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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO
COLÉGIO ESTADUAL SANTA ROSA – EFM
CURITIBA
2007
“Se sonharmos com uma sociedademenos agressiva,menos injusta,menos violenta, mais humana,o nosso testemunho deve ser
o de quem, dizendo não aqualquer possibilidade
em face dos fatos,defende a capacidade
do ser humanoem avaliar,de
compreender,deescolher, de decidir e,
finalmente,de intervir no mundo”.
(Paulo Freire)
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO .........................................................................5
2. INTRODUÇÃO ............................................................................... 6
2.1 Identificação ..................................................................................6
2.2 Aspectos Históricos da Escola ......................................................6
2.3 Oferta de Cursos e Turmas.............................................................8
2.4 Caracterização da Comunidade Escolar.......................................12
2.4.A Alunos e Pais...............................................................................12
2.4.B Professores..................................................................................13
2.4.C Funcionários ................................................................................16
2.4.D Equipe Pedagógica .....................................................................18
2.4.E Direção ........................................................................................19
2.5 Estrutura Física ..........................................................................19
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................21
3.1 Visão de Educação..................................................................................21
3.2 Visão de Homem.....................................................................................22
3.3 Visão de Sociedade................................................................................23
3.4 Visão de Cultura......................................................................................24
3.5 Visão de Escola...................................................................................... 26
4. MARCO OPERACIONAL.......................................................................... 30
5. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO..............................32
6. REFERÊNCIAS..........................................................................................33
7. PROPOSTA PEDAGÓGICA .....................................................................35
8. CONCEPÇÃO DO CURRÍCULO...............................................................36
9. LÍNGUA PORTUGUESA .........................................................................38
10.ARTES.......................................................................................................51
11.EDUCAÇÃO FÍSICA..................................................................................61
12.MATEMÁTICA...........................................................................................70
13.FÍSICA.......................................................................................................78
14.QUÍMICA................................................................................................... 83
15.CIÊNCIAS .................................................................................................88
16.BIOLOGIA..................................................................................................97
17.HISTÓRIA................................................................................................. 102
18.GEOGRAFIA.............................................................................................119
19.LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA.......................................................130
20.FILOSOFIA................................................................................................139
21.ENSINO RELIGIOSO................................................................................144
22.SOCIOLOGIA ...........................................................................................154
2. INTRODUÇÃO
2.1Identificação
Colégio Estadual Santa Rosa – Ensino Fundamental e Médio.
Localização: Rua João Tobias de Paiva Neto, nº. 515.
Bairro: Cajuru.
Município: Curitiba
Estado: PR
NRE: Curitiba
Setor: Cajuru
Cep: 82.980-130
Fone: (41) 3226-2616
Fone/fax: (41) 3226- 2616
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná - Secretaria de
Estado da Educação do Paraná
2.2Aspectos históricos da escola
O Colégio Estadual Santa Rosa,foi fundado em vinte e um de março de um mil novecentos e setenta e sete,
com a seguinte denominação: Escola Estadual Santa Rosa – EPG, no Jardim Solitude,Bairro Cajuru. Foi criado em sistema
emergencial, pois o bairro necessitava com urgência de uma escola, porque o local era de difícil acesso para as outras
escolas.
O nome dado à escola foi em homenagem ao Professor ANTÔNIO SANTA ROSA pelo seu excelente
desempenho à educação no Paraná.
Atualmente, denomina-se Colégio Estadual Santa Rosa - Ensino Fundamental e Médio, está localizado à Rua
João Tobias de Paiva Neto, 515, no
Bairro Cajuru, na cidade de Curitiba e é administrado pela Secretaria de Estado da Educação.
O Estabelecimento tem por finalidade atender ao disposto nas Constituições Federal e Estadual e na Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, ministra o Ensino Fundamental, o Ensino Médio e o Supletivo Fase II.
Teve seu início de funcionamento em 21de março de 1977, sendo que o Decreto de Criação foi oficializado
pela Resolução nº 791 de 02/07/79, Diário Oficial de 04 de julho de 1979.
Com a resolução 232 de 30 de janeiro de 1.995, no Diário Oficial de 06 de março de 1995 foi reconhecimento o
Curso de 1º Grau Regular da Escola e em decorrência, ficou também reconhecida a Escola Estadual Santa Rosa - Ensino de
1º Grau Regular.
Através da Resolução 105 de 27 de janeiro de 1.995, foi autorizado a funcionar pelo prazo de 02(dois) anos, a
partir de 13/02/95 o curso de 1º Grau Supletivo - Função Suplência de Educação Geral - Fase II, neste Estabelecimento de
Ensino, o qual passou a denominar-se Escola Estadual Santa Rosa - Ensino de 1º Grau Regular e Supletivo.
No dia 07 de novembro de 1.994, com a Resolução nº 5.411, foi concedida a implantação do Ensino de 2º Grau
Regular, com a Habilitação de
Auxiliar de Contabilidade, a qual passou a funcionar somente pelo prazo de um ano em caráter excepcional a partir de
1.995, e, em decorrência da Resolução nº 677/96 de 16/02/96, cessou a referida habilitação.
Através da Resolução nº 1.122 de 10 de março de 1.996, foi autorizado a funcionar o ensino de 2º Grau
Regular, com o Curso de Educação Geral - Preparação Universal, pelo prazo de 02(dois) anos, com implantação simultânea
para a 1ª e 2ª séries, devido a cessação compulsória da Habilitação Auxiliar de Contabilidade.
E com a Resolução 2471/02, Diário Oficial de 18/07/02 fica reconhecido o Ensino Médio curso Regular neste
Estabelecimento.
2.3Oferta de cursos e turmas
O Colégio oferece cursos de Ensino Fundamental e Médio. Tem capacidade para atender o total de 1801 (mil oitocentos e um) alunos, divididos em três turnos, conforme mostra a tabela a seguir:
SÉRIES
FUNDAMENTA
L
Nº. DE
TURMAS
Nº. DE
ALUNOS
TURNO
5ª 11 419 TARDE/NOIT
E6ª 09 325 TARDE/NOIT
E7ª 07 285 MANHÃ/NOIT
E8ª 06 247 MANHÃ/NOIT
ETOTAL 33 1276
SÉRIES/MÉDIO Nº. DE
TURMAS
Nº. DE
ALUNOS
TURNO
1º 07 318 MANHÃ/NOITE2º 04 163 MANHÃ/NOITE3º 04 143 MANHÃ/NOITETOTAL 15 624
Cada série tem duração de 01 (um) ano letivo (quarenta semanas) composto de disciplinas da Base Nacional Comum e
Parte Diversificada, as avaliações são bimestrais. As turmas têm 05 (cinco) aulas diárias com duração de 50 (cinqüenta)
minutos cada. O intervalo para o recreio é de 20 (vinte) minutos. A carga horária total do Ensino Fundamental é de 3960
(três mil novecentos e sessenta) horas/aulas.
A matriz curricular do Ensino Fundamental (de acordo com a LDB nº. 9394/96) está distribuída
quadro abaixo:
Curso: ENS. DE 1 GR - REGULAR 5/8 SÉRIETurno: Manhã
2.4
Disciplina
Composiç
ão
Curricular
Série Carga Horária
Semanal
5 6 7 80725 - Artes BNC 2 2 2 20301 - Ciências BNC 3 3 3 40601 - Educação Física BNC 3 3 3 27502 - Ensino Religioso * BNC 1 10401 - Geografia BNC 3 3 4 30501 - Historia BNC 3 3 3 40106 - Língua Portuguesa BNC 4 4 4 40201 - Matemática BNC 4 4 4 41107 - L.E.M. - Língua Estrangeira
Moderna. PD 2 2 2 2Carga Horária Total 24 24 25 25
Matriz Curricular de acordo com a LDB N. 9394/96.
* Opcional para os alunos e não computada na carga horária da matriz
curricular.
BNC = BASE NACIONAL COMUM
PD = PARTE DIVERSIFICADA
Curso: ENS. DE 1 GR - REGULAR 5/8 SÉRIE Turno: Tarde
Disciplina
Composiç
ão
Curricular
Série Carga Horária
Semanal
5 6 7 80725 - Artes BNC 2 2 2 20301 - Ciências BNC 3 3 3 40601 - Educação Física BNC 3 3 3 27502 - Ensino Religioso * BNC 1 10401 - Geografia BNC 3 3 4 30501 - Historia BNC 3 3 3 40106 - Língua Portuguesa BNC 4 4 4 40201 - Matemática BNC 4 4 4 41107 - L.E.M. - Língua Estrangeira
Moderna. PD 2 2 2 2Carga Horária Total 24 24 25 25
Matriz Curricular de acordo com a LDB N. 9394/96.
* Opcional para o alunos e não computada na carga horária da matriz curricular.
APRESENTAÇÃO
O Colégio Estadual Santa Rosa – Ensino Fundamental e Médio,
empenhado em construir coletivamente sua Proposta Pedagógica dentro da
concepção progressista, apresenta sua Concepção de Currículo e a preliminar de
sua Proposta Pedagógica.
A presente Proposta Pedagógica ainda está em construção, pois as
relações educativas que ocorrem no cotidiano escolar são amplas, complexas e em
permanente construção/reconstrução.
Este documento preliminar é resultante de discussões realizadas a
partir dos Documentos Preliminares das Diretrizes Curriculares, pois o colégio ainda
não recebeu a versão definitiva das Diretrizes. Os profissionais de educação
reuniram – se em parcos momentos de sua hora – atividade, tornando o estudo
fragmentado e muitas vezes individualizado. Também em reuniões pedagógicas
esporádicas com pouco tempo para garantir um estudo de qualidade para entender
os elementos que constituem a Proposta Pedagógica.
Ainda existe a grande dificuldade para criar momentos de reflexão
durante a hora - atividade devido ao grande número de professores faltosos e a
Equipe Pedagógica tendo que suprir essa falta. Outro grande problema é a
rotatividade de professores, não criando vínculos com a instituição.
Este documento preliminar estará sendo rediscutido e reformulado,
para que se façam as alterações necessárias.
Concepção de Currículo
Nas abordagens tradicionais de currículo, a organização do
conhecimento escolar é tratada como um processo que, ao lado da seleção, define
que tipo de conhecimento, em que seqüência, em que forma e para quem pode ser
ensinado. Os pressupostos que presidem essa abordagem estão ancorados na idéia
de que a organização de currículo, em termos de seqüência da apresentação dos
conteúdos selecionados, tem de ser definidas a partir de considerações sobre a
estrutura lógica da disciplina e do nível de desenvolvimento cognitivo do aprendiz.
Além disso, de acordo com essa tradição, é necessário traduzir para uma linguagem
mais simples o conhecimento científico, que só dessa forma se torna acessível para
a criança e o adolescente.
Rompendo com essa visão de currículo, tem – se discutido a
constituição do conhecimento escolar, analisando o processo através do qual a
escola se apropria de diferentes saberes, transformando – os em saberes escolar.
Discutindo – se ainda os mecanismos através dos qual a escola não apenas
transmite saberes, mas também os produz.
Segundo Santomé, o currículo deve visar o preparo do alunado para
a cidadania crítica e ativa, para serem membros solidários e democráticos de uma
sociedade similar. Para isso, a seleção dos conteúdos curriculares deve promover a
construção dos conhecimentos, destrezas, atitudes, valores e normas necessários a
uma cidadania consciente. Trata – se de favorecer uma reconstrução reflexiva e
crítica da realidade, tomando como ponto de partida às teorias, os conceitos, os
procedimentos, os costumes etc., que existem nessa comunidade e que se deve
facilitar o acesso. Para isso, há que se prestar atenção não só nos conteúdos
curriculares, mas, também, nas estratégias de ensino e de aprendizagem, bem
como nos procedimentos de avaliação empregados.
Santomé insiste para que todo o professorado participe na criação
de materiais curriculares capazes de contribuir para o questionamento
crítico das injustiças existentes e das relações sociais de desigualdade e opressão,
bem como na importância de se levar em conta, nesse esforço, a dimensão ética
dos conhecimentos e das relações sociais.
A organização curricular do Colégio Estadual Santa Rosa até então
estava estruturada de forma hierárquica e fragmentada. Com a construção coletiva
da proposta acredita – se que a organização curricular constituirá num importante
instrumento de construção social do conhecimento.
LÍNGUA PORTUGUESA
Concepção da Disciplina: O trabalho pedagógico com a língua
materna pela concepção da língua como o universo em que nascemos e nos
constituímos sujeitos e cidadãos, visa desenvolver as capacidades de observação,
reflexão criação, discriminação de valores, julgamento, comunicação, convívio e
ação. Nesta perspectiva, a sala de aula configura-se como local de interação verbal
de diálogo entre sujeitos portadores de diferentes saberes que se relacionam com
outros saberes sistematizados. Desta forma, o trabalho pedagógico com a Língua
Portuguesa não difere no seu objeto de estudo nem na sua metodologia, nas
diferentes séries do Ensino Fundamental e do Ensino Médio; ele singulariza-se na
escolha das situações e de opções textuais, que vão adequar-se aos sujeitos-
alunos/professores que desenvolverão o trabalho.
Objeto de Estudo da Disciplina: O objeto de estudo da disciplina é
a língua e o conteúdo estruturante de Língua Portuguesa/Literatura é o discurso
enquanto prática social (leitura, escrita e oralidade-literatura).
Objetivo Geral: Domínio amplo da leitura, escrita e fala em
diferentes situações de uso vivenciadas no cotidiano; organizando as múltiplas
manifestações de acordo com a diversidade de condições de produção e recepção.
Conteúdos Estruturantes: Assumindo-se a concepção de língua
como prática que se efetua nas diferentes instâncias sociais, acorda-se que o objeto
de estudo da disciplina é a Língua e o Conteúdo Estruturante de Língua e Literatura
é o discurso enquanto prática social (leitura, escrita e oralidade).
Conteúdos Específicos: Conforme os conteúdos estruturantes
presentes nas Diretrizes Curriculares, a saber: oralidade leitura e escrita, serão
relacionados os conteúdos a serem trabalhados nas séries do Ensino Fundamental,
Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos.
Ensino Fundamental
5ª Série
• tipos de frases;
• sinônimos e antônimos;
• uso do dicionário;
• história em quadrinhos;
• letras e fonemas;
• substantivos : classificação, formação, gênero, número e grau;
• parágrafo;
• pontuação;
• adjetivos;
• encontro consonantal, encontro vocálico e dígrafo;
• pronomes ( noções básicas );
• verbo (identificar e saber fazer a concordância);
• oração: sujeito e predicado;
• advérbio (noções básicas);
• interjeição;
• descrição;
• narração;
• dissertação;
• diversidade textual (leitura e análise);
• exercícios ortográficos;
• fábulas;
• contos;
• poema e prosa;
• rima;
• produção textual.
6ª Série
• diversidade de textos (leitura e análise);
• uso de dicionário;
• denotação e conotação;
• sinônimos e antônimos;
• anúncios;
• linguagem verbal e não verbal;
• descrição;
• narração;
• dissertação;
• história em quadrinhos;
• poema e prosa;
• rima;
• fábulas;
• contos;
• produção textual;
• crônica;
• classe das palavras: substantivo, adjetivo, artigo, pronome,
advérbio, preposição, conjunção, interjeição e numeral;
• dificuldades ortográficas;
• verbos regulares, irregulares e seus complementos;
• tipos de sujeito;
• tipos de predicados;
• acentuação gráfica;
• acento diferencial;
• ditongos e hiatos;
• pontuação;
• aposto e vocativo;
• literatura: leitura de clássicos infanto-juvenis.
7ª Série
• frase, oração e período;
• sinônimos e antônimos;
• sujeito e predicado;
• pontuação;
• tipos de predicado (nominal, verbal e verbo-nominal);
• acentuação de formas verbais;
• uso de trema;
• formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio e particípio);
• locução verbal;
• siglas;
• conjunção (período composto por coordenação);
• concordância nominal;
• uso dos porquês;
• concordância verbal (verbo ser);
• uso de dicionário;
• exercícios ortográficos;
• a descrição na narração;
• tipos de narrativa;
• figuras de linguagem (comparação, metáfora, prosopopéia,
personificação) – noções básicas;
• dissertação (tema, fato, opinião, idéia central);
• paródia;
• intertextualidade;
• o humor na tipologia textual;
• diversidade de textos (leitura e análise);
• produção textual;
• pontuação;
• adjunto adnominal e adverbial;
• literatura: leitura de clássicos da literatura universal.
8ª Série
• sinônimos e antônimos;
• diversidade de textos (leitura e análise);
• estrutura das palavras (radical, desinências, vogal temática,
afixos);
• formação das palavras;
• derivação (prefixal, sufixal, parassintética, regressiva e imprópria);
• composição;
• neologismos;
• uso de hífen;
• pontuação;
• período composto por subordinação;
• pronome relativo;
• regência nominal;
• uso da crase;
• questões de linguagem de linguagem (as diferentes falas);
• descrição;
• narração;
• dissertação;
• estrutura do texto dissertativo;
• parágrafo dissertativo;
• ambigüidades;
• figuras de linguagem (introdução);
• textos jornalísticos;
• concordância verbal;
• concordância nominal;
• classes de palavras (revisão);
• textos literários diversificados;
• literatura: leitura de clássicos juvenis.
Ensino Médio
1ª Série
• elementos da comunicação: emissor, receptor, mensagem, canal e
código;
• signo lingüístico: língua, fala e discurso;
• diversidade de textos: leitura e análise;
• funções da linguagem;
• tipos de textos: narrativos, descritivos, informativo
(explicativo), argumentativo, injuntivo (apelativo) e poético;
• origem da língua portuguesa;
• radicais gregos e latinos;
• denotação e conotação;
• homônimos e parônimos;
• letra e fonema;
• figuras de linguagem;
• ortografia;
• funções da literatura;
• linguagem literária e não literária;
• acentuação gráfica;
• gêneros literários;
• classificação de gêneros literários: lírico, épico e dramático;
• poema e prosa;
• noções de versificação;
• estrutura dos textos narrativos: foco narrativo, personagens,
caracterização, narração e ficção;
• conto, crônica, novela, romance e epopéia;
• emprego do hífen;
• estilo individual e estilo de época;
• pontuação: vírgula;
• trovadorismo: contexto histórico, cantigas trovadorescas;
• pontuação: ponto, ponto e vírgula, dois pontos, reticências, ponto
de interrogação e ponto de exclamação;
• humanismo: contexto histórico, origens do pensamento humanista,
o teatro de Gil Vicente, novelas de cavalaria;
• estrutura das palavras: morfemas;
• classicismo: contexto histórico, características da literatura
renascentista, autores do classicismo português;
• literatura de informação: contexto histórico, literatura dos jesuítas;
• ofício;
• barroco no Brasil e em Portugal;
• formação das palavras;
• arcadismo no Brasil e em Portugal;
• coerência e coesão textual.
2ª Série
• diversidade de textos: leitura e análise;
• romantismo no Brasil e em Portugal: contexto histórico,
características;
• autores do romantismo;
• três gerações românticas;
• classes de palavras: substantivo;
• memorando;
• produção de textos: descritivos, narrativos e dissertativos;
• adjetivos, locuções adjetivas, adjetivos pátrios;
• leitura e resumo de obras literárias;
• artigo;
• textos publicitários;
• numeral pronome;
• realismo em Portugal;
• realismo no Brasil;
• estudo dos autores do realismo;
• verbo: classificação e flexão;
• realismo/naturalismo;
• principais autores do realismo/naturalismo;
• advérbio;
• preposição e locução prepositiva;
• parnasianismo: contexto histórico, características;
• principais autores parnasianos;
• conjunção: locução conjuntiva, conjunções coordenativas e
subordinativas;
• simbolismo: contexto histórico, características, autores;
• exercícios ortográficos;
• pontuação;
• requerimento;
• carta comercial;
• uso da crase.
3ª Série
• diversidades de textos: leitura e análise;
• dissertação;
• objeto direto e indireto;
• complemento nominal;
• complemento verbal;
• figuras de linguagem (revisão);
• pré-modernismo: contexto histórico, características e autores;
• vozes do verbo – agente da passiva;
• modernismo em Portugal: contexto histórico, características e
autores;
• aposto e vocativo;
• concordância nominal;
• concordância verbal;
• modernismo no Brasil/ 1922: contexto histórico, características e
autores;
• oração e período;
• concretismo: características, autores e contexto histórico;
• vícios de linguagem;
Encaminhamento Metodológico: Deve ser ativa e diversificada,
compreendendo o trabalho individualmente e também em pequenos grupos. É
importante ensinar a língua de forma significativa e contemporânea em contato
direto com ampla variedade de textos literários, informativos, publicitários e
dissertativos.
• propor situações-problema para serem resolvidas pelos alunos;
• ajudar o aluno a descobrir caminhos por meio de questionamentos,
propondo desafios e atividades-modelo;
• levar o aluno a pensar e a processar informações;
• utilizar materiais de uso social e não apenas escolares – os alunos
aprendem sobre algo que tem função social-real e se mantêm
atualizados sobre o que acontece no mundo, estabelecendo vínculo
necessário entre o que é aprendido na escola e o conhecimento
extra-escolar;
• comentar sobre o autor e o tema do texto, sempre em tom
provocativo e motivador;
• ler de forma expressiva, em voz alta, visto que os alunos precisam
de modelos de leitura para que a beleza dos textos e as impressões
não se percam;
• discutir sobre as impressões dos alunos, sobre detalhes do texto,
sobre dúvidas de vocabulário;
• realizar exercícios orais e escritos;
• dispor de aulas expositivas e dialogadas;
• corrigir as atividades de forma oral e escrita;
Esclarecendo por modalidade:
Oralidade
• apresentação de termos variados;
• depoimento sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno;
• uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender
opções tomadas, colher e dar informações, fazer e dar entrevistas;
• associação entre os mesmos níveis de registros de forma a
constatar as similaridades e diferenças entre as modalidades orais
e escritas;
• relatos de acontecimentos;
• debates, seminários e outras atividades que possibilitem o
desenvolvimento da argumentação;
• análise de entrevistas observando-se as pausas, construção
textual, comparação.
Leitura - Os livros devem ser selecionados e levados para casa,
proporcionando maior contato e manuseio.
Escrita – Após a produção textual, reestruturar e reescrever esse
texto. Havendo necessidade, as atividades devem ser retomadas, analisadas e
avaliadas durante todo processo de ensino aprendizagem.
Análise Lingüística - Cabe ao professor planejar e desenvolver
atividades que possibilitem aos alunos a reflexão sobre seu próprio texto-tais como
atividades de revisão, de reestruturação ou refacção do texto, de análise coletiva
de um texto selecionado e sobre outros textos, de diversos gêneros que circulam no
contexto escolar e extra-escolar.
Critérios de Avaliação: A avaliação é um instrumento diagnóstico e
de acompanhamento da aprendizagem por meio da produção, da leitura, escrita e
compreensão que o aluno tem do mundo, buscando sempre desenvolver uma visão
crítica e uma postura de negação à acomodação.
1. Oralidade – participação do aluno nos diálogos, relatos, discussões,
clareza na exposição das idéias, fluência, desembaraço na fala,
argumentação e adequação vocabular.
2. Leitura – compreensão, valorização e reflexão do texto lido,
questões abertas, discussões e debates no decorrer da leitura.
3. Escrita – reflexão e contextualização dos elementos lingüísticos no
interior do texto. Parâmetros em relação ao que se vai avaliar
conforme o nível de ensino no qual se encontra o aluno.
Mais detalhadamente:
• Todas as propostas voltadas para o desenvolvimento do gosto de
escrever e da auto-descoberta pela escrita;
• Aferir a qualidade dos textos produzidos, tendo em vista as
especificidades de cada modalidade que será apresentada,
ilustrada e depois vivenciada nas práticas de leitura;
• As produções serão corrigidas sem desvincular formas (modos de
expressão) de conteúdos. Desta forma, proporciona-se a reunião
entre escrita e a vida.
• O compromisso que o aluno demonstra em relação às atividades
pedagógicas desenvolvidas;
• Elaboração e reelaboração de trabalhos;
• Uso de avaliações somativas, cumulativas e formativas (inserção
de conhecimento diversificado).
REFERÊNCIAS:
a) sobre o trabalho na escola: BARCELOS, Nora Rey Santos, 2001. A prática e os saberes docentes na voz de professores do ensino fundamental na travessia das reformas educacionais. Dissertação, Faculdade de Educação-USP.FREIRE, Paulo, 1997. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. S. Paulo, Cortez.WARSCHAUER, Cecília, 2001. Rodas em rede - oportunidades formativas na escola e fora dela. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
b) sobre a organização do trabalho por projetos: HERNANDES, Fernando, 1998. Transgressão e mudança na educação – Os projetos de trabalho. Porto Alegre – ARTMED.HERNANDEZ, F & Ventura, M., 1998. A organização do currículo por projetos de trabalho. Porto Alegre – ARTMED.LEITE, L. H. 1996. A Pedagogia de projetos: intervenção no presente. In: Presença Pedagógica, v.2, n.8, mar/abr.
c) sobre os nossos alunos: MARQUES, Maria O., 1998. Juventude, escola e sociabilidade. In: PIMENTA, Selma G. (org.) Saberes pedagógicos e atividade docente. S. Paulo, Cortez.
d) sobre as leis: L.D.B. Lei de diretrizes e bases da educação nacional. Lei 9394/96.
SEED,Diretrizes Curriculares Língua Portuguesa – Julho/2006.
ARTES
Concepção da Disciplina: A importância do conhecimento
apresentado e produzido na escola não se restringe à sala de aula. A arte vem
sendo produzida pelo ser humano desde que ele, pela primeira vez, realizou um
registro gráfico em sua caverna, emitiu um som ou um gesto e a ele atribuiu
significado. O ser humano é um ser simbólico e a arte, patrimônio cultural da
humanidade. Por meio da arte, temos acesso aos sentimentos e aos pensamentos
das comunidades de qualquer época, povo, cultura ou país. Produzindo arte, nós
nos conhecemos melhor e nos damos a conhecer o outro.
A arte para o Ensino Fundamental deve ser entendida como a arte e a
cultura e a arte e a linguagem.
No Ensino Médio são apontadas três interpretações fundamentais da
arte: arte e ideologia, arte e o seu conhecimento e arte e trabalho criador.
A arte é e traz conhecimento, aquele que é especifico das linguagens
artísticas (o estudo das cores, das formas, dos tamanhos, das proporções, das
relações, da perspectiva, do som, do ritmo, da melodia, da harmonia, dos registros
musicais, do gesto expressivo, da cenografia, da sonoplastia, da coreografia, da
construção de personagens, etc.) assim como conhecimentos de tudo o que faz
parte do contexto em que a obra é criada.
“O conhecimento implica em sentir, pensar, fazer, construir,
compreender, comparar, relacionar, selecionar, simbolizar... Ora, na Arte estão
presentes todos estes aspectos: sentimento, razão, produção, comparação, seleção,
construção, simbolização, representação de mundo, expressão. Assim, podemos
afirmar, com toda segurança: Arte é conhecimento.”
(GUALDA, 1994)
A arte é linguagem por tratar-se de um sistema de representação que
utiliza principalmente signos não-verbais (cor, luz, sombra, forma, som, silêncio,
gesto, movimento, etc.) com os quais o aluno, com
alguma intenção compõe uma obra, atribuindo significados a esses elementos. Se
arte é linguagem, pressupõe leitura, e é nessa decodificação, na fruição
estética, que o apreciador torna-se quase um co-autor, pois retira ou empresta à
obra significações tantas quantas forem suas capacidades de leitura e história de
vida.
“Como seres simbólicos, nossa auto-criação e transformação cultural
nos desenvolveram como seres de linguagem. Nós, humanos, somos capazes de
conceber e manejar linguagens que nos permitem ordenar o mundo e dar-lhe
sentido (...)
(...) há um percurso de invenções que o homem efetuou e vem
efetuando por meio de sistemas de representação do mundo, sistemas simbólicos,
ou seja, linguagens.”
(MARTINS, 1998, P. 36)
O professor de Arte é, pois, um alfabetizador artístico/estético; o
mediador entre arte e aluno. Seu objetivo maior será tornar seus alunos leitores e
produtores de textos visuais, pictóricos, escultóricos, musicais, cênicos, gestuais.
Objeto de Estudo da Disciplina: Conhecimento estético;
Conhecimento artístico; Conhecimento contextualizado.
Objetivos Gerais: Propiciar ao educando o contato com as diferentes
linguagens artísticas, bem como levá-lo a observar e conhecer formas artísticas,
materiais, elementos expressivos, informações e princípios que regem suas
combinações, historicidade e diversidade. E, baseando-se na metodologia triangular
de Ana Mãe Barbosa que valoriza a arte como patrimônio da humanidade, além de
criar formas artísticas nas diferentes linguagens, o aluno deverá estar articulando o
fazer e o conhecer, com sensibilidade, imaginação, investigação, curiosidade e
reflexão. E dessa maneira estaremos oferecendo condições para que o educando
compreenda a arte como área do conhecimento.
Conteúdos Estruturantes:
Ensino Fundamental:
Na disciplina de Artes, para o Ensino Fundamental, existem os
Conteúdos Estruturantes: Elementos Básicos das Linguagens Artísticas, Produções/
Manifestações Artísticas e Elementos Contextualizadores.
Ensino Médio:
Na disciplina de Arte, para o Ensino Médio, os Conteúdos Estruturantes
são: elementos Formais, Composição, movimentos e Períodos, perpassando a todos
estes, a relação de Tempo e Espaço.
Conteúdos Específicos:
Ensino Fundamental:
5ª Série:
- Elementos básicos da linguagem das artes visuais: imagem-forma,
suporte, texturas, cores, composição;
- Elementos básicos do teatro: personagem, expressões corporais,
gestuais, vocais e faciais;
-Elementos básicos da dança: movimentação e conscientização
corporal no espaço;
- Elementos básicos da música: cinco elementos fundamentais da
música (altura, timbre, duração, intensidade, densidade), som, campos musicais e
melodia;
- Produções e manifestações artísticas das artes visuais: imagens
bidimensionais (desenho, pintura, gravura, fotografia, grafite, cinema, mosaico,
colagem); imagens tridimensionais (escultura, arquitetura, instalações), simbologia
(apreensão da linguagem);
-Produções e manifestações artísticas do teatro: origens do teatro,
teatro grego, improvisação cênica;
-Produções e manifestações artísticas da dança: origem e gêneros
(clássica, popular, folclórica, moderna, contemporânea);
- Produções e manifestações artísticas da música: origens, principais
características nas épocas analisadas;
- Elementos contextualizadores: contextualização histórica,
autores/artistas, gêneros, estilos, técnicas, relações indentitárias local-
regionais/regionais/globais dos seguintes períodos: a arte Pré-histórica, a arte
Primitiva Brasileira (influências indígenas e africanas), a arte na Antiguidade
Oriental- Egito- e Ocidental - Grécia e Roma, na Alta Idade Médio-Bizantina-e a
análise das representações antes e depois de Cristo.
6ª Série
- Elementos básicos da linguagem das artes visuais: imagem-forma,
suporte, texturas, cores, composição;
- Elementos básicos do teatro: personagem, expressões corporais,
gestuais, vocais e faciais, caracterização da personagem, espaço cênico, cenografia
e texto dramático;
-Elementos básicos da linguagem da dança: imagem, espacialidade,
movimento;
- Elementos básicos da linguagem da música: som e ritmo;
- Produções e manifestações artísticas das artes visuais: imagens
bidimensionais (desenho, pintura, gravura, fotografia, grafite, cinema, mosaico,
colagem); imagens tridimensionais (escultura, arquitetura, instalações), simbologia,
perspectiva;
-Produções e manifestações artísticas do teatro: representação teatral
direta e/ou indireta, dramatização;
-Produções e manifestações artísticas da dança: composições e
improvisações coreográficas;
- Produções e manifestações artísticas da música: improvisações,
composições musicais e vocais;
- Elementos contextualizadores: contextualização histórica,
autores/artistas, gêneros, estilos, técnicas, relações indentitárias local-
regionais/regionais/globais dos seguintes períodos: a arte na baixa Idade média,
Românica, Gótica, renascentista, a arte do período do descobrimento do Brasil.
7ª Série
- Elementos básicos da linguagem das artes visuais: imagem, luz e
sombra, percepção (tons e matizes) e decomposição da cor, composição;
- Elementos básicos do teatro: espaço cênico e ação cênica
-Elementos básicos da linguagem da dança: composição e
improvisação de coreografias (dinâmicas ações e ritmos).
- Elementos básicos da linguagem da música: sons e ritmos brasileiros
e suas influências nos estilos musicais regionais;
- Produções e manifestações artísticas das artes visuais: imagens
bidimensionais (desenho, pintura, gravura, fotografia, grafite, cinema, mosaico,
colagem); imagens tridimensionais (escultura, arquitetura, instalações), simbologia;
-Produções e manifestações artísticas do teatro: representação teatral
direta e/ou indireta, gêneros teatrais;
-Produções e manifestações artísticas da dança: influências étnicas
formadoras da diversidade de musical brasileira, análise das obras de compositores
barrocos e rococós - Bach, Vivaldi, Mozart; românticos- Beethoven e Schubert- e de
influências impressionistas - Debussy;
- Elementos contextualizadores: contextualização histórica,
autores/artistas, gêneros, estilos, técnicas, relações indentitárias local-
regionais/regionais/globais dos seguintes períodos: a arte no século XIX-Barroco,
Rococó, Neoclássico, Romantismo, Realismo, Impressionismo-na Europa e no Brasil.
- Escultura moderna
- Arquitetura moderna
8ª Série
- Elementos básicos da linguagem das artes visuais: imagem,
percepção (tons e matizes) e decomposição da cor, composição;
- Elementos básicos do teatro: espaço cênico e ação cênica;
-Elementos básicos da linguagem da dança: movimentação e
conscientização corporal no espaço, aços, dinâmicas e relacionamentos;
- Elementos básicos da linguagem da música: ritmo e forma musical;
- Produções e manifestações artísticas das artes visuais: imagens
bidimensionais (desenho, pintura, gravura, fotografia, grafite, cinema, mosaico,
colagem); imagens tridimensionais (escultura, arquitetura, instalações,
desempenho);
- Computação gráfica;
-Produções e manifestações artísticas do teatro: história do teatro,
grupos e estilos brasileiros;
-Produções e manifestações artísticas da dança: composições e
improvisações coreográficas;
- Produções e manifestações artísticas da música: história da Música
Popular Brasileira através dos movimentos mais influentes de suas épocas, análise
das obras de John Cage a Hermeto Pascoal;
- Elementos contextualizadores: contextualização histórica,
autores/artistas, gêneros, estilos, técnicas, relações indentitárias local-
regionais/regionais/globais dos seguintes períodos: a arte do século XX e a arte
Contemporânea na Europa e no Brasil, em especial a arte paranaense.
Ensino Médio:
1ª Série
- Elementos básicos da linguagem das artes visuais: história da arte,
ponto, linha, superfície, textura, composição, suportes, cores, fotografia e cinema
(ilusão e ótica);
- Elementos básicos do teatro: história do teatro, códigos teatrais,
cênicos, elementos teatrais;
-Elementos básicos da linguagem da dança: história da dança,
movimentação e conscientização corporal no espaço, ações, dinâmicas e
relacionamentos;
- Elementos básicos da linguagem da música: história da música,
melodia, ritmo, instrumentos musicais;
- Elementos contextualizadores: contextualização histórica,
autores/artistas, gêneros, estilos, técnicas, relações indentitárias local-
regionais/regionais/globais dos seguintes períodos: a arte na Antiguidade Oriental e
Ocidental, Medieval, renascentista, arte do século XX européia e nacional.
2ª Série
- Elementos básicos da linguagem das artes visuais: história da arte,
composição, suportes, cor-luz e cor-pigmento, fotografia e cinema (ilusão de ótica);
- Elementos básicos do teatro: história do teatro, jogos teatrais,
enredo, personagens, expressões corporais, faciais e vocais;
-Elementos básicos da linguagem da dança: história da dança,
movimentação e conscientização corporal no espaço, ações, dinâmicas e
relacionamentos;
- Elementos básicos da linguagem da música: história da música,
estilos, paisagens sonoras, vocabulário musical, ritmo e melodia;
- Elementos contextualizadores: contextualização histórica,
autores/artistas, gêneros, estilos, técnicas, relações indentitárias local-
regionais/regionais/globais dos seguintes períodos: vanguardas européias, o
Modernismo Brasileiro, a arte paranaense do século XX, Arte Contemporânea.
3ª Série
- Elementos básicos da linguagem das artes visuais: história da arte,
composição cor-luz e cor-pigmento, cinema, fotografia;
- Elementos básicos do teatro: história do teatro, espaço cênico e
técnicas teatrais, análise de peças documentadas e de profissionais da área;
-Elementos básicos da linguagem da dança: história da dança,
movimentação e conscientização corporal no espaço, ações, dinâmicas e
relacionamentos;
- Elementos básicos da linguagem da música: história da música,
estilos, paisagens sonoras, vocabulário musical, ritmo e melodia;
- Elementos contextualizadores: contextualização histórica,
autores/artistas, gêneros, estilos, técnicas, relações indentitárias local-
regionais/regionais/globais dos seguintes períodos: a arte do século XIX –
barroco, Rococó, Neoclássica, romantismo, Realismo, Impressionismo-na Europa e
no Brasil-Arte Contemporânea e Paranaense.
Encaminhamento Metodológico: No desenvolvimento das
atividades devem-se propor trabalhos que envolvam uma reflexão sobre a arte do
cotidiano do aluno.
A arte é fundamental para a capacitação do ser humano, para a
compreensão de sua história, cultura e de mundo. O processo de aprendizagem e
capacitação da arte se dá pelo perfeito equilíbrio entre o saber comum (popular,
que o aluno possui), e o saber elaborado (erudito, fornecido pelo educador), que irá
despertar ao educando a criticidade. Sendo assim o papel da escola enquanto
instituição cumpre seu objetivo principal que é de educar e preparar o aluno para o
exercício da cidadania. Cabe atrair o educando, com a finalidade de que a aula não
seja tão teórica e sim mais prática, pois o educando deve aprender, compreender,
fazer e contemplar.
Critérios de Avaliação: A avaliação da aprendizagem deve
constituir-se em instrumento através do qual o professor possa ter condições de
saber se houve, e em que medida houve apropriação do conhecimento por parte do
aluno. Deve permitir, ainda ao professor, reconhecer se houve uma adequação de
métodos de transmissão do conhecimento, uma vez que não se pode dizer que
houve ensino, se não houve aprendizagem. Além disso, a avaliação deve mostrar,
também, se as relações pedagógicas estabelecidas ocorreram de modo a contribuir
satisfatoriamente para o processo de transmissão-assimilação de conhecimento.
Ao avaliar, o professor precisa considerar a história do processo
pessoal de cada aluno e sua relação com as atividades desenvolvidas na escola,
observando os trabalhos e seus registros (sonoros, textuais,
audiovisuais). O professor deve guiar-se pelos resultados obtidos e planejar modos
criativos de avaliação do qual o aluno pode participar e compreender.
Quanto aos conteúdos trabalhados, a avaliação poderá ser feita por
meio de imagens, dramatizações ou composições musicais articuladas
pelos alunos, assim como por pequenos textos ou falas que eles abordem sobre os
conteúdos estudados. O professor deve observar se o aluno articula
uma resposta pessoal com base nos conteúdos estudados, que apresente coerência
e correspondência com sua possibilidade de aprender.
REFERÊNCIAS:
- Diretriz Curricular de Arte, SEED, julho 2006.
- BARBOSA, A. M. Arte Educação: conflitos/acertos. São Paulo, Ática, 1995.
- BOSI, A. Reflexões sobre a arte. São Paulo, Ática, 1998.
- MARTINS, M. C. ET all. Didática do ensino da Arte: poetizar, fruir e conhecer Arte. São Paulo, FTD, 1998.
- CHIPP, Herschel. Teorias da Arte Moderna. São Paulo, Martins Fontes, 1999.
- HEGEL, G. W. F. Cursos de estética. São Paulo, EDUSP, 2001, v. 1, 2 e 3.
- BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino fundamental – arte. Brasília: MEC-SEF, vol. 6, 1997.
EDUCAÇÃO FÍSICA
Concepção da Disciplina: As novas diretrizes curriculares do Estado
do Paraná apontam para uma concepção de Educação Física pautada na
corporalidade, que procura contemplar a totalidade das manifestações corporais
humanas e suas potencialidades formativas, fundamentada no materialismo
histórico, cujos princípios apresentam uma profunda reflexão e crítica a respeito
das estruturas sociais e suas desigualdades, busca superar as concepções fundadas
nas lógicas instrumentais, anátomo funcional e esportivizada, e pretende-se
avançar de um entendimento de corpo marcado pela visão positivista, influenciado
pelas ciências naturais, para um entendimento de corpo em sua totalidade e
complexidade, utilizando-se de conceitos biológicos, antropológicos, sociológicos,
psicológicos e filosóficos.
Ao fundamentar-se no materialismo histórico, a Educação Física, elege
o trabalho como um importante aspecto a ser abordado nas aulas, uma vez que, o
trabalho na sociedade capitalista tornou-se alienante, desumanizador e dependente
de um corpo estereotipado e disciplinado. Cabendo ao professor identificar e
reconhecer de que maneira o capitalismo dita as formas de pensar e agir sobre o
corpo, e como estar superando estes conceitos.
Nesta concepção, a Educação Física devera ir além das abordagens
centradas na motricidade, os conteúdos devem ser relevantes e estarem de acordo
com a capacidade cognitiva dos alunos, as práticas corporais devem propiciar o
desenvolvimento unilateral dos sujeitos, romperem o conceito de que a Educação
Física é mera atividade (prática pela prática), propiciando ao aluno entender e
respeitar o diferente e que tenha uma visão crítica do mundo e da sociedade na
qual está inserido.
Objeto de Estudo da Disciplina: Cultura escolar e corporalidade.
Objetivo Geral: Ao adotar a corporalidade como concepção
orientadora da Educação Física, a disciplina tem por objetivo geral promover por
meio das práticas corporais (do esporte, da dança, da ginástica, dos jogos, das
brincadeiras e das lutas) o entendimento do corpo em sua totalidade e
complexidade e um entendimento deste corpo frente ao mundo do trabalho
capitalista.
Pretende-se superar as praticas corporais com ênfase meramente
motriz, as quais têm no movimento mecânico repetitivo e descontextualizado o
principal objetivo. Além de ultrapassar assim a visão fragmentada do homem com a
separação do corpo e da mente, e a visão reducionista que compreende o indivíduo
como conjunto de ossos, músculos e nervos, elegendo o movimento corporal como
fim último de ensino.
A Disciplina de Educação Física pretende inclusive, refletir sobre as
diferentes problemáticas sociais como: a violência, os preconceitos étnicos de cor,
sexo e classes entre outros, uma vez que tais questões estarão presentes nas
práticas corporais em suas diferentes manifestações, sejam elas esportivas, de
ginástica, nas brincadeiras, nos jogos, na dança e nas lutas. Transformando as aulas
de Educação Física em espaço pedagógico repleto de significado.
Conteúdos: Os conteúdos devem oportunizar uma visão ampliada
dos conhecimentos. Numa perspectiva dialética são apresentados de forma
simultânea. O que muda de uma unidade para outra é a amplitude do
conhecimento sobre cada conteúdo. Ao romper com a linearidade dos conteúdos,
deve-se considerar a espiralidade do conhecimento. Os conteúdos são tratados
simultaneamente, constituindo-se referências que vão se ampliando no
pensamento dos alunos, ou seja, lidam com os mesmos dados
nas diferentes séries, o que mudam são as referências e o aprofundamento do
pensamento sobre eles. Em cada fase amplia-se o grau de complexidade.
Ensino Fundamental: O conteúdo estruturante é a EXPRESIVIDADE
CORPORAL, que é o reconhecimento corporal e as diferentes formas de manifestá-
lo. A partir deste surge os conteúdos específicos que são:
1
2 Manifestações Esportivas:
• origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;
• esporte como fenômeno de massa;
• princípios básicos dos esportes, tática e regras;
• o sentido da competição esportiva;
• possibilidades dos esportes como atividade corporal;
• elementos básicos construtivos dos esportes: arremessos,
deslocamentos, passes, fintas;
• práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos;
Manifestações Ginásticas;
• origem da ginástica e sua mudança no tempo;
• diferentes tipos de ginástica;
• práticas ginásticas;
• cultura da rua, cultura do circo: malabares, acrobacia.
Brincadeiras, Brinquedos e Jogos:
• a construção coletiva de jogos e brincadeiras;
• por que brincamos?
• Oficina de construção de brinquedos;
• Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas
e cirandas;
• Diferentes manifestações e tipos de jogos;
• Jogos e brincadeiras com e sem materiais;
• Diferenças entre jogo e esporte.
Manifestações Estético-Corporais na Dança e no Teatro
• A dança e o teatro como possibilidade de manifestação corporal;
• Diferentes tipos de dança;
• Por que dançamos?
• Danças tradicionais e folclóricas;
• Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;
• Mímica, imitação e representação;
• Expressão corporal com e sem materiais.
A partir dos conteúdos específicos, apontam-se alguns elementos
articuladores que integram e interligam as práticas corporais, visando um maior
aprofundamento e diálogo com as diferentes expressões do corpo. Ganham
destaque nestas diretrizes: o corpo que brinca e aprende: manifestações lúdicas;
desenvolvimento corporal e construção da saúde; o corpo no mundo do trabalho.
Encaminhamento Metodológico para Ensino Fundamental: Para
apreensão crítica dos conteúdos da disciplina de Educação Física, como: as
manifestações esportivas, manifestações de ginástica, jogos, brincadeiras e
brinquedos, manifestações estéticas na dança e no teatro que compõem a
especificidade da disciplina, a organização da aula acontecerá em três momentos
distintos.
O primeiro momento: o conteúdo da aula é apresentado aos alunos e
problematizado, buscando as melhores formas de organização para execução das
atividades a serem desenvolvidas. Conversa-se com os alunos sobre as formas de
execução das práticas corporais a fim de descobrir as
possibilidades e os limites de cada um no desenvolvimento da atividade proposta.
Segundo momento: é a fase do desenvolvimento das atividades e
refere-se à apreensão do conhecimento. Neste momento, o professor observa as
atividades realizadas pelos alunos, bem como, as diferentes manifestações
advindas da prática corporal. É notável o numero de situações
que podem emergir durante o movimento corporal, sejam elas estimuladas pelo
professor ou então geradas pelos próprios alunos. Dentre eles podemos destacar: a
importância do contato corporal, o respeito mútuo ou do respeito com aqueles que
de alguma forma não conseguem realizar o que foi proposto pelo grupo, como o
manuseio da bola entre muitas outras situações. O professor poderá fazer registros
para uma posterior orientação e/ou interromper para uma intervenção pedagógica
quando se observam reações desfavoráveis dos alunos, ou ainda quando ocorrer
uma recusa na participação durante a aula. Esses momentos podem ser
significativos para a formação humana dos alunos.
Terceiro momento: reflexão sobre a prática. Enquanto momento de
diálogo, levar cada aluno a pensar e repensar suas atitudes pedagógicas durante a
aula, ou seja, levantar todos os aspectos positivos e negativos junto a eles. Essa
singularidade oportuniza ao professor um conhecimento maior sobre os alunos que,
ao interagirem entre si conhecem outras culturas.
Ensino Médio: Os conteúdos estruturantes do para o Ensino Médio:
Esportes, Jogos, Ginástica, Lutas, Dança.
Conteúdos Específicos:
Esportes
• O esporte individual e coletivo deve ser tratado como
desenvolvimento prático e fenômeno social;
• Desenvolver os esportes em suas várias manifestações e
abordagens;
• Realizar uma leitura crítica das relações sociais que se constituem
na sociedade e se manifesta nas práticas esportivas;
• Discutir a profissionalização esportiva e suas implicações;
• Propiciar aos alunos o direito e o acesso à prática esportiva,
adaptando o esporte a realidade da escola;
• Aspectos técnicos e táticos dos diversos esportes que compõem a
cultura corporal;
• Os condicionantes da mídia sobre a evolução das regras dos
esportes;
• Discutir, de forma contextualizada e crítica, os estabelecimentos
das regras oficiais;
• Situar historicamente as diferentes manifestações esportivas;
Jogos
• Elementos Lúdicos: Resgatar a ludicidade e a cooperação,
combatendo a prática excludente, sexista e individualista.
• A utilização dos jogos por diversos povos: como o jogo se constitui
em elemento da cultura de determinado povo?
• Jogo vinculado ao lazer: como o jogo pode ser vinculado ao tempo
livre e como possibilidade de fruição?
• Contribuição do jogo na discussão das regras reconhecendo as
possibilidades de ação e organização coletiva;
• Contemplar as mais variadas formas de jogo.
• Valorizar pedagogicamente os jogos oriundos das culturas locais e
regionais que identificam determinadas sociedades.
Ginástica
• Corpo e Ginástica: Como se tem visto o corpo desde os primórdios
da ginástica (a partir da idealização dos métodos ginásticos)
• Ginástica Escolar: referenciar a ginástica partindo da
contextualização escolar;
• Que fundamentos devem perpassar a prática da ginástica na escola
(vivência sem a preocupação com a técnica, como exclusividade).
• Ginástica na sociedade capitalista: Como a ginástica tem sido
utilizada na preparação de um novo trabalhador, a exemplo da
ginástica laboral, quais os objetivos, implicações e formas desta
utilização;
• Diferentes formas de manifestações e ginástica: de academia,
circense, rítmica, artística, geral (sempre estabelecendo a relação
com o cotidiano escolar);
• A ginástica deve dar condições ao aluno, de reconhecer as
possibilidades de seu corpo, afastando ser da ginástica meramente
competitiva, com movimentos obrigatórios, presos a perspectiva
técnica dos exercícios repetitivos;
Lutas
• Histórico: o desenvolvimento do histórico das lutas, o papel das
lutas em diversas culturas;
• Aspectos técnicos: a relação da técnica desenvolvida por
determinada luta com o contexto histórico e social de sua criação;
• Lutas e possibilidades de simbolização: as lutas e sua
potencialidade na representação social de diversos povos;
• Possibilidades de lutas no estabelecimento de novas
representações sociais e golpes;
• Contextualização social das lutas: como as lutas têm se
estabelecido como um campo de poder e disputas;
• Como e com que interesse; as instituições (federações,
confederações e ligas) tem se apropriado das lutas; a
descaracterização das
lutas como manifestação popular e cultural; processo de hibridização de duas ou
mais lutas;
• Desportivização das lutas: com que objetivos as lutas têm se
tornado esporte; que implicadores esta desportivização tem para
determinada luta.
Dança
• Espetacularização das danças: discussão do processo de
mercadorização da dança; como a dança se transformou em
espetáculo pela atual sociedade; massificação da dança;
• Dança como expressão cultural: a dança relacionada à cultura
popular (aspectos envolvendo a dança enquanto resgate da cultura
popular);
• Padrão corporal e dança: como os aspectos técnicos influenciam no
estabelecimento de um padrão corporal para determinadas
danças?
• Dança e tecnologia: como a dança tem incorporado aparatos
tecnológicos em suas coreografias, e até mesmo nos corpos dos
dançarinos?
• Concepções de danças: abordar as concepções de danças em seus
aspectos históricos; as possibilidades de reinvenção destas
concepções a fim de transpô-las para a escola (dança espetáculo X
dança escolar).
Os elementos articuladores para o ensino médio, apresentam-se como
possibilidades de integração da totalidade das atividades expressivas corporais,
possibilitando ampliação do debate para outras áreas do conhecimento. São eles:
desportivização, mídia, saúde, corpo, tática e técnica, lazer e diversidade.
Encaminhamento Metodológico para o Ensino Médio: A
metodologia crítico superadora aponta para as seguintes estratégias de ensino:
prática social, problematização, instrumentalização, catarse e retorno a pratica
social.
A prática social caracteriza-se como uma preparação, uma
mobilização do aluno para construção do conhecimento escolar. É a primeira leitura
da realidade, um contato inicial com o tema a ser estudado.
A problematização trata-se de um desafio. É a criação de uma
necessidade para que o educando, por meio de sua ação, busque o conhecimento.
É o momento que a pratica social é posta em questão, analisada, interrogada,
levando em consideração o conteúdo a ser trabalhado e as exigências sociais de
aplicação desse conhecimento.
A instrumentalização é o caminho por meio do qual o conteúdo
sistematizado é posto a disposição dos alunos para que o assimilem e o recriem e, e
ao incorporá-lo, transformem-no em instrumento de construção pessoal e
profissional.
A catarse é a fase em que o educando sistematiza e manifesta o que
assimilou, isto é, que assemelhou a si mesmo, os conteúdos e os métodos de
trabalho na fase anterior. Agora traduz oralmente ou por escrito a compreensão que
teve de todo o processo de trabalho. Expressa sua nova maneira de ver o conteúdo
e a prática social. É capaz de entendê-los em um novo patamar, mais elevado, mais
consistente e mais bem estruturado.
O retorno à prática social é o ponto de chegada do processo
pedagógico na perspectiva histórico-crítica. Representa a transposição do teórico
para o prático dos objetivos da unidade de estudo, das dimensões do conteúdo e
dos conceitos adquiridos.
Critérios de Avaliação: Ao adotar a corporalidade como concepção
orientadora da Educação Física, a avaliação será diagnostica, contínua, permanente
e cumulativa com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de
aprendizagem dos alunos.
REFERÊNCIAS:
- Diretriz Curricular de Educação Física Ensino Fundamental e Ensino Médio, SEED, Maio 2006.
MATEMÁTICA
Concepção da Disciplina: A disciplina de matemática possui duas
vertentes que a justificam:
- É necessário em atividades práticas que envolva aspectos
quantitativos da realidade, como são as atividades que lidam com grandezas,
contagens, medidas, técnicas de cálculo, etc...
- Desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de abstrair,
generalizar, projetar e a de transcender o que é imediatamente sensível.
Esses dois aspectos são de fato, componentes indispensáveis na
formação do educando, pois ajudam a estruturar o raciocínio dedutivo. Além disso,
a Matemática também desempenha um papel instrumental, é uma ferramenta que
serve para vida cotidiana e para muitas tarefas específicas em quase todas as
atividades humanas.
Conseguir uma situação de equilíbrio entre as necessidades práticas
e a ultrapassagem da experiência concreta, tanto no que se refere às ferramentas
conceituais quanto às concepções é a maior e a mais difícil tarefa do professor de
matemática.
Somente um desempenho satisfatório de tal tarefa pode situar
adequadamente a matemática nos currículos, propiciando condições para que os
sujeitos do processo educativo discutam, analisem, argumentem e avancem quanto
às rupturas necessárias.
Na própria etimologia, encontram-se elos que vinculam a matemática
à fundamentação do raciocínio em todas as áreas do conhecimento. Ela é como
uma ciência geral que conteria os primeiros rudimentos da nação humana, fazendo
alargar sua ação até brotar verdades em qualquer assunto.
É necessário que o processo de ensino e aprendizagem em
Matemática contribua para que o estudante tenha condições de constatar
regularidades matemáticas, generalizações e apropriação e linguagem adequada
para descrever e interpretar fenômenos ligados à matemática e a
outras áreas do conhecimento. Assim, a partir do conhecimento matemático, será
possível o estudante criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas.
Objeto de Estudo da Disciplina: O objeto de Estudo da Educação
Matemática ainda, encontra-se em processo de construção, mas, pode-se dizer que
ele está centrado na prática pedagógica da Matemática, de forma a envolver-se
com as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático.
No documento das Diretrizes Curriculares o objeto de estudo da
Matemática encontra desdobrado em campos do conhecimento matemático,
denominado conteúdos estruturantes.
Ensino Fundamental: Números, Operações e Álgebra, Medidas,
Geometria e Tratamento da Informação.
Ensino Médio: Números e Álgebra, Funções, Geometrias e Tratamento
da Informação.
Objetivos Gerais: A matemática apresenta um valor formativo alem
de representar um papel fundamental. No aspecto formativo ajuda a estruturar o
pensamento e o raciocínio dedutivo, contribuindo para o aspecto do
desenvolvimento, processo cognitivo e a aquisição de conhecimento.
Por este ângulo leva o aluno a desenvolver sua criatividade e a
capacidade para resolver problemas, criar o habito de investigação e confiança para
enfrentar situações novas e formar uma visão ampla e científica da realidade.
A matemática deve ser vista como um conjunto de ferramentas e
estratégias para serem aplicadas em outras áreas do conhecimento e também
como sistema de códigos e regras que permite ao individuo mudar a realidade que
o cerca.
Conteúdos Estruturantes:
Ensino Fundamental:
- Números, Operações e Álgebra;
- Medidas
- Geometria
- Tratamento da Informação
Ensino Médio:
- Números e Álgebra
- Funções
- Geometrias
- Tratamento da Informação
Conteúdos específicos:
Ensino Fundamental
5ª Série
- História da Matemática;
- Sistema de numeração decimal;
- Números naturais;
- Operações com números naturais;
- Divisibilidade (divisores e múltiplos);
- Potenciação;
- Raiz quadrada;
- Dados, tabelas e gráficos;
- Ângulos;
- Polígono e circunferência;
- Frações;
- Números decimais;
- Porcentagem;
- Medidas (volume, capacidade, massa e estatística).
6ª Série
- Conjunto dos números inteiros;
- Operações com números inteiros;
- Equação do primeiro grau;
- Sistemas de equações do primeiro grau;
- Inequações;
- Grandezas;
- Proporcionalidade;
- Razão e proporção;
- Porcentagem;
- Juro Simples;
- Noções de Estatística;
- Gráficos;
- Ângulos;
- Sólidos geométricos;
- Áreas e volumes.
7ª Série
- Números reais;
- Números racionais e irracionais;
- Cálculo algébrico;
- Polinômios;
- Equações do primeiro grau com uma incógnita;
- Sistema de equações de primeiro grau;
- Geometria (Polígonos);
- Noções de estatística.
8ª Série
- Potenciação e Radiciação (propriedades e operações);
- Equações do 2º grau;
- Equações biquadradas e irracionais;
- Sistema de equações;
- Funções do 1º e 2º grau;
- Semelhança;
- Teorema de Talles
- Relações métricas e trigonometria no Triângulo Retângulo;
- Áreas de figuras planas;
- Circunferência e círculo;
- Estatística.
Ensino Médio
1ª Série
- Conjunto dos números reais;
- Função Afim;
- Função Quadrática;
- Função Exponencial;
- Função Logarítmica;
- Função Modular
- Progressão Aritmética e Geométrica.
2ª Série
- Funções Trigonométricas;
- Matrizes;
- Determinantes;
- Sistema Linear;
- Analise Combinatória;
- Binômio de Newton;
- Probabilidade.
3ª Série
- Números Complexos;
- Polinômios;
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
- Estatística;
- Matemática Financeira.
Metodologia da disciplina: Como metodologia da disciplina de
matemática e de outras disciplinas, seria o planejamento anual, onde esta
ferramenta de trabalho é bastante importante e deve ser feita de forma coletiva
com o professor da disciplina de acordo com a realidade da escola. Em
seguida é importante também o planejamento das aulas ou plano de aula, onde o
professor irá elaborar métodos de ensino aprendizagem, de acordo com cada série
e turma, para transmitir os conteúdos já pré-estabelecidos, de uma forma não
fragmentada, para que o aluno compreenda de uma maneira clara e aplicativa o
que aprendeu.
Dentro desta metodologia podemos e devemos usar a resolução de
problemas e recursos didáticos, onde estes recursos são:
- Calculadora (resolver situações problemas na sala de aula);
- Computador (pesquisar assuntos para desenvolver em sala);
- Jogos matemáticos (desenvolver o raciocínio lógico);
- História da matemática (relacionar a criação dos números e suas
utilidades nos dias atuais).
Critérios de avaliação: A avaliação em matemática, não pode ser
considerada como instrumento para medir o quanto o aluno aprendeu ou não, mas
sim para verificar falhas no processo de ensino aprendizagem e principalmente
corrigir estas falhas.
Quando avaliamos um aluno em matemática não podemos considerar
resultados prontos, mas, sim toda a produção feita.
A avaliação deve ser uma orientação para o professor na condução da
sua prática docente e jamais um instrumento para reprovar ou reter o aluno,
selecionar, classificar, filtrar, reprovar e aprovar indivíduos para isso ou aquilo não é
missão do educador.
REFERÊNCIAS:
- Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental e Ensino Médio (versão preliminar), SEED, julho 2006.
- Matemática Fundamental – Uma nova abordagem FTD 2003.
FÍSICA
Concepção da Disciplina: A física representa uma produção cultural
e humana, constituída nas/e pelas relações sociais. Faz-se necessário ao professor
contextualizar os conteúdos, localizando-os no espaço/temporal. Delimitar a
validade de um modelo como forma de mostrar a Física como uma ciência em
construção.
O processo de ensino-aprendizagem em Física deve partir do
conhecimento prévio do aluno, levando o aluno a compreensão de que a Física tem
um modo específico de compreender e descrever os fenômenos do Universo. A
Física constitui-se num campo de conhecimento historicamente e socialmente
constituído permitindo a participação na sociedade, tendo em vista a sua
transformação.
A física deve educar para a cidadania, contribuindo para o
desenvolvimento de um sujeito crítico, percebendo a beleza da produção científica
ao longo da história e compreendendo a necessidade desta dimensão do
conhecimento. Por isso elaborou-se a proposta de conteúdos estruturantes, tendo
em vista a evolução histórica das idéias e conceitos da Física à formação de sujeitos
agregando a visão da natureza, das produções e das revelações humanas.
Objeto de Estudo: O objeto de estudo da Física é o Universo.
Objetivos Gerais: Utilização de diferentes tecnologias relativas às
diversas áreas de atuação no setor produtivo.
Contribuir para a formação dos sujeitos através de conteúdos ligados
à compreensão do universo e sua evolução, suas transformações e as interações
que nele se apresentam.
Considerar a ciência como uma produção cultural, um objeto humano
construído e produzido através das relações sociais.
A física deve estar voltada para os fenômenos físicos enfatizando-os
qualitativamente, sem perda de consistência teórica.
Conteúdos Estruturantes:
- Movimento
- Termodinâmica
- Eletromagnetismo
Conteúdos Específicos:
1ª Série
Na 1ª série, os conteúdos envolverão os movimentos, a conservação
da energia, isto é, Mecânica: Cinemática, Estática, Dinâmica e Hidrostática.
Cinemática
- MRU (Movimento Retilíneo Uniforme - Inércia);
- MRUV (Movimento Retilíneo Uniforme Variado – Queda Livre);
- MCU (Movimento Circular Uniforme).
Dinâmica
- Forças;
- Leis de Newton – Equilíbrio;
- Movimento Linear;
- Conservação de energia.
Estática
- Equilíbrio;
- Momento;
- Angular.
2ª Série
Hidrostática
- Pressão (empuxo);
- Densidade;
- Princípios.
Termologia
- Termometria;
- Calorimetria;
- Termodinâmica.
Ondulatória
- Ondas;
- Acústica.
3ª Série
Eletromagnetismo
- Eletrodinâmica;
- Eletrostática;
- Eletromagnetismo.
Física Moderna
- Princípios.
Encaminhamento Metodológico:
• Conhecimento prévio – concepções alternativas ou concepções
espontâneas, a respeito do conteúdo científico, levantadas a partir
da investigação feita pelo professor.
• Utilização de textos – leitura, pesquisa, jornais, revistas, internet,
história em quadrinhos, filmes.
• Experimento das bacias de baixo custo.
• Debates e seminários.
• Esse campo disciplinar mantém relações com outras disciplinas. Os
conceitos de outras disciplinas devem ser utilizados para o melhor
entendimento do conhecimento físico ou o contrário.
Critérios de avaliação: Os conteúdos específicos devem dar conta
do objeto de estudo da disciplina que é o Universo: a compreensão do universo, a
sua evolução, suas transformações e as interações que nele apresenta. Cabe ao
professor considerar a apropriação desse objeto pelo estudante, considerando seu
progresso.
REFERÊNCIAS:
- Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio.
- AXTR. O Papel da Experimentação no Ensino de Ciência. In: Moreira, M.A: AXT.
- Brasil/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação _ LDB 9394/96 .
- Brasil/MEC. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SENTEC, 2002 .
- Brasil/MEC. Parâmetros curriculares nacionais: PCN + Ensino médio. Ciências da natureza, matemáticas e suas tecnologias. Brasília: MEC/SENTEC, 2002 .
QUÍMICA
Concepção da Disciplina: Conhecer Química significa compreender
as transformações químicas que ocorrem no mundo físico de forma abrangente e
integrada, e assim poder julgar, de forma mais fundamentada, as informações
advindas da tradição cultural, da mídia e da escola e tomar suas próprias decisões,
enquanto indivíduo e cidadão. Daí a importância da presença da Química na escola
formal e, especialmente, no Ensino Médio, que completa a educação básica. Par
tanto, a Química no Ensino Médio deve possibilitar ao aluno uma compreensão dos
processos químicos em si, conhecimento científico, em estreita relação com as
aplicações tecnológicas, suas implicações ambientais, sociais, políticas e
econômicas.
O ensino de Química deve preocupar-se com a qualidade de seus
registros, respeitar as opiniões dos outros e aceitar as diferenças, utilizar de
tecnologias básicas de informação, fundamentar opiniões, baseando-se em
investigação, reflexão, compreensão e conclusão, ou seja, desenvolver o raciocínio
e a capacidade de aprender. Levar o aluno a utilizar de conhecimento científico e
tecnológico para diagnosticar, interpretar e intervir em questões sociais e
ambientais.
Objeto de Estudo da Disciplina: A Física tem como objeto o estudo
do universo, em toda sua amplitude. Entretanto a disciplina de Física tem a
finalidade de propor o estudo da natureza, sendo modelo de elaborações humanas
os conhecimentos desenvolvidos pela Física.
Objetivo Geral: O estudo da Química propõe a caracterização do
papel investigativo e da função pedagógica em auxiliar o aluno na explicitação,
problematização, discussão e conscientização, promovendo condições para
incorporar conhecimentos científicos a respeito dos conhecimentos químicos
possibilitando ao aluno interagir com o mundo.
Conteúdos Estruturantes:
- Biogeoquímica;
- Química sintética;
- Matéria e sua natureza.
Conteúdos Específicos:
Ensino Médio
1ª Série
• Matéria e sua Natureza
• História da Química
• Substâncias
• Misturas
• Métodos de Separação
• Conhecimentos Básicos de Laboratório
• Fenômenos Físicos e Químicos
• Estrutura Atômica
• Distribuição Eletrônica
• Tabela Periódica
• Ligações Químicas
• Funções Químicas
• Radioatividade
2ª Série
• Biogeoquímica
• Estequiometria
• Soluções / Colóides
• Termoquímica
• Cinética Química
• Equilíbrio Químico
• Eletroquímica
3ª Série
• Química Sintética
• Química do Carbono
• Funções Oxigenadas
• Polímeros
• Funções Nitrogenadas
• Isomeria
São conteúdos que fazem parte de um conhecimento básico científico
para compreender o meio ambiente e a sua interação com o mesmo, para que o
aluno tenha uma leitura do mundo mais crítica e atuante.
Encaminhamento Metodológico: Para introduzir conceitos novos,
pode-se ou deve-se partir de fatos observáveis, macroscópicos, que requeiram
menor capacidade de abstração por parte do aluno, para depois cuidadosamente
apresentar os modelos de explicação, bem como toda a formalização química.
Devemos criar condições favoráveis e agradáveis,
aproveitando a vivência do aluno, os fatos do dia-a-dia, a tradição cultural e a
mídia, buscando com isso reconstruir os conhecimentos químicos para que o aluno
possa refazer a leitura do seu mundo. A meta é fornecer um suporte para que o
conhecimento seja assimilado pelo aluno de forma significativa. E o método
pressupõe o estabelecimento de relações conceituais pelos próprios alunos, por
meio da mediação do conhecimento do professor, cujo papel é explorar as
concepções prévias dos alunos, atribuindo-lhes valor e significado. Para isso é
preciso que se adotem estratégias de ensino em que haja maior interatividade
entre professor e alunos e que as “vozes” dos alunos sejam contempladas. O uso
diversificado de estratégias de ensino e recursos didáticos já é um grande passo
para transformar o ensino de Química.
Para tanto, são recursos válidos: laboratórios, vídeos, periódicos,
pesquisas bibliográficas e na internet, seminários, livros paradidáticos, montagem
de murais, debates sobre temas polêmicos apresentados na mídia, dinâmica de
grupo, visitas a indústrias, universidades, museus, centros de ciência, centros
ambientais e de reciclagem, etc.
Critérios de Avaliação: Deve ser um processo educativo, formativo
e processual coletivo da escola, levando em conta o conhecimento
prévio do aluno e como ele supera suas concepções espontâneas, além de orientar
e facilitar a aprendizagem, sendo assim, o principal critério de avaliação em
Química é a formação de conceitos científicos, onde o processo será a “construção
e reconstrução” de significado dos conceitos científicos.
REFERÊNCIAS:
- Diretriz Curricular de Química, SEED, julho 2006.
- Faria, Robson. História da química. Editora Átomo, 2004.
- Machado, Andréa. Química do ensino médio. Ed. Scipione.
- Química nova da escola. CNPq.
- Rabelo, E.H. Avaliação: novos tempos, novas práticas. Petrópolis: Vozes, 1998.
CIÊNCIAS
Concepção da Disciplina: A ciência é um dos meios de se conhecer
o mundo, buscando explicações dos fenômenos naturais. O ensino e a
aprendizagem de Ciências devem pautar-se em um processo de construção
humana, que convive com a dúvida, é falível e intencional utilizando-se de métodos
numa constante busca por explicações dos fenômenos naturais: físicos, químicos,
biológicos. A ciência é considerada a partir da influência de fatores sociais,
econômicos e políticos e, vinculada às relações de poder existentes na sociedade.
Faz-se necessário a retomada dos conteúdos que historicamente
compõem o currículo da disciplina, sendo estes imprescindíveis no processo de
escolarização. Os conteúdos da disciplina serão organizados a partir de conteúdos
estruturantes que serão desdobrados em conteúdos específicos da disciplina sendo
abordados de forma consistente, crítica, histórica, considerando as relações entre a
ciência, a tecnologia e a sociedade.
O processe de ensino e de aprendizagem de Ciências, valoriza a
dúvida, a contradição, a diversidade e a divergência, o questionamento das
certezas e incertezas, superando o tratamento curricular dos conteúdos por eles
mesmos, priorizando-se a sua função social.
Objeto de estudo: O objeto de estudo da disciplina de Ciência são os
fenômenos naturais (físicos, químicos e biológicos).
Objetivo Geral: Propor uma abordagem crítica e histórica dos
conteúdos para a disciplina, priorizando os conhecimentos científicos, físicos,
químicos e biológicos para o estudo dos fenômenos naturais, sem deixar de
considerar as implicações a relação entre a ciência, à tecnologia e a sociedade.
Conteúdos Estruturantes da Disciplina:
• Corpo Humano e Saúde
• Ambiente
• Matéria e energia
• Tecnologia
Conteúdos Específicos da Disciplina:
5ª Série
• A Terra
- Regiões da Terra;
- Estrutura da Terra;
- Crosta terrestre;
- Minerais.
• O Solo
- Formação do solo;
- Componentes do solo;
- Tipos de solo;
- O solo e a saúde.
- O Ar
- A atmosfera.
• Componentes do ar
- Ar, uma mistura de gases;
- Nitrogênio;
- Oxigênio;
- Gás Carbônico;
- Gases nobres e vapor de água
- Os seres vivos modificam o ar.
• Propriedades do ar
• Pressão atmosférica
• Ar e saúde
• Existência e composição da água
• Água na natureza
• Propriedades da água
• Água potável e saneamento básico
• Ecologia
• As relações ecológicas
6ª Série
• Os seres vivos são formados por células
• Estrutura celular
• A classificação dos seres vivos
• Vírus, viroses e vacinas
• Reino Monera
- Bactérias
- As cianobactérias;
- Importância das bactérias;
- Bactérias que podem causar doença.
• Reino Protista
- Algas;
- Protozoários.
• Reino Fungi
- Nutrição;
- Estrutura;
- Reprodução;
- Os fungos e sua relação com a natureza e os seres vivos.
• Reino Animal
- Invertebrados:
- Proríferos;
- Platelmintos;
- Nematelmintos;
- Anelídeos;
- Equinodermos.
- Moluscos;
- Artrópodes;
- Crustáceos;
- Aracnídeos;
- Insetos.
- Vertebrados:
- Peixes;
- Anfíbios;
- Répteis;
- Mamíferos.
• Reino Vegetal
- Gimnospermas:
- Reprodução;
- Gimnospermas brasileiras.
- Angiospermas: plantas com flores e frutos
- Raízes;
- Caules;
- Folhas – fotossíntese/adaptação;
- Flores – polinização e fecundação;
- Fruto – adaptações para disseminar as sementes.
• Ecologia e Educação Ambiental
7ª Série
• Célula
- Citologia;
- Unidade básica do funcionamento do organismo;
- Conteúdo de célula;
- Os genes e a importância do DNA;
- Divisão celular.
• Tecidos
- Tipos de tecidos;
- Epitelial, funções;
- Conjuntivo propriamente dito;
- Cartilaginoso;
- Ósseo
- Hematopoético;
- Adiposo;
- Muscular;
- Liso;
- Estriado;
- Cardíaco;
- Nervoso.
• A base da nutrição
- Alimentos;
- Alimentos inorgânicos;
- Alimentos orgânicos;
- Açúcares ou carboidratos;
- Proteínas e suas funções;
- Água sua função e importância;
- Sais minerais, funções;
- Vitaminas;
- Lipídios e gorduras.
• Sistema digestório
- Estrutura;
- Dentes e importância;
- A digestão e os seus componentes.
- As parasitoses
• Respiração
- Sistema respiratório;
- Seus componentes;
- Fenômenos respiratórios;
- Inspiração e expiração;
- Químicos;
- Importância do ar;
- Freqüência respiratória;
- Doenças, ar e poluição;
- O cigarro e a respiração
.
• Sangue e Linfa
- Elementos figurados do sangue;
- Sistema imunológico;
- Tipos sanguíneos;
- Regras de transfusão;
- Eristroblastose fetal;
- Sistema linfático;
- Doenças do sistema linfático.
• Sistema Circulatório
- Canais do sangue;
- Pequena e grande circulação;
- Doenças ligadas à circulação.
• Sistema Urinário
- Como funciona o sistema urinário
- Doenças do sistema urinário;
- Insuficiência renal;
- Hemodiálise.
• Sistema Nervoso
- Como funciona;
- Composição;
- Importância;
- Doenças ligadas ao S.N.
• Sistema Endócrino
- Como funciona;
- Glândulas;
- Endócrinas e Exócrinas.
• Órgãos do Sentido
- A pele;
- A visão;
- A audição;
- A gustação;
- O olfato.
• Sistema reprodutor
- A reprodução;
- Puberdade;
- Gônadas;
- Gônadas masculinas;
- Gônadas femininas;
- Sistema reprodutor masculino;
- Sistema reprodutor feminino;
- A menstruação e o ciclo menstrual;
- Gravidez, métodos anticoncepcionais;
- Doenças sexualmente transmissíveis;
- Drogas.
8ª Série
- Química
• Átomo: elemento químico, ciclos biogeoquímicos, ligações
químicas, reações químicas, energia nuclear.
• Funções químicas: ácidos, bases, sais, óxidos.
- Física
• Cinemática: as grandezas físicas e movimentos, deslocamento,
trajetória e referencial
• Trabalho: força, cinemática, potência
• Leis de Newton
• Temperatura e calor
• Ondas
• Óptica
• Eletricidade
• Magnetismo
- Gravitação universal
• Temas transversais: teor alcoólico (alcoolismo) e a influência na
vida.
• Bombas nucleares, raios-X, raio laser
Encaminhamento Metodológico: O professor deve provocar
discussão, análise e reflexão sobre diferentes tipos de conhecimentos a serem
adquiridos (físicos, químicos e biológicos), articulando e mediando esse
conhecimento. Promover constante debate para busca de alternativas para os
problemas, de forma que o aluno assuma o compromisso em desenvolver propostas
na prática social.
Os conteúdos historicamente constituídos podem ser tratados ainda,
por meio de atividades e aulas práticas desde que se considere coerência ente a
teoria e a prática, o conteúdo e a forma. O processo de ensino e aprendizagem em
Ciências não deve se limitar a uma única metodologia ou ficar restrito a um único
espaço.
Critérios de avaliação: A avaliação é um processo constante,
portanto deve ser contínuo e sistemático e constantemente planejado, fornecendo
retorno ao professor e possibilitando a superação dos problemas que surgem.
Os alunos deverão compreender os conteúdos específicos em sua
totalidade, deixando de ser compreendidos como elementos fragmentados, neutros
e a - históricos do currículo.
REFERÊNCIAS
- Diretriz Curricular de Ciências, versão preliminar, SEED, 2006.
-www.ciencia.org.br
BIOLOGIA
Concepção da Disciplina: Com a incursão Histórica e Filosófica da
ciência, identificou-se que a Biologia está presente em momentos Históricos e
estabelece relações com o próprio momento, influencia no processo de construção
de conceitos sobre o fenômeno vida, reafirmando o conceito vida como objeto de
estudo da Biologia.
A ciência presente em cada contexto sempre esteve sujeita às
interferências, determinações, tendência, transformação social, valores e ideologias
(segundo Nagel Apual Araújo, 2002). A ciência procura a objetividade para
encontrar explicações controláveis e sistemáticas sobre os fatos.
Não se parte do zero para ampliar o conhecimento, porém o espírito
científico não deve permitir ao homem ter opinião sobre questões que não são por
ele compreendidas, sobre as quais não se pode formular claramente.
(Segundo Bachelard, 1971), nada é natural. Nada é dado, tudo é
construído.
(Segundo Andry, 1988). A biologia, como parte do processo de
construção científica deve ser entendida e compreendida como processo de
produção do próprio desenvolvimento humano.
A incorporação de ciência aos meios de produção promove
intensificações nos avanços da sociedade, não se pode considerar que a ciência
somente acumula teorias, fatos, noções científicas aceitas na prática dos cientistas,
mas que cria modelos paradigmáticos que nascem da utilidade da ciência em
resposta às necessidades da sociedade.
Segundo Freire Maia, 1980 o surgimento de novos paradigmas
promoveram mudanças fundamentais na construção de conceitos biológicos, mas
um paradigma não se desenvolve e da origem a outro; o novo paradigma é sempre
uma novidade que nega a anterior mas pode; às vezes envolver parte dela.
A Biologia contribui para a formação de sujeitos críticos, reflexivos e
atuantes, por meio do conteúdo científico e que o mesmo proporcione o
entendimento do objeto de estudo – Fenômeno Vida.
Objeto de Estudo da Disciplina: Fenômeno Vida.
Objetivo Geral: A Biologia é uma ciência ampla, pois, preocupa-se
com o estudo das formas vitais e procura entender os mecanismos que regem a
vida, portanto busca desenvolver a função social da disciplina promovendo a
reflexão e a compreensão sobre o objeto de estudo da disciplina.
Conteúdos Estruturantes:
- Organização dos Seres Vivos;
- Mecanismos Biológicos;
- Biodiversidade;
- Implicações dos Avanços Biológicos no Fenômeno Vida.
Conteúdos Específicos:
Ensino Médio
1ª Série
• Química Molecular
- Compostos orgânicos: proteínas, lipídios, vitaminas, aminoácidos,
carboidratos;
- Compostos inorgânicos: Água e sais minerais.
• Citologia
- Generalidade da célula;
- Teoria celular;
- Medidas citológicas;
- Mecanismos de transporte celular;
- Organóides celulares;
- Divisão celular: mitose, meiose;
- Metabolismo energético das células.
• Histologia
- Estudo dos tecidos: epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso.
• Embriologia
- Introdução;
- Fases do desenvolvimento embrionário;
- Segmentação, gastrulação, anexos embrionários;
- Desenvolvimento embrionário humano.
2ª Série
• Zoologia (aspectos gerais)
- Introdução ao estudo dos seres vivos;
- Reinos: monera, protista, fungi, animália;
• Fitologia (aspectos gerais)
- Introdução ao estudo dos vegetais;
- Estudo dos vegetais inferiores, intermediários e superiores;
3ª Série
• Reprodução
- Estudo geral dos tipos de reprodução sexuada e assexuada;
• Reprodução humana
• Genética
- Estudo da primeira e segunda lei de Mendel;
• Ecologia
- Introdução;
- Fluxo de energia;
- Ciclo da matéria;
- Relação entre os seres vivos;
- Sucessão ecológica;
- Principais ecossistemas;
• Evolução
- Teorias e evidências.
Encaminhamento Metodológico: Considerando o nível cognitivo
dos alunos, a realidade local e a diversidade cultural, os conteúdos serão
encaminhados da seguinte forma: exposição e debates dos conteúdos específicos
em sala de aula; pesquisas em diversas fontes; aula experimental no laboratório;
uso do vídeo e trabalho de campo, proporcionando o desenvolvimento de uma
abordagem pedagógica crítica e a prática do sujeito social através da
problematização dos conteúdos historicamente constituídos.
Critérios de Avaliação: O professor deve adotar critérios avaliativos
claros e coerentes de acordo com os objetivos específicos visando
obter informações necessárias sobre a prática pedagógica, tornando essa avaliação
um instrumento reflexivo para efetiva aprendizagem.
REFERÊNCIAS:
- Diretriz Curricular de Biologia, SEED, julho 2006.
HISTÓRIA
Concepção da Disciplina: Na elaboração desta proposta curricular
para o ensino fundamental e médio da disciplina de História, partimos do
pressuposto de uma necessidade de reorganizar a orientação dada ao pensamento
histórico em sala de aula. A citada disciplina teria por prioridade a edificação da
capacidade do aluno de pensar historicamente. Assim sendo, devemos pensar o
aluno enquanto indivíduo histórico, que precisa tomar consciência de sua
capacidade de compreensão e de intervenção em sua realidade.
O ensino de História, no Colégio Estadual Santa Rosa, deverá se
pautar por certos aspectos básicos da Disciplina, abalizados pelas Diretrizes, bem
como alguns apontamentos, que julgamos ser fundamentais, na realidade desse
estabelecimento de ensino.
A capacidade de pensar historicamente e a construção da
subjetividade são dois momentos primordiais, no que concerne ao professor de
História. O “pensar historicamente” se distingue das demais formas de pensar, pois
é um modo de olhar o passado com uma compreensão diferenciada, apreendê-lo, e
transformá-lo em algo útil no “agir no presente” e no “pensar o futuro”. A
construção da subjetividade está intimamente ligada a esse “pensar”, visto que
cada indivíduo constrói suas próprias verdades e sua própria ideologia. Nessa
“construção”, por sua vez, deve “considerar e valorizar as origens dos alunos”:
deve-se valorizar a identidade étnica e cultural, a fim de “favorecer a compreensão
de pertencimento a uma estrutura política com características próprias e históricas,
continuamente discutidas e modificadas”. Essa dialética é que forma o
embasamento teórico da Disciplina de História: o olhar para o passado, a
compreensão desse passado, a conseqüente construção de uma verdade própria e
subjetiva, e a constante certeza de que não se deve estagnar, pois o processo é
cíclico e, por isso mesmo, interminável.
A “compreensão de que os fenômenos históricos não são naturais e
irreversíveis, mas produzidos por sujeitos coletivos em relação
dialética com seus contextos históricos”, como afirmam as Diretrizes do Ensino de
História do Ensino Fundamental se completam na certeza de que a Disciplina de
História só atingirá seus objetivos no momento em que o aluno deixe de ser um
mero “sujeito”, e passe a ser um “sujeito histórico”. A idéia de que ele deve ser um
agente de sua própria História passa pelo momento em que ele não precisa mais
das afirmações do professor, mas sabe que elas são “uma entre tantas outras
verdades”, que ele deverá se deparar no decorrer de sua vida. Isso não significa
nem um consentimento total, muito menos uma negação, do que ele aprenda (e
apreenda) na sua passagem pelo colégio. Mas sim, que ele entenda que ele terá um
conjunto de idéias, de verdades, que servirão de base para um processo muito
maior, que servirá para guiá-lo no decorrer de sua vida.
A partir daí, sentimos necessidade de deixar de lado qualquer
concepção que aponte a História como verdade absoluta, pronta e definitiva, sem
diálogos com quaisquer outras vertentes de pensamento que possam
complementá-la, ou que se tenha o pensamento histórico enquanto dogma. Mas
também devemos tomar o cuidado de não aceitar um mínimo de objetividade no
pensamento historiográfico.
Da mesma forma que na produção acadêmica, achamos por bem
tomar alguns cuidados na apresentação da disciplina em sala de aula, visto termos
também objetivos a serem atingidos perante nossos alunos, que, como supracitado,
devem ser capazes de interpretar e explicar acontecimentos passados,
problematizando-os a partir de documentação e de um mínimo embasamento
teórico, mas sempre levando em consideração as conseqüências de tais fatos na
construção do cotidiano presente. Isso tudo sempre levando em conta a já citada
provisoriedade do conhecimento histórico, que deve estar em constante renovação.
Para atingir tais objetivos levamos em consideração à impossibilidade
de trabalharmos todos os recortes históricos que nos são ofertados e, também, de
fazermos uso de todas as correntes historiográficas apresentadas até o momento,
visto a escassez de tempo que nos é apresentada e o processo ao qual o aluno
deve ser submetido para apreender todos esses movimentos. Assim sendo,
optamos por duas correntes
historiográficas, a princípio, a partir das quais poderemos dialogar, caso necessário,
com outras escolas. Serão elas a Nova História Cultural e a Nova Esquerda Inglesa.
A Nova História Cultural, segundo Peter Burke, está “mais preocupada
com a análise das estruturas” (BURKE, 1992, p. 12). Essa corrente da História surgiu
na França, na década de 20, no bojo da História das Mentalidades e, segundo
VAINFAS, é
uma história problematizadora do social, preocupada com as massas anônimas,
seus modos de viver, sentir e pensar. Uma história com estruturas em movimento,
com grande ênfase no mundo das condições de vida material, embora sem
qualquer reconhecimento da determinância do econômico na totalidade social, à
diferença da concepção marxista da história. Uma história não preocupada com a
apologia de príncles ou generais em feitos singulares, senão com a sociedade
global, e com a reconstrução dos fatos em série passíveis de compreensão e
explicação. (2002, p. 17)
A Nova Esquerda Inglesa (‘New Left Review’) não se vincula ao
marxismo mecanicista, critica o escolasticismo e a esterilidade do materialismo
histórico pós- guerra. Os principais historiadores britânicos dessa corrente, também
chamada História Social Inglesa são Maurice Dobb, Christopher Rui, Rodney
Hilton, Eric Hobsbawm e Edward Thompson. (SENA JLTNIOR, 2004). Merecem
especial atenção as teorias e obras de E. P. Thompson e Eric Hobsbawm:
a) Edward Palmer Thompson (1924/1993) — é considerado, por
muitos, como o melhor historiador inglês do século XX. Em 1946, formou um grupo
de históricos marxistas, que daria origem à corrente conhecida como Nova
Esquerda Inglesa. A maior parte de sua obra foi vinculada a questões e discursos
dos trabalhadores, mostrando que essa classe não é construída somente em termos
econômicos, pois se baseia na construção histórica da experiência. Seu trabalho
inspirou pesquisas sobre sindicalismo, partidos, movimentos sociais, escravidão,
campesinato, crimes, motins, entre outros.
b) Eric John Biair Hobsbawm (1917/) — Hobsbawm é filho de
inglês com austríaca, nasceu no Egito, mas viveu na Austria, na Alemanha e na
Inglaterra. Durante a Segunda Guerra trabalhou na inteligência britânica, sendo que
após a Guerra ingressou no Grupo de Historiadores do Partido Comunista, que daria
origem à Nova Esquerda Inglesa. Para analisar a história do movimento trabalhista
e os diversos aspectos que a envolvem, como as revoluções burguesas, o processo
de industrialização, as diferentes manifestações de resistência, luta e revolta da
classe trabalhadora, Hobsbawm escreveu quatro livros que já são “clássicos” da
História: “A Era das Revoluções” (1789/1848), “A Era do Capital” (1848/1875), “A
Era dos Impérios” (1875/1914) e “Era dos Extremos” (1914/1991).
Objeto de Estudo da Disciplina: O objeto de estudo da disciplina
são as ações e relações humanas no tempo e no espaço.
Objetivos Gerais: A disciplina de História, no Colégio Santa Rosa,
terá como principais objetivos:
a) Dotar o aluno de senso crítico, instrumentalizando-o e capacitando-
o para compreender o desenvolvimento histórico, entendendo-se como sujeito
histórico;
b) Preparar o aluno enquanto cidadão, conhecedor de seus direitos e
deveres, consciente de seu papel na sociedade e apto a ser parte ativa no processo
contínuo de transformação;
c) Colaborar no efetivo processo de eliminação das diferenças sócio-
econômicas, lutando contra o preconceito e a discriminação, a fim de construir um
sociedade mais igualitária.
Conteúdos Estruturantes do Ensino Fundamental: Apresentam-
se como conteúdos estruturantes do ensino fundamental as dimensões:
a) POLÍTICA: que podem se confundir com as questões do poder,
visto que, se formos fazer um apanhado histórico de suas
características, perceberemos que aparece quase sempre relacionada às elites e
seus interesses na transmissão de terminado conhecimento em detrimento de
outros. Mas, nesta presente proposta, ressaltamos a necessidade da busca
de novas perspectivas, que rompem com a história dita “convencional”, marcada
por nomes, datas e fatos. Pretendemos incitar o aluno a compreender os porquês
de determinadas transformações ocorridas no cotidiano das sociedades, os jogos de
poder envolvidos e mesmo como seu cotidiano pode aparecer como representação
histórica.
b) ECONÔMICA-SOCIAL: principalmente sobre o prisma da Nova
Esquerda Inglesa, quando esta propõe a articulação entre as áreas
econômica e cultural. Parte-se da idéia de que econômico e social
caminham juntos, mas não mais sendo guiados pelo primeiro.
Assim, procura-se um novo foco de pesquisa, onde os ditos
“excluídos” da história “oficial” são privilegiados.
c) CULTURAL: na tentativa de compreender as diferentes visões de
mundo apresentadas pelo homem ao longo do processo histórico.
Nesta dimensão, procuraremos entender as diferentes utilizações
de simbologias, mitos, relações entre gêneros e representações do
social.
Nos conteúdos específicos pretendemos, tendo em vista a idéia de
transmitir ao aluno uma visão o mais ampla possível da totalidade das ações
humanas. Também procuramos levar em consideração algumas necessidades
apontadas pelas Diretrizes Curriculares de História do Estado do Paraná, como:
1. A busca de referencias comuns, que superem o esvaziamento ao
qual estavam submetidos os currículos de História;
2. A necessidade da manutenção de uma cronologia para o estudo de
História no ensino fundamental;
3. A inclusão do conteúdo de “Historia do Paraná” e de “História e
Cultura Afro-brasileiras” como obrigatórias no ensino fundamental;
4. A ênfase na História do Brasil;
5. A compreensão da História dos povos latino-americanos;
6. A necessidade do rompimento com um conceito de História
essencialmente eurocêntrica.
Destas formas, propomos os seguintes temas, agrupados aqui por
ano.
Conteúdos Específicos:
Ensino Fundamental
5ª Série
Tema: Civilização
• O que é uma civilização?
• As primeiras civilizações (Egito, Mesopotâmia, Índia e China)
• As Civilizações Clássicas (Grécia e Roma)
• Civilizações Pré-Colombianas (Astecas, Maias e Incas)
• Europeus e Árabes – Civilizações Medievais
• Índios, Negros e Europeus – Três Matrizes da Formação Brasileira.
Tema: Governo
• Sociedade sem e com Governo – Diferenças
• Os Governos Teocráticos do Oriente – Do Egito à China
• A Democracia Grega e A República Romana
• Poder Centralizado e Descentralizado (Reis Medievais)
• Sociedades Patriarcais e Matriarcais.
Tema: Religião
• Mitos – As Pré-Religiões
• As Religiões Antigas – Politeísmo
• O Judaísmo, O Cristianismo e o Islamismo – As Religiões do Livro
• O Império Romano e O Cristianismo
• Igreja e Poder
Tema: Conflitos
• Do Paleolítico ao Neolítico
• Guerra de Tróia e Guerras Médicas
• As Guerras Púnicas
• A Expansão Romana
• A Expansão Árabe
• As Cruzadas
6ª Série
Tema: Europa - Água
• Oceano, Tétis, Europa e Ásia – Lenda Grega
• O Comércio no Mediterrâneo
• As Grandes Navegações
• O Absolutismo
• A Ascensão da Burguesia
• As Revoluções Burguesas
Tema: América - Terra
• Colombo e Cabral – Descobridores ou Posseiros?
• As “Três Américas” (Portuguesa, Espanhola e Inglesa)
• Açúcar, Ouro, Prata, Escravos = Lucro
• As Revoltas no Brasil – de 1654 a 1817
• As Colônias Inglesas se Libertam
Tema: África - Fogo
• O Lucro da Escravidão
• Escravos Negros e Escravos Índios
• A Resistência Negra – Os Quilombos
• A Cultura Negra
• Minas Gerais (1789) e Bahia (1798)
Tema: Mentalidades - Ar
• Renascimento
• Reforma e Contra-Reforma
• Mercantilismo
• Iluminismo
• Liberalismo
• Dominação e Resistência
7ª Série
Tema: Revolução
• Revolução Gloriosa
• Revolução Industrial
• Revolução Americana
• Revolução Francesa
• Revoluções Liberais
Tema: Patrão
• A Burguesia e O Antigo Regime
• A Burguesia no Poder
• O Liberalismo em Pauta
• Itália e Alemanha
• O Imperialismo
Tema: Nacionalismo
• A Ideologia do Nacionalismo
• Napoleão e a Libertação das Américas
• A Nação Brasileira - Império
• O Nacionalismo e A Guerra do Paraguai
• O Neocolonialismo – Ásia e África
Tema: Empregados
• O Socialismo – Utópico e Científico
• As Barricadas de Paris
• De Escravos a Operários
• A Dominação Inglesa no Mundo
• América para os Americanos
8ª Série
• A Primeira Guerra Mundial
• A Revolução Russa
• A Década de 20
• Brasil: A República Velha
• Cinema, Rádio e A Semana de 22
• A Quebra da Bolsa em NY
• Os Regimes Totalitários
• A Era Vargas
• A Segunda Guerra Mundial
• A “Política da Boa Vizinhança”
• A Americanização da Cultura
• Os Anos Dourados
• Da Coréia ao Vietnã
• Os Anos Rebeldes
• Bossa Nova, Jovem Guarda, Festivais e Tropicalismo
• As Ditaduras Latino-Americanas
• Indústria Cultural – de Elvis a Madonna
• O Neoliberalismo e A Globalização
• O Fim do Socialismo e A Dominação Norte-Americana
• Os Conflitos no Oriente Médio e O Terrorismo
• Japão e China – de Hiroshima à Praça da Paz Celestial
• Análise do Mundo Atual – 11 de setembro e suas conseqüências
Conteúdos Estruturantes do Ensino Médio:
a) RELAÇOES DE TRABALHO: o estudo das relações de trabalho no
Ensino Médio deve contemplar diversos tipos de fontes históricas, para que a
História seja percebida além dos documentos oficiais. Devem ser contempladas não
só as lutas de classe, mas também os conflitos intra-classes e as relações
interciasses, por meio da experiência vivida pelos trabalhadores. Deve-se
considerar a esfera doméstica, a prática comunitária, as manifestações artísticas e
intelectuais e a participação nas instâncias de representações políticas, trabalhistas
e comunitárias.
b) RELAÇÕES DE PODER: baseando-se na obra de Foucault e na
Nova esquerda Inglesa, o estudo das relações de poder, no Ensino Médio, não se
limita à idéia de “poder” como algo ligado a uma instituição ou ao Estado, nem
como algo que o indivíduo cede ao soberano, mas sim como uma relação de forças,
onde a idéia de “relação” compreende o “poder” em todas as partes. Para Foucault,
o poder não somente reprime, mas também produz
efeitos de verdade e saber, constituindo verdades, práticas e subjetividades.
c) RELAÇÕES CULTURAIS: o estudo das relações culturais deve
considerar a especificidade de cada sociedade e relações entre elas. Também deve
ser levada em consideração a “História vista de baixo”, pregada pela Nova
Esquerda Inglesa e pela Nova História Cultural, em particular os historiadores Roger
Chartier e Cano Ginzburg que analisa a idéia de “recorte local onde se valorizam as
ações e os valores de sujeitos comuns, de suas famílias e comunidades”, com
utilização de documentos antes desvalorizados pela historiografia tradicional.
Diante dessa proposta, baseada na idéia de Conteúdos Específicos,
baseados nestes Conteúdos Estruturantes, o Currículo de História para o Ensino
Médio será o seguinte:
Conteúdos Específicos:
Ensino Médio
1ª Série
Para a 1ª série do Ensino Médio, imaginou-se um recorte histórico que
vai do Surgimento do Homem até o Século XVI. Não se pretende com isso
retomar à História cronológica, mas também não fazer um recorte muito longo, em
prejuízo da compreensão do processo histórico. Procuramos encontrar quatro temas
bimestrais que fizessem uma espécie de síntese temática desse recorte, e
chegamos à conclusão que os temas seriam:
• Civilização: nesse tema pretende-se fazer uma narrativa do
surgimento, desenvolvimento e evolução do ser humano, e a formação das
primeiras civilizações, suas características em comum e suas particularidades.
Nesse tema, pretende-se não só analisar as civilizações mais conhecidas
(egípcia, mesopotâmica, grega e romana), mas também a indiana, a chinesa, as
précolombianas e as negras africanas.
• Governo: esse segundo tema fará uma ligação com o primeiro:
todas as civilizações tiveram e tem seus sistemas de governo, uma de suas
características. Mas a civilização greco-romana deixou um sistema de governo
(Democracia) e um conjunto de leis (o Direito Romano), que serviram de modelo
para o Ocidente e para o Capitalismo. Este tema pretende fazer uma narrativa
dessa construção, passando pelas relações de poder e trabalho (Grécia e Roma
enquanto sociedades escravistas), culminando com um estudo de caso sobre a
situação da mulher, nessas sociedades.
• Religião: nesse terceiro tema, pegou-se a temática da mulher,
para se fazer uma análise das religiões primitivas, seguindo a teoria de que as
sociedades matricêntricas se ‘transformaram’ em sociedades patriarcais, tendo a
religião como uma relação de poder muito presente. Depois, pretende-se fazer uma
análise da mentalidade medieval, centrada nas idéias de Santo Agostinho e São
Tomás de Aquino, culminando com o poder que a Igreja adquiriu, no decorrer da
Idade Média, presente em toda a produção cultural da época.
• Capitalismo 1: nesse quarto e último tema do Primeiro Ano,
pretende-se fazer uma narrativa que abrange um período de transformações, onde
temos o Feudalismo, sua crise, e a passagem para o Capitalismo, com as Cruzadas,
o surgimento da classe burguesa, a formação das monarquias nacionais e a
conseqüente dominação e colonização da América, bem como a presença do
europeu na Asia e na Africa. A análise específica será da mentalidade dessa época,
explicitada no Humanismo renascentista, em seus representantes tanto artístico-
culturais como científicos.
2ª Série
Para a 2ª série do Ensino Médio, imaginou-se um recorte
histórico que vai do
Século XVI até o Século XIX. Para criar temas referentes e esses quatro séculos de
História, recorreu-se a idéia da evolução da burguesia, e de como essa classe fez
mudanças revolucionárias no mundo, nesse período. Os temas escolhidos foram:
• Comércio: as relações comerciais, existentes na Antiguidade e
quase suspensas na Europa medieval, retornaram com força total com o
surgimento da classe burguesa, o advento das Grandes Navegações e a colonização
da América. Por outro lado, essa “mudança de rumos” criou novas formas de
religião (Reforma e Contra-Reforma), provocou o extermínio de civilizações inteiras,
na América, bem como o deslocamento de milhares de negros africanos para as
colônias da América. A análise será das relações entre as diferentes civilizações,
numa ligação com um dos temas do Primeiro Ano.
• Capitalismo II: dando continuidade à temática abordada no
Primeiro Ano, pretende-se fazer iima narrativa da “acumulação primitiva de
capital”, seja com as colônias da América, com o tráfico de escravos ou com as
feitorias na Asia. As análises mais aprofundadas serão feitas na evolução da
Espanha, da Holanda e da Inglaterra (União Ibérica, Invasões Holandesas,
Revolução Inglesa), que irão desembocar no período a ser estudado no terceiro
tema.
• Revolução: não se pretende, nesse tema, estudar as
revoluções do século XVIII, mas uma idéia geral de revolução, como a apresentada
por Hobsbawm, que formou um “bloco revolucionário”, cujo recorte é o período
1789/1848. A análise será feita sobre a questão da “revolução” dos EUA, que gera
controvérsias sobre o ser ou não ser uma “revolução”. Pretende-se aqui, apresentar
a “revolução” não como uma “relação de causa e efeito”, mas como um processo
de modificação do sistema vigente, que produziu a ascensão burguesa, em
detrimento não só do Antigo Regime, mas de uma nascente classe operária, que se
viu coadjuvante de um processo
que veio em seu próprio prejuízo.
• Indústria: esse quarto e último tema complementa os demais,
pois procura fazer a ligação com os três primeiros, numa espécie de “fechamento
de um ciclo”, não como ciclo econômico, mas enquanto período, recorte histórico.
Utilizando-se mais uma vez da obra de Hobsbawm, pretende-se entender como o
Capitalismo comportou-se, de uma base comercial (ou mercantilista) para uma base
industrial, onde se valorizou o trabalho, no período que vai de 1848 a 1914, das
idéias do Liberalismo Econômico, do Nacionalismo e do Socialismo, mas também da
Era Vitoriana, enquanto cultura, do fim do sistema escravista, pela substituição para
o trabalho assalariado, e passando pelo ideário literárioartístico do Romantismo,
que influenciou a mentalidade da época.
3ª Série
Na terceira série do Ensino Médio, a pretensão é fazer quatro
diferentes recortes do século XX, com temas que abordem um mesmo período, mas
de formas diferentes. Assim, foram escolhidos os seguintes temas, que podem ser
também vistos enquanto vertentes:
• Política: politicamente falando, o Século XX passou dos últimos
sistemas monárquicos, ainda ligados ao Antigo Regime, para o atual sistema
unipolar (segundo uns) ou multipolar (segundo outros). As últimas monarquias a
caírem (Rússia, China, Império Turco-Otomano, Império Austro-Húngaro), foram
varridas com a Primeira Guerra Mundial; com o sistema de multipolaridade foi feito
o mesmo, com o advento da Segunda Guerra,
chegando ao sistema de bipolaridade (URSS X EUA), que dominou a maior parte do
século. Como análise específica, pretende-se observar as mudanças geopolíticas e o
sistema conhecido como Totalitarismo, típico do século.
• Economia: economicamente, o Século XX viu o surgimento e a
derrocada do Socialismo (1917/1989), e as flutuações do Capitalismo, ambos com o
surgimento de vários subtemas, como “Welfare State”, Fordismo,
Stalinismo, “Acumulação Flexível”, “Neoliberalismo”, Globalização”, e outros. A
análise, nesse caso, se faz da adesão de países aos dois blocos, criando várias e
novas situações, como a Social Democracia na Europa, o advento dos Tigres
Asiáticos, o surgimento do G-7 e/ou G-8, os blocos econômicos, o caso da India, da
China e de Cuba, etc.
• Cultura: nesse tema, pretende-se fazer uma análise do Século XX
pelo viés da Cultura, da indústria cultural, daquela cultura dita de massa, de uma
outra dita popular, e ainda de uma idéia de cultura elitista e elitizante. A música, o
teatro, o cinema, a televisão, a literatura, as artes plásticas, e até mesmo a
arquitetura foram determinadas e determinantes da História desse século, talvez
muito mais que em todos os outros. A análise, nesse caso, será do surgimento de
ídolos culturais, que hoje são muito mais valorizados que os políticos ou
econômicos, e até mesmo alguns como Che Guevara, tornaram-se “ídolos” das
massas.
• Sociedade: neste quarto e último tema, pretende-se fazer uma
análise da sociedade que se formou no decorrer do século: a questão da mulher, o
“surgimento” do jovem, da geração do “baby boom”, das parcelas da sociedade
que reclamam seus direitos (negros, homossexuais, pessoas com deficiências — a
questão da inclusão). Como análise de caso, as mudanças provocadas pelo
aumento das cidades, o avanço cada vez maior da tecnologia, a preocupação com
as questões ambientais, o terrorismo, etc.
Encaminhamento metodológico: Quanto ao encaminhamento
metodologico, pretende-se seguir a idéia da construção de uma narrativa histórica,
como proposta por Ivo Mattozzi, nas Diretrizes do Ensino Médio. Ela será narrativa,
no sentido de se fazer o recorte cronológico de tempo, respeitando a linearidade
dos fatos. Mas também será descritiva, no
sentido de se fazer a relação entre as diferentes permanências que ocorrem entre
diferentes contextos históricos.
Finalmente, também será feita a problematização constante dos temas abordados,
seja no recorte histórico em si, seja na elaboração de Projetos de pesquisa, que
abordem temas de forma mais aprofundada, onde os alunos
possam “construir” suas próprias histórias. Para tanto, serão utilizados todos os
tipos de documentos, produzidos pelo professor, coletados pelos alunos, e outros
novos, criados pela união dos demais.
Critérios de avaliação: Já a avaliação acontecerá por processo
formal, processual, continuado e diagnóstico, e será realizada mediante a coleta de
resultados em períodos diferentes, podendo ser feita através da análise de um
documento específico, do entendimento de todo um contexto, ou mesmo de um
debate, onde o professor faça uma análise argumentativa. Para o aluno, deverá
ficar clara a proposta a cada avaliação, de forma que ele possa detectar suas
próprias demandas, criando novos rumos para os conteúdos subseqüentes.
REFERÊNCIAS
- BOURDÉ, Guy e MARTIN, Hervé. Ás Escolas Históricas. Lisboa: Editora Europa- América, 2000.
- BURKE, Peter (org.). Á Escrita da História - Novas Perspectivas. São Paulo: Editora Unesp, 1992.
- COULANGES, Fustel de. “Histoire des institutions politiques de l’ancienne France”, in EHRARD, J. & PALMADE, G.P —L’Histoire, segunda edição, A. Colin, 1965.
- DURKHEIM, Émile — “A função da divisão social do trabalho [Capítulo 1: Método para determinar essa função]” in Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1983.
- FEBVRE, Lucien. Combates pela História.3) edição, Lisboa: Editorial Presença, 1989.
- NISBET, Robert — “Conservadorismo e Sociologia” in José de Souza Martins (org.) Introdução crítica à Sociologia Rural. São Paulo: Hucitec, 1986.
- REIS, José Carlos. Tempo, História e Evasão. Campinas: Papirus Editora, 1994.
- Nova Esquerda Inglesa - SENA JTJNIOR, Carlos Zacarias F. de. A dialética em questão: considerações teórico-metodológicas sobre a historiografia contemporânea. Rev. Bras. Hist., 2004, vol.24, no.48, p.39-72. ISSN 0102-0188.
- CHARTIER, Roger. Introdução. In: A história cultural. Lisboa, Difel,1990.
- GEJZBURG, Carlo. O queijo e os vermes. São Paulo, SP: Cia. das Letras, 1986.
- LEVI, Giovanni. Sobre a micro-história. In BURKE, Peter. A escrita da história. São Paulo, SP. Unesp, 1992.
- PESAVENTO, Sandra Jatahy. História e história cultural. Belo Horizonte,MG:Autêntica,2004.
- VAINFAS, Ronaldo. Os protagonistas anônimos da história. São Paulo, SP: Campus, 2002.
http://www.historialocal.com.br/ - Acessado em 25.08.2004.
http://www.udemo.org.br/JornalPP_02_05EnsinoHistoria.htm - Acessado em 19.10.2006, às 18h.
http://www.dhnet.org.br/dados/cartilhas/edh/br/rs/cidadan/cap11.htm Acessado em 19.10.2006 às 18h15
GEOGRAFIA
Concepção da Disciplina: A importância da educação geográfica,
como a de qualquer dimensão curricular, decorre fundamentalmente da concepção
de cidadão que uma sociedade se propõe como referencial de orientação ao
processo educativo escolar.
O homem não é um ser passivo, mas um ser que reage perante o seu
meio natural e cultural, mostrando-se capaz de aceitar, rejeitar ou transformar esse
meio. Daí que a formação de um cidadão socialmente consciente e participativo
constitua o objetivo primeiro do empreendimento educacional. Nesse sentido, a
contribuição da escola se define na perspectiva de possibilitar ao educando
condições de desenvolvimento humano que o capacitam a conhecer e compreender
a realidade em que vive, para decisões de ação nesse meio. Isto implica que o
aluno aprenda não apenas a observar e analisar, mas a refletir criteriosamente,
interpretando e avaliando sua experiência existencial no contexto sociocultural e
político-econômico. E a Geografia também, enquanto conteúdo diferenciado no
processo educativo escolar, pode contribuir de maneira efetiva para o alcance
desses objetivos pedagógicos. Torna-se justificada, pois, uma reflexão para
explicitar, ainda que sucintamente a especificidade educativa da Geografia.
Objeto de Estudo da Disciplina: O Espaço Geográfico
Objetivos Gerais: Permitir ao aluno não só o desenvolvimento de
uma prática de ensino informativa como também, sobretudo, enfaticamente
voltada para a formação da criticidade dos educando diante da complexidade dos
processos sociais que atuaram na configuração territorial brasileira e mundial. Em
outros termos, a proposta norteadora, tanto da linguagem como da exposição
temática dos conteúdos, visa à formação do educando enquanto
sujeito participante, capaz de assumir posturas reflexivas e de analise que
constituem a razão de ser de sua cidadania atuante, patamar do qual se torna
possível aproximar-se na medida em que o ensino de Geografia esteja direcionado
a níveis mundial, nacional e local.
Na complementaridade desses aspectos, enfatizar no educando as
relações natureza/ sociedade e oferecer subsidio para que o estudo do espaço
geográfico seja um caminho privilegiado no processo educativo, para se efetuar
uma interpretação acerca do país e de outras sociedades do globo.
Essas orientações partiram da convicção de que a ciência geográfica
possui uma especificidade epistemológica que lhe é fundamental, qual seja a de
articular diferentes níveis de analise, pois integra saberes oriundo tanto das
ciências naturais e físicas como também aquelas provenientes das ciências
humanas, o que estimula e torna viáveis leituras diferentes de um mesmo
fenômeno ou temática estruturada.
De forma sucinta fazer com que o educando adquira uma visão global
e diferenciada da superfície terrestre com suas características e seus problemas
físicos, humanos, políticos e sociais. Perceber que estes aspectos são fundamentais
para seu desenvolvimento.
Conteúdos Estrurantes:
- Dimensão Econômica da Produção do/no espaço;
- Geopolítica;
- Dimensão Sócio ambiental;
- Dinâmica Cultural e Demográfica.
Conteúdos específicos:
Ensino Fundamental
5ª Serie
Conteúdo estruturante: Dimensão sócioambiental
- Conhecimentos geográficos.
- Geografia do Paraná.
- Os movimentos da Terra e suas influências para organizar o espaço
geográfico.
- Orientação
- Zonas térmicas.
- Cartografia
- Rotação e translação
- Paisagem natural e humanização.
- As eras geológicas: a formação e espacialização dos recursos
naturais
- relevo: fatores externos e internos
- solo: extrativismo vegetal e mineral
- clima
- Rochas e minerais: formação e espacialização natural, alterações
antrópicas e desafios à sustentabilidade.
- Classificação e espacialização dos fenômenos atmosféricos e
mudanças climáticas: chuva ácida, inversão térmica, buraco na
camada de ozônio, efeito estufa, poluição, hidrosfera, biosfera,
atmosfera.
Conteúdo estruturante: A dimensão econômica da produção
do/no espaço
- Sistema de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e
mercadorias
- Revolução industrial e científica (indústria, comércio)
- População, transporte
- Inter-relações entre urbano e rural
Conteúdo estruturante: Dinâmica cultural e demográfica
- Consumo, consumismo e cultura: as influências dos meios de
comunicação nas manifestações culturais e na reorganização do
espaço geográfico.
6ª Série
Conteúdo estruturante: Geopolítica
- Aspectos do território brasileiro, posição geográfica, extensão,
limites e fronteiras, processo histórico da formação territorial,
política e administrativa do país.
- Ocupação do centro-oeste com a fundação de Brasília.
Conteúdo estruturante: Dimensão Sócio ambiental
- Metrópoles nacionais e regionais e seus respectivos problemas.
- Organização do espaço urbano e processo de urbanização do país.
- Expansão das atividades econômicas da região norte e suas
repercussões no meio ambiente.
- Diferentes paisagens naturais do sudeste.
- Relação entre o acelerado crescimento urbano e a devastação
amazônica.
Conteúdo estruturante: Dinâmica Cultural Demográfica
- Distribuição populacional brasileira.
- Gráficos de crescimento demográfico nacional.
- Características da região sul, ocupação destas áreas até sua
situação demográfica atual.
Conteúdo estruturante: Dimensão Econômica da Produção do/
no Espaço
- Realidade do espaço rural e principais atividades.
- Principais elementos responsáveis pela industrialização no sudeste.
- Diferentes realidades sócio-econômicas e naturais encontradas no
interior da região centro-oeste.
7ª Série
Conteúdo estruturante: Dimensão Econômica da Produção do/
no Espaço
- Acordos e blocos econômicos
- Sistemas (redes) de produção industrial, econômica, política e sua
espacialidade.
Conteúdo estruturante: Geopolítica
- Formação espacial dos estados nacionais
- Influência do neoliberalismo na produção e reorganização do
espaço geográfico
- Terrorismo, narcotráfico, prostituição, contrabando biopirataria,
entre outros e suas influências na reorganização do espaço
geográfico.
Conteúdo estruturante: Dimensão sócio ambiental
- Circulação e poluição atmosférica e sua interferência na
organização do espaço geográfico (indústria, saúde, entre outros).
- Distribuição espacial e as conseqüências sócio-ambientais dos
desmatamentos, chuva ácida, buraco na camada de ozônio, efeito
estufa, entre outros.
Conteúdo estruturante: Dinâmica cultural e demográfica
- História das migrações mundiais e sua influência sobre a formação
cultural, distribuição espacial e configuração dos países.
- Formação étnico-religiosa: distribuição e organização espacial e
conflitos.
8ª Série
Conteúdo estruturante: Dimensão econômica da produção do/
no espaço
- Sistema de circulação
- Redes de Produção
- Globalização
- Relações econômicas, dependência tecnológica e desigualdade
social.
Conteúdo estruturante: Geopolítica
- Guerra Fria
- Conflitos Mundiais
- Organizações Internacionais, Ex: ONU – FMI
- Neoliberalismo
- Terrorismo, narcotráfico, biopirataria.
Conteúdo estruturante: Dimensão sócio ambiental
- Poluição Atmosférica
- Conseqüências sócio-ambientais
Conteúdo estruturante: Dinâmica cultural e demográfica
- Migrações mundiais
- Formação étnico-religiosa
- Consumismo
Observação: Os conteúdos de cultura afro-brasileira e africana
serão inseridos em todas as séries do ensino fundamental dentro de
conteúdos específicos que tratem de formação, distribuição e contribuição
do negro na população brasileira e mundial, migrações, trabalho, renda,
cidadania, entre outros.
distribcidadania
Ensino Médio
1º Série
Dimensão Econômica da Produção e Espaço
• Representação do Espaço Geográfico.
Geopolítica
• Regionalização do Espaço Mundial.
• Atuais conceitos de Estado-Nação, país, Fronteira e Território.
Sócio Ambiental
• Dinâmica e Formação da Natureza
• Meio Ambiente e Paisagens Naturais.
• Atividade Humana na transformação da paisagem natural.
• Recursos Naturais.
• Patrimônios Naturais e Ecológicos.
• Produção do Espaço Geográfico e impactos ambientais.
• Ocupação de Áreas de Risco (Encostas e Mananciais)
Dinâmica Cultural e Demográfica
• Aspectos Culturais das Identidades Regionais.
2ª Série
A Dimensão Econômica Da Produção Do/No Espaço
- Modos de produção e formação sócio-espaciais.
- Indústria e transformações no espaço geográfico.
- Revolução e hierarquia das cidades.
- Novas tecnologias e alterações nos espaços urbano e rural.
Geopolítica
- Movimentos sociais e reordenação do espaço urbano.
- Conflitos rurais e estrutura fundiária.
- Questões territoriais indígenas.
- Problemas urbanos marginais: narcotráfico, sem-teto, prostituição,
etc.
Dimensão Sócio ambiental
- Atividades humanas e transformação do espaço.
- Recursos naturais, conservacionismo e preservacionismo.
- Problemas ambientais urbanos.
- Biotecnologia e impactos ambientais.
Dinâmica Cultural E Demográfica
- Crescimento demográfico e suas conseqüências.
- Teorias demográficas
- Composição demográfica
- População urbana/rural
- Diferentes grupos sócio-culturais
- Diferentes grupos étnicos e o racismo
- Nacionalismo, minorias étnicas, separatismo e xenofobia.
- Movimentos migratórios e suas conseqüências
3ª Série
Dimensão Econômicas da Produção do Espaço
• Oposição Norte – Sul (Econômicos)
• Internacionalização do Capital
• Blocos Econômicos.
• Nova Ordem Mundial e economias de transição.
Geopolítica
• Fim do Estado e Bem estar Social e o Neoliberalismo.
• Os novos papéis das Organizações Internacionais.
• Rede de Fronteiras e conflitos étnicos e culturais.
Socioambiental
• Recursos Naturais e Conservacionismo
• Crise Ambiental: Conflitos Políticos e interesses econômicos.
• Biotecnologia e impactos ambientais.
Dinâmica Cultural e Demográfica
• Diferentes grupos étnicos e racismo, migração e desemprego.
• Nacionalismos, minorias étnicas, separatismo e xenofobia.
OBS* (Cultura Afro- Brasileira e Geografia do Paraná serão
estudadas no decorrer do Ensino Médio)
Encaminhamento metodológico: Temos que nos posicionar diante
de diversas questões relacionadas aos processos de ensino-aprendizagem de um
modo geral e de Geografia em especial.
Nossa proposta é que os alunos reflitam sobre tudo o que foi
apresentado, o que certamente irá contribuir para a qualidade das aulas.
Mesmo que estejamos comprometidos em romper com os
fundamentos em que se alicerça a Geografia tradicional, centrados no positivismo,
não podemos esquecer os princípios clássicos em que se estruturou a ciência
geográfica no século XIX, sob pena de comprometermos a
seriedade do nosso discurso e da nossa prática: extensão, convexibilidade,
analogia, causalidade e atividade. Assim, a construção do saber geográfico, bem
como o seu ensino, está relacionada a uma sucessão de etapas ou operações, que
constituem o que chamamos de sistemática da Geografia qual seja:
- identificação, localização e descrição dos fenômenos;
- busca de relações locais e inter-locais;
- comparação com fenômenos similares em outros locais, procurando
semelhanças e diferenças;
- explicação ou causalidade;
- tendências de evolução.
No caso do ensino, a sistemática da Geografia é compatível com os
níveis de pensamento ou capacidades intelectuais que buscamos desenvolver nos
alunos: identificar, comparar, analisar, sintetizar, concluir, generalizar, etc...
O desenvolvimento dos temas procura trabalhar essa sistemática,
reforçando o que é atributo específico da Geografia, como a localização, a análise
de conexões e de inter-relações.
Critérios de avaliação: Os alunos serão avaliados quanto à
formação de conceitos geográficos e a compreensão dos fenômenos nas diversas
escalas geográficas.
REFERÊNCIAS:
- Diretriz Curricular de Geografia para o Ensino Fundamental e Ensino Médio, SEED, julho de 2006.
- Rua, João. Para ensinar Geografia. Rio de Janeiro: Access, 2005.
- Santos, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 12. ed. Rio de Janeiro: Record, 2005.
- Moreira, Igor. Construindo o espaço mundial. São Paulo: Ática, 2004.
- Saviani, Demerval. Educação: do sendo comum à consciência filosófica. São Paulo: Cortez Editora/Autores Associados, 1980.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
Concepção da Disciplina: O ensino da Língua Estrangeira visa à
formação do sujeito crítico e capaz de interferir na sociedade.
A nova perspectiva é que o eixo central do discurso seja
compreendido como uma prática social nas suas infinitas possibilidades de propiciar
ao aluno subsídios para que sejam capazes de compreender, interagir e produzir
significados na Língua Estrangeira superando as práticas tradicionais que fazem
foco em regras gramáticas ou estruturas específicas.
As práticas fundamentais da realização da língua, (ler, escrever, falar
e compreender), são conhecimentos necessários para sua efetivação discursiva,
sócio-lingüísticas, gramaticais e estratégicas e deverão ser trabalhados sempre
juntos, pois, são intercalados e indissociáveis para a estrutura da língua. Podendo
assim, enfatizar um ou outro, dependendo do contexto não estruturando uma única
prática e conhecimento isolado e sim, levando sempre em consideração as outras
matérias propiciando a interdisciplinaridade com os mesmos, com o objetivo de
dinamizar o conhecimento mais amplo e não fragmentado sem significado para o
aluno.
O ensino da língua estrangeira configura-se como um espaço para que
o aluno reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural,
oportunizando-o a engajar-se discursivamente e a compreender que a língua e a
cultura são práticas sociais historicamente construídas e, portanto, passíveis de
transformação.
Objeto de Estudo da Disciplina: A língua, concebida como discurso,
repleta de sentidos a ela conferidos por nossa cultura em nossa sociedade.
Objetivos Gerais: Empregar a língua oral em diferentes situações de
uso sabendo adequá-las a cada contexto e interlocutor,
descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos do cotidiano e
posicionando-se diante dos mesmos.
Adaptar o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas
por meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores os seus objetivos, o
assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção e leitura.
Aprimorar, pelo contato com os textos literários a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da
literatura (textual) a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão
lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, leitura e da escrita.
Levar o educando a integrar no mundo atual e interdependente,
caracterizado pelo avanço tecnológico, pelo grande intercâmbio entre os povos.
Conteúdos Estruturantes: O conteúdo estruturante é o discurso
enquanto prática social, efetivado por meio das práticas discursivas, as quais
envolvem a leitura, a oralidade e a escrita.
Conteúdos Específicos:
5ª Série
- family
- clothes
- human body
- fruti
- hair’colors
- street
-colors
- Greetings
- what’s your name?
-verb to be
- affirmative, negative, interrogative
- demonstrative
- imperative form
- nationality
- where are you from ?
- possessive – his/her
- numbers
- what time is it ?
- additional texts
6ª Série
- to be continued
- verb to be –contract form
- ordinal numbers
- human body
- days of the week,months
- fruit
- there is – there are – there was - there were
- animal
- preposition (in-on-for)
- present tense –can
- can – could
- simple present
-present continuous
- auxiliary – do – does
- additional texts
-general vocabulary
7ª Série
- Review – auxiliary to do
- Interrogative – negative form
- Possessive pronouns
- much – many
- articles
- occupations
- food
- Prepositions (with, about, from, in, on)
- regular verbs
- past tense
- irregular verbs
- additional texts
- general vocabulary
8ª Série
- history of América
- penpals
- irregular verbs
- some/ any
- little / low
- big
- grammar (review)
- family
- crossword – about – country/states
- review demonstrative pronouns
- idiomatic expressions
- house part
- vegetables
- suggestion –lit’s sing a song
- to all the grade
- auxiliary to do in the simple past
- interrogative – negative form
- additional text
- general /vocabulary of the texts
Ensino Médio
1ª Série
- Review – verb to be – Present Progressive
- Simple present – can – can’t – going go
- text – “Monarchies”
- Possessive pronouns and other pronouns forms
- there is /there are /questions forms
-text “german dream of unity is now a reality”
- present continous
- numbers – percentage
- text – staying alive
- text – fatl disease in the 50’s
- music
- review – simple present
- sending a letter –report cart
- text “A mother in doubt”
-text – Windows 95 – a new window on the computer world
-pronouns and adverbs – interrogatives
-simple future – immediate futures
-ordinal numbers –fraction
- texts – “seeds of speech”
- texts –“Sweden will award first nobelPrizes”
- an interview
- varietes
- nations –and nationalities – date –phone numbers – mathematical-
operation – the time – the alphabet –color – fruit
- text “the hands of a man”
- subject and object pronouns
2ª Série
- general review varieties
- simple present –past simple
- regular verbs – irregular verbs
- text “Applying for a job”
- interrogative pronouns
- how and compounds
- music
- text “black Thursday
- time adverbial
- text “sight – seeing in London”
- adverbs of manner / some/any / countable and noun – countable
nouns
- noun – mof]difiers – imperative / there was / there were /past
progressive / used to
- present perfect
- men’s clothing
- women’s clothing
- present perfect continuous (indefinite) and article
- professions and professionals
- text “the first heart transplant in history”
- many /much – few – little –money
- text ‘piggys bants”
- posse case
- question tag
3ª Série
- general review
- irregular verbs –past tense
- text “the strongest and the weakest”
- the passive voice
- the animal kingdom I
-music
- review . Present perfect tense (continued)
- text “Technology”
-music – video aula
- simple past – irregular verbs
- text – “The blood, parts of the body”
- past continuous, past perfect
- the human body
- past perfect
- conditional
- text –“ the ruins of troin II”
- the pronunciation of the – ed suffix
- indefinite pronouns
- music
- text “famous writers dies”
- regular verbs, simple past, reflexives and emphasizing pronouns
- reciprocal pronouns
- text “did Dracula really exist ?”
- questions tags
- text “Toni’s diner”
- prepositions
Encaminhamento Metodológico:
- Lúdica – escrita –leitura – tradução, pesquisa em jornais e revistas,
dicionários, outdoor em ruas.
- Leitura de textos;
- Interpretação através de perguntas escritas;
- Traduções de textos lidos;
- Composição de frases e pequenos textos, sendo estes o ponto de
partida da aula de Língua Estrangeira;
- Interagir com diferentes textos: informações pessoais, argumentar
sobre profissões e locais de trabalho, habilidade para fazer coisas, planejar
compromissos, apresentar pessoas e descrevê-las, que atividades desenvolvem,
oferecer, aceitar e rejeitar coisas.
- Dar sugestões, pedir preço – expressar opiniões, relações familiares,
datas, as invenções e descobertas históricas,
- Demonstrar habilidades e preferências, fazer convites, preferências
alimentares (situações vividas em restaurantes) descrever no passado, presente e
futuro.
- Vocabulário e vídeo referentes às funções.
Critérios de Avaliação: Situações discursivas realizadas por meio de
práticas sociais considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto
tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção de texto. Material
encontrado em revistas, livros, encartes turísticos que serão escritos e traduzidos,
bem como utilizados para a compreensão dos textos.
Constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do
trabalho com as práticas da oralidade, leitura e escrita.
Integrar o aluno no mundo atual e interdependente caracterizado pelo
avanço tecnológico, pelo intercâmbio entre os povos, aguçando sua curiosidade e
despertando a pesquisa do mesmo.
REFERÊNCIAS:
- Lei nº. 9394 de 20 de Dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional CELANI, M.AAAs línguas estrangeiras e a ideologia subjacente à organização dos currículos da escola pública CLARITAS dezembro 1994: Editora do Brasil S/A.
- Diretriz Curricular de Língua Estrangeira, SEED, julho 2006.
- Jordão, Clarissa Menezes. A língua estrangeira na formação do individuo. Curitiba: Minneo, 2004.
- O ensino de línguas estrangeiras em tempos pós-modernos, Paraná, UFPR 2004.
- Paraná. Secretaria do estado da Educação e da Cultura. Currículo básico da escola pública do Paraná. Curitiba, 1990.
FILOSOFIA
Concepção da Disciplina: A disciplina de Filosofia no Ensino Médio
(3ª série) constitui-se em uma importante ferramenta sendo indispensável na
edificação do aprendizado do estudante. Refletir, que é a ação primeira daquele
que se dispõe a se envolver com o conhecimento, é o alicerce fundamental, tanto, a
priori, do ser humano, como do seu desenvolvimento individual como também
social. Levando em consideração que o pensar filosófico permeará todas as
instâncias humanas, seja pela sua própria natureza (do homem), seja atendendo às
suas necessidades de sobrevivência real ou no plano teórico. Esta disciplina se
incluirá, como matéria básica, para a plena realização da educação,apontando a
capacidade autônoma de perceber os fatos e acontecimentos e desenvolvimento da
crítica individual.
“O homem é visivelmente feito para pensar, e toda a sua dignidade e
toda a sua dignidade e todo seu mérito, e todo o seu dever consistem, em pensar
corretamente.” (Blaise Pascal)
Objeto de Estudo da Disciplina:
• Pensamento:
- Problemas
- Conceitos
- Idéias
• Presente
- Na realidade e nos textos clássicos da filosofia.
Objetivos Gerais:
- Despertar para o contraste entre a consciência ingênua e a
consciência crítica;
- Perceber, através dos autores filosóficos, o estabelecimento de uma
história, feita ao longo do desenvolvimento humano, da experiência concreta do
pensamento;
- Buscar estrutura e bases argumentativas de um modo de pensar, de
opinar, de um conceito, de uma experiência;
- Compreender a Filosofia como um esforço e um estudo de
investigações que sustentará o repensar de forma crítica e analítica, obtendo
estruturas argumentativas dos modos de viver do homem na sociedade.
Conteúdos Estruturantes:
- Mito e Filosofia
- Teoria do Conhecimento
- Ética
- Filosofia Política
- Estética
- Filosofia da Ciência
Conteúdos Específicos:
Ensino Médio
3ª Série
- Mito e Filosofia
- origem do acontecimento e da própria vida
- evolução do pensamento
- processo da passagem do sentido mítico ao filosófico
- o surgimento da Filosofia
- visão Geral (histórico-cronológica) da Filosofia: Antiga, Medieval,
Moderna, Contemporânea; Brasileira – através dos autores filosóficos e comentário
de suas obras.
- Teoria do conhecimento (os modos de conhecer o mundo)
- as fontes de conhecimento
- o individualismo
- análises universais permanentes
- o método
- as regras
- as perspectivas do conhecimento
- Ética
- atitudes da ação humana
- o conceito de ética
- mesmo contexto social
- a felicidade
- a virtude
- a amizade
- a liberdade
- Filosofia Política
- política como arte
- preconceito
- o surgimento da política
- política diante de diferentes sociedades
- poder
- o Estado, o poder e a violência
- diferentes formas de políticas e sistemas de governo
- Estética
- o conceito de beleza
- a finalidade da Arte
- sensibilidade
-saber ouvir, ver e sentir
- a cultura
- a cultura de massa
- Filosofia da Ciência
- atribuições científicas no indivíduo e na sociedade
- conceito de senso comum
- a ciência e a religião
- paradigmas
- Bioética
Encaminhamento Metodológico:
- Apresentação do conteúdo, ou seja, da própria Filosofia – o que é?
(dos temas) que serão desenvolvidos;
- Exposição do tema, através da fala do professor, ou de um texto
(trecho de um livro, jornal, revista, filme, um acontecimento, de uma obra de arte,
etc);
- Leitura de um trecho (do tema) de um filósofo;
- Exposição da reflexão do estudante;
- Visitações a museus, exposições artísticas, outros locais;
- Elaboração de pequenos textos (construções argumentativas).
Critérios de avaliação:
- Observação sobre as articulações das idéias dos estudantes, tanto
em intervenções nas aulas, como por escrito;
- Elaboração de pequenos textos (argumentos e críticas)
- Avaliação contínua-quando presente nas aulas o aluno pode interagir
com as idéias (temas), proporcionando reflexões e aplicabilidade no seu cotidiano;
- Pesquisas sobre os filósofos- suas obras; Escola Filosófica;
questionamentos éticos, políticos e sociais, etc.
REFERÊNCIAS:
- Diretriz Curricular de Filosofia, SEED, julho 2006.
- Aranha, Maria Lucia de Arruda e Martins. Pires, Maria Helena. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 1993.
- Araújo, Inês Lacerda. Introdução à filosofia da ciência. 3. ed. Curitiba: UFPR, 2003.
- Arruda, José Johson de A. Piletti, Nelson. Toda a história geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 2003.
- Chaui, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1995.
ENSINO RELIGIOSO
Concepção da Disciplina: Considerando a diversidade religiosa no
Estado, a necessidade do diálogo/estudo na escola sobre as diferentes leituras do
sagrado na sociedade, cumpre destacar que o Ensino Religioso tem por base a
diversidade expressa nas diferentes expressões religiosas e também nas diferentes
religiões. Abordando o tema sem ferir, sendo imparcial em relação a todas as
religiões.
É certo que não se pode negar que as relações de convivência entre
grupos diferentes são marcadas pelo preconceito, sendo esse um dos grandes
desafios da escola, que pretende ser um espaço da discussão do Sagrado por meio
do currículo de Ensino Religioso. Uma das tarefas da escola é fornecer instrumentos
de leitura da realidade e criar as condições para melhorar a convivência entre as
pessoas pelo conhecimento, isto é, construir os pressupostos para o diálogo, neste
sentido a disciplina de Ensino Religioso tem muito a contribuir.
Tem também muito a contribuir na aquisição de conhecimentos sobre
as diversas religiões existentes no país. Despertando pontos de vista diferenciados
sobre o que já está posto. Dando oportunidade para o desenvolvimento crítico do
indivíduo respeitando as diferentes manifestações do sagrado.
Com o objetivo de ampliar a abordagem curricular no que se refere à
diversidade religiosa, as Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso ora
apresentadas, definem como objeto de estudo o sagrado como foco no fenômeno
Religioso, por contemplar algo que está presente em todas as manifestações
religiosas, favorecendo, assim a uma abordagem ampla de conteúdos específicos
da disciplina.
Tais conteúdos privilegiam o estudo das diferentes manifestações do
sagrado, possibilitando a análise e a compreensão do mesmo como o cerne da
experiência religiosa que se expressa no universo cultural de diferentes grupos
sociais, uma vez que o sagrado é uma das formas de expressão empregadas para
se explicar os fenômenos que não obedecem
às leis da natureza e compõem o universo cultural de diferentes grupos humanos.
Portanto, o objeto do Ensino Religioso, ao resgatar o sagrado, busca
explicitar a experiência que perpassa as diferentes culturas expressas tanto nas
religiões mais sedimentadas, como em outras manifestações mais recentes. O
conteúdo abordado pelo Ensino Religioso terá, também, a preocupação com os
processos históricos de constituição do sagrado, buscando explicitar os caminhos
percorridos até a concretização de simbologias e espaços que se organizam em
territórios sagrados, ou seja, a criação das tradições.
O sagrado, como parte da dimensão cultural, influencia a
compreensão de mundo e a maneira como o homem religioso vive o seu cotidiano.
Assim, aquilo que para alguns é normal e corriqueiro, para outros é encantador,
sublime, extraordinário, repleto de importância e, portanto, merecedor de um
tratamento diferenciado.
A partir desta perspectiva o sagrado perpassará todo o currículo de
Ensino Religioso, de modo a permitir uma análise mais complexa de sua presença
nas diferentes manifestações religiosas. Pode-se estabelecer instâncias para análise
e reconhecimento do sagrado:
- a paisagem religiosa: refere-se à materialidade fenomênica do
sagrado, a qual é apreendida através dos sentidos. Refere-se à exterioridade do
sagrado e sua concretude, ou seja, os espaços sagrados.
- o símbolo: é a apreensão conceitual através da razão, pela qual se
concebe o sagrado pelos seus predicados e se reconhece a sua lógica
simbólica.Sendo assim, entende-se como sistema simbólico e projeção cultural.
- o texto sagrado: é a tradição e a natureza do sagrado enquanto
fenômeno . Pode ser manifestado de forma material ou imaterial. Nesse sentido, é
reconhecido através das Escrituras Sagradas, das Tradições Orais Sagradas e dos
Mitos.
- o sentimento religioso: é o seu caráter transcendente/imanente não-
racional. É uma dimensão de inspiração muito presente na experiência religiosa. É a
experiência do sagrado em si .Esta dimensão , que escapa à razão conceitual em
sua essência, é reconhecida através de seus efeitos.
Trata-se daquilo que qualifica uma sintonia entre o sentimento religioso e o
fenômeno sagrado.
Portanto, o sentimento religioso perpassa as dimensões do sagrado,
em relação à atribuição de significado aos objetos,espaço e tempo, dentre outras
formas que caracterizam o sagrado nas diferentes manifestações religiosas. É um
estado efetivo peculiar da experiência religiosa centrada no sujeito.
A partir do objeto de estudo no Ensino Religioso pode-se compreender
que esta disciplina escolar, numa perspectiva pedagógica, busca superar as aulas
de religião, através de um enfoque de entendimento com base cultural sobre o
sagrado, de modo a promover m espaço de reflexão na sala de aula em relação à
diversidade religiosa.
Objeto de Estudo da Disciplina: O objeto de estudo da disciplina é
o sagrado.
Objetivos Gerais: Analisar e compreender o sagrado como o cerne
da experiência religiosa do cotidiano que o contextualiza no universo cultural.
Conteúdos Estruturantes: Os conteúdos estruturantes de Ensino
Religioso são: Paisagem Religiosa, Texto Sagrado e Símbolo.
Conteúdos Específicos: Os conteúdos selecionados para a disciplina
de Ensino Religioso, têm como referência os conteúdos estrututantes, dos quais se
desdobram os conteúdos específicos. Ao analisar os conteúdos apresentados para a
5ª e 6ª séries, pode-se identificar a sua proximidade e ou mesmo recorrência em
outras disciplinas.
Ensino Fundamental
5ª Série
I Respeito À Diversidade Religiosa
Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa:
Paisagem Religiosa
Texto Sagrado
Símbolo
SAGRAD
- Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira:
respeito à liberdade religiosa;
- Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão;
- Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas;
- Direitos Humanos a sua vinculação com o Sagrado.
II Lugares Sagrados
Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de
peregrinação, de reverência, de culto, de identidade, principais práticas de
expressão do sagrado nestes locais.
- Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.
- Lugares construídos: Templos, Cidades sagradas, etc.
III Textos Orais E Escritos – Sagrados
Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas
diferentes culturas religiosas.
- Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações, etc.).
Exemplos: Vedas – Hinduismo, Escritas Baháis – Fé Bahá’l, Tradições
Orais Africanas, Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo, Etc.
IV Organizações Religiosas
As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos
organizados institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as
suas principais características de organização, estrutura e dinâmica social dos
sistemas religiosas que expressam as diferentes formas de compreensão e de
relações com o sagrado.
- Fundadores e/ ou Líderes Religiosos.
- Estruturas Hierárquicas.
Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais: Budismo
(Sidarta Gautama), Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec), Taoímo
(Lao Tse), Etc.
6ª Série
I Universo Simbólico Religioso
Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas: cores e textos.
- Nos Ritos
- Nos Mitos
- No cotidiano
Exemplos: Arquitetura, Religiosa, Mantras, Paramentos, Objetos, Etc.
II RITOS
São práticas celebrativas das traduções/manifestações religiosas,
formadas por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a
recapitulação de um acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à memória
e à preservação da identidade de diferentes tradições/manifestações religiosas e
também podem remeter a possibilidades futuras a partir de transformações
presentes.
- Ritos de passagem
- Mortuários
- Propiciatórios
- Outros
Exemplos: Dança (Xire) – Candomblé, Kiki (kaingang – ritual fúnebre),
Via sacra, Festejo Indígena de colheita, Etc.
III FESTAS RELIGIOSAS
São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com
objetivos diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas
importantes.
- Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas
comemorativas.
Exemplos: Festa do Dente Sagrado (budismo), Ramada (Islâmica),
Kuarup (indígena), Festa de Iemanjá (afro-brasileira), Pessach (judaísmo), Etc.
IV VIDA E MORTE
As respostas elaboradas para vida além da morte nas diversas
tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.
- O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas
- Reencarnação
- Ressurreição – ação de voltar à vida
- Além Morte
- Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados
se tornam presentes
- Outras interpretações.
Metodologia de Ensino: Propor o encaminhamento metodológico da
disciplina de Ensino Religioso não se reduz a determinar formas, métodos,
conteúdos ou materiais a serem utilizados em sala de aula, mas pressupõe um
constante repensar das ações que subsidiarão este trabalho. Logo as práticas
pedagógicas desenvolvidas pelo professor da disciplina poderão fomentar o
respeito às diversas manifestações religiosas, ampliando e valorizando universo
cultural dos alunos.
Uma das formas de romper com a vinculação entre a disciplina de
Ensino Religioso e as aulas de religião é superar práticas que tradicionalmente têm
marcado o seu currículo, seja em relação aos fundamentos teóricos, ao objeto de
estudos, aos conteúdos selecionados, ou ainda em relação ao encaminhamento
metodológico adotado pelo professor.
Critérios de avaliação: Dentre as orientações metodológicas para a
disciplina de Ensino Religioso, faz-se necessário destacar os procedimentos
avaliativos a serem adotados, uma vez que este componente curricular não tem a
mesma orientação que a maioria das disciplinas no que se refere à atribuição de
notas e ou conceitos. Ou seja, o Ensino Religioso não se constitui como objeto de
reprovação, bem como não terá registro de notas ou conceitos na documentação
escolar, isso se justifica pelo caráter facultativo da matrícula na disciplina.
Mesmo com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser um
dos elementos integrantes no processo educativo da disciplina do Ensino Religioso.
Assim, cabe ao professor a implementação de práticas avaliativas que permitam
acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe,
tendo como parâmetro os conteúdos tratados e os seus objetivos.
Para atender a esse propósito, o professor terá de elaborar
instrumentos que o auxiliem a registrar o quanto o aluno e a turma se apropriam ou
têm se apropriado nos conteúdos tratados nas aulas de Ensino Religioso. Significa
dizer que o que se busca com o processo avaliativo é
identificar em que medida os conteúdos passa a ser referenciais ara a compreensão
das manifestações do sagrado pelos alunos.
Nesse sentido, a apropriação do conteúdo que fora antes trabalhado
pode ser observado pelo professor em diferentes situações de ensino e
aprendizagem. Pode-se avaliar, por exemplo, em que medida o aluno
expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm opções
religiosas diferentes da sua; aceita as diferenças e, principalmente, reconhece que
o fenômeno religioso é um dado da cultura e da identidade de cada grupo social;
emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações do
sagrado .
Diante da sistematização das informações provenientes dessas
avaliações, o professor terá elementos para planejar as necessárias intervenções no
processo de ensino e aprendizagem, retomando as lacunas identificadas no
processo de apropriação dos conteúdos pelos alunos, bem como terá elementos
para dimensionar os níveis de aprofundamento a serem adotados em relação aos
conteúdos que irá desenvolver posteriormente.
Nessa perspectiva, o professor de Ensino Religioso terá também, a
partir do processo avaliativo dos alunos, indicativos importantes para realizar a sua
auto-avaliação que orientará a continuidade do trabalho ou a imediata
reorganização daquilo que já tenha sido trabalhado, tendo como referência este
documento de diretrizes.
Mesmo que não haja aferição de notas ou conceitos que impliquem na
reprovação ou aprovação dos alunos, estas diretrizes orientam que o professor
proceda ao registro formal do processo avaliativo, adotando instrumentos que
permitam à escola, ao aluno, aos seus pais ou responsáveis, identificarem os
progressos obtidos na disciplina.
Com essa prática, os alunos especificamente, terão a oportunidade de
retomar os conteúdos , como também poderão perceber que a apropriação dos
conhecimentos dessa disciplina lhes possibilita conhecer e compreender melhor a
diversidade cultural da qual a religiosidade é parte integrante, bem como
possibilitará a articulação desta disciplina com os demais componentes curriculares,
os quais também abordam aspectos relativos à cultura .
REFERÊNCIAS:
- BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
- CISALPIANO, Murilo. Religiões. São Paulo: editora Scipione Ltda. 1994.
- COSGROVE, Denis. A Geografia está em toda parte : cultura e simbolismo nas paisagens humanas. In: paisagem, tempo e cultura. Organizado por Corrêa, Roberto Lobato, Rosendalh, Zeny. Rio de Janeiro: Eduerj, 1998 p. 92-123.
- COSTELLA, Domênico. O fundamento epistemológico do ensino religioso. In: JUQUEIRA, Sérgio; WAGNER, Raul (orgs.) O ensino religioso no Brasil . Curitiba: Champagnat, 2004.
- CUNHA, Antônio Geraldo da. Dicionário etimológico Nova Fronteira da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
- DURKHEIM, Émile. As formas elementares de vida religiosa. São Paulo: Martins Fontes, 1992
- ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano: a essência das religiões: São Paulo: Martins Fontes, 1992.
- GIL FILHO, Sylvio F. Espaço de representação e territorialidade do sagrado: notas para uma teoria do fato religioso. Ra’e Ga O Espaço Geográfico em Análise. Curitiba, v. 3 n. 3, p 91-120, 1999.
- GIL FILHO, Sylvio F. Espaço de representação e territorialidade do sagrado: notas para uma teoria do fato religioso. Ra’e GaO Espaço Geográfico em Análise: Curitiba, v. 3 n.3, p 91-120,1999.
- HEIDEGGER, Martin. Conferências e Escritos Filosóficos. Coleção os Pensadores, São Paulo, Nova Cultural, 1989.
- HINNELS, John R. Dicionário das religiões. São Paulo: Cultrix, 1989.
- HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
- HUSSERL, Edmund. Investigações lógicas: sexta investigação – elementos de uma elucidação fenomenológica do conhecimento. Coleção os Pensadores, São Paulo, Nova Cultural, 1988.
- JUNQUEIRA, Sérgio Rogério Azevedo. (Orgs). Conhecimento local e conhecimento universal: pesquisa, didática e ação docente. Curitiba, Champagnat, 2004 .
- MACEDO, Carmen Cinira. Imagem do eterno: religiões no Brasil. São Paulo: editora Moderna Ltda. 1989.
- OLIVEIRA, Maria Antonieta Albuquerque de. “Componente Curricular”. In: Ensino Religioso no Brasil. JUNQUEIRA, Sérgio Rogério Azevedo; WAGNER, Raul. Curitiba:Champagnat, 2004. p. 119.
- Otto, R. O Sagrado , Lisboa: Edições 70, 1992.
- PEDRO, Aquilino de. Dicionário de termos religiosos e afins. Aparecida, SP: Santuário, 1993.
- ROHMANN, Chris. O livro das idéias: pensadores, teorias e conceitos que formam nossa visão de mundo. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
- SACHS, Wolfgang. Dicionário do desenvolvimento: guia para o conhecimento como poder, Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
- WITTGENSTEIN, Ludwig. Investigações Filosóficas. Petrópolis. Vozes, 1994.
SOCIOLOGIA
Concepção da disciplina: A Sociologia surgiu no século XIX, numa
tentativa de se entender a sociedade de então, procurando formas de evitar a sua
“desintegração”, visto que o mundo estava passando por significativas mudanças.
Para lhe dar caráter de ciência, foram criados pré-requisitos, métodos e regras de
estudo.
Quem criou o termo Sociologie foi o francês Auguste Comte
(1798/1857). Ele criou uma ciência, que chamou de Física Social e, posteriormente,
de Sociologia. Ele teve o mérito de firmar que os fenômenos sociais podem ser
percebidos como os outros fenômenos da natureza, ou seja, como obedecendo a
leis gerais.
Como as mudanças mais significativas do século XIX estão vinculadas
à industrialização, podemos afirmar que o surgimento e desenvolvimento da
Sociologia está vinculado à consolidação do Capitalismo moderno.
Outro “pai” da Sociologia foi Émile Durkheim (1858/1917). Ele partiu
da premissa de que “os fatos sociais devem ser tratados como coisas”. Assim,
procurou definir o que era “normal” ou “patológico” em cada sociedade, afirmando
que certas “regras” são comuns a toda uma sociedade, e que a solidariedade é uma
forma de combater as “anomalias” que possam surgir em seu interior.
Dessa forma, Comte e Durkheim criaram uma ciência que pudesse
analisar as mudanças pelas quais as sociedades estavam passando, devido ao
Capitalismo, procurando encontrar soluções para os “problemas” decorrentes
dessas mudanças.
Em seu desenvolvimento, a Sociologia acabou por se desdobrar em
três linhas mestras explicativas: a Positivista-Funcionalista (Comte e Durkheim), a
sociologia compreensiva, iniciada por Max Weber (1864/1920) e a dialética,
iniciada por Karl Marx (1818/1883).
A vertente de Weber é contrária à de Durkheim porque afirma que
nenhuma ciência deve ensinar ao homem como viver, e é contrária à de
Marx porque afirma que nenhuma ciência poderá indicar à humanidade qual o seu
futuro.
Já a dialética de Marx prevê a idéia de tese, antítese e síntese, que
permeou não só os estudos sociológicos, mas de várias outras ciências.
O final do século XIX e o início do século XX, permeado por guerras e
revoluções, acabou colocando em destaque a corrente marxista, dialética, mais
crítica, que procurava analisar as crescentes contradições pelas quais as
sociedades estavam passando. A ação (práxis) contida na dialética marxista,
acabou se tornando o caminho ao qual se entregaram muitos estudiosos, no
decorrer do século XX.
No Brasil, as idéias européias dividiram os pensadores em dois grupos:
os “conformistas” e os “revolucionários”. No primeiro grupo, podemos citar Sílvio
Romero (1851/1914), Euclides da Cunha (1866/1909), Oliveira Vianna
(1883/1951), enquanto que no segundo grupo estavam Caio Prado Júnior
(1907/1980), Sérgio Buarque de Holanda (1902/1982), Florestan Fernandes
(1920/1995) e Otávio Ianni (1926/2004). Também merecem destaque Gilberto
Freyre (1900/1987) e Fernando de Azevedo (1894/1974).
As obras de todos esses pensadores, aliadas à criação da USP
(Universidade de São Paulo), na década de 30, deram o caráter dos estudos
sociológicos no Brasil, na maior parte do século XX. Apesar da Reforma Capanema
(1942) retirar a obrigatoriedade do ensino de Sociologia nas escolas secundárias, as
idéias desses autores continuaram a ser diseminadas. Nas décadas de 50 e 60, com
a redemocratização, a Sociologia voltou a ser ministrada nas instituições superiores
e secundárias.
Depois, duarante a Ditadura Militar, essa disciplina novamente foi
tirada dos bancos escolares, continuando apenas no Magistério. Em seu lugar,
foram criadas as disciplinas de Educação Moral e Cívica, Organização Social e
Política Brasileira (OSPB) e Ensino Religioso, todas com car´ter moralizante e
disciplinador.
Mesmo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96), a
disciplina de Sociologia não voltou a ter o caráter de obriagatoriedade, apesar do
artigo 36, Parágrafo 1º, Inciso terceiro afirmar que
os “conhecimentos de Filosofia e Sociologia (sejam) necessários ao exercício da
cidadania”.
Com todo esse histórico de interrupções, é natural que a disciplina de
Sociologia, no Ensino Médio, sofra dificuldades, como a falta de matriais específicos,
a flata de tradição, uma quebra evolutiva da própria disciplina.
Por outro lado, a sociedade atual também passa por uma fase de
grandes mudanças, e a urgência de uma ciência que analise essas mudanças é
imperante. A Sociologia é necessária para a formação cidadã, livre de ideologias ou
mudanças políticas. O aluno do século XXI precisa compreender melhor a sociedade
onde está inserido, a fim de poder agir ativa e positivamente nela, de maneira
crítica e consciente.
Nas Diretrizes de Sociologia, há uma análise do pensamento de Karl
Marx, Émile Durkheim, Max Weber, Antonio Gramsci, Pierre Bourdieu e Florestan
Fernandes. Mas se optou pela visão crítica, presente na obra de Marx, Gramsci e
Florestan Fernandes. É das idéias e obras desses pensadores que procuramos
organizar nossos objetivos.
Objetivos Gerais da Disciplina:
A Disciplina de Sociologia, no Colégio Santa Rosa, terá como principais
objetivos:
a) Dotar o aluno de instrumentos que o capacitem a tornar-se um
indivíduo integral, cujas ações sociais sejam um desdobramento de suas
potencialidades;
b) Colaborar no efetivo processo de eliminação das diferenças sócio-
econômicas, lutando contra o preconceito e a discriminação, a fim de construir uma
sociedade mais igualitária;
c) Criar a idéia de que a cidadania extrapola os muros do colégio,
estando presente no cotidiano de cada um, em todos os momentos de sua vida.
Conteúdos Estruturantes:
a) Processo de Socialização e Instituições Sociais: compreende-
se o “processo de socialização” como a inserção, construção e
transmissão de valores, normas e regras capazes de desenvolver a
vida em sociedade. Assim, as sociedades criaram instituições,
principalmente a Família, a Escola e a Religião. Pretende-se,
portanto, analisar não só a constituição dessas instituições, mas
também as mudanças pelas quais elas têm passado, e a inserção
de cada indivíduo em cada uma delas.
b) Cultura e Indústria Cultural: as noções de “cultura” e
“diversidade cultural” permeiam esse Conteúdo. A partir do fato de
que a cultura informal foi sendo gradativamente mesclada à cultura
formal, no decorrer da História, compreende-se que há diversidade
no espaço e no tempo, dessa chamada “cultura”. Por outro lado, o
advento do Capitalismo tem provocado dois fenômenos muito
recentes: o da globalização, aqui entendida como algo que tem
homogeneizado a cultura, e também o de indústria cultural, sendo
que a cultura passou a ter um valor, principalmente no decorrer do
século XX.
c) Trabalho, Produção e Classes Sociais: a partir da noção de que
tudo que produzimos para nossa sobrevivência é feito através do
trabalho, conclui-se que esse Conteúdo é vital, no que diz respeito
à disciplina de Sociologia. Não se pretende esgotar esse tema na
questão das lutas de classes, tão discutidas no viés marxista, mas
também na questão das minorias, das teorias mais atuais e da
análise do que tem mudado, nessa temática.
d) Poder, Política e Ideologia: visto que um dos conteúdos
estruturantes da disciplina de História é Poder, pretende-se não
competir, mas unir os mesmos, de forma que um complemente o
outro. Assim, em Sociologia, pretende-se fazer uma análise do
poder enquanto ideologia, situando-o principalmente na atualidade.
e) Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais: se entendermos a
Cidadania como exercício constante de Democracia, através dos
direitos e deveres, poderemos compreender melhor quais as
necessidades do mundo atual, em que podemos observar um
crescente desconhecimento desse ideário.
Conteúdos Específicos: Diante dessa proposta, serão elencados os
Conteúdos Específicos, baseados nos Conteúdos Estruturantes, sendo o Currículo
de Sociologia para o Ensino Médio o seguinte:
• O surgimento da Sociologia como ciência e seu desenvolvimento;
• Principais teóricos da Sociologia e suas ramificações;
• A Sociologia no Brasil;
• Noção de Instituição;
• A formação da Família e a Família atual;
• A importância e o papel da Escola na sociedade atual;
• A Religião – sua importância e seu ideário.
• Noção de cultura – informal e formal;
• A cultura oriental e ocidental;
• Diversidade cultural;
• Relativismo e etnocentrismo;
• O Capitalismo e a cultura;
• Indústria Cultural.
• Emprego e Desemprego;
• Subemprego e informalidade;
• Voluntariado e cooperativismo;
• Liberalismo e Neoliberalismo;
• Fordismo e Toyotismo;
• O Bem Estar Social.
• Estado e Governo;
• Monarquia e República;
• Parlamentarismo e Presidencialismo;
• Totalitarismo e Ditadura;
• Democracia e Constituição;
• Cidadania: direitos e deveres;
• Movimentos urbanos e rurais;
• Movimentos estudantis;
• Revolução e Golpe.
Encaminhamento Metodológico: O encaminhamento metodológico
para Sociologia, no Colégio Estadual Santa Rosa, deverá levar em consideração que
essa Disciplina está sendo implantada este ano. Portanto, os temas trabalhados
ainda estão passando processo de necessidade e real utilização, por parte dos
alunos. Um exemplo desse processo é o conteúdo “Agronegócios”, incluído no
Tema Trabalho, Produção e Classes Sociais. Como o Colégio Santa Rosa situa-se
num bairro de periferia, observamos que a Informalidade é muito mais comum e,
devido à necessidade de se trabalhar temas apropriados, necessária de análise.
Assim, a Metodologia adotada será a de contextualização dos temas, com
freqüentes levantamentos da própria realidade da comunidade, a fim de que se
produzam materiais que possam ser utilizados futuramente.
Avaliação: A Avaliação, em Sociologia, seguirá o ideário
metodológico, de forma que os alunos possam não só oralizar suas idéias, como
também escrevê-las, e levantar dados estatísticos, a fim de que se produza
material confiável para trabalho. Em termos de avaliação, pretende-se que o
conhecimento seja não só construído, como também propicie análises de
casos, a fim de que a própria atitude do indivíduo em relação aos demais indivíduos
mude, de forma a se constituir uma sociedade, de fato.
REFERÊNCIAS
- Diretriz Curricular de Sociologia, SEED, julho 2006.
- FERREIRA, Roberto Martins. Sociologia da Educação. São Paulo: editora Moderna, 1993.
- OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução a Sociologia. São Paulo: editora Ática, 1997.