107
Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES MINUTA Página 1 de 107 1 Projeto de Lei Complementar “Institui o Plano Diretor do Município de Guarujá e dá outras providências”. TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º Em atendimento ao disposto na Constituição da República Federativa do Brasil (artigo 182, § 1º), no Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/2001 Capítulos II e III) e na Lei Orgânica do Município de Guarujá, fica aprovado, nos termos desta Lei Complementar, o Plano Diretor do Município de Guarujá. Art. 2º O Plano Diretor, abrangendo a totalidade do território municipal, a ilha de Santo Amaro, constitui-se no instrumento básico da política de desenvolvimento urbano do Município de Guarujá e parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual incorporar as diretrizes e as prioridades nele contidas. Art. 3º O Plano Diretor instituído por esta Lei Complementar deverá, a contar de sua publicação, ser revisto no máximo a cada 10 (dez) anos, estando seus planos e instrumentos sujeitos a avaliação em até 5 (cinco) anos. TÍTULO II DA POLÍTICA URBANA CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS Art. 4º São princípios condutores da política urbana: I - a função social da Cidade;

Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 1 de 107

1

Projeto de Lei Complementar

“Institui o Plano Diretor do Município

de Guarujá e dá outras providências”.

TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Em atendimento ao disposto na Constituição da República

Federativa do Brasil (artigo 182, § 1º), no Estatuto da Cidade (Lei Federal

10.257/2001 – Capítulos II e III) e na Lei Orgânica do Município de

Guarujá, fica aprovado, nos termos desta Lei Complementar, o Plano

Diretor do Município de Guarujá.

Art. 2º O Plano Diretor, abrangendo a totalidade do território municipal, a

ilha de Santo Amaro, constitui-se no instrumento básico da política de

desenvolvimento urbano do Município de Guarujá e parte integrante do

processo de planejamento municipal, devendo o plano plurianual, as

diretrizes orçamentárias e o orçamento anual incorporar as diretrizes e as

prioridades nele contidas.

Art. 3º O Plano Diretor instituído por esta Lei Complementar deverá, a

contar de sua publicação, ser revisto no máximo a cada 10 (dez) anos,

estando seus planos e instrumentos sujeitos a avaliação em até 5 (cinco)

anos.

TÍTULO II

DA POLÍTICA URBANA

CAPÍTULO I

DOS PRINCÍPIOS

Art. 4º São princípios condutores da política urbana:

I - a função social da Cidade;

Page 2: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 2 de 107

2

II - a função social da propriedade;

III - a eqüidade;

IV - a sustentabilidade da Cidade;

V - a gestão democrática e participativa.

Art. 5º A função social da Cidade será cumprida quando atender às

diretrizes da política urbana estabelecidas na Constituição Federal de 1988,

na Constituição do Estado de São Paulo, na Lei Orgânica do Município de

Guarujá e no Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/2001),

compreendendo os direitos à terra urbana, à moradia digna, ao saneamento

ambiental, à infra-estrutura urbana, aos serviços públicos, ao transporte

coletivo, à mobilidade urbana, ao trabalho, à cultura e ao lazer.

Art. 6º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às

exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas neste Plano

Diretor, respeitando as diretrizes e os objetivos nele previstos e

assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à

qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades

econômicas.

Parágrafo único. Caberá ao Poder Público fiscalizar o cumprimento da

função social da propriedade.

Art. 7º O princípio da eqüidade será cumprido quando as diferenças entre

as pessoas e os grupos sociais forem respeitadas e, na implementação da

política urbana, as disposições legais forem interpretadas e aplicadas de

forma a reduzir as desigualdades socioeconômicas no uso e na ocupação do

solo deste Município.

Art. 8º Sustentabilidade urbana é o desenvolvimento local socialmente

justo, ambientalmente equilibrado e economicamente viável, visando

garantir qualidade de vida para a presente e as futuras gerações, por meio

de políticas setoriais urbanas que incorporem essas dimensões de forma

integrada e harmônica, respeitando as diferenças sociais e culturais da

população.

Page 3: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 3 de 107

3

Art. 9º A gestão da política urbana será feita de forma democrática,

incorporando a participação dos diferentes segmentos da sociedade em sua

formulação, execução e acompanhamento.

CAPÍTULO II

DOS OBJETIVOS

Art. 10. Os objetivos gerais fixados para a política urbana do Município

são os seguintes:

I - promover o desenvolvimento econômico do Município e o

uso socialmente justo e ambientalmente equilibrado de seu território, de

modo a assegurar o bem-estar de seus habitantes da presente e das futuras

gerações;

II - valorizar e incentivar o turismo, promovendo os planos e

os projetos voltados para esse segmento;

III - consolidar e ampliar as atividades portuárias e

retroportuárias e a operação do aeroporto metropolitano, em áreas e

localizações apropriadas para cada atividade e, ainda, compatibilizando o

uso e a ocupação do solo no seu entorno;

IV - associar o planejamento e a execução das políticas

públicas locais às regionais por intermédio da cooperação e da articulação

com os demais Municípios da Região Metropolitana da Baixada Santista e

da Macrometrópole Paulistana, contribuindo para a gestão integrada e para

o desenvolvimento dos projetos de interesse regional;

V - aumentar a eficiência econômica da Cidade, de forma a

ampliar os benefícios sociais e reduzir os custos operacionais para os

setores público e privado, inclusive por meio do aperfeiçoamento

administrativo do setor público;

VI - garantir o direito à moradia digna, ampliando a oferta de

áreas para a habitação de interesse social com qualidade e promovendo a

urbanização e a regularização fundiária das áreas ocupadas por população

de baixa renda;

Page 4: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 4 de 107

4

VII - elevar a qualidade de vida da população pelo

desenvolvimento de políticas de saneamento ambiental, infra-estrutura,

serviços públicos de qualidade, equipamentos sociais e espaços verdes e de

lazer qualificados a serem distribuídos eqüitativamente;

VIII - elevar a qualidade do ambiente urbano com a

preservação, proteção e recuperação dos ambientes natural e construído,

por meio do efetivo monitoramento e controle ambiental;

IX - garantir a justa distribuição dos benefícios e dos ônus

decorrentes do processo de urbanização, recuperando e transferindo para a

coletividade a valorização imobiliária decorrente da ação do Poder Público;

X - promover a inclusão social, reduzindo as desigualdades

por meio de políticas públicas sustentáveis e afirmativas nas diretrizes dos

planos e projetos setoriais, de interesse coletivo;

XI - regular o uso, ocupação e parcelamento do solo urbano

considerando-se as características naturais e paisagísticas, além da

capacidade de suporte do meio físico e da infra-estrutura instalada,

evitando sua sobrecarga ou ociosidade e efeitos negativos sobre o meio

ambiente;

XII - controlar ou promover o adensamento construtivo de

acordo com as condições de infra-estrutura de cada área;

XIII - consolidar um sistema de centralidades nos bairros do

Município com a ampliação da infra-estrutura e a dinamização de serviços

e cultura;

XIV - manter e aperfeiçoar um sistema de informações geo-

referenciadas, com dados sobre as diferentes utilizações da terra urbana,

seu parcelamento e tipologias construtivas, assim como da parcela do

território municipal não ocupado, para subsidiar a gestão do uso e ocupação

do solo;

XV - combater a especulação imobiliária da qual resulte a

subutilização ou não utilização de imóveis urbanos;

XVI - proteger e valorizar o patrimônio histórico, artístico,

urbanístico e paisagístico, contribuindo para a preservação e a difusão da

memória e da identidade da Cidade;

Page 5: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 5 de 107

5

XVII - estimular parcerias entre os setores público e privado,

locais, regionais, nacionais e internacionais, em projetos de urbanização,

ampliação e transformação de espaços públicos, quando for de interesse

público e subordinado à função social da Cidade;

XVIII - incrementar as funções econômicas e sociais da

Cidade;

XIX - melhorar a qualidade e a eficácia dos elementos de

identificação dos logradouros e a orientação para sua acessibilidade por

veículos, pedestres e bicicletas;

XX - facilitar o acesso de todos os cidadãos a qualquer ponto

do território municipal, por intermédio da rede viária e do sistema de

transporte coletivo;

XXI - criar mecanismos democráticos no planejamento e na

gestão da Cidade;

XXII - rever, consolidar e adequar a legislação municipal

vigente aos preceitos definidos no Plano Diretor instituído por esta Lei

Complementar.

Parágrafo único. Com base nos objetivos gerais fixados neste artigo para a

política urbana do Município, serão especificadas, particularizadas e

implementadas, por meio de normas específicas, as diretrizes das políticas

setoriais relacionadas no Título III e outras que venham a ser

implementadas pelo Poder Público Municipal.

TÍTULO III

DAS POLÍTICAS SETORIAIS

CAPÍTULO I

DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E

SOCIAL

Art. 11. São diretrizes da política de desenvolvimento econômico e social:

Page 6: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 6 de 107

6

I - estimular o desenvolvimento econômico local endógeno

associado aos interesses de desenvolvimento da Baixada Santista e do País;

II - incentivar as iniciativas e as oportunidades de

investimentos públicos e privados, inclusive por meio de parcerias e

convênios com órgãos e instituições nacionais e internacionais, das quais

resultem a ampliação dos setores econômicos locais, a melhoria da infra-

estrutura da Cidade e a dinamização da sua cadeia produtiva;

III - aproveitar o potencial de áreas disponíveis para implantar

e desenvolver atividades econômicas, incluindo-se a ampliação das

atividades portuárias, retroportuárias e industriais, a instalação do aeroporto

metropolitano da Baixada Santista e o desenvolvimento das áreas de

entorno, mediante contrapartidas ambientais;

IV - estimular o associativismo, o empreendedorismo e a

formação de redes de cooperação empresarial de micro e pequenas

empresas como alternativas para a geração de trabalho e renda;

V - valorizar e preservar os recursos naturais e paisagísticos,

bem como assegurar a suficiência no abastecimento de energia e água para

consumo nos meses de alta temporada, como ações para aumentar os

atrativos para o turismo e o lazer;

VI - incentivar e qualificar a pesca, o artesanato e as demais

atividades geradoras de renda para as comunidades tradicionais caiçaras;

VII - fortalecer as atividades comerciais, de qualquer porte e

segmento, e os serviços de apoio à produção em geral, qualificando as

áreas onde houver concentração das mesmas e buscando a participação dos

agentes envolvidos;

VIII - fortalecer a indústria de construção civil, relacionando-

a com o adequado uso do solo urbano e da infra-estrutura instalada;

IX - combater a exclusão e as desigualdades sociais, adotando

políticas públicas que promovam e ampliem a melhoria da qualidade de

vida dos seus munícipes.

CAPÍTULO II

DA POLÍTICA DE TURISMO

Page 7: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 7 de 107

7

Art. 12. Constituem diretrizes da política de turismo do Município:

I - elaborar e implementar planos, projetos e programas

destinados a criar e a incentivar a melhoria da infra-estrutura do turismo, o

aproveitamento sustentável do potencial paisagístico da ilha de Santo

Amaro, incentivando a consolidação de diversas modalidades, como o

turismo de negócios, de eventos, histórico-cultural e gastronômico, além de

prever a inclusão de importantes segmentos como a terceira idade;

II - elaborar estudos e implementar políticas que visem à

redução dos impactos da sazonalidade sobre a atividade turística, bem

como a otimizar a ocupação de imóveis de segunda residência, de modo a

projetar o crescimento dos fluxos turísticos durante o ano e do tempo de

permanência do turista no Município;

III - construir infra-estrutura de apoio às atividades produtivas

nas áreas de interesse turístico, em especial na orla marítima, adequando o

mobiliário urbano, quiosques e demais equipamentos à necessidade de

desocupação da faixa de areia e de uso racional do espaço físico de

calçadões e áreas de circulação de pessoas, respeitando a legislação, em

particular a relativa à matéria ambiental;

IV - implementar formas de articulação regional para o

desenvolvimento de atividades turísticas;

V - executar programas de sensibilização, conscientização e

capacitação de recursos humanos, visando à melhoria da qualidade dos

serviços turísticos;

VI - executar ações que visem à formatação de produtos

turísticos, bem como sua promoção e apoio à comercialização;

VII - manter serviços de informações ao turista;

VIII - consolidar a política municipal de turismo por meio da

elaboração de um Plano Gestor de Turismo do Município pelo Conselho

Municipal de Turismo.

Page 8: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 8 de 107

8

Parágrafo único. O Poder Público municipal poderá implementar ações,

políticas públicas ou equipamentos turísticos por meio de convênios

celebrados com empresas públicas ou privadas e instituições.

CAPÍTULO III

DA POLÍTICA DE PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL

Art. 13. São diretrizes da política de proteção ao patrimônio histórico e

cultural do Município:

I - proteger e recuperar o patrimônio natural e cultural;

II - revitalizar e divulgar as expressões materiais e imateriais

do legado cultural da Cidade, inclusive pela criação de equipamentos como

museus e bibliotecas com acervos que possibilitem a sua difusão;

III - promover o reconhecimento, pelos munícipes, do valor

cultural do patrimônio de sua Cidade e do seu papel na preservação e

recuperação desse patrimônio;

IV - promover o uso, a conservação e o restauro do patrimônio

material histórico, cultural e paisagístico, de forma compatível com as suas

características físicas e seus requisitos legais;

V - implementar os mecanismos e os instrumentos para a

preservação do patrimônio, como o restauro, a fiscalização ostensiva e

qualificada, as compensações, os incentivos e os estímulos à preservação e

os mecanismos de captação de recursos para a política de preservação e

conservação;

VI - favorecer a manutenção das atividades econômicas

tradicionalmente exercidas pelas comunidades caiçaras por meio de

melhorias do padrão urbanístico e fundiário;

VII - implementar, por meio de Conselho Municipal, um

plano municipal de proteção do patrimônio histórico e cultural;

VIII - promover o reconhecimento territorial e cultural nas

comunidades tradicionais de caiçaras, ribeirinhas, descendentes de

quilombolas e indígenas, assim também, promover geração de renda e de

Page 9: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 9 de 107

9

subsistência através do cultivo nas áreas não urbanizadas e da pesca,

trazendo dignidade às pessoas dessas comunidades.

§ 1º Entende-se como patrimônio material as expressões e transformações

de cunho histórico, artístico, arquitetônico, paisagístico, urbanístico,

científico e tecnológico.

§ 2º Entende-se como patrimônio imaterial os conhecimentos e modos de

criar, fazer e viver identificados como elementos pertencentes à cultura

comunitária, tais como os rituais e festas que marcam a vivência coletiva

do trabalho, a religiosidade, o entretenimento e outras práticas da vida

social, bem como as manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e

lúdicas.

§ 3º São consideradas comunidades tradicionais caiçaras ocupações antigas

da Ilha de Santo Amaro que conservam algumas de suas características

históricas e culturais e são residentes na Prainha Branca, na Ponta da

Armação, no Sítio Cachoeira, no Sítio Limoeiro, no Sítio Pedrinha, no Sítio

Bom Jardim, no Sítio Tijucopava, na Ponta Grossa e no Sítio Sambaqui, no

Canal de Bertioga, em parte da Praia do Perequê, assim como na Praia do

Góes, na Praia de Santa Cruz dos Navegantes e no Sítio Conceiçãozinha,

conforme delimitações constantes no Anexo 1 - Mapa 3.

CAPÍTULO IV

DA POLÍTICA DE PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE

Art. 14. São diretrizes da política de proteção do meio ambiente:

I - proteger e recuperar o patrimônio natural, urbano e

cultural;

II - conscientizar a população sobre a importância da

preservação ambiental, assim como da utilização sustentável de seus

recursos, a fim de manter um ambiente equilibrado e saudável;

III - aplicar os instrumentos de gestão ambiental estabelecidos

na legislação pertinente;

Page 10: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 10 de 107

10

IV - criar mecanismos de compensação ambiental que

garantam a implantação e a manutenção de reservas públicas e privadas em

áreas de interesse ambiental e paisagístico;

V - garantir a insolação das praias, impedindo intervenções

urbanas e edilícias que provoquem o sombreamento das áreas públicas de

banho, excetuando-se as áreas de alta densidade, já edificadas em seu

conjunto;

VI - adotar medidas que garantam a conservação dos

manguezais e seu uso sustentável para pesca, turismo e educação

ambiental;

VII - controlar a redução dos níveis de poluição e de

degradação em quaisquer de suas formas, incluindo-se a visual, sonora,

atmosférica, das águas e do solo;

VIII – garantir que as atividades em áreas públicas

mantenham a integridade dos locais, antes, durante e após os eventos,

através de práticas sustentáveis;

IX - incentivar a adoção de hábitos, costumes, posturas,

práticas sociais e econômicas que visem à proteção e à restauração do meio

ambiente, incluindo-se o uso de fontes de energia com menor potencial

poluidor;

X - ampliar e manter a gestão democrática das áreas verdes;

XI - estabelecer o zoneamento ambiental compatível com as

diretrizes para a ocupação do solo e a conservação dos recursos naturais e

da paisagem;

XII - elaborar e implementar mecanismos municipais de

controle e de licenciamento ambiental relacionados à implantação e ao

funcionamento de fontes poluidoras de impacto local;

XIII - promover ações visando ao saneamento urbano, em

especial a coleta e o tratamento de resíduos sólidos e líquidos, a drenagem

urbana e a efetiva separação de líquidos provenientes de resíduos dos

esgotos em relação aos de drenagem;

Page 11: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 11 de 107

11

XIV - promover ações para que as águas de drenagem não

separadas de forma garantida dos resíduos do esgoto urbano recebam

tratamento semelhante ao destinado aos esgotos;

XV - aplicar os instrumentos de gestão ambiental

estabelecidos nas legislações federal, estadual e municipal, bem como criar

outros instrumentos, adequando-os às metas estabelecidas pelas políticas

ambientais.

XVI - garantir a produção e a divulgação do conhecimento

sobre o meio ambiente por um sistema de informações integrado;

XVII – criar incentivos ao estabelecimento de unidades de

conservação de manejo sustentável;

XVIII - dinamizar a utilização do Fundo Municipal de Meio

Ambiente - FMMA com a finalidade de dar suporte financeiro a planos,

programas e projetos que visem ao uso racional e sustentável de recursos

naturais, ao controle, à fiscalização, defesa e recuperação do meio ambiente

e às ações de educação ambiental;

XIX - implantar unidades de conservação de manejo

sustentável nos maciços florestais do Município e nas áreas de interesse

ambiental especialmente protegidas, como a Área de Proteção Ambiental

da Serra do Guararú, do Parque Ecológico do Perequê, do Parque

Ecológico do Saco do Funil, a partir da cota de 10 metros, nos termos da

legislação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC.

XX - instituir a Política Municipal de Meio Ambiente e o

Plano Diretor Ambiental através da Secretaria Municipal do Meio

Ambiente - SMA, e do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente

(CONDEMA).

SEÇÃO I

DA PROTEÇÃO DAS ÁREAS VERDES DO MUNICÍPIO

Art. 15. As áreas verdes do Município são constituídas por espaços

ajardinados e arborizados, de propriedade pública ou privada, existentes e

os que vierem a ser criados, necessários à manutenção da qualidade

Page 12: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 12 de 107

12

ambiental urbana, tendo por objetivo a preservação, a proteção, a

recuperação e a ampliação desses espaços.

Art. 16. São diretrizes do plano de proteção de áreas verdes do Município:

I - tratar adequadamente a vegetação como elemento integrador na

composição da paisagem urbana;

II - ampliar a relação área verde por habitante no Município por meio da

manutenção e ampliação da arborização de ruas, praças, parques;

III - criar instrumentos legais destinados a regulamentar a implantação e

manutenção de áreas verdes e de espaços ajardinados ou arborizados assim

como da arborização urbana em vias públicas, estimulando parcerias entre

setores público e privado.

IV - recuperar áreas verdes degradadas, especialmente as de importância

paisagístico-ambiental e cultural;

V - disciplinar as atividades culturais, esportivas e de interesse turístico,

nas praças e nos parques municipais, compatibilizando-as ao caráter de

interesse ecológico desses espaços;

VI - criar programas para a efetiva implantação das áreas verdes previstas

em conjuntos habitacionais e loteamentos;

VII - estimular o envolvimento da população na criação e na manutenção

de áreas verdes, em especial nas áreas urbanas;

VIII - restringir as derrubadas de árvores em bosque ou mata;

IX - criação de corredores verdes no sistema viário e nos parques lineares

para circulação da fauna entre os maciços preservados de vegetação natural

da ilha de Santo Amaro.

SEÇÃO II

DA PROTEÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS

Art. 17. São diretrizes do plano de proteção de recursos hídricos no

Município:

I - garantir a existência e o desenvolvimento das condições

básicas de conservação da qualidade e da quantidade de recursos hídricos

do Município;

Page 13: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 13 de 107

13

II - implantar mecanismos que garantam a manutenção ou a

ampliação de áreas permeáveis, especialmente nas áreas de recarga dos

aqüíferos;

III - recuperar e preservar as matas ciliares, as cabeceiras de

drenagem e a cobertura vegetal existente nas áreas de mananciais de água

do Município;

IV - recuperar e preservar as matas ciliares e a cobertura

vegetal existente nas margens dos rios do Município;

V - recuperar e conservar a qualidade das águas subterrâneas;

VI - criar e aperfeiçoar ações sustentáveis para a produção e o

abastecimento de água para a comunidade;

VII - criar alternativas de reutilização de água e de captação,

seja por iniciativa individual, coletiva ou pública;

VIII - obrigar os responsáveis pelas edificações de grande

porte e atividades de grande consumo de água pela implantação de

instalações para reuso de água para fins não potáveis;

IX - desestimular o desperdício e promover a redução das

perdas físicas da água tratada;

X - incentivar a alteração de hábitos e iniciativas que resultem

na redução dos padrões de consumo;

XI - implantar instalações para reuso de água para fins não

potáveis;

XII - adotar medidas que garantam a recuperação das águas

litorâneas e dos níveis de balneabilidade das praias.

SEÇÃO III

DO SANEAMENTO AMBIENTAL INTEGRADO

Art. 18. São diretrizes do plano de saneamento ambiental integrado do

Município:

Page 14: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 14 de 107

14

I - fornecer serviços de saneamento ambiental adequados a

todo o território municipal, especialmente nas áreas deficitárias;

II - investir prioritariamente no serviço de esgotamento

sanitário buscando reduzir a vulnerabilidade de contaminação da água

potável por infiltração de esgotos e demais poluentes nas redes de

abastecimento e de drenagem das águas pluviais;

III - estabelecer metas progressivas de redução de perdas de

água em toda a Cidade mediante entendimentos com a concessionária e

instalação de hidrômetros individuais ou outra tecnologia de medição, com

vistas a restringir o consumo supérfluo de água;

IV - fornecer água para consumo residencial e outros usos, de

qualidade compatível com os padrões de potabilidade, em quantidade

suficiente para atender às necessidades básicas;

V - implantar sistema de drenagem própria para o escoamento

das águas pluviais em toda a área ocupada do Município, de modo a

propiciar a proteção do solo, a recarga dos aqüíferos e a segurança e o

conforto aos seus habitantes;

VI - criar mecanismos para evitar a contaminação da rede de

águas pluviais por esgotos e resíduos sólidos, coibindo ligações

clandestinas e realizando monitoramentos periódicos;

VII - garantir que todas as águas de drenagem que estejam

misturadas com resíduos de esgoto urbano, incluindo-se aqueles

provenientes de assentamentos informais ou de áreas sem coleta adequada

de esgotos, sejam encaminhadas para tratamento semelhante ao dispensado

aos esgotos;

VIII - elaborar e implementar um sistema de gestão de

resíduos sólidos, garantindo a ampliação da coleta seletiva de lixo e da

reciclagem, bem como a redução de sua geração;

IX - criar oportunidades de trabalho e de renda para a

população de baixa renda pelo aproveitamento de resíduos domiciliares,

comerciais e de construção civil, desde que aproveitáveis, em condições

seguras e saudáveis, buscando contribuir para a erradicação do trabalho

infantil;

Page 15: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 15 de 107

15

X - realizar tratamento ou disposição ambientalmente seguro

dos resíduos sólidos não aproveitáveis;

XI - repassar o custo das externalidades negativas aos agentes

responsáveis pela produção de resíduos que sobrecarregam as finanças

públicas;

XII - destinar recursos financeiros necessários à

implementação da política de saneamento ambiental, bem como das fontes

de financiamento e das formas de aplicação;

XIII - implementar programas de investimento em obras e

outras medidas relativas à utilização, recuperação, conservação e proteção

do sistema de saneamento ambiental.

CAPÍTULO V

DA PAISAGEM URBANA

Art. 19. São diretrizes para a proteção da paisagem urbana do Município:

I - proteger e recuperar as paisagens notáveis do Município;

II - garantir o direito do cidadão à fruição da paisagem pela

identificação, leitura e apreensão de seus elementos constitutivos por meio

de instrumentos técnicos, institucionais e legais de gestão da paisagem

urbana;

III - garantir a qualidade ambiental do espaço público,

assegurando a harmonia entre os diversos elementos que compõem a

paisagem urbana, evitando a poluição visual;

IV - fiscalizar o cumprimento das disposições normativas a

respeito da instalação de publicidade exterior.

V - implementar programas de educação ambiental visando

conscientizar a população a respeito da valorização da paisagem urbana

como fator de melhoria da qualidade de vida;

Page 16: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 16 de 107

16

VI - criar novos padrões de comunicação institucional,

informativa ou indicativa;

VII - estabelecer critérios, normas e padrões para quiosques de

vendas de mercadorias, alimentação e bebidas na orla, bem como

bicicletários, paradas de ônibus, lixeiras, totens de informação turísticas e

demais itens do mobiliário urbano;

VIII - definir parâmetros de dimensões, posicionamento,

quantidade e interferência mais adequados à sinalização de trânsito, aos

elementos construídos e à vegetação, considerando a capacidade de suporte

da região;

IX - garantir a eficiência na fiscalização das diversas

intervenções na paisagem urbana;

CAPÍTULO VI

DA POLÍTICA DE HABITAÇÃO

Art. 20. São diretrizes da política de habitação do Município:

I - garantir a moradia digna, dispondo de instalações sanitárias

e infra-estrutura urbana adequadas, serviços públicos essenciais e acesso

aos equipamentos sociais básicos;

II - requalificar os parâmetros urbanísticos e de regularização

fundiária dos assentamentos habitacionais precários e irregulares;

III - estimular o adensamento em áreas vazias ou

subutilizadas, com infra estrutura já implantada e adequada, inibindo a

ampliação de núcleos habitacionais precários;

IV - coibir a não utilização ou subutilização da terra urbana

para o uso habitacional nas áreas consolidadas, utilizando para esse fim, os

instrumentos previstos na Lei Federal 10.257/2001 - Estatuto da Cidade e

nesta lei complementar;

V - criar Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS, definidas

em lei complementar específica;

Page 17: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 17 de 107

17

VI - prever mecanismos para estimular a oferta e a melhoria

das condições de habitabilidade da população de baixa renda pela iniciativa

privada, na produção de Habitação de Interesse Social - HIS e de Habitação

do Mercado Popular - HMP, principalmente nas Zonas Especiais de

Interesse Social – ZEIS,

VII - priorizar os procedimentos de aprovação dos projetos de

produção habitacional;

VIII - incentivar e apoiar a formação de agentes promotores e

financeiros não estatais, a exemplo das cooperativas e associações

comunitárias de autogestão, na execução de programas habitacionais;

IX - garantir alternativas habitacionais para a população

removida das áreas de risco ou de preservação ambiental, coibindo novas

ocupações nessas áreas;

X - promover a recuperação ambiental de áreas legalmente

protegidas, ocupadas por moradia, não passíveis de urbanização e de

regularização fundiária;

XI - promover ações de fiscalização para inibir que novas

ocupações irregulares ocorram no Município, em especial em áreas

ambientalmente frágeis, como mangues e encostas de morros;

XII - formular instrumentos normativos, operacionais e

financeiros que viabilizem a constituição de um banco de terras destinado a

programas habitacionais de interesse social;

XIII - reabilitar e repovoar áreas não ocupadas, utilizando-se

de instrumentos que estimulem a permanência da população e atraiam

moradores de diferentes segmentos de renda;

XIV - promover, apoiar e orientar programas e projetos de

acesso à moradia, seja pela aquisição, locação, auto-construção ou mutirão;

XV - proteger o meio ambiente, adotando tecnologias de

projeto, construção e manutenção de empreendimentos habitacionais

voltados para o desenvolvimento sustentável, incluindo-se alternativas de

conservação de água e de disposição de resíduos sólidos, além de

recuperação de áreas verdes, preservação ambiental e de reciclagem dos

resíduos;

Page 18: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 18 de 107

18

XVI - estimular a realização de parcerias com universidades e

institutos de pesquisa para o desenvolvimento de alternativas de menor

custo e maior qualidade e produtividade das edificações residenciais;

XVII - utilizar parte dos recursos provenientes da valorização

imobiliária em programas habitacionais de interesse social nas áreas

equipadas de infraestrutura e serviços urbanos, empregando, para esse fim,

os instrumentos previstos na Lei Federal 10.257/2001 - Estatuto da Cidade;

XVIII - facilitar o acesso da população de baixa renda à

moradia, por meio de mecanismos de financiamento de longo prazo,

investimento de recursos orçamentários a fundo perdido, permissão de uso

e subsídio direto, pessoal, intransferível e temporário na aquisição ou

locação social, reservando-se parcela das unidades habitacionais para o

atendimento aos idosos e às pessoas com deficiência;

XIX - realizar periodicamente as Conferências Municipais da

Habitação para definição da Política Municipal de Habitação;

XX - articular planos e políticas de financiamento habitacional

da Baixada Santista, do Estado e da União, a fim de potencializar suas

ações e criar um banco de dados de uso compartilhado com informações

sobre a demanda e a oferta de moradias, programas de financiamento,

custos de produção e projetos;

XXI - elaborar o Plano Municipal de Habitação;

XXII - instituir o Conselho Municipal de Desenvolvimento

Urbano e Habitacional - CMDUH e demais instâncias de participação

necessárias, para promover a definição de programas, projetos e prioridades

da política urbana e habitacional do Município;

XXIII - instituir o Fundo Municipal de Desenvolvimento

Urbano para o financiamento de infraestrutura e equipamentos urbanos e o

Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social - FMHIS para o

financiamento de habitações populares.

Art. 21. Para os fins desta Lei Complementar, considera-se:

Page 19: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 19 de 107

19

I - Habitação de Interesse Social – HIS - é aquela destinada à

população com renda familiar mensal até 6 (seis) salários mínimos, ou até o

limite definido pela política habitacional do Governo Federal, produzida

diretamente pelo Poder Público municipal ou com sua expressa anuência,

possuindo, no máximo, 1 (um) banheiro por unidade habitacional e 1 (uma)

vaga de estacionamento;

II - Habitação de Mercado Popular - HMP é aquela destinada

à população com renda familiar mensal situada na faixa entre 6 (seis) e 10

(dez) salários mínimos, ou entre os limites definidos pela política

habitacional do Governo Federal, produzida pelo mercado imobiliário,

possuindo, no máximo, 1 (um) banheiro e 1 (uma) vaga de estacionamento

por unidade habitacional;

III - Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS são áreas do

território municipal com destinação específica e normas próprias de uso e

ocupação do solo, destinadas primordialmente à produção, manutenção e

sustentabilidade de habitação de interesse social.

Parágrafo único. Os parâmetros e elementos caracterizadores para os

empreendimentos habitacionais descritos nos incisos I e II serão

regulamentados em legislação específica

CAPÍTULO VII

DA POLÍTICA DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

Art. 22. São diretrizes da política de regularização fundiária:

I - regularizar a ocupação informal de áreas urbanas,

promovendo melhorias na qualidade de vida da população ali residente,

respeitada a legislação ambiental e outros preceitos normativos aplicáveis;

II - garantir o direito à moradia da população de baixa renda;

III - garantir assessoria técnica, social e jurídica à população

de baixa renda;

Page 20: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 20 de 107

20

IV - oferecer segurança jurídica da posse como forma de

garantir a permanência das pessoas nos locais que ocupam;

V - promover condições adequadas de habitabilidade;

VI - permitir a participação da população beneficiada em

todas as etapas do processo de regularização fundiária com a apresentação

das propostas de intervenção;

VII - promover a articulação dos diversos agentes envolvidos

no processo de regularização como representantes do Ministério Público,

do Poder Judiciário, do Cartório de Registros Públicos, dos Governos

Federal, Estadual e Municipal, da Secretaria do Patrimônio da União, bem

como dos grupos sociais envolvidos;

VIII - promover a inclusão social por meio de programas pós-

regularização fundiária;

IX - promover parcerias com o Governo Federal, para

solucionar questões relativas aos terrenos de marinha, em todo o território

do Município;

X - dar prioridade às áreas de Zonas Especiais de Interesse

Social - ZEIS e as comunidades tradicionais caiçaras;

XI - regularizar a terra urbana em áreas que ainda tenham

inscrição no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária -

INCRA.

Parágrafo único. As áreas irregulares ocupadas por população de média e

alta renda poderão sofrer processos de regularização jurídica mediante

contrapartida em favor da Cidade, de acordo com regulamentação

específica.

CAPÍTULO VIII

DOS IMÓVEIS PÚBLICOS

Art. 23. São diretrizes da gestão e do uso dos imóveis públicos:

Page 21: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 21 de 107

21

I - estabelecer programas que assegurem que toda e qualquer

propriedade pública atenda à função social da Cidade e da propriedade;

II - promover a regularização fundiária e de urbanização dos

imóveis públicos ocupados por população de baixa renda;

III - complementar política de ações de reintegração de posse,

associada, quando pertinente, a programas habitacionais, das áreas públicas

que não cumprirem função social;

IV - estabelecer efetivo controle sobre os bens imóveis

públicos, com o apoio da comunidade do entorno de cada área quando

necessário;

V - estabelecer critérios para a utilização de imóveis públicos

por terceiros, com fiscalização permanente da adequação do uso aos termos

da cessão;

VI - gerenciar e monitorar o uso de logradouros públicos, no

subsolo, em suas superfícies e no espaço aéreo, por redes de infraestrutura

e mobiliário urbano;

VII - possibilitar alienação de forma onerosa dos imóveis

considerados inaproveitáveis para uso público, em especial aqueles com

dimensões reduzidas, topografia inadequada, condições de solo

inadequadas à edificação e com formato inadequado, respeitadas as

cautelas legais;

VIII - viabilizar formas de aquisição de imóveis a fim de

atender à utilidade e à necessidade pública e ao interesse social e que não

se enquadrem em casos de desapropriação;

IX - disciplinar por meio do Código de Posturas, revisto

quando necessário, as condições e os parâmetros para uso das áreas e

espaços públicos por atividades, equipamentos, infraestrutura, mobiliário e

outros elementos subordinados à melhoria da qualidade da paisagem

urbana, ao interesse público, às funções sociais da cidade e às diretrizes

deste Plano Diretor;

X - formular instrumentos normativos, operacionais e

financeiros para permitir as cessões das áreas públicas com o objetivo de

compatibilizar sua finalidade com as necessidades da cidade, inclusive para

Page 22: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 22 de 107

22

habitação de interesse social, adequar as contrapartidas tendo em conta os

valores do mercado imobiliário, avaliar e reparar irregularidades, cobrando

indenizações e demais combinações previstas na legislação.

Art. 24. Nos programas de regularização fundiária dos terrenos de Marinha

ocupados por população de baixa, média e alta renda, poderão ser

utilizados os instrumentos previstos na legislação federal, que serão

gratuitos, quando outorgados para população de baixa renda, e onerosos,

para a população de média e alta renda.

Parágrafo único. Toda e qualquer inscrição de ocupação de terrenos de

marinha pela União dependerá de aprovação prévia do Poder Público

Municipal, que analisará as necessidades relativas ao planejamento urbano

do Município e os requisitos de regularização de parcelamento do solo

disciplinados por esta Lei Complementar.

CAPÍTULO IX

DA POLÍTICA DE MOBILIDADE URBANA

Art. 25. São diretrizes da política de mobilidade e acessibilidade urbana:

I - dar prioridade à acessibilidade cidadã - pedestres, ciclistas,

idosos, crianças, pessoas com necessidades especiais e mobilidade

reduzida;

II - adequar o Município ao que preconizam as Leis Federais

nº 10.048 / 2000, nº 10.098 / 2000, e Decreto nº 5.296 / 2004, para atender

às pessoas com necessidades especiais de acessibilidade;

III - melhorar e ampliar a rede de transporte público coletivo,

aumentando a acessibilidade e a mobilidade da população de baixa renda e

garantindo o acesso ao sistema público de transporte de toda a população;

IV - adotar políticas tarifárias para a promoção da inclusão

social;

V - dar prioridade ao transporte coletivo em relação ao

transporte motorizado e individual;

Page 23: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 23 de 107

23

VI - implantar o sistema cicloviário;

VII - readequar o sistema viário considerando as demandas

manifestas referentes à mobilidade urbana;

VIII - articular o sistema de mobilidade municipal com o

regional e o estadual;

IX - garantir e melhorar a circulação e o transporte urbano,

proporcionando deslocamentos intra e interurbanos que atendam às

necessidades da população;

X - minimizar o impacto de tráfego de passagem, notadamente

nas áreas de ocupação predominantemente residencial;

XI - reduzir a necessidade de deslocamento;

XII - garantir fluidez do trânsito e do transporte de cargas e

mercadorias, mantendo-se os níveis de segurança definidos pela

comunidade técnica;

XIII - garantir a restrição ao transporte pesado de cargas,

especialmente aquele destinado às atividades portuárias e retroportuárias,

em áreas urbanas que não sejam adequadas para essas atividades, conforme

definido no zoneamento proposto por esta Lei Complementar;

XIV - promover alternativas de sistema viário que garantam a

separação do tráfego de cargas destinado ao porto e ao retroporto, dos

demais tráfegos da Cidade;

XV - implementar o avanço tecnológico-ambiental nos

componentes do sistema;

XVI - promover a segurança, a educação e a paz no trânsito;

XVII - adotar medidas de fiscalização, ostensiva e eletrônica,

para controle de velocidade e indução da obediência à legislação do

trânsito;

XVIII - ampliar e aperfeiçoar a participação comunitária na

gestão, fiscalização e controle do sistema de transporte;

Page 24: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 24 de 107

24

XIX - garantir o acesso universal às praias do município, bem

como, às demais zonas de interesse turístico, ou seja, bens públicos.

XX - ampliar a oferta de sistemas de transporte público

hidroviário, ferroviário e aeroviário.

CAPÍTULO X

DA POLÍTICA DE SAÚDE

Art. 26. Constituem diretrizes da política de saúde:

I - garantir o acesso universal e igualitário aos serviços de

saúde para a população, por meio de ações de promoção, prevenção e

recuperação da saúde;

II - articular as ações da Secretaria Municipal de Saúde

referentes à gestão estratégica e participativa, com os diversos setores,

governamentais e não-governamentais, relacionados com os condicionantes

e determinantes da saúde;

III - elaborar o Plano Municipal de Saúde e sua discussão com

representações da sociedade civil e outras esferas de Governo em

conformidade com a legislação pertinente;

IV - elaborar a proposta orçamentária do Sistema Único de

Saúde – SUS - em conformidade com o Plano de Saúde;

V - incrementar o programa de assistência farmacêutica básica

no Município;

VI - estabelecer métodos e mecanismos para a análise da

viabilidade econômico-sanitária de empreendimentos em saúde;

VII - implantar os complexos reguladores, de assistência

ambulatorial e hospitalar, no intuito de aperfeiçoar e de organizar a relação

entre a oferta e a demanda, qualificando o acesso da população aos serviços

de saúde no Sistema Único de Saúde - SUS;

Page 25: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 25 de 107

25

VIII - divulgar informações quanto ao potencial dos serviços

de saúde e a sua utilização pelo usuário do Sistema Único de Saúde - SUS;

IX - implementar e fortalecer a atenção básica à saúde e à

promoção da saúde, tendo como principal mecanismo a estratégia do

Programa Saúde da Família - PSF;

X - garantir a oferta efetiva e significativa de cursos de

qualificação e de especialização dos profissionais de saúde e de regulação

profissional no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS;

XI - promover Plenárias e Conferências de Saúde em parceria

com os setores governamentais e não governamentais, para o

fortalecimento do Conselho Municipal de Saúde;

XII - apoiar o processo de controle social do Sistema Único de

Saúde - SUS, para o fortalecimento da ação do Conselho Municipal de

Saúde;

XIII - formular e coordenar a política de saúde destinada a

promover, nos campos econômico e social, a redução de riscos de doenças

e outros agravos à saúde da população, melhorando o perfil epidemiológico

do Município;

XIV - utilizar epidemiologia para o estabelecimento de

prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática;

XV - implantar o Código Sanitário Municipal para fortalecer as

ações de Vigilância à Saúde e garantir a qualidade dos produtos e serviços

oferecidos à população.

CAPÍTULO XI

DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 27. A Política Municipal de Assistência Social, que tem por base as

diretrizes previstas na Lei Orgânica de Assistência Social, Lei Federal

8.742 / 1993, na Política Nacional de Assistência Social e demais normas

reguladoras, tem por objetivo planejar, regular e nortear a gestão do

Sistema Único de Assistência Social no Município, através de um conjunto

integrado de ações da iniciativa pública e da sociedade civil organizada,

Page 26: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 26 de 107

26

que assegurem a proteção integral aos indivíduos, grupos e famílias em

situação de vulnerabilidade social, risco social e insegurança alimentar.

Parágrafo único. Constituem diretrizes da política de assistência social:

I - Fortalecer o órgão gestor da Política Municipal de

Assistência Social, para consolidar sua competência na formulação,

implantação, implementação e gerenciamento de serviços, programas,

projetos e benefícios, operando em rede os serviços de proteção social

básica, proteção social especial, de segurança alimentar e nutricional e de

gestão e planejamento, com os seguintes objetivos:

a) ampliar o acesso das pessoas e famílias em situação de

vulnerabilidade e risco social às oportunidades de desenvolvimento social;

b) elevar a eficácia das ações integradas para garantia de

direitos;

c) ampliar o acesso à alimentação suficiente e adequada

para a população em situação de insegurança alimentar;

d) implantar e implementar política de gestão do trabalho

com foco na valorização de trabalhadores sociais, conselheiros, gestores,

organizações não governamentais e governamentais, usuários, entre outros

atores, orientada por princípios éticos, políticos e técnicos, para garantir a

qualidade na prestação dos serviços socioassistenciais;

e) implementar sistemas de informação, mediante

levantamento de indicadores e índices territorializados das situações de

vulnerabilidade social, executando ações de monitoramento a avaliação dos

serviços assistenciais; e

f) ampliar a inclusão de pessoas e famílias em situação de

extrema pobreza, integrando as ações da Assistência Social com as demais

políticas públicas.

II - Intensificar a participação popular da sociedade civil na

formulação e controle da política de assistência social, através do Conselho

Municipal de Assistência Social, instituído pela Lei 2.538 / 1997, assim

como de conferências e fóruns ampliados de assistência social.

CAPÍTULO XII

Page 27: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 27 de 107

27

DA POLÍTICA DE EDUCAÇÃO

Art. 28. Constituem diretrizes da política de educação:

I - atender a totalidade da demanda para a educação infantil e

o ensino fundamental, assegurando o cumprimento da Lei de Diretrizes e

Bases;

II - buscar a superação progressiva do analfabetismo,

objetivando atender as pessoas com 15 (quinze) anos e mais, não

alfabetizadas ou que apenas concluíram curso de alfabetização de adultos;

III - adequar os cursos profissionalizantes, às novas demandas

do mercado de trabalho, articulando com outros projetos voltados à

inclusão social e em regiões com maiores índices de exclusão social;

IV - implementar a Política Municipal de Educação,

garantindo os preceitos da educação inclusiva;

V - adequar as estruturas físicas de educação, garantindo os

princípios de acessibilidade universal;

VI - garantir a capacitação dos profissionais de educação

assegurando os princípios e diretrizes da educação inclusiva, bem como

garantir acesso à informação para o combate de qualquer forma de

preconceito nas relações pedagógicas e educacionais;

VII - assegurar a qualidade da educação;

VIII - elaborar o Plano Municipal de Educação, em conjunto

com representações da sociedade civil e outras esferas de governo;

IX - implantar a gestão democrática da educação, por meio da

implementação do Conselho Municipal de Educação e dos conselhos

gestores das unidades educacionais, bem como realizar as Conferências

Municipais de Educação.

TÍTULO IV

DO ORDENAMENTO TERRITORIAL

Page 28: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 28 de 107

28

Art. 29. Consoante os objetivos gerais da política urbana, o ordenamento

territorial obedece às seguintes diretrizes:

I - o planejamento do desenvolvimento da Cidade, da

distribuição espacial da população e das atividades econômicas do

Município, de modo a evitar e a corrigir as distorções do crescimento

urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;

II - a integração e a complementaridade entre a destinação da

porção urbanizada do território e as áreas de interesse ambiental;

III - a ordenação e o controle do uso e da ocupação do solo, de

forma a combater e a evitar:

a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos;

b) a proximidade ou conflitos entre usos e atividades

incompatíveis ou inconvenientes;

c) o uso ou o aproveitamento excessivo ou inadequado em

relação à infra-estrutura urbana;

d) a retenção especulativa do imóvel urbano que resulte na

sua subutilização ou não utilização;

e) a deterioração das áreas urbanizadas e dotadas de infra-

estrutura, especialmente as centrais;

f) o uso inadequado dos espaços públicos;

g) a poluição e a degradação ambiental;

h) novas ocupações irregulares do território.

CAPÍTULO I

DO MACROZONEAMENTO E DO ZONEAMENTO

Art. 30. O Macrozoneamento fixa as regras fundamentais de ordenamento

do território municipal, tendo como referência: as características

geomorfológicas, os ecossistemas predominantes, as características de uso

e ocupação do solo, bem como da paisagem, a partir dos quais serão

estabelecidas as diretrizes, ações e normas de preservação, de uso e

ocupação do solo.

Page 29: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 29 de 107

29

Art. 31. O território do Município fica dividido em 2 (duas) macrozonas

distintas e integradas entre si, delimitadas no Anexo 1 - Mapa 1, assim

definidas:

I - a Macrozona Urbana;

II - a Macrozona de Proteção Ambiental.

Parágrafo único. A divisão em macrozonas tem como objetivos:

I - fazer cumprir as funções sociais da Cidade e da

propriedade urbana, tendo em vista o estado de urbanização, as condições

de implantação da infra-estrutura de saneamento básico, do sistema viário e

do meio físico;

II - atribuir diretrizes específicas de preservação, uso e

ocupação do solo por setores;

III - direcionar e otimizar investimentos públicos e privados

em infra-estrutura urbana;

IV - facilitar a análise de novos empreendimentos, pelos

setores públicos e privados;

V - reduzir conflitos de uso e a degradação do patrimônio

ambiental do Município;

VI - viabilizar o uso sustentável do solo e reduzir conflitos

com a legislação ambiental.

Art. 32. As Macrozonas são constituídas por setores que qualificam os

espaços em seu interior, por meio dos seguintes aspectos:

I - características geomorfológicas;

II - grau de preservação dos ecossistemas naturais;

III - uso e ocupação do solo;

IV - infra-estrutura;

Page 30: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 30 de 107

30

V - situação fundiária;

VI - uso predominante;

VII - equipamentos públicos;

VIII - extensão, importância e significação da cobertura

vegetal;

IX - importância e significação paisagística;

X - possibilidade de ocupação antrópica com vistas ao

desenvolvimento econômico controlado;

XI - existência de ocupação antrópica prévia com

possibilidade de expansão.

Art. 33. A Setorização institui as regras gerais de uso e ocupação do solo

para cada um dos setores que compõem a macrozona urbana e a macrozona

de proteção ambiental, delimitados no Anexo 1 - Mapa 2.

SEÇÃO I

DA MACROZONA URBANA

Art. 34. A Macrozona Urbana corresponde à porção urbanizada do

Município, sendo caracterizada pelo ambiente construído reconhecido por

pelo menos 2 (dois) dos requisitos seguintes, previstos na legislação

federal:

I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas

pluviais;

II - rede de abastecimento de água potável;

III - sistema de esgotos sanitários;

IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento

para distribuição domiciliar;

V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima

de 3 km (três quilômetros) do imóvel considerado.

Page 31: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 31 de 107

31

Art. 35. A Macrozona Urbana apresenta diferentes graus de consolidação e

infra-estrutura básica instalada, tendo como objetivos:

I - controlar e direcionar o adensamento urbano, adequando-o

à infra-estrutura disponível;

II - garantir a utilização dos imóveis não edificados,

subutilizados e não utilizados;

III - possibilitar a instalação de usos múltiplos no território do

Município, desde que atendidos os requisitos de instalação definidos nesta

Lei Complementar, no Código de Edificações e Instalações, no Código de

Posturas e nas normas que os complementarem ou sucederem.

Art. 36. Na Macrozona Urbana, ao longo das águas nascentes, correntes ou

dormentes e dos reservatórios de água deverão ser constituídas áreas

envoltórias de proteção, nos termos da legislação de proteção ambiental.

Art. 37. Os projetos e empreendimentos voltados para a Macrozona

Urbana serão analisados e autorizados pelos setores competentes do

Executivo Municipal.

Art. 38. A Macrozona Urbana é constituída pelos seguintes setores,

delimitados no Anexo 1 - Mapa 2:

I - Setor de Urbanização Qualificada;

II - Setor de Qualificação Urbana;

III - Setor de Reestruturação Urbana;

IV - Setor de Recuperação Urbana.

SUBSEÇÃO I

DO SETOR DE URBANIZAÇÃO QUALIFICADA

Page 32: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 32 de 107

32

Art. 39. O Setor de Urbanização Qualificada caracteriza-se pelo uso

urbano e infraestrutura consolidada, nas áreas delimitadas no Anexo 1 -

Mapa 2.

Art. 40. São objetivos no Setor de Urbanização Qualificada:

I - ordenar o adensamento construtivo;

II - evitar a saturação do sistema viário;

III - permitir o adensamento construtivo onde este ainda for

possível, como forma de aproveitar a infra-estrutura disponível;

IV - ampliar a disponibilidade de equipamentos públicos, os

espaços verdes e de lazer;

V - valorizar e proteger o patrimônio cultural.

VI - manter e otimizar a qualidade do espaço urbanizado.

SUBSEÇÃO II

DO SETOR DE QUALIFICAÇÃO URBANA

Art. 41. O Setor de Qualificação Urbana caracteriza-se pelo uso urbano e

infraestrutura a ser consolidada, nas áreas delimitadas no Anexo 1 - Mapa2.

Art. 42. São objetivos no Setor de Qualificação Urbana:

I - promover o adensamento construtivo nas áreas disponíveis;

II - compatibilizar a capacidade do sistema viário;

III - complementar a infra-estrutura urbana;

IV- ampliar a disponibilidade de equipamentos públicos, os

espaços verdes e de lazer;

V - investir na qualificação do espaço urbano.

VI - valorizar e proteger o patrimônio cultural.

Page 33: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 33 de 107

33

SUBSEÇÃO III

DO SETOR DE REESTRUTURAÇÃO URBANA

Art. 43. O Setor de Reestruturação Urbana caracteriza-se pelo uso urbano,

carência de equipamentos públicos e infra-estrutura a ser consolidada, nas

áreas delimitadas no Anexo 1 - Mapa 2.

Art. 44. São objetivos no Setor de Reestruturação Urbana:

I - promover o adensamento construtivo nas áreas disponíveis

e evitar a expansão da área urbanizada;

II - reconverter e implantar novos usos e atividades, separando

os incompatíveis;

III - requalificar a paisagem;

IV - estabelecer um controle ambiental eficiente;

V - complementar a infra-estrutura e os equipamentos

públicos;

VI - valorizar e proteger o patrimônio cultural;

SUBSEÇÃO IV

DO SETOR DE RECUPERAÇÃO URBANA

Art. 45. O Setor de Recuperação Urbana caracteriza-se pelo uso informal,

desqualificado ou obsoleto, carência de infraestrutura e equipamentos, nas

áreas delimitadas no Anexo 1 - Mapa 2.

Art. 46. São objetivos no Setor de Recuperação Urbana:

I - requalificar o uso e a ocupação do solo;

II - implantar e complementar a infraestrutura;

III - complementar os equipamentos públicos;

Page 34: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 34 de 107

34

IV - promover a regularização fundiária;

V - adequar os usos existentes em relação à capacidade de

suporte das áreas;

VI - estabelecer um controle ambiental eficiente;

VII - valorizar e proteger o patrimônio cultural.

SEÇÃO II

DA MACROZONA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

Art. 47. A Macrozona de Proteção Ambiental é caracterizada pelos

elementos geomorfológicos naturais do Município, abrangendo as Serras

do Guararú e de Santo Amaro, os morros, as praias, os costões, os

manguezais e as restingas da ilha de Santo Amaro.

Art. 48. A Macrozona de Proteção Ambiental tem, como critério

fundamental para a definição dos usos e atividades, a compatibilidade

destes com a proteção dos recursos ambientais em cada setor que a

compõe.

Art. 49. A Macrozona de Proteção Ambiental tem como objetivos:

I - garantir a proteção dos recursos naturais e da paisagem do

Guarujá;

II - recuperar as áreas ambientalmente degradadas e promover

a regularização urbanística e fundiária dos assentamentos nelas existentes;

III - contribuir com o desenvolvimento econômico

sustentável;

IV - servir de banco de terras para compensações ambientais

em processos de licenciamento de empreendimentos no Município.

V - permitir ocupação urbana nos setores de Desenvolvimento

Compatível e Ocupação Dirigida observando-se os aspectos de

sustentabilidade, preservação e compensação ambiental.

Page 35: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 35 de 107

35

Parágrafo único. O imposto predominante sobre a propriedade da terra

nesta Macrozona será definido pelo Instituto Nacional de Colonização e

Reforma Agrária - INCRA, excetuando-se partes do Setor de

Desenvolvimento Compatível e do Setor de Ocupação Dirigida, onde

incidirá o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU.

Art. 50. A Macrozona de Proteção Ambiental subdivide-se em:

I - Setor de Preservação Ambiental;

II - Setor de Proteção da Orla;

III - Setor de Recuperação Ambiental;

IV - Setor de Desenvolvimento Compatível;

V - Setor de Ocupação Dirigida.

Art. 51. É permitido aos proprietários de lotes em loteamentos aprovados e

averbados em áreas situadas na Macrozona de Proteção Ambiental, nos

setores de Preservação Ambiental, de Ocupação Dirigida, de

Desenvolvimento Compatível e de Recuperação Ambiental e que não

estejam ocupados, a transferência de potencial construtivo para outras áreas

situadas na Macrozona Urbana, como mecanismo de compensação, nos

termos desta lei.

Art. 52. As definições sobre a forma de ocupação e de preservação, bem

como o monitoramento sobre a Macrozona de Proteção Ambiental, serão

acompanhadas de parecer da autoridade competente de proteção do meio

ambiente, sendo exigido ainda o cumprimento das seguintes obrigações

para a implantação de novos empreendimentos nesta Macrozona ou a

expansão dos existentes:

I - solicitar e obter autorização prévia da Secretaria de

Planejamento e Gestão, da Secretaria de Infraestrutura e Obras e da

Secretaria do Meio Ambiente ou órgãos municipais equivalentes que os

sucedam;

Page 36: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 36 de 107

36

II – obter aprovação do CMDUH – Conselho Municipal de

Desenvolvimento Urbano e Ambiental e do CONDEMA – Conselho

Municipal de Defesa do Meio Ambiente;

III - obter licença ambiental emitida pelo órgão competente;

IV - adotar medidas compensatórias voltadas à preservação

ambiental, observada a legislação vigente.

SUBSEÇÃO I

DO SETOR DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Art. 53. O Setor de Preservação Ambiental é composto pelas áreas de alta

restrição à ocupação devido às características geomorfológicas,

topográficas e/ou por apresentarem aspectos geológicos, biológicos,

hidrológicos ou paisagísticos de interesse ambiental, estando delimitado no

Anexo 1 - Mapa 2.

Art. 54. São objetivos no Setor de Preservação Ambiental:

I - garantir a preservação dos recursos naturais e da paisagem;

II - garantir a manutenção da qualidade do ar, das águas e do

solo;

III - dar sustentabilidade ao ecoturismo, à preservação do

patrimônio histórico e paisagístico e à pesca artesanal;

IV - controlar a ocupação e impedir atividades que

comprometam a conservação dos ecossistemas;

V - incentivar a criação de reservas públicas e privadas e

atividades compatíveis com a conservação dos recursos naturais, incluindo

ações ou medidas de compensação ambiental de empreendimentos.

Art. 55. O Setor de Preservação Ambiental se estende por serras, morros

isolados e manguezais e inclui trechos contíguos de florestas de restinga

preservadas, devendo ser observada a legislação florestal vigente no

tocante a áreas protegidas.

Page 37: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 37 de 107

37

SUBSEÇÃO II

DO SETOR DE PROTEÇÃO DA ORLA

Art. 56. O Setor de Proteção da Orla é definido para toda a orla do

Município, considerando-se as seguintes definições:

I - Praia - área coberta e descoberta periodicamente pelas

águas, acrescida da faixa subseqüente de material detrítico, tal como areias,

cascalhos, seixos e pedregulhos, até o limite onde se inicie a vegetação

natural, ou, em sua ausência, onde comece outro ecossistema;

II - Costão - trecho de encosta que penetra em direção ao

oceano, terminando abruptamente em forma de escarpa.

III - Manguezal - ecossistema costeiro, de transição entre os

ambientes terrestre e aquático onde há encontro de águas de rios com a do

mar, que está sujeito ao regime das marés, sendo dominado por espécies

vegetais típicas, às quais se associam outros componentes vegetais e

animais, instalados em substratos de vasa de formação recente, de pequena

declividade.

IV - Margens do estuário - sem vegetação de mangue, com ou

sem ocupação humana.

Parágrafo único. A delimitação do Setor de Proteção da Orla deverá

abranger, no mínimo, os terrenos de marinha, correspondentes à faixa de33

(trinta e três) metros a contar da linha de preamar média do ano de 1831,

assim como os acrescidos de marinha.

Art. 57. São objetivos no Setor de Proteção da Orla:

I - garantir o uso compatível com as características ambientais

de cada elemento considerado;

II - garantir a conservação dos recursos costeiros;

III - garantir a conservação ou preservação dos elementos de

paisagem natural;

Page 38: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 38 de 107

38

IV - garantir a balneabilidade das praias por meio de medidas

adequadas de saneamento e drenagem;

V - promover a utilização adequada para o turismo, o lazer e

as atividades náuticas e portuárias.

Art. 58. Para fins de gerenciamento do uso e ocupação deste Setor, as

praias, costões, manguezais e demais margens do estuário estão

classificados em Zonas em função de suas características e grau de

restrição de uso decrescente estabelecidas pelo Zoneamento Ecológico

Econômico do Gerenciamento Costeiro em nível federal e estadual.

SUBSEÇÃO III

DO SETOR DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL

Art. 59. O Setor de Recuperação Ambiental caracteriza-se pela existência

de ocupações desordenadas e ambientalmente inadequadas, possuindo

elevada densidade populacional e deficiência de equipamentos públicos e

infra-estrutura urbana básica, bem como áreas degradadas por

desmatamentos, pela extração mineral ou disposição de resíduos sólidos ou

materiais de dragagem, com polígonos delimitados no Anexo 1 – Mapa2 .

Art. 60. São objetivos no Setor de Recuperação Ambiental:

I - a reabilitação ambiental de áreas impactadas pela

urbanização ou por outras atividades que tenham provocado a supressão da

cobertura vegetal;

II - a diminuição das áreas habitacionais de risco;

III - a recuperação da paisagem;

IV - a recuperação e a proteção dos recursos naturais de forma

compatível com o uso estabelecido.

SUBSEÇÃO IV

DO SETOR DE DESENVOLVIMENTO COMPATÍVEL

Page 39: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 39 de 107

39

Art. 61. O Setor de Desenvolvimento Compatível caracteriza-se por

apresentar baixa ocupação antrópica, ecossistemas e paisagem pouco

alterados e potencial para novas atividades urbanas e/ou econômicas

compatíveis com a conservação da paisagem e dos recursos naturais, com

polígonos delimitados no Anexo 1 - Mapa 2.

Art. 62. São objetivos no Setor de Desenvolvimento Compatível:

I - permitir a ocupação urbana e/ou atividades econômicas

compatíveis com a conservação dos recursos naturais e da paisagem;

II - promover a manutenção da qualidade ambiental;

III - incentivar a criação de Reservas Particulares do

Patrimônio Naturais - RPPNs e outras formas de preservação de áreas

naturais.

SUBSEÇÃO V

DO SETOR DE OCUPAÇÃO DIRIGIDA

Art. 63. O Setor de Ocupação Dirigida caracteriza-se por apresentar

atividades em áreas já ocupadas ou antropizadas em ambientes de interesse

de preservação da paisagem e dos ecossistemas naturais e com potencial de

uso misto, predominantemente pelas atividades turística e habitacional,

com polígonos delimitados no Anexo 1 - Mapa 2.

Parágrafo Único. As glebas existentes no interior destes perímetros, ainda

não loteadas, terão uso sujeito a licenciamento ambiental.

Art. 64. São objetivos no Setor de Ocupação Dirigida:

I - compatibilizar a ocupação existente ou novas ocupações

com as necessidades de preservação da paisagem e dos recursos naturais;

II - qualificar urbanisticamente as atividades e assentamentos

existentes;

III - promover a manutenção ou recuperação da qualidade

ambiental;

Page 40: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 40 de 107

40

IV - promover a melhoria paisagística.

CAPÍTULO II

DOS DISTRITOS REGIÕES E BAIRROS

Art. 65. O território do Município é dividido em dois Distritos, conforme

estabelece a lei estadual 8.092 de 28 de fevereiro de 1964:

I - Distrito Sede de Guarujá;

II - Distrito de Vicente de Carvalho.

§1° O Distrito Sede de Guarujá está dividido em duas Regiões: Região I e

Região III.

§2° O Distrito de Vicente de Carvalho está dividido em duas Regiões:

Região II e Região IV.

Art. 66. São os seguintes os bairros oficiais do Município de Guarujá,

distribuídos nas 4 (quatro) regiões:

I - Região I: Pitangueiras, Astúrias, Tombo, Guaiúba, Santa

Cruz dos Navegantes, Barra Grande, Marinas, Vila Ligia, Sanata Maria,

Santa Rosa, Las Palmas, Helena Maria, Santo Antônio e Cachoeira;

II - Região II: Itapema, Parque Estuário, Paecará, Jardim

Progresso, Vila Áurea, Boa Esperança, Conceiçãozinha e Porto de Guarujá;

III - Região III: Enseada, Cidade Atlântica, Virgínia, Pedreira,

Península, Mar e Céu, Pernambuco, Acapulco, Santo Amaro, Perequê e

Guararú;

IV - Região IV: Morrinhos, Vila Zilda, Retroporto, Vargem

Grande e Saco do Funil.

Page 41: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 41 de 107

41

Parágrafo único. A delimitação dos Distritos, Regiões e Bairros está

indicada no Anexo 1 - Mapa 3.

CAPÍTULO III

DAS MICRO-REGIÕES

Art. 67. Micro-regiões são conjuntos de vias e quadras onde serão

admitidos tratamentos diferenciados, às expensas dos contribuintes

diretamente envolvidos, com relação aos serviços públicos e ao uso do

solo, salvaguardadas as atribuições legalmente atribuídas ao Poder Público

fixadas nesta Lei Complementar e na legislação vigente.

Art. 68. Será permitida a criação de micro-regiões na Macrozona Urbana e

nos Setores de Desenvolvimento Compatível e de Ocupação Dirigida da

Macrozona de Proteção Ambiental.

Art. 69. Serão prerrogativas das micro-regiões:

I - controle do acesso, em conformidade com o que for

estabelecido no decreto de criação de cada micro-região, sendo impedido o

fechamento absoluto de áreas públicas para qualquer cidadão;

II - definição do zoneamento e do uso do solo em seu

perímetro, restrito às vias locais, conforme definido nesta Lei

Complementar.

Art. 70. Serão obrigações mínimas a serem cumpridas nas micro-regiões:

I - coleta e disposição final de lixo não domiciliar produzido

em seu perímetro;

II - manutenção de vegetação e paisagismo urbano em seu

perímetro;

III - serviços de segurança patrimonial no interior de seu

perímetro.

Parágrafo único. Entende-se por lixo não domiciliar, aquele proveniente

de áreas coletivas.

Page 42: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 42 de 107

42

Art. 71. As micro-regiões que já tenham sido aprovadas por decreto

municipal na publicação desta Lei Complementar terão 12 (doze) meses

para se adaptar às novas condições previstas neste capítulo para manterem

essa condição.

Art. 72. Os projetos para a criação de novas micro-regiões serão aprovados

pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional -

CMDUH e oficializados por meio de Decreto do Executivo Municipal.

Art. 73. As micro-regiões têm personalidade jurídica própria, podendo

definir o funcionamento e a estruturação de acordo com estatuto próprio,

aprovado no mínimo por três quartos de seus participantes, além de um

plano de ação para a sua delimitação, implantação e funcionamento.

TÍTULO V

DAS ZONAS ESPECIAIS

Art. 74. As Zonas Especiais compreendem a áreas do território que exigem

tratamento especial na definição de parâmetros reguladores de usos e

ocupação do solo, sobrepondo-se ao zoneamento e sendo classificadas em:

I - Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS;

II - Zonas Especiais de Interesse Público - ZEIP;

III - Zonas Especiais de Interesse Turístico - ZEIT;

IV - Zonas Especiais de Proteção do Patrimônio - ZEIPAT;

§1º Todos os empreendimentos propostos para as zonas especiais referidas

neste artigo deverão realizar o Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV.

§2º Os empreendimentos localizados na Macrozona de Proteção Ambiental

também deverão ser submetidos ao licenciamento ambiental.

§3º Os parâmetros urbanísticos serão definidos pelas leis municipais que

regulamentarão cada uma das classes nomeadas nos incisos I a IV,

Page 43: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 43 de 107

43

conforme proposição aprovada pelo Conselho Municipal de

Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH.

§4º As leis referidas no parágrafo anterior deverão estabelecer diretrizes

para compatibilização entre diferentes classes de zonas especiais, na

hipótese de sobreposição das mesmas.

Art. 75. Outras áreas do território poderão ser definidas como Zonas

Especiais por meio de legislação específica.

CAPÍTULO I

DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL

Art. 76. As Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS são áreas do

território municipal com normas próprias de uso e ocupação do solo,

destinadas primordialmente à produção, manutenção e sustentabilidade de

habitação de interesse social e estão indicadas no Anexo 1, Mapa 9.

Art. 77. As Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS subdividem-se nas

seguintes categorias:

I - Zonas Especiais de Interesse Social 1 - ZEIS-1: áreas

públicas ou privadas ocupadas espontaneamente, parcelamentos ou

loteamentos irregulares, habitados por população de baixa renda familiar,

onde exista interesse em se promover a regularização jurídica da posse, a

legalização do parcelamento do solo e sua integração à estrutura urbana;

II - Zonas Especiais de Interesse Social 2 - ZEIS-2: áreas

públicas ou privadas não edificadas ou não utilizadas ou subutilizadas que,

por sua localização e características, sejam de interesse para a implantação

de programas habitacionais de interesse social.

CAPÍTULO II

DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE PÚBLICO

Art. 78. As Zonas Especiais de Interesse Público - ZEIP são áreas do

território municipal com normas próprias de uso e ocupação do solo,

Page 44: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 44 de 107

44

destinadas primordialmente à implantação de projetos estratégicos de

grande impacto no desenvolvimento urbano e econômico do Município,

incluindo-se equipamentos públicos, privados ou em regime de parceria

público-privada, com parâmetros de uso e ocupação do solo diferenciados.

Art. 79. As Zonas Especiais de Interesse Público delimitadas neste Plano

constam do Anexo 1 - Mapa 5 e são as seguintes:

I - a área do Retroporto, localizado a leste da Via Cônego

Domenico Rangoni;

II - as áreas desocupadas do Complexo Industrial Naval do

Guarujá - CING e seu entorno;

III - a Zona Aeroportuária e Portuária;

IV - o prologamento da Avenida D. Pedro I, no sentido da

Enseada para Perequê, até a Rodovia Ariovaldo de Almeida Viana;

V - a ligação da Avenida D. Pedro I até a Avenida Marjory

Prado pela Avenida do Bosque;

VI - a faixa de transmissão de energia da Companhia Docas

do Estado de São Paulo - CODESP, localizada em Vicente de Carvalho,

entre as Ruas Mato Grosso e Guilherme Guinle e a Prainha, com vistas à

ligação seca com a Ilha de São Vicente;

VII - o sistema viário de transporte de cargas;

VIII - a região da praia e do parque do Perequê;

IX - área entre o morro do Sítio Morrinhos e a Rodovia

Cônego Domenico Rangoni, à beira do canal da Bertioga.

Art. 80. Os projetos para o aproveitamento das zonas especiais tratadas

neste Capítulo deverão ser aprovados pelo Conselho Municipal de

Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH.

CAPÍTULO III

DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE TURÍSTICO

Page 45: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 45 de 107

45

Art. 81. As Zonas Especiais de Interesse Turístico são áreas destinadas à

dinamização da atividade turística do Município, nas quais, desde que

respeitadas as limitações legais, poderão ser implantados equipamentos

públicos, privados ou em regime de parceria público-privada, com

parâmetros de uso e ocupação do solo diferenciados.

Parágrafo único. Estas áreas estão delimitadas no Anexo 1 - Mapas 5,

compreendendo Ponta das Galhetas; área de preservação permanente do

Rio Santo Amaro; Reserva do Saco do Funil; Anfiteatro da Pedreira, no

bairro da Enseada, no sopé da serra do Santo Amaro; parte do Morro do

Sorocotuba; Ilha do Mar Casado; Morro do Pernambuco; Praia e Parque do

Perequê; Morro da Armação das Baleias; Forte do Itapema e seu entorno ao

longo do Estuário, desde a Estação das Barcas de Itapema até a Base Aérea,

o Aeroporto Metropolitano, a faixa entre o canal de Bertioga e a cota 20, ao

longo da Rodovia Guarujá - Bertioga (SP - 55), mirantes localizados nos

morros na Ponta das Galhetas, Morro da Campina e Morro Grande de

Santo Amaro e vias à beira mar nas praias do Guaiúba, Tombo, Guarujá

(Astúrias), Pitangueiras, Enseada, Penambuco e Perequê.

Art. 82. Outras regiões poderão receber a classificação de Zonas Especiais

de Atividade Turística, sendo necessária a sua aprovação pelo Conselho

Municipal de Turismo e pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento

Urbano e Habitacional - CMDUH.

Art. 83. Os projetos para aproveitamento dessas zonas deverão ser

aprovados pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e

Habitacional - CMDUH e os respectivos planos de ação para a sua

implantação deverão ser aprovados por Decreto Municipal.

CAPÍTULO IV

DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE DO PATRIMÔNIO

Art. 84. As Zonas Especiais de Interesse do Patrimônio - ZEIPAT são

áreas formadas por sítios, ruínas e conjuntos de relevante expressão

arquitetônica, histórica, cultural e paisagística, cuja manutenção seja

necessária à preservação do patrimônio cultural do Município.

Page 46: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 46 de 107

46

Art. 85. As Zonas Especiais de Interesse do Patrimônio - ZEIPAT estão

delimitadas no Anexo 1 - Mapa 5, compreendendo: o conjunto da Fortaleza

da Barra Grande; a Capela de Santo Amaro e Fortim da Praia do Góes; o

conjunto da armação das Baleias, as Ruínas da Capela de Santo Antônio do

Guaibê; as Ruínas da Fortaleza São Felipe; o Forte Vera Cruz do Itapema;

o Instituto Santa Emília e as áreas de preservação natural tombadas pelo

Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e

Turístico do Estado de São Paulo - CONDEPHAAT nos morros do

Botelho, Monduba, do Pinto, do Icanhema, e na Serra do Guararú.

Art. 86. Outros sítios ou regiões poderão requerer a classificação de Zonas

Especiais de Interesse do Patrimônio, devendo para tanto ser aprovados

como tais pelo Conselho Municipal de Cultura e pelo Conselho Municipal

de Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH.

CAPÍTULO V

DOS PROJETOS ESTRATÉGICOS

Art. 87. Os projetos estratégicos municipais consistem em ações e

propostas prioritárias de intervenção no espaço geográfico municipal,

urbano ou de preservação ambiental, destinados à melhoria da qualidade de

vida por meio da recuperação, reestruturação, requalificação e melhoria de

áreas degradadas do Município, bem como destinados ao desenvolvimento

econômico equilibrado.

§1º Os projetos estratégicos municipais estão incluídos nas Zonas Especiais

de Interesse Público - ZEIP; Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS,

Zonas Especiais de Interesse Turístico - ZEIT, Zonas Portuária/Industrial -

ZPI, Retroportuária/Industrial - ZRI e Aeroportuária/Portuária - ZAP e nas

ampliações dos sistemas viário e de drenagem.

§2º O Poder Público Municipal poderá incluir, alterar ou excluir os projetos

estratégicos relacionados neste capítulo de acordo com os critérios

estabelecidos pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e

Habitacional - CMDUH.

TÍTULO VI

Page 47: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 47 de 107

47

DA OCUPAÇÃO, DO USO E DO PARCELAMENTO DO SOLO NA

MACROZONA URBANA

CAPÍTULO I

DA OCUPAÇÃO DO SOLO NA MACROZONA URBANA

Art. 88. São parâmetros urbanísticos reguladores da ocupação do solo:

I - taxa de ocupação (TO);

II - coeficiente de aproveitamento (CA);

III - altura das edificações (h);

IV - recuos;

V - taxa de permeabilidade do solo.

Art. 89. A taxa de ocupação do lote (TO) é a relação máxima entre a

projeção horizontal das áreas edificadas (PE) e a área do terreno ou lote

(AT), estabelecida pela seguinte fórmula:TO = PE/AT.

Art. 90. O coeficiente de aproveitamento do lote (CA) é a relação entre a

soma das áreas computáveis de todos os pavimentos da edificação (AC) e a

área do terreno ou lote (AT), estabelecida pela seguinte fórmula: CA =

AC/AT, não sendo computáveis as áreas de garagens, áreas comuns,

circulações horizontais e verticais, caixas d’água, barrilete, casas de

máquinas de elevadores e a área em balanço das varandas.

§1º O coeficiente de aproveitamento (CA) se subdivide em três parâmetros:

a) O coeficiente de aproveitamento mínimo, indica o valor

abaixo do qual o lote passa a ser considerado desocupado ou subutilizado,

podendo ser objeto de utilização compulsória.

b) O coeficiente de aproveitamento básico, é o maior

coeficiente de aproveitamento que o proprietário pode utilizar sem ônus.

c) O coeficiente de aproveitamento máximo, é o maior

coeficiente de aproveitamento que o proprietário pode utilizar, adquirindo a

diferença de potencial construtivo em relação ao coeficiente de

Page 48: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 48 de 107

48

aproveitamento básico, através de outorga onerosa pelo Poder Público ou

de transferência de outros imóveis.

§2º O coeficiente de aproveitamento máximo somente pode ser outorgado

nas quadras com frente para vias estruturais e coletoras.

Art. 91. A altura das edificações (h) é a dimensão vertical máxima em

metros entre o nível do piso do pavimento térreo e o ponto mais alto da

edificação, excluindo caixas de água, casas de máquinas de elevadores e

antenas.

Art. 92. Os recuos são definidos pela distância mínima da construção às

divisas do lote.

§1º Será permitida a construção de varandas abertas em balanço, nos

recuos acima de 3 metros, acima do embasamento, com profundidade

máxima de ¼ (um quarto) do recuo em até 25% das fachadas laterais e de

fundos e em 50% da fachada frontal.

§2º Nas edificações será permitida a construção de saliências ou balanço de

áreas fechadas acima do pavimento térreo, sobre o recuo frontal

obrigatório, em até 50 % da fachada com profundidade que somada à de

varandas abertas não deverá ocupar mais de ¼ do recuo frontal.

§3º A projeção dos beirais da cobertura não deve ultrapassar 1,20 metros

sobre os recuos mínimos, garantindo-se que as águas pluviais não se

projetem sobre os lotes vizinhos.

Art. 93. Os parâmetros e os incentivos à adoção de taxa de permeabilidade

do solo, para os imóveis construídos, serão definidos no Código de

Edificações.

Art. 94. Os parâmetros urbanísticos de ocupação do solo para a Macrozona

Urbana são aqueles definidos no Anexo 3 - Zoneamento de Ocupação e a

distribuição da Zonas de Ocupação do Solo no território da Município

encontra-se descrita no Anexo 1, Mapa 4.

Page 49: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 49 de 107

49

§1º O Anexo 3 estabelece os parâmetros de ocupação nas diferentes Zonas,

indicando a Taxa de Ocupação Máxima (TO), os Coeficientes de

Aproveitamento (CA) Mínimo, Básico e Máximo, o Gabarito Máximo e os

Recuos Mínimos.

§2º Os parâmetros de ocupação nas áreas tombadas e em seus entornos, são

estabelecidos em Resoluções do Conselho de Defesa do Patrimônio

Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo.

§3º O Anexo 3b estabelece os recuos mínimos das edificações em relação

às divisas dos lotes, conforme as diferentes formas de lotes, altura das

edificações e vias em que se localizam.

Art. 95. Excluem-se das regras definidas neste Título as Zonas de Especial

Interesse Social, Interesse Público, Interesse do Patrimônio e Interesse

Turístico, que deverão ter regras próprias de uso e ocupação do solo.

SEÇÃO I

DAS ZONAS DE ALTA DENSIDADE

Art. 96. As Zonas de Alta Densidade são caracterizadas pelo alto índice de

aproveitamento do solo, com coeficiente de aproveitamento (CA) mínimo

de 0,1 (um décimo), básico de 4 (quatro) e máximo de 5 (cinco) e

localizadas nos bairros de Pitangueiras e parte de Astúrias, na Macrozona

Urbana.

Art. 97. A altura máxima das edificações nas zonas de alta densidade é de

75 (setenta e cinco) metros de altura, o recuo frontal é de 5 (cinco) metros e

o de fundos de 4 (quatro) metros, observando-se os recuos laterais de

acordo com os seguintes critérios:

I - em edificações com altura até 8 (oito) metros de altura,

recuos laterais de 1,5 (um e meio) metros;

II - em edificações de 8 (oito) a 11 (onze) metros de altura,

recuos laterais de 1,5 (um e meio) metros + (h - 8 metros)/2;

Page 50: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 50 de 107

50

III - em edificações com altura entre 11 m (onze metros) e 75

m (setenta e cinco metros), recuos laterais de 3 m (três metros) mais h/20

(altura do edifício dividida por vinte).

Parágrafo único. Em edificações com altura superior a 11m (onze metros),

poderá ocorrer embasamento como volume destacado da torre, com altura

de até 11 m (onze metros) e recuos obedecendo ao inciso II deste artigo.

Art. 98. Nas Zonas de Alta Densidade, a taxa de ocupação (TO) máxima

será de 0,6 (seis décimos) da área dos respectivos lotes.

Art. 99. As unidades residenciais na Zona de Alta Densidade deverão

dispor de 2 (duas) vagas de garagem, no mínimo.

SEÇÃO II

DAS ZONAS DE MÉDIA DENSIDADE

Art. 100. As Zonas de Média Densidade, estão situadas na Macrozona

Urbana, nas áreas afastadas do Centro de Guarujá, das praias e dos morros

e são caracterizadas pelo coeficiente de aproveitamento (CA) mínimo de

0,1 (um décimo), básico de 2,5 (dois e meio) e máximo equivalente a 3

(três).

Parágrafo único. Poderão ser criadas Zonas de Média Densidade nos

setores de Desenvolvimento Compatível da Macrozona de Proteção

Ambiental, desde que licenciadas nos órgãos de proteção ambiental.

Art. 101. A altura máxima das edificações nas Zonas de Média Densidade

I é de 60 (sessenta) metros de altura e nas Zonas de Média Densidade II é

de 30 metros, com recuo frontal de 5 (cinco) metros, de fundos de 4

(quatro) metros e recuos laterais de acordo com os seguintes critérios:

I - em edificações com altura até 8 (oito) metros de altura, recuos laterais

de 1,5 (um e meio) metros;

II - em edificações de 8 (oito) a 11 (onze) metros de altura, recuos laterais

de 1,5 (um e meio) metros + (h - 8 metros)/2;

Page 51: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 51 de 107

51

III - em edificações com altura entre 11 m (onze metros) e 60 m (sessenta

metros), recuos laterais de 3 m (três metros) mais h/20 (altura do edifício

dividida por vinte).

Parágrafo único. Em edificações com altura acima de 11m (onze metros)

o embasamento com altura de até 11 m (onze metros) poderá formar

volume destacado com recuos obedecendo ao inciso II deste artigo.

Art. 102. Nas Zonas de Média Densidade, a taxa de ocupação (TO)

máxima será de 0,6 (seis décimos) da área dos respectivos lotes.

Art. 103. Nas Zonas de Média Densidade I as unidades residenciais

unifamiliares e multifamiliares com até 50 m² (cinqüenta metros

quadrados) de área útil, deverão dispor de no mínimo uma vaga de

garagem, e com mais de 50 m² de área útil, deverão dispor de pelo menos

2 (duas) vagas de garagem.

Art. 104. Nas Zonas de Média Densidade II as unidades residenciais

unifamiliares e multifamiliares deverão dispor de 1 (uma) vaga de garagem,

no mínimo.

SEÇÃO III

DAS ZONAS DE BAIXA DENSIDADE

Art. 105. As Zonas de Baixa Densidade constituem-se em áreas especiais,

seja por proteção ambiental, seja pela preservação da paisagem, quando

próximas da orla marítima, em loteamentos residenciais, pela proximidade

do Aeroporto Metropolitano ou para manter baixo o custo dos lotes em

áreas residenciais de população de baixa renda.

Parágrafo único. Poderão ser criadas Zonas de Baixa Densidade nos

setores de Ocupação Dirigida e Desenvolvimento Compatível da

Macrozona de Proteção Ambiental, desde que licenciados nos órgãos de

proteção ambiental.

Art. 106. As Zonas de Baixa Densidade permitem coeficiente de

aproveitamento (CA) mínimo de 0,1 (um décimo), básico de 1 (um) e

Page 52: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 52 de 107

52

máximo de 1,2 (um e dois décimos), gabarito máximo de 11 (onze) metros,

recuo frontal de 5 m (cinco metros) e recuos laterais e de fundos de acordo

com os seguintes critérios, indicados no Anexo 3a:

I - em edificações com altura até 8 (oito) metros de altura,

recuos laterais de 1,5 (um e meio) metros;

II - em edificações de 8 (oito) a 11 (onze) metros de altura,

recuos laterais de 1,5 (um e meio) metros + (h - 8 metros)/2;

§1º Para terrenos em desnível, a altura da edificação será definida a partir

do nível do piso do pavimento térreo, acompanhando o perfil natural do

terreno conforme demonstrado no Anexo 3b.

§2º Nos lotes das zonas de baixa densidade inseridos nas zonas mistas

turísticas poderão ser construídos motéis e condohoteis com altura máxima

de 12,5m (doze virgula cinco metros).

Art. 107. Nas Zonas de Baixa Densidade, a taxa de ocupação (TO) máxima

será de 0,6 (seis décimos) da área dos respectivos lotes.

Art. 108. Nas Zonas de Baixa Densidade as unidades residenciais

unifamiliares e multifamiliares, deverão dispor de no mínimo uma vaga de

garagem.

CAPÍTULO II

DO USO DO SOLO NA MACROZONA URBANA

Art. 109. Na Macrozona Urbana encontram-se as seguintes zonas de uso

do solo:

I - GUARUJÁ:

a) Zonas Residenciais;

b) Zonas Mistas Turísticas;

c) Zonas Mistas;

d) Zona Industrial Naval e Pesqueira.

Page 53: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 53 de 107

53

II - VICENTE DE CARVALHO:

a) Zona Mistas

b) Zona Portuária e Industrial;

c) Zona Retroportuária e Industrial;

d) Zona Aeroportuária e Portuária.

Art. 110. Os usos e atividades a se instalarem na Macrozona Urbana

devem obedecer às condições estabelecidas neste Capítulo, determinadas

em função:

I - das características das zonas;

II - dos objetivos do planejamento;

III - de sua potencialidade como geradores de incomodidades,

de impacto à vizinhança e interferência no tráfego.

Art. 111. Os usos permitidos no Município de Guarujá, classificados

conforme o Código Nacional de Atividades Econômicas – CNAE do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, constam do Anexo

4a, agrupados em categorias e subcategorias.

Art. 112. Os usos não permitidos no Município de Guarujá classificados

conforme o Código Nacional de Atividades Econômicas – CNAE, do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, constam do Anexo

4b.

Art. 113. As categorias e subcategorias dos usos e atividades permitidas

em cada Zona de Uso do Solo e em cada categoria de via (local, coletora ou

estruturadora) estão indicadas no Anexo 4c.

Art. 114. O licenciamento do uso residencial e das atividades econômicas

de comércio, serviços e indústria deverão obedecer à distribuição nas Zonas

de Uso do Solo estabelecidas no Anexo 1, Mapa 5 e às restrições indicadas

nas tabelas do Anexo 4.

SEÇÃO I

Page 54: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 54 de 107

54

DOS USOS RESIDENCIAIS

Art. 115. Os usos residenciais destinam-se à habitação permanente,e

podem correspondera uma habitação por lote (R1) ou a mais de uma

habitação por lote, dispostas em agrupamentos horizontais (R2),

agrupamentos verticais (R3) e apart-hotéis (R4).

Parágrafo único. As categorias dos usos residenciais e as exigências para

sua implantação constam dos Anexos 4a e 4c.

Art. 116. As residências unifamiliares agrupadas horizontalmente ou

verticalmente com mais de uma torre, com acesso interno pelo lote,

deverão atender às seguintes exigências:

I - as vias de acesso interno deverão ter largura mínima de 9

metros, com leito carroçável de 6 metros de largura e passeios de 1,50

metros de largura;

II - as vias com comprimento acima de cem metros, a partir do

acesso, deverão incluir balão de retorno com diâmetro mínimo de 18

metros no leito carroçável;

III - para efeito das frações ideais do terreno, não serão

computadas as áreas doadas ao Município e as reservadas a comércio fora

do condomínio;

IV - as vagas de garagem podem ser cobertas ou descobertas,

integradas à respectiva unidade residencial, ou localizadas externamente

em estacionamento coletivo, sem cômputo para efeito de coeficiente de

aproveitamento e taxa de ocupação; as vagas cobertas não poderão estar

dentro dos recuos mínimos exigidos.

V - se a área onde for instalado o agrupamento horizontal ou

vertical com mais de uma torre, com acesso interno, não pertencer a

loteamento aprovado (no caso de glebas) será exigida doação de áreas

públicas, fora da área condominial, correspondentes a 5% (cinco por cento)

da gleba para fins institucionais e de 10% (dez por cento) para o sistema de

lazer;

Page 55: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 55 de 107

55

VI - é obrigatória a implantação de sistema de tratamento do

esgoto do condomínio, com instalações de fossa séptica, filtro anaeróbio e

estação de tratamento dos efluentes, quando não existir rede coletora de

esgoto na via pública.

SEÇÂO II

DOS USOS COMERCIAIS, DE SERVIÇOS E INDUSTRIAIS

Art. 117. Os usos comerciais são classificados conforme o porte das

mercadorias oferecidas e o mercado atendido, a saber: comércio varejista

de âmbito local (C1), comércio varejista diversificado (C2) e comércio

atacadista (C3).

Art. 118. Os usos referentes à prestação de serviços são classificados

conforme o porte das atividades e o mercado atendido, a saber: serviços de

âmbito local (S1), serviços de apoio ao turismo (S2), serviços

diversificados especializados (S3), serviços de médio porte (S4), serviços

de transporte rodoviário (S6), serviços náuticos (S), serviços portuários

(S8), serviços ferroviários (S9), serviços de transportes especiais (S10),

serviços de transporte aéreo (S11) e serviços de carga e descarga em geral

(S12).

Art.119. Os uso industriais são classificados conforme o porte das

atividades e o mercado atendido, a saber: indústrias de pequeno porte não

incômodas (I1), indústrias diversificadas, (I2), indústrias de grande porte

(I3), indústrias pesqueiras e navais (I4).

Art. 120. São proibidas no Município de Guarujá as atividades que são

nocivas ao patrimônio natural e cultural do Município em função de sua

extensão territorial, características geomorfológicas, acervo de fauna e flora

assim como pelo potencial dano ambiental.

Art. 121. Nos loteamentos, já existentes, com cláusulas mais restritivas em

relação ao uso, serão adotadas as regras determinadas pelos mesmos, salvo

em caso de anuência expressa, aprovada em assembléia da entidade

representativa, apresentada por escrito, com a respectiva ata de aprovação.

Page 56: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 56 de 107

56

Art. 122. Os usos permitidos ao longo das vias coletoras e estruturadoras

poderão ser permitidos na primeira quadra das vias transversais, a critério

do CMDUH com base em parecer técnico favorável.

Art. 123. Atividade não prevista dependerá de análise e aprovação do

Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional –

CMDUH e do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente –

CONDEMA, quando comprovado que não é geradora de incomodidades,

de impacto à vizinhança e interferência no tráfego.

SEÇÃO III

DAS ZONAS RESIDENCIAIS

Art. 124. Consideram-se Zonas Residenciais aquelas situadas em Zonas de

Baixa Densidade, destinadas à moradia unifamiliar e multifamiliar,

correspondente a uma ou mais habitações permanentes por lote.

§1º As zonas residenciais correspondem aos loteamentos com cláusulas

restritivas em relação ao uso, previstas no registro de imóveis desses

parcelamentos, onde devem ser adotadas as regras determinadas pelos

mesmos, salvo em casos de decisão judicial ou de anuência expressa,

aprovada com maioria qualificada de 2/3 (dois terços) dos proprietários em

assembléia da entidade representativa, apresentada por escrito, com a

respectiva ata de aprovação.

§2º Nas zonas residenciais serão permitidos, além de residências

unifamiliares, outros usos de âmbito local ou turístico previstos no registro

dos loteamentos.

Art. 125. São objetivos das Zonas Residenciais:

I - ordenar a distribuição de usos preservando o uso

residencial para população fixa e flutuante;

II - manter as características residenciais de alto padrão em

loteamentos criados com essa finalidade.

Page 57: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 57 de 107

57

SEÇÃO IV

DAS ZONAS MISTAS

Art. 126. Consideram-se Zonas Mistas aquelas situadas nas Zonas de Alta,

Média e Baixa Densidades, que permitem atividades urbanas voltadas para

habitação, comércio, serviços e uso institucional e de interesse turístico,

além de indústrias de pequeno porte, autorizadas conforme a categoria da

via em que venham a se situar, compatíveis com os critérios de

incomodidade definidos nesta Lei Complementar.

§1º Em Guarujá ficam criadas as Zonas Mistas Turísticas em que os usos

residenciais são complementados com atividades de comércio e serviços

voltadas às atividades turísticas;

§2º Em Guarujá ficam criadas também Zonas Mistas que além de abrigar

os usos residenciais e urbanos em geral, compreendem aqueles que dão

suporte às atividades das Zonas Industriais Navais e Pesqueiras.

§3º Em Vicente de Carvalho ficam criadas Zonas Mistas que além de

abrigar usos residenciais e urbanos compreendem aqueles que dão suporte

às atividades das seguintes Zonas: Portuária e Industrial; Retroportuária e

Industrial; Aeroportuária e Portuária.

§4º O zoneamento dos usos nas Zonas Mistas constam no Anexo 4c.

Art. 127. São objetivos na Zona de Uso Misto:

I - garantir as áreas urbanas para o uso habitacional da

população fixa e flutuante;

II - complementar a oferta dos serviços essenciais à

população;

III - promover a diversificação de atividades comerciais e de

serviços;

IV - promover a diversificação de usos na cidade;

Page 58: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 58 de 107

58

V - contribuir para a geração de emprego e renda no

Município;

VI - preservar o ambiente urbano, restringindo as atividades

incômodas.

SEÇÃO V

DA ZONA PORTUÁRIA e INDUSTRIAL

Art. 128. Considera-se Zona Portuária aquela restrita às atividades

operacionais direta ou indiretamente ligadas ao porto, envolvendo

atracação de navios e embarcações, grande fluxo de mercadorias e veículos

pesados de carga, incompatíveis com a atividade habitacional, sendo

admitido comércio, serviços e usos institucionais de apoio às referidas

atividades.

§1º A Zona Portuária situa-se às margens do Estuário, devendo ter acesso

direto, sem interferência com as Zonas Residenciais e Zonas Mistas, à

Rodovia SP-55 Cônego Domenico Rangoni, à Zona Retroportuária e às

ligações secas com as áreas portuárias da ilha de São Vicente.

§2º A implantação de novas instalações portuárias às margens do Estuário

devem ser acompanhadas do respectivo Estudo de Impacto Ambiental -

EIA e Relatório de Impacto Ambiental - RIMA, bem como do Relatório de

Impacto de Vizinhança - RIV, com atribuição das compensações

ambientais previstas na legislação pertinente, além de compensações

sociais e urbanísticas definidas pelo CMDUH e pelo CONDEMA.

SEÇÃO VI

DA ZONA RETROPORTUÁRIA E INDUSTRIAL

Art. 129. Na Zona Retroportuária e Industrial são permitidas atividades

operacionais de apoio ao porto, como depósitos de mercadorias e

contêineres, parqueamento de veículos de carga e apoio aos caminhoneiros,

indústrias não poluidoras e serviços de grande porte, incompatíveis com as

áreas habitacionais e geradores de incomodidade, além de comércio,

serviços e usos institucionais de apoio às referidas atividades,

principalmente centros de pesquisa, desenvolvimento e ensino tecnológico.

Page 59: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 59 de 107

59

§1º Para a Zona Retroportuária e Industrial deverá ser desenvolvido um

plano de ocupação específico, seguindo as diretrizes deste Plano Diretor.

§2º A implantação de novos empreendimentos na Zona Retroportuária e

Industrial ou a expansão dos existentes requer o cumprimento das

obrigações de licenciamento previstas na Macrozona de Proteção

Ambiental.

§3º As atividades retroportuárias hoje existentes entre a Avenida Santos

Dumont e a Rodovia Cônego Domenico Rangoni, em especial aquelas

destinadas a armazenamento, movimentação e reparação de contêineres,

deverão manter um afastamento mínimo de 50 metros das zonas onde são

permitidos usos residenciais.

SEÇÃO VII

DA ZONA AEROPORTUÁRIA E PORTUÁRIA

Art. 130. A Zona Aeroportuária e Portuária caracteriza-se por ser de uso

aeroviário, portuário e retroportuário, onde podem ser desenvolvidas

atividades de movimentação de cargas e passageiros, incluindo instalações

de apoio e estruturas intermodais, incompatíveis com as áreas

habitacionais.

Parágrafo único. A Zona Aeroportuária e Portuária localiza-se

integralmente na área da atual Base Aérea, a oeste da Rodovia Cônego

Domenico Rangoni, limitada ao norte pelo Canal de Bertioga e ao Sul pela

área urbana de Vicente de Carvalho.

Art. 131. O desenvolvimento da Zona Aeroportuária e Portuária deverá ser

baseado em um plano de ocupação específico que leve em conta:

I - Base Aérea da Aeronáutica;

II - Aeroporto Civil Metropolitano de Guarujá;

III - usos portuários;

IV- pista para pouso e decolagem de aeronaves de asa fixa;

Page 60: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 60 de 107

60

V - plataformas para pouso e decolagem de aeronaves de asa

móvel;

VI - sistema viário para veículos de carga;

VII - sistema viário para veículos de passageiros;

VIII - estudo de impacto nas áreas residenciais próximas;

IX - áreas com restrições de uso e gabarito no cone de

aproximação da pista;

Parágrafo único. A implantação de empreendimentos nesta Zona requer o

cumprimento das obrigações de licenciamento previstas na Macrozona de

Proteção Ambiental, além da adoção de medidas que minimizem impactos

nas áreas urbanas próximas, especialmente quanto a ruídos e uso do

sistema viário.

SEÇÃO VIII

DA ZONA INDUSTRIAL NAVAL E PESQUEIRA

Art. 132. Considera-se Zona Industrial Naval e Pesqueira aquela restrita às

atividades de transformação, ligadas às atividades navais e pesqueiras, com

graus variáveis de incomodidade devido ao porte, geração de ruídos, odores

e fluxo de veículos.

Parágrafo único. A implantação de empreendimentos nesta Zona requer a

adoção de medidas que minimizem impactos nas áreas urbanas próximas,

especialmente quanto a ruídos e uso do sistema viário.

CAPÍTULO II

DOS USOS GERADORES DE INCÔMODO, IMPACTO À

VIZINHANÇA E INTERFERÊNCIA NO TRÁFEGO

SEÇÃO I

DOS USOS GERADORES DE INCÔMODO

Page 61: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 61 de 107

61

Art. 133. Considera-se incomodidade urbana o estado de desacordo de uso

ou atividade com os condicionantes locais, causando reação adversa sobre a

vizinhança, tendo em vista suas estruturas físicas e vivências sociais.

Art. 134. Para análise do nível de incomodidade deverão ser observados os

seguintes fatores:

I - poluição sonora: geração de impacto causada pelo uso de

máquinas, utensílios ruidosos, aparelhos sonoros ou similares no entorno

próximo;

II - poluição atmosférica: lançamento na atmosfera de matéria

ou energia provenientes do uso de combustíveis nos processos de produção

ou, simplesmente, lançamento de material particulado inerte na atmosfera

acima dos níveis admissíveis;

III - poluição hídrica: descarte de efluentes líquidos que

alterem a qualidade da rede hidrográfica ou a integridade do sistema coletor

de esgotos ou poluição do lençol freático;

IV - geração de resíduos sólidos: produção, manipulação ou

estocagem de resíduos sólidos, com riscos potenciais ao meio ambiente e à

saúde pública;

V - vibração: impacto provocado pelo uso de máquinas ou

equipamentos que produzam choques repetitivos ou vibração sensível,

causando riscos potenciais à propriedade, ao bem estar ou à saúde pública;

VI - periculosidade: atividades que apresentem risco ao meio

ambiente e à saúde, em função de produção, comercialização, uso ou

estocagem de materiais perigosos, como explosivos, gás liquefeito de

petróleo (GLP), inflamáveis, tóxicos e equiparáveis, conforme normas

técnicas e legislação específica.

Parágrafo único. A avaliação das categorias de incomodidades permitidas

em relação ao sistema viário no qual se encontrem cada atividade ou

empreendimento seguirá as diretrizes colocadas no Anexo 4, devendo ser

regulamentada por legislação específica e em conformidade com o Código

de Posturas e a legislação ambiental pertinente.

Page 62: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 62 de 107

62

SEÇÃO II

DOS EMPREENDIMENTOS DE IMPACTO À VIZINHANÇA

Art. 135. Os empreendimentos de impacto à vizinhança são todos aqueles

que possam vir a causar alteração significativa no ambiente natural ou

construído, ou sobrecarga na capacidade de atendimento da infra-estrutura

básica, quer se instalem em empreendimentos públicos ou privados,

residenciais ou não-residenciais.

Art. 136. São considerados empreendimentos que causam impacto à

vizinhança:

I - as edificações não-residenciais com área construída igual

ou superior a 1.500 m² (um mil e quinhentos metros quadrados);

II - os empreendimentos residenciais com mais de 100 (cem)

unidades habitacionais ou implantados em terrenos com metragem igual ou

maior que 10.000 m² (dez mil metros quadrados).

III - os empreendimentos residenciais ou não residenciais com

mais de 200 (duzentas) vagas de estacionamento.

Parágrafo único. Empreendimentos habitacionais condominiais em glebas

não loteadas, sem abertura de vias públicas, devem reservar 5% de sua

área, para fins institucionais, com acesso para via pública oficial.

Art. 137. São considerados empreendimentos causadores de impacto à

vizinhança, independentemente da área construída:

I - centrais de armazenamento e movimentação de carga e

contêineres;

II - pátios e linhas ferroviárias e estações de carga ou

transbordo de mercadorias;

III - centrais de abastecimento;

IV- estações de tratamento de efluentes ou lixo;

Page 63: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 63 de 107

63

V - terminais de transportes rodoviário, ferroviário, aeroviário

e hidroviário;

VI - transportadoras;

VII - garagens de veículos de transporte de passageiros e

cargas, máquinas e equipamentos;

VIII - cemitérios e crematórios;

IX - presídios e centros de triagem e detenção;

X - postos de serviço com venda de combustível;

XI - depósitos de gás liquefeito de petróleo (GLP);

XII - depósitos de inflamáveis, tóxicos e equiparáveis;

XIII - supermercados, hipermercados, lojas de departamentos

e shopping centers;

XIV - casas de espetáculos, boates e locais com música ao

vivo;

XV - estações de rádio-base, tais como antenas de

telecomunicações e de repetidoras de televisão;

XVI - antenas transmissoras de telefonia celular;

XVII - centros de convenções, casas de festas ou eventos e

entretenimento;

XVIII - comércio atacadista, armazenamento e

beneficiamento de resíduos e sucatas;

XIX - recondicionamento e recuperação de motores;

XX - construção e reparação de embarcações;

XXI - manutenção de aeronaves;

XXII - manutenção e fabricação de reboques e carrocerias;

XXIII - abate e preparação de produtos de carne e pescado;

Page 64: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 64 de 107

64

XXIV – templos, igrejas e locais de culto;

XXV - hospitais;

XXVI - oficinas mecânicas, funilaria e pintura, serralherias e

marcenarias;

XXVII - academias de ginástica e artes marciais;

XXVIII - restaurantes;

XXIX - clubes recreativos ou esportivos, boliches;

XXX - empreendimentos que requeiram movimento de terra

com volume igual ou superior a trinta mil metros cúbicos;

XXXI - túneis, viadutos e vias expressas rodoviárias e

metroviárias;

XXXII - edificações ou grupamento de edificações com uso

industrial, qualquer que seja sua área construída ou de terreno.

Parágrafo único. As atividades portuárias, retroportuárias, aeroportuárias

e industriais deverão contar com plano de contingência, controle e

emergência de logística objetivando garantir a qualidade da saúde pública.

Art. 138. A instalação, a ampliação e o funcionamento de

empreendimentos causadores de impacto à vizinhança são condicionados à

aprovação pelo Poder Executivo Municipal de Estudo de Impacto de

Vizinhança - EIV, além de Estudo de Impacto Ambiental - EIA quando

requerido pela legislação ambiental pertinente.

§1º As compensações exigidas pelo poder público decorrentes dos

impactos de vizinhança causados pelo empreendimento, não devem

ultrapassar 5% do custo do empreendimento e serão destinados ao Fundo

de Desenvolvimento Urbano.

§2º A exigência de compensações superiores a 5% decorrentes de impactos

de vizinhança extraordinários devem ter a aprovação do CMDUH –

Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional.

Page 65: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 65 de 107

65

SEÇÃO III

DOS USOS GERADORES DE INTERFERÊNCIA NO TRÁFEGO

Art. 139. Para os fins desta Lei Complementar são considerados usos

geradores de interferência no tráfego as seguintes atividades:

I - geradoras de carga e descarga;

II - geradoras de embarque e desembarque;

III - geradoras de tráfego de pedestres;

IV - caracterizadas como pólos geradores de tráfego.

Art. 140. Os parâmetros para enquadramento como Uso Gerador de

Interferência no Tráfego e as exigências da análise técnica serão definidos

pela legislação municipal.

§1º A análise dos usos geradores de interferência no tráfego será feita pelo

órgão municipal competente.

§2º A análise técnica dos Usos Geradores de Interferência no Tráfego não

dispensa o Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV e o licenciamento

ambiental, quando requerido pela legislação ambiental pertinente.

CAPÍTULO III

DO PARCELAMENTO DO SOLO

Art. 141. O parcelamento do solo será regulado pelos capítulos IV e V da

Lei Complementar 14, de 21 de maio de 1992, e seguindo as seguintes

diretrizes para os loteamentos residenciais:

I - Loteamento tipo "A";

II - Loteamento tipo "B".

Page 66: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 66 de 107

66

Art. 142. Os loteamentos tipo "A" serão permitidos em todas as zonas de

uso onde os usos residenciais e mistos sejam admitidos, atendidas as

disposições da legislação pertinente.

§1º Da área total do terreno destinado à implantação dos loteamentos

previstos no caput deverá ser doada uma área não inferior a 35 % (trinta e

cinco por cento) para as áreas públicas ao Município, sendo no mínimo 5%

para edifícios públicos e 10% para sistema de lazer.

§2º A área mínima dos lotes será de 250m² (duzentos e cinqüenta metros

quadrados) e frente mínima de 10 m (dez metros).

§3º Nos loteamentos existentes, por iniciativa do proprietário de um lote

individual, será admitido o fracionamento em dois lotes de 125m² (cento e

vinte e cinco metros quadrados), desde que a frente tenha no mínimo 5

(cinco) metros, sendo permitida a geminação da edificação na divisa com o

outro lote fracionado, respeitando-se os recuos frontais e de fundos do lote

original.

Art. 143. Os loteamentos tipo "B" são tidos como sendo de interesse social

em áreas de urbanização específica e atenderão as características

urbanísticas e edilícias especiais estabelecidas pela lei complementar que

dispõe sobre uso e ocupação das Zonas Especiais de Interesse Social -

ZEIS.

Art. 144. Os lotes remanescentes de loteamentos aprovados anteriormente

à vigência desta Lei Complementar que contrariem as dimensões mínimas

ora indicadas poderão manter inalteradas suas dimensões.

Art. 145. O parcelamento do solo implantado irregularmente poderá obter

a devida regularização cumprindo:

I - os requisitos jurídicos e urbanísticos dispostos em

Legislação Específica;

II - o estabelecimento de procedimentos que garantam o

cumprimento das obrigações do loteador irregular, ainda que as obras

Page 67: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 67 de 107

67

necessárias à regularização sejam executadas pelo Poder Público Municipal

ou por associação de moradores;

III - as normas que garantam as condições de habitabilidade,

acessibilidade, salubridade e segurança do sítio.

Art. 146. Os loteamentos novos deverão seguir os requisitos jurídicos e

urbanísticos dispostos na Lei Federal 6.766/ 1979, com suas alterações e

regulamentações posteriores.

TÍTULO VII

DO USO, OCUPAÇÃO E PARCELAMENTO DO SOLO NA

MACROZONA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

Art. 147. O uso, a ocupação e o parcelamento do solo na Macrozona de

Proteção Ambiental deve observar as características e os objetivos

previstos para cada um de seus setores.

CAPÍTULO I

DO USO DO SOLO NA MACROZONA DE PROTEÇÃO

AMBIENTAL

Art. 148. A Macrozona de Proteção Ambiental tem como critério

fundamental para a definição dos usos e atividades a compatibilidade

destes com a proteção dos recursos ambientais em cada setor.

Art. 149. O uso do solo na Macrozona de Proteção Ambiental fica

classificado em:

I - residencial;

II - não-residencial;

III - misto.

§1º Considera-se uso residencial aquele destinado à moradia unifamiliar e

multifamiliar.

Page 68: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 68 de 107

68

§2º Considera-se uso não-residencial aquele destinado ao exercício das

seguintes atividades:

a) industrial;

b) comercial;

c) de prestação de serviços;

d) institucional;

e) de ecoturismo e turismo sustentável;

f) de agricultura de subsistência;

g) de aqüicultura;

h) manejo de espécies nativas.

§3º Considera-se uso misto aquele constituído pelos usos residencial e não-

residencial no mesmo setor.

Art. 150. A instalação ou ampliação de qualquer uso ou atividade na

Macrozona de Proteção Ambiental deverá ser submetida a licenciamento

ambiental, conforme legislação pertinente, além das medidas de

recuperação e compensação ambiental estabelecidas pela autoridade

ambiental competente.

SEÇÃO I

DO USO NO SETOR DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Art. 151. No Setor de Preservação Ambiental serão admitidos o uso

residencial controlado e usos referentes à pesquisa, educação, ecoturismo e

turismo sustentável e atividades humanas, desde que compatíveis com o

objetivo de preservação deste setor:

I - preservação integral dos ecossistemas;

II - implantação de unidades de conservação, públicas ou

privadas;

III - infra-estrutura e atividades de pesquisa científica e ensino

ligados à preservação ambiental;

Page 69: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 69 de 107

69

IV - infra-estrutura e atividades de ecoturismo de baixo

impacto;

V - atividades de educação ambiental;

VI - atividades de manufatura sustentável de produtos da

floresta;

VII - compensações ambientais;

VIII - atividade pesqueira artesanal controlada;

IX - ocupação humana de baixos efeitos impactantes.

Art. 152. O Poder Público municipal poderá criar um plano específico para

a ocupação deste setor prevendo a normatização de uso e mecanismos

tributários de incentivo e compensações à preservação ambiental.

SEÇÃO II

DO USO NO SETOR DA ORLA

Art. 153. Para fins de gerenciamento do uso e ocupação, as praias e costões

estão classificados em 3 (três) categorias em função de suas características

e grau de restrição de uso decrescente:

I - Categoria 1: praias e costões preservados, sem acesso por

veículos terrestres e com suas características ambientais naturais próximas

à situação original, onde é prevista preservação integral dos ecossistemas,

além de atividades de pesquisa científica e ensino ligados à preservação e à

educação ambiental;

II - Categoria 2: praias e costões urbanos, de uso limitado,

situados em áreas de baixa densidade de ocupação, onde é previsto:

preservação dos ecossistemas; implantação de unidades de conservação,

públicas ou privadas; infra-estrutura e atividades de pesquisa científica e

ensino ligados à preservação ambiental; infra-estrutura e atividades de

ecoturismo de baixo impacto; atividades de educação ambiental; atividade

pesqueira artesanal controlada; ocupação humana de baixos efeitos

impactantes.

Page 70: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 70 de 107

70

III - Categoria 3: praias e costões urbanos, freqüentados pela

população fixa e flutuante, situados em Zonas de baixa, média e alta

densidade de ocupação, onde é prevista atividade humana de baixos efeitos

impactantes, ligados ao turismo e ao lazer.

Art. 154. Os manguezais são considerados áreas de preservação

permanente que podem abrigar atividades de pesquisa científica e

ecoturismo sustentável admitindo-se uso e ocupação apenas em casos de

intervenções localizadas, de interesse público, com licenciamento

ambiental.

Art. 155. O uso e a ocupação das margens do estuário sem vegetação de

mangue, com ou sem ocupação humana poderão abrigar atividades

turísticas, culturais, náuticas ou portuárias, compatíveis com as zonas em

que se inserem e com o Zoneamento Ecológico Econômico do

Gerenciamento Costeiro.

Art. 156. O Poder Público Municipal disciplinará o uso sustentável do

Setor da Orla, nos termos deste Plano Diretor, por meio de um plano

específico para o uso e a ocupação, em conformidade com as diretrizes do

Zoneamento Ecológico Econômico do Gerenciamento Costeiro em nível

estadual e federal, prevendo ainda incentivos à preservação ambiental do

entorno, em conformidade com o Código de Posturas do Município.

SEÇÃO III

DO USO NO SETOR DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL

Art. 157. Os usos permitidos no Setor de Recuperação Ambiental são os

seguintes:

I - obras e melhorias para a reabilitação ambiental de áreas

impactadas ou redução de riscos de acidentes;

II - urbanização de áreas ocupadas de forma a contribuir com

o equilíbrio ambiental;

III - implantação de equipamentos públicos de cultura, lazer,

esporte e apoio a serviços urbanos.

Page 71: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 71 de 107

71

Parágrafo único. Nas áreas atualmente ocupadas por atividades de

transbordo de resíduos sólidos, e apoio aos serviços de limpeza urbana,

deverá ser promovida a recuperação ambiental.

SEÇÃO IV

DO USO NO SETOR DE DESENVOLVIMENTO COMPATÍVEL

Art. 158. Os usos permitidos no Setor de Desenvolvimento Compatível

são:

I - assentamentos de média e baixa densidade;

II - estruturas de hospedagem;

III - atividade retroportuária e industrial;

IV - outros usos a serem definidos pelo Conselho Municipal

de Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH.

V - demais usos previstos no Setor de Preservação Ambiental.

SEÇÃO V

DO USO NO SETOR DE OCUPAÇÃO DIRIGIDA

Art. 159. Os usos permitidos no Setor de Ocupação Dirigida são:

I - estruturas de hospedagem;

II - atividades de interesse ambiental, cultural ou de preservação do

patrimônio histórico e arqueológico;

III - assentamentos urbanos compatíveis de baixa densidade;

IV - estruturas e atividades comerciais e de serviços de baixo impacto

voltados ao turismo e ao lazer;

V - equipamentos comunitários básicos;

VI - demais usos previstos no Setor de Preservação Ambiental.

CAPÍTULO II

DO PARCELAMENTO DO SOLO NA MACROZONA DE

PROTEÇÃO AMBIENTAL

Page 72: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 72 de 107

72

Art. 160. O parcelamento do solo na Macrozona de Proteção Ambiental,

será aplicável somente nos setores de Desenvolvimento Compatível e

Ocupação Dirigida, nos termos da Lei Federal 6.766/1979 e mediante

licenciamento ambiental.

TÍTULO VIII

SISTEMA VIÁRIO

Art. 161. O Sistema Viário do Município fica definido por este Plano

Diretor por meio dos seguintes modos de acessibilidade:

I - rodoviário;

II - ferroviário;

III - hidroportuário;

IV - aeroportuário.

§1º Em qualquer parte do território do Município é proibida a implantação

de instalações rodoviárias, ferroviárias, hidroportuárias e aeroportuárias

sem a prévia autorização do Poder Público Municipal.

§2º A implantação de qualquer sistema de transporte que altere a estrutura

física e geomorfológica do Município, deverá ser compatível com os

objetivos e diretrizes desta Lei Complementar e aprovada pelo Executivo

Municipal mediante parecer favorável do Conselho Municipal de

Desenvolvimento Urbano e Habitacional (CMDUH) e Conselho Municipal

de Defesa do Meio Ambiente (CONDEMA).

§3º Todos os modos do sistema viário municipal, existente e a ser

implantado, deverão obedecer aos critérios de mobilidade e acessibilidade

universal e passar por reformas para atender aos requisitos estabelecidos

nesta Lei Complementar.

Art. 162. Considera-se sistema rodoviário o conjunto de vias terrestres,

existentes no Município, destinadas à circulação pública de veículos

rodoviários e de pedestres e outras formas de mobilidade, como a

cicloviária.

Page 73: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 73 de 107

73

Art. 163. Considera-se sistema ferroviário o conjunto de linhas, estações,

terminais, equipamentos e máquinas destinadas ao transporte de carga ou

passageiros que tenham seus percursos fixados por trilhos ou outros

elementos condicionadores do trajeto.

Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei Complementar e de acordo com

as características operacionais, o sistema ferroviário obedecerá à seguinte

classificação:

I - transporte de passageiros;

II - transporte de carga.

Art. 164. Considera-se sistema hidroviário o conjunto das rotas de

navegação, cais, dársenas, marinas, clubes náuticos, piers, equipamentos e

máquinas destinadas ao transporte de passageiros ou de mercadorias que,

direta ou indiretamente, utilizam os recursos hídricos do Município.

Parágrafo único. A localização dos terminais de navegação marítima, dos

respectivos pátios de cargas e descargas de mercadorias e acessos de

passageiros, assim como a utilização de rotas fluviais para navegação e a

localização dos respectivos embarcadouros, ficam sujeitos a orientação e

controle das autoridades competentes, obedecidas as disposições da

legislação municipal de uso e ocupação do solo.

Art. 165. Considera-se sistema aeroviário o conjunto de pistas de pouso e

decolagem, helipontos, estações, terminais, hangares, equipamentos e vias

de circulação rodoviária destinadas ao transporte de carga ou passageiros

por via aérea.

Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei Complementar e de acordo com

as características operacionais, o sistema aeroviário obedecerá à seguinte

classificação:

I - aeroportos;

II - helipontos.

Page 74: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 74 de 107

74

CAPÍTULO I

DO SISTEMA RODOVIÁRIO URBANO

Art. 166. O sistema rodoviário urbano está subdividido nas seguintes

categorias, indicadas no Anexo 1 - Mapas 6, 7 e 8, e descritas nos anexos

5 e 6:

I - Vias Estruturais:

a) de Interesse Macrometropolitano;

b) de Interesse Metropolitano;

II - Vias Coletoras ou de Interesse Metropolitano Secundário;

III - Vias Locais;

IV - Ciclovias;

V - Vias de Pedestres.

Art. 167. São consideradas Vias Estruturais todas aquelas que têm

importância macrometropolitana ou metropolitana, ou seja, atendem aos

principais destinos do Município e também servem para as conexões

regionais, fazendo a ligação com as vias de Interesse Viário Metropolitano

Secundário ou Coletoras.

Art. 168. São consideradas Vias Estruturais de Interesse

Macrometropolitano aquelas que realizam as ligações do Município com o

sistema viário macrometropolitano, sendo constituídas por:

I - rodovias estaduais, que correspondem às ligações do

Município, os sistemas viários da Baixada Santista e do Estado;

II - marginais das rodovias, que cumprem o papel de

interligação das rodovias com os bairros ou áreas lindeiras às mesmas.

Art. 169. As Vias Estruturais de Interesse Metropolitano compreendem a

malha formada pelas ligações das vias macrometropolitanas com as áreas

Page 75: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 75 de 107

75

centrais do Município, os polos de atividade econômica e os núcleos de

assentamentos urbanos, devendo atender aos seguintes requisitos:

I - ter canteiro central, dividindo as mãos de direção, ciclovia

unidirecional em cada mão de direção, uma via em cada mão de direção

para suporte de transporte coletivo e no mínimo mais uma para transporte

individual;

II - devem suportar estacionamento;

III - ter calçada com largura de 4 (quatro) metros.

Art. 170. As Vias de Interesse Metropolitano Secundário ou Coletoras, são

aquelas que realizam a interligação entre as Vias Estruturais e as Vias

Locais e consistem na rede viária formada pelas vias municipais que

permitem a circulação entre os bairros do Município e o acesso a

equipamentos e instituições de porte e interesse urbano ou relacionados ao

sistema de transporte e trânsito de interesse para a região metropolitana.

Art. 171. As Vias de Interesse Metropolitano Secundário ou Coletoras

devem atender aos seguintes requisitos:

I - podem ter uma ou duas mãos de direção;

II - devem suportar transporte coletivo e individual;

III - devem comportar estacionamento e ciclovia e ter

calçadas com no mínimo 3 (três) metros de largura.

Art. 172. As Vias Locais são todas as que não estão indicadas nas

condições descritas nas classificações acima, servindo de acesso aos lotes e

glebas e à circulação intra-urbana de veículos de baixo fluxo e

prioritariamente a pedestres ou ciclovias delimitadas no Anexo 01, Mapa

06 e descritas no Anexo 05.

Art. 173. As Vias Locais deverão prever circulação de transporte

individual, estacionamento, ciclovia e calçadas.

Page 76: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 76 de 107

76

Art. 174. As Vias Cicloviárias consistem em vias exclusivas para

utilização de bicicletas, demarcadas e sinalizadas no sistema viário da

cidade.

Art. 175. As Vias de Pedestres consistem em passeios públicos, calçadões,

passeios junto às faixas da orla, vielas e vias de passagem exclusiva em

loteamentos.

Art. 176. As vias de pedestres poderão contar com leito carroçável com até

3,00 metros de largura quando tiverem largura superior a doze metros.

CAPÍTULO II

DAS DIRETRIZES VIÁRIAS

Art. 177. Constituem diretrizes de expansão do sistema rodoviário:

I - ligação seca da Ilha de Santo Amaro com a Ilha de São

Vicente, com ligação por via expressa com a Rodovia Cônego Domenico

Rangoni;

II - ligação seca da Estrada da Bertioga com o continente,

sobre o Canal da Bertioga;

III - implantação da Avenida Perimetral Portuária junto à

Avenida Santos Dumont, com separação dos fluxos urbano e portuário;

IV - implantação de ligação da Avenida Perimetral Portuária

com a Rodovia Cônego Domenico Rangoni para fluxo exclusivo do tráfego

portuário, sem travessia da área urbanizada;

V - implantação do sistema viário retroportuário, articulado

com a Rodovia Cônego Domenico Rangoni e os acessos à área portuária e

à área aeroportuária;

VI - implantação de ligação viária da área aeroportuária com a

Rodovia D. Domenico Rangoni e com o Retroporto;

VII - reformulação, melhoria e ampliação do sistema viário de

acesso da Rodovia Cônego Domenico Rangoni à Avenida D. Pedro I;

Page 77: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 77 de 107

77

VIII - implantação da ligação entre o prolongamento da

Avenida D. Pedro I até a Avenida Marjory Prado, utilizando o traçado da

Avenida do Bosque;

IX - implantação da ligação entre o prolongamento da

Avenida D. Pedro I e a estrada da Bertioga (SP-61);

X - implantação de sistema viário interligando a Avenida

Antonio Pimentel em Morrinhos com a Avenida Rafael Vitiello na Vila

Zilda;

XI - reestruturação do binário das Ruas Guilherme Guinle e

Mato Grosso;

XII - consolidação do eixo formado pelas Avenidas Mário

Daige, Antonio Freire, Projetada "A" e Acaraú;

XIII - interligação da Avenida Mario Daige com Avenida

Lídio Martins Correa;

XIV - complementação viária de ligação do bairro das

Astúrias com o bairro de Santa Cruz dos Navegantes.

XV - Prolongamento das Avenidas 1, 2 e 3 de Morrinhos para

permitir a expansão deste bairro em direção ao Norte.

Art. 178. As definições quanto a classificação, dimensionamento,

capacidades, geometria e demais especificações técnicas das ruas e

avenidas, estão presentes no Anexo 5.

Art. 179. Constitui diretriz de expansão do sistema cicloviário o Mapa 7,

de mobilidade cicloviária, do Anexo I.

Art. 180. Constitui diretriz do sistema ferroviário implantação de sistema

de transporte de passageiros urbano e metropolitano.

Art. 181. Constituem diretrizes de expansão do sistema hidroviário:

Page 78: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 78 de 107

78

I - implantar linhas de transporte coletivo hidroviário

interligando os diversos terminais hidroviários do Município;

II - implantar linhas de transporte coletivo hidroviário

interligando com os demais Municípios da Baixada Santista, o

aproveitamento dos rios e do estuário.

III - implantar linhas e terminais de transporte hidroviário de

cargas interligando os terminais hidroviários de cargas do Município e da

Baixada Santista.

Art. 182. Constituem diretrizes do sistema aeroportuário:

I - Implantação do Aeroporto Civil Metropolitano na área da

Base Aérea em Vicente de Carvalho;

II - Implantação de sistema de helipontos para acesso de

passageiros aos diversos bairros do Município e para estabelecer sistema de

salvamento de banhistas e embarcações nas praias, no mar e no Estuário.

CAPÍTULO III

DAS DIRETRIZES DE DRENAGEM URBANA

Art. 183. As diretrizes de drenagem urbana serão definidas no Plano de

Macrodrenagem do Município, a ser instituído por legislação específica

após aprovação pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e

Habitacional – CMDUH e pelo Conselho de Defesa do meio Ambiente –

CONDEMA.

Art. 184. As diretrizes definidas no Plano de Macrodrenagem deverão ser

obedecidas pelos proprietários de glebas e terrenos quando da implantação

de parcelamento ou arruamento.

Art. 185. As diretrizes incidentes em lotes ou glebas já parceladas serão

consideradas como de interesse público.

TÍTULO IX

DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA

Page 79: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 79 de 107

79

Art. 186. Para a promoção, planejamento, controle e gestão do

desenvolvimento urbano, serão adotados, dentre outros, os instrumentos de

política urbana estabelecidos na Constituição da República Federativa do

Brasil (artigo 182, § 4º)e no Estatuto da Cidade(Lei Federal 10.257 / 2001,

artigos 5º a 8º).

CAPÍTULO I

DO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO

COMPULSÓRIOS

Art. 187. São passíveis de parcelamento, edificação ou utilização

compulsórios, os imóveis nas seguintes condições:

I - não edificados, entendendo-se como tais os terrenos e

glebas cujas áreas sejam superiores a 3.000m² (três mil metros quadrados),

que não tenham sido objeto de parcelamento e estejam localizados na

Macrozona Urbana ou no Setor de Desenvolvimento Compatível da

Macrozona de Proteção Ambiental com área limítrofe à área urbana;

II - não edificado, entendendo-se como tal o lote urbano cujo

coeficiente de aproveitamento verificado seja igual a 0 (zero), desde que

seja legalmente possível sua utilização.

III - subutilizados, entendendo-se como tais os terrenos e

glebas cujo coeficiente de aproveitamento (CA) seja inferior ao coeficiente

de aproveitamento mínimo definido para o setor onde se situam;

IV - não utilizados, entendendo-se como tais as edificações

não terminadas que estejam com as obras paralisadas há mais de 5 (cinco)

anos.

V - não utilizado entendendo-se assim o lote urbano de uso

residencial ou não residencial, que tenha sua área construída desocupada e

não utilizada, para o fim para a qual foi edificada, há mais de 5 (cinco) anos

e que apresente uma ou mais das seguintes características:

a) uso não residencial:

1 - última licença municipal de funcionamento encerrada

há mais de 5 (cinco) anos;

Page 80: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 80 de 107

80

2 - corte de energia elétrica;

3 - corte ou supressão do fornecimento de água;

4 - obra paralisada.

b) uso residencial:

1 - corte de energia elétrica;

2 - corte ou supressão do fornecimento de água;

3- obra paralisada.

§1º Em qualquer uma das situações descritas nos incisos I a IV, são

ressalvados os imóveis que comprovem a impossibilidade de sua utilização

devido a litígio judicial ou onde haja incidência de restrições jurídicas,

alheias à vontade do proprietário, que inviabilizem atingir o coeficiente de

aproveitamento mínimo.

§2º Excetuam–se do disposto neste artigo os terrenos destinados ao uso não

residencial que, para seu pleno funcionamento, necessitem de área

construída inferior ao coeficiente de aproveitamento mínimo, tais como

estacionamentos de automóveis e pátios de contêineres com situação

regular perante a Prefeitura.

§3º A utilização do imóvel ou parte dele para o efeito de guarda ou

vigilância da propriedade não configura a utilização do lote urbano de que

trata este artigo.

§4º A utilização temporária ou sazonal do imóvel não configura a

utilização do lote urbano de que trata este artigo.

§5º A comprovação da não utilização do imóvel dar-se-á de acordo com os

procedimentos administrativos a cargo do órgão de fiscalização de obras da

Prefeitura.

§6º Fica facultado, aos proprietários dos imóveis de que trata o caput,

propor ao Executivo o estabelecimento do Consórcio Imobiliário como

forma de viabilização financeira do aproveitamento do imóvel, conforme

disposições do artigo 46 do Estatuto da Cidade.

Page 81: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 81 de 107

81

Art. 188. Os imóveis nas condições a que se refere o artigo anterior serão

identificados e seus proprietários notificados pela Prefeitura do Município

de Guarujá para promover o adequado aproveitamento.

§1º A notificação far-se-á, por determinação do Chefe do Poder Executivo:

I - por funcionário do órgão competente ao proprietário do

imóvel ou, no caso de este ser pessoa jurídica, a quem tenha poderes de

gerência geral ou administração e será realizada:

a) pessoalmente para os proprietários que residam no

Município de Guarujá;

b) por carta registrada com aviso de recebimento quando o

proprietário for residente fora do território do Município

de Guarujá;

II - por edital, quando frustrada por 3 (três) vezes a tentativa

de notificação na forma prevista pelo inciso I deste artigo.

§2º A notificação referida no “caput” deste artigo deverá ser averbada na

matrícula do imóvel no Cartório de Registro de Imóveis, pela Prefeitura do

Município de Guarujá.

§3º Uma vez promovido, pelo proprietário, o adequado aproveitamento do

imóvel na conformidade do que dispõe esta lei, caberá à Prefeitura do

Município de Guarujá efetuar o cancelamento da averbação tratada no § 2º

deste artigo.

Art. 189. Os proprietários notificados deverão, no prazo máximo de 1 (um)

ano, a partir do recebimento da notificação, comunicar à Prefeitura do

Município de Guarujá uma das seguintes providências:

I - início da utilização do imóvel;

II - protocolamento de um dos seguintes pedidos:

a) alvará de aprovação de projeto de parcelamento do solo;

b) alvará de aprovação e execução de edificação.

Page 82: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 82 de 107

82

§1º Quando a área não possuir cadastro urbano, o proprietário deverá

solicitá-lo junto à Prefeitura.

§2º As obras de parcelamento ou edificação deverão iniciar-se no prazo

máximo de 2 (dois) ano, a partir da expedição do alvará de aprovação do

projeto de parcelamento do solo ou alvará de aprovação e execução de

edificação, exigindo-se no ato o cronograma de execução das obras e o

termo de compromisso de cumprimento das etapas previstas no

cronograma.

§3º O proprietário terá o prazo de até 5 (cinco) anos, a partir do início de

obras previsto, para comunicar a conclusão do parcelamento do solo, ou da

edificação do imóvel.

§4º O prazo para conclusão das obras poderá sofrer apenas uma dilação de

até 180 dias corridos, caso tenha havido motivo justificado e comprovado

para o atraso, desde que seja aceito pela Prefeitura Municipal.

§5º Em empreendimentos de grande porte, em caráter excepcional, poderá

ser prevista a conclusão em etapas, assegurando-se que o projeto aprovado

compreenda o empreendimento como um todo.

§6º A transmissão do imóvel, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior

à data da notificação, transfere as obrigações de parcelamento, edificação

ou utilização, sem interrupção de quaisquer prazos.

Art. 190. Ficam estabelecidos, para aplicação de parcelamento, edificação

ou utilização compulsórios, os seguintes perímetros:

I - Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS -2A e ZEIS 2B,

delimitadas pela legislação em vigor.

II - Imóveis situados na Macrozona Urbana e nos Setores de

Desenvolvimento Compatível da Macro Zona de Proteção Ambiental, com

condições de acesso e infraestrutura lindeiros que justifiquem a utilização

urbana.

Page 83: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 83 de 107

83

Parágrafo único. Ficam excluídos da obrigação de parcelamento,

edificação ou utilização compulsória os imóveis:

I - utilizados para a instalação de atividades econômicas que

não necessitem de edificações para exercer suas finalidades;

II - que exerçam função ambiental essencial, tecnicamente

comprovada pelo órgão municipal competente;

III - de interesse do patrimônio histórico cultural ou

ambiental.

CAPÍTULO II

DO IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO

Art. 191. Em caso de descumprimento das condições e dos prazos

estabelecidos na notificação de parcelamento, edificação ou utilização

compulsórios, o Município aplicará alíquotas progressivas do Imposto

sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU, majoradas

anualmente, pelo prazo de 5 (cinco) anos consecutivos até que o

proprietário cumpra com a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar,

conforme o caso.

§1º Lei específica baseada no parágrafo 1º do artigo 7º do Estatuto da

Cidade e neste artigo estabelecerá a gradação anual das alíquotas

progressivas e a aplicação deste instituto, não excedendo duas vezes o valor

referente ao ano anterior, respeitada a alíquota máxima de 15% (quinze por

cento).

§2º Caso a obrigação de parcelar, edificar e utilizar não esteja atendida no

prazo de 5 (cinco) anos, o Município manterá a cobrança pela alíquota

máxima, até que se cumpra a referida obrigação.

§3º É vedada a concessão de isenções ou de anistias relativas à tributação

progressiva de que trata este artigo.

CAPÍTULO III

DA DESAPROPRIAÇÃO COM PAGAMENTO EM TÍTULOS

Page 84: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 84 de 107

84

Art. 192. Decorridos os 5 (cinco) anos de cobrança do IPTU Progressivo

prevista no capítulo anterior, sem que o proprietário tenha cumprido a

obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá

proceder a desapropriação do imóvel com pagamento em títulos da dívida

pública, nos termos da Lei Federal 10.257/ 2001.

CAPÍTULO IV

DO ABANDONO

Art. 193. O imóvel urbano que o proprietário abandonar, com intenção de

não mais o conservar em seu patrimônio, e que não se encontrar na posse

de outrem, poderá ser arrecadado como bem vago e passar, 3 (três) anos

depois, para a propriedade do Município.

Parágrafo Único. Presumir-se-á de modo absoluto a intenção a que se

refere este artigo quando, cessados os atos da posse, deixar o proprietário

de satisfazer os ônus fiscais.

Art. 194. No caso de qualquer imóvel se encontrar na situação descrita no

artigo anterior, o Poder Público Municipal deverá instaurar processo

administrativo para arrecadação do imóvel como bem vago em

conformidade com a legislação vigente.

CAPÍTULO V

DO USUCAPIÃO ESPECIAL DE IMÓVEL URBANO

Art. 195. Poderá haver outorga de título de domínio para usucapião de

imóvel urbano em conformidade com o disposto no Estatuto da Cidade.

CAPÍTULO VI

DO DIREITO DE SUPERFÍCIE

Art. 196. O Direito de Superfície poderá ser exercido em todo o território

municipal, nos termos da legislação federal pertinente.

Art. 197. O Poder Público poderá conceder onerosamente o Direito de

Superfície do solo, subsolo ou espaço aéreo nas áreas públicas integrantes

Page 85: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 85 de 107

85

do seu patrimônio, para exploração por parte das concessionárias de

serviços públicos.

Art. 198. O Município poderá receber em concessão, diretamente ou por

meio de seus órgãos, empresas ou autarquias, o direito de superfície, nos

termos da legislação em vigor, para viabilizar a implementação de

diretrizes constantes desta Lei Complementar, inclusive mediante a

utilização do espaço aéreo e subterrâneo.

Art. 199. Este instrumento poderá ser utilizado para realização de

consórcios imobiliários, operações urbanas consorciadas e na implantação

de redes de equipamentos de infra-estrutura urbana instalados no solo,

subsolo ou espaço aéreo de logradouros e bens públicos.

CAPÍTULO VII

DO DIREITO DE PREEMPÇÃO

Art. 200. O direito de preempção confere ao Poder Público Municipal

preferência para aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa

entre particulares, em conformidade com o disposto no Estatuto da Cidade.

Art. 201. O direito de preempção poderá incidir nas áreas nas quais está

prevista a implementação dos Projetos Estratégicos, assim como na

Macrozona Urbana e nas áreas de Desenvolvimento Compatível da

Macrozona de Preservação Ambiental limítrofes com a Macrozona Urbana,

a partir da promulgação de lei específica, com prazo de vigência não

superior a 5 (cinco) anos, renovável após o decurso do prazo inicial de

vigência.

Art. 202. O Poder Executivo Municipal deverá notificar os proprietários

dos imóveis sobre os quais incidirá o direito de preempção, no prazo

disposto, a partir da vigência da lei municipal específica referida no artigo

anterior.

Art. 203. Lei estabelecerá os mecanismos para compra e venda de imóveis

em áreas em que incida o direito de preempção.

Page 86: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 86 de 107

86

CAPÍTULO VIII

DA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR

Art. 204. O Executivo Municipal poderá exercer a faculdade de outorgar

onerosamente o exercício do direito de construir acima do coeficiente de

aproveitamento básico adotado, mediante contrapartida financeira a ser

prestada pelo beneficiário, conforme disposições dos artigos 28 a 31 do

Estatuto da Cidade, e de acordo com os critérios e procedimentos definidos

em lei.

Art. 205. As áreas passíveis de Outorga Onerosa situam-se na Macrozona

Urbana e nas áreas definidas para as Operações Urbanas Consorciadas,

com base nos índices da Tabela de Zoneamento de Uso e Ocupação do

Solo, mediante análise e aprovação do Conselho Municipal do

Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH.

Art. 206. A concessão da Outorga Onerosa do Direito de Construir poderá

ser negada pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e

Habitacional - CMDUH caso se verifique a possibilidade de impacto não

suportável pela infra-estrutura ou o risco de comprometimento da paisagem

urbana.

Art. 207. Lei específica estabelecerá as condições a serem observadas para

a outorga onerosa do direito de construir determinando:

I - o cálculo da área construída computável máxima que pode ser

adicionada a um imóvel por outorga

onerosa;

II - o cálculo para a cobrança da contrapartida financeira, bem como os

meios para a sua efetivação;

III - os casos passíveis de isenção do pagamento da contrapartida

financeira;

IV - as formas de pagamento da contrapartida financeira;

V - o prazo para sua utilização.

CAPÍTULO IX

DA TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR

Page 87: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 87 de 107

87

Art. 208. A. O direito de construir poderá ser transferido de setores da

Macrozona de Proteção Ambiental para os setores de Desenvolvimento

Compatível e setores da Macrozona Urbana.

Art. 209. A transferência de potencial construtivo para outras áreas

situadas na Macrozona Urbana, como mecanismo de compensação de

glebas ou lotes em loteamentos aprovados e averbados em áreas situadas

nos setores de Preservação Ambiental, de Ocupação Dirigida, de

Desenvolvimento Compatível e de Recuperação Ambiental e não

ocupados, obedecerá aos seguintes critérios:

§1º A regulamentação da transferência do potencial construtivo será

definida em lei municipal e aprovada pelo Conselho Municipal de

Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH.

§2º A transferência do potencial construtivo deverá ser averbada à

matrícula do lote, passando o mesmo, a figurar como reserva particular do

patrimônio natural - RPPN.

§3º As reservas particulares do patrimônio natural - RPPN criadas a partir

da venda de potencial construtivo não poderão figurar como compensação

ambiental de novos empreendimentos.

§4º As áreas onde será permitida a aplicação do potencial construtivo

transferido nos termos previstos neste artigo, serão os imóveis localizados

na Macrozona Urbana e nos Setores de Desenvolvimento Compatível da

Macrozona de Preservação Ambiental.

§5º Caso incida Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana –

IPTU, na área que transmitiu potencial construtivo, será permitida a

redução do imposto a partir da reavaliação do valor venal, em

conformidade com o Código Tributário Municipal.

CAPÍTULO X

DAS OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS

Page 88: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 88 de 107

88

Art. 210. Operação Urbana Consorciada é o conjunto de intervenções e

medidas coordenadas pelo Poder Público Municipal, com a participação

dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados,

com o objetivo de alcançar em uma área, transformações urbanísticas

estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental.

Art. 211. As operações urbanas consorciadas têm como finalidades:

I - implantar equipamentos estratégicos para o

desenvolvimento urbano;

II - otimizar áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de

porte e reciclagem de áreas consideradas subtilizadas;

III - implantar programas de Habitação de Interesse Social -

HIS;

IV - ampliar e melhorar a rede estrutural de transporte público

coletivo;

V - implantar espaços públicos;

VI - valorizar e criar bens do patrimônio ambiental, histórico,

arquitetônico, cultural e paisagístico;

VII - melhorar e ampliar a infra-estrutura e a rede viária

estrutural;

VIII - dinamizar atividades econômicas.

Art. 212. Cada Operação Urbana Consorciada será criada por lei específica

que, de acordo com as disposições dos artigos 32 a 34 do Estatuto da

Cidade, conterá, no mínimo:

I - delimitação do perímetro da área de abrangência;

II - finalidades da operação;

III - programa básico de ocupação da área e intervenções

previstas;

Page 89: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 89 de 107

89

IV - Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança - EIV;

V - programa de atendimento econômico e social para a

população diretamente afetada pela operação;

VI - solução habitacional dentro de seu perímetro ou

vizinhança próxima, no caso da necessidade de remover os moradores de

favelas e cortiços;

VII - garantia de preservação dos imóveis e espaços urbanos

de especial valor cultural e ambiental, protegidos por tombamento ou lei;

VIII - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários

permanentes e investidores privados em função dos benefícios recebidos;

IX - forma de controle e monitoramento da operação,

obrigatoriamente compartilhado com representação da sociedade civil;

X - conta ou fundo específico que deverá receber os recursos

de contrapartidas financeiras decorrentes dos benefícios urbanísticos

concedidos.

Art. 213. Todas as Operações Urbanas Consorciadas deverão ser

previamente aprovadas pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento

Urbano e Habitacional - CMDUH.

Art. 214. Os recursos obtidos como contrapartida pelo Poder Público em

operações urbanas consorciadas serão aplicados exclusivamente no

programa de intervenções, definido na lei de criação da Operação Urbana

Consorciada.

Art. 215. Poderão ser previstas nas Operações Urbanas Consorciadas, entre

outras medidas:

I - a modificação de índices e características de parcelamento,

uso e ocupação do solo e subsolo, bem como alterações das normas

edilícias, considerado o impacto ambiental delas decorrente;

II - a regularização de construções, reformas ou ampliações

executadas em desacordo com a legislação vigente.

Page 90: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 90 de 107

90

Art. 216. Serão permitidas as operações urbanas em áreas isoladas, desde

que exista uma compensação social, aplicada diretamente através do aporte

de recursos ao Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano e

Habitacional.

Parágrafo único. O valor do aporte de recursos será definido pelo

Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional, para cada

proposta de operação urbana apresentada, levando-se em consideração, no

mínimo, um décimo da valorização a ser obtida em cada empreendimento.

Art. 217. Para os projetos de operações urbanas isoladas, será obrigatório o

estudo de impacto de vizinhança não sendo incluídos no aporte de recursos

as possíveis intervenções urbanas necessárias para a viabilização de cada

empreendimento.

Art. 218. As operações urbanas isoladas poderão acontecer de duas formas

distintas:

I - Em áreas de média densidade: para terrenos com área

maior ou igual a três mil metros quadrados, será possível o aumento do

potencial construtivo, para até três vezes a área do terreno, sendo

considerado como aumento do potencial a diferença entre duas e meia

vezes e a área proposta, limitada a três vezes, incluída neste cálculo toda e

qualquer área construída.

II - Em áreas de alta densidade:

a) será permitido o acréscimo de área, desde que restrito ao

gabarito de onze metros de altura;

b) para estes projetos, será possível esgotar o potencial de

construção definido para a alta densidade, na torre dos

andares tipo, ficando a parte inferior do edifício, como

possível área para acréscimo de potencial construtivo;

c) para esta parte inferior do projeto, não será permitida a

construção de unidades habitacionais, sendo permitido

atividades de uso múltiplo, garagens e atividades para

outros usos que não habitacional;

Page 91: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 91 de 107

91

d) para o caso de outros usos, como comércio ou serviços,

por exemplo, deverão ser observadas, especialmente, as

normas gerais de zoneamento deste plano.

Parágrafo único. Para todos os casos será obrigatório o respeito às regras

gerais constantes do Plano Diretor e do Código de Obras do Município de

Guarujá.

CAPÍTULO XI

DO CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO

Art. 219. Considera-se Consórcio Imobiliário a forma de viabilização de

planos de urbanização ou edificação, por meio do qual o proprietário

transfere ao Poder Público Municipal o seu imóvel e, após a realização das

obras, recebe como pagamento, unidades imobiliárias devidamente

urbanizadas ou edificadas.

Art. 220. O Poder Público Municipal poderá aplicar o instrumento do

Consórcio Imobiliário além das situações previstas no artigo 46 do Estatuto

da Cidade, para viabilizar empreendimentos de Habitação de Interesse

Social - HIS, na Zona de Reestruturação Urbana, na Zona de Recuperação

Urbana e nas Zonas de Especial Interesse Social - ZEIS.

Parágrafo único. O Executivo Municipal poderá promover o

aproveitamento do imóvel que receber por transferência nos termos deste

artigo, direta ou indiretamente, mediante concessão urbanística ou outra

forma de contratação.

Art. 221. O valor das unidades imobiliárias a serem entregues ao

proprietário será correspondente ao valor do imóvel antes da execução das

obras, observado o disposto no parágrafo 2º do artigo 8º do Estatuto da

Cidade.

Art. 222. O Consórcio Imobiliário aplica-se tanto aos imóveis sujeitos à

obrigação legal de parcelar, edificar ou utilizar nos termos desta Lei,

quanto àqueles por ela não abrangidos, mas necessários à realização de

intervenções urbanísticas previstas nesta Lei Complementar.

Page 92: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 92 de 107

92

Art. 223. Os consórcios imobiliários deverão ser formalizados por termo

de responsabilidade e participação pactuado entre o proprietário urbano e a

Municipalidade, visando à garantia da execução das obras do

empreendimento, bem como das obras de uso público.

Art. 224. O consórcio imobiliário deverá ser efetuado em conformidade

com a Lei Federal 8.666/ 1993.

CAPÍTULO XII

DO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Art. 225. Os empreendimentos que causarem grande impacto urbanístico e

ambiental, adicionalmente ao cumprimento dos demais dispositivos

previstos na legislação urbanística, terão sua aprovação condicionada à

elaboração e aprovação de Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV e do

Relatório de Impacto de Vizinhança - RIV, a ser apreciado pelos órgãos

competentes da Administração Municipal para obtenção das licenças ou

autorizações de construção, ampliação ou funcionamento.

Parágrafo único. Casos não previstos na legislação poderão ser

submetidos a esta obrigatoriedade por determinação do Executivo

Municipal.

Art. 226. O Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV será realizado pelo

empreendedor de atividades habitacionais, de serviços, comerciais,

industriais, portuárias, retroportuárias, de transporte ou infraestrutura,

sempre que obrigatório por esta Lei Complementar, sendo analisado e

aprovado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente ou órgão técnico

que venha a sucedê-la.

Parágrafo único. O relatório será um documento técnico oficial, com

responsabilidade técnica comprovada pelos respectivos Conselhos

Profissionais, por meio de recolhimento de Anotação ou Registro de

Responsabilidade Técnica.

Page 93: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 93 de 107

93

Art. 227. O Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV deverá contemplar os

aspectos positivos e negativos do empreendimento sobre a qualidade de

vida da população residente ou usuária da área em questão e seu entorno,

devendo incluir, no que couber, a análise e a proposição de solução para as

seguintes questões:

I - adensamento populacional resultante;

II - uso e ocupação do solo permitido pela legislação e

previsto no projeto;

III - valorização e desvalorização imobiliária;

IV - impactos na paisagem urbana e no patrimônio natural e

cultural;

V - capacidade da infraestrutura urbana, incluindo

abastecimento de água e de energia elétrica, bem como geração e

destinação de resíduos sólidos, líquidos e efluentes;

VI - equipamentos comunitários, como os de saúde e

educação;

VII - sistema de circulação e transportes, incluindo, entre

outros, tráfego gerado, acessibilidade, estacionamento, carga e descarga,

embarque e desembarque;

VIII - poluição sonora, atmosférica e hídrica;

IX - vibração;

X - periculosidade;

XI - geração de resíduos sólidos;

XII - riscos ambientais;

XIII - impacto socioeconômico na população residente ou

atuante no entorno.

Art. 228. O Executivo municipal, para eliminar ou minimizar impactos

negativos a serem gerados pelo empreendimento, deverá solicitar como

Page 94: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 94 de 107

94

condição para aprovação do projeto alterações e complementações no

mesmo, bem como a execução de melhorias na infra-estrutura urbana e de

equipamentos comunitários, tais como:

I - ampliação das redes de infra-estrutura urbana;

II - área de terreno ou área edificada para instalação de

equipamentos comunitários em percentual compatível com o necessário

para o atendimento da demanda a ser gerada pelo empreendimento;

III - ampliação e adequação do sistema viário, faixas de

desaceleração, ponto de ônibus, faixa de pedestres, semaforização;

IV - proteção acústica, uso de filtros e outros procedimentos

que minimizem incômodos da atividade;

V - manutenção de imóveis, fachadas ou outros elementos

arquitetônicos ou naturais considerados de interesse paisagístico, histórico,

artístico ou cultural, bem como recuperação ambiental da área;

VI - cotas de emprego e cursos de capacitação profissional,

entre outros;

VII - percentual de habitação de interesse social no

empreendimento;

VIII - possibilidade de construção de equipamentos sociais em

outras áreas da cidade;

IX - manutenção de áreas verdes.

§1º As exigências previstas nos incisos anteriores deverão ser

proporcionais ao porte e ao impacto do empreendimento.

§2º A aprovação do empreendimento ficará condicionada à assinatura de

Termo de Compromisso pelo interessado, em que este se compromete a

arcar integralmente com as despesas decorrentes das obras e serviços

necessários à minimização dos impactos decorrentes da implantação do

empreendimento e demais exigências apontadas pelo Poder Executivo

Municipal, antes da finalização do empreendimento.

Page 95: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 95 de 107

95

§3º O Certificado de Conclusão da Obra ou o Alvará de Funcionamento só

serão emitidos mediante comprovação da conclusão das obras previstas no

parágrafo anterior.

Art. 229. A elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV não

substitui o licenciamento ambiental requerido nos termos da legislação

ambiental.

Art. 230. Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do Estudo de

Impacto de Vizinhança - EIV e Relatório de Impacto de Vizinhança - RIV,

que ficarão disponíveis para consulta, no órgão municipal competente, por

qualquer interessado.

§1º Serão fornecidas cópias do Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV e

Relatório de Impacto de Vizinhança - RIV, quando solicitadas pelos

moradores da área afetada ou suas associações.

§2º O órgão público responsável pelo exame do Estudo de Impacto de

Vizinhança - EIV e Relatório de Impacto de Vizinhança - RIV deverá

realizar audiência pública, antes da decisão sobre o projeto, sempre que

sugerida, na forma da lei, pelos moradores da área afetada ou suas

associações.

TÍTULO X

DA GESTÃO DA POLÍTICA URBANA

CAPÍTULO I

DO SISTEMA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

Art. 231. Fica criado o Sistema Municipal de Planejamento e Gestão -

SMPG, instituindo estruturas e processos democráticos e participativos,

que visam ao desenvolvimento contínuo, dinâmico e flexível do

planejamento e gestão da política urbana.

Art. 232. São objetivos do Sistema Municipal de Planejamento e Gestão:

Page 96: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 96 de 107

96

I - criar canais de participação da sociedade na gestão

municipal da política urbana;

II - garantir eficiência e eficácia à gestão, visando a melhoria

da qualidade de vida;

III - instituir um processo permanente e sistematizado de

detalhamento, atualização e revisão do Plano Diretor.

Art. 233. O Sistema Municipal de Planejamento e Gestão deve atuar nos

seguintes temas:

I - formulação das estratégias, das políticas e da atualização do

Plano Diretor;

II - gerenciamento do Plano Diretor assim como a formulação

e aprovação dos programas e projetos para a sua implementação;

III - monitoramento e controle dos instrumentos urbanísticos e

dos programas e projetos aprovados.

Art. 234. O Sistema Municipal de Planejamento e Gestão é composto por:

I - Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão;

II - Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e

Habitacional - CMDUH;

III - Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano - FMDU;

IV - Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social -

FMHIS.

V - Sistema de Informações Municipais.

SEÇÃO I

DA SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

Page 97: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 97 de 107

97

Art. 235. A Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão é o órgão do

Poder Executivo Municipal encarregado de implantar, desenvolver e

controlar o sistema municipal de planejamento e gestão.

SEÇÃO II

DO CONSELHO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO

URBANO E HABITACIONAL

Art. 236. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e

Habitacional - CMDUH é órgão consultivo e deliberativo sobre a política

urbana municipal, vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão,

composto por representantes do Poder Público, da sociedade civil e dos

movimentos sociais.

Art. 237. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e

Habitacional será composto por 17 (dezessete) membros titulares e

respectivos suplentes, conforme segue:

I - 6 (seis) representantes do Poder Público Municipal, assim

distribuídos, ou pelso órgãos que venham a substituí-los:

a) 1 (um) da Secretaria Municipal de Habitação;

b) 1 (um) da Secretaria Municipal de Meio Ambiente;

c) 1 (um) da Secretaria Municipal de Planejamento e

Gestão;

d) 1 (um) da Secretaria Municipal de Desenvolvimento

Econômico e Portuário;

e) 1 (um) da Advocacia Geral do Município;

f) 1 (um) da Secretaria Municipal de Infraestrutura e

Obras;

II - 11 (onze) representantes da sociedade civil, organizações

não-governamentais, entidades técnicas ou profissionais, assim

distribuídos:

a) 1 (um) representante do setor imobiliário e construção

civil;

Page 98: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 98 de 107

98

b) 1 (um) representante do setor de turismo;

c) 1 (um) representante do setor portuário;

d) 1 (um) representante do setor do comércio;

e) 1 (um) representante do Conselho Regional de

Engenharia e Agronomia;

f) 1 (um) representante da Ordem dos Advogados do

Brasil;

g) 1 (um) representante do Conselho de Arquitetura e

Urbanismo;

h) 2 (dois) representantes de associações de bairros;

i) 1 (um) representante do movimento de moradia;

j) 1 (um) representante do movimento ambientalista.

§1º Os representantes do Conselho terão mandato de 2 (dois) anos,

podendo haver reeleição.

§2º O presidente do Conselho fará parte do grupo do Poder Público

Municipal, e será o representante da Secretaria de Planejamento e Gestão.

§3º Os representantes do Poder Público serão indicados pelo Chefe do

Executivo municipal.

§4º O Poder Público Municipal deverá possibilitar todas as condições para

a participação dos representantes da sociedade civil, inclusive por meio de

ajuda de custo, nos casos em que se fizer necessário.

§5º O Poder Público Municipal nomeará, sempre que julgar necessário ou

quando solicitado pelo Conselho, uma Comissão Técnica composta por

membros do quadro técnico da Prefeitura Municipal ou por especialistas

contratados quando o assunto o exigir, para a elaboração de pareceres

técnicos.

Art. 238. Compete ao Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e

Habitacional - CMDUH:

I - Fiscalizar, assessorar, estudar, propor e aprovar diretrizes

para o desenvolvimento urbano e regional, com participação social e

Page 99: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 99 de 107

99

integração das políticas fundiárias e planejamento territorial e de habitação,

saneamento ambiental, trânsito, transporte, mobilidade urbana e rural e

políticas de caráter ambiental;

II - acompanhar permanentemente a implementação e a

revisão do Plano Diretor, analisando e deliberando sobre questões relativas

à sua aplicação;

III - definir as questões relevantes para o desenvolvimento

socioeconômico e preservação ambiental de todo o território de Guarujá,

em especial aquelas com rebatimento urbano;

IV - deliberar, a partir de parecer técnico elaborado pela

Comissão Técnica com esse fim, sobre proposta de alteração da Lei do

Plano Diretor;

V - deliberar, a partir de parecer técnico elaborado pela

Comissão Técnica com este fim, a regulamentação dos instrumentos

urbanísticos previstos no Plano de Diretor;

VI - acompanhar e fiscalizar a aplicação dos instrumentos

urbanísticos no Município;

VII - acompanhar e fiscalizar a execução de planos e projetos

de interesse do desenvolvimento urbano, inclusive os planos setoriais;

VIII - deliberar sobre projetos de lei de interesse da política

urbana, antes de seu encaminhamento à Câmara Municipal;

IX - definir a política municipal de habitação, integrando-a

com as políticas estaduais e federais relativas ao desenvolvimento

habitacional e urbano;

X - gerir através de Grupos Gestores os recursos do Fundo

Municipal de Desenvolvimento Urbano – FMDU e do Fundo Municipal de

Habitação;

XI - aprovar a concessão de Outorga Onerosa do Direito de

Construir e a aplicação da transferência do direito de construir;

XII - aprovar e acompanhar a implementação das Operações

Urbanas Consorciadas;

Page 100: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 100 de 107

100

XIII - acompanhar e fiscalizar a implementação dos demais

instrumentos urbanísticos;

XIV - aprovar a implantação de empreendimentos e obras,a

partir de parecer técnico elaborado pela Comissão Técnica com este fim,

quando exigido por lei;

XV - zelar pela integração das políticas setoriais;

XVI - deliberar sobre as omissões e casos não perfeitamente

definidos pela legislação urbanística municipal;

XVII - convocar, organizar e coordenar as Conferências e

Assembléias Territoriais;

XVIII - convocar Audiências Públicas;

XIX - elaborar e aprovar o Regimento Interno.

Art. 239. O Poder Executivo Municipal garantirá suporte técnico e

operacional exclusivo ao Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano

e Habitacional - CMDUH, necessário para seu pleno funcionamento.

Art. 240. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e

Habitacional - CMDUH terá suas principais diretrizes fixadas durante a

realização das Conferências da Cidade.

Art. 241. Os integrantes do Conselho Municipal de Desenvolvimento

Urbano e Habitacional - CMDUH representantes da sociedade civil,

organizações não governamentais e entidades técnicas ou profissionais

serão eleitos em Audiência Pública, convocada na forma definida pelo

Regimento, com mandato de 2 (dois) anos.

Art. 242. O Regimento Interno do Conselho Municipal de

Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH será aprovado definido

em Audiência Pública e estabelecido por decreto do Poder Executivo.

SEÇÃO III

Page 101: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 101 de 107

101

DOS FUNDOS MUNICIPAIS DE DESENVOLVIMENTO

HABITACIONAL E URBANO E DE HABITAÇÃO DE INTERESSE

SOCIAL

Art. 243. Ficam criados o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano –

FMDU e o Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social- FMHIS.

§1º O Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano será formado pelos

seguintes recursos:

I - próprios do Município;

II - transferências intergovernamentais, do Estado e da União;

III - transferências de instituições privadas nacionais, com ou

sem fim lucrativo;

IV - transferências do exterior de entidades privadas com ou

sem fim lucrativo;

V - transferências de pessoas físicas;

VI - receitas provenientes da Concessão do Direito Real de

Uso de áreas públicas,

exceto nas zonas especiais de interesse social - ZEIS;

VII - recursos provenientes das operações urbanas;

VIII - rendas provenientes da aplicação financeira dos seus

recursos próprios;

IX- receitas provenientes de doações;

X - outras receitas que lhe sejam destinadas por lei.

§2º O Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social será formado

pelos seguintes recursos:

I - próprios do Município;

II - transferências intergovernamentais, do Estado e da União;

Page 102: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 102 de 107

102

III - transferências de instituições privadas nacionais, com ou

sem fim lucrativo;

IV - transferências do exterior de entidades privadas com ou

sem fim lucrativo;

V - transferências de pessoas físicas;

VI - receitas provenientes de Outorga Onerosa do Direito de

Construir;

VII - receitas provenientes da Concessão do Direito de

Superfície;

VIII - recursos provenientes das operações urbanas;

IX - rendas provenientes da aplicação financeira dos seus

recursos próprios;

X - receitas provenientes de doações;

XI - outras receitas que lhe sejam destinadas por lei.

Art. 244. Os recursos dos Fundos Municipais de Desenvolvimento Urbano

e de Desenvolvimento Habitacional serão controlados por Grupos Gestores

compostos por membros do Conselho Municipal de Desenvolvimento

Urbano e Habitacional – CMDUH.

Art. 245. Os recursos do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano –

FMDU e do Fundo Municipal de Desenvolvimento Habitacional - FMDH

poderão ser empregados integrados a programas e parcerias com entidades

públicas e privadas, nacionais ou internacionais.

Art. 246. A regulamentação do Fundo Municipal de Desenvolvimento

Urbano – FMDU e do Fundo Municipal de Desenvolvimento Habitacional

- FMDH será uma prerrogativa do Conselho Municipal de

Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH.

SEÇÃO IV

DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES MUNICIPAIS

Page 103: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 103 de 107

103

Art. 247. O Sistema de Informações Municipais – SIM - tem como

objetivo fornecer informações para o planejamento, o monitoramento, a

implementação e a avaliação da política urbana, subsidiando a tomada de

decisões ao longo do processo.

§1º O Sistema de Informações Municipais deverá conter e manter

atualizados dados, informações e indicadores sociais, culturais,

econômicos, financeiros, patrimoniais, administrativos, físico-territoriais,

inclusive cartográficos, ambientais, imobiliários e outros de relevante

interesse para o Município.

§2º Para a consecução dos objetivos do SIM, as Secretarias Municipais

deverão compilar e manter atualizadas as informações referentes a suas

áreas de atuação, enviando-as anualmente, ou sempre que solicitadas, à

Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão.

§3º A Secretaria de Planejamento e Gestão será a unidade administrativa e

executora de planejamento e controle do SIM.

Art. 248. O Sistema de Informações Municipais deverá obedecer aos

princípios:

I - da simplificação, economicidade, eficácia, clareza, precisão

e segurança, evitando-se a duplicação de meios e instrumentos para fins

idênticos;

II - democratização, publicização e disponibilização das

informações, em especial as relativas ao processo de implementação,

controle e avaliação do Plano Diretor.

CAPÍTULO II

DOS INSTRUMENTOS DE DEMOCRATIZAÇÃO DA GESTÃO

Art. 249. Fica assegurada a participação da população em todas as fases do

processo de gestão democrática da política urbana, mediante as seguintes

instâncias de participação:

Page 104: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 104 de 107

104

I - Conferências Municipais de Política Urbana;

II - Assembléias Territoriais de Política Urbana;

III - Audiências públicas;

IV - Iniciativa popular de projetos de lei, de planos, programas

e projetos de desenvolvimento urbano;

V - Plebiscito e referendo popular;

VI - Conselho Municipais de Desenvolvimento Urbano e

Habitacional,

Art. 250. Anualmente, o Executivo encaminhará ao Conselho Municipal de

Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH relatório de gestão do

exercício, Plano Plurianual e Plano Local de Desenvolvimento Sustentável.

SEÇÃO I

DA CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA

Art. 251. As Conferências Municipais de Política Urbana ocorrerão

ordinariamente a cada dois anos e, extraordinariamente, quando

convocadas pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e

Habitacional - CMDUH.

Parágrafo único. As conferências serão abertas à participação de todos os

cidadãos.

Art. 252. A Conferência Municipal de Política Urbana deverá, dentre

outras atribuições:

I - estabelecer as diretrizes da política urbana do

Município;

II - propor ao Executivo adequações nas ações

estratégicas destinadas a implementação dos objetivos, diretrizes, planos,

programas e projetos;

Page 105: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 105 de 107

105

III - deliberar sobre plano de trabalho para o biênio

seguinte;

IV - sugerir propostas de alteração da Lei do Plano

Diretor, a serem consideradas no momento de sua modificação ou revisão.

SEÇÃO II

DAS ASSEMBLÉIAS TERRITORIAIS DE POLÍTICA URBANA

Art. 253. As Assembléias Territoriais de Política Urbana ocorrerão, sempre

que necessário, com o objetivo de consultar a população das unidades

territoriais de planejamento sobre as questões urbanas relacionadas àquela

territorialidade, de forma a ampliar o debate e dar suporte à tomada de

decisões do Poder Executivo, do Poder Legislativo e dos Conselhos

Municipais de Desenvolvimento Urbano e Habitacional – CMDUH e de

Defesa do Meio Ambiente –CONDEMA.

SEÇÃO III

DA GESTÃO ORÇAMENTÁRIA PARTICIPATIVA

Art. 254. A gestão orçamentária participativa incluirá a realização de

debates, audiências e consultas públicas sobre as propostas do plano

plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e do orçamento anual, como

condição obrigatória para sua aprovação pela Câmara Municipal.

TÍTULO XI

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 255. O Município de Guarujá deve manter atualizados os seguintes

diplomas legais:

I - Regulamentação dos dispositivos do Estatuto da Cidade;

II - Lei regulamentando a implantação e a manutenção de

arborização urbana e áreas verdes;

III - Lei complementar do Código de Obras;

Page 106: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 106 de 107

106

IV - Lei complementar do Código de Posturas;

VI - Lei complementar das Zonas Especiais de Interesse

Social;

VII - Lei complementar do Código Sanitário Municipal;

VIII - Lei Complementar do Plano de Mobilidade Urbana;

IX - Lei do Plano Diretor de Saneamento Ambiental;

X - Lei do Plano Diretor de Macrodrenagem;

XI - Lei de Resíduos Sólidos.

Art. 256. Fazem parte integrante desta Lei Complementar, os seguintes

Anexos:

I - Anexo 1 - MAPAS

Mapa 1 - Macrozoneamento;

Mapa 2 - Macrozoneamento e Setorização;

Mapa 3 - Distritos, Regiões, Bairros e Comunidades

Tradicionais;

Mapa 4 - Zoneamento de Ocupação do Solo;

Mapa 5 - Zoneamento de Uso do Solo;

Mapa 6 - Mobilidade 1: rodovias, ferrovias e hidrovias;

Mapa 7 - Mobilidade 2: ciclovias e vias de pedestres;

Mapa 8 - Mobilidade 3: rodovias para transporte de

cargas;

Mapa 9 – Zonas Especiais de Interesse Social.

II - Anexo 2 - Parâmetros de Classificação dos Setores;

III - Anexo 3 - Zoneamento de Ocupação do Solo;

Anexo 3a - Zoneamento de Ocupação do Solo;

Anexo 3b - Recuos mínimos das Edificações nos lotes;

IV - Anexo 4 - Zoneamento de Usos do Solo;

Page 107: Projeto de Lei Complementar Plano Diretor

Prefeitura Municipal de Guarujá ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

DIRETORIA DE RELAÇÕES PARLAMENTARES

MINUTA

Página 107 de 107

107

Anexo 4a – Classificação dos Usos;

Anexo 4b – Usos Não Permitidos;

Anexo 4c – Zoneamento de Usos na Macrozona

Urbana.

V - Anexo 5 - Quadro de Hierarquia do Sistema Viário.

VI - Anexo 6 - Padrões de Dimensionamento do Sistema

Viário.

VII - Anexo 7 – Padrões para urbanização de glebas.

Parágrafo único. Todos os mapas relacionados neste artigo estão baseados

no Mapeamento Planialtimétrico Digital da Região Metropolitana da

Baixada Santista - RMBS, Sistema Cartográfico Metropolitano da Baixada

Santista, SCM-BS.

Art. 257. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua

publicação, ficando revogadas as disposições em contrário, em especial a

Lei Complementar nº. 108, de 26 de janeiro de 2007, e o artigo 41 da Lei

nº. 1.259, de 21 de dezembro de 1975.

Art. 258. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação

ficando revogadas as disposições em contrário.