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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PUC-SP
Marcus Vinicius Arakaki Trigo
O cenário do m-learning no mercado brasileiro
Mestrado em Tecnologias da Inteligência e Design Digital
São Paulo
2014
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PUC-SP
Marcus Vinicius Arakaki Trigo
O cenário do m-learning no mercado brasileiro
Mestrado em Tecnologias da Inteligência e Design Digital
Dissertação apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como exigência parcial para obtenção do título de MESTRE em Tecnologias da Inteligência e Design Digital – Aprendizagem e Semiótica Cognitiva, sob a orientação do Professor Doutor Alexandre Campos Silva.
São Paulo
2014
Banca Examinadora:
______________________________________
______________________________________
______________________________________
Esta dissertação de mestrado é dedicada a todas as
pessoas empenhadas com a educação on-line e que
acompanham a evolução tecnológica na busca constante
da melhor solução educacional para a construção do
aprendizado.
AGRADECIMENTOS
Ao chegar ao fim deste percurso, expresso o meu agradecimento
primeiro à minha mãe, que sempre me apoiou e incentivou meus estudos e ao
meu avô Antônio, pelo exemplo que exerce em minha vida.
Às minhas tias e tios pelo apoio prestado e por contribuir com a minha
educação e formação.
E à minha esposa Daniela, que me deu força e coragem em meio às
dificuldades encontradas na elaboração deste projeto.
RESUMO
Perante o crescimento constante da utilização de dispositivos móveis
como smartphones e tablets em diversas tarefas do nosso cotidiano e a rápida
evolução das tecnologias de informação e comunicação (TIC) que
potencializam os processos de ensino e de aprendizagem, esta dissertação
pesquisou as iniciativas de m-learning no cenário brasileiro de educação on-
line. Durante a pesquisa foram analisadas bibliograficamente as experiências
de utilização das tecnologias móveis no processo de ensino-aprendizagem e foi
realizada uma pesquisa de campo com vinte e cinco instituições dos
segmentos: farmacêutico, acadêmico, automobilístico, saúde, seguradora e
financeiro, visando identificar como se deu a implementação, entender os perfis
dos alunos (público-alvo), como o m-learning está sendo utilizado, quais as
dificuldades encontradas, os resultados obtidos e os investimentos para
implementar e manter os projetos m-learning. Também foi analisado um grande
projeto de m-learning implementado com sucesso por uma empresa
multinacional no mercado corporativo brasileiro.
Palavras-chave: e-learning, m-learning, u-learning, EAD, AVA, TIC,
aprendizagem com dispositivos móveis, mobilidade.
i
ABSTRACT
Due to the steady growth in use of mobile devices, such as smartphones
and tablets, in people’s everyday tasks and the development of information and
communication technologies (ICT) that potentiate the teaching and learning
processes, this dissertation has researched the initiatives of m-learning in the
Brazilian distance education on-line scenario. During the research the use of
mobile technologies experiences were bibliographically examined in teaching
and learning process. Also, a field survey was carried out with twenty five
institutions from the pharmaceutical, academic, automotive, health, insurance
and financial segments to identify how was its implementation, understand the
profiles of learners (target audience), how m-learning is being applied, what
difficulties are encountered, the results obtained and the investments to
implement and maintain the m-learning projects. A great project of m-learning
successfully implemented by a multinational company in the Brazilian corporate
market was also reviewed.
Keywords: e-learning, m-learning, u-learning, distance education, LMS, ICT,
learning with mobile devices, mobility.
ii
LISTA DE FIGURAS
Imagem 1 – Elementos que constituem as modalidades e-learning,
m-learning e u-learning......................................................................................43
Imagem 2 – Evolução das tecnologias relacionadas à computação ubíqua.....49
Imagem 3 – Página web do questionário utilizado para a pesquisa
quantitativa.........................................................................................................57
Imagem 4 – Utilização de m-learning................................................................59
Imagem 5 – Motivos para não utilizar m-learning..............................................59
Imagem 6 – Início da utilização de m-learning..................................................61
Imagem 7 – Idade dos alunos............................................................................62
Imagem 8 – Dispositivos móveis utilizados para estudar..................................63
Imagem 9 – Inibidor para implementar m-learning............................................64
Imagem 10 – Continuação do projeto m-learning..............................................65
Imagem 11 – Investimento projetado.................................................................66
Imagem 12 – Tipos de cursos utilizados no projeto Escola do Varejo..............69
Imagem 13 – Tablet utilizado no projeto Escola do Varejo................................70
Imagem 14 – Logomarca da Eluxcity.................................................................71
Imagem 15 – Ilustração do AVA Eluxcity...........................................................72
Imagem 16 – Ilustração do ambiente de acesso aos cursos.............................72
Imagem 17 – Equipe para desenvolver os cursos m-learning...........................74
Imagem 18 – Tela do curso m-learning.............................................................78
Imagem 19 – Tela de Ajuda do curso m-learning..............................................78
Imagem 20 – Tela interativa do curso m-learning..............................................79
Imagem 21 – Tela de simulação........................................................................80
iii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Tipos de aprendizagem....................................................................17
Tabela 2 - Comparação das terminologias entre e-learning e m-learning.........18
Tabela 3 - Evolução do ensino a distância........................................................28
Tabela 4 - Gerações da Educação a Distância.................................................31
Tabela 5 - Modelos de Educação a Distância...................................................32
Tabela 6 - Benefícios e limitações do m-learning..............................................40
Tabela 7 - Comparação entre as tecnologias educacionais..............................47
iv
LISTA DE SIGLAS
ADDIE – Analysis, Design, Development, Implementation, Evaluation.
AIA - Ambiente Informatizado de Aprendizagem.
AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem.
EAD – Educação a Distância.
LDB - Lei de Diretrizes e Bases.
LMS - Learning Management System.
NUCC – Núcleo de Computação Científica.
PDA - Personal Digital Assistants.
PUC-SP – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
SCORM - Sharable Content Object Reference Model.
SGA - Sistema de Gerenciamento de Aprendizagem.
SMS - Short Message Service.
SWF - Shockwave Flash.
TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação.
TIMS - Tecnologias da Informação e comunicação Móveis e Sem fio.
v
SUMÁRIO
Resumo.................................................................................................................i
Abstract................................................................................................................ii
Lista de Figuras....................................................................................................ii
Lista de Tabelas..................................................................................................iv
Lista de Siglas......................................................................................................v
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO.........................................................................01
1.1 - Introdução..................................................................................................01
1.2 - Estado da arte...........................................................................................04
1.3 - Justificativa................................................................................................08
1.4 - Objetivos....................................................................................................09
1.4.1. Objetivo Geral..........................................................................................09
1.4.2. Objetivos específicos...............................................................................09
1.5 - Hipóteses...................................................................................................10
1.5.1 Hipótese primária......................................................................................10
1.5.2 Hipóteses secundárias..............................................................................10
1.6 - Fundamentação teórica.............................................................................11
1.7 – Metodologia..............................................................................................13
CAPÍTULO 2 – TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO...........................................15
2.1 - Introdução..................................................................................................15
2.2 - Sociedade da Informação..........................................................................19
2.3 - TIC – Tecnologias da Informação e Comunicação....................................24
2.4 - E-Learning – Educação virtual...................................................................29
2.5 - M-Learning – Educação com dispositivos móveis.....................................36
2.6 - U-Learning – Educação em qualquer hora e local....................................41
2.7 - AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem................................................49
CAPÍTULO 3 – UTILIZAÇÃO DE M-LEARNING NO MERCADO
BRASILEIRO.....................................................................................................56
3.1 – Introdução.................................................................................................56
3.2 - Metodologia de pesquisa...........................................................................56
3.3 – Procedimento............................................................................................57
3.4 - Resultados da pesquisa............................................................................58
3.4.1 – Implementação............................................................................60
3.4.2 - Público-alvo..................................................................................61
3.4.3 – Utilização.....................................................................................62
3.4.4 – Dificuldades.................................................................................63
3.4.5 – Resultados..................................................................................64
3.4.6 – Investimento................................................................................65
CAPÍTULO 4 – ANÁLISE DE PROJETO EM M-LEARNING...........................68
4.1 – Introdução.................................................................................................68
4.2 - Projeto: Escola do Varejo..........................................................................68
4.3 – Desenvolvimento......................................................................................73
4.4 – Resultados................................................................................................80
CAPÍTULO 5 – CONCLUSÃO..........................................................................82
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................86
APÊNDICES......................................................................................................95
Apêndice A.........................................................................................................95
Apêndice B.......................................................................................................107
Apêndice C......................................................................................................114
1
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO
1.1. Introdução
Tudo começou no ano de 2001, quando iniciei meus estudos no curso
de graduação em Tecnologia e Mídias Digitais na Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (PUC-SP). Nessa época, aconteceu a popularização do
acesso à internet com banda larga que substituiu a conexão discada da década
anterior. A internet com banda larga possibilitou que as pessoas
permanecessem mais tempo navegando, não somente acessando informações
em textos e imagens, como também em vídeos, áudios e programas de
computador. Também permitiu a interação entre pessoas com mais facilidade e
rapidez. Desta forma, os cursos virtuais, que eram desenvolvidos e
disponibilizados em disquete e logo depois em CD-ROM para os alunos
estudarem, foram substituídos pela educação a distância por meio do
computador com acesso à internet.
No primeiro ano do curso de graduação comecei a estagiar no Núcleo de
Computação Científica (NuCC-Internet) da PUC-SP, onde me interessei pelas
tecnologias educacionais. No terceiro ano do curso, especializei-me em
educação a distância (EAD) e troquei de estágio para uma empresa
especializada em desenvolvimento de e-learning para educação corporativa. A
partir deste momento, meu trabalho profissional, cursos de aperfeiçoamento e
formação acadêmica foram voltados à área de tecnologias para educação.
Após a conclusão da graduação em 2004, continuei meus estudos com
os cursos de extensão em Design Didático para Cursos Baseados na Web pela
2
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e de pós-
graduação lato-sensu em Design Instrucional para Cursos On-line pela
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Neste período, trabalhei em
empresas de e-learning que são referências no mercado brasileiro, inicialmente
como designer instrucional e depois como consultor para soluções
educacionais em e-learning. No ano de 2007, fundei a empresa A+ Tecnologia
Interativa que desenvolveu cursos on-line para clientes como Bradesco,
Peugeot, CPFL, Pfizer, Ticket, Mitsubishi, Contax, Nestlé, Roche e Mapfre.
Após vários projetos implementados nas principais universidades
corporativas do Brasil, comecei a desenvolver programas de computador para
ensino-aprendizagem, como uma ferramenta de autoria de cursos virtuais, em
que o próprio usuário pode desenvolver seus cursos em formato SWF (Adobe
Flash) no padrão SCORM, além de um Ambiente Virtual de Aprendizagem
(AVA) que possibilita diversos relatórios estatísticos sobre as interações dos
alunos com outras pessoas conectadas e com os conteúdos disponibilizados
no curso. No ano de 2010, a empresa TAEX - Tácito em Explícito foi criada
como o objetivo de desenvolver soluções tecnológicas e educacionais criativas,
inovadoras e eficazes.
Em 2012, a TAEX se integrou ao grupo Gestum S/A, após aporte
financeiro realizado por um fundo de venture capital focado em empresas
inovadoras com alto potencial de crescimento. A companhia conta hoje com
mais de cem funcionários, entre os escritórios de São Paulo e do Rio Grande
do Sul, para desenvolver soluções educacionais multimídia como serious-
games, e-learning, ambiente virtual de aprendizagem, e-book,
3
videoconferência, m-learning e software de autoria para desenvolver cursos on-
line.
Com a experiência adquirida atuando no mercado de e-learning, na
administração de empresas e em cursos acadêmicos concluídos na área de
educação e tecnologia, pretendo pesquisar as iniciativas de m-learning no
mercado brasileiro e identificar os métodos, as etapas, as implementações de
soluções educacionais em dispositivos móveis para o ensino-aprendizagem on-
line. Esta pesquisa poderá aperfeiçoar as práticas de m-learning já existentes e
contribuir para desenvolver outras iniciativas na área de implementação e
desenvolvimento de conteúdo multimídia para m-learning, à qual sua utilização
traz benefícios significativos para a aprendizagem formal e informal.
Para a elaboração deste trabalho, além da revisão bibliográfica, foram
realizados uma pesquisa exploratória e estudo de caso de sucesso relacionado
a um projeto de m-learning no mercado brasileiro. A pesquisa foi realizada em
universidades corporativas e acadêmicas, colégios de ensino fundamental e
médio e setores de recursos humanos que são responsáveis pela capacitação
dos funcionários de grandes empresas.
Por meio desta pesquisa, foram identificados e apresentados dados
sobre a implementação, o perfil dos alunos (público-alvo), a utilização, as
dificuldades, os resultados obtidos e os investimentos para viabilizar e manter
os projetos m-learning.
4
1.2. Estado da arte
Atualmente, contamos com o acesso cada vez mais veloz às
informações e notamos a relevância das novas tecnologias em contextos
educacionais. Assim, devemos pensar em ações educativas que considerem
as necessidades dos aprendizes numa sociedade insaciável por conhecimento
e em constante mudança, em que o tradicional ensino presencial isoladamente
já não supre as necessidades e não contribui para um processo de ensino-
aprendizagem em sua totalidade.
Com a evolução constante das tecnologias de informação e
comunicação (TIC), as formas de ensinar e aprender também se alteraram
profundamente, colaborando para facilitar o acesso ao ensino por meio dos
recursos tecnológicos.
Além dos cursos presenciais, hoje em dia é muito comum os alunos
aprenderem por meio de cursos virtuais (e-learning) e mistos (blended-
learning). A modalidade virtual vem ganhando espaço e conquistando adeptos
pelas vantagens e benefícios que o e-learning propicia como redução de custos
logísticos e administrativos, registro do acompanhamento detalhado da
participação dos alunos, rápida atualização dos materiais e personalização dos
conteúdos abordados.
Educação on-line é uma modalidade de educação a distância realizada via internet, cuja comunicação ocorre de forma síncrona ou assíncrona. Tanto pode utilizar a internet para distribuir rapidamente as informações como pode fazer uso da interatividade propiciada pela internet para concretizar a interação entre as pessoas, cuja comunicação pode se dar de acordo com distintas modalidades comunicativas. (ALMEIDA, 2003, p. 332)
Segundo os dados publicados na pesquisa E-Learning Market Trends &
Forecast 2014-2016, da empresa Docebo (2014), na América Latina em 2013,
5
o mercado de e-learning gerou receita de 1,4 bilhão de dólares. A previsão
para 2016 é de 2,2 bilhões de dólares de faturamento, com taxa de 14,6% de
crescimento anual. O país que mais cresce no segmento é o Brasil com 21,5%
ao ano, seguido por Colômbia (18,69%) e Bolívia (17,8%).
A grande maioria dos cursos no formato e-learning utilizados atualmente
foi desenvolvida para acesso via computador pessoal (desktop) que se limita a
um lugar fixo, não sendo possível sua mobilidade com facilidade. Os diversos
cursos e-learning utilizados por instituições de ensino e empresas não se
adaptam aos dispositivos móveis. A maior parte deles foi desenvolvida com
resolução de tela para monitores sem tecnologia touch screen (tela sensível ao
toque) de computadores desktop com os padrões de resolução de tela em 800
por 600 ou 1024 por 769 pixels e com a tecnologia Flash da empresa Adobe
Systems. Os dispositivos móveis mais utilizados como smartphones e tablets
têm monitores menores com o recurso touch screen e não aceitam a tecnologia
Flash. Portanto, os cursos e-learning desenvolvidos no mercado brasileiro são
incompatíveis com os dispositivos móveis.
A expansão dos dispositivos móveis não para de crescer. Segundo os
dados publicados pela empresa IDC (2014), o mercado de smartphones já
apresenta crescimento de quase 30% em 2014. A expectativa da IDC é que o
total de celulares disponíveis nas lojas ao longo de 2014 ultrapasse a marca de
1,2 bilhão.
O número de proprietários de telefone celular tem aumentado muito nos
últimos anos. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL,
2010), o Brasil já ultrapassou a marca de um celular por habitante. De acordo
6
com os estudos publicados pela UNESCO (2013), existem no mundo mais de
3.200 milhões de usuários de dispositivos móveis, tornando esta modalidade
de TIC a mais utilizada no planeta. LEMOS (2005) nos mostra que a
popularização das tecnologias móveis sem fio tem contribuído para
transformações no modo de produzir e ter acesso a informações, assim como
para mudanças nas práticas sociais.
Existem muitos estudos que destacam as possibilidades e os benefícios
da utilização das tecnologias móveis como smartphones, telefones celulares, e-
readers e tablets para proporcionar e facilitar a aprendizagem em qualquer
lugar e momento (Tarouco 2004; Traxter 2005; Valentim 2009). Conforme
afirma Yamin (2004), a educação a distância começa a ingressar na chamada
terceira onda tecnológica, denominada Mobile Learning, caracterizada pela
mobilidade global do usuário, conectividade ubíqua, independência de
dispositivo e ambiente computacional do usuário disponível em qualquer lugar,
a qualquer tempo.
O m-learning é considerado um e-learning que utiliza dispositivos móveis
permitindo o acesso à internet, à integração com outras tecnologias digitais, à
mobilidade e à flexibilidade dos usuários que podem estar fisicamente e
geograficamente distantes ou no mesmo lugar para estudar.
As tecnologias móveis podem potencializar a aprendizagem por toda a
vida – individualizada, centrada no aprendiz, interativa, situada, colaborativa e
ubíqua (Sharples, 2000).
7
De acordo com as Diretrizes para as Políticas de Aprendizagem Móvel
(UNESCO, 2013), as tecnologias móveis estão presentes até mesmo em
lugares onde escolas, livros e computares são escassos. Dentre as principais
potencialidades oferecidas pelos dispositivos móveis para o ensino-
aprendizagem, destacam-se a ampliação do acesso a recursos didáticos, a
possibilidade de criação de comunidades de aprendizagem ativa, interativa e
colaborativa, proporcionando um intercâmbio multicultural a partir da
interconexão entre diferentes pessoas e culturas, potencializando a construção
do conhecimento dentro e fora da sala de aula.
Neste contexto, o m-learning facilita o acesso aos recursos pedagógicos,
atendendo as necessidades de aprendizagem imediatas com flexibilidade,
interatividade e mobilidade. O m-learning é um segmento da educação a
distância on-line com mobilidade para atender as necessidades de
aprendizagem em qualquer hora e lugar.
Segundo Traxler (2009, p. 103), o m-learning algumas vezes é visto
como uma extensão do e-learning (educação a distância baseada em internet),
ou seja, como o e-learning realizado por meio de dispositivos móveis.
Em muitos casos, o m-learning é apontado como algo diferente do e-
learning justamente por procurar superar algumas de suas limitações, como
certas barreiras de tempo e espaço impostas por uma tecnologia fixa, que
exige acesso a computadores de mesa (desktops). Diante do cenário em que
vivemos atualmente, onde a utilização dos dispositivos móveis cresce
consideravelmente e as vantagens e benefícios do m-learning já foram
comprovados em diversas aplicações de ensino-aprendizagem, pretendo nesta
8
dissertação de mestrado apresentar os dados coletados por meio de pesquisa
exploratória, realizada com 25 instituições de diversos segmentos e de um
estudo de caso de um projeto de m-learning implementado no mercado
brasileiro com sucesso.
1.3. Justificativa
Com a rápida mudança que o mundo vive hoje, precisamos cada vez
mais de novos conhecimentos e formas de aprendizagem. Utilizando novas
tecnologias de informação e comunicação em dispositivos móveis, podemos
adquirir novos conhecimentos e aprender em qualquer tempo e lugar.
A pesquisa proposta neste trabalho analisa as iniciativas do m-learning
no mercado brasileiro de EAD on-line para identificar como as instituições de
ensino e empresas de grande porte estão utilizando os recursos disponíveis na
modalidade m-learning para o ensino-aprendizagem.
Atualmente, as instituições de ensino e as empresas disponibilizam aos
seus aprendizes a modalidade e-learning para o processo de ensino-
aprendizagem, porém o formato em que os cursos on-line foram desenvolvidos
não se adequa aos dispositivos móveis por diversos fatores como tamanho da
resolução da tela, linguagem de programação, usabilidade e interatividade.
A utilização de dispositivos móveis cresce a cada instante. De acordo
com o instituto Gartner (2014), os dispositivos móveis, como tablets e
smartphones, deixaram os computadores bem para trás em números de
9
usuários. Segundo dados revelados pelo instituto, 2,5 bilhões de aparelhos
serão colocados no mercado da seguinte forma: 1,9 bilhão de aparelhos
portáteis e 600 mil desktops ou notebooks. A diferença é grande devido ao
crescimento dos ultramobiles, que são os dispositivos móveis com telas
grandes, que muitas vezes substituem os computadores pessoais para os
usuários.
Analisando este contexto, pretendo neste projeto de pesquisa de
mestrado identificar como o mercado brasileiro de EAD on-line está utilizando
os recursos do m-learning.
1.4. Objetivos
1.4.1. Objetivo Geral
Pesquisar as iniciativas de m-learning no cenário brasileiro de educação
on-line.
1.4.2. Objetivos específicos
Definir o conceito de m-learning.
Demostrar os resultados obtidos na pesquisa sobre a utilização de
m-learning no mercado brasileiro de EAD on-line.
Analisar por meio de pesquisa bibliográfica as experiências de uso das
tecnologias móveis no processo de ensino-aprendizagem.
10
Analisar um projeto m-learning implementado com sucesso no mercado
corporativo brasileiro.
1.5. Hipóteses
1.5.1 Hipótese primária
As tecnologias de informação e comunicação disponíveis para m-
learning potencializam os processos de ensino e de aprendizagem facilitando a
construção do conhecimento dos aprendizes com os recursos da mobilidade.
1.5.2 Hipóteses secundárias
A utilização de dispositivos móveis não para de crescer e,
consequentemente, a modalidade m-learning vai acompanhar essa
expansão.
O m-learning facilita o acesso aos recursos pedagógicos, atendendo as
necessidades de aprendizagem imediatas com flexibilidade,
interatividade e mobilidade.
A modalidade m-learning permite ao aprendiz estudar em qualquer hora
e local, o que possibilita a aprendizagem contínua.
Os dispositivos móveis ampliam o alcance e a igualdade da educação.
11
1.6. Fundamentação teórica
A sociedade contemporânea é altamente competitiva, dinâmica, veloz e
tecnológica. Para acompanhar as mudanças da sociedade em que vivemos
devemos estar constantemente aprendendo.
O advento das novas tecnologias de informação e comunicação
modificou a organização da sociedade de maneira geral e ampliou os espaços
de aprendizagem. Os alunos, paulatinamente, estão saindo das quatro paredes
das salas de aula tradicionais e entrando no universo on-line, em que uma
infinidade de portas e janelas se abre a cada clique do mouse (CASTELLS,
2007).
Como as mudanças acontecem com muita velocidade e dinamismo, o
tempo para a aprendizagem está cada vez mais escasso. O tempo tornou-se
um fator valioso. Parece que nunca temos prazo suficiente para estudar e
realizar todas as atividades diárias. Acabamos realizando as atividades que
nos parecem prioritárias, mas nos esquecemos de que a capacitação é
primordial para o nosso desenvolvimento pessoal e profissional. Para sanar os
problemas de falta de estudo por causa de tempo, os dispositivos móveis têm
um papel fundamental neste processo. O m-learning possibilita acesso às
tecnologias de informação e comunicação em qualquer momento e lugar.
Com a utilização de dispositivos móveis na educação, os aprendizes não
precisam mais ficar limitados a um espaço fixo ou formal de aprendizagem. Na
medida em que se deslocam, têm acesso a elementos que podem enriquecer a
sua aprendizagem em contato com seu próprio mundo. Os aprendizes podem
12
não somente acessar recursos ou materiais como também capturar dados e
realizar observações, e ainda carregar conteúdo de forma móvel e ubíqua.
Tudo isso pode ser compartilhado em tempo real e também armazenado para
análises posteriores (SACCOL; SCHLEMMER; BARBOSA, 2011).
Uma reflexão sobre a didática do m-learning é um mergulho na forma pela qual as características únicas e específicas deste devem ser aproveitadas para a construção do conhecimento. (VALENTIM, 2009, p. 51).
Na educação a tendência é que a adoção de estratégias e metodologias
de ensino seja centrada nas necessidades dos consumidores, de forma que
facilitem sua vida, que os orientem na resolução de seus problemas, que não
os façam perder tempo e que, de preferência, estejam em todo lugar, possam
ser acessadas de todo lugar, a qualquer hora (RICARDO, 2005).
Segundo Masetto, Moran e Behrens (2006):
O planejamento do processo de aprendizagem precisa ser feito em sua totalidade de tal forma que as várias atividades integrem-se em busca dos objetivos pretendidos e que as várias técnicas sejam escolhidas, planejadas e integradas de modo a colaborar para que as atividades sejam realizadas e a aprendizagem aconteça. (Masetto, Moran, Behrens, 2006, p.139)
Neste projeto de pesquisa, pretendo realizar um profundo estudo
bibliográfico, seguido de uma pesquisa de campo para levantar dados sobre a
utilização da modalidade m-learning e, por fim, a análise de um projeto m-
learning implementado com sucesso no mercado brasileiro.
13
1.7. Metodologia
Esta dissertação visa identificar como o mercado brasileiro de educação
on-line está utilizando os recursos de m-learning para o ensino-aprendizagem.
Para o desenvolvimento deste projeto de pesquisa foram implementadas
algumas estratégias de investigação como levantamento de material
bibliográfico, questionário para coletar dados quantitativos, análise dos
recursos tecnológicos disponíveis para dispositivos móveis que podem ser
utilizados para o ensino-aprendizagem e, também, o estudo de um caso de
sucesso em m-learning.
A pesquisa de campo quantitativa foi realizada em faculdades,
universidades corporativas, colégios de ensino fundamental e médio e setores
de recursos humanos que são responsáveis pela capacitação dos funcionários
de grandes empresas que atuam no mercado brasileiro.
Inicialmente, foi realizado um levantamento técnico bibliográfico para a
pesquisa com o propósito de investigar como as tecnologias de informação e
comunicação contribuíram para o avanço da educação on-line e
consequentemente para a difusão do m-learning. O próximo passo foi um
levantamento e análise de recursos tecnológicos para dispositivos móveis que
podem ser utilizados para maximizar o desempenho e tornar o aprendiz mais
autônomo na construção do seu conhecimento. Em seguida, foi definido o
conceito de m-learning e como sua utilização pode contribuir para o ensino-
aprendizagem. Em um segundo momento, foi realizada uma pesquisa
14
exploratória para identificar como a educação em dispositivos móveis está
sendo empregada no mercado brasileiro de educação a distância.
Após a análise dos materiais bibliográficos, dos dados identificados na
pesquisa de campo e o estudo de um projeto implementado na modalidade m-
learning, foram apresentados os resultados que serão importantes para apoiar
as instituições de educação e universidades corporativas na implementação de
m-learning, aprimorar as práticas existentes, realizar pesquisas sobre o tema,
além de desmistificar os diversos conceitos sobre o assunto.
15
CAPÍTULO 2 – TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO
2.1. Introdução
Atualmente, com o desenvolvimento, a evolução e a propagação de
novas tecnologias de informação e comunicação (TIC), muitos estudos têm
sido realizados sobre como as pessoas usam as tecnologias na educação
como ferramentas de ensino-aprendizagem e o seu desenvolvimento e
utilização na sociedade. Diversas instituições de ensino já utilizam tecnologias
para a educação, como realidade virtual e aumentada, aplicativo para
smartphone e tablet, game, lousa interativa, livro multimídia, etc. Na rápida
evolução do uso das TIC na educação, podemos destacar o progresso das
tecnologias móveis. Nesta era da mobilidade, as novas tecnologias se
encontram em ampla evolução e parecem destinadas a se tornar o novo
protótipo dominante da computação (Myers et al., 2003).
Além da evolução das TIC, a expansão e a acessibilidade da internet
tornam possível a utilização de novos instrumentos e estratégias para apoiar a
educação a distância (EAD), gerando novas possibilidades para o processo de
ensino-aprendizagem. Com isso, as primeiras formas de EAD, como a
educação por meio de correspondência, via rádio e televisão, foram trocadas
pela EAD on-line, ou e-learning. Desta maneira, a EAD on-line proporcionou
maiores possibilidades para essa forma de ensino pelo uso de novos
instrumentos baseados na tecnologia da informação, compreendendo
diferentes plataformas de hardware e software.
O emprego dessas novas tecnologias fez nascer uma nova metodologia
de ensino, o mobile learning ou m-learning. A prática de m-learning consiste no
16
e-learning com a utilização de dispositivos móveis tais como tablets, palmtops e
smartphones. O uso desses recursos alterou a dinâmica da EAD e das
estratégias e do empenho de alunos e professores nessa nova metodologia,
permitindo o acesso síncrono ou assíncrono. Com esses novos recursos e
ferramentas o e-learning pode abranger um público maior, formando com
qualidade alunos de diversas regiões, que podem acessar os recursos
disponíveis a qualquer momento, independentemente de onde estiverem.
O m-learning é uma área emergente da EAD. Para alguns autores
(Laouris & Eteokleous, 2005; Sharples, 2006; Traxler, 2005, 2007) o e-learning
está se transformando pela internet e pelo poder das tecnologias sem fio no m-
learning. A ubiquidade dos dispositivos móveis tornou o m-learning um
importante meio para fornecer educação e formação (Rheingold, 2003).
Enquanto o e-learning mantém o foco no computador e no fornecimento de
cursos on-line em casa e no local de trabalho, o m-learning tira proveito do
poder ubíquo dos dispositivos móveis para possibilitar aprender em qualquer
lugar e a qualquer hora.
Para Attewell (2008) o m-learning apresenta várias vantagens e
benefícios essenciais, entre eles o suporte aos alunos para:
Melhorar as competências de alfabetização e cálculo;
Reconhecer as suas aptidões;
Desenvolver experiências de aprendizagem individual e colaborativa;
Identificar em que precisam de ajuda e apoio;
Superar a exclusão digital;
Realizar aprendizagem informal;
Estarem mais concentrados por períodos mais longos;
17
Aumentar a autoestima e a autoconfiança.
Outros autores consideram que o m-learning melhora o processo de
ensino-aprendizagem ao aumentar o acesso à informação e ao apoiar
diferentes tipos de aprendizagem (Naismith et al.,2004). Significativos avanços
das tecnologias móveis estão tornando possível usá-las na aprendizagem
formal, não formal e informal.
Tipos de aprendizagem
Aprendizagem Descrição
Formal
Acontece em instituições de ensino e de formação, é reconhecida por autoridades nacionais e conduz a diplomas e qualificações. A aprendizagem formal é estruturada de acordo com a organização educacional, como currículos, qualificações e exigências de ensino-aprendizagem.
Não formal
Adquirida em conjunto ou em alternativa com a aprendizagem formal. Ela geralmente ocorre fora da sala de aula, mas está sempre ligada a ações intencionais com assistência do professor e o currículo organizado.
Informal
Ocorre na vida diária, na família, no trabalho, nas comunidades e através de interesses e atividades dos indivíduos. Em alguns casos, a aprendizagem experiencial é um termo usado para se referir à aprendizagem informal que se concentra em aprender com a experiência.
Tabela 1 - Tipos de aprendizagem, UNESCO guidelines (2012).
O m-learning está trazendo vantagens para o campo educativo,
sobretudo considerando que, embora os alunos tenham computadores
portáteis, não aceitam trazê-los para a aula por serem pesados demais, como
foi constatado em estudos realizados (Moura, 2009). Essa modalidade permite
trazer novas tecnologias para a sala de aula e os professores, por meio de
18
tecnologias móveis, podem fornecer aos alunos conteúdos a qualquer hora. Os
alunos podem se beneficiar desses dispositivos para acessar conteúdos
disciplinares quando necessário. Também facilita o processo de aprendizagem
pela comodidade e rapidez de acesso à informação, por se tratar de um
dispositivo pessoal com grande acolhimento e por estar sempre à mão. Apesar
das vantagens apresentadas, esta abordagem educacional enfrenta ainda
algumas dificuldades tecnológicas e debilidades para um uso generalizado em
contexto educativo.
O quadro abaixo apresenta a comparação terminológica entre e-learning
e m-learning, de acordo com Laouris & Eteokleous (2005).
E-Learning M-Learning
Computador Dispositivo móvel
Banda larga GPRS, 3G, Bluetooth
Multimídia Objetos
Interativo Espontâneo
Hiperligado Conectado
Colaborativo Em rede
Media-rich Leve
Educação a distância Aprendizagem situada
Formal Informal
Situação simulada Situação real
Hiperaprendizagem Construtivismo, Colaborativo Tabela 2 - Comparação das terminologias entre e-learning e m-learning
(Laouris & Eteokleous, 2005).
Não devemos considerar as tecnologias móveis como um fenômeno
recente, pois outras mídias, como os jornais, as revistas e o rádio, também são
móveis. A nova tecnologia traz a possibilidade de utilizar um aparelho como o
smartphone para chegar diretamente a uma pessoa, não a um local, e acessar
uma grande quantidade de informação (Feldmann, 2005). O celular tem a
vantagem de ser uma tecnologia comercialmente disponível, de fácil acesso e,
19
hoje em dia, ele é praticamente indispensável no dia a dia das pessoas. No
entanto, apesar do celular existir há três décadas, ainda está sendo descoberto
como ferramenta de aprendizagem.
A educação está passando por uma profunda mudança, um conjunto de
transformações que conduzem a olhar para um futuro em que a relação ensino-
aprendizagem se tornará um objeto de estudo, visando a evolução constante
de conteúdos e valores para adaptar-se às novas tecnologias disponíveis para
transmissão de conhecimento e construção da aprendizagem. Nos próximos
tópicos deste capítulo, vamos discutir como essas tecnologias são aplicadas no
m-learning.
2.2. Sociedade da Informação
Segundo Takahashi (2002), o termo “sociedade da informação” surgiu
na década de 70, principalmente nos países Japão e EUA, em estudos sobre a
sociedade pós-industrial e suas principais características. Naquela época,
percebeu-se que a informação estava ganhando maior importância em diversos
setores como econômicos, sociais, culturais e políticos e o número de
trabalhadores da área de informação, de serviços e de produtos inteligentes
estava aumentando rapidamente.
A sociedade da informação iniciou-se em um mundo pós-moderno e
informatizado, onde cada vez mais as informações estão disponíveis aos
indivíduos por meio dos recursos tecnológicos decorrentes da evolução dos
meios de comunicação em massa.
A definição mais comum de Sociedade da Informação enfatiza as inovações tecnológicas. A ideia-chave é que os avanços no processamento, recuperação e transmissão da informação permitiram aplicação das tecnologias de informação em todos os cantos da sociedade, devido à redução dos custos dos computadores, seu
20
aumento prodigioso de capacidade de memória e sua aplicação em todo e qualquer lugar, a partir da convergência e imbricação da computação e das telecomunicações. (GIANNASI, 1999, p.21)
Assmann (2000) afirma que “a mera disponibilização crescente da
informação não basta para caracterizar uma sociedade da informação. O mais
importante é o desencadeamento de um vasto e continuado processo de
aprendizagem”.
De acordo com as informações contidas no Livro Verde (2000, p. 3), três
fenômenos inter-relacionados estão na origem da sociedade de informação:
1) Convergência da base tecnológica, ou seja, a possibilidade de
representar e processar a informação numa única forma, a digital;
2) Dinâmica da indústria, que diante de tal impulso tem proporcionado a
queda nos preços dos computadores, tornando-os mais acessíveis às
classes populares;
3) Explosão da internet, como consequência dos dois primeiros fenômenos.
A sociedade da informação é um acontecimento que ocorre no mundo
inteiro. Sua evolução pode ser mais avançada em algumas regiões do que em
outras e, através dela, percebe-se uma profunda mudança social e econômica,
além de transmitir as informações por meio de diferentes ambientes e das
ferramentas de informação e comunicação (TIC).
Como explica Takahashi (2000), o caminho rumo à sociedade da
informação é repleto de desafios em todos os países. Contudo, em cada um, o
desafio reflete uma combinação singular de oportunidades e de riscos. Todos
os países caminham, voluntária ou involuntariamente, rumo à sociedade da
informação. Compete a cada um encontrar sua rota e suas prioridades.
21
A sociedade da informação, fenômeno característico do final deste milênio, baseia-se em um modelo de sociedade onde a informação encontra-se presente, de maneira intensa, na vida social dos povos de todos os países, independente do seu nível de desenvolvimento, tamanho, ou filosofia política, desempenhando um papel central na atividade econômica e na criação de riqueza. Porém, um dos mais importantes aspectos dessa realidade é a educação. (FURTADO, 2001, p.1)
Dantas (1998) explica que a sociedade da informação caracteriza uma
etapa alcançada pelo desenvolvimento capitalista contemporâneo, no qual as
atividades humanas determinantes para a vida econômica e social organizam-
se em torno da produção, processamento e disseminação da informação
através das tecnologias eletrônicas.
As transformações ocorridas na sociedade da informação contribuíram
para o crescimento global, reduzindo a distância entre as pessoas e
aumentando a democratização do acesso à informação, facilitando a
construção do conhecimento e consequentemente a capacitação da mão de
obra especializada em diversas áreas.
Sem dúvida, a habilidade ou inabilidade de as sociedades dominarem a tecnologia e, em especial, aquelas tecnologias que são estrategicamente decisivas em cada período histórico, traça seu destino a ponto de podermos dizer que, embora não determine a evolução histórica e a transformação social, a tecnologia (ou sua falta) incorpora a capacidade de transformação das sociedades, bem como os usos que as sociedades, sempre em um processo conflituoso, decidem dar ao seu potencial tecnológico. (CASTELLS, 2002, p.44)
Takahashi (2000, p. 5) cita que “a sociedade da informação não é um
modismo. Representa uma profunda mudança na organização da sociedade e
da economia, havendo quem a considere um novo paradigma técnico-
econômico”.
Atualmente, o acesso à informação é facilitado pelos avanços
tecnológicos na informática e nas telecomunicações. Neste contexto, devemos
utilizar os benefícios da sociedade da informação para agir na transformação
22
social estimulando o acesso à informação, à aprendizagem, à cultura e ao
lazer.
A velocidade das alterações no campo das ciências, as novas possibilidades de acesso às informações e as reorganizações e reestruturação permanentes em todas as áreas do conhecimento – a partir do acesso e do uso das tecnologias de informação e comunicação – repercutem amplamente na sociedade. Estamos vivenciando um momento de transição social que se reflete em mudanças significativas na forma de pensar e de fazer educação. (Kenski, 2003, p. 91)
A educação é o elemento fundamental para a construção da sociedade
da informação. Esta, por sua vez, necessita de educação continuada que
possibilite ao indivíduo inovar, ou seja, “é preciso competência para transformar
informação em conhecimento” (TAKAHASHI, 2000, p.46).
Para viver em um mundo baseado na informação, no conhecimento e no
aprendizado, a educação se torna fundamental. Novas formas de pensar e de
fazer educação são essenciais na sociedade da informação. O acesso rápido e
fácil às informações e o disseminado uso das novas tecnologias de informação
e comunicação condicionam à atualização de currículos, dos formatos de
gestão e das metodologias utilizadas na prática educacional visando à
construção do conhecimento.
De acordo com Takahashi, (2000):
Educar em uma sociedade da informação significa muito mais que treinar pessoas para o uso das tecnologias de informação e comunicação: trata-se de investir na criação de competências suficientemente amplas que lhes permitam ter uma atuação afetiva na produção de bens e serviços, tomar decisões fundamentadas no conhecimento, operar com fluência os novos meios e ferramentas em seu trabalho, bem como aplicar criativamente as novas mídias, seja em usos simples e rotineiros, seja em aplicações mais sofisticadas. Trata-se também de formar os indivíduos para ‘aprender a aprender’, de modo a serem capazes de lidar positivamente com a contínua e acelerada transformação da base tecnológica. (Takahashi, 2000, p. 45)
Segundo Miranda (2000), um dos principais indicadores do
desenvolvimento da sociedade da informação é a penetrabilidade das
23
tecnologias de informação no dia a dia das pessoas e no funcionamento e
transformação da sociedade. Em âmbito geográfico, a penetrabilidade é
medida principalmente pelo número de usuários da internet em uma
determinada população.
Na sociedade da informação, a comunicação e a informação tendem a permear as atividades e os processos de decisão nas diferentes esferas da sociedade, incluindo a superestrutura política, o governo federal, estaduais e municipais, a cultura e as artes, a ciência e a tecnologia, a educação em todas as suas instâncias, a saúde, a indústria, as finanças, o comércio e a agricultura, a proteção do meio ambiente, as associações comunitárias, as sociedades profissionais, sindicatos, as manifestações populares, as minorias, as religiões, os esportes, lazer, hobbies, etc. A sociedade passa progressivamente a funcionar em rede. O fenômeno que melhor caracteriza esse novo funcionamento em rede é a convergência progressiva que ocorre entre produtores, intermediários e usuários em torno a recursos, produtos e serviços de informação afins. Os recursos, produtos e serviços de informação são identificados na Internet com o nome genérico de conteúdos. (MIRANDA, 2000, p. 66)
A internet e as TIC possibilitaram a qualquer pessoa acessar, produzir e
modificar conteúdos e, de acordo com Miranda (2000), a sociedade atual
caminhará em direção à sociedade da informação operando as redes de
conteúdo, de forma individual e coletiva. Assim, podemos entender que na
sociedade da informação os conteúdos são parte fundamental na gestão da
informação, do conhecimento e do aprendizado.
A sociedade da informação já alcança uma ampla parte da população
mundial. Ela ocorre de forma desigual pelas regiões do planeta em que
vivemos, podendo ser muito mais avançada e intensa em algumas regiões do
que em outras. O grande desafio da sociedade da informação é abranger as
regiões e as pessoas excluídas digitalmente que não estão usufruindo de seus
benefícios. É indispensável criar mecanismos de aproximação e consolidação
para incluir participantes que não estão se beneficiando dessa nova sociedade.
A possibilidade de acesso à informação e ao conhecimento pode diminuir as
24
desigualdades sociais, pois pode encurtar o distanciamento cognitivo entre os
indivíduos, diminuindo as diferenças entre ricos e pobres.
2.3. TIC – Tecnologias da Informação e Comunicação
Segundo Shaff (1990), as Tecnologias de Informação e Comunicação
(TIC) surgiram na década de 1970, mas somente após a década de 1990 foram
incorporadas ao cotidiano das pessoas, sendo utilizadas de diversas maneiras
e em vários ramos de atividades. A partir de 2005, com a assinatura do Decreto
nº 5.622, as TIC foram incorporadas à definição de EAD que se caracteriza
como:
[...] modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos.
Após o ano de 2005, as TIC surgiram com muita rapidez e provocaram
diversas mudanças, provavelmente, em todas as áreas do conhecimento. Elas
se difundiram e atualmente estão presentes no cotidiano de muitas pessoas
que utilizam seus benefícios para se comunicar, publicar conteúdo, interagir
com outras pessoas e acessar diversos materiais por meio da internet. Seus
recursos diminuem a distância e conectam as pessoas. De acordo com
Formiga (2009), “os novos modelos de aprendizagem utilizam intensamente as
TIC e coincidem com a inovação em todos os níveis da vida humana”.
As TIC, segundo Costa (2005), podem ser definidas como “um conjunto
de técnicas, equipamentos e processos necessários ao tratamento e
25
processamento da informação”. Para Ramos (2008), as TIC possuem três
áreas de aplicação:
1) Computador: desempenha cálculos e operações lógicas com facilidade,
rapidez e fiabilidade;
2) Comunicação: ocorre transmissão e recepção de informação;
3) Controle/automação: consiste em mecanismos, processos e
equipamentos industriais.
Em sistemas de EAD on-line as TIC são muito utilizadas, principalmente
em m-learning, que possui uma infinidade de aplicativos disponíveis para
download. Para usufruir seus benefícios, os alunos e principalmente os
professores precisam conhecer um pouco as TIC para aproveitar seus
recursos. Para Pozo (2008), os principais desafios na EAD consistem na
competência para converter a informação em conhecimento. Para isso, é
necessário modificar a concepção de ensino e desenvolver novos caminhos,
“muito além de uma simples mudança de tecnologias e de comunicação e
informação” (Ibid., p. 2). Outro importante desafio apresentado pelo autor é
“colocar a maneira presencial de aprender em interação com a maneira de
aprender a distância [...], já que as TIC [...] estão mais presentes na vida das
pessoas [...] e isto é um fato incontestável” (Ibid., p. 13).
A evolução das tecnologias de informação e comunicação trouxeram mudanças significativas tanto no tratamento quanto na disseminação da informação. Seu uso proporciona cada vez mais a facilidade de disseminação das informações, tornando possível integrar usuários da rede e novas fontes, possibilitando, assim, a geração de novos conhecimentos. (MIRANDA et al, 2006, p.13)
No e-learning e no m-learning, as TIC são utilizadas para facilitar o
processo de ensino-aprendizagem em diversas atividades, para construir um
material educativo, para estimular a colaboração e a interação entre os alunos
26
e professores de um curso, visando facilitar a construção coletiva da
aprendizagem. Segundo Mendonça (2013), a EAD depende significativamente
das TIC para encurtar as diferenças de tempo e espaço. Já para Perry, Timm e
Ferreira (2006), os desafios da gestão na EAD on-line consistem em
compreender adequadamente a oposição que existe entre a transmissão e a
construção de conhecimento. Isso pode auxiliar para o desenvolvimento de
estratégias didáticas e pedagógicas condizentes com a educação a distância
utilizando as TIC adequadamente.
As TIC estão largamente disseminadas no cotidiano das pessoas,
impulsionadas pela interação entre indivíduos de diferentes regiões do mundo.
Porém, a realidade é que elas ainda não foram incorporadas o bastante nos
sistemas educacionais. A EAD que é promovida com sua utilização muitas
vezes reproduz na prática o modelo de transmissão unilateral, adotado pelo
ensino presencial em que o professor é o centro das atenções e detentor único
do conhecimento.
A disposição interativa permite ao usuário ser ator e autor, fazendo da comunicação não apenas o trabalho da emissão, mas cocriação da própria mensagem e da comunicação. Permite a participação entendida como troca de ações, controle sobre acontecimentos e modificação de conteúdo. O usuário pode ouvir, ver, ler, gravar, vol-tar, ir adiante, selecionar, tratar e enviar qualquer tipo de mensagem para qualquer lugar. Em suma, a interatividade permite ultrapassar a condição de espectador passivo para a condição de sujeito operativo. (SILVA, 2010)
Especialmente na modalidade EAD, é evidente que as TIC têm o
potencial de diminuir as fronteiras e ampliar a circulação da informação,
facilitando a construção do conhecimento. Segundo Vieira (2011): “O conceito
de espaço e tempo é modificado em função desta especificidade, as TIC
27
configuram-se como elementos norteadores da aprendizagem, potencializando
a integração entre os sujeitos envolvidos e o conhecimento desejado”.
A EAD on-line e consequentemente o m-learning dependem das TIC
para democratizar o acesso às informações, facilitar o relacionamento entre os
alunos e professores, diminuir o espaço físico e a barreira temporal. Segundo
Moran (2004), existe um antes e um depois das TIC na EAD:
[...] antes o professor só se preocupava: com o aluno em sala de aula. Agora, continua com o aluno no laboratório (organizando a pesquisa), na Internet (atividades a distância) e no acompanhamento das práticas, dos projetos, das experiências que ligam o aluno à realidade, à sua profissão (ponto entre a teoria e a prática). Antes o professor se restringia: ao espaço da sala de aula. Agora precisa aprender a gerenciar também atividades a distância, visitas técnicas, orientação de projetos e tudo isso fazendo parte da carga horária da sua disciplina, estando visível na grade curricular, flexibilizando o tempo de estada em aula e incrementando outros espaços e tempos de aprendizagem. (Moran,2004, p. 3)
Neste sentido, nos estudos realizados por Levy (1999), as novas TIC e a
internet transformaram metodologicamente a educação da sociedade
contemporânea. Elas possibilitaram à organização social uma maior liberdade,
em que o sincronismo e tempo real substituíram o espaço e a interconexão
substituiu praticamente a questão do tempo. Para Barbosa (2012), as TIC
trouxeram novo sentido à EAD, por meio de trocas sociais na proposta
pedagógica.
Como afirma Corrêa (2005), “[...] afinal, mais que artefatos, os recursos
tecnológicos podem e devem contribuir para a melhoria do indivíduo, neste
caso, em especial, para o processo ensino-aprendizagem da sociedade
contemporânea”. Deste modo, as TIC são o elo fundamental para educação a
distância, sendo que, em sua ausência, não há a possibilidade de interação
entre aluno e professor (MAIA, 2003). Em qualquer modalidade educacional,
28
devemos potencializar o uso dos recursos das TIC para enriquecer e promover
o processo de ensino-aprendizagem como já vem acontecendo há três
gerações.
Veja no quadro abaixo como aconteceu a transformação no processo de
ensino-aprendizagem em EAD através das gerações.
1ª Geração: textual 2ª Geração: analógica 3ª Geração: digital
Livro
Apostila
Revista
Artigo em anais
Carta (correio tradicional)
Imagem (foto, desenho, etc.)
Jogos
Televisão
Vídeo
Rádio
Telefone
Fax
Áudio (fita K7, etc.)
Hipertexto
Multimídia, CD-Rom
Software educacional
Editor (texto, imagem, etc.)
Realidade virtual
Simulador
Correio-eletrônico – e-mail
Lista de discussão – chat,
bate-papo
Videoconferência
Jogos
Tabela 3 – Evolução do ensino a distância - Pimentel (1999 apud CAMPOS, 2007, p.13).
Novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo das telecomunicações e da informática. As relações entre os homens, o trabalho e a própria inteligência dependem, na verdade, da metamorfose incessante de dispositivos informacionais de todos os tipos. Escrita, leitura, visão, audição, criação, aprendizagens são capturados por uma informática cada vez mais avançada. (LÉVY, 1998, p. 7)
É evidente e podemos afirmar que as TIC têm um potencial inovador
enorme, mas sozinhas são apenas softwares. Quando bem utilizadas, podem
29
contribuir para que exista de fato uma transformação radical no processo de
ensino-aprendizagem na EAD on-line. Portanto, as TIC devem ser bem
utilizadas pelos alunos e docentes para enriquecer o processo educacional e
não para substituir a didática do professor.
2.4. E-Learning – Educação virtual
A definição de e-learning ou ensino eletrônico, segundo Rosenberg
(2008), é o uso de tecnologias da internet para criar e proporcionar um rico
ambiente de aprendizado que inclui uma gama extensa de recursos e de
soluções instrucionais e informacionais, cujo objetivo é melhorar o desempenho
individual e organizacional.
Neste sentido, o e-learning pode ser considerado uma modalidade de
educação a distância (EAD) on-line. O autor apresenta os três critérios
fundamentais em que a modalidade e-learning está baseada:
1. Transmissão em rede, que possibilita atualização instantânea, arquivamento,
distribuição e compartilhamento de instruções e informações;
2. Disponibilização via computador, utilizando os padrões de tecnologia da
internet;
3. Foco em uma visão ampla de aprendizado, soluções que vão além dos
paradigmas tradicionais de treinamento.
De acordo com o Decreto Nº 2494, de 10 de fevereiro de 1998, que
regulamenta o Art. 80 da LDB, a EAD é uma forma de ensino que possibilita a
autoaprendizagem, com mediação de recursos didáticos sistematicamente
organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados
30
isoladamente ou combinados e veiculados pelos diversos meios de
comunicação (BRASIL, 1998, p. 1).
Para Filatro (2004), a educação on-line é uma ação sistemática de uso
de tecnologias, abrangendo hipertexto e redes de comunicação interativa, para
distribuição de conteúdo educacional e promoção da aprendizagem, sem
limitação de tempo e lugar. Sua principal caraterística é a mediação tecnológica
pela conexão em rede. A autora ressalta que é importante diferenciar a
educação on-line da educação a distância (EAD), que supõe a separação
espacial e temporal entre professor e aluno. A maior parte da comunicação
entre professor e aluno é indireta, mediada por recursos tecnológicos, mas não
depende exclusivamente da comunicação on-line, como, por exemplo, a
tradição do ensino por correspondência baseado apenas em mídia impressa.
Filatro também nos ajuda a distinguir a educação on-line do chamado e-
learning (electronic learning):
[...] cuja mediação eletrônica pode ou não incluir conexão em rede. Um exemplo de e-learning off-line são os pacotes multimídia configurados para uso individual e independente de conexão em rede. A melhor educação on-line é a que faz uso das potencialidades da internet, seguindo a lógica das redes hipertextuais e interativas: livre exploração de recursos, conexão um-a-um, um-a-muitos, muitos-a-muitos, metamorfose dinâmica e descentralização de inteligência e de recursos. (Filatro, 2004, p. 48)
Na EAD on-line, utilizando os recursos das TIC que os Ambientes
Virtuais de Aprendizagem (AVA) oferecem, é possível interagir com outros
alunos e professores e colaborar para a construção da aprendizagem por meio
de processos de comunicação síncronos e assíncronos.
Segundo Pimentel e Santos (2003),
O e-learning é a forma de entregar conteúdos via todo tipo de mídia eletrônica, incluindo Internet, Intranets, Extranets, salas virtuais, fitas de áudio/vídeo, TV interativa, chat, e-mail, fóruns, bibliotecas
31
eletrônicas e CD-Rom, visando o treinamento baseado em computador e na Web. (Pimentel e Santos, 2003, p. 02)
Com base nas pesquisas realizadas e nas definições apresentadas
acima, o e-learning, ou a EAD on-line, é o uso de tecnologias digitais de
informação e comunicação para o processo de ensino-aprendizagem que pode
ser utilizado nas modalidades presencial ou virtual, independentemente do
modelo pedagógico adotado.
Para ter sucesso em um projeto e-elarning, é importante escolher
corretamente as tecnologias de suporte e a forma de disponibilização. A
definição da modalidade deve ser definida em função das características, das
necessidades e dos objetivos específicos de cada curso. Neste sentido,
segundo Silva (2010), é essencial que o projeto educacional do curso on-line
considere as potencialidades do hipertexto, da interatividade e da simulação
nestes novos espaços do saber. Potencialidades estas que não são
excludentes entre si e que não são conceitos emergentes da cibercultura, mas
são por ela potencializados.
Foi a partir do século XIX, com a evolução dos meios tecnológicos, que
cursos a distância passaram a ser oferecidos. Os pesquisadores Moore e
Kearsley (1996), apresentam um histórico da EAD subdivido em três gerações,
conforme apresentado no quadro abaixo:
Gerações da Educação a Distância
Geração Período Características
1ª Até 1970 Estudo por correspondência, no qual o principal meio de
comunicação era o material impresso, enviado pelo correio.
32
2ª 1970 Surgem as primeiras universidades abertas, utilizando, além do
material impresso, transmissões por televisão aberta, rádio, fitas de
áudio e vídeo, com interação por telefone, satélite e TV a cabo.
3ª 1990 É a geração baseada em redes de computadores e estações de
trabalho multimídia.
Tabela 4 - Fonte: adaptado de Moore e Kearsley (1996).
De acordo com Taylor (2003), a evolução da educação a distância pode
ser estruturada em cinco gerações: (1) Modelo Correspondência baseado na
tecnologia impressa; (2) Modelo Multimídia, baseado nas tecnologias impressa,
áudio e vídeo; (3) Modelo Teleducação, baseado em tecnologias de
telecomunicações que proporcionam oportunidades para a comunicação
síncrona; (4) Modelo de Aprendizagem Flexível, baseado na entrega on-line via
internet; (5) Modelo Inteligente de Aprendizagem Flexível, que começa a surgir
a partir da geração anterior, buscando maximizar a utilização de recursos da
internet e da web.
A tabela abaixo mostra algumas características de cada tecnologia
utilizada nas cinco gerações, incluindo a flexibilidade, a interatividade e um
indicador relacionado com a variação do custo variável em função do aumento
do volume de atividades.
Modelos de Educação a Distância – Uma Estrutura Conceitual
Modelos de Educação a Distância e Tecnologias Associadas.
Características da Tecnologia
Flexibilidade Materiais Sofistica-dos
Alta Intertivi-dade
Custo Institucio-nal Tempo Espaço Ritmo
1ª Geração Modelo Correspondência
Impresso
Não
Sim
Sim
Sim
Não
Não
33
2ª Geração Modelo Multimídia
Impresso
Fita cassete
Fita de vídeo
Aprendizagem através do computador
Vídeo interativo
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Não
Não
Não
Sim
Sim
Não
Não
Não
Não
Não
3ª Geração Modelo Teleducação
Teleconferência com áudio
Videoconferência
Comunicação através de imagem e áudio
Programação de TV, rádio e teleconferência
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Não
Não
Não
Não
4ª Geração Modelo de Aprendizagem Flexível
Multimídia interativa on-line
Acesso aos recursos da internet
Comunicação baseada por computador
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Não
5ª Geração Modelo Inteligente de Aprendizagem Flexível
Multimídia interativa on-line
Acesso aos recursos da internet
Comunicação baseada por computador, utilizando sistemas de resposta automática
Acesso aos processos e recursos institucionais através do portal da universidade
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Tabela 5 - Fonte: TAYLOR (2003, p. 3).
Segundo Moore e Kearsley (2007), o preparo de um curso de EAD
requer não apenas o especialista no conteúdo (no mercado brasileiro, esse
34
profissional é chamado de “conteudista”), mas também de profissionais da área
de instrução/educação on-line (designer instrucional), que organizam os
materiais de acordo com os objetivos educacionais, as tecnologias e a teorias
de aprendizagem utilizadas no curso virtual.
Na elaboração de cursos on-line, é fundamental a composição de uma
equipe multidisciplinar com profissionais especializados que atuam em três
áreas: design instrucional, design gráfico e programação, como o designer
instrucional, o conteudista, o designer gráfico, o programador, o tutor, entre
outros. Com a equipe de produção do curso virtual adequada, podemos
desenvolver materiais eficazes para o processo de ensino-aprendizagem e
também de suporte e acompanhamento das atividades propostas pelo
professor, visando a construção do aprendizado dos alunos.
Os benefícios de um curso on-line eficaz que respeita o estilo de
aprendizagem dos alunos são muitos. Para Rosenberg (2002, p. 27-28) os
benefícios do e-learning (alguns com foco no ambiente corporativo) são:
• Diminui os custos: minimiza custos com viagens, diminui o tempo para
treinamento, reduz a necessidade de infraestrutura;
• Melhora o nível de resposta do negócio: possibilita a comunicação ilimitada de
pessoas virtualmente e simultaneamente;
• Mensagens consistentes ou customizadas, dependendo da necessidade: as
pessoas recebem o mesmo conteúdo, apresentado da mesma forma. Além
disso, os programas podem ser customizados de acordo com as necessidades
das diferentes audiências;
• Conteúdo pode ser atualizado com facilidade e rapidez;
35
• Aprender 24 horas por dia e 7 dias por semana: acesso de qualquer lugar em
qualquer horário;
• Usuários familiarizados com internet não terão dificuldades para acessar o
curso;
• Universalidade: aproveitamento dos protocolos e browsers da Internet, que
são universais;
• Construção de comunidades: a internet permite construir comunidades para
compartilhar conhecimentos e insights após o curso;
• Escala: possibilidade de aumentar o número de alunos com um pequeno
esforço e custo incremental;
• Aproveita investimentos realizados com as intranets corporativas;
• Aumento do serviço ao cliente: o e-learning pode ajudar o consumidor a tirar
maior proveito do site da organização.
Com o avanço cada vez mais rápido das tecnologias, os benefícios do e-
learning não param de crescer e estão quebrando as fronteiras entre o real e o
virtual. Neste cenário, com a utilização das TIC na educação on-line é possível
alavancar os processos de ensino-aprendizagem, aumentando, assim a gama
de possibilidades e aproximando a modalidade de curso presencial do virtual
por meio do uso das tecnologias educacionais.
36
2.5. M-Learning – Educação com dispositivos móveis
Atualmente a maioria dos jovens e adultos possui smartphones e,
segundo Ferreira (2009), o uso dos celulares para fins pedagógicos possibilita
o desenvolvimento de competências na utilização de conteúdos digitais e na
realização de tarefas colaborativas, necessárias na era digital.
A utilização dos dispositivos móveis pelos aprendizes é um caminho sem
volta, portanto as instituições de ensino e universidades corporativas devem
criar oportunidades para utilizar estes dispositivos em prol das suas práticas de
ensino e aprendizagem. Segundo o relatório Panorama Tecnológico NMC 2014
das Universidades Brasileiras publicado pela Horizon Report, as instituições
brasileiras de ensino estão adotando aplicativos em seus currículos e
modificando sites, materiais educacionais, recursos e ferramentas para que
eles estejam otimizados para dispositivos móveis.
A origem do conceito mobile learning (m-learning), ou da aprendizagem
móvel, foi em junho de 1999. De acordo com Bulcão (2009):
[...] ministros da educação de 29 países que então compunham a Comunidade Europeia firmaram a Declaração de Bolonha. Esse documento estabeleceu dois conceitos que nortearam as ações da Comunidade Europeia, no sentido de facilitar a integração nos aspectos educacionais. O primeiro conceito foi a necessidade de estabelecer critérios e parâmetros para que os sistemas educacionais dos países da Comunidade permitissem a mobilidade dos cidadãos a fim de facilitar o reconhecimento de seus diplomas em todo o território europeu. O segundo conceito permitia o deslocamento de estudantes para aprendizagem e treinamento, e também de professores e burocratas. Foram esses dois parâmetros que deram origem ao conceito de mobile learning (m-learning) - literalmente, - aprendizagem móvel, ou aprendizagem em movimento. (Bulcão, 2009, pág. 81)
Segundo Traxler (2009), o m-learning algumas vezes é visto como uma
extensão do e-learning. Para o autor, as primeiras definições de m-learning
37
estavam focadas em tecnologias, relacionando esta modalidade à
aprendizagem com o uso de dispositivos móveis. Conforme a evolução do m-
learning no ambiente acadêmico e corporativo, muitas práticas distintas
passaram a ser relacionadas a essa modalidade de ensino-aprendizagem.
Podemos citar algumas práticas como: o e-learning portátil, que por meio
de dispositivos móveis facilita o acesso a um ambiente virtual de aprendizagem
que já existe; a aprendizagem em sala de aula apoiada por tecnologias móveis
e sem fio para o aluno não ficar restrito a um notebook ou outra mobilidade
restrita; treinamento de pessoas em movimento, que facilita o ensino e
aprendizagem de pessoas trabalhando.
De acordo com Moura (2008), m-learning é um termo didático-
pedagógico que define como ocorre o processo de ensino e aprendizagem
mediado pelo uso de dispositivos móveis, tendo como principal característica a
portabilidade dos dispositivos e a mobilidade dos aprendizes.
Moura (2010) cita como uma das características do m-learning o
aproveitamento dos dispositivos que os aprendizes já utilizam e que, por
considerarem fáceis de usar, levam para todos os lugares e usam em todos os
momentos, em diversas situações.
Há muito tempo aprendemos na modalidade m-learning, pois já
utilizamos tecnologias como o caderno e o livro para a aprendizagem com
mobilidade e desde o final do século XX presenciamos um novo fenômeno: a
propagação da mobilidade por meio das TIMS (Tecnologias da Informação e
comunicação Móveis e Sem fio), que permite a comunicação e a utilização de
recursos computacionais nos mais diferentes locais, a todo momento.
38
Podemos considerar os benefícios da tecnologia móvel também no
ensino presencial, visto que algumas universidades exigem que os novos
alunos possuam um notebook para o melhor acompanhamento das aulas, e
outras privadas que, no momento da matrícula, entregam um notebook ao
aluno, segundo Saccol e Barbosa (2010).
A intenção dessas universidades citadas é não limitar os alunos a um
espaço fixo ou formal de aprendizagem, como a sala de aula, pois na medida
em que se deslocam, os alunos têm acesso a elementos que podem
enriquecer a sua aprendizagem em contato com seu próprio mundo. Assim,
afirma Saccol e Barbosa (2010), “um vasto conjunto de recursos digitais pode
ser vinculado a diferentes espaços físicos e eventos de forma sincronizada,
potencializando a aprendizagem”.
Com o uso de tecnologias móveis, os alunos enriquecem o processo de
ensino-aprendizagem, pois podem, além de acessar conteúdos, realizar
observações, gerar e compartilhar conteúdo de forma móvel e em tempo real.
Além disso, tem a possibilidade de registrar para consultas futuras, seja num
ambiente formal ou informal de aprendizagem.
Com tantas atividades relacionadas à aprendizagem com mobilidade,
Saccol e Barbosa (2010) apontam ser um equívoco afirmar que o m-learning
seja mera extensão do e-learning, podendo os dispositivos móveis também ser
utilizados como suporte para potencializar a aprendizagem presencial (por
exemplo, estudo ou capacitação e treinamento em campo, em que professores
e colegas estão presentes fisicamente).
Em sua dissertação de mestrado, Ferreira (2009) demonstrou os
resultados obtidos por meio de questionários, onde, num grupo focal, 87% dos
39
aprendizes já haviam utilizado o telefone celular para atividades pedagógicas e,
destes, 100% considerava positiva a utilização, reconhecendo a sua
potencialidade como ferramenta de aprendizagem.
Como constatado por Moura (2008), acreditamos que os aprendizes
compreenderam que o dispositivo móvel diminui as barreiras da sala de aula e
a aprendizagem pode ocorrer a todo momento.
Saccol e Barbosa (2010) reforçam a importância de caracterizar o m-
learning por aquilo que o diferencia do e-learning, como possibilitar
aprendizagem no local, no horário e condições que o aluno considerar melhor,
manter a continuidade e conectividade enquanto está em movimento, ter
melhor aproveitamento do tempo e espaço, aprendendo de forma espontânea
e conforme suas necessidades e interesses.
Ressaltam, ainda, a importância do conceito de mobilidade adicionado à
aprendizagem e que se desdobra em diferentes tipos de mobilidade:
● Mobilidade física: enquanto se deslocam, as pessoas aproveitam a
oportunidade para aprender, seja na fila do banco ou no transporte.
● Mobilidade tecnológica: diversos dispositivos móveis podem ser
utilizados pela pessoa que está em movimento, como um smartphone ou
tablet.
● Mobilidade conceitual: quando estamos em movimento, encontramos
oportunidades e novas necessidades de aprendizagem.
● Mobilidade sociointeracional: em movimento, interagimos com diversos
grupos sociais ao utilizar tecnologias como o smartphone.
● Mobilidade temporal: com as novas tecnologias é possível aprender em
diferentes locais e em diferentes momentos. Podemos aproveitar
40
lacunas durante o dia e aprender nos intervalos de outras atividades,
sendo uma vantagem aproveitar os tempos ociosos. Em contrapartida, é
comprovado que realizar diversas atividades simultaneamente pode
gerar sobrecarga.
Segundo Saccol e Barbosa (2010), o m-learning, além dos benefícios já
descritos, também apresenta alguns percalços, como a limitação de tempo e
conteúdo das atividades de aprendizagem, a instabilidade que a tecnologia
móvel pode apresentar e a habilidade que todos os atores envolvidos no
processo devem ter para utilização das TIMS.
Benefícios e limitações do m-learning
Benefícios Limitações Flexibilidade (aprendizagem em
qualquer local e horário) O tempo de duração das atividades
de aprendizagem e a quantidade de conteúdo (quando essas forem dirigidas) podem ser limitados.
Aprendizagem situada (em qualquer lugar) estimula a exploração de diferentes ambientes e recursos e aumenta a sensação de “liberdade de movimento” por parte dos aprendizes.
Barreiras ergonômicas dos dispositivos móveis limitam o uso de determinados recursos (ex.: texto).
Aprendizagem centrada no aprendiz, personalizada. Pode colaborar para uma maior autonomia do indivíduo.
Deve-se ter cuidado para manter relacionamento e colaboração com outros aprendizes ou facilitadores, instrutores, professores, etc., evitando o isolamento.
Rapidez no acesso a informação e interação (em tempo real em qualquer local).
Interações rápidas e superficiais podem trazer prejuízos a necessidade de aprendizagem elaboradas e também a atividades que demandam colaboração de forma intensiva.
Aproveitamento em “tempos mortos” para atividades educacionais.
A atenção do aprendiz pode ser prejudicada devido a outras atividades ou estímulos ambientais paralelos (ex.: barulho, interrupções, etc.), lembrando que na sociedade atual em que vivemos, cada vez mais existem menos “tempos mortos” disponíveis.
Aproveitamento de tecnologias largamente difundidas na sociedade (ex.: celular) como ferramentas
A tecnologia móvel e sem fio ainda não é madura, pode apresentar instabilidade – indisponibilidade, além
41
educacionais. de sofrer rápido obsolescência.
Pelo estimulante – exploração de novas tecnologias e práticas inovadoras
Pode haver um foco excessivo na tecnologia (tecnocentrismo) em detrimento dos reais objetos de aprendizagem.
É necessário que os aprendizes e professores tenham bom domínio tecnológico e também saibam utilizar as tecnologias móveis, mas, sobretudo, é fundamental que os professores tenham competências didático-pedagógicas para utiliza-las de forma a potencializar a aprendizagem dos alunos.
Pode colaborar para viabilizar atividades educacionais em diferentes classes sociais e áreas geográficas.
O custo de conexão pode ser mais elevado, podendo tornar-se inviável para determinados indivíduos.
Limitações ergonômicas dos dispositivos móveis podem ser particularmente inapropriadas para usuários com necessidades especiais.
Pode ser utilizado para enriquecer outras formas de ensino (presencial, e-learning).
É necessário um planejamento cuidadoso do uso e combinação entre a modalidades de ensino, para não gerar redundância ou sobrecarga, para isso o professor precisará ter bom desenvolvida as competências técnico-didático-pedagógicas.
Pode suprir a necessidade de formação de pessoas ou profissionais móveis (que tem dificuldade em se afastar do seu trabalho ou outras atividades para se instruir)
É preciso que os profissionais móveis tenham condições contextuais (físicas, temporais, etc.) para poderem aprender de forma efetiva através do m-learning, o que implica ter autonomia (saber definir suas necessidades de aprendizagem e ir em busca de elementos para supri-las) e autoria (no sentido de ser autor de seu processo de aprendizagem) bem desenvolvidas.
Tabela 6 - Fonte: Saccol et al. (2010, p. 34-35).
2.6. U-Learning - Educação em qualquer hora e local
A definição mais ampla da aprendizagem ubíqua, ou u-learning, é o
processo de ensino-aprendizagem em qualquer lugar e a qualquer momento. A
definição se refere a qualquer ambiente que permite que os dispositivos móveis
acessem materiais destinados ao ensino-aprendizagem através de redes sem
fio em qualquer lugar a qualquer momento.
42
Segundo Sakamura & Koshizuka (2005), o u-learning pode ser
definido como "um novo paradigma de aprendizagem em que podemos
aprender sobre qualquer coisa a qualquer hora, em qualquer lugar, utilizando a
tecnologia de computação ubíqua e infraestrutura".
O u-learning é uma modalidade de ensino-aprendizagem que ocorre
em um ambiente de computação ubíqua, que permite que as pessoas
aprendam no lugar e no momento que elas quiserem. A definição de u-learning,
com base em Barbosa (2007) e Barbosa et al. (2008), é:
O u-learning (aprendizagem ubíqua) se refere a processos de aprendizagem apoiados pelo uso de tecnologias da informação ou comunicação móveis e sem fio, sensores e mecanismos de localização, que colaborem para integrar os aprendizes ao seu contexto de aprendizagem e a seu entorno, permitindo formar redes virtuais e reais entre pessoas, objetos, situações ou eventos, de forma que se possa apoiar uma aprendizagem contínua, contextualizada e significativa para o aprendiz. (Saccol e Barbosa, 2011, p.28)
Após a entrada dos computadores na educação e das modalidades de
e-learning e m-learning, que resultaram em constantes transformações no
processo de construção da aprendizagem, a computação ubíqua na educação
representa mais uma grande mudança com o surgimento da modalidade u-
learning que permite aos alunos o acesso à educação de forma flexível,
respeitando o momento exato da vontade de aprender. O u-learning tem o
potencial de revolucionar a educação e remover muitas das limitações físicas
de aprendizagem tradicional.
Segundo Saccol et al. (2010),
[...] u-learning (aprendizagem ubíqua), originado a partir da noção de computação ubíqua proposta por Mark Weiser (1991). A computação ubíqua diz respeito à terceira onda da computação. A primeira, dos computadores de grande porte (mainframes), caracteriza-se por várias pessoas acessando um único computador. A segunda onda, dos computadores pessoais (PCs), é determinada pela interação entre uma pessoa e um computador. Na terceira onda, da computação ubíqua, vários computadores são acessados por um
43
mesmo indivíduo. Esses computadores não são necessariamente PCs, mas recursos computacionais que passam a se proliferar em uma série de objetos de uso cotidiano. [...] O conceito de u-learning envolve todos os processos de aprendizagem apoiados pelas diversas tecnologias móveis e sem fio, mas não se limitando a elas. Em vez de carregar fisicamente dispositivos tecnológicos que apoiem a aprendizagem, na lógica da computação ubíqua o aprendiz tem à disposição diversos objetos com recursos computacionais entre os quais escolherá o que lhe for mais apropriado em determinado momento. (Saccol e Barbosa, 2010, p. 26)
O termo “computação ubíqua" foi discutido por Mark Weiser (1952-
1999). Sua visão permite a combinação de várias tecnologias computacionais
para a troca de informações e serviços a qualquer hora e em qualquer lugar
(Weiser,1991).
De acordo com Sakamura & Koshizuka (2005), a computação ubíqua
pode ser considerada como "uma nova tendência de tecnologias de informação
e comunicação".
Como se refere Lyytinen & Yoo (2002), a evolução da computação
ubíqua foi acelerada pela melhoria das capacidades de telecomunicações sem
fio, das redes abertas, do aumento da capacidade de computação continuada,
da melhoria da tecnologia de bateria e do surgimento de arquiteturas de
software flexíveis.
44
Imagem 1 – Elementos que constituem as modalidades e-learning, m-learning e u-learning.
Neste sentido, é essencial incluir o termo “ambiente de computação
ubíqua” para distinguir claramente a definição de u-learning do conceito de m-
learning. A modalidade m-learning, que segundo Dochev & Hristov (2006) é
definida como "aprendizagem que acontece através de dispositivos sem fio,
como telefones celulares, assistentes digitais pessoais (PDAs, handheld -
personal digital assistants) ou computadores portáteis", possibilita o u-learning
por meio da computação ubíqua.
Segundo Saccol et al. (2010), o conceito de u-learning é mais que ter
mobilidade, indica que as novas tecnologias devem potencializar a
aprendizagem situada nesta modalidade de ensino-aprendizagem,
possibilitando ao usuário diversos recursos de aprendizagem “sensíveis” a seu
perfil, necessidades, ambiente e demais elementos que compõem seu contexto
de aprendizagem, em qualquer lugar e a qualquer momento. Os autores
definem os benefícios e as limitações das modalidades m-learning e u-learning,
mas ressaltando que este conhecimento é provisório porque tanto as TIMS
45
(Tecnologias da Informação e comunicação Móveis e Sem fio) quanto as
práticas de aprendizagem evoluem rapidamente.
Benefícios do m-learning e u-learning:
Flexibilidade (aprendizagem em qualquer local ou horário);
A aprendizagem situada (em campo, no trabalho, etc.) estimula a
exploração de diferentes ambientes e recursos e a sensação de
“liberdade de movimento” por parte dos aprendizes;
A aprendizagem centrada no aprendiz, personalizada, pode colaborar
para uma maior autonomia do indivíduo;
Rapidez no acesso à informação e interação (em tempo real, em
qualquer local);
Aproveitamento de “tempos mortos” para atividades educacionais;
Aproveitamento de tecnologias largamente difundidas na sociedade
(telefonia celular, por exemplo) como ferramentas educacionais;
Apelo estimulante pela exploração de novas tecnologias e práticas
inovadoras;
Podem colaborar para viabilizar atividades educacionais por diferentes
classes sociais e em diferentes áreas geográficas;
Podem ser utilizados para complemento e enriquecimento de outras
formas de ensino (presencial face a face e e-learning);
Podem suprir a necessidade de formação de pessoas ou profissionais
móveis (que têm dificuldade em se afastar do trabalho ou outras
atividades).
46
Limitações do m-learning e u-learning:
O tempo de duração das atividades de aprendizagem e a quantidade de
conteúdo podem ser limitados;
Barreiras ergonômicas dos dispositivos móveis limitam o uso de
determinados recursos (texto, por exemplo);
Deve-se estimular o relacionamento e a colaboração com outros
aprendizes ou facilitadores, instrutores, professores, etc., evitando o
isolamento;
Interações rápidas e superficiais podem trazer prejuízos à necessidade
de aprendizagens mais elaboradas e também às atividades que
demandam colaboração de forma intensiva;
A atenção do aprendiz pode ser prejudicada por causa de outras
atividades ou estímulos ambientais paralelos (por exemplo: barulho,
interrupções, etc.);
A tecnologia móvel e sem fio ainda não é madura, pode apresentar
instabilidade e indisponibilidade, além de sofrer rápida obsolescência;
Pode haver foco excessivo na tecnologia (tecnocentrismo) em
detrimento dos objetivos reais de aprendizagem. É necessário que os
aprendizes e professores tenham bom domínio tecnológico e saibam
utilizar as TIMS;
O custo em conexão pode ser mais elevado, com risco de tornar-se
inviável para os menos favorecidos economicamente. As limitações
ergonômicas dos dispositivos móveis podem ser particularmente
inapropriadas para usuários com necessidades especiais;
47
É necessário um planejamento cuidadoso do uso e da combinação entre
mobilidades de ensino para não gerar redundância ou sobrecarga;
É preciso que os profissionais móveis tenham condições contextuais
(físicas, temporais, etc.) para aprender de forma efetiva através do m-
learning ou do u-learning.
Segundo Chen et al (2002), definiram-se seis características de m-
learning que foram adaptadas por vários pesquisadores como parte também
das características de u-learning. As características são a urgência para a
construção da aprendizagem, a iniciativa de aquisição de conhecimento, a
mobilidade do ambiente de aprendizagem, a interatividade do processo de
aprendizagem, a construção de atividade educacional e a integração de
conteúdo educacional.
O pesquisador Curtis (2002), após analisar as seis características de
Chen at al. (2002), resumiu as características de u-learning, propondo cinco,
que são:
• Permanência: a informação continua a não ser que os alunos
propositadamente a removam;
• Acessibilidade: a informação está disponível sempre que os alunos precisam
usá-la;
• Imediatismo: a informação pode ser recuperada imediatamente pelos alunos.
• Interatividade: os alunos podem interagir com os colegas, professores e
especialistas com eficiência e eficácia através de diferentes meios de
comunicação;
48
• A consciência do contexto: o ambiente pode se adaptar à situação real dos
alunos para fornecer informações adequadas a eles.
Tabela 7: Comparação entre as tecnologias educacionais.
Critérios
U-Learning
M-Learning
E-Learning
Conceito Aprenda a coisa certa no lugar e no momento certo e no caminho certo.
Saiba no lugar e no momento certo.
Saiba à direita.
Permanência Os alunos nunca podem perder seu trabalho.
Os alunos podem perder o seu trabalho. Mudanças nos dispositivos de aprendizagem ou aprendizagem em movimento interrompem as atividades de aprendizagem.
Os alunos podem perder o seu trabalho.
Acessibilidade O acesso ao sistema por meio de tecnologias de computação ubíqua.
O acesso ao sistema através de redes sem fio.
O acesso ao sistema via rede de computadores.
Urgência Os alunos obtêm informações imediatamente.
Os alunos obtêm informações imediatamente em ambientes fixos com dispositivos específicos de aprendizagem móvel.
Os alunos não podem obter informações imediatamente.
Interatividade Interação dos alunos com os colegas, professores e especialistas de forma eficaz através das interfaces dos sistemas de u-learning.
Os alunos podem interagir com os colegas, professores e especialistas em ambiente de aprendizagem específico.
Interação dos alunos é limitada.
Consciência contexto
O sistema pode compreender o ambiente do aluno através de banco de dados e detecção de localização do aluno, pessoal e situações ambientais.
O sistema compreende a situação do aluno, acessando o banco de dados.
O sistema não pode sentir o ambiente do aluno.
A tecnologia digital e a infraestrutura de telecomunicações que são
necessárias para suportar o m-learning e o u-learning, estão evoluindo
rapidamente e, neste cenário, novas formas de ensinar e de aprender estarão
49
cada vez mais presentes no nosso cotidiano, tanto em ambientes formais como
informais de aprendizagem.
Imagem 2 – Evolução das tecnologias relacionadas à computação ubíqua.
2.7. AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem
Um ambiente virtual de aprendizagem (AVA), segundo Almeida (2007), é
um sistema computacional disponível na internet, destinado ao suporte de
atividades mediadas pelas tecnologias de informação e comunicação (TIC). Ele
pode integrar várias mídias e recursos, apresentar informações de forma
organizada, permitir a interação entre pessoas e possibilitar a socialização de
produções em virtude de determinados objetivos pré-estabelecidos. O
Ministério da Educação (2007) conceitua o AVA como:
Programas que permitem o armazenamento, a administração e a disponibilização de conteúdos no formato Web. Dentre esses, destacam-se: aulas virtuais, objetos de aprendizagem, simuladores, fóruns, salas de bate-papo, conexões a materiais externos, atividades interativas, tarefas virtuais (webquest), modeladores, animações, textos colaborativos (wiki). (p. 11)
De acordo com Kenski (2007),
50
[...] o ambiente virtual de aprendizagem se constrói com base no estímulo à realização de atividades colaborativas, em que o aluno não se sinta só, isolado, dialogando apenas com a máquina ou com o instrutor também virtual. (Kenski, 2007, p. 55)
A utilização do AVA para a prática da educação on-line é fundamental.
Nele é possível usar, armazenar, criar e disponibilizar conteúdo, interagir e
também colaborar com outros alunos por meio de chats, e-mail e fórum de
discussão. A convergência das mídias como som, imagem, vídeo e texto em
diversos formatos no mesmo ambiente de ensino-aprendizagem facilita o
acesso aos materiais e às atividades síncronas e assíncronas propostas pelo
professor. O AVA é muito importante no e-learning por possibilitar a mediação
das atividades educacionais diretamente entre o professor e o aluno com
interação e colaboração que são fatores essenciais no processo de
aprendizagem na modalidade de educação on-line.
Para Okada (2004 apud Nascimento et al., 2008, p. 6), o AVA pode ser
dividido em três tipos de ambientes: o instrucional, o interativo e o cooperativo.
O ambiente instrucional é centralizado no conteúdo (que também pode ser
impresso) e no suporte tutorial. Segundo os autores, neste ambiente a
interação é baixa e a participação on-line do estudante é praticamente
individual. É o ambiente mais comum e representa um curso autoinstrucional
em que a informação é transmitida como na aula expositiva presencial. No
ambiente interativo a participação do professor e dos alunos é fundamental. Os
materiais são desenvolvidos ao longo do curso a partir das opiniões, interações
e reflexões dos alunos. O desenvolvimento das atividades pode ser organizado
de acordo com temas de interesse e necessidades dos alunos, podendo ter
participações de convidados em conferências. O ambiente cooperativo é
caracterizado pelo objetivo de trabalho colaborativo e participação on-line em
51
que há muita interação entre os alunos como construção de pesquisas,
descobertas de novos desafios e soluções.
Conforme Santos (2003), todo ambiente virtual pode ser considerado um
ambiente de aprendizagem desde que ele seja entendido “como um processo
sociotécnico onde os sujeitos interagem na e pela cultura sendo esta um
campo de luta, poder, diferença e significação, espaço para construção de
saberes e conhecimento”. A autora define um AVA como um processo de
comunicação em rede entre seres humanos, a partir de interfaces digitais, na
qual todo e qualquer signo pode ser produzido e socializado no e pelo
ciberespaço (SANTOS, 2003, p. 3). A partir desta definição, podemos
considerar site, blog, fórum, chat, ambientes interativos em 3D e comunidades
virtuais como um AVA.
Vavassori e Raabe (2006, p. 314) afirmam que um AVA é um sistema
que reúne uma série de recursos e ferramentas, permitindo potencializar sua
utilização em atividades de aprendizagem através da internet em um curso a
distância.
Já para Santos (2003), um AVA é um espaço virtual rico em significação,
onde os recursos das novas tecnologias digitais e os indivíduos interagem,
ampliando as possibilidades de construção de novos conhecimentos.
O AVA está quebrando cada vez mais os paradigmas da educação
contemporânea com novas formas de ensino e aprendizagem, entendendo que
o conhecimento nasce do movimento, da dúvida, da incerteza, da necessidade
de busca de novas alternativas, do debate, da troca (NEVADO, 2007).
52
É relevante explicar a diferença entre um ambiente virtual de
aprendizagem (AVA) e um ambiente informatizado de aprendizagem (AIA).
Quando acontece a inclusão da tecnologia de informática como recurso
pedagógico dentro da sala de aula, como, por exemplo, o computador, o
smartphone e o tablet, e considerando que a condução do processo de ensino-
aprendizagem não está na tecnologia, mas no professor, esta situação é
conceituada como um AIA (OLIVEIRA et al. 2004, p. 120). Segundo Oliveira et
al. (2004), diversas estratégias de ensino-aprendizagem podem ser utilizadas
no AIA, no qual o tablet pode ser utilizado para colaboração, apresentações de
trabalhos, desenvolvimento de pesquisas, estudo de conteúdos e atividades de
ensino presencial e a distância. Um AIA é o ambiente tradicional presencial
caracterizado pela inserção de tecnologias, enquanto que o AVA é utilizado
para substituir o ambiente tradicional.
Conforme cita Haguenauer et al (2009), muitos autores confundem os
significados atribuídos aos termos Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA),
Ambiente Colaborativo e Sistema de Gerenciamento de Aprendizagem (SGA)
ou em inglês, Learning Management System (LMS). O AVA pode ser
desenvolvido não só por um LMS, mas também por diferentes softwares e
ferramentas, como blog, flash, site, rede social, entre outros. No texto abaixo
estão relacionadas algumas diferenças entre AVA e LMS:
Enquanto que nos AVA as características associadas ao conteúdo, como linguagem, interatividade, navegação, arquitetura da informação e design gráfico influem mais na percepção do usuário, nos SGA, por sua vez, a atenção está mais voltada para a seleção e configuração das ferramentas a serem utilizadas em um determinado curso ou disciplina. (...) Uma vez realizadas as configurações, selecionadas as estratégias de comunicação e de aprendizagem, informadas e declaradas essas estratégias aos participantes, preenchidas as ferramentas com conteúdos pré-definidos e ativado o
53
“curso”, pode-se afirmar que o conjunto forma um AVA. (HAGUENAUER et al, 2009, p. 19)
O LMS, como o próprio nome já diz, é um sistema especializado no
gerenciamento de atividades de ensino-aprendizagem on-line. Em sua
essência, é constituído de banco de dados, ferramentas de gestão (de
atividades acadêmicas ou didáticas), ferramentas de publicação de conteúdo e
ferramentas de comunicação (HAGUENAUER, 2008).
De acordo com Dillenbourg (2000), não é qualquer website que pode ser
chamado de AVA. Segundo o autor, existem algumas características
importantes que precisam ser observadas, como:
O espaço no qual a informação está disponibilizada deve ser concebido
para tal;
Deve haver interações educacionais no ambiente;
As informações, ou o espaço social, devem ser explicitamente
representadas, quer por textos ou por imagens 3D;
Deve existir a participação dos alunos que se tornam coconstrutores do
ambiente;
O ambiente deve integrar múltiplas tecnologias e abordagens
pedagógicas.
O AVA é um sistema que reproduz a sala de aula presencial para o
ambiente on-line com o uso da tecnologia para oferecer novas ferramentas que
facilitam a aprendizagem. Nele o professor tem a função de mediar, incentivar
e encorajar seus alunos para colaborar, criar, pesquisar e compartilhar
materiais educacionais. Os pesquisadores Palloff e Pratt definem que o AVA
54
surgiu da necessidade de satisfazer algumas condições como: 1) os objetivos
comuns a todos os membros; 2) a centralização dos resultados a serem
alcançados; 3) a igualdade de direito e de participação para todos os membros;
4) os professores assumem o papel de orientadores e incentivadores da
comunidade; 5) a aprendizagem colaborativa; 6) a criação ativa de
conhecimentos e significados de acordo com o tema de interesse na
comunidade.
De acordo com Pinto e Cunha Filho (2000), um AVA é um website que
pode apoiar cursos presenciais ou totalmente on-line, com as seguintes
características:
Sociabilidade - gerar e/ou manter laços sociais entre os indivíduos
participantes de determinados grupos numa rede aberta, não limitada
aos membros de uma determinada turma ou série;
Comunicação - todos podem falar com todos de forma autônoma e com
níveis de censura e etiqueta previamente acordados pelo grupo;
Registro (gravação) - acesso aos conteúdos publicados pelo grupo;
Acesso - possibilidade de acessar no tempo e no espaço mais
conveniente ao usuário, particularmente os alunos, que podem regular
assim o ritmo que lhes proporcione um maior potencial de
desenvolvimento pessoal durante o curso;
Compartilhamento - pelo interesse do grupo em compartilhar um saber
comum.
É importante que um AVA ofereça um espaço no qual se possa propor a
todos os envolvidos um conjunto de atividades e recursos para favorecer a
55
construção da aprendizagem, mas é preciso ressaltar que por mais
potencialidades que o AVA ou LMS ofereça, a forma adequada de utilização e
exploração de todas as potencialidades é que garantirá o sucesso ou
insucesso do processo de ensino-aprendizagem.
56
CAPÍTULO 3 – UTILIZAÇÃO DE M-LEARNING NO MERCADO BRASILEIRO
3.1 – Introdução
Foi realizada uma pesquisa quantitativa durante o segundo semestre de
2014 para levantar os dados estatísticos e definir as características das
instituições de ensino e grandes empresas do mercado brasileiro que utilizam a
modalidade m-learning para o processo de ensino-aprendizagem. Os dados
foram coletados por meio de um questionário estruturado com trinta perguntas
claras e objetivas, dividido em seis temas: implementação, público-alvo,
utilização, dificuldade, resultados e investimento.
A análise dos dados coletados permitiu identificar os objetivos da
utilização do m-learning no processo de ensino-aprendizagem, bem como os
motivos das instituições que ainda não implementaram projetos em m-learning.
3.2 - Metodologia de pesquisa
Foi utilizada a abordagem quantitativa, que segundo Diehl (2004), é
caracterizada pela quantificação na coleta e no tratamento das informações,
visando analisar os resultados com maior margem de segurança, sem
possíveis distorções.
O método de pesquisa utilizado para levantar as informações
quantitativas da utilização de m-learning no mercado brasileiro foi um
questionário padronizado com perguntas claras e objetivas sobre a
implementação de projetos m-learning, o público-alvo (alunos), a utilização dos
cursos m-learning, as dificuldades encontradas na utilização, os resultados
obtidos e o investimento previsto para implementar ou continuar os projetos m-
57
learning. Os critérios de escolha das empresas e instituições de ensino
participantes foram: utilizar a modalidade de e-learning há pelo menos três
anos e atuar em diversas regiões do Brasil.
3.3 – Procedimento
O questionário foi elaborado na ferramenta Google Docs, disponível em
https://docs.google.com, que permite criar, publicar e compartilhar os
documentos gerados. Após o usuário responder as perguntas, o serviço do
Google grava as respostas e para encerrar a pesquisa é possível fazer o
download das respostas em um documento compatível com o software
Microsoft Excel.
58
Imagem 3 – Página web do questionário utilizado para a pesquisa quantitativa.
As questões foram respondidas por vinte e cinco profissionais que atuam
em grandes instituições de ensino e empresas do mercado brasileiro como
Avon, Vale, Hospital Sírio-Libanês, Accor, Electrolux, OAS, Walmart, Senac
São Paulo, CPFL Energia, Cargil, Aché, Brasil Kirin, Vivo, Banco Volkswagen,
Kroton, Itaú, entre outras. As pessoas que responderam às perguntas do
questionário atuam em diversas áreas relacionadas à educação como
consultores pedagógicos, gerentes de educação, supervisores de treinamento
corporativo, diretores e coordenadores de RH, analistas de treinamento e
professores.
As trinta perguntas do questionário foram criadas e disponibilizadas no
serviço Google Docs e os dados gerados com as repostas serão apresentados
a seguir.
3.4 - Resultados da pesquisa
O questionário com as trinta questões está disponível para consulta no
apêndice desta dissertação. Das vinte e cinco respostas computadas no
59
resultado da pesquisa, constatou-se que a maioria não utiliza os recursos da
modalidade m-learning.
Imagem 4 – Utilização de m-learning.
A maior parte do público que respondeu o questionário não utiliza a
modalidade m-learning. Os motivos estão detalhados na imagem abaixo.
Imagem 5 – Motivos para não utilizar m-learning.
60
A falta de orçamento para implementar m-learning foi o principal motivo
assinalado pelos participantes. Em um projeto de aprendizagem móvel é
comum ter gastos com os dispositivos móveis para os alunos acessarem os
cursos on-line, a plataforma LMS para hospedar e administrar os cursos, a
produção dos cursos/conteúdo e a equipe de gestão/administração do projeto.
Os outros resultados adquiridos com o questionário aplicado serão detalhados
a seguir.
3.4.1 – Implementação
As informações geradas com as questões referentes à implementação
de m-learning indicam o que originou a utilização desta modalidade, como o
aluno acessou os cursos on-line, como é produzido o conteúdo, quando iniciou
e quem é o responsável pelo projeto.
O principal motivo para a implementação do m-learning é a praticidade
que esta modalidade proporciona, como acessar os cursos on-line de qualquer
lugar e horário. A maioria dos respondentes (55%) implementou o projeto de m-
learning em 2014. Com este resultado constatamos que o número de
implementação dobrou em relação a 2013, que teve 27% das respostas. Se
continuar neste ritmo de crescimento, podemos ter um aumento significativo
nos próximos anos da utilização de dispositivos móveis para o processo de
ensino-aprendizagem.
61
Imagem 6 – Início da utilização de m-learning.
3.4.2 - Público-alvo
O objetivo das questões sobre o público-alvo é obter as informações
para identificar a faixa etária, a formação acadêmica, a atuação profissional, o
sexo e a quantidade de alunos que acessam os cursos m-learning
disponibilizados pelas instituições de ensino e empresas que responderam ao
questionário.
Os alunos desses cursos têm de 26 a 40 anos e já concluíram a
graduação.
62
Imagem 7 – Idade dos alunos.
3.4.3 – Utilização
Os dados analisados referentes à utilização definiram qual o tempo
médio que o aluno estuda por meio do m-learning, o local em que ele acessa o
conteúdo, o dispositivo móvel utilizado para estudar, a quantidade de cursos
disponíveis e o seu formato.
Os alunos acessam os cursos produzidos em HTML. A duração média
desses cursos é de uma hora de estudo on-line por meio de um LMS e o
dispositivo móvel mais utilizado para estudar é o tablet.
63
Imagem 8 – Dispositivos móveis utilizados para estudar.
3.4.4 – Dificuldades
Nos resultados das questões, foi possível visualizar informações sobre
as dificuldades encontradas na utilização, no acesso à plataforma LMS, na
motivação dos alunos e no estágio de implementação em que se encontra o
projeto de m-learning.
A maioria das respostas indicou que na implementação do projeto m-
learning houve resistência por parte dos alunos para utilizar esta modalidade e
que o LMS foi substituído ou atualizado, pois não tinha suporte para
dispositivos móveis.
O maior inibidor para implementar m-learning, segundo os participantes
da pesquisa, é o tempo de desenvolvimento que está relacionado ao prazo da
instalação do LMS e da produção de cursos on-line compatíveis com
dispositivos móveis.
64
Imagem 9 – Inibidor para implementar m-learning.
3.4.5 – Resultados
Nas informações sobre os resultados obtidos, podemos identificar quais
as expectativas, as estratégias de utilização, a ampliação ou continuação e se
realmente foi sanada a necessidade de aprendizagem utilizando a modalidade
m-learning.
A grande maioria dos respondentes (82%) implementou o m-learning
pela rapidez no processo de ensino-aprendizagem, ou seja, o aluno pode
acessar o curso on-line no local e horário desejado.
Os participantes responderam que não conseguiram sanar
completamente as necessidades de aprendizagem com o m-learning, mas que
estas foram parcialmente resolvidas. Porém, as instituições de ensino e
empresas pretendem continuar ou ampliar seus projetos desta modalidade.
65
Imagem 10 – Continuação do projeto m-learning.
3.4.6 - Investimento
Nos dados coletados referentes ao investimento, é possível verificar se
as instituições dispõem de recursos financeiros para implementar, melhorar ou
continuar os projetos de m-learning em serviços, conteúdos ou infraestrutura.
O desejo de continuar ou ampliar o projeto de m-learning está presente
em mais de 80% dos respondentes, mas os investimentos destinados para
viabilizar a expansão não foram definidos pela maioria.
66
Imagem 11 – Investimento projetado.
Para resumir os dados obtidos nesta pesquisa, vamos destacar algumas
respostas como:
A maioria dos respondentes não utiliza a modalidade m-learning.
Quem utiliza implementou pela praticidade que o m-learning propicia
para os processos de ensino-aprendizagem.
A implementação de projetos m-learning em 2014 (55%) foi o dobro do
ano anterior (27% em 2013).
Os cursos em m-learning estão sendo utilizados com os alunos de faixa
etária entre 26 e 40 anos.
Os cursos são produzidos com carga horária média de uma hora de
estudo.
O dispositivo móvel mais utilizado para estudar é o tablet.
67
A maior dificuldade encontrada para implementar o m-learning foi a
resistência dos alunos e depois o custo com investimento em
infraestrutura para viabilizar o projeto.
A maioria que implementou m-learning teve que trocar ou atualizar o
LMS para suportar os recursos desta modalidade.
O principal inibidor para implementar um projeto m-learning é o prazo de
instalação do LMS e da produção dos cursos.
A maior expectativa em relação à utilização do m-learning é o aumento
da rapidez na construção do conhecimento.
A grande maioria que implementou vai continuar ou ampliar o projeto.
O m-learning conseguiu sanar parcialmente o problema educacional
esperado.
Os respondentes que ainda não utilizam o m-learning indicaram que a
falta de orçamento para implementar o projeto é o principal motivo.
68
CAPÍTULO 4 – ANÁLISE DE PROJETO EM M-LEARNING
4.1 – Introdução
Este capítulo tem como objetivo apresentar o projeto m-learning Escola
do Varejo, desenvolvido pela empresa multinacional Electrolux, cuja produção
eu tive a oportunidade de acompanhar desde o início. Com sede em Estocolmo
na Suécia, a empresa fundada em 1919 fabrica eletrodomésticos para o uso
doméstico e profissional para clientes de aproximadamente 150 países.
No Brasil, a Electrolux é líder em alguns segmentos do seu mercado de
atuação. Para se manter à frente de seus concorrentes, é necessário produzir
produtos com qualidade e vendê-los para o maior número de clientes. Neste
sentido, a capacitação dos promotores de vendas (vendedores) de produtos
Electrolux é inevitável para aumentar as vendas.
Para realizar a capacitação dos vendedores, a empresa desenvolveu o
projeto Escola do Varejo que será apresentado a seguir.
4.2 - Projeto: Escola do Varejo
A Escola do Varejo é um programa de treinamento corporativo para
capacitar os promotores de vendas na modalidade blended-learning (b-
learning), ou aprendizagem mista, que é um formato de ensino-aprendizagem
que combina atividades a distância e presencial.
Este projeto b-learning é composto por atividades nos seguintes formatos:
69
Presencial
Durante as aulas presenciais são realizadas dinâmicas em grupo, troca
de experiências, informações sobre o mercado.
M-learning
Os cursos on-line são sobre produtos, processos, simulação de uso dos
painéis dos produtos e desenvolvimento pessoal.
TV
Os programas de TV são responsáveis pela comunicação e proximidade
da equipe de campo com a equipe de produto.
Simuladores/Serious Game
Os games foram desenvolvidos para o aluno praticar virtualmente o
“jeito Electrolux de fazer” com o atendimento focado no cliente.
SMS
O SMS é um serviço de mensagens curtas (Short Message Service)
com até 160 caracteres que são enviados para os alunos com o intuito
de informá-los sobre novidades, dicas de uso e argumentos de venda.
Imagem 12 – Tipos de cursos utilizados no projeto Escola do Varejo.
70
Segundo Rodrigo Oliveira, supervisor de treinamento Electrolux na
América Latina, o objetivo da Escola do Varejo é desenvolver um programa de
educação corporativa para capacitar os promotores de vendas focado no
comportamento do shopper (comprador) e na sua real necessidade, que é
sintetizada institucionalmente como o “jeito Electrolux de fazer”.
O principal desafio deste projeto é a capacitação de quinhentos
promotores de vendas espalhados pelo Brasil em um grande número de
produtos.
Neste trabalho de mestrado, serão abordadas as características e as
etapas de desenvolvimento apenas da modalidade m-learning do projeto
Escola do Varejo.
O tablet utilizado pelos alunos para acessar os cursos on-line é da
marca Samsung, modelo Galaxy Tab 2, com resolução de tela de sete
polegadas e sistema operacional Android.
Imagem 13 – Tablet utilizado no projeto Escola do Varejo.
71
O desenvolvimento do projeto m-learning teve início em março de 2013
e até janeiro de 2015 foram produzidos mais de setenta cursos de diversos
temas sobre o conhecimento de produtos, de categorias, de processos e de
desenvolvimento pessoal. Nos cursos de produtos, foram produzidas algumas
simulações do uso dos painéis para o aluno praticar o que foi transmitido
durante a capacitação on-line. Eles foram hospedados no AVA Eluxcity que
contém o LMS utilizado no projeto.
Imagem 14 – Logomarca da Eluxcity.
72
Imagem 15 – Ilustração do AVA Eluxcity.
Imagem 16 – Ilustração do ambiente de acesso aos cursos.
73
4.3 – Desenvolvimento
Os cursos m-learning da Academia do Varejo foram produzidos com o
processo de design instrucional ADDIE – do inglês: Analysis, Design,
Development, Implementation e Evaluation. Na língua portuguesa, as cinco
etapas do processo são: Análise, Desenho, Desenvolvimento, Implementação
e Avaliação. Segundo Filatro (2008), esse formato de design instrucional é o
mais utilizado para o desenvolvimento de cursos on-line.
A etapa Análise consiste em entender o problema educacional e projetar
a melhor solução educacional para resolvê-lo. “Isso é feito por meio da análise
contextual, que abrange o levantamento das necessidades educacionais
propriamente ditas, a caracterização dos alunos e a verificação de restrições”
(FILATRO, 2008, p. 28).
A segunda etapa é o design que envolve o planejamento e o design
educacional com o mapeamento e distribuição dos conteúdos/materiais. Nesta
etapa também é realizada “a definição das estratégias e atividades de
aprendizagem para alcançar os objetivos traçados, a seleção de mídias e
ferramentas mais apropriadas e a descrição dos materiais que deverão ser
produzidos para a utilização por alunos e educadores” (Ibid., p. 28-9).
O desenvolvimento é a terceira etapa em que se realiza a produção dos
materiais definidos na etapa anterior (design). São produzidos e adaptados os
“recursos e materiais didáticos impressos e/ou digitais, a parametrização de
ambientes virtuais e a preparação dos suportes pedagógico, tecnológico e
administrativo” (Ibid., p. 30).
74
Na etapa implementação, tudo que foi produzido e planejado nas fases
anteriores é executado, “ela é subdividida em duas fases: a de publicação e a
de execução” (Ibid., p. 30). Na fase de publicação são disponibilizadas as
unidades de aprendizagem aos alunos e na execução eles realizam as
atividades propostas durante o curso.
A quinta e última etapa do processo de design instrucional ADDIE é a
avaliação em que é apurado se a solução planejada e executada obteve
sucesso perante o problema educacional identificado no início do projeto.
Nesta etapa também acontecem as revisões das estratégias implementadas
“avaliando tanto a solução educacional quanto os resultados de aprendizagem
dos alunos” (Ibid., p. 31). Esta etapa pode ser realizada antes do início do
curso, pois ela acontece em todo o processo de design educacional para
ajustar qualquer fase de produção durante o desenvolvimento do projeto
educacional ou em sua execução.
A equipe para desenvolver os cursos m-learning é formada por
profissionais multidisciplinares que atuam nas áreas de design instrucional,
design gráfico, programação e revisão.
Imagem 17 – Equipe para desenvolver os cursos m-learning.
75
A seguir serão detalhadas as atividades, habilidades e conhecimentos
necessários para atuar em uma equipe de desenvolvimento m-learning.
Gerente de Projetos
Deve estar presente e acompanhar todas as etapas do projeto e-
learning.
Principais atividades Habilidades e conhecimentos necessários
• Identificar os conteúdos apropriados para
a produção do curso on-line.
• Fazer a análise de viabilidade do curso.
• Gerenciar os recursos do projeto.
• Definir e administrar as etapas do projeto.
• Gerenciar os recursos envolvidos no
projeto.
• Determinar estratégias de entrega,
desenvolvimento, acompanhamento, etc.
• Avaliar e homologar o curso on-line
produzido.
• Saber montar a equipe.
• Saber lidar com os conflitos.
• Ter habilidade em negociar.
• Ter facilidade de aprender e ter
raciocínio rápido.
• Ser atento e saber ouvir.
Designer Instrucional
O DI é aquele responsável por planejar, desenvolver e aplicar métodos,
técnicas e atividades de ensino a fim de facilitar a aprendizagem.
Principais atividades Habilidades e conhecimentos necessários
• Elaborar os storyboards.
• Adaptar os materiais existentes.
• Estruturar o conteúdo dos cursos on-
line.
• Avaliar e homologar o curso on-line.
• Elaborar as avaliações on-line.
• Participar de decisões técnicas do
projeto.
• Especificar os detalhes de produção.
• Reforçar o conteúdo, quando
• Saber desenvolver materiais
instrucionais.
• Conhecer tecnologias educacionais
utilizadas no projeto.
• Saber ouvir.
• Ser detalhista.
• Ter facilidade de aprendizado.
76
necessário.
• Revisar o curso on-line produzido.
Especialista no Conteúdo (Conteudista)
Elabora os conteúdos e materiais didáticos em formato digital e também
busca formas de avaliação que contemplem a construção do conhecimento.
Principais atividades Habilidades e conhecimentos necessários
• Elaborar o planejamento instrucional.
• Elaborar o conteúdo para o curso on-line.
• Prestar suporte ao DI.
• Avaliar e homologar o projeto.
• Ter tempo, motivação e
comprometimento.
• Saber transmitir seu conhecimento aos
membros da equipe.
• Ter habilidade para trabalhar em equipe.
Designer Gráfico/Ilustrador
Responsável pelos elementos gráficos do curso. Seu papel é
fundamental para que o projeto seja agradável, atraente e coerente
visualmente.
Principais atividades Habilidades e conhecimentos necessários
• Criar a identidade visual do projeto.
• Criar as telas do curso on-line.
• Criar animações e ilustrações.
• Revisar os padrões definidos no
conjunto da aplicação.
• Conhecer sobre computação gráfica.
• Ter facilidade de comunicação.
• Ter criatividade.
• Ser detalhista.
• Ter conhecimento em usabilidade.
Programador
Desenvolve o curso on-line utilizando algum sistema ou linguagem de
programação. Atua como consultor técnico quanto a limitações e possibilidades
de desenvolvimento do projeto.
77
Principais atividades Habilidades e conhecimentos necessários
• Revisar storyboard.
• Programar o curso on-line com base no
storyboard.
• Recomendar novas alternativas quando
as sugeridas forem complexas.
• Revisar tecnicamente o projeto.
• Ser detalhista.
• Conhecer sobre teste de software.
• Ter conhecimento de lógica de
programação.
• Ter raciocínio analítico.
Revisor (Funcional e Ortográfico)
O revisor ortográfico realiza a correção ortográfica e gramatical dos
textos do curso e o funcional faz a revisão para constatar se o curso foi
produzido conforme o que foi solicitado no storyboard, como também identifica
erros da produção e de usabilidade.
Principais atividades Habilidades e conhecimentos necessários
• Revisar o curso on-line com base no storyboard.
• Identificar os erros no curso revisado (bugs).
• Testar a usabilidade dos cursos produzidos.
• Revisar o texto do curso on-line
produzido.
• Saber ouvir.
• Ser detalhista.
• Ter facilidade de aprendizado.
Os cursos m-learning são desenvolvidos com a linguagem HTML
(abreviação para o texto em inglês HyperText Markup Language, que
significa Linguagem de Marcação de Hipertexto) usada para desenvolver
páginas na Web. Com a produção dos cursos em HTML é possível acessá-los
por meio de computadores pessoais e dispositivos móveis como smartphones
e tablets.
78
Imagem 18 – Tela do curso m-learning.
A identidade visual do curso m-learning foi projetada para ser utilizada
em tablets e computadores pessoais com monitor de resolução 1024 por 768
pixels ou superior. A criação da interface gráfica seguiu as especificações
técnicas do manual da marca e de usabilidade para facilitar as interações entre
os alunos e a navegação no curso on-line.
Imagem 19 – Tela de Ajuda do curso m-learning.
79
Imagem 20 – Tela interativa do curso m-learning.
O curso foi elaborado com o modelo de design instrucional fixo que é
quando o designer instrucional projeta o conteúdo fechado, inalterável.
Segundo Filatro (2008), um curso produzido com DI fixo é rico em conteúdos
bem estruturados, mídias selecionadas e feedbacks automatizados. Em muitas
ocasiões, dispensa a participação de um educador durante a execução e é
dirigido à educação de massa. O conteúdo foi desenvolvido com tempo médio
de estudo on-line de trinta minutos por curso entre telas de conceitos,
exercícios de fixação e simulações de manuseio das funções dos produtos
Electrolux.
80
Imagem 21 – Tela de simulação.
4.4 – Resultados
Após a implementação de setenta cursos na modalidade m-learning no
AVA Eluxcity da empresa Electrolux, foram levantados os seguintes dados:
Acesso dos alunos: 100%;
E-mails enviados para os alunos: 4.521;
Acessos nos primeiros 9 meses: 49.863.
Na pesquisa de satisfação realizada com os promotores de vendas no
final do primeiro ano do programa (2013), ficou comprovado o sucesso do
projeto pelos alunos por meio dos dados abaixo.
81
Pergunta realizada na pesquisa: Qual a sua opinião geral sobre o
programa de treinamento Escola do Varejo de 2013?
Alternativas: Ótimo (contribuiu muito para que eu possa desenvolver
melhor o meu trabalho), Bom (contribuiu para desenvolver melhor o meu
trabalho), Regular (contribuiu pouco para o meu trabalho) e Ruim (não
contribuiu em nada para o meu trabalho).
Podemos observar no gráfico que a soma dos alunos que responderam
“Ótimo” e “Bom” teve 98,9% e apenas 0,7% responderam “Regular” e “Ruim”.
Atualmente, com a plena satisfação dos alunos e com o sucesso obtido através
do programa de capacitação Escola do Varejo, a empresa Elextrolux iniciou a
implementação em toda a América Latina e também está produzindo novos
cursos m-learning para atualizar e ampliar o projeto.
82
CAPÍTULO 5 – CONCLUSÃO
A utilização de dispositivos móveis como smartphones e tablets cresce
constantemente, impulsionada pelo avanço da tecnologia de hardware. Este
cenário é também devido ao avanço das TIC que potencializam os recursos da
educação on-line e viabilizam a modalidade m-learning para o processo de
ensino-aprendizagem.
Esta dissertação pesquisou as iniciativas de m-learning no cenário
brasileiro de educação on-line. Os dados coletados durante a pesquisa,
realizada com vinte e cinco instituições dos segmentos farmacêutico,
acadêmico, automobilístico, saúde, seguradora e financeiro, possibilitaram
compreender como estamos utilizando o m-learning.
Apesar da grande utilização de dispositivos móveis pelas pessoas nos
dias de hoje, o m-learning não está muito difundido no mercado brasileiro de
educação on-line. As pessoas estão utilizando dispositivos móveis, as
tecnologias atuais propiciam o uso de m-learning e, apesar da relevância do
tema, a maioria das instituições de ensino e empresas não aderiram à
educação por meio de dispositivos móveis.
Para verificar se o mercado brasileiro de educação on-line está
utilizando m-learning, foi realizada uma pesquisa que coletou os dados
apresentados a seguir.
A maioria das instituições de ensino e grandes empresas que
responderam o questionário não utiliza m-learning. O motivo alegado pela
83
maioria que respondeu não utilizar é a falta de orçamento para implementar e
desenvolver cursos m-learning.
Quem utiliza m-learning respondeu que o principal motivo para sua
implementação foi a praticidade que essa modalidade proporciona, como
acessar os cursos on-line em qualquer lugar e horário. As implementações em
2014 (55% das respostas) dobraram em relação a 2013 (27% das respostas).
Se continuar neste ritmo, a adoção do m-learning pode crescer
consideravelmente nos próximos anos.
Os alunos desta modalidade de ensino-aprendizagem têm de 26 a 40
anos e já concluíram a graduação. Eles acessam os cursos que têm duração
média de uma hora de estudo on-line por meio de um LMS. O dispositivo móvel
mais utilizado para estudar é o tablet.
A maioria das respostas indicou que na implementação do projeto m-
learning houve resistência por parte dos alunos para utilizar esta modalidade e
que o LMS foi substituído ou atualizado, pois não tinha suporte para
dispositivos móveis.
O maior inibidor para implementar m-learning, segundo os participantes
da pesquisa, é o tempo de desenvolvimento que está relacionado ao prazo da
instalação do LMS e da produção de cursos on-line compatíveis com
dispositivos móveis.
A grande maioria dos respondentes (82%) implementou o m-learning
pela rapidez no processo de ensino-aprendizagem, ou seja, o aluno pode
acessar o curso on-line no local e horário desejado.
84
Os respondentes indicaram que não conseguiram sanar completamente
as necessidades de aprendizagem com o m-learning, mas eles foram
parcialmente resolvidos, porém, as instituições de ensino e empresas
pretendem continuar ou ampliar seus projetos desta modalidade.
O desejo de continuar ou ampliar o projeto de m-learning está presente
em mais de 80% dos respondentes, mas os investimentos destinados para
viabilizar a expansão não foram definidos pela maioria.
Foi com grande interesse e curiosidade que realizei esta pesquisa com
vinte e cinco participantes, resultando nos dados sobre a implementação, o
perfil dos alunos (público-alvo), a utilização, as dificuldades, os resultados
obtidos e os investimentos para viabilizar e manter os projetos m-learning. Este
trabalho se diferencia por apresentar dados obtidos por meio de uma pesquisa
quantitativa sobre a utilização de m-learning em instituições de ensino e em
grandes empresas que atuam em todo território brasileiro.
Com base nas referências bibliográficas e nos dados adquiridos na
pesquisa de campo, pudemos constatar que a utilização da modalidade m-
learning para os processos de ensino-aprendizagem é um caminho natural e
sem volta, que vai mudar rapidamente de um conceito para uma realidade. Os
dados mostraram que a implementação de m-learning vem crescendo
consideravelmente e quem já utiliza esta modalidade pretende continuar ou
ampliar seus projetos.
De acordo com o relatório Panorama Tecnológico NMC 2014 das
Universidades Brasileiras publicado pela Horizon Report, as instituições
brasileiras de ensino estão adotando aplicativos em seus currículos e
85
modificando sites, materiais educacionais, recursos e ferramentas para que
eles estejam otimizados para dispositivos móveis.
Por fim, este projeto não tem a pretensão de apresentar conclusões
definitivas ou fechadas sobre o tema em questão. Procurou-se investigar as
iniciativas de utilização de m-learning no cenário brasileiro de educação on-line.
O m-learning pode ajudar no processo de ensino-aprendizagem, mas
devemos ficar atentos quanto ao uso de seus recursos. Segundo Judson e
Sawara (2006), não é a tecnologia em si que proporciona uma aprendizagem
eficaz. Ela deve ser usada em um contexto de aprendizagem para proporcionar
um ambiente rico em interações entre os alunos como base para a construção
do conhecimento.
86
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95
APÊNDICES
APÊNDICE A - Questionário para levantamento da utilização de m-
learning no mercado brasileiro.
Identificação
Nome:
E-mail:
Empresa:
Cargo:
Autorização
Autorizo a publicação do resultado desta pesquisa na dissertação “O cenário
do m-learning no mercado brasileiro” que será elaborada para o curso de
mestrado em Tecnologias da Inteligência e Design Digital da PUC-SP.
A sua organização utiliza m-learning?
(M-learning ou mobile learning é a aprendizagem por meio de dispositivos
móveis, como, por exemplo, smartphone e tablet).
( ) Sim.
( ) Não.
1 – Implementação
1.1 – Objetivo
Por que a sua empresa implementou m-learning?
96
( ) Tendência.
( ) Custo-benefício.
( ) Efetividade de aprendizagem.
( ) Praticidade.
( ) Outros. ___________________________________
1.2 – Plataforma
Como o aluno acessa os cursos m-learning?
( ) LMS.
( ) Intranet.
( ) Aplicativo.
( ) Internet (link web).
( ) Outros. ___________________________________
1.3 – Desenvolvimento
Qual o processo de desenvolvimento de cursos m-learning?
( ) Interno (desenvolvido por uma equipe interna).
( ) Externo (desenvolvido por um fornecedor).
1.4 – Início
Em que ano o m-learning foi implantado em sua empresa?
( ) 2010 ou antes.
( ) 2011.
( ) 2012.
97
( ) 2013.
( ) 2014.
1.5 - Envolvimento
Quem se envolve nos projetos de m-learning?
( ) Pró-reitoria acadêmica.
( ) Tecnologia da informação.
( ) Universidade corporativa.
( ) Recursos humanos/treinamento e desenvolvimento.
( ) Professores.
( ) Alta gerência.
( ) Outros. ___________________________________
2 – Público-alvo
2.1 – Idade
Qual a faixa etária dos alunos que utilizam m-learning?
( ) 01 – 18.
( ) 19 – 25.
( ) 26 – 40.
( ) 41 – 50.
( ) Acima de 51 anos.
2.2 – Formação
Qual a formação dos alunos de m-learning?
98
( ) Educação infantil.
( ) Ensino fundamental.
( ) Ensino médio.
( ) Graduação.
( ) Pós-graduação.
2.3 – Profissão
Qual a profissão dos alunos de m-learning?
( ) Tecnologia da informação.
( ) Comercial/vendas.
( ) Professor.
( ) Estudante.
( ) Outros. ___________________________________
2.4 - Quantidade de alunos
Qual a quantidade de alunos nos cursos m-learning?
( ) 1 – 100.
( ) 101 – 500.
( ) 501 – 1000.
( ) 1001 – 5000.
( ) Acima de 5000 alunos.
2.5 - Sexo
Qual é o sexo da maioria dos alunos que acessam os cursos de m-
learning?
99
( ) Igual. 50% masculino e 50% feminino.
( ) Maioria masculino. 75% masculino e 25% feminino.
( ) Maioria feminino. 25% masculino e 75% feminino.
( ) Não sei informar.
( ) Outros. ___________________________________
3 – Utilização
3.1 – Tempo de estudo
Qual é o tempo médio mensal que o aluno fica estudando nos cursos m-
learning?
( ) Até 1h.
( ) 1h – 3h.
( ) 3h – 5h.
( ) 5h – 10h.
( ) Mais que 10h.
3.2 – Quantidade de curso
Quantos cursos a sua empresa tem no formato m-learning?
( ) 1 – 5.
( ) 6 – 10.
( ) 11 – 20.
( ) 21 – 50.
( ) Acima de 51 cursos.
100
3.3 – Formato
Qual o formato do seu curso m-learning?
( ) Aplicativo (app) – download pela Apple Store, Google Play, etc.
( ) Web – curso acessado pela plataforma (LMS) ou na web.
3.4 – Acesso (localidade)
Onde os alunos acessam os cursos m-learning?
( ) Escola.
( ) Empresa.
( ) Casa.
( ) Transporte/trânsito.
( ) Outros. ___________________________________
3.5 - Dispositivo (modelos utilizados)
Qual o tipo de dispositivo móvel mais utilizado para m-learning?
( ) Smartphone.
( ) Tablet.
( ) E-reader.
( ) Notebook.
( ) Outros. ___________________________________
4 – Dificuldade
4.1 - Utilização
Na sua opinião, qual a maior dificuldade para a utilização de m-learning?
( ) O desenvolvimento de m-learning é muito caro.
101
( ) Investimento em software.
( ) Investimento em infraestrutura.
( ) Resistência por parte dos funcionários.
( ) Outros. ___________________________________
4.2 – Plataforma
Você teve dificuldade com o acesso aos cursos por meio da sua
plataforma LMS (Learning Management System) de m-learning? Ela
suporta o acesso de dispositivo móvel?
( ) Sim. A plataforma suporta acesso de multidispositivo (PC e mobile).
( ) Sim. A plataforma tem um aplicativo para dispositivo móvel.
( ) Não. A plataforma não tem esse tipo de suporte. Foi necessário instalar
outra plataforma.
4.3 – Motivação do público-alvo
Qual a maior dificuldade para manter o aluno motivado a acessar o curso
m-learning?
( ) Obrigatório – o curso é obrigatório.
( ) Premiação – existe uma premiação para quem concluir o curso.
( ) Certificação – o aluno recebe um certificado de conclusão de curso.
( ) Opcional – não tem nenhuma estratégia motivacional, o acesso aos cursos
é opcional.
( ) Outros. ___________________________________
4.4 - Inibidor
Qual o maior inibidor para transformar seus cursos e-learning em m-
102
learning?
( ) Tempo de implantação do projeto.
( ) Orçamento oferecido pelo fornecedor de m-learning.
( ) Fase de planejamento instrucional junto ao cliente.
( ) Resistência por parte dos alunos.
( ) Outros. ___________________________________
4.5 - Atualidade
Qual o estágio dos projetos de m-learning na sua empresa?
( ) Execução de projeto piloto.
( ) Desenvolvimento de solução proprietária.
( ) Fase de implantação e integração com outros sistemas.
( ) Projeto implantado e em operação.
( ) Outros. ___________________________________
5 – Resultados
5.1 - Estratégia
Já existe uma estratégia de utilização de m-learning bem definida em sua
empresa?
( ) Não, e não faz parte dos planos.
( ) Não, porém faz parte dos planos.
( ) Sim, em fase de elaboração.
( ) Sim, já implantada.
103
5.2 – Expectativas
O que você espera com a utilização de m-learning?
( ) Redução de custos de viagens.
( ) Redução de custos internos com curso presencial.
( ) Maior rapidez no processo de ensino-aprendizagem.
( ) Maior permanência dos alunos nos postos de trabalho.
( ) Outros.
5.3 - Foco
O foco dos cursos m-learning será?
( ) Treinamentos para força de vendas.
( ) Treinamento para clientes.
( ) Treinamento para funcionários.
( ) Ensino-aprendizagem para alunos.
( ) Venda de curso on-line.
( ) Outros. ___________________________________
5.4 – Continuação/Ampliação
A sua empresa pretende continuar com os projetos de m-learning?
( ) Sim.
( ) Não.
5.5 – Resolveu seu problema
Os cursos m-learning da sua empresa alcançaram os resultados
esperados?
( ) Sim.
104
( ) Parcialmente.
( ) Não.
6 – Investimento
6.1 – Anual
Sua empresa já definiu um orçamento específico de investimentos em m-
learning para o próximo ano?
( ) Sim.
( ) Não.
6.2 – Programado
Se a sua organização já definiu um orçamento de m-learning para o
próximo ano, o valor total está entre qual das faixas de investimento
abaixo?
( ) Menos de R$ 50.000,00.
( ) Entre R$ 50.000,00 – R$ 100.000,000.
( ) Entre R$ 100.000,00 – R$ 300.000,00.
( ) Entre R$ 300.000,00 – R$ 500.000,00.
( ) Mais que R$ 500.000,00
( ) Ainda não definiu.
( ) Nada.
6.3 – TI e infraestrutura
Do orçamento total previsto, quanto está planejado para ser investido em
105
tecnologia e infraestrutura (gerenciadores LMS, hardware, software de
colaboração, softwares de autoria, etc.)?
( ) Menos de R$ 50.000,00.
( ) Entre R$ 50.000,00 – R$ 100.000,000.
( ) Entre R$ 100.000,00 – R$ 300.000,00.
( ) Entre R$ 300.000,00 – R$ 500.000,00.
( ) Mais que R$ 500.000,00.
( ) Ainda não definiu.
( ) Nada.
6.4 – Conteúdo
Quanto está planejando para ser investido em conteúdo para m-learning
(novos cursos)?
( ) Menos de R$ 50.000,00.
( ) Entre R$ 50.000,00 – R$ 100.000,000.
( ) Entre R$ 100.000,00 – R$ 300.000,00.
( ) Entre R$ 300.000,00 – R$ 500.000,00.
( ) Mais que R$ 500.000,00.
( ) Ainda não definiu.
( ) Nada.
6.5 – Serviços
Quanto está planejado para ser investido em serviços para m-learning
(consultoria, integração de sistemas, capacitação de equipe e
divulgação)?
106
( ) Menos de R$ 50.000,00.
( ) Entre R$ 50.000,00 – R$ 100.000,000.
( ) Entre R$ 100.000,00 – R$ 300.000,00.
( ) Entre R$ 300.000,00 – R$ 500.000,00.
( ) Mais que R$ 500.000,00.
( ) Ainda não definiu.
( ) Nada.
Você ainda NÃO utiliza m-learning.
Por que a sua instituição não utiliza m-learning?
Não conheço os benefícios do m-learning.
Não preciso dos benefícios do m-learning.
Não tenho orçamento para implementar m-learning.
Não tenho LMS (Learning Management System).
Meu LMS não suporta os recursos da modalidade m-learning.
Os alunos não têm dispositivos móveis.
Outros: __________________
107
APÊNDICE B - Respostas do questionário:
Data Empresa CargoAutorização de publicação
dos dados coletados
29/10/2014 Blue Tree Hotels Analista de Treinamento Sim
05/11/2014 Opet Coordenador de Educação a Distância Sim
05/12/2014 Electrolux Supervisor de treinamento latam Sim
17/12/2014 OAS Responsável T&D Sim
21/12/2014 Senac São Paulo Especialista em EaD Sim
22/12/2014 Grace Brasil Ltda. Especialista de RH Sim
22/12/2014 CPFL Energia Analista de Recursos Humanos Sim
22/12/2014 Itau Coordenadora de Treinamento Sim
23/12/2014 MMCB Treinamento Sim
23/12/2014 Cargill L&D Lead Latin America Sim
23/12/2014 Vivo Analista de Treinamento Sr. Sim
05/11/2014 Avon Compradora Sim
05/11/2014 Vale SA Gerente de Educação e R&S Regional RJ Sim
18/11/2014 Hotelaria Accor Coordenador EAD Sim
19/12/2014 Óticas Carol Analista de RH Sim
19/12/2014 Walmart Brasil Consultor de RH Sim
19/12/2014 Kroton Coordenador de T&D Sim
22/12/2014 IFRJ Professor Sim
23/12/2014 Sascar Analista de Treinamento Sim
23/12/2014 Aché Laboratórios Farmacêuticos Analista de PCP Pleno Sim
05/01/2015 Brasil Kirin DHO Sim
23/12/2014 Banco Volkswagen Analista de Treinamento Sim
22/12/2014 CPTM Assessor executivo Sim
23/12/2014 Escola Divino Mestre Secretario Sim
25/10/2014 Hospital Sírio-Libanês Especialista Gestão de Pessoas Sim
Informações Gerais
108
A sua organização
utiliza m-learning?
Por que a sua instituição não utiliza m-
learning?
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Não Não conheço os benefícios do m-learning.
Não Ainda estao em estudo
Não Nossa estratégia é baseada nas estações de
trabalho onde atingimos 100% do nosso
público. Apenas gestores possuem
dispositivos móveis da empresa e esse público
é menor que 5% da população alvo, não
valeria o investimento.
Não Os alunos não têm dispositivos móveis.
Não Não tenho LMS (Learning Management
System). Meu LMS não suporta os recursos da
modalidade m-learning. Os alunos não têm
dispositivos móveis.
Não Não tenho orçamento para implementar m-
learning. Os alunos não têm dispositivos
móveis.
Não Não tenho orçamento para implementar m-
learning.
Não Não conheço os benefícios do m-learning. Não
tenho orçamento para implementar m-
learning.
Não Não tenho orçamento para implementar m-
learning.
Não Não tenho orçamento para implementar m-
learning. Os alunos não têm dispositivos
móveis.
Não Não tenho orçamento para implementar m-
learning. Os alunos não têm dispositivos
móveis.
Não Não tenho orçamento para implementar m-
learning.
Não Não tenho orçamento para implementar m-
learning.
Não Meu LMS não suporta os recursos da
modalidade m-learning.
Utilização de m-learning
109
1.1 – Objetivo 1.2 – Plataforma 1.3 – Desenvolvimento 1.4 – Início 1.5 - Envolvimento
Praticidade. LMS. Interno (desenvolvido por
uma equipe interna).
2014 Universidade corporativa.
Efetividade de
aprendizagem.
Aplicativo. Externo (desenvolvido por
um fornecedor).
2014 Tecnologia da informação.
Praticidade. LMS. Externo (desenvolvido por
um fornecedor).
2013 mkt corporativo
(treinamento)
Custo-
benefício.
LMS. Externo (desenvolvido por
um fornecedor).
2014 Recursos
humanos/treinamento e
desenvolvimento.
Praticidade. LMS. Interno (desenvolvido por
uma equipe interna).
2013 Tecnologia da informação.
Praticidade. Internet (link web). Externo (desenvolvido por
um fornecedor).
2014 Recursos
humanos/treinamento e
desenvolvimento.
Praticidade. Aplicativo. Interno (desenvolvido por
uma equipe interna).
2014 Universidade corporativa.
Para um piloto
junto aos
lideres
LMS. Externo (desenvolvido por
um fornecedor).
2010 ou
antes.
Alta gerência.
Nao
implementou
plenamente
ainda, mas
todos os
topicos acima
sao validos.
Aplicativo. Externo (desenvolvido por
um fornecedor).
2014 Recursos
humanos/treinamento e
desenvolvimento.
Praticidade. LMS. Externo (desenvolvido por
um fornecedor).
2013 Recursos
humanos/treinamento e
desenvolvimento.
Efetividade de
aprendizagem.
LMS. Externo (desenvolvido por
um fornecedor).
2010 ou
antes.
Recursos
humanos/treinamento e
desenvolvimento.
1 – Implementação
110
2.1 – Idade 2.2 – Formação 2.3 – Profissão2.4 - Quantidade
de alunos2.5 - Sexo
26 – 40. Graduação. Comercial/vendas. 1 – 100.Igual. 50% masculino
e 50% feminino.
01 – 18. Ensino médio. Estudante. 1 – 100. Não sei informar.
26 – 40. Ensino médio. Comercial/vendas. 101 – 500.
Maioria feminino. 25%
masculino e 75%
feminino.
26 – 40. Pós-graduação. Diversos. 1001 – 5000.
Maioria masculino.
75% masculino e
25% feminino.
19 – 25. Graduação. Estudante. 1001 – 5000. Não sei informar.
26 – 40. Graduação.Colaboradores de
uma modo geral.501 – 1000.
Maioria masculino.
75% masculino e
25% feminino.
26 – 40. Graduação.
Vários eletricistas,
administrativos,
analistas publico
variado.
Acima de 5000
alunos.Não sei informar.
26 – 40. Pós-graduação.diversos
corporativo.1001 – 5000. Não sei informar.
19 – 25. Ensino médio. Comercial/vendas. 1001 – 5000. Não sei informar.
26 – 40. Graduação. Diversos. 1 – 100.Igual. 50% masculino
e 50% feminino.
19 – 25. Graduação. Comercial/vendas.Acima de 5000
alunos.Não sei informar.
2 – Público-alvo
111
3.1 – Tempo
de estudo
3.2 – Quantidade
de curso
3.3 – Formato 3.4 – Acesso (localidade) 3.5 - Dispositivo
(modelos utilizados)
Até 1h. 1 – 5. Web – curso acessado pela
plataforma (LMS) ou na web.
Empresa. Tablet.
3h – 5h. 1 – 5. Aplicativo (app) – download pela
Apple Store, Google Play, etc.
Escola. Tablet.
1h – 3h. Acima de 51
cursos.
Web – curso acessado pela
plataforma (LMS) ou na web.
Revendas Tablet.
Até 1h. 6 – 10. Web – curso acessado pela
plataforma (LMS) ou na web.
Empresa. Tablet.
Até 1h. 1 – 5. Web – curso acessado pela
plataforma (LMS) ou na web.
Casa. Smartphone.
Até 1h. 21 – 50. Web – curso acessado pela
plataforma (LMS) ou na web.
Empresa. todos
Até 1h. Acima de 51
cursos.
Aplicativo (app) – download pela
Apple Store, Google Play, etc.
Todos acima Smartphone.
1h – 3h. 1 – 5. Web – curso acessado pela
plataforma (LMS) ou na web.
Empresa. Smartphone.
Até 1h. 6 – 10. Aplicativo (app) – download pela
Apple Store, Google Play, etc.
Onde quiserem, mas precisa
ter wifi porque os alunos não
querem gastar o próprio 3g.
Smartphone.
1h – 3h. 1 – 5. Web – curso acessado pela
plataforma (LMS) ou na web.
Diversos Tablet.
1h – 3h. Acima de 51
cursos.
Web – curso acessado pela
plataforma (LMS) ou na web.
Empresa. Notebook.
3 – Utilização
112
4.1 - Utilização 4.2 – Plataforma 4.3 – Motivação do
público-alvo
4.4 - Inibidor 4.5 - Atualidade
Investimento em
infraestrutura.
Não. A plataforma tem um
aplicativo para dispositivo
móvel.
Opcional – não tem
nenhuma estratégia
motivacional, o acesso
aos cursos é opcional.
Tempo de implantação
do projeto.
Execução de projeto
piloto.
O desenvolvimento de
m-learning é muito
caro.
Sim. A plataforma não tem
esse tipo de suporte. Foi
necessário instalar outra
plataforma.
Obrigatório – o curso é
obrigatório.
Orçamento oferecido
pelo fornecedor de m-
learning.
Execução de projeto
piloto.
Limitações de
desenvolvimento
Não. A plataforma suporta
acesso de multidispositivo
(PC e mobile).
Obrigatório – o curso é
obrigatório.
Todos os nossos
cursos já esção em M-
Learning
Projeto implantado e
em operação.
Restrição da tecnologia
de desenvolvimento e
acesso
Não. A plataforma suporta
acesso de multidispositivo
(PC e mobile).
Opcional – não tem
nenhuma estratégia
motivacional, o acesso
aos cursos é opcional.
Deficiência tecnológica
da linguagem de
programação.
Fase de implantação
e integração com
outros sistemas.
Resistência por parte
dos funcionários.
Não. A plataforma tem um
aplicativo para dispositivo
móvel.
Opcional – não tem
nenhuma estratégia
motivacional, o acesso
aos cursos é opcional.
Tempo de implantação
do projeto.
Desenvolvimento de
solução proprietária.
Resistência por parte
dos funcionários.
Não. A plataforma tem um
aplicativo para dispositivo
móvel.
Alguns cursos como
ética são obrigatorios
outros são para o
desenvolvimento
profissional
Fase de planejamento
instrucional junto ao
cliente.
Fase de implantação
e integração com
outros sistemas.
Resistência por parte
dos funcionários.
Não. A plataforma suporta
acesso de multidispositivo
(PC e mobile).
Cursos para
autodesenvolvimento.
Tempo de implantação
do projeto.
Projeto implantado e
em operação.
Investimento em
infraestrutura.
Sim. A plataforma não tem
esse tipo de suporte. Foi
necessário instalar outra
plataforma.
Autodesenvolvimento. Resistência por parte
dos alunos.
Fizemos somente um
piloto, mas não
demos continuidade
por não termos infra
adequada
padronizada para
suportar a utilização.
Todas as opcoes
acima fazem parte do
processo, sem
excessao
Sim. A plataforma não tem
esse tipo de suporte. Foi
necessário instalar outra
plataforma.
Existe premiação, mas
ela ainda não é
motivadora , o que torna
mais uma resistencia.
Orçamento oferecido
pelo fornecedor de m-
learning.
Desenvolvimento de
solução proprietária.
Investimento em
infraestrutura.
Sim. A plataforma não tem
esse tipo de suporte. Foi
necessário instalar outra
plataforma.
Opcional – não tem
nenhuma estratégia
motivacional, o acesso
aos cursos é opcional.
Tecnologia nova, pouco
se sabe da eficácia.
Fase de implantação
e integração com
outros sistemas.
Resistência por parte
dos funcionários.
Sim. A plataforma não tem
esse tipo de suporte. Foi
necessário instalar outra
plataforma.
Obrigatório – o curso é
obrigatório.
Tempo de implantação
do projeto.
Projeto implantado e
em operação.
4 – Dificuldade
113
5.1 - Estratégia 5.2 – Expectativas 5.3 - Foco 5.4 – Continuação/
Ampliação
5.5 – Resolveu
seu problema
Não, porém faz
parte dos planos.
Maior rapidez no processo
de ensino-aprendizagem.
Treinamento para
funcionários.
Sim. Sim.
Sim, em fase de
elaboração.
Maior rapidez no processo
de ensino-aprendizagem.
Ensino-aprendizagem
para alunos.
Sim. Parcialmente.
Sim, já implantada. Redução de custos internos
com curso presencial.
Treinamentos para
força de vendas.
Sim. Sim.
Sim, em fase de
elaboração.
Maior rapidez no processo
de ensino-aprendizagem.
Treinamento para
funcionários.
Não. Parcialmente.
Não, porém faz
parte dos planos.
Maior rapidez no processo
de ensino-aprendizagem.
Ensino-aprendizagem
para alunos.
Sim. Parcialmente.
Sim, já implantada. Maior rapidez no processo
de ensino-aprendizagem.
Treinamento para
funcionários.
Sim. Sim.
Sim, já implantada. Maior rapidez no processo
de ensino-aprendizagem.
Aprimoramento das
competencias do
Sim. Parcialmente.
Não, e não faz parte
dos planos.
Maior rapidez no processo
de ensino-aprendizagem.
consulta de materiais
de apoio, cursos
rapidos, videos rapidos
Não. Parcialmente.
Sim, em fase de
elaboração.
Maior rapidez no processo
de ensino-aprendizagem.
Treinamentos para
força de vendas.
Sim. Parcialmente.
Não, porém faz
parte dos planos.
Mais uma ferramenta para
diversificar o portfólio de
aprendizagem.
Treinamento para
funcionários.
Sim. Parcialmente.
Sim, já implantada. Maior rapidez no processo
de ensino-aprendizagem.
Treinamentos para
força de vendas.
Sim. Parcialmente.
5 – Resultados
6.1 – Anual 6.2 – Programado 6.3 – TI e infraestrutura 6.4 – Conteúdo 6.5 – Serviços
Não. Ainda não definiu. Ainda não definiu. Ainda não definiu. Ainda não definiu.
Não. Ainda não definiu. Entre R$ 50.000,00 –
R$ 100.000,000.
Menos de
R$ 50.000,00.
Ainda não definiu.
Sim. Mais que R$
500.000,00
Entre R$ 100.000,00 –
R$ 300.000,00.
Entre
R$ 300.000,00 –
R$ 500.000,00.
Entre R$ 100.000,00 –
R$ 300.000,00.
Não. Nada. Nada. Nada. Nada.
Não. Ainda não definiu. Ainda não definiu. Ainda não definiu. Ainda não definiu.
Sim. Ainda não definiu. Ainda não definiu. Ainda não definiu. Ainda não definiu.
Não. Ainda não definiu. Entre R$ 300.000,00 –
R$ 500.000,00.
Ainda não definiu. Nada.
Não. Ainda não definiu. Entre R$ 300.000,00 –
R$ 500.000,00.
Ainda não definiu. Ainda não definiu.
Não. Ainda não definiu. Ainda não definiu. Ainda não definiu. Ainda não definiu.
Não. Menos de R$
50.000,00.
Menos de R$ 50.000,00. Menos de
R$ 50.000,00.
Menos de
R$ 50.000,00.
Sim. Entre R$ 100.000,00
– R$ 300.000,00.
Menos de R$ 50.000,00. Menos de
R$ 50.000,00.
Nada.
6 – Investimento
114
APÊNDICE C – Gráficos com os resultados da pesquisa
Das vinte e cinco respostas computadas no resultado da pesquisa,
constatou-se que a maioria não utiliza os recursos da modalidade m-learning.
Utilização de m-learning.
Implementação
Pergunta (1.1 - Objetivo): Por que a sua empresa implementou m-learning?
Alternativas: Tendência, Custo-benefício, Efetividade de aprendizagem,
Praticidade e Outros.
Resultados obtidos:
115
Objetivo da implementação de m-learning.
Pergunta (1.2 - Plataforma): Como o aluno acessa os cursos m-learning?
Alternativas: LMS, Intranet, Aplicativo, Internet (link web) e Outros.
Resultados obtidos:
Formato da plataforma m-learning.
Pergunta (1.3 – Desenvolvimento): Qual o processo de desenvolvimento de
cursos m-learning?
116
Alternativas: Interno (desenvolvido por uma equipe interna) e Externo
(desenvolvido por um fornecedor).
Resultados obtidos:
Desenvolvimento dos cursos m-learning.
Pergunta (1.4 – Início): Em que ano o m-learning foi implantado em sua
empresa?
Alternativas: 2010 ou antes, 2011, 2012, 2013 e 2014.
Resultados obtidos:
117
Início da utilização de m-learning.
Pergunta (1.5 – Envolvimento): Quem se envolve nos projetos de m-learning?
Alternativas: Pró-reitoria acadêmica, Tecnologia da informação, Universidade
corporativa, Recursos humanos/treinamento e desenvolvimento, Professores,
Alta gerência e Outros.
Resultados obtidos:
Envolvimento na implementação de m-learning.
118
Público-alvo
Pergunta (2.1 – Idade): Qual a faixa etária dos alunos que utilizam m-learning?
Alternativas: 01 – 18, 19 – 25, 26 – 40, 41 – 50 e Acima de 51 anos.
Resultados obtidos:
Idade dos alunos.
Pergunta (2.2 – Formação): Qual a formação dos alunos de m-learning?
Alternativas: Educação infantil, Ensino fundamental, Ensino médio, Graduação
e Pós-graduação.
Resultados obtidos:
119
Formação dos alunos.
Pergunta (2.3 – Profissão): Qual a profissão dos alunos de m-learning?
Alternativas: Tecnologia da informação, Comercial/vendas, Professor,
Estudante e Outros.
Resultados obtidos:
Profissão dos alunos.
120
Pergunta (2.4 - Quantidade de alunos): Qual a quantidade de alunos nos
cursos m-learning?
Alternativas: 1 – 100, 101 – 500, 501 – 1000, 1001 – 5000 e Acima de 5000
alunos.
Resultados obtidos:
Quantidade de alunos.
Pergunta (2.5 – Sexo): Qual é o sexo da maioria dos alunos que acessam os
cursos de m-learning?
Alternativas: Igual. 50% masculino e 50% feminino, Maioria masculino. 75%
masculino e 25% feminino, Maioria feminino. 25% masculino e 75% feminino,
Não sei informar e Outros.
Resultados obtidos:
121
Sexo dos alunos.
Utilização
Os dados analisados referentes à utilização definiram qual o tempo médio que
o aluno estuda por meio do m-learning, o local em que ele acessa o conteúdo,
o dispositivo móvel utilizado para estudar, a quantidade de cursos disponíveis e
o seu formato.
Pergunta (3.1 – Tempo de estudo): Qual é o tempo médio mensal que o aluno
fica estudando nos cursos m-learning?
Alternativas: Até 1h, 1h – 3h, 3h – 5h, 5h – 10h e Mais que 10h.
Resultados obtidos:
122
Tempo médio de estudo dos alunos.
Pergunta (3.2 – Quantidade de curso): Quantos cursos a sua empresa tem no
formato m-learning?
Alternativas: 1 – 5, 6 – 10, 11 – 20, 21 – 50 e Acima de 51 cursos.
Resultados obtidos:
Quantidade de cursos m-learning.
123
Pergunta (3.3 – Formato): Qual o formato do seu curso m-learning?
Alternativas: Aplicativo (app) – download pela Apple Store, Google Play, etc. e
Web – curso acessado pela plataforma (LMS) ou na web.
Resultados obtidos:
Formato dos cursos m-learning.
Pergunta (3.4 – Acesso): Onde os alunos acessam os cursos m-learning?
Alternativas: Escola, Empresa, Casa, Transporte/trânsito e Outros.
Resultados obtidos:
124
Local de acesso aos cursos m-learning.
Pergunta (3.5 - Dispositivo - modelos utilizados): Qual o tipo de dispositivo
móvel mais utilizado para m-learning?
Alternativas: Smartphone, Tablet, E-reader, Notebook e Outros.
Resultados obtidos:
Dispositivos móveis utilizados para estudar.
125
Dificuldades
Pergunta (4.1 – Utilização): Na sua opinião, qual a maior dificuldade para a
utilização de m-learning?
Alternativas: O desenvolvimento de m-learning é muito caro, Investimento em
software, Investimento em infraestrutura, Resistência por parte dos
funcionários, Outros.
Resultados obtidos:
Dificuldade de utilização de m-learning.
Pergunta (4.2 – Plataforma): Você teve dificuldade com o acesso aos cursos
por meio da sua plataforma LMS (Learning Management System) de m-
learning? Ela suporta o acesso de dispositivo móvel?
Alternativas: Sim. A plataforma suporta acesso de multidispositivo (PC e
mobile), Sim. A plataforma tem um aplicativo para dispositivo móvel, Não. A
plataforma não tem esse tipo de suporte. Foi necessário instalar outra
plataforma.
126
Resultados obtidos:
Dificuldade para acessar os cursos m-learning pela plataforma.
Pergunta (4.3 – Motivação do público-alvo): Qual a maior dificuldade para
manter o aluno motivado a acessar o curso m-learning?
Alternativas: Obrigatório – o curso é obrigatório, Premiação – existe uma
premiação para quem concluir o curso, Certificação – o aluno recebe um
certificado de conclusão de curso, Opcional – não tem nenhuma estratégia
motivacional, o acesso aos cursos é opcional e Outros.
Resultados obtidos:
127
Motivação para o aluno acessar o curso m-learning.
Pergunta (4.4 – Inibidor): Qual o maior inibidor para transformar seus cursos e-
learning em m-learning?
Alternativas: Tempo de implantação do projeto, Orçamento oferecido pelo
fornecedor de m-learning, Fase de planejamento instrucional junto ao cliente,
Resistência por parte dos alunos e Outros.
Resultados obtidos:
Inibidor para implementar m-learning.
128
Pergunta (4.5 – Atualidade): Qual o estágio dos projetos de m-learning na sua
empresa?
Alternativas: Execução de projeto piloto, Desenvolvimento de solução
proprietária, Fase de implantação e integração com outros sistemas, Projeto
implantado e em operação e Outros.
Resultados obtidos:
Fase do projeto m-learning.
Resultados
Pergunta (5.1 – Estratégia): Já existe uma estratégia de utilização de m-
learning bem definida em sua empresa?
Alternativas: Não, e não faz parte dos planos, Não, porém faz parte dos planos,
Sim, em fase de elaboração e Sim, já implantada.
Resultados obtidos:
129
Estratégia de utilização de m-learning.
Pergunta (5.2 – Expectativas): O que você espera com a utilização de m-
learning?
Alternativas: Redução de custos de viagens, Redução de custos internos com
curso presencial, Maior rapidez no processo de ensino-aprendizagem, Maior
permanência dos alunos nos postos de trabalho e Outros.
Resultados obtidos:
130
Expectativas com a utilização de m-learning.
Pergunta (5.3 – Foco): Qual será o foco dos cursos m-learning?
Alternativas: Treinamentos para força de vendas, Treinamento para clientes,
Treinamento para funcionários, Ensino-aprendizagem para alunos, Venda de
curso on-line e Outros.
Resultados obtidos:
Foco dos cursos m-learning.
131
Pergunta: (5.4 – Continuação/Ampliação): A sua empresa pretende continuar
com os projetos de m-learning?
Alternativas: Sim e Não.
Resultados obtidos:
Continuação do projeto m-learning.
Pergunta (5.5 – Resolveu seu problema): Os cursos m-learning da sua
empresa alcançaram os resultados esperados?
Alternativas: Sim, Parcialmente e Não.
Resultados obtidos:
132
Eficácia do curso m-learning.
Investimento
Pergunta (6.1 – Anual): Sua empresa já definiu um orçamento específico de
investimentos em m-learning para o próximo ano?
Alternativas: Sim e Não.
Resultados obtidos:
Investimento anual em m-learning.
133
Pergunta (6.2 – Programado): Se a sua organização já definiu um orçamento
de m-learning para o próximo ano, o valor total está entre qual das faixas de
investimento abaixo?
Alternativas: Menos de R$ 50.000,00, Entre R$ 50.000,00 – R$ 100.000,000,
Entre R$ 100.000,00 – R$ 300.000,00, Entre R$ 300.000,00 – R$ 500.000,00,
Mais que R$ 500.000,00, Ainda não definiu e Nada.
Resultados obtidos:
Investimento projetado.
Pergunta (6.3 – TI e infraestrutura): Do orçamento total previsto, quanto está
planejado para ser investido em tecnologia e infraestrutura (gerenciadores
LMS, hardware, software de colaboração, softwares de autoria, etc.)?
Alternativas: Menos de R$ 50.000,00, Entre R$ 50.000,00 – R$ 100.000,000,
Entre R$ 100.000,00 – R$ 300.000,00, Entre R$ 300.000,00 – R$ 500.000,00,
Mais que R$ 500.000,00, Ainda não definiu e Nada.
Resultados obtidos:
134
Invertimento em TI.
Pergunta (6.4 – Conteúdo): Quanto está planejando para ser investido em
conteúdo para m-learning (novos cursos)?
Alternativas: Menos de R$ 50.000,00, Entre R$ 50.000,00 – R$ 100.000,000,
Entre R$ 100.000,00 – R$ 300.000,00, Entre R$ 300.000,00 – R$ 500.000,00,
Mais que R$ 500.000,00, Ainda não definiu e Nada.
Resultados obtidos:
135
Investimento em conteúdo.
Pergunta (6.5 – Serviços): Quanto está planejado para ser investido em
serviços para m-learning (consultoria, integração de sistemas, capacitação de
equipe e divulgação)?
Alternativos: Menos de R$ 50.000,00, Entre R$ 50.000,00 – R$ 100.000,000,
Entre R$ 100.000,00 – R$ 300.000,00, Entre R$ 300.000,00 – R$ 500.000,00,
Mais que R$ 500.000,00, Ainda não definiu e Nada.
Resultados obtidos:
136
Investimento em serviços.
Não utiliza m-learning
A maior parte do público que respondeu o questionário não utiliza a modalidade
m-learning. Os motivos para não usar essa modalidade de ensino-
aprendizagem estão detalhados a seguir.
Pergunta: Por que a sua instituição/empresa não utiliza m-learning?
Alternativas: Não conheço os benefícios do m-learning, Não preciso dos
benefícios do m-learning, Não tenho orçamento para implementar m-learning,
Não tenho LMS (Learning Management System), Meu LMS não suporta os
recursos da modalidade m-learning, Os alunos não têm dispositivos móveis e
Outros.
Resultados obtidos:
137
Motivos para não utilizar m-learning.