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PRIMEIRA REPÚBLICA

PRIMEIRA REPÚBLICA. Nomenclatura O período da história política brasileira que vai de 1889 a 1930 costuma ser designado pelos historiadores de diferentes

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PRIMEIRA REPÚBLICA

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Nomenclatura• O período da história política brasileira que vai

de 1889 a 1930 costuma ser designado pelos historiadores de diferentes modos:– República Oligárquica– República do Café-com-Leite– República Velha– Primeira República

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Situação Política

• Com a República, o nº de eleitores cresceu em relação ao Império, mas não chegava a 10%

• O voto censitário foi abolido (baseado na renda econômica)

• Continuavam sem direito a voto: mulheres, analfabetos, padres, soldados e mendigos.

• Com a implementação do voto aberto, os políticos locais continuavam interferindo violentamente nas eleições, principalmente os coronéis, que deram nome ao coronelismo.

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Coronel

• No período regencial, os fazendeiros com postos de comando na Guarda Nacional recebiam o título de “coronel”. Mesmo depois de extinta a Guarda (em 1918), o título de coronel continuo a ser atribuído aos grandes proprietários de terra da Primeira República.

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Coronelismo

• Na Primeira República, a economia brasileira era essencialmente agrícola. Quase 70% da população trabalhava na agricultura e, por isso, subordinada aos coronéis.

• Os principais cargos estavam sujeitos à influência pessoal, por isso todos se aproximavam dos coronéis em busca de favores, o que caracterizava o clientelismo.

• Clientelismo: prática de premiar com favores públicos o grupo de pessoas que demonstrava fidelidade política aos coronéis.

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Voto de Cabresto• Em troca de “favores”, os coronéis exigiam que

os eleitores votassem nos candidatos por eles indicados. Quem se negasse ficava sujeito à violência dos jagunços ou capangas que trabalhavam nas fazendas e compunham grupos armados que perseguiam os inimigos do coronel.

• O voto aberto dado sob pressão ficou conhecido como voto de cabresto. Além disso, os coronéis praticavam fraudes para que seus candidatos vencessem as eleições.

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Voto de Cabresto

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Rede de Poder• O coronel mais poderoso de cada município

estabelecia alianças com outros fazendeiros para eleger o governador do estado.

• Depois de eleito,o governador retribuía o apoio recebido destinando verbas para a construção de obras nos municípios controlados pelos coronéis.

• Nessa rede de transmissão de poder montada pelas oligarquias,o coronel desempenhava importante papel, mantendo o poder nas mãos de um mesmo grupo.

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Política dos Governadores• Consistia basicamente na troca de favores. Os

governadores de estado davam seu apoio ao governo federal, ajudando a eleger deputados federais e senadores favoráveis ao presidente. O presidente, em retribuição, apoiava os governadores concedendo mais verbas, empregos e favores para seus aliados políticos.

• A política dos governadores reproduzia, no plano federal, a rede de compromissos e o clientelismo que já ligava os coronéis e os governadores dentro dos estados.

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Política do Café-com-Leite• Fazendo coligações com os agricultores de

outros estados, os políticos de MG e SP lideravam a vida política do país. Quase todos os presidentes desse período foram eleitos com o apoio de paulistas e mineiros.

• SP era o maior produtor de café; MG era o segundo, mas destacava-se também pela produção de leite. Nasceu daí o apelido para aliança entre o PRP e o PRM: Política do café-com-leite.

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O Café• O café representou mais de 50% dos lucros

das exportações brasileiras durante quase toda a 1ª República. Chegou a abastecer 2/3 do mercado internacional.

• Entusiasmados com os lucros e contando com a mão-de-obra imigrante assalariada, os cafeicultores aumentaram desmedidamente as plantações.

• A produção ultrapassou as necessidades de consumo e começou a enfrentar uma crise de superprodução.

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Colheita do café

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Convênio de Taubaté - 1906• Os fazendeiros propuseram que o governo

federal comprasse a produção de café que excedesse a procura de mercado. O excedente seria estocado para futura venda em preço melhor. Para comprar o café o governo faria empréstimos no exterior.

• As propostas foram aceitas. Com a compra pelo governo, o preço nunca caía, os fazendeiros não tinham prejuízos, os estoques do governo aumentavam.

• Alguns cafeicultores aproveitaram seus lucros para investirem na indústria.

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Imigração e Industrialização• No período de 1890 a 1930, estima-se que

entraram no Brasil mais de 3,5 milhões de imigrantes. SP recebeu cerca de 57% deles.

• Em 1889 havia no Brasil pouco mais de 600 fábricas com 54 mil operários. 31 anos depois já eram 13 mil indústrias com 275 mil operários. SP concentrava 31% delas.

• Durante a 1ª GM a indústria se desenvolveu por causa da substituição das importações.

• E, 1928 a renda do setor industrial superou pela primeira vez o setor agrícola.

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Movimento Operário• Com o desenvolvimento das indústrias e as

condições do operariado bastante desfavoráveis, tem início o movimento operário.

• Dentre as correntes políticas que influenciaram o movimento operário estavam:– Anarquismo: ausência de poder– Corrente católica: afastar os trabalhadores das

influências anarquista e socialista.– Sindicalismo revolucionário: defendia a greve como

principal instrumento de luta dos operários na busca de conquistas amplas.

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Concentração do movimento grevista na Rua da Praia. Porto Alegre 1917.

Greve geral de 1917 - passeata no bairro do Brás - São Paulo.

I Congresso Operário do Brasil, Rio de Janeiro, 1906.

Enterro do sapateiro anarquista José Martinez.