Na composição há espontaneidade, pois é impossível prever como será a gravura a partir de seus elementos mínimos.
Predominância da atividade provocada pela ação do homem em tirar o leite.
É evidente como as informações visuais apontam para o predomínio da ousadia como técnica de composição.
Neutralidade/ Ênfase
Transparência/ Opacidade
Estabilidade/ Variação
Exatidão/ Distorção
Planura/ Profundidade
Singularidade/ Justaposição
Sequencialidade/ Acaso
Agudeza/ Difusão
Repetição/ Episodicidade
Elementos morfológicos:
Presença de neutralidade, pois não há um plano uniforme que provoque a ênfase.
A composição apresenta opacidade, por não existir detalhes visuais que transpareçam nos elementos da gravura.
Na composição há o predomínio da variação, devido a quantidade de elementos diferentes, mas que abordam o mesmo tema.
Existe o predomínio da distorção, pois não há uma perspectiva na gravura que altere sua realidade.
Predomínio de planura em toda composição, ocasionado pela ausência de perspectiva.
A gravura apresenta justaposição, denotada pela existência de vários elementos que juntos exprimem uma interação de estímulos visuais.
Apesar de existir sequencialidade em alguns elementos, a composição predomina o acaso, pois existe uma improvisação na criação das gravuras.
Na composição há um predomínio de agudeza, evidenciado pelas formas bem definidas, principalmente, dos rostos.
A composição tem episodicidade, pois os vários elementos da gravura, reforça e valoriza a qualidade individual, sem perder seu significado como um todo.
-Elementos
humanos:
homem;
-Cores: preto,
azul, amarelo,
vermelho,
marrom;
-Animais: boi,
ovelha;
-Outros: balde, banco.
41
A partir da análise, identificou-se alguns aspectos visuais relevantes para o
entendimento das gravuras de J. Borges, dentre as técnicas em comum estão:
• Equilíbrio | Instabilidade: a instabilidade foi a técnica mais presente, devido à
ausência de equilíbrio nos eixos central/vertical e central/horizontal.
• Simetria | Assimetria: todas as gravuras apresentaram assimetria tanto no
eixo central/vertical como central/horizontal, visto que a assimetria “pode ser
obtida através da variação de elementos e posições” (DONDIS, 2007, p.142).
• Regularidade | Irregularidade: a inexistência de uma sequência uniforme de
elementos, apenas demostrada em alguns padrões de texturas visuais, leva as
gravuras para o predomínio da irregularidade.
• Simplicidade | Complexidade: a quantidade de elementos presentes nas
obras dificulta uma leitura rápida, demandando um maior tempo de
entendimento do observador, logo evidencia para a complexidade nas
gravuras.
• Unidade | Fragmentação: existe o predomínio da fragmentação, devido a
existência de vários elementos separados em um mesmo plano.
• Economia | Profusão: os detalhes dos elementos presentes nas obras
evidenciam a presença da profusão, exercendo o poder de enriquecimento
visual.
• Minimização | Exagero: nas composições analisadas evidenciam-se a
presença do exagero, visto que a quantidade de detalhes e a expressividade,
intensificam uma leitura abrangente das obras.
• Previsibilidade | Espontaneidade: apesar de possuírem todo um esboço
antes de serem executadas, as gravuras possuem o predomínio da
espontaneidade, pois é impossível prever como vai ser a composição a partir
de seus elementos mínimos.
42
• Atividade | Estase: as composições apresentaram atividade em sua grande
maioria, a sugestão do caminhar é notória em alguns animais e pessoas.
• Sutileza | Ousadia: as informações visuais apontam para o predomínio da
ousadia como técnica visual, seu “objetivo é obter a máxima visibilidade”
(DONDIS, 2007, p.150).
• Neutralidade | Ênfase: a ênfase é uma técnica de realce em apenas um
elemento, como pode ser visto na gravura Coração na mão (1988), mas há o
predomínio da neutralidade nas demais obras.
• Transparência | Opacidade: nesta técnica as obras apresentaram opacidade,
devido a inexistência de detalhes visuais que transparecessem nos elementos
das gravuras.
• Estabilidade | Variação: as gravuras apresentaram o predomínio da variação,
devido a quantidade de elementos diferentes, mas que abordam o mesmo
tema.
• Exatidão | Distorção: a distorção é a técnica predominante nas gravuras,
devido à ausência de perspectiva que altere sua realidade.
• Planura | Profundidade: predomínio de planura em todas as gravuras,
ocasionado pela ausência de perspectiva.
• Singularidade | Justaposição: as gravuras apresentaram justaposição,
evidenciada pela existência de vários elementos que juntos exprimem uma
interação de estímulos visuais.
• Sequencialidade | Acaso: apesar de existir sequencialidade em alguns
elementos, as composições predominam o acaso, pois existe uma
improvisação na criação das gravuras.
• Agudeza | Difusão: as formas bem definidas dos personagens evidenciam a
técnica de agudeza nas obras.
43
• Repetição | Episodicidade: as composições apresentaram episodicidade,
pois os vários elementos das gravuras, reforça e valoriza a qualidade individual,
sem perder seu significado como um todo (DONDIS, 2007).
4.1.4 Análise morfológica das Xilogravuras de J. Borges
A análise morfológica pretende identificar a frequência com que os elementos
aparecem nas obras. As figuras foram organizadas por suas características em
comum. Abaixo segue o número de aparições das gravuras, como também
informações da obra.
Elementos humanos (figura 08): homens (12), mulheres (11), crianças (01):
Figura 08 - exemplos de elementos humanos encontrados nas obras de J. Borges
FONTE: Imagem adaptada pela autora (2017).
Cores (figura 09): o preto e branco são as cores mais presentes, as duas apareceram
em todas as 20 gravuras analisadas. Em seguida, vem o vermelho com (09), marrom
(08), amarelo (08), azul (08), verde (05), laranja (03), cinza (02) e rosa (01).
44
Figura 09 - exemplos de elementos com cores encontrados nas obras de J. Borges
FONTE: Imagem adaptada pela autora (2017).
Vegetais (figura10): árvore (10), flor (05), cacto (03), grama (02), mandacaru (01)
Figura 10 - exemplos de elementos vegetais encontrados nas obras de J. Borges
FONTE: Imagem adaptada pela autora (2017).
45
Animais (figura11): o pássaro é o animal mais presente nas obras analisadas, o
mesmo apareceu em (09) xilogravuras, seguido do cavalo com (05), boi (05), cobra
(04), ovelha (04), macaco (03), cachorro (02), lagarto (02), onça (02) e borboleta (01).
Figura 11 - exemplos de animais encontrados nas obras de J. Borges
FONTE: Imagem adaptada pela autora (2017).
Elementos mitológicos (figura12): diabo (02), serpente mitológica (02), santo (01),
monstro (01), bicho de sete cabeça (01).
Figura 12 - exemplos de elementos mitológicos encontrados nas obras de J. Borges
FONTE: Imagem adaptada pela autora (2017).
46
Astros (figura13): estrela (05), lua (04).
Figura 13 - exemplos de astros encontrados nas obras de J. Borges
FONTE: Imagem adaptada pela autora (2017).
Outros elementos apareceram com menos frequência, foram eles (figura 14): cela de
cavalo (04), cajado (02), sanfona (02), zabumba (02), triângulo (02), lança (02), faca
(01), chaves (01), tambor (01), violão (01), casa (01), cadeira (01), enxada (01),
caveira (01), bolça (01), bengala (01), balde (01), banquinho (01).
Figura 14 - outros elementos que fazem parte das obras de J. Borges
FONTE: Imagem adaptada pela autora (2017).
47
4.1.5 Partido projetual
Com base nas informações colhidas, foram relacionados os principais
requisitos que servirá como fundação para uma análise de similares mais direcionada
a poltrona a ser desenvolvida. Dentre os pontos mais relevantes estão:
• Fazer referência a obra de J. Borges;
• Ser discreto no uso de elementos, evitando-se figurativismo;
• Privilegiar o uso do preto;
• Construir o móvel com madeira disponível no mercado local;
• Ser confeccionado artesanalmente, utilizando maquinário básico de
marcenaria e ferramentas manuais;
• Utilizar encaixes para evidenciar o caráter artesanal;
• Possuir simplicidade estrutural e construtiva, visando a possibilidade de
fabricação em série;
• Racionalizar os elementos do móvel, no sentido de economia, tanto de material
quanto de recursos energéticos;
• Privilegiar o conforto através da ergonomia;
• Prever uma boa distribuição dos elementos para facilitar a limpeza;
• Ser adaptável a vários cômodos da casa;
• Possuir coesão com o público-alvo;
• Ter em sua forma um desenho que tenha relação com o global/local;
• Possuir peso moderado, que não dificulte seu deslocamento e transporte;
• Dispor de um arranjo estrutural que privilegie a produção tanto artesanal quanto
industrial;
• Ter uma forma simples e atemporal, evitando modismos;
• Possuir elementos com acabamento em verniz incolor, evidenciando os veios
da madeira.
48
4.1.6 Análise de similares
Para o desenvolvimento de novos produtos, é essencial analisar os
concorrentes do segmento, identificando seus pontos positivos e negativos, afim de
melhorar e se diferenciar fronte os demais.
Segundo Löbach (2001, p. 144), na análise de similares, “são reunidos e
revistos todos os produtos da mesma classe oferecidos ao mercado, que fazem
concorrência ao novo produto.” Para a elaboração da nossa análise, pertinentemente
ao projeto em questão, deu-se prioridade aos móveis de descanso prolongado que
possua os pontos destacados no Partido Projetual (3.1.5).
No entanto, antes de fazer a comparação entre os móveis escolhidos, listemos
os produtos selecionados para análise.
Produto 01 | Moliçosa (figura 15)
Rejane Carvalho Leite
Esta peça, criada por Rejane Carvalho
leite, utilizou-se dois conceitos para a sua
elaboração. A “Poltrona Mole”, de Sergio
Rodrigues, é a cadeira de praia conhecida por
“Preguiçosa”. A poltrona Moliçosa tem estrutura
de madeira maciça e pequenos detalhes em
cobre, encosto e assento em couro ou tecido
opcional.
Figura 15: Poltrona Moliçosa
Produto 02 | Poltrona Barra (figura16)
Bruno Faucz
Bruno Faucz utilizou-se de uma estrutura
baseada em ripas e encosto feito em palha
remetendo as peças clássicas dos anos 60.
Figura 16: Poltrona Barra
49
Produto 03 | Poltrona Raimundo (figura 17)
Hugo França e Paulo Alves
A poltrona Raimundo traz em sua
composição a madeira como elemento principal
e a união de linhas curvas e retas.
Figura 17: Poltrona Raimundo
Produto 04 | Poltrona Beca (figura 18)
Bruno Faucz
A poltrona Beca é produzida em madeira
maciça reflorestada e possui assento e encosto
revestido em tecido natural.
Figura 18: Poltrona Beca
Produto 05 | Poltrona Donaire (figura 19)
Marta Manente
Esta peça, criada por Marta Manente,
utilizou-se do multilaminado curvo no encosto,
cordas de fibra natural trançadas manualmente e
assento acolchoado.
Figura 19: Poltrona Donaire
50
Produto 06 | Poltrona Diz (figura 20)
Sérgio Rodrigues
Peça do designer Sérgio Rodrigues, feita
em madeira maciça e multilaminado com
inclinação no assento e espaldar.
Figura 20: Poltrona Diz
Produto 07 | Poltrona Ginga (figura 21)
Rahyja Afrange
A Poltrona Ginga é um móvel artesanal
com estrutura em madeira cumaru, assento e
espaldar em fita náutica.
Figura 21: Poltrona Ginga
Produto 08 | Poltrona Abaporu (figura 22)
Claudia Mazzieri
A poltrona Abaporu foi pensada para
homenagear Tarsila do Amaral, feita em alumínio
e madeira. A poltrona é revestida de fibra
sintética trançada manualmente.
Figura 22: Poltrona Abaporu
51
Produto 09 | Poltrona Canela (figura 23)
Bruno Faucz
Estrutura produzida em madeira maciça com
apoio para os braços, encosto em palha natural e
almofada sobreposta revestida em couro.
Figura 23: Poltrona Canela
Produto 10 | Poltrona Laguna (figura 24)
Pepê Lima
A Poltrona Laguna é um móvel artesanal
com estrutura em madeira maciça e acabamento
em tecido italiano.
Figura 24: Poltrona Laguan
Produto 11 | Poltrona Avante (figura 25)
Estúdio Cipó
A poltrona avante foi criada pelo estúdio
cipó, a mesma possui madeira maciça na
estrutura e estofado no assento e espaldar.
Figura 25: Poltrona Avante
52
Produto 12 | Poolside Lounge Ottoman (figura 26)
John Hutton
Feita pelo designer americano John
Hutton, a poltrona possui estrutura em madeira,
assento e encosto em estofado.
Figura 26: Poolside Lounge Ottoman
Produto 13 | Poltrona Fofa (figura 27)
Fabrício Roncca
Fabrício Roncca utilizou-se das
referências estéticas da arte e da cultura para
produzir a Poltrona Fofa, que tem como
materiais principais a madeira e o estofado.
Figura 27: Poltrona Fofa
Produto 14 | Poltrona Felipe (figura 28)
Fernando Jaeger
Com execução artesanal, a poltrona
Felipe possui encaixes e trançado manual, a
mesma foi projetada para ambientes externos e
internos.
Figura 28: Poltrona Felipe
53
Produto 15 | Poltrona Divisa (figura 29)
Atelier André Ferri
A poltrona divisa é uma peça com
estrutura feita em madeira maciça e composta
por peças retangulares, o estofado é ligado ao
assento e encosto por meio do velcro.
Figura 29: Poltrona Divisa
Produto 16 | Poltrona Jangada (figura 30)
Jean Gillon
A poltrona Jangada de Jean Gillon é um
móvel feito de jequitibá-rosa, estofado de couro
natural e possui encaixes feitos por cavilhas.
Figura 30: Poltrona Jangada
Produto 17 | Poltrona Lia (figura 31)
Sérgio Rodrigues
Possui estrutura em madeira maciça com
assento e encosto estruturados em compensado,
estofados em espuma de poliuretano revestidos
em couro ou tecido.
Figura 31: Poltrona Lia
Produto 18 | Poltrona Kilin (figura 32)
54
Sérgio Rodrigues
A poltrona Kilin de Sergio Rodrigues é feita com
madeiras mais simples e semi-seriados,
Figura 32: Poltrona Kilin
Produto 19 | Poltrona Verti (figura 33)
Adriano Santos
A poltrona Verti tem seu encosto em tela Francesa
e madeira maciça.
Figura 33: Poltrona Verti
Produto 20 | Poltrona Bertini (figura 34)
Produzida em madeira maciça, com veios e
fibras da madeira aparentes, possui tecido com reforço
interno em lonita.
Figura 34: Poltrona Bertin.
55
TABELA 04: COMPARATIVO DE SIMILARES 1
LIMPEZA
ACOMODAÇÃO
VIABILIDADE DE
PRODUÇÃO
ARTESANAL EM SÉRIE
PESO/DESLOCAMENTO
RACIONALIZAÇÃO
ACABAMENTO
Produto 01 Pró
O couro utilizado para a
sustentação do
estofamento é de fácil
limpeza.
Contras
O tipo do tecido
utilizado no
estofamento é
permeável dificultando
a limpeza.
As fitas de couro não
podem ser removidas
da estrutura.
O designer utiliza-se
do estofado macio em
grandes almofadas
para aumentar o
conforto.
A poltrona possui uma
estrutura com formas
simples, viabilizando a
produção artesanal em
série.
A poltrona possui revestimento
acolchoado que pode ser
removível facilitando o
deslocamento, sua estrutura
toda em madeira maciça pode
conferir maior peso, porém, não
dificulta sua locomoção.
A estrutura com cortes
retos e repetitivos
permite um melhor
aproveitamento do
material, evitando o
desperdício.
A estrutura possui
acabamento com brilho
natural.
Produto 02 Pró
A poltrona possui
estofado removível
facilitando sua limpeza.
Contra
O encosto em palha
pode causar acúmulo
de sujeiras e dificultar a
limpeza por ter uma
trama muito fechada.
A utilização da
palhinha no encosto
proporciona maior
ventilação para as
costas, o acolchoado
no assento, uso de
apoio para os braços
e a inclinação do
assento e espaldar
são outros pontos que
o designer utilizou.
As formas regulares e
retas viabiliza a produção
artesanal em série.
Apesar de ser em madeira
maciça a estrutura é mais leve,
pois possui elementos com
espessuras delgadas,
facilitando também seu
deslocamento.
A estrutura apresenta
cortes retos e repetitivos,
o que evita desperdícios.
A estrutura possui
acabamento com brilho
natural.
56
para conferir maior
conforto aos usuários.
Produto 03 Pró
Por ser toda em
madeira sua limpeza se
torna mais fácil, pois
possui uma superfície
lisa.
Contra
Os pés da poltrona
possuem forma
triangular, dificultando a
limpeza, por ter um
acesso difícil.
Apesar da utilização
apenas da madeira a
poltrona possui um
amplo espaço
acomodando bem
usuários maiores,
mas existem algumas
ranhuras na poltrona
que não foram
fechadas com resina,
podendo ocasionar
beliscões nas pernas
dos usuários.
Para se chegar a essa
forma a poltrona passou
por vários processos
manuais, porém, não
permite a produção em
série, já que a mesma é
uma peça única.
Por ser um monobloco de
madeira maciça a poltrona
tende a ser mais pesada, pois
tem proporções mais robustas
do que as poltronas comuns,
seu deslocamento também é
afetado por seu peso.
Por possuir forma
orgânica e por ser
esculpida existe um
maior desperdício de
material.
A estrutura possui
acabamento com maior
brilho.
Produto 04 Contra
Não foi possível
identificar se existe a
possibilidade de
remoção das
almofadas, porém, seu
tecido em algodão
dificulta a limpeza, por
se tratar de um tecido
que é permeável.
O acolchoado no
assento e espaldar,
as inclinações e os
arqueamentos foram
os artifícios que o
designer utilizou para
aumentar o conforto.
A poltrona possui estrutura
arqueada que pode vir a
dificultar a produção
artesanal em série, porém,
não impede de executar a
mesma.
A poltrona possui estrutura em
madeira maciça, podendo gerar
maior peso, mas não interfere
em sua locomoção.
A estrutura apresenta
cortes retos e repetitivos
que evita desperdícios,
porém, existe também
cortes curvos.
.
A estrutura possui
acabamento com menor
brilho.
57
TABELA 05: COMPARATIVO DE SIMILARES 2
LIMPEZA
ACOMODAÇÃO
VIABILIDADE DE
PRODUÇÃO
ARTESANAL EM
SÉRIE
PESO/DESLOCAMENTO
RACIONALIZAÇÃO
ACABAMENTO
Produto 05
Pró
Possibilidade para
remoção do estofado.
Contras
O assento em linho
permite a absorção de
líquidos que dificulta a
limpeza.
Os furos no
multilaminado do
espaldar e os espaços
entre os trançados do
encosto pode haver
acúmulo de sujeiras.
A poltrona utiliza-se
apenas do acolchoado
no assento para
proporcionar conforto,
a mesma não possui
inclinação no assento e
seu espaldar é muito
baixo o que pode
ocasionar desconforto
ao usar por um longo
período.
A estrutura possui
laminado monobloco
curvado. Esse processo
requer tecnologias que
não se encontram em
marcenarias
convencionais.
A poltrona não apresenta forma
volumosa, facilitando seu
deslocamento e minimizando
seu peso.
A estrutura apresenta
cortes orgânicos gerando
maior desperdício.
A estrutura possui
acabamento com maior
brilho.
Produto 06 Pró
Por ser toda em
madeira, sua limpeza
torna-se mais fácil.
Contra
A poltrona apresenta um
arqueamento no
assento, criando um
espaço nas laterais, o
que torna o acesso para
limpeza difícil.
Apesar da utilização
apenas da madeira
para compor toda a
poltrona, a mesma faz
uso de inclinações,
apoio para os braços e
de um amplo espaço
para acomodar-se
confortavelmente.
Assento e espaldar
laminado com dupla
curvatura dificulta a
produção artesanal em
série, pois requer
processos com maior
tecnologia.
Por ser toda em madeira torna-
se mais pesada, porém, não
dificulta sua locomoção.
A estrutura apresenta
cortes orgânicos,
gerando maior
desperdício.
A estrutura possui
acabamento com maior
brilho.
58
Produto 07 Prós
A utilização da madeira
com cortes retos e o uso
da fita náutica torna a
limpeza mais fácil, pois,
a fita possui o nylon
como material e os
cortes retos da madeira
evita o acúmulo de
sujeiras.
Contra
As fitas são fixas, não há
a possibilidade de
remoção das mesmas.
O uso de fitas náuticas
para compor o assento
e o espaldar torna a
acomodação parecida
com a rede, pois as
fitas moldam ao se
sentar, podendo haver
desconforto apenas
por não existir apoios
para os braços com
inclinação adequada.
As formas regulares e
retas viabilizam a
produção artesanal em
série.
Sua composição privilegia o uso
das fitas no espaldar e assento,
diminuindo, consideravelmente,
seu peso e facilitando sua
locomoção.
A estrutura apresenta
cortes retos e repetitivos,
o que evita desperdícios.
A estrutura possui
acabamento com maior
brilho.
Produto 08 Prós
A poltrona utiliza-se da
fibra sintética para
compor o assento e o
espaldar. A fibra é obtida
a partir de polímeros que
permitem a fácil limpeza
e evita a absorção de
líquidos.
Contra
Apesar de utilizar a
fibras sintéticas, as
mesmas são trançadas
criando espaços em sua
trama, o que dificulta a
limpeza.
A poltrona não possui
apoio para os braços, o
que pode prejudicar um
melhor conforto,
porém, as inclinações
do assento e encosto
estão em ângulos
confortáveis para os
usuários.
O assento e o espaldar
possuem uma estrutura
em alumínio revestido
com a fibra sintética, o
que pode dificultar na
produção artesanal em
série.
Estrutura com poucos
elementos, tornando-a mais
leve e de fácil locomoção.
A estrutura apresenta
cortes orgânicos,
gerando maior
desperdício.
A estrutura possui
acabamento com maior
brilho.
59
TABELA 06: COMPARATIVO DE SIMILARES 3
LIMPEZA
ACOMODAÇÃO
VIABILIDADE DE
PRODUÇÃO ARTESANAL
EM SÉRIE
PESO/DESLOCAMENTO
RACIONALIZAÇÃO
ACABAMENTO
Produto 09 Prós
As formas retas da madeira
e o uso do couro na
almofada do espaldar facilita
a limpeza da poltrona.
Contra
O designer utilizou-se da
palhinha no encosto e tecido
em algodão no assento.
Ambos dificultam a limpeza,
tanto pelo acúmulo de poeira
nos espaços da palhinha,
quanto pela inexistência de
um fleche para retirada do
tecido para limpeza.
A utilização da palhinha no
encosto proporciona maior
ventilação para as costas,
o acolchoado no assento, o
uso de apoio para os
braços e a inclinação do
assento e espaldar são
outros pontos que o
designer utilizou para
conferir maior conforto aos
usuários.
A poltrona possui uma
estrutura com formas
simples, viabilizando a
produção artesanal em
série.
Apesar de ser em madeira
maciça a estrutura é mais
leve, pois possui elementos
com espessura delgada,
facilitando também seu
deslocamento.
A estrutura possui
formas retas e
repetitivas, o que
evita desperdício.
A estrutura possui
acabamento com
maior brilho.
Produto 10 Prós
Cortes retos;
Possibilidade da retirada dos
tecidos das almofadas para
limpeza.
Contra
Na base em madeira onde o
estofamento do assento se
apoia, há um desnível que
pode ocasionar o acúmulo
de poeira.
O designer utiliza-se do
estofado macio em
grandes almofadas para
aumentar o conforto.
As formas regulares e retas
viabilizam a produção
artesanal em série.
A poltrona possui
revestimento acolchoado
que pode ser removível da
estrutura de madeira,
facilitando sua locomoção.
A estrutura possui
formas retas e
repetitivas, evitando
desperdício de
material.
A estrutura possui
acabamento com
brilho natural.
60
Produto 11 Prós
A utilização da madeira com
cortes retos e o uso do couro
natural torna a limpeza mais
fácil.
Contra
A poltrona possui espaços
em forma de triângulo que
pode dificultar a limpeza.
As inclinações, o uso do
estofado e o apoio para os
braços foram os artifícios
que o designer utilizou para
conferir conforto aos
usuários.
As formas regulares e retas
viabilizam a produção
artesanal em série.
Apesar de possuir um
estofado bem espesso, sua
estrutura delgada torna seu
peso mais leve e de fácil
deslocamento.
A estrutura possui
formas retas e
repetitivas, evitando
desperdício de
material.
A estrutura possui
acabamento com
brilho natural.
Produto 12 Prós
Possibilidade de retirada das
almofadas para limpeza;
Estrutura com cortes retos.
Por ser muito baixa pode
causar desconforto para
pessoas altas.
As formas regulares e retas
viabilizam a produção
artesanal em série.
A utilização da madeira
maciça em sua estrutura
pode conferir à poltrona um
maior peso, porém, não
dificulta sua locomoção.
A estrutura possui
formas retas e
repetitivas, evitando
desperdício de
material.
A estrutura possui
acabamento com
brilho natural.
61
TABELA 07: COMPARATIVO DE SIMILARES 4
LIMPEZA
ACOMODAÇÃO
VIABILIDADE DE
PRODUÇÃO ARTESANAL
EM SÉRIE
PESO/DESLOCAMENTO
RACIONALIZAÇÃO
ACABAMENTO
Produto 13 Prós
Possibilidade de
retirada da almofada
para limpeza.
Contra
O designer utilizou-se
de um parafuso em
latão para unir o
encosto para os braços
e as pernas da
poltrona. Entre os dois
cria-se uma abertura
que torna difícil a
limpeza.
Estofado e inclinações
no assento e espaldar. O
uso de apoio para os
braços foram os pontos
que o designer utilizou
para acomodar com
conforto os usuários.
A poltrona possui estrutura
arqueada que pode vir a
dificultar a produção
artesanal em série, porém,
não impede de executar a
mesma.
Estrutura leve, por possuir
elementos com espessura
delgada e estofado removível
facilitando seu deslocamento.
A estrutura apresenta
peças torneadas, o que
provoca desperdício de
material.
A estrutura possui
acabamento com menor
brilho.
Produto 14 Prós
Estofamento em couro
natural, facilitando a
remoção de sujeiras.
Contra
Apesar da utilização de
cordas náuticas, o
trançado deixa um
espaço que acumula
sujeiras.
As inclinações, o uso do
estofado e o apoio para
os braços foram os
artifícios que o designer
utilizou para conferir
conforto aos usuários.
A poltrona possui estrutura
com formas simples,
viabilizando a produção
artesanal.
O uso de vários materiais pode
conferir à poltrona maior peso,
mas não dificulta seu
deslocamento.
A estrutura possui formas
retas e repetitivas,
evitando desperdício de
material.
A estrutura possui
acabamento com maior
brilho.
62
Produto 15 Prós
O estofamento possui
material em couro e
possibilita a retirada do
mesmo da estrutura,
pois há um velcro para
sua remoção.
A utilização de um apoio
para os braços mais
largo, confere maior
conforto ao se
acomodar-se.
O assento e o espaldar são
feitos em uma folha única de
multilaminado pré-moldado,
dificultando a produção
artesanal em série por
utilizar tecnologias que não
se encontram em
marcenarias convencionais.
Estrutura com poucos
elementos, tornando-a mais leve
e de fácil locomoção.
A estrutura possui formas
retas e repetitivas,
evitando o desperdício de
material.
A estrutura possui
acabamento com maior
brilho.
Produto 16
Prós
Possibilidade para
retirada do
estofamento;
Material do acolchoado
de fácil limpeza.
Contra
Estrutura com furos
para passagem da
rede, podendo
ocasionar o acúmulo de
poeira.
O designer utiliza-se do
estofado macio em
grandes almofadas para
aumentar o conforto.
As formas regulares e retas
viabilizam a produção
artesanal em série.
A poltrona possui estofado
acolchoado que pode ser
removível da estrutura de
madeira facilitando seu
deslocamento, porém, o uso de
vários materiais pode conferir a
poltrona maior peso.
A estrutura com cortes
retos e repetitivos permite
um melhor
aproveitamento do
material, evitando o
desperdício.
A estrutura possui
acabamento com brilho
natural.
63
TABELA 08: COMPARATIVO DE SIMILARES 5
LIMPEZA ACOMODAÇÃO VIABILIDADE DE
PRODUÇÃO ARTESANAL
EM SÉRIE
PESO/DESLOCAMENTO
RACIONALIZAÇÃO ACABAMENTO
Produto 17 Prós
Poltrona com formas
retas;
Material do
estofamento de fácil
limpeza.
As inclinações no
assento e espaldar e o
uso de apoios para os
braços mais largos são
pontos que o designer
utilizou para aumentar o
conforto.
As formas regulares e retas
viabilizam a produção artesanal
em série.
Apesar de ser em madeira
maciça a estrutura é mais leve,
pois possui elementos com
espessura delgada, facilitando
também seu deslocamento.
A estrutura com cortes
retos e repetitivos permite
um melhor
aproveitamento do
material, evitando o
desperdício.
A estrutura possui
acabamento com
maior brilho.
Produto 18 Prós
Opção de
desmontagem
estrutural e remoção do
couro, facilitando a
limpeza individual das
peças;
Poltrona com formas
retas;
Material do
estofamento de fácil
limpeza.
O amplo espaço para
apoiar os braços,
proporciona ao usuário
melhor conforto.
As formas regulares e retas
viabilizam a produção artesanal
em série.
A poltrona é desmontável,
facilitando seu deslocamento.
A estrutura possui formas
retas e repetitivas,
evitando desperdício de
material.
A estrutura possui
acabamento com
maior brilho.
64
Produto 19 Prós
Estrutura com formas
simples e com poucos
elementos, facilitando a
limpeza.
Contra
A trama do espaldar
tem uma transparência
vazada que pode
ocasionar acúmulo de
sujeiras.
Apesar de possuir apoio
para os braços, os
mesmos são muito
curtos, podendo causar
desconforto.
A poltrona apresenta formas
simples, apenas
arredondamento nas quinas,
viabilizando a produção
artesanal em série.
A poltrona possui forma
simples que facilita seu
deslocamento e viabiliza seu
peso.
A estrutura possui formas
retas e repetitivas,
evitando desperdício de
material.
A estrutura possui
acabamento com
maior brilho.
Produto 20
Prós
Estrutura com formas
simples e com poucos
elementos, facilitando a
limpeza;
Opção para retirada do
couro sintético;
A poltrona apresenta um
amplo espaço, tornando
o descanso prologado
mais confortável.
Apesar de possuir um leve arco
nos apoios laterais, a poltrona
possui estrutura com formas
simples, viabilizando a produção
artesanal.
A utilização do couro sintético
no assento e espaldar concede
um menor peso para poltrona.
A estrutura possui cortes
curvos que gera maior
desperdício de material.
A estrutura possui
acabamento com
maior brilho.
65
Considerações
Com a análise de similares foi possível identificar:
Quanto a limpeza |
A utilização de tecidos em algodão e linho é comum em algumas poltronas.
Esse tipo de tecido absorve com facilidade líquidos, dificultando a higienização,
porém, o uso de formas simples e retas nas estruturas é frequente, possibilitando uma
limpeza mais fácil.
Quanto a acomodação |
Foi observado que o uso de inclinações, apoio para os braços, estofamento e
largura do assento mais largo é bem recorrente nos produtos analisados,
proporcionando melhor acomodação e conforto aos usuários.
Quanto a viabilidade da produção artesanal em série |
As poltronas aparentam, em sua grande maioria, ser viável na produção
artesanal em série. As mesmas possuem formas simples e retas, tornando sua
elaboração mais prática, sem a necessidade de maquinário industrial.
Quanto ao peso e deslocamento |
Apesar da grande maioria das peças analisadas serem em madeira maciça,
algumas conseguiram ter estruturas mais leves, podendo ser deslocadas de um
ambiente para outro sem muita dificuldade, pois possuem elementos estruturais com
espessuras delgadas e com redução de elementos.
Quanto a racionalização |
O uso de formas retilíneas e repetitivas é constante nas poltronas analisadas,
possibilitando um melhor aproveitamento do material, evitando desperdício.
Quanto ao acabamento |
Vê-se um nítido predomínio do acabamento em verniz PU (poliuretano), com
maior brilho, evidenciando e destacando as características da madeira.
66
4.1.7 Análise Estrutural/Configuração
O objetivo desta análise é entender a estrutura e a aparência estética das
poltronas similares, a fim de identificar os pontos que possam ser racionalizados ou
configurados de maneira que se diferencie dos seus oponentes.
67
TABELA 09: ANÁLISE ESTRUTURAL/CONFIGURAÇÃO 1
FORMA MATERIAL ELEMENTOS DE
CONFIGURAÇÃO
ARRANJO
ESTRUTURAL
ARRANJO CROMÁTICO
Produto 01 Estrutura retilínea com traços
que se cruzam.
• Madeira maciça;
• Detalhes em cobre;
• Persintas de couro;
• Tecido estofado em
algodão ou couro.
• Encaixes;
• Parafusos;
• Tarraxas para união das
persintas de couro na
estrutura;
• Cola.
O posicionamento das
travessas dos pés em X passa
equilíbrio e harmonia em sua
composição.
A poltrona possui arranjo
cromático com tons neutros.
Produto 02 Estrutura com traços retos. • Madeira maciça;
• Palhina;
• Tecido estofado em
algodão.
• Encaixe cavilha;
• Tarugos de madeira
aparente na estrutura;
• Palha natural.
A estrutura possui equilíbrio
transmitido pela leveza em sua
forma limpa e sem excessos.
Uso de tons neutros, tanto na
estrutura com a cor da madeira
em evidência, quanto pelo uso
da palhinha e estofamento em
tecido claro.
Produto 03 Estrutura com forma orgânica,
tendendo ao natural.
• Madeira maciça. • Encaixes;
• Parafusos.
Apesar que maior parte da
estrutura seja feita por um
bloco de madeira, a poltrona
possui harmonia.
A poltrona apresenta apenas o
contraste de cor das
almofadas.
Produto 04 A estrutura possui linhas retas
com diferentes ângulos.
• Madeira maciça;
• Estofado em tecido
natural.
• Encaixes;
• Tarugos de madeira
aparentes na parte
posterior;
• Parafusos aparentes.
Os elementos estruturais
estão bem distribuídos,
tornando sua composição
harmônica.
Existe o uso de contrastes de
tons entre a madeira e o tecido
branco que harmoniza sua
composição.
68
TABELA 10: ANÁLISE ESTRUTURAL/CONFIGURAÇÃO 2
FORMA MATERIAL ELEMENTOS DE
CONFIGURAÇÃO
ARRANJO
ESTRUTURAL
ARRANJO CROMÁTICO
Produto 05 Estrutura com forma orgânica. • Madeira;
• Encosto em multilaminado
curvo;
• Cordão de palha;
• Tecido.
Encaixes;
Sistema giratório;
Parafusos aparentes;
Assento em estofado linho.
A forma orgânica e a
distribuição dos elementos
estruturais trazem à poltrona
uma fluidez e harmonia em sua
elaboração.
O uso de tons neutros e o
contraste presente entre o
assento estofado e a estrutura
em madeira proporciona um
equilíbrio de cores.
Produto 06 Estrutura com forma orgânica. • Madeira maciça;
• Multilaminado curvo.
Encaixes;
Parafusos.
A simetria estrutural e os
traços orgânicos transmitem
harmonia na distribuição dos
elementos.
A poltrona utiliza-se apenas do
verniz para destacar toda sua
estrutura destacando os
detalhes da madeira.
Produto 07 Estrutura com traços retos. • Madeira maciça;
• Fita náutica.
Encaixes;
Parafusos;
Trançado.
A estrutura possui equilíbrio
transmitido pela leveza em sua
forma limpa e sem excessos.
O uso do azul nas fitas
náuticas destaca o trançado da
poltrona.
Produto 08 Estrutura com forma orgânica. • Madeira maciça;
• Estrutura em alumínio por
baixo do trançado;
• Fibra sintética.
Encaixes;
Parafusos;
Trançado.
A forma orgânica e o
contraste da cor do assento e
estrutura trazem à poltrona
uma harmonia em sua
elaboração.
A poltrona utiliza-se de tons
mais escuros para criar um
contraste de tom sobre tom.
69
TABELA 11: ANÁLISE ESTRUTURAL/CONFIGURAÇÃO 3
FORMA MATERIAL ELEMENTOS DE
CONFIGURAÇÃO
ARRANJO
ESTRUTURAL
ARRANJO CROMÁTICO
Produto 09 Estrutura retilínea. • Madeira maciça;
• Tecido;
• Couro;
• Palha natural.
Encaixes;
Parafusos;
Palha natural.
A Distribuição dos elementos
traz uma regularidade à forma,
tornando-a “limpa” sem
excessos construtivos.
A poltrona utiliza estrutura em
madeira envernizada e tecido
estofado em cor clara.
Produto 10 Estrutura com traços retos. • Madeira maciça;
• Tecido;
Encaixes;
Parafusos;
A poltrona possui estrutura
limpa sem excessos
construtivos, contribuindo para
harmonia em sua composição.
O uso de tons neutros e o
contraste presente entre o
assento estofado e a estrutura
em madeira proporciona um
equilíbrio de cores.
Produto 11 Estrutura com traços retos. • Madeira maciça;
• Couro natural;
Encaixes;
Parafusos;
O uso de formas simples,
transmite leveza na sua
composição.
A poltrona faz uso de uma cor
forte para destacar seu
arranjo.
Produto 12 Estrutura retilínea. • Madeira maciça;
• Tecido;
Encaixes;
Parafusos;
Os elementos estruturais estão
bem distribuídos favorecendo
sua composição.
A poltrona possui arranjo
cromático com tons neutros.
70
TABELA 12: ANÁLISE ESTRUTURAL/CONFIGURAÇÃO 4
FORMA MATERIAL ELEMENTOS DE
CONFIGURAÇÃO
ARRANJO
ESTRUTURAL
ARRANJO CROMÁTICO
Produto 13 A estrutura possui linhas retas
com diferentes ângulos.
• Madeira maciça;
• Tecido;
• Botões.
Encaixes;
Parafusos;
Sua estrutura tem uma estética
descontraída e lúdica, não
interferindo no seu arranjo
estrutural.
A poltrona utiliza-se do
estofamento claro com
estrutura envernizada,
destacando as características
da madeira.
Produto 14 Estrutura retilínea. • Madeira maciça;
• Couro natural ou tecido;
• Cordas náutica.
Encaixes;
Parafusos;
Cordas náutica.
O uso de cordas na estrutura
traz um arranjo diferenciado
para a poltrona, fugindo dos
padrões tradicionais.
A poltrona possui arranjo
cromático com tons neutros.
Produto 15 A estrutura apresenta um
misto de formas, mas a
retilínea é a mais presente.
• Madeira maciça;
• Multilaminado curvo;
• Couro.
Encaixes;
Parafusos;
Persintas em couro.
A poltrona traz um jogo de
formas retas e orgânicas que a
torna diferente dos padrões
comuns.
Existe uma uniformidade de
cor na poltrona, onde o
estofamento de couro e a
estrutura em madeira se
correspondem.
Produto 16 Estrutura retilínea. • Madeira maciça;
• Couro natural;
• Rede.
Encaixes;
Parafusos;
Rede.
O uso da rede proporciona um
arranjo estrutural diferenciado.
A poltrona possui arranjo
cromático com duas cores, o
branco do estofamento e a
madeira em sua forma natural.
71
TABELA 13: ANÁLISE ESTRUTURAL/CONFIGURAÇÃO 5
FORMA MATERIAL ELEMENTOS DE
CONFIGURAÇÃO
ARRANJO
ESTRUTURAL
ARRANJO CROMATICO
Produto 17 Estrutura retilínea. • Madeira maciça;
• Compensado;
• Couro.
Encaixes;
Parafusos;
Os elementos estruturais estão
bem distribuídos, tornando sua
limpa sem excessos.
Uso de tons marrons em toda
composição.
Produto 18 Estrutura com traços retos e
orgânicos.
• Madeira maciça;
• Couro Natural.
Travessas fixadas nas laterais
com cunhas.
A poltrona possui estrutura
limpa sem excessos
construtivos, contribuindo para
uma harmonia em sua
composição.
A poltrona utiliza a estrutura
em cor mais escura para
contrastar com o couro.
Produto 19 Estrutura retilínea. • Madeira maciça;
• Tela no encosto.
Encaixes;
Parafusos;
A transparência da madeira na
tela imprime à poltrona um
conceito de continuidade da
forma, favorecendo o arranjo
estrutural.
A tela escura e a estrutura
envernizada.
Produto 20 A estrutura possui linhas retas
com diferentes ângulos.
• Madeira maciça;
• Tecido;
• Lonita.
Encaixes;
Parafusos;
Os elementos estruturais estão
bem distribuídos, tornando sua
composição equilibrada.
O uso de tons neutros e o
contraste presente entre o
assento estofado e a estrutura
em madeira proporciona um
equilíbrio de cores.
72
Considerações
Com a análise foi possível identificar:
Quanto às formas |
Há o predomínio das formas simples e em linhas retas com cantos e contornos
bem definidos.
Quanto ao material |
A madeira é o material presente em todas as análises. A mesma sempre vem
acompanhada de materiais secundários como o estofado e a fita sintética ou náutica.
Quanto as cores |
Não há a presença de cores na estrutura das poltronas, todas apresentaram a
cor natural da madeira.
Quanto aos elementos de configuração |
O uso de encaixes e a utilização de parafusos para a fixação estrutural é
comum em todas as poltronas.
Quanto ao arranjo estrutural |
As poltronas, em sua maioria, apresentaram arranjo estrutural limpo sem
excesso de elementos construtivos.
Quanto ao arranjo cromático |
O uso de tons claros e a utilização de elementos estruturais em sua cor natural
é uma característica presente entre as poltronas.
73
4.1.8 Análise antropométrica
O mobiliário a ser desenvolvido tem o foco no púbico de homens e mulheres
com idade 35 a 50 anos. Portanto, o estudo do corpo é essencial para adequação e
conforto desses usuários. A figura 35 representa as dimensões básicas
antropométricas para cadeiras, segundo os percentis de 5 a 95 de homens e
mulheres.
Figura 35 - Dimensões básicas da antropometria exigidas para o design de cadeiras
FONTE: PANERO (2002, p. 61).
74
A partir da figura 35, optou-se pelos seguintes pontos:
Altura do Assento: Segundo Panero (2002, p. 60), “uma pessoa mais alta ficaria mais
confortável usando uma cadeia com assento baixo, do que uma pessoa baixa usando
uma cadeira com assento muito alto”. Visto que para uma postura confortável os pés
têm que estar em contato com o chão, decidiu-se utilizar o percentil 5 da mulher (figura
35), já que o autor menciona que a altura menor é capaz de acomodar bem o maior
homem.
Largura do Assento: No que diz respeito à largura do assento, priorizou-se um
dimensionamento maior que o quadril do percentil 95 da mulher, pois o mobiliário
proposto é uma poltrona e, geralmente, são maiores que as cadeiras comuns.
Profundidade do Assento: A profundidade do assento levou em consideração a
medida de 43,2 centímetros, para Panero (2002) essa medida em poltrona
acomodaria cerca de 95% de todos os usuários.
Espaldar: Para o espaldar, utilizou-se uma altura que apoiasse adequadamente a
lombar, garantindo um melhor posicionamento do usuário no assento, o ângulo
utilizado entre o espaldar e o assento foi de 105º. Panero (2002) menciona que esse
ângulo é o mínimo que deve ser utilizado, pois quanto menor a inclinação, mais
desconforto pode causar.
Apoios para os Braços: Panero (2002) sugere para a altura dos braços a medida
entre 21,6 a 22,9 cm, logo, utilizou-se da altura de 22,5 cm com mesmo ângulo da
superfície do assento.
75
4.2 GERAÇÃO
A Xilogravura marca a identidade cultural do Nordeste no Brasil, retratando o
rico imaginário da cultura popular a partir de temas do cotidiano nordestino. Esse
trabalho propõe com a análise sintática e morfológica das xilogravuras de J. Borges
conhecer graficamente os elementos de suas obras, obtendo diretrizes estéticas para
o desenvolvimento da poltrona, abaixo, segue as gerações elaboradas de acordo com
as gravuras analisadas.
4.2.1 Esboços de ideias
GERAÇÃO 01 | Poltrona (figura 36)
Figura 36 - Referência | Xilogravura - Bicho de sete cabeças.
GERAÇÃO 02 | Poltrona (figura 37)
Figura 37: Referência | Xilogravura - Briga da onça com a serpente.
76
GERAÇÃO 03 | Poltrona (figura 38)
Figura 38: Referência | Xilogravura – Pastor de ovelhas
GERAÇÃO 04 | Poltrona (figura 39)
Figura 39: Referência | Xilogravura – Bumba-meu-boi
GERAÇÃO 05 | Poltrona (figura 40)
Figura 4Figura 40: Referência | Xilogravura – Sertão em noite de lua.
77
GERAÇÃO 06 | Poltrona (figura 41)
Figura 41: Referência | Xilogravura – Lua cheia
GERAÇÃO 07 | Poltrona (figura 42)
Figura 42: Referência | Xilogravura – O monstro do sertão
GERAÇÃO 08 | Poltrona (figura 43)
Figura 43: Referência | Animais
78
GERAÇÃO 09 | Poltrona (figura 44)
Figura 44: Referência | Xilogravura – Bicho de sete cabeças.
GERAÇÃO 10 | Poltrona (figura 45)
Figura 45: Referência | Pássaros.
79
Considerações
GERAÇÃO 01
• Apesar da utilização do couro, que é um material de fácil limpeza, sua estrutura
possui vários elementos em diferentes ângulos, dificultando a remoção de
sujeiras;
• O conforto pode ser prejudicado por existir uma travessa de madeira que pode
causar desconforto na região inferior do joelho;
• A estrutura possui cortes retos, evitando o desperdiço de material;
• Favorecimento do preto como cor principal;
• Forma atemporal;
• Os encaixes das pernas e o posicionamento das mesmas precisam ser melhor
executados;
GERAÇÃO 02
• Por ser toda em madeira sua limpeza torna-se mais fácil;
• O conforto pode ser prejudicado por existir inclinações com grandes
angulações;
• As formas retas evitam o desperdício de material;
• Elementos em verniz destacando a madeira;
• Forma atemporal;
• Estética da gravura executada por suas formas e cores, evitando figurativismo;
• O modo de fixação do espaldar no assento precisa ser revisto;
• Estrutura precisa de revisão ergonômica nos quesitos de angulação e altura do
assento e espaldar.
GERAÇÃO 03
• A poltrona apresenta vários recortes podendo ocasionar o acúmulo de sujeiras;
• A acomodação pode ser afetada por possuir assento muito baixo;
• Estrutura volumosa (dificulta o manuseio);
• Sua estrutura possui elementos retilíneos, evitando o desperdício de material;
• Modo de encaixes na estrutura precisa ser revisto;
• Forma atemporal;
80
• Uso do preto como cor principal;
• Elementos em verniz destacando a madeira;
• Estética da gravura executada pelo uso da cor e forma dos apoios laterais;
GERAÇÃO 04
• A poltrona possui vários elementos em suas laterais, o que pode dificultar a
limpeza;
• O uso de inclinações no assento e espaldar proporciona um melhor conforto;
• A Poltrona possui formas retilíneas, evitando o desperdício de material;
• Elementos em verniz destacando a madeira;
• Uso da referência estética não passa clareza no que está sendo exposto na
poltrona;
• A poltrona não privilegia o uso do preto;
• Estrutura precisa rever questões ergonômicas e encaixes.
GERAÇÃO 05
• O uso de formas simples e retas facilita a limpeza;
• A poltrona não possui apoio para os braços, podendo causar desconforto se
usar por um longo período;
• A poltrona não apresenta uma boa definição da referência estética;
• Não possui figurativismo em sua forma;
• Elementos em verniz destacando a madeira;
• O uso da matéria prima em cortes retos viabiliza a racionalização;
• Estrutura simples e sem excessos;
• Sua estrutura delgada possui peso baixo, facilitando o deslocamento entre
ambientes;
• Poltrona precisa rever o modo dos encaixes estrutural.
GERAÇÃO 06
• O uso de formas simples e retas facilita a limpeza;
• A poltrona não possui apoio para os braços podendo causar desconforto se
usar por um longo período;
81
• Estrutura com formas simples (facilita a produção e a racionalização dos
materiais);
• As formas pontiagudas das laterais podem ocasionar acidentes;
• A cor preta não foi privilegiada na composição;
• Poltrona precisa rever o modo dos encaixes estrutural.
Geração 07
• Por possuir um espaldar menor a acomodação pode ser afetada;
• Limpeza favorecida pelas formas planas;
• As cores e os detalhes no espaldar evidenciam os elementos estéticos da
gravura;
• A estrutura possui cortes retos (viabiliza a produção e a racionalização dos
materiais);
• Privilegia o uso do preto;
• Tem elementos com o tom natural da madeira;
• Estrutura precisa de revisão ergonômica nos quesitos de angulação e altura do
assento e espaldar.
GERAÇÃO 08
• A poltrona não possui apoio para os braços podendo causar desconforto se
usar por um longo período;
• Limpeza dificultada pelo excesso de elementos;
• Conceito estético pouco evidente;
• Elementos retilíneos (favorece a racionalização e a produção);
• Modo de encaixes precisa ser revisto;
• Favorecimento da cor preta e dos elementos em madeira envernizada.
GERAÇÃO 09
• A poltrona utiliza-se de apoios para os braços e das inclinações no assento e
espaldar para aumentar o conforto;
• Por ser toda em madeira sua limpeza torna-se mais fácil;
• Uso de formas simples e retas (viabiliza a produção e a racionalização dos
materiais);
82
• Conceito estético aplicado por meio das cores e da quantidade de travessas no
espaldar evitando o figurativismo;
• A distribuição dos elementos colabora para simplicidade estrutural;
• Uso do preto como elemento de cor principal;
• Apesar de possuir forma volumosa seu deslocamento não é afetado, podendo
ser transferida de um ambiente para outro sem muitas dificuldades.
GERAÇÃO 10
• Estrutura com elementos pontiagudos, podendo ocasionar acidentes;
• Uso do figurativismo evidenciado pela forma do pássaro;
• Racionalização prejudicada pelos cortes;
• Apesar de possuir a representação do pássaro em sua forma, sua estética não
tem uma relação com as xilogravuras;
• Encaixes precisam ser revistos.
83
4.3 AVALIAÇÃO
Dentre as alternativas propostas na fase de geração e pela análise
comparativa, foi escolhida a geração 09. A mesma contempla aspectos relacionados
ao partido projetual e as análises de similares, estrutural/configuração. A poltrona
escolhida tomou como base a xilogravura do Bicho de Sete Cabeças, no qual utilizou-
se os elementos mais notáveis da gravura, como o uso do preto e a representação
das sete cabeças, tendo uma como destaque central no espaldar para evidenciar a
referência utilizada. A poltrona foi batizada com o nome CABULOSA pois, a gravura
ao qual se baseia (Bicho de sete cabeças) é uma figura mitológica, que causa medo
e seu nome associa-se, muitas vezes, as situações difíceis.
84
4.4 REALIZAÇÃO
Nessa última fase da metodologia, comprreende o resultado final da alternativa.
4.4.1 Detalhamento técnico
Nas páginas abaixo encontram-se a apresentação de cinco pranchas com o
detalhamento técnico da poltrona.
90
5 CONCLUSÃO
_________________________________________________________________________________
Cabulosa é um móvel inspirado na arte em madeira do mestre José Francisco
Borges, mais conhecido como J. Borges, um dos xilógrafos mais celebrados e
reconhecido no mundo inteiro. Considerado patrimônio vivo de Pernambuco, há mais
de 11 anos, desenvolve na arte uma trajetória com diversos trabalhos apresentados
não só no Brasil, mas também em outros países.
A poltrona traz o conceito da valorização da cultura popular como elemento
estético importante para a criação de novos produtos, mostrando que é possível criar
um mobiliário que se adeque aos quesitos local/global sem perder suas características
culturais.
A composição da poltrona aborda os principais elementos de destaque da
gravura do Bicho de Sete Cabeças, representado pelo número de travessas verticais
no espaldar, tendo uma com maior ênfase no sentido horizontal, simbolizando o
animal de mais destaque na xilogravura (o boi), e por sua cor.
Por fim, foi possível definir como o design resulta não só da criação ou mesmo
desenho de um objeto, mas sim de um processo criativo e de análises bem
estruturadas, com base em referências visuais, teóricas, pesquisas e experiências
vividas no contexto acadêmico.
91
REFERÊNCIAS
ASSIS, Cássia Lobão; NEPOMUCENO, Cristiane Maria. Estudos contemporâneos de cultura. Cultura popular: o ser, o saber e o fazer do povo. Campina Grande: UEPB/UFRN, p. 01-24, 2008. Disponível em: <http://www.ead.uepb.edu.br/arquivos/cursos/Geografia_PAR_UAB/Fasciculos%20-%20Material/Estudos_Contemporaneos_Cultura/Est_C_C_A12_J_GR_260508.pdf> Acesso em: 01 abril 2017.
BEZERRA, Amilcar Almeida. Movimento Armorial X Tropicalismo: Dilemas brasileiros sobre a questão nacional na cultura contemporânea, Salvador, p. 01-13, 2009. Disponível em: <http://www.cult.ufba.br/enecult2009/19176.pdf>. Acesso em: 07 abril de 2017.
CORRÊA, Thiago. Movimento Armorial: O folheto de cordel é fonte de inspiração, 2014. Disponível em: <http://www.vacatussa.com/movimento-armorial-o-folheto-de-cordel-e-fonte-de-inspiracao/> Acesso: 06 de agost de 2017.
DONDIS, Donis A. Sintaxe da Linguagem Visual. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007. 236 p.
ESCOREL, Ana Luisa. Efeito multiplicador do design. São Paulo: Editora SENAC, 1999.
LÖBACH, Bernd. Design industrial: Bases para a configuração dos produtos industriais. 1 ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2001. 206 p.
MOURÃO, Aline; PARENTE, Suely; LINHARES, Francisco Roberio. A Globalização. O Desenvolvimento Local e a Cultura Popular no Distrito de Aracatiaçu: A Brincadeira do Reisado. In: ANAIS DO IV ENCONTRO DE PESQUISA E EXTENSÃO DA FACULDADE LUCIANO FEIJÃO, 2011, Sobral-CE. Disponível em: <http://www.faculdade.flucianofeijao.com.br/site_novo/anais/servico/pdfs/Artigos_completos/A_globalizacao.pdf>. Acesso em: 14 maio 2017.
MORAES, Dijon De. Análise do design brasileiro: entre mimese e mestiçagem. 1 ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2006. 290 p.
PANERO, Julius. Dimensionamento humano para espaços interiores. 1 ed. Barcelona: Ed. Gustavo Gili, SL, 2002. 320 p.
PEREIRA, Ana Fernanda Brandão; NUNES, Ana Luiza Ruschel. Arte e tradição na vida e obra de J. Borges. In: II CONGRESSO INTERNACIONAL DA FEDERAÇÃO DE ARTE/EDUCADORES, 2014, Ponta Grossa – PR. Disponível em:
92
<http://www.isapg.com.br/2014/confaeb/down.php?id=434&q=1>. Acesso em: 10 agosto 2017.
RABETTI, Maria de Lourdes. Teatro e comicidades: estudo sobre Ariano Suassuna e outros ensaios. Rio de Janeiro: Ed. 7 letras, 2005. 191 p.
93
APÊNDICE
Quais são as 20 xilogravuras que tem mais apreço
RESPOSTA
Ano
01 LUA DE MEL DO MATUTO 1972
02 CHEGADA DA PROSTITUTA NO CÉU 1976
03 O BICHO DE SETE CABEÇA 1980
04 PASTOR DE OVELHA 1978
05 OS PESCADORES 2000
06 PASSARADA 2011
07 PAISAGEM DO SERTÃO 2005
08 FORRÓ PÉ DE SERRA 1992
09 BUMBA-MEU-BOI 1975
10 CASAMENTO DO CACHORRO 1992
11 FORRÓ DOS BICHOS 1985
12 SERTÃO EM TEMPO DE SECA 1995
13 A MULHER ROUBADA 1997
14 AMOR EM NOITE DE LUA 2001
15 A BRIGA DA SERPENTE COM A ONÇA 1978
16 O TIRADOR DE LEITE 1977
17 ARRANCANDO BOTIJA 1981
18 CORAÇÃO NA MÃO 1998
19 BOI NA RUA 1998
20 COMO SE AMANÇA UMA SOGRA 2010
AS TIRADEIRA DE LENHA 1985
Qual foi o ano que começou a fazer xilogravura?
R: COMECEI EM 64
Qual é o tipo de madeira utilizado?
R: MADEIRA QUE EU USO AGORA... A MELHOR MADEIRA É UMBURANA, MAS UMBURANA NÃO
EXISTE MAIS, EU TÔ TRABALHANDO COM LOURO-CANELA, SÓ TEM NO MARANHÃO.
Você fez xilogravuras para o Movimento Armorial?
R: ARIANO FOI UM AMIGO QUE ME INCENTIVOU, QUER DIZER, QUE LEVOU MEU TRABALHO.
MOSTROU PARA ELE E PEDIU QUE ELE FIZESSE ALGUMA COISA POR MIM, PORQUE EU JÁ
94
TRABALHAVA E ESSE CARA ERA DO RIO DE JANEIRO E ELE SE INTERESSOU DE... ELE DISSE QUE MEU
TRABALHO ERA MUITO BOM, MAS EU NÃO TINHA NOME, NINGUÉM ME CONHECIA, AI PEDIU PRA
ARIANO FAZER ALGUMA COISA. ARIANO ME CHAMOU LÁ E EU FUI LÁ NA REITORIA, ELE TAVA LÁ,
E AÍ ME DIVULGOU ATRAVÉS DA REDE GLOBO NORDESTE, DIÁRIO DE PERNAMBUCO, JORNAL DO
COMÉRCIO, O GLOBO E O ESTADO DE SÃO PAULO TUDO NUM DIA, BOTARAM NO AR E NO SÁBADO
DA MESMA SEMANA JÁ COMEÇOU CHEGAR CARRO NA MINHA PORTA E ATÉ HOJE EU NÃO TIVE
MAIS SOSSEGO.
Qual foi o ano que mais o marcou durante sua trajetória?
R: QUAL O ANO QUE MAIS MARCOU... OLHA FOI 99. FOI UM ANO MUITO BOM E FOI UM ANO QUE
EU RECEBI A HONRA AO MÉRITO CULTURAL DADO PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA E TEVE
TAMBÉM 1992. FOI UM ANO QUE EU ULTRAPASSEI AS FRONTEIRAS EU FUI PARA SUÍÇA. FUI PARA
OS ESTADOS UNIDOS. FOI UM ANO QUE EU FATUREI BEM E ARRANJEI CONHECIMENTO
INTERNACIONAL... 92.