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E sta é a primeira edição do CMU em Foco, órgão in- formativo elaborado pela Área de Publicações do Centro de Memória-Unicamp. A pro- posta desse novo trabalho é dar maior visibilidade ao CMU por meio de suas produções nas áreas técnicas, de pesquisa e atividades de extensão. Visitas programadas, recebimento de acervos e coleções, organização de eventos (exposições, cursos, seminários etc.), participação em eventos institucionais, apre- sentação de pesquisas em con- gressos, produção de artigos, publicação de livros e capítulos, participações em bancas de mes- trado e doutorado, participações em comissões julgadoras, re- cebimento de prêmios e títulos, dentre outros assuntos, tornam- se pauta desse informativo. A aquisição de novos equipamen- tos e a consequente expressão dessa ação junto ao público e a realização de projetos de pesqui- sa que venham a contribuir para a construção do conhecimento nas diversas áreas de atuação do CMU constituem, também, assuntos que serão noticiados. Enfim, a ideia é fazer circular in- formações que fazem do CMU reconhecido espaço para consulta e produção de pesquisa, princi- palmente sobre a história social de Campinas e região. Com periodicida- de mensal, o CMU em Foco é produzido em versão digital e tem circulação eletrônica via e-mail. Com nú- mero não definido de páginas, o veículo circulará sempre na pri- meira semana de cada mês. Os interessados em receber o infor- mativo devem se cadastrar pelo e-mail: [email protected]. Publicação mensal do Centro de Memória-Unicamp - Campinas, abril de 2011 - Ano I - No. 1 CMU FOCO em Apresentação Nasce um “A proposta desse novo trabalho é dar maior visibilidade ao CMU por meio de suas produções técnicas e científicas” jornal Acervos do CMU geram pesquisas e conhecimento sobre a memória social de Campinas e região Página 2 Páginas da cidade Projeto para digitalização de acervos e hemeroteca recebe auxílio de quase R$ 250 mil Página 4 Fapesp contempla projeto do CMU GPMeF e TV Unicamp trabalham na produção de memórias relativas ao fotojornalismo de Campinas Página 6 Memórias do fotojornalismo

Publicação mensal do Centro de Memória-Unicamp - Campinas ... em Foco - e… · E sta é a primeira edição do CMU em Foco, órgão in- formativo elaborado pela Área de Publicações

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Page 1: Publicação mensal do Centro de Memória-Unicamp - Campinas ... em Foco - e… · E sta é a primeira edição do CMU em Foco, órgão in- formativo elaborado pela Área de Publicações

Esta é a primeira edição do CMU em Foco, órgão in-formativo elaborado pela

Área de Publicações do Centro de Memória-Unicamp. A pro-posta desse novo trabalho é dar maior visibilidade ao CMU por meio de suas produções nas áreas técnicas, de pesquisa e atividades de extensão.

Visitas programadas, recebimento de acervos e coleções, organização de eventos (exposições, cursos, seminários etc.), participação em eventos institucionais, apre-sentação de pesquisas em con-gressos, produção de artigos, publicação de livros e capítulos,

participações em bancas de mes-trado e doutorado, participações em comissões julgadoras, re-cebimento de prêmios e títulos, dentre outros assuntos, tornam-se pauta desse informativo. A aquisição de novos equipamen-

tos e a consequente expressão dessa ação junto ao público e a realização de projetos de pesqui-sa que venham a contribuir para a construção do conhecimento nas diversas áreas de atuação

do CMU constituem, também, assuntos que serão noticiados. Enfi m, a ideia é fazer circular in-formações que fazem do CMU reconhecido espaço para consulta e produção de pesquisa, princi-palmente sobre a história social

de Campinas e região.Com periodicida-

de mensal, o CMU em Foco é produzido em versão digital e tem circulação eletrônica via e-mail. Com nú-

mero não defi nido de páginas, o veículo circulará sempre na pri-meira semana de cada mês. Os interessados em receber o infor-mativo devem se cadastrar pelo e-mail: [email protected].

Publicação mensal do Centro de Memória-Unicamp - Campinas, abril de 2011 - Ano I - No. 1

CMU FOCOem

Apresentação

Nasce um

“A proposta desse novo trabalho é dar maior visibilidade ao

CMU por meio de suas produções técnicas e científi cas”

jornal

Acervos do CMU geram pesquisas e conhecimento

sobre a memória social de Campinas e região

Página 2

Páginas da cidade

Projeto para digitalização de acervos e hemeroteca

recebe auxílio de quase R$ 250 mil

Página 4

Fapesp contempla projeto do CMU

GPMeF e TV Unicamp trabalham na produção

de memórias relativas ao fotojornalismo de Campinas

Página 6

Memórias dofotojornalismo

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2 Abril - 2011CMU FOCOem

Centro de Memória - Unicamp

Diretora Maria Carolina Bovério Galzerani Diretora-associada Ma-ria Elena Bernardes Assessor de Pesquisa Marcos Tognon Chefi as de setores técnicos: Amarildo Carnicel (Publicações) Fernando A. Abrahão (Arquivos Históricos) Carlos R. Pereira de Souza (Lab. História Oral) Cássia Denise Gonçalves (Arquivo Fotográfi co) Mirdza Sichmann (Lab. de Conservação e Restauração) Rosaelena Scarpeline (Biblioteca)

Elaborado pela Área de Publicações do Cen-tro de Memória-Unicamp. Editoração, Pro-jeto Gráfi co e Diagramação Amaril-do Carnicel (MTb 11.519) Periodicidade mensal Contatos e sugestões [email protected]

Por dentro do CMU

Referênciaobrigatória

Pesquisadores das mais dife-rentes áreas do conhecimento que trabalham com temas re-

lacionados à história de Campinas e região têm, não raro, o Centro de Memória-Unicamp (CMU) como referência obrigatória.

Reconhecido como um dos maiores e mais comple-tos acervos sobre a história da cidade, o CMU dispõe de suportes diferenci ados como livros, teses, dissertações, mono grafi as, he meroteca, mapoteca, ma nuscritos, ar-quivos, coleções pessoais, fotografi as, fi tas cassetes, vídeos, DVDs, entre outras fontes que ali-mentam trabalhos escolares, desde o ensino médio até pesquisas de pós-doutoramento. “É esse rico universo, tanto de documentações, como de saberes (acadêmicos e técnicos na área da memória), que faz do Centro de Memória um espaço privilegiado para quem busca produzir conheci-mentos, sobretudo relativos à me-mória social de Campinas e região”,

afi rma a diretora do CMU, Maria Carolina Bovério Galzerani.

Além de reunir e disponibilizar acervos nas áreas de antropologia, sociologia, história (história-oral),

geografi a, arquitetura, educação, (formal, não-formal e informal), co-municação e artes (destaque para a fotografi a), o CMU, que em julho de 2011 completa 26 anos, desenvolve trabalho de coleta, tratamento e or-ganização de documentos históricos escritos, iconográfi cos e orais. Dessa maneira, dados recentes sobre Cam-pinas são organizados para pesquisas futuras. Trabalhos de pesquisado-res que tenham utilizado setores do

CMU também são disponibilizados para consultas e realização de novas pesquisas.

O Centro de Memória conta com seis setores técnicos (Arquivos His-

tóricos, Biblioteca, Arquivo Fotográfi co, Laboratório de História Oral, Laboratório de Restauração de Documentos e Área de Publicações) que dão suporte para obtenção de informações e geração de co-nhecimento.

Criado em julho de 1985 pelo historiador campinei-ro José Roberto do Amaral

Lapa, o CMU conta com profi ssio-nais especializados (graduados, mes-tres e doutores) que, além de desen-volverem suas atividades junto ao Centro, realizam pesquisa de cunho acadêmico e prestam assessoria a diversos órgãos públicos e privados, mediante convênios de cooperação com a Universidade. Com o objetivo de aproximar-se ainda mais do pú-blico em geral, o CMU abre espaço para visitas monitoradas.

ServiçoHorário de atendimento: de segunda a sexta-feira,

das 8h30 às 17h00Agendamento de visitas:

(19) 3521-5250 e 3521-5251Outras informações:

[email protected]

Centro de Memória-Unicamp (CMU) reúne documentos escritos, iconográfi cos e orais que alimentam pesquisas sobre a história da cidade

CMU FOCOem

Expediente

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Nova Direção3 Abril - 2011CMU FOCOem

CMU em FOCO – Que papel deve desempenhar o CMU sobre os assuntos relativos à política de preservação da memória? Maria Carolina – Acredito que o CMU cumpre um papel fundamen-tal no que respeita à preservação, organização e produção de conhe-cimentos. Venho para fortalecer tal papel, em busca da superação dos desenraizamentos culturais, que prevalecem, muitas vezes, na atual sociedade da informação, na qual prepondera a crise da memória. Estou falando de um movimento da sociedade atual, aquele que ten-ta responder ao que se convencio-nou chamar de aceleração da his-tória com a ansiedade pela perda. Também devemos nos preocupar com o aumento exponencial das práticas de memória em que não se sabe muito bem a quem servirão, nem se serão consultadas ou con-sultáveis, mas que se revestem de uma dimensão mágica, porque se apresentam como a possibilidade de deter, de maneira automática, a nossa identidade. Há ainda, confor-me lembra Pierre Nora, a dimensão passional da memória, em que se explicitam o encontro e os confl i-tos entre diferentes saberes con-

temporâneos, que se apresentam hierarquizados: a memória viva e a memória reconstituída historica-mente, a memória vencida e a me-mória documentada. CMU em FOCO – Frente a tais tendências culturais da atualida-de, qual o papel social desempe-nhado pelo CMU?Maria Carolina – Comprometo-me a fortalecer, ainda mais, o papel social desempenhado pelo CMU, no que se refere, particularmente, à ampliação da dimensão de tem-poralidade, articulando as dimen-sões de passado, presente e futuro. Para tal, decisivas questões devem ser por nós enfrentadas, tais como: que memórias preservar? Como preservar? Para quem preservar? Como viabilizar o acesso à docu-mentação? Como potencializar a produção de conhecimentos, sem perder de vista o potencial de diá-logo, existente entre os diferentes saberes? Considero o momento presente, como privilegiado, no sentido de nos permitir construir, coletivamente, no CMU, brechas visando transformar vivências, automatizadas, esvaziadas de sen-tidos, em experiências capazes de incluir dimensões humanas histori-

camente situadas e mais ampliadas, como lembra Walter Benjamin, tanto sob o ponto de vista pessoal como social, sempre abertas à re-signifi cação. CMU em FOCO – Quais são as metas que nortearão sua gestão?Maria Carolina – Considero, como responsabilidades funda-mentais o comprometimento com seguintes valores: a) a participação coletiva, integradora dos vários se-tores do CMU; b) o caráter público do CMU que fortalece a fi gura do usuário, como o mote fundamen-tal das práticas preservacionistas e de produção de pesquisas e de conhecimentos; c) a articulação entre a organização documental e a produção de pesquisas, d) o ques-tionamento das práticas contem-porâneas que fazem dos Centros de Memória, muitas vezes, depo-sitários de uma memória única, excludente, hierarquizada, descon-textualizada, despolitizada e hiper-realista. Finalmente, valho-me de Platão quando lembra que “para se ensinar, necessita-se de Eros”. Pois bem, no presente caso, posso afi rmar, também, que assumo a di-reção do CMU totalmente compro-metida com tal dimensão.

A relação da historiadora Maria Carolina Bovério Galzerani com o Centro de Memória-Unicamp (CMU) é antiga. A pesquisadora já comparti-

lhava do sonho do historiador José Roberto do Amaral Lapa, ainda quando era sua orientanda de doutorado no Instituto de Filosofi a e Ciências Humanas (IFCH/Unicamp), de criar na Universidade um Centro de Me-mória. Passadas quase três décadas, ela acompanhou a construção de um CMU academicamente muito con-sistente e, ao mesmo tempo, comprometido com a di-mensão pública, aberto à pluralidade dos saberes, das

PLURALSaber produções de conhecimen-

tos, relativos, sobretudo, à história da cidade de Cam-pinas e da região. Docente da Faculdade de Educação da Unicamp desde 1986, organizou vários livros, pu-blicou capítulos e artigos em periódicos nacionais. Dentre outras atuações na FE/Unicamp, foi coordenadora do Grupo de Pesquisa Memória, História e Educação e integra o Grupo de Pesquisa de Educação Continuada (GEPEC). Também foi representante no Conselho Científi co do CMU por duas gestões. É com essa bagagem intelectual que Ma-ria Carolina assume a Direção do CMU com o compro-misso de fortalecer ainda mais o papel social do órgão, conforme revela na entrevista a seguir:

Maria Carolina, diretora

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Projeto Fapesp

4 Abril - 2011CMU FOCOem

CONHECIMENTODemocratizar o

José Roberto Zan: responsável pelo projeto

Foto: Antonio Scarpinetti

Facilitar o acesso ao conhe-cimento. Esse é o principal objetivo do projeto de infra-

estrutura do Centro de Memória-Unicamp (CMU) recentemente aprovado pela Fundação de Am-paro à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Denominado “Pre-servação, divulgação e disponibi-lização do acervo documental do Centro de Memória por meio ele-trônico”, o projeto foi contemplado em R$ 217.077,00 para aquisição de equipamentos e contratação de serviços e mais R$ 32.561,55 de reserva técnica. Trata-se do maior auxílio destinado por uma agência de fomento à pesquisa ao CMU durante seus 26 anos de existência. “É um empreendimento de grande relevância para a pesquisa na área das humanidades, especialmente no tocante à história da região de Campinas e do interior paulista”, afi rma o historiador e pesquisador responsável pelo projeto junto à Fapesp, José Roberto Zan. Para a diretora do CMU, Maria Carolina Bovério Galzerani, a aprovação do projeto é o reconhecimento de um trabalho desenvolvido pelo Centro de Memória-Unicamp que há qua-se três décadas vem consolidando importante papel como centro de pesquisa na área da história social, sobretudo de Campinas e região.

Este projeto permitirá ao CMU digitalizar, armazenar e organizar diferentes acervos históricos vi-sando a disponibilização através de acesso on-line. A aquisição de equipamentos de ponta na área da informática e compatíveis com as

especifi cidades dos documentos – alguns raros que podem ser danifi cados durante o manuseio – possibili-tará a realização desse trabalho, que visa tor-nar ainda mais aces-sível os acervos hoje mantidos no órgão.

Dentre os equi-pamentos a serem ad quiridos está um scanner planetário que será instalado numa sala dos Arquivos Históri-cos. Trata-se de um equipamento de ponta que permite escanear do-cumentos sem agredi-los. Enquanto nos equipamentos convencionais, a luz ultrapassa as páginas do docu-mento e, paulatinamente, danifi ca a matriz, no scanner planetário a leitura é feita como se o equipa-mento estivesse sendo fi lmado, sem contato com o original. Dessa ma-neira, é possível disponibilizar um documento sem abrir mão de sua preservação. Inicialmente, os tra-balhos serão realizados sobre duas séries documentais muito acessadas no setor: “Inventários post-mortem/testamentos (1850-1940)” e “Ações de liberdade de escravos (1871-1888)”, ambas do Tribunal de Justi-ça da Comarca de Campinas.

A escolha dessas séries visa atender ao anseio dos pesquisado-res que buscam constantemente o acesso ao conteúdo desses docu-mentos para a realização de suas pesquisas para fi ns acadêmicos ou pessoais. Esse tipo de digitalização,

além de facilitar o acesso ao documen-to, também permite a leitura paleográfi ca de originais, que, muitas vezes, têm sua com-preensão difi cultada pela escrita de época ou pela fragilidade de seu suporte.

Outra importante aquisição é um equi-pamento multifuncio-nal laser (impresso-ra, copiadora, fax e

scanner) que fi cará na Biblioteca do CMU. O trabalho inicial será fo-calizado na digitalização de artigos de jornais e revistas que integram o acervo da Hemeroteca, o qual con-ta, atualmente, com 67.312 recortes, dos quais cerca de 10% estão digita-lizados. A base digital da Hemerote-ca, atualmente com 6.278 recortes, recebeu até no ano passado 532 mil visitas, aproximadamente, e cerca de 360 mil dowloads foram realiza-dos. Com o novo equipamento, que permite escanear até 50 páginas por minuto, a capacidade será bastante ampliada.

Além desses dois equipamentos, serão adquiridos, via projeto, com-putadores, acessórios de informáti-ca e aparelhos de ar condicionado. O projeto tem duração de um ano, sendo que os relatórios científi cos e a prestação de contas deverão estar concluídos até 28 de fevereiro do próximo ano. O projeto foi encami-nhado à Fapesp em 2010, quando estava à frente da Direção do CMU o historiador José Roberto Zan.

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Na banca

Pesquisadores do CMU participam de cinco

bancas na Universidade

5 Abril - 2011CMU FOCOem

Professores e pesquisa do -res vinculados ao Centro de Me mória-Unicamp

(CMU) participaram de cin-co avaliações de mestrado em três institutos e faculdades da Universidade. A historiado-ra e diretora do CMU, Maria Carolina Bovério Galzerani, participou em fevereiro de três bancas de mestrado realizadas na Faculdade de Educação. Dos três projetos apresenta-dos, Carolina assina a orien-tação de dois. O jornalista e coordenador da Área de Pu-blicações, Amarildo Carnicel, participou de outras duas ban-cas, também na Unicamp.

No dia 14 de fevereiro, Ca-rolina Galzerani presidiu a banca de Nara Rúbia de Car-valho Cunha que apresentou o trabalho “Das pedras às estre-las: o Museu-Escola do Museu da Inconfi dência, Ouro Preto, década de 1980”. Também foi a orientadora de Bianca Ro-drigues Corrêa, autora da dis-sertação “Ensino de História e narrativa: potencialidades de uma imagem constelar”, apre-

sentada no dia 25 de fevereiro. No dia 23 de fevereiro, ava-liou o trabalho de Sônia Mi-dori Takamatsu, intitulado “A Biblioteca César Bierrenbach: o Centro de Ciências, Letras e Artes e a utopia do conheci-mento”. O trabalho foi orien-tado por Lilian Lopes Martin da Silva.

Amarildo Carnicel integrou, no dia 22 de fevereiro, a banca que avaliou o trabalho de Joana D’Arc Mariano Mantellato in-titulado “Jovens e a fotografi a digital – Como adolescentes es-tão construindo sua relação com a fotografi a em seu cotidiano, intermediados pelo site de rela-cionamentos Orkut”. O trabalho, orientado pela profa. Cristina Bruzzo, foi apresentado na Fa-culdade de Educação. No dia 23 de fevereiro, no Instituto Estudos da Linguagem, o jornalista ava-liou o trabalho de Patrícia Nunes da Silva Mariuzzo, intitulado “Cenário XXI no Correio Popu-lar – Divulgação de CT&I para Campinas e região”. O trabalho foi orientado pela professora Vera Regina Toledo Camargo.

Revista Interdisciplinar de CulturaResgate

www.centrodememoria.unicamp.br/resgateArtigos, ensaios, exposições, críticas, resenhas e entrevistas nas áreas de história

(história oral), patrimônio, memória, educação (formal, não-formal e informal), comunicação e artes (fotografi a, música etc.)

Pesquisador-colaborador

Manifestaçãoreligiosa é temade pesquisa de

pós-doutoramento

A socióloga Batistina Ma-ria de Sousa Corgozinho é a mais recente pesqui-

sadora-colaboradora do Centro de Memória-Unicamp (CMU) a desen-volver pesquisa em nível de pós-dou-toramento. Seu nome foi aprovado na reunião do Conselho Científi co do CMU realizada no último dia 15 de março. No biênio 2011-2012 ela desenvolverá o projeto “A Festa de Santa Cruz e o Terço Cantado”, trabalho de pesquisa realizado em cidades do interior de Minas Gerais.

Doutora em Educação pela Uni-versidade Federal de Minas Gerais e professora da Fundação Educacio-nal de Divinópolis (Universidade do Estado de Minas Gerais), Batistina desenvolverá o trabalho tendo como supervisora acadêmica a também socióloga e pesquisadora do CMU, Olga Rodrigues de Moraes von Simson. Em seus estudos, Batistina investiga aspectos da memória so-cial e da vida urbana no centro-este mineiro. Recortes de jornais, foto-grafi as e depoimentos fundamenta-dos na metodologia e nos conceitos da história oral são alguns dos recur-sos utilizados para o desenvolvim-ento de sua pesquisa.

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6 Abril - 2011CMU FOCOem

PioneirosFotos: Nelson Chinalia - GPMeF/Unicamp

Ele fez carreira vendendo produ-tos fotográfi cos para profi ssio-nais que produziam fotos, re-

velavam fi lmes e ampliavam imagens sobre papéis importados. Também se notabilizou como fotógrafo que regis-trava o futebol de várzea no fi m de se-mana e vendia as imagens aos atletas na segunda-feira. Daí, para a produção de fotos para o Correio Popular de Campinas foi um passo. Também foi o autor de incontável número de fotos sobre importantes momentos da cidade publicadas pela imprensa campineira. Porém, num determinado dia, fotos im-pressas, ampliadores e toda uma gama de equipamentos de laboratório foram postos sobre a carroceria de um cami-nhão e jogados no lixo. “A câmara digital acabou com o profi ssional da fotografi a”, sentencia com amargura. O que restou são apenas as lembranças do fotógrafo Luiz

Carvalho de Moura. Aos 91 anos, o mais antigo fotó-

grafo vivo da imprensa campineira é o primeiro entrevistado do Projeto Memória do Fotojornalismo de Cam-pinas, trabalho desenvolvido pelo Gru-po de Pesquisa Memória e Fotogra-fi a (GPMeF) e gravado pela a RTV Unicamp. “Ao fi nal do projeto, além da documentação em aúdio e vídeo de cada entrevistado, será produzido um documentário que visa apresentar signifi cativa parte da memória do fo-tojornalismo da cidade”, afi rma o líder do GPMeF, Amarildo Carnicel. O fo-tógrafo Gilberto de Biasi, 80 anos e um dos discípulos de Moura, será o próxi-mo entrevistado. O projeto é realizado

com apoio do Laboratório de História Oral (LAHO) do CMU, setor responsável pela transcrição de todo o ma-terial recolhido.

Luiz Carvalho de Moura: imagens apenas na lembrança

Luiz Carvalho de Moura durante entrevista

concedida ao GPMeF na Rádio e TV Unicamp

MEMÓRIAEm busca da

arreira vendendo produ Carvalho de Moura

do fotojornalismo

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Um passeio pela Campinas dos bondes elétricos e jar-dineiras. É essa sensação

de quem visita a exposição de miniaturas “Bondes e Ônibus – Transporte de passageiros”, organizada pela Biblioteca do Cen-tro de Memória-Unicamp (CMU). Idealizada pelo mestrando em História, Antonio Henrique Fe lice Anunziata, a mostra conta com 17 réplicas de veícu-los de transporte coletivo fabricados entre 1891 e 2000.

A exposição conta com réplicas em madeira, metal e papel que estão acompanhadas de breves textos que oferecem aos visitantes informações adicionais, como o último dia de circulação de bonde na cidade, ocorrido em 24 de maio de 1968. Trata-se de um bonde fabricado em 1933, imor-talizado nas imagens do fotógrafo V-8, espalhadas em diferentes pon-

Exposição

Última

Parada

7 Abril - 2011CMU FOCOem

Exposição de meios de transporte mostra, entre outros exemplos, réplica de bonde que deixou de circular em Campinas em maio de 1968

Fotos: Antonio Scarpinetti - Ascom/Unicamp

Ônibus da Companhia Campineira

de Transporte Coletivo (CCTC), fabricado entre

1958-1972

Ônibus da Viação Caprioli: modelofabricado entre 1950-1955

Bonde da Cia. Ferro Carril, do Rio de Janeiro: 1891

tos comerciais da cidade e no acer-vo mantido pelo CMU. Nome do fabricante, modelo do veículo, ano

de fabricação, potência do motor, tipo de combustível e nomes das empresas operadoras do trans-

porte são outras informa-ções que acompanham as réplicas.

“Nessa mostra, o visi-tante pode ver maquete de bonde fabricado em 1891 que entre 1950-1960 ligava o centro da cidade ao dis-trito de Sousas”, lembra a responsável pela Biblio-teca do CMU, Rosaelena Scarpeline. Mas não é ape-nas de antiguidades que é composta a exposição. Anunziata chega bem pró-ximo dos dias atuais quan-

do expôs uma réplica de ônibus fabricado em 2000. Trata-se de um modelo Marcopolo da Viação Caprioli, veículo que ainda circula pelas ruas e rodovias do país.

O público pode visitar a expo-sição no CMU até o fi nal de abril, de segunda-feira a sexta-feira, das 8h30 às 17 horas.

Tese sobre bondeé reconhecida na FE

A socióloga Maria Sílvia Du-arte Hadler defendeu em

2007 a tese “Trilhos da moderni-dade: memórias e educação ur-bana dos sentidos”. Orientado pela professora Maria Carolina Bovério Galzerani, o trabalho foi considerado pela Comissão de Pós-graduação da Faculdade de Educação da Unicamp a me-lhor tese defendida naquele ano na FE. A pesquisa focalizou his-tórias e memórias dos bondes na cidade de Campinas.