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 FUNDAÇÃO ASSISTENCIAL E EDUCATIVA CRISTÃ DE ARIQUEMES - FAECA INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE RONDÔNIA - IESUR FACULDADES ASSOCIADAS DE ARIQUEMES   FAAr QUESTIONARIO Ariquemes 2010

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FUNDAÇÃO ASSISTENCIAL E EDUCATIVA CRISTÃ DE ARIQUEMES - FAECA

INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE RONDÔNIA - IESUR

FACULDADES ASSOCIADAS DE ARIQUEMES – FAAr

QUESTIONARIO

Ariquemes

2010

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FUNDAÇÃO ASSISTENCIAL E EDUCATIVA CRISTÃ DE ARIQUEMES - FAECA

INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE RONDÔNIA - IESUR

FACULDADES ASSOCIADAS DE ARIQUEMES – FAAr

QUESTIONÁRIO

Aluno: Ederilso C. Buss

Matéria: Introdução ao Estudo do Direito

Professor: Catiari

Ariquemes

2010

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TEXTO:

O comerciante Antônio precisava de um transplante de rim o juiz Roberto não

autorizou o pedido, alegando falta de regulamentação de uma lei federal. O comerciantemorreu, o fato foi comunicado pelo advogado João que, no dia 11 de dezembro ultimoingressou na 3° vara civil da capital com um pedido de autorização judicial para retirar etransplante de um dos rins do garçom Francisco, amigo do comerciante. João explicouque pela lei 8.489 de 18 de novembro de 1992 a retirada e transplante de órgãos depessoas vivas que não possuem parentesco entre si, só podem ser realizada medianteautorização judicial.

Publicada no dia 20 de novembro de 1992, a lei deveria se regulamentada noprazo de máximo de 60 dias, contada a partir daquela data ou a petição inicial foi

acompanhada do documento no hospital informando que só faria o transplante com aautorização judicial. O pedido foi negado pelo juiz sob a argumentação de que a leidependia de regulamentação.

O advogado falou com o juiz sobre a urgência dos fatos, e assim mesmo, eledemorou quatro dias para decidir e se o advogado não tivesse satisfeito com anegatividade deveria interpor o recurso cabível. No dia 21 de dezembro foi interpostoum recurso de apelação com medida cautelar inominada junto ao tribunal, mais opaciente morreu em 18 de janeiro, um dia antes de esgotar o prazo de regulamentaçãoda lei, o juiz da 3° vara argumentou que faria tudo novamente, pois cabe ao juizdespachar, ele não é obrigado a diferir ou não diferir um pedido, além de que, oadvogado deveria ter entrado com um mandato de segurança no tribunal com decisãoem no máximo 24horas, em relação ao hospital o juiz falou que não se precisa de leiespecial para salvar vidas.

QUESTIONARIO:

1. Classifique a lei 8.489/92 quanto à natureza de suas disposições, a hierarquia,

aplicabilidade e a sistematização.

 

Lei No 8.489, de 18 de Novembro de 1992.

Dispõe sobre a retirada e transplante detecidos, órgãos e partes do corpo humano,com fins terapêuticos e científicos e dáoutras providências.

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O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de PRESIDENTEDA REPÚBLICA, Faz saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono aseguinte lei:

Art. 1° A disposição gratuita de uma ou várias partes do corpo post mortem para fins

terapêuticos e científicos é permitida na forma desta lei.

Art. 2° (Vetado.)

Art. 3° A permissão para o aproveitamento, para os fins determinados no art. 1° destalei, efetivar-se-á mediante a satisfação das seguintes condições:

I - por desejo expresso do disponente manifestado em vida, através de documentopessoal ou oficial;

II - na ausência do documento referido no inciso I deste artigo, a retirada de órgãos

será procedida se não houver manifestação em contrário por parte do cônjuge,ascendente ou descendente.

Art. 4° Após a retirada de partes do corpo, o cadáver será condignamente recompostoe entregue aos responsáveis para sepultamento ou necropsia obrigatória prevista em lei.

Parágrafo único. A não-observância do disposto neste artigo será punida de acordocom o art. 211 do Código Penal.

Art. 5° (Vetado.)

Art. 6° O transplante de tecidos, órgãos ou partes do corpo, somente poderá serrealizado por médicos com capacidade técnica comprovada, em instituições públicas ouprivadas reconhecidamente idôneas e devidamente cadastradas para este fim noMinistério da Saúde.

Parágrafo único. Os prontuários médicos detalhando os atos cirúrgicos relativos aostransplantes e enxertos serão mantidos nos arquivos das instituições referidas e umrelatório anual, contendo os nomes dos pacientes receptores, será enviado ao Ministérioda Saúde.

Art. 7° A retirada de partes do cadáver, sujeito por força de lei à necropsia ou àverificação diagnóstico causa mortis, deverá ser autorizada por médico-legista e citadano relatório da necropsia ou da verificação diagnóstica.

Art. 8° As despesas com as retiradas e transplantes previstos nesta lei serão custeadasna forma determinada pela sua regulamentação.

Art. 9° (Vetado.)

Art. 10. É permitida à pessoa maior e capaz dispor gratuitamente de órgãos, tecidosou partes do próprio corpo vivo para fins humanitários e terapêuticos.

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§ 1° A permissão prevista no caput deste artigo limita-se à doação entre avós, netos,pais, filhos, irmãos, tios, sobrinhos, primos até segundo grau inclusive, cunhados e entrecônjuges.

§ 2° Qualquer doação entre pessoas não relacionadas no parágrafo anterior somente

poderá ser realizada após autorização judicial.

§ 3° O disponente deverá autorizar especificamente o tecido, órgãos ou parte docorpo objeto da retirada.

§ 4° Só é permitida a doação referida no caput deste artigo quando se tratar de órgãosduplos partes de órgãos, tecidos, vísceras ou partes do corpo que não impliquem emprejuízo ou mutilação grave para o disponente e corresponda a uma necessidadeterapêutica comprovadamente indispensável à pessoa receptora.

Art. 11. A não-observância do disposto nos arts. 2°, 3°, 5°, 6°, 7°, 8° e 10 desta lei

será punida com pena de detenção de um a três anos, sem prejuízo de outras sançõesque no caso couberem.

Art. 12. A notificação, em caráter de emergência, em todos os casos de morteencefálica comprovada, tanto para hospital público, como para a rede privada, éobrigatória.

Art. 13. (Vetado.)

Art. 14. O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta lei no prazo máximo desessenta dias, a partir da data de sua publicação.

Art. 15. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 16. Revogam-se as disposições em contrário, particularmente a Lei n° 5.479, de10 de agosto de 1968.

Brasília, 18 de novembro de 1992.

Quanto à natureza de suas disposições.

Trata-se de uma norma substantiva ou material, pois vem a ser aquela que define eregulas as relações jurídicas ou cria direitos e deveres das pessoas em suas relações devida.

Quanto à hierarquia.

Consiste de uma lei ordinária, sendo a terceira dentro da hierarquia das leis, sendo elas:I - Constituição Federal, II – Leis Complementares, III – Leis Ordinárias IV – LeisDelegadas, V – Medidas Provisórias, VI – Decretos Legislativos, VII – Resoluções.

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Quanto à aplicabilidade.

É uma norma dependente de regulamentação, ou seja exige para sua vigência a suaregulamentação pelo Poder Executivo, definindo e detalhando sua aplicação.

Quanto à sistematização. 

Trata-se de norma extravagante ou esparsas, pois não está incorporada as codificaçõesou consolidações, é uma lei vaga por fora, são editadas isoladamente para tratar detemas específicos.

2. A lei 8.489/92 estará em vigor quando pedido for feito ao juiz?

Sim. Pois no art. 15 “diz:”. “Esta lei entra em vigor na data de sua publicação” sendo

assim no dia 11 de Dezembro já havia 24 dias que a lei tinha entrado em vigor. Poremnão estava regulamentado que no caso levaria até 60 dias após sua publicação.

3. Era uma lei eficaz na época?

Para a época acredito que sim, mas para o caso em si não, pois devido a burocracia e afalta de bom censo prejudicou o sujeito do caso.

4. O juiz negou-se a aplicá-la?

Sim o texto mostra claramente que o juiz negou-se a aplicá-la sob alegação da lei aindater sido regulamentada.

5. Você concorda com a decisão do juiz? Fundamente.

Em primeiro aspecto sim, pois a lei ainda não rinha sido regulamentada. Mas nãoconcordo porque devido a gravidade da situação deveria ser lavado em conta o que diz oartigo 5º da constituição federal de 1988 onde diz “Todos são iguais perante a lei, semdistinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeirosresidentes no País a inviolabilidade do direito à vida...” portanto o juiz poderia sim tere ainda a própria lei nº 8489/92 diz no art. 10 o seguinte “É permitida à pessoa maior ecapaz dispor gratuitamente de órgãos, tecidos ou partes do próprio corpo vivo para finshumanitários e terapêuticos.” Ainda no art.10 § 4° diz que: “Só é permitida a doaçãoreferida no caput desse artigo quando se tratar de órgãos duplos partes de órgãos,tecidos, vísceras ou partes do corpo que não impliquem em prejuízo ou mutilaçãograve para o disponente e corresponda a uma necessidade terapêutica

comprovadamente indispensável à pessoa receptora. Entende-se que o juiz tem nasmãos o aval jurídico para a aprovação, e ainda um paciente em estado grave

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necessitando dessa aprovação, assim poderia muito bem o juiz aprovar o pedido paraque se preservasse o bem maior do ser humano, a VIDA.

6. A decisão foi justa?

Não. Por que neste caso foi preferível dar ao juiz dar a graça de elevação do seu ego aooptar-se pela preservação da vida do paciente.

7. Havia em sua opinião outra maneira de decidir?

Sim com certeza, pelo simples fato que nosso bem maior é a vida, o Código penalBrasileiro prevê expressamente três causas excludentes da ilicitude:

I - em estado de necessidade; II - em legítima defesa; III - em estrito cumprimento dedever legal ou no exercício regular de direito.

Podendo assim, alguém tirar a vida de outro a fim de preservar a própria vida ou a deum terceiro, quanto mais um magistrado aprovar um pedido de um transplante de rinsonde o solicitante atende a praticamente todos os requisitos, e o possível receptordepende dessa decisão para sofrer a dor da morte, mas por vontade, o juiz o nega.

8. O hospital precisaria, em sua opinião, de autorização judicial para fazer o

transplante, sabendo que o paciente corria risco de vida?

Não. Pois em relação ao hospital o juiz falou que não se precisa de lei especial parasalvar vidas.